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Santiago, Pucón, Buenos Aires, Montevideo e Colonia del Sacramento - Novembro 2011


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Começamos a planejar nossa viagem com bastante antecedência e isso foi bom, pois conseguimos ir bem preparados, mas há certas coisas, que só serão acertadas no momento e isso dá toda a graça da viagem.

A primeira barbada da viagem foi a passagem. Compramos com muita antecedência, mas foi bom, pois conseguimos um bom preço. Compramos ida e volta pela Pluna, Rio-Santiago/Buenos Aires-Rio, e pagamos R$ 1.054,00 nas duas passagens para duas pessoas.

Vale ressaltar que compramos a passagem pela decolar.com em maio de 2011 e dois meses depois, com as passagens confirmadas e devidamente pagas, pois compramos à vista, eles enviaram um e-mail informando que as passsagens estavam canceladas por culpa da cia aérea, a Pluna. Após muitas trocas de e-mail e ameaças de processos, eles nos “deram” outras passagens, para os mesmos dias e apenas com horários diferentes. Não indicamos decolar.com.

 

1º dia – Santiago

 

Voamos Galeão-Rio para Santiago com conexão em Montevidéo (parece que todos os voos da Pluna fazem conexão em Montevidéo, mas isso é bom, pois o aeroporto de Carrasco é lindo, novo e tem um duty free maravilhoso).

Chegamos em Santiago no meio tarde, creio que por volta das 15h, e fomos direto procurar o ponto de ônibus. Muito fácil, apenas virar à direita na saída e terá uma placa indicando o local. Fácil, pois achamos sem dificuldades e ressaltando que nenhum dos dois falam nada de espanhol.

Saltamos na estação Pajaritos, que é um terminal rodoviário interligado a linha vermelha do metrô. Andar de metrô em Santiago é o modo mais traquilo e mais barato de conhecer a cidade.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120121151511.JPG 500 375 Legenda da Foto]Ficamos em um hostel chamado Aconcagua Hostel, que fica no bairro da Providência. O bairro é maravilhoso e encantador, já o hostel é um tanto quanto desorganizado. Na verdade, fizemos reserva para um hostel, que fica na mesma rua e é do mesmo dono, mas não tinha vagas quando chegamos lá, então nos transfiriram. Acabamos reservando um quarto misto e para oito pessoas e ficamos em um duplo pelo mesmo preço. (:

Lá tem água quente (na verdade, pelando), internet, cozinha, sala de jogos com mesa de sinuca e tv e eles servem café da manhã. A limpeza deixa a desejar, mas não vimos nenhum inseto ou bicho asqueroso, enfim dá para ficar, se não tiver opção melhor.[/picturethis]

Tiramos o resto do dia para conhecer o bairro e trocar algum dinheiro. Achamos uma casa de câmbio um tanto suspeita, mas com uma boa cotação, ali pela Providência mesmo. Lanchamos empanadas, tomamos uma cerveja e caímos na cama.

 

 

7 Up para trocar o dinheiro - $990

Ônibus Aeroporto-Pajaritos - $1.400

Empanadas - $800

Aconcagua Hostel (http://www.aconcaguahostel.cl/) - $7.200 pax (quarto misto)

 

2º dia – Santiago

 

Tiramos o dia para conhecer o centro de Santiago. Pegamos o metrô na estação Manuel Montt (linha vermelha) e descemos na estação Plaza de Armas (linha verde). Tivemos que fazer transferência, mas é tranquilo, sempre tem um fluxo para seguir. Você sai no meio da Plaza de Armas e em frente ao Museu Histórico Nacional, que vale a visita, pois é barato e interessante. Na Plaza da Armas também há a Catedral Metropolitana de Santiago.

Depois andamos pelas ruas do centro, que são bem movimentadas e apresenta a mistura do antigo e do novo, com alguns prédios históricos e milhares de Falabellas. No meio do passeio, bateu a vontade de fazer xixi e para a minha surpresa, encontramos um banheiro público no meio do calçadão, que é enorme, limpo e organizado e custa apenas $350.

Fomos até o Mercado Municipal, que é um delirio para quem ama o mar, mas altamente dispensável para quem odeia o que vem de lá, como nós. A área próxima ao mercado é mais abandonada, mas não encontamos nenhum risco.

Andamos até o Palácio de La Moneda, que fica no outro extremo. Não se pode entrar para visita, então tiramos apenas fotos no lado de fora. Depois fomos andando até o Cerro Santa Lucia, que vale visitar. É um parque dentro da cidade, com um vista bonita e dá para descansar.

Andamos de volta até o hostel e não indicamos isso, pois ficamos mortos de andar um dia inteiro. Quando paramos para perceber, andamos durante 7 horas, mas foi bem legal, a cidade é linda e vale a pena andar pelas ruas e ver a limpeza e a organização.

 

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Banheiro público - $350

Pacote de batatas fritas - $ 800

Hamburguesa de frango com batata frita - $3.410

 

3º dia – Santiago / Viña del Mar / Valparaíso

 

Fomos conhecer Valparaíso e Viña del Mar. Não sei por qual cargas d’água fomos ouvir o recpicionista do nosso hostel e resolvemos ir para Valparaiso primeiro. Achamos a cidade suja e feia demais. As casas multicoloridas que ficam nos morros, não se diferem em nada das nossas favelas. Ficamos dez minutos por lá, pegamos o metrô e fomos para Viña. Sim, metrô. Custa apenas $ 1.300 e te deixa bem no centro de Viña. Excelente. Não visitamos o principal da cidade, que são os funiculares, mas não creio que perdemos muita coisa.

Viña é linda. A cidade tem todas as características de cidade pequena, mas com glamour. As praias são lindas, há um Sheraton sensacional e muitos carros luxuosos desfilando por suas ruas. Adoramos!

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120121152126.JPG 500 375 Legenda da Foto]A primeira coisa sensacional é o Museu Fonck - http://www.museofonck.cl/ , um pequeno museu que tem a única estátua de pedra gigante, os famosos moais, fora da Ilha de Páscoa. E também tem uma escultura de Rodin em seus jardins. Dentro, o museu também é excelente, mas toda a diversão está do lado de fora.

Andamos por suas ruas, paramos na praia para tomar coca-cola, encostamos no Pacífico, só encostamos, pois a água estava congelante, fomos até o relógio das flores e depois fomos embora. Vale a visita.[/picturethis]

 

Ônibus Santiago - Valparaíso - $ 2.100 (Turbus) - https://www.turbus.cl/

Ônibus Valparaíso - Santiago - $ 3.600 (Turbus) - https://www.turbus.cl/

Museu Fonck - $ 2.000

Coca pequena - $ 400

 

4º dia – Santiago

 

Resolvemos ir até o Cerro San Cristóbal - http://www.parquemet.cl/ . Fomos andando do nosso hostel até o bairro de Bellavista, que é onde fica a entrada do Cerro. É uma boa caminhada, mas não dá para morrer. No caminho, resolvemos experimentar a tal palta que vem em TODOS os sanduíches do país. Palta nada mais é do que abacate salgado. Paramos em uma barraquinha suspeita na rua, mas que tinha muita gente comendo e pedimos um italiano com palta. É um cachorro quente, mas que você pode colocar queijo, escolher dentre as muitas opções de maionese e palta. Não é bom! Não vomitamos, mas também não conseguimos comer tudo.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120121152926.JPG 500 375 Legenda da Foto]Pegamos um pequena fila na entrada do Cerro para pegar o funicular. Você pode subir andando e eu te desejo boa sorte, somos sedentários e minha perna já começa a doer só de ver uma rua inclinadinha. Resolvemos também ir até o Zoológico da cidade. Totalmente dispensável. Lá em cima, tem uma ótima vista da cidade e uma estátua da Virgem Maria.

Na verdade, o Cerro é um parque gigantesco dentro da cidade, tanto que é chamado de parque metropolitano. Há inúmeras atrações e se você andá-lo todinho, sairá do outro lado da cidade.[/picturethis]

 

Funicular + Zoo - $ 4.800

Italiano com pauta - $ 900

Gelado - $ 500

 

5º dia – Santiago

 

Fomos conhecer o bairro de Bellavista e toda sua boêmia. Sinceramente, o bairro é sujo e degradado e foi o pior que eu vi em Santiago. No caminho, há o Patio Bellavista - http://www.patiobellavista.cl/index.php, que parece e muito com nossa Cobal do Humaitá, para quem conhece. Há restaurantes, bares e lojinhas caríssimas de souvenir. No bairro também a o Museu La Chascona, a casa de Pablo Neruda - http://www.fundacionneruda.org/en/la-chascona/history.html. Depois fomos ao bairro Lastarria, que possui uma feirinha simpática e fofa. O bairro é conhecido pelo charme e é realmente lindo.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120121153318.JPG 500 375 Legenda da Foto]Lá há o Museu de Belas Artes e o Museu de Arte Contemporânea, fica um atrás do outro, litarelmente colados. O MAC estava fechado para obras, mas o Museu de Belas Artes estava aberto e aos domingos é de graça. Você pode deixar uma contribuição, se quiser.[/picturethis]

 

Resolvemos fazer outra estripulia gastronômica e compramos um copo de mote con huesillos. Um suco de pêssego com milhos desitratados. Parece nojento e é, mas é sucesso absoluto nas ruas.

 

Mote com huesillos - $ 500

Macflurry - $ 1.500

 

6º dia - Santiago

 

Compramos nossa passagem para Pucón em um escritório da Turbus, que ficava do outro lado da avenida. Pegamos uma passagem para 23h, que era o horário mais barato e tinhamos que invetar algo para fazer o dia todo, já que também queríamos economizar o dinheiro do hostel. Tenho uma amiga que estava morando em Santiago e resolvemos nos encontrar no shopping Arauco. Pegamos o metrô, descemos na estação Escuela Militar e pegamos um taxi, por pura ignorância, pois na volta, fomos andando do shopping até o metrô e não deu mais de vinte minutos. O caminho não era ruim para quem é do Rio e conhece a Barra da Tijuca. São muita avenidas, muitos condomínios fechados e dá a impressão de ser tudo muito distante, mas é tranquilo.

O shopping é enorme, lindo, cheio de lojas caríssimas, mas é como qualquer outro shopping. Na verdade, a area externa é linda, mas se você não for rico, não achará graça nenhuma.

Voltamos para o hostel, pegamos a bagagem e amargamos umas seis horas sentados na rodoviária. Dica: não deixe para trocar dinheiro na rodoviária, o câmbio é absurdo. Eu tive que ir até o centro da cidade e voltar. Sorte que tinhamos tempo de sobra.

 

Ônibus Santiago - Pucón - $ 9.100 (Turbus) - https://www.turbus.cl/

Angus McDonalds – $ 4.000

Cheesy burger Burger King – $ 4.000

Biscoito Oreo - $ 350

 

7º dia - Pucón

 

Chegamos na cidade de Pucón de manhã bem cedo e estava muito FRIO e também chovendo MUITO. Fomos para um hostel chamado La Bicicleta. Não é tanto um hostel, é mais uma hospedaria, que tem muito por ali. Meus amigos quando foram, no ano anterior, adoraram e recomendaram, e nós recomendamos também. Eles não dão café da manhã, mas você pode ir ao mercado, que é próximo e não é um grande problema e também não tem computador, mas tem o wi-fi. O dono do hostel mora com sua família, em uma casa no mesmo quintal e eles são todos maravilhosos. José, o dono, é a pessoa mais simpática do mundo e te ajuda em qualquer situação. Tem também Francisca, a esposa, e os dois filhos, Amanda e Leon, que é bem levado, mas é um fofo.

Depois de guardarmos as coisas, resolvemos ir até o mercado e depois conhecer a cidade. Em menos de uma hora andamos tudo, e estava chovendo! A cidade é pequena, mas linda. Andamos até o lago, depois até a praia e tiramos fotos maravilhosas.

Almoçamos/jantamos em um restaurante, que agora não recordo o nome, mas todos têm a mesma faixa de preço e servem um menu turista interessante, com entrada, prato principal, vinho ou refrigerante e sobremesa.

Passamos o resto do dia no hostel nos aquecendo e rezando para que a chuva passasse.

 

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Almoço/janta - $5.800

Lavanderia - $ 3.500

 

8º dia - Pucón

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120121155204.JPG 500 375 Legenda da Foto]Ainda chovia muito e estava ainda mais frio, só dava vontade de comer e dormir. Resolvemos ir até as piscinas termais tomar banho. É só andar até o terminal de ônibus da Jac (acho que é da Jac, mas se não for, é só atravessar a rua. É um de frente para o outro) e pegar um micro ônibus bem suspeito e sem aquecimento, mas que custa $2.800. A viagem leva mais ou menos uma hora e passa em duas termas, escolhemos a Los Pozones. Vá preparado para andar, pois você tem que descer um bom pedaço andando até as piscinas. Descer não é o problema, subir, sim.

Tem que ficar atento ao horário do ônibus, se não me engano, ele sai às 17h, depois somente às 21h.

Foi a melhor parte da viagem. O lugar é lindo e é muito relaxante.[/picturethis]

 

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Ônibus para termas - $2800

Termas Los Pozones - $4000

Almoço - $ 5.600

 

9º dia - Pucón

 

Finalmente o sol saiu e conseguimos ver a cidade de verdade. Ficamos ainda mais apaixonados. Finalmente conseguimos ver o vulcão Villarica e seu topo nevado. Lindo demais.

Você pode subir o vulcão, na verdade, Pucón é conhecida por todos as milhares de atividades radicais que podem ser feitas. Você pode fazer rafiting, trecking, cavalgada, moutain bike, canopy, e por aí vai. Nós somos mochileiros nada aventureiros, dispensamos todas essas atividades, mas vale muito a pena.

A prova de que não servimos para isso, foi que resolvemos fazer um trilha de bicicleta. Era um trilha relativamente fácil e levamos quase cinco horas para ir e voltar. O caminho é lindo, muitas flores, rios, animais, montanhas com neve no pico, dá uma sensação ótima de contato com a natureza. Fomos até uma praia, que só dá para ir a pé ou de bicicleta e tem a água mais límpida que já vi em toda a minha vida. Valeu a pena muito ir até lá. Já a volta... Foi um suplício e ali decidimos que nossa carreira aventureira tinha chegado ao fim.

Passamos o restante do dia no hostel nos recuperando.

 

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Aluguel de bike do hostel - $5.000 por 5 horas

Editado por Visitante
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  • Membros
Cara interessante seu relato.

 

Mas Santiago é uma cidade cara para comer? Aonde pretendo ficar tem café da manha, mas da pra comer fora pagando bem barato?

 

 

Obrigado. Na verdade quem está escrevendo a maior parte e minha irmã, não tenho muita paciência. Parabéns para ela ::otemo::

 

Sim, Santiago e uma cidade cara em todos os sentidos, foi a única cidade da viagem onde ficamos intimidados com o preço das refeições e cozinhamos no hostel. Só que tem aquilo, tudo depende do tipo de viagem que você está planejando fazer, e procurando bem sempre se acha algo em conta, é que o bairro em que ficamos não ajudava muito, tudo muito caro.

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  • 4 meses depois...

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