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Viagem de 104 dias por 7 países, 21.910 km, gastando R$6.428,39 de Biz 125


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Nono dia de viagem.

13/12/2017 de Calama a algum lugar na Bolívia

Parti com a intenção de chegar em Uyuni, eram 490 km. Em Calama abasteci os tanques e levei mais 3 litros extra em pets. Segui então para Ollague e logo depois de Calama vi um cemitério no deserto e fui ver o que era e era um cemitério de cachorros e outros animais, primeira vez que via um desses e logo uns km a frente vi outro muito maior.

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Seguindo pelo deserto vi um vale e uma placa indicando a vila de Lasana, continuei pela ruta 21 e ela passa ao lado deste vale, mas pelo topo, sai da estrada e fui ver o vale, muito bonito por sinal, com um riozinho la no fundo e muito verde em volta, vários tipos de plantas eram cultivadas na sua margem. Voltei para  a estrada e uns km a frente vi outra placa indicando a vila de Lasana e desta vez decidi descer o vale e percorrer aquela bela estrada lá no fundo. São 7 km de estrada da mais bonita possível, estradinha de 3 metros de largura serpenteando o vale e ainda tinha a Pukara de Lasana, que é uma cidadezinha sobre uma morrinho no fundo do vale, que era utilizada como fortaleza e cidade ao mesmo tempo. Era da cultura Atacamenha e foi habitada entre 400 e 1400 d.C.

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Vale de Lasana

 

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Pukara de Lasana

 

Voltando para a ruta 21 segui até Ollague, uma cidade que gira em torno da atividade mineira, trem uma estação de trens de carga e é tudo uma bagunça e sujeira só, parece cidade portuária.

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Fiz a saída do Chile e entrada na Bolívia rapidamente e na aduana boliviana o guarda me mandou pegar a direita para Uyuni, mas este caminho era diferente do que tinha no GPS, nem aparecia nele e fui ver isso só depois de 35 km porque desconfiei que tinham muitas curvas aquela estrada, sendo que a correta eram praticamente só retas. Descobri que estava errado, mas longe demais para poder voltar, a estrada era boa e movimentada, certamente levaria a algum lugar. Quando ví que os 4x4 que fazem excursões pelo deserto me passavam eu soube que poderia ser que levaria para Uyuni aquela estrada. 

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A barraca lá no fundo

 

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Cheguei a um restaurante no meio do nada, em um pequeno vale. Parei lá pra perguntar pra onde a estrada iria, mas senti um cheiro de sopa e primeiro perguntei o que era e quanto custava. Algo como R$4,00 a sopa, pedi a sopa e depois perguntei pra onde a estrada ia e o atendente me falou que ira para Uyuni, que 25 km à frente eu chegaria em Allota, de lá pra frente eu conhecia o caminho. Comi a sopa e pedi um segundo prato e tudo custou menos de R$8,00. Segui então por mais 2 km até uma laguna muito bonita com formações rochosas incríveis. Um presente pra que estava perdido, faltavam ainda umas duas horas para anoitecer e decidi montar acampamento alí mesmo.

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Décimo dia de viagem

14/12/2017 de Algum lugar na Bolívia a Uyuni

 

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Cuidado com o Suri

 

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Fez um friozinho a noite, -3 graus, e pela manhã desmontei tudo calmamente, pois meu objetivo era chegar em Uyuni e achar um hotel para atualizar a página e a família. Desentortei também o pedal de freio que tinha entortado quando bati numa pedra e consegui quebrar a tampa de plástico que fica na tampa do motor, mas não afeta em nada. Pelo menos o freio tá certo agora. Aproveitei pra fazer mais umas fotos, pois o lugar era lindo.

 

Fui novamente para a para a estrada e comecei a desconfiar que eu é que estava errado achando que estava perdido, pois a rota que eu achei que seria a certa a seguir, pelo que diz o cara do restaurante está em mal estado e chegando em Alota eu vi que apenas ela chegava lá vinda da direção da fronteira. Esta estrada desde Ollague até Uyuni esta, digamos que, em bom estado, tem poucos lugares com poças de pó e areiao e depois de Alota tem alguns desvios onde estão trabalhando na estrada.

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Cheguei em Uyuni e no primeiro hotel que achei fiquei. Foi cobrado 60 bolivianos pela diária com café da manhã, banho quente e WIFI, era tudo que eu queria e os quartos são limpos e o três pernas não dormiu por aqui, pelo menos ele não escreveu nas paredes como no ultimo hotel que fiquei em Uyuni por 45 bolianos que não tinha nada e era sujo e feio. Devidamente acomodado deixei fazendo upload das fotos e fui jantar na mesma lanchonete que tinha ido no ano anterior. ¼ de frango frito com batatas fritas por 12 reais, estava ótimo.

Voltei para o hotel e dormi quentinho desta vez, nem coberta precisei.

 

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Décimo dia de viagem

14/12/2017 de Algum lugar na Bolívia a Uyuni

 

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Cuidado com o Suri

 

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Fez um friozinho a noite, -3 graus, e pela manhã desmontei tudo calmamente, pois meu objetivo era chegar em Uyuni e achar um hotel para atualizar a página e a família. Desentortei também o pedal de freio que tinha entortado quando bati numa pedra e consegui quebrar a tampa de plástico que fica na tampa do motor, mas não afeta em nada. Pelo menos o freio tá certo agora. Aproveitei pra fazer mais umas fotos, pois o lugar era lindo.

 

Fui novamente para a para a estrada e comecei a desconfiar que eu é que estava errado achando que estava perdido, pois a rota que eu achei que seria a certa a seguir, pelo que diz o cara do restaurante está em mal estado e chegando em Alota eu vi que apenas ela chegava lá vinda da direção da fronteira. Esta estrada desde Ollague até Uyuni esta, digamos que, em bom estado, tem poucos lugares com poças de pó e areiao e depois de Alota tem alguns desvios onde estão trabalhando na estrada.

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Cheguei em Uyuni e no primeiro hotel que achei fiquei. Foi cobrado 60 bolivianos pela diária com café da manhã, banho quente e WIFI, era tudo que eu queria e os quartos são limpos e o três pernas não dormiu por aqui, pelo menos ele não escreveu nas paredes como no ultimo hotel que fiquei em Uyuni por 45 bolianos que não tinha nada e era sujo e feio. Devidamente acomodado deixei fazendo upload das fotos e fui jantar na mesma lanchonete que tinha ido no ano anterior. ¼ de frango frito com batatas fritas por 12 reais, estava ótimo.

Voltei para o hotel e dormi quentinho desta vez, nem coberta precisei.

 

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Décimo primeiro dia.

15/12/2017 de Uyuni a Machacamarca

 

Saí do hotel as 11 horas em direção a Oruro, desta rodovia conhecia apenas 20 km e ela se mostrou muito mais bonita que eu esperava. Apesar de não subir montanhas ela serpenteia por entre elas e mostra a cada curva uma paisagem diferente. Tem áreas desérticas com cores vibrantes, com vegetação e sem vegetação, passa por alagados onde o verde cresce e as vicunhas e llamas vem beber água e também por jardins de pedra com formatos interessantes e em uma parte em especial fez lembrar os documentários que assisti sobre a África quando passei por uma área de planície com vegetação rasteira e rala que mal estampava de verde o chão, nesta vasta área várias vicunhas pastando por todos os lados, deu a impressão de um ambiente intocado, exceto pela estrada e quem passa por ela.

 

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Passei também por várias cidadezinhas e vilas onde a pobreza impera, mas uma coisa me deixa curioso, é o fato de em muitas destas pequenas fazendas com casa feitas de barro e teto de palha ter pick-ups nos pátios, sendo que as pessoas vivem apenas do pastoreio de llamas, carneiros e da plantação de pouca coisa que cresce no deserto.

Mais pra frente comecei a avista uma planície que criava miragem de um espelho no solo, era o lago Popoó ou que era o lago. Este lago sofreu com o aquecimento global e secou totalmente em 2016. Ele era o segundo maior lago da Bolívia com a superfície variando entre 1350 e 2500 km² na época de chuvas e até 3 metros de profundida. Fora sua bacia ele ainda recebia água do lago Titicaca. Entrei em uma estradinha que saia da rodovia e ia em direção ao lago e depois de uns quilômetros cheguei ao leito seco que hoje serve para o pastoreio de llamas, vacas e ovelhas. Lá conversei com um pastor que me mostrou até onde ia o lago quando ele ainda era pequeno. Rodei uns 20 quilômetros dentro dele até sair na cidade de Challapata.

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Chullpa, urna funerária Inca

 

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Lago Popoo

 

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Ao lado do cemitério

 

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Voltei então para a rodovia que segue para Oruro, sempre margeando o Popoó  e logo margeando outro lago também seco e faltando uma hora para escurecer e a 50 km de Oruro parei para procurar um lugar para acampar, subi um morro pra ver se conseguia um lugar ao lado de um muro de uma torre de telefonia e não era um bom lugar, mas de lá eu vi um cemitério e a possibilidade de acampar ao lado do muro dele e me abrigar do vento e foi lá que encontrei um lugar para acampar, lugar sossegado e na areia fofinha.

 

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Décimo segundo dia de viagem

 

 

16/12/2017 de Machacamarca até Cerro Gigante 

 

A noite de sono ao lado do cemitério foi bem tranquila, fez 1 grau no amanhecer e hoje consegui sair cedo. Queria ter feito umas imagens com o drone do lugar do camping, mas ele reportou um erro e se recusou a decolar.

Segui para Oruro e num mercado de frutas comprei umas laranjas, mangas e um pedaço de melancia e na sequencia fui abastecer e chegando no posto aquela mesma de sempre. Pra eles é 3,74 bolivianos o litro e pra estrangeiro é quase 9 e aí os frentistas malandros dizem que sem nota fazem por menos, em geral 6 bolvianos, mas dessa vez foi 7.

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 Tanque cheio segui para a cordilheira, desta vez o GPS estava funcionado com os pontos e consegui chegar ao local onde eu queria. Eu tinha marcado uns pontos em estradas de minas perto de glaciares no alto da cordilheira. No primeiro lugar consegui subir até 4850 metros com a relação original, mas dei uma ajudinha com os pés algumas vezes e no segundo lugar que eu tinha marcado ao chegar nos 4340 metros a moto já parou. 

 

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Troquei então a coroa e consegui iniciar a subida de uma montanha bastante ingrime, até uma caçamba estava trancada lá porque não subia mais, quase em cima dois bolivianos pararam pra conversar comigo, curiosos por ver uma moto como a minha naquele lugar.

A moto deles era uma imitação de Bros, mas 200cc, e ele disse que sobe tranquilo a montanha, até 150 cc sobe. Perguntei sobre as lagunas que eu iria visitar lá em cima e eles falaram que não dava pra ir lá, tinha uma cancela na estrada, falei que ia assim mesmo porque eu queria ver a montanha. Cheguei na tal cancela, em uma mina abandonada e ví que talvez a moto passasse pelo lado, não tinha ninguém por lá então arrisquei. Subi até as lagunas que ficam de frente para o glaciar e rodei pelas estradinhas a procura de uma forma de cruzar a montanha para o outro lado, pois tinha visto pelo Google Earth que tinha estrada e cheguei até 5150 metros e pude ver que a estrada estava interrompida por deslizamentos. Tive que voltar tudo, mas foi bom, a vista na volta é sempre de outro ângulo e tudo fica mais bonito. Não foi fácil chegar até lá em cima, mesmo trocando a relação eu tive que descer e ajudar a empurrar em algumas ocasiões.

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Laguna Wallatani

 

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Voltei até a cidadezinha que tive que atravessar para começar a subida e o cara que tinha conversado comigo na subida estava na estrada me esperando e perguntou como foi, falei que fui até as lagunas e que agora iria procurar um jeito de ir do outro lado da montanha, ele falou que não dava, mas eu sabia que tinha como. Segui pela estrada até o outro ponto marcado e iniciei a subida da cordilheira novamente, desta vez o inicio da subida se deu ao lado de um lago verde e por um paredão de uma mistura de areia e pedriscos. Cheguei na primeira laguna em cima da montanha, da mesma cor da debaixo e continuei seguindo com a visão do glaciar e costeando a laguna até inciar a subida de outro morro e em cima dele outra laguna verde e subindo mais um pouco uma laguna de cor barrenta que recebe agua de uma cachoeira que desce do glaciar.

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 Fui até uma antiga mina e conversei com os mineiros que lá estavam a respeito do que era minerado alí e me responderam que era prata, chumbo e cobre, o mesmo era minerado do outro lado do morro, onde eu estive antes. Perguntei sobre a estrada que cruzava o morro para o outro lado e está também tinha desmoronamentos e novamente eu tinha que voltar e também achar um lugar pra acampar, pois o sol já estava atrás das montanhas e na descida, n o primeiro lago verde achei um refúgio de mineiros, todo de zinco, que me serviu perfeitamente para me abrigar do vento contínuo e do frio que será rigoroso nos 4680 metros de altitude e na manhã me seguinte vai me proporcionar um belo nascer do sol vindo de trás do glaciar e sobre o lago verde.

Aventura assim tem desses presentes.

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Decimo terceiro dia de viagem

17/12/2017 De Cerro Gigante a Villoco

Pela manhã fazia -4 graus e chovia leve, fiquei no saco de dormir até umas 10 da manhã esperando a chuva passar e nada de ela passar. Decidi então levantar e consertar o colchão inflável que tinha furado por ter ficado sovando no baú e lá pelas 11 horas a chuva parou, mas nada de ver o sol sobre a laguna e muito menos o glaciar.

Neste dia a moto ligou, mas ficou falhando um monte e saindo fumaça preta, estava dando excesso de combustível, talvez por ter decantado alguma coisa que estava misturada no combustível, deixei ligada por um tempo até que estabilizou e depois de tudo guardado pude sair.

Desci da montanha e fui seguindo pela estrada até passar por umas lagunas aos pés do Cerro Gigante na cordilheira Quimsa Cruz e segui para o abra de montanha mais alto que eu tinha passado até então a 5.145 metros, o abra Quimsa Cruz. 

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Passo da cordilheira Quinza Cruz

 

Lá eu fui procurar a cachaça que o Alexandre J. Vicente tinha deixado quando buscou a placa do Rigon Roch, mas não estava mais lá, em compensação do outro lado da estrada tinham 2 garrafas de cerveja Paceña, duas long neck e um latinha também de Paceña, deixei lá, mas uma garrafa de cachaça com 96% de álcool eu peguei, vai que falta gasolina uma hora. Fiquei um tempo lá de descansando e comendo uns chocolate e mangas e logo começou uma neve fininha e uma neblina veio do lado norte. Coloquei a capa de chuva e comecei a descer e logo comecei a ver mais uma grande laguna aos pés de outro cerro nevado, que em virtude do mal tempo se via apenas o inicio do glaciar. Cheguei em Viloco, uma cidadezinha mineira onde é extraído estanho, cobre e prata, muito confusa e demorei um pouco para conseguir sair da cidade. Lá procurei um lugar para trocar os pneus, pois estava frio e eu estava com preguiça de trocar, não encontrei ninguém para fazer o serviço. De Viloco saí por uma estrada já desativada, utilizada apenas por mineiros, tem até mato no meio da estrada e não é mais feita manutenção. Passando por um local onde haviam mineiros parei pra ver o que eles mineravam e era o mesmo que em Viloco, me perguntaram para onde eu ia e falei que ia para La Paz por estradas secundárias, eles então me desejara um “bom Dakar”, pois as estradas não seriam boas e era um verdadeiro rallye.

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Cordilheira Illimani ao fundo.

 

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Segui até o fim da tarde me guiando pelos pontos no GPS sempre passando perto de cerros nevados e vendo apenas o início dos glaciares e ao final da tarde em um Pueblo parei para abastecer e segui, mas no caminho errado, pois eu deveria ter pego a esquerda e segui em frente por uns 10 km até perceber o erro e também que o pneu traseiro estava vazando.

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 Antes de retornar parei e fui encher o pneu com uma bomba manual e o vento derrubou a moto, ralando o baú traseiro, terminei de encher o pneu com ela deitada mesmo e voltei para pegar o caminho certo, cheguei no cruzamento onde voltei para o caminho e ao lado de uma ponte, já no escuro achei um lugar para acampar. Montei no escuro mesmo em  um bom lugar e só me joguei pra dentro da barraca e dormi, foi um dia cansativo e estressante por saber que estava passando ao lado daqueles cerros nevados e não poder ver, mas em partes eu já sabia que aconteceria isso, pois dezembro é época de chuvas e o teto fica baixo, logo não se vê sempre a montanha inteira limpa como no dia anterior.

  

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Décimo quarto dia de viagem

18/12/2017 De Villoco a La Paz

 

Acordei cedo neste dia e fui logo arrumando as coisas e deixei a barraca e o sobre-teto secando enquanto eu trocava os pneus, pois no dia anterior eu tinha pego uns lugares com estrada molhada e escorregadia e também o pneu traseiro estava vazando, levei um tempo até terminar de trocar os pneus. Quando eu estava terminando de guardar as coisas para um cara com uma moto ano lado, eu tinha acampado ao lado de uma estradinha que costeava o rio, me cumprimentou e eu fui lavar as mãos no rio ele me parou e fez as perguntas que sempre fazem: De onde és? Pra onde vai? Qual as finalidade da viagem? Respondi como sempre e fui para o rio lavar as mão e enquanto isso chega mais um cara e começam a observar a moto e o tripé que estava lá fazendo um time-lapse e quando eu volto me perguntam seu eu estava procurando algum mineral por lá. Acharam que o tripé poderia ser alguma sonda ou algo do tipo, falei que não que estava de férias e apenas viajando e que aquilo no tripé era uma filmadora, não acreditaram muito, falaram que eram mineiros e que mais abaixo no rio mineravam ouro. Se despediram e foram embora e eu também tratei de vazar de lá.

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Outro dia com o teto baixo, na faixa dos 4000 metros e os picos nevados encobertos, seria o dia que eu passaria por uma estrada abandonada aos pés do Nevado Illimani, mas como não podia ver nada mesmo decidi deixar de lado e pegar uma estrada um pouco mais conservada e tentar chegar em La Paz neste dia. Perto do meio dia parei em uma pequena vila e fui me informar onde teria combustível e um senhor me mostrou uma casa onde teria um carro na frente, fui até lá e tinha um cara saindo, de cara vi que estava bêbado, perguntei se ele tinha gasolina pra vender e falando umas coisas sem eu entender, pois bêbado falando espanhol é difícil de entender qualquer coisas, pegou no meu braço com força e foi me arrastando para dentro da casa, falando que na Bolivia eles eram assim que gostavam dos gringos e eu dizendo pra ele me soltar e chegando a outa casa dentro do terreno e ele não desgrudava de mim e eu não querendo ser rude e arrumar briga fui deixando ele me levar ao chegar na porta desta outra casa sai um outro cara bêbado com o pinto de fora pra mijar ali mesmo e pergunta de onde ele tinha achado este gringo e em seguida sai outro cara já fazendo o mesmo e quase mija nos meus pés, alí foi o limite, puxei o meu braço com força e saí de lá. Quando eu saia da casa a pessoa que tinha me indicado aquela casa falou que era a do lado. Então comprei a gasolina e segui.

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Cheguei pelas 15 horas em Palca, passei pelo Cânion de Palca, que é muito bonito e segui para La  Paz e logo quando chego no asfalto e olho para o Illimani eles estava saindo de trás das nuvens, se eu tivesse pego aquela estradinha abandonada talvez eu tivesse tido a sorte de ver o nevado quase que completamente aberto. Uma pena, mas tenho motivos para outra viagem nesta região, desta vez em uma época melhor, setembro talvez.

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Cheguei em La Paz e fui procurar um hostel, pois precisava atualizar a família e fazer uma manutenção na moto que estava com um vazamento na bengala. Rodei o centro da cidade atrás de um hostel barato e achei por 35 bolivianos, porém sem wifi  e os que tinha estavam por 80 e não tinham garagem, já desistindo e indo para um de 80 eu olho para o lado e vejo a placa de um hostel bonito bem arrumado, pergunto o valor e era 62 bolivianos com banheiro no quarto, wifi, banho quente e quarto bom com boa cama. Perfeito pra mim.

 

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Décimo quinto dia.

19/12/2017 - La Paz

Era pra ser o dia de levar a moto no mecânico pra tirar um vazamento da bengala e ver um erro da injeção e decidi não fazer nada, apenas passear. Tinham dois brasileiros no quarto que eu estava, Vinicius e Dhonatan do RJ e RO respectivamente, tomos andar pela cidade atrás de umas coisas que eles precisavam e eu aproveitei para comprar alguns brinquedos que quero levar para crianças das regiões mais isoladas que vou passar e também para conhecer um pouco melhor a cidade e também comprar um chip de celular para poder atualizar mais rápido a página. Andamos bastante pela cidade e presenciamos uma manifestação de médicos no centro. Almoçamos por R$6,50 com direito a refrigerante. No fim da tarde fomos até El Alto de teleférico quando chovia bastante e caia granizo. A luz acabou e ficamos por mais de uma hora esperando voltar para poder descer pra Lá Paz. A noite fomos comer um frango frito com batatas e arroz por R$6,00. Comer aqui é muito barato. Nem vou fazer comida. Voltamos para o hostel e fizemos o checkout para sair cedo no dia seguinte. Eles fazer a estrada da morte de bike é e eu ir no mecânico.

 

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Abaixo fotos do mercado das bruxas de La Paz

 

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Este eu comprei. É um feto de llama.

 

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Décimo sexto dia

 20/12/2017 - La Paz

A tentar sair do hostel tinha um carro trancando a saída, não era um carro simples, era uma antigo da década de 20 ou 30. Tive que ficar no hostel até as 13 horas e então fui para a oficna indicada por um amigo, chegando lá estava fechada, abria só as 15 horas, Achei um restaurantezinho para almoçar por R$5,00 e voltei pra frente da loja para esperar abrir. Ao abrir coloquei a moto pra dentro e fui ver quem poderia me ajudar. Senti lá uma grande falta de atenção deles pelo cliente, a gente quase tem que implorar pra ser atendido. É a maior representante da Honda de lá, Nociglia Sport. Depois de um tempo foram lá fazer a ficha da moto e queriam mexer nela somente na próxima semana, alegando não ter tempo. Falei que desmontaria tudo e que pelo menos passasse o scanner para saber qual era o erro, coisa de 5 minuto o mecânico fazia, nem isso quiseram fazer, saí de lá decepcionado e triste e com o tempo ameaçando chover. Fui pra El Alto, achei uma pequena oficina onde pedi pra tirarem o vazamento que tinha na suspensão e enquanto isso troquei a coroa. Segui rodando até achar outra oficina um pouco maior e o cara me indicou outra oficina em La Paz que talvez pudesse me ajudar com o problema na injeção, esta fraca e dando excesso, Combinei para levar lá no dia seguinte e voltei para o mesmo hostel do dia anterior, a noite fui jantar em outro restaurante barato, de R$4,00 a janta com dois pratos. Aqui é muito barato comer.

 

 

 

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Décimo sexto dia

 

A tentar sair do hostel tinha um carro trancando a saída, não era um carro simples, era uma antigo da década de 20 ou 30. Tive que ficar no hostel até as 13 horas e então fui para a oficna indicada por um amigo, chegando lá estava fechada, abria só as 15 horas, Achei um restaurantezinho para almoçar por R$5,00 e voltei pra frente da loja para esperar abrir. Ao abrir coloquei a moto pra dentro e fui ver quem poderia me ajudar. Senti lá uma grande falta de atenção deles pelo cliente, a gente quase tem que implorar pra ser atendido. É a maior representante da Honda de lá, Nociglia Sport. Depois de um tempo foram lá fazer a ficha da moto e queriam mexer nela somente na próxima semana, alegando não ter tempo. Falei que desmontaria tudo e que pelo menos passasse o scanner para saber qual era o erro, coisa de 5 minuto o mecânico fazia, nem isso quiseram fazer, saí de lá decepcionado e triste e com o tempo ameaçando chover. Fui pra El Alto, achei uma pequena oficina onde pedi pra tirarem o vazamento que tinha na suspensão e enquanto isso troquei a coroa. Segui rodando até achar outra oficina um pouco maior e o cara me indicou outra oficina em La Paz que talvez pudesse me ajudar com o problema na injeção, esta fraca e dando excesso, Combinei para levar lá no dia seguinte e voltei para o mesmo hostel do dia anterior, a noite fui jantar em outro restaurante barato, de R$4,00 a janta com dois pratos. Aqui é muito barato comer.

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Décimo sétimo dia

21/12/2017 - La Paz
 

Este foi um dia de procura novamente por um mecânico que pudesse mexer na injeção, mas antes eu tinha que comprar um litro de álcool e um de gasolina e rodar até acabar a gasolina que tinha no tanque, que estava na reserva, para colocar a mistura do álcool e gasolina para ver se a injeção faria uma leitura correta do combustível e recalibrasse o sistema. Comprei o álcool e a gasolina e fui rodar até acabar a gasolina, rodei 40 km dentro da cidade e quando acabou coloquei a mistura e fui andar, mas a moto continuou igual. Fui até outro mecânico que tinha me indicado por duas vezes e o cara nunca estava, desisti e fui procurar câmara traseira pra comprar, eu estava sem uma reserva e pinhão, pois quando desmontei percebi que ele tinha um desgaste nas estrias que vai no eixo. A câmara achei por R$12,50 e comprei duas e o pinhão eles não tinham em nenhuma loja. Já era quase noite e decidi voltar para o mesmo hostel e partir na manhã seguinte de qualquer forma e tentar arrumar a moto no Peru, mas só seria possível três dias pra frente pois o dia seguinte seria sábado e o natal é na segunda.


 

Sem fotos neste dia. Já estava puto e nem me animei a tirar fotos ou fazer videos.

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