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Como aprender o raio do INGLES???


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Sabadão de manhã aqui em Sampa, tô varado que passei a noite trampando numas legendas pruma animação aí, essa chuva do caramba que não pára e eu resolvi então escrever esse texto pra falar sobre aprender inglês.

 

Não sou professor, nunca fui e nem quero ser, mas já estudei como o CÃO e consegui aprender muito bem mesmo sem estudar em escola internacional, sem fazer intercâmbio e sem falar inglês em casa, ou seja, consegui aprender depois de velho mesmo. A ideia não é ficar contando vantagem, mas contar como foi a trajetória de chegar a um conhecimento extremamente refinado de uma língua com muito esforço, e como dizia um amigo, sangue, suor e lágrimas. A ideia é incentivar quem está na luta mas mostrar que não tem milagre, cursos que falam que vão te ensinar sem estudar, ou sem gramática, ou a dominar a língua em um ano e meio, ou qualquer tipo de facilidade e molezinha que fala que você não vai precisar doer a bunda na cadeira de tanto estudar esta mentindo!!!

 

Atualmente, eu sou constantemente elogiado pelos gringos, e frequentemente confundido como um falante nativo, pelos próprios nativos... Mas enfim, isso pra falar que embora pareça "impossível", dá pra aprender inglês sim, e bem, mas meu amigo, ou minha amiga, tem que estar preparado pra estudar como um demente!!!!

 

O esforço valeu a pena. Hoje dou aula de campo de ecologia para os alunos das escolas internacionais britânicas e americanas do Rio e São Paulo em inglês, sou intérprete de tradução simultânea (comecinho de carreira ainda), trabalhei no Egito como guia de mergulho pra turistas ingleses e sul africanos e fui recentemente citado em um congresso de bilinguismo (que eu tava trabalhando como intérprete), pela palestrante principal, na mesa redonda de encerramento, como o exemplo que ela sempre daria dali pra frente de que é possível aprender uma segunda língua depois de velho, e chegar a um nível de excelência de uma pessoa bilingue (bilingue não é uma pessoa que fala duas línguas simplesmente, mas quem fala duas línguas tão bem, ou quase uma tão bem quanto a outra. Normalmente quem fala duas línguas desde pequeno). Não tenho a pretenção de falar como você deve aprender, mas de sugerir como você pode aprender, e vou falar como funcionou pra mim. Quem sabe não funciona pra você também. E tudo que aprendi foi auto-didata (descontando um curso intensivo de 1 mês na Cultura Inglesa já na época da reta final dos estudos) pois eu não tinha grana pra pagar cursos. Eu acho que todo mundo tem o pontencial de aprender o que quiser, contanto que tenha a motivação necessária. Na verdade esse é que é o pulo do gato! Este aqui é um relato da minha trajetória, ficou um pouco longo, é que dominar uma língua não leva pouco tempo - mas acho que está interessante.

 

Até os 18 anos eu falava assim, que nem todo mundo, ou seja, quase nada! Tinha tido aula no colégio, que nem todo mundo. Só era ´quase nada´ ao invés de ´nada´, porque de tanto ver filme com legenda eu sempre ficava meio de butuca prestando atenção e acabava aprendendo no mínimo uma palavra nova por filme. Cheguei a ir pros EUA visitar uma tia brasuca, mas não falei com ninguém, não aproveitei quase nada nesse sentido, tava sempre com meu primo, e foi meio como se eu tivesse assistido uma porrada de filmes nos 10 dias que passei la, mas nada mais. Acho que um ano depois eu cruzei uma japonesa e deu na telha de conversar; eu percebi que conseguia manter uma conversa total básica com um inglês terrivelmente totalmente macarrônico.

 

Quando entrei na facu de biologia em 96, a grande maioria dos livros era em inglês e estava começando a aparecer as versões traduzidas. Depois de um tempo, me dei conta que se eu estudasse com o livro em inglês podia aproveitar pra aprender inglês enquanto aprendia biologia. E como eu sabia do assunto, ficava bem mais fácil. Sempre estudei de véspera, mas passei a começar a de vez em quando estudar pras provas uns 3 dias antes com o livro em inglês, pra ter tempo de aprender direito, mas a regra era a véspera mesmo. Dai de tanto ler pras matérias, aulas, estágio, você vai entendendo melhor, mas ainda não era tranquilo, usava muito dicionário, e linguagem técnica que você já conhece também é meio baba e não exige muito.

 

Daí eu comecei a estudar (música), em um lugar que era longe da minha casa que só o cão, e passei a ficar entre 1,5h a 2h em um busão, e mais o mesmo tanto pra voltar, 2 x por semana. Que tortura!! Na 3a vez já pensei, cara, assim não dá, vou ter que usar esse tempo de uma forma produtiva. Resolvi então ler, qualquer coisa, digo, qualquer livro. Na 4a vez é que caiu a ficha! Vou ler EM inglês. Peguei um livro do meu pai meio de aventura, sei lá. Lá pelo 3o livro (e vai ficando mais fácil ), meu pai (que falava inglês quase muito bem) me deu a primeira dica valiosa mastercard "meu filho, livre-se do dicionário inglês/português o quanto antes, se você ficar traduzindo não vai aprender nunca, você deve ser capaz de aprender a língua através da própria língua. Comece a usar o monolingue já, no começo é difícil, você não vai entender a definição das palavra, vai ter palavras que você não conhece, então você vai buscar essa palavra que não conhece e vai ter mais que não conhece, and so on, e vai chegar uma hora que você já nem lembra mais em que palavra começou, mas não desista, isto funciona!". Cara, é um pé no saco, eu tava me achando porque tava conseguindo ler os livros inteiros, mas com a bagaça só em inglês é complicado, mas tudo melhora com o tempo.

 

Eu estudei música nesse esquema por 4 anos, e sempre onde ia tinha um livro, EM INGLÊS, comigo, hábito que tenho até hoje já há 10 anos. Acho que lá pelo 10º ou 15º livro já conseguia ler sem dicionário, claro que não entendia tudo mas dava pro gasto. Sempre que cruzava um gringo na balada, tipo amigo de um amigo, eu colava nele e falava a noite inteira. É difícil superar a vergonha de falar quando você não fala e os outros falam, mas cara, não tem jeito, se não falar não vai aprender a falar (dica mastercard n. 2). É impressionante como o meu inglês melhorou horrores só com a leitura. Eu não lia só livros de biologia, lia de tudo, biografias, aventuras, política, economia, o que aparecesse. Você ganha um vocabulário vastíssimo, e meio que por magica você consegue escutar melhor e até falar melhor. Claro que quanto mais falar e ouvir, melhor fica. Os gringos falavam que eu tinha um "vocabulário extenso". (dica mastercard n. 3 leia muuuuito dos mais diversos assuntos, livros mesmo, porque você vai ter que entender ideias, expressas das mais diferentes formas)

 

Daí pintou um trampo que tinha que falar inglês. Como biólogo eu faço viagens com escolas, dando aula de campo sobre ecossistemas. "Você fala inglês?", me perguntaram, ah, falo - pô, falava com os gringos, lia livro - falo sim. "Mas você tem a manha de dar uma aula em inglês?" - ah, puts, cara, acho que.... tenho sim, bio, conheço os vocabs, vamo que vamo. Cara, chega la na trip, todo mundo trampando comigo tinha morado fora e falava de bem pra cima, o meu era tipo, o mínimo pra não passar vexame, mas ainda estava longe de ser adequado. E fora que uma coisa é saber dar a aula de biologia, outra é saber dar todos os recados, explicar todas as logísticas da trip, falar das refeições, tudo, tudo, tudo, ai que eu fui entendendo o que realmente significa falar uma língua! Hoje lembrando eu tenho pena dos alunos, haha, os professores nativos foram super pacientes comigo. Mas foi aqui que a motivação começou!! A maioria dos alunos é brasuca, que tem aula com profes nativos. Daí chega um maluquinho lá - eu - que está sendo pago pra falar inglês, não só falar, ensinar. E ainda por cima eu tinha uma posição de autoridade. Resultado, os moleques tentam te diminuir no seu ponto fraco, o inglês! "Ah tio, fala português vai?!" Aquilo me fez perceber que eu tinha que estudar mais, só ler livro não ia resolver. Arrumei uma gramática meio avançada de um amigo e comecei a fazer, gramática pura (dica mastercar n. 4, aprenda gramática, as coisas vão deixando de ser instintivas e começam a ser conhecidas, só no instinto o progresso é muuuito mais lento). Mas me liguei que eu não sabia a ortografia das palavras, era um saco procurar palavras no dicionário, tinha que ficar conferindo letra por letra pra bater na palavra certa. Tem palavras que se você mudar uma letra de cada vez, sai uma palavra diferente pra cada letra mudada (e fora que a pronúncia muda TOTALMENTE). - tipo thorough, through, though, thought, trough, rough, taught (hehe, essas palavras são de exercício avançado! parece tudo igual né??), então ao invés de só preencher as lacunas da gramática eu escrevia por extenso todas as lições (dica mastercard n. 5 não só saber a ortografia correta das palavras mas ter a mão coordenada pra escrevê-las, no começo é complicado, a mão não obedece, mas depois vai), no começo copiava letra por letra, depois lia, e sem olhar, eu escrevia, meio que um ditado, e fui me forçando a aprender. Cara, eu comecei a achar as palavras no dicionário muuuuito mais rápido.

 

E a cada trip eu ouvia muito, ficava com o ouvido ligado como uma esponja, falava, morria de medo, mas quanto mais falava mais aprendia - falar, falar, falar, falar, falar, e prestar atenção, muito. Aproveitava pra tirar duvidas com os profes gringos. Como nunca tinha tido um professor depois que saí da escola, tinha muita coisa meio básica que eu não sabia, tipo this e these, that e those, que pergunta no passado é com did e verbo no presente, que he, she, it DOES. Dá pra imaginar porque as crianças falavam pra eu falar português né??? Bom, mas eu sempre soube que queria falar inglês, tipo "pra poder viajar". Mas com as viagens com as escolas era trampo, falar inglês me garantia grana, e eu era o que falava pior dos meus colegas, de longe, se vacilasse eu era limado. Aí foi nessa onda, varias trips, vários livros, vários gringos, até que eu acabei a gramática depois de 2 anos. Tava falando razoável, já não era o maluquinho que falava pior na trip. E pensava, pô, já estudei legal, experiência razoável, agora não vou mais ouvir o moleque falar pra eu falar português. Ledo engano! Eu voltava pra casa e estudava mais. Pensava, caramba, não consigo falar direito ainda essa droga dessa língua, estudo tanto e parece que eu não progrido, quer saber, encasquetei, preciso aprender a escrever, mas tipo escrever mesmo, um texto! Contactei um amigo gringo e combinamos que eu escreveria e enviava pela internet e havia um código de correções. (mastercard n.....??? não sei mais, enfim, aprenda a escrever, a organizar as ideias, as estruturas da língua, como se liga as palavras, achei, mastercard n.6)

 

Parênteses! Pronúncia, você não esta acostumado a fazer os movimentos com a boca, é difícil falar corretamente, a língua enrola, tipo falar width, length, strength. Pensei, tenho que falar mais, mas com quem? (mastercard 7, comecei a ler os livros em voz alta), no busão não, que eu morria de vergonha, mas quando vinha andando do ponto pra casa, no banheiro, trancado no quarto, cara, o que você aprende fazendo isso não esta escrito! Se liga quantos tipos de aprendizado rola com isso. Primeiro você aprende a coordenar sua boca, língua, lábios. Aprende a ler as palavras de bate pronto, reforça a parte da ortografia, que por sua vez reforça essa. E você vai incorporando a estrutura da língua na cabeça porque pra conseguir ler fluente como em português é bem difícil, sem reconhecer as palavras vai ficar como uma criança que esta aprendendo a ler. Dai você vai aprendendo a prever a língua, a ler na frente antes de falar, porque quanto mais se familiariza com a estrutura, melhor consegue prever o que vem e lê melhor, já li livros inteiros assim, haja paciência. E pra entender a fala também ajuda porque "saber prever" a língua te faz entender os sons melhor. E conforme lê em voz alta, consegue reparar se esta parecido com o nativo falando aquela palavra, dai tenta diferentes formas até achar a que mais se assemelha. E você vai entendendo como funciona a pronúncia. Que em português ´m´ e ´n´ têm o mesmo som. Em inglês não. Já viram como gringo fala "tudo bommm", "bommm dia". Porque o ´m´tem som de mmmm, e ´n´ de nnnn, e ´l´ e ´u´ em português tem o mesmo som, mas em inglês o ´l´ é lllllll, tipo welcome, não é "weucomi" é "wellllcommmmm", emmmpire. Cheek não é xiqui, é "tcheeck" e com o ck acentuadamente, consoante, não xiQUI, sacou? E o ch tem som de "tch", então chop fala "tchop", challenge fala "tchalennndg" (e repare no ´dg´ mudo, não é chalenGI). E chop ("tchop") é diferente de shop (que fala "chop"), e que o ´sh´ em inglês sim, tem o mesmo som do nosso ´ch´. Voltando ao gringo falando "tudo bommmm", lembrem-se q ele fala ttttuddddo bommm, se liga que o ´t´ é mais ventado, e o ´d´ a mesma coisa. Você tem que pronunciar os t´s e os d´s da mesma forma que ele fala ttttuddddo, tipo tell, é "ttttelllll", disk é "dddddisk" (com o k mudo, nada de ddddisQUI, hein?! ) Comfort, em português é conforto, com ´n´; em inglês é com ´m´, é commmforttt (com o t mudo no final), não "conforti". Laptop, youtube, não é lepitopi, iutubi, lógico que aqui no Brasil é assim mesmo que se fala (quando falamos português), mas quando se esta falando inglês, falar lepitopi e iutubi, cara, é HORRIVELLLLLL!!!. E assim você vai se ligando nas pronúncias, (mastercard 8 se souber a ortografia, sabe a pronuncia correta da palavra e tem capacidade de corrigir a própria pronúncia), mas não é da noite pro dia, lembre-se do castelo de areia que eu vou falar daqui a pouco - é que eu tô editando e tô pulando pra cima e pra baixo ). Eu até hoje cada vez que falo com um gringo reparo em mais uma coisinha que posso melhorar na minha pronúncia.

 

Dai, pô, escrevia um pouco, gramática terminada, experiência, falava com razoável fluência, já conseguia dar as explicações de logística, com dificuldade mas rolava legal. (mastercard 9, aprender qualquer coisa é como construir um castelo de areia, é grão a grão, parece que você não aprendeu nada, mas depois de um tempo o castelo vai ficando pronto, cada dia que você não estudar é um grãozinho que não entrou no castelo e no final de um mês, são 30 grãozinhos que não entraram, faça as contas pra anos e uma vida!). Até que eu pensei, agora vai, quero ver o moleque mandar eu falar português. E tanan!!! o moleque mandou eu falar português!!!! Nesse mesmo milissegundo eu decidi que iria pra Inglaterra.

 

Comecei a programar a trip. Belê, vou pra Londres aprender inglês, como todo mundo faz. Mas pensei, quer saber, já que é pra gastar uma grana e estudar, então vou fazer um intensivo aqui no Brasil nas ferias, que eu já volto de Londres um modulo mais avançado do que se eu não estudasse aqui no brasa. Fui fazer o teste da Cultura Inglesa. Pra minha surpresa eu fui colocado no penúltimo nível de todos! E em teoria quando você acaba, faz o proficiency de cambridge (cpe) que é o exame mais avançado que tem de língua inglesa pra não nativos. E aqui começou a reta final de estudar como um demente.

 

Fui pra aula amarradão, finalmente eu ia fazer aula e aprender muito. Pensei - ignorante total - que só de ir na aula então e eu ia tirar o tal do Proficiency, aquele tal teste que todo mundo fala que é tão impossível????? Coitado de mim!!! Dai foi que a ficha caiu que pra passar no teste você tem que ter uma escuta impecável, gramática impecável, vocabulário impecável, fala impecável, escrita impecável, conhecimento de expressões, o diabo a 4!! Daí que eu me liguei que minha base era boa, eu era o aluno na classe que mais manjava fora um que já era professor da cultura e que já tinha morado em Londres 2 anos e estudado inglês em escola a vida inteira! Tinha até gente formada em letras que tinha um domínio um tanto abaixo do meu. Mastercard 10, todas as dicas anteriores foram as responsáveis por isso. Daí eu estudava como um dôido, durante o mês de aula eu estudava tipo 10h por dia incluindo a aula. Pedia mais lição de casa, comprava mais livro, e a reta final do cpe, são 3 semestres. Então percebi que se eu desse a ripa violenta conseguiria me preparar pro exame dali a 5 meses. Eu então fiz em casa os semestres 1 e 3 (na aula eu estava no 2) e montei um grupo de estudos com 3 amigos que iam prestar o exame também. Nos próximos 5 meses ou eu estava em casa estudando como um demente ou nas trips com as escolas falando inglês. Dai os muleque começaram a elogiar o inglês, hehe chupa!!! Agora quero ver muleque vir querer tirar! Cabeção total, e vendo filme pra caramba, (mastercard 11 tem um post q eu coloquei no intercâmbio de Londres q fala de filmes e como estudar com eles cursos-no-exterior-reino-unido-perguntas-e-respostas-t30391-30.html). Fazia simulados e a nota estava sempre raspando ou abaixo, puts, não vou passar, é impossível passar nesse proficiency (cpe)! Daí escrevi pras escolas de Londres falando que eu ia fazer o cpe e o que tinha pra eu estudar de inglês depois disso. Eles diziam, nada! Não tem mais nada, você chegou no nível máximo. Caraca, que legal, então se eu passasse no teste ia pra Londres só ficar curtindo a balada!!!

 

Pra resumir, eu montei uma fundação no inglês tão solida, que cheguei em Londres, prestei o exame, passei e fiquei lá curtindo, fui em conferencia, viajei muito pela Inglaterra, tive namoradas, amigos mil, só morei e convivi praticamente com ingleses, nada de brasucas, só um broder que eu cruzava uma vez por semana mas porque era muito broder, das antiga. Fui pro Egito trabalhar, voltei pra Londres, e cheguei de volta no Brasil. Essa temporada de 15 meses só falando inglês acompanhou a ascensão da curva e lá, foi botar em pratica tudo que eu tinha aprendido aqui no Brasil e continuar absorvendo tudo. Depois de 3 meses teve melhora significativa, 6 cimentou o castelo de areia, 12 pôs acabamento, e os outros 3 fez a piscina. Mastercard 12, vai estudar fora? Estude o máximo que puder ainda no Brasil, chegue lá com o inglês o mais afiado que você puder, pois quanto melhor o inglês, mais você aproveita e melhor o inglês volta. Não perca essa chance!

 

Daí entrei no curso de tradução simultânea aqui na Puc e percebo que tenho uma fundação mais sólida que a grande maioria dos meus colegas. E na cabine de tradução a sua produção está totalmente ligada ao seu domínio das duas línguas.

 

Sempre que posso toco balada no casaclub (albergue aqui de Sampa) pra manter o inglês vivo e atualizado com os gringos, sempre leio, sempre vejo filmes, troco emails com os amigos gringos, de vez em quando leio em voz alta e estudo gramática ainda. Meu computador é em inglês, meus emails são em inglês, meu celular é em inglês, eu penso em inglês quase metade do tempo, e com a tradução simultânea agora eu troco entre as duas línguas num piscar de olhos. Sempre cuidando do castelo, fazendo a horta, cortando a grama, reformando o piso, o encanamento, o telhado.... e é isso, sempre colocando mais um grãozinho a cada dia.

 

Não é fácil, mas só depende de você! E mastercard 13 motivação é tudo. Hoje eu agradeço por aqueles moleques ficarem me zuando. Se não fossem eles eu não estaria aqui escrevendo tudo isso. Hoje os moleques q eu levo pra viajar perguntam se eu sou inglês! Eu escrevo a mão quase tão bem e tão rápido como em português, digito no mesmo esquema, escrevo textos e falo quase como em português e a única diferença grande ainda é o quanto eu escuto, a escuta ainda vai levar muitos anos pra ficar quase igual ao português, são muitas gírias, sotaques, registros....

 

é isso, tentei colocar os detalhes mais importantes e "resumir" o máximo possível. Espero que seja útil pra quem tá na pegada da batalha.

 

quem tiver dicas de aprendizado pra compartilhar, aqui é o lugar. Qualquer língua que seja.

 

Bom, tá na hora de dormir. A chuva até passou, hehe, na verdade até já voltou!

 

Charlie Flesch

Editado por Visitante
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Pô xaliba,valeu irmão(gostei da modestia),pois esses dia atras fui ão centro histórico aqui de São luis verificar uns albergues pra turma da mochilagem e por lá sempre tem muitos gringos(no projeto reviver),na verdade eles pasam por lá o tempo todo e,por algun motivo me sentir muito mal por não poder entender(talvez seja o fato de pela primeira vez me ver em um pais estrangeiro como eles e não entender bulufas)o que estavam falando,falei pra mim mesmo,vou aprender essa danada da lingua inglesa,falo tão bem quanto sou pintor(só colocando a bunda no chão sai alguma coisa),mais ficou no vamos ver e,agora lendo essa sua luta,e a maneira como foi feito vi que tá faltando mesmo é simplesmente o começo.Valeu. ::otemo::

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  • Membros de Honra

opa, fala billy,

fiquei hospedado na reviver agora neste carnaval, e conheci uns gringos muito legais com quem me correspondo ate hoje. Legal saber, primeiro, q alguem leu o post ate o fim :), segundo q deu uma motivada, a ideia era essa mesma e terceiro q consegui passar a mensagem, hehe, isso mano, tem q comecar, se nao comecar nao vai terminar nunca. Nao q seja possivel terminar qdo se fala de lingua. ::ahhhh::

 

abratz e forca na piruca

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  • Membros

fala xaliba,

 

gostei muito e li até o fim todo o teu post. também li aquele que tu menciona do outro tópico, e achei bem interessante as dicas que tu deu.

bela trajetória cara, realmente é um desafio, e estou tentando fazer pelo menos uns 20% do que tu fez! quem sabe quando eu chegar nesses 20 eu me emociono e sigo em frente, né? é bom quando a gente começa a ver os resultados. estou fazendo um curso de inglês por conta própria pela internet e gratuito, esse aqui: http://www.britishcouncil.org.br/etp/.

eu imprimo os níveis e coloco os áudios no mp3 e vou estudando. vou seguir teus conselhos e ir complementando com as dicas todas que tu deu no tópico.

 

também queria te recomendar um filme chamado "this is england", um dos melhores filmes que eu já vi e que tem bem esse sotaque bacana que tu dizes.

 

também queria fazer um curso de inglês no exterior, mas ainda estou tendo isso como um projeto, acho que não adianta fazer um curso fora sem ter muito aprendizado, até porque eu queria ficar coisa de 1 ano nesse projeto, e como eu tenho nacionalidade portuguesa, acho que não seria muito complicado arranjar um trabalho braçal pra ajudar a custear os estudos...

eu estudo inglês desde pequeno no colégio, mas inglês de colégio mesmo...sabes como é...

esses dias fiz um teste online da universidade de oxford e fiquei no limite, saindo do basico para o próximo nível, e minha pontuação recomendava começar do básico...kkkkkkk

um dia eu chego lá!!!! com essas dicas que tu recomenda dá pra chegar mais longe!!!

 

valeu cara, grande abraço!

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Powwww, parabéns cara, realmente nessa vida nada é facíl, me senti envergonhado, abriu uma CNA a 10 minutos a pé de casa e fico inventando desculpa :(

Senti muita falta do inglês no meu mochilão, só aprofundei a amizade com quem falava alguma coisa de espanhol, perdi várias oportunidades. Pra quem viaja aprender inglês tem q ser prioridade

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  • 1 mês depois...
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Parceiro....

Sensacional relato...e história de vida tb...parabéns...

Tô pensando em fazer um intercâmbio no Canadá no fim do ano que vem, e com certeza vou usar todas as suas dicas Mastercard (já tô comprando um livro em Inglês agora pela net) pra melhorar meu Inglês o máximo que puder (Inglês esse, feito a base de colégio, video game, RPG e internet...hehehe)

Valeu pela força, e pela disposição de escrever este relato tão trabalhoso, simplesmente com o intuito de ajudar e dar força e motivação àqueles q precisam...

 

Vidalpesca, vou acessar esse site q vc indicou...toda ajuda é válida....

 

Valeu Brother

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