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Relato de viagem!


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Oi! me chamo Gerardo acabei de voltar da minha viagem de férias. Sou do Ceará e sempre fui louco por viajar conheço toda a América Latina, boa parte da Europa e agora decidi ir a Ásia. E não me arrependi. Colhi muitas dicas aqui no mochileiros.com. e nada mais justo que devolver essas dicas.😘

Comprei minha passagem com muita atencedencia pela KLM. Saindo de Fortaleza com destino a Bankcoque no dia 28 de fevereiro com uma escala de doze horas em Amsterdam. A volta foi dia 31 de março saindo de Bankcoque para fortaleza com um grande escala em Paris. 

Minha viagem toda com passagem e tudo custou 14.000RS mas tenho consciência que poderia ter gastado muito menos. 

Viajei com uma mochila de 60l só com roupas de praia, Tactel, etc. Pois planejava passar mais tempo no sul da Tailândia naquelas praia lindas. Ledo engano..

Eu não anotei nada pra escrever depois pois não queria perder um minuto da minha viagem escrevendo enquanto eu poderia estar vivendo nela. Cada minuto pra mim era muito importante eu queria provar tudo conhecer tudo comer tudo beber tudo. Pois vamos lá vamos fazer o relato com pedaço de memórias. Mas se tiverem alguma dúvida quanto a valores, podem perguntar. 

#bancoque: 

Bankcoque pra mim foi a pior decepção de todas as cidade que já pisei em toda a minha vida: uma cidade grande, suja, desorganizada. Havia lido várias maneiras de como ir do aeroporto ao meu hostel mas quando desci no aeroporto cansado das horas de vôo, morto pelo jetleg, calor, sono, fome, etc resolvi ir de táxi pois era a opção mais prática. Eu levei duas horas pra chegar ao hostel. Pra sair de táxi do aeroporto vc tem que ir a uns totens que te imprime um papel com o número da plataforma que vc deve ir pra esperar o táxi chegar e lá vc negocia com o taxista o valor da corrida. ( Ninguém fala inglês) negociei com o cara por 500 baths mas no final ele me cobraria 650. Não entendi o motivo mas abri a porta do hostel ciente que eu tinha sido roubado.  

The onion hostel não poderia ter escolhido um nome melhor pra si mesmo. Exalava um cheiro forte de cebola. Fica entre um mercado noturno de flores e um mercado de especiarias. Havia cebolas em todas as partes do hostel. Staff muito gente boa, cama muito boa,quarto limpo. Uma funcionária pequena e gentil me levou até o quarto iniciando nesse momento, uma saga de tirar e calçar o sapatos que duraria exatos 30 dias. Foi a primeira vez que um hostel me deu toalha, sabonete e xampu. 

Passei duas noites nesse hostel foi quando melhorei do efeito do fuso horário e daí tava bem pra fugir de Bankcoque.

Em uma das noite que não consegui dormir resolvi sair e dar uma volta ao redor do hostel e naquele dia começou minha aventura pela Ásia. Um mundaréu sem fim de gente em plena madrugada na rua empurrando carinhos de flores, de comida, de ervas. Falando alto numa lingua ininteligível me fez dar um sorriso e perceber o quão longe eu estava de casa. Não consegui comer nada porque o cheiro na rua era insuportável. Um cheiro muito ruim que me acompanharia por toda minha viagem. Daí entrei numa 7/11 e fiquei olhando as coisas diferentes que existem lá haha! Tomei um café lá mesmo e arrisquei comprar alguns biscoitos muito ruins por sinal. Voltei ao hostel, deitei e meia hora depois levantei pois já era dia e eu não poderia perder um momento sequer.. pedi a recepção que me dissesse como chegar em alguns pontos do meu interesse de ônibus e assim fui pro mbk, Chinatown, Little India. 

Nesse dia eu percebi que o cheiro ruim não era ao redor do hostel e sim na cidade inteira. E o cheiro ruim vinha da comida. Pedi uma sopa de Noodles com frango e não como porque estava doce e com muita pimenta. Pedi um Pad Thai consegui comer mas fiquei passando mal com vontade de vomitar. O cheiro era muito ruim. No jantar tentei ir a um Burguer King ( não me julguem, por favor) mas não consegui ficar 5 minutos lá dentro o cheiro era insuportável. Terminei indo na seven eleven e me aventurei no café e nos biscoitos novamente. 

No outro dia fui comprar meu ticket de trem para Chiang Mai. Meu plano era ir pra norte da Tailândia e depois descer pro sul e ficar a maior parte do tempo lá. 

Fiz minha primeira massagem. Que delícia! Uma gordinha me deu uma surra, andou por cima de mim, me deu golpes de jiu-jitsu, e no final eu tava levinho, levinho. 

Fui ao Gran Palace que na minha opinião não vale dez minutos lá dentro. Fui ao budha de esmeralda e fui ao grande budha deitado. 

Os templos merecem um parágrafo a parte. Eles são legais mas eles são cheios de referências do budismo  que eu não conheço, cheios de desenho da vida de Buda que eu TB desconheço, filas intermináveis e abarrotados de chineses então a gente vai pela arquitetura ou por simples curiosidade mas a verdade é que basta ver um. Dois no máximo. 

Tinha feito planos de ir ver uma luta de muai Thai mas esqueci completamente. 

Fui a kao San road. Dei duas voltas na rua cheia de europeus alegres e de putas tristes, insetos no espeto, balões de risadas,bumbum?, tatuagens de hena, massage? ladrões, weed?, mango stick rice and ladyboys!

Meu sono, cansaço e antipatia para aquilo tudo eram muito grande. Queria ir embora dali o mais rápido possível. O amor da viagem estava ali e nem eu nem ele nos vimos... 

#Chiang Mai

Tomei trem noturno na estação Hua Lapong e apartir daí comecei a amar minha viagem. Eu nunca tinha viajado em um trem e foi uma experiência muito legal. O trem tem cadeiras que quando a noite chega eles transformam em uma cama. O trem vira um verdadeiro hostel sobre trilhos. Cada cama tem uma cortinhinha e da muita privacidade. O trem estava lotado e a cada 15 minutos passava alguém vendendo comida comida. Tinha uma velhinha oriental junto com uma rapazinho nas cadeiras no lado oposto ao meu. Eles comeram simplesmente a viagem inteira. Tudo que passava eles compravam e comiam ali mesmo na mesa dobrável que separava as cadeiras deles. Sopa, peixe seco salgado, salgadinho, churrasquinho, suco, mais sopa, picolé, bolinho de arroz. A velhinha comeu absolutamente tudo e o rapaz não era bom o suficiente pra acompanhar o apetite da avó.

A chegada estava programada pra 7 horas da manhã mas as cinco chegamos um Chiang Mai. Fora da estação jà haviam várias taxistas e uns caminhoezinhos vermelhos que fazem as vezes de ônibus na cidade. 

Negociei com uma taxista a ida ao médico hostel por 100 baht o que equivalia a mais ou menos 10 reais. Disse que eu fizesse silencio para entrar no carro porque sua bebê estava dormindo no banco detrás. Achei aquilo super fofo até que entrei no carro quase sem respirar e vi que a bebê, na verdade, era um moça de uns 15 anos.No caminho,  a super taximother foi me explicando com um inglês psicodélico o quão tranquila era a cidade e como era bem estruturada. Ela não mentiu. 

Meu hostel ficava pouco fora da cidade antiga. Mas era muito limpo ,organizado e arejado. Era o Hug roof top hostel. Staff com bom ingles, cama boa! Cheguei as cinco e o recepcionista guardou minha mochila e eu fui dar um passeio pela cidade que , apesar de muito cedo, já fervilhava. 

Andei por um mercado noturno que já findava, tomei chá de flor de lótus e comi frango frito ali mesmo na calçada sob o o lugar curioso de um velhinho que vendia rãs.

Perto do mercado ficavam os carros vermelhos que transportam a galera na cidade. Eu contratei um fui ao templo no alto da montanha pra ver o sol nascer lá de cima. O caminho é sinuoso e o templo do elefante branco não é tão perto. O velho me cobrou 200 Bath pra me levar sozinho ao templo. 

Foi o primeiro e único templlo que eu gostei. Uma escadaria infinita ladeada por dois dragões, Um clima de paz e uma vista muito linda da cidade. Eu tava sozinho e os monges eram muito gentis comigo. Eu vi o sol nascer lindo, começar a clarear e esquentar tudo eu aproveitei para tentar medida e não consegui, é claro. 

Quando desci já havia várias pessoas subindo as escadas e as lojinhas de souvenir já estava todas abertas. Todas as pessoas juntavam as mãos perto do peito e baixavam a cabeça em aceno. Comprei minha elephant pants, comi meu segunda Pad Thai e tomei um carro descendo de volta pra cidade. 

Não sei se as curvas ou o pad Thai me fez Mal o fato é que assim que desci do carro vomitei o chá de flor lótus, o frango frito e o Pad Thai. Ainda eram oito horas da manhã. 

Nesse dia tirei o resto do dia pra observar a cidade, caminhar. 

Gente é um livro, tá? Sei que tá ficando longo mas os editores não querem minha história então vou escreve-la aqui por que preciso deixar documentado.

Fui ao museu de arte 3d que tinha maior curiosidade em ir. É muito legal. Por ser extrangeiro eles te cobram mais caro mas dá pra comprar o ingresso em qualquer agência fora do museu que te cobram o preço de um Thai. 

Na volta pra casa na cidade velha eu vi uma agência com uma placa que dizia " hablamos espanhol" Era um tailandesa que havia aprendido sozinha como falar em espanhol, era apaixonada pela Argentina e quando sua filha terminou a faculdade ela não esperou um minuto e mandou a filha pra morar um ano em Buenos Aires. Ela disse que rala muito pra manter a filha lá. Ela paga uma especialização pra filha. 

Perguntei a ela o que ir poderia fazer no dia seguinte como tour ela me indicou um passeio no qual eu eu iria pro ponto mais alto da Thailand e faríamos um mini trekking de duas horas numa plantação de xha. E no dia seguinte me sugerido outro onde eu passaria por um orquidário, por fazenda que cuida de elefantes (não montá-los) e depois uma cachoeira com uma hora de bambù rafting no final.

No caminho de volta ao hostel me bateu o seguinte pensamento: o que eu vou fazer no sul da Tailândia? Praias caras, cheias de gringos europeus,cheias mesmo ,lotadas, festas, drogas. Porque não ficar aqui em cima no North e ter uma experiência mais cultural, mais natureza, montanhas, cachoeiras e templos que eu não tenho lá onde moro. Voltei lá na agência e fechei minha ida pro Laos, de barco. 

No outro dia, no horário marcado eu estava esperando na recepção e não demorou muito chegou um cara cerca procurando por Alicia.

-Alicia? 

-No. I'm not Alicia!

-Can I see your passport?

No. You can't. I'm sure I'm not Alicia. 

Ele foi embora e em poucos minutos voltou pedindo pra ver meu recibo de pagamento do passeio. Olhou confiante pra mim e disse " you are Alicia. Get in the car. We are Late. Because of you.

Ok. Meu sobre nome é Araújo mas daquele momento em diante eu seria chamado de Alicia por todos os guias asiáticos de todos  os tours, guichês de passagens e aduana. 

Entrei no carro meio contrariado com meu nome de lady boy mas ok. Estava de férias e Alicia não é um nome tão feio. 

Nesse dia acabei colando no passeio com uma mina canadense muito gente boa. Foi uma dia muito bom.

No outro dia Alicia já estava bem cedo na recepção esperando por outro dia de passeio. Como no outro dia fui o primeiro a entrar na van.

Pararam o carro na porta de um hotel a subiu um japonesinho de uns vinte anos. Eu achei ele a coisa mais linda e ficamos juntos até o último dia da minha viagem. No caminho falamos dos nossos planos e estávamos pretendendo fazer quase o mesmo roteiro. Tínhamos a mesma data de volta pra casa. Na próxima parada entraram 4 espanhóis de meia idade muito alegres. Muito hablantes. Ficamos amigos imediatamente jajajaja. Na sequência, em uma outra parada subiram uma japonesa e seu filho teenager. 

Foi um dia muito legal com elefantes, banhos de cachoeira, Pad Thai ( que TB me fez mal. Depois desse não como mais) trocamos todos instagrans, WhatsApp para trocarmos as fotos do dia. Marcamos de fazer alguma coisa a noite todos juntos mas o único que eu encontrei mesmo foi o Japa. Como assistir um negócio bem turistão mas ele queria ir.. a gente foi pra um zoológico que tinha umas apresentações de dança, safari. Caroooooo. Muito caro. Jantamos em um restaurante americano, de americano que mora em Chiang Mai ha cinco anos. 

 

 

 

 

 

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