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Relato: 9 dias na Bolívia - La Paz e Copacabana <3


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Eu e minha irmã Manu fizemos essa viagem pra Bolívia do dia 27 de dezembro de 2016 ao dia 05 de janeiro de 2017. Foi uma experiência liiiinda e emocionante e eu já tô morrendo de saudades!

 

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Vou tentar relatar um pouco do que vivemos lá e dar algumas dicas de lugares e coisas pra fazer. Vou tentar relatar também alguns semi perrengues que vivemos que teríamos conseguido evitar com um pouco mais de informação. Mas o mais importante: SE VOCÊ TÁ PENSANDO EM IR PRA BOLÍVIA, FAÇA ISSO! Vale muito a pena! ::love::

 

Começamos com os preparativos como a vacina pra Febre Amarela que foi bem tranquila de tomar, a Manu tomou em Criciúma - SC onde ela mora e eu tomei em Sorocaba - SP, e no mesmo local conseguimos pegar o Certificado Internacional de Vacina, o CIV (mas eles geralmente emitem o certificado em um dia específico da semana, é só se informar no posto onde você fizer a vacina).

Aqui tem a lista dos postos onde rolam a vacina no Brasil: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/viajante/centros.pdf

 

Reservamos os hostels pela internet pois ficamos com medo de ficar sem vaga! Valeu a pena ter feito a pesquisa porque no fim escolhemos lugares bacanas, mas numa próxima eu não faria a reserva antecipado, sempre sai mais barato deixar pra reservar pessoalmente.

 

Levamos o dinheiro em dólar e trocamos lá por bolivianos, foi bem tranquilo e acho que no fim compensou levar em dólar. No final da viagem a gente tava quase sem dinheiro e tínhamos 40 reais na carteira que trocamos por bolivianos e essa grana acabou ajudando bem! rs

 

Nosso itinerário foi: uma noite em La Paz, duas noites em Copacabana e mais 6 noites em La Paz novamente. A gente tava meio sem grana então resolvemos ficar mais dias em La Paz ao invés de tentar visitar várias cidades correndo. Também foi uma escolha pessoal porque sempre que viajo prefiro tentar ficar alguns dias na mesma cidade e conhecer bem o lugar. O que eu mudaria nesse itinerário hoje seria incluir uma noite a mais em Copacabana, pra mim e a pra Manu a experiência lá foi incrível e a gente certamente ficaria mais uma noite!

 

Viajamos com a BOA, a Boliviana de Aviación, que é uma estatal boliviana. A nossa experiência com a boa foi bem tranquila. Apenas na volta tivemos um atraso de umas duas horas e meia em Santa Cruz de la Sierra porque tiveram que trocar de aeronave e a falta de comunicação e informação por parte da empresa deixou tudo um tanto confuso e muito cansativo (mas descobrimos que isso é uma coisa comum na Bolívia, não é um demérito só da BOA). Fora esse episódio na volta, correu tudo bem e não tivemos outros atrasos. Os aviões eram confortáveis e normais e o serviço de bordo era atencioso. A comida servida era bacana também. Recomendo a empresa, o custo benefício foi bom!

 

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CHEGANDO EM LA PAZ

Em nenhum momento pediram a CIV e tivemos que preencher uns papeis pra entrar e sair do país, mas foi bem tranquilo. Já na viagem conhecemos um paulistano muito bacana chamado Sérgio (salve Sérgio!) e depois dois brasilienses também muito legais na alfândega, o Erick e o Alfredo (salve galera!). Sentimos uma leve tontura ao desembarcar do avião, mas não foi nada tão assustador e felizmente o soroche não nos fez tão mal. A gente sentia um pouco mais de dificuldade pra dormir, acordávamos algumas vezes durante a noite nas primeiras noites e sentíamos muito cansaço e coração acelerado pras subidas e esforços maiores (isso a Manu sentiu mais que eu, mas não foi nada demais tbm).

Chegando em La Paz o Erick e o Alfredo não tinham hostel reservado ainda e foram pro mesmo hostel que a gente, rachamos um taxi e ficou 30bs por pessoa (depois descobrimos que isso era um pouco caro, mas eles cobravam por pessoa de qqr forma).

 

Fomos ao BUNKIE HOSTEL, que fica na Avenida Montes, na região central. Super recomendo o Bunkie Hostel, fica bem próximo do Terminal de Ônibus de La Paz (5 minutos apé), do Mercado Lanza e da Calle de las Brujas e também bem perto de vários restaurantes e casas de câmbio. Além disso o hostel é muito aconchegante e bem seguro! Olhando de fora parece bem velho e esquisito, mas por dentro é limpo e quentinho, a água do chuveiro esquenta e as camas são realmente MUITO confortáveis e tem os melhores edredons que eu já usei (sem exagero rs). Como a gente já tinha reservado antes, eu e minha irmã pagamos 70bs por pessoa a diária em um quarto compartilhado feminino com direito à café da manhã. O Erick e o Alfredo que reservaram na hora conseguiram um quarto apenas pros dois pelos mesmos 70bs por pessoa (o quarto deles era pequeno mas eles falaram que compensa).

 

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TRAJETO PRA COPACABANA

No dia seguinte fomos pra Copacabana a partir do Terminal de Buses que é ali pertinho e descobrimos que há vários horários de ônibus e várias empresas que fazem o trajeto. Chegamos meio perto da hora e não conseguimos ônibus pras 14h, então tivemos que ir as 16h30 por uma empresa que não lembro o nome mas é o GUICHÊ 14 e NÃO recomendo. Foi 35bs por pessoa e a viagem dura cerca de 4 a 5hs contando com o trajeto da balsa. A empresa era meio confusa e não informava nada direito, a viagem até que foi ok mas dava pra ter sido mais tranquila(rs).

Descobrimos na hora de embarcar que era tipo um microônibus pra 30 pessoas e que as malas tinham que ir amarradas em cima do ônibus (tava chovendo haha), eles colocavam uma lona por cima depois mas a gente entrou com a mala mesmo no busão.

 

Eu e a Manu ficamos apuradíssimas pra fazer xixi durante todo o trajeto, acho que a gente tava tomando muita água porque o clima lá é MUITO seco e deu ruim (rs). Durante um engarrafamento saindo de El Alto alguns caras desceram pra fazer xixi na beira da estrada mas dps eles tinham que correr pra alcançar o ônibus e a gente ficou com um pouco de medo de arriscar haha ficamos na esperança de chegar logo a hora da balsa pra gente poder fazer xixi mas demorou mais de 3 horas e foi meio sofrido.

 

Quando paramos pra pegar a balsa o motorista só mandou todo mundo descer e não avisou nada. Já era noite e corremos pra fazer xixi, os baños públicos estavam fechados e fizemos xixi em baixo de uma escada junto com outras pessoas desesperadas hahahaha quando fomos pegar a balsa descobrimos que a balsa em que estavam as pessoas do nosso ônibus tinha acabado de partir, tivemos que esperar a próxima balsa (que demorou uns 10 minutos pra sair) e nesse meio tempo vimos a balsa com o nosso ônibus começando a fazer a travessia. Ficamos desesperadas achando que o ônibus chegaria lá antes da gente e fosse partir sem nós e com a nossa mala, só mais tarde descobrimos que isso não acontece pq a balsa do ônibus é BEM mais lenta e demora pra chegar do outro lado, mesmo que você parta depois dele.

 

Informação importante: (só descobrimos depois né hahaha) mas é melhor esperar pra usar o banheiro e comprar comida se precisar do outro lado, depois que fizer a travessia com a balsa, lá você vai ter um tempinho pra esperar o ônibus de qualquer forma e aí não tem erro.

 

Eu já tinha lido que o ônibus vai em uma balsa e as pessoas vão em outra, mas eu imaginava que era algo mais organizado e que todo mundo que tava num mesmo ônibus ia junto. Acho que vale ressaltar aqui que é assim desorganizado mesmo: rola uma fila pra pegar a balsa e mistura a galera de vários ônibus e quando vc chega do outro lado vc tem que esperar um tempo até o seu ônibus chegar e é só ficar meio ligado pra não perder ele. Se eu soubesse disso antes não tinha sofrido em vão haha e o fato de já ser noite deixou tudo mais assustador também. No fim demoramos um pouco mas encontramos a galera do nosso ônibus do outro lado e logo embarcamos no ônibus de novo.

 

Chegando em Copacabana estávamos famintas depois de muitas horas sem comer e decidimos pegar um taxi até o hostel pra ser mais rápido, rachamos o taxi com um amigo iraniano que fizemos no ônibus, o Fred, e a corrida ficou por 10bs. Passamos o nome da rua e o nome do hostel pro taxista e ele nos levou pro lugar errado. Chegando lá era uma estradinha de terra e ela não podia entrar com o carro e falou pra irmos apé que o hostel ficava logo em frente, achamos um pouco estranho mas descemos e logo vimos que era o hostel errado! Ele tinha nos levado pra um hotel chique e mais reservado chamado “A Cúpula” que a gente jamais teria condições de pagar hahaha mas eles nos deixaram usar o wifi e nos explicaram onde ficava nosso hostel. Fomos a pé arrastando as malas pela estradinha de terra e depois de algumas subidas finalmente achamos nosso hostel. Nessa noite saímos só pra jantar junto com o Fred perto do hostal (a comida costuma demorar bastante nos restaurantes em Copacabana, melhor não esperar ficar faminto pra procurar um lugar rs) e depois tomamos um pouco de vinho.

 

Ficamos hospedadas no Hostal Olas del Titicaca, que fica bem localizado e foi ok. Não é ótimo, mas pagamos 55bs por pessoa a diária em um quarto para mim e minha irmã com banheiro particular e café da manhã. O chuveiro não esquentava e saia só uma gota de água, mas dps descobrimos que em outros quartos até que funcionava melhor. Pela localização e preço vale a pena sim, mas não foi nada demais e se você quisesse chegar depois das 1h tinha que bater na porta até ser ouvido pq não ficava ngm na recepção de madrugada(rs). Mas a estadia foi tranquila.

 

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VISITA À ISLA DEL SOL

No dia seguinte visitamos a maravilhosa Isla del Sol. Os passeios todos são as 8h30 ou as 13h30. Fomos no das 8h30 e como acordamos meio atrasadas compramos o passeio direto no hostal! Pagamos 35bs por pessoa ida e volta (uns amigos que compraram fora do hostal pagaram 30bs por pessoa) e fomos com a empresa Andes Amazonia, a empresa era bacana! O barco era bem confortável e parecia seguro e ngm tinha que ir engolindo fumaça gasolina como eu li em alguns relatos aqui antes (rs).

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Conhecemos dois argentinos muito divertidos no barco, o Ricardo e o Facundo, com quem fizemos parte da trilha. Fomos até a parte norte da ilha, de lá fizemos a trilha até a rocha sagrada (ida e volta dá umas 2h30 de duração) e voltamos as 13h30 pra pegar o barco até a parte a sul da ilha, onde iríamos almoçar. Também tem a opção de ir apé até a parte sul (são 8km de caminhada) mas creio que é meio corrido pra quem tem que estar lá até as 15h30 pra voltar pra Copacabana com o mesmo barco.

 

A trilha até a rocha sagrada é linda linda e o guia vai explicando algumas coisas pelo caminho. Tem umas subidas um pouco íngremes, minha irmã sentiu bastante cansaço nessa caminhada e o nosso guia, o Fermin, descolou uma plantinha nativa de lá pra ela esfregar na mão e inalar que ajudava na respiração, ele era muito legal. No final do passeio os guias pedem uma contribuição de 10bs por pessoa, mas só contribui quem quer. Na volta tivemos que dar uma corrida pq o barco só espera até as 13h40 e foi um pouco desesperador novamente, mas foi um desespero numa vista linda, pelo menos haha então acho que vale ressaltar que você volta exatamente pelo mesmo caminho que percorreu pra chegar até a rocha, até chegar novamente no local da ilha onde os barcos ficam atracados, que é de onde você vai partir.

 

Quando você chegar lá em cima e o guia encerrar as explicações, você já pode começar a voltar se quiser. A gente não sabia disso e ficou meio que esperando o guia e meio que curtindo a vista maravilhosa (rs) e deixou pra voltar junto com o guia, mas se a gente tivesse saído um pouco antes teríamos ganhado uns 20 minutos preciosos pra depois não precisar sair correndo (literalmente hahaha) pra não perder o barco. Nossos amigos brasileiros Amanda e Brunno estavam na mesma que a gente na volta da trilha, a gente ainda não tinha se conhecido naquele momento mas acho que compartilhar aquele breve desespero na ilha maravilhosa foi importante pra estreitar os laços da nossa amizade depois hahaha <3

 

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Você paga 15bs pra entrar na parte norte da ilha e depois mais 10bs pra entrar na parte sul, mas esse passeio vale muito a pena com certeza e numa próxima visita quero dormir pelomenos uma noite na Isla. <3

Na parte sul da ilha almoçamos num lugar bem simples gerido por várias cholas, acho que eram uma família, custava 30bs por pessoa e o prato era arroz, batata, salada e truta fresquinha do lago. Eu não sou uma grande fã de peixe mas esse era especial então eu provei e estava realmente muito gostoso. O resto da comida tava meio gelada e sem gosto pq elas tavam numa super correria atendendo várias pessoas, mas a truta fazia valer a pena. Demos uma descansada lá, compramos uns artesanatos baratinhos de presente pros amigos e logo deu a hora de voltar.

 

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Fui lavar minha mão na fonte que tem lá na parte sul e nesse momento uma cholita também foi lavar a mão e tomou um pouco de água, eu me senti super conectada com ela e com a pachamama (rss) e resolvi tomar um gole da água tbm achando que estava vivendo um momento mágico, mas a água tinha um gosto estranho e quando recuei alguns passos eu vi que era um cano que levava água até a fonte hahahaha no fim não passei mal e foi tudo susse, mas não recomendo que tomem essa água, melhor só lavar a mão.

 

No barco na volta pra Copacabana conhecemos um casal de brasileiros muuuito legais, o Brunno e a Amanda (salveeee galera!), fizemos amizade e combinamos um rolê mais tarde. A noite saímos com o iraniano Fred, o Brunno e a Amanda e graças a eles tbm conhecemos outro casal de brasileiros muito legais, o Ciro e a Fran e fomos todos beber em um bar chamado Puerto Viejo numa ruinha principal de Copacabana que eu super recomendo. Tava rolando música ao vivo nessa noite, um jazz com reggae e foi BEM legal! Rolava 2 litros de chop (gelado, isso é importante!) por 55bs e eu que gosto de tomar vinho pude comprar uma garrafa de vinho num mercadinho em frente (por 20bs) e levei pra tomar no bar sem problemas. O dono desse bar é um chileno bem animado haha e também rola umas comidinhas gostosas por lá. Foi uma noite muito divertida, entoamos um FUERA TEMER juntos e descobrimos que tem muitos cachorros de rua bem cuidados em Copacabana, todos são enormes e muito carinhosos e então fizemos vários amigos caninos na madrugada tbm.

 

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DE VOLTA PRA LA PAZ

No dia seguinte acordamos e compramos a passagem de volta pra La Paz pras 13h30, o ônibus saia pertinho do hostal e a empresa chamava Panamericana (se não me engano), era um ônibus MUITO mais confortável e a empresa muito mais organizada do que a que usamos na ida e custou 40bs por pessoa. Valeu muito a pena.

Aproveitamos a manhã pra passear pelas ruinhas lindas de Copacabana, compramos alguns artesanatos e almoçamos em um lugar gostoso e muito barato chamado Alax Pacha, onde pagamos 20bs por pessoa por um almoço que incluia uma sopa de entrada, spaghetti à bolonhesa de prato principal e panqueca de mamão com chocolate de sobremesa. Depois descobrimos que dava pra ter feito um pedido só e dividido por duas, era muita comida (inclusive na maioria dos restaurantes onde comemos a gente podia ter feito isso, mas só percebemos quase no fim da viagem)!

Embarcamos pra La Paz as 13h30 e tudo correu bem na viagem de volta.

 

 

CONTINUA

Espero ainda essa semana fazer o restante do meu relato! Ainda tem minha irmã passando mal no dia da virada do ano, meu pé torcido no Chacaltaya e muitas emoções! rs =)

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NOITE DE ANO NOVO

 

Chegamos em La Paz no fim de tarde e demos uma descansada pra poder sair mais tarde. A noite combinamos com o Sérgio, que a gente tinha conhecido no primeiro dia, de irmos pro Loki Hostel e fomos pra lá! O legal do Loki é que todo dia da semana tem alguma coisa rolando e você pode entrar mesmo estando hospedado em outros lugares. É claro que é um rolê bem pra turista, mas fiquei feliz de encontrar muitos outros turistas latino americanos lá também, além de alguns bolivianos de outras partes da Bolívia que estavam visitando La Paz.

Lá no Loki conhecemos a Raquel (salve Raquel!), uma brasileira que estava hospedada no Loki e nos encontramos muitas vezes ainda depois, sempre no bar hahaha

 

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Algo que minha irmã comeu não fez bem pra ela e nessa madrugada do dia 30 pro 31 ela passou bastante mal, chegando a vomitar algumas vezes. Então no dia 31 logo cedo eu fui na farmácia e comprei alguns remédios pra ela, incluindo um isotônico que ajudou bastante. Ela passou o dia todo de molho tentando se recuperar pra estar melhor de noite e eu por consequência fiquei o dia todo por perto, dando uma olhada nela. Nesse dia eu não fui muito longe mas andei bastante pelo centro da cidade, tava um feeervo por causa do ano novo! Foi muito bacana poder andar pelos camelôs e pracinhas do centro, junto com os moradores locais. Aproveitei pra conhecer o Mercado Lanza e comprei um vinho baratinho (20bs) pra noite de ano novo (rs).

 

Passei bastante tempo no hostel também esse dia e conheci várias argentinas que estavam viajando juntas, além do Niall, um inglês muito bacana que está mochilando pela América do Sul e veio a ser nosso companheiro em alguns rolês depois. As argentinas estavam apresentando o chimarrão pra uma canadense e pro Niall, então aproveitei pra tomar um chimarrão junto com elas e já combinamos de darmos um rolê todos juntos na noite de ano novo.

 

O Bunkie Hostel fez uma festinha com ceia de ano novo e jantamos por lá antes de irmos pro Loki pra virada! Rolou um prato típico boliviano de ano novo que era frango ou porco assado (podia escolher), batata doce e banana também assadas e uma salada! O rango custava 30bs e de acompanhamento você podia tomar uma cerveja ou um copo de vinho (não preciso falar que eu escolhi o vinho, né rs) e a Manu não queria abusar do organismo dela e tomou uma coca cola pra acompanhar. Os pratos eram GIGANTES e nem conseguimos comer tudo, sem dúvida dava pra ter pedido um prato só e dividido mas como fomos as primeiras a fazer o pedido, a gente não tinha visto nenhum prato pra ter referência de tamanho hahaha

 

Também conhecemos a Ailin, uma argentina que vive no Brasil há alguns anos e a Makenly, uma boliviana que estava passeando em La Paz. As duas estavam no mesmo quarto que a gente no hostel e de cara vimos que tínhamos muita coisa em comum e nos demos super bem. As meninas acabaram comprando vinho também pra tomar naquela noite e como a gente estava sem saca rolhas, usei uma técnica infalível pra abrir que precisa apenas de um rímel pra empurrar a rolha e uma coisa pesada (no caso foi um coturno) pra bater haha deu super certo!

 

Chegando no Loki encontramos as argentinas, o Niall, a Raquel e mais um monte de gente! Tava bem animado e eles estavam fazendo contagem regressiva e comemorando a virada do ano de diferentes países de hora em hora (rs)! Foi lindo ver os fogos à meia-noite se misturando com as luzinhas de La Paz <3 Foi uma noite bem divertida e no fim da festa voltamos pro nosso hostel caminhando junto com a galera que tava hospedada lá também. A rua ainda tava bem movimentada e bem segura (aliás, nos sentimos bastante seguras sempre em La Paz, apesar de ser uma cidade grande).

 

POR LA PAZ

 

No dia seguinte andamos um pouco a pé e visitamos o Mercado de las Brujas e o Mercado Lanza novamente. O Mercado de las Brujas é cheio de coisas legais pra ver e pra comprar! A gente tava bem sem grana e não pudemos comprar muita coisa, mas ainda assim conseguimos comprar algumas lembrancinhas porque tem bastante coisa bem barata mesmo lá. Nessa mesma caminhada visitamos a praça e a Iglesia de San Francisco, tava rolando uma apresentação de teatro de rua e a praça tava bem movimentada e cheia de gente assistindo a peça. Todos esses lugares ficam cerca de uns 15 ou 20 minutos do hostel, então foi um passeio bem tranquilo e gostoso. Perto dali também fica a Plaza Murillo, onde fica a sede do governo boliviano e a Calle Jaen, uma ruinha que preservou a arquitetura colonial e tem muitos museus.

 

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A noite tentamos ir a um bar de música e comida cubana chamado Sabor Cubano, que a Ailin e a Makenly haviam indicado mas nos deparamos com o bar fechado e acabamos dando uma passada no Loki de novo que era a caminho do nosso hostel.

 

Não arriscamos comer muito comida de rua porque a comida lá é bastante gordurosa e frita e como a altitude acaba afetando tudo, o estômago também sente. Alguns achados legais de lugares pra comer foram:

- o Copacabana Pollos, que é uma rede de fast food boliviana. Comemos um combo de refrigerante, batata frita e hamburguer por 20bs cada, tava bem gostoso.

- a Eli’s Pizza Express que é uma rede de pizzarias e você encontra por toda cidade. Uma fatia grande (tipo um quarto de pizza) custava 17bs ou com o refrigerante ficava 22bs.

- por último o lugar mais barato e que salvou muito a gente, pena que só descobrimos no final (rs): o JUN XIN! O Jun Xin é um restaurante chinês que fica na Avenida Montes, pertinho do Bunkie (não sei se tem outros pela cidade) e os pratos de comida custavam 18 bolivianos e eram uns pratos GIGANTES! Eu e a Manu dividíamos um e ainda sobrava! O Niall pedia um pra ele e almoçava e jantava o mesmo prato. E aí rola uma comidinha mais Brasil, tipo um arroz com frango e legumes e uma batata frita deliciosa ou um arroz com bife e ovo frito! Depois que descobrimos esse lugar, só almoçamos e jantamos lá (rs)!

 

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CHACALTAYA E VALLE DE LA LUNA

 

No dia seguinte fomos logo cedo fazer um passeio ao Monte Chacaltaya e ao Valle de la Luna. Fechamos com a agência de turismo que fica no hostel mesmo e pagamos 120bs por pessoa. O ônibus nos pegou no hostel e nos deixou lá perto também no final do passeio e naquele dia por um acaso o ônibus estava cheio de brasileiros, foi divertido!

 

O caminho até o Chacaltaya é um pouco assustador em alguns pontos, porque a estradinha é bem estreita e vai ficando BEM alto. No ônibus conhecemos o Alysson e o pai dele que estavam fazendo um rolê pela América do Sul e também a Bárbara e a Marina! Também conhecemos um casal muito bacana do Rio Grande de Sul que estava com tanto medo da estrada quanto a gente e mais tarde me emprestaram um spray pra lesão que me ajudou bastante hahaha (salve galera!!!). Apesar de um pouco assustador, o caminho é maravilhoso e ainda pudemos ver algumas lhamas no pasto pelo caminho <3

 

Chegando lá tava um frio enorme e depois começou a nevar! A Manu resolveu nem tentar subir até o pico e ficou curtindo lá de baixo, que já é bonito demais também! Eu resolvi tentar subir um pouco e subi até o meio do caminho mais ou menos, então decidi começar a voltar porque estava ficando bem escorregadio e minhas botas não eram tão boas pra isso. Olhei pra baixo antes de descer, apreciei a vista linda e assim que dei alguns passos eu caí e torci meu pé!!! =( Na hora estava TÃO FRIO que eu não senti tanto a torção, mas já tive que descer mancando hahaha chegando lá em baixo me refugiei na casinha onde era a antiga estação de esqui e o casal de gaúchos do nosso ônibus me emprestou o spray pra lesão! Quando eu tirei a bota eu vi que estava ficando bem inchado, mas a dor ainda tava suportável. Encontramos uns outros brasileiros lá dentro e uma mulher tinha um analgésico BEM FORTE que ela me deu e aquilo salvou o resto do meu passeio (obrigada moça! rs). Ao mesmo tempo, o remédio dava um sono avassalador e eu dormi durante todo o caminho do Chacaltaya ao Valle de la Luna.

IMPORTANTE: a bota que eu tava usando tinha um solado ok e mesmo assim escorregou, então aconselho que quem puder vá com um tênis ou bota mais apropriado pra esse tipo de caminhada. É realmente bem escorregadio.

 

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Chegando no Valle de la Luna eu tentei andar um pouco e consegui fazer quase metade do trajeto! Deu pra aproveitar aquela vista linda e no momento eu quase não tava sentindo dor por causa dos remédios. A Bárbara e a Marina não estavam afim de fazer o trajeto todo e fizeram só uma parte junto com a gente e ainda me deram um analgésico pra mais tarde! Voltando pro hostel eu comecei a sentir mais dor e o Argentino que tava fazendo o passeio junto com a gente me emprestou dinheiro pra eu comprar uma pomada massageadora pro tornozelo, pq na farmácia não passava cartão. Um monte de gente acabou me ajudando nesse dia e eu me senti muito agradecida ::love::

 

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Chegando no hostel eu vi que tinha ficado realmente feio e era um pouco mais grave do que eu pensava, apesar de ser apenas um entorse. Passei aquela noite no hostel e o Niall foi buscar janta pra gente no Jun Xin (thanks man!!!) pra Manu não precisar ir sozinha a noite, já que eu não conseguia andar e já estava meio tarde. Na manhã seguinte a Manu foi na farmácia pra mim e comprou uma faixa (foi a vez dela de cuidar de mim haha ::love:: ) e tive que passar o dia todo de molho no hostel. Foi muito triste porque era nosso penúltimo dia de viagem, mas não tinha muito o que fazer. Aproveitando pra lembrar porque senti bastante depois do pé torcido: minha única crítica negativa ao Bunkie Hostel é que lá tem muitas escadas e não tem acessibilidade nenhuma pra um cadeirante, por exemplo =(

 

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Com a pomada e o repouso deu uma desinchada mas começou a ficar bem roxo. Resolvemos não procurar assistência do seguro porque ia dar muito trabalho e eu tava conseguindo encostar o pé no chão e fazer alguns movimentos, então supomos que não estava quebrado nem nada pior. Naquela noite pegamos um taxi e fomos ao Loki pela última vez antes de vir embora (não resistimos! haha), lá tinha elevador pra subir e eu sabia que tinha vários sofázinhos onde eu podia ficar sentada pra não forçar o pé. A Ailin tinha voltado de Copacabana e fomos eu, ela, a Manu e o Niall. No fim tocou até um Manu Chao e um Calle 13 e eu não resisti e dei até uma dançadinha manca de despedida (rs).

 

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A Manu não queria me deixar andar, mas no dia seguinte convenci ela de irmos bem devagarinho (bem devagarinho mesmo!!! haha) dar uma última voltinha e conseguimos chegar até o Mercado de Las Brujas e demos mais uma passeada por lá. Nesse dia a Manu passou um pouco mal e vomitou de novo, então depois dessa voltinha ficamos só repousando no hostel e tentando nos recuperar pra viagem de volta que seria na manhã seguinte bem cedinho. Antes de voltar pro hostel passamos no Mercado Lanza e comemos uma SALADA DE FRUTAS MARAVILHOSA que custava apenas 10bs! Além de várias frutas diferentes podia acrescentar sorvete, iogurte, cereais e mel, mas a gente queria pegar leve com o estômago e pediu só as frutas com caldinho de maracujá <3

 

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Tivemos que ir pro aeroporto de madrugada e tivemos que fazer o check out as 23h no hostel, então depois disso ficamos na área de convivência do hostel esperando a hora do nosso taxi e nem dormimos. O pessoal do hostel solicitou um taxi pra gente e custou 70bs a corrida até o aeroporto, correu tudo certo e estava bem sem trânsito durante a madrugada, chegamos rapidinho. Ainda rolou um papo legal com um nigeriano e um holandês no bar do hostel durante a nossa espera.

 

Estávamos exaustas na volta, mas fora o atraso da BOA em Santa Cruz de la Sierra que eu já havia comentado lá em cima, correu tudo bem na volta e os voos foram tranquilos.

 

Voltamos pro Brasil apaixonadas pela Bolívia e já com vontade de voltar.

 

Agradeço ao Mochileiros e à todos os relatos que eu li aqui que me ajudaram muito durante a minha viagem.

 

Deixo aqui um muito obrigado enorme à todos e todas que fizeram parte dessa viagem com a gente e à minha irmã e companheira maravilhosa, a Manu. ::love::

 

 

Que viva la América!

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Oi @Jumadorra, obrigada! :)

Entao, eu sempre fiquei encanada de viajar sem reservar hostel mas dps dessa ida pra Bolivia eu vi que realmente vale a pena deixar pra reservar lá! Só aconselho a pesquisar o hostel antes e ir com umas duas cartas na manga de opçao pro caso de uma não ter vaga... mas bem difícil não ter. Tirando o Loki e o Wild Rover que é difícil mesmo ter vaga, o resto acho q é susse... e super recomendo esse em que fiquei, o Bunkie. Quero saber mais da sua trip tbm depois! :) beijos!

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@Duda Gava Caciatori Adorei o relato de vocês! Eu vou fazer essa viagem no mesmo período e fiquei com algumas dúvidas. Se puder me responder eu agradeço! 

- Eu li que esse é o período de chuva, vocês pegaram muita chuva? 
- O Ano Novo no Loki vocês tiveram que pagar? Precisa entrar até que horário? estava muito cheio? Chegou a ficar gente de fora? Teve que colocar o nome na lista ou algo do tipo? 
- O Vale e o Chacaltaya vocês fizeram no dia 02/01? 

Eu vou passar o Ano Novo em La Paz, chego lá no dia 29/12 a tarde, você acha que no dia 30 e 31 eu consigo fazer os passeios por lá, ou já estão total em clima de Ano Novo?  
eu gostaria de fazer as Ruínas Tiahuanaco e o Chacaltaya nesses dois dias, pq no dia 02/01 já sigo pra Copacabana. 

Obrigada!


 

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