Membros Gbecker92 Postado ontem Ă s 02:04 Membros Postado ontem Ă s 02:04 (editado) 🏔️ Prefácio – Como tudo começou Desde que fiz meu primeiro mochilĂŁo, em 2015, penso em escrever sobre algumas das experiĂŞncias que vivi. Como uma forma de registrar e, talvez, inspirar quem tambĂ©m quer se aventurar por aĂ. Na Ă©poca, eu estava com vinte e poucos anos quando reencontrei, por acaso, um amigo que nĂŁo via há anos. Ele tinha acabado de voltar de uma viagem atĂ© o fim do mundo — Ushuaia. Eu nunca tinha me interessado por “mochilĂŁo”, mas depois de ouvir ele contar os seus dias de estrada, entre paisagens absurdas e perrengues, fiquei vidrado com a ideia de sair viajando com uma mochila nas costas. Comecei a planejar. Devorei relatos aqui no Mochileiros — que, na Ă©poca, era onde a galera se ajudava. Tracei o roteiro, fiz planilha de gastos, calculei tudo no limite. Demorei quase um ano para juntar a grana. Em janeiro de 2015, embarquei sozinho. Uma mochila, alguns dĂłlares e muita vontade de conhecer o mundo com meus prĂłprios olhos. Passei 30 dias viajando : pelas estradas da BolĂvia, caminhei pela Trilha Inca no Peru, me perdi no deserto do Atacama. Conheci gente de tudo que Ă© canto, ouvi histĂłrias, vi paisagens que atĂ© hoje guardo na memĂłria. Aquela viagem me marcou. Dez anos se passaram, e depois de outras tantas estradas, resolvi escrever. Porque viajar muda a gente — e contar essas histĂłrias tambĂ©m.  Editado ontem Ă s 02:15 por Gbecker92 incluir fotos 1 Citar
Membros Gbecker92 Postado ontem Ă s 02:30 Autor Membros Postado ontem Ă s 02:30 (editado) Dia 1 – Rumo Ă Argentina: estrada, amigos e a chegada a Buenos Aires A ideia era simples: pegar o carro e cruzar a fronteira rumo Ă Argentina. Já tĂnhamos feito algo parecido antes — passamos a virada de 2022 para 2023 em Mendoza — e tudo tinha corrido bem: longas horas de estrada, bons vinhos e paisagens de tirar o fĂ´lego. Desta vez, o destino era Bariloche, a quase 3.000 km de casa (SĂŁo Leopoldo, RS). Escolhemos viajar no verĂŁo, entre dezembro e janeiro, Ă©poca perfeita para aproveitar a natureza da PatagĂ´nia Argentina. Mas querĂamos mais do que uma viagem — querĂamos uma aventura com boa companhia. Um amigo de longa data topou o plano, e ele e a sua parceira se juntaram a nĂłs nessa trip. Partimos no dia 26 de dezembro de 2023, com o nascer do sol. Depois de muitas horas na estrada, chegamos a Buenos Aires por volta das 22h do mesmo dia. Como era a primeira vez dos nossos amigos na cidade, planejamos visitar alguns pontos turĂsticos clássicos e explorar lugares menos Ăłbvios. Eu pretendia apenas curtir o estilo de vida porteño, sem grandes pretensões. Já a Juliana tinha uma lista de restaurantes para conhecer, entre eles o Don Julio, Niño Gordo e outros nomes famosos da cena gastronĂ´mica local.   Única foto do grupo no 1o dia: Editado 1 hora por Gbecker92 incluir fotos Citar
Membros Gbecker92 Postado 1 hora Autor Membros Postado 1 hora Dia 2 – Buenos Aires no ritmo certo Começamos nosso primeiro dia em Buenos Aires com cafĂ© da manhĂŁ no MartĂnez, na Avenida Callao — um clássico. Medialunas frescas, cafĂ© forte e o empurrĂŁo necessário para enfrentar o primeiro desafio do dia: a fila da Western Union. Com a cotação do câmbio paralelo favorável, essa era a melhor opção de câmbio. Com os bolsos abastecidos de pesos, seguimos caminhando pela Recoleta atĂ© o El Ateneo, a livraria mais conhecida da cidade. Instalado num antigo teatro, o lugar impressiona. NĂŁo compramos nada — os preços estavam altos — mas sĂł estar ali já valia a visita. Almoçamos no Quotidiano, um dos meus preferidos da cidade, e aproveitamos para dar uma volta pelos arredores. Acabamos entrando no Centro Cultural Recoleta e foi uma surpresa agradável. O espaço Ă© enorme, bem cuidado, cheio de exposições e atividades culturais. Ficamos um tempo sentados observando um grupo treinando break dance. A cidade tem essa vibe viva, espontânea. Na sequĂŞncia, seguimos caminhando atĂ© o MALBA. No caminho, cruzamos a imponente Faculdade de Direito e passamos pela Floralis GenĂ©rica, que mesmo fechada (por questões climáticas), segue bonita. No museu, pegamos uma exposição da Frida Kahlo e outra da Cecilia Vicuña — atĂ© entĂŁo desconhecida pra mim. E, claro, lá estava tambĂ©m o Abaporu, da Tarsila do Amaral. Aquele mesmo, com o pĂ©zĂŁo e o sol, que quem estudou nos anos 2000 reconhece na hora. Fechamos o dia na Plaza Independencia, observando o ritmo tranquilo da cidade. Nada de pressa. Era sĂł o começo da viagem, e a sensação era essa: aproveitar sem correr, sem meta, deixando Buenos Aires se revelar aos poucos. Citar
Colaboradores Juliana Champi Postado 9 minutos Colaboradores Postado 9 minutos Em 14/06/2025 em 23:04, Gbecker92 disse: Porque viajar muda a gente — e contar essas histórias também. Sim! É o que me move! Acompanhando essa história! Citar
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