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Boa tarde pessoal,

 

Preciso de uma sugestão de vocês de como proceder, no dia 12 de maio comprei uma bota Vento Finisterre Nanox, e venho utilizando-a normalmente como calçado do dia a dia, só na cidade. Faz dois dias peguei uma chuva bem forte de manha cedo quando saia de casa para o emprego, as ruas ficaram alagadas mas eu estava confiante porque comprei a bota para dias como esse, já tinha pegado umas chuvinhas leves e as botas não me desapontaram, meus pés bem sequinhos, deste vez também ficaram secos porem eu sentia no transcorrer do dia um friozinho nos dedos, de noite quando voltei em casa e tirei o calçado percebi que as minhas meias estavam levemente úmidas na parte dos dedos, ao revisar as botas me di conta que as duas estavam molhadas na parte da frente por baixo da palmilha. É meu primeiro calçado impermeável assim que não sei se é normal que fiquem assim o se tenho que fazer uso da garantia.

 

Alguém tem alguma sugestão de como proceder?

 

Grato.

 

Jamith, como vai?

A biqueira da bota é um dos pontos onde há pouca "transpiração" justamemte porque a biqueira, que é de um material plastico, nao é permeável. O que pode ter ocorrido é q num dia úmido a bota "secou" menos e no final do dia voce percebeu esse suor em forma de umidade no bico da bota. Pode ter sido isso. Agora observe, se voce sentir um dia a bota realmente ficar molhada por favor entre em contato com o sac da VENTO, ok?

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Enfim comprei essa bendita Finisterre.

 

Havia experimentado ela mas não tinha gostado da palmilha, achei ela um pouco "saliente" na região central do pé. Minha dúvida era entre ela e a Chochorua GTX.

 

Como li bastante a respeito vi que a Timberland nacional tem tido bastante problemas, acabei comprando essa da Vento...acho que fiz uma boa compra...

 

 

Experimentei uma Finisterre e gostei muito, porém a loja só tinha a versão antiga em couro.

 

Por 3 motivos, acabei preferindo comprar a versão nova em Nanox pela Internet. Primeiro, o preço era mais baixo. Segundo, o calçado sem material de origem animal me parece uma idéia boa de se abraçar. Terceiro, pelo que pude ler nesse fórum, o representante da marca (usuário fabiomon) explicou que esse material Nanox apresenta maior retenção do adesivo com a sola.

 

Outro ponto que o fabiomon toca é a fabricação e armazenamento da bota. Segundo ele, para calçados de uso técnico é muito arriscado acondicioná-los em lugares quentes e pouco arejados, pois são as condições que deterioram o adesivo e as borrachas utilizadas. Ele sugere que 1 ano seja o prazo máximo para se armazenar um produto em condições pouco adequadas. Esse poderia ser o quarto motivo para eu ter buscado adquirir a versão Nanox, pois haveria a garantia de receber uma versão fabricada a pouco tempo. Nas lojas que consultei, encontrei alguns modelos Vento com datação de 2014 ainda, e uma versão feminina em Nanox fabricada em julho de 2016.

 

Essa explicação do meu xará fabiomon me convenceu a dar uma chance à sua marca, pois nas minhas pesquisas me dei conta que várias marcas renomadas do exterior também apresentavam calçados criticados, alguns pela duração do acabamento, alguns por descolagem, a maioria pela incapacidade de resistir à água (não são impermeáveis como anunciados). Ou seja, basicamente esse segmento de botas é um show de horrores. E as botas que encontraremos em bons preços são com certeza estoques encalhados derivados de uma importação de dólar mais baixo, o que podem indicar os futuros problemas de descolagem.

 

Na minha experiência com calçados comuns, pude experimentar diversas vezes questões de descolagem e deterioração generalizada. Na maioria das vezes, eram calçados que eu guardei por muito tempo no fundo do armário, e quando voltei a usá-los, encontrei problemas. Dois sapatos da Mr. Cat descolaram o solado. Um outro sapato social deteriorou a sola inteira, ela deformava ao pisar como se houvesse "derretido". Um tênis Timberland importado sofreu deterioração nas partes emborrachadas na parte externa próxima ao tornozelo, novamente pareceu que a borracha derreteu. Um outro tênis Timberland importado de couro, estilo bota cano baixo com solado reforçado sofreu uma generalizada descolagem do solado (modelo com Gore-Tex e tudo). Isso me fez perceber que o que o fabiomon disse faz todo sentido, não é somente uma questão de usar demais o calçado, ele pode ter pouco ou nenhum uso, mas se for guardado por anos, a condição climática pode estragá-lo dessas formas variadas.

 

Ao vivo pude comparar algumas botas Vento com modelos na faixa de 500/700 reais de marcas como Salomon e Timberland, e me parece que a diferença de qualidade era muito mais pelo conceito de estética (essas marcas grandes com certeza tem mais profissionais capacitados para produzir design arrojado) do que pelo acabamento em si. Procurei pontos de descolagem, comparei palmilhas e acabamento interno e não achei que a Finisterre faz feio perto delas. Essa tem até um design bom, provavelmente inspirado em modelos clássicos dessas marcas consagradas. Incentivar a indústria brasileira é um ponto importante. Eu mesmo não quero ser refém de importar materiais tão básicos como um calçado, logo num país que é referência mundial nesse sentido. E botas produzidas para nossa condição de terreno e clima é uma idéia inteligente. Imagino que muita gente ao comprar botas estrangeiras acaba levando solados que foram pensados em neve e podem acabar nem usando nessas condições ideais.

 

Li muitas críticas sobre a Vento e a Snake (outra marca brasileira que tem modelos visualmente interessantes), e acho que eles estão buscando melhorar de fato, porém temos que lembrar que a indústria estrangeira costuma fabricas calçados na América Central, Ásia e afins, às vezes explorando mão de obra menos capacitada (até crianças), de certa forma fica difícil compreender essa questão da parte adesiva das botas brasileiras ser um problema se muitos calçados importados tem origens variadas. Será que fabiomon não está mesmo certo? Será que há alguma tecnologia adesiva que uma marca consagrada possui que uma brasileira não teria acesso, mesmo numa fábrica no Vietnã?

 

Creio que o diferencial principal é mais do que a escolha dos materiais, mas um padrão de qualidade rigoroso que se assegure que o funcionário que faz a cola não está pulando etapas ou usando quantidades indevidas por falta de treinamento ou vontade, além do próprio design funcional do produto, que uma marca grande teve décadas para aprimorar enquanto uma brasileira está aí engatinhando.

 

Vou com certeza testar bastante a bota e compartilhar minha opinião sincera. Minha esposa estará usando uma Timberland Bridgeton importada adquirida a pouco tempo (porém num preço que indicava ser velha de estoque, boa sorte pra colagem!), e poderemos comparar a evolução das duas marcas nas mesmas condições de uso.

 

Fábio, muito obrigado por sua análise. Creio que seja uma das mais contundentes e corretas que ja vi. Concordo em tudo com voce. de verdade.

aguardamos seus comentarios futuros. heheh

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  • Membros
A Event é uma marca, se nao me engano da Hitec. Nao existe uma fábrica de membrana event. É uma Marca.

 

Bem, agora acho que o importante é lembrar que nada é bom pra tudo. Membranas microporosas funcionam bem em climas com neve. Para climas tropicais e sub tropicais creio que membranas como a Sympatex ou a Climatex, que absorvem a molécula de água por osmose, são muito melhores pois, tem comportamento dinâmico e ficam mais ativas com o calor fazendo assim, uma melhor dispersão do vapor de água.

 

Sem pestanejar. Discordo completamente. Pra se ter uma ideia, as grandes marcas mundiais de botas (geralmente desconhecidas pelos consumidores brasileiros que se limitam a poucos modelos), utilizam Gore-tex e Event não por acaso. Quais grandes marcas utilizam Sympatex e Climatex? Poucas que produzem produtos outdoor de qualidade. Geralmente as marcas de segunda ou terceiras linhas como a holandesa Hi-Tec costumam utilizar. Talvez para baratear os preços dos seus produtos, uma vez que essa é a política, vender produtos mais em conta. Mas basicamente a Hi-Tec utiliza sua membrana própria chamada Dri-Tec (uma tentativa de clone do Gore-tex).

 

Salewa, Timberland, Burton, Sherpa, Jeep, Croocs e outras, utilizam Sympatex. Salewa tem alguns produtos bons. Timberland? Bons produtos pra ir à missa ao domingo, mas não pra colocar no mato. Seu uso é muito maior para produtos urbanos e casual.

 

Climatex? Poucas marcas outdoor e esportivas utilizam. Botas Vento? Ixi! Será que algum dia vai conseguir atingir o exigente mercado internacional? Espero que sim (seria um orgulho pra nós brasileiros), mas tem que melhorar muito pra isso. Assim como a Sympatex, Climatex não tem muitos simpatizantes em ambientes e situações que realmente requeiram uma boa membrana impermeável.

 

Gore-tex é uma membrana criada e patenteada pela empresa W. L. Gore and Associates, que revende essa tecnologia para as grandes marcas de produtos esportivos. Pra se ter uma ideia, Asolo (minhas botas preferidas), Patagônia , LL Bean , Oakley, Garmont, Black Diamond (gosto muito), , Adidas, Asics, Cabela's, Caterpillar, Marmot , Vasque , Arc'teryx (muita qualidade) , Haglofs (gosto muito), The North Face, Daytona, Dynafit, Dakine, Ecco, Danner, Beretta, Gordini, Hanwag, Inov-8, La Sportiva, LaCrosse, Merrell, Marker, New Balance, Outdoor Research (muito bom), Peak Performance, Quiksilver, Salewa, Salomon, Shimano, Saucony, Volcom, Zamberlan, Wolverine, Under Armour, Berghaus, Brooks, Held, Kombi, Mammut, a própria Timberland..... entre muitas outras, utilizam Gore-tex......

 

Enfim, é a tecnologia preferida das grandes marcas, e Isso tem um porque. Além de que sua durabilidade é bem superior às outras membranas.

 

Já a Event foi criada pela BHA Group Inc., uma subsidiária da já conhecida General Electric Company. Hoje a tecnologia pertence e é comercializada pela CLARCOR Industrial Air, Sua tecnologia é semelhante a Gore-tex, mas um pouco mais respirável. Possui vantagens e desvantagens em relação ao Gore-tex. Algumas marcas que utilizam eVent: Rei, Teva, Ahnu, Montane (muito bom), Sea To Summit, Sherpa, Rab (uma das minhas marcas preferidas), North Ridge, Granite Gear, Hoka One one, entre outras.

 

Lógico que existem inúmeras membranas de diversos outros fabricantes. Podemos citar: Helly Tech da Helly Hansen, Omni-Tech da Columbia, AQ2 da Bergaus, Karbonite da Karbon, Dermizax da Kjus, Triplepoint da Lowe Alpine, DRYTech da Mammut, PreCip e NanoPro da Marmot, Dry.Q da Mountain Hardwear, Prime da Orage, ClimaPro da Salomon, Xt.L da Spyder, Microlight da Sierra Designs, Dermizax da Toray, TimberDry da Timberland, NovaDry da Decathon e por ai vai.

 

 

Todas tentam imitar a tecnologia Gore-tex. Muitas descamam com rapidez nos tecidos e tem a vida útil bastante reduzida nas roupas. Nos calçados, geralmente estão associadas a marcas pouco expressivas que comprometem a qualidade.

 

Sinceramente, o resto é cópia e que só consegue conquistar pouco espaço no mercado. Ou aqueles consumidores que compram uma bota e acham normal entrar água numa boa impermeável.

Editado por Visitante
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  • Membros

Canandes nem adianta falar... O cara e fabricante e nem sabe que a event é uma marca própria de tamanho descomunal...

 

Também vive falando de ensaios mas não publica nenhum... Toda grande fábrica de membranas respiráveis pública seus ensaios e várias marcas tem ensaios independentes publicados...

 

Mas uma bota com prazo de validade de um ano... O que esperar?

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  • Membros
Canandes nem adianta falar... O cara e fabricante e nem sabe que a event é uma marca própria de tamanho descomunal...

 

Também vive falando de ensaios mas não publica nenhum... Toda grande fábrica de membranas respiráveis pública seus ensaios e várias marcas tem ensaios independentes publicados...

 

Mas uma bota com prazo de validade de um ano... O que esperar?

 

Kkkk

Legal!

Então estou dando aulas sobre botas pra um cara que fabrica botas? Brincadeira.... Kkkk

 

Mas essa foi boa!

 

Isso tornam as coisas nada imparciais. O dono comentar sobre seus próprios produtos.

 

Quem sabe depois dessa discussão, a qualidade melhore um pouquinho e as botas impermeáveis param de entrar água e descolar a sola. Vamos ser otimistas.

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  • 2 semanas depois...
  • Membros

Postando para dar um feedback da Finisterre Nanox no Kilimanjaro.

 

Achei a bota excelente desde o momento que tirei da caixa. Rígida mas muito confortável. A performance na montanha foi à altura do que imaginava, do primeiro dia até o final. No Kili você começa em trilha com lama e pode terminar na neve, que não foi o meu caso pois não tinha quase nada de gelo por lá. Não senti frio, apesar de estar uma noite quente com boas meias e polainas. No último dia de descida fiz uma bolha pequena embaixo do dedão, considerando que teve gente que terminou de descer com crocs porque não conseguia colocar a bota, o resultado foi muito bom. Destaque para o toe box que aguentou muita bica em pedra de tudo quanto é tamanho.

 

Não carreguei muito peso nem testei a impermeabilidade. 100% satisfeito com o produto.

 

Fábio, tem alguma dica de manutenção do calçado?

 

Um abraço

 

Arthur

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  • Membros
Aproveitando o tópico acima, possuo uma FINISTERRE modelo antigo. Vocês não recomendam passar graxa certo, devido a membrana respirável/impermeável?

 

Também tenho dúvidas de manutenção dela..

Artur e Vitor. Heavy Duty LP seria interessante, dizem que é aprovado para botas de couros que tem goretex. segundo o fabricante:

 

Heavy Duty LP de Obenauf (Couro conservante) é a proteção mais durável disponível. Originalmente desenvolvida para as condições severas enfrentadas por bombeiros florestais, LP protege, preserva e restaura botas, selas, couros da motocicleta, bolsas de ferramentas, luvas de beisebol, e muito mais. Ele fornece proteção de força industrial para o couro que fica exposto a ambientes agressivos.

 

Três óleos naturais são suspensos em cera e própolis. No couro estes óleos infiltram gradualmente para fora da suspensão Fórmula cera de abelha / Própolis *. Se exposto ao calor ou flexionando os óleos são liberados de forma mais rápida para que o couro fique com óleo natural onde e quando mais precisa, em vez de seco e rachado. Esta suspensão Fórmula cera de abelha / Própolis * proporciona uma liberação de lubrificação contínua nas fibras internas enquanto a superfície é reforçada contra o desgaste e escoriações, enquanto o couro ainda respira.

 

* A própolis é uma resina anti-bacteriano a partir de árvores que resiste a bactérias e fungos. É uma barreira contra ácidos do corpo, sal e produtos químicos cáusticos. Combinado com cera de abelha que vai repelir a água melhor e mais longa.

 

Há vários vídeos mostrando ele sendo aplicado e reviews dos efeitos posteriores também na internet. Infelizmente só o preço de frete já mata qualquer custo benefício para quem pensa em trazê-lo para o Brasil.

Nosso mercado de produtos para tratar o couro de botas é muito pequeno e geralmente não oferece o que buscaríamos colocar em determinadas botas de couro.

 

Então nessa sexta vou conseguir cera de abelha e testar fazer um mix de 66% de cera de abelha, 34% de azeite de oliva extra virgem e um pouco de própolis (e também talvez óleo essencial de citronela?)

 

Assim que juntar tudo em banho maria bem provável que eu poste os resultados aqui.

 

Esse cara fez 50% 50%. Talvez seja o melhor, porém quero testar como fica ao diminuir a quantidade de azeite.

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