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Peru e Bolívia - Entrando via Acre e voltando por Corumbá (04/12/2010 a 23/12/2010) pouco $$$


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Olá pessoal! Vou passar o relato da minha viagem do final deste ano.

A viagem começou assim: em outubro fiquei sabendo que ia conseguir tirar 1 mês de férias no fim do ano. Como tinha pouco dinheiro, o destino da viagem dependia dos preços das passagens de avião. Fiz uma pesquisa em quase todos os destinos da américa latina procurando a passagem mais barata, até que encontrei um voo pela TRIP por 219 reais para Rio Branco. Aí decidi que já estava na hora de conhecer Machu Picchu...

 

 

Comprei a passagem para o dia 04/12 de Curitiba para Rio Branco. Para economizar, utilizei o CouchSurfing para hospedagem em alguns lugares. Consegui hospedagem em Rio Branco na casa de um italiano que estava vivendo lá, chamado Marco, que me recebeu muito bem (aliás, fui bem recebido por todo pessoal do Acre. Agradeço a todos do CouchSurfing de lá e à Thalita daqui do forum, que me ajudou muito também!). Em Cusco também consegui hospedagem, e a pessoa que me hospedou também tinha uma agência. Me ofereceu o pacote pela trilha Salkantay (5 dias) por 190 dólares. Fiz a reserva informalmente para dia 08/12.

 

Para ir de Rio Branco a Cusco havia dois meios: por ônibus (todos os dias, exceto segunda, via Movil Tours) por aprox. 100 reais ou por avião (segunda e sexta, via starperu, por cerca de 150 dólares). Tentei comprar a passagem antecipadamente na starperu pela internet, mas nao consegui porque o site pedia uma autenticação especial do cartão de crédito que, pelo que pesquisei, no Brasil somente cartões emitidos pelo Bradesco possuem essa segurança.

 

Bom, vamos começar:

 

04/12 (sábado) - Saí de Curitiba às 5h da manhã e cheguei em Rio Branco 11h (horário local). Liguei para o Marco (do couchsurfing) e marcamos de nos encontrar para almoçar com o pessoal do CouchSurfing de Rio Branco. Comemos numa churrascaria bacana (comi carne de jacaré pela primeira vez... heheh) que custou 33 reais com o refrigerante.

De tarde, liguei para uma agência que vendia passagens da starperu para Cusco (indicação da Thalita) mas infelizmente não trabalhavam no sábado. Assim, não tinha outra escolha. Teria que ir de ônibus mesmo no domingo (uma pena, queria ter tirado mais tempo para conhecer Rio Branco. Mas prometi pro pessoal de lá que volto um dia para conhecer a cidade!). Corremos para a rodoviária. Comprei a passagem de Rio Branco para Puerto Maldonado por 70 reais. Eles vendiam de Puerto Maldonado a Cusco também por 40 reais, mas o sistema estava fora do ar e não seria possível. Teria que chegar em Puerto Maldonado e comprar na hora mesmo (fiquei com medo de chegar lá e não conseguir passagem, mas não tinha outra opção). O resto do dia aproveitei para conhecer um pouco de Rio Branco e provar o verdadeiro açaí :).

 

05/12 - Peguei o ônibus para Puerto Maldonado às 10h da manhã (descobri que o ônibus sempre sai vazio... saimos somente eu e mais 5 pessoas). O ônibus pára para almoçar em Brasileia (R$20), fazemos a saída do Brasil em Assis (atualizando uma informação antiga de outro fórum, agora Assis é uma fronteira oficial e possui aduana) e logo adiante a entrada no Peru. Troquei alguns reais (se estiver levando reais, recomendo trocar tudo aqui, que possui uma cotação boa. Mais pra frente o valor do real é ridículo) e alguns dólares (depois descobri que dólar não vale a pena trocar aqui. Em qualquer outra cidade se consegue cotação melhor).

A viagem inteira foi tranquila, trecho 100% asfaltado e tempo bom. Cheguei em Puerto Maldonado às 17:30, atravessei o rio em um barco (custa 1 sol, mas o rapaz não tinha troco para 10 soles e deixou de graça). No outro lado, perguntei para um motoqueiro quanto custava para ele me levar até o centro onde eu pudesse comprar passagem para Cusco (cuidado, não vá até a rodoviária porque lá não vende!). Ele disse que não trabalhava como moto-taxi, mas que me levava lá de graça. Já comecei com uma boa impressão do povo do Peru. Ele me deixou na frente da loja da Movil Tours. Dei para ele 10 soles em consideração. Ele achou muito e me devolveu 4 soles. Comprei a passagem para Cusco para às 19h por 40 soles (mais barato que os 40 reais que pedem no Brasil) e peguei um moto-taxi para a rodoviária. Custou 8 soles.

Na rodoviária, tem que pagar mais 1 sol pela taxa de embarque.

O ônibus saiu no horário (este ônibus um pouco pior e lotado). Dormi assistindo um filme do Jet Li e acordei em Cusco.

 

06/12 - Cheguei em Cusco às 5h da manhã. Como não sabia direito o endereço onde ia me hospedar, peguei um táxi para a Plaza de Armas. Custou 3 soles. Paguei com 50, o taxista me deu o troco com um monte de moedas. Contei meio por cima e parecia correto. Depois descobri que o taxista ficou com 4 soles além do combinado. Faz parte...

Na praça das armas já comecei a ser assediado por um monte de donos de hostel e de agências de viagem. Eu já ia me hospedar pelo CS, mas como estava muito cedo resolvi dar uma olhada em um hostel que havia ali perto. O dono (Jimmy) disse que, como eu também era um "hermano latino", ele me faria um quarto privado por 15 soles (desde que eu não contasse pra nenhum europeu que estava pagando isso). Ele também possuía uma agência de turismo. Disse que conseguia para mim, para o dia 8, a trilha inca por 280 dólares. Aparentemente, os negócios andavam fracos este ano, e era possível fazer qualquer passeio mesmo sem reserva.

Tomei um café com direito a pão, suco, chá de coca, café, marmelada e ovo por 8 soles, então liguei para o Ronnie (o rapaz do couchsurfing) e peguei o endereço correto. Fui caminhando mesmo (morava perto da praça das armas, mas em uma região não tão turística), deixei minhas coisas na casa dele e saí para conhecer a cidade. Tentei sacar dinheiro nos caixas automáticos mas não consegui (não sei por quê, mas o cartão da merda do Banco Real não estava funcionando nos caixas ATM). Por isso, precisei almoçar em um restaurante que aceitasse cartão de crédito. Não custou caro, mas era caro para os preços na cidade (33 soles, carne de lhama + q cerveja).

De tarde passeei mais pela cidade. Tentei dar um tempo descansando na praça das armas, mas é impossível. O pessoal não pára de vir vender coisa (uma hora chega a encher o saco). Fui dormir cedo.

 

07/12 - Tirei mais este dia para passear em Cusco. Tentei em vão mais uma vez tirar dinheiro nos caixas ATM e não consegui. Fui direto no banco e consegui tirar 400 soles no caixa, pagando 5% de comissão. Fui ao museu Inca (entrada 10 soles), fui ver a famosa pedra nos 12 ângulos (decepcionante pela propaganda que fazem), fui até o mercado municipal (bem interessante. Muitas coisas baratas para comprar) e almocei em um restaurante frequentado por peruanos, e não por turistas (frango + fritas + salada + 2 litros de suco por apenas 12 soles).

Comprei as últimas coisas que precisava para a trilha Salkantay (comida, água e um suporte para levar a garrafa pendurada no pescoço), fui para casa arrumar as malas e dormi cedo. Escolhi bem as roupas para levar, pois a bagagem principal não podia passar 5kg (se passasse não poderia levar nas mulas, mas sim nas costas).

 

08/12 - Peguei a Van às 4h da manhã para ir ao início da trilha. Minha mochila principal foi carregada pelas mulas, e levei nas costas somente água, comida, repelente, capa de chuva e protetor solar. Levei também luvas e um gorro, mas não foi necessário no primeiro dia.

O grupo era composto por 11 pessoas, além do guia, do cozinheiro e do muleiro. Eu era o único brasileiro.

O primeiro dia da trilha Salkantay é cansativo, mas não difícil. É uma caminhada constante por uma estrada onde se é possível percorrer com carro. Fez calor e não choveu. A vista é muito bonita, com direito a neve nos picos das montanhas. Dormi bem na primeira noite. Não senti frio, mas precisei dormir com a segunda pele e uma blusa de lã, porque meu saco de dormir é de 10°C.

 

09/12 - Este foi o pior dia na minha opinião. Chegamos logo pela manhã no ponto mais alto da trilha (4600 metros de altitude). O caminho já não é mais por uma estrada, mas sim por uma trilha mesmo. Por azar, pegamos uma tempestade neste dia. Mesmo com a capa de chuva, minhas roupas e minha bota ficaram encharcadas. Quase morri de frio.

Chegamos ao acampamento às 18h (a chuva já havia terminado e não fazia mais frio). Apesar de estar com as roupas molhadas, dormi bem, porque estava muito cansado.

 

10/12 - O terceiro dia começou com sol e uma temperatura agradável, a uma altitude bem mais baixa (em consequência, começaram a aparecer também os mosquitos). Neste dia a vegetação muda para uma floresta tropical. Na opinião do pessoal da Europa, foi o dia mais bonito. Eu também achei bonito, embora o Brasil possua florestas tropicais muito mais bonitas.

Caminhamos a manhã inteira, depois pegamos uma van até o local onde seria o acampamento. Deixamos nossas coisas, colocamos roupas de banho e fomos para Aguas Termales (entrada: 10 soles). Dizem que as águas termales eram muito bonitas antes do deslize de terra que ocorreu ano passado. Hoje não tem mais tanta beleza, mas um banho depois de 3 dias de caminhada foi ótimo. Às 19h voltamos, jantamos e fomos dormir.

 

11/12 - Último dia antes de Machu Picchu. Pegamos uma van, fomos até a entrada do parque e seguimos cerca de 3 horas de caminhada ao lado do trilho de trem. Nesta etapa já não havia mais mula, e tivemos que carregar todas as mochilas. Almoçamos no caminho e chegamos em Aguas Calientes às 14h. Tivemos a tarde para conhecer a cidade (o que é mais do que suficiente) e dormimos a noite em um hostel.

 

12/12 - Acordamos às 3:30h para ir cedo a Machu Picchu, antes da fila. Quando chegamos à ponte, ela ainda não estava aberta, e havia poucas pessoas esperando. A ponte abriu às 4:30h e seguimos a longa caminhada até a entrada do parque. Ficamos entre os primeiros da fila.

O parque, se não me engano, abre às 6h. Na entrada, não esqueçam de pedir o carimbo para subir à Waynapicchu às 10h (é de graça e vale muito a pena! É possível subir às 7h ou às 10h. Se subir às 10h, pode ficar lá o tempo que quiser, e a vista é bem melhor).

Enquanto esperávamos na fila, tomamos chuva, mas passou rapidamente. Dentro do parque, o guia nos acompanhou por 1h, mostrando os principais pontos. Depois, ficamos livres para explorar a vontade. Realmente Machu Picchu é demais.

Às 10h fui para a entrada de Waynapicchu. Já havia uma fila pequena (recomendo irem no horário ou um pouco antes, porque mesmo com o carimbo de acesso, o limite de pessoas por dia à montanha é de 400 pessoas. Se Machu Picchu foi surpreendente, Wayna é ainda mais. É uma subida difícil, mas vale muito a pena.

Fiquei em Machu Picchu até às 14h e fui embora. Pensei em comer lá, mas realmente os preços lá são absurdos. Para voltar, peguei um ônibus (7 dólares... caro, mas eu já não aguentava andar mais).

A noite pegamos o trem de volta (incluso no preço do pacote). Chegamos em Cusco por volta da meia noite.

 

13/12 - Acordei por volta das 8h, tomei um café continental (5 soles) e depois fui caminhando até a rodoviária para comprar a passagem para Copacabana (tive que pular Puno por falta de tempo). A passagem pela Peru Tours custava 60 soles em um ônibus semi-leito para as 22h. Negociei e consegui por 50 soles.

Voltei para a região da Praça de Armas e deixei minhas roupas em uma lavanderia (2,50 soles o quilo). Almocei frango (12 soles com suco) e aguardei na cidade até a hora de ir embora.

Peguei o mesmo ônibus de um casal de tchecos que haviam feito a trilha Salkantay comigo.

 

14/12 - Acordei às 6h quando o ônibus chegava em Puno. Aqui, desci para esperar o próximo ônibus até Copacabana, que saía às 7h. O ônibus atrasou e saiu às 8h. A entrada na Bolívia foi bem tranquila. O pessoal da alfândega era bem bacana, e não tive nenhum problema de pedido de suborno como alguns já relataram aqui. O ônibus parou em um banco para trocarmos dinheiro antes de chegar em Copacabana.

Cheguei em Copacabana às 11h (tem que pagar 1 boliviano para entrar na cidade) e já comprei a passagem para a Isla del Sol para às 13:30h (custou 15 bolivianos ida e volta). Almocei um menu executivo por 20 bolivianos e corri para pegar o barco. O trajeto demora 1:30h. Para entrar na Isla del Sol tem que pagar mais 5 bolivianos.

A visão do Lago Titicaca é muito bonita da ilha, mas não vi muita graça em passar uma noite lá. A ilha possui algumas ruínas, mas eu estava vindo de Machu Picchu, então...

Ás 4:30h peguei o barco de volta a Copacabana e jantei peixe em um hotel de frente pro lago (30 bolivianos). Passei a noite em um hostal bem bacana (o preço do quarto era 60 bolivianos sem café da manhã. Consegui negociar por 45 bol com café).

 

15/12 - Acordei cedo e fui procurar um ônibus para La Paz. Existe o turístico que sai 13h e custa 30 bolivianos e os transportes em vans que saem quase toda hora. Peguei uma van que saía às 10h (15 bolivianos). No caminho, tem que descer da van e atravessar o rio de barco (1 boliviano). Pega-se a mesma van no outro lado e continua o caminho até La Paz. Cheguei em La Paz às 13h, peguei um táxi até a Plaza Murilo (15 bolivianos) e fui procurar um hostel. Acabei me hospedando no Loki Hostel (45 bolivianos por dia, dividindo um quarto com 8 pessoas). Não é a hospedagem mais barata da cidade, mas o lugar é bem bacana.

Aproveitei o restante do dia para conhecer a cidade e procurar uma agência de turismo. Comprei a descida da Estrada da Morte para o dia seguinte, por 390 bolivianos, e um passeio para Chalcaltaya e Vale de la Luna por 50 bolivianos para o dia 17. Não lembro o nome da agência, mas era uma das várias que tem perto da Igreja São Francisco.

Almocei pela rua mesmo (x-salada por 1 boliviano, salteñas por 2 bol, etc) e jantei no hostel (carne com batata frita, 25 bol). Fui dormir cedo.

 

16/12 - Acordei cedo para ir fazer a estrada da morte. Tomei café no hostel e fui para frente da agência, onde nos encontraríamos para pegar a van e as bicicletas. Cheguei lá às 6h e a mulher da agência veio me encontrar e me levar para tomar café (não sabia que estava incluído no pacote... enfim, tomei café de novo heheh). Conheci o restante do pessoal que ia fazer parte do grupo (4 australianos e um casal dinamarquês). Tomamos café, pegamos a van que levava até o topo e iniciamos a descida. A bicicleta não era das melhores, mas discordo dos que dizem que, se a bicicleta não for excelente, você corre risco de vida. Realmente é possível se matar na estrada da morte se abusar, mas se mantiver seu ritmo não tem perigo.

O passeio vale muito a pena. No final da descida, tivemos direito a tomar banho na piscina de um hotel e almoçar. Voltamos para La Paz na mesma van, pegamos o DVD do passeio na agência e tivemos a tarde livre. Jantei pela rua mesmo, dei mais uma passeada pela cidade e fui dormir.

 

17/12 - Acordei às 7h, tomei café e fui para a frente do hostel esperar a van que deveria me buscar às 8h para ir a Chalcaltaya e ao Vale de la Luna. A van chegou às 9h. O caminho até Chalcantaya leva em torno de 2h, e conta com vistas impressionantes da cidade de La Paz e das montanhas. Para quem não sabe, Chalcaltaya é a estação de esqui mais alta do mundo (infelizmente em dezembro não tem neve). A altitude é de quase 6 mil metros. Eu não tinha sentido os problemas da altitude até então, mas em Chalcantaya realmente é complicado. a Van nos deixa na base de um morro, e temos 2h para subi-lo. A subida em si não seria muito difícil, se não fosse o ar bastante rarefeito. Mas a vista lá de cima é impressionante. Definitivamente é um passeio que vale a pena (ainda mais pelo preço). Ah, além do valor da van (50 bol) tem que pagar 15 bol para entrar em Chalcaltaya.

Depois de Chalcantaya, fomos para o Vale de la Luna. A entrada para o vale também é 15 bol. O vale em si não é nada excepcional, mas como faz parte do passeio vale a pena pagar a entrada (é muito barato).

Voltamos para La Paz às 16h, almocei uma macarronada (17 bol) e voltei para o hostel. De noite saí para jantar com o pessoal que conheci no passeio.

 

18/12 - Como o meu tempo estava curto, era hora de deixar La Paz (uma pena, porque a cidade tem muito mais a oferecer). Fiz o checkout no hostel, fui até a rodoviária e comprei passagem para Potosi às 20h (80 bol o ônibus semi-leito). Aproveitei o restante do dia para passear por La Paz e comprar alguns artesanatos. Almocei em um hotel (restaurante chique, daqueles que na mesa tem três garfos, três facas, três culheres, etc) por apenas 25 bolivianos. Me senti como um milionário em Paris heheh.

A noite fui para a rodoviária. Não me lembro o nome da compania que peguei, mas era um ônibus bom (apesar de não ter banheiro). Foi o último ônibus confortável que peguei nesta viagem.

 

19/12 - Cheguei em Potosi às 5h da manhã, peguei um táxi até o centro (15 bol, mas consegui negociar por 10) e fui procurar uma agência de turismo e um hostel para ficar. Encontrei uma agência aberta perto da praça principal e fechei o passeio às minas por 60 bol. Também peguei um hostal por indicação do rapaz da agência por 30 bol por noite. Deixei minhas coisas no hostal, tomei café (10 bol) e fui para a agência esperar a van para o passeio às minas. Saímos às 9h, com direito a comprar dinamite no caminho (a banana de dinamite custa 15 bol e é vendida sem restrição em Potosi. Comprei uma). O passeio às minas é muito interessante. Eu tive azar de ir junto com uma família de argentinos (pai, mãe, filho, filha e um caçula de 8 anos), e definitivamente este não é um passeio para família. No meio as mulheres começaram a reclamar que estavam com falta de ar, o caçula deixou entrar sujeira no olho, e por isso não pudemos descer muito. Mas já foi suficiente para ver como é duro o trabalho dos mineiros. Imagino que um passeio deste tipo seria proibido no Brasil.

Depois disso, explodimos nossas dinamites.

Na volta, almocei no restaurante mais conceituado da cidade. Pedi um prato que incluía um pedaço realmente considerável de carne (devia ser um prato para duas pessoas), arroz, batata frita e salada. Custava 35 bol. Tirei o resto do dia para passear pela cidade, me lamentando pelo fato de estar a poucos quilômetros do Salar de Uyuni e não poder visitá-lo (tudo bem, fica pra próxima).

 

20/12 - Acordei às 8h, tomei café e fui para a rodoviária comprar uma passagem para Sucre. Peguei o ônibus às 10h (não anotei quanto foi a passagem, mas acho que foi 40 bol). Cheguei a Sucre 13h e já comprei a passagem para Santa Cruz p/ 17h por 80 bol. Aproveitei as poucas horas que me restavam para conhecer a cidade considerada a mais bonita da Bolívia. Se é a mais bonita ou não eu não sei, mas o centro de Sucre é realmente muito bonito. Almocei costela de porco (35 bol).

O ônibus até Santa Cruz era uma merda.

 

21/12 - Cheguei em Santa Cruz às 9h, depois de uma longa viagem. O calor em Santa Cruz era infernal. Dei uma olhada na passagem do trem, mas acabei comprando o trecho até Puerto Quijarro de ônibus mesmo, pelo preço (acabei me arrependendo depois). O preço da passagem em um ônibus leito era 120 bol, pela compania Trans Pantanal. Comprei leito p/18h, na hora do embarque disseram que só tinha semi-leito e me devolveram 30 bol. No fim das contas acabei indo em um ônibus de merda que nem semi-leito era. Faz parte...

Bom, pelo menos pude deixar minha mochila na compania, tomei um banho na rodoviária mesmo (3 bol) e fui conhecer Santa Cruz. Peguei um coletivo até o centro (2 bol), almocei arroz com frango em uma lanchonete parecida com a nossa Giraffas por 18 bol (com direito ao refrigerante). Passeei pelo centro e tomei muito sorvete, de todos os tipos (só assim pra sobreviver ao calor). Voltei para o terminal às 16h, jantei uma hamburguesa (15 bol com suco) e peguei o ônibus.

 

22/12 - Cheguei de manhã em Puerto Quijarro, peguei um táxi até a fronteira por 20 bol (caro, porque a fronteira não é longe), deixei o país (neste ponto a polícia de migração não era tão simpática, e me encheram o saco porque havia um pequeno rasgo em uma página do meu passaporte... mas não chegaram a pedir $$$). De volta ao Brasil, peguei um onibus lotado até o centro de Corumbá, e já peguei outro para a rodoviária. Comprei passagem para Campo Grande (70 reais... foi-se o tempo das passagens baratas) para as 10h.

Cheguei em Campo Grande às 18h e consegui comprar a última passagem para Curitiba para meia-noite por 160 reais (achei até barato, considerando a distância). Almocei/jantei na rodoviária mesmo.

 

23/12 - Cheguei em Curitiba às 18h... e acabou minha viagem!

 

 

Espero que este roteiro seja útil para quem esteja querendo viajar! Quem tiver dúvidas, terei o maior prazer em responder!

Depois posto umas fotos da viagem aqui.

 

Não cheguei a calcular quanto gastei no total, mas os principais gastos estão descritos aí. Mas não passou muito de 1000 reais, incluindo o passeio para Machu Picchu!

 

Abraços!

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Parabéns, ótimo relato! Conheci a Bolívia ano passado e esse ano quero conhecer o Peru. Quanto ao CouchSurfing, sua experiência foi realmente boa? Pagou algo (ajuda nas despesas de luz e água por exemplo) ? Quanto ao cara que te hospedou em Cusco, você fechou a trilha Salkantay na agência dele? Ele pediu 190 dolares, quanto as outras estavam pedindo? Desculpa por tantas perguntas. Abraço!

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Fala Renan!!

 

Estava ansiosa pelo relato!! srsr

 

Parabéns pela trip e pelas aventuras! Mesmo com o perrengues, imprevistos e claro, sorte a trip entra para aquelas coisas inesquecíveis que contaremos aos netos, não é??!! srs

 

Concordo com a Maria Emília, cadê as fotos???

 

Bjs e inté!!

P.S: Tá nos devendo uma visita, e assim q puder eu vou em Curitiba. Com meu mochilão cultivei boas amizades no Brasil à fora, e ajudando a galera aki do site tenho tido boas experiências tbm!

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  • 3 semanas depois...
  • Membros

Olá pessoal!

Desculpem a demora para postar a foto! Tive que ir viajar para o Maranhão (desta vez a trabalho... heheh), aí acabei ficando lá mais tempo do que o previsto e depois acabei esquecendo ::mmm:

 

Aí vai:

 

Esta foto é em Puerto Maldonado, do rio que tem para cruzar:

20110215211819.JPG

 

Esta é a rodoviária de Puerto Maldonado:

20110215212136.JPG

 

 

Esta é logo que cheguei em Cuzco (fazia frio...):

20110215212334.JPG

 

 

Meu primeiro café da manhã no Peru:

20110215212501.JPG

 

 

Mais fotos de Cuzco:

20110215212629.JPG

20110215212756.JPG

20110215212902.JPG

20110215213008.JPG

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