Membros rodrigopaulo Postado Março 9, 2016 Membros Postado Março 9, 2016 (editado) Fala galera mochileira! Cheguei recentemente do meu primeiro (de muitos, eu espero...) mochilão e hoje estou aqui para começar a escrever o meu relato. Eu me sinto na obrigação de dar minha contribuição nesse fórum pois foi daqui que tirei 90% das informações que eu precisei, principalmente lendo o relato de tantos outros mochileiros que já fizeram o mesmo roteiro que o meu. Um salve especial para o rodrigovix e para a polybhh que foram os relatos de onde eu tirei muitas informações úteis para montar o meu roteiro. Quero agradecer também a todos os outros relatos que eu li, mas que dificilmente eu vou lembrar de cabeça agora (malz aê galera ) Eu não tenho palavras (mas vou tentar ter) para descrever 100% como essa viagem foi magnífica pra mim. Fazia muito tempo que sonhava em fazer um mochilão pela América do Sul, mesmo sem ter informações da maioria dos destinos que eu fui. E essa ideia começou a tomar mais forma na metade do ano passado mais ou menos. Minha namorada, que apesar de não curtir muito a ideia de fazer um mochilão, topou fácil a ideia (com algumas condições ) e embarcou comigo nessa. Foi aí que comecei a buscar mais informações e comecei a me encantar pouco a pouco com todos os lugares maravilhosos que visitei. E posso dizer, com certeza, que nenhum deles me decepcionou. Mesmo as cidades onde eu passei um perrengue ou outro (afinal sempre passamos), me encantaram de alguma forma. E eu quero compartilhar tudo isso aqui com vocês, caros colegas de mochila. Uma das coisas que mais me preocupava era o fato da época. Fevereiro, geralmente é um mês de muita chuva em todo o Peru. E esse ano por causa do fenômeno El Niño as coisas tenderiam a se agravar. Mas, milagrosamente, o El Niño inverteu os efeitos esse ano e o Sol reinou durante praticamente toda a nossa viagem. Foi uma sorte danada. Nós arriscamos e não sofremos nem perdemos nada por causa das chuvas. Vivas à Pachamama! Vou tentar colocar no relato o máximo de informações possíveis, todos os gastos, os lugares que visitei, dicas valiosas e muitas, mas MUITAS fotos. É isso que vocês podem esperar do meu relato. Mas enfim, chega de blá, blá, blá e vamos às informações que interessam. ÍNDICE DOS POSTS Capítulo 1 - Lima e o primeiro contato com a imensidão do Oceano Pacífico - 07/02/16 Capítulo 2 - Um mergulho no Centro Histórico de Lima - 08/02/2016 Capítulo 3 - Os encantos do Oásis de Huacachina - 09/02/2016 Capítulo 4 - Pinguins! Pinguins! Islas Ballestas, Paracas e um banho gelado no Pacífico! - 10/02/2016 Capítulo 5 - Arequipa, a apaixonante Ciudad Blanca - 11/02/2016 Capítulo 6 - Uma aula de sociologia, tradição e história. Imersos no fantástico Valle del Colca - 12/02/2016 Capítulo 7 - Yanahuara: uma charmosa face de Arequipa no dia da despedida - 13/02/2016 Capítulo 8 - Cruzando a fronteira da Bolívia: do caos de Copacabana à paz da Isla del Sol - 14/02/2016 Capítulo 9 - De Copacabana a La Paz: Se eu não morri aqui, não morro nunca mais! - 15/02/2016 Capítulo 10 - La Paz: a grande favela do mundo - 16/02/2016 Capítulo 11 - O eletrizante downhill na (literalmente) tenebrosa Carretera de La Muerte - 17/02/2016 Capítulo 12 - Deadpool à la Bolívia! - 18/02/2016 Capítulo 13 - Is this the real life? Is this just fantasy? - A magia do Salar alagado - 19/02/2016 Capítulo 14 - Vulcões, lagunas, flamingos e... neve! O espetacular Deserto de Siloli - 20/02/2016 Capítulo 15 - Chi, chi, chi! Le, le le! San Pedro de Atacama e nosso primeiro passo nas terras chilenas - 21/02/2016 Capítulo 16 - Fugidinha pra Santiago! - 22/02/2016 Capítulo 17- Pernas pra que te quero na belíssima capital Chilena - 23/02/2016 Capítulo 18 - Salúd! Brindando à vida na vinícola da Concha y Toro - 24/02/2016 Capítulo 19 - Valparaíso e Vinã del Mar: de Neruda à Cidade-Jardim - 25/02/2016 Capítulo 20 - 48h de viagem rumo à Cusco - Parte I - 26/02/2016 Capítulo 21- 48h de viagem rumo à Cusco - Parte II - 27/02/2016 Capítulo 22 - Finalmente... CUSCO!!! - 28/02/2016 Capítulo 23 - O Vale Sagrado dos Incas - Pisac, Ollantaytambo e Chinchero - 29/02/2016 ROTEIRO O roteiro que eu fiz é o clássico de Peru, Bolívia e Chile, com algumas pequenas modificações. A chegada foi por Lima (por causa da passagem mais barata) e depois começa a fazer o círculo no sentido horário. Esse sentido é melhor porque você vai se aclimatando aos poucos: Lima no nível do mar, depois Arequipa (ou Cusco), que já é um pouco mais alta, depois La Paz, Uyuni, que é onde você pega as maiores altitudes. Dessa forma é melhor pra evitar o sorochi. 06/02 - Recife / São Paulo / Lima 07/02 - Lima 08/02 - Lima 09/02 - Huacachina 10/02 - Islas Ballestas / Paracas 11/02 - Arequipa 12/02 - Colca Canyon 13/02 - Arequipa / Puno 14/02 - Puno / Copacabana / Isla del Sol 15/02 - Isla del Sol / Copacabana / La Paz 16/02 - La Paz 17/02 - La Paz 18/02 - La Paz / Uyuni 19/02 - Salar de Uyuni 20/02 - Salar de Uyuni 21/02 - Salar de Uyuni / San Pedro de Atacama 22/02 - San Pedro de Atacama / Calama / Santiago 23/02 - Santiago 24/02 - Santiago 25/02 - Valparaíso / Viña del Mar 26/02 - Santiago / Calama / Arica 27/02 - Arica / Tacna / Arequipa / Cusco 28/02 - Cusco 29/02 - Cusco 01/03 - Cusco 02/03 - Cusco / Águas Calientes 03/03 - Machu Picchu / Águas Calientes / Cusco 04/03 - Cusco / Lima / São Paulo / Recife "Mas Rodrigo, que danado é esse 8 aí no meio do seu roteiro? Explica pra gente!" Então, normalmente o roteiro clássico, ao sair de Huacachina, passa por Cusco, Puno e vai pra Copacabana, deixando Arequipa pra ir depois de San Pedro do Atacama. Ocorre que em Machu Picchu eu queria muito fazer a Trilha Inca, que no mês de fevereiro está fechada para manutenções. Portanto eu fiz esse malabarismo todo no meu roteiro para poder começar a Trilha Inca no dia 01/03. Meu roteiro ainda incluía 10 dias em Huaraz, pra fazer o Trekking de Santa Cruz. Minha namorada voltaria ao Brasil e eu continuaria por lá mais um pouco ainda. Mas no fim da viagem várias coisas foram acontecendo e eu fui ficando cansado, também, por isso eu decidi antecipar minha volta ao Brasil e deixar Huaraz para uma outra oportunidade. PASSAGENS AÉREAS Bom, pra nós que somos de Recife foi muito difícil encontrarmos uma promoção que realmente valesse a pena, como ocorre pra quem é de São Paulo. Passamos um bom tempo de olho no preço das passagens, e realmente estavam um pouco salgadas. Até que surgiu uma promoção da TAM por 28.000 milhas saindo de Recife. Foi o melhor que conseguimos. Como não tínhamos milhas suficientes, compramos as passagens através do site MaxMilhas e acabou saindo, com todas as taxas, por R$ 1.400, o que foi um preço até que razoável. CUSTO DA VIAGEM Essa questão de custos é algo muito particular, depende muito da sua disposição em abrir mão de algumas coisas. Como estava viajando com minha namorada, nós sempre nos hospedamos em hostel mas em quarto de casal, com banheiro privativo, o que acaba saindo um pouco mais caro do que pra quem fica em quarto compartilhado. Nós namoramos à distância (6h de viagem) e nos vemos somente a cada 15 dias (sim, é muito amor ). E essa viagem foi uma oportunidade única para ficarmos mais perto um do outro. Por isso, optamos por um pouco mais de privacidade. Além do mais, tiveram outras duas coisas que encareceram um pouco a viagem. Uma foi a Trilha Inca para Machu Picchu que custou U$ 325, ou, pra quem se lascou com o dólar nas alturas... R$ 1.300!!! Isso já é um custo significativo. Outra coisa, mas aí eu não tenho nenhum arrependimento, foram os gastos em restaurantes. Nós gostamos muito de comer bem, então em alguns lugares da nossa viagem (Lima e Santiago, principalmente) nós não tivemos pena e reservamos um dinheiro para conhecer alguns restaurantes badalados da cidade. Mas tirando esses pontos, a nossa viagem foi no estilo mochileiro mesmo, sempre buscando gastar o mínimo possível. Então, antes de você fechar a página do navegador, continue comigo que aqui tem muita informação pra você que está indo no low-cost TOTAL, também! Estou anexando duas planilhas. Uma que eu fiz ANTES de viajar, com uma estimativa dos custos (que foi uma mão na roda, porque bateu certinho). E outra DURANTE a viagem com todos os custos da viagem. Foi uma planilha que eu baixei no site Viaje Sim! e que me foi muito útil durante a viagem, por isso deixo aqui os créditos ao pessoal do site. Lá inclusive tem um post que explica como usar a planilha. Pra quem é metódico igual a mim, essa planilha é o paraíso! Controle de Gastos.xlsx Roteiro.xlsx Observação: Alguns custos durante a viagem, foram divididos por 2, como hospedagem, táxi, mercado, snacks, etc. EQUIPAMENTOS E OUTROS Mochila: Comprei foi uma Quechua Easy-Fit de 60L. Custou R$ 599 na Decathlon. Como eu quero fazer muitos mochilões ainda, eu preferi investir um pouco mais num equipamento um pouco melhor, que dure bastante. Não queria uma mochila que na primeira viagem já estivesse descosturando. E, pelo menos até agora, valeu muito a pena o investimento. A mochila aguentou bastante o tranco dessa viagem. Pena que em uma das esteiras de bagagem em Lima, uma das fitas de regulagem enganchou e acabou cortando uma parte . Mas tem conserto numa costureira. Eu não levei muita coisa e achei que o tamanho foi suficiente para essa viagem. Bota: Foi outro investimento pesado que eu decidi fazer. Antes da viagem minha namorada foi pra Curitiba e achou uma bota que eu estava querendo por lá a um preço bem mais barato. A bota foi a The North Face Ultra Extreme GTX. Saiu por R$ 630 na loja física da Canyon Adventure em Curitiba. A bota é FODA! Não descosturou, é extremamente confortável, mantém seus pés secos mesmo na chuva, pois tem membrana Gore-Tex. Enfim, me apaixonei pela bota e foi o único calçado que eu usei na viagem inteira (tirando uma havaiana que usava pra ficar nos hostels). Valeu muito a pena o investimento. Roupas de Frio: Tudo comprado na Decathlon. Deixei várias dilmas nessa loja pra comprar roupa segunda pele, casaco corta-vento, etc. Esperei pra comprar as coisas na Black Friday mas as promoções do site foram muito ruins e acabou saindo praticamente pelo mesmo preço que estava anteriormente. Seguro de viagem: Fiz pela Mondial Seguros. Paguei cerca de R$ 200 e graças a Deus não precisei usar. Mas é recomendável ter. Nunca se sabe quando você pode precisar. Certificado Internacional de Vacina: É necessário para entrar na Bolívia mas não me pediram. De qualquer forma não custa nada fazer. Basta você ir em algum posto médico da sua cidade, tomar a vacina e fazer seu cartão de viajante internacional. Aqui nessa página do Ministério da Saúde tem uma lista com todos os postos do Brasil que emitem o certificado. O QUE EU LEVEI NA VIAGEM? MOCHILÃO 7 camisetas 1 camisa segunda pele (1ª camada) 1 calça segunda pele (1ª camada) 1 casaco fleece (2ª camada) 1 casaco impermeável (3ª camada) 1 calça esportiva 1 calça jeans 3 bermudas 7 cuecas 1 sunga 6 pares de meias 1 touca 1 par de luvas 1 toalha microfibra 1 bota impermeável 1 par de sandálias 1 relógio 2 cadeados TSA Canivete suíço Lanterna Óculos de sol Celular Carregador Adaptador universal T (Benjamim) Fones de ouvido Máquina fotográfica Lente Disparador remoto Cartão de memória Tripé grande Mini-tripé Selfie Stick Kit limpeza para câmera Caneta Caderno de anotações Livro de palavras cruzadas Capa de chuva para a mochila Bastões de trekking Uma dica que eu vou dar aqui e que me foi muito útil: levem aqueles saquinhos à vácuo de viagem. Coloquei cada tipo de roupa em um saco daquele: um para bermudas, outro para cuecas, meias, camisas e roupas de frio. Você bota as roupas dentro, fecha e usa um aspirador para tirar o ar. Fica bem compacto e organizado. Durante a viagem, que, óbvio, eu não tinha aspirador, o que eu fazia era sentar em cima da sacola pra tirar o máximo de ar possível e depois fechava. Dava quase a mesma coisa. Fica a dica! PASTA PLÁSTICA DE DOCUMENTOS (dentro da mochila de ataque) Cartões de embarque de voos Pasta plástica para documentos Cartão de Crédito Internacional (na doleira, sempre!) Passaporte Certificado Internacional de Vacina (ANVISA) Seguro Saúde Todo e qualquer comprovante/documento que eu recebesse durante a viagem Peguei essa dica no relato do rodrigovix e foi de muita utilidade. Valeu, xará! ITENS DE HIGIENE 2 Sabonetes Shampoo Protetor solar (facial e corporal) Hidratante Protetor labial Repelente Escova de dente Creme dental Barbeador Espuma de barbear Desodorante roll-on Perfume Lenços umedecidos Papel higiênico Álcool gel Escova de cabelo Talco para os pés Usei tudo! Mas a principal dica que eu dou é: use protetor solar. Não se esqueça disso. O sol nos Andes não é brinquedo, apesar do frio enganar um pouco. Se proteja se não quiser ficar todo assado. REMÉDIOS Hidratante: Bepantol/Derma Analgésicos e anti-térmicos: Dorflex, Tylenol, Atroveran; Anti-alérgicos: Polaramine Anti-inflamatórios: Nimesulida Garganta: Benalet; Antiácido: Luftal, Eno, Engov; Para gripe: Trimedal e Sorine. Para enjoos: Dramin Kit curativo: Bandaid, Merthiolate, Gase, esparadrapo Intestino: Floratil Relaxante Muscular: Cataflam spray Complexo Vitamínico: Centrum Há quem ache frescura levar tantos remédios, mas eu não queria correr o risco de perder 1 dia sequer de viagem por estar mal de saúde, portanto resolvi levar um batalhão de remédios. Graças a Deus não precisei tomar nada disso, mas minha namorada (que tem a saúde mais frágil que a minha) esgotou o estoque de alguns remédios, principalmente de Floratil . Mas fica a dica. Levem remédios. Enfim. Por enquanto é isso. Espero que vocês gostem do relato e acompanhem. PRÓXIMO CAPÍTULO: Lima e o primeiro contato com a imensidão do Oceano Pacífico. (mais uma ideia roubada do relato do rodrigovix) Editado Abril 10, 2017 por Visitante Citar
Colaboradores vanessa.snobre Postado Março 9, 2016 Colaboradores Postado Março 9, 2016 (editado) Eita, que massa. Te vi fazendo inúmeras perguntas nos posts que venho acompanhando... Finalmente saiu, né? haha Também sou de Recife, indo em maio. Você tirou o certificado em qual posto? No Lessa de Andrade? Não consigo falar nesse telefone. Vai postando o relato aí... Editado Março 9, 2016 por Visitante Citar
Membros letícia.amorim Postado Março 9, 2016 Membros Postado Março 9, 2016 Acompanhando está ficando ótimo! Citar
Membros quel.teixeira Postado Março 10, 2016 Membros Postado Março 10, 2016 Aêeeeee! Acompanhei umas coisas pelo insta, mas já estava ansiosa pelo seu relato! Citar
Membros rodrigopaulo Postado Março 10, 2016 Autor Membros Postado Março 10, 2016 Eita, que massa.Te vi fazendo inúmeras perguntas nos posts que venho acompanhando... Finalmente saiu, né? haha Também sou de Recife, indo em maio. Você tirou o certificado em qual posto? No Lessa de Andrade? Não consigo falar nesse telefone. Vai postando o relato aí... Foi, tirei lá mesmo. Se não me engano a pessoa que faz os cartões de viajante só trabalha pela manhã. No dia que eu fui tava um pouco cheio mas não demorou mais de 30 minutos. Abraços! Citar
Membros rodrigopaulo Postado Março 11, 2016 Autor Membros Postado Março 11, 2016 Capítulo 1 - Lima e o primeiro contato com a imensidão do Oceano Pacífico - 07/02/16 Mochilas prontas, saímos de Recife às 23h do dia 06/02. Nosso voo partia em direção à São Paulo, onde faríamos uma escala de 2h e depois seguiríamos por mais 5h de viagem rumo à Lima, nosso destino inicial. Chegamos em Lima às 7h do horário local. Aqui já surgiu o primeiro susto da viagem. Afinal, mochilão que é mochilão tem que começar com emoção. Ficamos mais de 30 minutos na esteira de bagagens e nada das nossas mochilas chegarem. Aí já pensei: FUDEU! Não tinha trazido nenhuma roupa na mochila de ataque. Já fiquei pensando nos sabe lá quantos dias que eu ia ter que ficar usando a mesma roupa até acharem minha bagagem. Mas aí quando chegamos no balcão da companhia aérea vimos que tinha mais gente na mesma situação, inclusive um casal de brasileiros. Mas logo logo nossas bagagens apareceram, e as deles também. Já tínhamos reservado um transfer do hostel para nos buscar no aeroporto. Como vimos que o preço estava na média, resolvemos contratar logo. Custou S./ 60. A sorte que os brasileiros também estavam indo para Miraflores e aí rachamos o táxi entre os 4 e ficou bem mais barato para cada um. Ao longo do percurso o motorista foi percorrendo toda a orla de Lima e foi aí que pudemos admirar a beleza do Oceano Pacífico e suas águas com aquele tom de azul escuro. Normalmente Lima vive nublada a maior parte do ano, mas, por sorte, - foi algo que tivemos com frequência nesse mochilão – nesse domingo estava fazendo um sol de rachar o côco! E a cidade ficou muito mais bonita. Chegamos no hostel, que já havíamos reservado com antecedência, mas o check-in era apenas às 12h. Deixamos nossas bagagens no depósito e ficamos esperando um amigo nosso que mora lá. Esse nosso amigo mora em Lima e é casado com uma brasileira aqui em Recife e como ele iria viajar para o Brasil em breve, ele precisava de reais e nós de soles (Não diga?!?!). Aí trocamos moeda com ele na cotação oficial (R$ 1 = S./ 0,88). Foi bom para todo mundo! ] Aí ele pegou a gente no Hostel e fomos num café em Miraflores comer alguma coisa. Muito charmoso o local, chama-se Café San Antonio. Foi onde eu comi a melhor empanada de carne de toda a viagem. Ficamos ali pouco tempo, até porque já era cerca de 10h da manhã e tínhamos uma reserva no restaurante El Mercado às 13h. Saímos de lá e ele decidiu dar uma volta com a gente por Miraflores e San Isidro para nos mostrar um pouco da cidade. Primeiro fomos pela orla (Malecón de La Reserva) e fomos parando em alguns parques ao longo da orla. Gente, vocês não têm noção de como a orla de Lima é linda. Para quem não sabe, Lima é uma cidade que fica no topo de imensas falésias, com o Pacífico bem abaixo da cidade. Aí no topo dessas falésias e ao longo de toda orla tem parques imensos, muito bem cuidados, pistas de caminhada e ciclovia. Era domingo de sol então estava todo mundo aproveitando a cidade. Eu me apaixonei por essa orla de Miraflores! Passaria um dia inteiro por ali, fácil. Miraflores by rodrigopaulo, no Flickr Miraflores by rodrigopaulo, no Flickr Miraflores by rodrigopaulo, no Flickr Miraflores by rodrigopaulo, no Flickr Faro de La Marina by rodrigopaulo, no Flickr Sem título by rodrigopaulo, no Flickr Na parte de baixo da orla tem um píer imenso onde se localiza o restaurante La Rosa Nautica, que alguns dizem que é um pouco caro pra qualidade da comida, mas que possui uma vista linda. Não tivemos tempo de ir até lá, mas você pode entrar no pier pra tirar fotos se quiser, sem, necessariamente, entrar no restaurante. Fica a dica para os que quiserem. A vista deve ser linda. La Rosa Nautica by rodrigopaulo, no Flickr É muito bacana que tem um voo de parapente por toda a orla. Deve ser muito legal, mas quando eu perguntei o preço eu murchei na hora . Custa S./ 150 por meia hora de voo (sim, salgadíssimo para um mochileiro). Mas enfim, de qualquer forma é legal admirar o povo voando lá em cima dando um charme às fotos. Faro de La Marina by rodrigopaulo, no Flickr Malecon de La Reserva by rodrigopaulo, no Flickr Sem título by rodrigopaulo, no Flickr Aí depois disso finalmente chegamos no Parque del Amor, que com certeza deve ser o ponto mais bonito de toda a orla de Miraflores. Tem uns jardins muito lindos, com um monte de murais com frases de amor além da clássica estátua dos amantes se beijando. É fantástico! Vale a pena a visita. Parquel Del Amor by rodrigopaulo, no Flickr Parquel Del Amor by rodrigopaulo, no Flickr Parquel Del Amor by rodrigopaulo, no Flickr Parquel Del Amor by rodrigopaulo, no Flickr Eu ia postar uma foto nossa, que ficou linda, mas minha namorada se achou feia na foto e vetou a postagem (-.-) Não vai ser nesse capítulo que vocês vão conhecê-la Já era cerca de 13h e partimos rumo ao restaurante El Mercado do renomado chefe peruano Rafael Osterling. Lima é uma potência gastronômica e tem alguns dos melhores restaurantes do mundo (Central, Astrid y Gastón, La Rosa Náutica, La Mar, etc.). A gastronomia é tão rica que eu prometi à minha namorada que quando fôssemos ricos voltaríamos em Lima para fazer um “mochilão gastronômico”. Mas como estávamos na vibe de mochileiros, só escolhemos dois restaurantes caros para conhecer e pronto. Um deles foi o La Mar. O restaurante é muito aconchegante, tem um astral muito legal, parece um mercado mesmo, toda a decoração do ambiente e da vibe da galera que frequenta o local. Foi aqui que tivemos nosso primeiro contato com o Pisco Sour e com o Ceviche. Foi amor à primeira vista. Apesar que não foram os melhores da viagem, mas foram os primeiros, então a gente não esquece. Experimentamos também um prato que foi como ir no céu e voltar que foi o Pulpo à lá Parrilla, que são pedaços de polvo assados na grelha com algum tempero dos deuses que eles possuem por lá. Nossa, vocês não têm ideia de como estava gostoso. Tanto que toda vez que eu vejo a foto de novo me dá água na boca. Experimentamos várias coisas e saímos de lá com orgasmos alimentares. A conta ficou em S./ 75 para cada um, mas, como eu disse no início do relato, valeu muito à pena. El Mercado by rodrigopaulo, no Flickr El Mercado by rodrigopaulo, no Flickr El Mercado by rodrigopaulo, no Flickr Ceviche by rodrigopaulo, no Flickr Pulpo à La Parrilla by rodrigopaulo, no Flickr El Mercado by rodrigopaulo, no Flickr El Mercado by rodrigopaulo, no Flickr Em seguida nos despedimos do nosso amigo e voltamos pro hostel, o Dragonly Hostels. Não recomendo esse hostel não. Não foi barato (S./ 110 a diária de um quarto de casal), o hostel não tinha uma estrutura que justificasse esse preço, a internet não funcionou durante os 2 dias em que estivemos hospedados (devia ter pedido era um desconto!!!), quando chegamos do almoço, cansados, doidos para tomar um banho, ninguém sabia onde estava a chave do quarto. Aí tiveram que ligar para a menina que faz a limpeza, que tem uma cópia, e mesmo assim, toda vez que tínhamos que sair, a gente tinha que deixar a chave na portaria, o que é muito chato. Não tinha ar-condicionado, apenas um ventilador velho que mal dava conta. Tivemos nosso primeiro contato com o desayuno continental (no fim da viagem nós não aguentávamos mais nem ouvir essa palavra): pão, geleia, suco, iogurte e cereal. Os quartos compartilhados, que vimos de fora, são meio bagunçados. Enfim, não gostamos muito desse hostel. Tomamos banho, nos organizamos e pegamos um táxi para Barranco (S./ 8 ), que é um bairro boêmio de Lima onde tem vários bares e restaurantes bem agradáveis. Chegando lá demos uma volta, fomos na Puente de Los Suspiros, mas ainda estava claro, não estava com aquele charme clássico. Fomos a um pequeno mirador que tem para assistirmos ao pôr-do-sol no Pacífico. Foi o primeiro e único de toda a viagem. E foi muito lindo. Para nós que só estamos acostumados a ver o nascer do sol no oceano, foi uma vista muito linda e diferente. Uma dica. Os táxis em Lima são muito baratos, mas não possuem taxímetro, então você precisa combinar a corrida antes de entrar no táxi. Mas sempre pechinche. Quando lhe oferecerem um preço, sempre peça menos. O máximo que você vai ouvir é um não. E a frota de táxi da cidade é imensa, então sempre vai vir algum outro táxi atrás. Pechinchar é a lei para os táxis em Lima. Barranco by rodrigopaulo, no Flickr Aí depois ficamos dando uma voltinha pelo bairro para conhecer e tirar algumas fotos. Estava bastante movimentado. Algumas partes estão em reforma, acredito eu que estão fazendo algum tipo de revitalização na área. Mas não deixava de ser lindo. Vale a pena a visita no fim de tarde. Puente de Los Suspiros by rodrigopaulo, no Flickr Barranco by rodrigopaulo, no Flickr Puente de Los Suspiros by rodrigopaulo, no Flickr Puente de Los Suspiros by rodrigopaulo, no Flickr Saindo de lá fomos direto para o Parque da Reserva para ver o Circuito Magico del Agua, que fica um pouco mais afastado de Miraflores. Tão afastado que quando pegamos o táxi (S./ 12), não sabia pra onde ele estava indo e já fiquei com medo de estar sendo sequestrado e levado para algum cativeiro (sangue brasileiro aflorando). Mas aí eu olhei no mapa e vi que estávamos indo para o caminho certo mesmo, é que é longe pra cacete mesmo . São uns 30 minutos. Quando chegamos lá tinha uma fila GIGANTESCA pra entrar no parque. Achávamos que iria ter algum show ou evento especial, mas não. Pensávamos: “Como pode um parque que está aqui todo santo dia estar tão lotado desse jeito? Esse povo já deve ter cansado de ter visto esses espetáculos das fontes, porque tanta gente?”. Mas não, o povo realmente gosta do parque. A maioria das pessoas eram moradores locais. Sei que demoramos quase 1h pra entrar no parque. O boleto de entrada custa S./ 6 (adulto) e S./ 4 (estudante). Entramos e o parque estava lotado de gente assistindo aos malabarismos das fontes de água. É um espetáculo muito lindo. São várias fontes e tem um jogo de luz e som que deixa tudo mais bonito ainda. Tirei várias fotos, mas como era de noite e eu estava sem tripé, só algumas poucas fotos prestaram. Circuito Magico del Água by rodrigopaulo, no Flickr Circuito Magico del Água by rodrigopaulo, no Flickr Circuito Magico del Água by rodrigopaulo, no Flickr Circuito Magico del Água by rodrigopaulo, no Flickr Circuito Magico del Água by rodrigopaulo, no Flickr Saímos de lá o parque já estava fechando, fechamos um táxi de volta para Miraflores por S./ 15 e fomos direto para o Shopping Larcomar porque estávamos morrendo de fome. O Larcomar é um shopping que fica na orla de Miraflores e é todo ao ar livre. É um shopping massa! Pra nós que estamos acostumados a ficar enclausurados dentro dos shoppings pra nos fazer perder a noção do tempo, o Larcomar foi um novo conceito. E de noite, então, com tudo iluminado, fica lindo. Jantamos no La Lucha Sangucheria que é uma lanchonete que vende vários tipos de sanduíches todos eles muito bons. Comi um sanduíche de porco e um suco, deu S./ 28. Um pouco caro, mas gostoso. Shopping Larcomar by rodrigopaulo, no Flickr Shopping Larcomar by rodrigopaulo, no Flickr Depois voltamos andando pro hostel. Miraflores é bem segura, não fazia medo andar à noite pelas ruas do bairro. Tem muitos comércios, muita gente até tarde nas ruas. É um bairro bem movimentado. Gastos do Dia Táxi do Aeroporto a Miraflores – S./ 15 Almoço no El Mercado – S./ 75 Táxi de Miraflores a Barranco – S./4 Táxi de Barranco até o Circuito Magico del Agua – S./ 6 Boleto do Circuito magico del Agua – S./ 4 Táxi do Circuito Magico del Agua até o Shopping Larcomar – S./ 7,5 Jantar no La Lucha Sangucheria – S./ 28 Total: S./ 139,5 PRÓXIMO CAPÍTULO: Um mergulho no Centro Histórico de Lima Citar
Colaboradores rodrigovix Postado Março 11, 2016 Colaboradores Postado Março 11, 2016 Alerta: **Tópico Foda Detected** hehehe O relato começou em alto nível, Rodrigo. Parabéns pela contribuição!!! Citar
Membros rodrigopaulo Postado Março 13, 2016 Autor Membros Postado Março 13, 2016 Alerta: **Tópico Foda Detected** hehehe O relato começou em alto nível, Rodrigo. Parabéns pela contribuição!!! Valeu, mestre! ahahaahahaha Abraços! Citar
Membros ferreira-tamara@ig.com.br Postado Março 13, 2016 Membros Postado Março 13, 2016 Oi Rodrigo, estou querendo fazer o mesmo roteiro que você, mas nunca mochilei, estou com medo de ir sozinha. Citar
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