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Atacama e Machu Picchu 2008/2009


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16/12/08 - Arequipa - PE/Cusco - PE

 

Acordamos cedo, e já desci com a bateria, o rapaz da recepção dormia tranquilamente atrás do balcão....hehehehehehe

 

Montei tudo direitim e liguei a moto, deve ter acordado alguns hóspedes, já que a garagem fica no centro dos aptos.

 

Mas, funcionou.....heheheheheheheheh

 

Nem tentei ligar de novo, aproveite e fiz o básico, conferir a corrente e lubrificar (aproveitei e estiquei-a) e voltei para pegar as coisas para montar a moto.

 

Perguntei para o rapaz da recepção se havia algum Taller naquela região, ou uma concessionária Honda, a minha preocupação era também não estar dando carga na bateria, aproveitei e troquei a lâmpada de 55W pela de 35W original para ver se mantinha um pouco mais de carga na bateria.

 

Enfim, o rapaz não sabia de onde havia um Taller naquela região e naquele horário, também não sabia de uma Honda lá, o engraçado é que vimos Hondas Twisters com a polícia de Arequipa, ou seja, provavelmente haveria a bateria da Fazer, já que é a mesma, aliás, é a mesma até da CG 150ED

 

Mas, como nada se resolvia, deixei para lá e após tudo estar pronto voltamos até a Av. movimentada e seguimos até um posto que tivesse gasolina de 95 Octanas.

 

Achamos um, foi caro 15 e poucos soles por Galão....hehehehehehehe É a medida aqui é no Galão, no caso da Fazer dá em torno de 40 soles, ou algo em torno de 13 e poucos dólares, com dólar à 2,50 (arredondando tudo pois estou fazendo a conta de cabeça....heheheh), dá 32,50 reais mais ou menos, ou seja, um pouco mais barato que o Brasil se estiver fazendo a conta de cabeça, já que o tanque dela estava na reserva.

 

E para variar um frentista (na verdade acho que era o dono do posto) me derramou toda a gasolina sobre o tanque da moto.....

 

É amigos, tirando o Chile (que não aconteceu nenhuma vez) a Fazer sofreu com isso .....hehehehehehehe

 

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E olhas os táxis amarelinhos, aqui não aconteceu e acho que não acontece mesmo de haver "lotação" no táxi, portanto, estejam atentos nisso, quando vierem para cá.

 

O preço descobrimos em Cusco é irrisório, 2,50 Soles (há quem vai te cobrar mais caro) por viagem, menos que um dólar.

 

Enfim, voltamos por toda aquela avenida até a ponte e lá surpresa, não tem retorno para pegar a Av. de Entrada de Arequipa, tivemos que atravessar a pista e fazer o retorno mais à frente.

 

O duro é que há placas aqui indicando um caminho para Juliaca (próxima cidade grande), mas como de Arequipa há dois caminhos (o novo e o velho) que vão para Juliaca e queríamos o novo, já sabíamos de outros relatos recentes, pois a pista era boa (segundo o que nos informaram lá) teríamos que "adivinhar" onde era o caminho.

 

No GPS por estar com o mapa desatualizado, o caminho mostrado era o antigo.

 

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Retorno na Avenida (extensa) de entrada de Arequipa

 

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Arequipa e o Vulcão Misti, para variar completamente encoberto.

 

Ah, o Vulcão Misti, há excursões para escalada partindo de Arequipa e deve ser um belíssimo passeio, outro passeio aqui nessa região é o famoso Cânion Del Colca, segundo maior do mundo em profundidade, são dois dias de passeio no mínimo e terá a chance de ver o vôo em círculo dos Condores, isso no mirante, além é claro de um convento antigo que é lindo (passamos ao lado dele, enquanto procurávamos hotel) e certamente vale a visita, mas aí são necessários alguns dias aqui e nosso destino era outro.

 

Paramos em alguns postos e fomos nos informando sobre o caminho, e é assim mesmo, um erro e poderíamos rodar por vários e vários km's até descobrirmos.

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Trânsito em Arequipa

 

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E aqui começa a via de Evitamento (não sei o pq desse nome, mas é o que vimos lá....hehehehe) que nos levaria até o caminho novo para Juliaca e de lá para Cusco.

 

Nessa área há diversas plantações pequenas e também criação.

 

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Olha o Misti de novo aí.

 

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Na nossa frente à montanha, avisando que agora iríamos subir bastante.

 

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E fomos assim pela Via de Evitamento até uma bifurcação, a placa não indicava a direção para Juliaca, fomos parando em vários postos e confirmando a direção correta (tem que ser assim, um erro e a gente pode perder várias horas, já que iríamos subir por uma área completamente despovoada).

 

A direção certa (e estávamos nela) era entrar na bifurcação à esquerda e seguir atravessando a zona Urbana e as cidades pequenas que acabaram formando uma "Grande Arequipa".

 

Depois disso, vamos subindo, subindo sempre serpenteando a montanha, passamos por lugares lindos por uma estrada muito boa realmente (indícios de que estávamos no caminho certo).

 

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Olha o visual

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E a altitude ! Subimos até aqui e chegamos numa espécie de "platô" vamos ficar assim no plano por vários e vários km's, variando 300/400 m para cima e voltando a essa altitude, precisei de novo das folhas de Coca, a patroa já estava aclimatada e não usou mais.

 

O grande barato é que os ônibus cheios de turistas pararam aqui e deixaram eles descerem para fotografarem o Misti, lindo nesse local

 

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Enfim, alguns ônibus e caminhões que tínhamos ultrapassado na subida acabaram nos ultrapassando nesse ponto e foi tranqüilo, não queríamos ir rápido mesmo, e como no plano eles rendem melhor do que nós, foi ótimo pq ficamos para trás, assim dava para parar e fotografar com mais tranqüilidade.

 

Detalhe estamos dentro de uma Reserva da Fauna, aqui há muitas Vicunhas e Lhamas e alguns povoados vivendo aqui, aliás, tem também os cachorros que tanto lemos no relato do Rauen, sim aqueles pobres coitados que ficam na beira da estrada esperando alguém jogar comida para eles.

 

E são pontos marcados, uma distância de 30 metros entre eles, são vários e alguns até ameaçam avançar sobre a moto (por conta do barulho do escapamento que lembra um cachorro rosnando, pelo menos é o que imaginamos), mas logo a falta de ar e talvez de alimento, faz eles repensarem e a corrida acaba rápido.

 

é necessário redobrar ou triplicar a atenção nesses trechos, já que os cachorros são de médio para grande porte e podem provocar um acidente, como o que quase tivemos na volta de Cusco.

 

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E há rios aqui, não chegam a ser volumosos, mas existem, daí que eu acho que há como os povos viverem aqui, apesar do frio e da altitude.

 

Mais à frente nesse sentido há uma placa indicando a estrada para Chivay (que é a cidade mais próxima do Canion del Colca).

 

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E tinha esse mirante lindo, dava para ver com muita nitidez e a placa nos ajudava a identificar o que era o que.

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  • Membros de Honra

Mas, o mais interessante foi isso, de relance vi um pequeno vulto parado perto de nós.

 

Não fez alarde, não latiu (não desliguei a moto nesse ponto e nenhum até agora por conta da bateria) e simplesmente ficou ali nos olhando, mas não com cara de ameaça, mas de pedido.

 

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E foi isso mesmo, desliguei a moto para não assustar e ficamos nos olhando, aproveitamos e paramos para "lanchar" e abrimos um pacote de Papas Fritas, sei, sei não é o alimento ideal para ninguém, muito menos para o nosso novo amigo.

 

Mas, o corpo dele demonstrava que não estava muito preocupado com isso, estava com fome e a magreza dele estava nos demonstrando que fazia alguns dias que não comia.

 

Não sei como nos viu e nem de onde saiu, já que na estrada em curva e em subida não havia nenhum cachorro, mas ele estava ali

 

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Enfim, juntos devoramos o pacote de Papas Fritas (grande) mais ele do que nós, não sobrou um farelo, não estava com sede, tentamos dar água, o interesse era na comida.

 

Infelizmente não estávamos viajando com muita comida e não tínhamos mais o que dar.

 

Mas, ele permaneceu ali, esperando, quem sabe mais alguma coisa.

 

A patroa tentou fazer carinho nele, com muito receio colocou a mão sobre a sua cabeça e a reação tão amiga de nossos amigos caninos não aconteceu.

 

O famoso balançar de rabo não aconteceu, mostrando que há muito tempo não sabia o que era isso, perdendo o sentido de demonstrar alguma coisa com o balanço do rabo.

 

Ficamos ali, atônitos, perdidos e tristes, pois há muitos deles na estrada, esperando algum resto de comida, sem saberem mais interagir com um outro bicho, o bicho-homem.

 

Subimos na moto e fiquei olhando pelo espelho e o nosso amigo ficou lá nos observando, até não aparecer mais no espelho.

 

Temos 3 dog's em casa, fui criado com muitos dog's desde a infância, sempre tive um por perto e quando não tive sempre tive o olhar para eles.

 

Amigos confesso que as lágrimas desceram durante muitos e muitos km's e enquanto escrevo esse relato ainda teimam em aparecer no cantinho do olho.

 

Só quem tem/teve/terá um amigo desses sabe que sentimento nos liga a eles e eles a nós.

 

Infelizmente é um elo perdido para aquele nosso amigo, já que ele não sabe mais interagir conosco (o bicho-homem), e o sentimento de tristeza é maior ao ver muitos e muitos deles ali, parados no acostamento da estrada, esperando.... esperando.... esperando......

 

O Rauen diz no relato de viagem deles que os Peruanos têm o hábito de acolher os filhotes e assim que crescem são largados á própria sorte, e vivem da sobra de alimentos que os próprios Peruanos atiram da janela de seus carros ao trafegarem nessa região (isso se bem me lembro).

 

Pois é horrível isso, horrível (e vimos crianças e adolescentes carregando filhotes nos braços) pq vc dá amor, ensina isso ao amigo, dá confiança para ele, depois tira e o renega a própria sorte sem ao menos saber deles, pois já está com outro filhote em vista, ou pq não tem como manter aquele ali pq cresceu demais.

 

Triste destino o nosso amigo de tantas gerações, de tanto tempo e de uma coexistência benéfica para ambos, desde os nossos antepassados.

 

Se algum amigo motociclista/motoqueiro for por esse caminho, por favor, leve consigo um pouco mais de alimento, pare nesse lugar que é lindo para fotos e se tiver a sorte de encontrar aquele nosso amigo, deixe um pouco de alimento.

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Depois de um tempo as lágrimas secaram e paramos para fotografar, esse lindo lago

 

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E olha a avifauna que havia aqui

 

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Enfim, continuando o nosso caminho, depois de muitos km's chegamos ao que deve ser o ponto mais alto aqui, 4.400/4.500 m num lugar que tem um povoado chamado de Crucero Alto ou algo assim.

 

Não paramos pq estava frio.

 

Fomos seguindo em frente e agora só era descida, uma descida lenta e cheia de curvas

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Vídeo 17:

 

 

 

 

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Aqui há pedágios, mas motos não pagam e o pessoal nos sorri acenando para seguirmos adelante.....hehehehehehehehe

 

Acho que eles também ficam felizes pq o pedágio sempre é acima de 4.000 m e é frio demais, ficam aquecidos dentro da sua cabine fechada, só abrindo para receber o dinheiro.....heheheheheheh

 

Depois de alguns km's do pedágio vc irá sair na outra estrada a antiga (que fica aparecendo até chegarmos nela no GPS) passando por um povoado que se bem me lembro tinha um Griffo, uma lanchonete e até uma pousada (simples é claro), a estrada fica horrível, cheia de remendos e até com alguns defeitos na pista.

 

Vamos assim até chegarmos numa cidade maior, foi a primeira vez que notamos, os alunos de escola usam uniformes aqui, os rapazes de calça azul e camisa branca e se não me engano gravata e as moças saia azul, camisa branca e um suéter.

 

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A cidade era grande se comparada com os povoados por onde passamos, mas era bem pequena mesmo, em poucos minutos a atravessamos e logo aparece a zona rural que se estende até Juliaca

 

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Aí sim uma cidade maior, mas não sei se foi o caminho que pegamos ou se era assim mesmo, enfim Juliaca nos lembrou aquelas cidades dos filmes de Faroeste, muito pó, as casas sem acabamento e o trânsito confuso.

 

Demoramos até achar um lugar para comer, com cara de que desse para comer.

 

Foi difícil, mas na rotatória com a estrada que seguia para Cusco, encontramos um lugar com cara "menos pior" e acho que foi o nosso grande erro (já que fiquei com a doença dos Reis o resto da viagem.....heheheehheh.... aquela que vc fica sempre correndo para ir ao “trono”... heheheheeheheh).

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  • Membros de Honra

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Foi uma POLLERIA, ou seja, um Frango Assado, onde poderíamos comer uma parte de um frango, no caso a patroa comeu 1/8 de frango e eu 1/4 de frango, o lugar até que era ajeitado, o banheiro era horrível, mas era o que tinha de possível em Juliaca e como já tínhamos notícia de assalto de brasileiros aqui (extorsão pela polícia), queríamos era comer e seguir viagem.

 

Explicando melhor esse lance de assalto de brasileiros, tem uns casos que aparecem em relato de pedido de propina aqui, mas lembro de ter lido um relato (não vou me recordar qual, foram tantos e o autor, por favor, me perdoe por não colocar o link aqui) que contava a sua desventura em Juliaca, quando foi parado pela polícia local e teve os documentos retidos e teve que seguir os policiais até um lugar mais isolado, lá foi “pedido” um valor, ele foi literalmente roubado, levaram dele 150 dólares.

 

Enfim, amigos aqui não é um lugar bom para parar ou atravessar, o ideal seria nem passar aqui, mas infelizmente aqui é o caminho para Cusco e tínhamos que passar.

 

Comemos os nossos "pollos" que estavam deliciosos, bebemos nossa Coca cola "al tiempo" sim, sem gelo mesmo, vai ver a doença veio disso.....hehehehehehe

 

Subimos na moto e só paramos para abastecer no final da cidade, aliás, aqui há vários postos......

 

A gasolina aqui é a de 84 octanas, não havia outro posto (e olhamos muitos) com outro combustível.

 

Aliás, tem uma rede de postos aqui que colocam foto de moças "em trajes suspeitos" e o nome da moça é o nome da rede, não me lembro qual era.

 

Super esquisito, mas devem falar o mesmo do nosso Carnaval, ou seja, devemos ver e respeitar (mesmo que seja esquisito) a cultura dos outros, já que a nossa também pode ser estranha para eles.

 

Enfim, não abastecemos no posto com foto da moça, já que o combustível provavelmente seria o mesmo dos outros postos, a gasolina Boliviana de 84 octanas.

 

Parei em um Griffo e a frentista veio abastecer, coitada estava conversando conosco e derramou mais gasolina no tanque, sorte que dessa vez era a de 84 octanas, ou seja, nem gasolina se parece, correu até o caixa e me trouxe uma flanela, toda arrependida.

 

Coitada, enfim, nos deu as dicas do caminho, falou para manter sempre a esquerda nos entroncamentos até chegar em Pucara, fez questão de frisar, pois há sim um outro caminho e ele leva para longe de cusco.....hehehehehe

 

 

A moto pegava e morria, pegava e morria e, além disso, estava super difícil de fazê-la pegar, meia acelerada já era pouco.....hehehehe

 

Desci da moto (antes que a bateria fosse para o beleleu) e liguei a moto acelerando e pedi para a patroa ficar acelerando a moto, enquanto regulava a marcha lenta.

 

Meu medo era maior de ter que ficar ali em Juliaca do que a moto dar problema.....hehehehehehehe

 

Feito isso pegamos a estrada e logo após uma blitz da polícia (que não parava os turistas, somente as vans) encontramos o Jim (só que ainda não sabíamos que era o Jim), ou melhor um motociclista/motoqueiro de BMW com placa de Washington.

 

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E fomos seguindo pela estrada, ora ruim, ora “menos ruim”, muitos remendos e defeitos no asfalto.

 

Passamos por muitos povoados e somente paramos para colocar nossos trajes impermeáveis, sim, muitas nuvens no céu e algumas gotas no pára-brisa/bolha da moto.

 

Demoramos tanto que a chuva passou e fomos assim, passando por Pucara (aliás, tem uma linda igreja aqui) que infelizmente só é possível fotografar de um ângulo e esse ângulo ficou pra trás.

 

Como tínhamos poucas horas e muitos km's para seguir, fomos adiante.

 

Nossa tocada foi de 100/110 km/h, mesmo com a gasolina de 84 octanas, mas não era possível mantê-la em trechos de subida e aqui ainda íamos subir muito....heheheheheheheh

 

Juliaca fica a 3.600 m mais ou menos e Abra La Raya fica a 4.300 m e esse era o percurso que iríamos subir.

 

O visual é deslumbrante, mas com chuva e nuvens pretas e falta de tempo, não paramos para fotografar.

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Enfim, Abra La Raya estava tomada pelos artesãos, não entramos nem direito no acostamento e íamos seguir viagem quando de repente uma Chola resolveu atravessar a estrada e a patroa rapidamente foi "sacar una fotita", não saiu boa, mas era uma oportunidade legal, já que era a primeira que víamos enquanto nós estávamos parados

 

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Ah, aqui é o fim da província de Puno e começo da província de cusco.

 

Ainda faltavam muuuitos e muuuitos km's.

 

Quando íamos sair, eis que aparece o JIM, um americano super simpático e começamos a conversar, primeiro um How Are You ? E ele inocentemente respondeu que estava bem e retrucou, e aí eu com o famoso jeitinho brasileiro, falei que estava Congelado.....heheheheheheheh

 

Putz, infelizmente o Jim não entendeu a brincadeira e falou que ele tinha aquecedor na roupa e nas manoplas (agora era à vez de alguém reclamar do nosso “humor”..... heheheheehehehehehehehehheh).

 

Perguntou se íamos para Cusco e que também ia e se poderíamos dividir um hotel, falei ok.

 

Vamos juntos.

 

Só que avisei que a valente Fazer só andava há 100/110 km/h e era lenta nas subidas e ele falou ok.

 

Comentei que se estivesse com pressa nos veríamos em Cusco e ele falou ok.

 

E falei de um cara que estava de BMW com placas do USA que de repente ele poderia encontrá-lo (na verdade nós achamos depois que era o JIM que tinha nos passado e que tinha parado em algum lugar e aí nós o ultrapassamos).

 

Enfim, seguimos juntos, ele na frente, mantendo 90/100 km/h e nós fomos juntos assim até Sicuani, quando ele parou em um posto de gasolina para ir ao banheiro.

 

Ficamos conversando com uma moça que atendia lá, ela tinha olhos castanhos tão claros, tão claros, que nunca tinha visto no Brasil, até comentei a patroa sobre isso, ela também havia notado.

 

Enfim, conversamos com o Jim mais um tanto e demos um adesivo para a moça e o Jim deu Dois Soles por poder usar o banheiro, acho que ela ficou mais feliz com o presente do Jim....heheheheheheheehhe

 

Aproveitamos e perguntamos quanto faltava para Cusco.

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Putz 200 km's, íamos chegar de noite, não era nossa intenção de andar na estrada há noite e algumas vezes não temos escolha.

 

Seguimos agora andando um pouco mais rápido e à noite foi chegando, chegando até que chegou e junto com ela uma chuva, que nos acompanhou até Cusco.

 

O Jim havia falado de dormir no caminho, eu falei para ele que queria chegar a Cusco (queríamos por os pés em Cusco logo.....heheheeheheh).

 

E ele falou que se nós fossemos, ele iria junto.

 

Paramos ainda em Uros (primeira cidade depois da Ruta Interoceânica) e conversamos sobre dormir ali, falei que no meu GPS faltavam 30/40 km's até Pisac e que Cusco era por ali.

 

E foi mesmo, seguimos vendo as luzes de Cusco refletidas no céu, aliás, é preciso ficar atento no caminho, em Uros não há placas, deve-se seguir no meio na avenida principal que se parece com as outras ruas, ainda mais à noite, até sair da cidade.

 

E lá na frente, vc irá sair dessa estrada, entrando à esquerda e seguindo por outra estrada, onde haverá postos de gasolina e vários povos juntos, até Cusco.

 

O Jim indicou um hotel logo na entrada de Cusco, por ser mais em conta e como queríamos ver na Plaza de Armas um lugar para dormir, falamos para ele que se ficássemos ali seria muito distante dos lugares que precisaríamos ir, ele comentou que ali havia estacionamento.

 

Enfim, paramos num posto de gasolina para pegar o livro do Zizo Asnis e ver os lugares mais em conta e aproveitar e conversar sobre a proposta dele, que era "dormir no mesmo quarto".....heheheheheheheh

 

Pois é, não ia rolar, a gente tinha traduzido errado, enfim, conversamos com ele que estávamos em “Honey Moon” .....hehehehehehehe

 

E ele entendeu o recado, acabamos pegando informações com o frentista de como chegar à Plaza de Armas.

 

E era só seguir a avenida sempre em frente, falou que era a Av. Sol (um erro que nos custou um tempo enorme na hora de sair de Cusco, pois era a Av. Cultural).

 

A Fazer foi dando pipoco o caminho todo, avisando da nossa chegada em Cusco......heheheheheheheh

 

Chegamos próximos da Plaza de Armas e as ruas pequenas nos indicavam que teríamos dificuldades, mas não tinha problema, paramos como sempre num hotel caro e estava cheio de estrangeiros, acharam que a patroa fosse francesa, mas após pegarmos os valores o Jim ficou preocupado.....heheheheheheeh

 

E aí insistiu para irmos até aquele hotel longe, longe mesmo.

 

Falei vamos olhar mais alguns e aí resolvemos, ele só comentou que queria um lugar seguro para a moto e uma hospedagem com água caliente.....hehehehehehe

 

Fomos até a região de hotéis mais baratos (peguei as indicações com os policiais de Cusco, aliás os mais educados e atenciosos de toda a viagem), que era a Macapa ou Macará, uma rua com esse nome, era só seguir reto e entrar a primeira a direita.

 

No primeiro hotel, meio caro, mas no livro indicava outros mais em conta.

 

Falei para o Jim ir com a patroa até os hotéis que ficava olhando as motos, acho que ele ficou preocupado de algo acontecer.....hehehehehe

 

Brincou que tinha que ser forte para não deixar acontecer nada com a moto dele.

 

Falei para Relax, my friend, Eu sou Brasileiro.....heheheheheh

 

Falei o preço do hotel que iriam visitar e ele fez a conversão em dólar, primeiro fez errado, depois ficou super feliz, sairia o quarto para ele 40 soles, algo como 13 dólares, It's Good! Very Good, better, és bueno!!!

 

E foi esse o preço que conseguimos num hotel que tinha 2 estrelas (só vimos no dia seguinte) mas de 2 estrelas só o símbolo mesmo....heheheheh

 

Para nós saiu 75 Soles, as motos ficaram no pátio do hotel, ao lado dos nossos quartos.

 

Foi confuso para achar o caminho para chegar ao hotel, todas as nossas voltas pelo quarteirão davam em vias proibidas de seguir.

 

E demoramos a achar o lugar, a patroa até ficou preocupada, mas chegamos lá.

 

O Jim só ficou aliviado quando estacionou a moto dele na frente do quarto, bom se eu tivesse uma BMW GS ia ficar que nem ele também....heheheheheheheheh

 

Combinamos de nos encontrar para comer em 30 minutos, ah, o Jim tinha me oferecido duas jaquetas no posto em Sicuani, para vc perceber como ele não tinha entendido a brincadeira.

 

Para o Jim foi difícil entender as brincadeiras brasileiras, o tirar o sarro, o brincar com a situação, o dar risada de algo que normalmente poderia estar difícil, como o frio.....heheheheheheheheh

 

Enfim, foi assim que conhecemos de longe o "gringo" mais simpático, simples e honestamente humilde que conhecemos até hj em nossa vida toda, fato confirmado por outros brasileiros que tiveram contato com o Jim.

 

Fomos comer e não achamos nada naquela região, um Brasileiro que estava hospedado no hotel me contou de um lugar que indicaram para ele, mas que pelo horário já deveria estar fechado.

 

Corremos até uma "Polleria" na esquina e novamente comemos partes de Pollo, tentei até pedir um Churrasco, mas pelo horário não tinha mais.

 

Fomos mais rápidos do que o Jim para comprar a Coca Cola e ele queria nos pagar ainda.....hehehehehehehe... foi uma bela discussão de quem ia pagar a Coca Cola..... não sei se é o nosso jeito, mas para o Jim parecia bem diferente alguém simplesmente pagar uma Coca Cola e dividir com ele.... não foi só com a Coca Cola que isso rolou, em vários momentos durante o nosso tempo em Cusco ele demonstrou isso.....

 

No final o Jim se acostumou com o nosso jeito, tanto que fez questão de sacar uma foto nossa mais isso vai ser daqui a alguns dias, ainda estávamos conhecendo essa figura.

 

Ele nos contou que estava viajando por 6 meses e que tinha 6 semanas para chegar a Washington.

 

Esteve na Rússia, Mongólia, Europa, Marrocos, Argentina, Brasil (só no sul, rápido demais) e que entrou no Paraguai, saiu na Bolívia, num lugar que não tinha aduana e que tinham falado para ele que não teria problemas, entrou numa estrada de areia que caia a cada 7 minutos, tinha acabado de fazer a Estrada da Morte, onde tinha quase morrido, quando uma Van veio na direção dele e ele buzinou, buzinou, buzinou e a Van só parou jogando ele com uma das rodas da moto para fora da pista, foram precisos 4 caras (que estavam na Van)para tirar a moto do abismo.

 

Depois foi a Copacabana e naquele dia estava vindo para Cusco, nosso amigo tinha muuuuita bagagem de viagens.

 

Mostrou os papéis com o planejamento dele, falou de Uyuni e do caminho pelo Sul da Bolívia até San Pedro de Atacama.

 

Comentei com ele que era muito perigoso para fazer sozinho, que existia o risco da moto ter problemas, ou de atolar no Salar e ele congelar de noite no frio.

 

Falei que havia muitos casos de gente que morria dessa forma e há relatos sobre isso.

 

Falei que o caminho era lindo, mas era perigoso se não pudesse fazer com alguém, e ele já tinha alguma informação, mas não tinha certeza.

 

Falei de outros lugares para ele e em muitos ele havia passado, inclusive no Brasil, onde foi roubado no RJ (Putz, nessa hora a gente sente vontade de abrir um buraco e entrar dentro), mas é o Brasil e isso que temos que mudar.

 

Enfim, foi uma conversa ótima e fizemos com certeza um ótimo amigo.

 

Combinamos de fazer os passeios juntos e assim continuar nossas conversas.

 

Ele me perguntou de um caminho no Norte do Peru, que infelizmente eu não conhecia, comentei dele sobre o ADVRider e falei que lá com certeza acharia informações, ficou de ver no dia seguinte.

 

Enfim, fomos dormir, com a Globo Internacional e aviso aos navegantes, lá em Cusco é frio de noite, na cama 3 cobertas não seguraram os frios nas pernas.

 

Grande abraço e desculpem o texto enorme, sem muitas fotos, mas é que é uma parte importante da viagem, isso no nosso caso, poder ter esse contato com outros amigos motociclistas/motoqueiros é algo fora de série e ainda mais no caso do Jim que viajava há 6 meses.

 

P.s.: Desculpem a parte triste do nosso amigo lá do Mirador Carlitos.......

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Primeiramente queria explicar que essa parte do relato tem informações que foram ditas pelo guia do passeio, porém pode estar erradas ou entendidas erradas já que além de não ser fluente e longe disso em espanhol, também fiz o relato, após o retorno para casa, sendo que em nenhum momento faço anotações da viagem.

 

Então, se houverem erros e até acredito que existam por favor, perdoem-me.

 

17/12/08 - Cusco - PE/Cusco - PE

 

Acordamos mais tarde, já que foram muitos km's até aqui e como não havia nada programado na nossa chegada (não deu tempo....heheheh), levantamos com calma, assistimos TV e fomos tomar café, o Jim já estava a toda, veio conversar conosco (mi amigos brasileiros), falou que conversou com o agente de turismo do hotel, o Sr. Gualberto sobre os passeios.

 

No caso, a gente já tinha se planejado para isso, mas ouvimos o Jim nos contar o que descobriu.

 

Segundo o Jim, falou sobre o seu interesse em Cusco, Machu Picchu (apesar de ter feito a trilha Inca alguns anos atrás, ele queria ver novamente) o resto seria feito ou de moto (Ollantaytambo, nossa como ele estava maravilhado com Ollantaytambo.....heheheheh).

 

Comentou que o passeio para Machu Picchu, com trem, com ônibus, com guia e tempo (duração) fechado, seriam 140 dólares pelos três.

 

Aí estava todo empolgado, enfim, aí comentei com ele que queríamos fazer os outros passeios, o tour de Cusco (que veríamos 4 ruínas Incas no entorno da cidade), o tour pelo Valle Sagrado (onde em nosso planejamento dormiríamos em Ollantaytambo) e aí Machu Picchu.

 

O grande problema era o dia, o tour do Valle Sagrado é organizado para dias em que os artesãos fazem a feira, que é de Terça, Quinta e Domingo se não me falha a memória (depois vou checar, li essa informação nos mochileiros) e, portanto seria o dia que estava ali, e não poderíamos fazer mais esse, já que ele sai na parte da manhã.

 

Enfim, naquele dia estávamos interessados em fazer o Tour da Cidade e tentar ir até a Estação de Trem para tentar comprar os ticket's do trem para Águas Calientes.

 

Fomos conversando, o Jim meio chateado, pq ele só queria ver Machu Picchu, comentei com ele sobre os outros passeios, mostrei o nosso guia de viagens, que embora estivesse escrito em Português tinha algumas fotos.

 

Enfim, comentei com ele para pensar que de repente o passeio não seria caro e poderia se organizar melhor, sem precisar de agência de Turismo para Machu Picchu, falei que Brasileiro é assim mesmo, tenta ao máximo diminuir o custo, enfim..... heheheheheheheeheheheh

 

Depois disso apareceu o Sr. Gualberto, nos comentou sobre os passeios e nos passou o preço de 150 dólares para o passeio de Machu Picchu (fiquei intrigado já que o Jim tinha falando 140 dólares, será que Brasileiro é mais mané, no Peru, do que Americano ???? heheheheheheh).

 

Ok, perguntei sobre os outros passeios, 15 soles por pessoa para o tour pelas ruínas e 30/35 (não lembro direito) pelo tour para o Valle Sagrado.

 

É importante lembrar que mesmo contratando o tour é necessário comprar o Boleto Turístico, que é vendido numa agência do Informes Turísticos, que não está na Plaza de Armas, fica na Calle Mantas, 117 - A

 

 

É caro e dá direito a 16 atrações, ao preço de 130 Soles/pessoa, no caso tem que ser o próprio turista, pois é preenchido no local, na frente do funcionário da Agencia do Informes Turísticos (pelo menos foi o que nos informaram lá).

 

A lista dos lugares é:

 

Museo Municipal de Arte Contemporaneo,

Museo Historico Regional

Museo e Sitio del Qoricancha

Museo de Arte Popular

Centro Qosqo de Arte Nativo Danzas Folklóricas

Monumento Pachacuteq

Pikillacta

Tippon

Saqsaywanan

Q'enqo

Pukapukara

Tambomachay

Chinchero

Pisaq

Ollantaytambo

Moray

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