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  1. Fala galera, estou procurando relatos se alguém já fez a Transpantaneira a pé fazendo camping selvagem. Será que é seguro na questão de animais selvagens e/ou possíveis grupos locais? Existem pontos de apoio para quem não pode gastar muita grana? Abraço!
  2. INTRODUÇÃO Pode até parecer que esse relato foi feito para você, mas não foi. Esse projeto de relato é apenas uma tentativa de organizar minhas ideias, mas se você quiser acompanhar já que ele é público, pode ficar à vontade. Bem... após 2 anos e meio de pandemia resolvi voltar a fazer mochilão. Daí como ainda estou temerosa das incertezas que a pandemia trouxe no sentido das restrições de acesso, permanência e retorno das viagens internacionais, resolvi fazer um mochilão pelo Brasil. Acabei de comprar as passagens, segue os trechos: 1- Salvador x Cuiabá 2- Cuiabá x Brasília 3- Brasília x São Paulo 4- São Paulo x Belo Horizonte 5- Belo Horizonte x Vitória (trem) 6- Vitória x Teresina 7- Teresina x Salvador Não coloquei as datas porque não quero nenhum maluco na minha cola, sei o que você deve estar pensando e a resposta é não, eu não tenho mania de perseguição.😏 Não sei se é interessante pra vocês saberem os preços que paguei nas passagens, elas andam variando tanto que talvez esse dado não tenha a menor importância, mas só pra matar a curiosidade, gastei um total de 2325 reais nos 6 trechos, excluindo o 5, que será feito de trem, era até um trecho barato pra fazer de avião, mas eu descobri que tem um trem partindo de Belo Horizonte até Vitória, acho que com duração de 14 horas e que a vista é bem bonita, curto experiências e essa me cativou. Após essa viagem ficará faltando 3 estados brasileiros pra que eu possa concluir os 26 estados do nosso Brasil. Quem sabe o próximo mochilão será Acre, Amapá e Rondônia? Coisa pra se pensar depois. Certo... meu estilo de viagem é estilo canguinha, não um canguinha doentio tipo os Muquiranas lá do Discovery, mas uma canguinha que não paga mala despachada, dorme em hostel a maior parte do tempo, usa transporte público quando se sente relativamente segura, não frequenta restaurantes caros, etc e tal. Tenho uma experiência até que grande na arte de mochilar mas me sinto um pouco enferrujada. Mochilar pra mim era uma atividade nata, tinha uma facilidade boa para desenrolar uma viagem. Hoje, não sei se esses dois anos e meio de pandemia me fizeram perder a prática ou se as mudanças na internet estão me causando um pouco de dificuldade no planejamento. Deixe-me explicar melhor o que quero dizer com "mudanças na internet"🤔 me refiro a migração massiva dos dados escritos informativos para dados audiovisuais expositivos, os relatos passam a ser mais para impressionar do que pra informar, é tipo... "Vejam, estou aqui!" e não, "Vejam como chegar aqui!". Daí você acaba perdendo grande tempo consumindo esses conteúdos por vídeo que quando o objetivo não é se exibir é focado em te vender algo, seja a fórmula mágica para viajar barato ou seguro ou hospedagem... Tá, mas chega de filosofar, vamos para o que interessa. Serão no total 32 dias de viagem e abaixo indico quantos dias serão em cada estado. Confesso que decidi a quantidade de dias de permanência em cada estado sem muito embasamento, daí caso eu tenha cometido algum erro, no sentido de não ter tempo hábil para fazer tudo que desejo em cada local, ficará uma lição para vocês e o livramento de cometer o mesmo erro que eu. De nada! 1- Mato Grosso 6 2- Brasília 4 3- São Paulo 4 4- Minas Gerais 6 5- Espírito Santo 5 6- Piauí 6 Se você somou pra ver se dá 32 dias, você precisa se tratar, afinal anda muito desconfiado, fica a dica. Se você não somou precisa se tratar também, porque as pessoas estão te enganando e você nem nota. Conclusão: se tratem! A partir daqui vai começar um monte de "nãos seis". Alimentarei o relato com os dados e dicas obtidas nas buscas de hospedagem, agências de turismo, passeios, deslocamento rodoviário, orçamentos, possíveis percalços, exigência física para as atividades, possíveis perrengues, golpes, cuidados a serem tomados... MATO GROSSO Distâncias: Cuiabá - Pantanal (1h30min / 104Km) Pantanal - Chapada dos Guimarães (2h30min / 169Km) Chapada dos Guimarães - Cuiabá (1h / 66Km) Cuiabá - Nobres (1h50min / 120Km) Dia Local Passeios R$ Dia 1 Pantanal Deslocamento até lá o Pantanal e Focagem noturna Dia 2 Pantanal Dia 3 Pantanal Dia 4 Nobres Aquário Encantado, Cachoeira da serra azul, Lagoa das araras, boia cross Dia 5 Chapada dos Guimarães Circuito das Cachoeiras Dia 6 Chapada dos Guimarães Cidade de Pedras, Véu de Noiva, Vale do Rio Claro, Crista de Galo Dia 7 Cuiabá Amadurecendo as ideias, nada fará sentido, será editado posteriormente. Chegada em Cuiabá as 7:20 de uma terça-feira. Partida de Cuiabá segunda-feira as 10h. Não alugarei carro, farei os deslocamentos de ônibus e contratarei passeios na região. 1. PANTANAL Principais cidades do Pantanal do Norte: Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé 1.1. Hospedagem Estou tendo dificuldades de encontrar hostel na região do Pantanal, as pousadas não possuem preços atraentes já que o público alvo da região parece ser a "gringalhada" e por isso existem muitas opções de hotel fazenda que oferecem um serviço completo que inclui hospedagem, passeios, boa estrutura, alimentação. Encontrei o relato do Eder Fortunato e creio que seguirei o conselho dele de ficar hospedada no Hotel Canoas em Poconé, ele fica localizado no início da transpantaneira. Entrei em contato com o hotel, preço atraente, mas senti falta de um site para verificar como de fato é o local, além de preferir reservar pelo booking, coisa que não é possível. Importante reservar um quarto com ar condicionado. Enquanto as pessoas normais tem medo das cobras e jacarés da região eu estou mesmo é com medo do calor extremo. 1.2. Passeios O hotel ficou de verificar alguns passeios para mim. Ainda não sei exatamente o que quero ver ou fazer. Mas pelo que entendi os passeios são focados em 6 atividades: cavalgada, pesca, passeio de barco, visita a Porto Jofre para ver onças, trilhas nos hotéis fazenda e focagem noturna. De início já estou descartando o avistamento de onças por se tratar de uma atividade onerosa. Abaixo o relato mais completo que encontrei de lá. 2. CHAPADA DOS GUIMARÃES 2.1. Hospedagem Se hospedar em Cuiabá ou na Chapada do Guimarães. Onde?? não sei 1.2. Passeios Entrei em contato com alguns guias da região para me inserir em algum grupo já que o preço cai muito dessa forma. Uma guia me apresentou um folder bem detalhado das atividades que tem por lá com fotos, valores e dicas. Por enquanto penso em fazer essas 5 atividades listadas abaixo: 1. Cidade de Pedra - Entrada até as 11h com condutor autorizado pelo ICMBio, limite de 120 pessoas. 2km de ida e 2km de volta, uso de perneira 2. Cachoeira Véu de Noiva - Esse parece ser o cartão postal da Chapada dos Guimarães, aberto diariamente das 09h às 16h. 3. Boia Cross - Consiste num passeio sobre uma boia (🙄 ora ora ora temos uma cherloque rolmes) de 5km pelas corredeiras do Rio Claro até o Rio Paciência. Dura cerca de 3,5h. 4. Mirante Geodésico 5. Circuito Águas do Cerrado (será que é o mesmo Circuito das Cachoeiras?) e a tarde Mirante Morro dos Ventos 3. CUIABÁ Hostel Dom Bosco 4. NOBRES Bom Jardim Links importantes: https://www.mochileiros.com/topic/88730-pantanal-norte-mt-relato-com-valores-e-fotos/ - Melhor relato encontrado https://www.icmbio.gov.br/parnaguimaraes/guia-do-visitante/43-atrativos.html#oqfazer folder-guimaraes-19-02.pdf
  3. OI! estou saindo agora em julho de POA para uma viajem q sempre estive ansioso pela realização... Irei a Foz Do Iguaçu, seguirei caminho pelo interior do Paraná com destino final ao Pantanal Mato Grossense. Queria ajuda dessa galera aí que como eu adora viajar e tenha ido ao PANTANAL que me ajudasse com OQ LEVAR para passar cerca de 20 dias lá?? saibam que meu plano é de somente ACAMPAR e como sempre fazer viajens com pouquissima grana...Como o territorio é inóspito qq ajuda cairia BEM...OBRIGADO
  4. Em agosto de 2019, passei 4 dias no Pantanal Norte, que fica no Mato Grosso, foi difícil achar relatos desse lugar, por isso, resolvi fazer um. Eu vou focar nas dicas de passeios, e menos nos detalhes do que eu fiz no dia-a-dia(até porque tenho péssima memória). Pra quem gostou das fotos, eu posto muito mais no meu instagram, segue lá: http://instagram.com/ederfortunato Pantanal O Pantanal é uma região bem grande, sua parte norte, que fica no Mato Grosso, tem como ponto central para visitação a Rodovia Transpantaneira, uma estrada de 145km de terra batida, que dá acesso às várias pousadas/hotel fazenda, e onde você encontrará muitos animais no seu percurso, principalmente jacarés, tuiuiús, garças, capivaras e se tiver sorte até onças-pintadas. No início dessa estrada, fica a cidade de Poconé, e no final dela, fica a região de Porto Jofre, nas margem do Rio São Lourenço(é bom lembrar desses pontos para o resto do relato). Esse é um mapa que peguei com um guia de lá, dá pra ter uma boa ideia da localização dos pontos mais importantes. Existem outras cidades na parte norte que podem ser usadas de base para conhecer o Pantanal Norte, como Cáceres mais para o lado da Bolívia, e Barão de Melgaço que pega a parte do Rio Cuiabá. Roteiro: Fiquei 4 dias em Poconé, e todas manhãs saía em direção a Estrada Transpantaneira para fazer algum passeio, e valeu a pena fazer assim, pois consegui economizar muito com hospedagem, que é o mais caro da viagem. Se fosse fazer novamente, eu ficaria 3 dias no Sesc Pantanal, que é um pouco mais caro do que ficar em Poconé, mas pelo preço vale a estrutura do lugar, e ficaria 1 ou 2 dias em Porto Jofre, pois fazer o bate/volta para lá no mesmo dia é cansativo, melhor passar a noite lá e voltar no outro dia. Caso decida não ficar hospedado nas pousadas, alugar um carro acaba sendo necessário, caso contrário vai ficar dependendo das opções de passeio da sua pousada/agências, o que acaba deixando a viagem mais cara, por outro lado, se você escolher ficar numa dessas pousadas, acho que ficar apenas nela aproveitando o lugar seja de forma mais tranquila seja uma opção. Alugar um carro compensou para mim, pois foi possível visitar várias pousadas, e fazer os passeios de cada uma delas, assim consegui observar animais diferentes, em regiões diferentes, já que cada pousada fica bem distante uma da outra Chegando lá: De Cuiabá, são apenas 100 km até chegar em Poconé, a estrada é asfaltada e muito boa. Existe a opção de ir de ônibus, mas eu recomendo que você alugue um carro para se locomover com mais liberdade por lá. Na época de seca(fui em agosto) aluguei um carro 1.0, até deu conta de atravessar a Transpantaneira, foi meio desconfortável em vários pontos, pois a estrada é toda de terra, e as pontes são de madeira, algumas caindo aos pedaços, então recomendo que alugue um carro alto ou até um 4x4. Dicas: Uma coisa que você tem que ter em mente antes de ir, é que mais de 90% dos turistas no pantanal, são gringos, e por causa disso, o preço dos serviços é bem caro, principalmente hospedagem. A melhor hora de fazer os passeios, quando os bichos estão mais ativos, é no início do dia, e no fim de tarde, então evite passeios de barcos/trilha que aconteçam bem ao meio dia. A exceção a isso são as onças, elas ficam mais movimentadas no meio do dia. Ainda sobre onças, apesar da chance pequena de vê-las em outros lugares, se você quiser 90% de certeza de encontrá-las, precisa ir até Porto Jofre, que fica no final da Transpantaneira. Se a sua meta é economizar, ao invés de ficar hospedado naqueles pousadas mega caras, é pegar apenas o Day Use que algumas oferecem, fiz isso na Pousada Piuval, onde paguei R$90, incluído aí aproveitar o lugar(com piscina), um almoço e um passeio de trilha. O que compensou pra não pagar $700 da diária do quarto. Uma dica sobre a estrada Transpantaneira, me recomendaram ter cuidado com búfalos (que até então, eu nem sabia que existiam lá), pois eles podem atacar os carros, e fazer um bom estrago, então é bom não parar quando avistar um. Época do ano Costuma chover muito forte e todos os dias entre dezembro e fevereiro, então o ideal é ir bem depois dessa época, eu fui em agosto e estava beem seco, o que foi bom pra se locomover pela Transpantaneira. Hospedagem: De início quase desisti de ir, pois só achava opções caras, mas pesquisando bastante e depois indo lá, descobri que existem opções para todos os bolsos. As pousadas, que são mais voltadas para os gringos(ou se você dispõe de R$800 para cada diária), tem uma ótima estrutura, além de ter a vantagem de ficar no meio da área selvagem do Pantanal, então é comum ter muitos animais andando em volta e até dentro da propriedade, é uma ótima experiência para quem consegue pagar. A opção intermediária, é o SESC Pantanal, ele tem uma estrutura de primeira, e tem preços mais acessíveis(pra quem tem a carteirinha do SESC fica ainda mais barato), o ponto negativo é que ele está localizado um pouco longe da Transpantaneira, no município de Barão de Melgaço, não que não seja bonito ou não tenha muitos bichos, tem muitos sim, é a opção que eu recomendo. E tem a opção mais em barata, se você não tem carteirinha do SESC, que é ficar em algum hotel em Poconé, assim ainda pode contar com a estrutura da cidade, para sair pra comer a noite, ir no mercado comprar sua comida e tal, recomendo o Hotel Canoas, foi onde fiquei, ele está no km 1 da Estrada Transpantaneira. E a opção mochileiro-raiz-sem-grana, algumas pousadas tem camping, que pode ser uma alternativa mais barata ainda, consegui encontrar duas, a O Porto Jofre Pantanal , no final da Transpantaneira e a Pousada Pantaneira Poconé, que a entrada fica na mesma estrada indo para o SESC. Passeios: Por questões de consciência ecológica, não fiz alguns passeios, como pesca ou cavalgada, já que a intenção era ir observar/fotografar os animais em seu habitat natural, e não explorá-los. Passeios de barco, fiz 4 no total, foram bem diferentes um do outro, e que gostei de todos, recomendo que você faça vários em lugares diferentes se possível, agende em outras pousadas se estiver hospedado em uma. O da Pousada Rio Claro (R$70 por pessoa, 2 horas), gostei dessa, em alguns momentos, o condutor do barco jogava peixes na água, para alguma ave próxima ir pegá-lo, fazendo um rasante na água, e em outro momento alimentou um jacaré, que segundo ele se chamava Dorotéia(o que rendeu boas fotos rs) . O da Pousada Pantaneira Poconé (R$150 o barco por 1 hora), esse foi mais tranquilo, poucos animais, mas a paisagem era bem mais bonita. O da Pousada Piuval (R$90 por pessoa), foi mais focado em observar pássaros, pois os outros passageiros(hóspedes) estavam ali só pra isso, no final do passeio fomos para uma torre de madeira, no meio da mata, com uma vista muito bonita, ver o pôr do sol ali foi ótimo, compensou todo o passeio. O da Pousada Porto Jofre Pantanal, que foi basicamente a busca por onças, e que foi o melhor que fiz, vimos muitos outros bichos, como ariranhas e até cobra sucuri, mais detalhes abaixo. Passeios para ver as onças, esse passeio é cobrado pelas pousadas e agências de Poconé por R$500/pessoa (além de R$400 pelo transfer de ida/volta), se assim como eu, você quiser economizar, pode ir direto para Porto Jofre de carro, e conversar com os pescadores e donos de barcos que tem por ali, ou ir na Pousada Porto Jofre Pantanal, eles cobram pelo barco, R$700 por 4 horas(ou R$1.000 por 8 horas), como eu estava com mais uma amiga, ficou $350 por pessoa, se estiver em grupo, sai mais barato ainda fazer dessa forma. Acho que só pra quem vai sozinho que vale pagar os R$500 que as agências cobram. Focagem noturna, fiz na Pousada Piuval (R$50), fomos numa caminhonete, não chegamos a ver muitos bichos, mas é sempre questão de sorte pra ver. A trilha na mata é algo rápido, e estava incluso no Day Use, vale a pena, mas prefira ir no início ou no fim do dia, que é quando tem mais chances de ver animais. Não recomendo o passeio fotográfico, você pode fazer por conta, dirigindo pela Estrada Transpantaneira e parando em qualquer lugar para fotografar os animais(se avistar um grupo de pessoas parada em algum ponto da estrada, pode ir lá que deve ter algo interessante), o ideal é sair no amanhecer, ou no fim do dia, que é quando os animais estão mais ativos e saem, além de aproveitar um pôr do sol que só o Pantanal vai te proporcionar.
  5. Olá, Li relatos de cidades do Mato Grosso fronteiriças com Bolívia. Sou do Rio de Janeiro. Pensei em fazer passeios no Pantanal que saem de Cuiabá e começar meu mochilão de lá. Logisticamente, é uma boa ideia?
  6. Já que consegui fazer essa viagem graças ao relato de uma mochileira que passou por lá, decidi escrever os detalhes desse passeio que, apesar de curto, com certeza mudou minha vida. 1º dia Saímos de São Paulo (eu e minha amiga) na quinta-feira, 30/05 em um vôo da TAM com destino a Campo Grande. A gente comprou as passagens em fevereiro, então conseguimos uma promoção muito boa que totalizava R$400 dilmas ida e volta. Pousamos em Campo Grande no horário previsto e pegamos um táxi até a rodoviária (10 minutos de distância do aeroporto e deu R$30). Como já havíamos comprado as passagens de ônibus pela internet, só restava esperar o horário de saída. A cia. que faz o percurso Campo Grande x Miranda é a Andorinha e as passagens custam R$88 ida e volta e o trajeto demora cerca de 3:30. Demos uma volta básica perto da rodoviária, pois não tínhamos cigarro, então já deixo essa dica: tragam seus pacotes de cigarro, pois em Miranda e Campo Grande - pelo menos nas redondezas onde andamos - não se acha as marcas mais famosinhas. Enfim, saímos de lá no horário previsto e chegamos em Miranda por volta das 13hrs da tarde. A agência que cuidou da nossa hospedagem/passeios é a Explore Pantanal, da suíça Mirjam Goring e do Marcello Yndio Kadiweu. Vocês podem encontrá-los no facebook ou através do site http://www.explorepantanal.com/. Os dois são fantásticos! Por incrível que pareça, eles estão acostumados a receber mais turistas gringos do que brasileiros, e ficam muito felizes quando chegam brazucas na fazenda! O Yndio nos pegou na rodoviária e seguimos para o Ranco Meia Lua, onde iríamos nos acomodar. Assim que chegamos percebemos que o lugar era fantástico. No caminho vimos araras e um gavião de beira de estrada. O Yndio parava o carro toda hora para explicar um pouco sobre o Pantanal, sobre a cultura indígena, sobre os problemas da região e da importância de um turismo realmente ecológico e um intercâmbio cultural, que é exatamente a proposta da Explore Pantanal. Chegamos na fazenda e a Mirjam disse que tinham deixado um almoço para nós, já que chegaríamos da viagem verde de fome. A fazenda é belíssima, toda decorada no estilo rústico, um ambiente bastante agradável. Tem um pier de onde se vê um por-do-sol cheio de tonalidades diferentes, desde o roxo até o vermelho! É incrível mesmo! No primeiro dia fizemos uma caminhada pela região e conseguimos ver as maravilhas da natureza. Por cada árvore que passávamos o Yndio ia nos explicando um pouco sobre a biologia do lugar. O tempo não estava muito bom, então as fotos também não ficaram muito boas. Nesse mesmo dia caminhamos por uma parte que estava alagada, então já recomendo que levem tênis fechado ou botas de caminhada, pois se atola o pé mesmo, não pode ter frescura! A recomendação para os passeios é sempre a mesma: calça jeans, camiseta, tênis fechado, repelente, filtro solar, máquina carregadíssima e com espaço no chip! Voltamos do passeio e fomos pegar o por-do-sol no pier e quando escureceu voltamos para jantar uma comida caseira maravilhosa! Sim, é tudo fresquinho, inclusive o suco natural da fruta. 2º dia Acordamos bem cedinho, pois no dia anterior já haviam nos informado que faríamos um safari pela transpantaneira e um passeio de barco pelo Rio Miranda. Tomamos um café-da-manhã delicioso (como tudo nesse lugar) e seguimos com o Yndio até Passo do Lontra, que fica na Transpantaneira. No caminho tivemos o prazer de cruzar com uma Comitiva Pantaneira, e o Yndio ia explicando o propósito de levar o gado até outra região quando está tudo alagado. Chegamos em uma comunidade na margem do Rio Miranda e lá conhecemos um japonês que nos levou de jardineira pela Transpantaneira. Vimos jacarés (aos montes), uma cobra boca de sapo morta na estrada, muitas aves e paramos em um bar/casa pelo caminho para comprar cerveja e conversar com os moradores do local. Lá vimos um mapa do Pantanal e o Yndio nos explicou a grande verdade sobre a região: Pantanal tem donos, então não é possível que seja um patrimônio da humanidade quando é necessário ter autorização para entrar nas fazendas. Tudo é uma grande propriedade privada. Por isso existem confrontos com povos indígenas na região, sem contar os outros grandes problemas que só conhecendo o local e conversando com os moradores do lugar é que conseguimos descobrir. Bom, continuamos nosso passeio até chegar na Fazenda São João, onde seria nosso almoço. No caminho vimos um tuiuiú, a ave símbolo do Pantanal e é a maior ave voadora da região! Passeamos a pé pela fazenda e conseguimos fazer belíssimas fotos. O almoço também foi espetacular, sempre caseiro e feito com ingredientes naturais. Descansamos um pouco nas redes e depois voltamos pela Transpantaneira até a margem do Rio Miranda para embarcar no passeio. O barquinho motorizado seguiu pelo Rio Miranda e depois entrou no Rio Vermelho. O Yndio sempre parava quando via pássaros ou outros animais, e ia explicando os nomes e imitando o cantar das aves. Curtimos um pouco o silêncio da região e ouvimos sons muito diferentes. Na volta com o barco pegamos o por-do-sol mais bonito que já vi na vida! As cores do céu, o reflexo das nuvens na água, enfim, toda essa combinação faz com que a natureza seja um espetáculo diante dos seus olhos. Desembarcamos por volta das 18hrs e seguimos rumo a fazenda para jantar a comidinha caseira preparada pela Kelly A noite ficamos observando o céu estrelado lá no pier...foi demais, aquele céu parecia ter estrelas penduradas. Depois fomos descansar... 3º dia Nesse dia ficamos na fazenda, pois o pessoal da Explore ia preparar um churrasco na beira da piscina. Tava um dia ensolarado, então ficamos tomando cerveja, conversando, comendo, etc. O Yndio apareceu com um pintado enorme de 24kg! Como eu não como carne vermelha nem frango, eles fizeram a gentileza de cozinhar uma piranha na churrasqueira. Como foi escurecendo, aproveitamos para descansar um pouco, curtimos uma fogueira com o pessoal e depois decidimos dar um pulo na cidade para curtir a noite. Pegamos um táxi e rachamos com duas suíças que estavam a fim, ficou em R$40 dilmas da fazenda até a cidade de Miranda. O problema foi para voltar de lá. Em Miranda os táxis não circulam até mais tarde, portanto se você resolver ir a noite para a cidade é melhor voltar antes das 22hrs ou esperar amanhecer. Conhecemos um taxista gente fina que nos levou duas vezes pra Miranda, é o Gordinho. Lá na fazenda a Mirjam tem o tel dele, ou é só perguntar na rodoviária que todo mundo conhece. Voltamos de "carona" com dois rapazes que havíamos conhecido (pura sorte) e pagamos R$50 a eles pela gentileza de nos levar até a fazenda. A noite em Miranda é bastante comum, mas é divertido ver todas aquelas pessoas se reunindo na praça para ouvir funk/sertanejo e paquerar. A pracinha fica bombada, parece que vem muita gente de cidades vizinhas também. Bom, chegamos na fazenda por voltas das 2 da manhã e já embarcamos no sono. 4º e último dia Acordamos super tarde e nem nos desesperamos, pois estava uma chuva fortíssima. Descemos para tomar café e nos servimos sozinhas. O interessante dessa fazenda é que você se sente tão a vontade que não quer ser servido toda hora. Parece que a casa é de um parente, você vai lá, come, lava a louça, ajuda as pessoas...a Mirjam e o Yndio souberam criar um ambiente bastante familiar e acolhedor. Como o dia tava bem chuvoso não conseguimos fazer nenhum passeio, mas a tarde participamos de um Círculo de Mulheres da Lua Cheia. Foi uma experiência fantástica conhecer aquelas mulheres. Eu diria que é um feminismo espiritual, um ritual xamânico, do qual só mulheres participam. Você cria laços tão fortes com as mulheres que estão lá...você entra em contato com sua identidade, com a terra, com seu espírito e enxerga nas outras mulheres um pouco de você. Eu sou feminista, então para mim a experiência foi enriquecedora. Entender a auto-organização das mulheres como um instrumento de luta contra o patriarcado é importante para a nossa libertação. E é justamente o que essas mulheres fazem, mas de maneira espiritual, não política. Depois comemos um bolo gostoso, tomamos café e fomos descansar mais um pouco e arrumar nossas malas para voltar pra SP. A noite nos despedimos da Mirjam, do Yndio, das suíças e sentimos que uma parte de nós estava ficando por lá. Foram apenas 4 dias no Pantanal, mas foram 4 dias cheios de aprendizado. Conhecemos árvores, frutos, animais, cultura indígena, cultura suíça, conseguimos fazer fotos bonitas, curtimos o por-do-sol e o mais importante de tudo: nos conectamos com nossa essência e entendemos o que é ser HUMANO. O Pantanal precisa de ajuda e esse relato que eu fiz também serve para alertá-los que não devemos romantizar essa região do país. O governo nos ilude quando diz que esse é um patrimônio da humanidade, pois quando se visita o Pantanal, percebe-se que aquela terra tem dono. Não é dos índios, nem do pantaneiro. É dos grandes fazendeiros que dominam a região! O lugar é maravilhoso, mas temos que visitá-lo com esse olhar crítico. Como é possível fazer um turismo ecológico (que muitas agências se propõem a fazer), sendo que a terra é propriedade privada? Essa viagem abriu meus olhos para várias questões, inclusive na semana que fomos pra lá, um índio Terena foi assassinado na reintegração de posse de uma fazenda que havia sido ocupada por eles, vejam: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,indios-enterram-corpo-de-terena-morto-em-desocupacao,1038389,0.htm Até quando vamos deixar que os interesses do capital e do agronegócio destruam a história de povos que estão aqui há mais de 500 anos? Visitem o Pantanal, desfrutem essa maravilha e ajudem de alguma forma a divulgar a realidade do lugar, seja com relatos, fotos, vídeos, qualquer coisa. Quanto mais se perde a cultura/terra indígena, mais perdemos nossa identidade brasileira. Custos Passagem aérea: R$400 (ida e volta pela TAM) Passagem rodoviária: R$88 (ida e volta pela Andorinha, Campo grande x Miranda) Levamos R$200 para despesas com táxi, cigarro, etc., mas no Rancho eles passam cartão de débito Hospedagem no Rancho: R$600 por pessoa pelos 4 diaas com tudo incluso (café da manhã, almoço, janta, churrasco e passeios na região) Táxi do Rancho até Miranda: R$40 Táxi do aeroporto até a rodoviária: R$30 Passeio de barco: R$120 com almoço na fazenda São João incluso Se quiserem me add no facebook, tenho mais fotos lá: http://www.facebook.com/melly.coelho?ref=tn_tnmn Qualquer dúvida é só perguntar! Abraços! Fotos
  7. Olá pessoal! Fiz uma viagem entre outubro e novembro para o estado do Mato Grosso do Sul, fiquei 23 dias no total e posso dizer que foi absolutamente inesquecível. Incrível termos tamanha riqueza, natural e cultural no nosso país. Como o fórum foi muito decisivo na preparação do meu roteiro, decidi retribuir elaborando um relato da minha viagem. Roteiro O foco da jornada era Bonito, por isso essa parte havia sido planejada. Saí com tudo fechado, tanto os passeios como a hospedagem. Eu já tinha uma ideia dos locais que gostaria de visitar além de Bonito, mas deixei para fechar o restante durante a viagem. O roteiro executado foi esse: • Dia 1 - Bonito (Projeto Jibóia) • Dia 2 - Bonito (Fazenda do Rio do Peixe) • Dia 3 - Bonito (Buraco das Araras/Rio da Prata) • Dia 4 - Bonito (Fazenda Boca da Onça) • Dia 5 - Bonito (Bóia Cross/Balneário Municipal) • Dia 6 - Bonito (Abismo Anhumas/Balneário do Sol) • Dia 7 - Bonito (Guará Bikers/Barra do Sucuri) • Dia 8 - Bonito (Gruta do Lago Azul/Gruta São Miguel/ Flutuação no Aquário Natural) • Dia 9 - Pantanal (Fazenda São João) • Dia 10 - Pantanal (Fazenda São João) • Dia 11 - Pantanal (Fazenda São João) • Dia 12 - Aquidauana (--) • Dia 13 - Aquidauana (Trilha do Caminho das Águas) • Dia 14 - Aquidauana (Trilha dos Mirantes e Sítio Arqueológico do Jamil/ Morro do Paxixi) • Dia 15 - Rio Negro (--) • Dia 16 - Rio Negro (Cachoeira do Rio do Peixe) • Dia 17 - Rio Verde do Mato Grosso (Pousada Quedas d'Água) • Dia 18 - Rio Verde do Mato Grosso/Coxim (Cristo Redentor do Pantanal/ Museu de História e Arqueologia) • Dia 19 - Alcinópolis (Sítio Arqueológico do Barro Branco/ Sítio Aqueológico dos Pilares) • Dia 20 - Alcinópolis/Costa Rica (Cachoeira das Araras/Parque Nacional do Salto do Sucuriú) • Dia 21 - Costa Rica (Parque Nacional das Emas) • Dia 22 - Campo Grande • Dia 23 - Campo Grande Dicas pré viagem • Agência Reservei os passeios em Bonito pela agência ABN. O atendimento foi bom, tanto por telefone quanto por e-mail, sempre respondiam rápido. Recomendo que vocês já entreguem um roteiro pré montado e peçam ajuda para a agência verificar a viabilidade, foi o que eu fiz. Pensei em tudo, até nos dias que seriam os passeios e não houve quase nenhuma mudança, nunca é bom terceirizar o roteiro todo, afinal é sua viagem que está em jogo! Um ponto importante a ser destacado é que existem muitas pessoas em Bonito que trabalham em agências e que nunca visitaram os passeios. Isso faz com que o atendimento perca um pouco de credibilidade na minha opinião. Portanto existem funcionários que podem te dar muitas dicas e outros que vão fazer apenas o operacional. Na ABN há um pouco dos dois, ouvi em Bonito que existem agências bem fracas. No geral minha experiência com eles foi boa, nenhuma dor de cabeça, tudo tranquilo. Além disso ficam abertos até tarde e todos os dias, o que ajuda bastante. Cobram um sinal de 30% para reservar os passeios. Lembrando que os preços dos passeios em Bonito são tabelados. Tudo igual para todas as agências. • Hostel Me hospedei no Catarino's Hostel. Creio que seja o melhor custo-benefício de Bonito. É barato, paguei R$ 100,00 a diária no quarto de casal com ar-condicionado. Ou seja saiu R$ 50,00 por pessoa. (Não peçam quarto sem ar-condicionado em nenhum lugar de MS, fica a dica!) O atendimento foi bom, tanto por e-mail quanto por telefone. O hostel é simples, o clima é bem familiar, o dono, Sr. Catarino é gente boa e os outros funcionários também, parece que você está se hospedando na casa de um parente, além disso o café da manhã é excelente, íamos sempre muito bem abastecidos para os passeios. Um dia o Sr. Catarino fez um churrasco e confraternizamos com a galera do hostel, ele também me ajudou com algumas dicas de lugares em MS, muito legal! Acredito que poderiam fazer umas pequenas reformas para melhorar o lugar e o quarto, mas no geral recomendo! A localização é ótima, perto da rua principal e do centrinho onde ficam os principais restaurantes. Cobram um sinal de 30% para reservar o quarto. • Transporte Decidimos alugar um carro para nossa viagem. Creio que tenha sido a decisão mais acertada. Eu achava que alugar um carro iria encarecer muito a viagem e de certa forma poderia limitar a interação com outras pessoas afinal em transportes compartilhados você pode conhecer outros grupos e trocar ideias e dicas para a viagem. Pedi para a agência fazer a simulação baseado no roteiro que enviei. Notei que 8 dias de carro em Bonito era um pouco mais barato que 8 dias de transporte além disso ganhamos MUITO em comodidade. A partir de 2 pessoas considere muito a hipótese de alugar um carro. Todas as estradas são ótimas, mesmo as de terra. Tudo é muito bem sinalizado, impossível se perder. Alugamos em Campo Grande pela Movida um HB20. Detalhes do Roteiro • Dia 1 [Chegada em Bonito/Projeto Jibóia] Viajar de Campo Grande para Bonito foi tranquilo, as estradas são boas e bem sinalizadas, apenas chegando em bonito a estrada dá uma piorada por causa dos remendos no asfalto. O tráfego de veículos não é intenso. Fomos pelo caminho que passa por Sidrolândia e Guia Lopes da Laguna. Durante os 23 dias usamos o GPS muito pouco, apenas para andar dentro de algumas cidades. Em caso de dúvidas é só perguntar pra galera que eles sabem quais são as estradas e por onde sair, além disso ouvi falar que o GPS pode te levar para algumas enrascadas. Projeto Jibóia Mais parece um stand up comedy. O Henrique (dono) faz um trabalho de criação de cobras, além de lidar com o mercado de animais exóticos de estimação, segundo o qual trabalha para diminuir o tráfico ilegal por meio da regularização e disponibilização desses animais para o consumidor cativo. O tema principal da palestra é desmistificação da cobra como um animal "ruim". No final é possível tirar foto com a cobra no pescoço. É uma sensação estranha, parece um pneu, mas é engraçado, vale a pena. Recomendaria para quem está chegando ou saindo, é bem rápido, dura uma hora mais ou menos. • Dia 2 [Fazenda do Rio do Peixe] Muito bonito o lugar, a guia era bastante animada e explicava sobre a fauna e flora local. Existem várias paradas para banho em cachoeiras, uma mais bonita que a outra, esse foi nosso primeiro contato com as piraputangas, os peixes coloridos que vivem aos montes em Bonito. Além disso haviam muitos pontos com tirolesa. O passeio dura o dia todo, o almoço é muito gostoso e é incluso, há também um redário pra tirar uma sesta. Nesse período de descanço pós almoço o dono do local permite tirar fotos com a Arara no ombro e depois alimentar os macacos. Foi um belo primeiro passeio. A estrada para chegar é de terra mas é boa. A agência fornece um voucher com o horário do passeio e o horário recomendado para saída. Se seguir o voucher não tem erro, dá e sobra. Dica importante: Eu não sei nadar muito bem!! O melhor investimento que fiz foi alugar um colete por R$ 2,00 parece coisa de criança ou idoso, mas vale muito a pena! Isso me permitiu aproveitar 100% de todas as paradas de banho, se eu não estivesse de colete provavelmente não aproveitaria quase nada, porque a maioria dos locais não da pé. Até algumas pessoas que nadam pegam o colete para não se cansarem muito. • Dia 3 [buraco das Araras/Rio da Prata] No Buraco das Araras fiquei mais impressionado com a dolina ( o local onde as araras vivem). É realmente um local fantástico, tivemos a sorte de ver as araras bem de perto, muitas delas. Vale a pena! A guia era ótima também! O receptivo do passeio referente a flutuação no Rio da Prata é bem perto do Buraco das Araras. Essa flutuação foi algo que me marcou muito! Absolutamente incrível. Acho que fazer o mergulho não vale tanto a pena pq pelo que vi a área de mergulho é mais no final do passeio já que a profundidade do rio não é tanta. Ver a vida marinha, enxergar um mundo totalmente diferente é marcante. Todo suporte é oferecido, as roupas de neoprene, instruções, o guia era muito bom, explicava sobre a fauna, flora, passava muita confiança, além de ser bilíngue. Na hora da flutuação se você não confia muito bem nas suas habilidades de natação pode ser uma boa pedir o colete, mas não acho extremamente necessário porque a roupa já te faz flutuar. Em alguns momentos fui jogado para a margem do rio mas tudo bem Depois graças a dica do guia André plantamos uma árvore no receptivo. É muito legal, não é divulgado, ficamos sabendo através dele. É um projeto de reflorestamento que eles estão inicando. Escolhemos uma muda, escrevemos uma frase e nós mesmos vamos no local e plantamos a muda, depois eles confeccionam uma placa com a nossa frase e mandam fotos do crescimento da planta. Não lembro o preço mas acho que é em torno de R$ 50,00. • Dia 4 [(Fazenda Boca da Onça)] Outro belo passeio. Há uma escadaria para descer, mais de 800 degraus, no finalzinho a perna já estava começando a dar uma tremida, mas é tranquilo pq a infraestrutura é muito boa, são degraus de madeira mesmo. Há vários pontos para banho, pra falar a verdade a cachoeira da Boca da Onça é bem legal em termos de visual, mas preferi os outros pontos de banho. Na boca da onça não da pra ficar embaixo da cachoeira por causa de pedras que podem rolar, então a área é protegida. Pra mim o principal ponto foi o buraco do macaco. Você entra embaixo de uma pedra e a cachoeira cai num local rodeado por pedras. Incrivel!! Lembro até hoje da força da cachoeira nos meus ombros! O Colete como sempre me ajudando a aproveitar os passeios. Nesse ponto do passeio eles ficam disponíveis, não precisa ficar carregando. A natureza em todos os lugares é um espetáculo a parte. Estávamos sempre rodeados de macacos prego e outros animais exóticos. Dia 5 [(Bóia Cross/Balneário Municipal)] Fizemos o boia cross no hotel Cabanas, um passeio bem tranquilo. O guia Beto, era bem engraçado. Não é rafting, é mais sossegado, mas caimos na água algumas vezes. O Guia vai junto em outro bóia, há também um funcionário tirando fotos em alguns pontos. Estava lá e estava curtindo tudo, no fim ainda peguei o cd com as fotos para ajudar a gastar mais $$$ como típicos turistas. O Balneário Municipal eu achei meio fraquinho. É um parque não muito grande, quando eu fui o tempo não estava ajudando muito, estava nublado, mas mesmo assim não vejo muitas coisas para fazer lá. Não acho que valha a pena fazer flutuação ou alguma atividade devido a oferta enorme de outros passeios. Comemos em um dos quiosques lá e pagamos muito caro para uma comida bem meia boca e o atendimento idem. Recomendo fazer um pique nique no máximo e se quiserem mesmo conhecer um balneário vão ao balneário do sol. Balneário Municipal é bem dispensável, só se tiver sobrando tempo pq é dentro da cidade praticamente. Nos fins de semana pode ficar cheio pq é de graça pra população local. • Dia 6 -(Abismo Anhumas/Balneário do Sol) Top!!! Não fiquei surpreendido pq já tinha uma expectativa alta em relação ao abismo. O que aconteceu foi apenas a concretização. Antes de ir ao passeio você tem que fazer um treinamento um ou dois dias antes, é um local na cidade mesmo. Lá eles te ensinam a utilizar o equipamento de rapel e ascensão em corda além de experimentar a roupa da flutuação. Vou falar que o equipamento incomoda e não é tão simples utilizá-lo mesmo eu sendo acostumado com atividades físicas, academia essas coisas, achei um pouco dificil. Minha namorada que é sedentária também, mas no fim passamos. O abismo é um local único, você entra por uma fenda e desce em meio as pedras. As descidas são feitas em dupla. Lá embaixo é escuro mas há uma certa infraestrutura, há um banheiro químico e uma passarela de madeira onde nós ficamos. A água é muito gelada por isso a roupa cobre bem mais. Na flutuação chega dar uma vertigem porque parece que você está voando nas montanhas. Há muito pouca vida, apenas alguns lambaris e camarões albinos que vivem nas profundezas, o que se vê são as estalagmites que parecem montanhas e como a água é muito cristalina parece que você está voando. Sensação Incrível. Dicas: Levem lanche e se preparem para o esforço. Cada dupla leva em média meia hora para subir. Não da pra uma pessoa da dupla subir e largar o outro pois ambos estão conectados. Mesmo os mais preparados demoram, na minha turma haviam dois policiais e os caras demoraram. Eu e minha namorada levamos quase 50 minutos para subir! Foi bem difícil principalmente pra ela, mas foi uma sensação de superação incrível. É possível pedir para ser puxado mas não há motores, são os guias que puxam então eles fazem isso mais para pessoas mais velhas. Não temam diante do desafio, vale a pena, façam o passeio completo e subam sozinhos, é mais técnica do que força. Chegamos 7:30 da manhã e saímos depois das 15:00 do abismo, não comemos nada praticamente, só umas bolachas, portanto reforço! Levem lanche!! Outra dica: Não é necessário comprar os balneários antes, se não tivessemos comprado teriamos ido para casa, estavamos exaustos, além disso o balneário fecha as 17h. Sorte nossa que fomos lá e conseguimos trocar para outro dia. Deixem para comprar os balneários em alguma agência qdo já estiverem lá pode ser no dia mesmo. • Dia 7 (Guará Bikers/Barra do Sucuri) Guará bikers foi um passeio que me surpreendeu! Esse eu não estava com a expetativa tão alta mas sai com outra visão. O passeio de bike em si é bem tranquilo. O que vale é o contato com a natureza e o guia principalmente. O Marcinho é uma pessoa que conhece muito da região, explica algumas peculiaridades históricas e também sobre a fauna e a flora, um verdadeiro amante da natureza. A parada de banho é bem legal, ele tira uma foto de cima da árvore que dá pra estampar a capa de uma revista. Plantamos uma árvore também e aprendemos muito, sáimos de lá com um pensamento enriquecedor em relação a natureza. Valeu muito a pena. Barra do Sucuri foi uma flutuação muito boa também, a vida marinha é menor do que no Rio da Prata na minha opinião mas a paisagem é diferente. Vimos um jacaré na margem, além de termos presenciado uma cena da natureza nua e crua. Uma cobra caninana comendo um sapo no receptivo do passeio. • Dia 8 - Bonito (Gruta do Lago Azul/Gruta São Miguel/ Flutuação no Aquário Natural) As grutas são bem tranquilas, um passeio mais cultural. A gruta do lago azul é mais bonita, mas não da pra chegar muito perto do lago. Na verdade o lago não é azul, nós vemos a reflexão da luz azul, mas a cor da água é transparente. A Gruta São Miguel tem um belo receptivo, mas como eu disse um passeio pra aprender mais sobre geologia e natureza, agrega um pouco mais de conhecimento na viagem. Como queríamos conhecer tudo nós fomos, mas são passeios dispensáveis para quem está com o roteiro mais apertado na minha opinião. A flutuação no Aquário Natural, se eu fizesse a viagem novamente colocaria como a primeira flutuação. Eles oferecem um pequeno treino na piscina do hotel que permite nos adaptar ao equipamento. Achei as águas mais cristalinas, fui à tarde e o sol batia na água, parece um aquario mesmo. Nesse passeio as águas são mais paradas então há uma pessoa que tira fotos em baixo d'água. Apesar de estarmos com equipamento para tirar fotos embaixo d'água, o funcionário tinha um que era profissional! Então como bons turistas compramos as fotos. Como estavamos com o Voucher do Balneário do Sol fomos lá. Vale muito mais a pena que o Balneário Municipal, nesse dia nós almoçamos lá, mas o bom é passar uma tarde pelo menos. Acabamos indo com um pouco de pressa, tiramos as fotos com os animais que minha namorada tinha cismado e não ia me deixar em paz se não visse. A mini vaca e o pônei. Restaurantes Visitados em Bonito Tapera Restaurante bom, mas não acertamos com o prato. Comemos o peixe ao molho de guavira! É MUITO doce, intragável, não conseguimos comer até o final como estávamos nessa pegada de experimentar as coisas tivemos nosso primeiro fail na viagem. Aquario Fica bem a vista na rua principal. Comemos pintado ao molho de Urucum. Na verdade urucum é só pra da cor ao molho, era usada por indígenas, mas é uma espécie de parmegiana. Muito gostoso! Rei da Carne do Jacaré. Muito gostoso! Carne de Jacaré é bom, lembra peito de frango com um toque de peixe. Taboa Me pareceu bem mais legal de fora. O clima é bem descontraído, tem vários estrangeiros, as paredes são assinadas e a música ao vivo pra mim foi o melhor. Não curti muito a comida, a caipirinha parecia que era um copo de vodka com umas gotas de limão espremido. Casa do João Restaurante um pouco mais sofisticado. Bela decoração, pedimos Pirarucu do chefe e é um peixe muito bom! Sou fã de peixe. Experimentamos uma porção de berinjela com mel, mas eu não curti, minha namorada que quis pedir e gostou. Esse restaurante foi bom, valeu a pena! Aipim O restaurante é bem aconchegante, parece uma casinha, ótimo atendimento, mas é caro! Pedi um pacu mas não acertei com ele, veio muita farofa e eu não sou fã, mas há muitos outros pratos no cardápio e a salada que pedimos no começo estava muito boa. Juanita. Acho que junto com a Casa do João foi o melhor restaurante. Atendimento muito bom, comida excelente, musiquinha ao vivo. Pedi um pacu e dessa vez acertei! Muito gostoso, recomendo fortemente! Detalhe: Não usei carro para ir a nenhum desses restaurantes. Muito bom comer e depois dar umas voltinhas na praça pra relaxar e curtir o clima da cidade. • Dia 9 (Pantanal - Fazenda São João) A fazenda São João faz parte do Complexo do Passo do Lontra. Comprei em Bonito mesmo na Agência ABN, já havia pesquisado e era a Fazenda que saia mais em conta e com o mesmo número de passeios. Pra chegar lá é bem tranquilo, passa por Miranda e anda só um pouco de estrada de terra, deixamos o carro no Passo do Lontra e fomos fazer nosso primeiro passeio logo após o almoço. Era um passeio de canoa no Rio Miranda. Curti muito! Conhecemos o guia Alex que nos acompanhou não só nesse passeio mas por toda nossa estadia no Pantanal. O Rio Miranda é bem diferente dos rios de Bonito, bem mais caudaloso e a água é mais escura. Vão duas pessoas em cada canoa e o guia vai num barco a motor grande. Dá um medinho porque balança muito, jet skis ou barcos a motor fazem onda na água e já é suficiente para desequilibrar, até olhar para trás desequilibra. Mas não caímos e ainda demos um mergulho no rio. Show! No final da tarde vem um carro estilo safári Africano, (aquelas picapes com um toldo atrás) e nos leva até a Fazenda São João, uns 40km do Passo do Lontra pela estrada Parque. Show de passeio! a estrada é incrível, a diversidade é impressionante, estamos de fato no habitat dos animais. Se não chover acho que até daria para ir de carro mas a picape é bem melhor. O local que ficamos na fazenda é bem rústico, banheiros compartilhados e uma espécie de galpão com as redes dentro. Havia um grupo com 3 franceses que fizeram todos os passeios conosco, portanto dividimos com eles o local de dormir. Nesse primeiro dia ocorreu um incidente que quase acabou com a minha viagem para o pantanal. Havia um buraco por onde entravam alguns morcegos a noite dentro do lugar em que estávamos dormindo, um deles caiu na rede da minha namorada e acabou arranhando ela. Ela quase desistiu, tive que convencer muito ela a ficar. Ela tomou a vacina antirrábica 48 horas depois quando saímos do Pantanal e fomos para Aquidauana. Eles não prestaram muito socorro na fazenda, disseram que não era nada demais, fiquei um pouco decepcionado com isso apesar de ter curtido muito essa parte da viagem. Mas se fosse recomendar, recomendaria o quarto com as camas e que verificassem se não há buracos no forro. • Dia 10 (Pantanal - Fazenda São João) Saímos cedo para o safari e a pesca com piranhas. Sensacional! A fazenda tem 2000 hectares, ou seja é muita terra e muito lugar pra visitar. Fomos naquele carro de safari só tirando fotos e curtindo a paisagem, depois chegamos em ponto pantanoso e entramos no meio da água para pescar as piranhas. Achava que era no barco mas não é, você entra no meio de um ponto alagado com a água na cintura e fica pescando lá. Consegui pegar duas! Depois do Almoço fizemos uma cavalgada e a noite a caminhada noturna que é muito emocionante, tudo escuro, somente a lanterna do guia. Estávamos atrás da onça ou das cobras, mas não encontramos, vimos apenas umas aranhas diferentes, veados e inúmeros jacarés. O guia disse que nessa época para ver a onça era mais provável na focagem noturna, que é o passeio de barco no rio à noite. Essa hora elas costumam estar na beira dos rios para beber água. Ele disse também que em épocas de cheia há mais incidência de cobras e apesar de o acesso ser mais díficil os animais ficam mais concentrados nos platôs, diferentemente de épocas de seca onde os animais ficam mais espalhados. • Dia 11 (Pantanal - Fazenda São João/Aquidauana) Logo cedo fizemos a caminhada ao amanhecer e pudemos ver outros tipos de animais. Houve um incidente com uma francesa que foi picada por um marimbondo, deu pena dela, mas o guia passou um barro na ferida e logo melhorou, é o ônus do passeio selvagem.. Considerações sobre o Pantanal: Tentei não estender muito meu relato aqui mas posso dizer que mesmo com os incidentes foi intenso. Sem dúvida a parte mais selvagem da viagem, mas sentimos de perto como é estar no meio da natureza de verdade, sem regalias. Quem for tem que estar com a mente aberta porque não é um passeio simples, mas pra quem gosta é um prato cheio! À tarde voltamos para o Passo do Lontra e pegamos o carro rumo a Aquidauna. Cheguei lá e fui diretamente na agência Buriti. Meu intuito era visitar o Morro do Paxixi e ver se havia mais alguma atração na cidade. Fui bem atendido, apesar de agência estar fechando eles me atenderam bem. Principalmente quando falei com a própria dona da agência, Lejania. À noite estava tendo uma feira típica na cidade e decidi passar lá, comi macarrão tropeiro e umas outras comidas . Fiquei hospedado no hotel Portal Pantaneiro, depois de ter passado pelas redes na fazenda São João, parecia um hotel 5 estrelas. Cama de casal, banho quente, e frigobar!!! O hotel é bem gostosinho e o café da manhã é bom, recomendo! • Dia 12 (Aquidauana) CHUVA! Ficamos de molho esse dia. Tinhamos marcado de ver o pôr do sol no Morro do Paxixi mas choveu muito o dia todo. Como estávamos com tempo decidimos postergar o passeio. Demos umas voltas pela cidade, fomos na matriz, passamos em Anástacio, mas não teve nada muito turístico. Só um dia de descanso mesmo. • Dia 13 (Aquidauana) Neste dia fomos para a Trilha das Àguas onde passa o córrego das Antas. Fomos até a casa do guia, César, que é próximo ao distrito de Piraputanga. Tanto Piraputanga, quanto Camisão são distritos de Aquidauna, ou seja é como se fossem bairros afastados, tem que pegar estrada pra chegar. São cercados pela Serra do Maracajú, uma paisagem muito linda e bem diferente do que estávamos acostumados a ver até então na viagem. O passeio foi bem legal, é um local praticamente virgem. O guia não trabalha com isso e leva turistas esporadicamente lá, conseguimos graças a agência. O único ponto é que de tão virgem a trilha estava suja, pegamos carrapatos que nos acompanharam até praticamente nosso último dia de viagem. Nesse dia ainda aproveitei para passar no museu da Segunda Guerra no batalhão de engenharia de Aquidauana. Lá está um dos maiores troféus de guerra do exército brasileiro, uma bandeira nazista capturada pelos soldados. Pra quem se interessa como eu por essa parte da história é um prato cheio. O museu estava bagunçado porque havia acabado de chegar um novo acervo então haviam várias peças no chão, mas mesmo assim foi interessante. • Dia 14 (Aquidauana) Esse dia foi especial!! Creio que poucos sabem que há um sítio arqueológico em Aquidauna. Não estou falando das ruínas de Santíago de Xerez, esse local não é aberto para visitação e se encontra em propriedade particular. Há o Sitio Arqueológico do Jamil. O Sr. Jamil é um guia que mora nos rumos de Camisão e Piraputanga, próximo a uma comunidade quilombola chamada Furna dos Baianos. Consegui o contato dele pela agência e me surpreendi muito positivamente. Ele e sua mulher são pessoas muito humildes mas que tem muita vontade em mostrar as belezas do local e fazem de tudo para que você se sinta bem. Ele é uma pessoa extremamente simpática, tirei uma das melhores fotos da minha viagem lá. Subimos uma trilha e conseguimos ver de um mirante uma bela paisagem. Fui também no sítio arqueológico onde existem algumas inscrições muito antigas e catalogadas pela universidade, mas não há dados técnicos sobre o tempo exato. Muito interessante! É um passeio que dura uma manhã, o cachorrinho deles ainda foi acompanhando a gente pela trilha, voltamos, tomamos um suco de manga natural e ainda fomos tomar um banho no rio que passa atrás da casa deles. Show de bola! Recomendo! Vão para Aquidauna, procurem pelo Senhor Jamil, ou na agência Buriti, peçam contato com eles. Há mais opções de trilha e inclusive ele é certificado para a prática de Rapel, não fomos porque tínhamos outros passeios agendados. Tenho que falar também sobre o almoço desse dia. Almoçamos num local já rumo ao Morro do Paxixi chamado Birosca do Seu Riva. Disseram que tinha que reservar pq só tem dois lugares hauauhauh! e é verdade. Não é bem um restaurante o Seu Riva já foi garçom e metre em vários restaurantes famosos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campo Grande, disse que se aposentou e comprou um pedaço de terra num local isolado pra descançar a cabeça e que nem visa lucro com o restaurante, faz mais é pra juntar os amigos. Talvez a experiência dele com restaurantes tenha feito ele aprender a cobrar um prato pq não é tão barato assim não. Mesmo assim, me diverti, estava acompanhado do guia, Renato, que iria nos acompanhar no Morro do Paxixi. "Seu" Riva contou varios causos dele, prosamos muito. Valeu a pena no final! O pôr do sol no morro do Paxixi é um passeio que dá pra fazer sem guia mas é muito melhor com um na minha opinião. A diária é barata, uns R$50,00 ao todo eu acho. O guia conhece muito bem lugar, vamos bem mais tranquilos, além de ele explicar sobre muitos fatos históricos e conhecer os melhores pontos para as fotos. Pra mim valeu a pena. Considerações sobre Aquidauana: Recomendo a cidade, dois dias é possível conhecer bem, se possível procurem uma agência, eu fui na Buriti e procurem pelo Sr. Jamil e pelo Renato, são pessoas que trabalham em prol do turismo e profundos conhecedores do local. • Dia 15/16 (Rio Negro) A cidade se resume basicamente a uma rua. Eu, pra falar verdade gosto de conhecer esses locais. Chegamos comemos uma pizza num lugar com as mesas na beira da calçada, musiquinha ao vivo. E pela manhã fomos na cachoeira do Rio do Peixe. É uma cachoeira bem alta, a água é um pouco escura. Pra chegar é só perguntar pra alguém da cidade que eles provavelmente vão saber, não é muito difícil, tem que pegar uma placa para "Fala a Verdade", uma estradinha de terra e quando tiver um pneu próximo a uma propriedadezinha você tem que dar meia volta e ir margeando a casa. Tiramos mais umas boas fotos, relaxamos lá a manhã inteira e partimos de Rio Negro. • Dia 17/18 (Rio Verde do Mato Grosso) Ficamos no Hotel Quedas d'Água. O Hotel fica dentro do local mais famoso das cidade, as 7 quedas. Chegamos lá em um domingo a tarde e pra falar a verdade achei meio farofa. Se forem é melhor ir dia de semana, o povo não é muito bem educado, ficam bebendo na cachoeira, com isopor e largam as latinhas no chão. Uma coisa que me chamou a atenção também é que há dois hotéis "dentro" das 7 quedas, o que eu estava era em uma margem e o outro na outra, haviam várias pessoas nas cachoeiras mas não havia um salva vidas sequer... (estranho...) bebida e cachoeira podem ser uma combinação perigosa. O local ficou muito mais bonito quando esvaziou. O hotel estava um pouco mal cuidado, o dono disse que acabou de pegar e que iria fazer umas reformas. Tenho que ressaltar que fui muito bem atendido pela funcionária de lá, a Tonha, fez questão que ficássemos bem, era sempre muito solicita, atendimento foi bom nesse ponto. No outro dia mais vazio, aproveitamos de verdade o local. A noite ainda tivemos uma das melhores surpresas da viagem, na portaria do hotel, estávamos saindo para jantar e demos de cara com um tamanduá bandeira! Lindo! Absolutamente incrível. Achei a cidade muito simpática também, fomos dois dias na praça principal, ficamos lá um pouco e comemos. Recomendo! • Dia 19 (Coxim) Fomos só de passagem. Almocei num restaurante chamado Senzala, bom por sinal. Antes de ir ao restaurante fui no centro de apoio ao turista e não fui muito bem recebido. O local fechava às 11:00 para o almoço e reabria às 13:00, no entanto quando cheguei, às 10:50, a mulher já estava saindo. Ela não sabia informar nada sobre a cidade, haviam apenas alguns folders de passeios de chalana e restaurantes, queria ir nos museus que tem lá e ela não sabia me informar direito onde era. A única dica que ela deu, (na verdade eu perguntei) era sobre o Cristo Redentor do Pantanal. Logo após o almoço nós fomos no Cristo e foi uma parte incrível também da nossa viagem, muito exclusivo, apenas minha namorada e eu, subimos uma escadaria e chegamos lá. Muitas reflexões e agradecimentos! • Dia 19/20 (Alcinópolis) Quando estava em Rio Verde do Mato Grosso pesquisei algumas coisas sobre Alcinópolis e no site da prefeitura encontrei alguns telefones de contato. Conversei com um homem chamado "Cotonete" funcionário da prefeitura e que trabalha no turismo da cidade. Recomendo muito! Se forem lá procurem por ele. Uma pessoa que esteve conosco durante nossa estada lá e tornou muito mais especial, amante da natureza, sente orgulho do que faz e busca o desenvolvimento da cidade como polo turístico histórico. Ficamos no hotel Campos Verdes, perfeitamente adequado para as nossas necessidades. Visitamos pela manhã o sítio arqueológico do Barro Branco, muito legal pra quem gosta. Além da parte histórica os mirantes eram incríveis, acho que as melhores fotos da viagem foram tiradas lá. À tarde fomos no sítio arqueológico dos Pilares diferentemente do Barro Branco, o sítio dos Pilares é mantido pela prefeitura da cidade. As inscrições datam de 10700 anos atrás segundo os pesquisadores. Gente do mundo inteiro vai lá realizar pesquisas e o mais interessante é saber que quem vivia ali não eram indígenas e sim povos nômades. É misterioso imaginar que um povo com costumes totalmente diferentes viveu há mais de 10000 anos naquele local. À noite tomamos uma cerveja gelada no bar do Tonho. Dia incrível! Mais um local especial! • Dia 20 (Costa Rica) Saímos cedo de Alcinópolis e fomos em direção a Costa Rica. Paramos ainda no meio do caminho na Cachoeira das Araras, mais uma dica do Cotonete. Uma bela cachoeira, apenas eu e minha namorada, sensação de exclusividade absurda, provavelmente um ponto que poquíssimas pessoas conhecem. Indo de Alcinópolis para Costa Rica não da pra ver a placa, fizemos uns malabarismos mais no fim achamos o caminho. Muito bom! Chegamos na hora do almoço no Parque do Sucuriu, um local com uma boa infraestrutura, bom pra passar o dia. Fizemos o rapel na cachoeira do Salto do Sucuriu, apesar de termos feito o abismo, fazer um rapel na cachoeira é diferente. Achei que seria mais fácil, mas a adrenalina bate, principalmente pra começar a descer. • Dia 21 (Costa Rica) Fomos para a cachoeira da rapadura, muito legal. Depois fomos para um local chamado Água Santa que fica dentro de uma fazenda particular e hoje em dia o acesso é muito restrito. Somente com o guia e tem que pedir autorização para os donos, quase ficamos sem ir. Mas tivemos sorte e conseguimos acesso, o lugar é indescritível, um poço com uma água que você não afunda! Não afunda de jeito nenhum, a força da água é tão forte e te joga pra cima que você até perde o equilíbrio. Isso ocorre devido a insurgência, o poço tem mais de 30m de profundidade. À tarde fomos ao Parque Nacional das Emas, fizemos boia cross e relaxamos um pouco, nada comparado a bonito. O parque não tem praticamente não tem infraestrutura, à noite vimos o espetáculo da bioluminiscencia nos cupinzeiros. Foi um dia longo e cansativo mas que valeu a pena. Dia 22/23 (Campo Grande) Para finalizar ficamos o fim de semana em Campo Grande no hotel Jandaia. Depois de tanta vida selvagem pegamos um hotel 4 estrelas pra relaxar um pouco. Ficamos mais descansar, fomos no Mercado Municipal, comemos sobá, fomos num bar chamado Sacramento, tomamos um pouquinho e terminamos nossa viagem. Deixamos um pedaço nosso no estado do Mato grosso do sul mas trouxemos um bem maior conosco. Eu escrevi um diário no meu caderno muito mais detalhado, eu tentei resumir ao máximo para ajudar o pessoal que quer conhecer outros locais além de Bonito. Espero que seja útil para alguém! Abs!
  8. Resumo: Itinerário: Porto Velho (RO) → Rio Branco (AC) → Xapuri (AC) → Sena Madureira (AC) → Ji-Paraná (RO) → Comodoro (MT) → Cuiabá (MT) → Chapada dos Guimarães (MT) → Poconé (MT) → Campo Grande (MS) → Aquidauana (MS) → Miranda (MS) → Passo do Lontra (MS) → Corumbá (MS) → Bonito (MS) Período: 03/01/2006 a 06/02/2006 Ida: Voo de São Paulo (Congonhas) a Porto Velho em Rondônia. Acho que a companhia era a TAM e a passagem foi paga com pontos. Volta: Ônibus da Viação Cruzeiro do Sul de Bonito a Campo Grande no Mato Grosso do Sul e da Viação Motta, saindo de Campo Grande e indo até São Paulo Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então albergues, pousadas, pensões, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem houve bastante sol. Estava no período chuvoso, mas houve pouca chuva. Em 2005 tinha havido uma seca muito forte na região amazônica, mas os rios já estavam com seu volume recuperado. As temperaturas também estiveram altas, chegando a mais de 35 C ao longo do dia, principalmente em Cuiabá e no Pantanal. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. As paisagens ao longo da viagem agradaram-me muito, passando por áreas de florestas, rios, cachoeiras, chapadas, áreas alagadas, montanhas e outros . Roubaram meu passaporte, provavelmente em Porto Velho 😧. Eu o deixei numa área visível dentro da mochila, não percebendo o valor que poderia ter para outros. Eu o havia levado para o caso de ir até a Bolívia na fronteira. Num dos trajetos de ônibus, pessoas que provavelmente estavam contrabandeando produtos, colocaram algo (acho que era um eletrônico) acima do assento em que estava. Mas pouco depois tiraram e desceram. Logo a seguir a polícia federal parou o ônibus, mas nada encontrou 😞. A viagem no geral foi tranquila. Houve duas companhias de ônibus que quiseram cobrar um pouco mais do que declarado na passagem, o que não me agradou e me fez fazer algumas reclamações a elas e a ANTT 😠. Alguns estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito (principalmente companhias de ônibus, mercados e agências de turismo), mas a maioria não aceitou. Fui de SP a Porto Velho (acho que era pela TAM), com pontos de milhagem. Iria até Rio Branco ou Cruzeiro do Sul, mas a companhia não tinha voos para lá. Voltei de ônibus de Bonito até Campo Grande pela Viação Cruzeiro do Sul e depois de Campo Grande até São Paulo pela Viação Motta. A Viagem: Esta foi minha primeira viagem após a morte do meu pai. Eu havia tido algum tipo de mal estar (queda abrupta de pressão e taquicardia) em São Paulo cerca de 1 mês antes e a última médica que me atendeu disse que poderia ser síndrome do pânico. Assim sendo, eu viajei um pouco preocupado que o quadro pudesse se repetir durante a viagem em locais que poderiam apresentar algum risco e em que eu poderia estar sozinho. Fui de SP (Congonhas) a Porto Velho em 03/01/2006 (acho que era pela TAM - http://www.tam.com.br), com pontos de milhagem. A saída estava prevista para às 8:30. Iria até Rio Branco ou Cruzeiro do Sul, mas a companhia não tinha voos para lá. Voltei de ônibus de Bonito até Campo Grande pela Viação Cruzeiro do Sul (https://www.cruzeirodosultransportes.com.br) e depois de Campo Grande até São Paulo pela Viação Motta (http://www.motta.com.br). Em Porto Velho fiquei hospedado perto da rodoviária. É bem provável que meu passaporte tenha sido roubado nele 😧. Para as atrações de Porto Velho veja https://www.guiaviajarmelhor.com.br/lugares-para-conhecer-em-porto-velho e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/porto-velho. Os pontos de que eu mais gostei foram o Rio Madeira e o Museu Ferroviário, que incluía parte da história da construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, ponto emblemático da história do Brasil. No Rio Madeira perguntei a um homem que parecia trabalhar em algo referente a barcos se era seguro nadar e ele me disse que nunca é bom nadar em rios, pois sempre pode haver peixes que podem atacar. Ao perguntar a uma vendedora ambulante, ela me disse que qualquer lugar em Porto Velho a qualquer hora era perigoso em relação a assaltos. Eu não achei. Talvez a criminalidade estivesse crescendo e eles estivessem assustados por isso. Mas naquela época parecia bem mais tranquila do que São Paulo. Achei a cidade com características equatoriais, desde o clima até a aparência da terra. Fiz um passeio de barco pelo rio e fui a um povoado chamado Candeias, em que havia uma praia de rio. Fiquei lá até 5 feira 05/01 pela manhã, quando peguei um ônibus para Rio Branco pela Viação Jerontur (que nem sei se ainda existe). Paguei R$ 52,50 com cartão de crédito. A viagem durou boa parte do dia. Saí no início da manhã e cheguei do meio para o fim da tarde. Tivemos que fazer uma travessia de balsa em Abunã, em que se podia ver um braço de terra com a bandeira da Bolívia, mostrando que estávamos na fronteira. Conversei bastante com o ajudante do motorista ao longo da viagem. Em Rio Branco também não fiquei hospedado muito longe da rodoviária. Gostei bastante da cidade . Fiquei nela até domingo 08/01. Para as atrações de Rio Branco veja https://www.guiaviajarmelhor.com.br/lugares-para-conhecer-em-rio-branco e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/rio-branco-2. Os pontos de que mais gostei foram a orla do rio, os parques e os museus, com a história da região e com histórias de pessoas simples, como a da mulher cuja avó (ou bisavó) denunciou que a máfia havia matado seu marido em Nova Iorque no início do século passado (se não me falha a memória), fugiu para São Paulo e foi aconselhada por parentes ou conhecidos a ir mais para o interior, pois disseram que São Paulo era muito perto de Nova Iorque. Foi a única que vez que experimentei o Daime. Achei bastante interessante 👍, mas deixei a mente voar muito e acho que perdi a oportunidade de uma experiência espiritual mais profunda. De qualquer forma gostei da experiência, que se usada buscando expansão de consciência, pareceu-me ser um bom veículo para espiritualidade, embora sempre ache substâncias desnecessárias. Se bem me lembro isso ocorreu na Igreja São José, que disseram ser a sede e ser conhecida em outros lugares por quem segue aquela religião. No final fui até o líder da celebração dizer-lhe que me pareceu que eles eram do Bem. No domingo 08/01 fui para Xapuri, terra em que viveu Chico Mendes, Fui logo de manhã de ônibus pela Viação Jerontur, pagando R$ 18,20 com cartão de crédito. Cheguei pouco antes do almoço. Para as atrações de Xapuri veja https://viagemturismoaventura.blogspot.com/2017/12/xapuri-acre-segundo-organizacao-mundial.html. Os pontos de que mais gostei foram os rios, os seringais, a floresta, a Casa com a história de Chico Mendes, onde ele foi assassinado e a Intendência Boliviana, importante na época da disputa da região entre Brasil e Bolívia. Gostei também das oficinas de madeira, que produziam os mais diferentes objetos com a madeira extraída da floresta. Achei interessante a foto em que apareciam Lula, então Presidente da República e Márcio Tomás Bastos, então seu ministro da Justiça, com semblante sério e pensativo olhando para seu túmulo. Pareceu-me que Lula estava pensando que aquele poderia ter sido seu destino. Conversei com a cunhada (se bem me lembro era a cunhada) de Chico Mendes sobre o assassinato, o que aconteceu depois e a vida por lá. Ela me falou que os assassinos já estavam livres após cumprir pena, um deles havia se transformado em pastor e estavam bem de vida. Pareceu-me um pouco indignada com esta situação. Uma outra mulher que havia trabalhado com Chico Mendes falou-me de como ele era, de suas previsões para o futuro (como a falta de chuvas), de sua simplicidade de usar chinelos mesmo nas ocasiões mais solenes, de como Lula o ajudou na organização sindical e de como após sua morte foram criadas as reservas extrativistas e a situação dos trabalhadores rurais havia melhorado muito na região. Isso vários outros trabalhadores me confirmaram. Como já faz 13 anos, não sei se esta situação se mantém até hoje. Passeei pelas áreas naturais, florestais, seringais, atravessei o Rio Acre a nado para ir conhecer o outro lado 👍. Fui bastante picado por mosquitos durante o tempo que estive andando por lá (cerca de 2 horas), porque fui só de calção. Na volta, já um pouco escuro, iria atravessar a nado também, mas pessoas me sugeriram para não fazer, pois poderia haver cobras ou peixes que poderiam me atacar. Não achei uma possibilidade muito grande, mas como já era quase noite, achei melhor pagar alguns centavos pela travessia de barco. Antes fiquei um bom tempo tirando areia dos olhos devido à travessia de ida. No dia seguinte, 2.a feira 09/01, fui para Sena Madureira. Queria ir até Cruzeiro do Sul, mas a estrada estava intransitável nesta época, devido às chuvas, que nem estavam sendo tão intensas. A passagem aérea achei muito cara. Então voltei para Rio Branco pela manhã e logo a seguir peguei um ônibus para Sena Madureira por R$ 17,20 com cartão de crédito pela empresa Real Norte. Na viagem, já escurecendo, o motorista passou do ponto em que uma mulher havia pedido para descer e deu marchar ré na estrada por razoável distância, numa manobra que me pareceu temerária. Depois ouvi o motorista conversando com outros funcionários da empresa e me pareceu que riram bastante do episódio. Na 3.a feira 10/01, fui até a prefeitura de Sena Madureira, onde duas jovens atendentes informaram-me sobre os pontos a visitar. Riram bastante das minhas perguntas sobre poder nadar em rios e visitar comunidades indígenas 😃. Para as atrações de Sena Madureira veja http://mochileiro.tur.br/sena-madureira.htm e https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/AC/221/sena-madureira. Os pontos de que eu mais gostei foram o rio e a floresta. Fiquei um pouco decepcionado por não ter visitado tribos indígenas. Numa ocasião, em Xapuri ou Sena Madureira (acho que era Xapuri) eu estava andando pela mata e começou a chover. Isso criou barro e meu calçado ficou cheio de barro. Aí eu vi uma capela rural em que eu achei interessante entrar para conhecer. Estava trancada e eu pedi para a responsável abrir para mim. Ela abriu a porta e a capela estava limpíssima. Como estava com o calçado inteiro cheio de barro, ajoelhei, levantei os pés, numa posição quase acrobática, para não sujar o chão e fui caminhando ajoelhado até o altar 😃. A mulher disse repetidas vezes que eu não precisava fazer aquilo, mas eu teria considerado um enorme desrespeito meu sujar aquele chão tão limpo. Na 4.a feira 11/01 voltei de ônibus para Rio Branco, almocei, conversei com uma comerciante sobre o clima da região e depois peguei um ônibus da empresa Real Norte para Ji-Paraná. Paguei R$ 90,00 com cartão de crédito. Desta vez atravessei a balsa à noite. Fiquei surpreso com a quantidade de cidades razoavelmente grandes existentes em Rondônia. Não tinha esta noção. Pareciam cidades médias do interior de São Paulo. Cheguei a Ji-Paraná no dia seguinte à tarde (5.a feira 12/01). Acho que foi neste trecho que houve o incidente com o possível contrabando e a polícia federal. Acomodei-me num hotel perto da rodoviária. No entardecer ainda fui dar uma volta pela cidade nas proximidades do hotel. Passei pela região central e por um museu, mas logo escureceu. Para as atrações de Ji-Paraná veja http://www.ji-parana.ro.gov.br/turismo.php e https://ecoviagem.com.br/brasil/rondonia/ji-parana. Os pontos de que mais gostei foram a história de Rondon e das comunicações na colonização inicial amazônica, a floresta, os rios e toda a vegetação. Ela fica dentro ou próxima da Chapada dos Parecis. Na 6.a feira 13/01 fui conhecer a parte histórica, principalmente referente ao Marechal Rondon e partes naturais relacionadas à floresta. Ao explorar uma área ao lado de um rio, passei por um ninho de marimbondos, que foram atrás de mim. Quando percebi saí correndo rapidamente e pulei no rio, de roupa e tudo 😃. Meu cabelo estava comprido e alguns ficaram grudados nele, mas os outros foram embora quando mergulhei. Levei só algumas poucas picadas. No fim do dia peguei um ônibus da Viação Andorinha (http://www.andorinha.com) para Comodoro no Mato Grosso, por R$ 48,85 com cartão de crédito. Cheguei no dia seguinte, sábado 14/01, no começo da manhã. Para as informações sobre Comodoro veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Comodoro_(Mato_Grosso) e http://www.coisasdematogrosso.com.br/cidades/cidade.asp?id=150&cidade=Comodoro. Os pontos de que mais gostei foram as áreas naturais. Acho que foi meu passeio mais autêntico na Chapada dos Parecis. Após acomodar-me num hotel fui visitar a área. Perguntando para um morador sobre o horário, percebi que ainda havia confusão devida ao horário de verão. Fui caminhando pela estrada e, após perguntar a habitantes locais, entrei numa área rural, meio pantanosa, cheia de buritizais, para conhecer melhor a região. Andei por terrenos pantanosos, por campos, por mata (não fechada) e por alguns morros não muito altos, mas que proporcionaram boa vista. Isso tomou o dia inteiro e me deu uma boa impressão de como era aquele local. Gostei muito . À noite jantei na praça em meio a som de bares. No domingo 15/01, logo de manhã peguei um ônibus para Cuiabá pela Viação Andorinha. Paguei R$ 60,00 no cartão, mas na passagem veio impresso R$ 57,70 e não me foi dado nenhum comprovante de taxa de embarque (nem existia rodoviária). Quando perguntei, o representante em Comodoro me disse sorrindo que era daquele jeito mesmo e estava correto. Posteriormente fiz uma reclamação sobre o fato para a Viação Andorinha, que me devolveu a diferença prontamente, e notifiquei a ANTT. Chamaram-me atenção as plantações laterais às rodovias durante as viagens de ônibus, principalmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Cheguei a Cuiabá no fim da tarde. Hospedei-me no centro, perto da rodoviária. Algumas pessoas disseram-me que era uma área perigosa à noite e nos fins de semana e eu fiquei preocupado. O dono do hotel disse que era tranquilo. Depois de andar um pouco por ali, percebi que para os meus padrões de paulistano do que era uma área perigosa, ali até que era bem tranquilo. Para as atrações de Cuiabá veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/cuiaba, https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/MT/970/cuiaba e https://www.brasilturismo.com/mt/cuiaba. Os pontos de que mais gostei foram as igrejas, os rios, as áreas verdes e as características regionais. Visitei também seus monumentos e construções. Na 2.a feira 16/01 fui conhecer Cuiabá. Gostei da cidade 👍, mas achei muito quente 😓. Talvez uma das cidades que eu conheci mais quentes do Brasil. Foi necessário bastante água ao longo do dia. Aproveitei para passar também por Várzea Grande, uma cidade também bastante grande, que ficava ao lado de Cuiabá. Na 3.a feira 17/01 de manhã fui para Chapada dos Guimarães de ônibus. Cheguei lá ainda pela manhã e me acomodei num hotel no centro. Fui pesquisar como fazer passeios e me convenci de que precisava de uma agência de turismo para alguns deles, em especial para a Caverna e Lagoa Aroe Jari. Escolhi a Agência Chapada dos Guimarães (http://www.chapadadosguimaraes.com), que ficava na praça central. Falei-lhes do meu interesse na Caverna Aroe Jari, caso conseguissem um grupo. No dia seguinte falaram que haveria a escalada do Morro São Jerônimo e eu disse que provavelmente iria. Para as atrações da Chapada dos Guimarães veja http://chapadadosguimaraes.tur.br, https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/chapada-dos-guimaraes, https://www.feriasbrasil.com.br/mt/chapadadosguimaraes e http://www.chapadadosguimaraes.com. Os pontos de que mais gostei foram as cachoeiras, as estruturas de pedra, a vegetação, as montanhas e o mirante do centro geodésico. Foi um dos locais de que mais gostei da viagem . Aproveitei a tarde para passear pela cidade, passei e nadei numa espécie de balneário público (disseram-me que como a água era corrente não havia risco de doenças) e depois fui a pé até o Mirante do Centro Geodésico da América do Sul (centro geográfico da América do Sul), que alguns exotéricos dizem ter um caminho direto para Machu Picchu. Não procurei nem me preocupei com isso. Eram cerca de 7 km de distância a partir da cidade. Achei a paisagem muito bela . Aproveitei e fiquei um bom tempo contemplando e fazendo meditação. À noite fui a um restaurante de espetos, mas como não como carne, fiquei só nos complementos. Perguntei ao dono se isso não lhe daria prejuízo e ele disse que não e me receberia nos outros dias sem problemas. Na 4.a feira 18/01 fui para a agência para fazer o passeio ao Morro São Jerônimo. Paguei R$ 45,00 com cartão de crédito pelo passeio. Ao chegar lá sem uma garrafa de água, o dono me falou que eu iria entrar na água dos outros durante o passeio e que precisaria ir comprar uma garrafa antes de partirmos. Disse a ele que achava que não precisaria, mas ele não concordou. Fui então rapidamente comprar uma. Se bem me lembro, o grupo que iria para o passeio era formado pelo guia Aílton, um casal de brasileiros com etnia japonesa, dois amigos alemães, um casal com um carioca e sua namorada, o filho do dono da agência, uma mulher de uns 50 anos e seu neto (ou sobrinho ou algo semelhante) adolescente. Andamos bastante sob um sol forte. O guia me pareceu muito bom, embora eu prefira fazer meus passeios sem guia. Mas naquele caso teria sido muito difícil achar a trilha. Paramos em algumas quedas de água e pudemos aproveitar para nos banhar nelas e eu aproveitei para beber um pouco de água. Vimos araras. Apreciamos a paisagem natural. O guia ajudou-nos nas escolhas dos melhores modos de subir na trilha que já se encontrava na montanha. No alto fez questão de me dar alguns amendoins para comer, mesmo após eu recusar, porque achou que eu poderia não aguentar a descida se não me alimentasse (talvez devido a algum problema de baixa de glicemia). Eu comi dada a ênfase com que me deu. No geral, gostei bastante . Voltamos no fim da tarde. Dei minha garrafa de água sem abrir para o filho do dono 😃. Na 5.a feira 19/01 voltei à agência para fazer o passeio pela Cidade de Pedra e alguns outros pontos da chapada. Paguei R$ 40,00 com cartão de crédito por ele. O dono disse-me que havia visto seu filho com minha garrafa na volta e me perguntou se eu seguia a forma de ser dos camelos, tomava muita água antes de sair e depois não precisava de água ao longo do passeio 😃. Eu disse que sim e que tinha avisado. Neste dia fizemos o passeio de carro, pois as distâncias eram maiores. No grupo estavam novamente o mesmo guia Aílton e o casal com etnia japonesa, além de mim. Os outros não estavam, mas juntou-se a nós uma britânica (acho que era do País de Gales). Os paredões pareceram-me espetaculares . Gostei também das cachoeiras e das paisagens. Este passeio foi mais curto, pois de carro os deslocamentos, apesar de maiores, foram mais rápidos. No início da tarde já estávamos de volta e eu aproveitei para ir novamente ao Mirante do Centro Geodésico da América do Sul. Passei depois por algumas agências procurando por grupos para a Caverna e Lagoa Aroe Jari, mas não encontrei nenhum. Para ir só, se bem me lembro, o preço mais baixo que encontrei era de cerca de R$ 360,00. Ainda fui à pousada do casal de etnia japonesa para ver se queriam ir no dia seguinte ao parque para conhecer o circuito das cachoeiras por conta própria. Mas ficou no ar e acabamos indo separados. Na 6.a feira 20/01 fui conhecer as cachoeiras do parque (http://www.icmbio.gov.br/parnaguimaraes). Naquela época era possível ir sem guia. A sinalização era precária, mas era possível encontrar as trilhas. Eu me perdi um pouco em alguns locais, mas acabei conseguindo fazer o circuito completo. Cheguei perto da hora do almoço e encontrei o casal de etnia japonesa terminando o passeio. Disseram-me que haviam gostado e que provavelmente eu gostaria, pelo que tinham visto eu apreciar nos dias anteriores. Mas ressaltaram que acharam o parque muito mal sinalizado. Gostei bastante , cada uma de um jeito, mas todas possíveis de serem aproveitadas e apreciadas. Para ir à última, já perto do fim da tarde, tive um pouco de dificuldade de achar a descida, mas acabei conseguindo. Após sair dela, peguei uma trilha errada e fui sair fora do caminho principal. Mas depois orientei-me pela paisagem e consegui voltar ao caminho principal e retornar à portaria, ainda dentro do horário de visitação, quase no pôr do sol. Aílton falou-me de um barqueiro que fazia a travessia de Porto Jofre, no fim da Rodovia Transpantaneira, até Corumbá, cruzando o Rio Paraguai. Ele me deu o número de telefone. Eu liguei, mas sua mulher falou que ele estava em Corumbá e demoraria vários dias para voltar. Então eu desisti de ir com ele, mas fiquei com a ideia de poder fazer esta travessia com algum outro barqueiro. No sábado 21/01, voltei à agência para ver se existia algum grupo para a Caverna e Lagoa Aroe Jari. Em todos os dias eu perguntei e em nenhum houve nenhum grupo interessado 😞. Aí eu desisti, agradeci e peguei um ônibus para Cuiabá para começar minha visita ao Pantanal. Em Cuiabá peguei um ônibus para Poconé pela Tut Transportes (http://www.tut.com.br) por R$ 15,85 com cartão de crédito. Poconé ficava na borda norte do Pantanal e dava acesso à Rodovia Transpantaneira. Cheguei em Poconé no início da tarde e me hospedei no Hotel Tuiuiú (https://www.tripadvisor.com/Hotel_Review-g1191961-d2657293-Reviews-Hotel_Tuiuiu-Pocone_State_of_Mato_Grosso.html). Depois fui procurar por uma bicicleta para alugar no dia seguinte e ir pedalando até a Transpantaneira. Mas não consegui 😞. Não fazia parte da cultura das pessoas e elas até aceitavam alugar, porém o preço que pediam era de venda da bicicleta. Como a bicicletaria estava fechada, não tive sucesso. Mas obtive bastante informações sobre o passeio a fazer, com os moradores locais e com o rapaz do hotel. Algumas pessoas disseram-me para não ir a pé até Porto Jofre, que era no fim da Transpantaneira, às margens do Rio Paraguai, pois poderia haver onças no caminho depois de um determinado ponto. Falaram-me que um rapaz havia ido atravessar o Rio Paraguai de carona em troca de trabalho com um barqueiro mascate desconhecido e foi morto. Disseram-me também que não sabiam se seria possível achar uma acomodação em Porto Jofre com valores baixos para pernoitar. À noite fui a uma festa na praça e conversei com um vendedor de itens infantis estrangeiro de origem hispânica sobre a região. Explicou-me sobre a cidade e as pessoas. Falou de como havia gostado das mulheres de lá. Porém quando perguntei sobre o Pantanal, disse que lá no meio do mato não conhecia e poderia ser perigoso. No domingo 22/01 fui fazer um passeio na Transpantaneira. Fui sem a mochila, o que significava que tinha decidido não fazer a travessia do Rio Paraguai. Saí de manhã até um ponto no início da estrada que ia para lá e fiquei esperando carona com alguém que fosse. Após cerca de meia hora passou o dono de uma pousada e me deu carona. No caminho conversamos sobre hospedagem e ele me disse que R$ 100 a R$ 150 eram valores normais para aquela área e que eu tinha visto o mais caro que era o Hotel Porto Jofre, por mais de R$ 300. Mas mesmo R$ 100 era mais do que o triplo do que eu estava pagando em média. De qualquer modo ele me falou do pagamento pelo uso de um dia, se eu estivesse interessado, que saía por um preço próximo a R$ 20 e que seus empregados levavam os turistas para ver vários pontos, incluindo a “cobra”. Disse que se eu tinha ido até ali e não iria fazer este tipo de passeio era como se tivesse ficado em casa e visse um documentário. Deu-me um folheto da sua pousada, que eu peguei, mas após o dia que passei resolvi não visitar, pois achei desnecessário. Após eu perguntar sobre perigos, ele me falou para ter cuidado com abelhas na margem da estrada. Chegamos, eu agradeci e me despedi. Comecei a caminhada até o ponto mais distante que eu conseguisse, imaginando voltar ainda com claridade. Logo no início passei pelo pórtico de entrada da Transpantaneira e pouco à frente por uma estátua de São Francisco. Ao perguntar a pessoas que estavam se banhando como fazia para encontrá-la, indicaram-me e depois eu os ouvi comentando “Pode ser alguém fazendo promessa” 😃. Tentei algumas caronas para ir até um ponto mais distante, mas não tive sucesso. Vi muitos jacarés pequenos. Até avisei os banhistas para tomarem cuidado, mas eles disseram gargalhando que sua carne era ruim 😃, e portanto os jacarés não iriam gostar. Eu não entrei na água. Havia também araras, tuiuius e outras aves. A planície pantaneira pareceu-me muito bela . Pedi informações em vários estabelecimentos e me surpreendi com o número de estrangeiros nas pousadas. Passou um caminhão indo para Porto Jofre. Lamentei pois tinha decidido não ir para lá e uma possível carona até um ponto mais à frente já não era relevante. Perto do ponto de retorno, pois pelos meus cálculos se fosse além iria pegar parte do caminho na escuridão, o que poderia ser muito perigoso devido às onças, vi um cervo do pantanal bem perto da estrada. Ele não me viu e eu pude contemplá-lo bastante . Pena que depois de algum tempo em que eu estava parado, como eu estava suando muito, os mosquitos começaram a me atacar e eu tirei o boné para espantá-los, o que assustou o cervo e o fez correr para longe. Ainda assim deu para admirá-lo mais um pouco. Satisfeito após este avistamento retornei pelo mesmo caminho. Num determinado ponto parei para descansar um pouco e dois rapazes que estavam por ali me ofereceram cerveja. Educadamente eu recusei e começamos a conversar. Perguntaram se São Paulo, com todo seu asfalto, não era mais quente do que ali, ao que eu respondi decididamente que não (pelo menos até aquele ano). Disseram-me para voltar mais tarde, na época da cheia, pois teria maiores chances de ver animais. Despedi-me e continuei voltando. Perto já do ponto de fim, pouco antes do pórtico, vi árvores dormitório . Como estava anoitecendo, a vista dos pássaros na árvore pareceu mais bela ainda. Ali perto numa área alagada, um cavaleiro estava laçando um boi, numa cena típica da região. Parei para acompanhar, principalmente quando entraram na água . Ao chegar ao portal, fiquei esperando por carona, mas tive dificuldades de conseguir. Então, o guarda da guarita disse que iria pedir a um caminhão (ou caminhonete) que vinha com muitas pessoas para me levarem e que não teriam como recusar. Pediu e realmente concordaram. O pequeno e antigo caminhão estava lotado. Acho que era um passeio de vizinhos. Num determinado ponto o caminhão parou. Ficou sem combustível. Aí o motorista foi pegar na carroceria. Uma das integrantes disse gargalhando “Vamos aproveitar para fumar maconha”. O motorista, com um cigarro aceso numa das mãos, pegou o galão de gasolina com a outra. Ele não estava enxergando bem devido à escuridão e aproximou o galão e o cigarro do rosto 😲. Eu saí de perto, pois estava vendo o desastre acontecer, mas não quis falar nada, pois achei que não seria entendido, posto que ele parecia um pouco fora do estado de alerta. Ele conseguiu colocar o combustível. Continuamos um pouco mais, eu saltei (até um pouco antes do que pretendia), agradeci e voltei para o hotel. Contei ao rapaz do hotel que não tinha conseguido alugar a bicicleta e sobre os animais que tinha visto. No jantar contei ao dono do restaurante como tinha sido o dia e como tinha conseguido a carona para ir. Na 2.a feira 23/01 peguei um ônibus de manhã para Cuiabá. Lá estava um dos integrantes do caminhão do dia anterior, que me reconheceu e me cumprimentou. Eu sorri e achei interessante ele, que fazia parte daquela turma do dia anterior que parecia não se preocupar com o amanhã, estar no ônibus tão cedo, provavelmente para ir trabalhar ou estudar. De Cuiabá peguei um ônibus para Campo Grande (MS) pela Viação Medianeira por R$ 72,00 com cartão de crédito. Somando a passagem e a taxa de embarque deram-me comprovante de R$ 71,85. Em Campo Grande, mais pelo desaforo do que pelo dinheiro, reclamei no guichê, já que estava na rodoviária mesmo, e recebi a diferença. Cheguei no fim do dia e fiquei hospedado numa pousada ou pensão perto da rodoviária. Para as atrações de Campo Grande veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/campo-grande-2/ e http://campogrande.net/turismo. Os pontos de que mais gostei foram os parques, as áreas verdes, os museus da região, principalmente referentes a índios, o artesanato e as mangas. Na 3.a feira 24/01 e 4.a feira dia 25/01 fui conhecer a cidade. Já tinha estado nela em 1994 e 1995 a trabalho, mas não tinha tido oportunidade de conhecer tudo que queria. Desta vez pude ir ao vários parques, praças, centros de artesanato e museus temáticos, principalmente regionais e indígenas. Até repeti alguns museus e locais que já conhecia e de que havia gostado quando das viagens a trabalho. Num dos parques havia uma mangueira carregada e fiquei um bom tempo comendo mangas. O sabor natural, sem aditivos artificais, pareceu-me sem igual, muito melhor do que as frutas que eu conhecia das feiras e supermercados 😋. Passeei também pela área urbana, incluindo a região central e algumas áreas periféricas. Chamaram-me atenção a terra vermelha de cor forte, o grande espaço existente e as áreas verdes. Na 5.a feira 26/01 fui para Aquidauana, no início do Pantanal do Mato Grosso do Sul pela empresa Expresso Mato Grosso, pagando R$ 21,00 com cartão de crédito. Saí de manhã e cheguei lá na hora do almoço. Após me instalar fui procurar informações sobre como conhecer o Pantanal. Um homem de uma agência me disse que naquela região eu teria dificuldade em encontrar atrações naturais a preços baixos. Porém existia uma vila de pescadores chamada Passo do Lontra, na Estrada Parque, que era local de mochileiros, em que eu poderia encontrar hospedagem barata e ter acesso às áreas naturais por conta própria. Disse que existia inclusive um hotel barato lá em que eu poderia ficar. Guardei estas informações, que se revelaram utilíssimas 👍. Referente a Aquidauana então, fiquei um pouco decepcionado com as perspectivas, mas me preparei para caminhar por estradas rurais e tentar ver o que conseguisse. Neste dia ainda caminhei um pouco pela cidade para conhecer seus atrativos e resolver algumas questões burocráticas (se bem me lembro era algum pagamento). Na 6.a feira 27/01 saí cedo e peguei uma estrada rural que me indicaram. Novamente vi a vegetação pantaneira, tuiuius, garças, outras aves e jacarés, porém sem a exuberância que havia visto na Transpantaneira. Não consegui carona para poder chegar até um ponto mais distante e ter a chance de ver mais. Perto do meu ponto de retorno, vi um veado mateiro pequeno 👍, que não tinha visto ainda na viagem. Muito belo, porém bem menor que o cervo visto na Transpantaneira. Esta área me pareceu menos selvagem que a da Transpantaneira, mais ocupada pelo ser humano. Talvez por isso a vista de animais foi menor, mas mesmo assim houve vários. Não me lembro se foi aqui ou em Miranda, no começo do meu caminhar pela estrada rural cruzei com uma enorme boiada, que tomava a estrada toda. Fui para o canto para poder passar. Como parei por algum tempo, os mosquitos começaram a me atacar. Aí tirei o boné para espantá-los. No primeiro movimento brusco que fiz os bois se assustaram e começaram a querer correr. parei imediatamente. Os peões se assustaram e logo foram para cima dos bois para acalmá-los. Quase estourei a boiada sem querer 😲. Lamento pelo ocorrido. Ao passar a boiada levantou muita poeira e até me fez cantar a música da Ivete Sangalo (poeira, poeira, levantou poeira) 😃 No sábado 28/01 fui de manhã para Miranda. Fui pela mesma empresa Expresso Mato Grosso, pagando R$ 7,00 com cartão de crédito. Após me acomodar em Miranda fui me informar sobre como conhecer o Pantanal naquela área. Entrei numa agência de turismo procurando por um mapa, atenderam-me muito bem, mas como acho que não estavam acostumados a mochileiros, não conheciam detalhes de baixo custo. As informações acabaram sendo imprecisas. As do homem de Aquidauana foram mais fiéis à realidade. A dona disse que estava acostumada, mesmo nas viagens de ônibus, a observar animais pela janela. Falou-me que para a exuberância maior, realmente precisaria ir a fazendas ou pousadas que eram caras. Sugeriu-me pegar estradas de terra e observar a paisagem, as aves e tudo, como eu havia feito antes e lhe dito. Foi o que fiz ao sair dali, porém como já estava no meio da tarde, resolvi pegar um caminho pela estrada principal de asfalto e deixar a caminhada por estradas rurais mais longas para o dia seguinte. Após já ter andado um pouco, senti que não tinha me hidratado bem e estava começando a sentir um pouco de mal estar pela falta de água, quando caiu repentinamente uma chuva 🌧️, que usei para me hidratar, bebendo diretamente um pouco da sua água. Pude ver bastante garças e tuiuius e peguei um pouco mais de chuva na volta. No domingo dia 29/01 fui caminhar por uma estrada rural. Se bem me lembro, desta vez consegui carona mas já depois de haver andado bastante, o que aumentou um pouco a distância até onde pude ir. Vi novamente bastante aves, tuiuius, garças e jacarés (provavelmente caimans). A área parecia menos tomada pelo homem que Aquidauana, mas menos selvagem que a Transpantaneira. Foi um passeio agradável, mas esperava poder ver mais tipos diferentes de animais. Na 2.a feira 30/01 resolvi ir até onde o homem da agência de Aquidauana havia recomendado. Já perto do almoço, devido às restrições de horário, peguei um ônibus para o Buraco das Piranhas, que era o ponto da estrada em que se descia para ir até o Passo do Lontra. Chegando lá, ao dizer para o policial do posto de guarda que eu era de São Paulo, ele me perguntou se eu estava ali para fugir de algo 😮. Eu me surpreendi e disse que não, só tinha vindo conhecer as atrações naturais. Ele me perguntou se iria fazer um safári e logo completou “fotográfico” e eu disse que não tinha câmera e iria guardar tudo na memória. Falou-me para tomar cuidado com alguns animais e me mostrou um ferimento de jaguatirica que tinha sofrido na mão. Esperei um pouco por transporte e depois resolvi ir a pé os cerca de 8 km. O chão de terra estava meio pesado, provavelmente devido a alguma chuva anterior. Com isso, num dado ponto minha calça de moletom rasgou. Não dava para trocar ali no meio da estrada e fui com ela até a vila. Após chegar fui procurar um local para ficar e o caseiro de uma cabana de pescadores me disse que o preço era R$ 20,00 (ou R$ 15,00), mas que para mim faria por R$ 15,00 (ou R$ 10,00). Acho que isso foi devido ao estado em que cheguei, com barro e com a calça daquele jeito 😃. Após estar estabelecido procurei uma costureira que me emprestasse linha e agulha para consertá-la e consegui. Dei uma pequena volta pelos arredores, conheci o hotel que lá havia, que realmente tinha quartos não tão caros (acho que eram cerca de R$ 40,00) comparados aos outros e me informei sobre as refeições que serviam. A mulher do caseiro disse que o patrão só lhes dava dinheiro para a comida deles, então não poderia vender-me refeições. Informei-me sobre o caminho a seguir no dia seguinte para andar pela Estrada Parque. Na 3.a feira 31/01, após café da manhã no hotel e encher 2 garrafas de 1,5 litros de água saí caminhando pela estrada Parque em direção à Pousada Arara Azul, que me pareceu ser o ponto viável de retorno. Após caminhar um pouco, encontrei alguns habitantes locais que me disseram que as pegadas que víamos na estrada eram de onça e estavam frescas, talvez fossem do amanhecer. Pouco à frente consegui uma carona de uns 20 km, o que aumentou minha autonomia para ir mais longe. Acabei passando pela Pousada Arara Azul e fui quase até a Curva do Leque. Estava muito calor 😓. Pude ver muitos animais. Junto com a Transpantaneira, este foi o melhor trecho do Pantanal . Vi muitas aves, tuiuius, garças, araras e outras, vi uma comunidade de quatis, entocada em uma árvore. Pude chegar bem perto, mas procurei ficar pouco tempo muito perto (a menos de 1 metro de distância) para não assustá-los. Uma família de capivaras cruzou a minha frente na estrada. Não me viram e eu me aproximei vagarosamente. Quando o líder me viu eu já estava bem perto e ele começou a emitir sons e todos saíram correndo em fila para a área alagada. Tentei assustá-los o mínimo possível. Já perto da chegada, passou um homem com um pequeno caminhão e me falou "Olha a hora da onça!". Eu fiquei um pouco alarmado, mas como já estava perto da vila não me preocupei muito. Quando cheguei de volta, ouvi a mulher do caseiro falar, provavelmente para o marido, que eu estava chegando e parecia muito cansado. Realmente estava, pelo chão pesado e principalmente pelo calor. Ao chegar perto da cabana, um policial federal, pensando que eu era habitante local, perguntou-me se ele poderia estacionar seu carro ali. Aparentemente estava perseguindo alguém (talvez um contrabandista) que conseguiu escapar. Falou sarcasticamente que esperava que a onça o comesse. Disseram-me que havia um jacaré grande na lagoa do outro lado. Apesar de muito cansado eu fui ver. E valeu a pena. Talvez fosse um jacaré-açu ou um caiman enorme . Foi o único jacaré selvagem daquele tamanho que eu vi na viagem inteira. Ele estava do outro lado da lagoa e percebeu que eu tinha chegado. Só revirou o olho levemente na minha direção como quem diz “Mantenha distância”. Eu respondi para ele telepaticamente “Não precisava nem ter dito Seu Jacaré. Eu não atravesso esta lagoa por dinheiro nenhum” 😃. Depois retornei, fui jantar, admirar o céu estrelado e dormir. Lá não havia iluminação artificial nas ruas. Num dos dias à noite, ao sair para jantar, vi algo brilhante no chão refletindo a luz da minha lanterna. Ao iluminar melhor percebi que era uma cobra e desviei . Ainda bem que a vi, pois senão teria pisado nela e poderia ter ocorrido um acidente. Num dos dias, após o entardecer, já em boa parte no escuro, tomei banho no Rio Miranda. Antes perguntei a um morador local se não havia piranhas ou outros peixes que atacassem e ele me disse que não. Adorei a água 👍. Na 4.a feira 01/02, saí rumo a Corumbá. Antes tomei café da manhã no hotel, despedi-me e agradeci o casal de caseiros e fui procurar alguém para quem dar uma rede de deitar, que havia comprado em 2002 na minha primeira viagem pela Amazônia, e que levei por achar que iria precisar no Pantanal também, o que não aconteceu. Fui até a casa da mulher que havia me emprestado a linha e a agulha para a costura e lhe dei. Ela agradeceu e seu marido, que havia me indicado a casa dela quando eu tinha chegado procurando pela linha e agulha 2 dias antes, desejou-me boa viagem e me disse para ir com a Virgem Maria e todos os anjos ou santos. Fiquei impressionado como uma simples rede tinha impactado aquela gente tão simples e generosa 😊. Novamente caminhei pela estrada e fui até o Buraco das Piranhas pegar o ônibus para Corumbá. Não reencontrei o mesmo policial para falar das aventuras. Peguei o ônibus, cheguei em Corumbá, hospedei-me e ainda pude passear pela cidade. Para as atrações de Corumbá veja http://www.corumba.com.br/turismo/tur_ponto.htm, https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/MS/444/corumba e https://www.feriasbrasil.com.br/ms/corumba/. Os pontos de que mais gostei foram o Rio Paraguai, a história, os marcos e as ilustrações da Guerra do Paraguai. Num dos dias fui até a zona de comércio de Puerto Suarez na Bolívia para tentar comprar um tênis. Não precisei de passaporte. Após escolher um bem barato, antes de comprar pedi para experimentar. Quando experimentei vi que ficava muito apertado, embora o número fosse maior do que costumo calçar. Disse então que não iria levar e a dona da loja ficou muito brava. Como a cidade ficava a cerca de 6 km de distância e eu não tinha notícia de nenhuma atração de antemão, decidi não ir até lá. Um dos pontos de que mais gostei de Corumbá foram azulejos ou muros em ruas que ilustravam a Guerra do Paraguai. Havia várias cenas retratando a época e o conflito. Alguns detalhes específicos da guerra como violência contra mulheres eu não conhecia . A vista do Rio Paraguai, principalmente na ida e volta da Bolívia, pois se passava por uma via elevada, pareceu-me muito bela . O rio parecia grandioso e ainda relativamente mantendo suas características naturais, apesar do ambiente urbano próximo. Fiquei em Corumbá 5.a feira 02/02 e na 6.a feira 03/02 fui para Bonito. Antes ainda dei mais um pequeno passeio pela cidade, fui ao galpão regulamentado do comércio de ambulantes e comprei o tênis que queria. Peguei o ônibus perto da hora do almoço e cheguei em Bonito após o meio da tarde. Chegando em Bonito procurei informar-me sobre as atrações. Quase todos os pontos a visitar eram pagos. Boa parte exigiam guias. A maioria era distante e precisava de transporte. Não era exatamente o tipo de local que eu prefiro. Para as atrações de Bonito veja http://www.turismo.bonito.ms.gov.br/bonito/atrativos-turisticos e https://www.bonitour.com.br/bonito?lang=pt-br. No sábado 04/02 aluguei uma bicicleta e fui até o Parque das Cachoeiras conhecer as 7 quedas. Como fazia tempo que não pedalava, sofri um pouco para chegar lá, principalmente porque havia estradas de terra com pedrinhas que dificultavam a situação. Mas cheguei após algum tempo. Havia contratado o passeio sem almoço e cheguei já perto da hora do início. Gostei das cachoeiras . Fomos num grupo de várias pessoas que me pareceu animado, principalmente porque várias pessoas pareciam ser familiares ou amigos. Na tirolesa, após saltar, senti o impacto na água, mas ficou tudo bem. Uma menina chorou após cair 😢, pois acho que não estava preparada para o impacto. Na volta, duas moças que haviam ido sem carro pegaram carona com os outros participantes. Como eu estava de bicicleta, voltei pedalando. No meio do caminho parou um carro com algumas pessoas do grupo, onde estavam as moças de carona, e me deram um certificado por ter feito o passeio. Nunca tinha recebido algo assim e fiquei surpreso 😮. Voltei e devolvi a bicicleta. No domingo 05/02 novamente aluguei a bicicleta 🚲 e fui até a Gruta do Lago Azul. Gostei bastante da gruta . Compensou a que não conheci na Chapada dos Guimarães. Só achei que o guia ficou muito tempo dando instruções, o que reduziu o tempo de passeio e contemplação efetivos. O grupo era bem grande, muito maior do que o do dia anterior. O passeio durou bem menos também. Não se podia entrar na água para não se causar impactos. O aspecto da lagoa pareceu-me lindo. Após voltar de bicicleta à cidade ainda fui ao balneário municipal, onde pude nadar, mergulhar, ver peixes, principalmente dourados, contemplar a paisagem e descansar 👍. Não quis fazer mais passeios em Bonito porque pareceram-me caros 💰 e eu já havia visto quase tudo o que era oferecido lá ao longo da viagem de graça. Só a lagoa que realmente foi única. Na 2.a feira 06/02 de manhã peguei um ônibus para Campo Grande pela Viação Cruzeiro do Sul (https://www.cruzeirodosultransportes.com.br), pagando R$ 42,00 com cartão de crédito. Em uma parada na viagem ainda ajudei um grupo de estrangeiros que estava com dificuldades de se comunicar com os empregados da empresa de ônibus. De Campo Grande peguei outro ônibus para São Paulo pela Viação Motta (http://www.motta.com.br) por R$ 118,00 pago com cartão de crédito. A viagem foi pelo oeste paulista, chegando em São Paulo no início da manhã do dia seguinte.
  9. Olá, mochileiros! Sou brasileira mas moro na Alemanha, e estou indo ao Brasil em fevereiro com o meu namorado alemão e vamos visitar o Mato Grosso - queremos fazer o circuito Chapada dos Guimarães, Pantanal e Nobres. Mas confesso que está bem dificil planejar essa viagem a distância! Principalmente porque parece ser impossível fazer esse passeio sem carro, e nós não dirigimos e nem temos veículo próprio. Todas as pessoas que conversei até agora - incluindo guias turísticos e agências, pousadas e turistas que já foram lá - me disseram que é preciso um veículo próprio. Mas nós queremos tentar mesmo assim. Então estamos em busca de companhias para compartilhar o transporte - ou mochileiros que estejam fazendo passeios semelhantes de carro e possam nos ajudar! E também, claro, companhias para a viagem e os passeios são sempre bem vindas! Caso tenha alguém aí pensando em ir na mesma época, se manifeste aqui e trocamos contato! Obrigada, abraços
  10. Galera, alguém saberia informar se já começou a chover no Pantanal Sul (Nhecolândia)? Será que ainda é possível atravessá-lo ou as águas já começaram a subir? Pretendo atravessar a região na virada do ano e gostaria de saber se as águas vão permitir. Um chopp pra quem responder! Grato desde já, Mantiqueira
  11. Olá Mochileiros. Deixo aqui meu relato de viagem, 18 dias pelo Mato Grosso do Sul. Viagem ocorrida entre 1º a 18 de março de 2017. - ROTEIRO: Campo Grande = 4 dias Ponta Porã/Paraguai = 3 dias Bonito = 9 dias Corumbá = 2 dias - GASTOS: Para um casal Previsto: R$ 10.012,00 Gasto Real: R$ 9917,00 Ver detalhado na Planilha de EXEL. O gasto deu alto porque fiz quase todos passeios de Bonito, mesmo sendo em BAIXA TEMPORADA. Alta temporada os preços duplicam na cidade de BONITO. PLANILHA DO EXEL 1 aba com os gastos por dia 1 aba com os preços dos hotéis das cidades do ROTEIRO 1 aba com o preços das passagens de ônibus das cidades do ROTEIRO - BONITO: Compramos os passeios por agência, indico comprar da pousada ou hostel. A agência nos vendeu os passeios com as refeições inclusas (+R$ 50,00 em cada passeio por pessoa), minha namorada vegetariana não aprovou os cardápios, todos pratos tinham carne misturada. Compensa mais fazer refeições na cidade do que nos passeios. Fiz quase todos passeios de Bonito vou citar os melhores conforme a minha classificação: Flutuação: 1 - Nascente Rio do Prata 2 - Nascente Rio Sucuri 3 - Nascente Azul - passeio é curto 4 - Aquário Natural - Não fiz, dizem que o passeio é curto Grutas: 1 - Gruta do Lago Azul - não deixe de ir 2 - Gruta de São Miguel - desnecessário se conseguir ir na Gruta do Lago Azul 3 - Gruta de São Mateus - não fui * Fazendo apenas 1 passeio de Gruta é o suficiente. Muita informação repetitiva. Trilhas com cachoeiras: 1 - EcoPark Boca da Onça 2 - Fazenda Ceita Corê - Almoço fantástico até para vegetarianos 3 - Estância Mimosa 4 - Rio do Peixe 5 - Parque das Cachoeiras - não fui * Estância Mimosa/Parque das Cachoeiras são fazendas de donos diferentes, entretanto, uma fica de um lado do Rio e a outra do outro lado. Algumas cachoeiras são comuns em ambos os passeios. BURACO DAS ARARAS: Vale a pena ir pela informação sobre a Reserva e a Dolina. Mesmo pela manhã é possível ver casais de Araras. Balneários: Fui apenas no Ilha Bonita, fiz passeio de Bote. Estrutura do balneário é boa, indico ir no fim de semana, na segunda-feira estava quase tudo fechado, poucos funcionários trabalhando. FAZENDA SÃO FRANCISCO - PANTANAL SUL Vale a pena ir, passei apenas o dia. Compensaria até ter passado uma noite porque fazem um Safari noturno onde é possível ver animais silvestres diferentes. Era isso. Obrigado pelo espaço, espero que ajude alguém meu relato. Mato Grosso do Sul - Mochileiros.xlsx
  12. Breve relato de uma viagem feita pela Chapada dos Guimarães e Pantanal por duas amigas 'Chapadeiras'...rs 30/08/13 - Chegada em Cuiabá. A ótima guia Márcia Menezes 65-9241-7582 nos encontrou no Aeroporto. Um rapaz da 'Cuiabá Locadora de Veículos ' também nos esperava e partimos em direção à locadora. Todo o processo da reserva do carro foi feito pelo http://www.mobicar.com.br/ , site que pesquisa várias opções de carros e locadoras e faz reserva sem depósito antecipado. Feito o contrato partimos em direção à Chapada dos Guimarães. Como a Márcia sabia do nosso orçamento 'apertado' ela nos deu a dica de parar e comprar provisões para as caminhadas em um atacadão no caminho. Essa parada rendeu duas coisas: uma boa economia pois os preços na Chapada são bem mais altos e um atraso na programação pois a fila para pagar foi muito demorada. No caminho avistamos a Chapada com seus paredões, a vista é fantástica. Continuamos até uma parada para banho no Rio Paciência e depois fomos a um dos cartões postais da Chapada: a Cachoeira Véu de Noiva. Em seguida fomos até o Alto do Céu (entrada 10,00) para ver o pôr do sol. Maravilhoso!!!! Jantamos no Restaurante Popular, preço 12,00 para comer à vontade. Achei o custo-benefício ótimo. Fomos então para a Pousada Paraíso do Cerrado onde tivemos vários problemas: não havia água mas prometeram que viria logo em seguida, não veio. Mudamos de quarto e minha amiga tomou banho, na minha vez, acabou novamente a água. De manhã a água chegou suja e a descarga disparou, na recepção não havia ninguém para nos atender. Resumo: mudamos de pousada. 31/08/13 - Perdemos muito tempo com a confusão de troca de pousadas, mudamos, enfim, para a Pousada Aurora Boreal http://pousadauroraboreal.blogspot.com.br/ . Feito o cadastro para entrada no Parque partimos para fazer o Circuito das Cachoeiras (necessário guia), que é formado por 7 cachoeiras com algumas paradas para banho: Cachoeira do Pulo, cascatas do Sonrisal, da Hidromassagem, do Degrau, da Prainha, da Independência e das Andorinhas. Na volta paramos para comer pamonha e depois jantamos pastel. 01/09/2013 - Terceiro dia na Chapada. A primeira parada foi no Mirante Geodésico, ponto equidistante entre os oceanos Atlântico e o Pacífico. O Mirante Geodésico é uma atração imperdível na Chapada dos Guimarães. Sem necessidade de guia, sem taxas, com uma vista belíssima. Pode-se descer um pouco para ter uma melhor visão dos paredões, mas tenha cuidado. Tivemos o privilégio de ver o voo de araras azuis magníficas. Sentamos e ficamos um pouco em silêncio contemplando a paisagem.Depois rumamos até a Caverna Aroe Jari (necessário guia), maior caverna de arenito do País (entrada 30,00). O uso de caneleiras é obrigatório neste passeio. O caminho intercala trechos de cerrado com mata amazônica e é muito belo. Próximo está a maravilhosa Gruta Azul e a Gruta de Nossa Senhora. Andamos mais um pouco e fomos até a Caverna Kiogo Brado que foi reaberta recentemente para visitação. Finalizamos com um banho na cachoeira do Alméscar. Jantamos peixe em um restaurante na praça, quase nada estava aberto por ser domingo. 02/09/13- Morro de São Jerônimo, fica dentro do Parque Nacional e é o ponto mais alto do parque, oferece uma vista fantástica da região. É necessário guia para este trekking puxado de 18km (ida e volta). Há momentos de escalada, com subida íngreme no trecho final de subida ao morro, este passeio é uma aventura e é preciso preparo físico e fôlego. No caminho passamos por várias formações areníticas curiosas, veredas, cerrados, entre outros. No topo do morro, uma visão 360º graus da Chapada, maravilhoso! A guia Márcia nos direcionou em todas as etapas e nos deixou seguras, apesar de ter trechos bem complicados de escalada. Voltamos a tempo de encontrar a guia Josi e trocar para o carro 4x4 dela e seguir para a Cidade de Pedra, local reaberto recentemente para visitação. O visual é impressionante, o mirante natural descortina vales verdes e escarpas de rochas avermelhadas que chegam a 350 metros de altura. Aqui sim senti a beleza e unicidade da Chapada dos Guimarães. Talvez porque já conheça a Chapada Diamantina e a dos Veadeiros, as cachoeiras e trilhas não tinham me impressionado tanto. Este lugar, entretanto,fez valer a pena conhecer Guimarães ! Voltamos para a cidade e acreditem, acabou a água na pousada nova também, ninguém merece. Outro jantar no restaurante Popular. 03/09 - Junto com o raizeiro e guia Hermes fomos até a Cachoeira do Sossego, gelada mas muito gostosa, paramos novamente no Mirante Geodésico e tomamos 'banho de vento'. Encontramos com a Márcia que nos guiou pela Trilha do Mel ou Trilha dos Dinossauros (10,00 entrada, necessário guia). Esta trilha não é muito comentada nos relatos, mas , junto com a Cidade de Pedra, foi um dos meus passeios favoritos na Chapada dos Guimarães. Trecho retirado de http://www.chapadamt.com.br/trilhadomel.asp : "A Trilha do Mel é considerada a 2º cidade de pedras a céu aberto, fantástico pelas formações de pedras deixadas pela natureza, alguns monumentos com formatos interessantes... no final nos deparamos com uma vista fantástica do vale inteiro com os paredões ...e a estrada 251 MT que liga Chapada a Cuiabá, ficando em uma altura de 200 metros." Simplesmente fechamos com chave de ouro!!! Comprei uns produtos à base de mel ao final da trilha e ainda deu tempo de 'correr' para comer no Morro dos Ventos (10,00 entrada), comida cara mas muito gostosa. Pratos fartos e bem feitos, pedimos o Peixe do Morro e foi a melhor refeição que fizemos na Chapada (e a mais cara..rs). O restaurante tem um salão muito amplo e bem decorado! De quebra ainda há um mirante muito legal. 04/09- A Márcia veio se despedir e o Hermes, por gentileza, nos guiou até Cuiabá. Antes paramos na Cachoeira Cristal (10,00 entrada) para um último banho na Chapada. Seguimos até a locadora de veículos e de lá para o aeroporto onde a van do SESC Pantanal nos pegaria. No caminho, gentilmente o motorista da Cuiabá Locadora parou para comprarmos guaraná ralado, que é famoso na região. Chegamos ao SESC e neste primeiro dia marcamos os passeios, jantamos e fomos descansar. 05/09 - Acordamos de madrugada para fazer o passeio chamado 'Alvorecer'. Tudo ainda estava escuro quando partimos para um passeio de barco. O guia ia parando e mostrando alguns animais como pássaros e jacarés. As cores do amanhecer iam aos poucos aparecendo e o espetáculo de um por do sol vermelho como fogo foi o auge do passeio, imperdível ! Voltamos para o café da manhã. Algumas pessoas do barco tinham feito um passeio pela Transpantaneira e comentaram que foi ótimo. Este passeio não é feito pelo SESC, mas os atendentes deram alguns contatos e combinamos o passeio diretamente com o Luis Fernando da LF Pantanal Tur. Passamos a manhã inteira arranjando 'quórum' pro passeio, pois o valor do passeio dependeria da quantidade de pessoas que iriam na van. Foi meio complicado, mas no final tudo deu certo e partimos as 15h para fazer o passeio da Transpantaneira, vimos muitos animais durante o trajeto: jacarés, capivaras, búfalos, lobinhos e diversos tipos de aves. A estrada merece cuidado e atenção devido ao mau estado e buracos, mas o passeio foi tranquilo e por volta das 20h chegamos de volta ao SESC. O ponto alto do passeio para mim foi ver os olhinhos dos jacarés brilhando no escuro com a luz da lanterna, parecia uma verdadeira cidade. 06/07/13- Após o café fizemos a 'Trilha do Tatu', que é uma trilha suspensa sobre palafitas, com mirantes, parada para alimentar macacos e passeio de barco. De volta ao SESC aproveitamos para conhecer o borboletário e o Centro de Interpretação Ambiental. Almoçamos e a tarde fizemos o passeio Corixo do Moquém. Creio que este foi o passeio que mais gostei no Pantanal. É um longo passeio de barco pelo rio Cuiabá onde pudemos ver de perto vários jacarés, tuiuius, entre muitas outras aves. No final, um deslumbrante por do sol com direito a revoadas de pássaros. A noite fizemos o passeio 'Focagem Noturna'. Saída em barco após o por do sol com navegação noturna pelo rio Cuiabá, baías e corixos. O guia mostrava com a lanterna as aves em repouso ou em atividade alimentar, muitas de hábitos apenas noturnos. O melhor foi quando o guia, que é guarda-parque, pegou um jacaré filhote para que pudéssemos tocá-lo e tirar fotos. Também paramos em silêncio para observar o céu estrelado, simplesmente fantástico. 07/07- Após o café da manhã ficamos lagartixando ao sol até o almoço, depois do qual nos despedimos do SESC. Chegamos em Cuiabá e como nosso voo só seria de madrugada, pegamos um ônibus e fomos ao Pantanal Shopping, assistimos um filme e voltamos. Nossa intenção era passear por Cuiabá, mas como era feriado, tudo estava fechado. Fim de nossa aventura. Observações: 1- Em quase todos os passeios da Chapada é obrigatório guia, indicamos a ótima guia Márcia Menezes 65-9241-7582 e ela pode passar os contatos dos guias Hermes e Josi (especialista em guiar pessoas com deficiências). Ela não 'pula' atrações, chega na hora combinada e faz tudo com você até acabar o dia, dá dicas de compras e te mostra detalhes em todos os passeios que passariam desapercebidos. É do tipo pau-pra-toda-obra! Há mais relatos com ela no Mochileiros. 2- Ficamos sabendo que muitos 'guias' estão se formando em uma escola com curso não reconhecido, muito cuidado! Procure o registro do guia no http://www.cadastur.turismo.gov.br/ ou na Secretaria de Turismo da região. Um guia não preparado corretamente ou sem responsabilidade pode acabar com a sua viagem! 3- Sobre o SESC - apesar do preço relativamente alto para quem não é comerciário (nosso caso), a qualidade dos quartos, as refeições e o ótimo atendimento do staff compensam. Todos os atendentes da recepção foram muito atenciosos e simpáticos, prestando informações e nos auxiliando em todas as dúvidas. O pessoal responsável pelos passeios também foi muito prestativo e profissional, nota mil para todos! O Sesc tem uma ótima área para descanso e recreação e as refeições sempre tinham muita variedade e sabor. Outras dicas e dados: Na Chapada dos Guimarães - guia Márcia Menezes 65-9241-7582 -Cuiabá Locadora de Veículos http://www.cuiabalocadora.com/ - atendimento muito cortês. -Cotação de locação de carros: http://www.mobicar.com.br/ -Pousada Aurora Boreal http://pousadauroraboreal.blogspot.com.br/ (65) 3301-3420 pousadauroraboreal@hotmail.com , apesar da falta de água em um dia e de um 'problema' com o pagamento, este local foi indicação da Márcia e o gerente Domingos nos atendeu muito bem. -Restaurante Popular - ótimo custo benefício - 12,00 à vontade -Restaurante Morro dos Ventos - caro e delicioso, com um ótimo mirante! No Pantanal: -SESC PANTANAL - http://www.sescpantanal.com.br/ - tudo ótimo: hospedagem, passeios, atendimento e refeições!! -Transpantaneira: LF Pantanal Tur - Luis Fernando (65)9956-8158 / 8129-3031, lfpantanal1@hotmail.com
  13. Desde quando fomos para a Chapada dos Guimarães, no ano passado, que me bateu a ideia de percorrer a Rodovia Transpantaneira num fim de semana. Não sei exatamente como me veio a ideia, mas vi que cabia num fim de semana. Inicialmente eu achava que seria necessário um guia com carro e tal. Depois, pesquisando, vi que dava para encarar de carro comum na época seca (meio de ano), por conta própria. Então ficou acertado: assim que houvesse alguma promoção, voltaríamos para lá! E rolou promoção, como quase sempre rola. Não com os incríveis R$ 99 por perna que pagamos no ano passado, mas a também muito convidativos R$ 129. Claro, para tanto é necessário comprar com meses de antecedência. Compramos em abril para a viagem em agosto. Lá atrás eu tinha bolado um plano inicial que, hoje, me parece meio louco: passar dois dias rodando a transpantaneira até o fim, fazendo base em alguma pousada guerreira de Poconé. Seria chão demais, já que a Transpantaneira tem 145 km de extensão. Felizmente mudei de ideia e acabamos optando por uma hospedagem no meio da Transpantaneira, aproveitando uma promoção do Pantanal Mato Grosso Hotel. Esquema-patrão, ainda que na Transpantaneira sejam poucas as opções que escapam desse esquema. Somente lá que pude identificar lugares possivelmente mais econômicos para pernoitar. De qualquer forma mantivemos a meta de conhecer o final da estrada, o luar onde a Transpantaneira simplesmente parou: Porto Jofre. Chegamos na madrugada de sexta para sábado em Cuiabá e partimos logo para nosso primeiro pernoite. Tinha reservado o Âncora Hotel pelo booking. Lamentável, não recomendo. Tinha um banheiro inacreditável: sem box, sem cortina, mas com um rodo (!!) para você recolher a água que alagava o banheiro. Surreal. Se ainda fosse um hotel barato, ok, mas custou 140 pratas. Eu deveria ter pedido pra trocar de quarto, mas às 1:30 da matina eu queria um banho e sono, porque o dia seguinte era para acordar cedo e se mandar. E assim fizemos. Sábado de manhã cedo direto para Poconé, a 100 km de distância. Abastecemos no posto que tem logo antes da Transpantaneira e adentramos a clássica estrada. Começava a aventura, e ainda era de manhã cedo. Chegando a Poconé Pracinha de Poconé São 145 km de terra. Era começo de agosto, a estrada estava bem seca. Pura terra. Nada de lama, somente em alguns desvios das pontes (caso você quisesse desviar). Mas nos arredores havia muita água, e muitos representantes da fauna local. Nome oficial Acabou o asfalto! Uns 15 km de começar a estrada de terra, você chega no famoso portal da Transpantaneira. Ali já tem um jacaré solitário, o Zico. Depois das fotos, seguimos em frente. O portal Um dos melhores pontos para observação da fauna que encontramos é logo no começo da estrada, pouco tempo depois do portal, entre a primeira e a segunda ponte. Uma enormidade de quantidade de garças, tuiuiús e jacarés. Para quem não quer percorrer a estrada toda, acho que ali estaria de bom tamanho para conhecer um pouco da fauna local. Galera unida Depois de longa pausa para admirar toda aquela beleza, um verdadeiro zoo a céu aberto (é clichê dizer isso, mas é verdade), seguimos adiante. Ainda paramos em várias outros pontos para ver a bicharada, geralmente nas partes onde há pontes. Você chega perto, se quiser Pontes: são mais de 120 pontes ao longo da estrada. Chegamos a contar na ida. Mas, claro, volta e meia havia dúvidas se não estávamos repetindo ou pulando algum número. Duas das pontes são de cimento – inclusive elas ficam perto uma da outra e era onde ficava nosso hotel (na área do rio Pixaim) --, todas as outras são de madeira. Outras duas estavam interditadas. Dezenas em bom estado, outras dezenas meio sinistras. Passamos por todas elas (exceto as interditadas, claro). Em algumas delas há desvios para quem não quer passar por elas. Acho que os desvios devem ser intransitáveis fora da época seca e, além disso, há de se tomar muito cuidado porque são áreas onde os bichos ficam e nem sempre são transitáveis, mesmo na seca. Em algumas das pontes é maneiro parar e curtir a galera que fica lá embaixo. Fizemos isso muitas vezes. A primeira de dezenas de pontes Algumas pontes apresentam problemas Uma das pontes com acesso interditado Chegamos ao nosso hotel ainda no final da manhã. Foi apenas para dar uma olhada e dizer oi, logo seguimos adiante para seguir percorrendo a Transpantaneira. Com a refeição na boca Carcará na estrada Em área de risco O visual vai ficando mais amplo conforme se aproxima de Porto Jofre Depois de várias paradas e percorridos mais 90 km, chegamos a Porto Jofre. Rio Cuiabá. Onde a Transpantaneira simplesmente termina. Fim da Transpantaneira; Rio Cuiabá Do lado direito (de quem chega) há um hotel para pescadores abastados, de diária na casa das muitas centenas. Havia aviões parados do lado de fora!! À frente, no rio Cuiabá, alguns barcos. Certamente rolam passeios por ali. Um deles estava escrito Barco-Hotel. Deve ser maneiro. Estacionamento de aviões particulares! Do lado esquerdo, entrada para a pousada e camping Porto Jofre, que foi um achado. Lugar simples e econômico (mas a área de camping não é muito limpa...), de atendimento caloroso. Ficamos conversando com a dona por um bom tempo e ela nos disse que cobra 210 reais pela pousada com pensão completa (ou terá sido por pessoa? Depois rolou a dúvida, o que desfaria a caracterização como “econômico”). Bom preço para a região -- se for para o casal. Depois de curtir o momento, o visual do rio e a conquista (estávamos no Pantanal e no final da Transpantaneira!), iniciamos o retorno. Ainda paramos várias vezes pelo caminho. Fazendo pose? Galera unida II Sai da estrada, amigo! Os veados são mais arredios Aves em revoada Esse aqui virou notícia na região -- aconteceu naquele dia mesmo Chegamos ao hotel ainda no fim da tarde, a tempo de curtir o entardecer. Tinha piscina (falei que era esquema-patrão!), o que foi relaxante. E, assim que a noite caiu, os mosquitos partiram para o ataque! Impressionante a voracidade, mas um simples Off resolveu a parada. Acho que fora da época seca a coisa é mais grave. Capivaras passeando pelo hotel Fim de tarde De noite, depois do jantar, fomos fazer um passeio de focagem noturna. Fomos num caminhão com uma lanterna de longo alcance (ou coisa parecida). Vimos alguns jacarés e capivaras, que são relativamente comuns na área. Um veado bem ao longe talvez tenha sido o lance mais atraente. E também um lobeto (que, na minha ignorância, nunca havia ouvido falar), que mal pudemos ver, porque ele se mandou. E o mais belo: um minuto de motor desligado e silêncio geral, admirando o céu estrelado, daqueles que você só vê quando se distancia dos grandes centros. No fim das contas aquele dia de focagem noturna não revelou muita coisa -- mas a natureza é assim mesmo. Rolou uma viola (o hotel é tão esquema-patrão que tinha recreadores! Os recreadores, na verdade, são também os guias dos passeios) de noite, mas fomos dormir cedo. Nosso objetivo para domingo de manhã era fazer um passeio de barco para ver o sol nascer, mas infelizmente não rolou quórum. Somente nós dois nos inscrevemos! O jeito foi fazer o passeio das 9 da manhã. Ainda assim, acordei às 6 da manhã pra ver o dia clareando. O sol nascia um pouco antes disso, mas deu para curtir. Sol nascendo Onde construir o seu lar? O passeio de barco pelo rio Pixaim, depois do café da manhã, foi bem legal. Pássaros voando ao nosso lado, jacarés em todos os cantos, capivaras, tuiuiús... Tinha de tudo. E nosso barqueiro-guia andou ensinando alguns truques aos pássaros para voos rasantes. Em pleno voo Convivência harmônica (?) Tuiuiu, Todo imponente Num determinado momento o barqueiro parou numa área de jacarés, desceu e foi lá trocar ideia com um deles. Ahahahah, festa das câmeras. "E aí, tudo bem?" O barco chega, eles saem Curtimos o resto da manhã no hotel, almoçamos e começamos nosso retorno. Com muita calma e tranquilidade. Galera toma conta Araçati Carcarás são de casa Na volta, mesmo abaixo da velocidade, eis que uma cobra – a única que vimos – que estava do outro lado na estrada resolve correr rapidamente para o mato, passando na frente do carro. Freei, o carro deslizou na terra e... felizmente ela tinha se retirado para o mato a tempo. Ufa. Foi na volta também que vimos um tamanduá cruzando tranquilamente a estrada. Mal houve tempo para máquinas fotográficas em ambos os casos, somente pudemos admirar o tamanduá e torcer para a cobra ter se livrado dos pneus. Aquilo ali na frente era um tamanduá Aquele domingo estava MUITO quente. Depois li que foi o dia mais quente do inverno. Paramos em alguns pontos para mais contemplação de toda aquela beleza do Pantanal. Trilha sonora: Sempre enchemos um pendrive para ouvir nas viagens, mas programei uma coisa radical para essa viagem. Somente Almir Satter e trilha sonora da novela Pantanal. Quem nasceu nos anos 70 ou 80 deve ter curtido a novela, ou ao menos sabe o furor que ela representou (um raríssimo momento em que a Globo foi derrotada sucessivamente no horário nobre). Posso dizer que foi muito maneiro, para mim, ouvir aquela trilha sonora estando no Pantanal. De volta a Várzea Grande (dessa vez nem entramos em Cuiabá), fizemos check-in no Hotel Express (uma boa opção, hotel colado no aeroporto), tomamos uns chopes num bar nos arredores e fomos dormir bem cedo. Acordaríamos no meio da madrugada para pegar o voo de volta. E a Localiza (outro esquema-patrão da viagem, ainda que com o esquema de desconto/upgrade da Gol) ainda me cobrou taxa de lavagem. Em dezenas de locações que fiz pelo país, é a terceira vez que me cobram isso. As outras duas tinham sido locadoras pequenas locais. Queimou o filme, eu achava que a Localiza era maior que isso. A Avis, onde eu tinha alugado no ano passado, não cobra. E assim foi mais um fim de semana desbravando o Brasil. Espero retornar outras muitas vezes ao Pantanal.
  14. Classificação: Clássicas Fechando nossas viagens de férias pela região do Mato Grosso, estivemos visitando o Pantanal. A princípio, não iríamos para lá, mas a Lu, da Família Muller, nos convenceu,dizendo que pelo menos deveríamos conhecer a Transpantaneira, então, lá fomos nós. Realmente, como ela conta em seu livro, é uma região ainda selvagem, quase inexplorada e só pela Transpantaneira vale a pena conhecer esta região. Saímos de Nobres, passamos por Cuiabá e fomos em direção à Poconé, onde se inicia a rodovia. Fomos apanhados numa condição completamente atípica para a região, que foi o frio intenso. A condição foi tão extraordinária que uma amiga contou que no noticiário foi falado em cerca de 3 mil cabeças de gado mortos pelo frio. Pois é, estávamos bem aí nessa época. Bom, mas como todos sabem, até essas condições adversas, fazem parte das nossas viagens, e o negócio é encarar com bom humor e depois rir dos perrengues que a gente passou. Isso rende boas risadas depois ... Ficamos na Ueso Pousada: http://www.pantanal.ch , da Sonia e do Ueli, com uma consciência e ações voltadas a preservação e manutenção da fauna e flora no Pantanal. A maior área da propriedade é mantida, sem fazer queimadas nem desmatamento, como uma reserva particular. Nesta área são feitos os passeios a cavalo e à pé. Estávamos hospedados nós e uma família grande de suíços. Foi bem diferente, pois nós não entendíamos uma palavra e nos comunicávamos por vezes, com a matriarca, que era chilena, uma longa história. As crianças eram uma diversão à parte, porque falavam entre elas, riam entre elas, depois olhavam para nós e riam como se estivéssemos entendendo tudinho...ahã... A Pousada foi a que ofereceu o melhor custo para nós, com pensão completa, e direito a um passeio a cavalo ou de barco, por dia. Ficamos quatro dias ao total, porém dias inteiros foram dois, então no primeiro fizemos o passeio a cavalo, guiados pelo Marcos, pela manhã. Até o João, que tem receio de andar a cavalo foi numa boa. A Júlia teve alguns problemas com o cavalo teimoso dela, o que rendeu boas gargalhadas das crianças suíças. No dia seguinte, a Sônia nos levou até uma fazenda vizinha para passearmos de barco pelo Rio Clarinho e pescar piranha. Ela ria muito, e disse que nós inventamos uma nova modalidade de pescaria: a voadora, onde nossos peixes não eram bem fisgados e voavam por cima das nossas cabeças, para cair na água de novo... deixa meu pai pescador saber da nossa inabilidade total com esta modalidade esportiva que ele tanto aprecia... À tarde, o Marcos nos levou para uma caminhada pela mata preservada da Pousada, e também até o mirante, onde, apesar do frio, conseguimos avistar alguns animais. O Pantanal dessa vez ficou nos devendo o tão famoso pôr do sol, mas voltamos com outras lembranças e aprendizados, como o modo delicado, gentil e responsável que o europeu educa suas crianças, observando os suíços e a visão que a Sônia passou da educação e criação de seus filhos mudando alguns conceitos nossos. E viajar também é isso,é ter o espírito e a mente abertos para situações diferentes daquela que esperávamos encontrar, não fazer disso um problema, e absorver todo o tipo de conhecimento e experiência que nos engrandeçam de alguma maneira.
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