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Expedição Andes por aí - Curitiba a Machu Picchu -10200 km de carro.


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Em 16/02/2018 em 20:52, antoniocalves disse:

Xexelo, boa noite! Que relato extraordinário.

Como vocês fizeram na questão do dinheiro gasto nos países visitados?

Antonio Carlos

Ola Antonio, obrigado.

Eu e o pessoal preferimos levar Reais e Dólares para ir trocando aos poucos. O Edmar tinha ido até o Paraguai uma semana antes da viagem e se deu bem, lá ele trocou reais por dolar, soles e peso argentino e garantiu taxas melhores, principalmente nos soles peruanos que ele conseguiu 1 por 1.

Eu usei umas duas ou três vezes o cartão para sacar pois não levei reais e dólares suficientes. O gasto total foi de mais ou menos R$ 6000,00 por pessoa. Mas eu não sou de anotar as coisas por isso não tenho certeza. Pode ser um pouco mais ou menos. Lembrando que disso, 900 reais é só para Machu Picchu ::dãã2::.

A cada país que chegávamos fazíamos o câmbio. Alguns lugares era bom, como na fronteira da Argentina com o Brasil onde conseguimos 1 por 5.55 pesos argentinos e outros ruins, como no Atacama onde conseguimos 1 por 172 pesos Chilenos.

 

Abraço.

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Dia 23 – 17/01/2018
Salta – 0 Km

Dia de descanso e de bater perna apenas. Tomamos o café da manhã. Um dos melhores da viagem e fomos para o centro da cidade para conhecer o Museu de Alta Montanha e suas 3 múmias.

Um museu muito interessante e a múmia que estava sendo apresentada era a A Donzela, a mais bem conservada de todas. Uma sorte porque é feito um revezamento das múmias para não haver um desgaste muito grande delas. A Donzela é muito bem conservada, parece apenas dormir. É impressionante.

Depois disso fizemos um tour a pé pela cidade visitando igrejas, praças e vendo as construções históricas. Na hora do almoço o povo se separou. Uns queriam comer em um lugar, outros queriam ir para o hotel e eu e a Renata fomos achar um restaurante. Achamos um lugar bem básico ao lado do hotel e comemos lá mesmo. Comida apenas comível, sem graça.

A tarde começou a ameaçar de chover e eu, o Edmar e a Isabel ficamos lagarteando nas hidromassagens que haviam na cobertura. O Edmar e a Isabel ficaram em um e eu fiquei em outra. Mais tarde o André e o Isaac vieram fazer companhia para a gente. A Renata ficou no quarto.

Nessa noite eu o André e o Isaac fomos comer uma parrilla no restaurante chamado Patio Ameghino, na mesma rua do hotel só que duas quadras abaixo. Na verdade são vários restaurantes como uma praça de alimentação de shopping. Vc pega vários menus, escolhe o que quer e o garçom vai até os restaurantes e traz o seu pedido. Muito boa a parrilla.

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Dia 24 – 18/01/2018
Salta a Cachi a Cafayate – 320 km

Acordamos cedo, tomamos aquele café da manhã ótimo e arrumamos as tralhas nos carros para sair. Pegamos a estrada em direção a Cachi que parecia ser muito bonita em meio a muitas arvores. Eu digo parecia porque estava chovendo e a medida que subíamos a Cuesta Del Obispo a neblina foi fechando e não vimos mais nada. Neste trecho da subida da serra temos uns 20 km de estrada de terra para depois pegarmos de novo o asfalto.

Ao final da serra entramos no vale Calchaquie e as nuvens ficam para traz. Estamos no meio do Parque Nacional de Los Cardones, o parque dos cactos. E como tem cactos... Em todos os lados que se olhe são milhares deles de todos os formatos e tamanhos. Muitas fotos neste trecho.

Terminando o parque chegamos a minúscula vila de Payogasta onde já vemos a primeira vinícola. É inclusive desta cidade que vem o vinho plantado na maior altitude no mundo a 3111 m. Na Argentina este vinho custava uns 300 reais mais ou menos.

O asfalto vai até Cachi, uma cidade que me pareceu muito simpática e que quero visitar melhor um dia. Almoçamos lá no restaurante Viracocha, muito bonito e com uma comida muito boa. Pena que minha colega a Renata foi presenteada com um parafuso na comida dela que provavelmente se soltou de uma tampa da panela, hehehe. Pelo menos não precisou pagar a conta.

De Cachi em diante começa a estrada de terra com muiiiiiiita poeira se estiver seco. A estrada segue sem atrações até nos aproximarmos daquele mar de rocha que é a quebrada de las flechas. Um lugar deslumbrante de uma beleza exótica.

Após pararmos para muitas fotos seguimos para Cafayate onde ficaríamos duas noites. Como queríamos comprar mais vinhos, pegamos o hotel mais barato que achamos a 200 pesos a noite. Bem ruinzinho, mas tinha café da manhã pelo menos.

Saímos para jantar e na praça central fomos a um restaurante que tinha uma fábrica de cerveja artesanal dentro. Comemos uma porção de empanadas e tomamos a cerveja deles que, infelizmente, era muito ruim, não recomendo. Fomos dormir tarde.

 

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Expedição Andes por Aí
Dia 26, 27 e 28 – 20, 21 e 22/01/2018

Parte final.

Cafayate a Charata 718 Km

Dias finais da viagem, afinal um dia se tem de voltar.
Acordamos cedo pois a pernada era longa. Depois do café, tralhas no carro e pé na estrada. A estrada, ruta 40, segue entre o vale com seus visuais maravilhosos até a cidade de Amaicha Del Vale que eu e o Edmar já conhecíamos da viagem anterior. Dali volta a subir a pré-cordilheira para depois passar por Tafi Del Valle, uma pequena pérola encravada na montanha ao lado de um lago.

A estrada depois desce a serra novamente por entre uma floresta em centenas de curvas estreitas até chegar à planície do norte a Argentina. No pé da serra o André e o Isaac que estavam a frente seguiram o que mandava o seu GPS e fizeram um outro caminho, diferente do que o meu mandava e diferente do que eu fiz na viagem anterior. Infelizmente foi uma roubada. Além de ser um caminho mais longo, pegamos umas estradas com muitos buracos e um belo trecho de uns 30 km de terra e muita poeira. Depois disso voltamos a ruta correta.

Tive mais um perrengue com o carro neste trecho. Eu estava precisando ir ao banheiro fazer o nº 1, o próximo posto estava longe ainda. Falei com o André que assim que se eu achasse um lugar que parecesse confiável para parar (tinha chovido e havia muita lama nos acostamentos) eu iria dar uma parada estratégica. Mais adiante vi uma entrada de fazenda e ela parecia bem firme. Só que não... Assim que sai da pista o carro começou a deslizar de lado e eu pensei “de novo não...”, porém de novo sim. Não consegui acelerar e sair do acostamento atolando novamente 1f641.png:-( ... O André com o Jeep também entrou e também começou a deslizar. Mesmo com o 4x4 tivemos que empurrar pelo lado o carro para ele voltar a rodovia. Ai começa a operação resgate. Rapidamente pedi para o Edmar ir correndo para bem longe do carro para sinalizar e avisar pois o jeep do André teve de ficar dentro do asfalto para poder me socorrer. Engatamos rapidamente o cabo de reboque e em poucos segundos eu já estava na rodovia novamente. O Edmar voltou correndo, desengatamos o carro e seguimos viagem sem pensar mais em parar no acostamento. Hehehehe.

Após mais este susto seguimos até a cidade de Charata onde achamos um hotel bom, mas não muito barato. Jantamos e dormimos para sairmos cedo no dia seguinte.

Charata a San Ignacio 656 Km

Um dia apenas de estradão. Apenas tive de dar uma parada estratégica em Corrientes no Banco da Patagônia para sacar uns pesos pois a grana estava curta. Para quem não sabe este banco é o melhor para se sacar com o cartão Mastercard na Argentina.

Infelizmente este era o dia de uma despedida, íamos nos separar do André e seu filho Isaac que nos acompanharam desde o segundo dia de viagem por esse mundão afora. Eles foram companheiros muito agradáveis e valorosos durante a nossa jornada. O André com seu vozeirão, seu jeito autoritário e pragmático, mas uma pessoa simples e solícita quando necessário. O Isaac sempre tranquilo e com suas ótimas dicas no rádio walk talk. Nós nos separamos na saída de Posadas pois eles iriam para Foz do Iguaçu e nos dormiríamos em San Ignácio. Sentimos falta dos papos pelo rádio no último dia.

Chegamos a San Ignacio e procuramos hotel. Logo achamos uma indicação do SIHOSTEL - Adventure San Ignacio. Um hostel muito bem estruturado e com uma bela piscina que desfrutamos no final daquela tarde meio nublada. A noite veio, fizemos uma macarronada na cozinha do hotel, bebemos um vinho barato (e ruim, kkkkk) e fomos dormir.

San Ignacio a Ponta Grossa e Curitiba 848 Km

Acordamos cedo pois teríamos uma boa pernada no dia. Na verdade queríamos ir nas ruínas de San Ignacio Mini, porém o dia amanheceu chovendo e a gente desistiu. Então decidimos que iríamos direto.

Só que, na divisa resolvemos comprar mais uns vinhos. Perdemos uns 45 minutos por ali. Depois disso demos saída da Argentina e seguimos rumo a Ponta Grossa e chegamos lá pelas 20 h mais ou menos. 
Deixei primeiro a Isabel em seu apartamento e nos despedimos com tristeza. A seguir levamos o Edmar para a sua casa e mais uma despedida. Segui viagem com a Renata para Curitiba e chegamos mais ou menos as 22 h. Me despedi dela na frente do seu apartamento no centro de Curitiba e finalmente, depois de 10200 Km cheguei na minha casinha.

Foi uma viagem maravilhosa, com pessoas queridas e que nunca vou me esquecer na vida. Conheci lugares a muito sonhados, culturas diferentes e exóticas. Tivemos perrengues, brigas, reconciliações, passamos fome, raiva e muito, mas muito deslumbramento por conhecer lugares paradisíacos e que ficarão eternamente em minha, em nossas memórias.

E que venha a próxima viagem que já estou planejando...

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38 minutos atrás, antoniocalves disse:

Xexelo, boa noite!

Mais uma pergunta.

Que chip de celular vocês usaram na Argentina e Chile.

Antonio Carlos

Ola Antonio,

 

Apenas eu usei celular. Eu tenho um plano combo Net com celular pós pago. Neste plano eu ativei uma promoção que tinha ano passado que se chamava Passaporte Américas. Com ele eu tinha na Argentina, Chile e Peru o mesmo tempo de celular e de internet que eu tinha no Brasil. Pagava apenas R$ 9,90 por mês a partir do 7o mês e tinha que ficar ativo por mais 6 meses.

Na maioria das cidades onde estive o sinal ficou perfeito, menos em algumas cidades do norte argentino. Internet 4g a maioria do tempo. Usei bastante para o booking e google maps.

Porém usávamos mais o wifi dos hotéis.

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