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PN Chapada dos Veadeiros - Trilha das 7 Quedas – inauguração


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  • Membros de Honra

“Nada é eterno, exceto a mudança” Heraclitus, 500 AC

 

 

Fui convidado para fazer esta trilha. Mais que prontamente aceitei. Divulgo esta excelente iniciativa do ICM Bio, sinal de mudanças que todos os trilheiros ansiavam. Os Parques Nacionais estão ficando mais abertos ao público, com a criação destas trilhas cuidadosamente planejadas e demarcadas.

 

Dia 21/06

 

Saí as duas da tarde de Brasília. Pouco antes de São Jorge parei para tirar fotos do Jardim de Maytrea. Não sei o que é mais bonito, o nome do lugar ou o lugar. Os campos limpos com os morros e os buritizeiros em linha numa vereda fazem uma composição belíssima. Um casal de araras azuis passou voando enquanto tirava as fotos.

 

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Às 19 horas, foi realizada uma palestra sobre a Trilha das Sete Quedas, com direito a exposição fotográfica e coquetel no Centro de Visitantes do PNCV em São Jorge. Muito legal o que foi dito pelo Presidente do ICMBio, o Roberto, e pela Diretora do Parque, a Carla Guaitanele. Os Parques Nacionais devem ser mais abertos ao público e mais integrados as comunidades vizinhas. Só assim crescerá a conscientização da importância destas reservas naturais dentro da sociedade brasileira.

 

As fotos na exposição mostravam o trabalho árduo do pessoal do ICMBio e dos condutores na abertura e demarcação da nova trilha e ficaram muito interessantes. Depois tivemos um briefing onde se explicou a trilha e se detalhou a organização do trekking, com enfoque especial na segurança. Após, cada um foi para seu pouso, pois o dia seguinte começaria cedo: 06 da manhã na portaria do Parque (Centro de Visitantes).

 

Dia 22/06

 

Quando cheguei uma boa galera já estava lá. Achei cedo o horário que marcaram, mas o sol na moleira mostrou posteriormente que quando mais cedo começar, melhor. Um mapinha da trilha (bem elaborado) foi disponibilizado para quem quisesse. Cada um preencheu o termo de responsabilidade e fizemos um alongamento coletivo. Ouvimos alguns gemidos e rangidos durante o exercício.

 

Partimos às 07 em ponto, em dois grupos. Paulo Faria, do ICMBio, liderava o primeiro grupo, dos mais rápidos. Carla, a diretora do parque, fechava o segundo grupo.

 

O começo da trilha, marcada por setas vermelhas, se confunde com o caminho para as Cariocas e para o Cânion I. Trecho com pequenas subidas e descidas relativamente bem arborizado. Em dado momento viramos para a direita para o Cânion I (cerca de 45 min à uma hora de trilha, 3 km) deixando à esquerda a trilha para as Cariocas.

 

Travessia de uma pequena ponte pênsil

 

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Com mais 15 a 20 minutos (1 km) chegamos as margens do Rio Preto, onde a trilha novamente bifurca: uma placa a direita indica a nova trilha para as Sete Quedas.

 

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Como o Cânion I estava logo ali e é muito bonito, largamos as mochilas à beira do rio e subimos pelo leito de pedras e, em 5 – 10 minutos, chegamos no cânion. O primeiro banho de rio foi ali. Muitas fotos e um descanso de cerca de uma hora. Recomendo esta parada não só devido à beleza do lugar, mas porque a trilha no 1º dia corresponde a 16 km, que trilheiro experiente tira em 3 a 4 horas. Assim se aproveita melhor o dia.

 

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Voltamos para pegar as mochilas e seguimos pela trilha nova, que passa a ser marcada por setas laranjas em pedras. Em locais sem pedras (campos limpos) se fixou um tubo de aço com cerca de 1 metro de altura pintado de laranja no topo.

 

Seguimos em direção Nordeste , com o Rio Preto em algum lugar a nossa esquerda, por cerca de 4 km (1 hora) passando por terrenos basicamente planos e de vegetação variando entre cerrado, campos limpos e sujos. Destaque para os buritis e buritiranas, que considero das mais belas palmáceas do Brasil. A buritirana conheci ali, com a ajuda dos condutores que acompanhavam o grupo.

 

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A primeira travessia do Rio Preto ocorre num local chamado Fiandeiras. Agora na estação seca a travessia é fácil, com água abaixo dos joelhos. O pessoal que fez o percurso em janeiro, com chuvas (ver relatos do Renato e do Posseti), testando a trilha, teve um perrengue nesta travessia. Uma placa adverte o perigo da travessia com chuva. Por esta razão, a direção do parque não autoriza a travessia na época de chuvas, fechando a trilha. Dois tubos de aço, fincados em cada margem, pintados de laranja, indicam por onde a travessia deve ser realizada.

 

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Paramos para mais um banho e lanche. Umas piabinhas incomodavam os banhistas que tinham sinal de carne na pele. Mark, um americano muito simpático da USAID (o organismo está ajudando o ICMBio em algumas iniciativas), lembrou que agora é moda salões de beleza com estes peixinhos (ou espécie de parentes deles) em tinas, onde as mulheres submergem e fazem limpeza de pele. Por sinal, caríssimo este tratamento. Pensei logo em pegar uns peixinhos para abrir a loja pioneira em Brasília, no que a diretora do parque, a Carla, me olhou com um olhar atravessado de reprovação.

 

Piscinão das Fiandeiras

 

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Após quase mais uma hora de descanso, seguimos, agora do lado direito do rio (margem verdadeira), seguindo primeiro para o Norte e depois Nordeste. Este trecho de 8 km é o mais seco da trilha. Há dois ou três córregos no caminho, mas à medida que a época de estiagem avança (de maio para outubro) eles ou ficam secos ou a água fica parada. Assim é melhor garantir a água nos cantis antes de sair do Rio Preto.

 

Temos belos campos limpos neste trecho e campos com predominância de mimosas, ou de arnica (a planta medicinal). A condutora Mari nos ensinado o nome das plantas e a sua utilização. Com cerca de uma hora de caminhada avistamos ao longe, a nossa direita (Sudeste), o morro da Baleia.

 

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A tranqüilidade e a descontração marcavam a viagem. Os três na minha frente estavam cantando em seqüência: Mari, música sertaneja, Mark, música pop americana e depois a Luciana, com MPB.

 

Em dado momento, com cerca de uma hora e meia de trilha, viramos para o Sudeste. À esquerda deixamos uma velha trilha que desce para um povoado chamado Capela. A frente um pequeno cocoruto de serra que temos que atravessar para chegarmos as Sete Quedas, local de nosso acampamento. O trecho passa entre um labirinto de pedras.

 

Carla indicando a direção das 7 Quedas

 

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Cerca de duas da tarde chegamos no ponto de acampamento, as margens do Rio Preto. Há lugares limpos para a montagem de cerca de 10 barracas. A Operadora Segredo, apoiando a iniciativa da trilha, deixou 10 barracas já montadas, gratuitamente, para quem não tivesse ou quisesse carregar uma. Há um interesse muito grande dos condutores e operadoras nesta trilha, pois representa uma grande oportunidade para eles, que podem oferecer um serviço bem mais interessante e valioso que uma guiada para os antigos atrativos do parque (Cariocas, Canions I e II e quedas d’água).

 

Rio Preto diante do acampamento

 

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Coloquei a minha tenda Ligthwave ao lado de uma já montada, mais afastada. Fui fazer o nº 2 em um ponto afastado do rio e quando vesti novamente as calças notei uma lagarta de fogo (taturana) no tecido da perna da calça. Com ajuda de uma folha seca retirei-a. Sorte que na agachada ela ficou na calça e não fiquei ardido em uma região crítica.

 

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Algumas taturanas (família Lonomia) são venenosas e perigosas, podendo causar hemorragia e insuficiência renal.

 

De noite não tive a mesma sorte na ida ao banheiro. Na roda do jantar senti algo na minha camisa, nas costas. Sem ver, passei a mão para tirar. Imediatamente senti uma forte queimadura nas costas da mão. Era uma outra taturana. Precisei tomar um analgésico para dormir melhor. A mão amanheceu um pouco inchada.

 

Continua....

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  • Membros de Honra

Continuação...

 

Após a arrumação do acampamento e montagem das barracas (para quem trouxe a sua), fomos todos para as Sete Quedas. Muito banho. Temperatura ótima depois de um dia de calor. Contemplação, meditação e fotos e mais fotos. Mari deu um show de ioga para os companheiros de jornada (éramos cerca de 30 pessoas).

 

Poções das Sete Quedas

 

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O pôr-do-sol refletindo nas águas do rio foi muito bonito. É o tipo de contato mais íntimo com a natureza que só um acampamento, uma trilha mais longa permite.

 

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Escurecendo voltamos ao acampamento (trezentos metros rio abaixo) para fazer a janta. Praticamente não precisamos de lanternas para caminhar à noite, pois a luz da lua cheia iluminava tudo. Alguns viram estrelas cadentes.

 

Muito miojo e conversa na roda do jantar. Risadas porque soubemos que um guia voltou nas Fiandeiras porque disse que não acampava nas Sete Quedas sem fazer fogueira (proibido no Parque) porque ali era lugar de onça. Ficamos discutindo quem a onça ia escolher. As apostas recaíram sobre o Velho Joe, grande figura de São Jorge (que agora mora em Sampa) porque ele só estava de rede (sem tenda) e ficava mais fácil para a onça (a carne já estaria pendurada).

 

Segundo ele, se a onça aparecesse em volta de alguém dentro do saco de dormir, era só gritar para o cara fechar o zíper do saco. Ou alguém ir lá ajudar, fechando o zíper. Mas quem ia lá fechar o zíper do outro, arrodeado pela onça!? O mote da noite foi “fecha o zíper, fecha o zíper!”

 

Uma equipe da Rede TV estava filmando e pegando depoimentos para fazer um documentário. O pessoal malhou bastante para carregar a câmera na trilha, apesar dela ser compacta.

 

Dia 23/06

 

Quem disse que alguém conseguiu acordar no combinado, às 06 horas? A maioria acordou lá pelas 07 horas. Tomamos café e levantamos acampamento. Às nove horas, aproximadamente, partimos, subindo até as Sete Quedas, onde tiramos mais fotos e tomamos um rápido banho coletivo. Depois, já vestidos, fotos da turma e Mari nos colocou em círculo com as mãos dadas para três Om coletivos, em saudação ao lugar.

 

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Subimos então por cerca de um quilômetro na margem direita verdadeira do rio até o ponto de travessia, outra vez demarcada por um tubo de aço pintado de laranja.

 

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Ao atravessar o rio, viramos para a esquerda onde pegamos um leito de pedras de um pequeno rio afluente (mais provável que seja um canal lateral do rio Preto) onde encontramos as marcas laranjas nas pedras. Com mais um pouco de caminhada começamos a subida mais árdua do trekking, de cerca de 900 m para 1.080 m de altitude, o que não é tranqüilo. Porém seguimos por entre labirintos de pedra, o que a deixava mais cansativa.

 

Pirca indicando o caminho

 

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Trilha através do labirinto de pedras

 

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Finalmente chegamos numa área mais plana e com vegetação de cerrado. Após uma hora desde o rio percorremos 3 km e chegamos ao posto da Mata Funda, posto de observação de incêndios do ICMBio, onde seria feito o resgate. Caso não tivéssemos o resgate no local, teríamos de andar mais 3 km até a GO-239 (que liga Alto paraíso a São Jorge) e tentar uma carona na estrada.

 

Aguardando o resgate

 

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Morro da baleia visto do Posto da Mata Funda

 

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Fomos levados num caminhão do Instituto de volta ao Centro de Visitantes em São Jorge, onde deixamos nossos carros (lugar tranqüilo para deixar os veículos, com vigilância 24 horas). O caminhão da Agrale, modelo Maruá, parece um caminhão do Exército. Passa por cima de tudo, mas o conforto é zero. Passou por cima de uma pedra e jogou todos que estavam sentados do lado esquerdo em cima das mochilas, no centro do caminhão. Mesmo assim ainda é muito bom ter esta carona, para não voltar paletando por uma estrada poeirenta.

 

Velho Joe apontando para o Morro do buracão, estrada para São Jorge

 

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Despedidas, troca de e-mails e três horas de estrada para voltar a Brasília. No caminho um casal de araras azuis passou voando sobre o carro.

 

Ao ICMBio parabéns pela iniciativa. Torcendo para que a trilha chegue ao Jardim de Maytrea e, futuramente, cruze o parque até Cavalcante!

 

Informações adicionais:

 

A trilha foi bem feita, com sinalização ótima. Não dá para se perder. Pegue o mapinha no centro de visitantes. Procure se manter na trilha.

Trekkers experientes tiram de letra, podendo fazer em um dia.

O ideal são dois dias para poder dormir nas Sete Quedas e curtir mais.

Pessoas sem experiência podem contratar um guia.

É necessário fazer uma reserva como antecedência mínima de 5 dias. Se fizer com menos dias será necessário contratar guia. Caso contrário, não é obrigatório.

Atualmente o PNCV não cobra ingresso.

A procura pela trilha está grande. Atualmente são admitidas apenas 15 pessoas/dia na trilha. O mês de julho já está com todos os finais de semana esgotados.

Época seca: de maio até outubro. Na época de chuvas a trilha fica fechada (perigo na travessia do Rio Preto).

 

 

Para levar:

 

Chapéu/protetor solar.

Comida para dois dias.

Fogareiro (não são permitidas fogueiras).

Se não houver previsão de chuva, uma rede ou um bivak pode substituir a tenda.

Bom saco de dormir e bom agasalho. Noites frias de inverno ficam em torno de 10 a 15 ºC.

Recomendo calça e camisa compridas devido aos insetos.

Estojo de 1ºs socorros, com antialérgico (se for alérgico a picadas de insetos).

 

Boa trilha!!

 

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  • Membros de Honra

Rapaz, o rio tá diferente demais de quando fizemos essa travessia em janeiro, principalmente as Sete Quedas, tá ótimo pro banho. Quando fomos, não tinha condições de nadar, o rio estava quase transbordando. Peter, quando fizemos a travessia, terminamos no Jardim de Maytrea, vc sabe porque o trajeto mudou?

Abraço!

Olha a diferença no volume de água:

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  • Membros de Honra

Muito bacana o relato Peter e parabéns pelo convite de participação neste grupo, que não foi por acaso, mas justo mérito.

Realmente a direção do parque está de parabéns pelas mudanças que vem sendo empreendidas desde o ano passado.

Este modelo de gestão participativa é muito interessante e benéfico quando realizado com transparência, equilíbrio e respeito aos diferentes tipos de visitantes, afinal o público não é um grupo único, mas sim formado por indivíduos que possuem condições e necessidades diferentes.

Fundamental que haja um estatuto e Plano de Manejo rigoroso em benefício da preservação ambiental, mas também que sejam inclusivos, que os administradores trabalhem para que as pessoas de forma justa e igualitária possam conhecer as nossas belezas naturais. Todos! Seja um pai que tem que sustentar a família com um salário mínimo e deve ter o direito de levá-los ao parque sem ter que pagar um preço estabelecido por um cartel de exploradores que ditam as regras, seja um turista rico que queira pagar por conforto, seja um trilheiro experiente que só deseja poder ficar só em meio a natureza.

Como é gratificante vermos acontecer essas renovações benéficas em alguns órgãos do setor público, em grande parte fruto de uma mentalidade atualizada e trabalho de bom gestores diante de um sistema engessado pela burocracia política.

O caminho é esse mesmo, tem que trazer a comunidade local pro diálogo, conscientizar que as mudanças são necessárias e juntos buscarem soluções, ouvindo e trabalhando com os especialistas das várias áreas científicas envolvidas, abrir parceria com a iniciativa privada, trazer junto a mídia, e oferecer opções aos diferentes tipos de visitantes.

Com isso ganhamos todos.

Abraço.

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  • Membros de Honra

Sandro:

 

Seus comentários estão perfeitos! Concordo com tudo que você disse. Tomara que iniciativas deste tipo sigam adiante.

 

Temos excelentes travessias em Parques Nacionais do Chile, Argentina e Peru, só citando a América do Sul, através de ecossistemas mais frágeis e por trilhas com muito mais exposição (altura, neve, risco de hipotermia ou MAM) e mesmo assim as administrações dos parques nacionais incentivam e constroem grandes trilhas, porque sabem que a necessidade de integração com a natureza e a aventura são inerentes ao ser humano.

 

Aos poucos isto muda no Brasil: em Itatiaia, não faz muito tempo, abriram a trilha da Serra Negra. Lá só tinha trilhas pequenas.

 

O que causa impacto nas trilhas é a falta de educação ambiental e não a trilha em si, se ela foi bem planejada. O pessoal que gosta de trilhas longas (trekkers) normalmente tem uma consciência ecológica excelente e adota técnicas LNT (Leave No Trace), procurando deixar tudo sem traços de sua passagem pela natureza.

 

O término da obrigatoriedade de guias é muito bom: democratiza o acesso aos parques. Famílias de baixa renda poderão visitá-los. Imagine o pai de dois filhos, chegando no meio da semana no PNCV, sem movimento, tendo de pagar sozinho a diária de R$ 100 por um guia, porque não tem como rachar (não há outros visitantes). Quem quiser guia (e muitos querem) tem a liberdade de contratá-los, mas não por obrigação.

 

Venha conhecer a nova trilha!

 

Abs, peter

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  • Membros

Oi Peter, já tem um tempo que to organizando fazer essa trilha por aqui mesmo no mochileiros, grupo praticamente fechado. Peguei o contato do Dyogo da Casa de Sucupira mas ele não me disse nada sobre essa reserva para fazer a trilha no limites de pessoas. Qual telefone eu possa ligar para fazer uma reserva?

 

obrigado

 

http://www.mochileiros.com/travessia-chapada-dos-veadeiros-trilhas-novas-do-parque-em-julho-2013-t81189.html

 

abraços

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  • Membros de Honra

Bruneras:

 

Entra no site do ICMBio, em seguida clique em Parques Nacionais na primeira página. Vai aparecer outra página com todos os PARNAS. Clique na foto correspondente ao PN Chapada dos Veadeiros. Clique e vc entra no site do parque. Lá veja Orientações, que tem o e-mail das reservas da trilha 7 quedas.

 

Abs, Peter

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