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🏔️ Prefácio – Como tudo começou

Desde que fiz meu primeiro mochilão, em 2015, penso em escrever sobre algumas das experiências que vivi. Como uma forma de registrar e, talvez, inspirar quem também quer se aventurar por aí.

Na época, eu estava com vinte e poucos anos quando reencontrei, por acaso, um amigo que não via há anos. Ele tinha acabado de voltar de uma viagem até o fim do mundo — Ushuaia. Eu nunca tinha me interessado por “mochilão”, mas depois de ouvir ele contar os seus dias de estrada, entre paisagens absurdas e perrengues, fiquei vidrado com a ideia de sair viajando com uma mochila nas costas.

Comecei a planejar. Devorei relatos aqui no Mochileiros — que, na época, era onde a galera se ajudava. Tracei o roteiro, fiz planilha de gastos, calculei tudo no limite. Demorei quase um ano para juntar a grana.

Em janeiro de 2015, embarquei sozinho. Uma mochila, alguns dĂłlares e muita vontade de conhecer o mundo com meus prĂłprios olhos.

Passei 30 dias viajando : pelas estradas da Bolívia, caminhei pela Trilha Inca no Peru, me perdi no deserto do Atacama. Conheci gente de tudo que é canto, ouvi histórias, vi paisagens que até hoje guardo na memória.

Aquela viagem me marcou.

Dez anos se passaram, e depois de outras tantas estradas, resolvi escrever. Porque viajar muda a gente — e contar essas histórias também.

 

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Dia 1 – Rumo à Argentina: estrada, amigos e a chegada a Buenos Aires

A ideia era simples: pegar o carro e cruzar a fronteira rumo à Argentina. Já tínhamos feito algo parecido antes — passamos a virada de 2022 para 2023 em Mendoza — e tudo tinha corrido bem: longas horas de estrada, bons vinhos e paisagens de tirar o fôlego.

Desta vez, o destino era Bariloche, a quase 3.000 km de casa (São Leopoldo, RS). Escolhemos viajar no verão, entre dezembro e janeiro, época perfeita para aproveitar a natureza da Patagônia Argentina.

Mas queríamos mais do que uma viagem — queríamos uma aventura com boa companhia. Um amigo de longa data topou o plano, e ele e a sua parceira se juntaram a nós nessa trip.

Partimos no dia 26 de dezembro de 2023, com o nascer do sol. Depois de muitas horas na estrada, chegamos a Buenos Aires por volta das 22h do mesmo dia. 

Como era a primeira vez dos nossos amigos na cidade, planejamos visitar alguns pontos turísticos clássicos e explorar lugares menos óbvios. Eu pretendia apenas curtir o estilo de vida porteño, sem grandes pretensões. Já a Juliana tinha uma lista de restaurantes para conhecer, entre eles o Don Julio, Niño Gordo e outros nomes famosos da cena gastronômica local.

 

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Ăšnica foto do grupo no 1o dia:

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Dia 2 – Buenos Aires no ritmo certo

Começamos nosso primeiro dia em Buenos Aires com café da manhã no Martínez, na Avenida Callao — um clássico. Medialunas frescas, café forte e o empurrão necessário para enfrentar o primeiro desafio do dia: a fila da Western Union. Com a cotação do câmbio paralelo favorável, essa era a melhor opção de câmbio.

Com os bolsos abastecidos de pesos, seguimos caminhando pela Recoleta até o El Ateneo, a livraria mais conhecida da cidade. Instalado num antigo teatro, o lugar impressiona. Não compramos nada — os preços estavam altos — mas só estar ali já valia a visita.

Almoçamos no Quotidiano, um dos meus preferidos da cidade, e aproveitamos para dar uma volta pelos arredores. Acabamos entrando no Centro Cultural Recoleta e foi uma surpresa agradável. O espaço é enorme, bem cuidado, cheio de exposições e atividades culturais. Ficamos um tempo sentados observando um grupo treinando break dance. A cidade tem essa vibe viva, espontânea.

Na sequência, seguimos caminhando até o MALBA. No caminho, cruzamos a imponente Faculdade de Direito e passamos pela Floralis Genérica, que mesmo fechada (por questões climáticas), segue bonita. No museu, pegamos uma exposição da Frida Kahlo e outra da Cecilia Vicuña — até então desconhecida pra mim. E, claro, lá estava também o Abaporu, da Tarsila do Amaral. Aquele mesmo, com o pézão e o sol, que quem estudou nos anos 2000 reconhece na hora.

Fechamos o dia na Plaza Independencia, observando o ritmo tranquilo da cidade. Nada de pressa. Era só o começo da viagem, e a sensação era essa: aproveitar sem correr, sem meta, deixando Buenos Aires se revelar aos poucos.

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Em 14/06/2025 em 23:04, Gbecker92 disse:

Porque viajar muda a gente — e contar essas histórias também.

Sim! É o que me move! Acompanhando essa história!

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