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De Porto Velho-RO a Cusco via Acre de Busão - ABRIL 2011


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Olá gente....segue aqui minha contribuição pela força que todo mundo me deu para montar minha primeira trip internacional. Como toda primeira viagem pra fora do Brasil, tive meus contratempos que contarei logo abaixo. Espero que gostem.

 

PRIMEIRO DIA (12/04) – VIAGEM DE PORTO VELHO A RIO BRANCO

Sempre deixamos para resolver as coisas mais importantes de véspera. Comigo não foi diferente....horário dos ônibus, coisas pra levar, trocar dinheiro, etc. Foi tanta coisa que algumas coisas que seriam primordiais na minha viagem acabei esquecendo (como verão mais adiante). O que eu fiz de mais importante antes de viajar foi trocar alguns dólares na Fitta Cambio aqui em Porto Velho (Av Carlos Gomes, 1879 Esquina Com Getúlio Vargas). Foi o lugar mais barato que encontrei. Comprei U$ 400 a uma taxa de R$ 1,72, o que me custou R$ 696,00. As outras casas de cambio da cidade tavam cobrando em torno de R$ 1,75 a R$ 1,80. Saímos de Porto Velho (PVH) em direção a Rio Branco (RBR) por volta das 11 da noite num vôo da Trip, que conseguimos comprar por preço promocional (R$ 39,90 – a passagem de ônibus pela Eucatur estava R$ 64,00). O vôo durou uma hora e a meia noite chegamos em RBR. Um casal de amigos nos recebeu e nos levou ate a casa deles, onde passaríamos a noite.

 

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SEGUNDO DIA (13/04) – VIAGEM DE RIO BRANCO AO INÍCIO DOS ANDES

Acordamos por volta de 7:30 da manhã, tomamos o café e já entrei em contato com a Movil Tours na rodoviária de RBR pra saber se havia passagens disponíveis para Cusco no dia. Me foi informado a princípio que o ônibus seria alugado (atentar a este grande detalhe) e me pediram para retornar a ligação meia hora depois para confirmar a informação. Meia hora voltei a ligar e me falaram que haveria sim o ônibus normalmente e que poderia comprar a passagem na rodoviária sem problemas...ufa!!

 

Meu amigo me levou na rodoviária as 9 da manhã e fui comprar as passagens no guichê da Rotas. Ao chegar lá havia uma treta lá rolando de um passageiro que foi barrado ao entrar no Peru no dia anterior por ele querer entrar lá somente com uma carteira de motorista e teve que voltar imediatamente para RBR. Fiquei lá na mutuca escutando a conversa e ouvi que o motorista da Movil até foi atencioso e prestativo, dizendo que iria traze-lo de volta de graça assim que o motora voltar de Puerto Maldonado (PEM), mas o cara preferiu voltar de taxi para RBR e tava lá no dia seguinte fazendo a maior onda pedindo o dinheiro de volta. O gerente da Movil lá de PEM estava lá também tentando resolver o problema, mas tudo foi bem resolvido quando ele soube que poderia embarcar no ônibus que iria sair naquele instante pra ele realizar os trabalhos que ele ia fazer lá em PEM. Com a treta deles resolvida, chegou a minha vez da fila para comprar a passagem. 2 passagens saíram R$ 220,00 até Cusco. Logo nos despedimos do nosso amigo e entramos no busão.

 

20110506180449.JPG Nosso busão

 

20110506180522.JPG Dentro dele

 

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As 10 da manhã ele saiu de RBR rumo a PEM. Viagem super tranqüila, ônibus confortável...até aí tudo bem. Por volta de meio dia o ônibus chegou em Brasiléia e lá almoçamos. Muito bom o almoço num restaurante chamado Boi na Brasa, com comida a R$ 25,00 o kg. Meia hora depois saímos e seguimos viagem. Pouco antes de chegar na fronteira o motorista distribui a todos do ônibus dois papéis, um de saída do Brasil e outro de entrada no Peru, os dois obrigatórios para quem quer fazer essa viagem por este caminho. As 3 da tarde chegamos na alfândega em Assis Brasil. Entregamos o papel na polícia e eles carimbaram a nossa saída no passaporte e informaram para não perder o papel pois deveríamos entregá-lo na volta. Atravessamos a fronteira e logo em seguida chegamos em Iñapari. Lá demos a entrada no Peru com o outro papel, que foi carimbado assim como nosso passaporte. Também nos foi orientado a devolve-lo assim que retornarmos. Um relato....quando estava descendo do ônibus uma cena meio cômica aconteceu. Bastou eu meter a cara pra fora que uma penca de mulheres levantou o braço com uma calculadora na mão na minha direção oferecendo câmbio. Foi hilário. Elas esperaram eu dar a entrada no país e depois eu troquei os meus reais. Antes de viajar eu tinha comprado U$ 400,00 por R$ 1,72. Foi a melhor cotação que eu achei em PVH. Na fronteira, eu troquei R$ 700,00 por soles com uma cotação de S/1,5 o que me rendeu S/1050 em várias notas de 50 e bem poucas de 20 e 10. Havia dificuldade para encontrar dinheiro trocado na fronteira. Queria levar dinheiro trocado por ver mto aqui no site pessoas alertando pra isso devido ao grande numero de pessoas que foram enganadas ao trocar dinheiro grande em Cusco e pegar notas pequenas falsas como troco.

 

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Alfandega Brasil-Peru

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Fronteira Brasil-Peru feita pelo rio Acre

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Trocando meus Reais por Nuevos Soles e deu isso aí...

 

Muita gente aqui no site preferiu levar VTM, comprar no débito, etc...eu preferi levar em espécie. Troquei em PVH meus reais em dólares e na fronteira meus restante de reais em soles. Bati muita cabeça estudando qual seria a melhor opção. O melhor seria mesmo levar cartão de débito e sacar lá. Fiz a solicitação no meu banco com 2 semanas de antecedência, mas não chegou a tempo da viagem. Daí resolvi levar em espécie mesmo. Se foi a melhor opção eu não sei...só sei que não tava mais com paciência pra pensar nisso...muito complicado pra mim.

 

Já em estradas peruanas seguindo rumo a PEM vimos muitos caminhões carregando toras de madeira, gente tocando gado na pista e bois andando livremente na rodovia, motociclista sem capacente levando umas 500 pessoas na rodovia...portanto, quem for de carro tem que ter cuidado redobrado assim que cruzar a fronteira. A estrada está excelente, sem buracos, mas tem que ter muito cuidado com quem trafega por ela.

 

Chegamos em PEM por volta das 6:30 da tarde. Pagamos S/1 para pegar a balsa e atravessar o rio Madre de Dios. A ponte ainda não está concluída. Chegando no outro lado pegamos um daqueles táxis que tem por lá que é uma mistura de moto com charrete, esqueci o nome daquilo. O cara nos cobrou S/15 para levar-nos da balsa até a rodoviária. Chegamos na rodoviária as 7:15 da noite e ficamos esperando o ônibus sair em direção a Cusco. Em RBR o cara da agência informou que o ônibus saia as 8:30 da noite de PEM para Cusco, mas lá na rodoviária de PEM nos informaram que ele sairia as 8 da noite. Realmente saiu as 8. Ônibus confortável, doble deck, poltronas bem reclináveis, mas sem calefação. Em RBR nos foi informado que o ônibus teria calefação no trecho PEM-Cusco e que não precisaria de cobertores. Pois bem...não tinha calefação e morremos de frio no meio da madrugada quando estávamos cruzando os Andes. Portanto, para se prevenir, levem cobertores. Para as mulheres um aviso...os peruanos dão em cima sem dó. Um lá com cara de cholo deu em cima da minha mulher na cara dura, na minha frente e ainda teve a cara de pau de pedir pra eu trocar de lugar com ele no ônibus pra ele ir do lado dela na viagem, pode uma coisa dessas?? Nem pra ir no banheiro eu consegui com medo de deixar ela sozinha, já que ele foi nas cadeiras do lado da nossa e ele tava sozinho, com as duas cadeiras só pra ele...a noite foi bem tensa...

 

20110506181550.JPG Balsa pra atravessar o rio

 

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TERCEIRO DIA (14/04) – CUSCO A PÉ

Chegamos em Cusco as 6:15 da manhã, num frio medonho que nunca senti na vida. Detalhe...nós estávamos só de bermuda, tanto eu quanto a Cris, minha esposa. Sabia que se eu pegasse um taxi fora da rodoviária eu pagaria mais barato, mas eu tava tão travado de frio que eu tava louco pra sair dali e chegar no hotel pra trocar de roupa. Peguei logo um taxi com um taxista que nos abordou assim q estávamos saindo da passagem do desembarque e nos cobrou S/15. Sei q paguei caro, mas eu tava tão doido pra chegar logo no hotel que nem cogitei a idéia de andar pra fora do terminal atrás de um taxi mais barato.

 

Ficamos no Pirwa Backpackers San Blas, na C. Carmen Alto, diárias a U$ 20. Hotel bem aconchegante, staff super prestativo, próximo da Plaza de Armas, café da manhã meio fraquinho (eu achei), banho quente, mas ele não ficava sempre quente no quarto que nos deram. Tinha momentos que ele esfriava e eu saia correndo do Box de tão gelado que era a água e ficava do lado de fora esperando ele voltar a esquentar. Achei o hotel regular. Daria nota 6.

 

20110506182248.JPG Hostel Pirwa Backpackers San Blas - Entrada

 

Tomamos nosso banho, trocamos de roupa e fomos caminhar pela cidade em busca de um café da manhã. Isso já era por volta de 7:30 e 8 da manhã e a maioria dos restaurantes (entre outras coisas) estavam fechados. Andamos mais um pouco e encontramos uma lanchonete chamada Yajuu, na praça que fica em frente da igreja das Mercedes. Comemos 3 mixtos e 2 chocolates quentes a S/25. Daí fizemos nosso passeio pela Plaza de Armas, catedral, igreja Companhia de Jesus, museu regional e museu inka. Tudo isso até uma da tarde.

 

Ficamos impressionados com a quantidade de gente que cruza a gente vendendo coisas, principalmente na Plaza de armas. E eles não se contentam com um não...são bastante insistentes. Chega a ser irritante. Ficamos impressionados com a beleza das obras de arte na catedral. Na Companhia de Jesus também. Contratamos um guia, que foi super atencioso conosco, nos explicou tudo sobre lá. O nome dele é Iuri, sabíamos que éramos brasileiros e foi explicando tudo com a maior paciência, sem aquela velocidade costumeira que eles falam. Tão bem que até a Cris que não fala nada em espanhol entendeu muita coisa do que ele falava. Demos S/25 de propina a ele por ter sido super atencioso, educado e prestativo conosco. No museu regional e no museu inka não contratamos guia...ficamos só admirando as obras, as múmias, as ceramicas, td o q o lugar oferecia. Gostamos mais do museu inka, recomendadíssimo!! Nesse meio tempo fomos a uma agencia de turismo pra fazer os passeios clássicos da cidade. Fomos na agencia Mollepata que fica em frente da Plaza de armas e fechamos o pacote para Maras e Moray, City tour, Vale sagrado com almoço incluído e Macchu Pichu, todos com guia por S/270 para 2 pessoas. Não sai por lá pesquisando preços. Achei bom o preço desse e fechei o pacote para começar os passeios no dia seguinte. Após pagarmos os passeios fomos comprar os tickets de trem de Ollantaytambo-Aguas Calientes-Ollantaytambo na Peru Rail que fica em frente a Plaza de armas com ida no sábado e volta no domingo. O trem na categoria expedition saiu U$ 158 pra nós 2. Paguei com os dólares que troquei no Brasil.

 

Assim que saímos do museu inka fomos almoçar num restaurante chamado Tabasco, que fica na C. Espadeiros, uma rua entre a Plaza de armas e a Plaza Regocijo. A especialidade deles é comida mexicana, mas pedimos comida peruana que eles vendiam também. Pedimos um Chicharrón de Alpaca e um Ceviche de Trucha que nos custou ao todo S/55. Maravilhoso os 2 pratos, sem comentários...é de comer rezando e lambendo os lábios, rsrs.

 

20110506183104.JPG Meu Chicharrón de Alpaca

 

20110506183117.JPG Ceviche de Truta

 

Saímos do almoço e fomos visitar o Qoricancha na Av. El Sol. No caminho compramos o boleto turístico que é vendido na mesma avenida, bem no começo da avenida. Realmente está valendo o decreto supremo. Tentei dar a carteirada lá pra pagar meia e não colou. Tive que desembolsar S/130 por pessoa pra adquirir o boleto. Meia entrada é só pra quem tem menos de 25 anos portando carteira ISIC. Mas não foi um mal grande. Alguns sítios que não estão no roteiro do boleto turístico cobram entrada e aceitam a meia ISIC sem problemas mesmo eu sendo maior de 25 anos. Foi assim no Qoricancha, em Macchu Pichu entre outros que tivemos que pagar fora a parte pra visitar. A regra do decreto supremo só é válida mesmo pra compra do boleto turístico.

 

No Qoricancha não contratamos guia e nos arrependemos. Aquele lugar deve mesmo ser visitado com ajuda de um guia. Muitas coisas vimos lá e não entendemos direito seu significado. Logo na entrada tinham pessoas oferecendo serviços de guia, mas recusamos. Ficamos pegando a explicação de alguns guias que estavam por lá com seus grupos que estavam fazendo o city tour, mas não foi totalmente suficiente. Nos encantamos com o lugar, é fantástico. Saímos dali por volta de 4 da tarde e pegamos um taxi rumo ao mercado principal da cidade, nas proximidades da Plaza San Pedro. Achávamos que nesse mercado encontraríamos algo de artesenato, roupas, coisas pra comprar pra presente, mas ali é um mercado de comida, com muita gente vendendo frutas, legumes, queijo, etc. Daí fomos andando pelas C. 3 Cruces de Oro, Belen e Teqte, próximo a este mercado e encontramos vários mini shoppings estilo Santa Ifigênia em São Paulo vendendo eletrônicos, produtos de cosméticos, roupas (inclusive típicas) e artesenato. Foi aí que a gente se fez. Consegui comprar minhas camisas de time pra minha coleção, 3 por S/55. São daquelas piratas idênticas as originais. A Cris comprou uma jaqueta básica por S/20. Andamos a esmo por esses mini shoppings e acabamos chegando sem querer na Plaza San Francisco, onde fica o Colégio de Ciências, o Cienciano. Na rua do lado dessa Plaza, não sei se é Santa Clara ou Marques, só sei que é na rua de uma espécie de pórtico que tem do lado do colégio de ciências, nós jantamos numa padaria por volta de 7 da noite um empanado de semana santa (que estavam vendendo a rodo na cidade, todos estavam comendo, parecia uma febre), uma inka cola, uma salada de fruta com leite condensado e um Leche Asada, uma espécie de pudim de leite muito gostoso. Tudo saiu S/10,50. Logo após a padaria encontramos, quase ao lado dela, uma entrada onde vendiam produtos artesenais bem mais em conta do que os demais lugares que visitamos. Ali compramos mantas feitas com lã de alpaca, gorros, luvas, piscos, várias lembrancinhas. Acho que no total eu gastei em torno de S/150 nessas lembrancinhas.

 

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Pedra dos 12 angulos e Qoricancha

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Dentro do Qoricancha

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Vistas do jardim do Qoricancha e do Colégio de Ciências

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Pórtico que eu me referi e nosso lanche

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Olha o tamanho dessa salada de fruta!!

 

A essa altura já era quase 9 horas. Fomos andando ate a Plaza de armas e ficamos vendo o movimento da rua. Como fica lindo a Plaza de noite....e bem movimentado também. Como de praxe, várias pessoas passavam pelo nosso banco onde estávamos sentados vendendo coisas e a gente só recusando. Uma bela hora a Cris se encantou com um gorro que uma dessas vendedoras tinha e resolveu comprar....pra que!! Na mesma hora todas as vendedoras da praça vieram em nossa direção. Um monte de gente querendo vender de tudo pra nós. Ficamos loucos nessa hora, sem ação. Ficamos dizendo não o tempo todo e aquele povo insistia, insistia, insistia a todo instante e nós o tempo todo dizendo no, no, no....foi engraçado mas ao mesmo tempo tenso e chato. Descobrimos que a gente não pode ficar um minuto sossegado nessa praça sem que ninguém nos incomode, muito menos comprar nada de ninguém, senão todo mundo vai avançar em cima de você querendo vender todo tipo de coisas igual abelhas em cima do mel. Depois desse incidente, fomos pro nosso hotel dar aquele sono pra começar o dia seguinte fazendo os passeios.

 

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Plaza de Armas a noite

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QUARTO DIA (15/04) – MARAS, MORAY E CITY TOUR

Levantamos por volta de 7 da manhã. Tomamos nosso café e descobrimos uma coisa engraçada. Na mesa tinha um monte de vasinhos contendo uma coisa que eles chamam de granola. Porém, quando provei, aquilo tinha gosto, textura, aparência e cheiro de pipoca doce!! Sabem aquelas pipocas que vendem nos supermercados de embalagem rosa com aquelas pipocas em forma de meia lua? Pois é, parecia aquilo e eles insistiam em dizer que aquilo era granola. Bem...se é, não sei, só sei que até agora isso rende boas risadas entre a gente. Fora isso tinha geléia de morango, pães, iogurte e um leite que eles tem lá no Peru numa lata de alumínio, parece uma lata de leite condensado, mas é leite normal. Que maravilha esse leite...bebia aquilo igual como se toma água morrendo de sede....quase levo o hotel a falência de tanto que tomei esse leite, que coisa gostosa, rsrsrs...quase trago pra cá pro Brasil, rsrsrs. Fomos pra agencia de viagens que contratamos os passeios no dia anterior. No caminho para a Plaza de armas passamos pela pedra dos 12 angulos, tiramos a tradicional foto e seguimos rumo a agencia. Lógico que assim que tiramos a foto vieram mil pessoas querendo mostrar as outras caricaturas que eram vistas naquele muro, mas decidimos não ver e tocamos o passo rumo a agencia.

 

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Café da manhã do hotel, com bastante "granola" ::lol3::

 

Chegamos as 8:45 e o combinado é que o passeio começaria as 9. Saímos de lá só 9:20 e fomos direto a Chinchero conhecer a fabricação de tecidos artesenais. A Cris ficou encantada com a forma que eles fazem os tecidos de lã. Comprei pequenas bugigangas, como um porta celular e um porta moeda a S/15 os 2. Não demorou muito e saímos rumo a Moray. Lá tudo é muito fantástico. O moray maior é impressionante. Não fomos nele, fomos num médio que fica logo ao lado do maior, onde tem vários montinhos de pedras. Perguntei pro guia porque não iríamos no maior e ele me falou q não daria tempo devido ao seu tamanho. Nessa hora me senti como o Embrera aqui do fórum sentiu quando foi pra lá por agencia...bateu um pouco de arrependimento, mas aquele que a gente tava estava correspondendo as expectativas. Se aquele que nós fomos, por ter um tamanho médio já nos impressionou nas suas funcionalidades e propósitos, imagine como que seria no grande...fiquei imaginando isso por um bom tempo, mas fiquei na vontade....fica pra próxima.

 

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O Moray maior que a gente não foi e o Moray menor que a gente visitou com o guia

 

Nas salinas de Maras, nada além do previsto. O lugar é lindo d+. Deu tempo para conhecer grande parte do lugar e tirar belas fotos. Compramos alguns salgadinhos que uma chola vendia logo na entrada da salina, uns grãos de milho frito que tem gosto de pipoca, banana frita e uma tal de “Ava” ou “aba”, ainda não sei o q é, mas é gostoso e engana a fome.

 

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Salinas de Maras e os snacks com gosto de pipoca

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1:30 da tarde saímos da salina rumo a Cusco. No caminho a paisagem é exuberante com os picos nevados a mostra. Tirei várias fotos...nunca tinha visto neve na vida e vê-los assim foi fascinante. Chegamos em Cusco as 2:30 da tarde e tínhamos que comer correndo pois o city tour começava as 3. Fomos na C. Procuradores e entramos num restaurante na qual não lembro o nome, mas foi logo num dos primeiros assim que entra na rua logo depois que sai da Plaza de armas. Pedimos 2 sandwiches de ovo, queijo e presunto, um refri e uma tortilla de queijo com presunto. Tudo saiu S/31. Retornamos para o lugar onde o guia nos deixou poucos minutos atrás para começar o passeio do city tour. Esse passeio geralmente começa as 2 da tarde, mas como não optamos por conhecer o Qoricancha que esta no roteiro já que nos havíamos conhecido o templo no dia anterior, estávamos esperando o onibus vir de lá para começar os passeios para os templos nos arredores da cidade. Nesse caso, só pra conhecer os templos o ônibus sai as 3 da tarde.

 

Começamos por Saqsaywaman...lugar imponente e impressionante. Quase morremos de cansaço pra chegar no ultimo degrau do lugar. Depois fomos para Puka Pukara...visual é lindo. Em seguida, Tambomachay...outro lugar que impressionou bastante. Por último fomos a Qenqo. Aí aconteceu 2 coisas engraçadas...a primeira é que lá já estava anoitecendo e o guia tava meio q mostrando as coisas meio correndo. Atras de nós havia outro guia com seu grupo. Já na entrada pra caverna do sacrifício, o guia que estava com um grupo atrás do nosso começou a apressar o nosso guia, dizendo que se ele demorasse mais um pouco ali ia atrapalhar o tempo dele lá com o grupo dele. Aí começou a rolar uma treta entre os 2 guias e a gente lá no meio vendo a discussão deles. O nosso grupo deu uma vaia federal no guia do grupo seguinte e todo mundo ficou zoando. Eu tambem fiquei frescando com o guia falando em português, mas eu me lasquei pq ele entendeu tudo o que eu falei e ainda disse que também sabia falar português...foi uma comédia. A segunda parte cômica foi quando entramos na sala do sacrifício. Lá tem duas mesas onde eram realizados os rituais de mumificação e sacrifício. A Cris resolveu tirar onda nessas mesas. Ela sentou em cima, tirou foto, botou a mão...enfim, pintou e bordou em lugares sagrados e de sacrifício. Minutos depois ela começou a se sentir mal, com sensação ruim, começou a dar tudo nela de mal...só falei...vai brincar com os mortos, vai!!

 

20110506195511.JPG Fotos em Saqsayhuaman

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20110506195755.JPG Fotos em Puka Pukara

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20110506200016.JPG Fotos em Tambomachay

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20110506200215.JPG Fotos em Qenqo

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20110506200303.JPG Como q uma pessoa faz isso na mesa do sacrifício... ::putz::

 

Chegamos na Plaza de armas por volta de 8 da noite. Estávamos exaustos e nem jantamos, fomos direto dormir pra ir ao vale sagrado no dia seguinte. Porém, antes de dormir, tive a brilhante idéia de ver meus e-mails e tentar comprar nossa passagem de volta de PEM para RBR na segunda-feira. Eis que aí bate um desespero, pois tinha esquecido totalmente que NÃO HÁ ONIBUS DE PEM PARA RBR NAS SEGUNDAS-FEIRAS. Nós íamos voltar no domingo de MP e ir direto pra rodoviária pegar o busão pra PEM. De Cusco pra PEM não há problemas, há vááááárias empresas que fazem esse trajeto. O prob é de PEM pra RBR, que só a Movil faz e nós iríamos chegar em PEM na segunda de manhã e as segundas não tem esse serviço. Na hora fui contar pra Cris o que eu tinha esquecido ao planejar essa viagem e decidimos ficar mais um dia em Cusco. Na hora acertei mais uma diária no hotel que estávamos e programamos alguns passeios pra quando voltássemos de MP, o que antes não daria tempo para fazer assim que voltássemos de lá. Assim, sairíamos na segunda de Cusco, chegaríamos na terça de manhã em PEM e aí não haveria problemas pra voltar ao Brasil, pelo menos em tese.

 

QUINTO DIA (16/04) – VALE SAGRADO

A Cris não conseguiu dormir direito nessa madrugada. Diz ela que teve vários pesadelos, se sentiu bastante incomodada. Creio que foi pelas traquinagens na mesa do sacrifício em Qenqo. Sugeri a ela pra que antes de irmos pra agencia passar na catedral e pedir perdão pelas coisas que foram feitas e pedir forças para espantar mals pensamentos e seguir viagem em paz. Foi o que fizemos. Antes, deixamos nossa mala no guarda volume do hotel, colocamos só algumas pequenas mudas de roupa e coisas essenciais na mochila e fomos embora pro passeio pro vale sagrado e MP.

 

Depois dos pedidos de perdão dos pecados cometidos fomos para a agência, onde ficamos até as 9 da manhã, horário que o ônibus saiu para o vale sagrado. Antes de chegar em Pisaq, paramos numa cidade onde se vendiam produtos artesenais, só me esqueci o nome dela. Paramos por pouco tempo, algo em torno de 20 min. Dali o ônibus parou num mirador de onde tiramos a foto clássica do vale sagrado. Parada de 5 min apenas. Dali seguimos rumo a Pisaq e só paramos na entrada do parque arqueológico. O sítio arqueológico é mto lindo, paisagem deslumbrante, mas cansa bastante também andar por ele todo. O tempo tava bem encoberto, hora chuviscava, hora parava e tinha mta gente vendendo capa de chuva na entrada do parque. A Cris até cogitou a idéia de comprar uma capa, mas eu recusei e falei q o máximo que iria acontecer era um chuvisco, nada que atrapalhasse nosso passeio. E assim se fez. Saímos de lá aproximadamente 12:30. Achei que íamos na feira de Pisaq, mas como o ônibus já tinha parado antes numa feira em outra cidade desencanei da idéia. Dali fomos direto para Urubamba almoçar e nessa hora o tempo abriu. Tinha comprado o passeio no vale com almoço. Foi bem recompensador. O restaurante era ótimo, comida muito gostosa e almoço e sobremesa a vontade. O restaurante que paramos é o Illary. As 2 da tarde saímos de lá e seguimos para Ollantaytambo, onde chegamos perto das 3 da tarde.

 

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Feira de artesenato

 

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Foto clássica do vale sagrado

 

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Parque arqueológico de Pisaq

 

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Restaurante

 

Conhecemos praticamente todo o sítio de Ollanta. Não conseguimos pegar muita explicação do guia. Ele tinha um pique desgraçado. Não estávamos dando conta de segui-lo...maldita altitude e sedentarismo!! ::prestessao:: Porém, boa parte do lugar conseguimos pegar alguma explicação. Achei que o guia ia subir para a parte do sítio onde ficavam os sacerdotes. Fiquei lá observando o lugar e quando demos conta ele já tava lá embaixo de novo explicando sobre as fontes que tem lá perto da saída. Lá fomos nós atrás, meio frustrados por não ter subido até o final. Quando acabou o tour pelo sítio de Ollanta (que é maravilhoso por sinal) fomos ao ônibus, pegamos nossa mochila, nos despedimos do guia e do restante do povo do onibus (eles iam seguir pra Chinchero) e ficamos lá na pequena praça de Ollanta. Os que ficaram iam pegar o trem para Águas Calientes mais tarde. O guia sugeriu que poderíamos guardar nossas coisas num hotel recomendado por ele. Tinha até uma pessoa desse hotel lá nos esperando quando estávamos nos despedindo do grupo que ia pra Chinchero. Muita gente foi com esse cara do hotel. Como nossa mochila era bem básica, não fomos. Fomos andando a esmo pela cidade de Ollantaytambo, tiramos algumas fotos, descansamos um pouco na pequena praça, já que a subida no sítio de lá foi bastante punk.

 

Nisso já era 5 da tarde e eu tive a idéia de subir até o final do sítio de Ollanta. A Cris acabou machucando o joelho na primeira subida com o guia e preferiu ficar me esperando lá embaixo, pois não tava mais dando conta de subir nenhuma escada. Fomos até a entrada do parque, perguntei pra fiscal se eu podia entrar mesmo com o boleto turístico já marcado e ela deixou. Entramos, deixei a Cris sentada lá num lugar e me mandei até o alto do sítio. Tirei altas fotos e matei minha vontade de conhecer todo o lugar. Como o tempo pra visitar esse lugar tava curto, já que o parque fecha as 6, eu subi meio que correndo até o lugar dos sacerdotes. Eu consegui chegar, mas fiquei quase meia hora tentando pegar o fôlego de volta, rsrsrs. Retornei as 6, saímos do parque e fomos pra estação de trem de Ollantaytambo pegar o trem pra Águas Calientes. O trem saiu as 7 da noite e chegamos lá em AC as 9:30 da noite.

 

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Algumas fotos do Parque Arqueológico de Ollantaytambo

 

No meio do caminho começou a cair um verdadeiro temporal, que não parou mais. Chegamos em AC debaixo de muita chuva. Na saída da estação haviam várias pessoas com plaquinhas com nomes de hóspedes dos hotéis de lá. Eu tinha combinado por e-mail uma reserva no Pirwa Macchu Picchu, mas o pessoal não tava lá. Então fui perguntando pro povo de lá onde que ficava e fui no rumo do hotel. E o toró comendo solto... Chegando no hotel, dou entrada e pago a diária de S/105. Detalhe, só paguei esse valor porque fiz o pagamento com cartão de crédito e aí eles acrescentaram os 6%. Foi só aí que tive taxação de porcentagem no cartão. Nas demais coisas que comprei depois não me taxaram em nada. O valor da diária no dinheiro era de U$ 35. Fomos logo dormir pois estávamos exaustos. Hotel super confortável e aconchegante, com internet, banho quente e quartos bem limpos. Ah...e a chuva continuava caindo com força até a hora que fomos dormir, por volta de meia noite. E vocês devem estar se perguntando...se eu tava morto de cansado, porque fui dormir só lá pela meia noite? Era porque em Cusco, na agência quando contratei os passeios, me informaram que o guia de MP chamado Washington iria me procurar no hotel para combinar os detalhes do passeio. Porém, ele não apareceu e eu não agüentei de tanto esperar, mas dei um crédito, pois tava caindo um baita temporal na cidade.

 

SEXTO DIA (17/04) – MACCHU PICCHU

Acordamos as 4:15 da manhã e ainda estava chovendo, mas fraco. Tomamos aquele banho ligeiro e fomos tomar nosso café. Achei o café da manhã desse hotel super fraco. Só tinha pão, manteiga, café preto e banana. Como era só o q tinha, caímos dentro. Saímos do hotel por volta de 5 da manhã. Deixei a Cris na fila de espera dos ônibus já com as passagens compradas só de subida (U$ 16 os 2) e fui ligeiro comprar os boletos de entrada para MP. Quando cheguei, o quiosque de venda dos boletos pra MP tinha acabado de abrir, 5:15. Tinha 4 pessoas na minha frente. Eis que começa a zica...o policia lá me pede os passaportes pra agilizar o atendimento...e eu tinha esquecido os mesmos na bolsa da Cris. Tive que voltar correndo lá pra fila onde a tinha deixado pra pegar os passaportes. Peguei ligeiro e voltei correndo pro quiosque pra poder comprar o boleto de entrada do parque. Nessa hora já tinham entrado mais 3 pessoas na minha frente. Beleza...fiquei esperando...aí foi a hora que marquei bobeira. Era pra eu ter ido logo pra trás do cara que estava na minha frente antes de ter ido buscar os passaportes e eu não fiz isso. Fiquei lá atrás dos outros que chegaram enquanto eu tava na carreira. Acabou que esses que chegaram no meio tempo compraram um monte de entradas, tipo 10, 15, 7....e só tinha um atendente pra analisar o passaporte e a meia entrada de cada um...e ele ia fazendo naqueeeeeela velocidade, com aqueeeeeeela paciência....e eu lá atrás aguniado pra chegar logo a minha vez e não chegava nunca. Fui ser atendido lá pras 5:45. Paguei os boletos e me mandei pra fila. Eis que encontro a Cris sozinha segurando o ultimo ônibus pra subir pro MP. Tavam só me esperando. Consigo subir e fomos pro MP.

 

Mal chego na entrada e tinha uma fila básica pra entrar no santuário e pra pegar o carimbo pro Huayna Picchu. Eu já entro logo na fila do HP, só que minha pequena falta de malandragem na fila do boleto me fez pegar o carimbo do HP só das 7 da manhã. Os das 10 já tinha sido completo. Fiquei p da vida comigo mesmo...fui um sacrifício chegar até ali, fazer todos os esquemas, ler tanta coisa a respeito do que deveria fazer pra chegar na hora e não dar certo por um descuido meu...bastava eu ter pedido pro guarda lá na hora que fui pagar o boleto pra MP o meu lugar na fila de novo que eu teria conseguido se eu tivesse feito isso...mas não....foi brochante isso. Mas...aquela altura já não adiantava mais chorar pelo leite derramado. 6 da manhã os portões já estavam abertos pra conhecer MP. E lá fomos nós entrar no parque as 6:15. A essa hora a chuva já tinha parado, mas como tinha caído muita água a noite toda, formou-se uma densa névoa que cobriu boa parte do santuário. Mesmo assim ficamos maravilhados com o lugar. Ficamos andando a esmo pelo MP, vimos o sol nascer nas 3 janelas...um espetáculo da natureza e da engenhosidade dos Incas. As 7:15 retornamos pro portão principal e esperamos nosso guia contratado pela agência. E lá estava o Washington, da bandeira azul celeste. Gente fina o cara, explica muito bem as coisas, ótimo guia. Começamos nosso tour guiado as 7:45 junto com todos os demais guias contratados por empresas de turismo lá de Cusco. Antes da saída, todos os guias fazem a chamada dos turistas que vão com cada guia, todos tem uma bandeira diferente...é bem fácil localizar seu guia, não tem como errar...a não ser que você esqueça o nome do guia contratado, rsrsrs. Com o nosso nome confirmado na lista dele, começamos o tour por MP. É impressionante o lugar, indescritível. Me encantava como cada detalhe daquele lugar tinha uma função, um significado. Era um sonho que estava se concretizando naquele momento para mim. Desde criança ouço falar deste lugar e desde então era fascinado e louco para conhecer e lá estava eu vendo tudo, conhecendo cada detalhe daquele lugar...estava me realizando pessoalmente.

 

As 10:45 o tour termina na entrada pra Huayna Picchu. Nos despedimos do guia e ficamos um pouco ali na entrada do HP sentados, descansando um pouco. Nessa hora conhecemos uma peruana de lima que tinha um ticket pra subir o HP pras 10 e queria dar esse ticket pra quem tivesse afim de ir. Fiquei na tentação, mas decidi não investir na idéia. Tinha ficado p da vida na entrada do parque de manhã cedo por não ter conseguido o carimbo e ali tava uma oportunidade de realizar a loucura de subir o HP. Decidir não ir por vários motivos. O principal deles foi não ter coragem de deixar a Cris sozinha lá na entrada do HP, uma vez que o joelho dela tava bem dolorido, inchado e sem condições nenhuma mais de subir qualquer tipo de degrau (ela fez todo o passeio de MP na raça) e também o fator tempo. Aquela altura já eram 11 da manhã e nosso trem sairia as 3 da tarde....se são 1 hora pra subir e outra hora pra descer, não iria sobrar tempo pra almoçar e não queria subir só pra chegar até o topo e dizer “ah q legal, cheguei no topo, vou tirar uma foto só e vou descer pq já não há mais tempo de ficar e admirar a paisagem”. Como a Cris mesmo falou na hora...se aquele lugar eram dos sacerdotes, talvez os deuses incas naquele momento não estavam permitindo que fossemos até o alto, não era oportuno, não estávamos preparados pra isso...e assim nós respeitamos a vontade deles e fomos em direção a saída. Chegamos na saída por volta de 12:30. Pegamos o ônibus de volta a Águas Calientes, mais U$ 16 (paguei esse valor de um trecho separado na ida e na volta pois pensava que o caminho de volta era pequeno, mas quando eu vi o caminho na subida pra MP me desanimei em voltar aquilo tudo andando. Se eu tivesse pagado antes de subir o MP a ida e a volta juntos sairia U$ 15 por pessoa e acabei pagando U$ 16 por pessoa comprando os trechos de ida e volta em separado).

 

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Bem cedinho...só névoa :roll:

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Depois das 10 foi só alegria ::otemo::

 

Já em Águas Calientes almoçamos dois belos pratos deliciosos de spaguetti com champignon e de truta frita com limão por S/50 num restaurante ao lado dos trilhos do trem, bem próximo de onde partem os ônibus pra MP. Há vários restaurantes por lá. Ficamos zanzando pela cidadezinha até dar a hora de embarcarmos no trem das 3 da tarde. Lógico que com a Cris ruim dos joelhos a gente andou somente ali pelas proximidades da pequena praça que há por lá e pelas feirinhas que há perto da estação de trem. As 2:30 da tarde fomos pra estação e as 3 saimos em direção a Ollantaytambo. Chegamos em Ollanta por volta de 5:30 da tarde. Conseguimos um taxi pra Cusco logo na saída da estação por S/10 por pessoa e rachamos o taxi com 2 garotas de Cingapura que estavam conosco em todos os passeios, mas só nos falamos nesse taxi quando estávamos voltando pra Cusco. Elas ainda iam seguir a trip delas pra Foz do Iguaçú e no Rio de Janeiro e aí dei dicas pra elas de onde ficar, onde ir, onde se divertir, pelo menos me baseando nos lugares que visitei quando fui nestas duas cidades. Chegamos em Cusco as 7 da noite e fomos logo jantar. Entramos num restaurante ali pela Plaza de armas onde negociamos com um aliciador desse restaurante uns piscos sour de cortesia. Comemos um prato de truta maravilhoso por S/40. Foi um prato individual dividido pra nós 2, pois não estávamos com muita fome. Viemos pra Cusco comendo algumas bolachas que compramos ainda no Brasil. Mesmo assim, o prato saciou bastante a fome e em seguida fomos direto pro hotel, pois estávamos exaustos.

 

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Restaurantes próximos a estação de trem e Plaza de Armas de Águas Calientes

 

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Nosso trem Expedition da Perurail

 

SÉTIMO DIA (18/04) – O RETORNO PRA CASA E O COMEÇO DO PERRENGUE

Esse era pra ser o dia que estaríamos em PEM só esperando o busão de volta pra RBR, mas como eu tinha esquecido que as segundas não há esse ônibus ::prestessao:: , resolvemos tirar esse dia pra conhecer alguns lugares de Cusco que ficou por ver nos passeios. Acordamos as 8:30 da manhã, tomamos nosso café e saímos caminhando pela rua. O meu dinheiro já estava contado. Tinha somente S/330 na carteira, onde estava contabilizando S/300 pra pagar nossa passagem de volta e o restante pra gastar com taxis, café da manhã, lanches e travessia da balsa em PEM. Como o dinheiro tava curto pra fazer os passeios ainda não realizados em Cusco, resolvi meter meu cartão de crédito num ATM na Av. El Sol. Aí começa o perrengue. Eis que coloco meu cartão, peço pra sacar S/100, digito minha senha corretamente e aí o ATM do Scotiabank engole meu cartão. Fiquei desesperado pois era o meu único recurso pra almoçar e jantar naquela cidade. Já comecei a imaginar a gente morrendo de fome naquela cidade até a hora do nosso embarque. Fui numa loja de cambio que tem logo ao lado desse ATM e o cara da loja me falou que era pra eu ir no banco do ATM solicitar meu cartão de volta. Deixei a Cris lá no ATM na esperança de que ele fosse cuspir de volta meu cartão e me mandei atrás de um banco pedir socorro. Entrei no banco BCP da Av. El Sol. Expliquei minha situação pra um funcionário de lá e eles me falaram que eu tinha que ir no banco na qual o ATM pertencia, nesse caso o Scotiabank. Lá fui eu atrás desse banco. Ele fica na C. Afligidos (nome bem sugestivo pra situação que eu tava :lol: ) que é uma rua antes do Qoricancha. Chego lá no Scotiabank, a atendente foi muito solícita comigo e me informou que somente as 4 da tarde me entregariam o cartão de volta, pois é o horário em que uma empresa terceirizada passa em todos os ATMs desse banco recolhendo os cartões detidos. Falou para eu não me preocupar com meu cartão pois ele estava seguro no ATM. Só o cara da terceirizada poderia retirá-lo. Nisso já eram 10 da manhã e já imaginei nossos passeios indo pro espaço, assim como nosso almoço e janta. Voltei pro ATM engolidor de cartão onde deixei a Cris, expliquei a situação pra ela e ficamos andando a esmo na Av. El Sol pensando numa solução pro nosso almoço. Nesse meio tempo fomos entrando numas lojas de artesenato lá mesmo na Av. El Sol e até vimos alguns quiosques que vendiam no cartão de crédito. Já fui marcando alguns que tinham coisas que me agradavam pra voltar lá depois que pegar meu cartão de volta. Fomos andando até o centro de artesenato de Cusco, no lugar que é considerado o rabo do puma no mapa de Cusco antigo. Andamos por este centro e voltamos caminhando pela Av. Tullumayo. Nessa avenida encontramos varias pollerias e restaurantes que vendiam o famoso Menu Del Dia por preços bem em conta (S/3, S/4,5, S/5... ::otemo:: ). Justo no último dia encontramos os lugares mais baratos para se comer na cidade. Não entramos, só olhamos os mais variados cardápios e fomos andando. Chegamos no Qoricancha e ficamos sentados descansando da pernada num dos bancos que tem ao lado do jardim do templo. Ali tenho a idéia de ir ao terminal rodoviário tentar negociar um preço mais em conta de volta pra RBR. Deixei a Cris sentada ali no Qoricancha e fui andando dali até o terminal rodoviário de Cusco. Ao chegar lá tentei negociar as várias empresas que faziam o trecho Cusco-PEM. O máximo que conseguia negociar era por S/50, o mesmo preço da Movil Tours. Tinha ido no guichê da Movil e eles não baixaram o preço. Aí eu vou num guichê de uma tal de TTP (Transportes Terrestres Peruanos) que vendiam também bilhetes da Movil. Lá eu consegui negociar todo o trajeto Cusco-PEM e PEM-RBR por S/260 os 2!!. Eu já estava esperando tudo por S/300 mas consegui por 260. Assim me sobrariam S/40 pra almoçar nos menus Del dia e ainda sobraria grana pra gente tomar um café da manhã mais adubado. Voltei andando quase que correndo pro Qoricancha e encontrei a Cris apavorada com os machos peruanos dando em cima dela na cara de pau. Saímos ligeiro dali e voltamos pra Av. Tullumayo e entramos numa Polleria. Compramos 1/8 de frango pra cada com direito a arroz, batata frita, salada a vontade e vários molhos, além de uma canja de entrada por S/4,5. Ali a gente se acabou de comer. Que comida gostosa. Não sei se era a fome, mas tava muito gostoso. Tomamos uma inca cola de 500 ml pra nós 2 e tudo saiu S/11. Nisso já eram 3 da tarde. Voltamos pro Qoricancha e entramos no museu de lá pra passar o tempo até dar 4 horas e ir buscar o cartão. Ficamos admirando os artefatos do museu e as 4:15 fomos pro banco. Chegamos lá eram 4:30 e a moça que me atendeu de manhã me informou que ainda não havia chegado os cartões retidos nos ATMs e me pediu pra esperar que até 5:30 eu estaria com ele em mãos. Então ficamos sentado no banco esperando o cara da tercerizada trazer meu cartão. Percebo um gringo na mesma situação que eu e ele ficou lá do outro lado do banco esperando também. Então quando deu exatamente 5:30 da tarde meu cartão de crédito chegou. O gerente do banco Scotiabank me chamou, me entregou o cartão e me disse que o ATM engoliu o meu cartão por ele estar “levemente curvo” ::putz:: . De tanto que eu ando com esse cartão na minha carteira e aí eu sento em cima, vou com ele pra cima e pra baixo...não tem como ele não ficar curvo mesmo.

 

Peguei meu cartão e fui as compras nas feiras de artesenato da Av. El Sol. As lojas que mais nos chamou atenção quando estavamos caminhando enquanto esperava meu cartão ser resgatado nós retornamos e fizemos várias comprinhas pra família. Ao todo, as lembrancinhas compradas no cartão de crédito saíram S/220. Saímos das lojinhas por volta de 6:30 em direção ao hotel pegar nossas coisas pra voltar pro Brasil. Eis que assim que saímos da feirinha notamos uma movimentação estranha nas ruas. as ruas estavam cheia de gente. Pensei que era o horário do rush, pessoas saindo do trabalho. Até aí tudo bem. Mas quanto mais próximo eu ia ficando da Plaza de Armas mais gente eu ia encontrando, mais aglomerações de pessoas. Aí eu começei a ficar preocupado, até porque a Cris continuava com seu joelho machucado e mal tava conseguindo andar a essa altura. Nem pra pegar um taxi prestava porque o transito estava literalmente parado na Av. El Sol e adjacências. Quando eu chego na Plaza de Armas vejo uma multidão aglomerada principalmente na praça e nos calçadões ao lado. Muita, mas muita gente mesmo, gringos e nativos. Parecia que todo o Peru tinha ido a Cusco ao mesmo tempo e se concentrado ali naquela praça. Foi um sufoco cruzar essa multidão com a Cris machucada. Um empurra empurra danado, parecia carnaval de Salvador, mas sem trio elétrico. Até então não tava entendendo aquela multidão, muito menos presença de pessoas da igreja vestindo batas esquisitas aglomeradas em pontos distintos da praça e cercados por policiais. Enfim...passado o sufoco (principalmente pra Cris que tava machucada e foi uma luta cruzar a multidão com ela no estado que ela estava) subimos a ladeira até chegar ao nosso hotel. Chego lá, pego nossas coisas e pergunto o porque da multidão pro cara do hotel. Ele me falou que naquele dia haveria a PROCISSÃO DO SENHOR DE LOS TEMBLORES, o Senhor dos Terremotos, uma procissão em homenagem ao Cristo que tá na catedral principal de Cusco...pra quem curte passeios religiosos, a semana santa em Cusco é cheia de procissões e começa a semana com essa daí que a gente enfrentou. Pergunto ao cara do hotel pra chamar um taxi e ele me fala que era impossível pois as ruas estavam todas engarraffadas e que ninguém iria subir pra região do hotel enquanto rolasse a procissão. Aí eu me desesperei porque a essa altura já eram 7 da noite e nosso ônibus sairia pra PEM as 8. Nem poderia cogitar ir andando até o terminal rodoviário. Peguei nossas coisas e ficamos na frente do hotel. Deixei a Cris lá na frente e fui andando reto na rua do hotel até a igreja de San Blas, onde, por muita sorte, encontrei um taxista deixando uns gringos por lá. Na hora abordo ele quase que puxando pela gola da camisa e implorei pra ele nos levar pra rodoviária. Ele nos cobrou S/7 e rapidinho nós fomos. Chegamos na rodoviária 7:30 após muito engarrafamento. Sorte ter dado tudo certo... ::mmm:

 

Pego os tickets, pago a taxa do terminal terrestre e vou pra sala de embarque esperar o bus. Aí começa o perrengue. Quando eu vim pra Cusco de PEM, o ônibus era super confortável, double deck. Quando chega o ônibus da Movil Tours no portão e vejo ele, começo a tremer na base. Era um onibus pequeno, mal reclinava a poltrona, o espaço entre as poltronas era pequeno e NÃO TINHA BANHEIRO. Fui lá pro motora e pergunto se era aquele o onibus pra PEM que sairia as 8 e ele confirmou. Fiquei revoltado e até cogitei reclamar lá na empresa, mas como eu comprei a passagem em outro guichê que não era o da companhia mesmo, achei que não teria nem o direito de reclamar. Pra variar, o lugar onde comprei a passagem, o guichê da TTP estava vazio. Tinha um lá da Movil Tours com opção pra sair as 8:30. Talvez esse sim seria o double deck que eu peguei pra chegar em Cusco, mas como eu comprei barato (S/260 2 passagens em vez de S/300 que era o q tava sendo vendido no guichê da Movil) achei que me venderam pra ir num super econômico. Pelo menos eles deram uma jantinha... :roll:

 

Nem preciso dizer a vocês como foi a noite no buzão. Não tomamos nem água para não dar vontade de ir ao banheiro, uma vez que o próprio motora nos disse que não ia parar pra ninguém descer pra ir ao banheiro. Ficamos na sede até chegarmos em PEM. Dormir que é bom, nada. Pra mim e pra Cris, que somos pessoas altas numa poltrona projetada pra quem mede, no máximo, 1,60 m...tivemos que fazer malabarismo pra pelo menos tentar nos sentir mais confortável. A parte boa disso tudo foi que deu pra ver a neve bem de perto e bem nítido, pois estava uma noite de lua cheia e de céu claro. Tava bem visivel a neve e ficamos admirando ela da janela.

 

OITAVO DIA (19/04) - A LUTA PRA CHEGAR AO BRASIL

Chegamos em PEM as 6:15 da manhã. Tomamos um daqueles táxi moto que nos cobrou S/7 pra nos deixar próximo da Plaza de Armas de lá pra tomarmos nosso café da manhã. Pedimos numa lanchonete das proximidades da plaza, que não me recordo o nome, uma jarra de chichia morada, um café com leite e 2 pães com ovo e queijo. Tudo saiu S/12. Saímos da lanchonete por volta de 8 da manhã e fomos pra Plaza de Armas dar um tempo pois nosso onibus sairia somente meio-dia. Fomos pra uma lan-house ali mesmo na plaza de armas (S/2 a hora) dar notícias aos nossos amigos e parentes da nossa trip. Saímos de lá as 9:30 e pegamos lá mesmo na plaza um taxi-moto que nos levaria até o porto da balsa. Nesse táxi-moto pagamos S/3. Chegamos na balsa, atravessamos para o outro lado do rio (S/1 por pessoa) e ficamos lá esperando nosso ônibus chegar para voltarmos ao Brasil. Nisso já eram 10 da manhã. Aí deu 10:30, 11:00, 11:30...e nada do ônibus chegar. Um calor do cão e eu já sem mais nenhum sol trocado no bolso. Todo o trocado que me sobrou da economia de passagem que eu fiz já tinha sido gasto. Tava contando em chegar em RBR e conseguir sacar alguma coisa pra ter dinheiro no bolso pois tava literalmente liso. Aí quando deu 11:45 me chega uma moça de um restaurante, diz que o onibus da Movil para em frente ao restaurante dele e sabe o que ela disse? QUE O ÔNIBUS TINHA PARTIDO AS 9 DA MANHÃ PARA RIO BRANCO. Aí eu me desesperei. Tava sem um sol no bolso e só teria onibus pra voltar no dia seguinte. Como que eu iria ficar essas próximas 24 horas?? Na hora fui lá no restaurante dessa mulher e fui pedir mais explicações. Aí ela só me falou que eu deveria atravessar o rio, ir até a oficina da Movil e pedir meu dinheiro de volta. Oficina neste caso é o ponto de venda de tickets da Movil, tipo um guichê, mas fora da rodoviária. Mas como que eu faria isso se eu já não tinha mais um sol no bolso?? Aí ela me emprestou S/4. 1 sol pra atravessar a balsa, 1 sol pra pegar um mototaxi pra oficina, 1 sol pra retornar pra balsa e 1 sol pra pegar a balsa de volta pro outro lado do rio. Aceitei o empréstimo, deixei a Cris sentada num restaurante lá cuidando das nossas coisas e fui no rumo da oficina da Movil Tours que fica na Av. Tambopata. Nessa mesma avenida ficam todas as demais oficinas de onibus que partem de PEM para os mais diversos destinos no Peru. Chego lá na oficina e explico a minha situação pra moça que lá atendia. Eis que ela me fala que o ÔNIBUS PARA RBR TINHA SIDO ALUGADO ::ahhhh:: . Lembram que no começo dessa trip o cara lá em RBR tinha me dado essa possibilidade de que o onibus poderia ser alugado?? Pois é...no caso da ida dei sorte dele ir normal, mas na volta ele foi alugado por uma equipe de futebol para jogar lá no Acre.... ::carai::

 

Portanto, fica a dica: SE USAREM ESSA ROTA, NO BRASIL SE INFORMEM NA RODOVIÁRIA DE RIO BRANCO SOBRE A POSSIBILIDADE DO ONIBUS ESTAR FRETADO NO DIA QUE VOCÊS PRETENDEM VIAJAR. NO PERU, LIGUEM PRA OFICINA EM PUERTO MALDONADO. NÃO CONFIEM NOS GUICHÊS DA COMPANHIA POIS ELES ESTÃO MAIS INTERESSADOS EM VENDER A PASSAGEM DO QUE COM O SEU CONFORTO. O TELEFONE DOS GUICHES ESTÃO NO SITE DA MOVIL TOURS, É SÓ LOCALIZAR AS CIDADES DE RIO BRANCO E PUERTO MALDONADO, ANOTEM E GUARDEM COM VOCÊS COM TODO CARINHO POIS VOCÊS PODEM PRECISAR.

 

A atendente disse que já estava me aguardando e me deu 2 opções, ou recebia meu dinheiro de volta ou ela me colocaria no onibus do dia seguinte. Lógico que pelo perrengue que eu tava passando escolhi receber meu dinheiro de volta. Ela me deu sem nenhum problema e até ligou para a central em Cusco na minha frente e esculhambou com a loja de lá, dizendo que na próxima vez era para eles ligarem lá pra central de PEM e perguntar sobre a possibilidade do onibus estar alugado. Peguei o dinheiro e voltei pro outro lado do rio. Ao chegar no outro lado, dei S/10 pra moça que me emprestou o dinheiro pra ir até a oficina. Dei a mais só por gratidão a força que ela me deu naquele momento de desespero. Tinha S/180 no bolso, agora só tinha S/170. Daí eu lembrei de vários relatos desses que eu li pela net sobre essa rota pelo Acre que se poderia ser feito também de taxi. Aí eu começei a pesquisar os táxis que ficavam no lado do rio de onde sai o onibus pro Brasil. O prob é que, até Iñapari, na fronteira, eles tavam cobrando S/200, S/220...ou seja, fora de cogitação pra mim. Aí eu encontro um taxista que me fala que lá na cidade, no outro lado do rio, saiam vans o tempo todo pra fronteira com preço médio a S/35 por pessoa. Ele ainda me deixava lá de carona e não me cobraria nada. Na hora chamei a Cris e entramos no taxi dele. Atravessamos novamente o rio e ele nos deixou numa rua lá onde tem vários pequenos guichês de vans que te levam até a fronteira. Fechei com um lá a S/35 por pessoa, totalizando S/70 pra mim e a Cris. Ficamos esperando lotar um pouco mais a van, uma meia hora, e assim q tinha umas 9 pessoas na van nós embarcamos. Nisso eram 2:15 da tarde. E nós não tínhamos almoçado, mas a vontade de chegar logo no Brasil era tão grande que até a fome tinha passado. Atravessamos novamente o rio Madre de Dios e finalmente seguimos rumo a fronteira.

 

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Plaza de Armas de Puerto Maldonado

 

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Os táxis-moto deles e a Cris mto ::grr:: doida pra me ::toma::

 

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Ponte sobre o rio Madre de Dios ainda em construção

 

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As balsas pra atravessar o rio e depois do frio, se reacostumar com o calor foi difícil

 

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Lugar onde o ônibus que nos leva de volta a RBR pára...sinistro ::hein:

 

Chegamos na fronteira as 6 da tarde. No caminho fomos parados por policiais peruanos. Eles revistaram nossas mochilas e malas, perguntaram sobre o que eu tava levando de presente (um pisco, camisas de time, camisas de presente e artesenato). Ele não embaçou com nada do que eu tava levando e me disse que tava procurando por produtos ilícitos, tipo drogas. Como não encontrou, nos deixou seguir adiante. Na fronteira carimbei a saída do Peru. Fomos até a pracinha de Iñapari trocar os soles que sobraram. Me sobrou S/87,5 e eu comprei os reais lá por R$ 1,65. Aí eu recebi R$ 53,00. Era o dinheiro que eu tinha no bolso pra voltar pra casa. Pedi pro cara da van nos deixar em Assis Brasil pois lá a gente poderia pegar um taxi pra RBR. Ele me cobrou mais S/10 e atravessou a fronteira conosco. Nos deixou na pracinha de lá de Assis Brasil e rapidamente achou um taxista pra gente ir até RBR. Com esse taxista estavam mais um casal, que também estava esperando o onibus da Movil, mas levou cano e foram por conta até Assis, mas, segundo eles, tinham pego a van por volta de meio dia, no período em que eu tava lá no outro lado do rio me matando pra conseguir meu dinheiro de volta lá na oficina da Movil. Eles estavam ali na pracinha desde as 4 da tarde esperando alguém pra ir com eles até RBR. Detalhe, nós atravessamos a fronteira as 6:30 da noite e como no Peru é uma hora a menos que no Acre, na verdade eram 7:30 da noite. Eu queria chegar em RBR até no máximo 11 da noite, que era a hora que saía o último onibus de volta pra Porto Velho. Fechamos com o taxista por R$ 130,00 o casal (ao todo ele cobra a viagem até RBR R$ 260,00). Entramos no taxi, demos a entrada no Brasil, fechamos nossa conta de entra e sai de país e nos mandamos pra RBR. O taxista disse que iria no limite permitido de velocidade pra uma BR de noite, ou seja, ele não ia com o pé pesado. Mesmo assim, ele foi na faixa de 100 a 130 km/h durante todo o trajeto. Chegamos no centro urbano de RBR as 10:50 da noite. Quando faltava 1 esquina pra chegar na rodoviária, passa pela gente o ultimo onibus pra Porto Velho. Aí me deu um desânimo total. Tinha que ficar mais uma noite fora, mas pelo menos estava no Brasil. Como eu não achava nenhum caixa 24h aberto nas proximidades da rodoviária, perguntei ao taxista se a gente poderia dormir no mesmo hotel que ele iria ficar e na manhã seguinte pagaria a ele o valor combinado. Ele aceitou e marcamos as 6 da manhã no saguão do hotel. Tinha que ser bem cedo, pois as 6:30 ele teria que voltar pra Brasiléia. Fomos para o hotel “Os Viajantes” que fica bem próximo da rodoviária. A diária pagamos R$ 75 pra um quarto com ar e direito a café da manhã. Tinha internet no quarto tb. A ducha bem boa, mas a cama.....o principal deixou muito a desejar. Pra quem sofre de coluna era ótima, mas pra gente....parecia que eu tava dormindo no chão de tão dura que era. Era daquelas camas ortopédicas, duuuuuura pra caramba. Mas eu dormi maravilhosamente bem, acho que era pelo cansaço que tava muito forte. Detalhe...nesse dia nós não almoçamos nem jantamos. Passamos o dia todo só bebendo água naquela temperatura que os peruanos adoram beber....quente!!

 

NONO DIA (20/04) - FINALMENTE EM CASA

Me levanto as 5:30 da manhã, tomo meu banho de gato e vou pro único caixa 24h que eu conhecia nas proximidades da rodoviária, um que fica bem na frente da rodoviária numa farmácia pequena. Aí chego lá, a farmácia tava fechada (queria dar o prêmio Nobel da burrice pras pessoas que colocam esses caixas 24h em estabelecimentos que não funcionam 24 h). Volto pro hotel e encontro o taxista me esperando no saguão. Falo a situação pra ele e daí decidimos ir atrás de um caixa eletrônico no rumo do centro pra eu poder sacar o dinheiro que devia a ele. Eis que na primeira rua que dobramos da rua do hotel, encontro uma farmácia 24h aberta com um caixa vermelho 24h lá dentro ¬¬ ….. tiro o dinheiro, dou os R$ 130,00 pra ele, ele me deixa no hotel novamente e vai embora pra Brasiléia todo feliz. Eu volto pra rodoviária atrás de onibus pra voltar pra Porto Velho. Vou primeiro na Eucatur e me falam que todos os onibus estavam lotados, que só tinha pro dia seguinte. Daí vou pra Real Norte e me falam que tinha vagas só as 7 da manhã e 11 da noite. Comprei duas passagens pro das 7 da manhã (R$ 55,00 cada) no cartão de crédito e fui correndo pro hotel acordar a Cris, que nessa hora tava com o joelho parecia o de um elefante de tão inchado. Nisso já eram 6:15 da manhã. Passo um gelol no joelho dela ligeiro, nos trocamos de roupa, tomamos nosso café no hotel e fomos ligeiro pra rodoviária. Pegamos um daqueles ônibus para-para, que parava em qualquer casebre que ele via na beira da estrada pra levar gente. Queria pegar o direto, mas como não tava com sorte pra escolher, véspera de feriadão e doido pra voltar pra casa, o jeito foi pegar esse mesmo. Chegamos em Porto Velho as 5 da tarde e assim “termina” nossa jornada de volta pra casa. Coloco o “termina” entre aspas porque, apesar de termos chegado bem diante de todas as dificuldades, a única coisa que queríamos era chegar em casa, ligar a tv pra saber o q tava acontecendo no país e tomar uma água beeeeeem gelada, mas aí quando chegamos em casa, adivinha?? Tinham cortado nossa energia...na véspera do feriado e nisso já era 5:30 da tarde....aí ainda fomos resolver essa bronca, mas aí já são ooooooutros quinhentos, hehehehe....só digo a vocês que esse dia foi looooongo, rsrsrs.

 

Há várias dicas que queria resumir aqui, mas todas elas estão no relato acima. O que gostaria de frisar mais é o fato de verificarem a possibilidade do onibus da Movil Tours para PEM ou RBR estar fretado no dia que for viajar. Se estiver ainda no Brasil, liga na rodoviária de RBR. Se estiver no Peru, liga na oficina de Puerto Maldonado. Os telefones estão no site da Movil. Caso vocês passem pelo susto que passei, não se preocupem. Entre PEM e Cusco e vice-versa há vááááárias empresas que fazem esse trajeto a um preço que varia de S/40 a S/60. A grande maioria dos onibus saem de noite, mas tem outros horários também. Aconselho sair de noite para irem dormindo na estrada e economizar no hotel. Caso prefiram dormir em hoteis, lá existem boas e baratas opções nas proximidades da Plaza de Armas de PEM. E não se esqueçam de que há também as vans que te levam até a fronteira e te levam também da fronteira até Puerto Maldonado a um preço que varia de S/25 a S/40, depende de como for sua negociação e de quantas pessoas tão indo contigo. Assim como há também táxis na rodoviária de Rio Branco pra te levar até a fronteira e em Assis Brasil que te leva até a capital RBR. Se baseie pelo preço de R$ 300,00 o trajeto. Procurem por mais alguém para rachar esse taxi para ficar ainda mais barato para vocês.

 

Essa é minha contribuição. Espero que vocês tenham gostado e que tenha coisas que sejam úteis pra quem quer fazer esse passeio por essa rota, via Acre de ônibus. É uma verdadeira aventura e é essa aventura o que fará esse passeio ainda mais inesquecível.

Editado por Visitante
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Caramba, que perrengue hein? nossa essa é pra ter história até pros netos. hshshshs, que bom que apesar dos pesares conseguiram dar um jeito no final.

Eu não encontrei a informação de qual a cotação do novo sol em dólares. vcs cambiaram dolares em novo sol a quanto?

obrigado, e ficam devendo as fotos.

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Caramba, que perrengue hein? nossa essa é pra ter história até pros netos. hshshshs, que bom que apesar dos pesares conseguiram dar um jeito no final.

Eu não encontrei a informação de qual a cotação do novo sol em dólares. vcs cambiaram dolares em novo sol a quanto?

obrigado, e ficam devendo as fotos.

 

Realmente foi um perrengue daqueles e nossos filhos e netos com toda certeza saberão do ocorrido, hehehe...nós trocamos S/ por U$ numa casa de câmbio que fica na Av. El Sol. Não me recordo agora o nome da agência, mas sei que fica bem perto do fim da segunda quadra, do lado direito indo na direção do Qoricancha. Foi a cotação mais barata q eu encontrei e troquei U$ 1 por S/ 2.80. As demais casas de cambio de lá estavam trocando a S/ 2.77, 2.75, 2.78....

 

Espero ter ajudado e vou providenciar as fotos!! Demorei pra colocar porque tive que formatar meu cpu por conta de virus e nossas fotos tavam lá dentro. Sorte que sou um menino esperto e consegui fazer uma cópia das fotos no cpu do meu trampo e copiei tb pro Picasa. Vou colocar agora elas.

 

Um grande abraço!!

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  • Membros
Ufaaaaaaaaa, chega tô cansada... rsrsr

qto perrengue!!! haja história pra contar...rsrsrsr

Gostei muito do relato! muito bacana, parabéns!

 

abraços!

 

Valeu Frida...é por isso que não sou muito chegado a escrever e-mails pq sempre são desse naipe aí, ::lol3:: ....gosto de detalhar bem os fatos e acabou ficando muito grande o relato e tornando a leitura cansativa. Mesmo assim, valeu pelos elogios....foram 3 dias pra digitar isso tudo aí depois de chegar em casa, mesmo com um monte de tarefas pra marido fazer me esperando voltar do Peru :lol:

 

Grande abraço!!

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  • 2 meses depois...
  • Colaboradores

Zero Grau,

 

Li um pouco do seu relato, não li todo pois preciso para um tempo para conseguir ::lol4:: .

 

Também fui ao Peru recentemente, agora em Dezembro 2010 a Janeiro de 2011, gostei tanto da experiencia que fiz um blog chamado [Peru via Acre], agora eu to colhendo informações e Relatos interessantes para colocar lá no blog, para ajudar o pessoal que deseja ir via Acre.

 

Como você também fui eu e minha companheira.

 

Tenho um relato aqui no Mochileiro dá uma olhada: peru-via-acre-cusco-e-puno-onibus-t50995.html

 

Se você quiser contribruir e publicar seu relato lá no Peru via Acre meu email é: tonymarle@yahoo.com.br

 

Valeu!!!

 

Att,

 

Tony Marle

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  • 1 ano depois...
  • 4 meses depois...
  • Membros

Senti falta de um resumo para nos orientar, ex:

 

Dia 12/4

23h Aeroporto PVH para RBR (1 hora e meia)

Dia 13/4 RBR para Cusco

10h RBR

12h Brasiléia

15h Alfandega Assis Brasil, Inapari

18h30 PEM, Balsa ria Madre de Dios, Taxi até rodoviária

19h15 Rodoviária

20h Onibus Cusco

Dia 14/04

6h15 Cusco (Rodoviaria), Hotel Pirwa B. (precos)

 

Locais visitados: Plaza das Armas/Catedral......

Agencias: Mollepata ....

Locais visitados: .....

Dia 15 - Maras, Moray e City Tour

Locais visitados: Pedra 12 angulos, Chinchero.....

 

 

e por aí vai! Senao temos que ler tudo e o texo é grande e com muitas aventuras ;)

 

Abraços!

 

rodoviária

Dia 2

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  • 5 meses depois...

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