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Ferrovia do Trigo/ Guaporé a Muçum 2 dias 50km - COM FOTOS


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Ferrovia do Trigo/ Guaporé à Muçum

Olá! Depois do mochilão Bolívia/ Peru 23 dias (4-gauchos-23-dias-bolivia-peru-t83067.html) havíamos feito mais dois acampamentos em Tapes, com duração de 2 dias, mas nada comparado com essa trip pela ferrovia do trigo.

A vontade de conhecer o Viaduto 13 sempre foi do Rafael e cogitamos em ir lá de carro, tirar umas fotos e voltar.. Então comecei a pesquisar alguns relatos (não há muitos pq realmente o lugar é bem inóspito e depois se vê que não é qualquer um pra fazer todo esse trajeto). Mas o desafio de fazer 50 Km e os mais de 20 túneis e viadutos que tinham pelo caminho me motivou a convencer o Rafael..

E ele aceitou! Aproveitamos o feriadão do dia do trabalhador (de quinta a domingo) pra nos organizar!

Cogitamos ir de carro, deixar o carro em Muçum, pegar ônibus até Guaporé, fazer a trilha de cima pra baixo e pegar o carro pra voltar pra Porto Alegre.. Mas o primeiro ônibus pra Guaporé era as 07:50h, onde teríamos que sair de POA de madrugada e mesmo assim chegaríamos em Guaporé quase 10h e cansados!

Melhor das alternativas foi ir de ônibus mesmo.

Saímos quinta feira de POA no ônibus das 18:30h e dormimos em um hotel em Guaporé, pra iniciar a trilha na sexta bem cedo e acabar sábado e voltar no sábado mesmo pra POA...tendo o domingo de folga em casa para descansar. E realmente foi a melhor opção: financeiramente de carro economizaríamos um pouco, mas o fator cansaço contou muito e ir descansando no ônibus (principalmente na volta foi crucial).

R$ 42,95 por pessoa POA-Guaporé, compramos na hora, e o ônibus da empresa Bento estava bem vazio e era bem espaçoso. Parou apenas na rodoviária de Lajeado e seguiu pra Guaporé. Em 3h estávamos lá... Eu havia ligado pra 3 hotéis de Guaporé pra saber qual era mais em conta: Hotel Rocenzi= R$ 100,00 CASAL/SEM AR ... Hotel Topo Giggio= R$ R$ 110,00 CASAL/ SEM AR ...Hotel JC Borsatto= R$ 80,00 CASAL/ SEM AR.

PRONTO! Seria o tal Borsatto.. Não queria gastar com hotel, e por mim poderia ser o quarto mais 'chumbrega' só pra passar a noite e iniciar cedo a trip.. dentre as pesquisas esse foi o mais barato (Obs. Dá pra dar uma choradinha..o Hotel Rocenzi era 130,00 e o cara queria fazer por R$ 110,00 no telefone)..

Chegamos cerca de 21:40h em Guaporé e na rodoviária tinha um mapa da cidade, eu tinha o endereço do hotel e conseguimos nos achar..cerca de 5 quadras de lá. Pagamos a diária, largamos as coisas e fomos dar uma voltinha no centro...estava 13° e um ar muito gelado.. Comemos uma pizza (não lembro o nome do lugar) mas era bem próximo a Igreja. R$ 30,00.estava muito boa. Caminhamos, tiramos fotos no centro e voltamos pro quarto.Hotel muito bom, agua quente nas torneiras e chuveiro. As 7h tomamos café da manhã do hotel, que era bem reforçado por sinal, e lá pelas 8h saímos em direção a Ferrovia.

Na entrada da cidade tu já acha um viaduto com acesso pela rua lateral a linha do trem.. e lá começou nossa jornada. O fato que mais cansa na trip é o chão. Tu não pisa em um lugar estável. São pedras(cascalhos) com dormentes, fazendo com que tu tenha que olhar muito pro chão pra não torcer o pé, devido algumas pedras serem soltas, dormentes quebrados, molhados, além do fato de bichos (cobras e aranhas)... Eu e o Rafael fomos muito disciplinados e acredito que por isso conseguimos fazer 33Km em 1 dia! Mesmo com mochila nas costas, calor e cansaço..nos disciplinamos em:

-Manter um ritmo: não corremos, nem parávamos. Colocamos um ritmo de caminhada moderado e seguimos nele até o final. Não da pra caminhar muito rápido pq como eu falei, o chão é muito perigoso, e o risco de torção é muito grande, mas também não dá pra ficar parando pq o caminho é longo;

-A cada 1h descanso de 10 minutos: Nos guiávamos pelo relógio e a cada 1h paravamos obrigatóriamente 10 minutos. As vezes nem estávamos tão cansados..dava pra continuar, e mesmo assim fazíamos essa parada obrigatória, nela bebiamos água, comiamos lanche e xixi. Sentávamos, tirávamos a mochila, e alongamento.. Fechou 10 minutos? Levantava e seguia..

-Evitar paradas desnecessárias: claro que parávamos para tirar fotos, fazer filmagens ou paradas emergenciais.. Mas não usar isso toda hora, se não tu perde muito tempo parando. Use o descanso de 10 minutos pra beber agua, xixi e tudo mais..para não ter paradas extras e tempo perdido. O caminho foi longo e muitas vezes desmotivador, pelo calor, cansaço e principalmente pedras..mas a vista vale muito a pena. Há muitos tuneis e viadutos, a floresta é bem fechada e há muitos animais.. Inclusive vimos macacos nas árvores! Foi muito lindo, Uma dica importante é a lanterna: ECONOMIZE! no início e fim dos túneis (onde ainda tem claridade da rua) desligue e tente não usar as lanternas. Serão 22 túneis e alguns deles tem 2km de extensão, fazendo com que seja muito escuro, claustrofóbico e a mente vai bem longe imaginando coisas na escuridão . Voce precisará de lanternas, há túneis que tu fica mais de 20 minutos caminhando dentro dele com lanterna acessa e isso faz consumir muito rápido. Leve pilhas reservas, Cuide também os recuos. É muito importante ver onde tem recuo, principalmente nos viadutos e tuneis. Por que caso um trem passe(ainda bem que não passou pq deve ser um inferno estar dentro do túnel quando ele passa), pra que não haja correria nas pedras e vc se machuque, ao caminhar passe a lanterna nas laterais e veja onde há recuo próximo.

Nos dois dias de trip, apenas 02 trens da manutenção passaram durante o dia. O trem mesmo passou na madrugada(a um metro da nossa barraca é uma cena que não dá pra esquecer, aquela névoa e o trem gigantesco passando por nós). Um perto da meia-noite e outro as 2:30h da madrugada. E acredite: ele é GIGANTE! Sorte mesmo que não passou um desses quando caminhávamos pelo túnel ou viaduto...

Não sou muito medrosa, mas passar pelo túneis foi assustador, pq os morcegos fazem barulhos estranhos, o ar fica diferente, a escuridão toma conta, e há muitas partes molhadas de água de escorre nos morros, fazendo barulhos e estralos assustadores, sensação bem ruim.

Apesar disso, nada supera o horror de passar pelos viadutos sem chão! os que contém apenas os dormentes! Achei que ia passar de boa..mas foi aterrorizante! ::ahhhh:: Principalmente o mula-preta. E ele foi um dos primeiros viadutos que passamos! Ele é gigante e tu precisa prestar atenção nos dormentes, pra não pisar no vão..pelo vão tu enxerga o chão e isso dá muito medo de altura! Além do fato de tu ter que cuidar o trem! Nos viadutos tem um trilho extra dentro do principal, fazendo com que o espaço pra pisada seja mais estreito, então tem q ter cuidado. Além disso, há vigas que são muito espaçadas, onde tu enxerga beeeem o chão. Desespero total! Fiquei muito nervosa e meu coração parecia que ia sair pela boca, então o Rafael me acalmou e combinamos de caminhar com cuidado e parar somente onde tinha recuo. Mas não nele em si (pq é bem sinistro), paravamos no dormente parelelo a ele. Respirávamos, víamos se vinha trem e continuávamos até o próximo recuo. E assim foi até o final ... Além do mula preta há mais 2 viadutos assim sem chão: o Pesseguinho e após o Viaduto 17. Depois desses todos tem chão e aí não é nada aterrorizante atravessá-los.

Era cerca de 16h quando passamos pelo Pesseguinho e alguns moradores dali nos informaram que pra chegar no V13 levaria mais umas 2h...2h e 30min.. Então resolvemos apressar e tentar chegar lá antes de anoitecer. Íamos ter feito boa parte da trip no primeiro dia, deixando o 2° bem mais light.. No viaduto pesseguinho havia 2 homens com 2 gurizinhos tentando passar pelo viaduto, mas o medo era tanto que não conseguiram passar.. pelo fato de ver o chão mesmo.. mas como eu já tinha passado pelo mula-preta, esse até que foi tranquilo (hehe). Havia urubus nos recuos deste.

Caminhávamos, caminhávamos, caminhávamos... estávamos decididos em chegar no V13 e montar acampamento por lá (que dizem que tem lugar bom pra acampar).. Mas não chegava nunca! E o cansaço estava forte.. Mas não paramos (exceto nos 10 min de descanso a cada 1h). Um morador passou por nós e falou que pra chegar até o V13 passaríamos por mais 6 túneis, então apressamos! Foi desanimador quando encaramos os 2 primeiros túneis (dos 6) que tinham mais de 1km de extensão.. Poxa! teria mais 4!! E se fossem todos longos assim?! Chegaríamos lá a noite..sem contar que era um túnel atrás do outro, não tinha opçõa de acampar ali entre um e outro, pois era muito úmido e a mata fechada.. apressamos.. Pra nossa sorte os últimos túneis não foram tão longos e o último deles tinha as famosas 'janelas'.. Saímos dele e caímos direto no V13! Que felicidade!

Mas...e cade o lugar bom pra acampar?? Já eram quase 18h..o sol já tinha ido embora e uns caras faziam base jump no V13(muito legal mas estávamos sem tempo para parar e dar uma olhada nos saltos)..perguntamos ''onde o pessoal costuma acampar'' e eles apontaram pro chão.. teríamos que descer o morro (cerca de 1,5km) pra chegar num tal de camping.. não tínhamos mais tempo! Já estava tarde. Passamos o V13 e começamos a procurar lugar pra acampar..

Achamos um lugar 'menos pior' passando o V13.. Comecei a limpar o terreno e tirar as pedras..com o mato que limpei forramos o chão, já que não levamos colchão inflável devido ao peso, apenas lonas pra forrar a barraca.. Comecei a catar lenha pra fogueira, estava escuro e não queria gastar a lanterna por causa dos túneis que ainda teria no outro dia.. Mas tinha pouca lenha..as que tinha era pedaços dos dormentes quebrados do trilho..e apesar de saber que é tóxico e não seria bom pra usar, foi a unica opção...o ar estava úmido e logo a barraca estava enxarcada. Esticamos mais uma lona por cima dela.. Tínhamos pouco mais de 2l d'água e não queríamos gastar mto dela em comida. Fizemos uma sopa de miojo (sopa vono e miojo) pra aproveitar a mesma agua e já cozinhar o macarrão. Botamos tudo pra dentro da barraca apagamos o fogo e era 21h ja estávamos deitados.

Loucos de cansados...o Rafael pegou logo no sono, eu só dormi depois que o primeiro trem passou, próximo da meia noite(muito tenso)..até lá estava preocupada.. com o lugar, com o trem..meus pés latejavam, minhas costas doíam, estava exausta..mas a cabeça a mil...acho que entrei no modo 'survivor' e foi difícil desligar.. Do meu lado esquerdo ouvi um bicho farejando a barraca. Acredito que era graxaim, ou lobo.. estava em no meu ouvido, como um cachorro cheirando a gente. Me apavorei, fiquei bem quietinha. Depois daquela máquina de 2km passar a todo vapor do lado da barraca e ela não ter voado consegui dormir..mas só 2h..pq logo passou outro trem, sentido contrário, a luz bem em direção a barraca, parecia um avião aterrisando na nossa frente. O silencio da floresta acabou e aquela barulheira nos acordou quando vinha de longe... Abrimos o ziper da barraca novamente pra ver a maquina passar.. esquecemos de filmar.. também ne..nós dormindo e acordar com aquela barulheira de repente foi mega assustador..a ultima coisa que pensamos foi em filmar!Acordamos perto das 7h e estava tudo cinza, muita cerração. Não pude esquentar água pro café pois a unica panelinha que levei estava suja da sopa miojo de ontem. Então comemos laranja (pra matar a sede e dar energia). Comemos bisnaguinha com requeijão , desmontamos o acampamento e seguimos era bem dizer 9h, Viadutos, viadutos, alguns túneis (poucos, pois a maioria fica antes do V13) e aí já estávamos bem baixo em comparação com antes.. Linhas retas infinitas, muitas pedras soltas e encontramos um grupo de mochileiros vindo da direção contrária (Muçum à Guaporé). Estavam em cerca de 6 pessoas, conversamos um pouco, nos disseram que estávamos próximos de Muçum, que em no máximo 2h chegaríamos. Alívio! Eles disseram que iam acampar na estação antiga e não quisemos desanimar eles, só dissemos ''é uma pernadinha'', mas certo que não chegariam lá até antes de anoitecer. A estação é umas 3h de Guaporé..e eles estavam muito longe e já era meio-dia! Carregavam muitas mochilas e pouca água..falamos que estava ruim de pegar água e ficaram meio apavorados. Até tem umas pedras que escorrem agua, mas escorre gotas de água. Se colocar um cantil embaixo levará tempo pra encher..sem contar que não se sabe a procedencia da água. Pode ter um rato morto e a agua escorrendo em cima.. Havia umas grutas em barrancos com agua (tipo cascatinha) mas era bem inacessível por causa das pedras..era muito arriscado pegar água nesses lugares. Então é imprescindível levar bastante água.Estávamos com cerca de 700ml racionando água, quando vimos a placa Muçum deu uma alegria!! Chegamos!! Até aqui 49 km!! Porém da entrada de Muçum até a cidade é uma pernadinha.. passamos pela antiga estação de Muçum pra tirar fotos e pra nossa alegria vimos um morador abrindo uma torneira que estava lá no cantinho.. água potável e bem geladinha!! Não tinhamos escovado os dentes até agora e estavamos racionando água. Então esperamos ele sair e lavamos a égua! Escovamos dentes, lavamos as mãos com sabão..enchemos as garrafas e tomamos muuuita água! O sol estava muito forte. Lavei o rosto e reforcei o protetor solar(MUITO IMPORTANTE).

De longe vimos o tal 'Viaduto Princesa' de Muçum e perguntamos a um morador como saíamos dele e descíamos pra cidade. Ele falou que tinha 2 escadas de concreto e que poderíamos descer na segunda que já daria na rodoviária, mas não encontramos as tais escadas(to procurando até hoje as tais escadas)... Passamos todo o viaduto Princesa, e havia apenas os recuos..lá no final havia um túnel e ao lado umas vilas. Perguntamos pra uns guris(muito suspeitos por sinal) que estavam ali como descíamos eles apontaram pra um matagal..fomos descendo e não tinha escada de concreto nenhuma! Eram pedras e bem perigosas..tem que descer com bastante calma..não há sinalização nem nada. Parece que a própria população abriu aquela trilhazinha e empilhou as pedras.. Bom conseguimos! estávamos na cidade e seguindo pro centro.

Perguntamos a alguns moradores onde ficava a rodoviária de Muçum e seguimos pra lá.. caminhamos bastante no olho do sol, rapidamente tiramos fotos na igreja, pois não sabíamos o próximo horário do bus pra POA.. corremos pra rodoviária e o próximo ôNibus era 14:30h e era 14:15h!! Demos muita sorte. Compramos rápido as passagens R$ 32,95 cada usamos o banheiro e trocamos a roupa. Colocamos um short e uma camiseta (estávamos fedendo hehe). A senhora da rodoviária viu nossas mochials e perguntou se vínhamos do V13, pois havia saído uma reportagem na ZH de hoje mesmo (sábado/domingo). Corremos pro ônibus, ele parou em algumas cidades (Arroi do Meio, Lajeado,Encantado e Estrela). Em 3h estávamos em POA!

 

(A ordem correta das fotos é de baixo para cima, coloquei tudo certo mas na hora de postar o site inverteu tudo)

 

 

EQUIPAMENTOS:

 

RAFAEL -

01 MOCHILA LONA VERDE(bem leve tenho uma de 60L,mas com aquela armação de metal por dentro só fez aumentar o peso, portanto foi a verdinha que meu pai acampava)

01 LONA 2X2 NAUTIKA (forro debaixo da barraca, por dentro, por causa da umidade, foi junto com os capins a nossa cama -conforto +carga reduzida)

01LONA 2X2 PRETA(forro externo da barraca, sorte ter levado pois ficou encharcada com a umidade)

01 BARRACA 2 LUGARES (tinhamos a de 4 mas a carga tem q ser bem reduzida, por isso levamos essa)

01 FACÃO

01 COBERTA MICROFIBRA

2L DE ÁGUA

500ML GATORADE

10 MTS CORDELETE

03 MTS CABO SOLTEIRO

01 LANTERNA DE CABEÇA (levei 5 pilhas, deveria ter levado mais)

01 LANTERNA PEQUENA IMPERMEÁVEL

ROUPAS 01 CALÇA 01 BERMUDA 01CAMISA ML 01 REGATA 03CUECAS 03 PARES DE MEIAS(sendo uma delas térmica muito útil p/conforto) 01 BONÉ 01 ÓCULOS 01 TÊNIS(Asics de corrida, tem muitos solados de botinhas no caminho, use calçado que vc conheça, não invente nada) 01 CASACO (parte externa do parkha klima da nautika, uso ele sempre pra tudo, custa R$ 500 mas é perfeito e logo comprarei outro)

01 RELÓGIO

01 CINTO ELÁSTICO C/ PORTA OBJETOS(dá pra carregar as coisas que mais se usa na cintura e elas ficam bem fixas)

01 CANIVETE MULTIFUNÇÕES PEQUENO(tramontina inox)

01 KIT MÉDICO (tubinho tipo lata de nescau com itens críticos)

01 KIT FOGO (pouco de palha, tubo c/ álcool,isqueiro,fósforo)

01 REPELENTE

01 PROTETOR SOLAR

01 CEL MOTO G (lanterna muito boa)

01 CÂMERA SONY CYBERSHOT 12MP

 

ROBERTA -

 

01 MOCHILA TRILHAS E RUMOS CRAMPOM 44L

01 TOALHA PEQUENA (no fim não usamos, não tomamos banho)

01 KIT HIGIENE (escovas de dente, sabão, desodorantes, lenço umedecido, 01 rolo de papel higiênico)

01 PANELA PEQUENA

02 CANECAS DE PLASTICO(serviram de prato)

TALHERES

2L DE ÁGUA

500ML GATORADE

COMIDAS (3 miojos, 4 sopas vono, 01cx feijão pronto, 06 sanduíches prontos,01 pct bisnaguinha, 1/2 pote de requeijão,03 maçãs, 02 laranjas, 03 bananas, 04 barrinhas chocolate,02 rapaduras, 02 pct castanhas, 01 pct mariola, 01 pastelina, 01 pct bibs, 01 cocada)

ROUPAS 01 bermuda, 01 legging, 01 camiseta ML, 01 camiseta MC, 01 casaco(igual o do Rafael),roupas íntimas,tênis (igual Rafael)meias (idem Rafael)

01 CEL MOTO G(lanterna)

01 ÓCULOS (perdido na trilha)

01 BONÉ

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Ótimo relato! Parabéns!

 

Eu pretendia fazer o mesmo percurso em 3 dias, porém junto comigo havia muita gente despreparada e ao chegarmos no V13 na tarde do segundo dia e após descermos até o camping a gurizada arregou e quis ficar por lá mesmo... Não sou muito de escrever então fiz um video como "relato":

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  • 2 semanas depois...
  • Membros

Bacana o relato! Parabéns!

Eu ainda acho que essa trilha é melhor de fazer em 3 dias, fica mais tranquila a caminhada e dá tempo de observar melhor a região e explorar as cercanias, até para encontrar lugares bons pra acampar. A barraca de vocês do lado dos trilhos tava sinistra..hahahaha.

 

Me diz uma coisa, essas vilas que tem na chegada em Muçum são perigosas de assaltos? To querendo fazer sozinho a trilha daí fiquei pensando nessa questão de segurança mesmo..

 

Outra coisa é que o teu não é o primeiro relato que ocorre essa dificuldade de achar o caminho para o centro de Muçum na chegada, seria interessante quem sai por Muçum identificar a saída para o centro para os que vem no outro sentido, né?

 

Abraço

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  • Membros

Muito bacana seu relato Roberta.

 

Contemplou dicas importantes sobre o percurso.

 

Já fiz a travessia em duas oportunidades, uma delas em dois dias e outra em três dias. Para pessoas com um bom preparo, dá para fazer o trajeto em dois dias sem muito susto. Tem pessoas que fazem de ataque, fazendo em um dia, porém levando apenas o necessário de comida e água. Para pessoas sem o preparo em dia, o ideal realmente é fazê-la em três dias.

 

Também aconselho fazer em três dias o trajeto caso queira curtir as inúmeras cachoeiras que existem perto dos trilhos, algumas enormes e lindas... vale a pena conferir. Existem outras opções de cachoeiras, porém já estão mais distantes, aí já cabe visitá-las separadamente.

Pena que não foi até o camping do V13. Não é necessário descer pela estrada, existe uma trilha por baixo do viaduto, que encurta bastante o trajeto. Acredito que lá teria uma noite boa de sono. Lá eles oferecem chuveiro quente, existe um barzinho que vende refrigerante e cerveja (nada melhor que uma cerveja nessas horas hehe), e o espaço é amplo para montar barracas.

 

 

Me diz uma coisa, essas vilas que tem na chegada em Muçum são perigosas de assaltos? To querendo fazer sozinho a trilha daí fiquei pensando nessa questão de segurança mesmo..

 

Outra coisa é que o teu não é o primeiro relato que ocorre essa dificuldade de achar o caminho para o centro de Muçum na chegada, seria interessante quem sai por Muçum identificar a saída para o centro para os que vem no outro sentido, né?

 

Vidal, existe outra saída em Muçum. Ela fica antes do Viaduto Princesa. Passando o Viaduto 1 (Viaduto esse que passa por cima da Rodovia), existe logo uma saída a direita, que dá acesso a uma ruazinha de paralelepípedo. Seguindo essa rua, logo chegará ao Posto de Combustível (muito utilizado como ponto de referência, alguns deixam o carro ali para pegar o ônibus até Guaporé, pois ele passa na frente do posto. Os ônibus de Porto Alegre também passam por ali, não é necessário embarcar na rodoviária, mas se for o caso poderá ir dali até a rodoviária a pé). Durante a luz do dia não existe perigo naquela região. A noite todo cuidado é pouco, não só naquela parte da cidade, mas também nos trilhos próximos a Muçum...

 

Espero que tenha ajudado

 

Abraços...

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Bacana o relato! Parabéns!

Eu ainda acho que essa trilha é melhor de fazer em 3 dias, fica mais tranquila a caminhada e dá tempo de observar melhor a região e explorar as cercanias, até para encontrar lugares bons pra acampar. A barraca de vocês do lado dos trilhos tava sinistra..hahahaha.

 

Me diz uma coisa, essas vilas que tem na chegada em Muçum são perigosas de assaltos? To querendo fazer sozinho a trilha daí fiquei pensando nessa questão de segurança mesmo..

 

Outra coisa é que o teu não é o primeiro relato que ocorre essa dificuldade de achar o caminho para o centro de Muçum na chegada, seria interessante quem sai por Muçum identificar a saída para o centro para os que vem no outro sentido, né?

 

Abraço

 

 

Verdade. O ideal é 3 dias..quem sabe façamos novamente a trilha e ficamos na pousada da ferrovia (que é um camping próximo ao viaduto pesseguinho) a página deles do facebook é sensacional!

2 dias foi muito corrido. realmente as vezes não contemplávamos o lugar pela pressa em fazer os 50 km em 2 dias!

Mas pela falta de tempo/ agua e comida tivemos que fazer em 2...Pra mim o maior problema é a água. Pq foi o que mais pesou no carregar! Pros dois dias levamos cerca de 5l e quase que faltou (não fosse a torneirinha achada na estação de Muçum). ENtão 3 dias iriam cerca de 9, 10l... Mas dormindo em camping provavelmente teríamos acesso a agua para lavar mãos, beber etc....

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Sim Rodrigo. Hoje olhando de fora, após ter ido lá, vimos que o ideal são 3 dias mesmo!

Mas acho q estávamos tão exaustos pelos 33km do 1° dia que não achamos o tal caminho pro camping no V13...Sem contar a escuridão!

Mas da próxima vez nos organizaremos melhor...

Passamos por este viaduto que citaste antes do Princesa, onde um morador falou que havia mesmo uma escadaria ..mas não achamos! Pode ter sido patetice/ exaustão.. não sei..

mas não achamos!

Mas a descida do morro que fizemos após o Princesa (antes de entrar em um túnel) é bem perigosa..(não sei são tão quanto é POA hehe) mas tem bastante vila ao redor e moradores ''suspeitos''. De qualquer forma, o ideal é levar faca/ facão pra defesa pessoal durante a trilha...

Mas o que mais estávamos preocupados era com alguma torção / machucado possível de acontecer..ou picada de cobra.. Hoje notamos o quanto nos arriscamos! Pelo lugar ser inóspito e selvagem estavamos muito expostos a picadas de cobras/ aranhas. Sugiro uma perneira (tendo em vista que do tornozelo ao joelho é o mais provável de ataque de cobra)..por andar muito no meio de pedras, dormentes e mato...a perneira/bota é essencial.. o problema da bota é o conforto. É necessário um calçado confortável, e o tênis de corrida pra gente foi perfeito! Já li muitos relatos de pessoas que foram de botina que estragou ou machucou o pé. Bolhas sempre surgirão..mas quanto mais reduzir o impacto melhor!

Caso uma cobra nos picasse estaríamos fu... :? não há acesso rápido à rodovia a qlqr momento.. levaria um tempo pra descermos do morro. Graças a Deus nada aconteceu, mas não podemos contar com a sorte sempre.

Mas tirando isso a trilha é perfeita. Difícil agora achar outro mochilão assim...estamos a procura de um acampamento selvagem, com direito a trilha, fogueira e tudo mais.. mas hoje em dia tudo é proibido. Nada de fogueira, só em camping etc..e eu até entendo..o ser humano acabaria destruindo tudo rapidamente... mas...quem tiver dica de lugares neste estilo por favor indiquem. ::otemo::

Boa sorte! =)

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Pois é Roberta, o final do Viaduto Princesa costuma ser frequentado por um pessoal mau encarado, é um local de consumo de drogas ilícitas, devido o lugar retirado. Porém é bem frequentado por turistas, que fazem a visita apenas no local,então durante o dia até que vai, porém a noite é um tanto arriscado... não aconselho ::bad:: !!

 

Referente a outras opções: Fiz uma travessia pelos trilhos de trem entre Bento Gonçalves à Vila Flores - RS. Não tem o mesmo glamour que a Ferrovia do Trigo, mas mesmo assim é muito bela. Possui cachoeiras bem próximas aos trilhos, uma cidade abandonada, utilizada pelos construtores da mesma, e outros mais (não possui viadutos metálicos, pra quem não gosta dessa adrenalina, é bom :mrgreen:) . A extensão é menor, aproximadamente 35Km, ou seja, dá pra fazer em dois dias bem de boa. O acampamento se pode fazer em uma cachoeira, com direito a pequenas cavernas e tudo mais ::otemo:: !! O problema é a logística, principalmente no ponto de saída dos trilhos, na Estação Feitor-Faé, em Vila Flores.

 

Abaixo tem o link do relato que foi feito pelo meu amigo de empreitada nessa ocasião. Dá uma conferida, se gostar posso tirar outras dúvidas!!

 

trekking-ferrovia-tps-estacao-jaboticaba-a-estacao-feitor-fae-t71891.html

 

Att;

Rodrigo Bruxel

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Nossa muito legal seu relato da trilha de Bento Gonçalves à Vila Flores. Dei muitas risadas...Não sei qual será nosso próximo destino. Temos muitos em vista, mas devido aos locais que queremos serem de difícil acesso ta complicado. Estamos pensando seriamente em comprar um Jipe. Acredito que o próximo acampamento será em Minas do Camaquã (Caçapava do Sul). Lugar abandonado mas lindo.

Escreverei um relato se for até lá! Obrigado pelas dicas.

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  • 11 meses depois...
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Oi Roberta!

Estou procurando a página da pousada da ferrovia e não encontro. Tbm não encontrei nada na internet. Tem como me passar a página?

 

Vamos fazer a travessia e estou pensando seriamente em, na ida pra Guaporé (de carro), passar no camping (não sei se tem acesso) e deixar as provisões para o 2° ou 3° dia, e daí deixaríamos as barracas tbm, e pelo menos um dia nos poupamos de carregar tudo.

 

Sabes se tem acesso à esse camping de carro?

 

Outra opção (se não conseguirmos folga do trabalho) é fazer só parte da travessia em um dia. Tu sabes me dizer se é possível ir de carro ou taxi até parte dela? E se sim, qual parte tu acha que é mais interessante para fazer a caminhada?

Nossa idéia é fazer tudo em três dias, mas se não der já estou procurando outra solução...

 

Obrigada!

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