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De Manaus (inclusive Selva) a Alter do Chão – De barco, de mochila, SOZINHA – Junho/2017


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De Manaus (inclusive Selva) a Alter do Chão – De barco, de mochila, SOZINHA – Junho/2017

 

Relato fresquinho de quem voltou da Amazônia semana passada!

 

Em tempos de vacas magras, promoções escassas, dólar e euro nas alturas, o coração mochileiro sofre. Em especial, o coração daqueles que, como eu, têm na sua lista de próximos destinos de viagens o mundo inteiro. ::love::::mmm:

 

Enfim, este ano, não encontrei (ou não consegui chegar a tempo) de pegar nenhuma promoção bacana para o exterior. Sorte a nossa que o Brasil é um lugar incrível, fonte inesgotável de destinos surreais. Vergonhosamente, eu nunca tinha tido uma imersão verdadeira na Amazônia. Conhecia duas capitais do norte: Belém e Rio Branco. Sendo assim, defini que conheceria Manaus, que estava na minha lista de capitais a conhecer desde a infância.

 

Quando comecei a ler relatos vi que algumas pessoas viajavam de barco pelo rio Amazonas rumo a Belém ou a Santarém. Achei os relatos bem interessantes e resolvi imergir nessa parte da cultura popular da região norte, tão desconhecida para nós que estamos acostumados a carro, ônibus, avião. Comprei uma passagem de ida para Manaus e de volta para Santarém.

 

Descobri a iguana turismo por meio do site do local hostel e durante a troca de email com eles me apaixonei pelos pacotes de pernoite na selva. Outra decisão tomada! Três dias e duas noites na selva que relatarei com mais detalhes adiante.

 

Espero que eu possa ajudar mais pessoas com mais um relato e como sempre a minha recomendação é VÁ, com ou sem companhia, com ou sem dinheiro, com ou sem coragem... O mundo é lindo e grande demais pra ser contemplado apenas por telas...

 

Estou à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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Tô adorando o seu relato!!

Estou com viagem pra Manaus marcada pra outubro, também ficarei no Local hostel e farei os passeios com a Iguana!! Depois sigo pra Alter do Chão, Belém e Ilha do Marajó. Queria muito ir de barco mas não terei tempo então farei os deslocamentos aéreos.

Ahhh e também irei sozinha! Rs

Aguardando os próximos capítulos!!

Bjo

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Tô adorando o seu relato!!

Estou com viagem pra Manaus marcada pra outubro, também ficarei no Local hostel e farei os passeios com a Iguana!! Depois sigo pra Alter do Chão, Belém e Ilha do Marajó. Queria muito ir de barco mas não terei tempo então farei os deslocamentos aéreos.

Ahhh e também irei sozinha! Rs

Aguardando os próximos capítulos!!

Bjo

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Que bom que está ajudando!

O hostel e a iguana são excelentes!

O barco para Belém leva 5 dias, mas conheço quem fez e achou a experiência legal. Mas a questão de tempo realmente inviabiliza muita coisa. Em outubro Alter estará com praias perfeitas!

 

bjs

 

 

Tô adorando o seu relato!!

Estou com viagem pra Manaus marcada pra outubro, também ficarei no Local hostel e farei os passeios com a Iguana!! Depois sigo pra Alter do Chão, Belém e Ilha do Marajó. Queria muito ir de barco mas não terei tempo então farei os deslocamentos aéreos.

Ahhh e também irei sozinha! Rs

Aguardando os próximos capítulos!!

Bjo

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04/06/2017 - Selva

 

Dia de fazer o passeio na selva. ::love::

Como já falei anteriormente fiz toda a negociação por e-mail, a equipe da empresa é super amigável, fornece todas as informações necessárias, pergunta se há alguma restrição alimentar como vegetarianismo, por exemplo.

 

O pacote para 3 dias e 2 noites saiu por R$ 510,00 (acomodação em dormitório coletivo. Acomodação individual sai por R$ 600,00. Pode parecer caro, mas colocando na ponta da caneta e levando em consideração que café da manhã, almoço e jantar estão inclusos, e que na selva não há muito com o que gastar (minto, na pousada tem caipirinha que quebra os gringos kkk) o custo-benefício é excelente. Depois de ter passado pela experiência posso dizer com propriedade que cada centavo desse dinheiro foi muito bem aplicado numa experiência INCRÍVEL.

 

 

 

Pois bem, era domingo de manhã e como a agência fica muito perto do hostel combinei que iria pra lá para seguir viagem. Lá conheci Mateus, que foi nosso guia e um grupo de pessoas muito gente fina de BH.

 

Embarcamos em uma kombi até um porto um pouco mais afastado do centro. Lá embarcamos em uma lancha de onde tivemos a oportunidade de ver o encontro das águas. Depois desembarcamos em um povoado, pegamos outra kombi até o rio. De lá fomos de barco até a pousada. Todo esse trajeto durou a manhã toda.

 

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Chegando na pousada almoçamos (e o almoço de lá é maravilhosamente surreal de bom), tomamos banho de rio, arrumamos nossas coisas e por volta das 16h fomos rumo à selva, onde passaríamos a noite. Nesse lindo caminho tivemos a oportunidade de apreciar árvores encantadoras, diversos tons de verde, botos, garças, macacos e bicho-preguiça.

 

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No fim da tarde chegamos ao nosso local de “hospedagem”.

O acampamento consiste em uma cobertura onde são instaladas as redes, uma fogueira, uma mesa e um banco de tronco de árvores. Coletamos gravetos para fazer o fogo, instalamos as redes e os mosqueteiros, alguns colegas tomaram um banho no rio antes do jacaré chegar. Nosso guia fez o jantar que foi frango assado com arroz. Enquanto não ficava pronto ouvimos as muitas histórias contadas por ele e sobre a vida dele…

 

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… O Mateus é um índio que veio de uma tribo localizada na fronteira do Amazonas com a Venezuela e com a Colômbia. Estudou agronomia, teve a oportunidade de estudar nos EUA e morou no México. Durante um ritual indígena no exterior, sob efeito de alguma coisa que eu não entendi muito bem o que era, teve uma revelação e teve que optar entre a carreira ou a família. Optou pela família. É um guia super qualificado, sabe muito da região, da floresta, da cultura…

 

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Com o anoitecer e a falta do que fazer fomos para as redes bem cedo. Eu tive dificuldade de dormir mais pela conversa do pessoal e pela falta de costume de dormir em rede do que pelo ambiente em que estava. Confesso que quando houve silêncio foi surreal ouvir os sons da floresta. Parece uma orquestra sinfônica muito bem regida. É lindo e dá uma paz!

 

 

 

No meio da madrugada choveu, mas como a cobertura do abrigo é muito boa não nos molhou nada.

No meio da madrugada também senti vontade de fazer xixi… Recorri o matinho com uma boa revista com uma lanterna.

 

Sou considerada por muitos uma pessoa extremamente corajosa, então não sei se sirvo como parâmetro. Mas não senti medo em momento algum, mesmo sabendo que havia jacarés no rio bem pertinho de nós (e ouvindo o barulho deles, vendo o reflexo dos olhos deles). A experiência foi bem interessante e eu recomendo desde que haja um mínimo de coragem possível, já que chegando lá não tem volta e talvez seja traumático para os mais sensíveis. Naquelas condições eu voltaria e passaria uma semana ali… O único porém são os mosquitos que são insaciáveis, não respeitam roupa ou repelente.

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[/b]05/06/2017[/b]

 

Mateus nos acordou bem cedo e já havia feito o café da manhã. Havia café, leite, ovos cozidos, biscoito, goiabada, bananas…

Logo após o desjejum, ele deu uma coroa de palha muito legal para cada um de nós.

 

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De lá fomos para a casa de uma família de ribeirinhos onde conhecemos algumas plantas locais, degustamos cana e abacaxi do pé (o abacaxi do Amazonas é o mais doce do mundo, é uma delícia), conhecemos o processo de produção de farinha e um pouco do artesanato feito pela família.

 

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Voltamos para a pousada para o delicioso almoço e conhecemos o restante do grupo que passaria esses dias conosco.

A tarde fomos observar mais árvores e animais da região e pescar. Pela primeira vez na vida consegui pescar!

 

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Contemplamos um lindo pôr-do-sol, um verdadeiro presente para aqueles dias tão maravilhosos.

 

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Jantamos e fomos atrás de um jacaré em uma parte do rio perto da pousada (de canoa). Nessa parte denominada “focagem do jacaré” o guia captura um jacaré, explica um pouco sobre as características dele e depois deixa quem quiser ficar um pouquinho de tempo com ele na mão. Embora eu considere que é uma crueldade amarrar a boca do bichinho para agradar turista, não resisti. Fiz uma oração para que aquele bichinho superasse aquele trauma.

 

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No fim da noite todos ficaram conversando no deck na pousada e curtindo aquela interação legal que quem é mochileiro entende bem… Diversão super saudável!

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06/06/2017

 

Fomos acordados as 5:20h pois iríamos observar o nascer do sol a bordo da canoa. Mas o tempo não colaborou muito e não vimos nada. ::lol3::

 

Voltamos para a pousada para o café da manhã e depois fomos para uma caminhada de aproximadamente duas horas no meio da floresta, para conhecermos plantas, animais, uma experiência extremamente rica. Tive a oportunidade de experimentar cascas de árvore com diferentes funções, comer o bichinho do coco, tomar água de um tronco.

 

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Depois desse momento almoçamos e retornamos aos multitransportes com destino a Manaus e ao sinal de telefone… Ahhh o sinal de telefone que em um ambiente daquele não me fez a menor falta.

 

De volta a Manaus, consegui tomar um belo sorvete na Sorveteria Glacial (indico demais, tem sorvetes típicos deliciosos) e comer mais tambaqui no jantar...

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Adorei saber disso! Estou com a viagem marcada para esse mesmo roteiro agora em Julho. (Manaus - Santarém (alter do chão) - Belém - Ilha de Marajó). ::otemo::

De Manaus até Santarém, irei de barco. Enfim, quero saber se foi tranquila a rota de barco... pois vou sozinha e quero me sentir segura. Outra coisa a saber é se foi tranquilo conseguir o barco em Manaus. É só chegar no porto e comprar a passagem? levo a rede ou eles vendem lá bem bem em conta?

Ah! outra dúvida é sobre esses pacotes para "conhecer a floresta"... Vale realmente a pena. Já ouvi relatos de viajantes que acham um tanto quanto artificial (Tudo montado pra turista). Ajuda aí nas dúvidas que a eu fico grata! ::sos::

Editado por Visitante
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