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Não tem espera que dure 100 anos: Colômbia!


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B.G., Maria, muito obrigado. Já publico a última parte do relato.

 

Um fim de semana no Eixo Cafeeiro ou como me achei numa verdadeira casa dos Buendía de “100 anos de solidão” de Márquez.

 

 

A família dum amigo meu me convidou chegar a sua casa que fica perto da cidade Armenia. Fomos 4: meu amigo e sua namorada, sua sobrinha e eu. Desde Bogotá fomos a Armenia (a capital do departamento Quindío) onde nos encontraram os pais de meu amigo e logo fomos a sua casa de campo. 2 outras ciudades importantes do Eixo Cafeeiro são Pereira (a capital do departamento Risaralda) e Manizales (a capital do departamento Caldas). Estos 3 departamentos anteriormente pertenceram ao departamento Antioquia pelo qual seus vizinhos são paisas com todas as conseqüências que resultam disso rsrs

 

 

 

Quando chegamos, os pais me mostraram a casa. É espaçosa e com um interior belo. Arredores da casa são formosos – tudo é verde, cantam pássaros, ao longe se vê montanhas, voam aras. A criada já preparou a comida. Nos sentamos a mesa, a dona de casa começa ler uma oração, logo todos dizemos “amém”. “Como se fosse num filme latinoamericano” – achei para se rsrs. Ao comer fomos conhecer Armenia. Depois dum terremoto a cidade foi reconstruida. E quando no dia seguinte me trazeram um café delicoso (claro, que estava no Eixo Cafeeiro) quase a cama, mina cabeça falhou percebir a realidade e entendi que realmente me achei na casa dos Buendía de “100 anos de solidão” de Márquez rsrs

 

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Esse dia fomos ao Parque do Café – lá pode-se ver a cultivação de café e também tem diverções ou seja este parque é uma boa ideia para uma família com crianças.

 

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No dia seguinte fui à povoação Salento e desde lá ao Vale do Cocora onde tem palmeiras nacionais colombianas – as palmeiras de cera. Em Salento tem muitos artesões.

 

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Indo ao Vale Cocora:

 

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Ao ter passado um fim de semana na zona cafeeira e chegado a ser um protagonista de “100 anos…” rsrs com uma grande pena deixei a família colombiana. Mas tive que ir adiante. Fui ir a um lugar colombiano pouco conhecido tanto por colombianos quanto por estrangeiros. Voltei à Bogotá onde já tinha me esperado um carro que me chevaria aos Llanos Orientales (Planos Orientais), à cidade Villavicencio (a capital do departamento do Meta). Os Llanos Orientais também se conhecem como a Região Orinoquia, porque lá passam as aguas do rio Orinoco.

 

A autopista que vai desde Bogotá à Villavicencio passa pelos Andes – fizeram alguns túneis. Na Bogotá como sempre fazia algo de frio e quando passamos o último túnel que traspassa os Andes o clima cambiou muito – começou fazer mais calor e humedade, no ar empeçou cheirar a trópicos. Villavicencio está a uns 90 km da capital colombiana, na Cordilheira Oriental dos Andes. É um centro importante de pecuária e de industria petrolífera. Passei uma noite lá e no dia seguinte fui ao aeroporto da Villavicencio.

 

Anteriormente lá teve muitos conflitos produzidos pelas FARC.

 

Nesse aviãinho rsrs (dizem assim? Um avião pequeno) ia ir quase ao coração da Colômbia, à Serrania da Macarena, a um povo muito pequeno e algo perdido.

 

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Um guerreiro voou com nós:

 

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Bem vindo ao aeroporto da Macarena!

 

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A Serrania da Macarena é um parque natural, lá se encontram 3 ecosistemas – o andino, o amazônico e o orinoco o qual produz uma natureza excepcional e quase não impactado pelo homem. O turismo nasceu lá só faz uns 5 anos (antes teve muitos conflitos guerreiros e de narcóticos, lá cultivaram coca para produzir cocaina), lá tem eletricidade só desde 1PM até 10PM, não tem agua quente…soa autêntico né? Rs

 

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O povo fica pertinho do rio Guayabero.

 

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- Francy, - pergunto minha guía, uma estudante duns 16 anos, - vamos ir numa lancha grande?

 

- Sim, senhor! Nessa!

 

 

 

Rsrs

 

 

 

Fomos pelo Guayabero uns 15 min.

E agora, estimados viajantes, tenho um prazer de lhes mostrar um dos milagres mais magníficos não só da Colômbia senão de mundo enteiro…Bem vindos ao Parque Natural “Serrania da Macarena”, ao rio Caño Cristales!

 

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Desde lá fomos 15 min em jeep e logo fomos a pé.

E aquí está, o rio Caño Cristales!

 

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Lá tem uma selva autêntica, sem lixeiros, ruas nem caixas eletrônicos rs

 

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As algas dão estas cores às águas do rio.

 

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Guerreiros:

 

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Agora o territorio é controlado pelos militares nacionais colombianos.

 

O segundo dia

 

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Em agosto em Macarena costuma chover muito mas neste ano, 2010, não choveu suficiente…o rio vai se secando.

 

As algas florescem desde julio até novembro.

 

 

Voltei a Bogotá. Fiquei no bairro Santa Barbara, no norte da cidade. No dia seguinte fui conhecer o bairro Usaquén. É um bairro sossegado, trnaqüilo e belo.

 

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Desde a capital do país voei à Ilha de San Andrés que fica mais perto da Nicarágua que da Colômbia.

É uma ilha muito Formosa mas não tive sorte com o clima – quase sempre choveu.

 

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Regressei a Bogotá e passei a última noite lá. No dia seguinte fui ao aeroporto El Dorado, meus amigos rolos me acompanharam. Claro, estábamos tristes mas lembramos de todos os cacharros que nos aconteceram e por isso o riso não nos deixou.

 

Pois, estimados viajantes, terminou minha viagem à Colômbia, a um país tão desejado. Estava louco pelo pais antes da viagem e quando voltei namorei dela ainda mais. Nada de mal me sucedeu, só vi suas belezas naturais, herança colonial e ritmos de ciudades grandes. E um dos tesouros mais impressionantes do pais é sem dúvida sua gente, os colombianos. Gente aberta, sempre disposta a ajudar, é uma gente que pode compartilhar bens e males. Eles não esqueceram o passado sangrento do pais mas olham com positividade ao Futuro, trabalham, riem, dançam e amam. Espero tinha conseguido lhes quitar principais estereótipos da Colômbia – a morte, assassinatos, seqüestros, narcóticos…Claro, tudo isso não desapareceu mas fica longe de caminhos pelos quais irão viajantes. Gosto da Colômbia muitíssimo, é meu paraíso.

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muito bom, parabéns !

deu vontade de conhecer a Colombia, vista pelos seus olhos pareceu ser bem interessante, e não aquele clichê de "paraíso do narcotráfico" que pensamos ....

ah, e sua escrita está muito boa, com eventuais misturas engraçadas do portugues e espanhol ....

agora espero seu relato sobre o Brasil !!

abraços !

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Dr. Parcero, que belo relato! Sem dúvida, você foi capaz de superar os estereótipos tão comuns, mergulhou na cultura local e nos revelou lugares que parecem tão incríveis e, ao mesmo tempo, tão desconhecidos para nós, brasileiros! Obrigada por compartilhar tão rica experiência! ::otemo::

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