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  1. Olá amigos e amigas mochileiros! Depois de contribuir com postagens sobre as minhas aventuras de moto pela América do Sul, agora é a vez de fazer minha primeira publicação sobre uma viagem de carro. O motivo dessa mudança de meio de locomoção é o melhor e mais lindo: Guilherme, meu filho de 1 ano e 1 mês, que com muita coragem embarcou nessa roadtrip. (Observação inicial: havia escrito parte deste relato em janeiro, logo quando chegamos de viagem, porém fiquei de terminar e esqueci de postar. Hoje, passados 6 meses, me deparei com o arquivo e não quis deixar de postar, principalmente se com esse relato puder incentivar pais de primeira viagem a pegarem a estrada com seus bebêzinhos.) O objetivo dessa viagem foi aproveitar a grande (até então) vantagem financeira que estava em viajar para a Argentina, acompanhar nossos companheiros de moto até uma parte da viagem e conhecer a cidade de Cafayate. Explico: 1) com a grande desvalorização do peso argentino, estava ridicularmente barato viajar pela Argentina (mudou um pouco durante a viagem e falarei melhor disso no decorrer do post). 2) Nossos companheiros de moto, de muita viagens, iriam (e de fato foram) até Machu Picchu. Para eu, minha esposa e filho, era uma viagem muito longa, considerando a pouca idade do bebê. Então acompanhamos eles até San Salvador de Jujuy, quando eles seguiram para San Pedro de Atacama e nos descemos para Cafayate. 3) Eu e minha esposa gostamos muito de vinho, então visitar as vinícolas de altitude de Cafayate já estavam nos planos há anos. Pois bem, vamos ao roteiro (mais adiante detalho tempos de viagem e quilometragem rodada): 26/12: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em Oberá/Argentina 27/12: Saída de Oberá/AR com destino e pernoite em Presidência Roque Sáenz Peña/AR 28/12: Saída de Presidência Roque Sáenz Peña/AR com destino e pernoite em San Salvador de Jujuy/AR 29/12: Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR 30/12: Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) 31/12 e 01/01: Dias livres em Cafayate/AR 02/01: Saída de Cafayate/AR com destino e pernoite em Termas de Rio Rondo/AR 03/01: Dia livre em Terma de Rio Rondo/AR 04/01: Saída de Termas de Rio Rondo/AR com destino e pernoite em Corrientes/AR 05/01: Saída de Corrientes/AR com destino e pernoite em Puerto Iguazú/AR 06/01: Saída de Puerto Iguazú/AR com destino e pernoite em Iretama/BR 07 /01: Saída de Iretama com destino para casa, em Curitiba/PR ---- PREPARAÇÃO ---- Para iniciar alguns detalhes da nossa preparação. Lembrando que estávamos eu e minha família de carro e os amigos todos de moto (5 motos no total) e que até San Salvador de Jujuy seguiríamos juntos e depois eles rumavam sentido Peru e nós sentido Cafayate. A preparação foi uma boa revisão do carro e equipá-lo com alguns itens que reza a lenda serem obrigatórios na Argentina. Levei: • um extintor; • dois triângulos; • uma corda de reboque; • um cambão de reboque; • dois coletes de sinalização refletivos. Tudo que levei foi com base em muita pesquisa e conversa com amigos que foram recentemente para a Argentina de carro. Além de ter em mente a premissa "melhor levar para não se incomodar". Outro ponto foi retirar o engate de reboque do meu carro. Depois de muito pesquisar vi que a lei argentina manda retirar o engate (a bola propriamente dita) quando não se está usando. Como o meu era tudo unido, tive que retirar o engate por completo. Foi melhor. Vou compartilhar aqui o link do Consulado da Argentina em Curitiba, eles tem um post bem claro dizendo o que é exigido. Link: https://ccuri.cancilleria.gob.ar/es/requisitos-para-brasileiros-ou-estrangeiros-residentes Além dos ajustes com o carro, a preparação incluiu Carta Verde, Seguro Saúde para os 3, documentos pessoais e uma via impressa do documento (CRLV) do veículo. Como estávamos com o bebê, dois meses antes da viagem fizemos um RG para ele. Além disso, levamos certidão de casamento e de nascimento, tudo para comprovar a filiação e demonstrar que viajava com os dois genitores, evitando aquelas autorizações especiais. Para evitar estresse com a busca de hotel em cima da hora, já saímos com 2/3 das pernoites reservadas. Deixei a perna final (de volta) sem reserva, caso houvesse alguma mudança de planos. Feito isso, vamos lá! Dia 1 (26/12) – Curitiba a Oberá/AR – 800km Às 6h00 encontramos nossos amigos da moto no Posto Guarani, na BR-277 sentido Guarapuava. A premissa do nosso grupo é sempre iniciar os deslocamentos cedo, assim chegamos cedo no destino e temos uma margem boa de tempo, caso aconteça algum imprevisto no trajeto. Fomos pela BR-277 até Guarapuava e depois BR-373 até Dionísio Cerqueira (SC). Entramos na Argentina por Bernardo de Irigoyen (ou Paso de Bernardo de Irigoyen), como fizemos em dezembro de 2021, visto que as filas para entrar pela Argentina por Foz do Iguaçu/Puerto Iguazú estão cada dia piores. Nada menos do que 3 horas de fila. Pegamos um trânsito bem intenso, o que fez com que as motos seguissem (pela facilidade em ultrapassar) e eu ficasse mais atrás. Às 14h30 já estávamos na fronteira (o grupo de moto e nós). Mesmo por essa fronteira que é mais tranquila, acabamos ficando cerca de 30 minutos numa fila de carros, onde pediram minha CNH e documento do veículo. Após, tivemos que estacionar o carro e voltar numa casinha para fazer o trâmite de documentos para dar a entrada na Argentina. Mais uns 20 a 30 minutos e já estávamos liberados. Troquei R$ 500,00 com os cambistas da fronteira (acho confiável ali), numa cotação de R$ 1,00 para ARS 175,00. Seguimos pela Ruta 14 e paramos para abastecer após cerca de 100km da fronteira. O cambista orientou que ali em Bernardo o YPF (que é o posto mais barato) não estava abastecendo estrangeiros, só os demais (Petroar e Axxion), porém o preço era bem mais alto (ARS 619 no YPF e mais de ARS 800 nos demais). A estrada até Oberá é boa. Gosto do trajeto. Tem um trecho com curvas de alta excelentes rsrsrs. Creio que por volta das 17h30 já estávamos no nosso hotel, o Bagu Azul Oberá, o qual já fiquei outras duas vezes. Gosto desse hotel. Preço bom, bons quartos, duas piscinas, restaurante bom e dentro do hotel, estacionamento fechado. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 175). Comemos algo no hotel mesmo e nós (eu, esposa e bebê), às 20h já estávamos no quarto para o ritual noturno do bebê. Dia com o bebê: foram várias horas dentro do carro e um deslocamento bem grande para uma criança, mas posso dizer que o saldo foi positivo. Gui dormiu algumas vezes e fizemos várias paradas para ele descansar. Estávamos com uma caixa térmica ainda com comidinhas e frutas que trazíamos de casa. Foi bom para ajudar a distrair. Dia 2 (27/12) – Oberá a Presidência Roque Sáenz Peña – 588km Às 7h00, conforme combinado, nos encontramos todos (nós e o grupo da moto) no café da manhã, com tudo já guardado nos veículos e prontos para comer e sair. Nesse dia demoramos um pouco mais, a reposição das comidas do café estava um pouco lenta e tinha vários grupos de motociclistas hospedados no hotel e, como de costume, todos gostam de sair cedo. De qualquer forma, 8h30 já estávamos abastecidos e rumando sentido Posadas e Corrientes. Saímos por dentro de Obera, pela Ruta 103 para pegar a Ruta 12 lá na frente. Uma opção era seguir pela Ruta 14 mais um tempo, porém, como é um trecho que já conheço, quis mudar. Até que valeu a pena. Essa Ruta 103 é boa e já nos jogou num trecho mais a frente da Ruta 12. Entramos em Corrientes para almoçar e evitar a famosa pegadinha para quem está de moto, que é andar pela via expressa, que proíbe a circulação de motos. Foi um pouco difícil de achar um lugar para comer e, quando achamos, o lugar era um pouco demorado. Atrasando nosso percurso. Saímos por dentro de Corrientes para pegar a ponte com a cidade de Resistência, sem entrar na via expressa. Motociclistas: se jogar no google encontra fácil um mapinha do que deve ser feito para evitar a via expressa. Depois de Corrientes seguimos pelo quentíssimo Chaco Argentino. Pegamos 37º, 38º de temperatura. Chegamos em Presidência por volta das 17h30 e nos hospedamos no Hotel Aconcágua, indicado por um amigo motociclista. Hotel bom, estacionamento, quartos bons, piscina. Foi possível pagar em reais com uma cotação boa (R$1 para ARS 180). Chegamos a tempo de pegar uma piscina, eu, esposa e bebê e tomar uma cervejinha antes da janta. Fomos jantar num restaurante chamado Giuseppe, próximo ao hotel, com preço boa e comida boa. Às 21h deixamos o pessoal no restaurante e voltamos para o ritual noturno do bebê, que já havia passado da hora. Ele já estava de banho tomado, então era só dormir. Dia com o bebê: o deslocamento não foi tão grande, porém o calor estava forte. Gui se comportou super bem. Dormiu e, nesses intervalos, deixamos o pessoal da moto no ritmo deles (paradas para comer e abastecer) e seguimos sozinhos de carro. Foto: quase chegando em Saens Peña. Dia 3 (28/12) – Presidência Roque Sáenz Peña a San Salvador de Jujuy – 694km Nesse dia combinamos no café um pouco mais tarde, por conta de ter vários grupos de moto hospedados no hotel. Sabíamos que o café seria mais tumultuado. Antes das 8h00 pegamos a estrada. Trajeto do Pampa del Infierno está absolutamente melhor. Passei por lá de moto em dezembro/19 e era uma buraqueira só. Melhorou muito com vários trechos novos. A estrada é boa, porém perto da saída para Salta e sentido SSJujuy tem vários trechos em obra. Nos hospedamos no Hostel Pura Vida, que reservei com a proprietária Susana. Fica em Villa Jardin de Reyes, uns 10 km para frente de SSJujuy. Hostel excelente, com uma piscina boa, quartos muito grande e confortáveis. Nesse dia, como o hostel era só nosso (não creio que tenha mais do que 10 quartos), ficamos por lá mesmo, compramos macarrão e cervejas no mercado e usamos a cozinha compartilhada para nossa janta. No dia seguinte sairíamos passear. Dia 4 (29/12) - Dia livre em San Salvador de Jujuy/AR Por volta das 9h00 pegamos um ônibus de linha mesmo para visitar SSJujuy. Descobri quando já estava dentro do ônibus que só se paga com cartão da empresa de transporte. Não há cobrador (guarde essa informação para o futuro). E o motorista, gentilmente ou espertamente, só Deus sabe, passou o dele e ficou com o nossa dinheiro. Depois de uns 40 min, descemos no Centro Histórico com uma chuva moderada e saímos passear. Por sorte tínhamos um guarda-chuva para proteger o Gui, que dormia faceiro no canguru. Centro muito bonito, catedral central bem bonita, no padrão das igrejas do norte argentino. Fomos buscar um local para fazer câmbio. Aí o mundo desabou, tempestade forte que literalmente colocou água no nosso passeio. Trocamos dinheiro, buscamos algum lugar para comer uma parilla. Fomos num chamado La Estancia Parilla, bom, porém nada de especial, embora todos os locais tenha indicado como sendo muito bom. Saímos do restaurante e corremos (literalmente) para fugir da chuva até o shopping na quadra seguinte para trocar o Gui (o banheiro do restaurante era muito pequeno). Depois fomos num mercado, rede Carrefour, porém outro nome, para comprar uma salsicha para um pancho (cachorro-quente) argentino. Depois disso fomos ao ponto pegar nosso ônibus de retorno, número 14, guardei muito bem kkkk. Lembram que falei da falta de cobrador. Pois bem, entramos no bus, aquele grupo de 10 pessoas e eles já foram se abancando. Perguntei para o motorista como pagar, ele foi taxativo que apenas com cartão. Muito educadamente falei da vinda e perguntei se ele podia pagar com o próprio cartão e eu daria em dinheiro a ele. Nada. Conversa já ficando tensa. A sorte que todos entraram junto no bus e já foram sentando, ele não tinha como nos "tocar" dali (tinha sim kkk, mas não o fez). Perguntei se podia pedir para algum passageiro passar o cartão e nisso já fui abordando as pessoas. Um moça falou que eu podia passar 1 ou 2 passagens, passei lá e ok. Paguei 200 pesos por passagem a ela (o preço normal era 140, uma forma de agradecimento). Até que o segundo cartão que eu peguei era de uma pessoa com passagem subsidiada. Aí o bicho pegou. O motorista ficou revoltado. Eu me fiz de bobo. Passei a passagem e paguei o rapaz. Aí ele brigou comigo dizendo que não poderia ser aquele tipo de cartão. Eu me fingindo de bobo, mas entendendo tudo kkkk. E daí gritou para todos: eles não sabem, mas vcs que tem o cartão tal (não lembro o nome) não podem emprestar para ninguém. Nisso faltavam umas 7 passagens. Fui abordando o pessoal e perguntando quem tinha cartão normal. Consegui pagar mais algumas e assim foi indo, as pessoas iam entrando eu ia pedindo para emprestar o cartão e até que consegui fechar as 10 passagens. Isso quase chegando no nosso destino. Quando paguei a última, como desabafo gritei: "Aqui é Brasil, porra!". A gente é brasileiro, nós damos nó em pingo d'água. Não vem tirar a gente pra loke não kkkkk. E brinquei com o pessoal que emprestou o cartão que estavam todos convidados para vir para Curitiba, para me procurarem por aqui rsrsrs. Depois, na boa, pedi desculpas ao motorista pela confusão, agradeci a atenção e ele entendeu que nós não tínhamos culpa e sim que emprestou um cartão sabendo que não podia. Foi com emoção kkkk. No final da tarde já estávamos no hostel e chuva não dava trégua. Comemos, bebemos, conversamos bastante e fomos dormir. Dia seguinte o grupo se dividiria. Foto: prova de que a chuva não dava trégua. Dia 5 (30/12) - Saída de San Salvador de Jujuy/AR com destino e pernoite em Cafayate/AR (DIA DE SEPARAR OS GRUPOS) Nesse dia acordamos cedo, às 7h nossos amigos já estavam com as motos prontas para partir em direção ao San Pedro de Atacama e nós, com um pouco mais de tranquilidade, sairíamos para Cafayate. Eles seguiriam de moto até o Peru, voltando para o Brasil pelo Acre, e nós sentido centro da Argentina, para uma volta mais rápida, visto que estávamos com um bebê de 1 ano e 1 mês. O trajeto até Cafayate é ruim, confesso. Voltamos pela estrada até Salta, por isso pegamos novamente os trechos de obras e bem naquela região tem um sinaleiro no meio da rodovia que atrapalha muito. Trânsito não flui. Enfim. Não entramos em Salta. Seguimos pela rodovia sentido Cafayate, porém é um trecho ruim que passa muito por dentro das cidades. Pista simples, trânsito intenso, vilarejos e sinaleiros. Depois de uns 30/40km de Salta que o trajeto começa a ficar mais bonito. Porém a beleza surreal é na Quebrada das Conchas, uns 30km antes de chegar em Cafayate. Que lugar lindo, que beleza surreal. Chegamos em Cafayate por volta do meio-dia, o Gui estava dormindo e ficamos no quarto por um período. Não lembro se saímos comer depois ou não. No meio da tarde saímos passear pela cidade e procurar uma primeira vinícola para visitar. Agendamos nossa visita para às 17h00 na vinícola El Povenir. Tour bem legal. Visita a área de envase, não tem vinhedo pois fica no centro da cidade, caves e depois uma degustação de dois rótulos no final. Quem quiser pode usar os wine dispenser para cobrar outras provas. Vinhos bons da vinícola. Gostei. Voltamos no começo da noite para o nosso hostel, que aliás merece alguns parágrafos sobre. Ficamos no Hostal Kallpa, sendo recepcionados pelo seu dono, Francisco. Desde o começo nos sentimos em casa. Hostel pequeno e muito aconchegante. Francisco sempre muito gentil conosco e com o Gui. Nos franqueou o uso da cozinha, o que aparentava não ser muito comum para os outros hóspedes. O quarto era bom, com um banheiro novo. Ar condicionado e wifi funcionando muito bem. CONTINUO NOS COMENTÁRIOS .....
  2. Estou planejando uma viagem de carro ao chile em maio. Saio de Porto Alegre com mais dois yorkshire. Após algumas pesquisas na internet, vi alguns passos de documentação necessária para entrar na argentina com os dogs. Mas se alguem tiver alguma dica, ou passo a passo do que fazer antes da viagem pra não haver problemas na estrada. Desde já, agradeço.
  3. Pessoal, Me chamo Marcelo e eu, junto com mais 3 amigos(as), Edmar, Renata e Isabel, vamos de Curitiba a Machu Picchu seguindo pela Argentina, Chile, Bolívia e Peru. Serão 30 dias de viagem com o meu Renault Symbol 1.6 2013. Vamos partir no dia 26/12/2017 e devemos voltar dia 24/01/2018. Estou me preparando para a viagem desde junho com manutenções, melhorias e equipamentos extras. Também já paguei os seguros de saúde, carta verde e Soapex (Chile). Nesta etapa os custos foram estes: Seguro Carta Verde= R$ 60,00 para 30 dias (só Argentina) pela Seguros Proteges, de São Borja-RS. Seguro Soapex do Chile= R$ 34,00 para 12 dias pela internet. Seguro de saúde= R$ 252,00 para cada, pela Assist Card por intermédio do site SegurosPromo . com . br. Troca de óleo, filtro do óleo, filtro de combustível, filtro do ar condicionado e filtro de ar = R$ 205,00 Então o custo inicial (fora a troca de peças na revisão) é de R$ 551,00 A seguir vou detalhar o roteiro pretendido.
  4. Estou planejando uma viagem ao Chile em maio. Vou sair de Porto Alegre, cruzar a Argentina de carro. Como sou apenas eu dirigindo, não posso dar um "tiro muito longo". Pretendo viajar no máximo 8 a 10 horas por dia (viajo também com dois Yorkshire). Coloco aqui meu roteiro e peço a ajuda de hospedagem ou até mesmo sugestões de melhorar um pouco esse roteiro. Toda a hospedagem estou planejando pegar via Airbnb. 27/04 - 28/04 - Porto Alegre > São Borja - 8h - 590km 28/04 - 29/04 - São Borja > Saenz Penha - 7h30 - 590km 29/04 - 30/04 - Saenz Penha > San Salvador de Juy Juy - 8h - 690km 30/04 - 01/05 - San Salvador de Juy Juy > San Pedro de Atacama - 7h - 480km 01/05 a 09/05 - San Pedro de Atacama Desde já, agradeço muito
  5. Estou planejando uma viagem de carro a San Pedro do Atacama, no Chile, de carro, saindo de Porto Alegre. A minha ideia é me hospedar por 8 dias em San Pedro de Atacama, via Airbnb, e fazer o máximo de passeis por minha própria conta. Gostaria de perguntar experiências e locais de quem já foi para eu colocar no meu roteiro. E também uma agência em conta com o roteiro que só pode ser feito via agencia mesmo. Desde já, agradeço muito.
  6. Relato de uma viagem feita de carro com um grande amigo entre os dias 12/02 e 22/02 antes da pandemia de coronavírus (espero no futuro ler isso e ver que conseguimos superar a crise). Muitas das informações apresentadas aqui já foram compartilhadas no meu Instagram de viagens: https://instagram.com/viajadon_/ - Antes de chegar à primeira cidade citada no relato - Jujuy - ficamos dois dias em San Pedro de Atacama (há algumas dicas no meu Intagram e posso passar outras caso deseje). Após o último atrativo citado no relato, ficamos dois dias em Córdoba e mais dois inteiros em Buenos Aires (não relatei nada no Instagram, mas posso passar dicas, caso deseje Obs: os preços informados estão em pesos argentinos. PRINCIPAIS CIDADES/REGIÕES VISITADAS (em ordem cronológica): San Salvador de Jujuy (ou apenas "Jujuy"), Maimara, Tilcara, Humahuaca, Iruya, Purmamarca, Salinas Grandes, San Antonio de los Cobres, Tolar Grande + Cono de Arita, Salta, Cachi, Angastaco, Cafayate, Amaicha del Valle (Museo Pachamama), Belén, Campo de Piedra Pomez, Parque Nacional de Talampaya, Baldecitos, Parque Provincial Ischigualasto MAPA GERAL DA ROTA * Está faltando Tolar Grande e Cono de Arita, pois o Google Maps dá uma volta muito grande para chegar até os pontos MAPA INTERATIVO NO GOOGLE MAPS: https://drive.google.com/open?id=1LtTF87I0L1GPBiNd1VGNPVgQESvfSJqs&usp=sharing * Arquivo em kmz: Norte da Argentina.kmz ITINERÁRIO RESUMIDO * Planilha editável: Roteiro norte argentina.docx INFORMAÇÕES BÁSICAS - Aluguel de carro: fizemos quase toda a viagem em carro alugado, exceto a viagem a Iruya em ônibus de linha regular e os tours a Tolar Grande + Cono de Arita e a Campo de Piedra Pomez realizados em carro 4x4 com motorista contratado. Alugamos um carro popular mesmo e ficamos satisfeito. Não era necessário um carro mais potente para a viagem da forma como a realizamos. Alugamos o veículo na Alma Rent a Car. Saiu por $43.900 ($29.900 aluguel por 13 dias + $14.000 taxa de devolução do carro em Córdoba). Gostamos tanto do atendimento, que depois escrevemos comentários positivos no Google. Segue o comentário que escrevi: " Bom preço e ótimo atendimento ao cliente. Foram super atenciosos e solícitos comigo e meu amigo. Nos receberam no terminal rodoviário com sorriso no rosto, mesmo após atraso e ausência de comunicação nossa por estarmos sem celular. Depois ainda nos levaram numa casa de câmbio com cotação ótima para trocarmos o nosso dinheiro. Todas as vezes que precisamos de nos comunicar com eles, nos atenderam prontamente pelo Whatsapp." - Câmbio: conforme citado acima, trocamos dinheiro inicialmente na casa de câmbio que o pessoal da Alma Rent a Car nos levou. Infelizmente demos mole e não anotamos o nome do local. Pelo pesquisei aqui, provavelmente fica do lado da Graffit Turismo. Depois trocamos mais um pouco com cambistas próximo da praça principal de Salta e em um quiosco na Plaza San Martín em Córdoba (caso vc vá passar por esta cidade antes). Em todas essas situações trocamos R$1 por $17 pesos, a mesma cotação da casa de câmbio Mais Brazucas de Buenos Aires, a qual costuma ser a mais recomendada nesta cidade. Em Salta e em Córdoba, não compensava trocar em casas de câmbio oficiais. Nesse período compensava muito mais trocar real por pesos do que trocar dólar. - Hospedagens: de forma geral, ficamos em hospedagens econômicas muito baratas. Demos preferência a hostels com quartos compartilhados, mas em San Antonio de los Cobres e Baldecitos não havia essa opção (mais detalhes no tópico "hospedagens" ao final do relato). O custo da hospedagem girou entre $350 (pouco mais de R$20) e $600 para cada um de nós dois. - Comida: a comida de forma geral é baseada na carne, mas se vc é ovolactovegetariano (eu sou pseudo...hahaha...não como carne no dia a dia, mas eventualmente como em viagem em caso de necessidade ou como um experiência cultural), basta negociar, que geralmente fazem alguma coisa tipo uma omelete. Vc conseguirá menú (entrada + prato principal + sobremesa) por $300 em vários locais ou então conseguirá bons pratos entre $180 e $250. - Bebida: o vinho é super barato na Argentina e em alguns locais por onde passamos, especialmente na parte do roteiro após Salta, havia opções de vinhos da região. O litro da cerveja tinha um custo geralmente em torno de $200 nos restaurantes e $150 em mercados. - Preços: já citei os valores de hospedagem, comida e bebida, vale dizer que o transporte coletivo também parece ser econômico pelo o que li em relatos. Não posso dar muitas informações a respeito, pois o único transporte coletivo que pegamos foi de Humahuaca a Iruya a $300 (cada trecho). Digo ainda que artesanato também é muitooo barato na região! - Viajando de carro - estradas e combustível: de forma geral, mesmo as estradas de terra, são ótimas. Bastante atenção e velocidade reduzida, pois muitos trechos são muito sinuosos e há bastantes depressões nas estradas por onde passa água de rios temporários ou de chuva. É interessante como nessa região muitos vezes não há canalizações d'água ou pontes mesmo nas estradas com ótimo asfalto. A respeito do combustível, pagamos entre $58 e $64 pelo litro de gasolina normal. Não há muita variação de preço entre as cidades. No total, gastamos $7.600 (pouco mais de R$400), incluindo a viagem até Córdoba. Por últimos, há muitas blitz. Sendo assim, esteja com todos os documentos, inclusive o seguro do automóvel a mãos. Fomos parados apenas em uma por sorte. ROTEIRO DIA 1) SAN PEDRO DE ATACAMA - SAN SALVADOR DE JUJUY (JUJUY) Ao chegar na rodoviária às 16h30 aproximadamente e fomos muito bem recebidos por um dos funcionários da Alma Rent Car, onde alugamos um carro para percorrer uma boa parte do noroeste da Argentina. Depois de nos receber, fomos até o escritório da locadora e em seguida à uma casa de câmbio para trocar nosso dinheiro (detalhes sobre câmbio em tópico acima). Posteriormente, fomos até o Hostel Malala, onde relaxamos um pouquinho, tomamos um banho e depois saímos caminhando até a a Plaza Belgrano, onde estão a catedral, a Casa de Gobierno e outras atrações. Como já era noite, estava tudo fechado, mas deve ser um ponto interessante para se visitar durante o dia. Durante a caminhada, é interessante ver como os argentino são noturnos. Sério! Parece que a galera economiza bateria durante o dia para gastar depois das 19h, 20h. 🤣 Depois tivemos um jantar maravilhoso no restaurante Viracocha, recomendado pelo funcionário da locadora de carro. Comemos milanesa de quinua (que trem bom!) e milanesa de quesillo (tbm bem gostoso), um arroz especial delicioso e chuño (batata desidratada, super sem graça). De quebra ainda tomamos uma garrafa do gostoso vinho Alamos por $400. Por acaso, depois descobrimos que o restaurante é o n° 1 do TripAdvisor da cidade (e ainda assim bastante barato). DIA 2) MAIMARA - TILCARA - HUMAHUACA Saímos cedo rumo ao norte com primeiro destino em Maimara (a 75 km de distância de Jujuy). Ao longo do caminho, vamos margeando o RIo Grande e montanhas coloridas que podemos apreciar a partir de mirantes estrategicamente posicionados no acostamento. Maimara é uma cidade bem simples, sem muito para conhecer. Seu maior atrativo para mim, foi o seu cemitério (sim, sou o gótico (nem sou!) que se amarra em cemitérios! 🤪👻). Depois seguimos até a cidadezinha de Tilcara a 7 km de distância. Esta já tem bastante infraestrutura turística, com muitos hostels e restaurantes interessantes. Visitamos o Pucará de Tilcara - comunidade pré-hispânica reconstruída parcialmente por arqueólogos - que teve a sua construção iniciada no séc XVIII e alcançou maior esplendor com a ocupação inca no séc. XV. Bastante interessante, mas achamos a entrada de 350 pesos (cerca de 20 reais) um pouco cara. Por fim, chegamos a Humahuaca (a 45 km de distância de Tilcara). Cidadezinha super agradável, com uma praça central bonita, onde ficam muitos vendedores de artesanato. O seu maior atrativo é o Cerro Hornocal ou Serranias de 14 colores (na verdade fica a alguns km de distância) . Antes ir à Serrania, demos uma volta pela cidade e almoçamos Café e Restaurante Las Glorias. Comemos um menú de $300 que incluía um estofado de llama. Basicamente é uma sopa com carne de lhama e batatas. Não vi muita diferença entre a carne de lhama e a carne de vaca. Tudo bem que não sou a melhor pessoa para degustar carne, mas o Sávio também considerou o mesmo. Ah, e vale dizer que enquanto almoçávamos, fomos agraciados pela apresentação de um cantora e violonista chilena maravilhosa. Depois do almoço, seguimos até a Serranía de Hornocal ou Cerro de 14 Colores está situado a 4760 m de altura, a 25 km da cidade de Humahuaca. O caminho é feito em estrada de chão (no linguajar brasiliense ou de terra, se preferir). Na cidade fazem um terror danado com a qualidade da estrada e oferecem transporte de 4x4 para chegar ao local por 2 mil pesos (um absurdo!). Se estiver na cidade em um carro pequeno, não hesite em ir até o local. A estrada na verdade é bem tranquila, apesar de ser muito sinuosa. Apesar do nome alternativo de Cerro de 14 Colores, muitas fontes dizem que na verdade são 24 cores, enquanto outras dizem que são 33 tonalidades. Eu tentei contar e vou falar que não consegui definir quantas cores são. Isso vai mais da sua interpretação pessoal. hehehe As diferentes cores são resultado de processo de diferentes processos de intemperismo sobre rochas que têm desde 110 milhões a 40 milhões de anos. Há uma entrada de 80 pesos e vale a pena fazer o caminho do mirador até mais perto da serra. Desses lugares que nenhuma foto consegue captar a real beleza. Depois desse rolê, voltamos para Humahuaca e fomos procurar hospedagem. Decidimos ficar no Hostel Humahuaca (detalhes ao final do relato). Depois de relaxar um pouco no hostel, saímos para jantar no La Puerta Verde. Menú também a $300 com muitaaa comida. Comemos umas humitas (a pamonha dos nossos vizinhos) e uma tortilla de papas andinas. Ambos estavam razoáveis, nada de mais. E vale dizer também que mais uma vez tivemos música ao vivo no restaurante. Aqui no caso era um grupo, com alguns bolivianos, que tocava música regional e cantou chacarera e fez o povo dançar. DIA 3) IRUYA Dia de conhecer a cidadezinha de Iruya, situada na Serra de Santa Victoria, a 75 km da cidade de Humahuaca. Há saídas de ônibus diariamente às 8h20, 9h e 10h30, com último retorno garantido às 15h15. O preço de cada trecho é de $300 pesos (cerca de 18 reais) e a viagem dura quase 3h. Iruya teve sua construção iniciada em 1751 e há indícios de que os primeiros habitantes eram descendentes dos incas. A cidadezinha é bem pitoresca e pode ser toda percorrida rapidamente. Primeiro fomos até o cemitério e ao mirante na parte superior. Depois descemos até uma pracinha na parte inferior, onde almoçamos no restaurante Cachis. Eu comi uma tortilla de quinua com papas andinas (espécie de suflê com esses ingredientes), que estava gostosa e caprichada ($230). Retornamos no último ônibus. Antes de ir pro hostel, compramos umas deliciosas (muito...demais mesmo!) tortillas rellena perto do mercado municipal. Essa tortilla é bem diferente da tortilla citada em Iruya, parece mais um calzone. É uma das coisas mais gostosas que comi durante toda a viagem e é encontrada também em Purmamarca e Salinas Grandes. Não achei mais dela na parte mais ao sul da nossa rota. DIA 4) PURMAMARCA - CUESTA DEL LÍPAN (ruta 52) - SALINAS GRANDES - RUTA 40 (Tres Morros e El Mojón) - SAN ANTONIO DE LOS COBRES Saímos de Humahuaca con direção a Purmamarca, uma cidadezinha fotogênica com uma história centenária, tendo assentamentos humanos desde antes da chegada dos espanhóis. Na cidade destacam-se as suas casas de adobe, o centrinho com muitos vendedores de artesanato, uma igrejinha que data de 1648 e o principal: o Cerro de Los Siete Colores como "tela de fundo". Vale super a pena pagar 20 pesos para subir no mirante do Cerro de Los Siete Colores e também recomendo demais fazer uma caminhada pelo Paseo de los Colorados, uma rota circular de cerca de 3 km, que passa por trás do Cerro. Depois da nossa volta pela cidade, pegamos a Cuesta del Lipán ou ruta 52: uma estrada bastante sinuosa e bastante inclinada, de pouco mais de 60 km, com belíssimas vistas. Ao longo do caminho, paramos em acostamento para tirar fotos, No local estava um ciclista parado e para nossa surpresa era um brasileiro, o Vieira, que estava fazendo a subida sinistra com o seu amigo Felipe (galera cascuda da porra!). Eles estavam com um projeto massa de pedalar do Atlântico (mais especificamente de Paranaguá) até o Pacífico (Antofagasta), promovendo a doação de medula óssea (dá para encontrar eles no Instagram: @pedalando_para_vida). Depois de trocar umas ideias com os ciclistas brasileiros, seguimos pela ruta 52 com destino às Salinas Grandes. Localizada a cerca de 3400 m de altitude, na província de Jujuy, as Salinas Grandes ocupam uma superfície de 212 km². Muitos sites a colocam como a segunda maior salina do mundo, mas essa informação é errada já que depois de Uyuni, outras duas (pelos menos) são maiores: a do Atacama e a de Arizaro (mais a frente falarei sobre esta 😆). As salinas possuem acesso super fácil, pois a Ruta 52 atravessa o salar, tendo alguns pontos para se estacionar o carro e descer para curtir a paisagem. Ao pensar em salina, talvez imediatamente vc pense em mar, não é?! Porém, as Salinas Grandes não têm nenhuma relação com o mar. Elas foram formadas a partir da evaporação de água de origem vulcânica entre 5 a 10 milhões de anos atrás. Depois de conhecer as Salinas, seguimos rumo a San Antonio de los Cobres. Aqui vale contar uma história: quando pegamos o carro, a galera da locadora nos disse para não pegar a ruta 40 para ir até San Antonio de los Cobres porque estava em péssimas condições. Olhamos no Maps e vimos que essa ruta era afastada da estrada que pretendíamos pegar, a qual não tinha indicação de nome no app, e assim ficamos tranquilos. Pegamos essa estrada de terra e depois de dirigir um bocado, avistamos uma placa: ruta 40. Lasqueira! Pegamos outro braço dessa ruta danada. hahaha 😂 Realmente a estrada tinha muita costela de vaca e alguns trechos de travessia de rio, mas de boa para quem já teve um Celtinha "off-road", que enfiava em todas trilhas e que foi meu veículo de campos de pesquisas no Cerrado por um bom tempo. 😆 Na verdade, a estrada talvez só não seja viável para carro pequeno em situações de muita chuva quando os rios enchem. No final, valeu a pena demais pegar essa rodovia. Muitas paisagens bonitas, umas ruínas massa em um cenário meio Mad Max, incluindo um fundo com salar e montanhas, e ainda dois povoadinhos super pitorescos: Tres Morros e El Mojón. Este último é meio que um projeto de povoado modelo, com restaurante, museu, igreja e hospedagem. Infelizmente não havia ninguém no local e como as informações na internet são escassas e defasadas, não sabemos dizer a quantas anda o projeto. Por fim, chegamos em San Antonio de los Cobres, uma cidade a 3775 m de altura, baseada principalmente na atividade de mineração e que tem buscado desenvolver o turismo no entorno, no qual se destacam o Viaducto La Polvorilla, o passeio pelo Trem de las Nubes e para Tolar Grande e Cono de Arita (cenas dos próximos capítulos 😆). DIA 5) TOUR TOLAR GRANDE + CONO DE ARITA Segurem-se, que lá vem o tour que talvez seja o mais incrível que já fiz (no mesmo patamar do tour de 3 dias de Uyuni)! Fizemos o tour a Tolar Grande e Cono de Arita partindo de San Antonio de los Cobres com o motorista Jorge Olmos (+54 387 519 9112), uma pessoa super tranquila e atenciosa, que nos cobrou barato pelo passeio ($15 mil no total...daria para colocar mais uma pessoa no veículo para dividir e ainda fazer o passeio com qualidade). O tour é super cansativo. Durou um total de mais de 13 horas dentro de uma Duster para percorrer pouco mais de 500 km. Mas vou te falar que o cansaço foi muito bem recompensado. Cada paisagem que cê tá doido!!! Passamos por montanhas incríveis, ruínas de casas abandonadas, salares de Pocitos e Arizaro, pelas Coloradas e Deserto del Diablo, por olhos de água salina (Ojos del Mar), pela cidadezinha de Tolar Grande e por último pelo incrível Cono de Arita (uma pirâmide natural no meio do Salar de Arizaro). Seguem as principais atrações: Salar de Pocitos O primeiro salar do roteiro. Há poucas informações sobre ele na internet (para não dizer nenhuma boa 🤣). Há uma pequena vila na beirada do salar e há bastante extração de sal no local. Há ainda um trilho de trem de carga que o corta. Las Coloradas e Desierto del Diablo A primeira é um conjunto de formações de rochas metamórficas sedimentares constantemente erodidas pelo vento e por chuvas de verão. Simplesmente incrível! 😍 Já o Desierto del Diablo (está situado a 3700 m de altura e é rodeado por montanhas majestuosas da Serranía de Macón, que degelam e formam pequenos cursos d'água que chegam até o deserto. MAH04445.MP4 Tolar Grande Atualmente a cidade tem mais de 200 habitantes, mas no passado, no auge da atividade ferroviária devido à mineração nos arredores, chegou a ter cerca de 5 mil habitantes. Ojos del Mar Os Ojos del Mar são um conjunto de três pequenas lagoas, situadas pertinho de Tolar Grande, que afloram a partir de um lençol freático bem profundo. Abrigam estromatólitos - rochas fósseis formadas pela atividade de microorganismos - e possuem coloração que variam de azul a verde esmeralda dependendo da luz. Cono de Arita Este com certeza é um dos lugares mais incríveis que já vi em toda a minha vida! 😍 O Cono de Arita se situa a pouco mais de 80 km da cidade de Tolar Grande. É uma formação piramidal com quase 200 m de altura, praticamente perfeita, que está situada no meio do Salar de Arizaro, o terceiro maior do mundo, após o Salar de Uyuni e de San Pedro. Segundo alguns estudos geológicos, o Cono é um vulcão que já chegou a entrar em atividade. Nas suas proximidades foram encontrados alguns artefatos que indicam que o local era usado em cerimônias por povos pré-incas e assim poderia ser considerado um local sagrado para estes. E para não dizer que tudo são flores, que há contratempos que aumentam a aventura (ou te tiram um tampão hahaha), segue algumas fotinhas de perrengues ao longo do caminho. Fiquei com muita pena do motorista que tava no caminhão da terceira foto. Imagina o esporro que levou! E o pior não faço ideia como ele aprontou essa arte. 😂😂 DIA 6) VIADUCTO POLVORILLA (San Antonio de los Cobres) - SALTA Acordamos cedo e fomos conhecer o Viaducto Polvorilla. É um dos maiores viadutos de trem do mundo com 63 m de altura e 223 m de comprimento. É o viaduto mais icônico por onde passa o Trem de las Nubes, um trem turístico que passa por diversos lugares muito bonitos. . Depois seguimos pela belíssima ruta 51 até Salta. Ao longo do caminho, montanhas nevadas e belas paisagens, como a da Quebrada del Toro, e ainda o importante sítio arqueológico de Santa Rosa de Tastil, que acabou nos passando batido. 🤦‍♂️ As estradas que percorremos durante a viagem às vezes eram mais atrativas do que os próprios destinos. Depois de cerca de 3h de belas paisagens na estrada, chegamos a Salta, a capital da província de mesmo nome, fundada em 1582. O nosso maior objetivo na cidade era visitar os Museus de Antropologia e de Arqueologia de Alta Montanha, o qual tem as famosas múmias de Llullailaco. Porém chegamos na cidade na segunda, o dia oficial dos museus fechados em várias cidades do mundo. 😂 Bola para frente. Fomos curtir a cidade que tem belas igrejas, como a grande Catedral e as coloridas Iglesia de la Candelaria e Iglesia San Francisco; uma charmosa e movimentada praça central; e ainda um teleférico que vai até o alto do cerro San Bernardo, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade. Nós subimos nele e depois descemos a pé. Depois do rolê pela cidade, ao fim da tarde paramos no Café Van Gogh para almoçar (sim, almoço oficial (ou já seria janta?!) às 17h30 🤣). Comemos um menú por $380 com um crepe de verduras de entrada, filé de merluza de prato principal e ainda um crepe de banana com doce de leite. Tudo muito gostoso! DIA 7) SALTA - CACHI - ANGASTACO - CAFAYATE Dia de um rolezão enorme! Não tanto pela distância percorrida (320 km), mas pelas estradas de chão muito sinuosas e pelas paradas que fizemos em lugares muito lindos. Saímos de Salta, pegando a ruta 33. Depois de alguns quilômetros, passamos pelo Parque Nacional Los Cardones (espécies de cactus). De acordo com as fotos que vimos, o Parque tem vistas de paisagens incríveis. Porém, para o nosso azar pegamos muita neblina neste trecho do Parque, que muitas serras e curvas, e assim pouco conseguimos ver da paisagem. Depois de passarmos por esse trecho nublado, chegamos à bela Recta del Tin Tin, uma retona ladeada por muitos cactus e morros bonitos, onde paramos para tirar umas fotos e apreciar os cardones. Depois seguimos com destino à Cachi: uma cidadezinha branca linda, super agradável, com várias opções de restaurantes. Curtimos demais essa cidade! 😍 Depois de um bom rolê pela cidade, compramos umas empanadas baratas em uma casinha em um rua subindo logo após a praça principal (a de frango estava bem gostosa...a de carne vermelha, o Sávio não curtiu) e seguimos rumo a Angastaco, uma cidadezinha minúscula, super agradável, em que eu poderia facilmente me hospedar por um dia para descansar. Ao longo do caminho até essa cidade, muitas casas de adobe com tetos de barro, que escorrem pelas paredes formando um visual de filme de terror e diversas paisagens lindas, mas o mais incrível de todo esse caminho viria logo após: a belíssima Quebrada de Las Flechas. Paramos em todos os mirantes desse trecho e curtimos uma paisagem mais bonita que a outra. > Quebrada de las Flechas: Por fim, chegamos até Cafayate, uma cidade que muitas pessoas visitam para fazer visitas a vinícolas. Vou ser sincero que esperava um pouquinho mais da cidade em si. Achei bem sem graça e com um aspecto de lugar que na década de 70 e 80 era muito visitado, mas que hj em dia ficou meio defasado. Jantamos no restaurante Chikan na praça principal. Pedi um ravioli de verduras que estava bem fraco e ainda veio com um pedaço de carne cozida horrível, que não constava no cardápio. DIA 8 ) QUEBRADAS DE CAFAYATE (ruta 68) - MUSEO PACHAMAMA - CAFAYATE Começamos o dia conhecendo as quebradas e paisagens próximas da cidade de Cafayate, na ruta 68. No caminho, paramos para dar carona para um casal super gente boa de russos. Acabou que depois eles conheceram todas as quebradas com a gente. hehehe Dar carona é legal, pois é uma oportunidade de contribuir com outros viajantes e ainda conhecer um pouco mais sobre suas culturas, pegar dicas de roteiros e ainda fazer amizades. Sempre quando viajo de carro, dou caronas. Também já peguei muitas! Foi massa ver como a cultura da carona é forte nessa parte da Argentina. Quebradas basicamente são caminhos estreitos que passam entre montanhas ou desfiladeiros. Nesse trecho se destaca a belíssima Quebrada de las Conchas, o mirante de Los Castillos e Las Ventanas. Depois desse rolê pelas quebradas, seguimos no carro com destino a Belén, fazendo um pequeno desvio para conhecer a cidadezinha de Amaicha del Valle e o seu Museo Pachamama. O museu traz informações sobre a geologia da região e faz uma interpretação de como poderia ser a vida dos primeiros habitantes pré-incas da região, além de ter obras de arte do artista que o fundou, Héctor Cruz. A parte de acervo e de informações no museu é meio fraquinha. O que chama atenção mesmo é a arquitetura, as esculturas e ornamentações da área comum que recriam símbolos dos povos originários. Entrada: 200 pesos (cerca de 12 reais na cotação atual do peso). Por fim, seguimos caminho até a cidade de Belén, que seria a nossa base para o passeio ao Campo de Piedra Pómez. Essa cidade, que não é nem um pouco turística, tem três agências de viagem onde se pode contratar o passeio. Depois da contratação (falo sobre a empresa no final do tópico abaixo), jantamos no restaurante Ateneo. Era o que tinha opções mais baratas e onde consegui ver um esquema vegetariano (ovos com batatas fritas 😝). Porém não recomendo, não. Demos o mole de comer duas vezes no lugar. No segundo dia, a comida estava horrível. DIA 9) CAMPO DE PIEDRA POMEZ Segure-se que lá vem mais um passeio pedrada! Saímos rumo ao Campo de Piedra Pomez (a cerca de 240 km de Belén) às 7h30, com o excelente guia e condutor Pierino na sua SW4 (4x4 é obrigatório para entrada no Campo). Ao longo do caminho até o Campo, passamos por formações incríveis, como Puerto Viejo (uma sequência de formações que parecem proas de barcos) e Cuesta de Randolfo (com dunas imersas em montanhas altas...muito louco!), e ainda tivemos o prazer de ver várias vicunhas, inclusive algumas cruzando a estrada. VID_20200220_092737.mp4 O Campo de Piedra Pomez (a cerca de 240 km de Belén) é uma área natural protegida de pouco mais de 75 mil hectares na província de Catamarca. É uma paisagem surreal formada por rochas originárias de eventos vulcânicos (especialmente no Vulcão Blanco) que inundaram a área de magma entre 20 milhões e 10 mil anos atrás. Posteriormente, essas rochas foram esculpidas pelo vento, dando origem a diferentes formas e relevos. Lugar único, incrível!!! Depois de conhecer o Campo, voltamos até a vila de El Peñon, praticamente na base do Campo, e almoçamos no restaurante Comedor La Pomez. Na verdade o restaurante é a casa de um morador da cidade, sendo a comida servida na sua sala. Comi uma tortilla de batata e o Sávio uma carne vermelha. Gostamos bastante da comida! Depois do almoço, já no nosso retorno a Belén, demos uma passadinha na Laguna Blanca. Situada na Reserva de Biosfera de mesmo nome infelizmente estava com pouca água e bastante turva. Segundo o Pierino, de uns anos para cá anda geralmente muito seca, mesmo em períodos de chuva. No local vimos alguns flamingos e vicunhas 😍. No total, o passeio durou 10h30. Fizemos com a empresa Fanayfil por 12 mil pesos (carro para até 4 pessoas, cerca de R$400...facada!). As outras empresas estavam negociando pelo mesmo preço. Há ainda a opção de partir de El Peñón, cidadezinha praticamente na base do Campo (assim deve sair mais em conta...seguem alguns contatos abaixo caso queiram verificar). DIA 10) EL SHINCAL - PARQUE NACIONAL DE TALAMPAYA Saímos de Belén com primeiro destino nas Ruínas de El Shincal e segundo no Parque Nacional de Talampaya. El Shincal, fica a pouco mais de 20 km de Belén, e é o principal sítio arqueológicos dos incas na Argentina. Infelizmente encontramos informações de horário de funcionamento conflitantes na internet e ainda erramos o caminho (não siga o Google Earth; vá pelas placas). Assim, perdemos um dos horários de saída da visita guiada obrigatória e não podíamos aguardar a saída do próximo grupo pq depois a gente poderia perder o passeio em Talampaya. Segue abaixo os horários desde o ano passado para não ter contratempos: Depois de cerca de 4h30 de viagem e pouco mais de 300 km percorridos (mais uma vez com alguns trechos incríveis), avistamos serras altas dos dois lados da estrada em uma região árida e com vegetação composta por arbustos e algumas árvores esparsas, características da ecorregião de Monte de Sierras y Bolsones. Chegamos a um dos patrimônios naturais da humanidade declarados pela UNESCO: o Parque Nacional de Talampaya (declarado em conjunto com o seu vizinho, o Parque Provincial Ischigualasto...ambos considerados uma mesma unidade geográfica). O parque possui cânions e formações geológicas incríveis e abriga cerca de 190 espécies de vertebrados, entre eles guanacos, o condor, serpentes e nandu. No passado, abrigou dinossauros répteis e protomamiferos do Triassico (precursores dos dinossauros dos grandes dinossauros do Jurássico), que podem ser estudados e reconstituídos a partir de fósseis bem conservados encontrados na região (vou falar pouco mais sobre isso no post seguinte sobre o parque vizinho Ischigualasto). 🚩 Passeios: são feitos com empresas concessionárias ou com permissionários da comunidade local. Optamos por fazer um dos mais famosos: o do Cañón de Talampaya ($1490 + $400 de entrada, cerca de R$120...verifique no site oficial do Parque os horários dos passeios). O passeio é feito em um microônibus 4x4, com acompanhamento de guia e tem uma duração de 2h30, com saídas em diferentes horários ao longo do dia. O ônibus sai da entrada do parque e depois de percorrer alguns quilômetros - em parte pelo leito de um rio seco, que se enche apenas temporariamente com enxurradas nos meses dezembro e janeiro -, chega ao primeiro ponto de parada: um sítio com petrogriflos, alguns com cerca de 2500 anos, que trazem representações de animais, pessoas e figuras geométricas. 🖖 Depois percorremos mais uns quilômetros no ônibus e adentramos no incrível Cañón de Talampaya, o ponto alto do parque. Um cânion com paredes serpenteantes e em algumas partes tão retas na sua projeção ao céu, que parecem que foram cortadas por uma grande faca. Maravilhoso! Depois de ouvir explicações do guia, tirar fotos, gritar e escutar o eco, apreciar os loros (papagaios) que fazem festa nas árvores e ainda tomar uns vinhos locais oferecidos pelo guia🥂, seguimos até a formação Catedral Gótica. Bem massa! Por fim, seguimos até a última parada para contemplar a formação o Monge, que fica em uma parte mais aberta do parque, com outras formações geológicas bem interessantes. Que passeio incrível! Sim, é caro, mas vale super a pena. Depois seguimos até a cidadezinha de Baldecitos, uma cidade minúscula com apenas duas ou três opções de hospedagens, onde nos hospedamos em uma hospedagem familiar logo na entrada da cidade, onde há também o Armazém e Restaurante Alba. À noite, jantamos nesse restaurante. Eu comi um macarrão improvisado feito na manteiga e com ovos (não foi uma boa invenção, mas como tava com fome, foi de boa 🤣). p.s : Se tiver mais tempo na região pode valer a pela fazer outros passeios no Parque Talampaya, como o do Cañón Arco Íris e o da Ciudad Perdida. DIA 11) PARQUE PROVINCIAL ISCHIGUALASTO Depois de conhecer o Parque de Talampaya, foi a vez o conhecer o seu vizinho, o igualmente fantástico Parque Provincial Ischigualasto. Famoso mundialmente por ser o local onde foram encontrados 5 das 7 espécies de dinossauros conhecidos mais antigos do mundo, datados do período Triassico (250 a 201 mi anos) entre elas ancestrais dos mamíferos, de crocodilos e dos dinossauros do Jurássico. Ischigualasto é o único lugar do mundo com uma sequência de rochas continentais triassicas completa e contínua, que permite estudar uma das transições de fauna mais importantes da história. O passeio no parque é feito em veículo particular próprio, que deve seguir um comboio em que um guia, funcionário do parque, segue no primeiro veículo. O passeio tem 3h de duração e o custo/ pessoa é de $600 (aprox. 35 reais). As saídas acontecem a cada hora, iniciando às 9h. São cinco pontos de paradas no passeio. O 1º no Valle Pintado, onde é possível ver as três formações do parque com suas características e cores próprias: Coloradas, Los Rastros e Ischigualasto. 2º: Cancha de Bochas: um local com pedras ovaladas, algumas lembram bolas de bocha. Ainda não há uma explicação definida para a origem e processo de formação, mas supõe-se que são provêm de blocos esféricos de rochas arsênicas, que depois foram englobadas por detritos e com o tempo, reveladas pela ação do vento. 3º: um pequeno museu de estrutura metálica, onde se encontra no seu centro fósseis de três espécies ainda presas ao solo. 4º e 5º: duas formações interessantes: Submarino e El Hongo. Curiosidade: o Submarino há 4 anos tinha dois telescópios, mas um foi derrubado por fortes ventos. Isso mostra como o parque está em constante evolução e como o que vemos hoje pode não ser o mesmo do que existirá no futuro. Por fim, voltamos, margeando as belas Coloradas, à entrada do parque, onde visitamos o ótimo museu (não perca!). Depois de conhecer o parque, seguimos até Córdoba, onde ficamos dois dias e entregamos o carro. Como fomos em época de Carnaval, com muitas coisas fechadas, e como a cidade é grande e com várias dicas na internet, prefiro encerrar por aqui o relato dessa viagem incrível! Espero que tenham curtido! >Veja abaixo os meus top 10 e as informações de hospedagens< TOP 10 DA VIAGEM 1 - Cono de Arita (tour de Tolar Grande) 2 - Campo de Piedra Pomez 3 - Coloradas e Desierto del Diablo (tour de Tolar Grande) 4 - Serranía del Hornocal (Humahuaca) 5 - Parque Nacional de Talampaya 6 - Parque Provincial Ischigualasto 7 - Quebrada de las Flechas (Angastaco) 8 - Ojos del Mar (tour de Tolar Grande) 9 - Quebradas de Cafayate 10 - Purmamarca HOSPEDAGENS - San Salvador de Jujuy: Malala Jujuy Hostel - bom. Hostel barato em uma casa antiga com bom ambiente, cama confortável, bom café da manhã (com pães gostosos e frutas) e atendentes atenciosos. O único problema para mim foi o banheiro externo com área de chuveiro muito apertada. A cortina ficava grudando no corpo. $350, quarto para 6 pessoas - Humahuaca: Humahuaca Hostal - satisfatório. Super econômico, com quartos não muito espaçosos no caso de quarto para seis, cama confortável, café simples (pães e geleia), ótima área de convivência (se não estiver chovendo) e banheiro limpo, mas um pouco meio sem privacidade. $300, quarto para 6 pessoas. - San Antonio de los Cobres: Hosteria La Esperanza - satisfatório. Quarto privativo com cama confortável, banheiro privado, boa localização e café simples (pães, geleia, manteiga e doce de leite). $1200 para os dois, quarto para duas pessoas. - Salta: Hostal Namasté - bom. Quarto privativo com cama confortável, excelente atendimento, ótima limpeza. Não tem café da manhã. Um pouquinho distante do centro. $1000 para os dois, quarto para duas pessoas. - Cafayate: Hostel Esperanto - Fraquinho. Café da manhã simples (pães, geleia e doce de leite), quarto muito quente e com cama estreita, cozinha meio desorganizada. $350, quarto para oito pessoas. - Belén: Hostel Bazetta - muito bom. É uma casa que foi transformada em hostel com três quartos com duas camas cada. Há boa cozinha, banheiro bom e tanque na área externa para lavar roupas. Sem café da manhã. $440 por pessoa pelo quarto duplo. - Baldecitos: infelizmente perdemos o nome da hospedagem, mas é uma familiar que fica logo na entrada da cidade, próximo de um armazém/restaurante. Achamos muito bom! Super limpa e confortável! Sem café da manhã. $1000 para os dois, quarto para duas pessoas.
  7. Olá viajantes, Em junho de 2019 aproveitei um feriadão para conhecer uma belíssima região de MG, famosa pelos seus queijos artesanais fenomenais. Mas se engana quem pensa que só tem queijo pra ver aqui. O lugar também é muito famoso pelo parque nacional da serra da canastra, onde se encontra a nascente do fundamental Rio São Francisco, o rio da integração nacional. Hospedagem: ficamos na principal cidade da região, que é São Roque de Minas, neste airbnb: https://www.airbnb.com.br/rooms/17631730, R$327 reais por 3 diárias; Casa simples, funcional, próximo a entrada da cidade, hospedagem sem frescura. Os principais atrativos do lugar são a visitação às fazendas produtoras de queijo e o passeio pelo parque nacional da serra da canastra. Além disso tem alguns lugares que tem cachoeiras e piscinass naturais deliciosas. Clima: seco e frio, frio demais! Em alguns momentos saia o sol mas só no máximo por 2 horas; Preço das atrações: vou ficar devendo, porque como já tem mais de 2 anos de viagem não lembro mesmo. DE qualquer modo estaria desatualizado. Carro: bem, li muito a respeito, pois o dilema era se a estrada do parque que vai até a parte alta da cachoeira casca d´anta era possível fazer de carro normal ou somente veículo 4x4. Após estudar bastante, chegamos a conclusao que na época seca era possível fazer o trajeto de veículo normal. O meu carro (Renault logan), é um pouco mais alto, então é mais tranquilo, mas vimos muita gente fazendo o trajeto com carro mais baixo (vi gente com honda civic). Claro que não é um percurso tranquilo, tem que ir bem devagar e estar preparado para as sacolejadas, mas chegamos sãos e salvos. Com certeza em época de chuva só é possível para 4x4; Você gosta de queijo? Se sim, prepare o bolso para levar cada queijo mais delicioso que o outro pra casa. É incrível como cada fazenda, mesmo próximas umas das outras, tem o seu queijo próprio, com sabor e características próprias. Como vários produtores falam, cada “mão tem um tempero diferente”. Aconselho a todo assistirem um documentário chamado “O Mineiro e o Queijo”, do Helvécio Ratton. É lindo, poético e emocionante. Ah, e se você não gosta de queijo, está mentindo, né? rs Dia 1: Chegada em São Roque + Fazenda Roça da Cidade; Viagem muito tranquila de BH até São Roque, a partir de BH feita em torno de 5 horas. É praticamente o mesmo trajeto até Capitólio, em Piumhi vira-se a direita e pega a rodovia até o destino. Chegamos e fomos procurar um local para almoçar, achamos um restaurante honesto com self service 20 reais por pessoa, de lá seguimos para a fazenda roça da cidade, que é logo na saída da cidade em direção a entrada do Parque Nacional. Ficamos admirando a paisagem daquela natureza exuberante e provando os queijos deliciosos e já compramos um para casa, rs. A noite saímos para comer um lanche dar uma voltinha na praça linda da cidade. Dia 2: Cachoeira Casca D´Anta (Parte Baixa) + Piscinas Naturais do Tio Zezico Nesse dia fizemos a trilha da parte baixa da cachoeira casca d´anta, que é partir da portaria 4 do parque, em vargem bonita. De São Roque até lá são cerca de 35km em estrada de terra em ótima condições, com um belo mirante para apreciar a serra maravilhosa. A trilha é bem tranquila e a cachoeira é algo surreal de tão imponente, com um paredão majestoso e a fina queda d´agua num enorme piscinão natural. Não havia ninguém nadando, até estranhei um pouco, porque mesmo em dias frios é comum a gente ver alguém na água. Quando ia tirando a blusa para entrar na água um grupo de turistas próximo olhou pra mim com uma cara espantada e perguntando se eu iria mesmo entrar. Claro, uai, vim até aqui pra que? Rsrs. Gente do céu, sem dúvida alguma foi a água mais gelada que já entrei na vida. Saí com o lábio quase roxo. E olha que estou bem acostumado com águas geladas de cachoeiras. Mas valeu a pena, posso me orgulhar de ter me banhado nas águas do Rio São Francisco! Após a trilha almoçamos num restaurante próximo a portaria do parque e fomos ao Morro do Carvão, cerca de 5 km a frente da portaria 4, que tem um belíssimo mirante da Serra da Canastra. Tiramos algumas fotos mas não ficamos muito tempo porque estava ventando demais. De lá descemos até uma propriedade privada ao lado da portaria, do Tio Zezico, onde corre um riacho que forma belas piscinas naturais, de água translúcida. Também aproveitamos para comprar mais um queijo que estava a venda por ali 😊 Voltamos para São Roque e a noite fizemos um churrasquinho no chalé que estávamos hospedados. Dia 3- Cachoeira Casca D´Anta – Parte Alta Dia inteirinho dedicado a rodar dentro do Parque a partir da portaria 1. Hora de por nosso carro a prova rs. Primeira parada é na famosa nascente do Rio São Francisco, onde há um monumento ao mesmo e visualizamos as primeiras águas do rio. Fica a 13 km do centro de São Roque. Seguimos pela estrada belíssima com vegetação extremamente fotogênica por mais 5km até um lugar chamado curral de pedras, que era um ponto de parada de tropeiros no período colonial. 17km a frente chegamos à parte alta da cachoeira casca d´anta, onde somos agraciados com aguas translucidas, grandes piscinas naturais, um precipício enorme e um belo mirante de toda a região. Um detalhe que não me agradou muito, achei o local um pouco inseguro, porque ali é muito alto e com um precipício enorme, acho que falta um pouco mais de sinalização. Na volta passamos em mais uma fazendo de queijo, que é uma mocinha de 13 anos (hoje deve estar já com uns 15-16, rs) a produtora. A noite saímos em um restaurante da cidade, que serve um contra-filé com queijo canastra( obvio, né?rs) delicioso. Dia 4 – Complexo do Capão Forro + Queijo do Seu Ivair + Retorno para casa Nesse dia fomos conhecer um completo de cachoeiras, chamado Capão Forro, que fica próximo à portaria 1 do Parque. Chegamos antes das 09:00 e ficamos lá um tempão esperando o funcionário chegar para abrir. O lugar é lindo, são varias cachoeiras no meio de uma vegetação verdinha maravilhosa. Se não me engano são 3 ou 4 cachoeiras e 2 poços, sendo um só acessado se você pular (rs) o que não encaramos. Ficamos neste local a manhã inteira e após o almoço fomos conhecer a fazenda do Seu Ivair, cujo queijo é famoso por se tratar de um queijo “mofado”, extremamente delicioso. Foi o melhor queijo que comi a viagem inteira e acabei comprando uns 2 ou 3 pra casa. Batemos um papo, ele foi muito solicito em nos explicar todo o funcionamento da produção, mostrou uma ala de queijos que já estão maturando há vários anos, inclusive já vendidos, os donos estão apenas esperando o queijo envelhecer mais alguns anos para buscar. Mostrou também com muita empolgação as obras de ampliação e melhoria que estavam em curso na fazenda para aumentar a produção. De lá rumamos pra casa felizes e satisfeitos por termos desbravado mais um cantinho do nosso estado e do nosso país. Até o próximo relato!
  8. Introdução Estou viajando desde 2019, saí de Osasco-SP percorri até Boipeba-BA, fiquei 9 meses no Chile, voltei a SP e Paraty, me juntei com uma companheira compramos um Uno e agora estamos viajando de carro pela Argentina. Sou massoterapeuta e professor de yoga, levo uma cadeira de massagens que me permite trabalhar em qualquer lugar. A ideia de escolher o Uno foi por conta da economia de combustível, manutenção barata e relativamente fácil. Fizemos uma manutenção básica nele, tiramos o banco traseiro, instalamos um rack/bagageiro de teto (que pouco usamos) e pegamos estrada com pouco dinheiro. Levamos uma semana de Osasco até Buenos Aires onde mora a família da minha companheira, paramos em algumas cidades, curtimos e trabalhamos um pouco. Ficamos 2 meses trabalhando e morando em uma casa em Buenos Aires agora estamos a 20 dias viajando pelo litoral argentino. Mas como é na prática? Temos uma rotina, como nosso carro não é preparado temos que alternar entre modo cama, modo cozinha e modo viagem. Para dormir passamos TODAS as coisas para os assentos da frente, estendemos isolante térmico e bolsas de dormir atrás e ponto. Eu tenho 1,74 e ela em torno de 1,80. Não se dorme 100% cômodo nem esticado mas a verdade é que se acostuma. Geralmente dormimos em postos de gasolina (onde tem banheiro, wi-fi, e eletricidade) ou em praças. Evitamos cidades grandes assim nos sentimos mais seguros e nunca repetimos o msm lugar em noites seguidas. Até o momento nenhum momento de tensão ou medo. Para cozinhar temos um fogão da Nautika que é bem potente. Preparamos um café da manhã caprichado com aveia, sementes, frutas e ovos. Um almoço simples e a noite compramos algo leve para comer. Costumamos cozinhar em praças, postos ou estacionamentos de grandes mercados. Sinto falta de acesso a energia elétrica e um banheiro, aprendi a não desperdiçar a chance de usar um. Para tomar banho buscamos um terreno vazio e que não passe ninguém (nem todos os postos possuem chuveiros), nos sentamos num banquinho e com uma garrafa nos banhamos, no começo é estranho mas dps se acostuma. Outra coisa que faz falta é o acesso à água potável, além da água para consumo e para cozinhar usamos tbm para nos banhar, lavar a louça e roupa. Economia é a chave. Para lavar roupa usamos um galão desses de 10L cortado, deixamos a roupa de molho e dps ficamos um tempão remexendo ela como faz na máquina de lavar, funciona e não necessita de quase nada de sabão. Dentro do carro passamos um varal e quando há privacidade estendemos do lado de fora. Agora estamos parados por uns dias numa cidade chamada Mar del Tuyu, uma pessoa nos deixou acampar em seu quintal. A nossa rotina é curtir o dia na praia ou fazendo outras coisas e pela tarde/noite saímos a trabalhar, dps comemos e passeamos um pouco. Escrevo esse relato com a intenção de mostrar que é possível com um pouco de planejamento viver assim. Antes eu pensava que necessitava de um montão de coisas para viver na estrada, mas a vdd é que sempre saímos com mais coisas do que precisamos.
  9. Boa tarde pessoal, estou planejando ir com + 2 amigos para Ushuaia de carro, no fim de 2023, entre setembro e novembro. Somos do interior de SP, pensamos em ir até Foz do Iguaçu e começar a viagem a partir de lá. A ideia é acampar boa parte dos dias, e alguns ficar em hostel/hotel. Gostaria de dicas de quem já fez essa viagem a partir do Sul do Brasil, qual foi o roteiro e que equipamentos levar. Valeu galera, abraço.
  10. Hey! Como ceis tão? Vim aqui fazer um breve #sqn relato dessa trip que finalmente rolou! Ela foi planejada lá em 2019 pra acontecer em 2020, mas né! Planos são feitos só pra serem infinitamente alterados... e nesta, o Universo quis que a viagem fosse adiada até a gente chegar na Inglaterra no mesmo dia em que a Betinha partia... ROTEIRO Londrina > São Paulo > Londres > Cambridge > Edimburgo > Inverness > Glasgow > Cardiff > Londres > Zurique > São Paulo > Londrina (e muitas coisas no caminho) DESLOCAMENTOS ● Londrina <> São Paulo: ônibus cama (mais barato, confortável e confiável em se tratando de teto em Londrina) ● São Paulo <> Londres com conexão longa na Suiça na volta: aéreo (estes voos foram alterados e cancelados infinito, no fim das contas ficou ida e volta pela Swiss) ● Londres > Cambridge > Edimburgo > Inverness > Glasgow > Cardiff > Londres: carro alugado ● Em Londres e Zurique: transporte público HOSPEDAGENS Desta vez, Booking e airbnb! CAMBRIDGE: 82 libras 1 diária (booking) – pago na hospedagem EDIMBURGO: R$1.629,08 3 diárias (airbnb) – pago antes INVERNESS: 210 libras 2 diárias (booking) – debitado no cartão próximo a data de hospedagem (R$1392,31) GLASGOW: 150 libras 2 diárias (booking) – debitado no cartão próximo a data de hospedagem (R$R$987,70) CARDIFF: R$1.275,42 2 diárias (airbnb) – pago antes LONDRES: R$2.320,00 6 diárias (airbnb) – pago antes VALORES HOSPEDAGENS: R$8.121,11 mil reais, média de 507 reais por diária (16) – 170 reais por pessoa por dia! Achei uma bizarrice de caro. CÂMBIO E ORÇAMENTO Nas nossas viagens pra gringa tínhamos o costume de levar apenas dinheiro in cash (já na moeda do país que visitaríamos ou em alguma que pudesse ser trocada no destino) e usávamos cartão de crédito para eventualidades, cientes das péssimas taxas. Já existiam contas multimoedas ou internacionais, mas o processo era ligeiramente burocrático e eu tinha preguiça! Ocorre que na nossa viagem pro Chile, que rolou em abril deste ano, nos deparamos com várias situações onde somente cartões eram aceitos, dinheiro vivo não! Coisas da pandemia que não vão mais embora. Já tem até termo pra isso: “lesscash”... e muito países estão “aderindo” (inclusive o Brasil, com o PIX). Conversando com amigos que moram ou que tinham ido pouco antes de mim pro UK, eles me contaram que em Londres já tá difícil usar dinheiro por exemplo. Acabei fazendo minha conta na WISE que pareceu mais simples, mas a NOMAD tb parece ser boa, além de outras opções. Enfim, a conta da WISE é muito prática, simples, e bem mais vantajosas no câmbio (em relação a dinheiro vivo), sem contar que não precisamos mais ir atrás de casas de câmbio, um sonho, rs! (Veja quantidades de saques permitidos em ATMs sem custo e taxas de operação). Resumindo, levei parte do dinheiro in cash (até pq já tinha comprado em 2020) e parte no cartão WISE. Fui convertendo aos poucos e peguei múltiplas cotações, e bem próximo a data da viagem, quando faltava comprar pouco dinheiro, o câmbio despencou. Claro que dá raiva, mas ir trocando ou convertendo aos poucos é bastante indicado pra evitar variações bruscas (paguei 6,55 e 5,50 na libra ao longo do tempo que fiquei juntando). No total foram 3000 libras compradas numa média de câmbio de 1 libra pra 6,32 reais. Esse meu orçamento é relativamente apertado para a quantidade de dias, mas deu. Somente no último dia usamos nosso cartão de crédito, mas para compras não essenciais. DOCUMENTOS Passaportes, carteira de motorista (Ju e Gui), PID (Gui), seguro viagem (emitido pelo cartão, gratuito), comprovante de vacinas (pra voltar ou se alguém pedir) e RG do João. Obs.: O UK não exige seguro viagem ao pé da letra, mas acho sempre válido ter. Ademais, tínhamos planos de dar um rolê em Zurique tb, e pra lá poderiam pedir (na verdade é obrigatório, mas ninguém pediu). DOCS no celular: criamos um grupo de zap só de nós 3 específico pra essa viagem e mandamos cópias de todos os documentos, que foram baixados em todos os celulares para acesso offline. Se um é perdido/roubado, ainda tem os demais. Além disso tudo tb salvo no drive. INTERNET MÓVEL Além da locomoção, tem a comunicação. Nós já viajamos muito na vida sem internet, mas sei lá, parece que agora é uma necessidade. A gente baixa mapas offlines e apps, mas a comunicação (principalmente com os diversos anfitriões) pesa, e resolvemos pedir um chip Giffgaff ainda no Brasil, com as dicas do BLOG LONDRES PARA PRINCIPIANTES. https://www.londresparaprincipiantes.com/chip-para-celular-londres-europa/ Deu certo demais e eu mega recomendo! O chip chegou uns dias antes da trip, entrei no site, validei ele, carreguei créditos e imediatamente ele funcionou operando na VIVO. Amo a modernidade! CLIMA Embora, em tese, as temperaturas sejam amenas e a chuva menos intensa em setembro (melhor mês pra ir pra Londres por exemplo), na prática é que em todo o reino unido o clima é INSTÁVEL o ano todo. Pode chover, ventar, nevar, escurecer, clarear, chover canivete e fazer sol e calor dentro de poucas horas em qualquer dia de qualquer estação, especialmente quanto mais norte se vai. A Ilha de Skye olha pra previsão do tempo e ri! Quem acompanha nossas viagens e relatos a mais tempo sabe: amo outono/inverno, detesto calor com toda a minha força, então fui feliz curtir meu segundo outono do ano, esperando talvez um pouco menos de chuva do que pegamos no Chile, haha! E posso contar? Toda a chuva do mundo ficou no Chile em absil, pegamos ZERO DIAS DE CHUVA! COMPRADO/RESERVADO ANTES DE IR Comprado (recomendável): Castelo de Edimburgo (foi cancelado e estornado no cartão por causa do luto da Betinha) Comprado (obrigatório): Warner Bros. Studio Tour (Harry Potter), Liverpool Tour Stadium (este teve horário alterado e optamos por cancelar, foi estornado no cartão dias depois). Reservado (obrigatório*): Sky Garden Entrance, Museu de História Natural, Museu Britânico *no site dos museus fala que é obrigatório, na prática não é, rs. O Sky entra rapidinho com reserva e tem fila sem! Eu compro e/ou reservo antecipadamente só o que considero ou obrigatoriamente é estritamente necessário, por não gostar de amarrar/engessar o rolê, então estes aí em cima foram escolhidos a dedo. Tem várias outras atrações pagas que tem recomendação de compra antecipada, mas nós não fomos ou não compramos antecipadamente. Então fique atento às suas necessidades específicas. Acho que é isso gente, vamos viajar? Afinal foram 3.140km de carro e 82km a pé! (adoro as estatísticas do google) CONTINUA
  11. Sempre começo dizendo pq desta viagem, deste destino, já que o mundo inteiro me interessa! Então vai lá: pq meus planos eram “Islândia” mas não deu ($$ - segundo ano consecutivo mudando o destino por falta de grana, rs). Pq eu li sem querer querendo um relato e depois mais um e depois mais dois, e depois todos, sobre “este destino” (compilei os relatos mais recentes neste tópico). Pq eu já queria ir. E agora estava apaixonada. Pq eu andei negligenciando a América do Sul. Pq AMAMOS natureza e paisagens. E estamos cada vez mais curtindo viagens de carro! Então por tudo isso, e pq passagens de avião estão caras demais e pq sim, decidimos partir de Londrina-PR com destino ao Atacama, no Chile, com lenta passagem pela Argentina! E rolou até Bolívia! “Noooooossa, mas que loucura, vcs vão de carro??? E ainda vão levar o filho???? Vão fazer o que num deserto??” 🤨 “Filh@, loucura pra mim é pagar 3 mil reais num celular!”🤦‍♀️ Apesar de ter bons relatos de carro pelo roteiro que me propus fazer, sempre muda alguma coisa, e tb é interessante atualizar valores e trazer informações mais recentes... e escrevo tb como forma de memória minha... o meu “livro de viagens” é aqui, rs! E em tempo, obrigada a todos que compartilharam aqui suas histórias e me fizeram sonhar além e rir muito! Roteiro Londrina > Foz do Iguaçu > Corrientes > San Salvador de Jujuy (e arredores) > San Pedro de Atacama (e arredores incluindo Bolívia, rs) > SSJ > Corrientes > Iguazu > Londrina. Em 17 dias, 6300km! Com esse tempo tem gente que vai mais longe, que vai pra Santiago, Mendoza e afins, mas gosto assim, com calma! E o mundo estará sempre lá pra gente voltar. Quem foi Até convidei um casal de amigos, mas as datas não bateram. Então fomos naquela formação original básica: Guilherme: marido e piloto; Juliana (eu): esposa, navegadora e co-pilota; e João Gui: filho (11 anos), comissário de bordo! Como De Nissan Versa 1.6 manual ano/modelo 2018/2018! Mandei pra revisão na concessionária antes de viajarmos apesar dele estar recém revisado. Como a gente sempre faz o que não deve com ele um monte de parafuso e proteção na parte debaixo do carro tinha quebrado/soltado. Tb me disseram que eu não precisava colocar nenhum fluido em nenhum lugar pra evitar congelamento, que o que estava lá era o correto, e assim fiz, mas verifique esta questão pq com o seu carro pode ser diferente. Equipamentos obrigatórios: 2 triângulos e extintor de incêndio. SÓ! (Além de cinto de segurança e estas coisas normais). Não tem cambão, mortalha e o carai... Por favor, leiam este tópico! Daqueles que dão orgulho do mochileiros.com!! Seguros obrigatórios: Carta Verde (Argentina) e Soapex (Chile). Mais detalhes abaixo. Documentos Passaportes: é bem mais prático do que levar o RG e a gente já tinha; PID: a gente já tinha, mas ninguém pediu; Carta verde: seguro argentino no nome do dono do veículo, que tem que estar dentro do carro, foi emitido gratuitamente pelo meu corretor de seguro do carro pq já estava incluído no seguro do meu carro (tem que ser impresso em papel verde, rs). Se vc não é o dono do carro tem que ter uma autorização do dono (seja da locadora ou do parente) pra dirigir o carro fora do Brasil. CARRO FINANCIADO está no seu nome e não precisa de autorização nenhuma; Soapex: seguro chileno para estrangeiros, comprado dias antes pelo site da HDI por 10,77 dólares. Na hora de comprar vc vai ter que informar o número do motor do carro, rs. Nem sabia que isso existia. Não é o chassi, é o motor. Procurei na internet onde tava o número do motor do Versa e fica no motor mesmo, kkkk. Foi só bater uma lanterninha lá e anotar! Extensão do seguro pela América do Sul (fale com seu corretor): incluso no seguro do meu carro; Seguro viagem: tive dificuldade em contratar, até pedi ajuda aqui. Eu nunca compro seguro pq uso o do cartão, mas desta vez como não compramos passagens, o cartão não oferecia. Quando comecei a cotar percebi que seguros “terrestres” quase não existiam, ou quando achava, eram super caros e se aplicavam apenas para viagens de ônibus. Depois de dar uma estudada e até falar com corretores, acabei contratando um aéreo mesmo, afinal, minha preocupação era ter algum problema de saúde em alguma cidade, tipo uma dor de dente ou cólica de rim, sei lá. Nestes casos não faria diferença eu estar de carro ou de avião. Compramos pela Mondial/Alianz por 235,00 para nós 3, para Argentina e Chile, por 17 dias. Estava com um cupom de 50% de desconto; Receitas dos meus medicamentos (#diabetica): como assisto muito “Fronteiras Perigosas da América Latina” kkkkk fiquei encanada de alguém cismar com meus medicamentos! Money Trocamos reais por pesos argentinos na fronteira (Foz do Iguaçu) e em Salta, e dólares por pesos chilenos em SPA. No relato aprofundo mais sobre as tarifas. Mas assim, câmbio é uma coisa que flutua tanto que vc tem que pesquisar exatamente na data da sua viagem. Via de regra compensa levar dólar pro Atacama pq lá não tem demanda por real, ao contrário de Santiago, em que a troca direta real x peso pode compensar ou empatar. Na Argentina costuma ser viável trocar direto... mas reparou no “costuma”? Pesquise na data da sua viagem! Internet Baixamos todos os mapas do google off-line e não compramos chip nem no Chile nem na Argentina! Usamos somente a internet dos bares/restaurantes e hospedagens e deu tudo certo! Na mala Calçado quente, confortável e impermeável, eu de botas vento titã (muito amor), os meninos de Quechua. Roupas em camada, pegamos de -10oC a 30oC. Soro de nariz, protetor labial (bepantol), protetor solar e óculos de sol são itens de SOBREVIVÊNCIA, a umidade relativa é zero e a neve cega. Medicamentos: eu já tinha abandonado a ideia de ficar levando remédio a toa, mas preferi levar alguns desta vez. Pra dor, anti-alérgico e Diamox. Falo mais sobre o mal de altitude no durante o relato. Hospedagens Airbnb do começo ao fim! Sou muito fã de Airbnb e mais uma vez tivemos muita sorte! Me sinto em casa, me sinto parte do lugar quando posso cozinhar, ir no mercado e interagir eventualmente! Sei que na maioria dos hostels tb é assim, mas no Airbnb sempre acho mais conforto, privacidade e preços melhores! Tivemos excelentes experiências e preços muito, mas MUITO, acessíveis, vou abordar melhor abaixo. As hospedagens escolhidas, bem como preços e qualidade foram as seguintes: Foz do Iguaçu (1 noite): Eu já tinha me hospedado duas vezes em Foz do Iguaçu pelo Airbnb, na casa da Adriana. A casa dela se aluga inteira e é enorme, super confortável, linda, show! Legal pra ir com mais gente! (Se alguém quiser indicação me manda MP). Mas desta vez era só uma noite, resolvi pegar uma casa menor, onde mora uma senhora, pertinho da Argentina! Sabe quanto? 68 reais pra nós 3, e com café da manhã! 21 reais por pessoa! Amo Airbnb! A Léo, nossa anfitriã, foi muito fofa, amamos! Casa simples e confortável, perfeita para uma noite! https://www.airbnb.com.br/rooms/29173885?guests=1&adults=1 Corrientes (1 noite): Mais uma experiência de ficar em um quarto na casa de alguém. Na verdade é uma dependência no fundo da casa do Cesar. Desta vez pagamos 93 reais pra nós 3, 31 reais para cada! O César foi super querido com a gente, tivemos uma ótima estadia! https://www.airbnb.com.br/rooms/14149168?guests=1&adults=1 San Salvador de Jujuy (5 noites): Eu tinha 200 reais de desconto quando paguei, então no total ficou 321 reais para 5 noites para nós 3, incríveis 20 reais por dia por pessoa, não é bom demais? Lugar super legal, a anfitriã mora nos fundos e dá muitas dicas, não poderia ter escolhido lugar melhor! Quem vai passar um tempo na região costuma hospedar em Salta, mas fiquem de olho, lá é bem mais caro! SSJ, Tilcara e Purmamarca além de serem puro charme tem opções bem mais em conta! AMEI. https://www.airbnb.com.br/rooms/26893928?guests=1&adults=1 San Pedro de Atacama (6 noites): Eu tinha 169 reais de desconto quando paguei, então no total ficou 970 reais para 6 noites para nós 3! Cerca de 55 reais por noite por pessoa! Apesar de ter ficado mais caro que a média, todo mundo sabe que em SPA as hospedagens são mais carinhas mesmo, ainda mais na alta temporada! Esta hospedagem consiste num quarto triplo com banheiro privativo e acesso a cozinha coletiva! Tinha mais um quarto semelhante nos fundos. Os anfitriões foram bem prestativos! Eles moram lá em SPA e alugam estes dois quartos nos fundos de uma casa, que me pareceu ser de parentes deles. Esta foi meio parecido com um hostel. https://www.airbnb.com.br/rooms/24290251?guests=1&adults=1 SSJ (1 noite): a ideia era hospedar em General Guemes e ficar mais na mão de voltar, ou em Salta... eu tinha uma reserva com cancelamento grátis pelo Booking em Salta, mas resolvemos retornar pra mesma casa onde ficamos na ida pq tinha umas plantas lá que eu queria muda, hahahahauaha! Desta vez pagamos 105 reais pra nós 3, 35 reais por pessoa! Corrientes (1 noite): eu queria ter pernoitado em Resistencia só pra ser uma cidade diferente, rs, mas faltando 2 meses para a viagem eu solicitei reserva no mesmo lugar que iria me hospedar na ida, só que estava indisponível. Achei um outro lugar do mesmo dono, mas no mesmo endereço... Achei estranho mas solicitei reserva. Me custaria míseros 73 reais para nós 3 por uma noite. Mas sabe quanto eu paguei? ZERO reais, pois tinha crédito de viagem! Esta segunda reserva aparentemente é de um outro cômodo dentro da casa dele, mais barato, mas acabamos ficando na mesma dependência do fundo e deu tudo certo, o cara é um gentleman! Vou deixar o link desta hospedagem abaixo apenas pq parece diferente da que ficamos na ida, mas foi o mesmo lugar, rs. https://www.airbnb.com.br/rooms/18043226?guests=1&adults=1 Puerto Iguazu (1 noite): última hospedagem da viagem! Quis ficar em Iguazu pra ser diferente da ida, rs, e pq antes de ir embora queria comprar cereja em conserva (pq todo o resto é caro e pega turista em Iguazu). Pra não ter que atravessar a fronteira de novo, resolvemos ficar do lado argentino mesmo. Quarto em casa compartilhada, MUITO simples e com problemas de higiene. Me custaria 52 reais a pernoite pra nós três, mas não paguei NADA pq tinha crédito de viagem! A anfitriã era gente boa mas não recomendo esta casa... poderia ter comprado a minha cereja e atravessado na mesma noite pro Brasil e dormido de novo na Léo que tava mais esquema! https://www.airbnb.com.br/rooms/26877281?guests=1&adults=1 TOTAL: 1557,00 reais, mais ou menos 33 reais por dia por pessoa, já que foram 16 noites! Achei MUITO bom! Se depois de tudo que vc leu, resolver experimentar o Airbnb, faça cadastro com o meu link que eu e vc ganhamos descontos! https://www.airbnb.com.br/c/jcarneiro3?currency=BRL IMPORTANTE: neste tópico, para quem interessar, há uma discussão bem legal que rolou aqui sobre os malefícios do Airbnb, principalmente para as pessoas que moram em cidades muito turísticas. Muito do que foi colocado neste tópico é BEM importante quando vc tem alguma preocupação com o impacto que causa em qualquer ocasião da sua vida, incluindo viajar. Tente escolher bem seus anfitriões de forma a minimizar os impactos negativos do Airbnb! Casas compartilhadas com o morador, anfitriões que só tem uma casa e idosos são uma boa. Clima Esta é uma viagem que pode ser feita a qualquer tempo, mas o cenário muda muito e há períodos em que certos passeios ficam fechados! As duas principais temporadas para nós, brasileiros, são inverno e verão, por conta de férias escolares e tals. E fomos no inverno, a mais ALTA temporada do Atacama! Pq... tem o João, rs! Ele está no sexto ano e ano passado não quis ir conosco pra África do Sul pra não perder aula e provas! Apoiei a responsa dele mas não queria deixa-lo de fora de novo... e já convenci ele que ano que vem a viagem vai ter que ser durante as aulas mesmo, rs. Mas qual é a do inverno e a do verão? Falando especificamente do Atacama... no verão é MUITO calor durante o dia e pode chover. Em janeiro, e principalmente fevereiro, o inverno altiplânico (chuvas intensas) podem estragar seus planos. Este ano várias rotas foram interrompidas por chuvas intensas e muitos passeios foram cancelados, dava pra ver marcas de alagamento em algumas partes de SPA ainda. Mas sabe quem ama o verão? Os flamingos! É nesta estação que vc corre o risco de vê-los fazendo aquela dancinha de corte sensacional! Só tenham atenção com FEVEREIRO. E o inverno?? O céu é maravilhosamente azul, é alta temporada (férias na Europa e América do Norte), não chove nem a pau, mas pra quem não curte, cuidado: a temperatura fica abaixo de zero a noite! Tudo bem pq a noite vc tá debaixo das cobertas quentinho certo? Errado! Tem tour que sai as 5h da manhã, nos Geyseres del Tatio o frio é extremo. Extremo mesmo, -15oC pra menos. O vento faz a sensação térmica te colocar no topo do Everest, rs! E hospedagem de mochileiro em SPA não tem calefação neah... FRIACA! Outros pontos negativos são: os flamingos se mandam pra bandas mais quentinhas e as nevascas podem interromper temporariamente os passeios de altitude e a ascensão aos vulcões (Lascar, Cerro Toco, Licancabur e etc). Mas pra quem, como eu, é apaixonada pelos topo de morro branquinhos e se amarra numa bochecha rosa queimada de vento, o inverno é a sua estação! ATENÇÃO para AGOSTO. Eles dizem que fim de julho, agosto e comecinho de setembro é o período da “última invernada”... neva muito e é a mais baixa temporada do Atacama, frio extremo e muitos passeios fechados! Se quiser curtir a primavera, melhor deixar pra segunda quinzena de setembro pra frente! Obs. Estas informações me foram contadas por moradores locais. Com certeza há quem tenha ido em fevereiro e agosto e tenha dado sorte, mas se vc puder evitar, fica a dica! E na véspera... Machuquei o pé. Sim, forte! No dia antes de viajar a marmota aqui cutucou uma unha! Fui parar na podóloga e não desejo pra ninguém a dor de cortar nacos de carne e unha sem anestesia, fiz força pra não fazer xixi! Por este motivo acabei levando antibióticos caso infeccionasse, antisséptico para curativo e antibiótico pomada para os primeiros dias! No fim... #spoiler super sarei e não tive maiores problemas, rs! Finalmente... Vou relatar tudinho, com muitas fotos e todos os custos. Por dia, eles serão divididos nas seguintes categorias: combustível, pedágio, alimentação (que inclui mercado, refeições diversas, bebidas), compras (que inclui coisas úteis e inúteis, vulgo "souvenires e regalos", assim como eventuais estacionamentos e uso de sanitários), diversão/entrada (inclui entradas em atrações e eventuais taxas de turismo) e câmbio. No fim farei um resumão de custos, e gente... esta viagem divide com a África do Sul a primeira posição de “minha viagem favorita no mundo”... mesmo que nem tudo tenha sido... FLORES. Prometo começar o relato em si, no próximo post! 😃
  12. Tudo bem pessoal, Em fevereiro deste ano fomos para o Ushuaia, saindo de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Foram 26 dias conhecendo as belezas da região. Descemos pela Rota 40 até o Ushuaia, e voltamos pela Rota 3. Tentei resumir nesse material as informações que muita gente está me perguntando. Meu gasto total com gasolina foram R$ 2.600 Gasto total da viagem R$ 7,000. (total 2 pessoas) Tem um pdf em anexo com o roteiro, abração Roteiro Patagônia- Fora de Àrea.pdf
  13. Fazer uma viagem de carro é divertido, então não é de surpreender que muitas pessoas prefiram dirigir em vez de voar ou pegar transporte público, como ônibus ou trem. As viagens rodoviárias oferecem total liberdade e flexibilidade. Você pode viajar para qualquer lugar e trazer o que puder no porta-malas. Também é conveniente, especialmente se você tiver filhos. Mas para garantir uma viagem bem-sucedida, você deve planejá-la bem. O primeiro passo para o planejamento é decidir para onde ir. Se você precisar de ajuda com isso, consulte esta lista dos melhores lugares para visitar para viagens incríveis. 1. Islândia A Islândia, também chamada de "Terra do Fogo e do Gelo", é um lugar espetacular para fazer uma viagem de aventura. Seu terreno vulcânico e glacial moldou a incrível geografia do país ao longo dos séculos. Em sua viagem para a Islândia, você estará dirigindo por montanhas imponentes, cachoeiras reluzentes, campos rígidos de lava e lagoas termais de tirar o fôlego. Este país visualmente deslumbrante fará com que você pare de vez em quando para capturar imagens perfeitas, dignas de um cartão postal. Você também terá muitas oportunidades para realizar aventuras emocionantes, como observação de baleias, mergulho com snorkel e trekking em cavernas de gelo. Uma das primeiras coisas a ter em mente ao planejar sua viagem para a Islândia é o aluguel de carro. É uma boa ideia alugar um veículo 4×4, especialmente durante o inverno. A estrada pode se tornar muito desafiadora nesta época do ano. Chuvas fortes e tempestades de neve são comuns e podem acontecer quando você menos espera. Quando se trata de alugar um carro 4×4 na Islândia, confira a Fara, uma empresa familiar de aluguel de carros com sede nos arredores do Aeroporto Internacional de Reykjavik. Depois de resolver seu aluguel de carro, é hora de planejar sua rota de direção. O Ring Road é a estrada nacional da Islândia que contorna o país. Dirigir por esta rota é altamente recomendado se você quiser ver o maior número possível de atrações. Você pode fazer muitas paradas ao longo desta rota para visitar atrações impressionantes como a geleira Vatnajokull, o Lago Myvatn e a Lagoa Glaciar Jokulsarlon. Você deve alocar pelo menos dez dias para dirigir pelo anel viário. Isso deve ser tempo suficiente para ver o maior número possível de atrações. Mas se você tiver apenas alguns dias, pode optar pela rota Golden Circle. Esta rota o levará a alguns dos locais mais populares do país, incluindo o Parque Nacional Thingvellir e as Cataratas de Gullfoss. 2. Reino Unido O Reino Unido é um paraíso para os excursionistas, com estradas que levam você a vistas panorâmicas, colinas, aldeias pitorescas, rios sinuosos, montanhas majestosas e castelos antigos. Mas, como toda grande viagem, o primeiro passo é planejar. Mas primeiro, você precisa decidir para onde ir. O Peak District é um destino fantástico para uma viagem de carro no Reino Unido simplesmente porque é deslumbrante, especialmente na primavera, quando as flores silvestres estão em plena floração. O Snake Pass é a rota mais famosa do Peak District. Como o próprio nome sugere, esta estrada passa em meio aos picos das montanhas locais. Esteja preparado para um passeio indutor de vertigem de 1.679 pés acima do nível do mar! O North Coast 500 na Escócia é uma visita obrigatória para uma viagem de carro. Programe sua viagem no inverno, quando o campo está incrivelmente deslumbrante. Não se preocupe com o frio - você sempre pode fazer uma parada nas várias pousadas e pubs para se aquecer. Estendendo-se por 500 milhas, levará você às pitorescas Terras Altas da Escócia. Dirigindo no sentido horário, você chegará primeiro ao Loch Ness. Vale a pena parar, especialmente se você estiver interessado em caçar o infame monstro do Lago Ness. A Wild Atlantic Way da Irlanda é uma das rodovias costeiras mais belas do Reino Unido. Com 2.400 quilômetros de extensão, você passará por íngremes penhascos que abraçam a deslumbrante costa de Donegal em direção ao Condado de Cork. O percurso inclui a passagem por algumas das mais belas praias da Irlanda, por isso não se esqueça de levar roupa para nadar! 3. Mônaco Mônaco pode ser um país pequeno, mas está repleto de pontos turísticos e atrações incríveis, tornando-o um ótimo lugar para se visitar em uma viagem cênica. Exalando uma vibração glamourosa, é o playground para os ricos e famosos, assim como Las Vegas e Dubai. E se você é um grande fã da corrida de F1, vai amar Mônaco ainda mais. Como você provavelmente sabe, é o anfitrião do Grand Prix. Então, se você vem aqui para uma viagem de carro, pode valer a pena agendar sua viagem durante a corrida de F1. Para uma experiência mais agradável, reserve um pacote de ingressos Mônaco Fórmula 1. Continue lendo em: Top 5 Lugares no Mundo para Viagens Incríveis de Carro
  14. Oi, pessoal! Tudo joia? Meu nome é Juliana e sou nova por aqui. Achei esta página por acaso e adorei! Já vi várias dicas legais! Estou planejando uma viagem de carro saindo daqui do estado de SP, indo até o Ushuaia, de lá subindo pela costa do Oceano Pacífico (Rod. Panamericana) até o Alaska, e depois retornando para o Brasil. Estou bem no início do planejamento, e chuto uns 15 meses no total pra esse trajeto de ida e volta. A ideia é fazer os deslocamentos nos fins de semana (+- 1.000 km/fds), e estacionar de 2a a 6a em alguma cidade maior (vou continuar trabalhando online). O plano inicial é sair em 20 de dezembro de 2022 e retornar ao estado de SP lá pra 20 de março de 2024. Perguntinhas: 1) Alguém sabe se um carro "normal" (sem ser 4x4) aguenta esse trajeto? Tenho um Up TSI que é uma delícia de dirigir e uma maravilha de econômico. Pensei em ir com ele mesmo. 2) É muito perigoso pra uma mulher ir sozinha? Não tenho medo algum de viajar sozinha e amo dirigir, mas fico com receio de passar por situações perigosas em virtude das condições que vou enfrentar pelo caminho. Seria fantástico se houvesse algum tipo de comboio, com mais gente viajando junto, em vários veículos, pra que todos pudessem ter mais segurança e apoio. Será que estou sonhando alto demais? Kkk! Abração!
  15. Olá mochileiros! Apesar de frequentar o fórum a bastante tempo, esse será o meu primeiro relato. Essa viagem foi sensacional e como tem quase dois anos dos últimos relatos relacionados a esse destino, achei que seria legal compartilhar algumas coisas. Sou pisciana, nem tudo estará muito detalhado, pois muitas coisas esqueci de anotar, mas esse destino não tem erro, há muitos relatos e informações disponíveis aqui no fórum mesmo. Espero contribuir e inspirar outros viajantes, assim como muitos relatos daqui me inspiram (a lista de lugares para viajar nunca termina 😍). Para quem se interessar e quiser um roteiro parecido, esse tópico é super útil https://www.mochileiros.com/topic/86693-bora-pro-atacama-de-carro-compila%C3%A7%C3%A3o-de-leitura/ e vai fazer você querer ir amanhã mesmo. Bom, a viagem teve início no dia 23/12/2021 e terminou dia 1º/01/2022. Foram 9 dias na estrada. Eu, meu marido e uma Pajero TR4. Até o momento de fazer o PCR, estava na dúvida, se seria certo fazer essa viagem (por conta da pandemia), me questionei até o último minuto, mas no fim deu tudo certo e agora estou em paz com essa decisão, pois a viagem foi incrível. Quanto aos gastos, ao final do relato vou deixar um panorama geral dos valores em hospedagens, gasolina, pedágios, alimentação e ingressos. Não anotei tudo detalhadamente, mas acredito que é possível ter uma noção. Resumidamente, o roteiro foi o seguinte: DIA 1 - Joinville/SC > Dionísio Cerqueira DIA 2 - Resistencia DIA 3 - Salta DIA 4 - Tilcara e Humahuaca DIA 5 - Tilcara DIA 6 - Cafayate DIA 7 - Cachi e Salta DIA 8 - Resistencia DIA 9 - Dionísio Cerqueira > Joinville/SC O roteiro foi um pouco apertado e faltou ver muita coisa, porém foi o que deu para fazer com o tempo e recursos que tínhamos disponível. Documentos gerais para ingresso na Argentina: Passaporte ou Carteira de Identidade (em bom estado de conservação e expedido < 10 anos - não é aceito CNH) - se tiver passaporte acho mais prático, não precisa preencher nada na hora; Seguro Carta Verde para o veículo; CNH Na dúvida, consulte os documentos necessários aqui https://www.argentina.gob.ar/interior/migraciones/entrada-y-salida-del-pais ou no site do consulado. Equipamentos obrigatórios para o veículo: 2 triângulos Extintor Levamos também um cambão, apesar de não ser um item “obrigatório”, é um item mencionado em diversos relatos e como um amigo nos emprestou, decidimos levar para garantir (porém, em nenhum momento nos foi solicitado ou foi necessário utilizar) O seguro carta verde foi exigido apenas na aduana. Ao longo do caminho fomos parados umas 5 vezes pela polícia e em todas, os policiais foram cordiais, perguntavam de onde éramos, para onde iríamos e só. Na saída de Tilcara, no dia 28/12, o policial pediu nossos passaportes e em uma outra parada pediram verificar o porta-malas (mas não revistaram nada). IMPORTANTE: Documentos necessários ingressar na Argentina (em Dezembro/2021 - COVID) Comprovante de vacinação (com a 2ª dose em até 14 dias antes do ingresso) - Eu tinha salvo o comprovante do Conecte SUS (antes do sistema ficar fora do ar), porém meu marido levou o comprovante normal que ele recebeu no dia da aplicação da vacina e foi aceito sem problemas. RT-PCR Negativo (72 horas antes do ingresso) - Fiquei com bastante dúvida se o exame poderia ser aquele rápido de sangue feito na farmácia ou SWAB, no site do governo Argentino não está claro, porém na dúvida, acabei optando pelo SWAB Nasal feito em laboratório, para não ter problemas. Seguro Saúde com cobertura para COVID - Fiz o seguro saúde com cobertura para COVID, porém em nenhum momento foi solicitada apresentação, porém, no preenchimento da DDJJ, é necessário inserir o arquivo com o seguro e o resultado do teste. Declaração jurada preenchida online até 48h antes do ingresso (disponível em https://ddjj.migraciones.gob.ar/app/home.php) - É uma declaração básica, você preenche seus dados, informações da vacina, etc. É importante preencher com calma e bastante atenção, pois são duas etapas. Na primeira etapa você preenche seu nome, passaporte, endereço e conclui. Depois é encaminhado para o e-mail um link para a segunda etapa, onde são preenchidas informações sobre a vacina e COVID (sintomas, etc) e depois de salvar, é encaminhado para o e-mail um PDF com a declaração preenchida. Quando fui preencher a declaração do meu marido, na hora de salvar a 2ª etapa, as informações da vacina não foram gravadas e foi emitida a declaração com restrição, informando que seria necessário realizar a quarentena de 14 dias, entrei em pânico kkk mas tentei emitir uma outra declaração e foi possível anular a que saiu com a restrição. Para informações atualizadas sobre o COVID, consulte o site https://www.argentina.gob.ar/interior/migraciones/ddjj-migraciones IMIGRAÇÃO Ao lado da aduana (Bernardo Irigoyen/AR) existe um espaço onde você apresenta o comprovante de vacinação e o resultado PCR. A atendente conferiu as informações do passaporte, PCR e vacina e entregou um papel preenchido informando o resultado do PCR e a vacina. No mais, procedimento normal da imigração, apresentamos nossos passaportes e o seguro carta verde. O agente conferiu nossos documentos, e perguntou para onde iríamos, quantos dias. A declaração jurada apareceu no sistema da imigração automaticamente. Importante, é necessário preencher a declaração na saída também. DINHEIRO Trocamos uma parte com os cambistas, na fronteira de Dionísio Cerqueira com Bernardo Irigoyen. No hotel em Dionísio, nos informaram que as casas de câmbio da cidade fecharam por conta da pandemia e a única maneira de realizaro câmbio era com os cambistas. Sempre tento ser o mais correta possível, ainda mais viajando, então confesso que me senti um pouco mafiosa trocando dinheiro na rua com os cambistas, mas deu tudo certo. A cotação foi R$1 = AR$ 31,50. Na volta, trocamos dinheiro em Salta, pois a maioria dos pesos que tínhamos foram gastos com vinhos em Cafayate. No hotel em que estávamos nos indicaram a Plaza 9 de Julio, como era de manhã cedo, as casas de câmbio ainda estavam fechadas, então decidimos perguntar em uma agência de turismo e o atendente informou que o câmbio oficial estava horrível e o melhor mesmo era trocar os cambistas. Assim, lá foi a mafiosa novamente trocar dinheiro na rua A cotação em Salta foi R$1 = AR$ 30 (o oficial era AR$21). HOSPEDAGENS Todas as reservas foram feitas com antecedência pelo Booking. Como a cotação está favorável para nós, compensa pagar em pesos. Dionísio Cerqueira/SC - Hotel Iguaçu - R$210 Hotel simples, com garagem e café da manhã, a poucos metros da aduana (se chegar no final do dia, é possível atravessar a fronteira a pé, adiantar o câmbio, comprar uns alfajores e desodorante nívea baratinho). Nos hospedamos no retorno também. Resistencia - Gala Hotel y Convenciones - AR$ 5500 ~ R$ 175 Hotel de rico, tinha até cassino, mas dentre as opções para o período, foi um ótimo custo-benefício, pois o hotel está localizado no acesso a cidade e para a pernoite foi ótimo. O café da manhã era muito bom (para os padrões argentinos). Nos hospedamos no retorno também. Salta - Plaza Hostel - R$90 (quarto privativo) No Booking e no Google o local está bem avaliado, porém não tive uma boa experiência e não recomendo. Tilcara - Capec Alojamiento - 2 diárias - AR$7800 ~ R$ 250 (quarto privativo) Hostel excelente, ganhou meu coração. Se um dia retornar a Tilcara, certamente me hospedarei lá. Ambiente super tranquilo, localizado na rua principal, com estacionamento amplo e seguro, café da manhã simples, porém super gostoso, roupas de cama bem cuidadas e limpas. Queria morar ali. O local também funciona como um espaço cultural e possui diversas atividades, como cinema, palestras, etc Cafayate - Hostel Cielito Lindo - AR$3200 ~ R$ 102 (quarto privativo) Hostel limpinho e organizado, como chegamos já no final do dia e saímos cedo no dia seguinte, foi só pernoite mesmo, o pessoal do staff era bem atencioso. Fica a poucos metros da praça principal e é possível estacionar na rua em frente ao hostel. Café da manhã ok. Salta - Ref - Aparts & Habs - R$218 É um apart-hotel simples, mas bem organizado, limpo, com estacionamento coberto e seguro. Café da manhã ok, servido no quarto. Quando chegamos em Salta, percebemos que nossos pesos estavam acabando, como não tínhamos certeza se conseguiríamos fazer o câmbio no dia seguinte, acabei pagando com cartão de crédito, mas em pesos o valor da diária seria menor. Bom, feito alguns esclarecimentos vamos ao relato.
  16. Olá pessoal, após a leitura de muitos relatos de viajantes que foram ao Peru de carro ou moto e não tiveram maiores problemas, decidimos encarar uma viagem de carro até lá. Foram alguns meses de preparativos até a definição do roteiro final (que alteramos pouca coisa no decorrer da viagem), no qual pretendíamos visitar os principais pontos turísticos acessíveis com o nosso veículo, procurando realizar uma viagem econômica mas sem passar apertos. Decidimos ir pelo norte da Argentina e norte do Chile, assim passamos novamente por locais já visitados na viagem que fizemos em 2012 ao Atacama http://www.mochileiros.com/atacama-de-carro-video-com-a-filmagem-completa-da-estrada-pelo-paso-de-jama-t75603.html. Dentre os principais objetivos da viagem estavam: Salta, Tilcara, San Pedro de Atacama, Antofagasta, Iquique, Arequipa, Nasca, Lima, Cusco, Machu Picchu e Puno. Irei fazer um relato para cada dia da viagem, com fotos e gastos com hotéis e combustíveis. Filmei toda a viagem com uma câmera no parabrisa do carro, pretendo colocar em cada relato um video com o trecho percorrido. Nesse primeiro post vou colocar o mapa do trajeto percorrido, os documentos que levamos para cada país e algumas dicas. A planilha de gastos está disponível para baixar como anexo Documentos necessários: Argentina: Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro Carta Verde Chile - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes e seguro SOAPEX Peru - Passaporte ou RG, Carteira de motorista, CRLV do veículo em nome de algum dos viajantes, Seguro SOAT Dica: Não é obrigatório, mas recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID). Os policiais olham e já percebem que você está mais preparado. Recomendo levar também o passaporte, agiliza os trâmites na fronteira. Levamos também o manual do carro com o carimbo da última revisão para comprovar que revisamos antes da viagem e o CRLV do ano anterior para as abordagens policiais. Assim quando éramos parados entregávamos a PID e CRLV do ano anterior e deixamos o CRLV atual e a carteira de motorista guardadas para mostrar somente nas aduanas. Além dos documentos, levamos os seguintes equipamentos para o veículo: 2º triângulo, cambão e um kit de primeiros socorros. Nenhum desses itens foram solicitados (nessa e nas outras duas viagens que fizemos pela Argentina e Chile), mas como já tínhamos, levamos assim mesmo. Antes da viagem fizemos uma boa revisão no carro, trocamos o óleo, filtro de gasolina, óleo, ar condicionado, fizemos geometria, balanceamento e alinhamento das rodas e pedimos para dar uma olhada geral na suspensão e freios. Também compramos duas lâmpadas reservas para o farol baixo, já que é obrigatório circular com elas ligadas mesmo de dia nas estradas. O seguro Carta Verde adquirimos pela nossa seguradora, Porto Seguros sem custo adicional. Foi solicitado logo na entreda da Argentina, é possível fazer nas cidades fronteiriças também. Já o seguro SOAPEX para o Chile, emitimos online pelo site: http://www.magallanes.cl/magallaneswebneo/index.aspx?channel=8212 e o pagamento pode ser feito pelo Paypal e você escolhe o período de vigência. O seguro SOAT, obrigatório para o Peru, fizemos em Tacna (La Positiva no endereço Calle Apurímac 201 - 209), mas é possível fazer logo após a aduana de Santa Rosa, que faz fronteira com o Chile. Duzentos metros depois da aduana a direita há uma placa indicando o local onde é vendido o seguro. Por 30 dias pagamos o equivalente a 40 soles. É fundamental fazer esse seguro para não ter problemas nas estradas peruanas. No decorrer dos relatos vamos contando sobre as abordagens dos policiais nas estradas do Peru. O seguro do nosso carro só tem extensão de perímetro para os países do Mercosul e Chile, não conseguimos fazer a cobertura para o Peru, acabamos indo sem. Com relação ao dinheiro, preferimos levar dólares para trocar no Chile e Peru. Para a Argentina, levamos reais e fizemos o cambio na fronteira, a cotação estava AR$ 1,00 = R$ 0,27 ao passo que em Tilcara estava AR$ 1,00 = R$ 0,53. O ideal é trocar todo o dinheiro a ser usado na Argentina logo na fronteira. Para o Chile e o Peru íamos trocando conforme a necessidade. O real tem uma boa cotação am Arequipa, Lima, Cusco e Puno, nos demais locais a cotação estava péssima. Pagamos os hotéis em dólares e fazíamos as reservas pelo Booking durante o decorrer da viagem. No Chile e Peru ao efetuar o pagamento em dólares não é necessário pagar o imposto local os viajantes que ficam menos de 60 dias no país. Na Argentina, estava compensando pagar em pesos, por que na conversão ficava mais barato o hotel. Todos os hotéis que ficamos possuem estacionamento e no decorrer dos relatos vamos colocando o nome, localização e preço na data que ficamos. A viagem durou cerca de 30 dias e percorremos em torno de 11500km. Optamos por ir e voltar pelo Atacama e norte da Argentina por ser um trajeto conhecido e relativamente tranquilo, mas é cansativo ir e voltar pelo mesmo caminho. Segue abaixo os mapas com o trajeto da ida e da volta. Indice de postagens: Dia 01 - 25/12/2015 - Mais dicas importantes e primeiro dia da viagem Dia 02 - 26/12/2015 - De Curitiba a San ignacio[AR] Dia 03 - 27/12/2015 - De San ignacio a Salta Dia 04 - 28/12/2015 - De Salta a Tilcara Dia 05 - 29/12/2015 - De Tilcara[AR] a San Pedro de Atacama[CH] Como chegar ao posto Copec em San Pedro Dia 06 - 30/12/2015 - Passeios em San Pedro de Atacama Dia 07 - 31/12/2015 - Passeio nas Lagunas Antiplánicas Dia 08 - 01/01/2016 - De San Pedro de Atacama a Antofagasta Dia 09 - 02/01/2016 - De Antofagasta a Iquique Dia 10 - 03/01/2016 - De Iquique[CH] a Tacna[PE] Dia 11 - 04/01/2016 - De Tacna a Arequipa Dia 12 - 05/01/2016 - Passeios em Arequipa Dia 13 - 06/01/2016 - De Arequipa a Nasca Dia 14 - 07/01/2016 - De Nasca a Lima Dias 15,16 e 17 - 08-09-10/01/2016 - Passeios em Lima Dia 18 - 11/01/2016 - De Lima a Nasca Dia 19 - 12/01/2016 - De Nasca a Abancay Dia 20 - 13/01/2016 - De Abancay a Cusco Dia 21 - 14/01/2016 - Passeios em Cusco Dia 22 - 15/01/2016 - De Cusco a Ollantaytambo - Vale Sagrado Dia 23 - 16/01/2016 - Machu Picchu Dia 24 - 17/01/2016 - De Ollantaytambo a Puno Dia 25 - 18/01/2016 - Passeio as Ilhas de Uros e viagem de Puno a Tacna Dia 26 - 19/01/2016 - De Tacna[Peru] a Calama[Chile] Dia 27 - 20/01/2016 - De Calama[Chile] a General Guemes[Argentina] Dia 28 - 21/01/2016 - De General Guemes a Corrientes Dia 29 - 22/01/2016 - De Corrientes a Foz do Iguaçu Dia 30 - 23/01/2016 - Ida ao Paraguai e viagem de Foz do Iguaçu a Curitiba Trajeto da ida Trajeto da volta Vídeos das estradas percorridas na viagem, 12000km de filmagens: https://www.youtube.com/watch?v=YONvHjLMuvo https://www.youtube.com/watch?v=AQd5D_jPLTI https://www.youtube.com/watch?v=2_Rhrro_UxA https://www.youtube.com/watch?v=VyrmKHBqEyM https://www.youtube.com/watch?v=msWEf08eEK8 https://www.youtube.com/watch?v=SXT08k1E1MQ https://www.youtube.com/watch?v=Rr_F5LcxRuI https://www.youtube.com/watch?v=Bjxx2GfF4rw https://www.youtube.com/watch?v=_wt0e_PNv6g https://www.youtube.com/watch?v=sBM6Wdcmcr4 https://www.youtube.com/watch?v=O4e877RVuq8 https://www.youtube.com/watch?v=k969QIa3xTM https://www.youtube.com/watch?v=Th_ike28o7Q https://www.youtube.com/watch?v=AtL-UCZhvO8 https://www.youtube.com/watch?v=N1SJV43F1v0 https://www.youtube.com/watch?v=XQMlBuwxplw despesas.xls
  17. Finalmente, o dia da viagem chegou!! 13 de novembro 2019, uma viagem longa e programada e o destino final é Cabo Frio-RJ com parada obrigatória em Petrópolis-RJ. Eu, a Nathi (Nathália) minha linda companheira e copiloto e a Majú (Maria Júlia) nossa filha de 2 anos e, claro, não poderíamos deixar de fora o Bibi - nossa Toyota Bandeirante - 81. Foi a nossa viagem mais longa, embora viajamos para Tiradentes e Ouro Preto-MG no 1° ano da Majú, mas será um post para outra história. Planejamos, calculamos, discutimos, mudamos planos e chegamos no acordo. Eu cuido do transporte e a Nathi das hospedagens e o trajeto cuidamos juntos. O Bibi ficou em melhorias o ano todo de 2019 e bem na véspera da viagem apresentou problema na embreagem. Partiríamos no dia13/11 as 6:00 e o mecânico entregou o Bibi no dia 12/11 as 17:30 sem trocar a embreagem, pois não daria mais tempo de comprar e trocá-la. Decidi não adiar a partida e partimos no dia e horário marcado. Nossos planos eram parar a cada 2:30 para relaxar e não tornar uma viagem cansativa, mas quem disse que a Maju acordava? Dormiu 4 horas seguidas, que benção!!!! Seguimos viagem! O destino final era Cabo Frio, mas resolvemos ficar uns dias em Petrópolis. “Acordouuuuu …. ahhh graças a Deus!!!! vamos parar no próximo posto fazer pipi e lanchinho” Levamos um cooler térmico com sucos, lanchinhos e água e paramos no estacionamento do posto e ficamos um pouco mais afastados do movimento e lanchamos ali mesmo; a Majú sentou no para-choque do Bibi, peguei um bloco de cimento para sentarmos, pois, o posto estava em reforma e tinha 2 blocos dando sopa ali. Pegamos estrada novamente e com bastante chuva, aliás desde o início. Mas a viagem foi tranquila e fomos pegos em movimento por paparazzo do grupo de toyoteiro que participo. As 13:00 paramos para almoçar, descansar e abastecer. Seguimos a viagem destino à Petrópolis. Já na serra chegando a Petrópolis a embreagem resolveu se manifestar lembrando que não estava se sentindo bem … Eu: - ai ai ai … teremos emoções Nathi: O que foi? Eu: não estou conseguindo mudar de marcha … é preciso bombear o pedal umas 3 ou 4 vezes. Nathi: Bem agora amor … estamos chegando, mas aqui é serra e já está noite !!! A Nathi havia reservado hospedagem de 2 dias pelo site aluguetemporada.com e estávamos perto se não fosse um pequeno erro de navegação, que nos fez descer a serra e tivemos que subir novamente … uns 40 minutos a mais para um casal desesperado … parecia uma eternidade hahahaha. Chegaaaaamoooosss !!! A Nathi fez reserva no condomínio Vale do Sol em Itaipava. Que lugar lindo!!!! Um frio que não esperávamos, chovendo, cansados, mas aliviados. -Vamos ligar para o Sandro e avisar que chegamos e amanhã cedo iremos ao seu encontro. Café da manhã na pousada Vale do Sol Sandro Leite, um AMIGO, amizade esta, feita por meio de grupo de zap de toyoteiros. Foi quem me incentivou a comprar uma Toyota Bandeirante, residente de Petrópolis; cidade que minha esposa tanto sonhou em conhecer e que ficava no caminho indo à Cabo Frio. Resolvemos parar ali por 2 dias. Como se fosse possível só 2 dias, acabamos ficando 3 dias e caberia muito mais se não tivéssemos feito reserva de hospedagem em Cabo Frio. Esse meu amigo se encarregou de nos mostrar Petrópolis e indicamos conhecê-la, vale cada centímetro da cidade. Foram 3 dias inesquecíveis de nossa vida, ficou muito acima de nossas expectativas e era só o começo de nossa viagem. Palácio de Cristal Praça da liberdade Vista de um mirante Sesc Quitandinha - Petrópolis Catedral São Pedro de Alcântara - Petrópolis Depois de 3 dias em Petrópolis, partimos para Cabo Frio e Arraial do Cabo https://www.youtube.com/watch?v=LNYLI12u0zE https://www.youtube.com/watch?v=G1NPWNMjiEI
  18. Olá! Somos Diana, Polly e Naira. Depois de muitos planos, viagens adiadas e canceladas, em junho realizaremos um viagem curta on the road pelo sul do Brasil. Um sonho compartilhado. Vcs nos acompanham? Nos sigam no IG: @naja.trip "Nosso destino nunca é um lugar, mas uma nova maneira de olhar para as coisas." (Henry Miller)
  19. Ola , boa tarde galera . Em agosto estarei de ferias e gostaria de fazer uma road trip de sp a minas gerais , porem to em duvida sobre as paradas . Terei disponivel cerca de 8 dias ao todo para realizar a viagem de ida e volta , queria sugestoes de paradas . gosto de trilhas, rios , cachoeiras , se possivel um roteiro que incluisse capitolio ! desde ja agradeço pela ajuda
  20. Faz um bom tempo que desejava ir ao Jalapão, mas me faltavam informações e também certo preconceito que tenho sobre destinos ecológicos ou de aventura, que é sobre explorarem o turista e não ter certeza de que iria realmente gostar. O fato de que é um destino fantástico e que deixou aquela sensação de quero mais. Só não é para quem tem frescura. E o que vi em todas as atrações eram adultos eufóricos, como crianças e adolescentes. Esta viagem aconteceu no início de agosto de 2018. Foram quatro dias no destino. Não contei o tempo em Palmas, mas creio que cinco seria melhor. Observei que poucas pessoas fazem por conta própria. Descrevo como nós fizemos e outras opões para quem não se atrever dirigir. Fizemos com uma pick-up 4x4, Nissan Frontier, alugada em Palmas e fomos entre quatro pessoas. Vejam que o motorista nunca tinha dirigido uma camionete, muito menos 4x4, que é necessário, pois as estradas são muito ruins mesmo e provavelmente as piores em que já andei e tenho longa experiência em estradas de terra. Não experimentem fazer com um veículo menor como Jeep Renegade ou Fiat Toro mesmo 4x4 porque vai danificar alguma coisa muito menos com 4x2 que até vi, porém não tem como acessar todas as atrações. Tem que ser um veículo mais robusto. Outro ponto positivo do veículo foi o controle de tração e de estabilidade. As estradas são brutas. Lá vendem camisetas com uma frase bastante original: “Jalapão terra bruta”. Como o aluguel de uma camionete é bastante caro fica mais em conta se dividir em mais pessoas. Devido à disponibilidade da pick-up só a pegamos no final da tarde e tivemos que fazer o primeiro percurso até Ponte Alta do Tocantins à noite. Evitem isso, pode ter animais na pista. O percurso do Jalapão é feito em semicírculo o que torna bastante prático. Fizemos em sentido anti-horário. Hospedagens Ponte Alta do Tocantins – Águas do Jalapão (R$ 170 casal por noite) – duas noites. Esta tem restaurante (R$ 35, mas tem que reservar a refeição). Mateiros – Pousada Monte Videl (R$ 150) – uma noite. Jantamos no restaurante do Bob ou Tempero Nosso (R$ 30), é só perguntar que é bem conhecido e o melhor, dizem. O Bob é o mesmo da operadora Jalabob (abaixo). São Félix do Tocantins – Pousada Cachoeiras do Jalapão (R$ 170) – uma noite. Também tem restaurante (R$ 35). Pode encomendar quando chegar ao final da tarde. A comida é simples mas farta e gostosa tipo self-service. Estas pousadas tinham um excelente café da manhã. Os valores das hospedagens foram negociados. Eles pediam um pouco mais. Primeiro dia Saindo de Ponte Alta do Tocantins em torno de 8 da manhã. - Lagoa do Japonês. As águas são cristalinas com pedras no fundo, refletem cores lindíssimas. Ótima para mergulho. Para segurança use sapatilhas de mergulho (tem para alugar no local). Almoço as 13:30h no restaurante da dona Minervina (falaram que era melhor), que é um pouco antes à direita é em sua própria casa muito simples. Tem que deixar reservado inclusive o horário e ela é precisa. A comida é bem gostosa e tudo bem limpinho. Lá na lagoa também tem refeições. -Pedra furada. A maioria fica para o por do sol. Vi até araras azuis (azul escuro, mais raras) lá. Retorno para Ponte Alta. Segundo dia Saindo de Ponte Alta em torno de 8 da manhã, levamos toda a bagagem (embalada) a hospedagem foi em Mateiros. Coma bastante no café da manhã, porque este dia vai ser bem pesado. Também leve o que comer porque provavelmente não irá almoçar. Também foram muitas horas andando de carro. -Canion Sussuapara -Cachoeira da Velha. Não deixe de ir. Alguns guias dizem que não vale a pena que é só para tirar foto. O fato é que eles evitam a estrada que é bem ruim e longa (29 km para ir 29 para voltar) mas é realmente impressionante. Depois vá para a praia que se forma rio abaixo e se refresque um pouco. Também tem um rafting bem emocionante. -Dunas. Todos vão para assistir o por do sol. Lembre-se que tem que chegar lá até as 17:00 horas, depois não entra. Cuidado com as abelhas. Para prevenir evite usar perfumes, roupas amarela, laranja e branca estas cores são atrativo. Terceiro dia Saímos de Mateiros às 8 da manhã. -Fervedouro do Ceiça -Fervedouro do Rio Sono -Fervedouro Buritis -Comunidade Mumbuca. Não achamos interessante. É mais fácil encontrar souvenires em Ponte Alta. -Cachoeira da Formiga. É muito bela. Pernoite em São Félix do Tocantins. Quarto dia Saímos em torno das 8 horas para os fervedouros. Se não forem os primeiros no Bela Vista corra para o Alecrim para não esperar. -Fervedouro Bela Vista -Fervedouro Alecrim Veja o vídeo no YouTube: Os fervedouros são tão impressionantes que parecem falsos, como em filme de fantasia da sessão da tarde. As cores são fantásticas. Nós fomos em cinco fervedouros, mas tem muito mais. E as águas em todas as atrações são de uma transparência incrível. -Cachoeira das Araras onde tem restaurante. A cachoeira achamos que não vale a pena. Encomendar o almoço ainda na pousada. -Serra da Catedral só uma parada para fotos. Saímos rumo a Palmas onde será o pernoite. Lembre-se que o tempo de viagem até Palmas (da cachoeira) são em torno de 5 horas. Cuidado o Google Maps errou na distância e tempo para menos. Dicas -Se alugar uma pick-up, embale toda bagagem em sacos de lixo daqueles bem fortes. Pois tem uma poeira e ficam rolando na caçamba. -Baixar mapas no Google Mapas para uso off-line. Já que tem internet somente dentro das cidades. Usei também o Here. -Levar máscara de mergulho ou óculos de natação. -Levar lanches, frutas, barra de cereais,etc e água. Em Ponte Alta dá para comprar alguma coisa para comer. -Levar uma boa quantidade de dinheiro em espécie pois são poucos lugares que aceitam cartão. -Para calcular as diárias de locação lembre-se do tempo de viagem até Ponte Alta do Tocantins que é em torno de duas horas e o retorno a partir da cachoeira das Araras em São Félix é em torno de 5 a 5 horas e meia. -Deixe pelo menos um dia inteiro para conhecer Palmas. E quando usar o navegador digite uma referência como o seu hotel ou Palácio Araguaia é bem mais fácil do que os endereço que são semelhantes aos de Brasília. Ou seja, digite onde quer ir e não o endereço. Para quem não quer dirigir Canela de ema Ecoturismo - (63) 99976-1968; email: jcpinda@hotmail.com 40º no Cerrado - https://www.40grausnocerrado.com.br Deserto do Jalapão - http://www.desertodojalapao.com.br/home Jalabob Turismo - https://www.jalabobturismo.com/ Recomendo estes acima porque conheci as pessoas que foram com eles, todos muito contentes, e os guias que inclusive nos ajudaram com sugestões no roteiro e até permitiram que os seguíssemos. A Jalabob também tem a opção de camping e na ocasião ele levava um grupo assim. Todos eram bem flexíveis nos horários e nas atrações. A seguir as fotos: -Mapa -Lagoa do Japonês -Dunas -Pedra furada
  21. Olá pessoal, Dando continuidade a atualização de alguns relatos, vou contar um pouquinho de uma viagem que fizemos até Carrancas, no Sul de Minas, no feriado de Tiradentes. Nessa viagem minha filha mais velha estava com 1 ano e 2 meses e fomos também acompanhados dos meus pais. Hospedagem: Chalé da Tica, via Airbnb. 620 reais para 3 diárias. Muito charmosinho e arrumado, só a água do chuveiro que não esquentava legal. Obs1: as atrações são divididas em “complexos”, porque com uma entrada visita-se várias piscinas naturais e cachoeiras. Geralmente dá para visitar 2 complexos por dia. Obs2: todas as atrações visitadas encontram-se um pouco afastadas do centrinho da cidade, mas em estradas de terra muito tranquilas de percorrer, mesmo em carro comum. Obs3: Carrancas tem otimos preços, média de 5-10 reais a entrada nos complexos de cachoeiras. A exceção fica pela pelo Parque Serra do Moleque, que custa 25 reais a entrada (porém é o que possui melhor infraestrutura). Dia 1: Chegada + Cachoeira da fumaca Saimos de BH cedo, é uma viagem de cerca de 5 horas considerando uma parada de 20 minutos para esticar as pernas. A chegada em Carrancas já é uma atração a parte, a medida que vamos nos aproximando da serra sabemos que iríamos conhecer um lugar especial. Fomos direto nos instalarmos no chalezinho e procurar um lugar para almoçar. Achamos um barzinho que tinha comida self-service por 10 reais por pessoa, bem saborosa. Após o almoço fomos até a Cachoeira da fumaça, que apesar de muito linda é proibido o mergulho. Ficamos lá curtindo a natureza diante de nós. À noite pedimos pizza. Dia 2: Complexo da Ponte + Complexo da Toca Após o café da manhã partimos para o primeiro complexo de Carrancas, o complexo da ponte: ao longo da trilha já se apresenta diversas pequenas poços que são deliciosos para experimentar as aguas extremamente geladas, mas no final você atinge a estrela do lugar, que á Cachoeira do Salomão, que é deliciosa, é fácil de sentar em baixa de sua queda e curtir uma hidromassagem natural. Após o almoço partimos para o complexo da Toca, que também possui vários poços, quedas dagua e o escorregador da Toca que é legalzinho (mas o da Zilda é muito mais, rs), mas a cereja do bolo sem dúvida era o poco do coração e do coraçãozinho, extremamente disputados, rs. A trilha também é belíssima, com bela flores arroxeadas que minha esposa adorou. Dia 3: Complexo da Zilda + Parque Serra do Moleque O complexo da Zilda fica um pouco mais afastado do centrinho de Carrancas (cerca de 12km), mesmo assim em menos de 30 minutos já estávamos lá. É cheio de atrações, inclusive para os mais aventureiros tem o racha da Zilda, que pelo que eu li é difícil de ser acessado, pois em determinado momento precisa atravessar o rio contra a correnteza. Para os meros mortais as melhores atrações são Cachoeira do Indio, as pinturas rupestres e a cereja do bolo: o escorregador da Zilda. É um tobogã absolutamente natural, delicioso de escorrega e cair um poco de agua no final. Ficamos uma manhã inteira somente subindo e descendo por ele. Depois fomos ao Parque Serra do Moleque, que é na mesma região e onde encontra-se a cachoeira mais gostosa de carrancas, na minha opinião: a Cachoeira da Zilda. Você deixa o carro no estacionamento e desce de jardineira até a entrada da trilha, onde tem banheiro e restaurantes. A trilha até a cachoeira é leve e totalmente sinalizada e acessível, com escadas e pontes. Um poco enorme com uma prainha te espera ao final. Ficamos o restante da tarde ali só curtindo essa maravilha. VID-20190421-WA0019.mp4 VID-20190421-WA0019.mp4 Dia 4: Complexo da Vargem Grande + Retorno para casa Nesse dias meus pais já estava um pouco cansados então fomos só eu, minha esposa e minha filha. Esse complexo na minha opinião é o mais lindo. É onde encontra-se a famosa Cachoeira da Esmeralda, ao final da trilha. Mas no caminho até lá já aparecem várias piscinas naturais belas e deliciosas para mergulho. Se chegar na cachoeira por volta de meio dia, a incidência da luz solar faz a agua ficar verde transparente, muito bonita. Almocamos num restaurante de comida caseira, que na verdade é na casa de uma senhora mesmo. Demos uma volta no centrinho da cidade, uma rapida passada na sua igreja principal que é bem bonita e voltamos para Belo Horizonte descansados e satisfeitos. Considerações finais: destino delicioso, de bom custo-beneficio e com ótimos atrativos naturais. Ao contrario de capitólio, que a cada dia que passa fica mais e mais elitizado, Carrancas preserva um ar mais rústico e bom para o bolso. A infraestrutura que ainda é um pouco limitada, fomos num feriado, a cidade estava lotada, poucas opções de bares, lanchonetes e restaurantes, todos lotados, com fila de espera. E também poucas opções de pousadas. Creio que melhorará com o tempo.
  22. Olás amigos mochileiros! Esse meu texto tá diferente! Tá dividido em 2 mesmo! Pela Bahia, uma história, pelas Minas Gerais, um relato. E digo isso pq não fomos pra Bahia conhecer seu belo litoral, não visitamos nenhum “lugar turístico”... fomos pro sertão! E se vc quiser saber logo abaixo vou contar pq! Já em MG percorremos um pedaço do circuito histórico, cachoeiras lindas e terminamos com uma relaxadinha em Poços de Caldas. MARA!! No total foram 4520km rodados por 4 estados: Paraná (de onde saímos), São Paulo (que só atravessamos), Minas Gerais e Bahia! Fomos de Nissan Versa relativamente novo (5.000km rodados) e só abastecemos com álcool, que manteve média de consumo a 10km/L. A equipe foi meu marido Gui, o motorista principal, eu, a navegadora e co-pilota, tb responsável pela comida e bebida a bordo, e nosso filho João (10 anos), que dormiu praticamente o tempo todo! Foi nossa primeira viagem em carro grande e a maior em extensão que já fizemos. Antes desta a maior tinha sido para as serras gaúcha e catarinense de UNO. Foi quando pegamos gosto pela estrada em si e não paramos mais. Eu era bem feliz com o UNO, mas viajar com carro mais espaçoso é imensamente mais confortável, sem contar que o porta-malas tb não fica cheio nunca, rs! A vantagem de viajar de carro neste tipo de viagem é ir conhecendo tudo pelo caminho, e tb pq passagens áreas estão meio salgadas ultimamente não?? Para hospedagens, ao contrário da regra geral, peguei só um airbnb desta vez, em São João Del Rei, e nos demais locais hotéis pelo Booking, com cancelamento gratuito até perto da viagem, com exceção de Poços de Calda que pegamos um melhorzinho sem direito a cancelamento, mas pago na hora. Vou descrever cada hospedagem no relato por cidades, mas já adianto que todas as opções foram ótimas e eu sigo apaixonada pelo airbnb! Se vc quiser experimentar faça o cadastro com o link abaixo que eu e vc ganhamos desconto na próxima viagem! https://www.airbnb.com.br/c/jcarneiro3?currency=BRL Mas vamos começar! Segue o relato dia a dia dividido entre os dois estados! BAHIA – UMA HISTÓRIA (pq nem só de conhecer lugares vive o viajante) 29 de dezembro de 2018 (sáb) – trecho 1: Londrina/PR > Pirapora/MG (1100km) Saímos de Londrina com 1h de atraso em relação ao horário planejado, mas tudo bem. As 7h da manhã estávamos rumo ao nosso primeiro destino (apenas pra dormir): Pirapora em MG. As estradas do Paraná têm os pedágios mais caros do Brasil, e penso que do mundo. E as estradas não correspondem ao que custam, uma vergonha! Não que sejam ruins, mas estão muito aquém do que se paga. Como estamos próximos a fronteira do PR com SP, depois de pagar um pedágio de 13,80 para andar em pista simples, cruzamos o Paranapanema (rio que marca a divisa dos estados) com apenas 1h20 de viagem! Em São Paulo seguimos por boas estradas, mas tb com MUITOS pedágios! Até chegarmos em MG foram 8 pedágios somando aproximadamente 66 reais! No carro, muito ecletismo musical, acabava Pixies e tocava Leonardo, acabava David Bowie e tocava pagode, e assim íamos! Não paramos pra almoçar pq estávamos cheios de lanches e porcarias no carro, mas íamos parando a cada 2-3 horas pra esticar as pernas! João tinha virado a noite jogando vídeo game então dormiu a viagem toda, rs! Passamos sobre o Rio Tietê numa ponte que achei legalzinha, e às 14hs cruzamos a divisa de SP com MG (divisa feita pelo Rio Grande), aí que beleza: acabaram os pedágios, mas tb acabou a estrada, kk! Pegamos trechos até que bons (sempre pista simples) na BR-146 e na BR-365, mas os últimos 100km chegando em Pirapora foram MUITOOO ruins, buraqueira, pista simples, caminhões, nenhuma sinalização... péssimo. Fotos 1 a 3 1: Ponte sobre o Rio Tietê! 2: Divisa de Estados! 3.mp4 3: Chegamos em Minas, adeus estradas! No total foram 1100km, 194 músicas, álcool variando de 2,59 (SP) a 3,31 (MG), e consumo de 10km/L, chegamos em Pirapora umas 20h! Foram 13h de estrada! Foto 4 4: o caminho do primeiro dia! O hotel que pegamos em Pirapora (Cariris) era bem simples e bem próximo à “orla” do Rio São Francisco. Fizemos check-in, tomamos banho e saímos pra dar uma volta e comer! Ia ter uma mega balada na cidade, tava tudo bem lotado e policiado! Demos só uma voltinha, comemos bem num restaurante bonitinho (Casa Benjamin) e fomos dormir! A música da balada tinha começado e não agradava em nada, rs! 30 de dezembro de 2018 (dom) – trecho 2: Pirapora/MG > Caetité/BA (570km) Acordamos cedinho, tomamos café no hotel e saímos dar uma voltinha pra ver o Rio São Francisco com luz, rs! A “orla” estava imunda graças aos bons costumes dos seres humanos na balada da noite anterior, mas já tinha bastante gente limpando! O Velho Chico tava bem sequinho... mas por ali tinha uma ponte férrea de 1922 desativada que era bem legal. Fotos 5 e 6 5: Velho Chico! 6: Ponte férrea de 1922! Saímos de Pirapora às 8h45 e a estrada seguiu razoável, com o cerrado e plantações de eucalipto nos acompanhando, além de gente vendendo pequi, umbu e seriguela! Compramos tudo, inclusive pequi! As frutas comemos no caminho! A medida que nos aproximamos de Montes Claros em MG o tráfego de caminhões aumentou bastante, e depois desta a estrada vai ficando ruim (trepida muito) e não tem mais nada... É engraçado pq aqui no Paraná as cidades são perto umas das outras, mas MG é um estado imenso e dirigíamos por 100km sem ver nada! Nem posto, rs! Chegando na fronteira com a Bahia a estrada fica horrorosa, cheia de quebra-mola... padrão minas! Às 15h15 cruzamos a fronteira com a Bahia e a estrada ficou linda, simples, mas bonita e boa. Fotos 7 e 8 7 e 8: divisa de estados e estradas bonitas! Não me lembro exatamente que horas chegamos em Caetité! Mas era de tarde, tava bastante sol! Foram cerca de 600km, 120 músicas e nenhum pedágio. Fizemos check-in no fofíssimo hotel Vila Nova do Príncipe, que era um casario do século XIX restaurado por um arquiteto suíço. O hotel ficava na praça da catedral, ou seja, no umbigo do centro de Caetité. Fotos 9 a 12 9: entrada de Caetité! 10, 11 e 12: Hotel em Caetité! Deixamos as malas e saímos pra ver a cidadinha com cerca de 50 mil habitantes e mais de 200 anos! Era bem bonitinha ali no centro e muito bem preservada historicamente. Uns 10 minutos depois de termos saído deu uma pancada de chuva e nos molhamos muito, rs! Voltamos pro hotel, tomamos banho e saímos de carro! Vimos mais casarões históricos, e com o fim da chuva voltamos pro hotel e saímos novamente a pé! Já era noite e preferimos comer ali por perto, no ótimo “Frank’s Burger”, com a melhor batata frita do mundo e chopp geladíssimo! Fotos 13 a 15 13: amo mesmo! 14: Caetité tem casa rosada tb! 15: Igreja matriz da cidade! Com a pansa muito cheia demos mais uma voltinha voltamos pro hotel, onde a preço de ouro tomamos um vinho sensacional! Estava animada e feliz por finalmente ter chegado no sertão! Fotos 16 e 17 16 e 17: Igrejinha a noite e vinho foda no hotel! 31 de dezembro de 2018 (seg) – o grande dia: Igaporã e Riacho de Santana Eu sinceramente queria conhecer este “fim de mundo” chamado sertão baiano, mas não trazendo as cinzas do meu pai. Queria tê-lo trazido vivo. Ele manifestou vontade voltar já no fim, e eu disse pra ele sarar que eu o traria! Acabei trazendo as cinzas pq ele não sarou! Meu pai estava num pote azul! Ele lutou contra duas doenças crônicas no final da vida e faleceu em 16 de março de 2018, aos 67 anos, após um transplante de fígado mal sucedido realizado em Curitiba em 3 de março do mesmo ano. Apesar do estado adoentado dele há pelo menos 3 anos, o transplante significava uma nova vida, e não perdê-lo. A morte dele não passou pela minha cabeça em nenhum instante até poucos dias (poucos mesmo, menos de uma semana) antes de acontecer. Eu sinceramente ainda não entendo pq e como tudo isso aconteceu tão rápido. Eu não estava preparada, se é que alguém está! Mas segue a história deste dia fantástico! Meu pai nasceu em Igaporã (1950) e viveu parte da vida na zona rural de Riacho de Santana e outra parte em Caetité. É por isso que viemos! 💗 Eu não tinha muitas informações, apesar de seus 3 irmãos já terem voltado desde quando foram... pq era tudo meio perdido... memórias de muitos anos atrás... e eu estava um tanto receosa! Quando botamos meu pai e seu pote azul no carro só sabia que ia levá-lo de volta pro seu sertão, mas não fazia ideia do que ia fazer, onde ia deixa-lo, como... mas isto o meu marido definiu bem: não foi o acaso, foram intercessões. Acordamos cedo em Caetité, tomamos nosso café no hotel e eu estava decidida: antes de visitar Igaporã em si (a ideia era deixar meu pai em sua cidade natal), ia a Riacho de Santana pra ver se achava uma prima-irmã do meu pai que ainda morava por lá... meus tios disseram que a tal da Lourdes era gente muito fina! Eu tinha mandado whatsapp pra ela na noite anterior mas não obtive resposta... arrisquei ir mesmo assim. Entre Caetité e Riacho de Santana são cerca de 70km percorridos em 1h, pois a estrada obviamente é simples, não tem acostamento e em muitos trechos beira precipícios ou corta formações rochosas estreitas! A mesma estrada que leva à Riacho corta Igaporã ao meio, que eu achei bem esquisita ali na rodovia! Feia é a palavra! Mas seguimos viagem e chegamos em Riacho perto das 10h da manhã! Cidadezinha ajeitada, muita gente na rua... pracinhas fofas, igrejinha, e aquelas coisas de cidadinhas pequenas! Onde eu começaria a procurar pela “Lourdes dos correios”? Bah, nos correios... Depois de um mini rolê na cidade a escaldantes 30 e muitos quase 40 graus, chegamos nos correios, que estava fechado, óbvio! Um sujeito ligeiramente alcoolizado por perto, vendo nossa cara de “oncotô” olhando frustrados pros correios fechados nos perguntou se precisávamos mandar alguma carta, rs! Dissemos que não, que na verdade estávamos procurando uma pessoa que morava na cidade e que tinha, no passado, trabalhado ali, e que era conhecida como a “Lourdes dos correios”! Ele e mais uns dois por perto se apressaram em nos explicar onde ela morava, que era ali perto, e mais um BILHÃO de informações que não faziam sentido nem eram necessárias... ele estava meio gorozado lembram? Hahahauaha... educadamente fomos nos afastando e despedindo do senhorzinho que tinha nos ajudado e uns 10 minutos depois estávamos a caminho da casa da Lourdes! Mais umas 2 perguntadas e chegamos na porta da casa dela! Que coisa estranha... ia bater lá e dizer “oi, vc não me conhece mas sou sua prima”. Estava com frio na barriga! Tinha um senhor de cabeça branca perto da porta que em teoria era a casa da Lourdes, mas ao perguntar ele disse que não era não. Uns 3 segundos de “comassim” depois ele entra na casa e diz “filha, os meninos chegaram”. Surge de lá de dentro uma senhorinha que era a cara da minha avó paterna e eu sem sombra de dúvidas estava na casa certa! Não há palavras pra descrever a simpatia, fofura, amor, sensibilidade e todos os demais adjetivos queridos do mundo pra esta família! Lourdes e seu marido “Fone” (ele tem um nome diferentão, se tratam por filha e filho, uns cute cute) que ali moravam, e suas duas filhas, Dione e Cynthya (nos explicaram pq de tanto y e h, haha) e suas 3 netas, Gabi (20) e as gêmeas Allice e Alline (16)! E como eles sabiam que a gente tava indo se a Lourdes nem tinha visualizado minha mensagem? Pq uma tia minha, de Curitiba, tinha conseguido falar com ela e portanto a família toda estava nos esperando! Contamos para eles pq tínhamos vindo: deixar as cinzas do meu pai num pequizeiro que ele tanto amava! Este “insight” tinha me ocorrido quando passamos por Montes Claros, norte de MG, e na estrada tinha um montão de pequizeiros... e gente vendendo pequi. A família do meu pai (além dele, pai, mãe e 3 irmãos) veio inteira pro Paraná na década de 70 e todos se estabeleceram em Curitiba, com exceção do meu pai, que ficou no interior do estado. Esses baianos quase se matavam por causa de pequi (os que sobraram ainda se matam), que não tem aqui no Paraná... só chega quando alguém vem lá de cima trazendo! Então um pequizeiro com certeza seria a sua melhor morada final, e pra mim, botânica, ele ficar numa árvore tb tem mil significados! A família da Lourdes nos deu dicas de onde tinha na estrada alguns pés! Conversa vai conversa vem... Teve lágrimas nos olhos... a Lourdes tb contou que sua mãe havia falecido há seis meses, e esta, Dona Rosinha, era irmã da minha avó! Tb teve muita história! Ela me contou que era bem amiga do meu pai, brincavam juntos... e tb contou da doidera que eu já sabia: minha avó e duas irmãs (entre elas a mãe da Lourdes) se casaram com meu avô e dois irmãos... eram 3 irmãs casadas com 3 irmãos! Casamento arranjado... os Batista e os Carneiro! Tb me contou do gênio e peculiaridades de cada um dos sobrenomes! Foi muita conversa e muita comida! MUITA mesmo! Quanta saudade eu tinha da comida da minha avó! Xiringa, Chimango, bolo frito, bolo de colher, beiju com manteiga de garrafa... meodeos! Fotos 18 a 20 18 e 19: beiju com manteiga de garrafa, bolo de colher! 20: comendo pequi num restaurante de Caetité! E quando Lourdes e família ficaram sabendo que a gente estava sem malas no carro e que estávamos hospedados em Caetité foi como se tivessem tomado um remédio amargo! Torceram a cara e exigiram, hahahahauahaauha, que a gente fosse lá buscar as coisas e voltasse pra Riacho passar o resto dos dias com eles! Mas já era dia 31 de dezembro e dia 2 de janeiro seguiríamos para MG, então ponderamos que iríamos sim a Caetité buscar roupas pra passar dia 31 e 1 com eles, mas que no fim do dia 1 voltaríamos pro hotel arrumar malas e seguir viagem dia seguinte! A gente mal sabia que tinha essa família quando começamos a viagem e agora íamos passar o ano novo com eles! Voltamos pra Caetité! Passamos lentamente por Igaporã, que de fato era bem feinha! Foto 21 Fomos reparando na estrada e avistamos alguns pés de pequi! Em Caetité fui atrás de comprar requeijão de comer com café (pra quem não sabe não tem nada a ver com o do mercado, é duro, corta e põe no café quente) e fomos pro hotel tomar banho, descansar um pouco (João queria nadar) e nos arrumar para voltar. Eu queria passar pela estrada ainda claro. 21: Igaporã, pórtico de entrada! E assim fomos: entre Caetité e Riacho, exatamente em Igaporã, tinha um mini cemitério na beira da estrada. Ajeitadinho, mas com cara de ninguém é enterrado ali há tempos. Perto do cemitério, em uma área particular (pulamos cerca de arames farpados) tinha um pé de pequi... lá dentro da mata! Arranhei as pernas pra chegar lá pq estava de saia (ano novo né!)... e neste pé de pequi, cheio de pequi, ficaram as cinzas do meu pai! Ele estava de volta no seu sertão! Eu tb havia escrito uma carta bem resumida sobre sua história... escrevi no hotel minutos antes de sair pq o que devia ser feito ia clareando só na hora. Enquanto escrevia meu filho chorou bastante... esta carta foi posta dentro do pote azul (se chama urna na verdade) e deixada no cruzeiro do cemitério! Ele era católico e temos um ponto de referência para voltar, se um dia calhar! Foi sensacional, emocionante, um momento só nosso! Foi LINDO! Fotos 22 a 28 22 e 23: O pequizeiro onde agora jaz meu papis! 24: a carta! 25: a carta no pote! 26: o cemitério na beira da estrada! 27 e 28: emoção! Chegamos em Riacho de alma lavada, espírito elevado... como a gente deve chegar pra um ano novo afinal! 01 de janeiro de 2019 (ter) – feliz ano novo: Riacho de Santana e Caetité Passamos a noite do ano novo na casa de mais parentes que conheci por lá, outras primas e primos, e durante o dia ficamos só nós na Lourdes conversando muito e comendo muito muito! Que pouco tempo tivemos com eles... Me contaram da seca, do sofrimento da falta de água... que distante está minha realidade! Na despedida mais choro! Vim me despedir do meu pai e ganhei tanta gente nova e maravilhosa! Promessas de reencontros e lágrimas depois, voltamos pra Caetité! Arrumar as malas foi fácil, difícil foi ficar transportando o pequi que estava levando, pq segundo os baianos de Curitiba, se eu não levasse nem precisava voltar pro Paraná, hahahaha! No dia seguinte nos despedimos daquela terra onde falta água mas sobra amor com nossa primeira promessa de ano novo: até logo, sertão! Foto 29 29: eu volto! “O sertão é do tamanho do mundo” “O sertão é dentro da gente” Guimarães Rosa sabe o que diz! 💙 CONTINUA com Minas Gerais, num relato normal, prometo!
  23. Julho/2019 - A rota do Lítio - Argentina, Chile e Bolívia Introdução: Os preparativos - 1º semestre de 2019 Viajar de carro sempre foi algo que amei desde criança, as horas passadas observando a estrada pela janela daquele Fiat Prêmio do meu pai, quando íamos ao litoral norte de São Paulo, eram sempre encantadoras. Com certeza, essas experiências na bela rodovia Rio-Santos me instigaram a planejar as viagens que realizo hoje em dia. A ideia de percorrer a Cordilheira dos Andes de carro era um desejo antigo, muito inspirado no filme Diários de Motocicleta. Subir os Andes, percorrer o altiplano andino, dormir nos vilarejos de mineradores, explorar os vulcões, salares e lagos eram os objetivos de 2019. Para isso, precisávamos de um carro ideal e em 2018 trocamos nosso Renault Sandero em uma Pajero Sport 4x4. Esta foi nossa primeira experiência com carro 4x4 e logo em janeiro fomos testar nossas habilidades em Visconde de Mauá-RJ, atrás de estradas de barro e lama. Muito satisfeitos com a performance do carro em estrada de terra, não poderíamos pensar o mesmo quanto ao consumo de combustível. Infelizmente nossa Pajero era à gasolina e bebia um posto de combustível por mês, o que começou a ser um problemão quando iniciamos o planejamento da viagem e descobrimos longos trajetos sem postos de abastecimento. Precisávamos resolver esse empecilho, a solução era trocar de carro ou carregar vários galões de combustível, o que poderia ser muito perigoso. Decididos, faltando um mês para a viagem, tivemos uma grande sorte de encontrar o carro perfeito para o desafio, uma L200 Triton, equipada Savana e que era carro de suporte da Mit Cup. Sabíamos que este carro não nos deixaria na mão e, mesmo sem as revisões, colocamos-o na estrada sem medo. O trajeto não era fechado, o planejamento do percurso contava com alguns pontos de parada estratégicos, que na verdade, nem foram seguidos. No caminho, todo o trajeto foi redesenhado, dando o título desta aventura off-road: A rota do Lítio. Dia 06/07/2019 - A ansiedade do pré-viagem O dia anterior à viagem era de pura ansiedade, eu e a Carol esperávamos ansiosamente o casal de amigos que iriam nos acompanhar neste trajeto, Jeferson e Patrícia. Compramos umas carnes e faríamos um churrasco para comemorar o início da grande jornada. Já sabíamos que não seria fácil o que estava por vir, ainda mais para mim, que não estava 100% bem de saúde, afinal tive pedra no rim uma semana antes e tive que colocar um duplo jota (cateter entre o rim e bexiga) para preparar para um procedimento cirúrgico que se realizaria depois de um mês. Sim, eu teria que viajar com isto, para lugares onde o atendimento hospitalar inexiste, mas isso não me impediria de tal aventura. Atrás dos últimos preparativos, fomos à loja da Decathlon comprar umas últimas peças de roupas para nossos amigos que tinham acabado de chegar do interior de São Paulo e tinham mais dificuldades de encontrar equipamentos adequados à viagem. Quando voltamos das compras, começamos a preparar a caçamba da L200, era tanta coisa, que achávamos que não caberia, desde dos equipamentos de camping, galões de água e combustível, mantimentos e malas grandes de roupas por conta do frio. Tudo coube milimetricamente. Em cima do rack de teto, colocamos mais um pneu para evitarmos qualquer tipo de perrengue que poderia nos aparecer. E assim, fomos dormir, ou pelo menos tentar, pois a cabeça não parava, o estômago sofria com a ansiedade e nossos cachorros não paravam quietos, parecem que sabiam que ficariam um tempo longe da gente (de fato, esta é a pior parte destas viagens, ficar longe do Marx e do Nietzsche). Dia 07/07/2019 - O início infinito: A longa e entediante rota de São Paulo a Foz do Iguaçu Acordamos cedo, dormimos mal, mas parecia que tínhamos descansado um ano inteiro, pois energia não faltava. Tomamos um café reforçado, arrumamos as últimas coisas e bora pegar a estrada. Saindo de casa - carro preparado. O trajeto deste primeiro dia era longo, cerca de 1.070 quilômetros até Foz do Iguaçu, passaríamos o dia inteiro na estrada e com o mínimo de paradas possível. A Paty trouxe um tupperware com um torta de atum excelente que foi nossa refeição durante vários dias onde priorizamos a quilometragem percorrida em vez das paisagens e lugares. Assim foi o primeiro dia, que teve 60 quilômetros extras, pois tivemos que voltar para casa, já quando estávamos na Régis Bittencourt, pois havia esquecido minha carteira. Voltamos e saímos de casa efetivamente às 8 horas da manhã, seguimos pela Régis até Curitiba e depois atravessamos as estradas de pista simples abarrotadas de caminhões do Paraná até a cidade de Foz do Iguaçu. Chegando próximo à cidade, entramos no booking e escolhemos uma pousada barata. De longe e por incrível que pareça, foi a pior estadia da viagem. O termômetro das ruas marcava 10º C, mas parecia que nosso quarto estava -15 ºC e obviamente o chuveiro era pífio e só esquentava quando caía um fio de água. Dia 08/07/2019 - Percorrendo Missiones: De Foz do Iguaçu a Corrientes (ARG) Logo que levantei da cama já pensei no café da manhã que deveria aproveitar, pois nas minhas últimas experiências fora do Brasil, o café nunca era grande coisa. Após uma noite terrível de frio, nada melhor que um pão na chapa e um café com leite. Arrumamos as coisas e fomos em direção ao Paraguai, a ideia era comprar um mini fogão de camping e uns outros equipamentos para a viagem, porém perdemos tempo à toa, voltamos para Foz do Iguaçú sem comprar nada e ainda precisávamos trocar nosso dinheiro. Depois de uma ampla pesquisa nas casas de câmbio e encontrar a melhor cotação, seguimos à fronteira da Argentina, rumo a Puerto Iguazú. Uma espera de uma hora na fila e passamos tranquilamente. Tinha todos os documentos em ordem e olha que as exigências não são poucas, seguro Carta Verde, dois triângulos, colete refletivo, cambão e selo de velocidade máxima na traseira do carro (que adquiri em um posto de combustível já na Argentina). Esperando para atravessar a fronteira. A ideia era chegar até Corrientes, na entrada do Chaco, iríamos percorrer a rota das Missiones, porém sem nenhuma parada, pois teríamos que vencer mais de 700 quilômetros. Estradas de pista simples e muitas colinas suaves que seguem paralelamente ao leito do rio Paraná. As margens são tomadas pelo pasto com cabeças de gado espalhadas pelos imensos latifúndios. Sabíamos que estávamos deixando de lado o belo roteiro cultural das Missiones, mas nosso objetivo era a Cordilheira. Após cruzar Missiones e entrar na província de Corrientes já ficamos mais espertos, já tinha lido que ali a polícia era extremamente corrupta e fariam de tudo para tirar uns trocados. Dito e feito, logo que avistamos a primeira blitz, já fomos parados. Aquele guarda com cara de poucos amigos já me pediu para descer do carro, abrir a caçamba e por aí foi, várias coisas verificadas até que ele me pede o “apagador de fuego”, vulgo extintor de incêndio. Naquela hora gelei, tinha pensado em tudo, mas esqueci de verificar a validade do extintor de incêndio, tentei dar uma enrolada, mas não deu certo. Com um sorriso maroto ele me informou que me daria uma multa. Tentei desconversar e falar que não sabia disso, pois no Brasil já não era mais necessário e conversa vai e conversa vem, até que ele me pede para entrar no carro e separar 1.000 pesos (100 reais). Pegou meus documentos, foi até a cabine policial e retornou ao carro, e em questão de milissegundos colocou a mão para dentro da janela e tomou os mil pesos da minha mão, liberando-nos. Agora era o momento mais crítico, precisávamos comprar um extintor de incêndio antes de sermos parados novamente pela polícia. Passamos por mais dois comboios, mas não fomos parados, coração a mil. Até que avistamos a entrada da cidade de Ituzaingó, que na verdade mais parece um vilarejo, rodamos e demoramos cerca de uma hora para encontrar uma loja que trabalhasse com extintores. Chegando lá, obviamente ele não tinha o modelo do nosso extintor e disse que demoraria cerca de 3 horas para recarregá-lo, o que nos deixou apreensivos, pois queríamos chegar em Corrientes ainda neste dia. Ele ofereceu um outro modelo de extintor, acabamos aceitando e pagamos mais cerca de 100 reais por ele com validade de 6 meses! Mas pelo menos estávamos liberados. Seguimos viagem e logo antes de chegar em Corrientes paramos para abastecer e percebemos que o combustível era bem mais caro que no Brasil, o litro do diesel comum era cerca de R$4,50 e do diesel S10, R$ 5,20. Mas tudo bem, se tá na chuva é para se molhar, enchemos o tanque e partimos, chegando em Corrientes por volta das 21h. Agora a saga era achar um hotel para ficar e estacionar o carro. Queríamos ficar no centro, pois precisávamos jantar ainda e tinha esperança de encontrar um parceiro meu que conheci em um mochilão para o Atacama em 2015 e que morava em Corrientes, mas sem sucesso. O Hotel era bem ruim, com um banheiro bem peculiar. A descarga era literalmente um buraco na parede. Jeferson e Patrícia ficaram perdidos e não sabiam utilizar o vaso, pediram ajuda para o senhor da recepção, pedindo que desse uma olhada na descarga do vaso sanitário, porém “vaso” em espanhol significa “copo”, e daí começou a confusão. Tudo se resolveu quando o recepcionista perguntou “estás cagando?” e aí caíram todos na gargalhada, mas o problema foi sanado. Dia 09/07/2019 - A travessia do Chaco: Corrientes a San Fernando del Valle de Catamarca Acordamos bem cedo, o trajeto a ser enfrentado seria o mais cansativo, cruzar a planície do Chaco, a ideia inicial era ir até San Miguel de Tucumán. Durante o café da manhã, que praticamente não tivemos, pois o hotel disse que não tinha pão e nem nada, afinal era feriado de independência e nada abriria, entrei na internet para baixar as fotos de satélite dos lugares que iríamos percorrer (esta foi a estratégia utilizada em toda a viagem, baixávamos os mapas e com o sinal do GPS ligado íamos nos orientando). Enquanto o download ia se realizando, aproveitava para estudar um pouco sobre o lugar que visitaríamos, e, quase sempre, estes estudos mudavam nossa rota, ou seja, não iríamos mais para Tucumán e sim para Catamarca. O objetivo seria percorrer a Rota 60 (Ruta de los Seis Miles). Este dia foi só de estradas retilíneas e planas, a paisagem do Chaco era o melhor exemplo do que o agronegócio produz, campos imensos de soja ou pasto, vilarejos super pobres lojas de luxo na beira da pista. Concessionárias da John Deere, Case II, Cartepillar contrastavam com casas mal acabadas de no máximo dois cômodos e que abrigavam famílias grandes. Os postos de gasolina eram lotados de crianças que trocavam suas tardes de brincadeiras pela disputa em lavar os parabrisas dos carros em troca de algumas poucas moedas. Esse era o melhor exemplo daquilo que Denise Elias chama de Cidades do Agronegócio, onde a pobreza é generalizada e contrastante com algumas ruas que concentravam o comércio de luxo para satisfazer uma pequena elite de latifundiários. Depois de cerca de 13 horas de estrada, chegamos em San Fernando del Valle de Catamarca, uma cidade no sopé andino com uma arquitetura muito bonita no estilo neocolonial. Resolvemos ficar em um hotel também próximo ao centro, mas foi difícil achar vaga, pois havia um festival na cidade e a maioria dos quartos já estavam lotados. Saímos para passear na cidade, mas já era mais de 22h, tudo estava fechado, porém não impediu que aproveitássemos um pouco do local, visitamos a Plaza 25 de Mayo e nos deslumbramos com a linda Catedral Basílica de Nossa Señora del Valle. A Catedral de Nossa Señora del Valle. Dia 10/10/2019: Rota 60 - A Ruta de los Seismiles A partir deste dia pode-se dizer que a aventura realmente começa. Tomamos um belo café da manhã, andamos pela cidade para comprar uns últimos equipamentos, antes de desbravar os Andes. Saímos em direção à Ruta 60, mas ainda demoramos cerca de 2 a 3 horas para realmente começar a subir a cordilheira, o interessante é que tudo ali era diferente, a noção de tempo e espaço era outra, e conforme mais próximo dos Andes, mais encantador e misterioso o ambiente era. Ao cruzarmos a primeira cordilheira, chamada de Cordilheira Oriental, uma linha de montanhas mais baixas no sentido norte-sul, vimos a diferença climática. A Cordilheira Oriental barrava os ventos úmidos que vinham de leste, enquantos os Andes barravam os que vinham de oeste, ou seja, estávamos em um vale no sotavento das cordilheiras com clima árido e paisagem arbustiva. As montanhas areníticas ao redor contrastavam com o azul do céu e com as nuvens, desenhando um cenário de tirar o fôlego. Vista da Cordilheira Oriental, as nuvens indicam a direção do vento no sentido sudeste-noroeste. Ao iniciarmos a subida da cordilheira, deixávamos a paisagem de estepes de lado para entrar nas punas altiplânicas, uma formação vegetal herbácea típica das altitudes andinas. A Ruta de los Seismiles tem esse nome pois margeia 19 cumes com altitudes superiores aos 6.000 metros em relação ao nível do mar. Entre eles, o cume mais alto chama-se Ojos del Salar, seguido do Monte Pissis. Ambos são estratovulcões e recebem o título dos vulcões mais elevados do mundo. Ruta 60 e as punas altiplânicas. No canto direito temos o Ojos del Salado, vulcão mais elevado do mundo, ao meio o Incahuasi e no canto esquerdo o San Francisco. Atrás deste monte de areia já é território chileno. A nossa vontade era chegar no sopé destes vulcões, porém eles estão localizados no lado chileno e para nosso azar chegamos 30 minutos depois que a fronteira havia fechado, então sacamos o celular e tiramos fotos de onde podíamos. Apesar do céu limpo, o frio era forte, sobretudo por conta dos ventos que não davam trégua em nenhum minuto. Essa é uma característica do altiplano andino, onde instala-se uma zona de alta pressão que gera ventos que facilmente ultrapassam os 80 km/h. Este dia encerrou-se no vilarejo de Tinogasta, que fica no meio do caminho entre Catamarca e o Paso San Francisco (fronteira Chile-Argentina). Lá, conseguimos um hostel e fomos dormir extasiados com o dia em que passamos. Dia 11/07/2019 - Tinogasta a Antofagasta de la Sierra: O improvável resgate e o sinistro Campo de Pedra Pomes Este dia começou com uma forte indecisão: qual rota seguir?; voltaremos à rota original para Tucumán?; faríamos a linda Ruta 40?; ou “metemos o louco” e vamos ao Campo de Piedra Pomez? Tomamos o café da manhã e seguimos, decidimos pela Ruta 40, por ser a mais turística e com paisagens lindas de tirar o fôlego. Seguimos viagem, passamos por Belén, onde almoçamos um belo frango assado no conforto da calçada e com a caçamba da L200 como mesa (essa refeição foi uma das melhores da viagem). Belén é uma pequena cidade da província de Catamarca com cerca de 12 mil habitantes, mas que serve como base para os turistas que pretendem percorrer a Ruta 40 até San Antonio de Los Cobres. Após o almoço e mais chão pela frente, minha mente não parava, quase não conseguia prestar atenção na estrada, não sabia se estava feliz em percorrer a Ruta 40 e deixar de lado o Campo de Piedra Pomez. Até que passamos por um povoado chamado Las Juntas, sabia que o caminho que levava ao campo era logo após esse vilarejo. Não pensei duas vezes, ao avistar a bifurcação parei imediatamente fora da pista e desliguei o carro. Assustados, a Carol, o Jé e a Paty perguntaram prontamente o que havia acontecido e eu só respondi com o silêncio. Fiquei uns minutos mentalizando e tomei a decisão de enfrentar a Ruta 43, aquela que nos levaria ao Campo de Piedra Pomez. Todos acataram a minha decisão arbitrária e assim seguimos pela péssima estrada de chão que ia em direção às montanhas. Paisagens diversas seriam descobertas neste dia, uma mais incrível que a outra. Dos cactos gigantes a dunas de mais de 400 metros de altura em altitudes que nunca pensei que encontraria tais formações. As dunas invadindo a estrada. Dunas gigantes na beira da Ruta 43, encontradas acima dos 3.500 metros de altitude. Após as incríveis dunas, estávamos percorrendo novamente as punas altiplânicas, um cenário misterioso tomava conta da estrada, ninguém cruzava nosso caminho e os ventos castigavam a lataria do carro, nem abrir uma fresta do vidro era possível, pois fazia um barulho enorme e ainda desestabilizava o carro. Alguns quilômetros à frente e avistamos uma placa com a seguinte inscrição: Salar Laguna Blanca a 18 km. Como iríamos ao Salar de Uyuni, prontamente pensamos em não perder o foco e seguir adiante, mas algo me despertava curiosidade e, mesmo não querendo perder tempo, decidi fazer um desvio e seguir para a Laguna. Alguns minutos depois, avistamos um carro vindo em nossa direção piscando os faróis e acenando incessantemente. Eram duas mulheres desesperadas, dizendo que a caminhonete delas havia atolado no salar. Já fiquei empolgado em ajudar, finalmente testaria os limites do 4x4. Chegando no salar, já percebi que não seria tão fácil como havia pensado. A Nissan Frontier deles estava bem atolada e já havia marcas no chão de outra pessoa que havia tentado ajudar e não conseguiu. Prontamente, coloquei a Triton na frente da Frontier, sacamos o cambão, conectamos em ambos os carros, engatei a reduzida e acelerei, nada! Tentei mais duas vezes, sem sucesso e como resultado, havia atolado também. Enquanto isso, a Carol e a Paty se divertiam tirando fotos na laguna, ainda não tinhamos percebido a gravidade da situação. Foi uma luta para desengatar o cambão para poder desatolar a Triton, mas conseguimos, com a reduzida engatada e uma ajuda para empurrar saímos do atoleiro sem maiores problemas. Todavia, havia muito trabalho pela frente ainda para tirarmos a Frontier daquela situação. Víamos no rosto do motorista o cansaço e o desespero, ele e a família com crianças pequenas já estavam lá havia 4 horas e só uma pessoa tinha aparecido e foi embora sem conseguir ajudá-los. Neste momento já era umas 15h e provavelmente ninguém mais apareceria. Lutávamos contra os fortes ventos altiplânicos e a altitude já nos castigava. Primeira tentativa de resgate no salar. O jeito seria utilizar as pranchas de desatolagem, pela primeira vez elas íam sair do rack de teto. Obviamente os parafusos oxidados deram mais trabalho que o comum, mas conseguimos soltá-las. Agora precisávamos erguer o carro, colocamos o macaco embaixo apoiado em alguns tocos de madeira que a família havia conseguido e levantamos a traseira da Frontier para encaixar a prancha, repetimos do outro lado e pronto. Tudo certo, o motorista acelerou, o carro andou um metro e atolou de novo. Tivemos que repetir este procedimento três vezes até que enfim eles estavam libertos daquele momento terrível. Quando saíram, a alegria deles e a nossa foi tão grande, que posso dizer que este foi o melhor momento da viagem. A família chorou de emoção e nos agradeceu de todas as formas possíveis. Satisfeitos, cumprimentamos-os e seguimos nossa rota e neste momento passou pela nossa cabeça: Qual era a chance que eles tinham de encontrar alguém como nós com duas pranchas de desatolagem no meio do nada? Foi pura sorte ou será o destino. Ainda conseguimos chegar no tão esperado Campo de Piedra Pomez antes de anoitecer, algumas dezenas de quilômetros para frente do Salar Laguna Blanca, avistamos uma placa que dizia solo 4x4 e bem ao horizonte era possível observar uma paisagem diferente, com formas pitorescas e uma cor clara em meio aquela areia escura, típico material vulcânico depositado. Após quase uma hora percorrendo um caminho não demarcado, cheio de costelas de vaca, muita areia e pedras, chegamos nos monumentos de pedra pomes. Esta área natural e protegida é uma bela paisagem originada pela erosão eólica de rochas vulcânicas piroclásticas (pumicita ou pedra pomes.) Sobre mais de 25 Km de extensão, se destacam milhares de facetas ruiniformes, algumas com mais de 50 metros de altura, dando ideia da espessura do depósito. Esta rocha é um produto da atividade dos aproximadamente 200 vulcões que existem na região de Antofagasta de la Sierra, entre os quais se destaca a Caldera del Galán, cuja última erupção ocorreu no final do Plioceno. Este vulcão tem uma das maiores crateras conhecidas no mundo, com 34 Km de norte a sul e 24 Km de leste a oeste. A incrível paisagem do Campo de Piedra Pomez, ao fundo vários vulcões que são os responsáveis pela formação desta paisagem única. Nem o frio intenso e nem a altitude nos impediram de escalar estes incríveis monumentos. Ficamos tão extasiados com este lugar que assistimos ao pôr do sol de lá e encararíamos o trecho final até Antofagasta de la Sierra à noite. E realmente, dirigimos no meio dos Andes, em um lugar nada turístico à noite e a sensação foi um mistura de apreensão e liberdade. E enfim, por volta das 22h horas, chegamos em Antofagasta de la Sierra e rapidamente encontramos uma casa para dormir, típica parada de mineradores da região. Ainda antes de dormir, fomos jantar e experimentamos um pouco da culinária local, o famoso prato Locro, uma espécie de sopa com milho, feijão, batatas andinas e carne de lhama. Não foi muito apetitoso, mas valeu a experiência. Locro, típico prato andino. Dia 12/07/2019 - O ponto austral do Triângulo do Lítio - O Salar de Hombre Muerto Depois de uma noite literalmente congelante, levantamos para encarar mais um trajeto pouco conhecido. E logo nos primeiros momentos do dia já vem a primeira surpresa, não muito boa. Um frio intenso, entrei no carro e dei a partida e nada, mais uma vez e nada, outra vez e nada. Parei, respirei, raciocinei e já sabia o problema, o diesel havia congelado. As garrafas dentro do carro estavam todas com os líquidos congelados. Mas ainda bem que os carros de hoje tem uma válvula de pré-aquecimento do combustível antes de injetá-lo nos cilindros. Deixei a parte elétrica ligada um tempo, dei a partida e finalmente o carro pegou. Segui rapidamente para o único posto de combustível da cidade e logo descobri que lá só vendia diesel aditivado com anticongelante, e bem caro, diga-se de passagem. Coloquei meio tanque e partimos. Mais uma surpresa, agora engraçada, tivemos ao jogar água no parabrisa. Com os vidros muito sujos, jogamos água para limpar e instantaneamente congelou. Fiquei preocupado com a possibilidade de trincar o parabrisa, pois estava muito frio, tudo congelado, ligamos o ar quente e seguimos viagem no forno do interior da Triton. Este dia rodamos cerca de 400 km inteiramente acima dos 4 mil metros de altitude, colinas suaves desenhavam o horizonte da paisagem recheadas de salares que contrastavam com imensos vulcões, ainda ativos. Alguns lagos congelados beiravam a pista e se mostravam como as poucas fontes de água na paisagem árida do altiplano andino. Em alguns locais, nem mesmo era possível observar as punas, pois o ambiente era tão extremo que não havia nenhuma forma de vida. Lagos congelados na beira da Ruta 43. Algumas horas depois chegamos no Salar de Hombre Muerto, o ponto mais ao sul do Triângulo do Lítio. Localizado ainda na província de Catamarca-ARG, o salar é uma das regiões mais ricas em lítio do mundo, a área em que se localiza o Triângulo do Lítio contém mais de 85% das reservas conhecidas do planeta e vale a pena dizer que tal recurso é extremamente estratégico, alguns especialistas até o consideram o novo petróleo, pois o lítio é o recurso chave para a produção de baterias, desde celulares a veículos. No Salar de Hombre Muerto há uma mineradora estadunidense que explora o recurso e o envia até o porto de Antofagasta, no Chile, onde é exportado in natura para a Ásia e Estados Unidos. Na região não há nenhuma indústria que utiliza o lítio, ou seja, ele representa, apesar de muito cobiçado, mais um produto de baixo valor agregado na pauta de exportações latinoamericanas. O Salar de Hombre Muerto - uma das mais importante reservas de lítio do planeta, Após umas paradas para fotos e estudos, seguimos viagem, o objetivo era chegar em San Antonio de los Cobres. Pelo meio do nosso caminho alguns pequenos vilarejos de mineradores se apresentavam no caminho. Ao final da Ruta Provincial 17 (continuação da Ruta 43), pegamos a Ruta 51 que vem do Paso Sico (fronteira Chile-Argentina) e seguimos à San Antonio, e este foi um dos trechos ruins de estrada e um dos pontos mais elevados que passamos por toda a viagem. Ruta 51 - 4560 metros de altitude. A Ruta 51, bastante sinuosa com trecho íngremes e muitas pedras. Com o combustível na reserva e aquele clima de apreensão, enfim chegamos no final da tarde ao nosso destino. Arrumamos uma pousada na hora e enfim fomos lanchar depois de um dia inteiro sem comer absolutamente nada e sem cruzar com uma alma viva na estrada. Aproveitamos também para tomar os vinhos que ganhamos da família que resgatamos no salar e após uns goles notamos o poder da altitude, estávamos todos bêbados em questão de minutos. Foi uma bela noite de sono. Dia 13/07/2019 - As montanhas coloridas de Pumamarca e as sinclinais da Quebrada Humahuaca Acordamos cedo e de ressaca, a Carol não aguentava de dor de cabeça. Realmente não era mito que beber na altitude não é muito bom, descobrimos do pior jeito. Seguimos viagem pela Ruta 40 até a Ruta 52 para descer os Andes em direção ao vilarejo de Pumamarca, um local bem turístico e muito procurado pelas suas belas montanhas coloridas e sua famosa feira de artigos andinos. A Ruta 52 é uma bela estrada, bem sinuosa, porém asfaltada que liga o Paso Jama a Pumamarca. A descida das montanhas requer muito cuidado pois as curvas são bem fechadas e algumas ainda tem buracos no asfalto. Além disso é um trajeto onde circulam muitos caminhões cegonha que precisam invadem a pista contrária quando fazem as curvas. A bela Ruta 51 em direção a Pumamarca. Após a bela descida dos Andes, chegamos finalmente em Pumarmarca, conhecida como “Tierra de Colores”. Já havia estado aqui em 2015 e tinha me apaixonado pelo lugar, a geologia desta região é encantadora, sobretudo, quando avistamos o famoso ”Cerro de Siete Colores”, cartão-postal da cidade. O Cerro de Siete Colores é uma cadeia de montanhas que possui sete diferentes horizontes, cada um com uma cor específica, datada de um período geológico distinto. Resultado da interação de grandes forças de agentes internos de modelação do relevo em contraste com os agentes externos de intemperismo, a variedade de cores resulta da acumulação de sedimentos de origem marinha, lacustre e continental. As cores acinzentadas, verdes escuras e violeta corresponde ao tempo mais antigo, o período Pré-cambriano (600 milhões de anos atrás). Já as cores rosa escuro e branco são do período cambriano (540 milhões de anos atrás), cujos estratos carregam vestígios fósseis da fauna marinha daquele tempo. Já as cores cinza claro ao amarelo são de afloramentos areníticos do período Ordoviciano (505 milhões de anos atrás). Após um longo período de interrupção da sedimentação, no Cretáceo (144-65 milhões de anos atrás) são depositados cascalhos avermelhados e arenitos e finalmente os tons avermelhados e rosa claro são mais recentes, datados do Terciário (65-2,1 milhões de anos atrás), onde o local já se constitui como uma bacia continental e não mais o fundo de mares e lagos. O Cerro de Siete Colores, com os seus diferentes horizontes geológicos. Vista da trilha que contorna o Cerro de Siete Colores. Após nossa parada em Pumamarca, já era hora de seguir a estrada, nosso próximo ponto seria o sítio arqueológico de Tilcara, com vistas ao Jardim Botânico de Cactos e às ruínas de Pukará. Tilcara é o povoado mais turístico da província de Jujuy, o que nos desanimou um pouco pela quantidade de vans turísticas e pessoas na cidade. Contudo ainda é um belo lugar e não pode faltar no roteiro do noroeste argentino. As ruínas de Pukará datam de cerca de mil anos atrás e nos contam muito sobre a vida dos povos pré-colombianos que habitaram a região. Pukará significa fortaleza e pela localização de sua construção, no alto de um morro é possível perceber que se tratava de um local bastante protegido. Grande parte das ruínas foram reconstruídas recentemente para demonstrar como viviam os habitantes daquela época. Os belos dobramentos às margens da Ruta 9, em Maimara, caminho para Tilcara. As ruínas de Pukará em meio a paisagem árida formada pelos belos cactos gigantes. O templo de Pukará reconstruído. Após esta bela parada, seguimos viagem pela Ruta 9 e Quebrada de Humahuaca. Tal local ganhou em 2003 o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e trata-se, realmente, de um belíssimo lugar, com uma cultura ímpar e uma paisagem natural maravilhosa. Já no fim de tarde, a caminho da fronteira Bolívia-Argentina, avistamos as incríveis sinclinais de Humahuaca, formadas pela combinação de diferentes ambientes de sedimentação dobrados pelo choque das placas tectônicas sulamericana e pacífica. Às margens da Ruta 9, a bela paisagem das sinclinais de Humahuaca. Já era noite quando chegamos na cidade argentina fronteiriça, La Quiaca. O pior é que ainda precisávamos achar um lugar que fizesse impressão, pois o Jé e a Paty não haviam conseguido imprimir o certificado internacional de vacinação contra a febre amarelo, um documento obrigatório para a entrada na Bolívia, Percorremos alguns locais e por sorte achamos um escritório aberto, muita sorte por se tratar de um sábado à noite. 14/07/2019 - A rota solitária no sul da Bolívia - La Quiaca a Uyuni. Acordamos com uma primeira missão, precisávamos comprar uma lâmpada para o farol da Triton que havia queimado na noite anterior. Fomos direto à fronteira, fizemos toda a documentação, inclusive a Declaracion Jurada, o documento mais importante para se entrar de carro na Bolívia, se você não o tiver, a polícia pode apreender seu carro e ele se torna propriedade do governo boliviano e, realmente, você perde seu veículo. Diante disto, além de fazer o documento ainda tiramos umas três cópias com medo de entregar a original para um oficial e “sem querer” ele perdê-la. Adentramos Vilazón, a primeira cidade do sul boliviano lembra o cotidiano de Ciudad del Este, ruas abarrotadas de lojas que vendem eletrônicos a preços mais baixos que no Brasil ou Argentina. Fizemos o câmbio e saímos à procura das lâmpadas. Almoçamos um prato bem suspeito numa feira local, custou cerca de cinco reais a refeição e todos sobrevivemos. Após tudo em ordem, seguimos viagem pela rota em direção ao vilarejo de Tupiza, uma rota bem alternativa que praticamente não existiam relatos. A rota mais tradicional é aquela que segue para Potosí e depois para Uyuni, mas é muito mais longa. De fato a rota por Tupiza era meio estranha, apesar de estar passando por um processo de asfaltamento, diversas vezes saímos do trajeto original e avistávamos a estrada asfaltada no horizonte. Seguíamos em direção a ela e logo o asfalto sumia de novo e saíamos da rota, isto se repetiu umas cinco ou seis vezes e não havia ninguém a perguntar também, nessa hora as fotos de satélite nos auxiliavam. Apesar das dificuldades, o trajeto é magnífico, com montanhas belíssimas margeando o caminho que seguia os leitos dos rios. Vista do caminho para Tupiza. Um dos trechos que entrávamos por engano e saímos da rota principal. Ainda na estrada, alguns estupendos inselbergs apareciam em nosso trajeto, demonstrando a força da erosão eólica sobre os monumentos geológicos da região. Um belo inselberg no caminho a Tupiza. Depois de uns 80 quilômetros rodados conseguimos nos manter sempre no caminho correto, pois grande parte da estrada já estava asfaltada, ainda bem, pois as serras que tivemos que vencer eram muito íngremes e exigiram bastante da Triton que não passava dos 40 km/h. Apesar de íngreme a estrada, a Triton aguentou bem e nos fez avistar as belas paisagens montanhosas do sul da Bolívia. No fim de tarde chegamos a Uyuni, já bem cansados e famintos. Imediatamente fomos abastecer o carro e comprovamos aquilo que tínhamos lido sobre a Bolívia, o combustível para estrangeiros é o dobro do preço. Mas fizemos um esquema com o frentista do posto e ele nos vendeu a 1,5 a mais que o preço normal nos vendendo como estivessemos com o carro boliviano. A grana a mais ele embolsou, justo, afinal o salário deles é estupidamente baixo. A noite, eu e Jé nos separamos das nossas esposas afinal queríamos comer especiarias locais, enquanto elas queriam uma refeição mais confiável. Apesar de muito pobre o lugar, não nos preocupamos com a segurança, nada é pior que São Paulo ou Rio de Janeiro. Dia 15/07/2019 - Desbravando o Salar de Uyuni Estávamos ansiosos para este dia, enfim iríamos conhecer o tão famoso Salar de Uyuni, e o melho,r faríamos isto com o nosso próprio carro, sem depender de agências de turismo. Logo cedo fomos em direção a Colchani, o vilarejo de entrada do Salar, observamos o caminho que algumas Toyotas faziam para não termos nenhuma má surpresa e atolarmos em algum lugar. Foi bem tranquilo, como era época de seca, não havia tantos atoleiros na entrada do salar. Seguimos umas vans até a praça das bandeiras, um ponto bem turístico com as bandeiras de diversos países e até mesmo, de times como Corinthians, Palmeiras e Grêmio. Aproveitamos para conhecer o Hotel de Sal ao lado da praça e tirarmos fotos no monumento do Rally Dakar. O monumento do Rally Dakar no meio do Salar de Uyuni. Após isso seguimos algumas marcas de pneu no chão até a ilha Incahuasi, uma ilha de cactos em meio ao Salar de Uyuni. Tal ilha forma uma magnífica paisagem e localiza-se bem próximo ao centro do Salar, tanto que dirigimos mais uns 40 minutos da praça até a ilha. A Ilha Incahuasi próximo ao centro do salar. A formação do salar de Uyuni é explicada pelo soerguimento da plataforma continental no momento de formação da cordilheira andina. A região era um imenso mar que ascendeu e transformou-se com o tempo em uma imenso lago, por conta da elevada evaporação da água. Enquanto a água evaporava, depositava-se em seu fundo imensas quantidades de sais. Ao passo que mais evaporação ocorria o lago foi sumindo e uma imensidão branca de sal tomou conta de uma área de aproximadamente 10.500 km². Tal formação também fez do salar uma importante reserva de lítio, configurando-o como o ponto setentrional do Triângulo do Lítio, região já mencionada anteriormente. Diferentemente da Argentina e Chile, a Bolívia tinha outros planos para tal recurso, Evo Morales havia investido fortemente em indústrias que processariam tal recurso e que, em vez de exportar um produto de baixo valor agregado, poderiam no futuro exportar até mesmo carros elétricos. Dirigir em meio ao salar pode ser uma aventura perigosa, apesar de muitos locais terem marcas de pneu, nem sempre estas te levam a algum lugar, seguimos algumas, dirigimos por horas e não achávamos nada. Por isso é bom ter uma bússola e contar com um gps com as imagens de satélite baixadas para não se perder em meio à imensidão branca. Alguns trechos do Salar não tem marcação, por isso é importante uma bússola e um gps para se guiar. Saímos em busca do espelho d’água. Sabíamos que não era época de encontrá-lo, pois estávamos no período de secas, mas alguns locais nos disseram que na base do vulcão Tunupa era mais fácil de encontrar. Abrimos as imagens de satélite, observamos a localização do vulcão e seguindo a bússola, partimos em direção à sua base. Enfim encontramos água e o famoso espelho que nas fotos dá a sensação de estarmos flutuando em um céu infinito. Esta seria uma das mais belas paisagens que veríamos no roteiro inteiro. O céu infinito no Salar de Uyuni. Ainda tentamos subir de Triton no vulcão Tunupa, mas percebemos que seria inútil a tentativa, pois a estrada acabava bem longe da cratera e não haveria tempo suficiente para escalá-lo durante o dia. Portanto voltamos a Colchani, no mesmo esquema, traçamos a rota nas imagens de satélite e seguimos a bússola. Desta vez iríamos passar a noite em um hotel de sal na entrada do salar. Este hotel de sal era novo e ainda não estava recebendo reservas, mas na noite anterior durante uma conversa com os guias, eles nos ofereceram a estadia neste lugar por um preço bem bacana, então resolvemos arriscar. De fato era um hotel bem bonito, mas com uma estrutura muito aquém do esperado. Tomei uma das piores decisões da vida, quando resolvi encarar um banho. Achei que o frio do salar seria compensado com um banho quente, porém o chuveiro esquentou nos primeiros segundos e depois ficou geladasso. Neste momento a temperatura no próprio quarto já era negativa e nunca passei tanto frio na vida. Até a Carol ficou assustada, ao final do banho, tremia tanto que nem quatro cobertores eram capazes de me esquentar. Necessitei do calor humano dela para parar de tremer, mas isto ocorreu uns 15 minutos depois. Reconstituído, fomos observar o pôr do sol no salar, um espetáculo, apesar do frio congelante. O pôr do sol visto da janela do nosso quarto no hotel de sal. Dia 16/07/2019 - A travessia Bolívia e Chile pela rota do vulcão Ollague Antes de seguirmos viagem neste dia, necessitamos trocar o óleo da Triton, pois já havíamos andado mais de 5 mil quilômetros, e ainda realizar uma lavagem completa para tirar o sal do carro, com o intuito de não estragar as peças por corrosão. Conseguimos deixar Uyuni na hora do almoço e seguimos viagem. Infelizmente o roteiro que gostaríamos de percorrer não seria possível (a rota direta para San pedro de Atacama, passando pelos Gêyseres Sol de la Mañana e Laguna Colorada), pois os guias locais haviam nos informado que o caminho estava praticamente intransitável pela quantidade de neve que havia no local. Decidimos não arriscar e mudar o trajeto, seguiríamos pelo Paso Avaroa, que nos levaria até Calama, capital do deserto do Atacama no Chile. Tal roteiro é menos turístico e pouco movimentado, mas de igual beleza. Nele passamos por várias formações rochosas vulcânicas, grandes afloramentos de basaltos e diabásios, sendo o mais famoso o Valle de las Rocas. Valle de las Rocas - Ruta 701 - Bolívia. O caminho através da Ruta 701 é lindo, inteiramente na altitude e rodeado por grandes e inúmeros vulcões. O maior deles e ativo era próximo a fronteira, o Ollague. Quando chegamos próximo a ele, vimos pequenas fumarolas saindo de dentro de sua cratera, o que me deixou muito empolgado, torcendo para avistar uma erupção, o que não ocorreu. Olhando pelo lado positivo, pelo menos estou vivo. Os vulcões foram nossos únicos companheiros neste dia. Não cruzamos com ninguém nesta estrada. Chegando na fronteira, iniciamos os longos trâmites para ingressar no Chile. A polícia aduaneira do Chile é uma das mais exigentes da América do Sul e mesmo estando numa fronteira pouco movimentada, fizeram-nos esvaziar o caçamba inteira da Triton e abrir as caixas da caçamba, o que foi muito difícil por conta do frio que emperrou as trancas. Depois de cerca de uma hora e meia de trâmite, já era noite. Seguimos a Calama e, infelizmente, perdemos várias lindas paisagens do trajeto. Porém, como era noite de lua cheia, as lagunas altiplânicas espelhavam-a elaborando uma misteriosa e harmoniosa paisagem. Minha vontade era de parar e acampar ali mesmo, porém o frio e os ventos impediram-nos de realizar mais esta aventura. Chegamos por volta das 22h em Calama e resolvemos ficar em um bom hotel depois da trágica e congelante estadia no hotel de sal, precisávamos de um banho decente, pois havia uns três dias que não desfrutávamos deste conforto. E por esta cidade ser bastante turística, demos sorte porque conseguimos fechar um hotel com desconto do IVA para estrangeiros. Dia 17/07/2019 - A aridez do Atacama e a nostalgia do reencontro Depois de tantos dias acima dos 3.500 metros de altitude, descer para 2.500 pareceu que ganhávamos um novo gás. As coisas aparentavam mais leves, o carro também respondia melhor, parecia que tudo seria mais tranquilo agora. De Calama até San Pedro de Atacama ainda é um bom percurso. Demoramos cerca de 2 horas para chegar no nosso destino turístico. Próximo de lá já avistávamos dos mirantes as cordilheiras de sal presentes no Valle de la Luna. Tais cordilheiras delimitavam os limites do salar de atacama, o ponto mais ocidental do Triângulo do Lítio e o ponto mais longe da nossa casa. Até então o odômetro já registrava mais de seis mil quilômetros percorridos e ainda havia toda a volta para encararmos. Ao entrar em San Pedro, a nostalgia tomou conta de mim, afinal havia estado lá em 2015 em uma das minhas maiores aventuras, um mochilão com meu camarada Jonas Risovas, sem destino certo e sem nada fechado. Procurando aproveitar mais este momento nostálgico fui atrás do mesmo hostel que havia me hospedado quatro anos atrás e, rapidamente, encontrei-o logo após o cemitério municipal. O Hostel Lackuntur é um pouco mais afastado da principal rua do vilarejo, a Caracoles que concentra as agências de turismo e as lojas de artesanatos para o consumo turístico. Chegando lá, prontamente me apresentei dizendo que já havia me hospedado lá e, por isso, gostaria de um bom desconto. A resposta foi positiva e então fechamos mais duas noites por lá, afinal queríamos aproveitar mais os atrativos do deserto. Fizemos nosso almoço no próprio hostel e saímos em busca da Laguna Escondida, um circuito de sete lagunas com alta concentração de sal, que impedem seu corpo de afundar. Uma bela experiência na hora, mas terrível quando você sai da água pela quantidade de sal impregnada no seu corpo. A primeira das sete lagunas escondidas. Somente duas são abertas para o banho, o restante é fechado por conta da preservação do frágil ecossistema. Após a escaldante trilha nas lagunas seguimos para o Valle de la Muerte para assistir o pôr do sol. Tal lugar recebe esse nome por conta de um erro de tradução. O local aparenta muito a superfície de marte, o que levou pesquisadores a chamarem de Vale de Marte, porém, num típico telefone sem fio, com o passar do tempo, o lugar ficou conhecido como Valle de la Muerte. A bela vista do Valle de la Muerte. Ao fundo sobressai-se na paisagem o cartão-postal de San Pedro de Atacama: o vulcão Licacanbur. Dia 18/07/2019 - A beleza imensurável das Lagunas Altiplânicas A cordilheira andina é show de beleza natural, sobretudo, quando nos caminhos percorridos, tornam-se visíveis suas lagunas formadas pelo degelo dos cumes elevados. Este foi o objetivo deste dia. Percorremos a rota 23 até quase a fronteira da Argentina no Paso Sico, e, posso dizer com tranquildade, que é o caminho mais lindo do deserto do atacama. Nossa primeira parada foram as Lagunas Miñique e Miscanti, que levam o mesmo nome dos vulcões que as margeiam. Formadas pelo degelo, apresentam diferentes tons de azul, demonstrando a diferença de suas profundidades e da alcalinidade da água que recarregam seus reservatório. A bela Laguna Miñiques e seu vulcão ao lado esquerdo. Seguindo a diante na rota 23, o próximo ponto de parada é a Laguna Salar de Talar e as Piedras Rojas. Infelizmente este local não é mais aberto para visitação. Na primeira vez em que estive aqui, em 2015, eu e Jonas tivemos a oportunidade de caminhar pela laguna congelada e encarar o declive das Piedras Rojas, um grande campo de material piroclástico provindo da erupção do vulcão Miscanti. De qualquer forma, não deixa de ser bela a paisagem na beira da estrada. Momentos espetaculares e inesquecíveis vivenciamos ao longo deste incrível trajeto. A bela laguna do Salar de Tara. Antigamente era possível caminhar sobre suas águas congeladas. O mirante do Salar de Tara costuma ser o último ponto turístico visitado pelas agências de San Pedro de Atacama nesta rota. Uma pena, pois alguns quilômetros a frente é possível observar a imponente Laguna Tuyajto. Também formada pelo degelo das montanhas, suas águas apresentam um tom azul turquesa que contrasta com o amarelado das punas altiplânicas e o cinzento do solo árido. Laguna Tuyajto, parece uma pintura com suas águas azul turquesa. Após esta última parada era hora de voltar para San Pedro de Atacama. Planejamos dar uma volta pelo centro da cidade, a rua Caracoles à noite e fazer uma boa refeição, pois o dia seguinte seria um dos mais puxados da viagem. Dia 19/07/2019 - O poder das forças endógenas: A bacia geotérmica El Tatio Era por volta das 4h30 da manhã, ou melhor da madrugada, quando nosso despertador tocou. Sentimos aquele ímpeto desespero, porque tínhamos que levantar, deixando o calor de nossas cobertas para encarar o frio congelante do deserto. A ideia era ir até um famoso ponto turístico, os Gêyseres del Tatio. Localizado na bacia geotérmica de mesmo nome, esta área contém uma série de fissuras que são preenchidas com a água do degelo e que entra em contato com o magma em subsuperfície, alcançando uma temperatura próxima aos 85ºC e com colunas que podem chegar a alguns metros de altura. O El Tatio é o maior campo de gêiseres do hemisfério sul e terceiro maior do mundo, atrás do Parque Nacional de Yellowstone nos Estados Unidos e do Vale dos Gêyseres na Península de Kamtchaka na Rússia. O local apresenta uma altitude superior aos 4.200 metros em relação ao nível do mar e quase sempre as temperaturas são negativas. Ao nascer do sol, facilmente, as temperaturas podem chegar abaixo dos 15 graus celsius negativos. Contudo, apesar de ser a hora mais fria do dia, também é a mais recomendada para a visitação. Chegamos bem na hora do nascer do sol e, realmente, a temperatura estava muito baixa. As luvas não davam conta e nem nossas botas. Tentamos, inutilmente, acender nosso fogão de camping para fazer um café e não conseguimos sequer uma chama. Acreditamos que seja por conta da combinação do frio com o oxigênio rarefeito no local. Mas o frio não nos venceu, fizemos umas trilhas para ver de perto os gêyseres, um espetáculo à parte. A águas jorravam ao alto e quando caíam no chão, congelavam instantaneamente. A bela paisagem formada pela combinação dos raios solares atravessando as fumarolas dos gêyseres. O campo dos Gêyseres del Tatio tem um boa infraestrutura de visitação com muros que limitam a zona de segurança de observação dos fenômenos. Após a visitação a este magnífico lugar, seguimos a rota para a Reserva Nacional dos Flamencos. Acabamos errando o caminho e percorremos um longo trajeto em meio ao Salar de Atacama. O Salar de Atacama é bem diferente dos demais salares que visitamos ao longo de nossa viagem. Ele não apresenta aquela imensidão lisa e branca, pois o sal está misturado com o barro proveniente das escassas chuvas torrenciais que atingem a região em alguns dias do ano. Neste erro de trajeto, podemos adentrar uma área de uma mineradora que atua no salar, provavelmente retirando lítio, arsênio e outros recursos.Rapidamente, o guarda nos repreendeu dizendo que estávamos um uma zona privada e que a Reservas dos Flamencos era muito antes. Demos meia volta e seguimos a estrada, ou melhor o caminho que corta o Slar pelo meio. Enfim chegamos na tão procurada Reserva, um local de descanso e reprodução de flamingos. Alguns deles estavam próximo à área de observação o que nos rendeu um belo cenário. Contudo, é possível perceber os impactos da atividade mineradora no local, em 2015 eu já tinha visitado a região e a minha percepção era outra. As águas apresentavam um aspecto turvo, muito diferente do espelho cristalino que observei alguns anos atrás. Os flamingos se alimentam dos microorganismos que se desenvolvem nas áreas alagadas do salar. A bela cordilheira andina refletida no Salar de Atacama. E após esta última parada, estávamos praticamente finalizando nossa viagem. Agora era descansar para iniciar o caminho de retorno a nossa casa. Dia 20/07/2019 - A travessia dos Andes pela Rota 52 (Paso Jama) Com o sentimento de dever cumprido, arrumamos nossas malas e nos despedimos do Atacama. Percorreríamos a linda ruta 52, que atravessa os Andes do Chile à Argentina pelo Paso Jama. Assim que deixamos o vilarejo de San Pedro de Atacama uma longa subida , praticamente em linha reta, precisou ser vencida. Sem muitas dificuldades para a Triton, o caminho que se abre é um ponto alto da viagem. Logo alguns quilômetros estrada acima, nos aproximamos dos vulcões Licacanbur e Sairecabur. Os estratovulcões Licacanbur e Sairecabur vistos da janela da Triton. São vários incríveis minutos margeando estes vulcões. A paisagem é espetacular, em meio à aridez do Atacama, o Licacanbur destaca-se com o típico formato cônico recoberto com neve próximo à sua cratera. Seu cume supera os 6 mil metros de altitude, porém ele é só mais um dos vários vulcões que fazem parte do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, que compreende a Cordilheira dos Andes, a América Central, a Sierra Madre mexicana, a falha de San Andreas, as montanhas de leste do Canadá e o Alaska no continente americano. O Círculo de Fogo do Pacífico tem esse nome, pois trata-se de uma região com intensa atividade vulcânica e sísmica. Mais de 80% dos terremotos e erupções no mundo ocorrem nesta região. Isto deve-se ao contato convergente de placas tectônicas, sejam do tipo continental com oceânica, no que diz respeito à América, ou oceânica com oceânica, quando ocorre na Ásia ou Oceania. Alguns quilômetros a frente e deixamos a linha de vulcões para trás e entramos no altiplano andino, uma área com cerca de 4 mil metros de altitude em média. Percorrendo a Ruta 52 não são poucos os salares, lagos congelados ou montanhas que margeiam a estrada, contrastando a bela paisagem com as condições extremas do local. O Salar de Tara, localizado à beira da Rota 52 é um excelente ponto de parada para apreciar a paisagem. Salar de Loyoques, outra bela parada às margens da Rota 52, Algumas horas à frente e já avistamos as Salinas Grandes, outro salar no caminho da Rota 52. Quando a avistamos, já sabíamos que estávamos perto da bela descida para Pumamarca, que havíamos realizado uma semana atrás. Porém desta vez não seguiríamos ao norte e sim iríamos a Salta, pousar e encarar os longos trechos de volta para casa. Dia 21/07/2019 - A travessia do Chaco: pela estrada ou pelo acostamento? Antes de seguirmos viagem, resolvemos aproveitar um pouco a linda cidade de Salta. O meu maior desejo era comer novamente um pancho, o cachorro-quente salteño. Em 2015, eu e Jonas ficamos alguns dias em Salta e todas as nossas refeições foram panchos, pois era a opção de comida mais barata, já que não tínhamos grana. Comi logo três panchos, uma delícia, pois o que o diferencia do nosso cachorro-quente são os molhos, eles oferecem cerca de 15 diferentes tipos de molho, alguns como Salame, Pizza, Roquefort etc. Ainda aproveitamos para ir no mercado comprar vinhos, afinal estávamos na Argentina e voltar ao Brasil sem nenhuma garrafa não era uma opção. Compras realizadas, seguimos viagem, o trajeto era longo, cerca de 700 km iríamos percorrer, mas achávamos que seria rápido, pois a Rota 16 é um reta infinita. Grande engano nosso, depois de umas duas horas de estrada, começou um longo trecho de buracos, ou melhor de crateras. Eram tantos que nossa velocidade média era de 20 km/h. O desespero começou a bater, naquele ritmo demoraríamos muito tempo para chegar. Diante dessa situação, resolvi agir, botei o carro fora da estrada, engatei o 4x4 e segui atravessando as vezes o pasto e plantações de soja. E dessa maneira conseguimos vencer este trecho que tinha uns longos 50 km. Como havíamos saído mais tarde de Salta, não iríamos conseguir chegar em uma hora adequada em Corrientes, por isso resolvemos pousar em uma cidade do Chaco mesmo. Escolhemos Saenz Roque Peña para procurarmos um hotel e demos muita sorte. Depois de pesquisar preços em pousadas e hotéis péssimos, resolvemos nos dar o luxo e ir dar uma olhada no hotel mais luxuoso da cidade o Gualok. E por incrível que pareça, ele tinha o preço parecido com as espeluncas que tínhamos visto antes, isto porque como somos estrangeiros, eles não cobram o IVA. A bela piscina do Hotel Spa Cassino Gualok. Recomendamos a estadia a todos que foram atravessar o Chaco. Ficamos muito animados, afinal o Gualok não era um hotel qualquer, era também um Spa e um Cassino. Logo fomos aos nossos aposentos, tomamos o melhor banho da viagem e já estávamos no saguão cobrando nossos drinks de cortesia. Sentados à beira da piscina, bebemos um pouco e tomamos coragem de ir ao cassino. Ao entrar no cassino, já fomos avisados que não era permitido tirar fotos, infelizmente. Mas o cenário era uma típica cena de filme de Las Vegas, aquelas mesas cheias de velhos apostando e perdendo dinheiro. Tentamos a sorte em umas máquinas caça-níqueis, mas obviamente, perdemos mais do que ganhamos. Mas tudo bem, gastamos menos que vinte reais e nos divertimos um pouco. Dia 22/07/2019 - Mais e mais asfalto - de Saens Roque Peña a Foz do Iguaçu Não tenho muito o que escrever sobre este dia, acordamos cedo e dirigimos até a noite, quando finalmente cruzamos a fronteira argentina e voltamos às terras tupiniquins. O único causo do dia foi que na província de Corrientes e exatamente no mesmo posto policial que havíamos pago propina uma semana atrás, eles nos pararam novamente. Fiquei muito irritado, nem cumprimentei o guarda e já fui falando que tudo estava em ordem e que já tínhamos sido parados aqui alguns dias atrás. Ele me observou com cara de poucos amigos, pediu para eu descer do carro e abri a caçamba. Fiz o que ele mandou e, prontamente, já comecei a tirar as malas sem ele pedir. Ele deve ter percebido minha irritação e falou para eu colocar tudo de volta e nos liberou. Assim, seguimos nosso longo trajeto. Ao chegar em Foz, optamos em ficar em um hotel próximo da fronteira, pois queríamos aproveitar e fazer umas compras no Paraguai. Dia 23/07/2019 - Ciudad del Este - O dilema da oportunidade versus o consumismo Não me alongarei muito sobre este dia, pois o resumo foram compras e mais compras. A Carol super empolgada para comprar apetrechos para nossa casa e o Jé e a Paty ansiosos pelo primeiro dia deles no mais famoso centro de compras da América do Sul. Obviamente aproveitamos algumas oportunidades e compramos o que mais vale a pena, os eletrônicos, lustres para casa, perfumes e bebidas. Todavia, voltamos ao Paraguai mais duas vezes ao longo do dia e resolvemos dormir mais uma noite em Foz para realizar todas as compras possíveis. Algumas das compras do Paraguai, a dificuldade seria caber tudo no carro. Dia 24/07/2019 - A volta é sempre mais demorada. Enfim em casa. Acordamos bem cedo, e a ainda fomos mais uma última vez para o Paraguai, pois a Carol havia esquecido de comprar o perfume para sua prima, a qual ela tinha prometido. De volta ao hotel, o maior desafio foi colocar tudo de volta no carro, além das dezenas de novas compras. Não sei como coube tudo, até dentro do pneu que estava no rack de teto colocamos coisas e assim partimos, torcendo para não sermos parados pela Receita Federal. O caminho de volta foi o pior de todos, muita obra na estrada, muitos caminhões no Paraná. Chegamos em Curitiba já era de noite, mas resolvemos encarar a volta completa sem parar. Chegamos em São Paulo já eram quase 2 horas da manhã e tivemos a melhor recepção de todas. Marx e Nietzsche com seus rabos abanando pareciam dois foguetes indo de uma lado para o outro quando ouviram o barulho do carro. Nos lamberam de ponta a ponta e quase que não deixaram nós descarregarmos o carro. Jeferson e Patrícia ainda encarariam mais duas horas de estrada até a casa deles em São Pedro-SP. Por isso, descarregamos o carro inteiro, arrumamos o porta-malas da Duster e eles seguiram. Nos despedimos com aquele sentimento mesclado de cansaço, dever cumprido e tristeza por ter acabado. E agora era voltar a vida normal com mais uma aventura pela frente. Mapa da rota percorrida
  24. ( de OURINHOS/SP A MARAGOGI/AL - de carro, não apenas um carro, um Del Rey) Galera essa viagem foi em Abril de 2018, encontrei esse relato que eu fiz no Facebook e resolvi publicar por aqui também: Vim aqui contar pra vocês como que eu e o meu marido Mauricio saímos do interior de SP, atravessamos o Brasil, passamos ao longo da viagem por 6 estados, a bordo do Zé Reys (nosso Del Rey). (alerta textão) Achei bacana vir aqui compartilhar com vocês nossa aventura, porque quando eu estava pesquisando pra fazer a viagem, não encontrei nenhum relato de pessoas que tivessem feito esse trajeto que nós fizemos de carro, e eu queria tanto saber das condições da estrada, do combustível e tal, espero ajudar quem venha a ter a mesma ideia que nós tivemos. Não sei dizer se a nossa viagem foi no estilo mochileira, mais o nosso objetivo era conhecer e curtir o máximo possível, gastando o menos possível, já que a nossa reserva de dinheiro não era tão grande, e posso dizer que a missão foi cumprida com sucesso!! Nós já tínhamos ido pra Maragogi a três anos atrás, mais de avião, alugamos um carro e foi então que a ideia surgiu, porque não ir com o nosso carro? Teríamos mais liberdade e mais tempo pra conhecer a região. Demoraram três anos pra ideia sair do papel. - O planejamento eu fiz o planejamento inteiro da viagem em sites como: mapeia.com, qualp.com, rotasbrasil.com na verdade eu fazia a rota em todos eles pra comparar a diferença, e posso dizer que eles foram BEM fiéis, tanto nas contas de pedágio, quanto no cálculo de combustível. -O carro O Zé é um Ford Del Rey ano 89/90, motor 1.8, original a álcool. O motor dele é original, nunca foi refeito nem nada do tipo, mais é um carro conservado, o Mauricio é músico, então nós já percorremos toda a região aqui do interior de sp e do norte do paraná com ele, e ele nunca nos deixou na mão até hoje! Mais é claro que nós fizemos uma boa revisão antes de pegar estrada - Os gastos Quando eu fiz o planejamento, eu joguei o valor do combustível como padrão R$3,50 (lembrando que o Zé é a álcool) e colocando que o Zé faria 10 km/L. pra não ter sufoco e ficar com um orçamento acima dos gastos. - A estrada: Nosso maior medo era pegar estradas ruins, porque pelo nosso trajeto nós iríamos cruzar o sertão do nordeste. Gente as estradas são incrivelmente ótimas! A maioria dos pedágios que nós pegamos foi em São Paulo, no Nordeste mesmo acho que pegamos no máximo uns 4. Alagoas, Sergipe, Bahia todos com estradas muito boas, quase todas duplicadas e aonde não é duplicada, eles estão duplicando, se pegamos 100km de estrada ruim foi muito. Infelizmente a pior parte da estrada é em Minas Gerais, porque a pista na grande maioria é simples, com muitos radares, chegava a ter radar de 40 km/h na estrada, no meio do nada, pegamos trechos de 180km com muitos buracos, estradas estreitas sem acostamento, com plantação dos dois lados, não é um trecho que eu aconselho passar anoite (apesar de que nós passamos) por ser muito isolado. Mais passando essa turbulência em Minas, o resto foi ótimo! 1º DIA 1.146 km Ourinhos SP a Montes Claros MG Como enchemos o tanque em Ourinhos com álcool a 2,60 tivemos uma boa economia no combustível, apesar de que o álcool em Minas Gerais ainda tava com um preço razoável pegamos uma promoção em Araxá onde o álcool tava R$2,85. A Vivo não pega muito bem em MG..chegamos a andar 200km sem sinal de internet. Pedágio: R$ 59,70 Combustível: R$ 320,00 (aproximadamente) Hotel: R$ 105,00 (Ficamos no Lessa Hotel..um ótimo custo benefício, eu reservei pelo Booking) Rota: Ourinhos Santa Cruz do Rio Pardo Bauru Jaú Araraquara Ribeirão Preto Franca Araxá Patos de Minas Pirapora Montes Claros 2º dia Montes Claros MG a Maracás BA 694 km andados R$ 210 mais ou menos, abastecemos em Montes Claros (2,65$) Não teve nenhum pedágio Hotel Vale Aprazível - 85$ a diária, jantamos em um restaurante bem simples, mais com uma comida maravilhosa do outro lado da rua do Hotel, por 15$ A intenção era ir até Feira de Santana na BA, mais aconteceu uma falha na nossa revisão e nós esquecemos de ver a homocinética do lado esquerdo do carro, confundimos porque trocamos a direita, mais a esquerda não e ela quebrou em Maracás - BA. Então dormimos por lá mesmo, enquanto arrumava o carro (que por incrível que pareça ficou barato, o mecânico cobrou 100$ de mão de obra pra trocar a homocinética e a barra de direção que estava com folga) Rota: Montes Claros Cap. Eneas Janaúba Porteirinha Mato Verde Monte Azul Espinosa Urandi Guanambi Caetité Brumado Maracás 3º Dia Maracás a Aracaju 546 km Combustível: 170$ (3$) Hotel: 120$ pior custo benefício da viagem Pedágio: 9$ Era para ser o último dia do trajeto, mais perdemos muito tempo parados em Maracás pra arrumar o carro, então só conseguimos ir até um pouco depois de Aracaju, porque saímos de Maracás quase meio dia, dormimos em um hotel que nem vale a pena comentar de tão ruim que era um pouco depois de Aracaju, só pelo cansaço mesmo. Rota: Feira de Santana Alagoinhas Esplanada Estância Aracaju 4º Dia Aracaju a Maragogi 402 km Combustível: 140$ (3,40$) Sem pedágio Entrando em Sergipe e Alagoas o preço do álcool já fica mais caro, em média pagávamos mais ou menos R$3,40 no álcool, quando dávamos sorte encontrava algum posto por R$3,20. Passamos em Maceió e chegamos em Maragogi na parte da tarde. Hospedagem: Como eu queria ter liberdade em relação a quantidade de dias para ficar, aluguei uma casa, era um sobradinho a umas duas quadras da praia, paguei R$ 700,00 por 15 dias, achei que compensou, porque diferente do hotel, eu poderia fazer janta, café da manhã pra economizar. Passeios: Nós não tinhas uma programação muito definida, porque a gente queria mesmo era curtir sem pressa, então de manhã a gente ia pra uma praia, ai o tempo fechava (porque Abril é época de chuvas lá e nós pegamos muitas!) a gente pegava o carro e subia pra Pernambuco onde o tempo tava aberto e assim ia. Mesmo com chuva deu pra aproveitar, o mar ainda é azul (não tanto como em dia de sol) e a água continua morna. Dicas: Maragogi não tem muita agitação noturna, o que pra nós era ótimo porque a gente queria sossego mesmo, tem lugares que da pra você comer bem e barato, nós costumávamos ir em um restaurante que tinha sopa e pagávamos 10$ na sopa. Da pra curtir muito, sem gastar tanto. Por exemplo: eu queria ir na praia de Carneiros (vá!! É uma das praias mais lindas) pesquisei, pesquisei e o melhor acesso pra mim seria pelo Bora Bora, (que é considerado muito caro), mais você não precisa necessariamente consumir nada lá dentro, então nós pagamos 30$ de estacionamento, eu coloquei alguns lanchinhos na mochila, passamos o dia nas piscinas naturais (levamos nossa máscara e snorkel pra não ter que alugar), fomos apé até a famosa Igrejinha, sentamos na sombra do coqueiro pra comer, e ainda podia usar a estrutura toda do Bora Bora (banheiro, rede, sofá, ducha, etc ) pelos simples 30$ que nós pagamos. Cuidado em Porto de Galinhas, lá é lindo, mais tem sempre alguém te vendendo alguma coisa, pergunte o preço de tudo ANTES de comer, ou até olhar., eu levei uma facada pagando 35$ porque experimentei uma ostra antes de perguntar o preço, morguei nessa. As cadeiras na beira da praia você paga 30$ no guarda sol e mais 10$ por cadeira, ou você pode consumir alguma coisa do cardápio (não tinha nada menos do que 70$) e não pagava as cadeiras, nós bobeamos nessa também. Primeiro porque pagamos por um estacionamento, com banheiro e ducha, e quando chegamos lá o banheiro era público! Segundo porque perto da praia, perto dos estacionamentos, tem barraquinhas, que deixam você colocar suas coisas sem cobrar nada por isso. E no calçadão a comida é MUITO mais em conta, tinha refeição, lanche, por 10$ bem barato mesmo. Nós escolhemos apenas um passeio caro, que foi o mergulho em Porto de Galinhas, pagamos 160$, pra gente que nunca tinha mergulhado valeu muito a pena, os instrutores eram bem pacientes, explicaram tudo, passaram segurança. Não fizemos o passeio pras Gales de Maragogi porque já tínhamos feito 3 anos atrás. Antunes continua linda, maravilhosa! Mais o movimento de 3 anos atrás nem se compara com o movimento de agora, muita gente, muitas barraquinhas, muitos guarda-sol, mais é só andar um pouco que você encontra um cantinho com paz, sem movimento. Barra Grande é tão linda, tão azul quanto Antunes, e tem menos movimento. Cuidado na Praia de Peroba, nós ficamos em uma barraquinha que tinha lá, pedimos um peixe, estava escrito na lousa 25$, comemos, fomos pro mar. Quando voltamos e fomos acertar, a senhora dona da barraquinha tinha apagado e colocado 50$ quando questionamos, ela disse que havia errado no valor. Se puder vá até Olinda, Recife, tem centros históricos incríveis, que valem a pena a viagem! Cuidado com o que você come, e bebe, eu peguei uma intoxicação alimentar feia, fiquei 4 dias como rainha literalmente, mais não deixei de curtir, apenas tinha que procurar praias que tinham alguma barraquinha com banheiro hahahaha, fiquei desidratada, tive que ir no UPA de Maragogi, e fui muito bem atendida! O bom é que os remédios nas farmácias de lá eram muito mais baratos do que na minha cidade. Depois desse relato imenso, só posso dizer uma coisa: gente..vai !! Se aventura, vivencie isso porque olha, foi demais, foi a realização de um sonho!! O nordeste é incrível, nós cortamos o sertão mesmo, e foi uma coisa que me tocou demais, me mudou como pessoa, ver aquelas casinhas humildes, muitas de barro, com cisternas pra captar a água da chuva, isoladas no meio do nada, sem supermercado, sem cidade, sem nada por perto, mais as pessoas tinham um sorriso no rosto, um sorriso na alma, que marca qualquer um!! E pra finalizar, nós não somos blogueiros e nem temos nenhum conteúdo profissional, mais se alguém tiver curiosidade de ver a jornada eu gravei alguns stories e tão salvos lá no instagram: @naestradacomze
  25. Bom dia, eu e meu marido estamos planejando em agosto sair de Imbituba de carro para conhecer o Brasil ( Agosto 2020) gostaria de saber se é tranquilo ( temos um sambeiro 2015 1.0)temos 25 dias para viagem e quais lugares visitar nunca viajamos de carro e é um grande desejo nosso! desde já agradeço!
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