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  1. Informações gerais: Esse relato é da viagem que fiz no fim de março/começo de abril pelo sul do Peru e Bolivia. Como foram vários dias, o relato pode ser grande apesar de eu ter tentado fazer de forma mais simples e sem muita informação desnecessária. As informações de cada lugar e seus passeios estão relatados conforme o lugar e você pode encontrarlos nos títulos dos dias ou cidade. Vale lembrar que não inclui valores de passagens aéreas do Brasil, porque estou atualmente vivendo Peru e minha viagem teve como partida e chegada este país. Vivo em Pucallpa, mas no relato salto a informação que tem ver com a cidade como os Percursos Pucallpa - Lima e Arequipa - pucallpa, porque acho que não interessa a ninguém rs. Como o salar do Uyuni é um ponto mais procurado e geralmente muita gente só busca por isso, deixei a parte do salar num relato a parte para facilitar aos que estão buscando apenas informação desse passeio. Aqui está o link do Relato Salar do Uyuni. Para os que tenham interesse, essa é uma pequena e incompleta tabela que fiz com valores tirados da internet (alguns eu atualizei) com a distância e preço de transporte que usei de base para decidir onde visitar com o tempo que eu teria: 5. Meu roteiro de viagem foi: Pucallpa -Lima Lima-Juliaca Juliaca - Puno Puno - Juli Juli - Desaguadero Desaguadero - La Paz La Paz - Uyuni Uyuni - Potosí Potosí - Sucre Sucre - Cochabamba Cochabamba - Copacabana Copacabana - Puno Puno - Arequipa Arequipa - Pucallpa sem mais delongas... ao relato! hehe Dia 01: LIMA - JULIACA - PUNO - JULI Saí de Lima pela manhã com voo rumo a Juliaca. Ali cheguei como as 11:30 sai do aeroporto caminhando e mais a frente encontrei um bom lugar para comer, onde havia menu de apenas 7 soles. Meu plano inicial era visitar Lampa, um povoado cerca, mas acabei desistindo e indo direto a Puno. Paguei apenas 5 soles no transporte a Puno, que demorou menos de uma hora. Cheguei pela tarde e fui direto ver se me alcançava fazer o passeio as ilhas uros no lago titicaca. O passeio estava a 18 soles: 10 o transporte 8 entrada às ilhas Esperamos completar o barco e seguimos adiante. Há diferentes tipos de passeios. De um dia inteiro, de dois dias e esse que fiz de duas horas mais ou menos. O passeio consistiu em visitar uma das ilhas, onde nos foi apresentado como constroem e mantém a ilha. Também um pouco de seus costumes. Daí veio uma parte interessante e para mim um pouco desconfortável, onde nos divide em grupos ou individualmente, como foi meu caso, para irmos as casas dos habitantes. Até aí tudo bem, mas depois cada habitante tem seu “mercado” e te vai oferecer. No meu caso, como estava sozinho, me senti muito desconfortável em não comprar nada com o senhor e acabei comprando o mais barato porque tudo é muito caro! Depois te levam para passear em um barco e te cobrarão 15 soles a mais por isso. O passeio é opcional e se vc não for, seu barco te levará para o mesmo lugar, assim que não perderá nada. O destino é uma outra ilha onde pode comprar algo para comer, ali também carimbam seu passaporte por 1 sol. Regresando a cidade decidi seguir viagem dali mesmo porque não tinha nada mais na minha lista do que queria fazer por ali e queria chegar logo na Bolívia. Peguei um carro a Juli, que fica na metade do caminho a desaguadero. Paguei 8 soles creio. Fui passar a noite ali porque havia quem me receberia ali, na verdade é um lugar bem bonito conhecido como "pequena Roma" e não esperava. Para minha surpresa encontrei uma amiga que não via há anos e não tinha ideia de que estaria ali. Dia 02: JULI - DESAGUADERO -LA PAZ Pela manhã seguinte tomei outro carro a desaguadero. Devo ter pagado 7 soles tbm, não estou seguro. Chegando lá fui caminhando em direção a migração e aproveitei para trocar dinheiro. Como tinha soles, consegui um câmbio de 3,30. Passei pela migração do Peru, para sair, e depois da Bolívia, para entrar, sem problema nenhum e com pouca fila. Daí segui até onde estão os carros para la paz. É importante perguntar o valor e até onde vão. Eu paguei apenas 20 bolivianos, uma amiga que chegou pouco tempo depois acabou pagando 35. Então é bom perguntar em mais de um. O que eu peguei nos deixou na Ponte Rio seco, para tomar o teleférico azul. Para chegar ao centro a partir daí vc pega o teleférico azul até o final (4estacoes) depois muda para o prata (1 estação) e depois o roxo (1 estação) até chegar na estação do Prado. Ali já é o centro de Lá Paz. Procurei um lugar para almoçar e encontrei um menu de apenas 15 bolivianos com sopa de entrada, segundo (escolhi um macarrão) e um refresco e um pudim de chocolate. Muito barato! Depois fui atrás de um chip para celular. Fui na entel e comprei um por 10 bolivianos e paguei mais 15 por un plano super básico de 1.5 gb por 10 dias com wpp ilimitado. A atendente acabou errando e por sorte eu percebi. Daí ela me prometeu fazer uma outra recarga mais tarde nesse dia para que eu pudesse contratar o plano que escolhi, e assim o fez. Depois me encontrei com uma amiga que tbm estava chegando e com o rapaz que ia me hospedar. Mais tarde comemos uns frangos fritos e terminamos o dia. Dia 03: LA PAZ (VALLE DE LA LUNA, CENTRO) juntamente com minha amiga mexicana do dia anterior, decidimos ir pela manhã ao Valle de la Luna, tomamos um desses coletivos em direção a Mallasa que nos deixa na porta do vale. Pagamos 20 bolivianos para ingressar. É um lugar interessante, mas pode sim ser um pouco tediosos porque a paisagem é meio monótona. Mas é um destino muito buscado para quem está por La Paz. Terminamos o passeio e esperamos o transporte na rua ao lado. Chegamos no centro e fomos almoçar no mercado Lanza, onde encontramos um menu de 11 bolivianos que vinha com sopa, arroz e lentilhas com um pouco de salada. Dessa vez, sem refresco. Depois passeamos um pouco pelo centro, mercado das bruxas e depois foi só perda de tempo kk. Ela tinha que resolver algumas coisas e acabamos caminhando como loucos, mas ainda pude visitar o morador Kilikili e ter uma Boa Vista da cidade. O dia basicamente foi isso, depois só voltei para a habitação e jantei. Dia 03: LA PAZ (VALLE DE LAS ÁNIMAS) no terceiro dia fomos eu, a mexicana e meu amigo boliviano ao Valle de las Ánimas. Ainda não é muito conhecido mas muito bonito. Há formações como o Valle de la luna más são bem maiores. Chegando ali vc só paga 5 bolivianos de entrada, mas explora por conta própria. Voltamos a cidade onde a mãe do meu amigo nos havia preparado um prato típico chamado Silpancho, basicamente arroz com bife e salada. Mas estava muito bom. Descansamos e na tarde saímos a passear pelo centro outra vez, comprei alguns souvenires e depois fomos a calle Jaén. Uma das mais antigas da cidade e bem legal de se visitar. Nisso já era noite e fui direto ao terminal para tomar um bus a Uyuni. Consegui por 100 bolivianos através do pai do meu amigo mas acho que a média estava entre 120. A companhia foi Cisne e o ônibus era super confortável. Saí como 21:30 e passei toda a noite viajando até chegar em Uyuni no dia seguinte as 06:00 mais ou menos. Dia 04 SALAR DE UYUNI Finalmente em Uyuni, estava super ansioso para conhecer o salar que era a razão principal da minha viagem. Desci do bus e não tinha gente oferecendo nada, como na maioria dos relatos. Na verdade. Havia pouquíssimas agências abertas e comecei a investigar preços. Basicamente a média dos valores era: Tour de 1 dia - 180 a 200 pesos Tour de 2 dias - 600 a 800 pesos Tour de 3 dias - 1000 a 1200 pesos Tour de 1 dia vc vai fazer o passeio ao salar e volta na noite. Terá um almoço e snacks no fim da tarde com um brinde ao pôr do sol. O roteiro é basicamente: Cemitério de trens Loja de souvenir e processo de extração do sal Salar de Uyuni (hotel de sal) Esculturas de sal Por do sol no salar Tour de 2 dias: faz o primeiro dia normal, dorme em Uyuni e no dia seguinte visita alguns lugares em direção a Potosí. Na real é o pior tour porque segue uma rota completamente diferente, te leva a umas águas termais não muito bonitas e na verdade é só pra encher o dia. Tour de 3 dias é o mais procurado e o mais caro. Vc faz o primeiro dia normal, mas no segundo dia deixa o salar e se aventura no deserto. Vai visitar bastante lagos e ver os flamingos, além de estruturas rochosas impressionantes. OBS: para ler o relato do Salar de Uyuni clique aqui Dia 07 - POTOSÍ cheguei em Potosí como umas 22:30 e fui direto dormir. Ali tinha alguém que me receberia, enquanto minha amiga foi procurar um hostel. Na manhã seguinte fui ao mercado na esquina para comer. Paguei algo entre 10-12 bolivianos por um arroz com cordeiro. Senti Potosí um pouco mais caro que La Paz. Sai rumo ao centro para me encontrar com minha amiga. Saímos a procura de informações turísticas da cidade e a polícia de turismo nos deu vários folhetos interessantes. Dali ela foi se encontrar com alguém e eu saí a explorar a cidade. Meu tour em Potosí basicamente se resumiu em explorar a cidade. Não fiz nenhum passeio porque meu dinheiro já estava acabando e preferi deixar para visitar outras cidades. Potosí tem um centro histórico muito bonito, é uma cidade charmosa e cheia de história. O que mais se faz ali é visitar a casa da moeda 40 pesos e +20 para tirar fotos; é passeio as minas que está em média 100. Depois de explorar a cidade fui comer no mercado central, ainda estavam vendendo menus que haviam sobrado do almoço e por estar tarde me cobraram apenas 10 bolivianos. Passei o dia inteiro basicamente com minha amiga e no final saímos para encontrar alguns outros amigos dela. Fomos a um bar e ali gastamos toda nossa noites. Acabei dormindo outra vez em Potosí e sai na manhã seguinte a Sucre. casa de la moneda praça principal (10 de noviembre) Torre de la Compañía de Jesús Dia 08 - SUCRE Paguei apenas 20 bolivianos de Potosí a Sucre, o que demorou cerca de 3h. Chegando, procurei um lugar para comer e foi o almoço que mais gostei. Veio bastante comida no prato. Pedi um menu completo com sopa de Maní (amendoim), arroz, lentilha e bife e com um pouco de salada por 10 bolivianos! E também um copo de refresco por mais 2. Isso quase em frente ao terminal. Sai a explorar sucre, seu centro histórico é lindo, a cidade faz jus a sua fama. Fui ao mirador do Recoleta, passei por algumas igrejas e explorei o centro. Também dei uma passada no mercado central, praça Bolivar e fui outra vez rumo a rodoviária já comprar minha passagem para cochabamba. Como já tinha voo comprado para o dia 01/04 saindo de Arequipa, não tinha tempo a perder. Decidi passar apenas um dia em Sucre e Cochabamba apenas para conhecer as cidades. Comi no mesmo lugar que havia almoçado, agora estavam cobrando 11 bolivianos. Entrei ao terminal e onde me haviam oferecido passagem a cochabamba por 50 bolivianos pela manhã, já estava fechado. Me pareceu um pouco suspeito, porque ficava do lado externo, enquanto todos que me perguntavam para onde eu ia, ao dizer que era Cochabamba me diziam para buscar dentro do terminal. Ali havia vários preços, todos acima de 80. Acho que no final consegui um por 70 que sairia as 22:00 mais ou menos. O ônibus pelo menos era confortável, consegui descansar no caminho e cheguei a cochabamba quase as 05:00. Dia 09 - COCHABAMBA Chegando a Cochabamba, esperei um rapaz de couchsurfing vim por mim na rodoviária. Não iria dormir na cidade, mas esse amigo foi super gente boa permitindo que eu deixasse minhas coisas na casa dele para poder explorar a cidade. Enquanto isso assisti um senhor bêbado que dormia sentado num banco cair de cara no chão e estourar o nariz. O pessoal do terminal o manteve inclinado para não se afogar com seu sangue e depois de bastante tempo a ambulância chegou e o senhor só acordou quando os paramédicos o atenderam. Andei feito um condenado nesse dia kk. Sempre gosto de fazer tudo caminhando, principalmente quando vou estar apenas um dia no lugar, para poder observar o máximo da cidade e seus habitantes. Aqui sofri para achar um lugar para comer, pois o caminho que tomei não havia muitas opções de comida e sentia que as que havia, abriam tarde, pois já era mais de 08:00 e ainda se encontravam fechadas. Depois de caminhar muito, cheguei ao mercado La cancha. Uma confusão, entrei e finalmente achei um menu mais barato. Acho que paguei 12-15 bolivianos. Provei a famosa sopa de maní (amendoim) e um guiso de frango (que faltava cozinhar mais), mas de modo geral, estava bom. Segui caminhada e decidi ir ao Cristo de la Concórdia. Basicamente algo parecido ao nosso Cristo Redentor, uma estátua de Jesus com braços abertos em cima do morro. Se você têm planos de ir ali nos próximos dias, já te aviso que o teleférico não está funcionando. terá que subir as escadarias a pé ou ir de carro. Eu fui andando, novidade, e não me arrependi. A subida não é nada absurda, leva cerca de 30 minutos. Eu aconselho muito a fazer pelo menos um dos tajetos a pé pelas escadas, porque recentemente agregaram ao caminho, estações representando momentos da via dolorosa, caminho de Jesus até a crucificação. na verdade, ainda estão terminando as obras e acredito que ficará incrível depois de pronta porque, honestamente, as novas estátuas valorizaram muito o passeio. Estão super bem posicionadas, de modo que você as vê com uma paisagem impressionante da cidade abaixo. sem contar que estão muito bem feitas e a história também bem ordenada. Até o sepulcro de Jesus fizeram, para no final o Cristo grande representar Jesus ressuscitado. Eu achei bem legal e sem dúvida o ponto turistico mais importante da cidade. Não longe dali está o Jardin Botânico Martín Cardenas. Lugar ideal para descansar enquanto admira a paisagem, tanto o cristo quanto o jardim botânico são grátis (pelo menos ninguém me cobrou nada rs), então acho que vale a pena visitar caso esteja em Cocha e sem muito o que fazer. Dali fui almoçar com meu novo amigo de couchsurfing em um lugar muito perto da praça principal "14 de septiembre" muito bonita! O Centro histórico de cochabamba é pequeno, mas também vale a pena conhecer, até porque sem dúvida você passará por ele. Depois de comer e descansar, peguei minhas coisas e comecei a fazer meu caminho de volta, rumo ao terminal outra vez. Agora meu destino seria La Paz, na verdade Copacabana, mas como não tinha bus direto, teria que voltar a esta cidade. Dia 10 Copacabana Meu plano inicial era começar minha viagem na Bolivia por Copacabana, e acredito que seria bem facil assim. Entretanto, meu amigo de La Paz me havia dito que por conta das chuvas que houveram, uma ponte havia caído e não havia passe para La Paz de alí. Então entrei no país por Desaguadero, mas ao saber que havia sim como ir para Copacabana, decidi cruzar a fronteira para o Peru por ali. Peguei o ônibus para Copa no terminal de la Paz, assim que cheguei. na verdade, poderia tê-lo pegado em El Alto, mas não sabia então tive que voltar esse pedaço. Acredito que paguei algo entre 30-40 bolivianos. São mais ou menos umas 4h de viagem. para a nossa "sorte" havia uma competição ciclista que faziam esperar os carros para que os competidores pudessem passar, o que nos fez perder muito tempo. Em um determinado ponto do trajeto, você terá que descer do bus e pagar um barco para cruzar o lago, enquanto o onibus usará uma balsa. O preço é de 2 bolivianos. Uma vez cruzando o lago, você sobre outra vez no onibus para seguir até Copacabana. O bus te deixará numa praça onde há varios outros transportes, dali mesmo você tomará seu carro para qualquer outra cidade. também há vários cambistas, agências e hospedagens por ali. Em realidade, a cidade é pequena, todo o centro está bem concentrado nessa região. Você encontrará restaurantes e hospedagens caros como tbm lugares com preços em conta. Caminhando um pouco mais encontrei um menu de 11 bolivianos completo, com sopa de entrada, prato principal e refesco. Em frente ao mesmo lugar onde nos deixou o ônibus, encontrei uma hospedagem mais barata. Paguei 30 bolivianos, estive sozinho no quarto (que era para dois) mas o banheiro era triste kk. Não por ser compartilhado, na verdade estava tudo muito limpo mas o chuveiro quente era uma bomba relógio. Não possuia a parte de cima e quando ligava, esguichava para todos os lados inclusive direto nos fios bem na parte onde estavam unidos e cobertos pela fita isolante. haha Fui passear pela cidade, desci até a orla onde há a famosa âncora branca, de onde saem todos os passeios às ilhas. Para a minha surpresa, encontrei Ben y Becca, o casal que esteve comigo no tour do Uyuni. Não tinham planejado estar ali mas tiveram que adiantar sua ida a Copacabana. Decidimos nos encontrar depois e fazer o passeio a Isla del Sol juntos na manhã seguinte. Continuei meu passeio, fui conhecer a Igreja na praça principal e me impressionei bastante. Para mim, a arquitetura foge um pouco do que estamos acostumados a ver do período colonial. Me dava uma impressão mais "mediterrânea". Não sei se pelo clima ou conjunto de forma geral, mas muitas vezes a Bolivia me fazia lembrar de cidades na Espanha como Málaga, Valencia... que tem mais influencia de culturas do mediterrâneo. De longe via as pedras ao topo do monte e quis subir para apreciar a vista, descobri que na verdade era um lugar turistico, Mirador del Inca e te cobram para chegar ao topo. Fiquei na metade mesmo e contente com a vista dali. Isso foi algo que não gostei muito na Bolivia, falta de informação e do nada vai brotar alguém te cobrando por absolutamente tudo em um passeio. Se você não entendeu, vai ficar muito claro com minha experiência do dia seguinte a Isla del Sol. Comi em outro lugar, acho que por 12 bolivianos ou algo assim, um outro menu e voltei a pousada para descansar. Dia 10 Isla del Sol Na manhã seguinte, arrumei minhas coisas e estava pronto para sair mas não encontrava a senhora responsável pela pousada. Liguei e ela me pediu para esperar que estava vindo correndo. Teria que deixar minhas coisas na recepção para buscar depois, já que o meu passeio ia demorar todo o dia e eu não queria pagar outra diaria só por isso. Enquanto isso, Ben e Becca me esperavam para o passeio, acredito que se afobaram aqui e compraram a primeira opção que tinham oferecido para eles, onde iam direto ao lado sul da ilha enquanto eu queria ir ao norte. Lhes explico as opções de passeio mais adiante, mas antes lhes faço entender um pouco sobre a Ilha e sua logística. a Isla del Sol (Ilha do Sol) é o destino mais procurado por quem vai a Copacabana. É a ilha principal e maior entre as atrações turisticas do Titicaca. Lá há ruínas importantes sobre a civilização inca, acreditam inclusive que nasceram ali. Só que há alguns fatores logisticos e sociais que influenciam nos passeios, por exemplo, os próprios habitantes da ilha não se levam muito bem. São basicamente dois grupos o do lado norte (Challapampa) e o do lado sul (Yumani). O lado norte da Ilha possui mais história e é mais simples, ali você vai encontrar pontos como o mesa de sacrificio, labirinto chincana, praias bonitas e vistas de tirar o fôlego. No Lado sul, também há pontos históricos importantes como o templo do Sol e é uma região mais preparada para o turismo. Assim, você pode optar por transportes que vão ao norte ou sul, dependendo do tempo e atividade que planeja fazer e permanecer na ilha. Geralmente, os turistas vão ao norte e fazem o trajeto caminhando (3horas) até a região sul, onde pegam um barco de regresso as 16:00. Uma vez conhecendo como funciona a ilha, lhes explico sobre os tours oferecidos: Tour completo: te levam em um passeio de um dia para conhecer as ilhas do sol e da lua, ilhas flutuantes e mais... É a opção mais barata, cerca de 50 bolivianos. Pode parecer bom, mas acredito que seja insuficiente. É pouquissimo tempo para explorar tanto então imagino que seja algo como chegar, olhar e ir embora. Além do mais, a essa altura você provavelmente planeja ou já conheceu as ilhas flutuantes em Puno. Se você não conheceu e nem tem planos de ir a Puno, talvez valha a pena para você esse passeio. Passeio a Isla del Sol: Sinto muito mas não posso dar informações desse tour porque não me lembro das informações. Só lembro que era mais caro, provavelmente incluindo passar uma noite na ilha, todas as entradas e quem sabe um guia. Bilhete de ida a ISla del Sol: Aqui é o mais comum de se fazer, como eu disse, você paga apenas seu transporte a Ilha do Sol (40 bolivianos), eu consegui por 35 mas eles dizem não baixar mais que isso porque todos pagam a mesma agência de transporte. MAS ATENÇÃO! Você tem que saber a que lado da ilha quer ir. Se quiser fazer o passeio caminhando terá que ir ao norte da ilha (Challapampa) e não ao sul. caso contrário, dificilmente você conseguirá transporte chegando ao norte, terá que fazer a caminhada de ida e volta (pelo menos é o que nos dizem). Meus amigos Ben e Becca infelizmente não se atentaram a isso e compraram o bilhete ao sul da ilha, sem muita informação. Quando me dei conta e lhes disse eles ficaram tristes e aí nos separamos outra vez. O barco que sai ao sul, sai do porto as 08:00 da manhã. O que sai ao norte, uma hora depois como as 09:00 ou 09:30. Aqui começa a minha indignação, a moça da agência me explicou que chegando lá, me cobrariam 10 bolivianos para entrar na ilha pelo lado norte e depois o pessoal do sul me cobraria mais 5, somando 15 bolivianos extras para explorar a ilha, sem contar os 40 de volta que teria que pagar para o transporte. o percurso demora cerca de 2h, o barco vai bem lento. Geralmente há lugares em cima ou abaixo. Se você chega primeiro pode escolher, mas leve em consideração o tempo de viagem e o sol, já que em cima não há proteção. Chegando a Ilha, já nos abordaram em fila para pagar o ingresso que não era 10, senão 15. lhe perguntei e me disse que não teria que pagar nada mais na ilha a parte disso. Também oferecia um guia por 10-15 bolivianos por pessoa, mas não era obrigatório. Se você não tiver pressa, acho que pode valer a pena para saber mais da história do lugar. Eu segui sozinho adiante, como outras pessoas. pouco tempo depois encontrei um casa brasileiro a Thaís e o Rafa, que já tinham passagem comprada para Puno em um ônibus que saia as 18:00 de copacabana. Então com medo de arriscar, decidiram fazer apenas a parte norte e voltar para o mesmo lugar onde nos haviam deixado, porque dali sairia um barco as 14:00. Essa opção eu não conhecia, nos disseram quando recém embarcamos, mas agora pensando bem, talvez seja o mesmo barco e nada mais sai dali esse horário mas passa a parte sul as 16:00 para buscar os outros passageiros, então fiquem espertos. se o problema for tempo e não impossibilidade de fazer a caminhada, talvez não valha tanto a pena. Caminhamos juntos conversando e visitamos os pontos famosos. de vez em quando alguem aparecia pedindo para ver o ingresso. Chegou um momento em que a caminhada se separava, eu segui rumo ao sul enquanto eles voltaram ao porto. Para ser sincero, o mais bonito se via no proprio passeio do lado norte. Mas, se você é como eu e gosta de uma trilha, vale a pena. è um passeio agradável e sem muita dificuldade, pelo menos se você não tem problemas com atividades desse tipo. No meio do caminho conheci uma garota inglesa e um holandês, com mais duas meninas americanas mas que sempre ficavam para trás. Fomos conversando e terminamos o passeio juntos. ah, no meio do caminho me pediram para ver o bilhete e ao mostrar me disseram que não era aquele, ou seja, me cobraram mais 15 bolivianos, até então o dobro do que me havia sido informado. Discuti um pouco com o cara porque as informações estavam totalmente equivocadas tanto na agência quanto ao chegar na ilha e ele apenas concordava e dizia que era porque não se davam bem entre os lados da ilha e que as agencias tbm não tinham os dados atualizados. Perguntei se de verdade já não iam me cobrar mais e me disseram que se eu quisesse visitar as ruinas, lá me iam cobrar novamente. Pode parecer algo normal até porque não era tão caro, mas essa falta de informação prejudicava muita gente principalmente porque para o passeio, as pessoas deixam seu dinheiro extra guardado com seus pertences em copacabana e levam apenas o necessário à ilha. Sem contar que para muitos, assim como meu caso, era o destino final na Bolivia, então os pesos bolivianos estão contados e querem evitar trocar mais dinheiro para depois trocá-lo outra vez no Peru perdendo com o câmbio duplo. Por sorte eu havia trocado mais 20 soles antes de ir, o que me deu 60 bolivianos, e pude pagar as taxas extras. Depois conversando com Becca e Ben, pensei que foi o melhor eles terem se enganado, porque não haviam levado dinheiro em espécie para o passeio. Chegamos ao lado da sul da ilha em tempo mais que suficiente, fomos comprar a viagem de volta (40 bolivianos) e comer alguma coisa ali mesmo na praia. Os preços obviamente mais caros. Pedi um sanduíche de ovo por 10 bolivianos, que era o que podia pagar sem correr o risco de ter que voltar nadando kk. Para minha surpresa o sanduíche era maior do que eu esperava e estava bom. Encontrei Becca e Ben outra vez e eles se uniram aos agora meus novo grupo de amigos. No caminho de volta, o barco para no templo do sol para os que queiram visitar por uns minutos. Eu, alertado de que me cobrariam e sem um tostão no bolso, resolvi ficar no barco e nem me arrisquei a verificar a veracidade da informação. Mas de modo geral, poucos desceram. Junto com o holandês, decidimos pegar um carro a fronteira quando chegássemos e dali outro para Puno. Eu na verdade tinha que ir a Arequipa, estava sonhando em talvez achar um carro de Unguyo (fronteira do lado peruano) que fosse para lá, mas já me disseram que teria que ir a Puno para isso. Eu já estava decidido a fazer isso porque não tinha bolivianos suficientes para pagar um bus direto a Puno, mas meu amigo Holandês ainda estava indeciso e receoso, preferindo um bus direto. Chegamos a Copacaban e nos despedimos de Larissa, Becca e Ben, que ficariam mais um dia em copa. Seguimos a praça para ver os carros e aos hostels para buscar nossas coisas. Mais uma vez a senhora desapareceu e tive que ligar para ela. Veio correndo depois de um tempo e finalmente com minhas coisas fui me encontrar com meu amigo para irmos. Já haviamos decidido ir com o carro (5 bolivianos) até a fronteira. Enquanto estávamos esperando encher o carro, fomos procurar algo para comer. Nesse processo uma das moças que vendem passagem de bus reconheceu meu amigo de antes e lhe convenceu a comprar sua passagem com eles, porque ainda havia tempo. Nisso eu segui em busca de comida e desisti porque percebi que não daria tempo comer algo bom ou deveria comprar algo para levar e minhas opções estavam muito limitadas, seria basicamente pão. Cheguei no carro e já haviam ido embora, e o rapaz me disse que meu amigo havia ido com eles. não entendi nada porque estava vazio antes e meu amigo supostamente ia de ônibus. Havia apenas ido a esquina e nesse tempo tudo havia acontecido. enfim, já subi ao seguinte carro (há varios saindo a fronteira, só tem que esperar encher mas geralmente não demora) para não perder outra vez e ao revisar meu celular que está sempre no silencioso, meu amigo havia me enviado mensagens dizendo "nos levaram para o mesmo carro" "vem! vamos sair" "onde está vc?" "saímos" tudo em menos de 3 minutos acompanhado de uma chamada perdida kkk. Continuei conversando com ele e ele me disse que não estava entendendo o que havia passado, mas que colocaram ele e mais 2 nesse carro e com os 3 já encheram. Rapidamente o carro completou e fui a fronteria, como em 15 minutos chegamos e nos deixam quase em frente a migrações. Fui bem rápido, troquei meus pouquíssimos bolivianos que me restavam para pagar meu carro em soles. segui andando a migrações do lado peruano e ali na fila para minha surpresa encontro meus amigos brasileiros do passeio a ilha do sol que supostamente já deveriam estar bem adiantados e só depois me dei conta de que a pessoa na frente deles na fila era meu amigo holandês e que os outros dois ao que ele se referia eram o casal brasileiro, tremenda coincidência! haha No final das contas, deu overbooking. Venderam mais passagens do que havi no bus e puseram os excedentes para ir de van. Absurdo! Porque foram atrás do meu amigo quando já não havia mais assentos e o casal brasileiro tbm ficou para trás quando já haviam comprado o bilhete no dia anterior. Então fica a dica, chegar sempre primeiro nesses casos! Por isso eu prefiro sempre comprar na hora e já com o carro. No final pagaram por um preço de bus e foram de van, que sai mais barato. Os brasileiros já estavam falando que iam reclamar e tomar as medidas necessárias. o Holandês, ja aceitou que perdeu dinheiro. Isso foi algo que me incomodou muito mesmo não tendo acontecido comigo. Mas que se reflete em outros momentos na cultura do país. Estive em ônibus ruins que foram vendidos como cama, com wifi e tudo mais.. tbm o processo na ilha do sol com as entradas... Senti como todos tentam tirar proveito e enganar o turista passando informações equivocadas. Fiquei triste com a situação e fez meu conceito com a viagem de modo geral cair com relação a Bolivia. Tudo resolvido tomamos um carro por 1,5 soles para ir ao paradero de carros que se vão a Puno. Ao subir no carro e encontrar meu amigo holandês o coitado deu um suspiro de alívio ao me ver que deu até dó .kkk depois de tanto ser enganado e sem falar espanhol, já estava desesperado e sem saber se chagaria a Puno. Dali pegamos outro carro, pagamos 13 soles se não me engano e finalmente, depois de umas 3 horas, chegamos no nosso destino. Me despedi do meu amigo e segui rumo ao terminal para buscar um bus a Arequipa, mas antes, parei em um lugar para comer porque todo o dia só havia comido aquele sanduíche de ovo. Paguei como uns 12-15 soles por um lomo saltado com sopa e uma inca cola. Quase não terminei o prato, acho que meu estômago já havi encolhido kk, fui direto a rodoviaria, comprei minha passagem a Arequipa e segui viagem, saindo mais ou menos as 22:30. Dia 11 Arequipa Ao chegar em Arequipa, fui direto a casa do amigo de couchsurfing que me hospedaria, foi uma boa caminhada e também oportunidade de conhecer um pouco a cidade tão famosa. Depois do café-da-manhã, por indicação do meu anfitrião, fui conhecer a Ruta del Sillar. Me parece que há guias que te cobram para fazer o passeio, mas você consegue chegar lá sozinho e sinceramente, não vale nenhum custo adicional desnecessário. É basicamente o lugar de onde retiram as pedras utilizadas nas construções da cidade e que por sua cor característica recebeu o nome de Sillar e acabou apelidando a cidade como "Cidade branca". tem um ônibus que te deixa na avenida mais próxima e dali você pode pegar um carro ou ir caminhando até a entrada. O bilhete custa apenas 5 soles, lá você encontrará basicamente esculturas moldadas no sillar. Haverá fotógrafos tentando te vender fotos e ali dentro há subseções onde você precisa pagar a mais caso queira ver. Não foi algo que me impressionou, principalmente porque não paguei nenhuma entrada extra. As esculturas são bonitas, mas falta variedade e mais entretenimento, na minha opinião. Mas, se você estiver procurando o que fazer por Arequipa, pode ser uma opção. Dali mesmo peguei outro ônibus para ir ao centro. São dois buses que você precisa tomar, mas é bem fácil e ali todos te informam como fazer. Os ônibus estavam a 1 sol, então é bem barato. Busquei logo um lugar para comer, pois já passava da hora do almoço, encontrei um menu por 11 soles, muito bem apresentado. De entrada uma causa de frango e segundo arroz, lentilhas e um filé de frango. Dali fui explorar o centro histórico. A cidade realmente é bem bonita, principalmente sua praça central (Plaza de armas), com sua catedral gigante impressiona bastante. O mercado central também, apesar de grande, me parece um dos mais organizados que estive. Vale muito a pena se perder por entre as ruas do centro histórico e admirar suas paisagens. Para terminar o passeio, fui ao mirador de Yanahuara. Um lugar bonito e conhecido como um bom spot para apreciar o pôr-do-sol, infelizmente para mim, o clima estava nublado nesse momento, então sem sol para ver se pondo. Mas ainda assim foi bom estar ali. Voltei para casa para descansar e depois de alguns contratempos e uma boa noite de sono, na manhã seguinte arrumei minhas coisas e fui para o aeroporto rumo a minha casa. Aqui terminava minha viagem de praticamente duas semanas e eu já estava desesperado para voltar. Há outros passeios que fazer em Arequipa, como o Canion Colca por exemplo, mas eu tinha tempo limitado. Queria ao menos conhecer a cidade que é bem famosa por ser diferente das outras do Peru. Bom, esse foi meu relato, espero ter ajudado alguém que tem planos de ir a algum ou todos esses lugares. Os desejo boa viagem, sorte e muitas aventuras no caminho. Que Deus o guarde e abençoe sua trip, qualquer coisa estamos por aqui e quem sabe um dia também nossos caminhos se cruzem
  2. Buenas galera! Me mudei pra Bolívia pra fazer intercâmbio de graduação. Tudo bem que é um fórum de mochileiros, mas bom, minha intenção é que minha viagem tenha mais essa dinâmica do que qualquer outra coisa. To morando aqui há dois meses e quero tentar escrever uns relatos regulares de como tá sendo ficar por aquí. Pretendo viajar bastante até dezembro, quando acaba o intercâmbio, e entre o natal e a metade de fevereiro quero dar um rolê mochileando por onde não pude conhecer até então na Bolívia e depois entrar no Peru. Cheguei aquí duas semanas antes de iniciarem as aulas, então a ideia era mochilear um pouco por Santa Cruz de la Sierra. Meu plano era ficar 5 dias em um couchsurfing conhecendo a cidade e vir pra Cochabamba com uma semana livre pra conhecer um pouco e fazer meus trâmites de visto e inscrições na universidade e tudo mais. Desembarquei em Santa Cruz na quinta dia 11 de agosto. Uma sensação maravilhosa pra mim é chegar num lugar completamente desconhecido, absolutamente sozinha, e me sentir completamente segura do que eu to fazendo mesmo que não tenha a menor ideia de pra onde to indo. Encontrei o trufi que me levava pro centro, no centro encontrei o outro trufi que me levava pra casa do meu hospedeiro e me fui, andando pros lados sem saber se tava indo certo mas sempre com a confiança de que ia chegar. E, claro, com o mapa da cidade baixado no google maps porque algumas coisas aprendi nas minhas primeiras viagens. Chegando lá, o que eram pra ser cinco dias se tornaram só dois. Ainda no Brasil, comecei a conversar com um boliviano que no semestre anterior tava na minha universidade. Ele me disse que no domingo dia 13 de agosto (2023) começava a festividad de la Virgen de Urkupiña, uma das maiores festas religiosas que tem por aqui, na cidade de Quillacollo, pertinho de Cochabamba. Decidi mudar meus planos e ir logo pra Cocha porque não podia perder uma festa tradicional já nos meus primeiros dias no país. Além disso, tive uma experiência desconfortável no Couchsurfing... Não estava me sentindo segura, o que foi uma merda porque botava muita fé na segurança dos relatos encontrados na plataforma e já tinha passado ótimas experiências em Buenos Aires. Sou meio trouxa e tenho dificuldade de me livrar de situações desconfortáveis (algo que preciso muito aprender viajando sozinha), então dei graças a todos os deuses andinos por ter uma boa desculpa pra ir embora. Assim me fui no sábado de manhã cedinho pra Cochabamba, depois de um dia em Santa Cruz. A festa em Quillacollo começava no domingo mas combinei com meu amigo de ir só na segunda, porque a viagem de Santa Cruz é longa e precisava de um dia pra descansar. Um pouquinho sobre a viagem, são 12 horas de ônibus. Escolhi viajar de manhã cedinho, pra poder ir todo o trajeto mirando a paisagem. Estudo biologia e sou botânica, então pra mim foi a coisa mais linda do mundo, ainda mais depois de ter passado meu único dia em Santa Cruz no Jardim Botânico me encantando com a vegetação boliviana. Posso contar essas partes outra hora também, enfim. Bueno, agora sobre a Virgem. A Festividad de la Virgen de Urkupiña dura quatro dias, rolou de domingo 12 até quarta dia 15, o dia oficial da Virgem quando tem a missa e tal. O que meu amigo me contou é que no primeiro dia é tipo uma abertura com uma missa na igreja no centro de Quillacollo; o segundo dia (que fui) é o mais legal (isso nas palavras dele hehe mas devo concordar) porque tem desfile das danças típicas durante todo o dia, até de madrugada; no terceiro dia tem o calvário até o santuário que fica meio afastado da cidade, quando todo mundo se encontra em Cochabamba e vai caminhando até lá (são uns 15km); e o quarto dia, com a missa no santuário da Virgem e o início das alasitas. Bueno, fui na segunda e foi simplesmente a melhor coisa que podia ver pra iniciar meu tempo na Bolívia. Estava com meu amigo, nativo boliviano, que conhecia todas as danças, seus significados e simbologias, um pouco da história, um pouco de kechua, sabia inclusive dançar por causa do colégio, onde ensinam as tradições aos bolivianinhos. Ficamos 5 horas sentados olhando aquela gente dançando na rua, um percurso de uns 4km até a entrada da igreja no centro da cidade. Eu não parava de sorrir um segundo, tava tão animada vendo aquelas danças lindas, roupas coloridas e maravilhosas, os músicos tocando, bailarines bailando, os brilhos, fogos, tambores, trompetes, flautas, maracas, tudo maravilhoso. Conheci as seguintes danças nesse dia: caporal, tinkus, tobas, pujllay, waca, diablada, morenada e kullawada. Beem resumidamente, caporal é uma dança bem luxuosa com roupas brilhantes e tal e tem a ver em sua história com o poder dos donos de escravos; tinkus é uma representação de peleias camponesas; tobas é um baile que veio das florestas dos yungas, tem os personagens com arcos e flechas e também velhos pulando como em uma representação de luta pra expulsar os colonizadores; pujllay eles usam sandálias que fazem barulhos ao caminhar ritmadamente enquanto tocam tambores e zampoñas; waca não sei direito a história mas tem gente vestida de vacas; diablada é sobre os arcanjos guiando os demônios pra não deixar eles invadirem a terra, tem alguns anjos brancos no início e no final e um monte de representações maléficas tipo os monstros, os ursos e as mulheres de máscaras e chifres; a morenada é a representação dos trabalhadores das minas e uma sátira com os senhores; e a kullawada sinceramente não lembro kkkk. Tudo lindo maravilhoso. Também comentei das alasitas. A moral da Virgem de Urkupiña é que tu ofereça uma pedra pra ela (que se quebra lá mesmo no santuário do chão) e peça o que tu quer, e aí na Feria de las Alasitas tu compra uma miniatura relacionada com o teu desejo e guarda ela contigo até a próxima festa da virgem, quando volta lá pra agradecer. Explico as miniaturas: são simplesmente miniaturas de tudo que tu possa imaginas, uma feira de uma rua inteira vendendo diplominhas, carrinhos, casinhas, comidinhas, ferramentinhas, joguinhos, dinheirinhos, pessoas se casandinho, sério, de tudo tudo tudo que se pode imaginar. Vendem também pratos com mini comidas, tipo umas batatinhas bem pequenas com pedacinhos de carne, cenourinhas, tudo muito muito lindo. Essa feira começa durante a festa e fica lá até umas duas semanas depois. Bueno, esse foi o início do meu rolê. Quero escrever em breve sobre como é ser vegetariano na Bolívia, algo que procurei bastante antes de viajar e não encontrei, e também sobre outros lugares que to podendo conhecer aqui. Sobre os perrengues também, sempre importante compartilhar. E um pouco também de como é ser uma quase bióloga botânica pirando na vegetação e formações geológicas daqui, porque é sempre lindo incentivar as pessoas a ver a beleza das coisas que tantas vezes não miramos. Se der pra editar o post depois agrego umas fotos, agora tô sem elas aqui agora Que les vayan bien!
  3. Buenas galera, Vou partir em mochilão por todo janeiro por Bolívia e Peru, passando por Cochabamba, La Paz, Copacabana, Puno, Arequipa, Cusco, Nazca, Paracas e Lima, talvez menos cidades, talvez mais, ainda sem rota muito definida mas com fé na Pacha e no meu espanhol kkkk Já começo o relato antes de ele acontecer inteiro porque é melhor com as coisas frescas. To por começar o rolê de verdade agora quando saia de Cochabamba porque to morando aqui há 5 meses, mas como pude conhecer bastante, já escrevo como a parte inicial do mochilão que em breve começo e venho dar os relatos. Antes de tudo, algumas infos ou conselhos iniciais que acho importante sobre como dar role por aqui (Bolivia) 1. Chip de celular: pra mim sinceramente não é tão necessário um chip com internet em uma viagem curta, mas se tu sente que é melhor, o mais indicado é a operadora Entel. Conheci muita gente que chegou aqui e por não entender muito como funciona e ter pressa pra conseguir internet, comprou o chip e já de cara fez um plano de 1 mês por 100 bolivianos ou até mais, mesmo pra ficar períodos mais curtos. Galera, não façam isso! Tu compra o chip por mais ou menos 20 bolivianos e depois compra em qualquer tienda de rua uma tarjeta entel, que é o equivalente a botar crédito. Tem de diversos valores, desde 10 até 100 bolivianos. Com isso tu carrega o celular e pode comprar tipo pré pago o quanto tu quiser, eu curto os pacotes diários (o que mais vale pra mim é o de 3 bs), de 5 dias (10 bs) ou de 10 dias (15 bs) que tem algumas opções de quantos megas e whatsapp ilimitado também. Assim tu pode gastar basicamente a quantia que quiser e não desperdiça grana que tu certamente vai precisar pra outra parte do teu rolê 2. O trânsito é louco e tu tem duas opções: ou ser muito cuidadoso, ou ser mais loko que os condutores. A dica geral é nunca confiar em semáforos, nunca confiar em pisca ou em falta de pisca dos carros e tb não confiar em ciclovias e calçadas. 3. Cochabamba não é muito alta em relação a outros lugares, 2500msnm ainda não é uma altura que costuma dar sorocchi apesar de claramente poder sentir coisas de altitude como muito cansaço, preguiça, sono. Sofri afu com isso e agora mesmo depois de 5 meses, parece que aqui me sinto muito mais cansada de fazer coisas que no Brasil me eram tranqui. A maior dica é o chazinho de coca, eu tomo todo dia de manhã e sinto muita diferença entre tomar e não tomar. 4. Muuuito cuidado com a comida de rua e a água, sério. Eu vim com mais 7 intercambistas, e de todos nós só o peruano não passou mal. Sei que a comida de rua e os refrescos típicos são uma grande tentação de uma viagem, mas olhem bem onde tão comendo... Tá muito ao ar livre? Tá coberto? Já é fim do dia e parece que tá aí desde cedo? Como tiram o refresco do balde? Parece que tão lavando as mãos e fazendo algum tipo de limpeza onde tão trabalhando? Eu particularmente tive uma intoxicação alimentária bem séria, nunca tinha passado tão mal na minha vida e olha que nem comi algo tão insalubre. Tem gente mais sensível que os outros, espero que vcs tenham mais sorte pq é horrível passar mal em outro país sem ter apoio (eu tinha seguro, sério façam um seguro viagem). Então é isso comam com sabedoria mas tb não tenham medo demais a ponto de não se permitir experimentar, e de jeito nenhum tomem água da torneira, só fervida ou mineral pq isso tenho certeza absoluta que vai te dar uma diarreia 5. aqui em Cochabamba tem um aplicativo chamado Trufi, que é o de transporte público, e de taxi funciona o InDrive. Em Santa Cruz funciona o Moovit e tem Uber. Em outras cidades não sei dizer o que funciona, mas entre essas 4 opções certo que conseguem algo. Sugiro fortemente pegar os trufis pq é uma Experiência que tem q ser vivida aqui, os que andam pela cidade são 2bs, pra pegar tu pode fazer sinal com o braço em qualquer lugar da rua que ele para e pra descer é só falar pro motorista, também em qualquer lugar, algo como bajo en la esquina por favor ou como vc preferir avisar que chegou no seu destino. 6. sobre o perigo: quando cheguei, me botavam muuuito terror dizendo que eu não devia sair sozinha, que não era pra andar na rua, que era pra deixar sempre mochila na frente do corpo, que era pra levar dinheiro e celular em pochete dentro da roupa, que não era pra sair mt cedo de manhã ou depois do fim da tarde, que aqui a galera vem com tesoura e corta tua mochila/bolsa/pochete sem tu ver (!!!!) e tudo mais. O que eu digo sobre isso é: bom, obviamente não se pode ignorar os conselhos de cuidado, mas eu sinceramente me senti bem mais segura aqui que na minha cidade (Porto Alegre). O rolê é que inevitavelmente temos cara de gringo e sempre tem gente ruim por todo lado, mas somos brasileiros e também vivemos em lugares perigosos, no geral sabemos nos cuidar desse tipo de perigo. Ando tranquila por aqui, mas também não fico rateando. 7. dinheiro: eu sinceramente não pesquisei todas as formas de sacar dinheiro pra refletir sobre qual vale mais a pena e tudo mais, então posso não estar fazendo o melhor, mas pra mim parece que Western Union vale a pena. Pros primeiros dias trouxe um pouco de grana em dólar, que é mais fácil trocar tanto no BR quanto aqui, e depois fiz transferência sempre do WU. eles cobram uma taxa de mais ou menos 10 reais por transferência, parece que independente do valor, e sempre achei bom pq no fim me davam mais grana do que aparecia no aplicativo que iam me dar. É bem prático, pra mim vale a pena E de resto é curtir o rolê. Isso que tenho de infos iniciais, seguindo no fórum conto dos lugares que conheci e indico na cidade de Cochabamba e no departamento de Cochabamba também, considerando como data fake de início de mochilão tipo 15 de dezembro e com final dia 7 de fevereiro, quando pego o voo de Lima pra São Paulo/Porto Alegre. Pouco menos de dois meses sozinha y ocasionalmente acompanhada pelos Andes. Minha rota pra daqui alguns dias vai ser algo como: (Sucre) --> La Paz --> Copacabana --> Puno --> Arequipa --> Cusco --> Nasca --> Paracas --> Lima Gracias y hasta luego!
  4. Fala galera, To na Bolívia e queria saber se alguém já passou 1 e 2 de novembro aqui, no día de todos santos e día de los difuntos. Queria sair a um pueblito, alguém tem dicas de pra onde poderia ir? Pelo departamento de Cochabamba Graciass y se alguém quiser se juntar a pueblear bora!
  5. Custos Pesos Bolivianos Reais Hospedagens Hotel 1 Hostal Citadella (Sucre) Bs280,00 Hotel 2 Hostal Nichkito (Uyuni) Bs196,00 Hotel 3 Hotel El Prado (Cochabamba) Bs284,37 Voos Gru - Santa Cruz de La Sierra - GRU R$ 2.308,50 pago em cartão de crédito Transportes Onibus Cometa p/ GRU Aeroporto (ida) R$ 73,70 Onibus Cometa p/ GRU Aeroporto (volta) R$ 65,92 Onibus Santa Cruz a Sucre Bs140,00 Onibus Sucre a Uyuni Bs140,00 Onibus Uyuni a Cochabamba Bs160,00 Taxi Aeroporto Santa Cruz a Terminal Bs70,00 Taxi Rodoviária Sucre a Hotel Bs10,00 Taxi Sucre a Rodoviária Bs10,00 Onibus Circular Sucre Bs3,00 Onibus Circular Sucre Bs3,00 Onibus Circular Cochabamba a Hotel Bs4,00 Onibus Circular Hotel a Term. Cochabamba Bs4,00 Taxi Term. Santa Cruz a Aeroporto Bs50,00 Alimentação Lanche Terminal Bs15,00 Lanche Terminal Bs10,00 Café Sucre Bs32,00 Almoço Sucre R$ 43,24 pago em cartão de crédito Café Sucre Bs32,00 Almoço Sucre Bs66,00 Café Uyuni Bs32,00 Almoço Uyuni Bs38,00 Jantar Uyuni Bs40,00 Jantar Uyuni R$ 56,19 pago em cartão de crédito Agua Bs17,00 Agua Bs7,00 Agua Bs5,40 Agua Bs8,00 Coca Cola Bs7,00 Almoço Cochabamba Bs30,00 Jantar Cochabamba Bs50,00 Café Cochabamba Bs28,00 Outros Ticket de Uso de Terminal Santa Cruz Bs6,00 Ticket de Uso de Terminal Sucre Bs5,00 Ticket de Uso de Terminal Cochabamba Bs5,00 Chip Celular Bs10,00 Chip Celular Bs20,00 Seguro Viagem (COVID-19) R$ 151,79 Presentes Sucre Bs75,00 Presentes Sucre Bs45,00 Presentes Sucre Bs40,00 Presentes Santa Cruz R$ 129,51pago em cartão de crédito Barbeador Bs6,00 Banheiros Bs10,00 Dinheiro (lembranças) Bs27,00 Passeios Sucre Bs80,00 Sucre Bs20,00 Uyuni Bs1.600,00 Uyuni Ticket Incahuasi Bs60,00 Uyuni Ticket Reserva Eduardo Avaroa Bs300,00
  6. Já tem UBER em Cochabamba ? Sei que já tem em La Paz e Santa Cruz de La Sierra. Como estava previsto a cidade de Cochabamba, não sei se já está em pleno funcionamento. Alguém sabe responder ? E se tem em outras cidades, além de La Paz e Santa Cruz ?
  7. Uma aventura tranquila, porém quem pretende fazer precisa ter pique e vontade. Sair de Cochabamba no sábado ás 9h da noite pela empresa Copacabana (paguei 80 bolivianos pelo leito, cerca de 40 reais). Viagem tranquila de muita descida devido Cochabamba estar há mais de dois mil metros acima do nível do mar, cheguei em Santa Cruz ás 7h da manhã, logo que desci comprei minha passagem para a cidade de Trinidad, meu ônibus para Trinidad saiu ás 9:30 da manhã o valor da passagem foi de 100 bolivianos (cerca de 50 reais), o valor muda dependendo da empresa. São mais de 50 empresas na rodoviária pra você escolher. Então saímos de Santa Cruz de la Sierra ás 9h30 em um leito também super confortável, paramos pra almoçar na estrada, entao chegamos em Trinidad ás 18h ,assim que desci logo comprei a passagem para Guyaramerim, não tem ônibus no mesmo dia e paguei 160 Boliviano (cerca de 80 reais) o ônibus iria sair no outro dia ás 10h da manhã, dai sair para procurar um hotel, como bom mochileiro pedi para um moto-táxi me levar no mais baratinho da cidade, então ele falou que lá eles chamam de pensão, paguei 40 Bolivianos a pernoite (20 reais) pelo preço vocês imaginam o luxo (risos), a localização era "boa", em frente a principal praça da cidade com um barulho ensurdecedor no quarto quente sem ar-condicionado ou ventilador e banheiro compartilhado, enfim... a aventura começou ali. Saimos no outro dia com um pequeno atraso(típico do país), o ônibus era cadeira(até que confortável), porém sem ar-condicionado e as janelas abertas, ai que pega pois a maior parte da estrada é terra batida e muita poeira, quando paravamos eu "cuspia tijolo" de tanta poeira, a viagem é demorada demais devido as milhares de paradas que os ônibus fazem para deixar e pegar outros passageiros, e a maioria das pessoas que viajam são casais e crianças, portanto é seguro dentro do ônibus. Cheguei no outro dia ás 9h da manhã em Guyaramerin, a dica que dou é que você embale bem sua bagagem devido a poeira. No mais é tranquilo!
  8. 12 dias de viagem pela Bolívia Puerto Quijarro, Santa Cruz de La Sierra, Vallegrande, La Higuera, Cochabamba, La Paz (El Alto), Copacabana, Isla del Sol, Isla de la Luna, Sucre. Eu e minha irmã fizemos uma viagem pela Bolívia. O período total, incluindo os trajetos dentro do Brasil de chegar na fronteira e voltar para casa, levou 15 dias. Na Bolívia mesmo foram 12 dias. Fizemos a viagem falando português. Claro que aprendemos um pouco de espanhol nesses 12 dias de Bolívia. Os comerciantes e mesmo na rua as pessoas compreendem e conseguimos nos comunicar. Não tivemos problemas de comunicação para locomover, comer ou em reclamar do serviço prestado. Fizemos isso em português e na medida que aprendemos um pouco do espanhol, passamos a fazer no “portunhol”. A viagem começou pegando voo para Campo Grande. Depois de descer do avião, saímos do aeroporto para a rodoviária de Campo Grande, pegamos ônibus coletivo. Foi bem tranquilo, as informações recebidas das pessoas na rua facilitaram se locomover na cidade. Na rodoviária de Campo Grande pegamos o último ônibus do dia 1º de junho de 2017 para Corumbá. O ônibus saiu às 23:59. Parece difícil de acreditar, mas eu e minha irmã passamos frio na rodoviária. Foi uma noite com temperatura diferente da que esperávamos. Tivemos que tirar as roupas da mochila e vestir. Muito frio, o vento ajudou a esfriar mais. Pouco antes das 23:59 entramos no ônibus e acordamos no outro dia cedo em Corumbá. Em Corumbá andamos a pé e de ônibus coletivo. Tem um ônibus que leva até a fronteira, acho que a passagem custa R$ 3,25. Em Corumbá conhecemos a chipa, um biscoito que parece pão de queijo, mas com formato diferente. Na fronteira a demora maior é passar pelo desembaraço do lado do Brasil, depois disso, no lado da Bolívia, é mais rápido. Minha irmã trocou parte de seus reais logo na primeira banquinha de câmbio de Puerto Quijarro, logo que entrou na Bolívia. Eu pensei em trocar depois, sonhei com uma cotação melhor, porém não deu certo. Ela conseguiu trocar cada real por 2,08 bolivianos. Este câmbio foi o melhor durante toda a viagem. Na maioria dos lugares trocam 1 real por 2 bolivianos. O câmbio ajuda bastante, converter os reais em bolivianos. O custo das coisas na Bolívia, em comparação com os preços praticados no Brasil, sai em conta. A exceção fica por conta de alguns locais turísticos com preços em dollar. Em Puerto Quijarro andamos a pé e de táxi. Na Bolívia é bem tranquilo andar de táxi, os preços, se comparados com os do Brasil, são mais em conta, tenha atenção somente em combinar o preço antes da viagem. Outra coisa, os carros são mais velhos. De Puerto Quijarro para Santa Cruz de La Sierra fomos de trem, no Ferrobus. O preço da passagem de trem (Ferrobus) é a mais cara para sair de Quijarro e chegar a Santa Cruz, são 235 bolivianos. As outras opções, trem da morte ou ônibus, custam em média 70 bolivianos. Conversamos com um taxista de Quijarro, ele disse que há universidade na cidade com curso de medicina, que sua mulher faz o curso. Há também na cidade shopping China, mas não chamou nossa atenção, os preços estão em dólar. No final da tarde fomos para o terminal pegar o trem (Ferrobus). A maioria dos passageiros no dia que viajamos não eram bolivianos. A poltrona do trem é boa, dá para dormir, lá pelas 20:00 oferecem a janta – é vendida a parte - o prato é arroz e pollo com papas (frango com batata frita). Na manhã seguinte chegamos em Santa Cruz. Em Santa Cruz conhecemos a “Plaza 14 de Septiembre”. Há alguns cafés próximos, um museu com algumas exposições, tinha o kiosko e yarituses (artes bolivianas), há também uma casa de cultura próximo da praça com exposição de quadros e apresentação musical. Andamos na cidade para conhecer os mercados, feiras e biblioteca. Vimos uma rua que é movimentada à noite, há várias portinhas com “mariachi – músicos com estilo mexicano”. Na Bolívia o principal prato dos restaurantes visitados foi “pollo com papas” (frango com batata frita). É muito comum, se quiser ser rápido para receber o almoço ou janta, peça um. Depois de Santa Cruz fomos conhecer Vallegrande. Pegamos van em Santa Cruz, na praça Oruro. Desta praça saem vários para Vallegrande. O motorista da van corria, fazia ultrapassagem de forma um pouco perigosa, mas chegamos. Para chegar a Vallegrande passamos por Samaipata, disseram que há algumas ruínas, registros históricos, parece ser interessante conhecer Samaipata. Na praça principal de Vallegrande (Plaza 26 de Enero) tem internet com acesso livre, pode aproveitar para mandar mensagem. Nos lados da praça ficam uma igreja, a prefeitura, o centro cultural da cidade e um café interessante para beber chá de coca. Ficamos numa pousada bem legal em frente a praça. À noite fez muito frio, mas frio mesmo, e o chuveiro só caia água fria, minha irmã acabou deixando a torneira aberta esperando para a água esquentar, mas nada de “água caliente”. A casa da cultura é o ponto para quem quer pegar um mapa da cidade e orientações sobre a Rota de Che Guevara. Se quiser comer algo, o mercado da cidade é a indicação, tem Api e outros sucos, tem algumas opções de bebidas alcóolicas (não lembro os nomes, só sei que comprei e bebi com minha irmã uma garrafinha). A Rota de Che é feita uma parte na cidade, visitando o hospital, o antigo campo de pouso de aviões e onde estão os restos mortais dos demais guerrilheiros. A outra parte é conhecer La Higuera e a Quebrada del Churro (acredito que se escreva assim). Para ver a parte da cidade preferimos ir com guia para ouvir as histórias, foi cobrado 45 bolivianos por pessoa. Isso é acertado na casa da cultura, ao lado da prefeitura. O guia vai mostrar caminhando ou no táxi, se for no táxi ele cobra mais 30 bolivianos. Conhecemos a lavanderia do hospital, local que aparece nas fotos com Che Guevara já morto. O guia disse que depois de morto, já na lavanderia, os militares abriram para a população ver o corpo, aos fotógrafos e jornalistas. Há também o campo de pouso dos aviões para visitar, este local foi desativado para os aviões e hoje está um museu de recordações de Che. Foi muito interessante visitar, viver isso, passar por este local e sentir que ainda há chama acesa daquele pensamento de Che vivo. O local de enterro de Che Guevara, pelo relato do guia, foi descoberto 30 anos depois de sua morte, que ocorreu 1967. A descoberta se deu porque um militar que participou da operação de captura e morte falou que Che estava enterrado no campo de pouso, que não tinha sido levada para outro lugar. Vallegrande e La Higuera são locais de resistência e luta, pois em conversa com o guia, mesmo depois desses acontecimentos, de sua representação simbólica em monumentos de recordação na cidade, a região é muito de direita, mesmo com a eleição vencida por Evo Morales, e continua a prefeitura tendo alcalde (prefeito) de orientação de direita. Por outro lado, essa parte do turismo é aproveitada, porque vem comemorando a data da morte de Che e neste ano de 2017 vão promover o evento de 50 anos sem Che. O outro local a visitar são os túmulos com os restos mortais de outros combatentes da guerrilha. O local fica atrás de uma área do rotary club da cidade. A guerrilha teve participação de mulher, teve a guerrilheira argentina Tania. Para conhecer La Higuera acertamos com o taxista 250 bolivianos pela viagem. Ele nos levou e trouxe. No meio do caminho ele vai mostrando os locais que Che passou. Nós não fizemos a trilha da “quebrada del Churro”, por onde o grupo de Che passou. Acho que perdi nesse ponto, vale a pena fazer a trilha, todos que fizeram gostaram. Em La Higuera tem a escola que Che ficou preso com os demais companheiros e, por informação do guia, onde foi morto pelos militares. Essa escola não funciona hoje mais para o ensino, é hoje local para recordações e visitas. Foi erguida uma a nova escola. Ergueu-se também um monumento de Che bem na frente da pracinha de La Higuera e outro ao lado da escola nova, onde há o monumento da cabeça de Che. Dentro da escola nova há fotos de eventos com familiares de Che e de Fidel. Já na escola em que Che ficou preso há várias mensagens nas paredes, bandeiras, quadros contando parte da história e um que chamou a atenção, o de que Che e seus companheiros eram procurados e havia recompensa. Pelo relato do guia, Che veio para a Bolívia por causa do país estar numa posição geográfica central na América do Sul, já havia base do partido comunista, seria campo para fazer escolas de guerrilha. Porém, o serviço americano de espionagem teve informações da presença de Che na Bolívia e daí os guerrilheiros enfrentaram uma propaganda contrária forte com recompensa por informações e captura. O guia disse que os guerrilheiros se separaram em dois grupos, um com Che e outro com Joaquim. Por estas condições adversas, Che já não poderia aparecer, a propaganda também inflava o povo contra a guerrilha, pois dizia que vinham para tomar as terras, uma propaganda que ganhou forças visto o relato do guia de ter havido reforma agrária na Bolívia anos antes da chegada de Che. Outro fato dito pelo guia era que os exercícios de reconhecimento dos terrenos, nesta altura do tempo, eram feitos à noite, de madrugada. E numa dessas madrugadas, um camponês avistou o grupo de Che passar por suas terras e logo avisou o exército boliviano, que cercou o terreno e de emboscada renderam o grupo. Che levou um tiro na perna e foi ajudado a ir à escola de La Higuera por dois companheiros. A escola de La Higuera serviu de prisão até sua morte e dos companheiros. Há também o relato de que a captura do Che foi comunicada por telégrafo com a mensagem de “De buen dia a papa” (acredito que se escreva assim). Che recebeu a identificação de “papa” na comunicação dos militares. Voltamos para Vallegrande no meio da tarde. Na rodoviária da cidade tentamos comprar as passagens para Cochabamba, porém estavam os ônibus lotados. Daí nos deram ideia de pegar uma van até Mataral, cidade em beira de estrada, pois poderíamos pegar um ônibus para Cochabamba. Porém, não foi possível. Em Mataral, deram-nos outra ideia, ir para Comarapa, e de lá sim conseguiríamos ir a Cochabamba. Em Comarapa conseguimos as passagens para Cochabamba. As distâncias na Bolívia, a depender da região, são relativamente pequenas, mas leva-se muito tempo de viagem. Há muitas estradas sem asfalto (ou com trechos asfaltados), passa-se por encostas de morro (ou da cordilheira), do lado da estrada é um precipício, por pequenos córregos. Nesta viagem a Cochabamba sentimos o ônibus passar por estrada de chão, poças de água ou pequenos córregos, brincamos até que, se o ônibus pifasse ou ficasse preso num buraco, todos desceriam para empurrar, os gringos, as chulas, todos ajudariam. Chegamos em Cochabamba de madrugada, por volta das 4:00, muito frio, esta noite eu não consegui dormir, sentei do lado dum boliviano das ancas largas, ele não se comportava no assento dele. Procuramos um alojamento para terminar a noite. Encontramos um bem esculhambado e ficamos nele, não havia opção naquele horário, nem poderíamos correr o risco de ficar andando de madrugada. Em Cochabamba conhecemos um museu arqueológico de uma universidade local (San Simon), subimos até o Cristo de la Concordia por teleférico, visitamos mercados e feiras. Andar em Cochabamba é tranquilo, pelo menos no centro, há indicação dos nomes das ruas nas esquinas. Experimentamos a pamonha deles (huminta). No dia seguinte fomos para La Paz, chegamos à noite. Ficamos num hotel (diária de 160 bolivianos para duas pessoas, duas camas) na zona turística, próximo do mercado das bruxas e do museu da coca. Nesta noite, depois de deixar as coisas no hotel e seguindo as orientações do taxista, formo a um pub inglês próximo do hotel (The English Pub). Olha, eu como visitante da Bolívia, preferia ir num bar boliviano, confesso que não gostei do pub inglês. No outro dia fomos andar no mercado das bruxas e no mercado Camacho. Conhecemos o El Alto, lá convertemos mais reais em bolivianos, cada 1 real por 2,06 bolivianos. Andamos de teleférico para o El Alto. Lá no final da linha vermelha do teleférico tem uma feira, muita coisa é vendida lá. Peças usadas de carro velho, roupa, comida, equipamentos de celulares e o que costumamos a ver por aqui nas feiras de produtos chineses. No El Alto há terminal e uma rodoviária informal onde há saídas de ônibus para todo lugar. Em La Paz visitamos a Plaza Murillo, onde fica a sede do parlamento boliviano. Nós entramos na Assembleia dos Deputados no grupo visita das criancinhas das escolas. Foi divertido visitar o parlamento boliviano no meio dos chicos e chicas. Em La Paz comemos carne de Ilama. Não é servido a carne de llama em qualquer restaurante, onde nós encontramos foi em dois restaurantes próximos do mercado das bruxas. O preço é dado em dólar. O prato foi 95 bolivianos e veio com batata frita e poderia se servir do buffet com as demais opções. De La Paz fomos para Copacabana. Adoramos o lugar, ficamos pouco tempo. Em Copacabana ficamos numa pousada que da janela do quarto dava para ver o lago Titicaca. Comemos trucha com arroz e batata frita, assim que chegamos num conjunto de barraquinhas próximo ao lago. O peixe é muito bom. Andamos ali pela frente do trapiche, onde os barcos param, no final da tarde. Muito frio. Depois andamos pelas ruas do centro de Copacabana, é pequena a cidade. À noite comemos nas barraquinhas de comida da feira na rua. Minha irmã comeu carne de Alpaca, acredito que seja parente da Ilama. No outro dia visitamos as Islas de la Luna e del Sol. Tiramos fotos lindas. O local é lindo. Fizemos uma trilha na Isla del Sol. Cansamos bastante e com falta de ar, destaque para a altitude de algo em torno de 4 km acima do nível do mar. Quando termina a trilha tem a fonte da juventude, os turistas são quem param pra molhar as mãos, o rosto, alguns bebem a água. Depois, já na margem, tem uns bares. Comi trucha novamente e minha irmã pediu sopa, mas não gostou, ficou reclamando da sopa, pois tinha cabelo e reclamou ao dono do bar. Neste momento percebi que reclamar em português é compreensível ao boliviano, não precisa gastar o portunhol. O dono do bar entendeu perfeitamente a reclamação em português e minha irmã entendeu o espanhol dele. Depois de Copacabana, voltamos para La Paz. Estava acontecendo a festa do Gran Poder. No hotel, em La Paz, vimos um pouco do Gran Poder pela janela, as ruas cheias, muitos bêbados, assim como carnaval no Brasil. Chamei minha irmã para conhecer a festa, mas ela não se animou, também estava no final, logo depois acabou a música. A coisa chata que aconteceu comigo foi comprar um cartão de memória pro meu telefone numa dessas barraquinhas de coisas da china. Meu telefone estava cheio de fotos e vídeos, sem espaço para mais nada. O que aconteceu, no dia em que estava em Sucre, percebi que o telefone não reconhecia o cartão de memória, enfim, perdi minhas fotos e vídeos que tinha transferido para o cartão de memória. Essa parte foi a mais chata, perdi muitas fotografias e vídeos, com destaque para as paisagens de Copacabana, do lago Titicaca e das ilhas. Na programação que a irmã fez ainda faltava visitar Sucre e Potosi, mas o tempo era curto. Resolvemos comprar passagens de avião para ir de Sucre a Santa Cruz, com objetivo de conhecer pelo menos Sucre. Então, deixamos de conhecer Potosi. De La Paz fomos de ônibus para Sucre. Chegamos em Sucre bem cedo, procuramos por pousada, mas as opções boas eram muito caras e as outras eram de quartos compartilhados. Uma que tinha propaganda e indicações boas para ficar, não abriu as portas quando batemos. Ficamos num alojamento próximo da plaza 25 de Mayo, o banheiro era compartilhado, não havia fechadura na porta pelo lado de dentro. Encostamos a mesinha na porta, isso serviria apenas de sinal para acordar se alguém abrisse a porta à noite ou durante o dia. Em Sucre conhecemos o mercado central, o mercado negro, o parque Bolivar, a Ricoleta (aqui fica o museu indígena e barraquinhas de artesanato e roupas bolivianas). Indicamos conhecer o museu do Sombrero, há opções boas de chapéu, os preços são razoáveis. Eu e minha irmã compramos, cada um, um sombrero que custou na faixa de 110 bolivianos. Do lado do museu do sombrero fica a fábrica. Outro lugar para visitar é o cemitério, minha irmã que fez questão de conhecer. Em Sucre há bons cafés próximos da Plaza 25 de Mayo, há também o chocolate de Sucre, comemos um chocolate recheado de coca, bem gostoso. De Sucre voltamos para Santa Cruz de La Sierra por avião. O aeroporto fica distante da cidade de Sucre, pagamos ao taxista pela corrida 60 bolivianos. No retorno à Santa Cruz não visitamos nada de desconhecido, fomos na plaza 14 de Septiembre e ficamos por ali. Compramos mais alguns artesanatos ali próximo da praça, tivemos que converter mais reais em bolivianos. Minha irmã conseguiu converter cada real por 2,06 bolivianos, já quando fui converter os meus reais me deram 2,05 bolivianos por cada real, disseram que havia abaixado o preço naquela tarde. Fomos de Santa Cruz para Puerto Quijarro de ônibus (70 bolivianos cada passagem). Daí pra frente foi passar pela fronteira e chegar em casa. A única coisa que tem para contar de mais interessante é que em Campo Grande, enquanto esperamos o avião, fomos conhecer o parque da cidade (Parque das Nações Indígenas), do lado há o Museu de Cultura com nome da Universidade local, Dom Bosco (este museu estava fechado) e o Shopping Campo Grande. De mais, pegamos o voo em Campo Grande, eu voltei para Brasília e minha irmã para Palmas.
  9. Bom, galera, moramos em uma cidade na fronteira do Brasil com a Bolívia, chamada Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia. Cruzando o rio, chegamos a Guayaramérin, cidade localizada no departamento do Beni, onde pegamos o voo, em um sábado, dia 08 de Abril de 2017. Pagamos R$ 692,00 pelas passagens de ida e volta para Cochabamba (R$ 346,00 cada). A estrutura do aeroporto de Guayaramérin é bem precária, resumindo-se à pista de pouso e a uma estrutura metálica coberta onde os passageiros são abrigados. Às 11h fizemos o check-in na sede da empresa Eco-jet; almoçamos e seguimos para o aeroporto, onde amargamos uma espera de mais de três horas, pois o voo atrasou. Chegamos em Cochabamba por voltas das 18h e rumamos para a casa de uns amigos, que nos hospedaram até terça-feira (11/04). Em Cochabamba, aproveitamos o domingo (09/10) para conhecer o mercado La Cancha, uma enorme feira livre cheia de brechós e diversas lojas com preços convidativos, onde aproveitei e comprei uma jaqueta de couro por R$ 135,00. No fim da tarde, visitamos o Cristo da Concórdia, o cartão-postal da cidade, onde assistimos a um belíssimo pôr do sol. Cochabamba é uma cidade cheia de opções para a noite, com barezinhos e restaurantes de excelente qualidade. Gostei mais de lá do que de La Paz, a qual conheci em outra ocasião. Deixamos a segunda-feira para acertarmos os demais detalhes da viagem. Compramos uma passagem, para o dia seguinte, de trem, o Expresso Del Sur, de Oruro até Uyuni. Esse trem só sai às terças-feiras e sextas-feiras, às 14h30min. A passagem foi adquirida antecipadamente por uma Agência de Viagens chamada Viccio Tours, super confiável, que também nos emitiu as passagens aéreas. Pagamos R$ 60,00 pela passagem, na classe executiva. Compramos, também, na rodoviária, uma passagem de Cochabamba até Oruro, com saída às 6h da manhã, pela qual pagamos cerca de R$ 17,00. Saímos de Cochabamba com destino a Oruro no horário marcado. A distância entre as duas cidades é curta, cerca de 215 km, mas como a estrada é só de subidas e de curvas sinuosas, levamos em torno de 4h30min até chegar ao destino. Lá chegando, pedimos a um taxista que nos levasse até a imagem da Virgen de Socavón, padroeira dos mineradores, maior imagem dedicada à Nossa Senhora erigida na América do Sul. Essa santa é cheia de mistérios e histórias a envolverem o sincretismo religioso dessa cidade, conhecida por seu exótico carnaval. Sacamos algumas fotos e o taxista nos deixou em um restaurante ao lado da estação de trem. Pagamos pelo almoço cerca de R$ 30,00 e, detalhe, no restaurante não tinha wi-fi. Às 14h30min o trem partiu de Oruro com destino a Uyuni. A distância entre as cidades é de cerca de 318km, mas como o trem se move em velocidade lenta, só chegamos ao itinerário às 21h30min. Você pode optar fazer a viagem em menos tempo, caso queira ir de ônibus. Há diversas empresas que fazem esse trajeto de Oruro; Não vale a pena comprar passagem de trem que não seja na classe executiva, pois é uma verdadeira muvuca e certamente você não terá sossego em ter de dividir um banco que não reclina com mais outras três pessoas por sete horas seguidas de viagem. O trecho de trem é lindo, com paisagens impressionantes. O trem não é luxuoso, mas fornece serviço de bordo e há um vagão climatizado onde se pode comer bem e tomar cervejas locais, como a deliciosa Wari. Chegando em Uyuni, fomos diretamente para o hostel, que reservamos pelo booking.com. Optamos pelo Reina do Salar. Pagamos uma diária, em quarto compartilhado e banheiro não privado, por R$ 60,00, por pessoa. Deixamos lá as coisas, tomamos um banho e fomos em busca de comer algo. A cidade tem uma rua principal com várias opções de restaurantes. Fazia um frio imenso, escolhemos uma pizzaria que tinha aquecedor e wi-fi e nos alimentamos. Amanhecemos o dia e fomos em busca de uma agência para fechar o passeio. O amigo da Viccio Tour nos indicou a Manager, com quem fechamos o passeio completo de 3 (três) dias, por R450,00, com quase tudo incluso (café da manhã, almoço, jantar), com exceção da taxa de R$ 75,00 para visitar a Laguna Colorada, a taxa de R$ 17,00 para a Isla Incauhasi, além dos banhos por onde passarmos, pelos quais devemos pagar cerca de R$5,00. Éramos um grupo de 6 (seis) pessoas, quatro brasileiros e dois venezuelanos. Voltamos para o hostel e às 10h30min o motorista veio nos buscar, em um 4x4. 1º DIA Iniciamos o passeio passando em uma tenda para comprar água e alguns lanchinhos. Recomendo que cada um compre cerca de 5l de água. É imprescindível que levem remédio para dor de cabeça, dor de barriga, enfim, primeiros socorros. Seguimos para o Cemitério de Trens, onde tivemos uns 30min para tirarmos algumas fotografias, depois seguimos para um lugarejo bom para comprar artesanato e onde almoçamos (quinoa, batatas, salada, banana cozida e carne de rês). Nosso motorista era ótimo e bem atencioso, um senhor muito educado chamado Hugo. Depois do almoço rumamos para o meio do Salar e em menos de uma hora chegamos ao monumento do Rali Dakar. A imensidão do Salar impressiona e nos deixa hipnotizado. Não conseguiria descrever com palavras a sensação de estar nesse lugar deslumbrante, mas as fotografias aqui anexadas dão um pouco da dimensão dessa beleza. Tiramos algumas fotografias também nesse lugar dedicado a diversas bandeiras de vários países e times de futebol e logo depois nos dirigimos a Isla Incauhasi, a Ilha dos Cactos Gigantes. Aqui ficamos em torno de duas horas. É uma caminhada íngreme, mas bela. Do alto temos uma visão perturbadoramente bela da imensidão branca de sal por trás dos enormes cactos seculares. Descemos a ilha e fomos dar um passeio pelo deserto, onde escolhemos um local ermo para tirarmos fotos em perspectiva. Depois, saímos em busca de um espelho d'água. Por sorte, nessa época ainda encontramos um trecho alagado, onde tiramos as melhores fotos e vimos o mais lindo por do sol da minha vida. Seguimos, por fim, para o alojamento. Um frio castigador já caía sobre o local. Os banhos só podiam ser realizados um por vez, pois o aquecedor era a gás e não tinha pressão para bombear por mais de uma ducha. Pagamos a taxa de R$ 5,00, tomamos o banho; serviram-no uma deliciosa sopa de legumes de entrada e depois um típico piquemacho (carne, ovos cozidos, salsicha, pimentão e tomate). Dormimos cedo, porque a saída do dia seguinte estava marcada para as 5h30min. 2º DIA O segundo dia foi reservado para visitarmos algumas lagunas, como a Canapa e a Hedionda, além de elevarmos a subida em altitude, passando por diversos vulcões inativos. Visitamos a famosa Árbol de Piedra e seguimos para a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, perto da fronteira com o Chile, onde está localizada a deslumbrante Laguna Colorada com seus tons rubros e diversos flamingos. Ficamos na Laguna Colorada até o entardecer e seguimos para o alojamento. Foi o maior frio de toda a minha vida. Não havia termômetros para medir a temperatura, mas ela certamente estava alguns graus negativos. O alojamento é nos mesmos moldes do anterior, com um detalhe negativo: só temos 2h de energia elétrica, das 19h às 21h, suficientes para carregarmos as baterias de câmeras fotográficas e aparelhos celulares. 3º DIA Acordamos 4h30min, pois sairíamos às 5h. Tomamos o café da manhã e seguimos rumo aos gêiseres, onde assistimos ao sol nascer. O frio não deu trégua, mas foi incrível ter contato com a terra viva emitindo aqueles vapores sulfurosos. Depois, seguimos para o Deserto de Siloli, ou Deserto de Dali, um lugar de beleza surreal, tal qual as pinturas do pintor catalão. Seguimos para a Laguna Verde, que não estava nada verde por conta do vento forte e voltamos para as Termas de Polques, um lugar lindíssimo e onde o banho é para os corajosos, pois tirar a roupa naquele frio, entrar na água quente e, depois voltar a enfrentar o frio glacial, não é tarefa fácil; mas me rendi ao desafio. Depois, recomeçamos o retorno ao Uyuni. Almoçamos em um pequeno lugarejo, passamos por uma Selva de Pedras e, por fim, chegamos a Uyuni às 16h da tarde. Às 18h compramos passagem de ônibus com destino a Oruro. Chegamos lá às 22h, onde compramos passagem para Cochabamba, com saída às 22h30min. Chegamos em Cochabamba às 3h e voltamos ao Brasil às 11h40min. Detalhes: As estradas de Cochabamba – Oruro – Uyuni são péssimas, pois estão sendo duplicadas. Não é um trajeto tranquilo, é bem estressante. Ouvi falar que a ida por La Paz é mais tranquila. Os valores aqui estão em reais. Um real estava valendo cerca de 2,15 pesos bolivianos. Fiz o câmbio em Guayaramérin. O câmbio em Uyuni estava em torno 1 real para 1,90 pesos bolivianos. Levem carregadores portáteis. O custo total da viagem foi em torno de R$ 1.800, com as farras de Cochabamba que não contabilizei. É, portanto, uma viagem barata, que mais exige coragem.
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