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  1. Últimos minutos
  2. Adorei seu relato. O México é um sonho nosso aqui em casa. Tb viajo com meu guri e os relatos com crianças são realmente escassos. Inclusive tô devendo os meus aqui...hehehe.
  3. Olá. Tem ideia de valores ?
  4. today
  5. Queria organizar um grupo de motos para fazer um percurso de Manaus-AM para Porto velho -RO agora em novembro 2025
  6. DIA 09 – 12/10 – dom: fomos de manhã pra Xochimilco de uber, e descemos no embarcadero Nuevo Nativitas, que é o que tinham nos indicado. Eu acho que rolam umas traineiras coletivas, mas não encontramos isso lá. O passeio de 1h, independente do número de pessoas, é 700 pesos (por traineira). O que dá pra fazer é juntar com quem tá por lá buscando informações também, que foi o que a gente fez. Acabamos pagando 400. De lá pegamos uber até o Zócalo (muito trânsito chegando ao centro!), pro almoço mais caro da nossa viagem, no Balcon del zócalo (sabíamos que seria caro, nesse dia queríamos aproveitar), com uma vista pra praça. Há outros restaurantes com terraças na região. Depois andamos pelo Zócalo (tava rolando uma feira literária, havia palestras, apresentações musicais), umas ruas nos arredores, passamos por livrarias, sorveterias, e aí fomos andando pela Peatonal Madero até o Palácio de Bellas Artes. Fizemos a parte da visita gratuita, andamos pela alameda central (já era início de noite e tava tudo muito cheio, os mexicanos aproveitam muito!!). Pegamos o metrô pra voltar pra casa umas 20h. PS: na peatonal fica a casa de los azulejos e próximo ao fim dela, já de frente pra lateral do palácio, ficam o Palácio Postal e o Museu Nacional de Arte (fizemos essas visitas em outro dia). DIA 10 – 13/10 – SEG: dia de Teotihuacán! Fomos de metrô até autobuses del norte e lá pegamos o ônibus, que nos deixou na entrada 2 da zona arqueológica (a de frente pra pirâmide do sol). Compramos as passagens já com a volta (75 pesos cada perna por adulto e metade menores de 13), com o horário em aberto, pra facilitar a vida (na volta é direto com o motorista e só aceitam em dinheiro). Chegamos por volta de 11h e ficamos até umas 14h30. A pirâmide do sol não pode mais subir desde a pandemia, a da lua pode-se subir até um nível. Infelizmente não conseguimos visitar o templo de Quetzalcoatl. A calçada dos mortos da parte da pirâmide do sol até a lua é plana, mas da pirâmide do sol até o templo é de altos e baixos e o sol tava fervilhando (como sempre falam por aqui, vá de chapéu e não esqueça a água e o protetor solar!). Eu que levo o meu filho na mochila de carregar, já tinha subido com ele a pirâmide da lua e andado tudo, tava muito cansada, e ele incomodado de ficar na mochila. Achamos melhor não continuar pelo outro lado (ainda chegamos a descer uma parte), e isso me doeu muito também. Mas também queríamos ir à Basílica de Guadalupe, então realmente não dava pra demorar. Pegamos o ônibus na saída 2 e descemos na estação deportivo 18 de marzo (a índios verdes é a parada anterior, só ficar atento quando chegar nela, pra descer na certa). Fica a uma estação de metrô de distância e dá pra ir a pé, mas como tava muito quente e o metrô é barato, achamos melhor ir de metrô mesmo. Acho que vale a subida até a capela do cerrito, pela vista que se tem no caminho do complexo e da CDMX. De lá, voltamos de metrô pra casa. DIA 11 – 14/10 – TER: esse dia foi pra agradar a criança. Tomamos café da manhã no Fonda Carmela e fomos ao Six Flags. Sei que não é algo buscado aqui no mochileiros, mas se ajudar alguém, o dia mais barato pra ir é terça e se comprar antecipadamente pela internet ainda sai um pouco mais barato. Mesmo nos horários de pico não ficou supercheio, a gente pegava no máximo uns 15 minutos de fila nas montanhas-russas principais (mas algumas chegaram a ficar com 40 minutos de fila depois). Dá pra ir de metrô + ônibus, mas optamos por uber. PS: Na (acho que) parte 3 do Chapultepec também tem um parque de diversões, menor, mas que tem montanha-russa também. DIA 12 – 15/10 – QUA: fomos de metrô até o Zócalo e visitamos o Templo Mayor (eu achava que o museu de lá era pequeno, mas me surpreendeu). Após a saída, continuando na rua Republica de Guatemala, topamos com o ChocoStory, a loja de uma espécie de museu do chocolate que tinha por lá (mas pelo que entendemos, não é o principal museu do chocolate), achamos os chocolates de lá bem bons (o de café e o de especiarias com canela eram muito bons!) e compramos alguns pra dar de presente. Um pouco depois tem um hotel chamado “círculo mexicano”, que tem um restaurante no terraço. Os pratos não eram superbem servidos, mas não foram caros também. E lá tivemos um almoço bem agradável com vista pra catedral. De lá fomos pra peatonal Madero novamente e visitamos o palácio postal (45 ou 50 pesos, se não me engano, não lembro exatamente agora), o museu nacional de arte (munal) e, ao fim da alameda central, o museu mural Diego Rivera (essas últimos visitas foram coisa de 30 minutos, 1h e 15 minutos cada, por conta dos horários de fechamento e pra dar tempo de visitar tudo). Também fomos ao Café Don Porfírio, no terraço do Sears, com uma vista bem legal do Palacio de Bellas Artes (é só entrar na sears e pegar o elevador até o 8º andar). Jantamos na casa de los azulejos (na verdade só eu e o bebê, os outros preferiram comer perto de casa). Tem uns pratos básicos, uns bem típicos, não é muito caro, e é meio turistão. DIA 13 – 16/10 – QUI: fomos a pé pro Chapultepec e seguimos pro castillo (100 pesos). A subida de carrinho é bem tranquila, mas lá em cima, na entrada, tem que deixar o carrinho. A primeira parte é a do Museu Nacional de História e a segunda parte é dos aposentos do castelo. A vista de lá também é bem bonita. De lá voltamos pro Museu de Antropologia, que adoramos e tem muita coisa pra ver. Almoçamos no restaurante que fica no museu (Sala Gastronómica) e que, apesar de não ser tão barato, tem uns pratos bem interessantes (mistura pratos típicos e por regiões do país, meu marido comeu polvo com chapulines, eu comi uma espécie de sanduíche de chile em nogada). Ficamos umas 2h no museu e meio que conseguimos visitar todo o térreo (somando com a primeira visita). Depois disso fizemos algo que nos arrependemos... Tínhamos pensado em dar uma volta pelo Polanco, pra conhecer um pouco de outro bairro, e aí pensamos em ir ao Soumaya pra aproveitar, já que era de graça. Já tinha lido algumas críticas ao museu, mas era de graça, tem a arquitetura como diferencial e tal... Enfim, decidimos ir até lá e foi uma experiência ruim. O tempo todo nos seguiam dentro pra dar bronca por tudo (não podia apontar pras obras, não podia chegar perto da linha limite, a criança não podia ficar a mais de 30 cm de distância da gente). Nem visitamos tudo, decidimos ir embora. Não é um museu amigável pra crianças e, depois de ler uns comentários nas avaliações do google, acho que nem pra adulto. E o conteúdo é meio ruim mesmo, o ricaço quis montar um museu com a coleção particular dele mas parece que não quis pagar um museólogo e curador, jogou tudo lá sem criar uma conexão, uma gradação entre as obras. Enfim, podíamos ter ficado mais tempo no Chapultepec, ter aproveitado mais lá e ainda perdemos tempo com trânsito pra sermos maltratados. A CDMX tem muitos museus mais interessantes, acho que só vale visitar se você realmente tiver muito tempo na cidade e já tiver ido a muitos outros. DIA 14 – 17.10 – SEX: de manhã nos separamos, eu fui visitar a Biblioteca Vasconcelos, de metrô (estação Buenavista), e meu marido foi ao Museu de Arte Moderna, no Bosque de Chapultepec. Encontramos em casa e tiramos a tarde pra andar por Roma e La Condesa, Paseo de la Reforma, Angel de la Independência, Fuente de Cibeles. Não seguimos exatamente um roteiro nessa tarde, a gente tinha como objetivo visitar algumas livrarias (gostamos de comprar livros nos países que visitamos) e a panaderia Rosetta (que nos foi indicada por mexicanos e que achamos ok, mais hipster que gostosa, rs), e fomos fazendo tudo isso olhando o google maps e tentando encaixar nos caminhos as atrações mais turísticas. Tudo isso parando nos parques com parquinhos pras crianças brincarem. DIA 15 – 18.10 – SÁB: Nosso último dia de viagem, nosso voo era por volta de 17h30, então tínhamos um pouco de tempo até a hora do almoço pra tentar aproveitar. Levantamos um pouco mais tarde pra descansar também, depois de vários dias correndo de manhã. Na noite anterior e nessa manhã arrumamos as malas pra deixar tudo “no ponto” e umas 10h saímos pra ir pro Zócalo. Nesse dia ia ter o desfile de alebrijes, que começa lá e vai pro Paseo de la Reforma, uma espécie de esquenta pro dia de los muertos. A linha de metrô que pegávamos perto de casa (rosa) estava ok, mas na Pino Suarez trocávamos pra azul pra descer no Zócalo, e a linha azul estava um inferno. Como era só uma estação a gente devia ter descido na Pino e ido o resto do caminho a pé (fizemos isso na volta, pra evitar o Zócalo), mas acabamos ficando presos na multidão (sério!). Minha dica é: se for de metrô pra algum evento no Zócalo, tipo dia de los muertos, e tiver que trocar em alguma estação pra linha azul, se for relativamente perto (tipo até 2 estações) vá a pé. Fica MUITO cheio mesmo, pior que o metrô no Rio em mega eventos em Copacabana! Mas enfim, vencida essa etapa, conseguimos ver a concentração de alebrijes, e vimos muitos grupos estudantis com bandas escolares, meninas vestidas de balizas, a impressão que dava era que seria um desfile no estilo 07 de setembro aqui no Brasil, mas com alebrijes. Ficamos com muita vontade de ver o desfile mesmo, mas tínhamos que voltar. Ainda demos mais uma volta nos arredores do lotado Zócalo, nos despedindo desse lugar que amamos tanto, compramos mais chocolate na ChocoStory e voltamos pra casa. Perto de casa tinha um restaurante chamado Pavorosso (quase tudo é de peru) que fomos vários dias, ficamos amigos do povo de lá, então também passamos lá pra nos despedir e pegar uns sanduíches pra comer no aeroporto. Combinamos um transfer às 13h e pegamos MUITO trânsito no caminho pro aeroporto. Mas deu tudo certo, foi uma viagem maravilhosa!!
  7. Eu uso o mochileiros.com há muiiiiiiitos anos pra ajudar a planejar e montar minhas viagens (“isso aqui era só mato”), geralmente postava mais na parte de perguntas e companhia pra viajar, acho que só deixei relato uma vez, quando viajei pra alguns países na África, porque havia muitos poucos relatos na época e pensei que poderia ajudar. Agora pesquisando pro México senti falta de relatos mais atualizados. Mas, especialmente, senti falta de testemunhos de viagem com criança bem pequena (só quem tem bebê em fase de introdução alimentar entende essa importância, rs). Por isso decidi tentar deixar um relato aqui, vai que ajuda alguém. Nossa viagem foi com uma criança de 10 anos (que já faz “mochilões” desde os 7 e tá acostumada) e com um bebê de 1 ano e 3 meses. Embora cansativo, é totalmente possível ir pro México-não-resort com criança com menos de 2 anos. A parte da alimentação foi o mais difícil (pra ser sincera, essa sempre foi minha única preocupação), eu adoro experimentar sabores e acabamos não podendo fazer muito isso, priorizando ir pra restaurantes mais “tradicionais” e com comidas menos picantes (mas ainda consegui conhecer um monte de coisas, como o mole poblano e o chile em nogada). Ficar em airbnb ajudou muito a preparar vários lanchinhos e refeições rápidas que quebravam um galhão no dia a dia. Restaurantes italianos e árabes foram superpráticos, cafeterias com omeletes também, e em vários locais conseguimos pegar guarnições de arroz (geralmente o rojo), feijão e alguma proteína animal. Não foi simples, mas menos complicado do que eu temia. Sempre tinha que perguntar se a comida era picante (“se pica mucho?”) e provar antes de oferecer pro bebê, e aconteceu de falarem que não era picante e quando experimentamos era bastante. Outra coisa: não tem jeito, com criança pequena a gente tem que ir com as expectativas mais baixas e ciente de que não vai dar pra fazer tudo e/ou os planos vão mudar, independentemente do lugar visitado. Inclusive nosso roteiro inicial, ainda no planejamento, era fazer CDMX, Puebla e Oaxaca. Depois pensamos que o deslocamento pra Oaxaca poderia ser estressante/cansativo com bebê e decidimos tirá-la dos planos (com muita dor no coração) e incluir Taxco, passando mais dias na CDMX com calma. Já durante a viagem, com o tanto de trânsito que pegamos pra Puebla, Tula e Teotihuacán, decidimos não ir a Taxco também (outra dor no coração!) e ficar menos tempo em ônibus/estrada. Ainda assim a viagem foi maravilhosa! Só quem tem filho pequeno sabe o quanto rotina é importante pra eles, eles funcionam melhor (humor, sono, alimentação). E quando tudo funciona bem pra eles, pra gente acaba sendo um pouco menos (mas só um pouco mesmo, rs) cansativo. E, assim, eu queria muito conseguir aproveitar a viagem também, não queria perder muito tempo em cozinha, não curtir muito os dias por estar extremamente cansada por ter dormido pouco porque o bebê também não dormiu etc. Em alguns dias a rotina não deu certo, só conseguimos parar pra almoçar lá pras 15h ou o bebê foi dormir umas 21h30 (no Brasil 00h30, sendo que sempre dorme entre 19h30-20h aqui). Eu fiquei um pouco estressada, sim, mas no fim deu tudo certo, nós aproveitamos MUITO! A gente tem que tentar manter a rotina deles dentro do que for possível, mas sem muitas neuras. Então tô aqui principalmente pra dizer pra quem tem crianças pequenas: se joga e vai! Com alguns perrengues e estresses no caminho, dá certo e o que ficam são ótimas lembranças e histórias pra contar, um capítulo superinteressante da sua vida com os seus amores! Deu pra fazer quase tudo de carrinho (no Castelo de Chapultepec tem que deixar na entrada e no museu da Frida só é permitido na área externa), mas nas zonas arqueológicas levamos a mochila de carregar/canguru, pelo fato de o chão ser irregular e também pra poder subir as pirâmides. Não levamos o carrinho pra Puebla porque seria uma coisa a menos pra carregar pra rodoviária, e pela previsão do tempo ia chover lá. Com chuva, é mais prático usar o canguru. Nosso voo foi direto GRU-CDMX, ida em 04/10 e volta em 18/10/25. Ficamos em airbnb tanto na CDMX quanto em Puebla. Na CDMX escolhemos um bem perto da estação Sevilla (La Condesa/Roma Norte), o que foi ótimo, pois usamos muito o metrô. Também era próximo ao Bosque de Chapultepec (uns 10 minutos a pé) e aos parques Espana e México (que acabamos indo menos do que achávamos que iríamos, mas que são ótimos pra crianças, os parquinhos de lá são bem legais!). Fechamos para todo o período de 15 dias, pra não precisar se deslocar com malas quando fôssemos a Puebla e Taxco (deixamos as malas grandes e fomos com as pequenas). METRÔ NA CDMX: custa 5 pesos (out/2025), e o cartão dele não é de uso individual, dá pra passar várias vezes seguidas sem bloquear. Então um cartão único serve pra um monte de gente. Se eu não me engano o custo dele era 20 pesos, e compra e recarrega nos guichês, bem simples. O metrôbus custa 7 pesos, mas não chegamos a usar, não posso explicar como funciona. CÂMBIO: levamos dólares americanos e um pouco só de pesos mexicanos. Eu já tinha lido aqui e comprovei que é verdade: o melhor lugar pra trocar dólares por pesos é logo após o desembarque no aeroporto Benito Juarez (voamos pela Latam - Terminal 1). Tinham dois lugares especificamente com a melhor cotação (são vários câmbios, um ao lado do outro). Trocamos quase tudo lá. Depois precisamos trocar mais um pouquinho já quase no fim da viagem, e as cotações no centro eram bem piores. Pra quem mora em São Paulo, uma casa de câmbio aqui que sempre encontrei as melhores cotações é a Primecash, na Liberdade. Lá vende pesos mexicanos também. Eu confesso que nem fico mais comparando, como lá sempre tem cotação boa e é confiável, já vou direto. PS: usamos cartão de crédito algumas vezes em restaurantes e pra comprar passagem nas rodoviárias. Pelo menos na CDMX boa parte dos lugares parecia aceitar cartão, mas em alguns museus e nos sítios arqueológicos não aceitam. CUSTOS EM GERAL: pra comer achamos a CDMX levemente mais cara que São Paulo (Puebla é um pouco mais barata). Os custos com transporte (público e uber/táxi) são menores, acho que as atrações também. No fim, achamos que os gastos ficaram parecidos com os do Brasil. O meu relato não vai ser muito focado em custos, porque não anotei muita coisa (a maior parte, hehe) e mesmo tendo começado a escrever menos de um mês após ter voltado, já esqueci muito. O que eu lembrar e tiver anotado, deixo aqui. O que já adianto é que, em out/2025, as entradas dos sítios arqueológicos e dos museus públicos administrados pelo INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História) são 100 pesos pra adultos, menores de 13 anos e acima de 60 não pagam, estudantes eu confesso que não reparei. Quase todos os museus que visitamos eram do INAH, com exceção (que lembro agora) da Casa da Frida e Casa do Leon Trotsky (esse mais barato até). Outra coisa é que nos restaurantes não incluem a taxa de serviço nas contas, mas é esperado que se dê 15% de propina. Acabamos ficando bastante tempo na Cidade do México e, honestamente, eu acho que é uma das capitais mais subestimadas do mundo. Carácoles, é uma metrópole incrível! Até começar a pesquisar pra viagem eu não sabia, mas é a segunda cidade com mais museus no mundo, atrás só de Londres. O de antropologia tá entre os mais legais que já visitei na vida. Tem muitos atrativos, muitos sítios arqueológicos por perto, restaurantes diversificados, muita cultura... Um trânsito horrível também, hehe. É uma cidade com personalidade e onde se pode passar váaaarios dias e ainda vai ter muito pra fazer e ver! Enfim, espero que o meu relato encoraje e ajude a ter noção de deslocamentos, atrações que podem ser visitadas no mesmo dia, essas coisas. Peço já desculpas por erros de português e informações incompletas, escrevi meio na pressa e, neste momento, é o único jeito de o relato sair, hehe. Vou deixar um resumo do roteiro antes de fazer o relato. 04.10 (sab) SP - cdmx - mercado 05.10 (dom) cdmx - casa azul, Leon Trotsky, coyocan, lucha libre 17h 06.10 (seg) Tula 07.10 (ter) cdmx - Puebla (tapo - terminal de oriente - metrô san lazaro) - centro histórico 08.10 (qua) Puebla - Cholula, túneis, parque de los fuertes ("deu erradooooo") 09.10 (qui) Puebla - centro histórico - cdmx 10.10 (sex) Chapultepec - Zoo e Museu Antropologia 11.10 (sab) cdmx - casa de GGM, San Angel e monumento a la revolucion 12.10 (dom) cdmx - Xochimilco e centro 13.10 (seg) cdmx - Teotihuacan + basílica 14.10 (ter) cdmx - Six Flags 15.10 (qua) cdmx - centro 16.10 (qui) cdmx - castelo Chapultepec, Museu Antropologia e Soumaya 17.10 (sex) cdmx - biblioteca/MAM, Roma/Condesa/paseo 18.10 (sab) cdmx - Zócalo/desfile alebrijes - sp 19.10 (dom) chegada sp DIA 1 – 04/10 – sáb: voo pra CDMX, chegamos por volta de 16h, pegamos MUITA fila pra imigração. Trocamos dólares no aeroporto, logo na saída da imigração. Nessa saída compramos também chip pra celular, não lembro a empresa, mas pegamos um pacote de internet ilimitada pra 15 dias (que era o tempo exato da nossa viagem). Até resolvermos tudo no aeroporto, chegamos ao airbnb na região de Roma/La Condesa por volta de 19h. Um carro grande da yellow cab saiu por 580 pesos. Estava chovendo (na nossa primeira semana de viagem pegamos chuva todo dia à tarde e à noite), fomos ao supermercado Sumesa fazer compras pra semana (café da manhã sempre em casa, com algumas exceções) e voltamos pra casa pra descansar. DIA 2 – 05/10 – dom: fomos pro museu da Frida, no primeiro horário, às 10h (ingressos têm que ser comprados com antecedência – adulto é 320 pesos, menor de 13 e idoso é 30 pesos e menor de 2 não paga). A intenção era ir de metrô até a estação de Coyoacan e depois caminhar uns 20 minutos, mas como estávamos atrasados fomos de uber. Também visitamos a casa de Leon Trotsky (uns 10 minutos a pé da Frida, e se eu não me engano 70 pesos adulto e 35 estudante). Almoçamos no Nola Jazz Club e andamos um pouco pelo bairro, pela Plaza Hidalgo, paróquia San Juan Bautista. É uma região bem gostosa, só não aproveitamos mais porque chovia e parava. Umas 16h20 pegamos um uber pra Arena México, pra lucha libre de 17h (esse horário só rola nos domingos). Pagamos 275 por cada ingresso e mais as taxas (tudo, pra 3 pessoas, comprado antecipadamente pela internet, ficou em 1056 pesos). Pegamos bons lugares, perto do ringue. Pretendíamos voltar de metrô (a arena fica perto da estação Cuauhtémoc), mas tava chovendo muito na saída e com carrinho e bebê acabamos voltando de uber. Meu marido pegou comida num restaurante perto e comemos em casa. DIA 3 – 06/10 – seg: dia de visitar a zona arqueológica de Tula. Minha dica é que, como os museus fecham nas segundas, e as zonas arqueológicas estão abertas todos os dias, segunda é um bom dia pra fazer Teotihuacán e outros sítios. E nos domingos eles devem ser evitados, se possível, assim como o Museu de Antropologia, pois são gratuitos para os mexicanos e moradores locais e enchem muito (por isso preferimos a casa da Frida no domingo, porque é um museu que só vende ingressos antecipadamente com um número limitado de entradas por horário). A intenção era sair cedo e estar de volta à cdmx umas 15h, no máximo16h, pra conseguir aproveitar mais alguma coisa. Mas enrolamos pra sair, levamos quase o dobro de tempo pra chegar a Tula (o normal é aproximadamente 1h30) e na volta chegamos à rodoviária 3 minutos após um ônibus ter saído (saem de hora em hora). Acabou sendo um passeio de dia inteiro. Pra ir por conta própria é só pegar o metrô até a estação de autobuses del norte. Lá, no lado esquerdo, no último guichê se compra a passagem pra Tula (pra Teotihuacan é no guichê ao lado). No México menores de 13 anos pagam metade do valor da passagem de ônibus. Na rodoviária de Tula eles cobram 70 pesos de táxi até o sítio arqueológico (pegamos o contato do motorista pra nos buscar na volta, já que lá não há táxis disponíveis). No sítio arqueológico contratamos um guia local, Marcos, por 700 pesos. Como já mencionado, a entrada é 100 pesos, menores de 13 não pagam, somente em dinheiro. Foi uma visita maravilhosa e eu recomendo bastante! É bem menor que Teotihuacan, mas superinteressante se você tem mais tempo na cdmx. Na volta, em Tula mesmo, almoçamos no Azcatlmolli, indicação do guia. Comida boa e bem mais barata que na cdmx. Só mais uma coisa, que vai depender da linha de metrô em que se está... Pra chegar à estação autobuses del norte uma das baldeações que fizemos foi na estação La Raza... Ela é enorme (andamos um bocado!), tem exposições, murais, uma mini biblioteca e e um “túnel de la ciência”, com informações sobre ciência e astronomia. É bem legal, nós “perdemos” um tempinho nela (mais um motivo pra termos demorado a chegar a Tula, hehe). DIA 4 – 07/10 – ter: fomos pra Puebla. Metrô até a estação San Lázaro, onde fica a rodoviário TAPO. Compramos a passagem pela ADO. Nossa intenção era chegar entre 12-13h em Puebla, mas pra variar pegamos muito trânsito na estrada e ainda chegamos lá com muita chuva. Nosso airbnb era perto do centro histórico, a umas 5 quadras do Zócalo. Dava pra fazer todo o centro histórico a pé. Quando a chuva diminuiu um pouco saímos pra passear. Almoçamos e jantamos em restaurantes no Zócalo (Evangelina – com uma sacada com vista bem legal - e Vittorio’s, respectivamente) , passamos pelo callejon de los sapos, catedral de Puebla, calle de dulces, capilla del rosário e por esses caminhos descobrimos outras igrejas e prédios bonitos. DIA 5 – 08/10 – qua: pegamos um uber cedo pra Cholula (só começou a chover à tarde, mas já estava tudo encoberto – zero condições de ver o Popocatépetl). Entradas pro Museu e zona arqueológica de Cholula por 100 pesos pra adultos. Depois da visita subimos até a igreja de Nuestra Senora de los Remédios e na volta almoçamos no Urucú, bem perto (lá descobrimos uma horchata maravilhosa!). Pegamos um uber pra voltar pra Puebla e aí, junto com a chuva, começou a dar tudo errado, rs. Íamos tentar visitar os túneis de Puebla, mas chegamos lá e eles tinham fechado por conta da chuva. Com muito custo conseguimos um táxi na rua e fomos até o Fuerte de Loreto, no parque da zona histórica de los Fuertes. Assim que o táxi nos deixou, sob muita chuva, nos avisaram que tinha faltado energia e estava tudo fechado. Tentamos um uber pra voltar pro centro histórico, mas ele não lia nossa localização exata e, como não conhecíamos o parque, não sabíamos descer pro lugar onde o uber chegava. Ficamos quase 1h nisso (e dá-lhe chuva!) até conseguirmos ajuda. Chegamos à biblioteca palafoxiana perto do horário de fechar, que era 17h. Fizemos 15 minutos de visita (tem um espaço de exposição legal, mas que, pelo tempo, vimos quase nada). Nessa hora a chuva tinha diminuído um pouco. Andamos pelo centro, mercado el parian, barrio del artista, jantamos e voltamos pra casa nos sentindo derrotados, rs. DIA 06 – 09/10 – qui: a gente saiu pra andar mais pelo centro histórico, mas não lembro os nomes das igrejas que visitamos. Achamos Puebla muito linda, mas o tanto de chuva que pegamos mais o caos da tarde anterior nos deixou meio desanimados. Voltamos pro airbnb às 11h, pra fazer o check-out, almoçamos no restaurante e bar el parian, que era bem perto, e de lá já rumamos pra rodoviária (Terminal CAPU) pra voltar pra cdmx. Chegamos umas 16h e fomos andar pelo bairro, ficamos um pouco no parque Espana pras crianças brincarem, jantamos por perto e voltamos pra casa. DIA 07 – 10/10 – sex: fomos a pé pro Chapultepec. As crianças brincaram um pouco no parquinho e decidimos ir ao zoológico (sei que é um tema polêmico, mas pra criança é incrível), que é gratuito. Depois fomos pro Museu de Antropologia, almoçamos na cafeteria de lá e aí começamos a visita por volta de 15h. O museu é 100 pesos por adulto, como já mencionei, e o último horário de entrada é 17h. Fica aberto até 18h e conseguimos ficar até o finzinho, mesmo com bebê. Ainda assim voltamos outro dia pra ver mais coisas, porque é incrível e 3h é muito pouco (ainda mais com uma criança de 15 meses querendo andar e mexer em tudo, rs). É um museu fácil de visitar, penso que até pra quem não curte museus, e dá pra passar um dia inteiro, mas se você conseguir reservar de 3-4h lá (sem bebê) consegue visitar todo o térreo. Na saída mais chuva, pegamos um táxi e, apesar de estarmos relativamente perto (não fosse a chuva teríamos voltado a pé) levamos coisa de 1h30 pra chegar em casa, de tanto trânsito! DIA 08 – 11/10 – sáb: nosso primeiro dia sem chuva! O tempo finamente mudou, no máximo pegamos um chuvisco ou outro em alguns dias (e isso melhorou muito a experiência da viagem! Chuva em viagem com criança é terrível!) O planejamento era casa de literatura Gabriel Garcia Marquez, el bazar sábado de San Angel e depois canais de Xochimilco, mas acabamos demorando mais por San Angel (bairro adorável) e, apesar de já estarmos mais pro sul, pegaríamos muito trânsito até os canais, então nos aconselharam a ir pro centro e visitamos o monumento a la revolucion. A casa do Gabo tem que reservar com antecedência, é 400 pesos por adulto e 250 pra estudantes. É uma visita privada, fica alguém da fundação na casa no horário que você reservou e só você (e seu grupo, se for o caso) visita. Quem recebeu a gente foi a Emília, neta do Gabo. Sou grande fã dele, “cem anos de solidão” é o meu livro favorito, já li quase tudo dele, então foi bem emocionante. Nós podemos visitar o jardim, o escritório externo (onde ele escrevia) e, da parte da casa principal, a cozinha e as salas. Descobrir Guimarães Rosa nas estantes dele, ver Chico, Caetano, Gal, João Gilberto, Tom Zé entre as suas músicas, ver a paisagem que ele também via enquanto escrevia suas histórias mágicas ... E, principalmente, ver as crianças brincando no jardim que ele cuidava... Pra mim foi dos melhores momentos da viagem e de viagens que fiz! Depois pegamos um uber até a Plaza San Jacinto, em San Angel (dá uns 30-40 minutos a pé, mas não queríamos perder tempo), rodamos pela feira, pelas ruas nos arredores, almoçamos, e umas 16h pegamos outro uber até o monumento a la revolucion, no centro. Visitamos o museu (aberto até 19h) e depois subimos até o mirante (aberto até 22h nos findes). O museu é 100 pesos por adulto, o mirante se eu não me engano era 300 e pouco (meu marido pagou, não lembro agora). Tem todo um rolezinho pra fazer no mirante. De lá, voltamos pra casa.
  8. @Gabzr eu tenho a Cherokee, já tomei algumas chuvas com ela, nunca me deu problema. Comprei na época porque na minha pesquisa era a barraca 2/3 pax mais barata com coluna d'água de 2.500 pesando 2,5kg para trilhas e travessias. Pensando que vc só vai acampar (sem andar com ela nas costas) é uma opção melhor ainda. O único defeito dela que eu enxergo hoje depois de várias usadas é a porta única lateral. No caso de duas pessoas deitadas, quem tá atrás precisa 'pular' a da frente pra sair da barraca. Futuramente vou acabar comprando a Mongar 2 que já é bem famosa entre trekkers, e tem duas portas. Porém, é bem mais cara.
  9. Opa!

    A chegada seria na Cidade do Panamá, e o retorno de Cancún. Entre os países, soube q há uma empresa de ônibus q faz estes trajetos. Deslocamentos internos, teria q ver o q é possível e acessível. Hospedagens simples. Calculei em 34 dias, a princípio. 

  10. Oi Vicente, tudo bem? Eu pretendo ir em fevereiro para Melbourne e depois duas semanas na NZ. Você já tem algum roteiro?
  11. Mas o pulo do gato está realmente aqui: Ou seja, se tiverem dúvida na entrada, eles que dêem os pulos deles, acessem o site e verifiquem a validade 😉 Pode ir na paz.
  12. Já tem ideia de como será o deslocamento?O transporte é péssimo entre os países e as vezes dentro do próprio país e não anda a noite?
  13. Veja os tópicos respectivos, tem muito escrito lá Conheço e tenho amigos nos 2.Pessoalmente,não gosto de Pucón,acho um lugar muito parado e caro. Puerto Varas,por sua vez,é a terra da chuva,mas no final do ano e janeiro é verão, então não há. As duas cidades são próximas, são turísticas,tem vulcão, estação de Sky aberta o ano todo e lago.Vá as duas, se quer conhecer e tiver com tempo e para no Catamaran Marques de Mancera e almoça no mercado de Valdívia. Saudades...
  14. @thiago.martiniNão, eu tenho de 4 vezes que tomei a vacina,desde 1986.Sempre foi o responsável pelo setor quem assinou. Depois que virou a vacina definitiva pedi na Anvisa e me mandaram pela Internet um assinado também por funcionário. Com esse entrei em Costa Rica,Honduras e Egito. Sem nenhum problema, esse comprovante mantenho dentro do passaporte, o que foi ensinado em Cuba,onde fui com o outro,que já não vale mais.
  15. Pessoal, estou na dúvida entre as barracas Cherokee GT 2/3 e Falcon 3. Vi que a falcon 3 tem esse recuo na frente, mas é menor. Já a Cherokee é maior, mas não tem muito do recuo. Pelo que vi a Cherokee é melhor, até pq é 100R$ mais cara.. mas alguem sabe se entra chuva pela frente? Alguma outra opção nesse orçamento. O intuito é passar o ano novo em um sítio e esporadicamente acampar, nada muito remoto ou adverso.
  16. Estou pensando em sair dia 19/11/2025. Estou saindo de Guaratuba no Paraná.
  17. Rapazeada voi dar uma escapada pro Chile pro Réveillon e quero alongar a viagem recomendam Pucon ou Pto Varas??? obs: n vou subir o Villarica e pretendo estar de carro
  18. Continuando finalmente… Aqui vou focar nos meus dias em San Pedro do Atacama. 🙂 Assim como sobre o Uyuni, não vou entrar nos detalhes do que fazemos em cada passeio, e sim nas questões práticas de tempos, valores e outras dicas. Ah! Uma coisa que esqueci de comentar é que a câmera do meu celular está quebrada, então as fotos estão toscas (às vezes em 0.6x, às vezes eu tentava tirar foto da paisagem com a câmera frontal e dava só meio certo hahaha). Eu ia esperar editar as fotos da minha câmera que levei, mas preferi parar de adiar o envio do relato só por isso hahaha. O lado bom é que tudo que vocês forem ver lá vai ser muito mais bonito do que eu tentei mostrar aqui! Algumas informações iniciais importantes: Recapitulando, eu fiz câmbio para pesos chilenos (CLP) a 176. R$ 1 = 176 CLP Eu fiz o câmbio no Brasil, troquei com uma amiga chilena algumas semanas antes de viajar porque fiquei com medo do câmbio em San Pedro ser muito ruim. Aconteceu que o câmbio mudou com as semanas e quando eu cheguei lá foi mais ou menos esse mesmo valor que eu vi nas casas de câmbio. Em Santiago eu vi a 180, não achei uma diferença tão grande quanto imaginei. De toda forma, tem muitos lugares que aceitam Wise - não achei sinceramente muita diferença, mas foi a primeira vez que usei - e, para a minha surpresa, há algumas agências que aceitam pix! Até em La Paz na Bolívia na rua da minha pousada tinha uma lojinha de souvenirs que aceitava pix kkkkkk. Já adianto que conhecer o Atacama era um grande sonho, fazia muito tempo que eu não viajava tanto tempo e mais tempo ainda que não fazia uma viagem internacional. Então eu me permiti bastante! Ou seja, se quiser, dá pra fazer uma viagem mais barata, mas tudo depende do que você quer e do quanto está podendo gastar. Vou falar mais disso durante o relato. 🙂 Só tive um porém: eu não estava na melhor forma, tinha ficado doente no Brasil e na última noite no Uyuni voltei a me sentir mal. Importante dizer que não acredito que tenha sido nada relacionado à comida ou à altitude, porque muita gente tem esse receio! Todos estávamos comendo as mesmas coisas e só eu fiquei ruim, e também eu já estava em altitude há quase uma semana. Acho que foi apenas azar mesmo rs. Isso é importante porque eu praticamente NÃO comi fora em San Pedro! Por isso não tenho muita referência de valores, só posso dizer que é muito caro MESMO, e passar a dica que acho que muita gente já deve ter visto: a Picada Del Indio é o restaurante mais barato - pelo menos dos conhecidos entre turistas. Um menú del día com entrada, prato principal e sobremesa é 8.000 CLP (cerca de R$45). Conheci algumas pessoas que, procurando bem, encontraram lugares para comer a 6.500 CLP, é mais onde o pessoal que mora mesmo em San Pedro vai. Nesses lugares acho que era só o prato principal, mas não posso dar certeza. Já falei no trecho anterior mas não custa lembrar: filtro solar, creme hidratante, protetor labial (hipogloss rainha o resto nadinha), soro, óculos de sol e boné/chapéu são itens indispensáveis. Eu acho que chapéu é mais eficiente que boné porque o sol pega bem na nuca viu rs (eu fui de boné e desejei um chapéu em vários momentos). Além de, claro, bota/tênis de trilha, corta-vento, luva, gorro, cachecol/protetor de pescoço, abrigos e roupas térmicas. Eu levei colírio também, mas não senti a necessidade de usar em nenhum dia, nem abri (nem na Bolívia nem no Chile). Eu levei camisetas dryfit que foram uma boa! Eu estava tão preocupada com o frio que eu nem pensei em levar short para um DESERTO. Leve short! Especialmente se for viajar nesse período de primavera (ou de verão, claro!!!). Achei que não usaria short, mas no hostel teria sido ótimo. Acabei usando muito uma legging curta que eu levei. Nos passeios para mim a legging servia bem também, ou então a calça de trekking, dependia do horário do passeio (se era um horário de sol quente, ou se era de manhã, mais friozinho…). Também achei que pelo frio e horários do passeio eu não iria lavar tanto o cabelo, porque tenho o cabelo beeeeem comprido. Me enganei, lavei tranquilamente em horários com sol e depois de vários passeios voltei com o cabelo cheirando a enxofre (isso a Globo não mostra!!! kkkkkkk), então lavar o cabelinho foi quase todo dia sim! Outra dica também é: em San Pedro, comprar os garrafões de água (vende no mercado, normal) e ir enchendo uma garrafa de 2L para levar nos passeios. É uma opção mais econômica do que sempre comprar garrafas menores (de 2L ou menos). É muito importante levar PELO MENOS 1,5L de água para cada passeio. Hidrate-se, é um deserto!!!!!!! - 15/10 (dia 6): travessia da fronteira, chegada a San Pedro de Atacama, Chile! Quando chegamos na fronteira da Bolívia com o Chile, a agência boliviana nos auxiliou e nos deixou com o motorista que faz o transfer. Eu achei que seria algo rápido, mas é bem demorado. Ficamos umas 3h para atravessar e o motorista falou que no período de chuva, quando vai mais turista, demora ainda mais! Achei tudo bem tranquilo, só é demorado mesmo. O motorista ofereceu serviço de táxi para quem quisesse ser deixado no hostel. Meio doente e bem carregada, eu aceitei o serviço e ele fazia por grupos de pessoas que iam ficar na mesma hospedagem. Como tinha um rapaz no transfer que ia pro mesmo hostel que eu, nós dividimos. Ele cobrou 70bs (+/- R$35) por grupo, então ficou uns R$18 para cada um. Não sei se os motoristas sempre oferecem isso, mas de toda forma é um valor que dá pra economizar tranquilamente se você estiver perto do centro e sem problemas para caminhar Eu fiquei no Hostel Casa Voyage, que recomendo de olhos fechados: https://casavoyagehostel.com/ Eu reservei dois meses antes e recomendo fazer reserva, porque o tempo todo que estive lá estava sempre lotado. Para reservar é necessário pagar 50% na reserva (para mim só deu certo no cartão de crédito do Banco do Brasil, na Nubank não dava certo e eles não aceitam Wise ou transferência) e 50% na chegada em espécie - tem desconto em dólar, mas não sei quanto. Fiquei 6 noites em quarto feminino compartilhado (8 camas) e foi $108.400 CLP. Ou seja, $18.000 CLP por noite (+/- R$100). Dá pra notar a diferença de valores para La Paz, né?! Para San Pedro foi um valor bem razoável (há opções mais baratas e outras muito mais caras) e, na minha opinião, muito bom para o que o hostel oferecia. É um hostel lindo e muito confortável, limpo, organizado. A cozinha é muito limpa, bem equipada, organizada, tem um espaço grande para comer, socializar… Tem redes, mesinhas externas e até piscina! Os banheiros estão sempre limpos e são suficientes para a quantidade de hóspedes - nunca precisei ficar esperando alguém liberar, fosse chuveiro ou privada. A única desvantagem é que os banheiros ficam do lado de fora do quarto, o que de madrugada no frio mais extremo deve ser chato, rs. Mas para as temperaturas que peguei, foi tranquilo. Deixo aqui o contato do hostel, porque reservar direto costuma ser mais barato e tranquilo do que através de plataformas: +56 9 5763 6043 Nesse dia eu simplesmente descansei, já que não estava muito bem. Fui apenas ao mercado para comprar algumas coisas para comer no hostel mais tarde e não procurei passeios, deixei para o dia seguinte. Para quem chega bem disposto, é legal já procurar os passeios no mesmo dia. Assim pode dar uma adiantada e aproveitar o dia seguinte desde cedo. “El que viaja solo nunca está solo”... Staff maravilhosa do hostel! 😁 16/10 (dia 7): San Pedro de Atacama - em busca de agência e Laguna Cejar Nesse dia fui finalmente procurar alguma agência pelo centro. Realmente tem MUITAS, os preços podem variar bastante e pode ser um pouco cansativo procurar. Eu recomendo pesquisar bastante antes o que gostaria de fazer, mas deixar para agendar os passeios lá mesmo em San Pedro porque sai bem mais barato. Só aconselho reservar com antecedência se você tiver pouquíssimos dias + quiser uma boa agência + tiver passeios bem específicos que queira fazer. Se não for tudo isso junto, vale a pena deixar para agendar lá e ainda ter um atendimento que, pessoalmente, eu acho mais atencioso do que à distância. Eu tinha dado uma boa pesquisada e tinha uma noção do que queria muito fazer, mas ainda não sabia o que toparia abrir mão. Conversando lá com os atendentes, isso acaba ficando mais fácil de escolher. Mas claro, para você fechar todos os passeios com uma agência, como foi meu caso, você também depende deles terem grupos - e vagas - nos dias que você vai estar lá. De toda forma, é comum as agências mais simples (que não são “operadoras”) te jogam para outras agências, então você sempre consegue dar um jeito de fazer todos os passeios que quiser. Só talvez não seja com uma agência específica Eu tinha 5 dias inteiros para fazer passeios e eles são bem suficientes para fazer os clássicos do Atacama. Só teve um passeio que queria muito e não consegui fazer, mas explico mais para frente o que aconteceu. Eu entrei em uma agência aleatória, a moça que me atendeu foi bem simpática e ela me sugeriu um roteiro para os dias de viagem. Não foi nenhum grande atendimento, mas não posso negar a simpatia. Resolvi ir até a agência que uma brasileira que conheci no hostel me indicou: Horizonte Atacama. Fui tratada super bem, achei os preços bem legais - mais elevados que em outros lugares, mas ainda achei justos e o serviço parecia bem superior que na maioria das agências. Foi o dono dessa agência que me explicou que eles são uma das poucas agências “operadoras” de San Pedro, ou seja, eles não te jogam para outras agências fazerem os passeios (pelo menos não de maneira geral…), mas cuidam de todo o seu passeio. Outro atrativo é que justamente é uma agência que aceita pagamento em pix - o câmbio fizeram a 160. Ainda que fosse um câmbio menor do que o praticado nas casas de câmbio, eu achei uma boa opção porque estava com medo de ficar sem dinheiro em Santiago. Eu recomendo totalmente a Horizonte Atacama, é uma agência de brasileiros mas não é voltada PARA brasileiros. Se fosse uma agência voltada para brasileiros eu provavelmente acharia menos legal, porque gosto de conhecer as pessoas locais e também de outros lugares, amo falar espanhol, etc. De fato, meus grupos eram majoritariamente de brasileiros, mas tinha também chilenos e norte-americanos. Achei os preços muito justos para o serviço oferecido, absolutamente TODOS os guias eram muito bons, muito competentes e conheciam muito bem as informações que repassaram para a gente. Este é o site deles: https://www.horizonteatacama.com/pt Como disse, recomendo ir até lá fechar em San Pedro mesmo. Há agências em que os passeios são mais baratos - acho que nem tão mais baratos -, mas a experiência com certeza será menos qualificada. Aí, como disse várias vezes, depende da sua disponibilidade financeira e das prioridades na viagem também. Vou deixar aqui os valores totais em reais que paguei em todos os passeios (os valores já incluem as entradas). Considerem que há um desconto progressivo conforme mais passeios se faz: Laguna Cejar - R$350 Valle de la Luna - R$286 Piedras Rojas - R$554 Geysers del Tatio - R$375 Valle del Arcoiris - R$281 Total: R$1846, com o desconto os CINCO passeios ficaram a R$1300 (contando entradas). No final das contas, por um errinho da agência sobre o horário, eu acabei não fazendo o Valle del Arcoiris, então fiz 4 passeios por R$1050 (entradas inclusas) e eles foram muito gentis e tranquilos na devolução do dinheiro. Os passeios oferecem café da manhã e/ou almoço e/ou lanche da tarde, a depender do horário. Na Horizonte posso garantir que todas as refeições são MARAVILHOSAS. Apesar de quase todos os dias não conseguir comer quase nada, eu salivava com as mesas e tudo que eu comi estava sempre muito gostoso mesmo rs. Eu estava em muita dúvida se fazia os geysers ou não, porque já tinha visto do lado boliviano e, sinceramente, não tinha achado tão legal. Mas todo mundo com quem conversei me recomendou demais, disseram que era um dos melhores passeios e que no Chile era muito mais impressionante que os da Bolívia. Spoiler: eles tinham razão 😉 Por conta da agenda disponível da Horizonte, meu primeiro passeio, naquele mesmo dia à tarde, foi até a Laguna Cejar. Nesse passeio vemos paisagens incríveis e entramos em uma lagoa com muito sal, toda a brisa de entrar na água e boiar, rs. De todos os passeios, se eu tivesse que abrir mão de um, seria esse. É lindo, mas os outros achei ainda mais deslumbrantes. Importante levar roupa de banho - claro! - e também a toalha e a troca de roupa. Tentando mostrar um pouquinho da lagoa e da paisagem com a câmera frontal kkkkk 17/10 (dia 8): San Pedro de Atacama - Valle de la Luna Nesse dia tive a manhã livre e aproveitei para lavar roupas no hostel com tranquilidade. Eu costumo ocupar todo meu tempo em viagens com atividades turísticas, e ter uma manhã tranquila para botar ordem na mala (rs) foi muito bom também! À tarde fomos para o Valle de la Luna, um passeio que muita gente considera meio básico, todo mundo diz que é a porta de entrada do deserto. Para mim foi o passeio mais emocionante de todos. Isso é sempre muito pessoal, mas se eu puder dar um conselho é: não deixe de fazer! Honestamente foi o único tour em que eu realmente me senti em um DESERTO e foram essas paisagens que eu vi no documentário A Nostalgia da Luz, que foi o que plantou em mim a semente desse sonho de conhecer o Atacama. Quem não conhece o filme, por favor, procure assistir! Para mim foi mesmo muito impressionante. O incrível do Atacama é que a cada dia você vai para lugares completamente diferentes uns dos outros, é muito extraordinário estar em tantas paisagens diferentes sendo que tudo faz parte de um mesmo deserto. Mas em quase todas elas você não se sente no deserto. No Valle de la Luna é totalmente desértico mesmo, não tem nenhum tipo de vida, nem bactéria, nada. As formações e os mirantes são tão incríveis que parece que você está em outro planeta. Para não me perder nas minhas impressões e voltar a focar no mais prático para ajudar viajeiros, vou parar por aqui a minha declaração de amor ao Valle de la Luna, hahaha. O que acho bem importante dizer - e que eu não sabia até uns turistas comentarem despretensiosamente comigo! - é que o Valle de la Luna tem um bom tantinho de caminhada. Não é nada de outro mundo, mas para alguém com mobilidade reduzida, por exemplo, eu não indicaria. O tempo todo na viagem pensei muito nos meus pais e no quanto gostaria que eles estivessem comigo conhecendo tudo aquilo. Vi muitos idosos no Atacama, e meus pais têm mais de 60 anos também! Mas minha mãe tem bastante dor na bacia, então ela não conseguiria fazer o Valle de la Luna. Já meu pai, faria tirando onda. Vai mesmo da condição de cada um. Algumas pessoas vão de bicicleta para lá - mais uma forma de economizar! Não sei dizer o valor de aluguel de bike, mas é muito mais barato do que fazer um passeio com agência, claro. Eu gosto de ir com guia para lugares assim para aprender o máximo possível, mas esse é meu estilo de viagem - e que nesse caso eu também não precisava fazer economia em tudo. Uma foto muito estourada que não passa nem um pouco a magnificência do Valle de la Luna, vocês vão precisar ir para entender! 🤭 18/10 (dia 9): San Pedro de Atacama - Laguna Lejía e Tour Astronômico Esse foi o único dia que fiz um passeio com outra agência, a Atacama Connection. Como tenho uma colega que é guia lá, ela me encaixou em um grupo com um belo desconto. O serviço do pessoal também é muito bom! Mas os preços são bem mais salgados que a Horizonte. Fiz esse passeio porque dei a sorte de ter um grupo e uma vaga, é um passeio que sai poucas vezes e o roteiro foi criado pela própria Atacama Connection - não faz parte dos passeios clássicos do Atacama. Entendi que quem sobe o vulcão Lascar passa por alguns lugares que nós passamos, mas de resto os turistas não costumam conhecer esses lados. Nele vamos até a Laguna Lejía e vemos essa paisagem que é, assim, absurda… Se essa é minha foto mal enquadrada com a lente de selfie, imaginem como é lá mesmo… De lá seguimos para um salar de águas termais, onde não se pode entrar, apenas observar. Eu preferi não me aproximar muito da lagoa porque a orientação do parque é na verdade nem pisar nessa vegetação que vemos na foto… O pessoal acaba indo, mas preferi respeitar a morada da fauna e da flora do que ter as melhores fotos da lagoa 🙂 E terminamos o passeio em cima de um vulcão inativo - subimos de van mesmo, sem perrengue e sem esforço rs. Vista para a cratera do vulcão inativo E a vista de costas para a cratera - Tour Astronômico O tour astronômico era uma das coisas que eu mais queria fazer no Atacama. Sou totalmente leiga, mas fascinada pelos astros e escolhi especificamente este período para ir para lá justamente por ser favorável para ver o céu noturno. Ou seja, escolhi outubro por ser uma época de seca em que dificilmente o céu fica encoberto. Além disso, escolhi exatamente a semana da lua nova para estar em San Pedro, o que também permite ter a melhor visão possível do céu. Na verdade, como eu precisei dar uma ajustada nas minhas datas por causa de uma prova, eu peguei os últimos dias da lua minguante, que já é quase lua nova. 😄 Antes de ir para lá, nas minhas pesquisas, vi várias pessoas decepcionadas com os tours que escolheram e eu queria ter certeza de ir em um bom de verdade. O hostel que eu estava agenciava tours astronômicos, mas como o dono me viu com essa preocupação de que realmente queria fazer um ótimo passeio, ele me sugeriu fazer com a Space. Quem faz o tour é um francês, o Alain, que tem telescópios enormes no próprio jardim e ele se dedica apenas à astronomia - diferente de várias agências que fazem todos os tours turísticos, inclusive o astronômico. O tour dele é um pouco mais caro do que os comuns - custa $40.000CLP, enquanto outros custam $30.000CLP ou até $25.000CLP - e ele é muito menos turístico. Ele oferece tours em francês, espanhol e inglês, poucas vezes na semana e é recomendável reservar com antecedência. Eu dei sorte de conseguir uma vaga de um dia para o outro. O tour dele é com poucas pessoas - até 15 -, o que torna a experiência muito legal, mais próxima e também a gente não precisa fazer filas enormes para observar os telescópios - no meu hostel algumas moças fizeram tours astronômicos que tinha umas 50 pessoas… Aí fica muita fila! O Alain é um grande conhecedor dos astros, um apaixonado pelo céu, e bem divertido. Ele passa o conhecimento dele de um jeito técnico e ao mesmo tempo leve, engraçado, mostra muitas constelações, explica muito sobre os astros e as mitologias que nomeiam as constelações. O passeio vai de 22h à 1h, e termina com um chocolate quente na sala da casa dele. Sinceramente, eu achei uma experiência INCRÍVEL, e eu recomendo pra quem tem esse espírito cdf que eu tenho, rs. O contato para informações e reservas é: info@spaceobs.com Pra quem quer uma coisa mais leve e menos aprofundada, é melhor fazer os turísticos mais clássicos mesmo! A guia do Atacama Connection também indicou a Space mas me sugeriu também conhecer algum tour astronômico mais turístico. Segui o conselho dela e fiz outro tour na minha última noite. Sim, eu sou a louca do céu 😆. Fiz com a Hoyri (que foi sugestão da mesma brasileira que indicou a Horizonte) e custava $30.000CLP. Vou deixar para fazer o relato desse segundo tour na noite correspondente, mas já adianto que são pegadas bem diferentes. Na Space eles só oferecem uma foto e é com um dos telescópios 🫣 19/10 (dia 10): San Pedro de Atacama - Piedras Rojas Piedras Rojas é um dos passeios que faz mais sucesso entre os turistas. Como conversei com um pessoal no hostel, como tudo vai muito de gosto, para mim não foi o melhor não! As paisagens são muito lindas, mas talvez eu estivesse mal acostumada com as lagoas do Uyuni, rs. Vi muita gente falando que quando você vai primeiro para o Uyuni e depois para o Atacama, o Atacama perde a graça. Eu discordo com-ple-ta-men-te! O Atacama continua MUITO incrível, achei os dois mais diferentes do que imaginava depois de tantos comentários assim. Só acho que neste passeio específico eu não fiquei tão impressionada. Realmente na Bolívia vimos lagoas que achei mais bonitas, e muito mais flamingos e vicuñas do que do lado do Chile, e parte da atração de Piedras Rojas são os flamingos. De toda forma, considero um dos passeios imperdíveis. 🙂 É nesse passeio que fazem a parada na clássica placa do Trópico de Capricórnio Uma das primeiras lagoas do dia 😍 Essa é a lagoa onde o pessoal tira aquela foto clássica na ponta de uma pedra em cima da lagoa. Mas eu sou de São Paulo e me recusei a pegar fila durante as férias! A fila é enorme pra tirar foto. Preferi curtir a paisagem. O guia ficou chocado que eu nunca pedia pra tirar foto minha: “Certeza que você é brasileira?!”. Então ele resolveu tirar essa minha, para mostrar pros meus pais que eu realmente estava viajando hahahahah 20/10 (dia 11): San Pedro de Atacama - Geysers del Tatio O dia mais frio de todos 🥶 Antes de viajar eu estava MUITO preocupada com as roupas de frio e esse foi o único dia que realmente precisei de todas elas. Nos Geysers faz frio de verdade! Eu peguei -8ºC, e não tenho ideia da sensação térmica. Mas 8 graus negativos já é muito frio! Usei todos os recursos que eu tinha: uma calça térmica, uma legging de pelinhos (uma boa de verdade, não da Shein 🤣), minha calça de trekking, uma blusa térmica, fleece, outro casaco fofinho e o corta vento. Além de luva, touca, cachecol e meia térmica também! Com tudo isso, deu pra passar muito bem pelo frio, mas se eu disser que não senti frio nenhum, eu estaria mentindo! O lado bom é que esse frio dura pouco, uns 40min, “só” o tempo do sol começar a sair. 🙂 Para quem talvez esteja assustado como eu estava com como se abrigar, a dica de ouro eu acho que é mesmo a técnica das 3 camadas: roupa térmica + fleece + corta vento. Se você tiver um corta vento que seja também um casaco desses bem grossos, ou esses tipo bombojaco, vai dar super certo. E, claro, manter as extremidades bem quentinhas! Esse foi um dos momentos também que eu preferia ter aqueles protetores de pescoço/rosto do que um cachecol. Menos volume e talvez até fosse mais abrigado. De toda forma, se comigo deu tudo certo, com você vai dar também rs! Se eu posso dar uma dica preciosa além da vestimenta, realmente é: FAÇA ESSE PASSEIO. Eu fiquei muito deslumbrada, impressionada e não esperava tanto… É mesmo incomparável com os geysers da Bolívia, é outra coisa. É uma coisa assim… de se apaixonar (mais uma vez) pela natureza mesmo. Só vai! (Se abriga, e vai!) Apaixonada pelos geysers 💖 – TOUR ASTRONÔMICO 2.0 🤪 Nessa noite eu fiz o meu segundo passeio astronômico. Fazer dois passeios astronômicos é muito incomum 😅. Eu avisei que me permiti bastante…😂 Também consegui me permitir assim porque praticamente não gastei de alimentação, só fiz uma refeição fora (na Picada Del Indio) ao longo de todos os dias, e passei a semana inteira, literalmente, comendo pão com ovo e maçã (fora dos passeios), o que me rendeu gastar ao todo menos de R$150 reais em alimentação em 7 dias… Dias de luta, dias de glória, né? O tour astronômico com a Hoyri, como falei, tem uma pegada muito diferente da Space. É muito mais turístico. Senti que o foco principal - e acho que em grande parte por demanda dos turistas - eram mesmo as fotos. Há uma explicação breve inicial sobre as constelações, e o que me chamou a atenção nela especificamente é que são mencionadas algumas constelações andinas. Isso eu achei bem especial! Depois o grupo - que também não é muito grande, umas 15 pessoas ou 20 no máximo - é dispersado. Alguns são fotografados, enquanto outros aprendem a tirar foto do céu com o próprio celular, e outros vão observando os astros nos telescópios. Vai rolando um rodízio enquanto a Margarita, que conduz o grupo, posiciona e reposiciona os telescópios. Eu acho que para qualquer pessoa é muito incrível ver Saturno pelo telescópio por exemplo, então pra mim a melhor parte era essa! No final nos reunimos ao redor de uma fogueira para o lanche. Senti que o grupo estava mais focado nesses momentos do que na observação mesmo, por isso disse que é bem mais turístico - bem mais curto que o passeio com a Space também - e a escolha entre o tipo de tour vai mesmo da sua preferência e pegada. As fotos com a Hoyri são muito mais cuidadosas e bonitas do que a (única) foto que fazemos com a Space. Se o seu foco é ter bons registros do (e com) o céu do Atacama, recomendo a Hoyri! Se o seu foco é mais aprender sobre os astros e observar com calma e de um jeito mais nerd, vai de Space! Contato da Hoyri: +56 9 9465 3989 Diferente da Space, a Hoyri oferece 3 fotos e são uma pegada bem mais turística. Deixei as duas fotos para poderem comparar a vibe de cada uma (eu em compensação fico na mesma vibe de pé & séria 🫠) 21/10 (dia 12): San Pedro de Atacama e ida para Santiago Nesse dia eu faria o passeio do Valle del Arcoiris, que eu queria muito fazer porque é o único em que vemos pinturas rupestres (em Yerbas Buenas), mas infelizmente, por conta do horário do meu transfer para o aeroporto e um errinho no horário que a agência tinha me passado de término do passeio, não deu para fazer. Fiquei bem chateada no dia, afinal, cdf, rs. Mas depois passou! Aproveitei a manhã para passear no centro de San Pedro e comprar umas lembrancinhas, que era algo que eu não tinha feito ainda. Eu não ia comprar lembrancinhas em San Pedro porque achei que seria caro. Mas souvenir em San Pedro tem preços tranquilos - tipo R$5 um ímã, R$10 um copinho talvez? não lembro exatamente. Importante sobre o transfer: reserve o quanto antes, de preferência no dia que chegar na sua hospedagem! Eu reservei no meu segundo dia lá porque me avisaram que se deixasse para em cima da hora, poderia não conseguir vaga. Reservei diretamente com o hostel, custou $15.000CLP e eles agendam a saída do transfer para umas 3h antes do seu vôo, já que a estrada para Calama (onde fica o aeroporto) é longa. —------------------------------ Essas são as informações mais práticas que eu me lembro sobre o Atacama, mas se alguém tiver alguma dúvida, é só perguntar! Se alguém quiser mais dicas sobre as roupas mais de frio, posso trazer os links do que comprei, foi praticamente tudo na Decathlon. Para mim, foi a realização de um sonho mesmo, gestado por muito tempo, planejado com muito carinho - e um pouco de medo também, mas deu tudo mais do que certo, mesmo fisicamente meio mal, mesmo com um passeio cancelado, deu para aproveitar tudo muito bem e foi tudo maravilhoso! Ao longo do relato eu não falei dos vulcões, porque tentei não falar tanto das minhas emoções - que foram muitas hahahahaha - mas eu voltei apaixonada por eles! É algo que só estando rodeada por eles para entender. Minha dica é: aproveite tudo o que dar para aproveitar no Atacama, e foque no que você acha importante. Há muitas opções de passeios e talvez em algumas agências tentem te empurrar de tudo ou o que estiver mais fácil na agenda da agência sem te explicar muita coisa. Há passeios que eu não fiz, como a Garganta del Diablo e as Termas de Puritama. Tem gente que vai pra lá fazer coisas mais radicais, como subir o vulcão Lascar ou fazer sandboard. A Garganta del Diablo muita gente vai de bike também. Eu adoraria ter ido, mas justamente por não estar muito bem fisicamente eu preferi não arriscar a bike no deserto. O pessoal que vai costuma ir acompanhado - sempre mais seguro - e dizem que é tranquilo, mesmo para quem não está tão acostumado a andar de bicicleta. Eu sou uma nerdzinha que curte umas trilhas tranquilas, ama a natureza, o céu, conhecer novas culturas e aprender sobre as histórias locais; então fui montando meu roteiro considerando tudo isso. Também como eu já disse, realmente recomendo fechar os passeios lá. Mas se você tiver muito pouco tempo (2 dias, 3 dias), talvez você não consiga escolher muito se quiser alguma agência específica. Tem passeios saindo para todos esses lugares todos os dias em agências diferentes. A questão é mais se você estiver super a fim de garantir um ótimo atendimento e bons guias - como eu queria. Se você topar ir com qualquer agência, também dá para fechar tudo por lá, mesmo com pouco tempo disponível. Logo que eu cheguei em San Pedro fiquei pensando que tinha deixado muito tempo para lá, que eu poderia ter tirado um dia de San Pedro para acrescentar um dia em La Paz. No final das contas, achei meu tempo em San Pedro ótimo! Pude fazer um passeio por dia ao longo de 5 dias, e mais 2 tours astronômicos em noites diferentes, o que é um super luxo. A única coisa que eu mudaria, se pudesse, seria pegar um vôo para Santiago um pouco mais tarde para poder aproveitar a última manhã em San Pedro e fazer o passeio que ficou faltando. Acabou que meu último dia foi um dia perdido, em que não deu pra passear nem em San Pedro, nem em Santiago. Mas faz parte! De resto, acho que foi um tempo ideal para curtir bastante os passeios, sem precisar fazer vários passeios por dia e sem precisar abrir mão de nada que eu fazia questão. Com certeza há muito mais por conhecer lá, mas pensando nos tempos possíveis do trabalhador brasileiro (afinal, a gente não é europeu em ano sabático 🤣), achei 6 noites um tempo ótimo em San Pedro. Deu pra descansar, lavar roupa, conhecer muita gente incrível no hostel e nos passeios e ainda ver muito, muito lugar maravilhoso. – No próximo trecho eu trago meu relato sobre meus dias em Santiago. 🙂
  19. Ontem
  20. Sem data fixa, mas com duração entre 30 a 40 dias. Preferencialmente, 1° sem/26.
  21. oi thiago! acredito que essa assinatura, na verdade é a indicação no documento, do responsável que validou o teu comprovante de vacinação e emitiu/liberou o certificado. o certificado de vacinação indica o nome do profissional e contém a assinatura digital desse profissional. Quando fui à Costa Rica, ninguém me pediu nada (meu voo foi CWB > LIM > SJO). Aqui um print de uma parte do meu certificado:
  22. Pessoal, todos bem? Ontem fiz a emissão do meu CIVP online, no site da Anvisa, para uma viagem a Costa Rica nesta semana. Lendo o documento, uma informação me chamou a atenção. Vejamos: Dá a entender que o certificado deve ser assinado por um clínico (médico???) para que tenha validade. Estranho isso. Pesquisei e existe diversas informações que agora a emissão é apenas online e sem a necessidade de assinatura. Alguém para compartilhar experiência recente se teve problema com esse certificado online? Especialmente com destino a Costa Rica? Obrigado mochileiros.
  23. Entrei no fórum para pesquisar alguns informações para um roteiro que comecei a montar e me dei conta de que 10 anos se passaram desde este relato aqui. É incrível a quantidade de pessoas que ainda me procuram ou mandam mensagens sobre ele. Quando eu decidi criar esse tópico no fórum, eu só queria retribuir toda a informação valiosa que encontrei aqui de forma gratuita. Pessoas que dedicaram seu tempo em compartilhar conteúdo na mais pura intenção de contribuir com a comunidade mochileira. É bonito ver o quanto isso se propaga e se multiplica. E apesar de já não conseguir mais continuar escrevendo sobre minhas viagens (a correria é insana rs), fico imensamente grato pelo tanto de gente bacana que esse relato aqui pôde ajudar. Em tempos de ChatGPT e vídeos curtos acelerados em 2x, nada substitui as experiências humanas que compartilhamos. Obrigado, Mochileiros!!! 🫶
  24. Oi Nati! Fico feliz que tenha curtido. Tenho certeza que sua viagem será maravilhosa. Aproveite!!
  25. Vitor, Tem desistências sim, mas não são muitas. Vc tem que consultar todo dia, mais de uma vez. O problema é que agora eles estão deixando muitas vagas para as pessoas que compram os pacotes com as concessionárias, e aí sobram bem menos vagas. Eu fiz o w pela primeira vez em 11/2018. Tinha reservado camping em paine grande, porque não tinha vaga no refúgio. Mas depois apareceu uma vaga no refúgio e eu reservei também. Depois pedi cancelamento do camping e devolveram o dinheiro sem problemas. Queria ficar nas cabanas em los cuernos. Estava tudo lotado nos sites. Então reservei camping. Cheguei lá e fiz upgrade com preço bem bom para a cabana, porque tinham muitas vazias. Tentei a mesma coisa com o refúgio central. Aluguei camping e lá tentei upgrade para refúgio. Mas eles pediram 200 dólares para o upgrade, então não quis. Agora em março de 2025, que é mais cheio que novembro, eu ia fazer o O. Cheguei a reservar o dickson e o los perros. Mas acabei machucando o joelho e tive que ficar muito tempo parado. Resolvi fazer o w novamente porque é bem menos puxado. Em novembro de 24 eu pedi o cancelamento do dickson e do los perros e também foi sem problemas. Como paguei no cartão em dólar, o reembolso que recebi foi maior do que havia pagado, já que o dólar tinha baixado bastante. Mas, para cancelar, tem uma data limite que vc tem que ficar atento. Se passar do prazo, já era. E 2025 novamente eu queria ficar nas cabanas em los cuernos mas não tinha vaga quando reservei, então peguei camping. Porém alguns dias depois teve uma desistência e reservei a cabana. Pedi o cancelamento do camping e foi tranquilo. Novamente estava esperando cancelamento no refúgio paine grande, e desta vez não teve. Quando cheguei lá tentei fazer upgrade, mas estava tudo lotado. Fiquei no camping mesmo. O problema do camping é quando chove. Se vc tiver o azar de ficar longe do banheiro/área da cozinha, é foda para ir quando está chovendo muito. Passei isso no camping francês e no paine grande desta vez. E os carregadores são bem mais disputados nos campings também. Mas as barracas que eles alugam estão bem melhores desta vez. Em 2018 cheguei a sentir frio no camping central. Este ano estava ainda mais frio que 2018, e não senti nenhum frio em nenhuma das barracas (paine grande, francês e central). Porém, se vc está indo agora em 2025 ou início de 2026, a chance de ter desistência fica pequena, porque está meio em cima da hora. Vc vao ter que pagar caro mesmo, provavelmente.
  26. Agora faz sentido Enquanto eles demoram para torrar a paciência eu vou aos lugares que ainda não conheço. rs
  27. Oi! Tá de pé esse role?
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