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Grupos de Viajantes X Paraísos Ecológicos


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  • Membros de Honra

Concordo com o Administrador!

 

Realmente vivemos numa época onde o ecoturismo cresce espantosamente a cada ano e está na moda! Acho que esse site, que acompanho faz dois anos, ajudou e muito no crescimento do mercado backpacker brasileiro, mas inevitavelmente atraiu pessoas influenciadas por esse modismo atual (e que deve aumentar muito mais daqui para frente).

 

Nada mais correto que o Administrador desabafar seus pensamentos e propor uma grande discussão sobre esse assunto, já que o site, como um veículo de comunicação, tem papel fundamental na formação de mochileiros que respeitem a cultura backpacker.

 

Temos que dar um passo a frente. Enquanto as pessoas estão se rendendo à moda ECO e também à moda MOCHILÃO, os verdadeiros mochileiros devem assumir um novo papel: de ativistas! Não podemos mais apenas balançar a cabeça quando encontramos no meio de uma trip alguém mijando numa trilha, tomando banho de shampoo numa cachu ou jogando bituca de cigarro numa área de reserva ecológica! Cada viajante deve unir sua profissão, sua habilidade profissional para atuar na repressão e educação desses "novos mochileiros".

 

Me formei em jornalismo, fiz uma monografia sobre turismo e cultura backpacker (coisa rara no Brasil) e descobri que sem uma ação conjunta de vários profissionais como jornalistas, professores, turismólogos, ambientalistas, não será possível reverter esse quadro. Outro fator vital é a consciência da comunidade nativa dos destinos turísticos. Quanto mais isolada e primitiva for a comunidade, mais vulnerável ela será aos encantos do turismo descontrolado. Uma ação educacional nessas comunidades é fundamental para a sobrevivência delas.

 

Infelizmente estamos longe de ver algum sinal de mudança. O que vejo é paraísos sendo desfigurados. Ilha Grande é um caso clássico. Cheio de barqueiros mercenários e uma política de turismo sustentável inexistente, a ilha sofre a cada feriado. Fora de temporada, quem surge é a especulação imobiliária. Não tenho dúvida que um grupo de 30 pessoas percorrendo suas trilhas é um ato criminoso!

 

Recentemente descobri uma praia deserta, de difícil acesso, com a cultura caiçara totalmente preservada e quase nenhum turista. Achei o lugar magnífico, voltei pra casa e minha vontade era contar essa experiência para meus amigos e voltar para lá em breve. Mas tive que me conter. Sabia que aquele lugar era especial justamente por ninguém conhecer. Parece um pouco de egoísmo, mas guardei ela para mim com a falsa ilusão de que ninguém vai mexer naquele lugar...

 

Abraços

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Usuários Mais Ativos no Tópico

  • Membros de Honra

Se esta é a questão a ser discutida que nos levará à definição de quem são os farofeiros vamos a ela.

Pra começar esta questão nem é discutível por um mochileiro, pois mochileiro não vai pro mato a procura de conforto. Isto é até óbvio demais.

Quando me perguntam como é ser uma pessoa que sai pelo mundo com algumas trocas de roupa, uma barraca de baixo do braço, e passa dias caminhando debaixo de Sol escaldante, chuva e frio para chegar a lugares distantes e até inóspitos eu respondo:

Primeiramente a vida é simples assim para um mochileiro! Ser mochileiro, acampar é antes de tudo abdicar de confortos e hábitos instituídos, adquiridos; Mas que não são necessários.

Ir a um refúgio natural em busca daquilo que se tem na cidade é no mínimo um contra-senso, um absurdo.

Acredito que o ser adapta se ao meio em virtude da sua sobrevivência e em virtude das necessidades do meio A ELA deve se adaptar. E mesmo ao considerarmos um mochileiro com atos "ecologicamente corretos" nos centros urbanos é lógico que seu comportamento num habitat diferente precisa ser modificado para atender o equilíbrio biológico local.

É fundamental difundirmos esta simples idéia. Com certeza minimizamos em muito nosso impacto ambiental.

 

Já fui um romântico, um sonhador... hahaha até Filosofia eu cursei.

Viver assim é até mais fácil!

Bom... mas o mundo gira, sacode, cospe fogo, "o buraco do Ozônio" aumenta, geleiras derretem... crianças AINDA morrem de fome enquanto os "Sapiens-Sapiens" do topo do mundo lançam aqui, ali, nos quatro cantos do mundo suas Bombas da "Liberdade".

Pois é! Eu sou um exemplo típico de que o meio modifica o homem!

Portanto como a tudo que me move, a clareza na definição desta conduta que dá título ao tópico tem que ser crua e nua.

A questão não pode ser recoberta por uma pele de sensibilismo, precisamos esmiuçá-la até o osso! Até não sobrar duvida alguma.

Gostaria muito de ter o respaldo de todos os que postam neste tópico em relação a ferida aberta que muitos pensam mas não dizem explicitamente:

Ao considerarmos a visão que um grupo com mais de dez pessoas numa trilha é uma farofa, podemos entender este ponto de vista que: os grupos mochileiros criados aqui nesta comunidade tais como: Toca Brasil, Radicais Livres, Mochila Carioca e outros que têm por básico objetivo a comunhão entre as pessoas através da amizade virtual e concretização real através dos encontros mochileiros em viagens é a seu ver grupos farofeiros?

 

Visto que estes grupos estimulam, apóiam e agem diariamente (agora mesmo está ocorrendo!) para que estes encontros e viagens tenham um grande número de pessoas em Trips aos mais variados locais do Brasil e exterior percorrendo trilhas, escalando montanhas, mergulhando ou um Trekking de final de semana devem ser considerados farinha do mesmo saco farofeiro?

Estes mesmos membros que divulgam no boca a boca em suas viagens, em suas faculdades, em escritórios ou fábricas, redações de revistas ou criam Páginas na Internet para divulgar este como sendo o melhor site de viagens do mundo?

Os mesmos membros que passam quatro meses parcelando suadamente sua Barraca Iglu para três pessoas ou seu mochilão sessenta litros durante mais cinco suaves prestações e que não vê a hora de poder adquirir sua tão esperada camiseta e boné do mochileiros.com para ir uniformizado para a Trip e divulgar ainda mais este "estilo de vida"? (com adesivo de brinde é claro... quase esqueci).

 

Se ao fim deste tópico chegarmos ao consenso que todos são farofeiros a permanencia dos Tópicos de Grupos como estão hoje será uma piada para não dizer: a vergonha deste Fórum.

 

O tópico está cada vez melhor galera!

 

Admin... "Que a força esteja com você!" [:D] KKK...

 

Abraços e boas trilhas galera!

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  • Membros

To gostando do nivel desse topico...

Ei, Adimin:

Só pra registrar: EU tb conversei com esse tal "filho do dono de uma grande operadora do país", numa Adventure Sports Fair que eu fui...realmente, é um cara cego, sem noção do que fala quando menciona o "estilo backpacker de ser" (palavras dele, me lembro até hj). O panaca ficava falando, falando, como um alucinado...meu silencio não era concordante com aquele monte de besteiras, mas sim um silencio ruidoso, repugnante; claro que o cara nem tchuns pro meu silencio, só queria "vender" Ilha Grande, Lençois Maranhenses, Pete-Tere...babaca completo!

Só queria apimentar a discussão com uma coisa: Já que os grandes destinos turisticos de massa hj já foram, em algum momento, de turismo mochileiro, não seriamos nós tb responsaveis pelo fim dos redutos intocados?

Eu já obtive a resposta, por isso trabalho com sensibilização e educação ambiental...quem sabe assim diminuo os impactos negativos que nós, mesmo sendo super concientes e coerentes, causamos aos lugares que desbravamos.

Abraços,

Marcelo Gibson

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  • Membros de Honra

Sandman,

 

vamos lá! Concordo em parte no que voce disse.

 

Acredito que para muitos aqui no Forum, ser mochileiro é uma novidade. Vejo tópicos de pessoas, que perguntam como fazer para ser um mochileiro, como se, para ser um mochileiro tivesse que ter um curso técnico, hahahah, mas respeito essas pessoas e acho que os que possuem mais experiência devem mesmo mostrar o caminho, por mais simples que seja. Hoje estou com 29 anos e iniciei minhas viagens aos 14 anos(Tenho uma mãe liberal, hahahaha), ia pra Viconde de Mauá de onibus e achava o máximo, hahaha, hoje sei que ser um mochileiro, não é simplesmente viajar de onibus e com uma mochila nas costas, pra passar o feriado em Ilha Grande, ou pegar carona pra chegar em algum lugar, aprendi que vc pode ser um mochileiro de carro, moto, onibus, bicicleta, a pé...tanto faz, porque o que importa é o espírito que vc carrega consigo. Na minha opnião esses encontros marcados em trilhas são "farofa sim" prefiro conhecer a galera num bar, conversar, tomar minha cerveja e rir muito, como já falei em outros tópicos, além do respeito que tenho pelo meio ambiente, o encontro com a natureza, é um momento só meu, um momento que, mesmo não estando sozinha, mas com um grupo pequeno de amigos, gosto de ficar em silêncio, pensar na vida e contemplar tudo a minha volta. Mas acredito, que essas pessoas, vão aprender, vão se conscientizar. Farofeiro mesmo, é o cara que se diz estudado, conhecedor do assunto e mesmo assim chama o povo todo. Acha que não tem problema nenhum levar 50 pessoas para uma trilha. Tudo bem, não precisa estar numa trilha pra ter consciencia do quanto a natureza esta gritando por socorro, mas é quando vc passa a ser parte disso, que realmente percebe o quanto é importante.

 

Eu estava trabalhando como guia de ecoturismo, parei agora porque estava perdendo muito mercado, sabe porque? Porque além de levar poucas pessoas comigo, ainda era e sou contra a prática do rappel. Só que as pessoas queriam fazer caminhada num grupo grande e fazer rappel, por ser mais divertido. Explicava meus motivos para as pessoas e simplesmente cansei. Parei de trabalhar, porque não queria ser igual as outras empresas, que dizem não levar mais do que 10 pessoas, só que forma vários grupos de 10 pessoas, o que na verdade não adianta nada. Os caras só pensam em ganhar dinheiro.

 

Vc falou das mochilas, barracas, camisa mochileiros. Já andei muito de mochila velha, estilo colegial e com kichute no pé(parecia um machinho né, nem parecia uma menina, hahahaha), hoje trabalho pacas e me dou ao luxo de comprar equipamentos que suprem as minhas necessidades tanto na cidade quanto nas viagens, já to usando até sandalia sabia? hahahaha. Isso também é uma forma de depredação? É. Vivemos numa sociedade capitalista, infelizmente, mas sem hipocrisia? Nasci, cresci, me acostumei e gostei! Também não da pra ser perfeita! Mas faço o que posso, não sou Deus e nem tão pouco meu carma é mudar o mundo.

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  • Membros de Honra

Entendo o questionamento do Sandman...

 

Quem garante que todos os cadastrados no mochileiros.com respeitam realmente a cultura backpacker? Em um encontro de 30 pessoas não é difícil achar alguém com atitudes nada ecológicas. E quando entra a cachaça no meio? Será que todos se lembram de não vomitar na nascente do rio? Mesmo que os 30 viajantes sejam os maiores defensores do turismo sustentável, será que o local da trip suporta esse tanto de gente duma vez só?

 

Claro que uma excursão de 30 turistas desavisados é muito mais FAROFA do que um encontro de 30 mochileiros politizados. Mesmo assim, na minha opinião, não deixa de ser farofa! A questão é um limite de pessoas para tal local, independente quem seja a pessoa.

 

Não critico os grupos mochileiros, pelo contrário, participo deles e acho bacana ter encontros, mas devem ter a consciência de que cada lugar tem suas restrições. É como já falaram aí... querem reunir 100 caboco, façam um encontro em São Paulo. Não haverá problemas.

 

O próximo encontro da galera será em Brotas. Tenho certeza que vai ser legal, mas não fundo sei que será meio farofa. Sempre viajo no mais puro estilo mochileiro, mas que de vez em quando dá vontade que comer uma farofinha... hehe

 

Abraços

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  • Membros

Olá, pessoal. Sobre Ilha Grande o que eu vi nos tópicos consultados não leva a crer que exista uma excursão para a Ilha, mesmo porque cada um sairá de um lugar diferente do país, o que a meu ver descaracteriza o termo. O que existe é um número pequeno de pessoas(não deve chegar a 10 pelo que pude constatar), que , como tinham um destino em comum numa mesma data praticamente, combinaram de se encontrar lá para uma troca de experiências.

Quanto ao impacto ambiental isso é uma questão mais ampla e de consciência, apendizado e educação.

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  • Membros

Muito oportuno esse papo ...

Tbm conheço muitos lugares que não divulgo pq sei que se divulgar , já era ...

Os passeios de jipeiros "organizados" por Jipes Clubes conseguem juntar aprox. 100 jipes , se vcs acham que 35 pessoas é ruim , imaginem essa jipaiada ...

Estamos justamente nesse ritmo de pensamento que está aqui , a galera limita o num. de jipes pq senão todos querem participar e ae já viu , além de ninguém curtir legal , acaba c/ vegetação , rios , etc...

Mas no nosso caso , somos todos conhecidos e ninguém paga nada pra ninguém , no caso dos Jipes Clubes , Agência de Turismmo pra Ilha Grande e outros ptos turísticos o que importa mesmo é $$$$$$$$$ ... então qto mais melhor ...

Conheço trilhas ótimas pra chegar perto de jipe e conccluir no pezão , mas essas são poucos que topam , ae fica preservada mais por acomodação do pessoal do que por conciência ...

 

[]s... torcendo pra esse papo chegar nos admiradores do $$$$$ ...

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  • Membros

Muita gente não funciona, não é o caso de ser antisocial mas por lógica mesmo.

 

A filosofia é simples, eu vou lá e tento voltar como se nunca tivesse ido. Se pudesse apagar as pegadas na areia eu apagava.

 

Uma vez no caribe, uma onda me jogou contra os corais, doeu muito. Mas a minha preocupaçao estava voltada também ao dano que eu tinha causado. Felizmente nenhum coral foi ferido na produção dessa viagem.. :P

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