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35 DIAS NO SUDESTE ASIÁTICO - Tailândia, Camboja, Hong Kong, Malásia e Singapura (Os Mochilinhas)


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SUDESTE ASIÁTICO 8º Dia - Batendo um papo com um monge sobre budismo (11/11/2016)

Teoricamente, o período das monções na Tailândia se encerra no mês de outubro, porém em novembro, durante nossa passagem por lá, praticamente todo dia ocorreu pelo menos uma pancada de chuva e, neste dia não foi diferente.

Acordamos e o dia já estava com uma garoa bem fininha na rua. Tomamos café da manhã no hostel mesmo, que era bem barato (pão, omelete e umas verduras) e fomos em direção ao Old Quarter conhecer o templo Wat Chedi Luang.

Este templo, que fica praticamente no centro da cidade murada, é na verdade um complexo que compreende em seu perímetro, três templos principais (e vários anexos) e, no seu centro, um panteão belíssimo (chamado de Chedi), cheio de esculturas de serpentes e elefantes. Este Chedi foi parcialmente destruído por um terremoto em 1545 e suas ruínas são mantidas conservadas até hoje, sendo a principal atração turística do lugar. Era aqui também o lugar original do Buda Esmeralda, considerada a principal estátua de Buda da Tailândia (aquela que eu não achei grande coisa) e que hoje se encontra no Gran Palace de Bangkok.

Mas o que mais me deixou com vontade de conhecer este templo é que lá acontece o "Monk Chat": um espaço com mesas e cadeiras em que os monges ficam ali exclusivamente para conversar à vontade com os visitantes sobre budismo (ou qualquer assunto), sendo essa uma forma de eles ensinarem os fundamentos da religião e ao mesmo tempo praticarem inglês com os turistas. Uma oportunidade de ouro para quem quer conhecer mais a fundo sobre o budismo "na raíz".

Chegando lá, pagamos 80 baths a entrada e o primeiro templo que fomos (Chiang Mai Pillar City Shrine), que fica mais próximo da entrada, tinha uma peculiaridade: não é permitido a entrada de mulheres. O motivo: porque mulheres menstruam e portanto são impuras, correndo o risco de "pecaminar" o templo com seu sangue sujo (pouco machista hein?). Entrei meio contrariado pra dar uma olhada no que que era "tão sagrado" assim, enquanto a Juju ficou esperando lá fora.

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Juju indignada por não puder entrar no templo

E o templo é bem bonito, com suas paredes todas decoradas com gravuras ilustrando a história do Buda e no seu centro uma estátua do Buda em pé dentro de um reservatório de vidro.

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Lindos desenhos dentro do templo contando a história do Buda

Depois seguimos para o templo principal (esse a Juju pode entrar), que possui uma estátua do Buda também em pé bem bonita folhada a ouro, acompanhado de duas estátuas que representam monges importantes do budismo, uma de cada lado (deve ser o equivalente aos santos no cristianismo). E aqui vai uma dica para visitar este complexo: como são muitos templos e em cada um tem que se tirar o sapato para entrar, o melhor é vir de chinelos para facilitar o tira e põe (que foi o que fizemos), ainda mais que o dia estava bem úmido e a área que você tem que deixar os calçados normalmente é descoberta.

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Dentro do Templo principal do Wat Chedi Luang

A entrada do templo principal também conta com belíssimas esculturas coloridas de animais e uma foto em homenagem ao rei recém falecido.

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Belíssimas esculturas em frente ao Templo Principal do Wat Chedi Luang, com detalhes para a homenagem ao rei Bhumibol ao fundo

Dentro deste templo também aproveitei para fazer uma simpatia que tem ali que dizem ser para dar sorte e prosperidade: no corredor do templo ficam dispostas 12 estátuas em fileira, cada uma representando um signo do horóscopo chinês. Se compra (é lógico, tudo é sempre cobrado nestes templos) uma pequena lâmina de ouro e se cola esta na estátua respectiva do seu signo chinês (no meu caso, colei no porco). Com cada visitante colando um pedacinho no seu respectivo signo, vai se preenchendo assim a estátua até ela ficar toda revestida de ouro.

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Fazendo as mandinga: colando a lâmina de ouro na estátua correspondente ao signo do porco

O ruim é que a lâmina vai se soltando pó de ouro nas mãos todas. Passei o resto do dia "dourado". 

Depois passamos para admirar o Chedi do templo, abaixo de uma chuva fina.

Este local teve seu início de construção no século 14 pelo rei Saen Muang Ma, com a finalidade de enterrar as cinzas de seu pai, e o projeto inicial era que ele teria 82 metros de altura. Depois de 10 anos de construção o rei morreu e sua viúva continuou o projeto. Quando atingiu 30 metros, um terremoto atingiu a edificação e o monumento foi deixado praticamente intocado desde então.

O Chedi se destaca no meio do complexo, por ser a única edificação "não restaurada ali. Aliás, este é um fato interessante da Tailândia: por lá não tem essa história de que um monumento, por ter sido tombado como patrimônio histórico, não pode ser modificado. A maioria dos templos são todos restaurados, telhas trocadas, pinturas modificadas, claro que sempre mantendo o estilo e o padrão original e tradicional do país.

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Chedi principal do Wat Chedi Luang

Partimos então para o Monk Chat. A Juju, já indignada pelo machismo do templo e também porque havia várias regras específicas para mulheres que quisessem participar como: não sentar do mesmo lado que o monge, não tirar foto com o monge, não encostar no monge, etc. Preferiu ficar de fora e foi conhecer a biblioteca que existe dentro do templo. Eu entrei no local, que é um espaço ao ar livre com mesas e bancos de pedra e com uma lona em cima para proteger da chuva, me sentei e logo veio um jovem monge conversar comigo. O menino tinha 17 anos e era bem gente boa, um típico adolescente. Ficamos conversando por mais de uma hora e foi muito enriquecedor saber mais sobre a vida que os monges levam e sobre o budismo em si. Ele me contou que para eles o budismo não é uma religião, e sim uma filosofia de vida que prega o desapego tanto a bens materiais como a qualquer desejo. O próprio fato deles quererem buscar a iluminação (ou seja, virar um Buda), não é aceitável porque também se trataria de desejar algo, e o caminho para a iluminação é justamente negar qualquer desejo do corpo e da mente. Ele me contou sobre a rotina dos monges, de acordar todo dia com o nascer do sol, de pedir doações nas ruas, de orar várias vezes ao dia, das diversas escolas diferentes de budismo, mas que também levam uma vida "normal", frequentando escolas e universidades. Eu perguntei para eles porque todos eles, ou pelo menos a grande maioria, possuíam smartphones, e ele disse que justamente para isso, eles precisam deles para estudar, dar uma "googleada" de vez em quando (e aproveitar para mandar aquele zapzap pros outros monges no grupo do monastério hehehe). Me pareceu que ser monge na Tailândia é tipo participar de grupos de escoteiros aqui no Brasil. Eles podem entrar para um monastério desde pequenos (até os 13 anos tem que ter autorização dos pais) e lá praticam várias atividades, podendo, a qualquer tempo, desistir e voltar para sua casa. Ele me contou que tem alguns monastérios em Chiang Mai que você pode se inscrever para fazer um retiro (por um precinho bem salgado), normalmente de 5 a 10 dias, e que é bem procurado por estrangeiros que buscam paz interior, auto-conhecimento ou só praticar o budismo e sentir como é ser um monge por uns dias. Me indicou também um templo para conhecer, o Wat Chiang Man, que é o templo mais antigo de Chiang Mai e fica ao norte do Old Quarter. Aproveitei para perguntar para ele porque o Chedi era a única edificação não restaurada ali, e eu esperava uma explicação espiritual ou ritualística e ele me diz: "é porque assim fica mais bonito e atrai mais turistas (que coisa hein...).

Já tinha me despedido do meu amigo monge quando ele me puxou e pediu que eu ficasse mais um pouco, porque tinha uns chineses ali atrás de mim que iriam querer falar com ele quando eu me levantasse e ele não estava afim de falar com chineses porque eles não sabem falar inglês direito (meio xenofóbico o guri...). Então ficamos conversando mais um pouco até os chineses irem embora.

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Meu amigo monge

Saindo do Wat Chedi Luang, como não tínhamos nada planejado e ainda era cedo, fomos conhecer o templo que o monge indicou dizendo ser o mais antigo de Chiang Mai, o Wat Chiang Man. Fomos costeando os escombros do muro do Old Quarter em direção ao norte e rapidinho chegamos lá.

O templo principal tem a aparência mesmo de bem antigo, com as paredes de madeira, mas dentro é bem "comum" em comparação com os outros que havíamos visitado, valendo a visita mais pelo valor histórico do mesmo do que pelo visual em si. No lado de fora há uma estopa ornamentada com estátuas de elefantes, esta sim de visual único e bem bonito, sendo este meio que o "símbolo" do templo.

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Estopa do Wat Chiang Man, o templo mais antigo de Chiang Mai

Quando estávamos ali começou mais uma chuvarada forte, então aproveitamos o templo como abrigo da chuva e também para descansar e meditar um pouco. Neste templo também aconteceu uma coisa engraçada: uma moça veio falar comigo, primeiro perguntou se eu sabia falar inglês. Respondi que sim e então ela começou a falar umas coisas indecifráveis, sei lá em que língua. Respondi para ela: mai kao jai (eu não te entendi em tailandês). Daí ela ficou braba e resmungou: "isso é tailandês, não é inglês, tu não sabe falar inglês", e foi embora. Bem louca hehehe.

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Dentro do Templo Wat Chiang Man

Com a chuva dando uma pausa, voltamos para o hostel. Quando chegamos, começou a chover forte novamente, então resolvemos aproveitar o resto da tarde para colocar o sono em dia.

Já noite e com o a chuva dando uma trégua, fomos conhecer o Night Market de Chiang Mai, uma espécie de Khao San Road da cidade (mas bem menos muvucada), que como já comentado, ficava bem próximo do nosso hostel. O agito acontece na rua Changklan, rua essa que abriga na noite diversas barraquinhas de roupas e comidas de rua, tendo também dois mercados principais, o Chiang Mai Night Bazaar e o Ploen Ruedee Night Market.

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Changklan Road, a Khao San Road de Chiang Mai

O primeiro é um espaço onde funciona tipo uma miniatura do Mercado Chatuchak, um típico mercado do sudeste asiático que vende de tudo, onde aproveitamos para tomar mais um daqueles sucos deliciosos que tu escolhe a fruta no copo e eles liquidificam ali na hora (tomei um de maracujá com dragon fruit muito bom!) e comprar umas lembrancinhas. Inclusive a Juju comprou uma bolsa de elefantinhos que nos foi útil todo o resto da viagem e de outras que fizemos depois ainda. Sempre naquele esquema de pechinchar até encher o saco. Nos domingos este mercado acontece dentro do Old Quarter e vira o Sunday Night Market. Já o outro mercado, o Ploen Ruedee, esse achamos demais! É tipo uma praça de alimentação, rodeada por Food Trucks (mas com preços muito baratos, bem diferente dos food trucks aqui do Brasil nesse sentido) com comidas de todos os lugares do mundo.

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Ploen Ruedee Night Market (na última foto o banheiro do local, sustentável e muito estiloso)

Paramos ali para comer um Cheeseburguer e um Cachorro-Quente por 50 baths cada um (5 reais!) e o bom é que se podia comprar cerveja no 7eleven e levar pra tomar ali sem problema.

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O resto da noite ficamos percorrendo a rua e vendo o movimento, inclusive no fim dela foi a primeira vez que nos deparamos com um supermercado grande na Tailândia, o Big C, mas os preços eram iguais ou piores do que os do 7eleven. Gostamos bastante do Night Market de Chiang Mai. Apesar de bem turístico, não é tão "agressivo" (no sentido de um turismo que extrapola), se comparado à Khao San Road, por exemplo, e isso que estávamos num período de bastante movimento na cidade por causa do Festival das Lanternas.

 

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SUDESTE ASIÁTICO 9º Dia - Conhecendo um Santuário de Elefantes em Chiang Mai (12/11/2016)

Este dia reservamos para fazer a visita de um dia inteiro num santuário de elefantes. Antes, uma pequena contextualizada mais a fundo daquilo que eu já havia comentado aqui no blog sobre o turismo de exploração de animais no sudeste asiático: quando se pensa em Tailândia, sempre vem a mente aquelas cenas com turistas montados em elefantes (lembra o Indiana Jones inclusive). Quando pesquisávamos sobre as principais atrações turísticas de Chiang Mai, muitas delas envolviam: ou andar de elefante, ou "circos" com elefantes, atrações onde os elefantes ficam de pé, pintam quadros com a trompa, dançam, etc. Acontece que quando envolve animais (ou mesmo humanos no caso de visita a tribos indígenas por exemplo), sempre tem que se ter um pé atrás com essas "atrações turísticas" e pesquisar mais a fundo. Dessa forma, acabamos descobrindo que não só subir nas costas de um elefante é terrivelmente cruel para a musculatura do animal, como o tratamento dado a eles nesses circos é uma coisa desumana. Felizmente, nestas pesquisas descobrimos que existem várias ONGs em toda a Tailândia que resgatam estes animais maltratados e que este tipo de prática vem diminuindo aos poucos graças a intervenção destas. Estes locais são chamados de "santuários de elefantes" e, uma das formas que elas utilizam para arrecadar fundos é oferecer (a um preço um pouco salgadinho, é verdade) visitas guiadas, podendo ser de meio-dia, um dia inteiro ou pernoite, onde eles mostram e ensinam para o turista o trabalho que eles fazem no local e ainda por cima o visitante, durante o período da visita atua como se fosse um voluntário, dando comida e banho para o elefante, entre outros cuidados. Ficamos entusiasmados com o que lemos sobre os santuários e resolvemos fechar um pacote de um dia no Elephant Nature Park, um dos mais famosos de Chiang Mai na época. Hoje em dia se multiplicaram o número de santuários na região, inclusive levantando dúvidas do próprio governo tailandês sobre o real propósito de vários destes (dúvidas se não são só fachadas para enganar turistas), portanto é importante pesquisar bem antes de escolher um local para a visita. O Elephant Nature Park é um dos pioneiros em Chiang Mai, então é bastante confiável.

A procura pelas visitas neste santuário é bastante grande, então resolvemos fechar pelo site mesmo, ainda no Brasil, com bastante antecedência. Quando reservamos, o valor da visita de um dia inteiro por pessoa foi de 2500 baths (250 reais!), bem carinho se comparado ao preço dos "circos" que maltratam elefantes, que chegam a cobrar apenas 100 baths pela visita. Havia ainda uma opção de só meio dia de visita, pela metade do preço, mas este, diferente da visita de dia inteiro, não incluía café da manhã e almoço e também não incluía poder dar banho nos elefantes (que nós queríamos muito!). Pensamos: "ah, se inclui refeições tá valendo". Isso porque os ingênuos aqui não sabiam ainda o quão barato é a comida na Tailândia (tem dias que gastávamos menos de 100 baths cada um por todas as refeições). Ok, acabamos extrapolando um pouco no orçamento mas foi por uma boa causa, valeu a pena.

Feito a contextualização, acordamos cedo e ficamos na frente do hostel esperando a van do Elephant Nature Park nos buscar para o passeio. Durante a espera ficamos observando um grupo de mulheres no bar/inferninho ao lado tomando cerveja àquela hora da manhã e junto na mesa um gringo quarentão se achando o gostosão elogiando as tailandesas, mais uma das bizarrices do turismo sexual de Chiang Mai.

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Esperando a Van do Elephant Nature Park

A van chegou pontualmente e, acabamos descobrindo que um casal de canadenses que estava no nosso hostel também ia fazer o passeio conosco.

Partimos então em busca dos outros passageiros que fechariam nosso grupo: um casal de brasileiros de Brasília que estavam em lua-de-mel, duas amigas norte-americanas e, por último, passamos num resort podre de chique buscar um casal mais velho, também norte-americano, que pensávamos ser esnobes por causa né, da ostentação, mas não, eram muito simpáticos e divertidos (eita preconceito).

No caminho uma televisão dentro da van mostra um pouco da história do santuário e relata, com imagens e vídeos terríveis, os maus-tratos a que são submetidos os elefantes nas atrações turísticas. Para fazer os elefantes pintarem quadros, por exemplo, os "adestradores" (para não dizer torturadores), espetam um gancho na orelha dos animais até eles levantarem a tromba e obedecerem. O pior é que a maioria desses animais são torturados desde bebê, roubados dos pais para atuarem nestes espetáculos. As cenas são fortes e chocantes.

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Na Van que nos levou para o parque

Chegamos cedo ao santuário e fomos direto para uma mesa tomar café da manhã (não lembro direito o que era mas lembro que tinha macarrão e uma boa variedade de frutas). O santuário é bem extenso, com bastante área verde e um rio e fica na zona rural de Chiang Mai.

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Elephant Nature Park

Aliás Chiang Mai também é bastante visitada por causa de sua zona rural, que conta com natureza abundante: trilhas, morros, cascatas. Também dizem ser um ótimo local para turismo de aventura: fazer rapel, tirolesa, etc. Infelizmente, devido ao pouco tempo na cidade, não pudemos conhecer a fundo esta faceta de Chiang Mai.

Após o café-da-manhã, fomos oficialmente apresentados a nossa guia, a tailandesinha Poor (ou Pur, não existe tradução em caracteres romanos), que já estava na van junto com a gente, uma menina muito sorridente com um inglês tenebroso, que nos acompanhou o resto do dia. Primeiro ela contou sobre os cuidados com os elefantes, que todos eles tem nome e são "adotados" por alguém, inclusive uma das modalidades de visita é você passar o dia cuidando de um elefante específico, como se fosse o adotante deste. Mostrou um painel com os "antes" e "depois" de alguns deles e que todos tem acompanhamento médico regular pois a maioria vem de uma vida inteira de maus-tratos.

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Fotos do antes e depois do "Ponsawan" um dos elefantes resgatados e quadro com a lista de voluntários do parque

Ela também mostrou que cuidam de outros animais perdidos, como gatos, cachorros e até uma vaca que apareceu por lá.

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Acho que isso não é um elefante...

Inclusive tem mesas na área dos visitantes só para animais.

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Outros animais resgatados pelo parque

Quando questionado como eles resgatam estes animais, eu pensava (romanticamente) que eles iam, na calada da noite, nos locais que os elefantes estavam sendo maltratados e os resgatavam com fugas arriscadas e heróicas. Mas não, na verdade eles compram os elefantes deste locais, tudo de forma legal porém com uma certa barganha. Não preciso dizer que os que são vendidos para os santuários são sempre os que já estão na capa da gaita né, afinal, os que estão com a musculatura inteira ainda e dessa forma dando lucro para os exploradores turísticos, dificilmente são vendidos, a não ser por altos preços.

Partimos então para a primeira interação com os animaizinhos: dar comida para os elefantes! Nos dão uma cesta e ficamos num deck alto, distribuindo comida para os bichinhos. E é impressionante como eles pegam com a tromba, levam à boca e destroçam uma melancia inteira numa dentada. Melão e abóbora também (haja comida, acho que por isso é tão caro a visita hehehe).

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Dando comida para os elefantes: melão, abóbora e melancia

Em seguida descemos do deck e fomos para "campo aberto", agora sim andar lado a lado com os bichanos. Somos avisados como se aproximar dos elefantes: não ficar na frente nem atrás deles, chegar pelo lado e cuidar ao seu redor pois, apesar de grandes eles são bem silenciosos (é verdade), não se percebe a aproximação deles e quando se vê pode ter um elefante passando por cima de ti (os elefantes estão entre os animais que mais matam humanos no mundo).

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Primeiro contato com os Elefantes (dá pra ver que eu estou meio cagado ainda para me aproximar deles)

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Cuidado Juju!

Outra coisa interessante é que os que ficam soltos no santuário são só as fêmeas. Os machos, que são os que tem as presas de marfim, são muito selvagens e ficam presos. Percebemos na pele isso pois se aproximamos das grades deles e eles ficaram furiosos, um até cuspiu em mim (pelo menos eu espero que tenha sido cuspe).

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Local onde ficam os elefantes machos, separados das fêmeas e dos visitantes

Chegou a hora do almoço e agora sim, um buffet livre de verdade (depois do fiasco daquele do passeio de barco no Chao Phraya)! Vários tipos de massas, frango, frutas, uma delícia! Tiramos a barriga da miséria hehehe. Depois do almoço ficamos mais um tempo na mesa batendo um papo com nossos colegas de grupo. O casal brasileiro estava fazendo o caminho inverso do nosso: eles primeiro foram para as praias e agora estavam subindo, tendo como último destino Bangkok. Nos deram algumas dicas de Koh Phi Phi, disseram que tinham umas festas em uns barcos que era uma loucurada, tudo liberado, bebidas, drogas... e que tinha um bar que tinha um ringue de Muay Thai no meio que qualquer um podia subir e desafiar alguém do bar, muito louco. O casal de americanos contou que eram aposentados e estavam viajando o mundo, que o lugar que eles mais tinham gostado foi a Índia e que estavam em Chiang Mai para o festival das lanternas, que haviam comprado o ingresso para a festa privada no dia da lua-cheia (uma que é só para estrangeiros e é caríssima). Também uma hora contou que era primo do ator que faz o Abraham no seriado Walking Dead, e foi bem na época de mudança de temporada, no episódio que o Neegan mata dois protagonistas, mas fica o mistério de quem seriam os dois (quando retornou a nova temporada, descobre-se que foi justamente o Abraham). O casal já sabia, mas disse que não ia dar spoilers, hehehe.

No intervalo do almoço ainda passamos na loja de souvenires do parque, onde tinha que pedir permissão pros gatos do santuário para poder olhar as camisetas. Até pensamos em comprar uma camiseta de lembrança que era bem bonita mas acabamos não comprando.

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Camisetas à venda de lembrança do parque e seus "vendedores" dormindo

Na parte da tarde fomos dar mais uma volta com os elefantes e conhecemos um bebê elefante que nasceu ali, algo raro pois os machos ficam separados das fêmeas no parque (a natureza conseguiu dar um jeito).

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Bebê elefante e sua família (até cachorro eles tem), aquela família que o "cidadão de bem" brasileiro não gosta muito, com duas mamães

Fomos numa outra parte do parque com vários elefantes andando em grupos e pudemos observar eles se "sujando" de barro e de grama. Nos contaram que eles fazem isso para se proteger do sol e de intempéries.

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Elefantes "se sujando" e eu já bem menos cagado para chegar perto deles

Chegou então a parte mais esperada do passeio: dar banho nos elefantes! Na verdade é um negócio meio pega-turista, pois os elefantes já estão limpos, eles atraem eles para o rio com comida e te dão um baldinho onde tu finge que lava os elefantes. Como fazia bastante calor, é legal pois você acaba se molhando bastante.

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Hora do banho!

Entramos todos então com água pelos tornozelos num rio cheio de barro e possíveis bichos de pé e começamos a guerrinha de baldinho. Na verdade os elefantes são lavados sim pelos voluntários do parque, mas com sabão esponja e esfregão, para tirar bem as "cracas" que ficam na sua pele, e é bastante importante este banho. No nosso caso foi só brincadeirinha mesmo mas bastante divertido e deu para ficar mais um pouquinho em contato com os animaizinhos.

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"Dando" banho nos elefantes ou "tomando" banho?

Finalizado o "banho", nos despedimos da Poor e ficamos mais um tempo no deck observando os elefantes até a hora da van nos levar de volta para o hostel.

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Despedindo-se da nossa guia "Poor" e dos bichanos do parque

No caminho de volta, nos despedimos do pessoal e combinamos de almoçar no outro dia com o casal de canadenses que estavam hospedados com a gente que disseram que a comida do restaurante do hostel era excelente, que a Lynn (que além de tudo ainda era cozinheira) era uma grande chef de cozinha. Pedimos para a van nos deixar no Tha Pae Gate, pois queríamos ainda dar uma volta para conhecer a China Town de Chiang Mai.

A China Town de Chiang Mai fica ao norte, costeando o Ping River e fora da muralha, em direção nordeste do Tha Pae Gate e é bem menor e menos movimentada se comparada a de Bangkok. Ali tem alguns templos bonitos chineses, um mercado grande de flores bem famoso na cidade, com plantas bem bonitas e exóticas e o seu ponto principal que é o Warorot Market, um mercadão dentro de um prédio fechado, daqueles que se encontra de tudo mas principalmente comida (com destaque para os frutos do mar), bem no estilo dos mercados municipais que tem nas principais cidades brasileiras (mas no estilo asiático, ou seja, com uma higiene bem questionável...).

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China Town de Chiang Mai

Havíamos lido que por ali havia um terminal de Songtaews amarelos que iam até as Hot Springs de San Kamphaeng, as quais planejávamos ir no domingo. Demos uma volta rápida no mercado Warorot e no mercado de flores apreciando a "exoticidade" desses locais e depois fomos procurar o tal terminal mas acabamos não encontrando.

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Bonito fim de tarde à beira do rio e mercado de flores da China Town de Chiang Mai

Com um bonito céu de fim de tarde, fomos retornando então para o hostel, não sem antes dar uma passada novamente no Ploen Ruedee Night Market para aproveitar a noite tomando uma Chang.

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Mais uma passada no Ploen Ruedee Night Market, ainda vazio pois estava cedo

Fomos também até a ponte que cruza o Chao Phraya também para ver se já havia alguém realizando o ritual de soltar barcos de folha de bananeira no rio em função do festival das lanternas. Até tinha algumas pessoas fazendo isso, mas bem pouca gente. Em compensação, a ponte em si fica bem movimentada a noite, com bastante jovens curtindo e apreciando a vista do rio, então pegamos umas cervejas no 7eleven e ficamos um tempo por ali também.

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Ponte sobre o Chao Phraya, com bastante movimentação de jovens tailandeses

Agora sim, hora de voltar para o hostel, mas resolvemos ainda fazer mais uma foot massage, num local que as pessoas faziam a massagem ali na rua mesmo. A Juju deu a ideia de aproveitar para treinar o tailandês com a moça que estava fazendo a massagem nela, fazendo umas perguntas que nós havíamos aprendido como por exemplo Kuhn Chun Arai (como você se chama). Eu falei que era bobagem, que a mulher tava ali fazendo a massagem e não ia querer treinar tailandês com a gente. Mas no fim a Juju conversou com a mulher mesmo assim e ela achou o máximo, respondeu as perguntas com a maior simpatia. Às vezes a gente fica com receio de puxar assunto com as pessoas por não saber falar a língua delas ou achar que elas são "fechadas" mas o que a gente aprendeu nessas nossas viagens é que na maioria das vezes as pessoas querem sim conversar, querem conhecer outras culturas tanto quanto nós, basta um dos dois dar o primeiro passo.

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SUDESTE ASIÁTICO 10º Dia - Cozinhando ovos nas águas termais de San Kamphaeng (13/11/2016)

Último dia em Chiang Mai, última oportunidade de conhecer o templo mais famoso dos arredores da cidade, o Wat Phra Doi Suthep. Este templo, que se localiza em cima de um morro na periferia de Chiang Mai, é considerado um dos mais sagrados do budismo e com certeza é o "mais turístico" da cidade.

Diz a lenda que, por volta do ano de 1300, um monge encontrou uma relíquia do buda (pedaços dos ossos do buda) e, não sabendo onde construir a estopa para enterrá-la e com medo da mesma ser roubada, colocou-a num cofre em cima de um elefante branco e prometeu que construiria o templo para a relíquia no lugar aonde o elefante escolhesse. O elefante então subiu o morro e, quando chegou lá no topo, caiu morto. O monge então construiu o templo no exato local onde o elefante caiu, o Wat Phra Doi Suthep.

Como o templo fica um pouco afastado da cidade, tínhamos que arranjar um transporte para ir para lá. Tínhamos lido que no portão norte do Old Quarter, haviam Songtaews que iam especificamente para lá por um preço fixo de 100 baths por pessoa, num sistema bastante comum no sudeste asiático (e depois descobriríamos que na América Latina também) que é de só sair a condução quando estiver lotada, sem horário fixo. Acordamos bem cedo então e fomos em direção ao portão norte mas, chegando lá, não tinha Songtaew nenhuma e nem sinal de "parada" ou "terminal" de Songtaews que levassem ao Doi Suthep. Atacamos então um Songtaew qualquer que passou na rua e embarcamos.

Dizem que os Songtaews possuem uma rota (mais ou menos) fixa e que a pegadinha para turistas é que: a passagem custa 20 baths para qualquer lugar dentro da cidade. É só fazer sinal para eles pararem, você sobe, e na hora que chegar sua parada você desce e paga os 20 baths. Agora se você, quando subir no Songtaew, pedir que quer ir para um local específico, daí ele se transforma em táxi, e vai te cobrar o preço que ele quiser, de 100 baths pra cima (mesmo que fosse um lugar que ele já ia passar no trajeto dele). Bem louco não? Imagina você subir numa lotação no Brasil e dizer pro motorista: "Me leva no lugar x". Daí ele desvia da rota normal dele, te leva no lugar e te cobra um valor a mais.

Pois bem, seguimos o script e subimos no Songtaew sem falar nada pro motora e pra tiazinha que tava de cobradora (que acho que era a esposa dele). Ficamos rodando um tempo até que perguntamos prum passageiro gringo, que parecia morar ali pois falava tailandês e estava junto com um grupo só de tailandeses, se aquele Songtaew passava no Wat Phra Doi Suthep. Ele foi então perguntar pra tiazinha que estava junto com o motorista e veio nos dizer: "Ela vai largar todo mundo nas suas paradas e depois leva vocês até lá, espera por uma hora e depois traz vocês de volta, tudo por 500 baths". Achei caro, mas como não tínhamos achado as tais Songtaews do portão norte e o templo fica distante mesmo do centro, acabamos aceitando. Demos uma chorada ainda com a tia e conseguimos baixar o valor para 400 baths pelo menos.

Depois de deixar os outros passageiros nos seus devidos pontos, começamos então a subida até o templo. E é uma subida bastante considerável. A Songtaew vai serpenteando um morro por uma estrada sinuosa e íngreme. Para ajudar, um monte de ciclistas subindo e descendo espremidos na estrada. Fiquei pensando: como esse elefante conseguiu subir tudo isso? Ainda por cima com um cofre nas costas. 

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Passeando de Songtaew

Sem mentira nenhuma, a temperatura lá em cima era bem mais baixa que na cidade e passamos um certo friozinho, sendo que estava um calorão desgraçado neste dia. Além disso, uma neblina típica de serra que diminuía muito a visibilidade, sendo que o dia estava bem ensolarado (para ter uma ideia como é alto o local).

Chegando na entrada do templo, a tiazinha pediu para a gente tirar uma foto da placa para que pudéssemos encontrá-los depois, já que o local é lotado de Songtaews levando e esperando turistas para descer. E com certeza foi o templo mais lotado que fomos em Chiang Mai (talvez também por ter sido num domingo). Só na fila para comprar ingresso já demoramos um tempinho e ali já vimos que só uma hora para visitar o templo iria ser pouco (e é, não aconselho tão pouco tempo assim).

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Cusco esperando pra subir para o templo

Antes de chegar no templo mesmo, ainda tem que se subir uma escadaria gigante. Uma escadaria muito bonita e icônica (umas das fotos que mais aparecem no instagram de quem vai pra Chiang Mai é justamente essa escadaria) em formato de dragão. 

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Escadaria "de Dragão" que dá acesso ao Wat Phra Doi Suthep (lotado de turistas)

Durante a subida ficam umas tailandesinhas com trajes típicos pedindo para tirar foto em troca de gorjetas. Lemos em diversos blogs que estas crianças são "ligeiras". Elas distraem as pessoas enquanto tiram as tais fotografias e enquanto isso roubam tuas coisas sem tu nem perceber. Num desses blogs uma viajante comentou que foi tirar foto com as crianças e depois quando chegou lá no templo estava sem seu relógio. Mantivemos distância então dessa gurizada, até porque de qualquer forma somos contra a exploração infantil.
 
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Detalhes da Escadaria

Depois de uma subidinha sofrida, chegamos finalmente no tal Wat Phra Doi Suthep. Deixamos os calçados na portaria e essa foi a primeira vez que ficamos meio receosos de não os vermos de novo depois, pois eram muitos calçados! Todos amontoados e o templo estava muito cheio. Pra piorar, o tempo estava meio úmido e o chão meio molhado, então tínhamos que ficar desviando das poças para não molhar nossas meias.

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Local para colocar os calçados

O local em si é belíssimo, e faz jus a fama que tem. Não há um templo principal como os outros que visitamos, toda a "atenção" se volta para a imponente estopa dourada no centro do complexo, o local onde dizem se encontrar enterrada a relíquia do buda e onde o elefante branco deu seu último suspiro. 

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Estopa central do templo, local onde supostamente o Elefante morreu e foi enterrada a relíquia sagrada do Buda
 
Em volta da estopa se concentram diversos "templinhos", cada qual com suas estátuas de buda, uma mais bonita que as outras, entre elas uma estátua de esmeralda/jade (pra mim parecia ser feita daquelas garrafas antigas de Sprite hehehe) muito bonita, para mim bem mais bonita até que a estátua de buda esmeralda do Gran Palace em Bangkok (que dizem ser a mais bonita da Tailândia). Neste dia, apesar de lotado de turistas, havia muitos tailandeses nativos fazendo oferendas e acendendo seus incensos, dando um ar ainda mais "espiritual" para o local. 
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Diversas estátuas de Buda envoltas da Estopa central; Buda de esmeralda; Incensários de oferenda ao Buda

Demos uma volta rápida por todo o complexo (afinal só tínhamos uma hora para isso) e fomos numa outra parte do templo bem disputada para fotos, uma plataforma que funciona como um mirante da onde se tem uma vista privilegiada e panorâmica da cidade de Chiang Mai do alto. Infelizmente neste dia a vista estava encoberta pela névoa e não conseguimos ver quase nada. Descobrimos depois que por ser um local alto e de serra, é bem raro se conseguir uma vista "limpa" da cidade, isto é, sem neblina. 
 
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Apreciando a "vista" de cima do templo

Ainda neste sacadão, há uma espécie de "toldo" todo feito em madeira envernizada com figuras em detalhes perfeitos entalhados na madeira e com representações em seu teto dos doze signos do horóscopo chinês. 
 
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Colunas esculpidas na madeira contando a história do Buda e representando o horóscopo chinês

Há também, no pátio externo do templo, uma "réplica" do elefante branco que segundo a lenda subiu o monte com a relíquia do buda nas costas.
 
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Elefante branco com a relíquia do Buda nas costas

Findada a uma hora que tínhamos combinado com a tiazinha do Songtaew para visita, descemos a escadaria de dragão e fomos procurar pelo carro entre os milhares estacionados na avenida que dá acesso ao templo (agora já bem mais cheio do que na hora que chegamos). Demoramos um pouquinho para achar mas eles estavam lá, pagamos os 400 baths combinados então e voltamos para o nosso hostel ainda antes do meio-dia.

Tínhamos combinado de almoçar no hostel neste dia com o casal de canadenses que foram conosco no dia anterior para o Elephant Nature Park e fizeram uma propaganda muito boa da comida da Lynn, mas eles deviam ter ido em algum passeio e não apareceram, então comemos sozinhos um Pad Thai e uma massa não lembro qual, tudo muito bom (como tudo que comemos em Chiang Mai) e feito na hora pela Lynn.

Achávamos que a visita ao templo iria nos tomar o dia inteiro e já estávamos tristes que não iríamos conseguir conhecer as águas termais de Chiang Mai, mas como tínhamos então a tarde inteira pela frente, resolvemos encarar a ida até o parque San Kamphaeng Hot Springs (que não fica exatamente em Chiang Mai, e sim na cidade vizinha chamada San Kamphaeng), conferir as águas termais que tem por lá e a oportunidade de ver gêiseres pela primeira vez.

Chiang Mai tem até isso também, águas termais e gêiseres! Tem um tour que é o mais procurado pelos turistas na cidade que um dos locais visitados é um gêiser na cidade de Chiang Rai (junto com o templo branco que é bem famoso no instagram), mas não quisemos fazer porque além do local dos gêiseres que se visita neste tour ser bem furreca comparado ao Parque San Kamphaeng, tem uma parte do passeio que é a visita a uma tribo de mulheres girafa (aquelas que põem milhões de argolas no pescoço), próximo a fronteira com o Laos, que parecia ser bem deprimente, tratando as mulheres da tribo como se fosse um zoológico ou circo, não é uma atração turística que concordamos.

Seguimos então até o local onde o atendente do Centro de Informações Turísticas havia indicado para pegar a van até o parque. Pelo que ele havia indicado, se trata de um terminal de transportes que fica do lado de fora da muralha, na mesma rua da saída do portão norte. No caminho uma surpresa: na rua do lado de dentro da muralha ao lado do portão norte, uma fila com os tais Songtaews que levam ao Wat Phra Doi Suthep enfileirados e na calçada um cartaz indicando o preço de 100 baths por pessoa para ir até lá. "Que droga", pensamos, pagamos 200 baths a mais para ir lá. Acontece que a hora que fomos de manhã era muito cedo e ainda não estava na hora das vans saírem (quem mandou acordar cedo hehehe).

Saindo pelo portão norte, seguimos a rua e não se avistava nada que parecesse um terminal. Seguimos mais um pouco meio desconfiados até que encontramos o lugar: uma espécie de rodoviária com várias vans estacionadas em boxes e em cada box informações sobre os horários e paradas, em tailandês e inglês, bem organizado e muito fácil de se achar. O local onde saiam as vans para as Hot Springs era o com mais indicações (deve ser a mais procurada por turistas né), só não conseguimos entender se os horários da tabela se referiam ao horário de saída da estação ou das hot springs (e o motora também não soube explicar direito ou não nos entendeu). Pagamos 50 baths se não me engano a passagem e só tinha nós na van o caminho todo. O local fica a quase 50 km de Chiang Mai e o trajeto todo demorou pouco mais de uma hora, nos deixando bem na entrada do parque.

O parque é um daqueles lugares extremamente agradáveis para se passar o dia. Bastante arborizado e com uma vista belíssima das montanhas ao redor da cidade (fiquei imaginando curtir aquilo ali com um chimarrão... tudo de bom!). 

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Portão de entrada do parque; Monumento de ovos, símbolo do parque; área verde do parque, muito bonito; caminho que leva aos gêiseres, só seguir o barulho do esguicho d´água

A maioria dos frequentadores eram tailandeses, pouquíssimos gringos, bastante famílias fazendo picniques e molhando os pés nas águas termais. Pagamos 150 baths a entrada e havia ainda a opção de utilizar uma piscina por mais 100 baths, mas infelizmente não sabíamos disso e não tínhamos levado roupas de banho (fica a dica).

O local mais disputado ali é com certeza próximo aos gêiseres, são dois naturais, que espirram água a 105 graus célsius a uma altura de 15 a 20 metros sem parar, embora por ser um pouco quente ali e perigoso o pessoal não consiga ficar por muito tempo. 

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Gêiseres do San Kamphaeng Hot Springs

Nunca tínhamos visto um gêiser de verdade e achamos sensacional! A água que sai deles é então armazenada em um "piscinão", e dali ela escorre por córregos construídos artificialmente que atravessam todo o parque, sendo mais quente ou menos quente a água dependendo da distância dos gêiseres.
 
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"Piscina" onde se armazena a água recém saída dos gêiseres à 105 graus célsius!

Nesses córregos os frequentadores do parque se banham e aproveitam as propriedades medicinais daquela água, rica em enxofre e que dizem rejuvenescer a pele em anos. Mesmo longe da fonte, a água é bem quente, mais perto então é quase impossível tocar nela sem se queimar feio (sim né, imagina 105 graus!). 

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Tentando rejuvenescer a pele

Outra grande atração ali é a oportunidade de cozinhar seus próprios ovos na água fervente. Se compra ali uma bandejinha com ovinhos de codorna e um grande letreiro dá as instruções de quanto tempo tu mergulha a bandejinha na água para poder comê-los de acordo com o gosto do freguês (bem mole, mais ou menos ou durinho, em pouco menos de 10 minutos já está pronto). Ainda te dão um molinho shoyo para tu temperar os ovos, muito divertido! 
 
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Cestinha de ovinhos de codorna; instruções para cozinhar os ovos; colocando os ovos na piscina de águas termais; ovinhos prontos!

Ficamos um tempão nesse lugar e poderíamos ter passado mais, principalmente observando os costumes dos locais. Os picniques deles não são que nem os nossos: sanduíche, suco e umas frutinhas. Lá eles trazem massa, pad thai, frango, arroz, sopa, o negócio é profissional. As Hot Springs de San Kamphaeng são mesmo uma visita imperdível para quem vem para Chiang Mai.
 
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Observando os locais fazendo seus picniques

Na tabela de horários lá da rodoviariazinha dizia que a última van saia as 18h, mas como já dito, não sabíamos se esse horário se referia a saída de Chiang Mai ou de San Kamphaeng. Na dúvida, como já eram umas 17h30, fomos indo para a parada de ônibus para esperar. Neste meio tempo aparece uma Songtaew amarela que ia para Chiang Mai, mas perguntei o preço e era mais caro que a van (tipo uns 2 reais mais caro...) então resolvemos continuar esperando a van. De repente uma jovenzinha tailandesa, vendo que nós queríamos ir para Chiang Mai, chega para nós e nos oferece carona na caçamba de sua caminhonete (lá não existe leis de trânsito hehehe). Na hora pensei: que sorte, os tailandeses são mesmo um povo muito legal! Aceitei sem pestanejar e ainda perguntei se ela podeira nos deixar no Tha Pae Gate e a guria disse que nos levaria lá sem problemas! Subindo na caçamba, já com o carro em movimento, a Juju se vira pra mim e pergunta: "Tu tem noção do que tu fez? Não tem medo que roubem nossos órgãos, roubem nossas coisas ou nos estuprem, ou de repente seja um golpe a gente chegue na cidade e eles queiram nos cobrar (havia mais dois jovens na cabine com a menina)?" Meu semblante mudou na mesma hora, estava tão feliz que tinha conseguido uma carona que não tinha pensado nessas hipóteses. Passei a viagem toda cuidando o GPS no celular e combinei com a Juliana: se eles desviarem da rota vamos pular!

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Nós na caçamba da caminhonete e minha cara de pavor quando pensei que podíamos ter caído num golpe

Mas não teve nada disso, chegamos no Tha Pae Gate em 40 minutos (parecia uma eternidade devido ao nervosismo) e os jovens se despediram de nós com um grande sorriso. Soltei um grande e aliviado kop kun krap (obrigado em tailandês) e aprendi a lição de não ser tão desconfiado.

A mídia sensacionalista, além da violência diária a que estamos acostumados no Brasil, nos faz (ainda mais por sermos marinheiros de primeira viagem) sempre pensar no que de pior pode acontecer. Acontece que existem muito mais exemplos positivos do que negativos no mundo, existe muito mais gente boa do que ruim no mundo, só que isso não sai na TV, não sai no jornal, isso se aprende conhecendo os lugares, conhecendo as pessoas, quebrando assim paradigmas tão naturalizados como verdades pelo senso comum.

Chegamos de volta em Chiang Mai já anoitecendo e, sendo a última noite na cidade, queríamos aproveitar ela ao máximo. Fomos então em direção ao Sunday Night Market, que se trata do mesmo Chiang Mai Night Bazaar só que aos domingos ele se transfere para a rua principal do Old Quarter, bem na entrada do Tha Pae Gate, e conta com o dobro de barraquinhas de comida e bugigangas, além de diversas apresentações, uma verdadeira festa!

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Sunday Night Market

Já na entrada do portão, uma grande decoração de velas formando os dizeres: I LOVE THE KING, rodeada de seguidores.

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"I love the king" escrito com velas

Mas entrando dentro da feira aí sim, talvez por causa da época, estava muito lotada! Bem difícil de caminhar, tendo que se espremer entre a multidão. No caminho (no que conseguíamos ver), milhares de vendedores de roupas, lembrancinhas, quinquilharias de todo o dia e comidas. Aproveitamos para comer um negócio bizarro, espetinho de cogumelos shimeji enrolados num presunto assados na brasa (não sei dizer se achei bom ou ruim, a Juliana adorou).

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Espetinho de Shimeji enrolado com presunto

Paramos depois num palco montado em uma rua paralela onde estava acontecendo uma apresentação de crianças cantando (horrorosamente) uma de cada vez estilo "show de calouros" para uma plateia de pais. Apesar da doer nos ouvidos, aplaudimos todos com entusiasmo para dar aquela força para a garotada.

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Platéia acompanhando o tal "show de calouros"

Era a semana do festival das lanternas e, até agora não tínhamos visto nenhuma lanterna. Seguimos então pelas ruas do Old Quarter a procura das benditas até que as encontramos na praça dos três reis, a praça principal de Chiang Mai que fica em frente ao palácio do governo. 

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Estátua dos três reis e lanternas expostas em frente à praça

Lá que elas estavam expostas acessas, as que supostamente seriam alçadas ao céu no outro dia, milhões delas, um negócio impressionante. Além de diversos altares com velas acessas. 
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Lanternas tailandesas decorando a praça dos três reis

Ali nas ruas adjacentes também tinham várias lanternas bem coloridas, além de outras diversas decorações que deixavam as ruas muito iluminadas e coloridas. 
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Templos decorados com lanternas coloridas; piscina simulando um rio com os "barcos oferendas" sendo lançados; Juju fingindo que está fazendo uma oferenda de barquinho

Passando por uns templos que haviam ali perto percebemos que também estavam ocorrendo diversas cerimônias. No pátio de um deles (não olhei que templo era), o mais lotado, vários monges ajoelhados recitando mantras no meio de diversas velas e abaixo de uma árvores enorme toda decorada com lanternas, formavam uma cena impactante, uma experiência inesquecível (pena que a superlotação do lugar tirava um pouco do ar zen da cerimonia). 
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Cerimônia "surreal" com vários monges budistas recitando mantras

Passamos um tempão por ali e depois seguimos para a ponte sobre o Chao Phraya para ver se hoje estavam soltando mais barcos com oferendas no rio. Havia até bastante gente até ali na margem com barquinhos, mas bem discretos se comparados aos anos em que não houve morte de nenhum rei (nos últimos 75 anos pra ser mais exato). 
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Pessoal soltando barquinhos no rio e um barco um pouco mais elaborado

Lá de cima da ponte, observando as oferendas e tomando uma Singha, nos despedimos então de Chiang Mai e da Tailândia (por enquanto). No outro dia partiríamos de avião para o Camboja para continuar desbravando o sudeste asiático.
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  • 2 semanas depois...
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Roteiro resumido: Ayutthaya e Chiang Mai (com mapas)

Aqui está o resumo do roteiro da nossa passagem por Ayutthaya e Chiang Mai com mapas e preços das atrações (lembrando que as informações aqui são de quando visitamos o país, que foi em 2016). Para quem quer dicas mais "objetivas" e não necessariamente ler sobre as nossas histórias e experiências de viagem, pode pular direto para este post. Feito então? Segue abaixo:

RESUMÃO:

Passamos 1 dia em Ayutthaya, saindo de Bangkok de trem, e ficamos 4 dias cheios em Chiang Mai, chegando de trem noturno de Ayutthaya e depois seguindo de avião, já no que seria o 5º dia em Chang Mai, para Siem Reap, no Camboja. Nossos dias foram divididos assim:

1º Dia: Passeio de bicicleta pelos Templos históricos de Ayutthaya

2º Dia: Chegada em Chiang Mai, Templo Wat Phra Singh, luta de Muay Thai à noite

3º Dia: Templo Wat Chedi Luang, Monk Chat, Templo Wat Chiang Man, noite no Night Street Market

4º Dia: Santuário de Elefantes Elephant Nature Park, China Town de Chiang Mai, Warorot Market

5º Dia: Templo Wat Phra Doi Suthep, San Kamphaeng Hot Springs, Sunday Night Market, Festival das Lanternas de Chiang Mai

Em Chiang Mai ficamos no Soi Sabai Guest House, que atendeu o que precisávamos, ficaríamos novamente, mas não podemos dizer que é a melhor opção de hospedagem. A localização é ótima porém há vários outros hostels próximos, inclusive na mesa rua, que devem ser tão bons quanto. Escolhemos ele pelo preço e por sua localização: bem no meio entre o principal portão do Old Quarter e a rua do Night Market. Além disso, é uma caminhada tranquila até a estação de trem.

O link para o site da guesthouse no booking é este aqui: https://www.booking.com/hotel/th/soisabai-ghuesthouse.html

Essa é a avaliação que fizemos dele no booking:

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1º Dia: Passeio de bicicleta pelos Templos históricos de Ayutthaya

  • Do Hostel em Bangkok até a estação de Trem Hua Lamphong para pegar o trem para Ayutthaya:

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Caminho a pé do hostel até a estação de trens

  • Trem de Bangkok para Ayutthaya: pegamos o trem 75 que sai às 8h20 e chega 9h41

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Tabela dos horários dos trens da manhã Bangkok-Ayutthaya

  • Valor do trem: 20 baths 3º Classe

  • Compra-se o bilhete em qualquer guichê na estação (quando estávamos na fila, uma funcionária da estação nos encaminhou para uma salinha especial de venda de bilhetes para estrangeiros)

  • Chegada em Chiang Mai às 9h41, deixar as malas no Guarda-Volume da estação (de graça)

  • Alugar bicicleta nas lojas em frente à estação: 100 baths

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Locais onde pode-se alugar bicicletas marcados no mapa

  • Templos visitados marcados com estrela no mapa:

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Mapa de Ayutthaya

  • Caminho que fizemos de bicicleta (total de 17 km):

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Trajeto aproximado que fizemos de bike

Templos que visitamos (por ordem):

  • Wat Chaiwatthanaram: 100 baths

  • Wat Lokayashutaram: grátis

  • Wat Mongkol Bophit: grátis

  • Wat Phra Sin Sanphet: 100 baths

  • Wat Phra Ram: grátis

  • Wat Maha That: 100 baths

Obs: outro templo bastante conhecido que vale a visita é o Wat Yai Chaimongkhon. Entrada custa 40 baths. Infelizmente não conseguimos ir neste. Dizem que é bonito ir no por-do-sol pois ele é alto e pode-se observar a cidade.

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Caminho da estação de trem até o Wat Yai Chaimongkhon

 

Trem de Ayutthaya para Chiang Mai:

  • Pegamos o trem nº 13, que sai de Ayutthaya às 21h05 e chega em Chiang Mai no outro dia às 8h40

  • Pagamos 2.152 baths assento cama na segunda classe com ar condicionado (Class II Sleeper AC) com uma antecedência de 3 meses devido a ser o período do festival das lanternas de Chiang Mai e as passagens estarem bem concorridas com poucos lugares sobrando

  • Para comprar as passagens utilizamos uma agência de viagens bem conhecida e confiável na Ásia (e que cobra as menores taxas de comissão). a 12go Asia. Tu paga online e eles compram as passagens para ti e te mandam um voucher confirmando. N momento da compra você pode escolher se eles te mandam os tickets para o seu endereço (muito caro) ou endereço do hostel (menos caro) ou você retira na sede deles (mais barato). Optamos por retirar os bilhetes direto na sede deles, que fica em frente à estação Hua Lamphong em Bangkok. O endereço para a compra Online é: https://12go.asia/en

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Endereço do 12go asia em Bangkok (em frente a estação de trens Hua Lamphong)

  • Hoje já pode-se comprar online diretamente do site oficial da empresa estatal de trens da Tailândia, mas se paga uma taxa pela compra online de qualquer forma. O link para compra é: https://www.thairailwayticket.com/

  • Comprando direto no guichê das estações de trem, se paga o preço normal sem "adicionais".

  • Quanto à disponibilidade, o recomendado é comprar no mínimo com 3 dias de antecedência em dias "normais", e 3 meses em datas festivas (como nós fizemos). Porém, pode-se conseguir lugares no mesmo dia com frequência.

  • Tabela de horários e informações sobre os trens deste trajeto:

  • O site seat61.com possui informações sempre atualizadas sobre horários e valores dos trens, não só da Tailândia mas de praticamente todos os trens do mundo! Esse site é excelente e recomendo muito.

2º Dia: Chegada em Chiang Mai, Templo Wat Phra Singh, luta de Muay Thai à noite

  • Chegada em Chiang Mai às 8h40

  • Se precisar trocar dinheiro, em Chiang Mai existe uma casa de câmbio do lado da outra, todas com cotações semelhantes

  • Caminho da estação até o Hostel, passando pelo Centro de Informações Turísticas de Chiang Mai no caminho (TAT Office):

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Caminho da estação de trem até o hostel Soisabai Guesthouse. No caminho, marcado com estrela o TAT Office

1. Templo Wat Phra Singh

  • Entrada no templo: 40 baths

  • Caminho do Hostel até o templo, passando pelo portão Tha Pae Gate:

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Trajeto a pé do hostel até o templo Wat Phra Singh passando pelo Tha Pae Gate (marcado com estrela no map)

2. Luta de Muay Thai no Thapae Boxing Stadium

  • Ingresso para as lutas: 400 baths

  • Compra-se ingressos no local

  • Inicio das lutas às 21h

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Localização do Thapae Boxing Stadium

 

3º Dia: Templo Wat Chedi Luang, Monk Chat, Templo Wat Chiang Man, noite no Night Street Market

1. Templo Wat Chedi Luang

  • Entrada no templo: 80 baths

  • Trajeto até o templo:

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  • Participar do Monk Chat: você senta nas mesas e os monges vem conversar com você sobre qualquer assunto, pelo tempo que quiser e de graça

  • Lugar do templo onde é realizado o Monk Chat:

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2. Templo Wat Chiang Man

  • Entrada no templo: grátis

  • Trajeto até o templo saindo do Wat Chedi Luang:

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3. Night Street Market

  • Região onde ocorre o Night Market de Chiang Mai:

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Região onde ocorre o Night Market de Chiang Mai: marcados com estrela as duas principais "atrações" do local

  • Chiang Mai Night Bazaar: grande mercadão que vende de tudo

  • Ploen Ruedee Night Market: Praça de alimentação com diversos food-trucks com comida de todo o mundo e banheiros grátis

Obs: também é legal ir a noite até a ponte próxima a Night Market, local de encontro de vários jovens tailandeses que se reunem pra tomar cerveja e apreciar a vista do rio. Ali também é o local onde, durante o festival das lanternas, os tailandeses soltam barquinhos com oferendas.

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Marcado em vermelho, a ponte mencionada

 

4º Dia: Santuário de Elefantes Elephant Nature Park, China Town de Chiang Mai, Warorot Market

1. Santuário de Elefantes Elephant Nature Park

  • Van do Parque nos buscou e trouxe de volta na frente do hostel

  • Passeio reservado pelo site com antecedência de 4 meses:

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Passeio escolhido por nós no Santuário (pelo que vi ali, por algum motivo não se pode mais entrar no rio junto com os elefantes)

2. China Town de Bangkok e Warorot Market

  • Caminho do hostel até a China Town de Chiang Mai:

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108 Chang Moi Road: local onde fica o portão chinês de entrada na China Town

  • Região delimitada (aproximadamente) da China Town de Chiang Mai:

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Região que faz parte da China Town de Chiang Mai (marcados no mapa com estrela o Warorot Market e o Mercado de Flores, os dois principais mercados da região)

5º Dia: Templo Wat Phra Doi Suthep, San Kamphaeng Hot Springs, Sunday Night Market, Festival das Lanternas de Chiang Mai

1. Templo Wat Phra Doi Suthep

  • Entrada no templo: 60 baths

  • Para ir até o templo, pegar um Songtaew numa parada próxima ao portão norte do Old Quarter

  • Valor do Songtaew: 100 baths por pessoa

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Trajeto do hostel até a parada de Songtaews

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Local aproximado onde ficam os Songtaews que vão para o templo marcado em amarelo (em frente ao 7eleven)

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Songtaews vermelhos que vão para o templo

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Trajeto do Songtaew até o templo

  • Para voltar, o Songtaew fica te esperando na rua em frente a entrada do templo (anotar a placa para não se perder, são muitos!)

2. San Kamphaeng Hot Springs

  • Entrada no parque: 150 baths (se quiser tomar banho nas piscinas, mais 100 baths e precisa levar roupas de banho)

  • Local onde se pega a van para ir para o parque (forma mais barata de ir):

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Trajeto até o local onde saem as Vans para San Kamphaeng

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Local mais específico do terminal de vans (marcado em amarelo)

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Terminal onde se pegam as vans para San Kamphaeng

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Trajeto de van até o parque

  • Valor da van: 50 baths por trajeto

  • Para ir embora, pegar a van no mesmo local onde ela te deixou na ida:

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Local onde se pega a Van para voltar para Chiang Mai

  • Não existe online nenhuma tabela de horários, mas quando fomos a última van saía às 18h

 

3. Sunday Night Market

  • Nos domingos, o Chiang Mai Night Bazaar se transfere para dentro do Old Quarter:

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Região onde ocorre o Sunday Night Market

4. Festival das Lanternas de Chiang Mai

Obs: o festival das Lanternas mais turístico é uma festa fechada que ocorre aos arredores de Chiang Mai e é bem caro. Nós fomos acompanhar os eventos de rua que ocorrem durante este período. As lanternas estavam expostas na praça dos Três Reis, e seriam soltas no céu somente no outro dia (14 de novembro), por causa da morte do rei neste ano

  • Local onde estavam expostas as lanternas:

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Praça dos três reis (marcado em vermelho no mapa)

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Primeiro lugar queira dar os parabéns pelo Relato! Muito legal! e Obrigado por compartilhar conosco.

 

Segundo, queria uma ajuda. Comprei passagens para Indonesia e vou ficar em torno de 10 dias na Tailândia e estou em duvida das cidades que vou (só está certo Bangkok e Phi Phi). Estou na dúvida se consigo ir em Krabi e Chang Mai, ou se vou somente em uma delas. Ainda poderia ir no periodo do Festival de Lanternas em Chang Mai (esse ano será em 31/10 e 01/11). Enfim o que você sugere? E com relação ao festival vale a pena? Ou a cidade fica muito cheia e o festival em si não compensa? Muito Obrigado!

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Primeiro lugar queira dar os parabéns pelo Relato! Muito legal! e Obrigado por compartilhar conosco.

 

Segundo, queria uma ajuda. Comprei passagens para Indonesia e vou ficar em torno de 10 dias na Tailândia e estou em duvida das cidades que vou (só está certo Bangkok e Phi Phi). Estou na dúvida se consigo ir em Krabi e Chang Mai, ou se vou somente em uma delas. Ainda poderia ir no periodo do Festival de Lanternas em Chang Mai (esse ano será em 31/10 e 01/11). Enfim o que você sugere? E com relação ao festival vale a pena? Ou a cidade fica muito cheia e o festival em si não compensa. Muito obrigado!

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52 minutos atrás, augustolliovett disse:

Primeiro lugar queira dar os parabéns pelo Relato! Muito legal! e Obrigado por compartilhar conosco.

 

Segundo, queria uma ajuda. Comprei passagens para Indonesia e vou ficar em torno de 10 dias na Tailândia e estou em duvida das cidades que vou (só está certo Bangkok e Phi Phi). Estou na dúvida se consigo ir em Krabi e Chang Mai, ou se vou somente em uma delas. Ainda poderia ir no periodo do Festival de Lanternas em Chang Mai (esse ano será em 31/10 e 01/11). Enfim o que você sugere? E com relação ao festival vale a pena? Ou a cidade fica muito cheia e o festival em si não compensa. Muito obrigado!

Opa! Muito obrigado Augusto! Aos poucos vou ir narrando aí a nossa viagem.

A gente ficou 5 dias em Bangkok e eu achei pouco, a cidade é demais!

Acho que vale a pena ir pra Chiang Mai sim durante o Festival das lanternas, é muito bonito. A cidade normalmente já é  bastante turística então não muda muito. Vai ter mais gente sim, que vai pra participar do festival "oficial" aquele que eu comento no post, mas ele é bem caro e esse pessoal que vai normalmente fica em hotéis mais caros e frequenta restaurantes mais caros, então não muda muito ali a parte do centro e do night market.

Quanto a Krabi, ficamos também uns 4 dias em Ao Nang, 1 em Railay Beach e 2 em Phi Phi. Ao Nang é muito legal! Bem simples e com um calçadão bem movimentado, pra mim o melhor lugar pra servir de base pra visitar as praias em volta. Phi phi é bem muvucada, tudo lotado e cheio de gringo bêbado mas a beleza compensa, é muito lindo, achei pouco ficar só dois dias lá.

Não conhecemos outras cidades, mas ouvi falar que PAI, no norte, é bem legal, uma cidade bem do interior mas com bastante opções de turismo de natureza. Pattaya e Phuket me falaram que é um puteiro a céu aberto, então não pretendo conhecer um dia.

Se você gosta de praias eu ficaria uns 4 dias em Bangkok e o resto entre Ao Nang e Phi Phi, ou então tentar encaixar tos esses nos 10 dias, mas aí acho que é muito correria.

Abraço!

Qualquer coisa, prende o grito

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Ah! Para ir para Phi Phi, você obrigatoriamente tem que passar por Karbi ou Phuket. Recomendo fortemente ir para Krabi ao invés de Phuket, tanto pela cidade ser melhor (com praias como Ao nang ou Railay Beach) como ser mais barato e mais curto o Ferry de lá para Phi Phi

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@arielbrothers mmuito obrigado pela gentileza ! Acho que vou ter que deixar Chang Mai para uma próxima, uma pena ja que é bem No festival. Vai ficar assim : 27 a 31/10 em Bangkoc, 31 a 02/11 em Krabi, 2 a 5/11 em Phi Phi, 5 e 6 em Krabi e dia 6 voo de volta para Indonésia( para regressar ao Brasil ) .

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SUDESTE ASIÁTICO 11º Dia - Chegando no Camboja (14/11/2016)

Atualizado: há 3 dias

Dia de se despedir temporariamente da Tailândia rumo ao Camboja. Pelas ruas de Chiang Mai, diversas agências vendem a passagem de ônibus para a cidade de Siem Reap (no Camboja) bem baratinho, cerca de 15 horas de viagem, mas como havíamos lido que havia muita corrupção nessa fronteira por parte dos agentes da imigração, além de relatos de casos em que os próprios motoristas dos micro ônibus que fazem o trajeto quiseram cobrar umas taxas inventadas (leia-se: roubar) dos turistas sob a ameaça de te deixarem no meio do caminho, resolvemos pagar um pouquinho mais caro e ir de avião com a Air Asia (pouquinho mais caro pros padrões asiáticos, comparado a vôos aqui dentro do Brasil é muito mais barato).

Nosso vôo estava marcado para as 16 horas e o Aeroporto de Chiang Mai é relativamente perto do centro da cidade, mas como sou meio neurótico com horários e fiquei com trauma de uma vez que perdemos um vôo em São Paulo mesmo saindo com 4 horas de antecedência do hotel e tivemos que pagar 3 vezes o valor do vôo para remarcar, combinamos de sair do hostel lá pelas 13h.

Acordamos então sem pressa e ficamos de almoçar ali no hostel mesmo, antes de sair, deixando a manhã "livre". Chiang Mai oferece milhares de opções de coisas para se fazer e não é a toa que é considerada a cidade mais escolhida como residência temporária pelos chamados "Nômades Digitais" (aquele pessoal que trabalha remotamente pela internet). Além de ser uma cidade histórica, segura e barata, ainda possui natureza abundante, diversas atividades para se fazer (turismo de aventura, histórico, culinário, espiritual, religioso, sexual...), além de comida boa e povo alegre e hospitaleiro. Mas nos 4 dias que ficamos lá, deu para aproveitar bastante.

Durante o almoço ficamos observando o Patrick (dono do hostel) ensinando para um dos hóspedes como usar a Scooter que eles estavam alugando (aparentemente não precisa de carteira e nem saber dirigir lá para alugar uma) e depois perguntamos para Lynn como ir para o Aeroporto: ela disse que só de Songtaew mesmo e que o preço era 150 baths. Que iriam querer nos cobrar mais mas que não aceitássemos. Pegamos nossas mochilas, nos despedimos da Lynn e do Patrick e fomos para a avenida que contorna a muralha atacar algum Songtaew que estivesse passando na rua. Tivemos que parar uns três até achar um que fizesse a corrida pelos 150 baths (queriam nos cobrar 200) e chegamos no Aeroporto acho que em menos de 30 minutos.

Na hora do embarque, como seria a primeira vez que íamos pegar um vôo da Air Asia, estávamos um pouco apreensivos, por se tratar de uma companhia low-cost, se eles levavam fielmente em consideração as restrições de bagagem de mão, além da multa para quem não leva impresso o bilhete de embarque. Mas não, fizemos o check-in lá mesmo no guichê e nem olharam nossas mochilas, tudo bem tranquilo.

Depois de uma rápida conexão no Aeroporto Don Muenang em Bangkok, chegamos no simpático aeroporto de Siem Reap por volta das 21 horas. Como já havíamos feito nosso visto online (muito fácil de se fazer) já que era o mesmo preço caso tivéssemos feito na hora (o Visa On Arrival), passamos na frente de um monte de gente. O guardinha da imigração ainda, vendo que eramos brasileiros, soltou um "obrigado" em português, que eu demorei uns bons minutos para decifrar que era isso mesmo hehehe.

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O simpático aeroporto de Siem Reap cheio de decorações estilo khmer

O hostel que havíamos reservado oferecia transfer gratuito do aeroporto, o que é excelente pois já era noite e transporte público em Siem Reap não existe, então quando saímos do desembarque lá estava um carinha nos esperando segurando uma plaquinha com nossos nomes. O carinha em questão, com uma cara de malandro, cabelo raspado, uns dentes de ouro, vestindo uma camisa falsificada grosseiramente (tipo as que vendem nos camelôs aqui de Porto Alegre) do Paris Saint Germain, era o Phey, um cambojano típico, tri gente boa, que acabaria se tornando o nosso motorista "oficial" durante nossa passagem pelo Camboja. Com um inglês entendível (às vezes), fomos conversando o caminho até o estacionamento. Ele perguntou de onde nós éramos e dava pra perceber claramente que ele não fazia ideia de onde ficava o Brasil. Phey veio nos buscar de Tuk-Tuk, e então tivemos a oportunidade de pegar um Tuk-Tuk pela primeira vez na viagem (e na vida).

No caminho o primeiro "choque" com a realidade deste país: ruas com iluminação pública praticamente inexistente, escuridão total (depois descobriríamos que toda a energia elétrica da cidade funciona por geradores), muitos animais na pista (vacas magérrimas), lixo amontoado por todos os cantos, aparentando ser uma região bastante pobre em questão de economia. Quando chegamos no centro, onde ficava nosso hostel, a situação melhorava um pouco no quesito iluminação, mas ainda com as ruas muito sujas. Dizem que a capital, Phnom Pehn é bastante desenvolvida e bem mais organizada que o resto do país, mas infelizmente não chegamos a visitá-la.

O hostel que escolhemos, o Cercle D´Angkor Villa, fica localizado numa rotatória bem no "centro" da cidade. Escolhemos ele pelo preço (5 dólares a diária), mas principalmente pela localização, praticamente na entrada da principal rua boêmia da cidade, a Pub Street, mas não "na" Pub Street (sendo assim mais tranquilo para dormir a noite), e também a uma quadra do Old Market (Psar Chas), o mercadão principal da cidade.

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Vista da frente do nosso hostel: rotatória bem no centro de Siem Reap

Chegando no hostel, o Phey perguntou se queríamos fazer algum passeio na cidade (Angkor Wat, obviamente) e deixamos marcado então para dali a dois dias ele nos levar para vermos o nascer do sol no Angkor Wat. Já havíamos pesquisado por cima, na internet, os preços que os motoristas de Tuk-Tuk cobravam para levar até lá e até conseguiríamos preços um pouco mais baratos pechinchando na rua, mas o dele estava na média e como ele se mostrou bem simpático fechamos com ele mesmo (também não estávamos com saco para ficar de motorista em motorista pela rua pechinchando), lembrando que não tem ônibus que leva até lá então a opção é tuk-tuk ou alugar uma scooter ou bicicleta.

A entrada do hostel fica na verdade num bequinho na rotatória e só conseguímos achar porque o Phey nos indicou. Fomos recebidos pelos dois guris da portaria (pelo menos só vimos os dois durante toda nossa estadia), ambos muito solícitos e educados, sempre que entrávamos ou saíamos do hostel eles adotavam uma posição de "sentido" e um sorrisão e nos davam bom dia, boa noite e perguntavam se estava tudo bem (até meio sinistro isso pra falar a verdade). O quarto, apesar de não ter janela, tinha ar condicionado e 4 camas enormes e bastante confortáveis. Largamos nossas coisas e empolgados de estar num novo país, já saímos para explorar a noite de Siem Reap.

Enquanto esperava a Juju na portaria, perguntei para um dos guris da portaria (já que como mencionado a cidade é bem suja, mal iluminada e aparenta ser bem pobre) se era seguro andar ali de noite. Ele ficou com uma cara de interrogação e me perguntou: "como assim seguro?". Expliquei então: segura no sentido de te assaltarem, um cara vir com uma arma e roubar teu celular. Ele então fez uma cara de espanto que eu nunca vou esquecer, do tipo: "como assim? Existe isso da onde tu vem?" Na hora bate uma depressão (e reflexão). Como um país que aparenta ser muito mais pobre que o Brasil não existe assalto? Para nós brasileiros essa já é uma questão tão naturalizada que achamos que é normal tu correr o risco de ser assaltado se andar por ruas escuras de zonas mais pobres. Nessas horas que tu vê que violência não tem a ver exclusivamente com pobreza, tem muito mais a ver com desigualdade social, com cultura, com as construções sociais de determinada região. Pois bem, mudei de assunto então para não acabar dando ideia para eles hehehe.

Seguímos então pela rua principal ali da região, a Sivutha Boulevard e, de cara já nos deparamos com uma das principais características de Siem Reap: o assédio incessante a turistas pelos locais. Eles começam oferecendo Tuk-Tuk (sério, tu sai na rua e ouve uns 40 gritando: Tuk Tuk!), depois oferecem comida, roupas, até que, por fim, oferecem prostitutas e drogas (até meta-anfetamina me ofereceram). É tipo, tu anda uma quadra e tem que falar umas 40 vezes "no thank you". No começo é insuportável, mas depois tu acostuma e nem percebe mais, até porque eles te oferecem as coisas e tu fala "não" eles já partem para outro, não ficam colados em ti, então é bem tranquilo.

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Primeiras impressões da noite em Siem Reap

Outra característica da cidade é que não tem 7elevens, o que nos deixou um pouco tristes, mas tem outros similares como o Family Mart ou Circle K, que quebravam o galho. Mas nem por isso Sieam Reap deixa de ser uma cidade pacata, bem estilo interiorano bastante agradável para passear. Pegamos umas cervejas (muito boas) no Family Mart e seguimos.
 
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Primeira cerveja no Camboja: 0,50 de dólar!!

O engraçado é que no Camboja, apesar de não ser a moeda oficial, o dólar é amplamente aceito, só que o troco é normalmente em Riel (a moeda oficial). 1 dólar equivale a 4.000 riels e às vezes para dar 0,25 dólares de troco nos davam 1.000 riels em nota de 100, ficávamos cheios da grana!

Seguimos então pela rua procurar um lugar para comer. No caminho o tempo todo cartazes e decorações representando o Angkor Wat, obviamente a principal atração da cidade (e do país) e o motivo dela ser tão turística.

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Todas as decorações na rua fazem menção ao Angkor Wat

Paramos então num trailer com comida chinesa/tailandesa para comer e, apesar de ainda não se tratar da culinária Khmer (que depois descobriríamos ser maravilhosa), comemos um yellow chicken noodles (massa amarela com frango) e um yakissoba muito bons, acompanhado de uma cerveja Cambodian. E o melhor, 1 dólar cada prato e 50 centavos de dólar a cerveja! O Camboja com certeza foi o país onde comemos a melhor comida durante nossa incursão pela Ásia. A cerveja também, principalmente o Chope, foram um dos melhores que tomamos também e com certeza o mais barato.

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Apreciando a comida deliciosa do Camboja

Ficamos ali por um tempo depois de comer tomando uns chopes e curtindo o movimento até que perguntei pro mocinho que servia as mesas se tinha banheiro por ali. Ele prontamente disse que sim e me acompanhou para trás do trailer. Fomos caminhando num terreno baldio escuro cheio de mato até que chegamos atrás de um arbusto, ele riu e disse: "aqui é o banheiro, cambodian bathroom". Então tá né, ainda bem que não era o número 2 hehehehe.

Depois de mais uns chopes voltamos pro hostel. Como já mencionado, quando entravamos na porta, surgiam do nada os dois guris da recepção para nos dar boa noite e perguntar se estava tudo bem (bem sinistro).

Antes de dormir ainda conhecemos nossos companheiros de quarto, dois adolescentes: uma chinesa que estava meio que morando ali que era bem simpática e conversou um pouco com a gente e um outro guri que só ficava na dele e não dava nem oi. Ambos passavam o dia inteiro dentro do quarto (vai entender...).

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Contando a grana que sobrou do dia (ficamos ricos!)

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