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Fala, galera. Chegou a nossa vez de contribuir com a comunidade do Mochileiros fazendo o nosso relato da trip de 18 dias que fizemos pelo tradicional roteiro Peru, Bolívia e Chile. Foi um Mochilão ao melhor estilo “Mendigo Macho” e com o decorrer do relato vocês vão entender o por que. Apesar de termos lidos vários relatos aqui no Mochileiros, nosso planejamento financeiro foi precário mas no final tudo deu certo e a viagem foi épica! ::otemo::

 

Viajamos em 3, Guto Okamoto (28), Rodrigo Cunha (24) e Elyas Riachi (25). Somos amigos de longa data e sempre viajamos juntos aqui pelo Brasil mas a gente nunca tinha feito uma trip internacional juntos.

 

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Quando você volta de um mochilão desses, muitas pessoas perguntam como é a viagem e a primeira resposta que vem a cabeça é:

 

você tem que fazer uma viagem dessas pelo menos uma vez na vida.

 

é foda. do caralho. animal. vale cada centavo. que saudades, táquepariu! ::hahaha::

 

Esse mochilão é animal porque reúne três coisas: cultura, paisagens surreais e baladas! Você enriquece muito sua bagagem cultural com a história dos incas, visita lugares que provavelmente você não vai encontrar de novo na sua vida e cai em baladas iradas, conhece pessoas do mundo inteiro e se diverte demais.

 

bom, primeiro um resumão da trip e depois vamos detalhando o dia-a-dia da viagem.

 

Panorama Geral:

18 dias - 10 a 28 de janeiro

Peru: Cusco e Machu Picchu

Bolívia: La Paz, Isla del Sol e Salar de Uyuni

Chile: San Pedro de Atacama

 

Custos:

Passagem Aérea: R$ 1.538,70

Hospedagem, alimentação, passeios e baladas: Aproximadamente R$ 1.960,00

Total Gasto: Aproximadamente R$ 3.500,00. Eu levei US$ 880,00 e voltei com 3 dólares. muy bueno.

 

Cotação:

Soles: US$ 1,00 = 2,52 Soles

Pesos Bolivianos: US$ 1,00 = 6,92 Pesos Bolivianos

Pesos Chilenos: US$ 1,00 = 420 Pesos Chilenos

 

Vídeo da trip:

Resumo da viagem em 11 minutos. não deu pra filmar tudo, mas dá pra ter uma idéia de como é o mochilão.

 

Assista em HD ::cool:::'>

 

Roteiro:

10/01: São Paulo > Lima > Cusco

11/01: Cusco > 1º dia de Inka Jungle (Bike)

12/01: 2º dia de Inka Jungle (Caminhada)

13/01: 3º dia de Inka Jungle (Caminhada)

14/01: 4º dia de Inka Jungle > Águas Calientes > Machu Picchu

15/01: Cusco

16/01: City Tour em Cusco

17/01: Copacabana > Isla del Sol

18/01: Isla del Sol > Copacabana > La Paz

19/01: La Paz

20/01: La Paz

21/01: La Paz > Uyuni

22/01: Uyuni

23/01: Salar de Uyuni

24/01: Deserto do Atacama

25/01: Deserto do Atacama

26/01: San Pedro de Atacama

27/01: San Pedro de Atacama > Calama

28/01: Calama > Santiago > São Paulo

 

Dicas Gerais:

 

Preparativos: tome a vacina de febre amarela com pelo menos 10 dias de antecedência da viagem. Se você já tomou e precisa da segunda via, é só ir em um dos pontos da Anvisa e solicitar. Eu perdi a minha carteira de vacinação no meio da viagem, mas por sorte nem pediram. É melhor levar por precaução.

 

Dê um pulo em lojas de material esportivo e compre coisas que você ainda não tem e podem ser bem úteis na viagem.

 

Em nosso caso, compramos:

Segunda-pele: aquelas roupas de manga comprida que jogador de futebol usa quando tá muito frio. Foi bem útil em lugares que são muito frio, como Chacaltaya na Bolívia e no deserto do Atacama

Toalha esportiva: elas são bem úteis porque secam bem rápido e são bem pequenas, não ocupam muito espaço na mochila.

Capa de chuva: compre uma boa, não aquelas de plástico que camelô vende em estádio. Época de chuva em Machu Picchu é tenso. Nós estávamos com boas capas de chuva mas vimos uma galera com umas capa de chuva bem vagabunda no meio de um temporal e com uma longa caminhada pela frente.

Outras coisas: como lanternas, cadeados, etc.

 

Passeios: compre com pelo menos um dia de antecedência. Se for fazer Huayna Picchu, compre com mais dias de antecedência (mais pra frente detalhamos uma decepção nossa). Dá até pra comprar na hora a maioria dos passeios, mas é melhor sempre garantir e ficar tranquilo no dia. Em alguns casos é legal você já ir com uma turma e fechar com a agência.

 

Negocie: dá pra negociar em tudo. No táxi, na comida, nos passeios. Nossa tática funcionava mais ou menos assim:

NÓS: - “Quanto custa?”

VENDEDOR: - ”50 bolivianos”

NÓS: “Pagamos 25 bolivianos”

VENDEDOR - “40 bolivianos”

NÓS - “Fechado por 30.”

Cara de pau funciona e funciona bem.

 

Taxas: sempre ande com um dinheirinho a mais. No Peru e principalmente na Bolívia existem umas “taxas” extras que ninguém fala nada. Andar com dinheiro contado é uma roubada. As taxas não são nenhum absurdo, mas as vezes você quer zerar seus Soles antes de ir pra Bolívia e percebe que tem uma taxa pra pagar, mas já não tem mais grana. É, aconteceu com a gente. Tivemos que vender umas bolachas pra pagar umas taxas!

 

Temporada: fomos em janeiro que é na alta temporada e as coisas são mais caras. Só em termos de comparação nós pagamos R$ 1.538,70 na passagem e em junho ela fica por volta de R$ 655,00. Fomos em Janeiro porque foi a época que conseguimos tirar férias.

 

Roteiro: não faça seu planejamento com o objetivo de economizar. O objetivo da sua viagem é conhecer pessoas e lugares irados e voltar pra casa com histórias pra contar. Gaste bem seu dinheiro. Lemos em alguns relatos que San Pedro é uma cidade cara e que deveríamos passar pouco tempo lá. Sim, é mais caro do que La Paz e Cusco, mas foi a melhor cidade da viagem, deveríamos ter deixado mais dias para San Pedro. Essa é uma lição importante que levamos da trip. Leve em consideração a máxima, “quem converte não se diverte”.

 

Nos próximos tópicos iremos detalhar o dia a dia da trip!

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Nosso vôo era as 08:15 da “madrugada” e teoricamente deveríamos estar umas 05:15 no Aeroporto de Guarulhos pra garantir um embarque tranquilo. Teoricamente. Na prática foi bem diferente, chegamos no aeroporto por volta das 07:30, pegamos uma puta fila e não conseguimos despachar nossas malas. ::putz::

 

Pior, o cara falou que ia verificar se não tinhamos perdido o vôo. ::ahhhh::

Mochilão sem perrengue não é mochilão.

 

Como não despachamos a bagagem, começaram a jogar fora um monte de coisas das nossas malas: desodorante, shampoo, lâmina de barbear e tudo mais. Por sorte, coisas mais caras como perfume passaram.

 

Mas fica aí a dica, não seja preguiçoso e chegue cedo no aeroporto. Começar a trip assim na correria não é tão legal.

 

Embarcamos, fizemos uma conexão em Lima e chegamos em Cusco as 14:25 hrs. A chegada na cidade já é animal, os Andes ficam quase da altura do avião e a primeira impressão que você tem é:

 

Já to vendo que vai ser foda aqui em Cusco!

 

Cusco fica a 3.400 metros acima do nível do mar. A gente sentiu bem pouco a altitude, mas nada de mal estar, só uma leve dor de cabeça. Compramos um pouco de Soroche e tava tudo certo. Não lembro quanto eram as pílulas de Soroche, mas não eram tão baratas. Deve ter custado uns 20 soles duas cartelas de Soroche. Compensa mais comprar “ojas de coca”, que sai por 1 ou 2 soles o pacotinho.

 

O táxi do aeroporto até a Plaza de Armas é 30 soles, mas uma choradinha aqui, um descontinho para “los amigos brasileños” (isso funciona :D ) e dá pra economizar pelo menos uns 5 soles. Fechamos por 25 e bora pro centro.

 

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Depois de pesquisar uns 10 hostels, decidimos ficar no Wild Rover. Hostel irado, perto da Plaza de Armas e com um pub dentro. Se não me engano foram 27 Soles a diária em um quarto com 4 pessoas e banheiro privativo com “ducha caliente”.

 

Deixamos a mala no hostel e fomos procurar agências para fechar a ida pra Machu Picchu. Decidimos fechar a Inka Jungle, porque nosso tempo era curto e um dia a mais pra fazer Salkantay podia comprometer nosso cronograma. Fizemos umas 5 cotações até encontrar o Arthur da agência Chaski. O cara foi sangue bom, cobriu as cotações que tínhamos das outras agências e ainda fez o corre com a gente para fazer a carteirinha de estudante. Íamos tentar fazer a ISIC lá na hora, mas não rolou. Mas os descontos nem são tão grandes assim.

 

Pagamos US$ 190,00 dólares o pacote inteiro e mais US$ 10,00 para subir Huayna Picchu.

 

O pacote da Inka Jungle Trail incluia transporte, aluguel de bicicletas, café da manhã, almoço e janta, hospedagem e entrada para Machu Picchu. Ah, dentre as três trilhas que existem, com certeza a Inka Jungle é a mais de boa, já que você sempre dorme em hostel e as vezes até dá pra desencanar de andar e pegar uma van/taxi se você já estiver morto no terceiro dia de trilha.

 

Comprado o pacote, caçamos um mercado pra comprar algumas coisas para levar na trilha. Como bons turistas perdidos, fomos parar em um mercado de mendigo macho.

 

Mas afinal, o que é mendigo macho? É como a gente se apelidou na trip. Mendigo porque a gente sempre tava sem nenhum puto no bolso, macho porque tinha que ter cojones pra comer as paradas que a gente comia, dormir nos lugares que a gente dormia e passar os perrengues que a gente passou. Isso é mendigo macho lifestyle. ::otemo::

 

No mercado encontramos alimentos de procedência questionável a preços módicos. Inventamos umas coisas lá como pão com mel, queijo e outras coisas desnecessárias...que compra horrível a gente fez, mas tranquilo, vamo que vamo. ::lol4::

 

Depois de fechar o hostel e o pacote pra Machu Picchu, estávamos liberados para jantar e tomar uma gelada. Fomos comer em um restaurante tradicional peruano muito renomado em Cusco e...ah é sim, fomos logo no mais barato! Vimos lá na fachada "6 soles o Pollo Broaster". Parecia bom e barato e decidimos encarar esse rango. Péssima decisão. ::tchann::

 

Saiba de uma coisa: eles comem MUITO frango, mas MUITO mesmo. E outra, eles comem com MUITO óleo. MUITO mesmo. Prepare o estômago. ::xiu::

 

Esse Pollo Broaster é tipo um frango do KFC, só que não. Ele é visualmente parecido, mas fode mais o estômago que um chute do Anderson Silva. Muito óleo, a gente pegava o guardanapo e dava uma enxugada porque não tinha condições de comer daquele jeito. E do lado da nossa mesa tinha um niño peruano chorando que queria Pollo Broaster. Por que diabos ele se torturava assim?

 

Depois do famigerado Pollo Broaster bateu uma bad e a única coisa que poderia nos curar seria uma cerveja. Colamos no Wild Rover e tomamos uma pra relaxar, o dia seguinte seria de pouco sono e de uma boa caminhada.

Editado por Visitante
  • 2 semanas depois...
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Acordamos cedo e tomamos o maravilhoso café da manhã que compramos no mercadão alternativo.

 

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Encontramos nosso guia, Abraham, em frente a agência Chaski e trombamos o resto da galera que iria com a gente. Argentinos, Chilenos, Holandesas, Alemães, Colombianas e por aí vai. Solamente nosotros de brasileños. Era bom pra começar a praticar o nosso “polibosta” (o antônimo de poliglota). :lol: Na nossa van estavam um casal de chilenos, duas holandesas, um argentino (que o Guéli apelidou secretamente de Carlitos Tevez) e outra argentina.

 

Depois que juntou todo mundo, o outro guia, Silvio, avisou a gente que a van tinha dado uns problemas e que iria atrasar um pouco. Não sei no Peru, mas no Brasil 2 horas é atrasar pra caralho. ::grr:: Mas enfim, problema resolvido e bora subir todo mundo na van.

 

Foram umas 4 horas de viagem de van até chegar em um ponto bem alto nos Andes. Passamos por algumas paisagens bonitas, mas até esse ponto nada que impressionasse muito.

 

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Os guias pararam quando chegamos quase no pico da montanha, desceram as bikes e ali iria começar de verdade a trilha. Estávamos a uns 3.000 metros de altitude com um pouco de chuva pra deixar a pista escorregadia e a descida mais emocionante. Eles dão todo o equipamento, as bikes são boas, tem coletes com faixas reflexivas e capacete. Descemos até chegar em Santa Teresa, que era lá embaixo e devia estar a uns 2.000 metros de altitude.

 

Não sei quantos quilômetros a gente andou de bicicleta, mas foi o suficiente pra cansar pra caralho. Além de descidas, tinha uns trechos de subida, travessia de córregos, lama e cachorros ferozes correndo atrás de nós.

 

Um detalhe, o Tevez (argentino que tava no grupo) era foda. O cara não aceitava ficar pra trás e queria puxar assunto no meio da descida com aquele castelhano do cacete. Não dava pra entender picas.

 

Mas apesar de todo o perrengue, a descida é irada. Puta visual dos Andes e você pode ir descendo a milhão, fazendo curvas fechadas e tomando cuidado pra não morrer atropelado com os caminhões que sobem e descem na pista. Praticamente não tem parada, fomos descendo direto até chegar em Santa Teresa para almoçar. Obviamente chegamos quebrados, foram umas 4 horas andando de bike, o suficiente pra ficar com a coxa dolorida e alguns hematomas que foram resultado de uma bela queda, que ainda levei uma argentina pro chão. Perdón, hermana! ::tchann::

 

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No almoço, sopa de entrada, umas comidas estranhas lá e umas Cusqueñas (cerveja de Cusco) pra acompanhar. Pena que quase ninguém quis tomar naquele dia, faltou um pouco de interação com a galera, algumas cervejinhas resolveria mas quase ninguém quis tomar. :cry:

 

Fomos conhecer o lugar que íamos passar a noite lá e era bem zuado (mal sabíamos que iríamos encontrar lugares BEEEM piores pela frente). Conseguimos pegar um quarto pra nós três, era meio abafado e empoeirado, mas tava tranquilo. Pra quem tava quebrado da descida de bike, acho que dormiríamos tranquilamente até no chão. Ah, obviamente que os banheiros tinham água gelada e o banho foi aquela beleza.

 

A nossa ideia era encher a cara depois da janta e interagir um pouco com a gringaida, mas parecia que todo mundo tava quebrado da trilha e queria ficar mais de boa. No dia seguinte teríamos que acordar cedo de novo para começar a caminhada e decidimos deixar a cachaça pro próximo dia.

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laramagnago: Obrigado pelos elogios ao vídeo, deu trabalho mas deu pra transmitir como foi a trip. Eu não me canso de ver e relembrar dessa trip histórica!

 

Flávio-Arlindo: Vou tentar passar toda a energia da trip aqui no relato!

 

jhonatan.prudencio: Cara, acompanha aí o relato que vai te ajudar na tua decisão. Não sei qual outro roteiro você tá planejando pra tuas férias, mas esse roteiro Peru > Bolívia > Chile é surreal.

 

Vitor Bento: Valeu, vou continuar postando aqui. Os últimos dias foram corridos e não deu pra atualizar, mas vou tentar postar com mais frequência.

  • Colaboradores
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Mochilei no video dinovo. haha

 

Ta ai a frase que repito pra todos que perguntam sobre a viagem.

"Você tem que fazer uma viagem dessas pelo menos uma vez na vida."

 

Já estive do lado do planejamento e hoje viajo dinovo nos relatos.. Vou continuar acompanhando.

 

Parabéns pelo video, ficou sensacional.

 

Abraços.

  • Colaboradores
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Acho que esse foi o dia mais cansativo de toda a trilha. Acordamos temprano (bem cedo), fomos tomar café e escutar as instruções dos guias sobre o roteiro do dia. Seria o dia inteiro de caminhada, acho que começamos a caminhar umas 08:00 e fomos parar só lá pelas 18:00 ::toma:: , sendo que tinha muita subida por umas trilhas bem estreitas. Esse dia começa a ser bem legal porque você começa a ter um pouco de contato com a cultura Inca, os guias falam sobre os chaskis (mensageiros incas), sobre as trilhas incas e o contato com os espanhóis.

 

Tem muita gente que vai pra Machu Picchu mas escolhe não fazer as trilhas por todo perrengue envolvido, pela grana ou quantidade de dias dedicados a caminhada. Quando você pede a opinião de uma pessoa que NÃO FEZ alguma trilha e de outra que FEZ alguma das trilhas, você percebe a diferença do tesão que a pessoa conta sobre a experiência de ir a Machu Picchu.

 

Toda a dificuldade envolvida, o contexto cultural e a galera que você conhece na trilha faz toda a diferença quando você chega lá em cima. Você chega com muito mais tesão sobre o lugar e a vibe é totalmente diferente. Vale a pena investir alguns dólares e dias a mais na trip pra deixar ainda mais inesquecível sua ida a Machu Picchu. ::otemo::

 

A trilha começa assim, lá em baixo e os guias já começam a falar um pouco sobre a cidade de Santa Maria e como parte dela foi destruída por causa do rio.

 

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Tem alguns trechos da trilha que são bem cansativos, subidas na altitude cansam pra cacete, mas nada que uma pausa pra respirar não resolva. O Liba sofreu bastante nessa trilha e mostrou todo seu preparo físico de jogador de poker online.

 

 

 

Nesse segundo dia de trilha você já começar a ver umas paisagens iradas.

 

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E sempre tem alguns pontos de descanso pra beber uma água, recuperar o fôlego e brincar com macaquinhos.

 

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Depois de uma manhã inteira caminhando, chega a hora do almoço e você se sente um pedreiro desesperado por um prato de comida. Teoricamente os ‘restaurantes’ que as operadoras de turismo contratam já deveriam esperar a gente com tudo pronto pra chegar e só servir, já que eles sabem que todo mundo vai chegar na fúria por uma comida.

 

Mas obviamente que não foi assim, quando chegamos lá os caras ainda nem tinham começado a preparar o almoço. ::grr:: Pode parecer frescura e draminha por um prato de comida, mas brother, depois de tanto caminhar nas montanhas você PRECISA mandar uma pratada servida pra recuperar as energias.

 

Tranquilo, esperamos o ‘restaurante’ preparar comida pra umas 30 pessoas e isso deve ter demorado pelo menos uma hora, uma hora e meia de pura agonia se contentando com bolacha e guacamole.

 

Nós levamos algumas bolachinhas e frutas pra ir comendo durante a trilha, mas acho que vale investir um pouco mais em comida pra não passar por esse desespero ::cool:::'>

 

Depois do almoço caminhamos mais algumas horas até chegar as águas termais, ficamos lá por umas 2 horas antes de ir embora, já estava escuro, estávamos cansados mas já tava mais do que na hora de tomar umas na trip.

 

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Chegamos em Santa Teresa e fomos para o hostel, como fomos um dos últimos a chegar, não conseguimos escolher o quarto e acabamos dividindo com o Carlitos Tevez. O cara era meio bobo, mas tava engraçado estar no rolê com ele.

 

 

Tomamos um banho e fomos jantar. Durante a janta, o pessoal já estava combinando de ir numa baladinha que tinha na cidade e obviamente que nós fechamos. Bebemos todo nosso dinheiro em cerveja, pisco sour, vodka com soda e ficamos um tanto quanto borrachos. Nesse dia, era aniversário do Andreas, um alemão sangue bom pra cacete que conhecemos e ele falou de uma tradição muito boa que eles tem na alemanha. Ele chegou e disse pra gente:

 

No meu aniversário eu banco a bebida de todo mundo.

 

Como a gente já tinha bebido todo nosso dinheiro do dia, essa tradição ia cair do céu. A gente até falou pro Andreas: “Cara, não precisa fazer isso não. Você vai gastar mó grana.” E ele respondeu com toda sinceridade européia dele: “Relaxa, eu tenho milhares e milhares de dólares em minha conta.” ::ahhhh:: .

 

Pior que o cara não falou de forma arrogante, sabe? Pra ele é normal sair da faculdade na Alemanha, nunca ter trabalhado na vida, passar um ano viajando o mundo e ter milhares de dólares na conta. E é normal encontrar um monte de Europeu nessa posição. Quando eles perguntam quantos dias você vai ficar viajando e fala 18 dias, eles acham um absurdo. “Só isso?”. Aí você percebe que tá na merda no Brasil hahahaha. Aliás, você percebe que não tá tão na merda quanto os Argentinos. Os caras disseram pra gente que lá, a cada ano que você trabalha você tem direito a um dia a mais de férias. Então por exemplo, se você trabalha há 15 anos, você tem em torno de 15 dias de férias ou algo assim. Imagina o Tevez, que ia tirar 30 dias de férias o quanto ele já não deve ter trabalhado. ::lol4::

 

Voltando a tradição alemã do Andreas e da idéia dele bancar todos os gorós. Lá na balada não aceitava cartão e essa tradição foi por água a baixo. ::putz:: Tinhamos que buscar outra solução e aí encontramos o gerente da balada pra tentar negociar uns gorós. Por coincidência, o gerente da balada também era o mesmo cara que vendia os passeios de Tirolesa e também era o DJ da balada. Foi nessa noite que percebemos como os peruanos são polivalentes! Eles são multifuncionais. Por exemplo, uma Lan House é também Lavanderia e não duvido nada que a noite o dono também seja DJ. ::lol4::

 

Mas enfim, negociamos uns drinks com o Gerente/Vendedor/DJ e deu pra curtir a noite e conhecer melhor a galera.

 

No dia anterior, o Guéli tava meio puto com um grupo de argentinos sei lá porque e no fim da balada eu vejo o cara abraçado com os caras falando do Corinthians e tudo quanto é assunto em bom portunhol. Eu olho pro outro lado e vejo o Liba girando no Pole Dance e a galera vibrando. ::lol4:: Bom, a verdade é que depois de todo mundo do grupo tomar umas juntos a galera interagiu muito mais e o resto da trilha ficou bem melhor.

 

Um viva ao álcool, a causa e solução de todos os problemas

 

Não sei que horas a gente foi dormir, devia ser umas 04:00 ou 05:00 e logo mais teríamos que acordar pra mais um dia de caminhada. Ia ser FODA andar com essa ressaca, mas aí já são cenas do próximo capítulo.

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