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15 minutos atrás, Davi Leichsenring disse:

Dar dicas de viagem é fácil, faz isso, faz aquilo, faz aquilo outro,  mas as vezes a gente precisa parar pra analizar se todos esses "fazes" fazem sentido, e nisso eu cheguei a 7 items que é do não-faz.

Claro que eles vão ser polêmicos e também sempre tem um grande MAS no fim, porque tudo depende da circunstância, mas, isso deixo pros outros comentarem.

 

  1. Não peça conselho para locais
    Uma comentário que as vezes escuto de um local é de que eu conheço mais lugares do que ele que nasceu na cidade. A verdade é que um local não tem idéia do que é atração turística na própria cidade, tudo para ele é comum, um parisiense acha a torre Eiffel comum, um berlinense acha o muro de Berlim comum, um toquinense (quem nasce em Tóquio é o quê?) acha o monte Fuji comum, porque eles veem aquilo todo dia, nasceram vendo aquilo, agora imagina as atrações menos famosas? Nem sabem que existe.
    Um local apenas acha interessante o que é diferente da cidade, mas para quem não é da cidade, tudo é diferente, então aquela rua, aquele buteco, aquele lugar que ele acha legal, na verdade, num âmbito turístico, é só mais um de tantos lugares que não é tão atrativo assim para os de fora, pois o turista quer conhecer o comum daquela cidade, essa é literalmente a razão da viagem, se não nem teria viajado para lá.
     
  2. Não coma em restaurantes super-indicados
    Restaurantes indicados na sua grande maioria é caro, pode não ser uma fortuna, mas é um valor acima do padrão da cidade. Ir em uma viagem e conhecer só esses estabelecimentos é não conhecer a verdadeira culinária da cidade. O povo no dia a dia não come comida sofisticada, ele come daquele barzinho de esquina, da biboca, do restaurante perto do trabalho, essa é a verdadeira comida local. Imagina um gringo indo pra São Paulo e indo comer no Fogo de Chão, numa pizzaria na Vila Mariana que uma pizza custa 120 reais, no restaurante do cozinheiro 'isso é vergonha da proffissón', não há duvidar de que ele conheceu um pouco da culinária da cidade, mas certamente ele não conheceu a verdadeira culinária local.
     
  3. Não use taxi (e carro de aplicativos)
    Transporte público é a verdadeira experiência local de uma cidade, é como entrar em super mercado, é onde você vê o mais comum do comum, é o dia a dia, é o arroz com feijão, é onde os mortais andam. Além de economizar dinheiro (estamos num site de mochileiros, e não de viagem de luxo, né) você realmente entra em contato de quarto grau com o mundo afora, quanto mais o país é diferentes do nosso, como os da Ásia, maior é o desafio em entender como eles pensam e agem. E não tem souvenir mais legal (mentira, tem sim) do que os cartões de transporte. Deixe a preguiça de lado, pegue um transporte público e sinta a cidade.
     
  4. Não viaje verão (e no inverno)
    O aquecimento global já chegou faz tempo, tirando os extremos dos continentes, todo lugar é muito quente no verão. Na Europa bate 35-40 graus, na Ásia se soma com uma umidade de ver peixe nadar no ar, na América do Sul o sol é de lascar cano, isso sem contar a horda de locais e turistas indo pros lugares mais famosos. Evite esse sofrimento a toa, escolha um pouco antes ou depois do auge do verão, porque além de ser mais fresco, vai ter menos gente disputando o seu lugarzinho no sol (ou na sombra no caso).
    E no outro extremo, como o Brasil não tem bem um inverno, então não estamos acostumados ao quão sofrível é viajar nessa época do ano em países onde existe um inverno de verdade. O sol nasce 8-9h da manhã, se põe 16-17h da tarde, o vento gelado não deixa nem bater uma foto sem fazer sua mão doer, você nem sente mais o seu rosto depois de meia hora andando pela rua. Se realmente pretende viajar no inverno pra ver neve, vá lá pro extremo norte ou sul do planeta, porque mesmo na Europa, não é muito fácil de ver neve nas grandes cidades, e as vezes nem a cidade se vê direito, porque a névoa é densa e constante.
     
  5. Não pesquise muito sobre o destino
    Quando você vai ver um filme, você lê todos os spoilers antes de ir ao cinema? Acredito que não, e recomendo fazer o mesmo para cidades. O trailer ajuda a ter uma ideia do que esperar de um filme, mas ficar pesquisando ostensivamente um lugar faz perder um pouco da magia da novidade e da surpresa. Pesquise o básico, mas não fique vendo vídeos de youtube, prefira ler blogs onde você fica apenas imaginando, sem estragar a surpresa. Uma frase comum de viajante é "achei aquele lugar incrível e eu não esperava nada dela", isso acontece pelo fato de não ter dado bola e pesquisado pouco pelo lugar, e acarreta aquela surpresa de ver ao vivo.
     
  6. Não visite cidades muito pequenas
    Poucas pessoas tem o privilégio de fazer uma viagem longa, de poder gastar o tempo que quiser em uma cidade, mas, isso não é a nossa realidade (viu Fabiano), temos férias curtas, dias marcados, então aproveite esse tempo para conhecer cidades maiores onde se tem uma maior gama de atrações. Ir a cidades pequenas, especialmente quando é longe, faz perder um tempo precioso fazendo nada, então, tire do roteiro aquela cidadezinha que te faria desviar 500km da rota e 1 dia de viagem e gaste em um lugar mais proveitoso.
     
  7. Não existe must see
    Em 2013 eu tive em Paris pela primeira vez e não entrei no museu do Louvre, eu consegui sobreviver a isso esse tempo todo, e apenas no ano passado quando voltei pela segunda vez a cidade da luz, fui finalmente conhecer o dito cujo. Foi legal? Foi, eu gosto de museu, mas você não precisa conhecer todo "must see" porque não lhe vai cair uma perna ou braço, principalmente quando não é do seu interesse. Eu mesmo nunca pisei num museu de arte moderna, não acho interessante, então eu pulo essa dica de todos as cidade, pode ser o MoMa, mas eu não entro. E além disso, tem aqueles pontos turísticos que é famoso porque tem gente que vai lá porque é famoso, que vai lá porque tem gente indo lá porque é famoso, ad infinitum. Pode até ter uma história interessante por trás, mas 99% das pessoas vão só pra dizer que foram, não perca seu tempo só pra fazer fotos pros outros, gaste seu tempo para si. 
    E mesmo para os lugares mais icônicos, as vezes por força do destino você não consegue ir, mas no fim não vai estragar tanto assim sua experiência, porque 99% do seu tempo você está passeando e vivenciando a cidade.

 

Bom, e é claro, reiterando, todos esses pontos tem seus 'mas..', mas...., não vim para isso.

Assino ipsis litteris.

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2 horas atrás, Davi Leichsenring disse:

Não visite cidades muito pequenas
Poucas pessoas tem o privilégio de fazer uma viagem longa, de poder gastar o tempo que quiser em uma cidade, mas, isso não é a nossa realidade (viu Fabiano), temos férias curtas, dias marcados, então aproveite esse tempo para conhecer cidades maiores onde se tem uma maior gama de atrações. Ir a cidades pequenas, especialmente quando é longe, faz perder um tempo precioso fazendo nada, então, tire do roteiro aquela cidadezinha que te faria desviar 500km da rota e 1 dia de viagem e gaste em um lugar mais proveitoso.

Eu até vou conhecer cidades pequenas desde que não tenha que desviar 500 km da rota 🤣. E sempre peço conselho a locais onde posso comer bom e barato. O resto é isso mesmo que vc postou. 

Editado por Roberto Brandão
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4 horas atrás, Davi Leichsenring disse:

Não pesquise muito sobre o destino

Então... essa ideia é meio paradoxal.

Concordo que uma pesquisa extensa sobre um local acaba com o "efeito surpresa". Mas, por outro lado, vc pode perder uma coisa incrível (incrível pra vc, não necessariamente um "must see" genérico) pelo fato de não ter pesquisado com mais afinco.

Vou dar um exemplo: Sou fascinado por escadas espirais. Sempre que viajo tento encontrar alguma para fotografar. Em 2023 fui pra Paris e visitei o Arco do Triunfo. Decidi vê-lo apenas por fora já que pra entrar nele e subir tinha que pagar. Mas depois descobri que dentro dele tem uma escada espiral maravilhosa. Se soubesse disso de antemão, teria pago para ver essa escada (e tb pra ver a vista lá cima, claro).

Eu evito ver vídeos. Procuro ler mais, pq assim ainda tenho um pouco do "efeito surpresa".

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A que eu mais levo para minhas viagens é: IGREJA CATOLICA É IGUAL NO MUNDO TODO. 

Quando viajo dou uma mesclada entre transporte publico e carro de app, dependo do lugar que eu vou.

Conversar com locais, é sempre interessante ter uma noção da pessoa que você vai pedir informação, para ter uma noção você verá idade, vestimenta, local que você está, estamos num mundo globalizado que você consegue identificar cenas culturais em grande parte dos lugares. 

Eu particularmente curto muito a cena musical dos lugares, se vou para um outro país primeiramente vou atrás de bandas e grupos musicais locais no instagram e vejo os posts de shows, fotos marcadas em eventos e de lá já vejo os locais que acolhem a cena musical, isso já te tira do tour cultural padrão, chegando no local você ja sabe que se perguntar algo para alguem as indicações terão chances de ser positiva. 

Quanto a Must See, concordo plenamente, mas a pessoa só vai ter essa malicia quando tiver rodado bastante, eu mesmo só entro em Museu se for algo muito histórico e que enriqueça o tour que vc esteja fazendo pela a cidade (me julguem como xucro, mas é isso).

 

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Eu gosto das cidades pequenas e pitorescas. Já aconteceu de desviar rota só para visita-las, mesmo que não tenha muito o que ver rs

Quanto a pesquisa, uma coisa que sempre evito também são os vídeos. Geralmente, leio os relatos por aqui e outros textos de blogs, além da boa ajuda dos mapas. Mas minha pesquisa e montagem de roteiro se baseia nisso.

O Must See eu concordo demais. Já fui ao RJ inúmeras vezes e até hoje não fui ao bondinho, e nem é pelo preço exorbitante, mas porque não me atrai. Parto do princípio de que não devemos visitar um ponto "x" só porque todo mundo vai. Pode ser que aquilo naõ te interesse, e tá ótimo.

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23 horas atrás, anselmoportes disse:

... Sou fascinado por escadas espirais. Sempre que viajo tento encontrar ... 

... Em 2023 ... visitei o Arco do Triunfo. Decidi vê-lo apenas por fora já que pra entrar nele e subir tinha que pagar. Mas depois descobri que dentro dele tem uma escada espiral maravilhosa. ...

Concordo muito pouco com essa lista de 7não, pois todos os itens pedem muito "mas" para meu gosto pessoal. Mas como única viagem que faço apenas com mochila é para pescar... ok!

Mas dois comentários sobre pesquisa e economia...

Concordo muito com esse exemplo acima. Não gastou os EUR16 para subir, deixando de ver algo que gostaria e já gastou EUR1600 para chegar do lado de fora. Na mesma lógica, deixar de visitar algo que estava a 5 minutos de distancia e custo zero. Ou não entender nada do que está vendo em sua frente ou onde está.

Típico barato que sai caro! Unica vantagem em não pesquisar muito, é não saber o que perdeu. E definitivamente não pesquise depois de voltar.

Informação em viagem não é spoiler, pois o que se busca é o ver de perto, e/ou a experiencia.

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Achei bacana a lista, mas é bem relativa mesmo.

Dependendo do foco da viagem, alguns dos itens devem ser tomados ao contrário.

Tipo, se for uma viagem longa com a proposta de imersão cultural, é fundamental ter contato com os locais e visitar cidades pequenas. Mas claro que é apenas um exemplo específico.

Quanto a mim, eu amo spoilers... e não gosto de surpresas. :D

  • Hahahaha! 1
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3 horas atrás, Alan Rafael Kinder disse:

Quanto a mim, eu amo spoilers... e não gosto de surpresas. :D

Vou te dar um spoiler certeiro... você irá morrer 🤣

  • UAU! 1
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Postado (editado)
1 hora atrás, pmichelazzo disse:

Vou te dar um spoiler certeiro... você irá morrer 🤣

Por incrível que pareça, não dá pra ter certeza disso. 😛

morrer
verbo
 
1. predicativo intransitivo e pronominal
perder a vida; finar-se, falecer, expirar.
"o poeta morreu depauperado"
 
2. intransitivo
perder gradualmente a força, a intensidade; desaparecer, sumir.
"o fogo/o sol morria lentamente"
 
Tecnicamente, morrer é 'cessar a existência', entretanto imagine que ocorra um período de rápido crescimento e desenvolvimento no setor da tecnologia qual nos proporcione soluções para tal dilema - meios de renovação ou stasis (inércia) celular, ou qualquer outro progresso que apresente meios de prolongamento indefinido de vida.
 
Teoricamente, nesse cenário hipotético, eu não morreria.
 
Sim, eu vou morrer, tenho paz com o ciclo da vida.
Editado por Alan Rafael Kinder

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