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Facas... Qual comprar?


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Boa noite pessoal!

 

Por falar em facas grandes, vou postar uma foto da Large-Heavy Bowie da Ka-BAr, ela tem 14 1/4 total (lámina de 9) ,aço 1085(embora eu tenha achado em mais de uma lugar(em uns 3) como 1095 :? ,hrc 55-57 :shock:::hein::? ,é uma faca bonita e parece ser bem robusta ( 6 mm de espessura), mas o hrc é muito baixo e o preço muito alto ::lol3::

 

 

20110902195030.jpg

 

Valeu

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Hehehehehe

 

É meu Véio, este tipo de sabedoria só vem com a experiência! :wink:

 

Eu por minha vez, como sou novato no assunto e extremamente impressionável,me deixei levar pelas conversas "a-fiadas" de uns "véius" por aí... ::putz::

 

Comprei umas pedrinhas brilhosas; comprei uma laranjinha... ::putz::

 

Ai me dei conta: para quê diabos eu iria precisar de mais pedras de afiar? A laranjinha em D-2 foi afiada em uma carborundum! ::grr::

 

Resultado: fui obrigado a comprar um "canivitim" em D-2 para poder afiar nas tais pedras brilhosas! :P

 

VdM, não é que o fio agressivo e duradouro do D-2 é viciante? :mrgreen::mrgreen::mrgreen:

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Ha ha ha !!!!! ::lol4::

 

Eu também tenho uma agente infiltrada da Gestapo em casa, ::xiu::::xiu::::xiu:: , se eu não tenho argumentos lógicos para me explicar o porquê de um fio de um mícron, se nem barba eu faço, quanto mais explicar para ela o porquê de tantas facas.... mas podia ser pior .... podia estar no bar bebendo, ou pode apelar.... diz que está pensando seriamente em começar a jogar sinuca profissionalmente!!! ::lol4::

 

inté...

 

Ps. eu não tenho nada contra os jogadores profissionais de sinuca.

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D-2 vs Sandvik 14C28N vs 440A

 

Este é mais um dos testes do Cabral; na verdade não se pode chamar de teste comparativo já que as variáveis eram inúmeras, desde o tipo de aço, geometria das lâminas e até dos fios. E ainda teve uma pequena “trapaça” adicionada às variáveis!

 

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Mas devo afirmar que pude tirar conclusões interessantes apesar de na verdade estarmos comparando laranjas, peras e maçãs!

 

Explicando o teste: como já puderam acompanhar em testes anteriores, desenvolvi o meu teste padrão de corte de toucinho comum para fazer torresmo. Nos testes originais eram 15 kg de toucinho, com cada faca cortando e picando 7,5kg e depois se avaliando os fios.

 

Como meu irmão e minha mãe estão com o colesterol um pouco aumentado, não tem sido inteligente comprar 15 kg de toucinho. Só que hoje, no supermercado havia um toucinho comum sem gordura, ou seja, só a pele; não tive dúvida e comprei 16kg ( na verdade era o estoque restante ).

 

As mantas de pele estavam bastante uniformes, pois foram processadas por máquinas de aparar e não por açougueiros com facas, o que resultou em mantas de mais ou menos 40x30cm e com espessura muito uniforme.

 

O fato de não ser um teste verdadeiro de um tipo de aço contra outro, é porque as geometrias das lâminas e dos fios em si eram bem diferentes, mas era o que eu tinha.

 

Talvez a única coisa em comum nas 3 facas fosse o desbaste de alívio de 10 graus de cada lado. A Kershaw Field Knife em aço Sandvik 14C28N está com um fio de 15 graus de cada lado e tem uma dureza 61/62 HRC. A Gerber Big Rock em aço 440A está com um fio de 20 graus de cada lado e tem uma dureza de 58 HRC. A minha D-2 “custom” inicialmente estava com um fio polido de 25 graus de cada lado e tem uma dureza de 60/61 HRC.

 

Pensando um pouco à frente, destinei 5Kg de toucinho ( pele ) para cada faca e deixei 1Kg de reserva para um teste dentro do teste. Apesar de 5kg obviamente serem menos que 7,5kg dos testes originais, acredito que exigiram muito mais dos fios já que eram só de pele e por isso mesmo um meio muito mais abrasivo que o toucinho com gordura.

 

As mantas eram enroladas como se fosse um rocambole e eram cortados rolinhos de cerca de 2cm de largura que depois eram desenrolados e colocados de 2 a 2 ou de 3 a 3 e fatiados em pedaços entre 2 e 3cm. Tudo isto sobre uma tábua de jacarandá.

 

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Iniciei pela manhã com a Kershaw. Um corte suave, preciso e que não demandava esforço. Tem que ser levado em conta que apesar da geometria da faca e de seu fio de 15 graus de cada lado ( 30 inclusos ) favorecerem e muito o corte, o tamanho reduzido da faca e seu pouco peso eram fatores desfavoráveis.

 

Por causa da Kershaw fui obrigado a introduzir um outro fator estranho ao teste: hastes cerâmicas ultra-finas para reassentar o fio ( ok, reconheço que deve haver algum nível de afiação propriamente dita, diferente do que ocorre com uma chaira em aço liso, mas a que tenho tem dureza de 59/60 HRC e portanto menos dura que a Kershaw, por isso de uso não recomendado ).

 

Por volta dos 2kg notei que tinha que fazer mais força para fatiar a pele, e como a Kershaw estava com um fio de 15 graus de cada lado e neste tipo de tarefa de corte se usa muito o push e o slice cut e por conseqüência muita carga lateral é imprimida ao fio, julguei ( acertadamente ) que estivesse havendo um rolamento do fio.

 

Foram apenas 2 passadas de cada lado no mesmo ângulo do fio ( 15 graus ). A força ou peso empregados com certeza não ultrapassaram 300g ( sensação ). Na primeira passada era perceptível um “kârrrrrrr”; a segunda por outro lado era suave como estivesse passando em vidro. Sinal claro que o fio realmente estava rolado/virado.

 

Mais 1kg e apenas uma passada nas hastes cerâmicas; novamente mais 1kg e outra passada e aí foi-se até o fim ( mais 1kg ).

 

O fio foi então avaliado sob magnificação de 20x e nenhum dente foi encontrado; havia um pequeno sinal de reflexo de luz, mas que necessitava muita atenção para ser percebido. A faca fatiava papel fino de bula de remédio e rapava cabelo mas longe de ser suave. Bastou mais uma única passada nas hastes ultra-finas e o fio matador estava de volta.

 

Com a Gerber Big Rock tive para efeito de padronização incluir as mesmas passadas nas hastes cerâmicas, e devo dizer que a melhora no fio após as passadas era perceptível. Ao fim, apresentava 2 pontos de cerca de 0,5cm cada que refletiam claramente a luz e mascavam no papel. Também rapava cabelo no restante da lâmina, mas longe de ser suave.

 

Passei uma vez nas hastes cerâmicas, e os pontos “cegos” permaneceram, mas o desempenho do restante da lâmina ficou muito bom. Passei então 5 vezes de cada lado nas hastes e ainda assim permaneceram os pontos “cegos”. Isto de certa forma prova que estas hastes ultra-finas basicamente reassentam e dão polimento ao fio, sendo seu efeito de afiação existente, porém bastante restrito.

 

Por último a faca “custom” em D-2 com o fio original de 25 graus de cada lado e polido. No primeiro rolete de pele a sensação era de estar usando um sabre de luz, de tão fácil que foi o corte! Porém após fatiar o primeiro rolete, foi muito perceptível a mudança no corte. Era necessário muito mais força para fatiar as peles. As hastes cerâmicas foram usadas da mesma forma e nos mesmos intervalos das outras duas facas, porém nenhum melhora perceptível no fio se deu. Ele se manteve do mesmo jeito até o fim dos 5 kg.

 

Nenhum dente visível, sem reflexão perceptível de luz, fatiava papel fino ( com slice cut ) e rapava cabelo mas de forma desagradável. Uma passada nas hastes cerâmicas não alterou este quadro.

 

Usando então as hastes cerâmicas mais grossas ( coarse, em torno de 500 ou 600 grit ), refiz o fio primário para 20 graus de cada lado. Para minha surpresa, este novo fio mais agudo não apresentou os microdentes que me fizeram aumentar o ângulo do fio na primeira afiação para 25 graus de cada lado. Ao menos eles não eram visíveis sob magnificação de 20x. Fatiava papel fino e rapava cabelo sem problema.

 

Fui então ao corte do 1kg restante de pele. Não foi como a sensação do sabre de luz do corte inicial anterior, mas foi muito mais eficiente e confortável do que o corte que se estabeleceu após a “decadência” do fio inicial. E o mais interessante: este fio muito bom se manteve durante todo o corte deste 1kg de pele.

 

Sob magnificação de 20x, nenhum dente foi percebido. Apesar de a sensação de corte ser de uma nano-serra, estes “nano-dentes” não são visíveis sob a magnificação de 20x. Fatiou papel sem problema e rapou cabelo como antes de cortar o 1 Kg de pele.

 

Na verdade havia uma diferença que se podia perceber: a metade anterior da lâmina mais usada no fatiamento da pele não era capaz do push cut no papel fino, mascando em alguns pontos; já a porção posterior da lâmina era capaz do push cut sem mascar.

 

Só vamos deixar claro que este push cut não é igual ao dos outros aços com fios polidos, pois é perceptível que apesar da lâmina cortar o papel basicamente sem se mover, há uma sensação de “aspereza”.

 

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Este teste, apesar de todas a s variáveis, me confirmou algumas assertivas. É a geometria quem corta! A diferença no poder de corte entre o fio de 25 graus de cada lado da faca em D-2 e o fio de 20 graus de cada lado é absurdo!

 

O fio de 15 graus de cada lado da Kershaw foi o mais eficiente. O fio de 20 graus de cada lado da faca em D-2 e da Gerber eram igualmente eficientes no corte, entretanto o fio menos polido do D-2 era mais agressivo e “mordia” melhor nas peles.

 

Os aços mais duros não apresentaram deformações permanentes que comprometessem o fio de suas facas. O aço com menor dureza apresentou uma deformação permanente ( provavelmente um misto de desgaste e achatamento ou deformação plástica ) que comprometeu o fio.

 

O aço 440A é mais do que adequado para as tarefas de uma faca. Sua facilidade de reafiação é algo importante a ser levado em conta. Seu resultado um pouco inferior as outras duas facas se deu basicamente por sua menor dureza ( 58 HRC ) e não por ele ser um aço “inferior”.

 

Notar que esta dureza dita inferior ( 58 HRC ) é mais ou menos o padrão de várias facas de renome e portanto talvez não diferissem muito em desempenho desta faca de Gerber. É claro que aços com mais carbonetos em volume e talvez tamanho fossem menos susceptíveis à deformação plástica que ocorreu no fio desta faca devido aos repetidos impactos na tábua de jacarandá ( que é uma madeira de lei, leve e dura ).

 

Mesmo com muitas variáveis acho que os amigos podem tirar conclusões próprias e interessantes deste teste de corte.

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