Colaboradores Este é um post popular. Schumacher Postado Dezembro 5, 2017 Colaboradores Este é um post popular. Postado Dezembro 5, 2017 Fala, galera! Essa viagem não foi um mochilão, visto que fiz na companhia de minha mãe, mas como passamos por lugares pouco visitados achei importante deixar o resumo aqui Dia 1 Após quase um mês viajando sozinho pela Europa, nesse dia deixei o albergue em Barcelona, fiz umas compras de suprimentos para a viagem e peguei o metrô até o aeroporto. Lá eu esperei minha mãe que veio do Brasil e retirei o carro reservado na Europcar. Pagamos 377 euros para 2 motoristas num carro automático, que acabou sendo o elegante Fiat 500X, durante 20 dias. Dirigi o veículo pelo interior da Espanha rumo a Andorra. O caminho é cênico, passando por um belo rochedo em Montserrat, cidades de pedra, florestas de cores diferentes e picos nevados. As estradas são muito boas; o único porém é que há vários pedágios seguidos de até 11 euros! Entramos em Andorra, um país catalão, sem nem precisar parar o carro ou ter os passaportes carimbados. No meio do pequenino país fica a capital Andorra la Vella, onde logo chegamos. Parei na entrada de uma trilha, onde subi umas rochas por 1 km até a igreja Sant Vicenç d’Enclar. Lá em cima dá para se ver toda a cidade. Sem achar estacionamento gratuito, tive que parar num subterrâneo pago, mas barato. Caminhamos pelo centro histórico, quase misturado com o centro comercial. Do primeiro, há um casario do século 16 e uma igreja não tão velha, além de ruelas e outras construções de pedra. No comercial, uma infinidade de lojas de perfumes, bebidas, eletrônicos, roupas e equipamentos de aventura, pois o país é livre de impostos. Ainda assim, para os produtos de fora da Europa, comprar nos EUA continua mais barato. Tiramos uma foto na ponte iluminada e na escultura do relógio derretido de Salvador Dalí. Em seguida, entramos num supermercado. Preços imperdíveis fizeram com que enchêssemos as malas de comida; por exemplo, 1,7 kg de Nutella por menos de 10 euros e 300 g de Milka por 1,85 euros! Muitos restaurantes estavam fechados, mas achamos um decente para comer pratos à base de frutos do mar. Dois pratos + bebida + sobremesa custou 10 euros por pessoa. Não que esteja tão ruim, mas bateu uma saudade dos preços do leste europeu… Eis que ao chegarmos no Hotel Mila, um pouco elevado em relação à cidade, começou a nevar de uma forma que nunca havia visto antes. Fiquei bobo que nem criança brincando por um tempão, já que a neve não cessou. Dia 2 O café da manhã estava excelente, grande variedade, especialmente para quem está acostumado com albergue. Não parou de nevar a noite e dia todo; consequentemente, tudo estava coberto de branco, uma beleza só! Compramos souvenires no centro, passamos por umas igrejas e subimos em alguns mirantes morro acima. Mesmo com máquinas escavadoras de neve passando, os caminhos não estavam nada fáceis, principalmente no Mirador del Roc le Quer. Como a subida final estava com a pista tomada de neve, ascendi os últimos 2 km correndo. A vista compensou o esforço; simplesmente incrível! Passamos por uma cachoeira, até enfim quase ficarmos presos na estrada aos 2 mil metros de altitude e -4 ºC em Envalira. Sorte que lá havia um túnel que atravessa uma grande montanha, saindo já na França. A entrada ainda estava meio perigosa, tanto que vimos carros com corrente nos pneus. Mas conforme descemos em altitude, o branco foi sumindo e dando lugar à vegetação colorida. O inferior da França ao longo da cadeia de montanhas dos Pirineus é cênico. Rodamos por algumas horas, até deixarmos a cordilheira, seguindo por campos de plantios, já com o sol se pondo, rumo a Carcassonne. Lá só deu tempo de darmos uma olhada no sombrio centro histórico, pegarmos um rango e irmos até o hotel. Assim como nas demais noites na França, ficamos num hotel da rede Campanile, um dos 3 estrelas menos caros. É bem decente. Dia 3 O buffet de café da manhã custou 10 euros e foi bem gostoso. Nos dirigimos pela manhã à cidade fortificada de Carcassonne, patrimônio da UNESCO, com cerca de um milênio de idade. São diversas construções (convertidas em lojas de souvenires, restaurantes, hotéis e museus) dentro de duas muralhas íntegras, num promontório com vista para a cidade. Além disso, há o castelo, mas que necessita de um pagamento à parte (9 euros). Guiamos o carro por mais uma hora até Bèziers. A primeira parada foi numa colina onde jaz o sítio arqueológico e museu Oppidum d'Ensérune. Ali ficava uma vilarejo gaulês. Há escavações de parte dessa vila, e no museu peças como cerâmicas dos povos locais. Pagamento de 6 euros. Com a vista ampla lá de cima, se vê o Étang de Montady, uma depressão circular no terreno no que já foi um lago secado artificialmente por um túnel subterrâneo construído na Idade Média, ainda em funcionamento. A outra obra que se observa, ainda mais grandiosa, é o Canal du Midi, também patrimônio da humanidade. Para suas eclusas nós seguimos. São 9 de uma vez, com o propósito de desfazer as diferenças de altura no nível do canal para navegação. Ficam numa área tranquila recém renovada. Não se paga entrada. De lá vimos a imponente catedral e muralhas do centro antigo de Bèziers. Mas além disso, não há muito o que ver por lá, conforme constatamos posteriormente. Saímos já ao pôr do sol para Montpellier. A autoestrada é uma beleza, tendo em vista a conservação, velocidade e número de pistas, mas em compensação, as saídas são muito pouco frequentes; quando perdemos a da cidade para onde iríamos, tivemos que dirigir mais meia hora para voltar! Jantamos no próprio hotel onde ficamos. Paguei 11 euros no buffet livre de frios e minha mãe 10 numa pizza. O quarto é parecido com o outro da rede em que passamos a noite anterior. Dia 4 De manhã, vimos o centro meio sem graça de Montpellier. Jardins, praças, igrejas, mercados e ruas apertadas. Para compensar, o cenário ficou bem melhor ao seguirmos em direção ao Mar Mediterrâneo. Em Maguelone há uma igreja bem antiga cercada por canais grandes, que formam lagoas cheias de aves, como flamingos. E do outro lado, o marzão azul numa praia quase deserta. A parada subsequente foi a cidade de Nîmes, bem mais aprazível que Montpellier. Lá vimos os restos de Nemausus, uma cidade romana. Destaque para a grande arena (Coliseu) e o templo Maison du Carrée. Os dois e mais a torre magna no jardim de la Fontaine podem ser visitados por dentro mediante pagamento. Caímos na autoestrada de 130 km/h ao escurecer para Orange, onde dormimos. Dia 5 Primeira parada no morro atrás do teatro romano, atração da UNESCO. Ao subir a pé, tivemos a visita de dentro do monumento pago e do resto da cidade. Depois paramos no Arco do Triunfo. Avinhão foi a cidade seguinte. O Palácio dos Papas, também patrimônio, fica em uma colina à beira de um rio. É uma construção medieval enorme, e em volta fica também uma catedral, uma ponte, uma torre e um forte, todos antigos. A vista é muito bonita também. Trocamos as vias principais e cidades pelo interior, mas nem assim as estradas deixaram de ser asfaltadas e conservadas. Nessa hora, adentramos no Parque Natural Regional de Luberon. Um dos atrativos é o vilarejo de Bories, uma pequena vila abandonada no século passado. São construções e ferramentas habitacionais e relacionadas com a subsistência, como agricultura e pecuária. A principal característica é que as construções são todas de pedra, assentadas sem cimento algum. Custou 6 euros a entrada. Quase ao lado, passando pelas ruelas cercadas de pedra, a cidadezinha de Gordes. Encravada num morro e colorida com a cor dele, a vista de um mirante é impressionante. Passamos por dentro e descemos o vale até o povoado a seguir. Este foi Roussillon, com suas edificações todas em ocre, mineral abundante na região e que contribuiu para o desenvolvimento da mesma há alguns séculos. Hoje, vive do turismo, e um grande exemplo disso é a trilha do ocre (2,5 euros), um caminho por entre as falésias da rocha vermelho-amarelada e as florestas que crescem nesse meio particular. Como a tarde estava indo embora, tivemos que pegar a autoestrada para Nice. Quase chegando lá, passamos pela loja barata Primark. E pela última vez, ficamos num hotel Campanile, o de Chateauneuf-Grasse. Dia 6 De toda a rede, esse hotel foi o mais simples. Peguei o carro e dirigi morro acima, com uma parada nas cachoeiras do Saut du Loup (1 euro). Continuando por cima, vimos dois povoados aglomerados com arquitetura interessante: Tourrettes-sur-loup e Saint-Paul-de-Vence. Já em Nice propriamente dita, fazia um calor que não víamos há tempo. Deixei o carro num estacionamento próximo ao calçadão à beiramar. Me deu a maior vontade de correr ou pedalar ali, como muitos faziam - alguns até arriscavam um mergulho no mar de tom azulado. Enquanto perambulávamos pelo mercado de rua, uma quadra atrás da praia, nos encantávamos com a arquitetura detalhada e colorida das edificações - notada de forma ainda melhor quando eu subi no parque da colina do castelo, cuja vista pra baía dos anjos é sensacional. Pena que não tivemos tempo para ficar mais, pois ao dirigir, cada morro passado apresentava uma nova paisagem interessante. Enfim, entramos no principado de Mônaco. Que caos dirigir nesse projeto de país! As ruas são apertadas, cheias de túneis e morros. Deixamos em uns 4 estacionamentos diferentes para poder ver o máximo, aproveitando que até uma hora é grátis - na única que ficamos mais, custou 6 euros. Se Nice já era caro, aqui ficou ainda pior. Só comprei um souvenir, nem comida arrisquei. No morro de Monaco-ville vimos o palácio do príncipe, além da catedral, diversas lojas de lembranças e mirantes para todos os lados. O museu oceanográfico, assim como os demais do país, tivemos que deixar de lado. Ao escurecer o céu, exploramos a área de Monte Carlo. Como esperado, é luxo para todo lado. Hotéis e lojas de grife, além do famigerado Cassino de Monte Carlo. Lá só acessamos o saguão, pois para ver a mesa de jogos era preciso pagar 12 euros. Deixamos o minúsculo país, cruzando outra cidade francesa, antes de chegar à Itália. Ali passamos por dezenas de túneis elevados e sem fim. Saímos da autoestrada para dormir na pequena Richieri, onde passamos a noite no Albergo Ristorante San Mateo (48 euros). Jantamos uma boa massa com vinho ao chegar, e depois dormimos no velho hotel, que deixou a desejar em relação ao 3 estrelas francês. E aqui só se falava italiano. Dia 7 O café da manhã também não era tão variado. Pegamos a estrada, e novamente passamos por infinitos túneis e viadutos. A primeira parada em Gênova falhou, pois o parque que visitaríamos estava fechado devido ao feriado de San Martino. Então fomos direto ao centro, ou pelo menos tentamos, pois foi impossível estacionar ali, mesmo pagando, pois estava tudo lotado. Deixei o carro longe, e caminhamos bastante. Primeiro entre as ruelas da parte mais antiga, onde os prédios em frente ao outro quase se tocam. Descendo, almoçamos na Piazza de Ferrari. Eu fui ao restaurante Mentelocale, que durante a semana serve buffet ilimitado por 12 euros. No caminho, diversas igrejas. Uma hora chegamos à Via Garibaldi, uma estrada que concentra dezenas das centenas de mansões em estilo renascentista e barroco, listadas na UNESCO. O Porto Antico foi o próximo ponto de visita. Marina, lojas, praças e muitos africanos ao redor do principal ponto turístico, o caro aquário (49 euros o pacote completo). Apenas caminhamos por fora, entrando em seguida na Eataly, mercado de alimentos de grife. No fim da tarde, retornamos ao estacionamento, tendo que pagar 9 euros para retirar o veículo. Assim fica difícil… Seguindo em sentido sul, passamos pelo longo calçadão à beiramar. O pôr do sol no mar é demais. Com outra hora de direção, chegamos a La Spezia. Dormimos no All’Isola Che Non C’e, num quarto espaçoso em meio rural. Dia 8 O café deu pro gasto. Fomos até próximo da estação de trem e deixamos o carro na rua mesmo, já que era domingo e não seria necessário pagar estacionamento. Na ferroviária compramos o Cinque Terre Card por 13 euros, que nos deu direito a trens ilimitados entre os 5 vilarejos do parque nacional, além de extras. Embarcamos no primeiro, que sai a cada cerca de uma hora, descendo em cada uma das bonitas vilas costeiras. Apesar da trilha pedestre entre as 5 levar cerca de 7 horas, de trem é feito em meia hora. A primeira vila se chama Riomaggiore. Ficamos 2 horas lá, subindo escadas em meio a vielas, observando os habitantes e as construções, e fotografando dos mirantes do castelo e do mole. Manarola tem outras tantas casas de poucos andares coloridas, ainda mais bonitas para serem fotografadas de longe. Onde fica o mirante também há acima um cemitério e plantações de uva em terraços. Uma hora bastou. Corniglia é o menos acessível, pois é preciso subir uma escada bem grande para chegar no povoado. Ao menos as vistas de lá são muito boas. Uma hora de visita também. Vernazza já não tem muitas novidades. Há um castelo no alto e uma praia em frente. Comemos uma pizza por 8 euros. Uma hora depois, continuamos ao último. Monterosso al Mare tem a costa mais extensa. Gostei um bocado da praia, onde o sol se punha, ao som do sino da igreja que tocava uma música. Uma hora e meia para cá. Embarcamos no trem de volta a La Spezia, pegamos o carro e descemos pela autoestrada até Pisa. Visitamos o iluminado e ainda frequentado Campo dei Miracoli, o grande terreno que num gramado impecável abriga as grandes e conservadas edificações históricas: muralhas, cemitério, batistério, catedral e a torre torta. Para ver por fora não é preciso pagar nada, e naquela hora não havia vendedores chatos. Quando começou a chover, seguimos para Luca. Nesta cidade, ficamos hospedados bem ao lado do centro histórico, no B&B Cento Passi Dalle Mura (46 euros com café). Foi o único com banheiro compartilhado. Dia 9 A pé, visitamos o centro histórico de Luca. Entre espessas muralhas, ficam construções antigas, sendo as principais templos católicos. O jardim botânico só abre depois do inverno. Já em direção a Florença, ao sair da autoestrada para escapar dos preços abusivos dos postos, que cobravam uns 25 centavos de Euro por litro a mais que o padrão, passamos por acaso no shopping center iGigli. Além de um hipermercado, há algumas lojas interessantes lá dentro, como a Primark e a Media World. Almoçamos um prato enorme de carnes e saladas chamado “La gran grigliata”. Tentamos visitar depois alguma das Villas de Medici, mansões ao norte de Florença, mas haviam recém fechado pelo horário. Ao retornar à cidade, ficamos presos por meia hora numa rua sem saída onde apenas um carro passava de cada vez, mas havia veículos nos dois sentidos naquele momento de saída da escola. Anoitecia quando conseguimos finalmente chegar ao centro. Perambulamos entre igrejas enormes, galerias com esculturas renascentistas, palácios, museus e pontes clássicas. É notável a quantidade de sorveterias em pleno funcionamento, mesmo no frio que estava. O hotel dessa noite foi em Impruneta, uma cidadezinha elevada ao sul de Florença. Dormimos no Villa Cesi. Dia 10 Outro café bom. Estou adorando a tal da crostata, um tipo de torta italiana. Fomos em direção a San Marino. Mas em vez de escolher o caminho mais longo, mas mais rápido, fiquei com o mais curto e cênico, que passa por morros bem consideráveis e por estradas não muito cuidadas. Nas partes mais altas, toda vegetação estava coberta de neve! Sorte que haviam limpado as vias antes. Sem mais nem menos, nos vimos dentro de um novo país, com casas mais bonitas à vista. Subimos até o centro histórico, localizado no Monte Titano, o mais alto da pequenina e praticamente despovoada nação. Estacionamento é o que não falta, ainda que sejam em maioria pagos. O visual lá de cima é incrível. Vale a pena enfrentar o vento forte e frio para chegar perto das muralhas e torres e ter visuais de dezenas de km do resto de San Marino, das montanhas nevadas italianas e do Mar Adriático. Nessas torres ficam museus. No primeiro que visitei, comprei o passe para múltiplos museus por 10,5 euros. O de armas antigas apresenta diversos exemplares de lanças, espadas, pistolas, armaduras e outras armas de séculos passados. Na torre Guaita, pequeno, ficam outras vistas e algumas informações extras. O Palazzo Publico é a sede do governo, que tem uma peculiaridade: são 2 os chefes de estado. Além de um vídeo, pude adentrar os gabinetes e salas de reunião do parlamento, já que não estavam trabalhando naquele dia. O Museo di Stato tem alguns andares com obras arqueológicas primitivas e de arte mais atual, tanto encontradas na área de San Marino quanto adquiridas. Na ocasião, havia pedras lunares da NASA. Aproveitei para usar o banheiro, pois os públicos custam 50 centavos de euro. Há outros museus, mas não estão inclusos no passe. A Basílica di San Marino é aberta e também merece uma visita. O resto do centro é todo em estilo medieval, apesar de não ter sido erguido nessa época. É composto por várias lojinhas duty free, que vendem até mesmo armas. Para o pôr do sol eu fui até o mirante do teleférico. Depois, descemos o morro. Jantei uma pizza enorme no shopping Azzurro por 8 euros. Por fim, fomos à hospedagem Garden Village, onde ficamos com uma cabana. Dia 11 Logo deixamos San Marino e paramos no circuito de automobilismo de Ímola. Estava ocorrendo a final de uma competição de Lamborghini, com ruídos ensurdecedores dos carros a toda velocidade. Junto à pista fica um museu e um parque. Dentro do último, fica uma homenagem emocionante ao ídolo brasileiro que morreu em 1994 naquela curva chamada Tamburello numa corrida de Fórmula 1. Lágrimas escorreram pelos meus olhos enquanto observava o último lugar que Senna viu em sua vida. A próxima parada foi em Bolonha. Caminhamos um pouco pelo centro histórico cujas edificações possuem coloração à Bolonhesa - seria o motivo do nome ou uma coincidência? Passamos por igrejas, torres, praças e um mercado. Comemos pizza. O dia automobilístico continuou em Maranello, a pequena cidade que respira sua marca mais conhecida. Lá, onde também jaz a fábrica, fica um dos museus da Ferrari (o outro está na cidade vizinha de Módena). Paguei 16 euros; caro, mas achei que valeu a pena. A história da marca de carros mais famosa do mundo é contada através de dezenas de carros de corrida originais de todas as décadas, além da memorabilia da marca. Fala-se ainda sobre o processo de desenvolvimento e há uma sessão especial da Fórmula 1. Só não gostei dos preços abusivos para o simulador e dos produtos. Em volta do museu há uma infinidade de estabelecimentos comerciais e monumentos relacionados com esse assunto. Seguimos já à noite para Verona, onde jantamos uma massa deliciosa no shopping Le Corti Venete. Por fim, dormimos no Hotel Gardenia. Dia 12 O café da manhã rivalizou com o melhor que tivemos, então saímos de lá de bucho cheio. Pegamos o carro e paramos no centro histórico de Verona. Isso incluiu pontes, castelos, teatro e arena romanos, mercados, praças, igrejas como sempre, e a casa de Julieta (Romeu e Julieta). Depois fomos ao Lago di Garda. Descemos em Sirmione, na entrada do centro histórico que fica numa península. A área é bem agradável. Caminhei por todo o entorno pela margem da lagoa. Lá há até mesmo águas termais sulfurosas. Mais além, fomos em sentido norte, ingressando no vale entre os Alpes italianos. Parei no mirante do castelo Beseno ao pôr do sol, infelizmente já fechado, e saquei uma foto de uma das cidadezinhas. Continuamos até Bolzano, parando no shopping 21 (onde comprei um celular novo, já que meu anterior faleceu por derretimento de tela) antes de finalmente ir ao Residence Baumgartner, a hospedagem alpina afastada da cidade. Por 50 euros tivemos um apartamento completo à disposição, mas a água era tão pouca que não deu para tomar banho. Dia 13 A estrada foi bem cênica nesse dia. Começando pelos rochedos das dolomitas italianas. Demos uma paradinha rápida no vilarejo de Brenner, na fronteira com a Áustria. Há um outlet por ali, mas os preços não chegam aos pés dos americanos. Nem um portal indicou que estávamos entrando num novo país. O idioma já era alemão no norte da Itália. O estilo das casas mudou um pouco só. Conheci o centro de Innsbruck (minha mãe já conhecia). Alguns prédios modernos constrastam com a parte histórica, entre Annasaule, passando pelo Goldenes Dachl (cujo teto é de ouro) e o Rio Inn, que nomeia a importante cidade austríaca. O cenário é ainda melhor pelas montanhas nevadas ao redor. Muitas lojas de souvenires e enfeites de natal, além de barracas de comidas típicas ficam por ali. Demos uma paradinha no shopping Tyrol para umas compras e alimentação, pois um buffet à vontade por menos de 10 euros quase ao lado havia acabado de fechar devido ao horário tardio. Ao retornarmos para o carro menos de 4 horas depois, tive a desagradável surpresa de ter que pagar mais de 10 euros de estacionamento. Seguimos viagem em sentido oeste, sempre no vale entre picos brancos. Havia muitos túneis também, sendo um deles com mais de 13 km! Com o céu escurecendo cedo, ao chegarmos em um vilarejo de Arlberg para a hospedagem, praticamente todo comércio já estava fechado às 18 h. Apenas um mercado restava para comprar comida. A hospedagem familiar Haus Jochum fica nesse meio de nada, além de uma estação de trem que faz questão de anunciar sua presença com certa frequência. Mas a casa é bem ajeitada. Dia 14 Saímos com o dia nascendo e tudo branquinho. Abastecemos na cidade fronteiriça de Feldkirch, pois era mais em conta, e ingressamos no principado de Liechtenstein. Aqui é usado o franco suíço, e o custo de vida é tão caro quanto lá. Subimos o castelo de Vaduz, a capital, mas só pudemos olhar de fora, já que a família real mora nessa edificação. Há um mirante para ver a cidade. Embaixo fica o centro. A parte turística é basicamente composta de uma avenida com calçadão, onde fica o centro de informações turísticas, alguns museus, a catedral, os prédios do governo, uma praça com obras de arte moderna, duas lojas de souvenires e alguns bares, restaurantes e lanchonetes. Fui no museu postal, que é gratuito mas quase não tem o que ver, além de selos. Depois fiquei quase 2 horas no museu nacional (10 euros), que fala e demonstra de tudo sobre o país, como a história, cultura e meio ambiente. Paguei mais 2 euros para acessar a câmara de tesouros, mas não achei ter valido a pena. Com os preços abusivos, comer foi uma tarefa difícil. Uma pizza que eu comeria sozinho fácil estava pelo equivalente de quase 80 reais, então fiquei apenas com um kebab de menos da metade do preço. Definitivamente, comprem em um supermercado austríaco antes a comida. O rio que faz fronteira com a Suíça também é agradável de se ver, e comporta uma ponte antiga fechada de madeira. Tirei uma foto no castelo Gutenberg, para então pegarmos a autoestrada suíça, que ao menos não cobra pedágio. Foto no lago Walen, e depois no de Zurique, já no centro da cidade. No encontro com o rio fica a maioria dos turistas e construções antigas. Ao anoitecer, me encontrei com a colega de faculdade Mariana, que não via há muitos anos. Ela me recomendou o café Kafischnaps, um ambiente agradável para conversar e tomar uma. Fiquei com a cerva local, que saiu por 6,8 francos o copo grande. Depois de muito papo com ela e seu cônjuge, seguimos para Winterthur, na região metropolitana de Zurique. O alto preço da hospedagem nos fez seguir até lá, ainda que fosse para ficar num chalé do Airbnb num sítio. Dia 15 Acordamos e o gelo cobria o carro. De volta a Zurique, caminhei pelo Viadukt, uma linha de trem abandonada que virou uma atração no estilo High Line Park de NY. Restaurantes, grafites e um clima industrial pairam no passeio público elevado. Na hora do almoço fomos convidados pela Mariana e pelo Daniel. Na casa deles, prepararam deliciosas salada, pizza e sobremesa italianas. Enquanto eu conhecia o museu nacional (Landesmuseum) por 10 francos, minha mãe andava pelo shopping subterrâneo da estação de trem central. O museu é grandioso em uso de tecnologias interativas, além de possuir um bom conteúdo a respeito do país. Fiquei 2 horas e não o vi a fundo. Pegamos a autoestrada. Como já estava tarde, tivemos que pular Berna, que ficava no meio do caminho. Já completamente escuro e frio, deixei minha mãe no apartamento do Airbnb perto de Lausanne, já na Suíça francófona, e para lá segui para ficar hospedado em meu amigo do atletismo Maioral. Passamos a noite conversando sobre as inconsistências da neutralidade suíça e as mais que abusivas taxas ocultas, que resultam num país não tão bom assim para se morar. Dia 16 Começamos o dia pelo pouco de centro histórico. A catedral neogótica é enorme. Outra construção importante é o palácio de Rumine, que abriga diversos museus gratuitos, mas infelizmente fechados na segunda-feira. Num morro central fica a floresta e parque Sauvabelin. Possui trilhas entre floresta temperada, um lago com animais e uma torre de observação que tem a melhor vista de Lausanne, seu lago e as montanhas. Tudo sem precisar pagar. O enorme Lago Léman é incrivelmente cênico. Para melhorar ainda mais, há um calçadão à beira dele e diversas instalações esportivas públicas. Caminhamos por um tempo. Demos em seguida uma passada rápida no também gratuito jardim botânico, mas com o fim do outono chegando, o estado das plantas não era dos melhores. Rodamos um tempo pelo centro comercial, até voltar à casa de meu colega. Eu e ele fomos jantar no Pinte Bresson, segundo ele o melhor restaurante de fondue da cidade. Eu nunca havia comido esse prato antes, e achei muito gostoso mesmo. O problema foi o preço: fondue + acompanhamentos + bebida = 36 francos, a refeição mais cara da minha vida! Dia 17 De manhã visitamos o museu olímpico, a principal atração da cidade. Como meu amigo trabalha no COI, entramos de graça. Caso contrário, custaria 18 francos por cabeça. São 3 andares lotados de informação a respeito das Olimpíadas de Verão e Inverno, além de trajes e equipamentos, vídeos e um bocado de sessões interativas. Poderia passar meio expediente fácil ali. Os jardins também são evocativos, com estátuas e lembranças dos jogos. O resto do dia foi praticamente só na estrada. Deixamos a Suíça e seguimos em sentido norte, cruzando a França. Depois de breve parada para ver os arredores da praça Stanislas em Nancy, deixamos o país. Sem passar por aduana alguma, entramos em Luxemburgo. Dormimos em Frisange, cidade fronteiriça, numa suíte apertada alugada pelo Airbnb. Dia 18 Juntamos o que restava do supermercado com o oferecido pela anfitriã para o café da manhã. Então dirigimos até o norte do grão-ducado, parando no vilarejo de Escher-sur-Sûre. Ao longo de um rio represado, possui casas típicas e ruínas de fortificações, dentro das quais se tem uma vista privilegiada. Depois, guiamos o veículo até Bourscheid, visitando o castelo de mesmo nome. Compramos o Luxembourg Card de 1 dia por 13 euros cada (10% menos para minha mãe por ser idosa). Esse bilhete dá direito a visitar de forma gratuita ou com desconto cerca de 60 atrações, sobretudo culturais. Vale a pena para quem não for nessa época, já que há poucos turistas e assim muitas coisas estão fechadas. Sobre o castelo medieval, o interior está em sua maioria em ruínas. Um audioguia multilingue descreve 24 pontos de interesse da fortificação e lar. Em Vianden, conhecemos outro castelo por dentro. Esse está mais íntegro que o outro, mas as vistas panorâmicas não são tão boas quanto. Dentro também há um museu que trata da construção e da vila. Há outros museus em Vianden e até um teleférico, mas para variar estavam fechados. O caminho continuou à margem da Alemanha, cuja fronteira se dá pelo Rio Sûre-Sauer. Paramos em Echternach, outro lugarejo, para comer, apreciar a abadia e ver as ruínas de uma villa romana. No interior dessa região há belas florestas, cruzadas pela longa trilha Mullerthal, de 120 km. Em Larochette fica outro castelo, mas não tão bonito. À noite, caminhamos pelo centro histórico da capital. Situada sobre um monte e cercada de muralhas e pontes, estava inaugurando hoje sua bonita iluminação natalina. Apesar disso, faltava montar muitas tendas, e depois das 6 e meia a maioria das lojas já estavam fechadas. Ao menos na Praça Guillaume II, onde estacionamos, um ringue de patinação com música e umas barracas de comes e bebes tradicionais davam um agito. Comemos um hot dog com salsicha Krakauer e tomamos um tipo de quentão chamado gluhwein. Não custou nada barato: 4 euros no primeiro e 3,5 no segundo. Dia 19 Enquanto abandonávamos o país de manhã cedo, no sentido contrário uma baita fila quilométrica de carros ia para o trabalho. O que deixamos de pagar de pedágio nos dias anteriores compensou neste: 15 euros para cada uma das 3 cidades em que paramos! A primeira foi Dijon. Situada na zona de produção de champanhes, é mais conhecida pela produção de mostardas especiais. Compramos um bocado de diferentes por lá, com preços bem bons de até 1 euro por vidro médio. Fora isso, visitamos o centro histórico com seus prédios e praças bonitos. Infelizmente o mercado central estava quase fechado em plena hora de almoço. Acabamos comendo uma torta de carne com salada e pão por 10 euros. Horas depois, descemos na velha Lyon. Essa região ao longo do Rio Saône é bem aprazível, com dezenas de edifícios históricos monumentais. Boa parte era iluminada à noite, quando deixamos a cidade. Mas antes disso, aproveitamos a Black Friday para fazer umas compras. Passamos a noite em Clermont-Ferrand, no hotel Kyriad. Dia 20 O térreo estava em reforma, então o hotel estava uma bagunça só. O café poderia ser um pouco melhor. Dia de percorrer todo o caminho de volta cruzando paisagens ora monótonas, ora belas, até Barcelona. Parei no shopping Diagonal Mar para alegrar minha mãe, e ali ficamos até à noite. Chegando no hotel Flora Parc, próximo ao aeroporto, arrumamos as malas para a viagem. Dia 21 O café da manhã deixou a desejar. Devolvi o carro, me despedi da mãe e embarquei a Roma pela Ryanair, onde esperei um tempão. Enquanto lia e escrevia, passei no guichê do Tax Free para o reembolso do imposto que paguei no celular que comprei. À noite voei a Buenos Aires pela Alitalia, com continuação na manhã seguinte com a Gol até Floripa, tudo por 35 mil milhas Smiles. E assim terminou a viagem Curtiu? Então dá um pulo no meu blog e confere outros tantos destinos interessantes: http://rediscoveringtheworld.com 5 Citar
Membros D FABIANO Postado Dezembro 10, 2017 Membros Postado Dezembro 10, 2017 Belo relato,bem informativo sobre meus próximos destinos . Questões, que mês você fez isso?Fala que em Nice estava sol e nos Pirineus nrvava,então há grande diferença climática na região? Também entre Suíça e Itália, tudo por causa da altura? Qual micro país é melhor de ser visitado em sua opinião?Andorra,Mônaco,San Marino,Luxemburgo ou Liechtstein? O Castelo dos Papás de Avignon é museu?Tem visita? E para encerrar,a pergunta de sempre,tem que conhecer francês, italiano e alemão para andar por estes lugares? Citar
Colaboradores Schumacher Postado Dezembro 10, 2017 Autor Colaboradores Postado Dezembro 10, 2017 Obrigado! Foi agora em novembro. Pois é, a amplitude é grande, principalmente pela altitude. Os micropaíses são diferentes, acredito que valha a pena conhecer todos, não tenho um preferido. Quanto ao castelo, é um conjunto de construções nas quais você pode entrar. O prédio principal é tipo um museu. Geralmente dá pra se virar falando inglês ou espanhol, mas houve momentos em que saber um pouco de francês e italiano me ajudou bastante, e se soubesse alemão seria ainda melhor. 1 1 Citar
Membros Jackson Lincoln Lopes Postado Dezembro 24, 2017 Membros Postado Dezembro 24, 2017 Cara, ótimo relato! Parabéns!!! Ajudou muito com as dicas. Vou de Veneza para Firenze, parando em Bologna (tudo de trem). Em Bologna, terei das 09h00 até as 18h00 para decidir se vou para Maranello ou para Ímola. Ainda estou na dúvida. Quero muito conhecer o circuito e o memorial do Senna. você chegou a entrar no Museo Checco Costa em Ímola? Se eu for em Maranello, com certeza vou querer fazer o test-drive em uma Ferrari do Gean, o brasileiro que tem um rent-a-car de Ferrari's por lá. Qual dois é mais imperdível? Infelizmente só terei tempo para um deles. Valeu desde já. Citar
Colaboradores Schumacher Postado Dezembro 24, 2017 Autor Colaboradores Postado Dezembro 24, 2017 Obrigado! Cara é uma decisão difícil mesmo. O museu de Ímola não cheguei a ir, mas pelo que li não me pareceu muito interessante. Contudo, o memorial do Senna, a pista e a corrida que estava ocorrendo valeram a pena. Se tiver passando alguma eu escolheria ali. Caso contrário, vá até a fábrica e museu em Maranello e ainda em Módena que fica ao lado, pois lá também fica outro museu da Ferrari, mais focado no fundador. Esse passeio de Ferrari deve ser massa, mas o olho da cara. Citar
Membros diazepan Postado Dezembro 29, 2017 Membros Postado Dezembro 29, 2017 Belo relato! Parabéns. Me inspirei pra fazer um em 2018 quem sabe. Se importa de falar o valor total gasto aproximado? Citar
Colaboradores Schumacher Postado Dezembro 29, 2017 Autor Colaboradores Postado Dezembro 29, 2017 Obrigado! Cara, infelizmente não tenho essa informação, porque a maioria das coisas foram pagas pela minha mãe. Mas pelos valores que eu divulguei dá pra ter uma ideia, melhor que um chute de minha parte. 1 Citar
Membros diazepan Postado Janeiro 2, 2018 Membros Postado Janeiro 2, 2018 Parabéns mais uma vez pelo relato. Você acha que eu apenas falando ingles/portugues conseguiria fazer uma trip dessas? abraço Citar
Colaboradores Schumacher Postado Janeiro 2, 2018 Autor Colaboradores Postado Janeiro 2, 2018 Consegue sim. Sempre vai ter alguém que fala inglês e, caso não tenha, é só usar o Google Tradutor offline! 1 Citar
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