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Panamá - Costa Rica - Nicaragua - duas amigas rodando 22 dias pela América Central


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data de partida: 31/10/2015

 

Senta que lá vem história, muitas histórias.

 

Eu e minha grande amiga Carol fomos para o Panamá, Costa Rica e Nicarágua. Foram dois desafios: eu ter cia de viagem, pois gosto de viajar sozinha e era o primeiro mochilão da Carol. Mandamos muito bem nos dois e a viagem foi incrível. Nosso roteiro foi aberto, só sabíamos as cidades por onde queríamos ir. Do Brasil compramos o voo Rio – Panamá – Rio. Também compramos um voo David - Cidade do Panamá. Este comprei com data para dois dias antes do voo de volta para o Brasil, então só precisaríamos chegar em David (que é mais ao Norte do Panamá) no dia certo, era nossa referência de tempo. Fora isso, tudo foi decidido no calor da emoção e garanto que foi maravilhoso.

 

Roteiro final:

Cidade do Panamá

San Blás (Panamá)

Bocas del Toro (Panamá)

Puerto Viejo (Costa Rica)

La Fortuna – Arenal (Costa Rica)

Isla Ometepe (Nicaragua)

Tamarindo (Costa Rica)

Manuel Antônio (Costa Rica)

Cidade do Panamá

 

Pode rolar uma pequena confusão com os preços das coisas porque eu perdi os comprovantes e não é boa ideia depender da minha memória, mas dá pra ter uma noção.

 

PANAMÁ CITY

DIA 1

Pegamos o voo da Copa Airlines C600, Galeão –RJ até Tocumen –Panamá city. O voo custou suaves R$ 1098,00 porque conseguimos uma promoção em Julho. Pelo que acompanhei no site, tirando alguns dias de promoções, os preços não alteraram muito. Foram quase 7 horas num voo direto, com almoço e lanche.

A chegada foi bem tranquila. Passamos reto pelo free shop porque eu acabo deixando para comprar as coisas no fim da viagem, quando não tenho mais dinheiro e não consigo comprar mais nada (técnicas de economia). Depois pela imigração, com aquelas perguntas básicas (motivo da viagem, profissão, destino final, etc.). Para entrar no Panamá você SÓ precisa do passaporte brasileiro. Há uma discussão se é necessário levar a carteirinha internacional de vacina contra febre amarela ou não. Eu levei porque disseram ser imprescindível na Costa Rica (nem foi), mas acho que levaria de qualquer forma, para evitar surpresas. É super fácil tirar (aqui no Rio e acredito que nas capitais) e é grátis. Mas vale registrar que NÃO pediram a carteirinha. Depois pegamos nossas malas e fomos para a aduana. Na aduana o cara já começou a xavecar a Carol então nem olhou nossas mochilas no raio x hehe sorte dele que somos pessoas honestas e não tínhamos nada ilícito. :D

Na saída do aeroporto, eu tinha lido relatos para pegar um taxi “fora”, mas não entendi muito bem onde era esse “fora” (fora do aeroporto? Fora na área de embarque?). Então saímos pra área de estacionamento e ficamos ali com caras de bocó. Logo veio um cara e ofereceu transporte. Negociei muito e cheguei a virar as costas fingindo que não queria mais o transporte (que é meu truque preferido) até ele fazer por 25 usd pelas duas (12,5 usd cada). Achei o preço bom pela distância (era longe). Fomos com uma Van compartilhada que nos deixou na porta do hostel.

Sobre a moeda, no Panamá se chama Balboa, mas na verdade não existe cédula, só moeda, eles usam dólar como cédula (chamam de Balboa na hora de falar o preço, mas é dólar americano). E, ao contrário de alguns lugares na América do Sul, as notas antigas de dólar são aceitas numa boa.

O hostel escolhido foi o Luna´s Castle em Casco Viejo. Pagamos 18usd por quarto compartilhado com ar (por favor, COM AR) e café incluso. Recomendo o hostel, animado, quartos espaçosos (pegamos o de 10 camas), limpos dentro do possível, staff simpático, preço bom de cerveja e boa localização. Comemos num bar do lado do hostel, caro e nada de mais. Como era noite de Halloween, teve festa no hostel. Aliás, no primeiro andar do hostel fica o Relic Bar, bem famoso por lá e hóspede não paga para entrar. A galera estava bem animada e todos improvisaram fantasia. Nós estávamos meio cansadas, deslocadas e sem fantasia, então não aproveitamos tanto assim. O único detalhe ruim é que pegamos o quarto no 2° andar (tente sempre o 3° andar) então foi aquela barulheira a noite toda. Mas estávamos de férias então, sobrevivemos sem muito stress.

 

DIA 2

Tomamos café no hostel (incluso - panquecas, banana e café). Saímos para andar por Casco Viejo. Uma manhã é suficiente para passear por ali, mas nem por isso é menos interessante. As construções antigas, as igrejas e o contraste com a parte “nova” no Panamá são super bem legais. Estava bem quente e lá é MUITO úmido então haja garrafinha de água. Logo voltamos pro hostel para refrescar e tomar umas Balboas (cerveja Panamenha). Fechamos na agência do próprio hostel o passeio para San Blás. Já havíamos escolhido – por relatos –a Isla Franklin e optamos por não comprar o pacote completo (translado+estadia), então fechamos na agência somente o transporte pra Isla (85 usd por pessoa) e eles foram muito solícitos em nos ajudar a reservar a cabana na Isla por telefone. Não tinha lugar na Franklin, então nos indicaram a Senidup, que na verdade fica na outra metade da mesma ilha, topamos. Já estava tarde e fomos ao Mercado de peixes, que as pessoas não sabiam explicar muito bem onde era, mas fica na cinta costeira (ciclovia que vai da parte velha da cidade à nova), do hostel você consegue ver. Pedimos um “copinho” de ceviche (2usd) e um prato com peixe, arroz, patacones e salada (entre 8usd-10usd), estava ótimo! Experimentamos a cerveja Panameña, pois eram férias, mas preferimos a Balboa. Vale a pena comer lá, preço bom e comida boa. Saímos de lá para a rodoviária para comprar passagem a Bocas Del Toro onde iríamos três dias depois voltando de San Blás (o plano era voltar de San Blás e já direto pra Bocas e li aqui que é bom comprar passagem antes), mas ATENÇÃO, eles só vendem passagens a partir de 1 dia anterior à viagem e como só viajaríamos em três dias, fomos lá à toa. O lado bom é que aprendemos como ir de transporte público. De Casco Viejo dá pra caminhar pela Cinta e ir perguntando até chegar na Estação de Metrô 5 de Mayo, comprar o bilhete (2usd o cartão + o valor da viagem que custa 0,35usd o trecho). Carregamos um cartão com 1,40usd, ou seja 0,70 pra mim e 0,70 para Carol, ida e volta (total com cartão = 3,40usd). Foi uma estação até o Albrook Mall onde fica a rodoviária e o famoso shopping.

 

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Frustradas por não conseguir comprar a passagem e com raiva do atendimento lento que causava uma fila infernal, demos uma volta no shopping pra comer, retornamos de metrô para a cinta costeira e demos um rolê por lá. A cinta é bem bonita e dá pra ver que recuperou bem a região, um passeio por lá a pé ou de bike é imperdível. Já no hostel arrumamos nossas coisas e ficamos por lá bebendo uma Balboa barata (1usd), pois o dia seguinte começaria cedo. Nesta noite pegamos o quarto do 3° andar (fechamos o hostel dia por dia) então foi uma boa noite de sono.

 

 

PANAMÁ - SAN BLÁS

DIA 3

5h30 o motorista passou no hostel. Foram 6 pessoas na 4x4 e saímos em direção à San Blás. A mochilona ficou no hostel. Pra Isla levamos uma mochilinha menor. Primeiro paramos na rede de supermercados Super 99 onde pudemos comprar algumas coisas (água, banana, bolacha), tomar um café e pagar o restante da viagem (demos só um sinal pra agência na reserva e o restante na hora para o motorista).

Eu já tinha lido que a estrada é uma montanha russa e posso afirmar que não há exagero nenhum na frase. É curva, sobe, desce, curva e vira e afe... São três horas de teste de estômago. Eu normalmente passo mal, mas segurei firme, a Carol queria star morta ::dãã2::ãã2::'> . Paramos primeiro em um porto mais ajeitadinho, onde as pessoas que iam pra isla indicada pela agência tomariam o barco. Depois ele nos levou até o nosso porto, mais chechelento. Lá informamos a Isla que iríamos, colocamos a pulseira do nosso motorista que buscaria dois dias depois e embarcamos. Pagamos 10usd para o barqueiro e na volta pagaríamos mais 10usd. Na hora parece confuso, mas o esquema ali funciona. Confia no moço.

O “imprevisto” em ficarmos na outra Isla foi bom, porque eu super recomendo ficar no lado Senidup, que a comida é melhor, e frequentar o lado Franklin, que é mais animado. O acesso entre as duas é livre. Pagamos 26 usd por dia, incluindo café, almoço, janta e cabana compartilhada (mas só ficamos eu, a Carol e uma menina).

Devidamente acomodadas ficamos maravilhadas com a beleza do lugar e decidimos não fazer passeio nenhum, só curtir a ilha fazendo muito “nadismo”. Neste dia tivemos direito a almoço e janta. Normalmente tem arroz, salada e frango ou peixe. Mas vem em boa quantidade. Ah! Choveu no meio da tarde, parecendo que ia durar pra sempre, mas durou no máximo uma hora e abriu o tempo de novo.

 

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A estrutura é simples, mas é de se imaginar, já que a proposta é ficar com os índios Kuna. Sobre a história dos Kunas, li que eles foram reconhecidos como uma comunidade independente do Panamá (apesar de Panamenhos), então têm cultura própria e fazem as próprias leis, porém sempre em acordo com o Governo Panamenho, uma liberdade assistida, pelo que entendi (posso estar errada). Não me parece que há conflito, mas os kunas garantiram que primeiro são Kunas e depois Panamenhos. Você consegue ver muito da arte kuna pelo Panamá (muito bonita e colorida). E a vida lá é no estilo deles, água fria saindo de um cano na hora do banho, descarga era o famoso balde e energia só das 18h às 22h. Nada disso incomoda, nada disso tira a beleza e magia desta ilhota no meio do Caribe. Fiquei meio apreensiva que toda hora caíam uns côcos na areia, como não vi nenhum relato de morte por queda de côco, relaxei, mas nunca parava embaixo do coqueiro. A Ilha estava bem vazia, acho que as pessoas tinham saído para algum passeio, o que deixou o lugar melhor ainda. Na nossa cabana estávamos eu, a Carol e uma menina Kuna que pelo que entendi, fica passeando pelas Islas pra saber se os turistas estão sendo bem tratados e se a filosofia Kuna está sendo mantida, conhecendo ela, vi que o negócio dela era festejar mesmo haha quem julga?

Seguindo a dica da kuna -roomate, à noite fomos fuçar no lado Franklin e estava rolando uma “festa” com os kunas e os turistas, tinha alemã, espanhóis, chilenas e muitos kunas animados. Cantamos, tomamos cerveja (não muito gelada, pois não tinha geladeira na ilha rs) e rum a noite toda. Essa interação de culturas é o que mais me encanta nas viagens. E vimos que ali todo mundo estava muito relaxado, afim de curtir aquele paraíso dando muitas risadas. Aí você pensa que são 3h da manhã, mas ainda são 11h da noite, e isso é ótimo. Enfim, curtimos muito aquele céu estreladíssimo e os plânctons brilhando no mar. Incrível!

 

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DIA 4

Acordamos ao som de uma concha avisando que era hora do café. Ah! IMPORTANTE! Na noite anterior comentaram com a maior calma do mundo que na Ilha tem baratas!!!!!! ::ahhhh:: O bicho que tenho mais medo no mundo. Me fala que tem crocodilo, mas não me fala de barata. Fiquei em pânico, tirei toda comida da cabana, dormi enrolada no lençol dos pés à cabeça, feito uma múmia, só com os olhos pra fora e acordei ensopada de suor. Essa foi a bad da ilha. Eu nunca imaginaria barata em uma ilha no meio do Caribe, mas esse bicho não é terráqueo, então dá pra entender. Fora que não li nenhum relato amigo me alertando sobre essa peste. Dica: sempre informe sobre baratas. A Carol tb dormiu mal porque ela viu/sonhou que tinha um índio de pé do lado dela na cama. Não sei se era um espírito Kuna ou um índio mesmo apesar do quarto estar trancado, enfim, acho que foi o rum mesmo. Haha! ::lol4::

Bom, café era um pãozinho caseiro com manteiga e banana, além de café, leite e chá. Depois resolvemos fechar o passeio até Isla Perro com o pessoal da Franklin que era mais barato e iríamos com nossos amigos da noite anterior. Pagamos (20 usd) e fomos curtir o nadismo na parte da manhã. Podia fazer nadismo pra sempre ali (tirando os côcos e as baratas, ambos assassinos).

Almoçamos na nossa ilha e saímos para o passeio no lado Franklin. Primeiro paramos para mergulhar em uma parte do mar com muitas estrelas e aquela cor de água maravilhosa. Eles nos dão o snorkel e ficamos por ali uns 30 minutos. Depois fomos para a Isla Perro. Como era um feriado importante no Panamá, a Isla estava bem cheia, então não tivemos uma boa impressão, a nossa Isla era melhor. Mas acredito que em dias “comuns” ela encantaria mais. Tem um barco naufragado onde se pode ficar hoooras observando a imensa variedade de peixes e corais. Muito bom! De lá fomos até a Isla XX (tentei resgatar o nome, mas não lembro, desculpa) que não tem nada de mais, parece que está em construção e logo terá uma estrutura bem turística e sem muita identidade com o estilo de vida Kuna. Eu achei que o passeio valeu muito a pena por ter a oportunidade de conhecer as Islas, navegar por aquele mar incrível e pelos mergulhos. Voltamos pra Isla, e ficamos mais um pouco na praia. Depois tomamos banho e já fomos jantar. De noite, mais festa no lado Franklin. Os Kunas são animadíssimos!!! Tanto que nossa amiga de perícia Kuna nem voltou pro quarto hehe :twisted: . Eu novamente terminei a noite enrolada como uma múmia e a Carol rezando pra não ver o Indião de novo. :lol:

 

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SAN BLÁS – PANAMÁ

DIA 5

Acordamos com o chamado da concha e fomos tomar café. Já bateu uma tristezinha de ir embora daquele paraíso, mas acho que o tempo foi suficiente. Arrumamos nossas coisas e fomos nos despedir do pessoal do lado Franklin. Depois acertamos as contas com o Kuna responsável pela Isla Senidup e embarcamos para o continente. Como eu disse, as coisas são organizadas e quando chegamos nosso motorista já estava lá nos esperando. Depois fomos no outro porto buscar o restante dos passageiros que no final era a mesma galera que estava na Isla com a gente. Na volta tomamos dramin e dormimos todo o trajeto. Chegamos no Luna´s meio dia e entramos fazendo a egípcia pois não éramos mais hóspedes. Ok, não é legal, mas precisávamos de um banho, então pegamos nossa mochila e tomamos banho camufladas no hostel. Depois fomos direto de metrô pro Allbrok. Era um grande feriado no Panamá, então a cidade estava repleta de gente nas ruas, com desfiles especiais e muita festa. Foi bacana ver! Já no terminal, depois de horas novamente na fila de 3 pessoas devido ao atendimento panamenho à la Barichello, compramos a passagem pra mesma noite para Bocas Del Toro (30usd). Neste momento estávamos sendo observadas haha mais tarde eu conto. Depois ficamos zanzando no shopping, comemos por lá e abusamos do wifi. Nosso ônibus saiu às 20 horas. Ônibus convencional. A viagem durou 10h e foi dentro dos conformes. PS: faz muito frio no ônibus, vá agasalhado. ::Cold::

 

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BOCAS DEL TORO

DIA 6

 

Chegamos bem cedo, umas 6h, em Bocas foi um transtorno porque as pessoas ficam te dizendo o que fazer, onde ir e você só obedece porque está com muito sono para pensar. De qualquer forma, fechamos um taxi compartilhado até o porto (1usd cada). Dizem que dá pra ir a pé, mas o tempo estava fechado, eu não conseguia raciocinar então preferimos pagar. Chegando no porto pagamos 5 usd para ir até a Isla principal em uma lancha. Vale lembrar que quem for ficar no Aqua´s Lounge deve avisar, pois o desembarque é em outro lugar.

Desembarcamos na ilha “central” e um rapaz de bike já se ofereceu para nos levar até o hostel Heike. Confiamos e realmente valeu a pena. O hostel Heike era ótimo. Pegamos um quarto com 6 camas, misto, com ar (COM AR). Incluía também café da manhã (panquecas e café preto). Ajeitamos as coisas e fomos na frente do hostel onde passava o ônibus para a Playa Estrella. Como uma Van passou antes oferecendo o trajeto por um bom preço (5 usd ida e volta), fomos com eles. Chegando no desembarque, ofereceram barcos para ir até a Playa Estrella, mas decidimos ir pela trilha que é bem demarcada, tranquila e bem curta. Em um determinado momento você precisa passar pelo mar, mas é fácil. Confesso que não vi nada de mais na playa estella, inclusive só vimos uma estrela (e muitas águas vivas). Por uma coincidência absurda encontramos duas amigas do Brasil por lá. Uma delas mora em David no Panamá e a outra foi visitar, elas foram aproveitar o feriado (era um mês de vários feriados lá). Passamos o dia em um quiosque por ali, todos com preço ok e serviço +ou- ok. Não me impressionei com nada por lá. Voltamos no fim do dia pela trilha e a Van nos buscou no mesmo ponto do desembarque. No nosso quarto conhecemos um Argentino chamado Marcos, que nos acompanhou por um bom pedaço da viagem, ele disse que já havia nos visto comprando passagem lá no Panamá hehe o “observador” :shock: . De noite fomos no La Iguana, antes comemos uma boa pizza no restaurante que fica na entrada do bar, valeu pelo preço, pela comida e pelo lugar. Depois ficamos no La Iguana, que toca músicas locais e tem um aquário no meio, mas confesso que não estava muito animado neste dia. Então, fomos terminar a noite bebendo na frente do hostel.

 

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DIA 7

Acordamos e já agendamos com o cara da bike que nos indicou o hostel (esqueci o nome dele... memória gente, memória) um passeio para aquele dia. Iríamos ver os golfinhos, depois na Isla Zapatillas e fazer snorkel. Neste dia conhecemos junto com o Marcos, o Fabrizio (Italiano, portanto MUSO ::love:: ) que também nos encontraria mais pra frente na viagem. O passeio é bem organizado. De cara fomos para a área onde ficam os golfinhos. Eu sou contra passeios que envolvem animais, mas li bastante sobre este achei que era correto. Existe uma época certa para levar os turistas pra lá (para não atrapalhar reprodução etc.), há uma distância que os barcos devem manter da área onde eles ficam e os motores devem ser desligados quando estamos por lá. Fiquei maravilhada porque os golfinhos se aproximam, por vontade própria, e ficam pulando perto de nós. Nenhuma interação direta com eles é feita, nada de atrair com alimentos, eles fazem o que têm vontade e neste dia eles estavam exibidos. ::otemo::

Depois fomos para a Isla Zapatilla. Lá é linda e bem vazia então dá pra curtir mesmo a natureza e a paisagem. A bad é que tinha água viva por todos os lados, então não ficamos muito na água. De qualquer forma, a praia é bem bonita, visual bacana. Duas horas depois fomos para um restaurante que fica em uma ilhota, achei bem caro e só tomei uma cerveja por lá. Nós levamos uns salgadinhos no passeio para aguentar bronca (valeu a pena). Saímos e fomos para outro pedaço no alto mar e ficamos mergulhando. Eu, uma golfinha nata, fui a primeira a pular e sair nadando feliz, mas foi só olhar ao redor e ver milhões de águas vivas para voltar pro barco gritando desesperada para risos da galera do barco ::lol3:: . Depois voltamos para Bocas. Eu gostei do passeio, recomendo. Não lembro o preço, mas era padrão das agências de lá.

Já em Bocas nos encontramos com a turma que conhecemos em San Blás, eles chegaram naquele dia. Fomos comer a pizza de novo e voltamos pro La Iguana. Esta noite foi super divertida, estávamos em uma turma grande e muito álcool rolando. Dançamos muito reggaeton até altas horas.

Entramos no dilema em ficar mais um dia com a galera e conhecer o famoso Aqua´s ou seguir viagem. Como a cidade não nos encantou de dia, achamos bobagem ficar só pela balada. Resolvemos partir no dia seguinte.

 

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PUERTO VIEJO (COSTA RICA)

DIA 8

Acordamos bem cedo e saímos com o cara-da-bike que por 25usd cada esquematizou todo o trajeto pra gente até Puerto Viejo. Seguimos até o porto para pegarmos o barco para o continente. Lá tinha uma Van nos esperando para levar até Puerto Viejo. A viagem até a fronteira dura 1h30. Na fronteira não tinha fila e ninguém encheu muito o saco. Foi o procedimento normal, pagamos 1usd para sair de Panamá, carimbamos a saída, atravessamos a fronteira a pé, carimbamos a entrada na Costa Rica (só nos pediram o passaporte) e lá pegamos a outra Van (que já estava paga). A viagem durou mais 1h30 e chegamos em Puerto Viejo. O ônibus nos deixou no hostel The Lion Fish, indicação do Fabrizio. Eu já tinha ouvido falar do hostel Rocking J´s e queria ficar lá. Então, na indecisão, fomos checar o Rocking. Fomos a pé porque a cidade se compõe de uma rua. Quando chegamos lá, vimos que era bem roots, eu gostei e estava tendenciosa a ficar lá. Mas a Carol gostou mais do Lion Fish, certamente influenciada pela beleza do Fabrizio, então como era o primeiro mochilão dela e eu tava pegando pesado no perrengue, resolvi ceder (também influenciada pela beleza do Fabrizio). Voltamos tomando uma Imperial (cerveja costa riquenha) e paramos pra perguntar pro rastafári quanto era pra fazer as tranças no cabelo (eu estava desesperada com a umidade e meu cabelo estava igual a Monica Geller em Barbados), o rasta ofereceu o penteado e a maconha haha mas era muito cedo para decidir se queríamos os dois itens. Isso já mostrou bem o clima do lugar. Já no hostel descobrimos que nosso quarto era horrível e o beliche certamente ia quebrar, então eu consegui ir para o quarto maior (com mais pessoas) e a Carol ficou lá sozinha – na parte de baixo do beliche - até vagar no grande. O Marcos, que estava com a gente, ficou em outro quarto. O hostel era bem ruim e só a beleza do Fabrizio para nos atrair mesmo. Banheiro sujo, cozinha nojenta, quartos imundos enfim, não ficaria de novo e nem recomendo. Só a localização é boa, mas lá é pequeno então, qualquer um seria bom nisso. Fomos comer no restaurante em cima do hostel e já fiquei feliz em comer arroz com feijão, que também é muito típico na Costa Rica. Trocamos um pouco de dinheiro e descobrimos que a Costa Rica é riquíssima. Surpreendentemente as coisas lá são caras e a cotação não muito favorável, ficamos um tanto tensas com o resto da viagem naquela Suíça Caribenha.

Depois enrolamos um pouco e fomos, eu, Carol e Marcos, procurar a famosa night de Puerto Viejo. Como ainda era cedo para ir no the Lazy Moon paramos no Hot Rocks para tomar uma cerveja. Caiu uma chuva absurda que durou a noite toda e nos impediu de ir até o outro bar. Tomamos algumas cervejas por ali mesmo ouvindo reggaeton.

 

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DIA 9

Acordamos e comemos algo parecido com café da manhã (um pão doce e café) em algo parecido com uma padaria na frente do hostel. Fomos na agência logo na esquina agendar o rafting com o transporte para Arenal para o dia seguinte. O passeio incluía rafting no Rio Pacuare e depois transporte até Arenal, café e almoço, tudo por 100 USD, pela Exploradores Outdoor (a mais conhecida). Preço bem salgado, mas eu tinha lido muitos relatos bacanas e queria muito fazer, além disso, a agência aceitava cartão, então nada como o bom e velho dinheiro imaginário. De volta ao hostel, conhecemos a Brigitte da Bélgica e a convidamos para fazer o rolê de bike conosco. Alugamos as bikes em um lugar aleatório (lá tem vários) e me pareceu que os preços são os mesmos na maioria. Para alugar é preciso deixar uma grana ou o número do cartão como garantia. O Marcos deixou o dele e saímos felizes nas nossas bikes.

Fomos até Manzanillo, uns 12km de Puerto. A estrada é bacana, asfaltada, muita gente de bike e natureza fechada ao redor. Chegamos em Manzanillo em meio a um ataque de risos porque a bike do Marcos tinha quebrado. Ele pediu ajuda em um hotel para telefonar e os caras da bike foram de carro lá trocar a dele, nada de stress. Manzanillo é feia! A praia tem muitos galhos e folhas o que dá um aspecto sujo, além disso, é próxima de um centrinho então rolava uma farofagem por lá. Sentamos e ficamos batendo papo, mas nada que atraísse naquele lugar. Fomos fazendo o caminho de volta e paramos em Punta Uva. Esta eu amei. Bem reservada, com a mata invadindo a areia, enfim, o que esperávamos. O mais engraçado é que na água encontramos duas brasileiras que estavam mochilando/trabalhando por lá. Depois apareceu uma argentina que ficou conversando com o Marcos. E por fim, uma belga que se juntou à Briggite então, ficamos empolgados falando nossas línguas nativas. Pegamos algumas dicas com as brasileiras e a mais preciosa foi de ouvir Romeo Santos. Saímos de lá quase no fim do dia, porque ainda iríamos parar em Playa Uvita. Para chegar nesta praia é preciso entrar em uma trilhinha, sem muita dificuldade, mas é no meio do mato. A praia compensa com visual muito bacana, praia quase deserta, o que se imagina da Costa Rica. Ficamos lá um tempinho e voltamos para Puerto Viejo. Chegamos na cidade e estava escuro, devolvemos as bikes e a Brigitte nos deu a melhor dica da viagem: as Sodas. Soda é o famoso pé sujo. Um lugar mais simples, que vende refeições prontas (PF) para os locais, com preço reduzido (em torno de 5-6 usd). Ou seja, descobrimos a fonte de sobrevivência naquela Dinamarca latina. Desde então, só comemos em Sodas, a de Puerto Viejo inclusive foi a melhor. Fomos trocar dinheiro em um lugar que o cara do hostel deu a dica, não lembro direito, mas ficava na frente do posto policial (acredite, essa referência basta). No hostel acertamos as contas porque sairíamos cedo no dia seguinte, depois encontramos rapidamente o Fabrizio que acabou interessado no roteiro meu e da Carol. Nós, obviamente muito solicitas, convidamos ele pra se juntar, mas ele disse que ia pensar. Precisei ser o gatilho mais rápido do Oeste para trocar Facebook e telefone com aquele Italiano marrento ::otemo:: . Depois fomos para o bar Hot Rocks de novo tomar umas brejas. Neste dia não teve chuva, mas a baladinha The Lazy Moon tava super caída então ficamos por lá mesmo. Não demos sorte com a night de Puerto Viejo. Minha dica lá é: se hospede no Rocking J´s.

 

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PUERTO VIEJO – RAFTING – ARENAL (La Fortuna)

DIA 10

Madrugamos e ficamos no lobby esperando a Van da agência nos buscar. Esperamos. Esperamos. Quando deu uma hora de atraso, nos desesperamos. Sorte que eu tinha uns centavos no Skype e com o wifi do hostel ligamos para a agência. Descobrimos que nos esqueceram (!!!), mas que iam voltar para nos buscar. Lição: sempre tenha algum crédito no Skype! ::sos::

Alguns sacolejos depois chegamos no ponto inicial do rafting. Tomamos café meio que pela orelha, pois todos já tinham tomado e fomos para a beira do Rio. Colete, capacete e algumas instruções depois, caímos na água. O passeio dura no total 4h e dizem que aquele é um dos 5 melhores circuitos de rafting do mundo, resolvi acreditar. Foram 5 botes para a água, mas depois descobrimos que sempre tem um bote “escolhido” para fazer as rotas mais aventureiras e que o nosso foi o da vez. No nosso bote estávamos eu, a Carol o Marcos, uma americana, dois americanos bem mais velhos (os mais empolgados e destemidos) e nosso guia. Bom, eu quando fico com medo tenho ataque de riso então eu e a Carol rimos 100% do trajeto, para estranhamento de todo mundo, afinal de onde vinham aquelas duas hienas brasileiras? ::lol3:: Como nosso bote era o abençoado, fizemos algumas rotas com maiores dificuldades e era muito animado, várias vezes achei que o bote ia virar. Os botes são seguidos por dois caiaques de segurança e apesar do medo, não achei perigoso e sim muito divertido. Um momento hilário foi quando nos jogamos na água, o Marcos foi parar em uma corrente e não conseguia voltar para o bote. Ficamos passando mal de rir e ele se afogando hahaha pobre Marquito que precisou do resgate de caiaque. Umas três horas de passeio e risos depois paramos para comer. Os guias preparam o rango. Na verdade te dão massinhas de burrito e você recheia com alface, sour cream, chilli, tomate etc. Achei bem servido e no final ainda dão pedaços de abacaxi, acho que pra ninguém ter uma congestão na água. Na descida para voltar para a água, o Marcos tomou um capote no barranco, definitivamente não era o dia dele, mas era o nosso dia do riso. Nesta etapa final, nosso guia disse que poderíamos passar uma queda dentro d´agua, sem o bote, porque naquela queda não tinha pedra. Eu, rainha das águas, já me joguei logo e todos foram atrás. Nos instruíram a ir com o corpo reto, os pés para frente e lá fomos. Tudo lindo, maravilhoso até chegar na queda. Eu peguei muita velocidade e fui na direção do bote, bateu um pânico de ficar embaixo do bote e comecei a me descontrolar toda, o guia que estava no bote não se esforçou um milímetro pra tirar o bote de cima de mim, se divertindo da minha miséria. Ainda ia piorar. A queda foi uma experiência de quase morte, eu simplesmente me afoguei real, de todas as maneiras. Tentei me controlar, deixar o corpo ir e quando desse puxaria ar, mas esse momento não chegava e nos poucos momentos em que estava com a cabeça fora da água eu tomava “onda” na cara, então respirar seria só quando aquele pesadelo acabasse, o que demorou tempo suficiente para minha vida passar diante dos olhos. Quando a queda acabou e as águas acalmaram eu fiquei uns segundos catatônica, respirando de novo e meio envergonhada de ter me afogado ::dãã2::ãã2::'> . Nem deu tempo de ficar constrangida quando vi a Carol emergindo do fundo feito um peixe desesperado. Ela com cara de pânico já me deu a dica que também se afogou e aquilo foi um alívio e, claro, mais um motivo pra ataque de risos. Entre afogamentos e risos, salvaram-se todos. No fim, ainda teve o “surfe” que é quando eles param o bote no meio de um redemoinho de água e a gente fica lá remando pro bote não virar. Foram 4hs maravilhosas e pagaria tudo de novo. Vale a pena demais!!!!! Voltamos para onde estava a Van, tomamos um banho e comemos por ali. Depois entramos na Van, todos já exaustos, e fomos até Arenal.

Chegamos em Arenal bem tarde, já sentindo o clima frio do lugar. Eu já tinha pesquisado hostel e ficamos no Gringo´s Pete II, por 8usd, quarto misto, mas só ficamos eu, a Carol e o Marcos no quarto. Ainda comemos numa soda ali perto e fomos tomar cerveja com um dos guias do rafting que tinha colado na Carol. :twisted:

 

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DIA 11

 

O dia começou belíssimo com uma mensagem do Fabrizio querendo se juntar à turma. Eu claro fazendo a agenciadora, organizei tudo para que ele viesse. O combinado é que ele chegaria naquele mesmo dia, à noite. Iupiii!

Fechamos no hostel o passeio até o Vulcão Arenal. Os preços são praticamente os mesmos nas agências da cidade (25usd por pessoa). Fomos eu, o Marcos a Carol e um casal de australianos muito simpático que conhecemos no hostel (mas não fechamos nenhum passeio no hostel, estava caro). Eu li que é difícil ter uma boa visão do vulcão porque ele está sempre encoberto e naquele dia o tempo não estava com uma cara boa, porém quem acredita sempre alcança e fomos mesmo assim. A ida dura uns 30 minutos. A entrada no parque custa 13usd, mas a nossa estava inclusa no passeio. Estava armando chuva então não tinha quase ninguém no parque. A van nos deixou em determinado ponto e dali caminhamos por uma trilha o mais próximo possível do Vulcão. Vale lembrar que este passeio que fizemos não permite chegar muito próximo do vulcão, se não me engano nenhum passeio te leva muito próximo ao Arenal. Se quiser chegar na boca de um vulcão tem que ir pro vulcão Cerro Chato e caminhar umas 5 horas. Não foi nossa vibe. Queria ver aquele vulcão gracinha com formato de vulcão. Para voltar, escolhemos fazer uma trilha mais longa pra conhecer o restante do parque. No caminho estávamos eu e a Carol na frente tagarelando quando a gringa atrás de nós deu um grito, vimos que tínhamos passado por uma cobra. O que fizemos? Voltamos pra tentar tirar uma foto da bichinha.

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O passeio é dentro de uma mata fechada e os macacos fazem um barulho um pouco assustador, como se fossem gorilas. Depois o guarda do parque nos disse que estes macacos são barulhentos, mas pequenos. Não vimos nenhum. O máximo que vimos foi outra cobra (sem foto) e uma aranha no banheiro do parque. Antes de terminar a trilha caiu uma puta chuva. Sorte que bem na parte onde estávamos tinha uma pontezinha coberta. Ficamos lá até parar a chuva. Encontramos o motorista e voltamos para o hostel. No trajeto de volta o motorista nos contou sobre as atrações da cidade, os famosos canopis (tirolesas) e as águas vulcânicas termais. Não fechamos nada com ele, só tiramos informações. Jantamos na soda e fomos pro hostel dar uma descansada. A Carol que estava em contato com o guia do rafting combinou de irmos todos nas águas vulcânicas à noite, que é quando os locais aproveitam o lugar. Como o Fabrizio só chegaria mais tarde, fomos. O guia e o amigo dele foram nos buscar de carro. Paramos pra comprar cerveja e eu ficava olhando bem pra câmera do supermercado pra deixar um rastro, caso sumisse, sou dessas. Chegamos na entrada das águas. Vale lembrar que vários hotéis e resorts oferecem pra passar o dia –cobrando a diária - nas águas. Se quiser ir de graça, tem uma entradinha perdida que todos lá conhecem, é só perguntar. Mas tem que deixar tudo, absolutamente tudo no carro e ir de biquíni, porque lá não tem nenhum cantinho pra deixar nada. Nem que tivesse, chegamos no mais absoluto breu, guiadas pelos meninos, eu já visualizando que era ali que morreria e os comentários seriam “óbvio, quem vai com estranhos num lugar desses?” ::putz:: Bom, não tentem isso em casa. Graças às orações da minha mãe e da mãe da Carol, deu tudo certo. Ficamos algumas horas naquela água quentinha (apesar do frio que fazia lá fora) e tomando uma cerveja. Valeu o passeio. Chegamos quase meia noite no hostel e eu achando que encontraria um muso italiano me esperando, mas só vi a mensagem dele dizendo que o cara no hostel não deixou ele ir pro nosso quarto porque era tarde e ele achou que já estivéssemos dormindo. Enfim, desencontros. Ele tinha ido pro outro hostel e nos encontraríamos na manhã seguinte.

 

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DIA 12

Acordamos bem cedo com a bela chegada do italiano cheio de marra, porém lindo ::love:: . Já havíamos comprado umas coisas para o café da manhã e a cozinha do hostel era bacana.,Eetão comemos lá. Fomos pesquisar sobre o passeio para o Rio Celeste. Fizemos algumas contas e vimos que, como estávamos em quatro pessoas, valia a pena alugar um carro. Havia uma locadora ali perto (dessas famosas, mas não lembro qual rsrs) e fechamos uma diária com seguro completo (vai que...) de um Jimmy. Novamente o cartão do Marcos foi salvador. Quem mandou ser o rico da turma ::otemo:: . Compramos uns snacks no supermercado e partimos para Alajuela, onde fica o Rio. Foram 3 hs de viagem, por uma estrada sem muito transito, mas com o asfalto bem prejudicado. Era bem sinalizada, então não tivemos dificuldades. Marcos no volante perigo constante, mas chegamos bem. Perto do parque, paramos para pedir informação e nos ofereceram um guia por um preço bacana, aceitamos (depois percebemos que não precisávamos de guia, mas enfim, aprendizado). A entrada do parque custa 12 USD, até tentamos dar um balão fingindo que o Marcos era local (sempre ele), mas nosso argentino não era bom ator.

O parque é bacana, mas a paisagem é bem semelhante a qualquer parque do Brasil. Não cheguei a ver nada de surpreendente na vegetação. Já o rio é realmente muito lindo. Pegamos o tempo aberto então a água não estava turva e a visibilidade estava boa. O guia nos explicou que a água é transparente (se a gente pegar um pouco dela percebemos que é água normal), mas que devido a algumas reações químicas, podemos ver aquele azul celeste maravilhoso. Antigamente podia nadar no rio, mas depois de alguns turistas se afogarem, foi proibido. Uma pena! Achei que a ida até o Rio valeu bastante a pena, nunca tinha visto um rio daquela cor. Voltamos para Arenal e já paramos no supermercado para comprar coisas para a janta. Aliás, esta foi a grande contribuição do Fabrizio para a nossa viagem (além da “vista” maravilhosa que ele nos garantia): ele cozinhava. Isso provavelmente salvou nossa vida naquela Noruega da América Central porque como tudo era caro, nem as Sodas seriam capazes de nos salvar. Ele acabou cozinhando quase todos os dias.

Jantamos no hostel, acertamos as contas do aluguel do carro com o Marcos, pois no dia seguinte sairíamos cedo para Nicaragua e nos despedimos daquele argentino querido que nos garantiu muitas risadas. O comentário do Marcos para o Fabrizio, que seguiria viagem conosco, foi "são malucas e riem de tudo" hahaha. Na hora de deitar tive um siricutico porque vi uma barata no quarto ::ahhhh:: . Percebi que este é um problema recorrente nestes países e ninguém foi capaz de me alertar em nenhum site. De novo a dica: avise sobre animais monstruosos. Bom, só entrei no quarto quando o animal foi morto. Ainda assim, dormi toda enrolada no lençol como uma múmia novamente.

 

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ARENAL – ISLA OMETEPE (Nicarágua)

DIA 13

 

O relato deste dia é muito importante para quem pretende cruzar a fronteira da Costa Rica com a Nicaragua, porque eu digo que não foi fácil. E digo mais: não desista!

Madrugamos para pegar o ônibus das 6h que ia até El Tanque. Avisamos o motorista que queríamos pegar o ônibus que seguia para Nicarágua e depois de 20 minutos de viagem, ele parou no meio da estrada, em um ponto de ônibus de rua, para pegarmos o ônibus até Peñas Blancas, na fronteira. O ponto é bem pequeno, quase informal, mas como tinha alguns turistas ali eu acreditei no poder do fluxo. Eis que chega o ônibus. Custei a acreditar porque era um ônibus estilo circular, desses de cidade pequena, com catraca e aqueles bancos duros e tinha lido que a viagem durava 6h. Entramos e ficamos eu, ítalo-muso e Carol nos últimos bancos, pra poder encaixar a mochila do nosso lado. Depois de 30 minutos o ônibus parou em um tipo de rodoviária e eu pensei “agora vamos pra um busão de viagem”. Ledo engano, era para pegar mais passageiros que, pasmem, lotaram o ônibus. Sim, lotado com gente em pé e tudo, me senti no 606 indo pro Méier (alô Rio). Eu desci com a Carol pra buscar algo pra comer e só achamos aquele projeto de pão que vem com açúcar dentro. Eu detesto coisa doce de manhã, mas naquela situação amigo, nada podia piorar.

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Podia sim, foram 6 horas de viagem ::hein: . Isso porque o ônibus parava de 5-5minutos para deixar os passageiros. A estrada era de terra e pedras, então nem eu que sou capaz de dormir com a bateria da Mangueira do meu lado consegui fechar o olho. Olha, sofrido é pouco. Fora que a insistência pra ir pra Nicaragua foi minha, então senti a energia julgadora vinda da Carol e do Fabrizio, mas fiz a pêssega e fingi que não era comigo. Podia piorar? Sim. A chegada na fronteira é total Walking dead. No momento que o ônibus para você não imagina que é a fronteira tamanha bagunça. Na escadinha do ônibus você é recepcionado por milhões de pessoas gritando na sua cabeça que você tem que pagar isso, tem que pagar aquilo, pessoas segurando Nicas pra trocar por dólar. Uma confusão que se neste momento alguém falasse “vamos voltar” eu voltaria. Bom, pagamos 8 usd num papel que tem que carimbar pra sair da Costa Rica (descobri que 1usd foi pro zumbi que nos “orientou” e na verdade a taxa era 7usd). Saímos apavorados e conseguimos encontrar o local pra carimbar a saída da Costa Riquíssima. Ali tinha ar condicionado e silencio e foi quando nos orientamos melhor sobre a estratégia de guerra que adotaríamos ali fora. Cruzamos a fronteira e mais surpresa, tinha uma barraquinha (dessas de praia) com um serumaninho dormindo com um ventilador na cara (hahaha sério) onde precisamos pegar um papel de imigração, porém sem pagar. Depois fomos na alfândega pra finalmente entrar na Nicaragua. 13 usd!!!!!!! Eu fiquei muito brava comigo e com todos os mochileiros que indicaram a Nicaragua, que pesadelo era aquilo. Porém, pagamos. Saindo começamos outra guerra para transporte até San Jorge onde iríamos pegar a barca para Isla Ometepe. Eu li que o ônibus que ia até parte da estrada era 1 usd e de lá o taxi para a fronteira era 2-5usd, mas os taxistas estavam oferecendo todo trajeto por 25 usd CADA pessoa RISOS. Eu usei minha maravilhosa tática de falar ‘jamás’ virar as costas e sair andando. Funcionou porque conseguimos por 15usd pelo carro todo (considerando que no estilo busão, nós três gastaríamos juntos uns 10 usd, valeu o conforto). O taxi tinha ar condicionado o que começou a melhorar o nosso humor. Fora que a paisagem Nica é linda, então as coisas foram acalmando. Em San Jorge (Salve Jorge!) tem um deck belezinha onde compramos o bilhete pra Ometepe por 1,50 usd. A balsa, como diz o Fabrizio, foi a “mais lenta do mundo”, mas depois de tudo isso foi tranquilo.

A chegada na Ilha foi calma. De cara você vê o Vulcão Concepción ENORME e já se encanta com a vista. Ali já dava pra sentir a tranquilidade Nica, nada de gritaria nem muito estardalhaço.

 

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Passamos por uns três hostels para dar uma olhada e no fim, o preço era padrão (8usd), estão escolhemos o Nahuatl. Foi uma boa escolha. Quarto compartilhado (o maior), banheiro dentro, ar condicionado, cozinha grande e boa localização. Indico. Fomos no mercado comprar coisas para a janta e a alegria foi dando as caras. Nicaragua baratérrima. Cerveja boa, gelada e barata: 1usd. Comidas também super baratas. Comemos no hostel.

Algo muito engraçado aconteceu. Fabrizio estava tomando banho e eu e a Carol no quarto quando eu vi um treco voando e pensei em pânico “barata”. De repente quando o bicho voou de novo vimos que era um morcego!!!! Hahahaha saímos correndo do quarto gritando. Na recepção ficamos afobadas tentando explicar o que tinha no nosso quarto pro jovenzinho mirrado que tava ali. Ele não entendia “morcego” de jeito nenhum e eu, não fazendo ideia de como era morcego em espanhol, no pleno desespero gritei: “HAY UN BATMAN EN NUESTRA HABITACION” haha espanhol Tabajarérrimo. Neste momento a Carol parou seu escândalo, me olhou espantada e perguntou: “você falou ‘batman’, mesmo?” ::lol4:: . Caímos na gargalhada, mas o meninote entendeu o que era. Ele foi com uma lanterna e uma vassoura e com muita dificuldade espantou o bicho hahaha. Nisso o Fabrizio totalmente aleatório aos eventos tomando banho. Foi divertido. Bom, o Fabrizio foi tirar o sono da beleza. Eu e Carol que viemos ao mundo a passeio fomos caçar um agito. Na verdade o Nica life style é diurno porque estava tudo meio vazio. Foi bom dar uma andada por lá, pois a cidade é bem fofinha, estilo cidade do interior. Achamos um bar e lá ficamos ricas tomando várias cervejas a 1usd.

 

DIA 14

Acordamos cedo, tomamos café, deixamos umas roupas para lavar no hostel e fomos pra rua. Eu queria ir nos Ojos d´agua então fomos no píer e lá pegamos um busão muito fofo, daqueles amarelos de escola americana, para Ojos d´agua. O busão deixa você na estrada e de lá tem que caminhar uns 20 minutos até o parque-clube. Caminhada agradável, tranquila e todo o sofrimento do dia anterior foi esquecido. Chegando em Ojos tem que pagar (claro) 3 usd. Pagamos, deixamos as coisas no locker e entramos. O lugar parece uma piscina de pedras com as águas vulcânicas e criaram uma estrutura em volta para passar o dia. Leve repelente pra enfrentar os borrachudos. Eu adorei passar o dia lá, descansando, curtindo aquela água, relaxando. O último ônibus passaria na estrada às 17h então nos preparamos para caminhar tudo de volta e não perdê-lo. Neste dia era feriado na Nica então o ônibus não apareceu, mas uma Kombi no caminho nos ofereceu transporte por 12usd pelos três, achamos ok pois era uns 30 minutos de “viagem” e fomos. Descemos no píer e fomos admirar o pôr do sol ali. Lindo! Lindo! O dia calmo, a tranquilidade dos Nicas, os preços, aquelas paisagens naturais maravilhosas, o pôr-do-sol e a cerveja garantiram meu amor pela Nicaragua por toda vida.

 

Nesta noite decidimos comer fora, já que Nica permitia extravagâncias. Jantamos no mesmo lugar que fui com a Carol na noite anterior. Cerveja, bom papo e a noite foi sucesso 8)

 

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Oi Thais, parabéns pela viagem. Realmente tudo muito lindo.

Acompanhando.

 

Também pretendo viajar ano que vem, mas quero incluir Guatemala e México no roteiro. =)

Quando terminar o relato, por favor, nos informe quando gastou no total para termos uma ideia... Obrigada

 

Oi Carol. Obrigada :)

Me planejei para ir ano passado pra Guatemala e México mas rolou uns perrengues de saúde e mudei os planos. Se for, deixa um relato aqui que definitivamente são lugares que quero conhecer. Pode deixar que depois dou uma ideia de valores (que obviamente esqueci, mas a minha amiga sabe haha). bjs

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Parabéns pela viagem e relato, Thais! Acompanhando tudo aqui, e morrendo de rir dos perrengues de vocês... Já pensando em programar uma viagem dessa!

 

Estou aguardando o restante do relato!

 

haha oi Jusenos, valeu!!! Os perrengues se tornaram as melhores histórias hahah faça essa viagem sim, tudo é muito lindo. bjs

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ISLA OMETEPE (Nicaragua) – TAMARINDO (Costa Rica)

DIA 15

 

Era dia de abandonar a Nicaragua. Depois de todo sofrimento da ida até lá e só passar um dia e meio, digo que valeu muito a pena. Queria ter explorado outros lugares na Nicarágua. Achei o povo simples, simpático, amável e muito tranquilo. Recomendo muito!

Nossa balsa saia super cedo (acho que 6h30). Compramos um mega café reforçado e entramos na barca. Não tinha lugar para sentar então fomos no chão haha mas estávamos tão apaixonados pela Nicarágua que nem ligamos. Em San Jorge pegamos um taxi para a fronteira macabra. O taxista quando soube que éramos brasileiras colocou Michel Teló e depois Ivete pra tocar e nós fomos cantando alto no caminho todo, foi divertido. Fabrizio certamente já estava arrependido de viajar com aquelas duas loucas.

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Na fronteira passamos para carimbar a saída da Nicaragua, pagamos 2 usd. Cruzamos a fronteira e carimbamos a entrada na CR, não pagava nada. Ficamos tensas porque muitos relatos informam que eles pedem comprovante de saída da Costa Rica e nós não tínhamos porque iríamos de ônibus até o Panamá e voo sairia de lá. Jogamos charme para o moço e ele aceitou nosso comprovante de voo do Panamá. Pegamos um ônibus (bem confortável) até Liberia (3 horas) e de lá pegamos outro até Tamarindo (1h30).

Tamagringo.

Sim, a cidade é a Costa Rica dos gringos (americanos). Uma cidade bonita, com bastante estrutura, um “pura vida” de grife. Rodamos até achar um hostel, ficamos no Vaca Loka. Achei muito bom o hostel, recomendo. Quartos novos, limpos. Banheiro compartilhado bacana, também limpo. Lá fora tinha uma área bem legal para festas e pra tomar uma cerveja. O staff era simpático, com exceção de uma argentina mala, mas né, argentina... E a localização era perfeita. Deixamos as coisas, comemos algo na rua o que já doeu a alma porque vindo da baratice da Nicaragua caímos na zona turística da Finlandia, então voltaríamos a comer a comida do Fabrizio, e fomos na praia. A praia Tamarindo é a principal, bem bonita, longa, com um visual lindo e passamos o resto da tarde ali curtindo. Ainda de brinde o pôr-do-sol do Pacífico que é um espetáculo. ::otemo::

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À noite voltamos pro hostel e conhecemos nossas roomates, uma portuguesa malérrima que já chegou falando mal do Brasil ::grr:: e só não respondi com uma piadinha de português porque a Carol emanou uma energia tensa do tipo "não discuta" (sou ótima em ler as energias da Carol haha ) e outra portuguesa simpaticíssima. Teve festinha no hostel então ficamos por lá. Até demos um rolê pela cidade, mas nos lugares estava tocando música eletrônica e o público era uma vibe americano-rico então, voltamos pra nossa festinha do hostel. Neste dia também conhecemos o Alejandro, um espanhol (muso tb) que encantou a Carol. Fechou o bonde.

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DIA 16

Fui acordada pela beleza de Fabrizio (estava ficando mal acostumada com aquele muso), tomamos café no hostel (compramos coisas, não era incluso) e fomos procurar um jeito de ir para Playa Conchal. No caminho achamos um lugar que vendia Açaí e queríamos que o Fabrizio experimentasse, mas estava absurdos 7 dólares ::ahhhh:: então desencanamos. Os passeios que encontramos estavam caros, então fechamos com uma Van na rua (sim, na rua) de nos levar e buscar até a praia (25usd para 6 pessoas)). Juntamos nosso trio com a dupla portuguesa e o Alejandro. Foram mais ou menos 40 minutos até a praia, estrada tranquila. Na chegada o cara da Van marcou horário para nos buscar e saiu. Ficamos a tarde toda por ali. A praia estava vazia e tranquila. Era bonita, bem agradável e valeu a visita. Depois de algumas boas horas, bateu um tédio e fomos todos caminhar pela praia, ao passarmos uma trilha descobrimos outra praia cheia de conchas e rapidamente associamos com “conchal”, aquela então era a praia famosa ::lol4:: haha. Mas estava muito cheia então resolvemos voltar. Neste momento começou uma chuva absurda. Conseguimos carona com uma galera lá e voltamos pra praia inicial. Lá ficamos conversando e tomando uma cerveja. Não demorou muito e o sol abriu de novo. Voltamos pra água e lá ficamos. O por do sol lá também foi lindo, a ida até a praia valeu a pena.

 

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Voltando para o hostel, eu, Carol e Fabrizio fomos comprar algo pra cozinhar no hostel. Depois ficamos socializando no barzinho. Mais tarde chegaram as chilenas que conhecemos lá em San Blás. Adoro isso de encontrar e reencontrar pessoas na viagem. Enfim, formamos um grupo grande nesta noite e foi ótimo! Foi a despedida das portuguesas, então elas acabaram indo dormir mais cedo.

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DIA 17

Último dia de despertar ao lado daquela beleza italiana ahahaha. Mantivemos a rotina de tomar café no hostel e procurar praias. Antes fomos no ponto de ônibus perguntar como faríamos pra sair de Tamagringo. O Fabrizio ia para San Jose de onde sairia o voo dele e eu e Carol iríamos para Manuel Antonio. Para o Fabrizio havia um ônibus que saia às 3h da manhã direto para San Jose. Já eu e Carol deveríamos pegar o ônibus dia seguinte das 10h para Liberia, de lá deveríamos pegar um ônibus para Quepos de onde tomaríamos para Manuel Antônio. Tudo acertado, fomos caminhando pela orla até a Playa Langosta. Esta praia é quase uma continuação da praia Tamarindo, mas fica mais no fundo dos hotéis. A caminhada é tranquila e a paisagem muito bonita. Ficamos um tempo na praia, mas o mar estava super forte então decidimos voltar até a praia Tamarindo mesmo. Chegando lá rolou uma chuva leve o que fez surgir um arco íris bem bonito.

 

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Depois fomos para o hostel. O Fabrizio já tinha feito check out, então ele tinha que entrar escondido lá. Como tava uma chuva péssima, compramos várias cervejas e ficamos no quarto bebendo com a galera toda. Já era bem tarde quando resolvemos ir numa baladinha local. Estava bem caída, pra falar a verdade, não sei se foi a época ou a chuva. Voltamos para o hostel umas 2h e ficamos fazendo hora até o ônibus do Fabrizio sair era hora da despedida... haha Ciao Muso!!!! ::love::

 

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TAMARINDO – MANUEL ANTONIO

DIA 18

Acordei e já vi a feia da Carol (haha mentira, minha amiga é linda) e ajeitamos as coisas para pegar nosso ônibus, as chilenas seguiriam com a gente. Foram duas horas de viagem. Chegamos em Libéria, num ponto de ônibus no meio do nada (isso é muito comum lá), e pegamos o ônibus para Puntarenas, mais três horas. Em Puntarenas, compramos passagem para Quepos e fomos comer, nisso quase perdemos nosso ônibus, porque o tempo de troca foi bem curto. Ficamos mais umas quatro horas de viagem e chegamos em Quepos já noite e exaustas. Estávamos na rodoviária tentando entender qual ônibus deveríamos tomar até Manuel Antônio e uma canadense veio nos perguntar sobre o mesmo ônibus, nos informamos e aproveitamos a dica da gringa para um hostel (Backpackers Manuel Antonio). Fomos todas juntas. Chegamos esgotadas em Manuel Antônio, o hostel ficava bem na entrada da cidadezinha. Dava pra caminhar até o centro, mas para voltar era preciso um ônibus. Ainda assim, recomendo este hostel. Organizado, com café, limpo, bons espaços e piscina. Tinha um supermercado na frente, então comemos, compramos breja e ficamos tomando no hostel. Tinha uma galera animada lá que fez nossa noite.

 

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  • 3 semanas depois...
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DIA 19

Acordamos um pouco mais tarde porque já estávamos bem cansadas. Tomamos o café do hostel (pão, manteiga e café) e fomos a pé para a entrada do Parque Manuel Antônio. A cidade é pequena e é só seguir a estradinha e os turistas que se chega na entrada do parque. O ingresso custou 20 usd. Definimos quais praias iríamos porque o parque é enorme. O caminho é bem demarcado, não precisa de guia. Fomos ouvindo o barulho dos monos, invejando as preguiças e observando tudo. Chegamos na praia Manuel Antonio e de cara vários macaquinhos nos recepcionaram. Tem vários e eles ficam de bobeira na praia. Fomos orientados a não dar comida e até evitar comer perto deles. A praia era muito bonita, bem fechada, com uma água revolta, mas dava pra entrar. Vimos alguns lagartos também e vimos o nosso mais novo inimigo, o guaxinim. Depois conto. Depois de algumas fotos, fomos pra trilha novamente. Esta trilha não levava a outra praia, mas dava pra ver o visual do alto e a incrível cor da água. Valeu a pena. Voltamos pra praia Manuel Antonio e ficamos deitadas tomando um sol e descansando. Foi nesse momento que ouvi um barulho e quando olhei os pequenos guaxinins meliantes haviam pegado a sacolinha onde estava nosso lixo (casca de frutas, embalagens de bolacha, etc.) e saiu correndo ::ahhhh:: Eu ameacei ir atrás dele quando outro estava prestes a pegar minha bolsa, voltei praticamente dando um carrinho no bicho e salvei minha bolsa. FDP! Daí, com a bolsa a salvo, fui atrás para ver se recuperava a sacola do lixo porque tudo que eu não queria era deixar lixo em um parque na Costa Rica. Quando vi os guaxinins estavam com a sacola e logo o macaco se juntou à turma. To falando sério, aquilo é uma gangue. E toda hora ouvíamos gritos na praia porque eles tinham roubado algo de alguém. As praias do Rio são seguras perto daqueles trombadinhas.

Saímos no fim da tarde do parque, na saída ainda fizemos umas comprinhas leves e tomamos uma cerveja. Depois pegamos um ônibus para o hostel. Neste dia jantamos pizza do lado do hostel, foi ótima e com um bom preço. E depois ficamos bebendo no hostel mesmo. Eu e a Carol organizamos nossas coisas, pois no dia seguinte iríamos embora tentar chegar em David, no Panamá.

 

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MANUEL ANTONIO – DAVID (Panamá) – CIDADE DO PANAMÁ

DIA 20

Este dia foi desafiador porque eu não tinha encontrado nenhuma informação de como ir de Manuel Antônio para o Panamá sem ter que voltar até San Jose. Foi tudo com dicas do hostel, do motorista do ônibus e na sorte, mas tudo deu certo. Resumindo: Manuel Antonio – Quepos – Uvita – Ciudad Neily – Paso Canoas (fronteira). Pegamos o ônibus para Quepos às 6h da manhã, ele passava na frente do hostel (uns 15 minutos de viagem). Em Quepos tomamos o ônibus para Uvita que saía as 6h30 (parece que só tinha esse e mais um as 8h30 – não arriscamos). Foram mais ou menos 2h-3h até Uvita, nesta hora tem que ter sorte porque era preciso descer no ponto que passa o ônibus para Ciudad Neily. Sorte porque o motorista deixou a gente em um ponto aleatório, mas perguntamos no restaurante da frente do ponto e disseram que não era ali. Ainda bem que o mesmo ônibus passou de volta (ele ia até o fim da rua e retornava) e entramos nele de novo. Então descemos num ponto no meio da estrada sem ter certeza de nada. Eis que passa um ônibus para Ciudad Neily e entramos. Descemos em Ciudad Neily e tinha a opção de pegar um ônibus até Paso Canoas (fronteira), mas o taxista fez por 10 usd (20 minutos o trajeto) e aceitamos. Chegamos na fronteira com chuva e como já era fim de viagem, o cansaço já mudava o humor. Paramos para comer em uma soda muita boa na fronteira (Sodas ::love:: ) e fomos ver a saída da Costa Rica. A fronteira estava lotada porque estava rolando algo na Nicaragua e tinha um povo “preso” lá (não entendi, pois estávamos na fronteira com o Panamá), mas a nossa fila até que foi rápida. O problema era uma taxa de saída (7 ou 8 usd dependendo do humor) que nos mandaram pagar numa Van estacionada ali na frente. Mega suspeito, mas foi tudo certo. Saímos da Pura Vida Costa Riquenha. Os procedimentos de entrada no Panamá foram tranquilos e logo na frente tinham várias Vans para David (5usd). Tomamos a primeira e lá foi mais 1h30. Descemos no meio da cidade (ponto escolhido aleatoriamente) e pegamos um taxi até o aeroporto (uns 10 usd). Total da viagem com parada pra comer, fronteira etc. foram mais ou menos 8 horas. No aeroporto, comemos algo e ficamos esperando nosso voo para o Panamá. Eu comprei voo porque sabia que iríamos rodar muito entre os três países e nossa meta era chegar na Cidade do Panamá dois dias antes do voo para o Brasil e David era o aeroporto mais ao norte. Com isso ganhamos tempo e foi super barato. Eu comprei o voo da Copa com milhas da United Airlines e paguei 3usd (Sim, isso, três dólares!!! ::otemo:: ) a Carol comprou pelo site e pagou algo como R$ 120. Chegamos no aeroporto de Panamá já a noite e fomos de Van até o hostel Mostros, indicado pelas nossas amigas chilenas. Hostel novo, fica na parte moderna do Panamá, com acesso para vários lugares. Gostei de me hospedar nos dois lados (velho e novo), assim conheci bem cada um. Ganhamos desconto no restaurante do lado. Não era dos mais baratos, mas a comida era boa, cerveja também, era perto, então ficou tudo certo.

 

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DIA 21

Acordamos mais tarde, afinal estávamos exaustas. Tomamos café no hostel (incluso, mas era fraco, já não tinha quase nada) e saímos para pegar o ônibus para o Canal. Não sei se não entendemos direito as instruções no hostel, mas pegar o ônibus estava muito confuso, o sol estava torrando meus miolos e a umidade quase me fazendo desmaiar. Passou um taxi com o ar bombando oferecendo corrida até o canal, nem pensamos duas vezes. O taxista ainda propôs comprar nosso ticket para o canal, pois moradores pagam mais barato. Com a propina que daríamos a ele, pagaríamos algo como uma inteira e uma meia. Nada garantia que ia funcionar ou que poderíamos confiar nele, mas a Santa Protetora dos Mochileiros Falidos ajudou e deu tudo certo.

O canal estava cheio, mas o ar condicionado faz milagres no nosso humor. Começamos o tour assistindo um filminho sobre a construção. Na verdade achei o filme super político e pouco se falou mesmo sobre a história do canal. Depois andamos pelo Museu e aí foi interessante. No final tinha tipo um mini zoo com algumas espécies da região. Não curto muito essa coisa de envolver animais, então passamos rápido. Depois fomos na sacada que tinha lá e ficamos observando o canal. Demos azar, pois não ia passar nenhum navio nas próximas três horas então só ficamos lá observando e tentando entender como funciona a coisa. Acho que a visita ao Canal vale a pena sim. É realmente surpreendente como eles conseguiram ligar os dois oceanos e muito simbólico para a história do Panamá. Eu já havia assistido um outro filme sobre a construção e achei bacana ver algo que deu tanto errado, trouxe muitos problemas, teve primeiro o apoio da França, que desistiu, e depois foi finalizado e usufruído pelos Estados Unidos durante tanto tempo, pode colocar o Panamá no mapa. De lá fomos de taxi para o Albrook Mall que era super perto (5 usd). Almoçamos e ficamos lá andando. Como eu disse, as coisas lá são sim mais baratas, mas como o dólar não estava favorável, não valia a pena comprar nada. Comprei um perfume pra não dizer que não falei das flores.

Depois voltamos para o hostel de metrô e, claro, nos perdemos um pouco no caminho. Ficamos lá tomando uma cerveja, descansando. Ah vale dizer que o banheiro do hostel valeu a estadia lá porque era enorrrrme, limpo e com uma ducha maravilhosa. No fim da viagem era o que precisávamos. À noite fomos no bar do lado porque já não tínhamos saco nem dinheiro para ficar zanzando pela cidade. Tinha uns argentinos cantando então foi divertido.

 

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DIA 22 – último dia

Acordamos cedo e ajeitamos os últimos detalhes. Tomamos café em um lugar qualquer na frente do hostel, porque só iríamos almoçar no voo, então precisava ser um bom café. Comemos até morrer e ficamos no wifi um pouco. Ali na frente pegamos um taxi para o aeroporto. Foram 24usd combinados com o taxista o que foi ótimo porque pegamos um trânsito horrível até lá. No aeroporto demos umas voltas, compramos os últimos souvenirs e embarcamos no nosso voo amado para o Brasil.

 

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Sobre a viagem, achei o roteiro incrível, paisagens muito diferentes, pessoas simpáticas por todos os lugares, povo receptivo e ritmo bem paulera. É preciso viajar com alguém que curta ecoturismo, perrengue, não tenha medo de se perder e leve tudo no bom humor. Sorte que eu e a Carol temos este perfil e nos divertimos muito, mesmo quando as coisas davam errado. O Panamá é intrigante, tem uma capital bem americanizada e sem personalidade, mas tem cidades incríveis ao redor e cultura Kuna vale a visita. A Costa Rica é o que se espera da CR, povo simpático, tranquilo, muita natureza e isso me fez pensar que quase tudo que eles têm lá, nós também temos aqui, então entrei numa crise de conhecer mais meu País, já que estava gastando uma grana pra ver a mesma coisa em outros. Já a Nicaragua em dois dias conquistou meu coração, quero muito voltar e explorar mais aquele País lindo, com paisagens lindas, povo tranquilo, preços camaradas e lindas praias.

Enfim, foi cansativo, movimentado, com trilhas, bike, rafting, caminhadas e um pouco de nadismo, mas nos colocou em contato com a natureza, com o chão, a terra, as pessoas mais simples.

“Pura Vida mae”

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  • 5 meses depois...
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Fala, Thaís! Excelente (e engraçado) o seu relato. Ri sozinho diversas vezes.

Nem sei se você vai ler meu comentário porque a gente escreve as coisas aqui no Mochileiros e depois esquece da vida...

Vou fazer um trajeto muito parecido com o seu. Retirei dos planos as praias do Pacífico e Nicarágua-Boladona.

O seu relato me deu maior segurança na hora de atravessar a fronteira Panamá-Costa Rica.

Valeu, mesmo.

Não deixe de ir à Jericoacoara/Ceará e Lençois/Maranhão. Qualquer outra praia do mundo fica no chinelo.

Bjs,

Cadu

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