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  1. Boas pessoal, Eu e a minha namorada queremos viajar de carona nos próximos dias. Gostaríamos de saber mais relatos de mochileiros que já tenham tido esta experiência. O nosso percurso será de Ipatinga (MG) a São Luís (MA). Gostariamos de saber se é seguro e fácil pegar carona. Quais as maiores dificuldades nestas zonas do Brasil para quem viaja? E se é fácil achar lugares para dormir 😴 Muito obrigado! 😀
  2. Tenho pretensões de sair de Foz e ir para Argentina e logo em seguida, para o Chile. Meu roteiro é bem roots kkkk tô tentando economizar ao máximo... Queria muito saber como eu posso encontrar caronas ou conseguir passagens mais baratas... Como vcs fazem com o transporte?
  3. Hey amigos mochileiros! Final do mês de Outubro, vou estar regresando ao brasil e preciso de uma carona com pra atravessar a fronteira ai e chegar no Acre! posso contribuir com 50 reais pra ajudar na gasolina! Gratidão de verdade a quem puder ajudar🙏🏾💛 meu instagram para contato: criativist.a
  4. NOSSO PRIMEIRO MOCHILÃO (Loira e Pipira). ITINERÁRIO: SÃO PAULO > PARANÁ > SANTA CATARINA > RIO GRANDE DO SUL > URUGUAI > ARGENTINA > PARANÁ > SÃO PAULO. Passamos por 32 cidades, 20 caronas, 8 ônibus, e por incontáveis perrengues em 28 dias, 7 mil quilômetros. Planejamos nosso primeiro mochilão com 6 meses de antecedência. Pensamos nessa rota porque gostaríamos de conhecer o sul do Brasil e os países vizinhos e toda a cultura imersa em cada local. Escrevemos todas as possíveis cidades que gostaríamos de passar no roteiro, porém, no meio do caminho, o destino nos trouxe outros lugares que jamais havíamos cogitado de estar. Pesquisamos bastante sobre como viajar a baixo custo e os itens necessários, apesar de levarmos além do suficiente nas mochilas que ficaram pesadas e dificultou um pouco a nossa mobilidade. A princípio, iríamos fazer nossa viagem de ônibus e hospedar em hostels. Mas criamos coragem e decidimos fazer a nossa maior parte do trajeto pegando carona e acampando em postos de gasolina, nas praças das cidades e nos morros. Nosso orçamento inicial era gastar, no máximo, R$ 100,00 por dia, totalizando, R$ 3.000,00 em 1 mês (cada pessoa). Conseguimos alcançar a meta para não estourar o orçamento final. Como era nossa primeira experiência, não tínhamos muita noção do que levaríamos, de onde pegar carona e acampar, apenas fomos surpreendidos pelo destino, e deu tudo certo. Fugimos do senso comum de que pegar carona é algo perigoso e difícil. Conseguimos a maioria das caronas em menos de meia hora, acreditamos que por estarmos em casal, isso facilitou muito. Todos que nos deram carona, foram pessoas extremamente gentis, de bom coração. Não houve nenhuma intercorrência durante o trajeto, apenas os perrengues que são comuns de acontecer, como o tempo de espera em algumas ocasiões, a imprevisibilidade de chegar no momento que fora previsto, dentre outros que comentamos em cada carona. Tudo isso foi possível graças a vários relatos de outros mochileiros deste site, e vídeos do Youtube. Sobre os itens que consideramos necessários para viagens desse modelo: - mochila com barrigueira; - barraca de camping e isolante térmico; - fogareiro + cartucho de gás (2), panela; - garrafa de água (3L); - documentos pessoais (RG, carteira de vacinação, dinheiro, e um cartão para emergências); - caneta para placa (2); - adaptador, cadeado, canivete, carregador portátil, guarda-chuva, lanterna; - lenço umedecido (acredite, é extremamente necessário) - toalha e poucas peças de roupa, se possível; - itens pessoais de higiene, kit-socorros e protetor solar. Aplicativos necessários: - iOverlander (app com mapa de lugares para acampar, banheiro, água etc); - Google Maps (o melhor aplicativo de todos, além de funcionar off-line/sem wi-fi, cria rotas, mostra linhas de transporte em tempo real, distância e duração); - Hostelworld (melhor app para achar hostel barato); - TripAdvisor (ótimo app para descobrir bons pontos turísticos); - Couchsurfing (aplicativo pago (R$10,00) de hospedagem grátis e troca de experiência com os nativos, infelizmente não conseguimos nenhuma hospedagem por estarmos viajando na época natalina/ano novo). Em toda a cidade que entramos, procuramos lugares públicos (McDonald 's, supermercados, rodoviária, aeroportos, praças, por exemplo) com tomadas, banheiro e água disponíveis. Em outros países que passamos, no Uruguai e na Argentina, é muito escasso o acesso à água de graça em locais públicos. Outra observação pessoal foi a dificuldade em encontrar creme de leite e sardinha nos supermercados. Em ambos os países, é muito comum encontrar a empanada, uma espécie de pastel assado com frango desfiado ou carne, mas não tem fritura, como por exemplo salgados (coxinha, espetinho empanado, kibe, etc). No geral, nas cidades do Uruguai não há muita variedade de pratos apetitosos, apenas a empanada é a mais aceitável, e foi um dos alimentos que comemos durante todo o percurso da viagem. Descobrimos que o Brasil é o melhor lugar possível para fazer o mochilão, pois o brasileiro está disposto a ajudar em qualquer ocasião. Tivemos várias situações em que fomos extremamente gratos durante o percurso: Burni: mãezona, ofereceu seu apartamento e nos acolheu com muito carinho. Fez almoço para nós, nos levou para conhecer o centro da cidade, comprou os melhores cookies da padaria que ela considerava a sua favorita, nos deixou bem à vontade para fazer o que quiser em sua casa, estendeu a nossa roupa (achei a atitude fofa porque eu tinha estendido tudo errado e ela conseguiu arrumar direitinho para secar mais rápido), deu de presente para nós um pokemon card que ela considerava uma das coisas mais importantes de sua vida, que fez parte de sua infância, e também deu 10g de cogumelo (achei mais fofo ainda). Felícia (Daisy): esposa da Burni, deu de presente uma saboneteira, foi muito simpática, receptiva e conversou bastante conosco no primeiro dia. O motorista de ônibus que nos avisou que a barraca tinha caído da mochila durante a nossa primeira tentativa de carona e um outro rapaz que recomendou outro lugar para pegar carona, o casal de sanduicheiros do famoso choripan da Lagoinha do Leste que confiaram em nossa palavra para pagar os lanches após sairmos da trilha, pois o lugar é afastado e não funciona o Wi-fi para pagamentos on-line e não tínhamos algum dinheiro vivo naquele momento. A atendente do posto de Siderópolis que nos deixou tomar banho de graça e nos apresentou um dialeto muito comum no sul ‘’capaz’’ que significa ‘“ora, deixa disso” como uma forma de disfarçar o possível interesse em fazer algo a favor. Pessoal do hostel de Canela e o atendente do Ecohostel de PoA com a camisa do Inter que nos deu dicas de mochilão. O dono de um bar que estava bebendo um chimarrão em Porto Alegre que gentilmente nos deu uma sacola ao ver a nossa estourar e os pastéis caírem no chão. Frentistas do posto SIM de Pelotas que foram super receptivos e mostraram um bom lugar para montar a barraca e o caminhoneiro que conseguiu a senha para tomar banho. Hippie de Punta del Diablo que nos mostrou onde ficava um ótimo camping pago seguro. ‘’Macondo’’, nome de uma casa cujo lugar onde ficamos hospedados na varanda em Cabo Polônio. Casal de brasileiros mineiros de Punta Ballena que passaram perrengue conosco para voltar para Punta Del Este de ônibus à noite. Diego, voluntário brasileiro atendente do Port Hostel em Montevidéu que nos ajudou com o câmbio. As funcionárias da biblioteca da rodoviária de Fray Bentos que nos cedeu um espaço para ficarmos à vontade lendo os livros e foram muito gentis e atenciosas conosco. Os funcionários da Aduana em Fray Bentos que conseguiram uma carona para atravessar a ponte entre a Argentina e Uruguai. Camila, nossa amiga que nos acompanhou por toda a cidade de Buenos Aires, dando dicas e compartilhando sobre a sua vida de estudante e nova residente na Argentina. O guia do museu ferroviário de Buenos Aires que foi super atencioso e paciente para nos explicar a cronologia da história da Argentina através da linha do tempo ferroviária. O funcionário da rodoviária de Puerto Iguazú que nos ajudou a pegar o último ônibus de última hora para Foz do Iguaçu. Entre outros, pelo simples direito de ter acesso a banhos e campings gratuitos em postos de gasolina. Seu José, a pessoa que passou mais tempo conosco e foi marcante para nós, o caminhoneiro que nos ofereceu carona e estadia gratuita na empresa em que trabalhava e até um lanche generoso. A viagem nos representou a possibilidade de explorar nossos limites, fragilidades, medos, conhecimentos sobre o mundo exterior, e o autoconhecimento, no geral. Foi algo enriquecedor. Também fortaleceu a nossa conexão, algo crucial para esta viagem. Com esta nova experiência, queremos mostrar que é possível realizar tudo isso se houver coragem para se arriscar, pois pouquíssimas pessoas possuem esse brio. (Rota realizada para a viagem). - 15/12/2021 - 21/12/2021 - São Paulo - Florianópolis Nossa primeira opção, seria pegar um ônibus direto para Florianópolis para otimizar o nosso tempo, já que o ponto de encontro inicial estava marcado na rodoviária do Tietê e o horário de partida estava previsto para o período da noite. Ficamos hospedados durante 5 dias na casa de umas amigas. Realizamos vários passeios, trilhas e caminhadas. Conhecemos o centro da cidade, recomendamos ir à ponte Hercílio Luz (ponto turístico), Beira mar continental e norte, ao Mercado Público de Florianópolis; nas feiras de rua próximas desse mercado (os preços dos produtos são bem acessíveis); à Catedral Metropolitana da praça XV de novembro. (Vista da Beira mar norte). Fizemos a famosa trilha da Lagoinha do Leste e do Morro da Coroa (a trilha é difícil, é preciso ter bastante paciência e certo preparo físico para enfrentar quase 7 km de subida - ida e volta, mas o esforço vale a pena, a paisagem é fantástica e é possível tirar excelentes fotos do lugar e da vista do Morro da Coroa, além de interagir com os macaquinhos durante a trilha). (Vista do Morro da Coroa). Também recomendamos conhecer o Museu do Presépio Bosque Pedro Medeiros, lugar simples e encantador, um recanto verde em meio aos prédios, possibilitando realizar pequenas trilhas dentro do museu. - 21/12/2021 - Florianópolis - Palhoça (BR 101) - Criciúma Por estarmos dentro da cidade de Florianópolis, resolvemos pegar um Uber para a rodovia BR 101 em Palhoça, um local com facilidade de pegar carona para o nosso próximo destino. O primeiro ponto, próximo da loja Havan, não deu muito certo. Nos deslocamos para um ponto mais próximo do acostamento, onde obtivemos êxito. Uma dica seria não ficar próximo de uma subida, é mais difícil parar um automóvel, recomendamos pegar em um local com acostamento plano. (Foto tirada próxima ao local da primeira carona). - Carona 1 - Palhoça - Criciúma [BR 101] - Tempo de espera: 1h - Horário de saída: 14h00min - Horário de chegada: 16h45min - Distância: 170 km Sr. Odair, 45a, agradável, simpático. Já ofereceu várias caronas, nos aconselhou a pegar carona no acostamento em local plano, em vez de um local com subida/descida; possui uma esposa e 2 filhos. Não teve oportunidade de estudar, mas gostaria de fazer uma faculdade. Possui uma rotina exaustiva com jornada de 12h de viagem (3x na semana), reivindica férias há mais de 3 anos para passar o natal e ano novo com a família. Gosta de oferecer carona justamente pela viagem ser solitária, então aproveita para ter alguma companhia durante o percurso. Diz que só oferece carona para aquele que oferecer boa impressão, preferencialmente para mulheres e casais, além de estar bem apresentável. Já presenciou vários acidentes na estrada e acabou se acostumando com esta rotina; é católico; aparentemente hígido. Contraiu covid-19 em junho deste ano por meio da esposa (no coral da igreja), todos testaram positivo pelo teste PCR. Procedente de Curitiba, seu trajeto do trabalho é de PR - RS, transporta peróxido de oxigênio, seu caminhão possui 9 eixos. Só pode transitar 80 km/h. Seu Odair nos deixou próximo da entrada de Criciúma. Pegamos um Uber para entrar na cidade. Chegando na cidade, procuramos um lugar para acamparmos. A primeira tentativa foi em um posto de gasolina, mas os postos dentro da cidade geralmente não aceitam fazer camping, então resolvemos procurar um parque ou uma praça. Ficamos em uma praça no centro da cidade, mas não sabíamos se poderia montar a barraca devido ao movimento constante de viaturas que rodeavam a praça. Mas por não encontrarmos um lugar melhor de última hora, optamos por montar a barraca ali mesmo. Por ser na época do natal e ter grande contingente de pessoas, esperamos diminuir o movimento para podermos montar a barraca. Uma dica seria tentar chegar o mais cedo possível para aproveitar a cidade que quer conhecer e retornar para os postos de gasolina próximos da rodovia, caso queira acampar, ou procurar um local de camping dentro da cidade. Tivemos uma experiência não muito agradável, por receio de estarmos muito expostos e por alguém nos abordar. Houve um momento em que um homem se aproximou da barraca e ficou por algum tempo nos observando e foi embora (que cagaço!). Por estarmos dentro da barraca, só vimos a silhueta dele. Outra dica seria sempre que entrar em uma cidade nova, procurar por um Mc Donald’s, pois é um lugar que há banheiro e tomada e, às vezes, Wi-fi gratuito, além de permanecer no local sem ninguém incomodar. (Nossa primeira carona com o Seu Odair). - 22/12/2021 - Criciúma - Siderópolis No dia seguinte, pegamos um ônibus para Siderópolis. Escolhemos essa cidade para conhecer um local chamado Aguaí Santuário Ecológico, mas não foi possível porque optamos por conhecer um local na entrada da cidade, onde se situa o Centro de Peregrinação de Nossa Senhora de Fátima. Por coincidência, em frente a esse Centro, havia um posto de gasolina (Ipiranga), onde fomos bem recebidos pelos frentistas e principalmente pela atendente da loja de conveniência. Ela nos ofereceu um banho gratuito e recomendou um local para acampar. Escolhemos montar a barraca atrás da Santa (lugar mais protegido não há, rsrs). Às vezes montamos um roteiro bem estruturado, mas podem acontecer alguns imprevistos e não ocorrer conforme o planejado, porém o destino pode nos proporcionar experiências incríveis e muito aprendizado. (Barraca montada atrás da Santa). (Nossa Senhora sempre abençoando a nossa viagem). - 23/12/2021 - Siderópolis (SC) - 2,2 km da BR 101 Logo após acordar, fomos em busca de carona. Primeiramente, fomos no posto conversar com alguns caminhoneiros para tentar alguma carona em direção à BR 101, sem sucesso. Optamos por pedir carona em frente ao posto. Não demorou muito para aparecer a próxima carona. - Carona 2 - Tempo de espera: 13min - Horário de saída: 13h23min - Horário de chegada: 14h15min - Distância: 37 km Anderson, 32a, empresário, natural do Rio Grande do Sul (Rio Grande), porém, foi para Siderópolis, gostou e ficou por lá até hoje, por ser uma cidade tranquila. Montou uma empresa de madeira, já viajou de mochilão pela costa do Rio Grande do Sul com 24 anos, ficou 2 meses fora de casa. Prefere a estação de verão em vez de inverno. Pretende conhecer Maceió e o nordeste, no geral. Nunca deu carona antes. Anderson estava indo em direção à sua empresa. Ele iria nos deixar na BR 101, mas ele estava atrasado, então nos deixou perto da BR 101. Estávamos andando em direção à rodovia da BR 101, quando nossa próxima carona chegou em poucos instantes. Demos sorte. - Carona 3 - 2,2 km da BR 101 - BR 101 - Tempo de espera: 4min - Horário de saída: 14h40min - Horário de chegada: 14h41min - Distância: 2 km Seu João, com o seu carro simples, um Chevette branco antigo, trocamos pouquíssimas palavras, mas o suficiente para saber que existem pessoas humildes, com bom coração. Logo chegando na rodovia, procuramos um local propício para carona. Optamos por ficar debaixo do viaduto, onde havia sombra e um acostamento. Ficamos um bom tempo pedindo carona por dedão, porém, não estava dando muito certo. Por sorte, encontramos um papelão e escrevemos o nosso próximo destino (Rio Grande do Sul), e não demorou muito para a nossa próxima carona chegar. Uma dica seria ter consigo uma caneta de lousa e um papelão para escrever seu próximo destino, pois facilita a comunicação com quem vai oferecer a carona. - Carona 4 - BR 101 - Campo Bom (RS) - Tempo de espera: 1h - Horário de saída: 15h45min - Horário de chegada: 20h00min - Distância: 290 km Seu José, 46a, caminhoneiro, nordestino, cearense, foi para o sul por causa de sua mulher, em busca de oportunidades. É casado há 20 anos com uma mulher de 60 anos, sem filhos, exceto o curica, cuja ave sabe cantar o hino nacional. Ele trabalha em função de sua mulher, para não levar chifre, mas gosta muito de mimá-la com presentes caros (sic). Adicto em café, toma uma vez ao dia para não ficar com cefaleia. É caminhoneiro há 2 anos e já está acostumado com essa vida solitária, mas prefere estar acompanhado durante as viagens, por ser muito comunicativo e prestativo com as pessoas. Seu José contou sobre a sua vida, sobre as caronas que ele já ofereceu, que valoriza muito esse tipo de oferta porque ele já necessitou em várias ocasiões de sua vida. Deu dicas para pegar carona, orientou sobre não se arriscar em pegar qualquer carona, pois há motoristas que se encontram incapazes de dirigir com segurança, por exemplo: olhos vermelhos, cansaço excessivo, uso de drogas etc. Ele também tem receio de oferecer qualquer carona, pois pode haver caroneiros transportando drogas para a fronteira, e vice-versa. Tem bom gosto musical, suas bandas favoritas: Pink Floyd, Guns n Roses, Scorpions, Bon Jovi. Já foi alcoólatra, mas a mulher na linha, o transformou em evangélico, mas de vez em quando ingere álcool escondido. Duas coisas ruins que existem no mundo, ele disse: mulher e dinheiro. Estava empolgado devido à compra do celular para a mulher, passamos pela cidade em que ele morava (Torres), cuja esposa estava esperando para entregar o bolo e o refrigerante e ele entregar o cartão para ela comprar o celular. Antes de ser caminhoneiro, trabalhou durante 8 anos na construção da BR 101. Sente saudades da comida nordestina, buchada, mocotó. Nosso destino principal era Gramado, mas seu percurso se limitava até Campo Bom (RS), que fica a 70 km de distância, então ele ofereceu a carona até essa cidade, onde ele pararia na empresa para carregar produtos de polietileno. Muito atencioso, convidou-nos para passar a noite em segurança na empresa, deixando-nos à vontade para se acomodar dentro do caminhão e dormir por lá mesmo. Na empresa, havia banheiro com chuveiro e tomada. Tomamos banho e ele se dispôs a comprar comida pra gente. Ele nos mostrou o funcionamento dos compartimentos que compunham no caminhão, como por exemplo, uma mini cozinha e uma geladeira que ficava ao lado caminhão. Seu sonho é ter um motorhome, ter uma casa de praia e nunca mais trabalhar. Pipira vai realizar o sonho dele algum dia. (Na companhia agradável do Seu José). - 24/12/2021 - Campo Bom (RS) - Taquara (RS) - Gramado (RS) - Canela (RS) Acordamos cedo, e Seu José nos deixou no ponto do pedágio, deu um papelão (que fofo), tiramos foto com ele e retornou para a sua cidade para passar o natal com a sua esposa e o curica. Ao chegar no pedágio, levantamos nossa placa escrito ‘’Gramado’’, achando que conseguiríamos pegar carona rapidamente, pois os carros passavam devagar, e havia um acostamento grande para os carros pararem. Não foi o que aconteceu. O motivo se deu devido ao local não ser estratégico, pois essa rodovia não levava direto para Gramado, por ter vários desvios de rota no meio do caminho. Portanto, optamos por mudar a placa e colocar a cidade mais próxima como destino (Taquara), que não demorou muito até aparecer a próxima carona. - Carona 5 - Campo Bom (pedágio) - Taquara - Tempo de espera: 2h - Horário de saída: 9h13min - Horário de chegada: 9h34min - Distância: 30 km Mônica, 30a, enfermeira-socorrista. Nosso anjo da guarda, nos avistou desde quando chegamos no pedágio, porém, ela estava no seu plantão, e pensou na possibilidade de oferecer a carona logo após o término do plantão, caso estivéssemos por lá ainda. E foi o que aconteceu. O sonho dela era fazer medicina, mas devido à falta de recursos, não foi possível. Disse que ficaria de plantão durante o natal a partir das 17h. Informou-nos sobre a alta taxa de óbitos na rodovia, em torno de 1 a 2 óbitos por plantão. Já se acostumou com a rotina de trabalho nos períodos festivos, mas dá muito valor à família. Disse que gostaria de visitar o irmão que reside em Florianópolis (Praia dos Ingleses) há 3 anos, está planejando, mas não acha que vai conseguir ir por causa do trabalho. Tem uma filha pequena e um esposo. Quase não os vê com frequência. Torceu para que nós pudéssemos viajar com segurança e que admira nossa coragem de sair por aí mochilando. Mônica foi gentil e nos deixou na rodovia que dá direto a Gramado. Como Taquara fica próximo a Gramado e o ônibus era barato, optamos por ir até a rodoviária de Uber e comprar as passagens. (Pedágio onde Mônica nos ofereceu carona). Chegando em Gramado, estávamos com fome, almoçamos em um lugar bem barato, o que é difícil encontrar nesta cidade. Recomendamos o restaurante ‘’Espetinho & BBQ’’. Após almoçarmos, procuramos um Hostel para nos acomodarmos, pois era natal e queríamos ficar bem confortáveis. A hospedagem em Gramado era bem inviável devido ao preço elevado, então optamos por ficar na cidade ao lado, em Canela. Ficamos hospedados no ‘’Canela Hostel’’, um lugar bem aconchegante e por um preço acessível. Para nos deslocarmos de uma cidade para outra (Canela - Gramado), utilizamos o ônibus coletivo. Gostamos muito mais de Canela do que de Gramado, por ser uma cidade mais tranquila e não muito turística, apesar de haver muito movimento em torno da Catedral de Pedra, devido à época do natal. O clima desta região é bem agradável, apesar de fazer muito frio à noite. (Catedral de Pedra na cidade de Canela). - 25/12/2021 - 28/12/2021 - Canela - Gramado - Porto Alegre Saímos de Canela e fomos para Gramado por meio do ônibus circular, e nosso próximo destino seria ir para Porto Alegre (POA) para resolver os trâmites* dos documentos necessários para entrar no Uruguai. Explicaremos mais adiante sobre tais documentos. Decidimos pegar um ônibus direto para POA, pois era inviável pegar uma carona saindo de Gramado até a rodovia principal que vai para lá, demandaria muito tempo, o qual não tínhamos, diante da situação* citada acima. Além disso, o custo do ônibus saiu bem barato, portanto, compensou. Chegando em POA, a primeira impressão não foi uma das melhores. A rodoviária, apesar de ser grande, é bem precária, dando um aspecto sórdido entre os pisos e os estabelecimentos, os sanitários não são muito higiênicos. Saindo de lá, andamos a pé para encontrar um mercado e seguir adiante para um hostel. Mas como era natal, não havia nenhum estabelecimento aberto, as ruas estavam vazias, apenas preenchidas por pessoas em situação de vulnerabilidade. Assim como a rodoviária, as ruas do centro são bem descuidadas, muita pichação, lixo e odor desagradável. A sensação de insegurança no centro é constante e tivemos um pouco de receio em relação a essa primeira impressão. Porém, ao chegar no hostel (Eco Hostel), um lugar bem acolhedor, onde situa-se em um bairro nobre, bem localizado, conseguimos nos sentir mais seguros. Aproveitamos o fim de tarde para andar de bicicleta e conhecer o Parque Urbano da Orla do Guaíba. É um ótimo lugar para andar de bicicleta, caminhar e ver o pôr do sol. A bicicleta foi nossa amiga, para nos deslocarmos dentro da cidade. É preciso baixar o aplicativo Bike Itaú e inserir um cartão de crédito. É possível andar durante 1 hora, por 8 reais, e mais 5 reais após a primeira hora. A cidade tem bastante ciclovia, o que torna bastante acessível e seguro para se locomover. (Em frente à Orla do Guaíba). Em tempos de pandemia, atualmente é necessário entrar com alguns documentos: seguro viagem, declaração juramentada para o país que irá entrar, vacinação completa (2 doses) e o teste PCR. Conseguimos fazer o teste PCR gratuitamente pelo SUS, em um posto de saúde mais próximo. Apesar de ser gratuito, demandou muito tempo e paciência, devido a algumas intercorrências, e, por isso, só conseguimos realizar o teste no terceiro dia em POA. - 28/12/2021 - Porto Alegre - Guaíba - Pelotas Por estarmos dentro da cidade de POA, resolvemos pegar um Uber para a BR 116, o que facilitaria pegar a próxima carona, em direção ao nosso próximo destino, a cidade de Pelotas (RS). O Uber nos deixou em um posto do Ipiranga, na BR 116. Primeiramente, tivemos dúvidas sobre o local, se havia a possibilidade de pegar carona com facilidade, pois não presenciamos muito movimento neste posto. Inclusive, cogitamos procurar um posto mais próximo que havia ali por perto, com paradas para caminhoneiros. Tínhamos planejado ficar apenas pouco tempo neste primeiro local (em frente ao posto, perto da saída), e caso não obtivesse êxito, partiríamos para o outro posto. Felizmente, não esperamos por muito tempo, e um casal que estava saindo do posto deu carona para a gente. - Carona 6 - Guaíba - Camaquã (Posto SIM) - Tempo de espera: 30min - Horário de saída: 15h17min - Horário de chegada: 16h30min - 104km Não chegamos a conversar muito, dormimos a maior parte do tempo (pelo menos conseguimos descansar um pouco), mas foram muito atenciosos e nos orientaram sobre a estadia na paróquia de Camaquã, caso não conseguíssemos pegar a próxima carona. O casal nos deixou em um posto de combustível, na entrada de Camaquã. (Lugar em frente ao posto, aguardando a carona 6). Ao chegarmos, procuramos carona dentro do Posto, pois havia vários caminhoneiros abastecendo. Conversamos com alguns caminhoneiros, porém, não obtivemos êxito. A maioria das empresas de transporte proíbe os caminhoneiros de oferecerem carona. Por isso, é normal a recusa por parte dos caminhoneiros. Portanto, tem-se mais facilidade em pegar carona na estrada. Ficamos em frente ao posto, levantamos a placa para conseguir a nossa próxima carona. - Carona 7 - Camaquã (Posto SIM) - Pelotas - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 17h10min - Horário de chegada: 19h00min - 130km Gilberto, 38a, natural de Canoas (RS), bem prestativo, comunicativo, é colecionador de carrinhos, tratores e caminhões em miniatura há 19 anos. Possui milhares dentro de seu quarto. Também monta maquetes (mini fazendas, estradas, etc). Mora com a mãe. Trabalha cinco dias da semana, faz o trajeto por Canoas - Pinheiro Machado há 7 anos carregando argamassa. Mas trabalha como caminhoneiro há muito tempo. É fumante desde os 18 anos. Não fumava, mas por causa da vizinha, queria conquistá-la porque ela também era fumante, ficaram por muito tempo juntos (11 anos). Ela foi para Portugal e ele ficou porque sua paixão é ser caminhoneiro. Já perdeu 3 namoradas por causa da profissão. Contou sobre as histórias do sul, sobre a guerra da Farroupilha. Tem curiosidade por saber sobre o universo e vida fora da terra. Falou sobre religião, diz que Deus é um só, tem fé, enfatiza muito a frase: ‘’nunca diga nunca’’ e sobre aproveitar cada minuto da vida, porque as pessoas não voltam. Debateu assuntos relacionados à política, possuindo ideologias de direita. (Coleção de miniaturas do seu Gilberto). Gilberto nos deixou no trevo que liga a BR 116 com a 471. Fomos andando do trevo ao posto mais próximo (2 km). Tivemos a oportunidade de pernoitar neste posto (Coqueiro), pois os frentistas foram bem acolhedores e dispuseram um local para montarmos a barraca. Neste posto, havia água gratuita, tomadas na loja de conveniência e banho gratuito para mulheres. O banho para os homens é possível, porém, é necessário pegar uma senha no atendimento do posto ao abastecer o carro. Como estávamos a pé, um caminhoneiro cedeu gentilmente a senha para tomar banho. , (Local onde montamos a barraca, ao lado do posto). - 29/12/2021 - Pelotas - Quinta - Santa Vitória do Palmar - Chuí - Chuy Acordamos bem cedo, desmontamos nossa barraca e fomos direto para o acostamento em frente ao posto para encarar o dia mais longo e desgastante. Não demorou muito até chegar a nossa primeira carona do dia. - Carona 8 - Tempo de espera: 6min - Horário de saída: 10h32min - Horário de chegada: 11h07min - 40km Márcio, divorciado, possui 2 filhos, bem comunicativo, prestativo, contou sobre seu sobrinho que é hippie, o qual viajou para vários países da América do Sul de mochilão. Diz que oferece muita carona, mas reconhece pelo olhar quem é bom porque ele já ofereceu para pessoas mal intencionadas, alguns eram ‘’burros de carga’’ (transportam drogas). Contou sobre sua rotina, o qual possui entusiasmo para ganhar dinheiro acelerando as atividades no serviço. Geralmente trabalha 3/4 vezes por semana. Orientou-nos sobre lugares para pegar carona até chegar em Chuí. (Trevo da vila Quinta que vai em direção ao Chuí). Após Márcio nos deixar próximo do trevo, em um ponto de ônibus, levantamos nossa placa escrita ‘’Chuí’’ e permanecemos por um bom tempo neste local. Até que apareceu um senhor com uma bicicleta e nos orientou a pegar carona em outro ponto, mais próximo da via que segue direto para Chuí. Seguimos a orientação, procuramos um lugar com sombra e permanecemos quase uma hora até aparecer a nossa próxima carona. - Carona 9 - Quinta - Posto Ipiranga (após o Eco Taim) - Tempo de espera: 1h30min - Horário de saída: 12h45min - Horário de chegada: 14h30min - 100km Fabner, 35a, foi bem atencioso conosco, é bem humorado e bastante comunicativo, contou sobre toda a sua vida, e posteriormente, entrou em contato. Mora em Caçapava do Sul, sua rota não seguia diretamente em direção a Chuí, mas nos deixou próximo em um posto até seguir adiante com outra carona. Possui 3 filhos, já teve 8 passagens na polícia por questões envolvendo brigas, mas nunca cometeu crimes envolvendo mortes etc. Começou recentemente na profissão de caminhoneiro, e quer dar o bom e o melhor para seus filhos, quer reconquistar a sua mulher, pois se separou recentemente dela. Possui uma plantação de maconha dentro de sua casa, gosta muito de fumar e gostaria de morar no Uruguai para poder fumar à vontade. É muito conhecedor da área chamada Estação Ecológica do Taim, que perpassa a BR 471 em que estivemos durante o nosso trajeto. Falou sobre as figueiras, gostaria de ter uma em sua casa, pois para ele, representa um símbolo muito importante sobre algo duradouro, como a união de sua família, que demora muitos anos para crescer, mas que é fonte de vida. Comentou sobre as carnes (que consideramos peculiares), como a de jacaré e a de capivara, as quais ele considera uma delícia, possui gosto de peixe etc. No Eco Taim, vimos a presença de várias capivaras se banhando no lago durante o percurso. Pediu para tirar uma foto dele com as capivaras e enquanto estava dirigindo, porque não é sempre que tiram foto durante seu trabalho e ele gostaria muito de registrar o momento. Seu sotaque é forte e diz que gosta muito do povo do Rio Grande do Sul, diferentemente do povo carioca (que ele odeia porque fica talaricando a mulher alheia), kkkkk. (Fabner e as capivaras do Eco Taim). Fabner nos deixou em um posto porque seu destino desviaria da rota até Chuí. Este posto situa-se distante da cidade próxima de Chuí (Santa Vitória do Palmar). Portanto, ficamos com receio de não conseguir a próxima carona naquele mesmo dia. Após comermos alguma coisa, seguimos para o local em frente ao posto e demos muita sorte, porque não demorou muito para alguém oferecer uma carona. - Carona 10 - Posto Ipiranga depois do Eco Taim - Santa Vitória do Palmar - Tempo de espera: 8min - Horário de saída: 15h13min - Horário de chegada: 16h29min - 95km Fabinho, ex-vereador (foi por duas vezes, tentou a terceira não conseguiu), professor de educação física, possui uma filha de 25a formada em farmácia. Gosta de praia, ia pra Porto Seguro - BA. Ficou curioso sobre a nossa viagem e fez várias perguntas a respeito de como viajar de mochilão. Ele nos deixou na entrada de Santa Vitória do Palmar, e seguimos adiante com a nossa placa escrita Chuí. Nossa próxima carona chegou surpreendentemente em menos de 1 minuto. Tal carona foi a mais rápida que já pegamos neste mochilão. - Carona 11 - Santa Vitória do Palmar - Chuí - Tempo de espera: 1min - Horário de saída: 16h31min - Horário de chegada: 17h00min - 20km Peter, ex-aluno do Fabinho (por coincidência, encontrou-o após Fabinho nos ter deixado na entrada da cidade), é formado em engenharia agropecuária. Disse que a cidade que ele mora (SVP) é a penúltima cidade, e é a mais isolada do país, porque as outras cidades brasileiras mais próximas ficam a 200 km de distância. Faz muito frio no inverno porque tem muito vento, lá também é fonte de energia eólica. Falou um pouco sobre seu trabalho, trabalha em Pelotas atualmente, porque gostaria de ficar mais próximo dos pais que já estão idosos. Peter nos deixou dentro da cidade, deu dicas sobre as lojas mais baratas para comprar. As lojas do lado brasileiro são mais vantajosas do que as lojas do lado uruguaio. (Saída da cidade do Chuy). Ao chegar no Chuí-Chuy, buscamos uma papelaria próxima para imprimir os documentos necessários e também procuramos um câmbio para trocar o real em pesos uruguaios, a cotação na época era R$ 1 (UYU 7,80). Trocamos R$ 1.000,00 (UYU 7.800,00). Tivemos que trocar por necessidades pessoais, lembrando que no Uruguai, tudo é caro, então é preciso preparar o bolso. A princípio, achamos que o dinheiro trocado daria para atravessar todo o Uruguai, mas no meio do caminho, foi preciso trocar mais um pouco, em torno de R$ 250,00. Os documentos só ficariam prontos no dia seguinte, portanto, procuramos um hostel para nos abrigarmos. Nos instalamos no Etnico Hostel, um lugar bem simples, porém, bem aconchegante e inclui café da manhã. - 30/12/2021 - Chuy - Santa Teresa - Punta del Diablo Ao acordarmos, almoçamos em uma churrascaria brasileira, com uma comida excelente, mas um pouco cara. Antes de atravessarmos a Aduana, aproveitamos para abastecer em um mercado do lado brasileiro. Fomos andando do centro do Chuy até a Aduana (1,7 Km), apresentamos os documentos (sinceramente, eles ignoraram os documentos da vacinação, teste PCR, seguro viagem e a declaração juramentada, apenas olharam o passaporte/identidade). Recomendamos levar todos os documentos, de qualquer forma. Após apresentarmos os documentos, seguimos para a rodovia do lado do Uruguai. Tivemos a impressão que demoraria muito para pegar a primeira carona no Uruguai, pois não sabíamos se eles tinham o costume de oferecer carona. Havia um casal de mochileiros atravessando sem a apresentação dos documentos e pararam um pouco mais a frente para pegar carona. Finalmente, em poucos minutos, um carro parou e nos concedeu uma carona. (Aduana, Brasil - Uruguai). - Carona 12 - Chuí (Aduana) - Santa Teresa - Tempo de espera: 13min - Horário de saída: 17h13min - Horário de chegada: 17h36min - 30km Ruan Pablo, arquiteto, a comunicação foi bem pobre devido ao nosso primeiro contato com a língua espanhola e também pela timidez. Seu destino era ir até Santa Teresa, pois estava acampando com uns amigos. Foi ele quem nos ensinou a maneira correta de dizer: pedir carona em espanhol, traduzindo, seria algo como ‘’hacer dedo’’. Ruan Pablo nos deixou em frente à entrada para Santa Teresa, aguardamos a próxima carona, sem a placa. Um casal apareceu oferecendo carona até Punta del Diablo e aceitamos. A princípio, nosso objetivo era ir direto para Cabo Polônio, mas tivemos uma sucessão de peripécias no decorrer do trajeto, levando para outros destinos antes de chegar no nosso objetivo principal. - Carona 13 - Santa Teresa - Punta del Diablo - Tempo de espera: 33min - Horário de saída: 18h10min - Horário de chegada: 18h23min - 12km Casal jovem não identificado, colocou-nos na caçamba. Parece ser muito comum as caminhonetes oferecerem carona na caçamba. Pode parecer perigoso, mas não é. Inclusive, é muito difícil a polícia abordar os carros porque não vimos nenhuma viatura na estrada (rs). Ao chegar em Punta Del Diablo, aproveitamos o pôr do sol e a praia, posteriormente, procuramos um local para armar nossa barraca. Mas após conversarmos com um nativo, fomos informados de que era proibido o camping na praia e nos recomendou um camping pago. Andamos até um camping mais próximo (2,5 km), foi bem cansativo, pois estávamos carregando as mochilas e várias sacolas, além de não possuir aplicativo de transporte na cidade. Chegamos no camping e pagamos em torno de 30 reais por pessoa, o local é bem seguro, há tomadas, banheiro e chuveiro, um lugar para usar o fogareiro, lavar os utensílios e as roupas. (Camping La Viuda, Punta del Diablo). - 31/12/2021 - Punta del Diablo - Rota 9 - Castillos - Aguas Dulces - Cabo Polônio Acordamos no dia seguinte e andamos até a estrada principal para pegar uma carona até a saída da cidade. Passaram vários carros e estávamos com receio de não conseguir aquele dia por ser véspera de ano novo. - Carona 14 - Punta del Diablo - Rota 9 - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 13h30min - 4km Casal mais velho, cujo homem se identifica como Toro, possui um carro antigo Fiat 147, cedeu seu humilde espaço atrás do banco para nos levar até a Rota 9. Não conversamos muito pois a viagem fora bem curta, mas o casal era bem simpático. (Toro e sua esposa). Toro nos deixou próximo da rotatória e seguiu em direção para Santa Teresa. Procuramos um local mais a frente, com sombra, pois o sol estava a pino. (Aguardando a próxima carona). - Carona 15 - Rota 9 - Castillos - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 13h40min - Horário de chegada: 14h20min - 30km Casal jovem sem identificação, em um automóvel humilde, não interagimos muito. Paramos no trevo e entramos na rota 16, sentido Cabo Polônio. (Loira ansiosa para chegar em Cabo Polônio). - Carona 16 - Castillos - Aguas Dulces (Rota 16) - Tempo de espera: 10min - Horário de saída: 14h30min - Horário de chegada: 14h40min - 10km Casal com cachorro, simplesmente nos colocou na caçamba e nos deixou no trevo, o qual havia duas direções, uma para a cidade de Aguas Dulces e outra para a Rota 10. Seguimos em direção à Rota 10. - Carona 17 - Aguas dulces (Rota 16) - Cabo Polônio (Rota 10) - Tempo de espera: 30min - Horário de saída: 15h10min - Horário de chegada: 15h20min - 11km Fernando foi muito gentil, mora em Valizas (400 habitantes), nos deixou até Cabo Polônio que fica a 5 Km de distância de sua cidade. Chegamos ao nosso tão esperado destino. Nos informamos sobre o transporte até a costa de Cabo Polônio. A princípio, havia dois jeitos para chegar até lá. O primeiro seria à pé, porém, era inviável devido às bagagens que estávamos portando. A segunda, seria por meio de um caminhão. O preço da passagem de ida e volta custa mais ou menos R$ 35,00 (UYU 290,00). Optamos por pegar o caminhão, pois os horários são limitados. Partimos mais ou menos umas 16h30min e chegamos às 17h. Caminhamos até a estrada principal e em seguida, andamos até o farol. O valor da entrada é 35 pesos (R$ 4,00) e o horário de funcionamento ocorre até o fim do pôr do sol. É possível avistar uma colônia de elefantes-marinhos, leões-marinhos e lobos-marinhos a 20 metros de distância do farol. Por ser final de ano, os preços dos hostels estavam muito elevados. Além disso, é proibido levar a barraca para montar na praia, portanto, tivemos que deixá-la com os funcionários do transporte. Sem barraca e sem hospedagem, nossa última opção foi procurar um lugar ao ar livre para passarmos a noite. Após andarmos um pouco, demos sorte de encontrar um lugar perfeito, próximo ao mar, na varanda da casa de um pescador. Foi uma experiência incrível. Durante à noite, é possível ver muitas estrelas com bastante nitidez (é o céu mais estrelado que já vimos na vida). Apesar de ser a virada de ano, não notamos a presença de barulho de fogos, apenas algumas pessoas comemorando por poucos minutos, em seguida, houve um silêncio total, sendo possível ouvir apenas o movimento das ondas do mar. Para nós, foi uma das melhores viradas de ano de nossas vidas, por haver paz e tranquilidade. O lugar é único, mágico e encantador. Vale muito à pena conhecer este pedaço do Uruguai, para quem quer ter um contato mais próximo com a natureza, longe da eletricidade e do caos urbano. (Local onde passamos a noite, com vista para o mar). (O famoso Farol). (Colônia de elefantes-marinhos, leões-marinhos e lobos-marinhos). - 01/01/2022 - Cabo Polônio (Rota 10) - San Carlos (Rota 10) - Punta del Este Acordamos e seguimos para o ponto para pegar o próximo caminhão. Ao chegar na entrada, procuramos passagem para qualquer destino, porém, não havia por ser feriado. Seguimos então em busca da próxima carona, a poucos metros da entrada principal de Cabo Polônio. - Carona 18 - Cabo Polônio (Rota 10) - San Carlos (Rota 10) - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 16h00min - 120km Danilo, estava a caminho de sua casa, vem quinzenalmente para Cabo Polônio para ver sua namorada. Possui uma camionete velha. Dois caroneiros nos acompanharam durante o percurso até La Paloma na caçamba. Posteriormente, fomos para o banco da frente e partimos para a cidade Rocha pela Rota 15. Danilo é muito gentil, tentou interagir conosco e disse que já fez mochilão por toda a América do Sul, inclusive o Brasil. Falamos sobre o nosso próximo destino que era Punta Del Este para Danilo, e ele comentou que nesta cidade havia pessoas com ‘’mucha plata’’ (muito ricos), e que preferiria Cabo Polônio, por ser mais tranquila, humilde e acolhedora. Dormimos no meio do trajeto até o local que ele nos deixou, cujo trevo que liga San Carlos a La Barra. (Carona dentro da caçamba em direção ao trevo de La Paloma). Esperamos por muito tempo neste local. Achamos um pedaço de isopor, pois havia um ferro velho próximo e escrevemos ‘’Punta del Este’’. Não durou muito tempo, porque o isopor partiu ao meio devido ao vento forte. Além disso, o céu estava com nuvens carregadas, e possivelmente, iria chover. Por sorte, apareceu uma caminhonete que deixou um grupo de caroneiros nesse trevo e nos ofereceu carona para o nosso próximo destino - Carona 19 - San Carlos - Punta del Este - Tempo de espera: 40min - Horário de saída: 16h40min - Horário de chegada: 17h30min - 120km Uma mãe e seu filho nos cedeu gentilmente um lugar na caçamba até Punta del Este. Conhecemos todo o trajeto que liga La Barra a Punta del Este. Ficamos impressionados com a primeira cidade, pelas casas e estabelecimentos serem de um nível alto padrão, bem luxuosas. Naquele momento, já constatamos que aquele lugar não era para nós. Saímos de um lugar humilde e acolhedor, por um lugar que é o extremo oposto. Como citamos anteriormente, gostamos de tranquilidade e simplicidade. Ao chegar em Punta del Este, ficamos apreensivos porque começou a chover. Porém, eles foram gentis e nos deixaram na porta de um hostel mais próximo do centro da cidade. Entramos no hostel, porém, não havia vaga para nós dois no mesmo quarto. Então decidimos procurar um McDonald 's para carregar os celulares e conseguir acessar o Wi-fi para procurar um hostel barato. Para nossa tristeza, era tudo muito caro, mas achamos um que era o mais barato de todos os hostels. Além disso, a maioria dos hostels estavam ocupados devido ao feriado de Ano Novo, e não tínhamos muita opção. Caminhamos até o hostel, preparamos nosso jantar e descansamos até o dia seguinte. Particularmente, o hostel é bem localizado, mas não tivemos uma experiência muito boa, porque ficamos em um quarto compartilhado e havia muitas pessoas transitando e fazendo barulho, portanto, não dormimos direito. (A chuva c̶a̶s̶t̶i̶g̶a̶ ̶o̶s̶ ̶c̶a̶r̶i̶o̶c̶a̶s̶ e Punta del Este). - 02/01/2022 - Punta del Este - Punta Ballena Acordamos bem cedo, tomamos café e andamos pela cidade para conhecer alguns pontos turísticos: Los Dedos, Iglesia Nuestra Señora de La Candelaria, Faro de Punta del Este, Puerto, Casino Nogaró, Playa Brava, e depois resolvemos voltar para o hostel para pegarmos nossas coisas e seguir para a rodoviária. Compramos passagem até Punta Ballena, onde paramos na rodovia, perto da entrada do Mirador de Punta Ballena. Seguimos andando até o Museo Casapueblo (2km - 20min), um dos pontos turísticos mais famosos de Punta del Este. A arquitetura é bem interessante, relembra as construções gregas. O artista plástico Vilaró possui uma trajetória marcante, e suas obras são reconhecidas por sua identidade artística própria. Conseguimos ver o pôr do sol, o qual é extremamente fascinante. Apesar de tudo, nós nos sentimos um pouco desconfortáveis, pois o ambiente se tornou algo superficial, perdendo toda a sua essência com o tipo de classe social que o frequentava. Após o pôr do sol, retornamos para o ponto de ônibus, porém, havia um problema. Estávamos sem dinheiro trocado para ir direto à cidade de Montevideo. Optamos por retornar à Punta del Este e passar no cartão de crédito no guichê da rodoviária, pois já era bem tarde e não queríamos nos hospedar novamente. Por ser muito tarde, não havia horário de ônibus para aquele dia. Compramos passagem para o dia seguinte, no primeiro horário disponível (5:00 A.M.). Resolvemos esperar do lado de fora da rodoviária, em um banco. Após algumas horas, entramos novamente devido ao frio que estava fazendo naquela madrugada. É curioso ver que muitas pessoas, de todas as idades, caminham durante a madrugada, como se a cidade funcionasse 24h, sem cessar. Talvez por ser uma cidade com ampla estrutura e livre de criminalidade. Ao amanhecer, viajamos até Montevideo. (Pequena praça em frente à rodoviária, durante a madrugada, rodeada de bruma). (Mirante de Punta Ballena, uma das melhores vistas do Uruguai). - 03/01/2022 - Punta del Este - Montevidéu Pegamos o primeiro ônibus do dia e chegamos na parte da manhã (7:00 A.M.) na rodoviária de Montevidéu. Estávamos sem dinheiro trocado, apenas com o cartão de débito, e precisávamos ter pelo menos uma garantia com dinheiro vivo para utilizar nos estabelecimentos, porque as taxas de cada transação pelo cartão são altíssimas. Não recomendamos utilizar esta forma de pagamento. Caso realmente queira gastar só o necessário, recomendamos ter um planejamento financeiro e os dias que irão ficar no país, além de levar um dinheiro extra para casos de emergência ou imprevistos. Por não termos recursos para trocar o dinheiro nos câmbios, ficamos sem saída por um momento. Procuramos um hostel mais próximo do centro para nos hospedarmos e buscarmos orientações. Por sorte, o atendente do hostel (Montevideo Port Hostel) era um voluntário brasileiro (Diego) que nos ajudou fornecendo outras alternativas para o nosso problema. Recomendou baixar o app Western Union, cuja função é realizar transferências internacionais. É possível transferir por pix e esperar algumas horas (+/- 3h) para poder sacar em uma agência credenciada mais próxima. Almoçamos e depois passeamos pelo centro da cidade. Passamos pela Plaza Independencia, Teatro Solis, Plaza España, Centro de Fotografía de Montevideo, Palácio Estévez, Mausoléu do General Artigas. (Caminhando pelas ruas de Montevideo). No dia seguinte, passeamos novamente pela cidade para aproveitar o pouco tempo que tínhamos. - 04/01/2022 - Montevidéu - Fray Bentos Durante o final da tarde, pegamos um ônibus direto para Fray Bentos, cuja cidade faz fronteira com a Argentina. Chegamos quase meia-noite, optamos por passar a madrugada na rodoviária, pois estávamos sem dinheiro trocado e não havia alguma loja de câmbio aberta. Durante a madrugada, compramos algumas guloseimas com uns trocados que havíamos na carteira em uma mini-conveniência 24h que ficava dentro da rodoviária, apenas para passar o tempo, já que o guarda ficava o tempo todo nos monitorando e não nos deixando dormir deitado no banco. (Pipira deitado minutos antes do guardinha chamar a nossa atenção). - 05/01/2022 - Fray Bentos - Fray Bentos (Aduana) - Pilar - Buenos Aires Ao amanhecer, resolvemos passar o tempo na biblioteca, conversamos com as funcionárias que cederam o espaço para gente, foram muito gentis. Depois conversamos com os funcionários da rodoviária para obter informações sobre o funcionamento da Aduana, e soubemos que não havia ônibus para atravessar a Aduana devido à pandemia. Ficamos apreensivos (com o cu na mão, kkkk), pois não sabíamos o que estava por vir. Achamos que naquele momento, voltaríamos para casa. Resolvemos tentar atravessar de carona. Mas antes, fomos atrás de uma papelaria para imprimir os documentos necessários para atravessar na Aduana. Procuramos na internet todas as papelarias que estavam abertas (eram poucas). E em todas que passamos, não havia impressora ou não queriam nos atender. Este último motivo foi o que nos deixou chateados porque sentimos um preconceito instalado. Acho que foi um dos momentos que não nos sentimos tão acolhidos durante esta viagem. Por fim, depois de andar pela cidade toda a pé, perguntamos para os nativos se eles sabiam, e então conseguimos achar uma perto da praça no centro da cidade. Depois de imprimir os documentos, procuramos um mercado mais próximo dali para comermos alguma coisa. Existe uma franquia de supermercados chamada ‘’Ta-Ta’’, cujos produtos são mais baratos que nos outros mercados, além de encontrar muita variedade, o que é bem difícil no Uruguai. Voltamos para a praça para comer, e vimos um táxi. Foi a nossa oportunidade para perguntar sobre o valor até a fronteira. Como estávamos sem trocado, perguntamos se ele aceitava em dólar. Ele nos disse que havia uma forma para trocar com o patrão dele, mas ao chegarmos no local, ele não tinha troco para 50 dólares. Passamos em uma loja de câmbio, mas estava lotado. Depois ele nos levou até uma praça onde havia um cambista informal. Lá, trocamos o dólar pela cotação do dia. Em seguida, corremos direto para a Aduana. O preço estava de acordo com o que ele havia estimado. A princípio, achamos que fosse uma cilada desde o momento que pegamos o táxi com ele, mas, no final, deu tudo certo. Ao chegar na aduana, fomos em direção ao guichê, fazer os trâmites para entrar na Argentina, e perguntar sobre a possibilidade de atravessar a ponte andando a pé. Fomos informados dessa impossibilidade, e nesse momento, nosso mundo caiu. Não sabíamos o que fazer. Após essa resposta negativa, perguntamos sobre a possibilidade de pedir carona ali na Aduana. Nós até pensamos em pedir, mas ficamos com vergonha e resolvemos esperar (até uma alma bondosa oferecer uma carona). Os funcionários foram bem atenciosos e conseguiram uma carona para gente. Estávamos na esperança de atravessar apenas a ponte e de lá pegaríamos outra carona. Mas para a nossa surpresa, a carona iria para perto de Buenos Aires, o qual era o nosso próximo destino. Na aduana do Uruguai, somente o motorista apresentou os documentos e achamos que não haveria necessidade por já ter mostrado para os estagiários quando pedimos as informações sobre a possibilidade de atravessar a ponte a pé. Ao atravessar a ponte e passar pela aduana argentina, não fomos parados, pois estávamos em um carro argentino. Portanto, passamos sem o carimbo de saída do Uruguai e o de entrada da Argentina. O que resultou em um problema que iremos relatar mais pra frente. A nossa intenção não era passar sem a vistoria dos nossos documentos, até porque ficamos preocupados em imprimi-los. Por inocência, não apresentamos os documentos pois não foi pedido em nenhum momento quando estávamos dentro do carro. - Carona 20 - Fray Bentos (Aduana) - Pilar - Tempo de espera: 20min - Horário de saída: 13h20min - Horário de chegada: 17h40min - 250km José Fernando, um empresário, estava indo para uma cidade próxima a Buenos Aires. Foi muito gentil de sua parte, por oferecer a carona (por livre e espontânea pressão, kkkk). Ele nos contou que sua irmã mora aqui no Brasil, em São Paulo, no bairro Alphaville. Quis tirar uma foto conosco para mandar para a família e para a sua irmã, pois estava contente de viajar acompanhado, já que sempre viajou sozinho (apesar de dormimos durante toda a viagem, kkkkkk). Conversamos apenas no início, depois dormimos até chegar em Pilar. Não durmam durante a viagem, é uma falta de respeito (kkkkk), só dormimos porque estávamos muito cansados pois passamos a noite na rodoviária sem dormir direito, e nos arrependemos porque gostaríamos de ter conversado, apesar de não saber muito a língua espanhola. Chegamos na cidade de Pilar, e ele nos deixou em um ponto de ônibus perto da rodovia. A princípio, a nossa intenção era pegar um ônibus para ir direto para Buenos Aires. Porém, estávamos sem dinheiro vivo (apenas com dólar). Como também estávamos sem internet, pedimos a senha do Wi-fi em um estabelecimento. Nesse momento, já tínhamos procurado um hostel para nos hospedarmos. Então, decidimos pegar um uber até o centro de Buenos Aires (pagamos a viagem pelo aplicativo no cartão de crédito). Ao chegar na cidade, fomos até o hostel. Perguntamos se eles aceitavam dólar. Eles aceitaram e pudemos desfrutar do quarto. Descansamos um pouco e nos arrumamos para ir ao mercado. Porém, já estava fechado, então procuramos um restaurante próximo e voltamos para o hostel. Descansamos até o dia seguinte. (O famoso Obelisco). - 06/01/2022 - 08/01/2022 - Buenos Aires Acordamos e já fomos surpreendidos com a dona do hostel alertando sobre o horário do check-out. Como havíamos reservado apenas para uma noite, estávamos discutindo sobre ficar mais um dia no hostel, por ser muito barato e com ótima localização. Já era próximo do horário de check-out e ainda não havíamos decidido se ficaríamos ou não. Nesse instante, a funcionária chamou a nossa atenção para sairmos logo do quarto porque já haviam reservado. Por fim, decidimos procurar outro hostel. Por não ter algum mais próximo do centro, olhamos alguns hotéis, e por coincidência, o que nós achamos no aplicativo era o mesmo que se situava ao lado do hostel. Após estarmos instalados no Gran Hotel De La Paix, resolvemos procurar algum restaurante para almoçarmos. Andamos pela cidade durante à tarde e à noite. Fomos na Plaza del Congresso, no Obelisco e na Basilica Nuestra Señora de la Piedad. Voltamos para o hotel e descansamos. No dia seguinte, visitamos vários lugares. Inicialmente, fomos ao Obelisco para tirar algumas fotos durante o dia, e depois fomos almoçar em um restaurante próximo do hotel, um lugar muito barato com uma comida de boa qualidade. Esperamos uma amiga que mora em BA há pouco tempo, para nos guiar pelos pontos turísticos. Visitamos a livraria ‘’El Ateneo’’, um espaço único, com uma bela arquitetura e uma imensidão de livros de todos os tipos. Em seguida, fomos ao Cemitério da Recoleta, outro lugar quase obrigatório para visitar. Outro lugar interessante para admirar a 2ª e 3ª Artes, o Museo Bellas Artes. Também fomos na Facultad de Derecho, Floralis Genérica. Retornamos para o Cemitério da Recoleta e visitamos a Basílica Nuestra Señora del Pilar e Nuestra Señora del Socorro. (Biblioteca El Ateneo). Estávamos à procura do quadro Abaporu - Tarsila do Amaral, uma obra muito significativa e que representa a nossa identidade brasileira no contexto da arte. Ela estava localizada no Museo de Arte Latino-americana de Buenos Aires. Como faltava apenas meia hora para fechar, esperamos o ônibus na linha para chegar até lá. Estava demorando, então resolvemos entrar em um Museu próximo da linha de ônibus chamado Museo Nacional Ferroviario, o qual foi um achado. O funcionário-guia, que também atuava como segurança, nos apresentou toda a linha do tempo, as construções ferroviárias e todo o funcionamento daquela época, além de trazer muito conteúdo histórico e a passagem de todos os presidentes, principalmente o Perón, o qual é bem famoso em Buenos Aires. (Locomotiva a vapor, no Museo Ferroviario Nacional). No dia seguinte, nosso último dia em BA, deixamos nossos pertences no hotel e visitamos o Museo de Arte Latino-americana de Buenos Aires (MALBA) no período da manhã. Conseguimos a meia-entrada pois temos a carteirinha de estudante. É sempre bom levar a carteirinha do estudante, ou até mesmo o ID Jovem, que garante pagar pela metade do preço e ajuda bastante a frequentar vários eventos pagos. Mas a maioria dos museus são gratuitos, portanto, dá para aproveitar muito! Para a nossa surpresa, não superou tanto as nossas expectativas, apenas o quadro Abaporu foi relevante. Havia uma exposição que estava de passagem com um contexto que nós consideramos inadequados, não tivemos tanta sorte naquele dia, kkkk. (Repugnante, kkkk). (Famoso quadro Abaporu - Tarsila do Amaral). Neste mesmo dia, fomos para a rodoviária de Buenos Aires. Nossa intenção inicialmente era pegar um ônibus para uma cidade mais próxima (Rosário) e seguir de carona até o Paraguai. Porém, era inviável, porque estávamos com o tempo reduzido e com dinheiro contado. Procuramos uma rota que seguia direto até Puerto Iguazú, cidade que faz fronteira com o Brasil e o Paraguai. O preço da passagem era quase a mesma para ir à Rosário, portanto, decidimos escolher a segunda opção. O valor era em torno de R$ 350,00. Compramos a outra passagem no cartão, o qual foi outro perrengue financeiro, pois havia custado o dobro (R$ 600,00). Nunca compre as coisas pelo cartão de crédito, pode custar bem mais do que o esperado, sempre tenha dinheiro trocado em mãos. Após uma viagem longa e exaustiva (18 horas) de ônibus, chegamos em Puerto Iguazú. - 09/01/2022 - Puerto Iguazu - Foz do Iguaçu Neste dia, resolvemos não ir mais ao Paraguai, devido ao tempo escasso. Então procuramos formas de atravessar a fronteira para ir até o Brasil. Havia duas opções para atravessar a fronteira, a primeira seria ir de táxi, porém era inviável por ser muito caro, a segunda seria ir de ônibus, e foi nesse momento que o perrengue começou. O ônibus havia saído naquele instante, mas o atendente do guichê telefonou para o motorista e conseguimos alcançá-lo correndo como se não houvesse o amanhã. Chegamos na aduana e foi solicitada a apresentação dos documentos e do carimbo de entrada da Argentina. Como havíamos comentado anteriormente na aduana do Uruguai - Argentina, os documentos não tinham sido carimbados. Tal fato gerou uma grande consequência na hora da apresentação, e fomos multados no valor de R$300,00 (cada). Felizmente, a multa poderá ser paga quando voltarmos para a Argentina. (ou seja, nunca, kkkk). Brincadeiras à parte, temos a intenção de retornar para este país, pois gostamos muito do lugar, apesar dessa inconveniência que ocorreu conosco durante o trajeto para atravessar a fronteira na aduana. Devido a esta intercorrência, perdemos o ônibus que atravessaria a fronteira para o Brasil. Então resolvemos pegar um táxi após algumas tentativas de pegar carona. O preço do táxi, foi exatamente o restante de pesos argentinos que havíamos dentro da carteira (R$ 65,00). O taxista nos deixou na rodoviária internacional de Foz do Iguaçu. Depois seguimos para um hostel (Bambu) e descansamos até o dia seguinte. (Vista magnífica do céu em frente ao Bambu Hostel). - 10/01/2022 - Foz do Iguaçu - São Paulo Ao acordarmos, arrumamos nossas coisas e deixamos no hostel para aproveitar a ida até as cataratas de Foz do Iguaçu. Pegamos um uber e aproveitamos o passeio que custou (R$ 60,00 - cada). Neste ponto turístico, não aceita meia-entrada. Foi um dos lugares mais caros que nós já visitamos em toda a viagem, prepare o bolso. (A garganta do Diabo, com vazão média de água). Voltamos para o hostel, pegamos nossas coisas e fomos para a rodoviária seguir para o nosso último destino, São Paulo. Fizemos mais uma longa viagem de ônibus, e no meio do trajeto, fomos acordados com a abordagem da Polícia Militar, por ser um ônibus que faz fronteira, a possibilidade de ter alguém trazendo bagagem com drogas era grande. Não foi uma experiência muito agradável, pois nos sentimos constrangidos com a maneira que fomos abordados. Por fim, terminamos nossa viagem e chegamos ao destino de nossas casas. THE END.
  5. Bom pessoal, há muito tempo venho querendo realizar essa aventura, porém historia normal que se segue, trabalho, dinheiro e tempo, acredito que essas são os principais contra tempos para realizar viagens deste porte. Porém recentemente surgiu a oportunidade de tirar 20 dias de ferias, então realizarei o sonho de viajar até o Ushuaia de carro. (barraca, camping, roots), em 20 dias, sozinho. Venho aqui compartilhar e pedir a vocês dicas de roteiros, viagem, estrada... Como so fiquei sabendo agora que vou conseguir ir (motivo este também de eu ir sozinho), estou montando o roteiro agora, tenho praticamente menos de 2 meses para ver tudo oque preciso e conto com ajuda de vocês. A ideia é sair de Uruguaiana dia 20/12/2019 e chegar sem muitas estadias em 3 ou 4 dias até o Ushuaia (3.700km), de lá ficar alguns dias pela região (creio eu que uns 5 dias), após isso, ir viajando em direção a Santiago no Chile, fazendo estadias nas cidades mais interessantes, de Santiago volto a Uruguaiana. Que são 1700km. Conforme vou atualizando o roteiro e coisas da viagem vou postando aqui.. Agradeço..
  6. Fala mochileirxs, tudo tranquilo? Queria mesmo só fazer essa postagem aí pra perguntar como estão as viagens, fronteiras e se esta tudo tranquilo para viajar! Eu viajei no ano de 2018/19 de carona por toda America do sul, e depois disso acabei indo para outros paises e estou morando fora até agora. Mas a real é que não estou muito feliz com a minha sitaucao atual, e gostaria de viajar novamente da mesma forma que fiz a primeira vez! Se tiver algum mochileirx que esteja fazendo esse role por agora da um salve e fala como estão as coisas! Valeu!
  7. Eltonvds

    Carona

    falaaa galera boa noite, alguém sabe como está a situação de carona nesde cenário? tá tendo mais dificuldade ? está normal ? ou piorou que estava difícil ?
  8. se o que falta é companhia, bora lá.. viagem camping carona sem data natureza chama no WhatsApp 32 999585879 só força,e proteção a todos nós moradores do mundo, viajantes despertos da ilusão 🙏🧿🔥🌬️👽💨🤭😉👊🤝✌️
  9. Resolvi escrever este relato pois não vi muitos parecidos. A minha viagem foi sozinho, sem alugar carro (mas alugando bicicleta e pegando caronas) e sem fechar nada com agências antes de ir, em abril de 2019. Essa parte é importante: não precisa fechar nada com agência antes. Pois bem, antes de ir, pedi orçamentos para várias agências que achara na internet e o que eles me mandaram me espantou, era tudo extremamente caro! Coisas como: Circuito das Cachoeiras por R$220 + R$180 do transporte; R$320 o trecho Cuiabá-Chapada (sendo que o ônibus urbano custa R$18), queriam cobrar até por passeio no parque que é de graça! Não tive coragem de reservar nada antes, até viajei desanimado para resolver tudo na cidade. Felizmente, tudo deu certo e saiu bem mais barato do que se tivesse fechado com agência. Chegando ao aeroporto, que fica em Várzea Grande, peguei Uber até a rodoviária de Cuiabá, R$25. Na rodo, peguei um bus urbano da CMT (tem da Rubi tbm) por R$18 até a Chapada dos Guimarães (este é o nome do município, não é só do parque ou da região). Os ônibus saem a cada 1:30h. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães fica antes da cidade com mesmo nome e desci lá, onde conheci três cachoeiras sem precisar de guia e sem pagar: Véu da Noiva (só mirante), dos Namorados e Cachoeirinha. A água estava barrenta, mas o poço era bom para banho e as quedas eram altas. Anda-se bem pouco para cada uma delas. Minha intenção era ir para cachoeira da Salgadeira, dali são 6km, mas achei arriscado andar pela estrada sem acostamento. Fiquei esperando o ônibus, pedi algumas caronas e quem acabou parando foi uma família que parou sem eu pedir, eles também estavam saindo do parque e haviam me visto lá. Pelo que percebi, pedir carona é comum lá, pois o parque fica a 12km da cidade. Fui pro hostel, onde me indicaram a guia Camila (65-996110587), entrei em contato com ela e com outras dos sites: http://www.chapadamt.com.br/guiasdeturismo.asp http://www.ecobooking.com.br/Relacao_guias_autorizados.php?XXtrE=v3vbnqw03mgj17ydlzef Isso foi bom, os preços direto com os guias eram MUITO mais baratos, inclusive se precisasse de transporte. Fiquei no Hostel Chapada, R$50 por noite, bem localizado, perto da praça. No dia seguinte, resolvi alugar uma bike na Bike e Cia, por R$30 o dia, para ir a cachoeira do Marimbondo e da Geladeira, que ficam próximas uma da outra e cerca de 15km, ida e volta, do centro. Pra ir foi tranquilo. Na cachoeira do Marimbondo, paga-se R$10 para entrar e anda bem pouco, uns 300 metros. Cachoeira larga, com um poço raso, mas gostosa. Fiquei 1h e fui pra da Geladeira, 1km dali, paga-se mais R$10 e anda uns 600m. É a cachoeira mais bonita que fui na chapada: água verde, queda gostosa, poço bom para banho. Fiquei um tempo. Pensei em ir até a Cachoeira Rica, mas descobri que, apesar do nome, não tem cachoeira! É só um vilarejo! Ainda bem que não fui, são uns 30km de lá. A volta foi um pouco cansativa mesmo nos pontos que não pareciam subida íngreme. Depois, ainda fui ao mirante Morro dos Ventos, tem uma bonita vista de campos e até uma cachoeira na lateral, entrada R$5. Rodei cerca de 20km de bike no total. Comi massa no Pomodori, muito boa (um pouco caro)! No 3º dia, peguei carona com um cara do hostel que havia alugado carro, aí baixou quinze reais no preço do passeio Circuito das Cachoeiras, no final, paguei R$85. Tinha agência cobrando R$220 pelo passeio mais R$180 pelo transporte! Transporte que era de apenas 12km! Este passeio, Circuito das Cachoeiras, ocorre no Parque Nacional (cuja entrada não é paga), mas só pode ser feita com guia. Consiste em 8km passando por várias cachoeiras (eles falam 7, mas acho que não...). A melhor é a última: das Andorinhas, super alta e bom poço pra banho. Vale a pena! Depois, ainda deu tempo de ir até a Salgadeira (R$15 por carro) de carona, esse lugar passou por uma demorada reforma e manipularam até a cachoeira concretando a parede dela. Comi pizza na Marguerita, muito boa, mas um pouco cara. Dia 4: no dia do Circuito das Cachoeiras, conheci um cara gente boa que também tinha alugado carro em Cuiabá. Aproveitei e fui junto com ele para a cachoeira da Martinha (R$10 o estacionamento). Neste caso, se não tivesse ido de carona, teria ido de ônibus urbano (o mesmo que sai de Cuiabá em direção a Campo Verde). Disseram que essa cachoeira é tipo um "piscinão de Ramos", farofada e tal, no dia que eu fui, sábado de manhã, estava bem vazio, mas parece quem muita gente faz churrasco lá, até porque é de graça. Cachoeira muito boa, grande, larga e super forte! Correnteza boa para boia-cross e para nadar. De lá, fomos para a cachoeira Jamacá (R$20 por pessoa), que no Glooglemaps aparece como Quilombo do Alemão. Esse alemão é o Mário, um naturalista que lutou pela demarcação do parque. A cachoeira é alta e forte com poço muito raso para nadar. Lugar bacana. Almoçamos, por volta das 14h, no restaurante Maná, comida bem simples, parece que o local nem abriu oficialmente. Esse dia terminou cedo. Jantei sozinho no Cavii, comi um ótimo hambúrguer com coalhada seca e pesto, entre outros. Domingo, último dia, fui até a bicicletaria e estava fechada. Resolvi ir a pé até a cachoeira gratuita do Nonhô (acho que é isso, se não, é Nhonhô), 5km, localizada próxima ao supermercado Pelé e a pastelaria Lhufas, entre a placa azul de "Bem-vindo" e um outdoor, a cerca está caída e tem uma trilha. Fui perguntando, perguntando e cheguei a trilha, desci até a cachoeira. É pequena e não muito alta, mas gostosa para se refrescar. Fiquei pouco tempo, pois queria ir até a cachoeira da Tartaruga. Na estrada, pedi carona e o segundo carro que passou parou prontamente. Ele passou pela bicicletaria, estava aberta (no domingo, ele abre quando liga pra ele), então resolvi descer. Mais R$30 pelo aluguel, andei 3,5km até a porteira do sítio (tem no Googlemaps), tive que passar a bike por cima e andar mais uns 3km. Obs: muitos guias me falaram que tem cachoeira em propriedade particular, mas pode pular a porteira, a cerca e ir tranquilamente, esta era uma delas. A cachoeira da Tartaruga fica quase no final da estrada de terra, quando começa o gramado, à direita. A cachoeira é alta, com pouco volume de água, poço bom para banho. Ainda deu tempo de comer no Trapiche Regionalíssimo, por kg, cerca de R$54, comida muito gostosa. Peguei bus para Cuiabá. De lá, peguei Uber para o aeroporto. A região tem muitas cachoeiras e muitas nem podem ser visitadas. Acredito também que algumas sejam pequenas e simples. Algumas que não precisam de guia e fiquei sem conhecer: do Segredo, da Bailarina, do Índio, Águas do Cerrados (trekking). Outros passeios que precisam de guia (mas não feche com agências antes, fale direto com os guias): São Jerônimo, Vale do Rio Claro, Cidade de Pedras, Águas do Cerrado, caverna Aroe-Jari. Se quiser ir para Nobres (bate e volta), aí tem que fechar com alguma agência, parece que custa R$250, ou se informar com guias. https://zahiandoporai.blogspot.com/2020/06/chapada-dos-guimaraes-mt.html
  10. Oi, amigos e amigas viajantes! Antes da pandemia fizemos um mochilão de carona em alguns países da América do Sul. Uma das primeiras partes da viagem foi conhecer Buenos Aires e descer até o Ushuaia (tudo de forma econômica e de carona!!). É possível ir inteiramente de carona? Sim! Nós fomos e foi demais. Na Patagônia argentina é muito comum as pessoas darem carona. A estrada para a cidade do fim do mundo é incrível, repleto de lugares diferentes, misteriosos, vários animais diferentes e muito mate. Estamos postando alguns vídeos no YouTube sobre este trajeto e nosso mochilão, se você tiver interesse, dúvidas e curiosidades, fale com a gente, se inscreva no canal!!! Pegamos muitas dicas aqui no blog antes de cair na estrada, e queremos ajudar outras pessoas com este sonho. O link do canal é este: https://www.youtube.com/channel/UC_s6lPHmcwshOyB8FlFNO0A Prazer! Sou a Vivi e meu parceiro de viagem é o Trumai :D Qualquer dúvida nos envie mensagens no insta: @vivinakano e @trumaiii
  11. É possível viajar sem dinheiro? Pelo Óbvio, diria que sim. Porém, nem todos, querem ter a experiência de sair de casa, e passar necessidades básicas. Agora pense bem, não seria melhor, viajar fazendo grana? Ir só com a passagem de ida, e fazer grana durante sua viagem, e tornar seu mochilão um pacote de experiências boas!? Vou resumir as principais dicas para que você se jogue na estrada, e que a situação financeira não seja empecilho. Fiz um mochilão de 6 meses durante a alta temporada de 2018, no Nordeste. Agora , 05/2019 estou programando a próxima viagem, porém dessa vez, bastante maduro. Vamos as dicas!! 1° Faça o cadastro em plataformas de troca de hospedagem por trabalho, pois a econômica em hospedagem e a quantidade de pessoas que você irá conhecer, cara, é sensacional. 2° Escolha um local com grande fluxo de turistas, veja a estação de alta temporada e aplique as datas. (Não precisa ser com tanta antecedência). Mas, não demore muito. Locais com grandes fluxos de turismo, tem demanda de empregos em comércio local, e vendas autônomas, como está na próxima dica. 3° Descubra habilidades de coisas que você pode fazer (Brigadeiro, artesanato, música), e que vai te render uma grana. 4° Se você tiver na intenção de fazer voluntariado e trabalhar como free Lancer em bares ou restaurantes, tem que combinar os horários antes de fechar as datas no Hostel que você irá voluntáriar. Obs: A minha dica é você vender algo na rua. Pois se não você vai trabalhar, trabalhar e não aproveita a viagem. 5° Em hostel, não aceite trabalhar mais de 6 horas diárias. Pois se torna exploração. 6° Economize na comida. É possível comer bem, gastando pouco. Frutas, verduras, goma de tapioca, ovos, macarrão, arroz e feijão, alimentam super bem, e rendem muito. Além de ser muito barato. 7° Para quem quer mudar de Estado, o voluntariado é uma mão na roda. É uma oportunidade para você fazer contato, espalhar currículos e ver se aquele local realmente é para você. 8° Não espere o medo passar para decidir sair. Vença seus medos, se jogue! Lembre, a lei da atração é real. Então, pense positivo, seja produtivo, faça o seu melhor em tudo. Pois assim, as portas se abrem. Obs: Fazendo isso, nunca me faltou nada em todos os lugares que fui. Não faltou comida e não faltou trabalho.
  12. Saudações, pessoal viajante, admiradores e curiosos! Venho aqui deixar o meu primeiro relato no Mochileiros sobre o mochilão de carona na estrada que acabei de realizar com meu namorado, Manuh, para o Sul do Brasil e Uruguai. Ao todo, foram 21 dias na estrada, 25 caronas e 28 cidades, entre as quais vivemos experiências imprevisíveis, conhecemos pessoas maravilhosas e, claro, passamos pelos perrengues imprescindíveis de uma boa aventura, hehe. Nesse relato, contarei resumidamente nossa experiência com cada carona, dando dicas sobre como gastar pouco, sobre as diferenças que sentimos entre viajar assim dentro do Brasil e dentro do Uruguai e algumas considerações finais sobre o que funcionou e o que não funcionou. Viajar de carona é tudo de bom! Vamos lá! Desde o início, a ideia era fazer uma viagem extremamente baixo custo, pedindo carona na estrada o máximo possível e levando equipamento de camping (barraca, saco de dormir, fogareiro portátil com mini cartucho de gás para cozinhar, 1 pacote de arroz, 1 pacote de lentilha). Quanto a estadia, além de contarmos com a possibilidade de acampar nos lugares, utilizamos o aplicativo Couchsurfing (que, para quem não conhece, é uma rede de hospedagem solidária e de trocas culturais) e nos prontificamos a pedir abrigo previamente para conhecidos das cidades que faziam parte do nosso esboço de roteiro. Dessa forma, o objetivo foi destinar nossas economias unicamente para alimentação, transporte público dentro das cidades e, apenas em caso extraordinário, estadia. Ao todo, gastamos cerca de 650 reais cada um, sendo que, se estivéssemos com um espírito totalmente roots e se evitássemos alguns perrengues e confortos (confira a seguir), ainda seria possível reduzir bem esse número (até porque, sempre tem quem se aventure por aí zerado, não é?). Tentei incluir, ao longo do relato, anotações dos gastos que ainda me lembro. Então, decidimos ir rumo ao Sul e, como sempre flertamos com nosso querido vizinho Uruguai, quando começamos a planejar o mochilão, mais ou menos um mês antes de sairmos, fizemos um rascunho do roteiro, que foi: São Paulo-SP > Curitiba-PR > Florianópolis-SC > Porto Alegre - RS, Pelotas-RS, Chuy na fronteira, litoral do Uruguai e Montevideo como destino final. Agora, por que eu chamo o roteiro de "rascunho"? Quem escolhe viajar de carona sabe que não dá para criar um roteiro engessado e nem se apegar muito a uma idealização de rota, afinal, nunca se sabe o que exatamente vem pela frente em termos de opções de destino. Tendo isso em mente, guardamos esse plano de caminho principalmente para conhecermos os pontos de referência e um pouco das rodoviais no Sul do país e no Uruguai, mas nos mantivemos sempre abertos a alterações (que, diga-se de passagem, aconteceram mesmo). Quem nunca viajou de carona ou nunca leu relatos sobre esse jeito de viajar, acaba pensando que é coisa de maluco. "Arriscar a vida assim?! Você não tem medo?" Que nada! A verdade é que quem dá a carona tem o mesmo medo que quem pede a carona, por isso, construímos relações de confiança mútua e isso é super legal! Sempre digo que viajar pegando carona é muito, mas muito mais tranquilo do que parece, desde que tomemos algumas precauções básicas (tanto para a nossa segurança, quanto para facilitar a nossa vida no caminho). Esse foi o meu segundo mochilão pegando carona e muito do que aprendi sobre viajar assim está resumido nesse post aqui do Mochileiros e em outros blogs de viajantes aventureiros por aí, então, não entrarei em detalhes sobre o método em si, mas sim, sobre o que aconteceu no caminho. Basicamente, acrescento que evitamos sempre pegar carona de noite e a maioria delas foi com caminhoneiros muito gente fina! VID_20190718_090353.mp4 Por fim, o passo a passo da viagem: (dia 1) começamos no dia 11 de julho. Como somos de Campinas-SP, para chegar ao nosso ponto de partida oficial ainda pela manhã (para aumentar as chances de carona longa), a maneira mais prática foi pegar um Blablacar para São Paulo-SP saindo da rodoviária às 5h40 (20 reais). Chegando em São Paulo-SP, depois de um metrô para a rodoviária (4,30 reais), chegamos no Terminal Rodoviário Tietê (onde compramos um item muito importante do mochileiro caroneiro: canetão/pincel atômico). De lá, para sair da zona metropolitana, que inviabiliza conseguir carona, pegamos um ônibus para Juquitiba-SP (12 reais) e pedimos para descer no Posto 68, na BR 116, antes de Juquitiba. Postos de gasolina grandes, na rodovia, são sempre uma ótima pedida para pedir carona. Chegamos lá quase 11h, comemos alguma coisinha que levamos e pedimos papelão na conveniência para fazer uma plaquinha com o nome do próximo destino. (Carona 1, com seu Wanderlei) Carona 1: de Juquitiba-SP até Curitiba-PR - com seu Vanderlei, caminhoneiro. Pouco tempo depois de irmos até a saída do posto com nossa plaquinha, parou um caminhão para nós, o do seu Vanderlei. Seu Vanderlei é natural de Gaspar-SC e estava voltando para casa depois de ficar 35 dias na estrada, o máximo que já passou fora. O caminhoneiro, que estava cheio de saudade de casa e da família, nos falou sobre a distância e a solidão serem a parte difícil da profissão de caminhoneiro. Seu Vanderlei, que já viajou o país todo e gosta muito de viajar, nunca havia dado carona na estrada antes (e, coincidentemente, foi a primeira carona do Manuh também!). Nos deixou na saída de Curitiba, em São José dos Pinhais, onde pegamos 2 ônibus (5 reais + 4,50 reais) para o centro de Curitiba para chegarmos até a casa de um amigo que topou nos dar abrigo por duas noites! (em frente ao prédio histórico da UFPR, em Curitiba) (dia 3) Carona 2: de São José dos Pinhais-PR para Joinville-SC - com casal da Kombi. Depois de pernoitar duas noites em Curitiba-PR, cidade que amamos demais e onde a comida é muito barata, pegamos de manhãzinha um ônibus intermunicipal sentido São José dos Pinhais-PR para pararmos no Posto Tio Zico II, na BR 376, que o seu Vanderlei havia nos indicado de antemão para seguirmos pegando carona. No posto Tio Zico, nem tivemos tempo de pedir carona: enquanto eu estava no banheiro, um casal de idosos logo abordou o Manuh para nos oferecer carona em sua Kombi "motor home". Dona Iva e seu Luís, que estão aos poucos customizando sua kombi para viajar com mais conforto, se dirigiam para São Francisco do Sul-SC para procurar o filho hippie que parou de dar notícias havia uma semana. O casal, muito simpático, nos deixou em um posto grande na BR 101, onde seguimos viagem. (Dona Iva e seu Luís com a gente em frente a kombi) Carona 3: de Joinville-SC para Itajaí-SC - com ônibus do Grupo Explosão. Depois de almoçarmos petiscos que trouxemos de cada (castanhas e polenguinho), fizemos uma plaquinha para "Floripa" e fomos para a saída do posto pedir carona. Poucos minutos depois, parou para nós o ônibus da banda "Grupo Explosão" que, seguindo sentido Brusque-SC, poderiam nos deixar em Itajaí-SC. Aceitamos a carona e, por mais curioso que tenha sido pegar carona com a banda em turnê, fica o aviso para o caroneiro inexperiente que quer chegar à Floripa: parar em Itajaí vai te deixar i-lha-do! hahah A dificuldade é que, além de sermos deixados em um posto pequeno meio dentro da cidade, definitivamente, Itajaí não é um ponto de parada para quem está descendo para Floripa: outros caminhoneiros, com quem conversamos depois, disseram que, inclusive, evitam parar ali e perto de Floripa para evitar o trânsito da rodovia na região. Felizmente, conversando com um caminhoneiro de cada vez no posto em que paramos (e depois de um baita nervosismo vendo a noite chegar sem conseguirmos carona), achamos uma alma abençoada que aceitou nos dar carona para Balneário Camboriú-SC. Carona 4: de Itajaí-SC para Balneário Camboriú-SC - seu Paulo, caminhoneiro de mudanças. Já no fim da tarde, o seu. Paulo, que havia acabado de encontrar o irmão por coincidência no mesmo posto, topou nos levar a Camboriú. Nos contou que sempre faz o possível para ajudar os outros e já deu carona para outros viajantes. Nos contou que, certa vez, quando deu carona para uma moça chilena que viajava sozinha, ela havia lhe contado que os 3 últimos motoristas com os quais ela havia pego carona tentaram se engraçar com ela de alguma maneira e ele, ouvindo o relato da moça, fez de tudo para dizer que ela poderia ficar tranquila porque ele nunca faria nada a ela e, assim, rumo ao Rio de Janeiro, acabaram até pernoitando os dois na boleia do caminhão em uma relação de total confiança. Seu Paulo nos contou de sua noiva, com a qual namora a distância, e nos disse sobre o quão triste é o estereótipo que fazem dos caminhoneiros como homens que "tem várias mulheres", "que só querem saber de mulher" ou que "não se importam com família" e que não percebem o quanto esses trabalhadores, na verdade, tem uma vida sofrida. Carona 5: Balneário Camboriú-SC para Florianópolis-SC - Blablacar com Eloir. Chegamos no centro de Balneário Camboriú já muito no fim da tarde e, sem esperança de conseguir chegar a um posto de gasolina antes do anoitecer, avaliamos que o melhor custo benefício seria pegar um Blablacar para Florianópolis (20 reais), onde já tínhamos conhecidos esperando para nos receberem. Eloir é natural de Cascavel-PR e mora em Florianópolis, cidade que, segundo ele, não troca por nenhuma outra. Chegando na rodoviária de Floripa, pegamos dois ônibus para chegar a casa de nossos amigos (2x 4,40), no Campeche, onde pernoitamos por três noites para descansarmos da saga de caronas e conhecermos melhor o lugar, cheio de praias e belezas naturais. Ficamos chocados com o preço absurdo de todas as coisas e, ainda por cima, fora de temporada (ex: 1 pastel de queijo = 10 reais?!), mas, felizmente, estávamos bem equipados com nossos próprios alimentos. (fotos na praia do Campeche, Florianópolis) (dia 7) Carona 6: Palhoça-SC para pedágio na BR 101 - Gui, ex ator e diretor de teatro. Chegamos ao Posto Cambirela, na BR101, saída de Palhoça, depois de pegarmos dois ônibus saindo de Florianópolis (4,40 + 6,65 reais). No posto, fizemos nossa plaquinha de "Porto Alegre", quando Gui parou para nos oferecer carona. Gui estava indo ao seu sítio próximo a Paulo Lopes e contou que já viajou de carona pelo Brasil com sua antiga trupe de teatro - um de seus amigos, inclusive, ficou no Espírito Santo e nunca mais voltou. Contou que deixou o ofício para se "desurbanizar" e agora trabalha com a produção de brinquedos de madeira. Gui nos deixou em um pedágio, onde logo desistimos de ficar ao observarmos a ausência de acostamento para os carros/caminhões conseguirem parar em segurança. Assim, caminhamos um pouco mais de 2km e chegamos a um pequeno restaurante de beira de estrada. Carona 7: BR 101 (restaurante Três Barras) para Tubarão-SC - com Sandro, caminhoneiro. Sandro salvou a nossa pele no restaurante, de onde pensamos que seria quase impossível sairmos. Por sorte, ainda era hora do almoço e, apesar da plaquinha de "Porto Alegre", ficamos super gratos com a carona para Tubarão-SC. Sandro parou os estudos cedo e, por necessidade da família, trabalhou desde a infância com o seu pai na plantação de pinus. Os anos de trabalho pesado e precoce deixaram muitas marcas nos músculos de seu corpo. Sandro seguiria para Braço do Norte-SC e, apesar de nos ter dado a opção de seguirmos para a Serra Catarinense, decidimos continuar indo ao Sul e, assim, paramos em Tubarão-SC. (Carona 8, com Evandro) Carona 8: Tubarão-SC para Três Cachoeiras-RS - com seu Evandro, caminhoneiro. Paramos em Tubarão em um posto não muito grande na marginal da BR. Aparentemente, quanto mais ao Sul do país, menores são os postos de gasolina e é muito comum se localizarem na marginal da pista. Isso dificulta um pouco o processo de pedir carona, já que o fluxo do posto acaba sendo menor ou de moradores da própria cidade. Ficamos um tempo considerável tentando sair de Tubarão, falando com cada caminhoneiro que chegava, até que, já perto do fim da tarde, seu Evandro topa nos levar até Três Cachoeiras-RS. Lá, pernoitamos pela primeira vez em nossa barraca em um posto de gasolina bem grande e cheio de caminhoneiros, onde todos os frentistas foram extremamente solícitos e simpáticos. (dia 8 ) Carona 9: Três Cachoeiras-RS para Cachoeira do Sul-RS, com seu Roberto. Completando uma semana de viagem, chegou o momento de abandonarmos a plaquinha "Porto Alegre" e, enfim, alterarmos a rota planejada (como eu disse antes, era só o rascunho). Foi aí, também, que o universo começou a mostrar suas conexões cósmicas (os viajantes aventureiros entenderão do que se trata aqui). Acordamos bem cedo em Três Cachoeiras e logo partimos para a saída do posto, ainda com a antiga plaquinha. Momentos depois, um caminhão com um casal parou perto de nós: contaram que já haviam nos visto cerca de três vezes em outros pontos da estrada e que, portanto, decidiram finalmente parar para nos perguntarem o nosso destino. O casal seguia para oeste de porto alegre e, embora não tenham conseguido ajudar com a carona, pois não teriam como nos deixar em um ponto bom e seguro para seguirmos na estrada, nos ajudaram comentando sobre outras possíveis cidades de fronteira para entrar no Uruguai, como Santana do Livramento. Pouco depois, um outro caminhoneiro para e nos chama até seu caminhão, o seu Roberto. Seu Roberto passaria por Porto Alegre, no entanto, seguiria para Rosário do Sul, a cidade mais próxima da fronteira em Santana do Livramento, que nos havia sido apresentada pouquíssimo antes. Topamos, então, deixar PoA de lado e seguir para o destino final do seu Roberto, que tomou chimarrão conosco o trajeto todo e virou um grande amigo nosso! Ao pararmos para almoçar em Pantano Grande-RS, encontramos duas ciganas vendendo jaquetas de couro: umas delas, insistentemente, até mesmo ficou falando em ler o futuro do Manuh e, após esse encontro breve, o Manuh ficou meio atordoado com a forte presença das moças. Minutos depois, seu Roberto nos chamou para continuar viagem e nos comunicou que havia acabado de ser comunicado de uma alteração na sua rota e precisou nos deixar em Cachoeira do Sul-RS, no Posto Laranjeiras. Por um breve momento, o Manuh ficou encanadíssimo de ser mal olhado da cigana por ele não ter comprado a jaqueta, mas mal sabíamos o que aconteceria a seguir. (Carona 9, com seu Roberto) (Almoçando no caminhão do seu Roberto) Carona 10: Cachoeira do Sul-RS para Rosário do Sul-RS, com seu F, caminhoneiro medium. Por alguma razão, achei melhor ocultar o nome desse figura, que é realmente uma pessoa diferenciada em muitos sentidos. Poucos minutos depois de chegarmos ao Posto Laranjeiras, conversamos com seu F, que estava indo justamente para Rosário e topou nos levar, se não nos incomodássemos com a boleia um pouco apertada. Conversa vai, conversa vem, seu F. pergunta nossa religião e começamos a falar de espiritualidade quando ele diz ser espírita. Seu F. nos contou que é filho de pai indígena feiticeiro e cresceu junto de uma comunidade cigana da vizinhança, da qual conheceu a hierarquia. Seu F. nos explicou que é médium e é como um "receptor universal", que sente e percebe coisas quando olha nos olhos das pessoas. Além de nos contar histórias de coisas que já pressentiu, acabou nos dizendo uma série de coisas bastante pontuais e emocionantes sobre mim e sobre o Manuh, as quais, apesar de não revelar aqui, afirmo serem de uma precisão que deixa meu lado mais cético impressionado. Nos tornamos amigos e trocamos contato ao final da viagem, que, na verdade, sentimos como se fosse uma espécie de viagem astral. Seu F. disse que nos chamou até ele, o que é ainda mais curioso depois da série de combinações imprevistas que nos levaram a nos encontrarmos naquela tarde. Pernoitamos no posto em Rosário do Sul. (dia 9) Carona 11: Rosário do Sul-RS para Santana do Livramento-RS/Rivera-Uy, como sra. Janice e seu Jairo. Depois de um dia exaustivo, nos permitimos sair do modo roots e ter mais conforto, portanto, jantamos e tomamos café da manhã no posto (cerca de 40 reais para cada). Seguimos pela manhã de carona com um casal de Santa Maria-RS que ia até Santana. Disseram que pararam para nós não porque pensaram racionalmente, mas porque sentiram que precisavam ajudar. Nos deram a dica de não comprar comida do lado Uruguaio da fronteira porque é bem mais caro e logo isso ficou ba$tante evidente. Passamos o dia em Santana resolvendo questões mais "técnicas", como dar a entrada no Uruguai na aduana (nunca se esqueçam dessa parte), trocar o dinheiro por pesos e comprar chips uruguaios para o celular (um roubo no total de 40 reais cada, um gasto que eu preferiria ter evitado). Troquei 200 reais para pesos e a cotação estava 1 real = 9 pesos: você tem a falsa sensação de que seu dinheiro vale bastante mas, logo em seguida, descobre que tudo o que já te disseram sobre o Uruguai ser um país caríssimo era verdade. Passeamos em Santana/Rivera até o começo da noite, enquanto procurávamos lugar para ficar por ali: não encontramos hostels baratos, o albergue de Santana não estava aberto quando passamos por ele e ninguém nos respondia no Couchsurfing. Esse foi, talvez, o primeiro momento real de perrengue. Nossa próxima tentativa seria caminhar até o maior posto 24h na entrada da cidade, onde pediríamos para montar a barraca. Deixo aqui outra dica: sempre é uma opção, também, se apresentar e pedir abrigo para moradores locais - principalmente nas áreas mais periféricas da cidade -, no entanto, já havia anoitecido e não nos pareceu uma boa ideia naquela circunstância. Por sorte, quando estávamos já exaustos de andar sem rumo com as mochilas pesadas, uma alma bondosa aceitou nossa solicitação no Couchsurfing e, assim, ganhamos um abrigo e ótimos amigos: Emerson e Rodrigo, um casal incrível de Santana que usava o aplicativo pela primeira vez e pretende mochilar pela Europa em breve. (dia 10) Carona 12: Rivera-Uruguai para Tacuarembó-Uruguai, com Luís do grupo de rally de Tacuarembó. Depois de uma noite maravilhosa na casa dos anfitriões em Santana, pela manhã, Emerson nos deu carona até a saída de Rivera, onde paramos após uma grande rotatória para pedir carona com a plaquinha "Montevideo" na entrada da Ruta 5. Foi aí que, passados alguns minutos, conseguimos a carona mais amedrontadora da viagem: ao nosso lado, para uma caminhonete e o motorista diz que pode nos dar carona até Tacuarembó, mas que só tem lugar na caçamba. Lá fomos nós: nos segurando com as mochilas enormes na caçamba da caminhonete, tomando um vento desgraçado, enquanto o doido dirigia a uns 120km/h e ultrapassava todo mundo na pista. Acreditem ou não, meu maior medo na viagem toda foi sair voando daquela caçamba e me espatifar na estrada, o que, obviamente, não aconteceu. Na verdade, a sensação depois dessa carona foi uma adrenalina muito gostosa. Acontece que, em Tacuarembó, não tivemos a mesma sorte com caronas e, no início, não entendíamos o porque. A partir daqui, você saberá o que descobrimos, na prática, sobre como funciona viajar de carona no Uruguai. Em Tacuarembó, nos posicionamos em um posto de gasolina na saída da cidade para a continuação da Ruta 5 e esperamos alguém parar. Como todo caroneiro está sempre caçando pontos de redução de velocidade na rodovia, vale o comentário de que algo que ajuda a pedir carona nas Rutas uruguaias, por elas cortarem as cidades/pueblos no meio, é a existência de semáforos na própria rodovia, principalmente em rotatórias da entrada e saída, funcionando como pontos bons para pedir carona quando há acostamento. Esperamos alguma carona. Uma hora depois: nada. Começamos a nos questionar e lembramos que era sábado. Fica a dica para os caroneiros iniciantes: pedir carona é sempre mais fácil e rápido em dia de semana, pois o movimento das vias cai aos fins de semana e a maioria dos caminhoneiros fica parado para descarregar e carregar, só saindo novamente a partir de domingo de noite ou segunda-feira. Não é que não funcione viajar de carona nos fins de semana, apenas, pode ser mais demorado. Até aí, nada específico do Uruguai. Seguindo o conselho de dois moços uruguaios, decidimos caminhar até o próximo posto da Ruta 5, de onde costumam sair mais caminhões. Nos posicionamos nesse posto e, novamente, nada de carona. Não havia caminhoneiros saindo do posto e os carros que passavam indicavam estar entrando na própria cidade ou na próxima há poucos quilômetros. Caminhamos até um posto da Polícia Federal um pouco mais a frente. Conversando com os policiais - que foram extremamente hospitaleiros dizendo que poderíamos montar acampamento do lado do posto em segurança e, inclusive, usar o banheiro de lá - descobrimos que, apesar do movimento da Ruta estar baixo, não é muito maior nos dias de semana. Disseram, também, que não valeria a pena pegarmos carona para parar no meio da estrada nas próximas cidades já que, na verdade, elas são tão pequenas que não passam de "vilas" (e, aparentemente, a maioria das cidades do país se encaixa nessa descrição). Percebendo o quanto estávamos ilhados enquanto começava a anoitecer, achamos que seria inviável pedir carona de pueblo em pueblo (até por uma questão de tempo hábil para retornarmos ao Brasil) e, assim, julgamos que o mais prudente seria caminhar até a Rodoviária de Tacuarembó (cerca de 1h) e usar boa parte dos pesos que trocamos para pegar um ônibus da madrugada direto para Montevideo (448 pesos cada passagem + taxa por pessoa, algo como R$49,70). Assim fizemos e, partindo 00h15, chegamos as 5h em Montevideo. (dia 11) Ônibus Tacuarembó-Uruguai para Montevideo-Uruguai. Chegando em Montevideo, ainda antes de amanhecer, logo fomos informados de que não se pode passar muito tempo na rodoviária porque passam para conferir seu bilhete (se você não está de passagem, cai fora). Sendo assim, fomos ainda no escuro (literalmente) procurar um lugar barato para tomar café da manhã. Paramos em um local na praça em frente a rodoviária. Pedi duas empanadas, que nada mais são do que salgados assados de tamanho convencional (2x60 pesos, mais ou menos R$6,70 cada), e o Manuh pediu uma promoção de medialuna com café (100 pesos, aproximadamente R$11,10). Apesar de imaginarmos que não era um estabelecimento barato, por conta de sua localização, notamos depois que esses preços são a média da cidade. Agora já deu para ter uma noção do custo de vida, não? Mesmo preço de café da manhã em estabelecimento chique de São Paulo. Depois de comermos, saímos para explorar a cidade. Conhecemos várias praças, a feira de antiguidades da Ciudad Vieja (que indico fortemente) e quase toda Ciudad Vieja em si. Não tendo recebido respostas no Couchsurfing, decidimos procurar um Hostel mais em conta. Ficamos no Punto Berro Hostel, fechando a pernoite, depois de uma choradinha, por 300 pesos por pessoa no quarto compartilhado (algo como R$33,30). Compramos um vinho Faisan no mercado (150 pesos = R$16,70) e um pacote de lentilhas pequeno (200g por 37 pesos = R$4,10, mais do que pagamos por um de 500g no Brasil). Na manhã do dia seguinte, compramos duas medialunas (60 pesos cada = 2xR$6,70) e seguimos viagem. (dia 12) Pegamos um ônibus para um posto de gasolina grande na saída de Montevideo, na Ruta 8, e paramos lá com nossa plaquinha mais que otimista "Acegua o Chuy". Ainda não havíamos aprendido a lição sobre como pedir carona aos uruguaios. Uma hora depois: nada ainda. Todos os carros pareciam estar ficando pelas proximidades de Montevideo e não havia um ponto próximo mais a frente para pedirmos carona. "Será que pegar carona no Uruguai é tão difícil assim?" Lembrava-me de ter lido antes, em outros relatos de viagem, que pegar carona no Uruguai era fácil e que essa cultura era mais forte por lá do que no Brasil, no entanto, não somente não confirmamos isso, como percebemos, a medida que pedíamos informação para vários moradores locais e frentistas, que muitos deles são extremamente descrentes na viagem de carona e não parecem acostumados a ver mochileiros fazendo isso, diferente do que experimentamos no Brasil. É claro que muitas pessoas estranham a viagem de carona e sabemos disso, no entanto, enquanto no Brasil recebíamos incentivo de frentistas e de pessoas no caminho, no Uruguai, mesmo quando ajudavam com alguma informação, era comum acrescentarem algo como "creio que vai ser muito difícil, as pessoas tem medo de dar carona, mas podem até tentar, vai que...", opinião que não representa a realidade, mas sim, uma mentalidade. Continuamos esperando no posto, até que um moço veio até nós para avisar-nos que aquele ponto seria muito ruim para chegar até Montevideo porque, justo ali, fizeram um desvio de caminhões para reduzir o trânsito na Ruta. Nos contou que, em sua juventude, também precisou se locomover muito pedindo carona e que, por isso, sabia que depois da cidade de Pando, ainda na Ruta 8, conseguiríamos uma carona com muito mais facilidade. Sendo assim, pegamos ali mesmo um ônibus para Pando e, depois de atravessar essa cidade a pé, chegamos a uma rotatória na saída para a Ruta 8. Carona 13: Pando-Uruguai para mais a frente na Ruta 8 - com Hector, caminhoneiro. Depois de toda a dificuldade, aprendemos algo muito importante: parece muito mais fácil pegar carona no Uruguai com plaquinhas para destinos próximos, ainda que muito pequenos, porque não é comum que as pessoas viagem "longas" distâncias. Além de o combustível ser extremamente caro no país, nosso referencial de distâncias longas/pequenas é totalmente diferente do deles. Então, o que no início nos parecia perfeitamente factível e razoável, como tentar carona direto para Montevideo, para eles significa cruzar o país todo. Quando, por exemplo, eles falam de "150km" a frente, estão falando de um local distante e, para nós, soa o contrário. Não que seja impossível, afinal, há caminhões e empresas que fazem esses longos trajetos até a capital, mas é bem mais improvável do que ir pingando de cidade em cidade. Sendo assim, decidimos mudar nossa plaquinha para destinos mais realistas: "Minas o Treinta y Tres". Cinco minutos depois, Hector parou para nós, nos deixando alguns quilômetros adiante na rotatória de entroncamento para Atlântida. Dali caminhamos aproximadamente 3 km até chegar a um pedágio na Ruta. Paramos com nossa plaquinha no acostamento após o pedágio e, em poucos minutos, conseguimos nossa nova carona. (Carona 13, com Santiago) Carona 14: Pedágio Ruta 8 para rotatória na Ruta 8 - com Santiago, professor de dança. Um carro parou para nós: era Santiago, um moço muito animado que logo foi movendo os instrumentos de percussão que carregava consigo para o porta-malas, a fim de liberar espaço para nós no banco traseiro. Santiago nos ofereceu um pote cheio de flores de maconha, que plantou em sua casa, para o restante da viagem. Achamos a insistência do moço muito engraçada e até pensamos em aceitar, mas sabíamos que cruzaríamos a fronteira bem em breve. Além disso, ao contrário do que pensamos no início da viagem, nos mantivemos em estado de alerta o tempo todo e sequer nos sentimos a vontade para fumar no Uruguai. Santiago estava indo a Migues e nos deixou na rotatória para aquela saída da Ruta. Carona 15: rotatória na Ruta 8 para Minas-Uruguai - com Carlos, caminhoneiro. Logo que Santiago nos deixou na rotatória -que, aparentemente, não era um lugar tão bom assim para pedir carona, visto que os veículos não estavam reduzindo a velocidade -, avistamos, poucos metros adiante, um caminhoneiro parado no acostamento com seu caminhão. Antes mesmo de nos posicionarmos com nossa placa para continuar, o caminhoneiro nos chamou até ele. O Manuh correu para verificar o que era e, para nossa felicidade, ele nos ofereceu carona. Carlos estava indo a Minas e nos deixaria na entrada da cidade. Carlos havia parado no acostamento apenas para atender uma ligação, o que convergiu perfeitamente com o tempo em que chegamos lá com Santiago: viajar assim, de maneira imprevista, tem seus acontecimentos cósmicos mágicos. Carlos nos deixou em Minas, onde logo fomos procurar lugar para ficar. Como nem eu e nem o Manuh temos perfis verificados no Couchsurfing (o que é bem limitante, já que o aplicativo te dá somente direito de usar 10 solicitações de hospedagem por semana), não possuíamos mais solicitações para usar. Precisaríamos acampar e, assim, começamos a perguntar aos moradores locais onde havia um lugar relativamente seguro para armar nossa barraca. Nos indicaram um parque público aberto às margens de um rio, cortado por uma ponte. Ali, encontramos em seu lado mais arborizado um local aparentemente seguro para acampar, exceto pela placa em uma das árvores com os dizeres "prohibido acampar". Ficamos com medo de cometer uma infração e precisarmos pagar algum tipo de multa, por isso, antes de montar acampamento, ainda fomos caminhando até a delegacia no centro da cidade para pedir autorização à polícia. Explicamos a situação a um dos policiais, que foi muito bacana em nos compreender e dizer que fariam vista grossa. Compramos 10 alfajores de Minas por 110 pesos (mais ou menos R$1,20 cada). (Carona 16, com Javier) (dia 13) Carona 16: Minas-Uruguai para Aceguá (Uy/RS) - com Javier, caminhoneiro. Desmontamos acampamento ainda antes do dia amanhecer e consideramos que a melhor ideia para continuar com as caronas seria atravessar a cidade a pé para chegar em sua saída para a Ruta 8. Caminhamos por cerca de 1h30 e, quando finalmente chegamos a saída, nos deparamos com uma grande insegurança por causa do baixo movimento da Ruta. Além disso, estávamos congelando com o vento frio cortante daquela manhã. Mal conseguíamos ficar um momento sem luvas para olhar o mapa no celular. Estávamos já praticamente sem pesos para cogitar pegar algum ônibus dali para qualquer lugar. A saída era continuar pedindo carona e usar o que aprendemos sobre caronas no Uruguai ao longo do caminho. Fizemos uma nova plaquinha com as cidades próximas, "Treinta y Tres o Melo" e, mesmo desesperançosos, decidimos continuar ali por um tempo. Tentando nos fortalecer naquele momento, Manuh repetiu em voz alta o nosso mantra de caroneiros: "A carona certa virá na hora certa para o lugar certo". Eu, já com um tom de humor impaciente, retruquei que a hora certa era aquela mesma. Como num passe de mágica, nem um minuto depois, um caminhão encostou para nós. Era Javier, indo diretamente para o nosso sonhado destino "Acegua", na fronteira. Entramos as pressas no caminhão, eternamente gratos por sermos salvos por ele e, mais uma vez, por essas conexões do universo. Chegamos em Aceguá por volta das 17h, onde fizemos a saída do Uruguai na imigração e gastamos os últimos pesos em um mercadinho uruguaio antes de ir montar acampamento em um posto de gasolina na saída da cidade. Acontece que, em Aceguá, se iniciou o nosso momento de maior perrengue da viagem toda: enquanto montávamos nossa barraca no posto SIM, começou a chover cada vez mais forte, molhando todas as nossas coisas. O borracheiro do posto, que nos ajudou quando chegamos, sugeriu que dormíssemos em uma Ipanema abandonada ao invés de nos molharmos mais e passarmos mais frio na barraca. Assim fizemos. A Ipanema estava com os bancos abaixados, então, nos organizamos como possível com nossos sacos de dormir e mochilas lá dentro. Ao menos, tínhamos refrigerante e alfajores para amenizar o mau humor pós chuva. A pior coisa é passar frio estando molhado. (dormindo dentro da Ipanema abandonada, no Posto SIM de Aceguá-RS) (dia 14) Carona 17: Aceguá-RS para Bagé-RS - com seu Luís, caminhoneiro. Acordamos em Aceguá, com muito frio, ainda úmidos e ainda estava garoando. Não sabíamos como fazer para pegar carona com aquele tempo. Conversamos com os frentistas do posto, super hospitaleiros, que nos aconselharam a tentar pegar um ônibus para Bagé. O problema é que, como não parava de chover, mal conseguiríamos chegar ao ponto de ônibus a apenas alguns metros dali. Decidimos esperar no posto para ver se a chuva pararia. A decisão foi a mais acertada porque, pouco depois, um frentista nos avisou que um dos caminhoneiros que havia acabado de abastecer estava seguindo para Bagé. Nos prontificamos a falar com o caminhoneiro, seu Luís, que topou nos dar carona para lá numa boa. Pensamos que nossos pesadelos acabariam por aí, no entanto, também estava chovendo e muito frio em Bagé, por volta de 10ºC e uma sensação térmica de menos. A chuva não parava por nada. Paramos em mercadinho, de atendimento péssimo, para comprar uns pães franceses e frios de café da manhã/almoço/lanche da tarde. Pegamos um ônibus para o centro de Bagé e, de lá, também não conseguimos fazer muita coisa. Ainda não tínhamos solicitações disponíveis no Couchsurfing e não encontrávamos hostels na cidade olhando e ligando nos telefones do google. Caminhamos até um hotel próximo, que nos deu a indicação do hostel de preço mais acessível. Não havia carros do Uber disponíveis na cidade e, portanto, tivemos que comprar um guarda chuva (uma sombrinha pequena por 12 reais e os outros eram caríssimos) e ir caminhando para esse tal hostel por cerca de 40 minutos. Chegamos no Hostel da Campanha ensopados. Nossos casacos molhados, sapatos molhados e mochilas molhadas (inclusive, as roupas de dentro). Pegamos a acomodação mais barata, R$50 por pessoa, em um quarto com beliche para duas pessoas. Apesar do preço ainda meio salgado, pagar aquela estadia foi absolutamente necessária, caso contrário, precisaríamos bater de porta em porta ou morreríamos de hipotermia. Além disso, o Hostel da Campanha é de longe o melhor hostel que já fiquei na vida: além de incluir um café da manhã muito bom e com várias opções, é extremamente limpo, extremamente novo e confortável, fora o atendimento impecável de todos da recepção (estou reforçando essa parte porque quem viaja gastante pouco sabe como pode ser o frustrante pagar estadia para se deparar com um lugar precário). Como eu havia levado um rolo de fio de nylon, improvisamos varais por todo quarto e penduramos nossas coisas. (Varais no quarto do Hostel, em Bagé) (dia 15) Escolhemos, para a infelicidade do nosso bolso e para a alegria de nossos pertences pessoais, ficar mais uma noite no hostel. Isso porque não seria possível seguir viagem com as coisas todas molhadas, ainda mais com o tempo tão frio e chuvoso. De dia, pedimos indicação de uma lavanderia na recepção, para onde mandamos todas as nossas roupas. Aproveitamos um breve momento sem chuva durante a tarde para passear e, a noite, deixamos nossos sapatos secando em frente a lareira da sala. O gasto com a estadia no hostel poderia ter sido evitado, mas consideramos que existem situações emergenciais em que é realmente muito difícil não abrir mão de algumas economias para garantir nossa segurança e bem estar. Acabou sendo uma parada extremamente estratégica para nos recompormos e repararmos os danos do tempo chuvoso. (dia 16) Carona 18: do meio da cidade em Bagé-RS para saída de Bagé-RS, com Fabrício. Enquanto caminhávamos para a saída da cidade, Fabrício nos avistou e ofereceu carona para o posto de gasolina ao qual nos dirigíamos. Essa foi a carona mais curta de todas, menos de 4km, e a única que pegamos em zona urbana. Carona 19: Bagé-RS para Hulha Negra-RS, com Hosana. Desistimos de tentar carona no posto de gasolina, que não parecia ainda tão "na saída" para a rodovia. Caminhamos cerca de 1h até chegarmos, de fato, a BR 293, em uma rotatória. Estávamos com a plaquinha "São Gabriel", contudo, ao observarmos o movimento da rotatória, sentimos uma forte intuição de que teríamos mais êxito se pedíssemos no sentido contrário, para "Pelotas ou Porto Alegre" - e essa foi nossa nova plaquinha. Em menos de 10 minutos, Hosana parou para nós. Disse que não está acostumada a dar carona para mochileiros, mas que sempre ajuda os policiais que pedem carona. Hosana nos deixou na entrada de Hulha Negra, quilômetros a frente. (Carona 19, com Hosana) Carona 20: Hulha Negra-RS para Pinheiro Machado-RS, com sr. Paulo. Novamente, menos de 10 minutos depois, sr. Paulo, natural de Candiota-RS, nos salvou de passar frio na estrada e nos levou até a entrada de Pinheiro Machado. Viajamos juntos ao som de clássicos da música caipira enquanto observávamos as paisagens de campos. (Carona 20, com sr. Paulo) Carona 21: Pinheiro Machado-RS para Pelotas-RS, com Rose e Wal. Poucos minutos depois de esperarmos novamente no frio congelante, Rose e Wal nos ofereceram carona. Fomos tomando chimarrão e conversando sobre o que achamos das cidades que conhecemos ao longo da viagem. Conversamos bastante sobre como as cidades no sul e no Uruguai são, de modo geral, mais seguras que em São Paulo. Rose nos falou sobre a praça do Mercado Municipal de Pelotas e topamos parar por ali mesmo. Chegamos em Pelotas por volta das 15h e decidimos pernoitar por lá. Mais uma vez, começou a saga de procurar lugar para pousar, enquanto conhecíamos o mercado e prédios históricos dos arredores. Na praça em frente ao mercado, abordamos um moço com um violão nas costas para perguntar se poderia nos indicar um lugar barato para comer. O moço, chamado Marcelo, foi h extremamente hospitaleiro e nos acompanhou por um tempo em nossa busca e trocamos contato antes de nos despedirmos. Naquela noite, conseguimos abrigo na casa de uma amiga do Manuh, no bairro Porto. Por termos gostado muito da cidade, decidimos passar mais um dia em Pelotas. Convidamos Marcelo para uma volta pelo centro da cidade e acabamos, no fim das contas, pedindo abrigo para ele na casa de sua família. Depois de uma tour por Pelotas, guiados por Marcelo, almoçamos com sua família e fomos recebidos com carinho. Não deixamos de experimentar os doces de Pelotas e conhecer a bancada de discos do James na feira em frente ao Mercado Municipal. (Carona 21, com Rose e Wal) (dia 18) Carona 22: Blablacar de Pelotas-RS para Eldorado do Sul-RS, com Ezequiel. A escolha de pegar um Blablacar, a essa altura da viagem, foi bastante estratégica. O objetivo era chegar até o Posto SIM, na saída de Eldorado do Sul, para encontrarmos lá o nosso amigo caminhoneiro seu Roberto, o mesmo que conhecemos na carona de número 9. Combinamos com seu Roberto que nos encontraríamos lá por volta da hora do almoço, para que pudéssemos, então, seguir com ele até Jaraguá do Sul-SC. Carona 23: Eldorado do Sul-RS para Jaraguá do Sul-SC, com seu Roberto. De fato, conseguimos encontrar nosso amigo seu Roberto no posto e seguimos viajando juntos até por volta das 22h. Paramos em um posto de gasolina próximo a Florianópolis para pernoitarmos e partimos novamente por volta das 3h. Chegamos a entrada para Jaraguá por volta das 5h e esperamos em um posto de gasolina até o dia amanhecer. (dia 19) Carona 24:Jaraguá do Sul-SC para Curitiba-PR, com seu Alberí, caminhoneiro. No mesmo posto em que ficamos em Jaraguá, fizemos uma plaquinha para "Curitiba" e, coisa de meia hora depois, seu Alberí parou para nós. Seu Alberí, um caminhoneiro com 35 anos de estrada, nos contou vários histórias sobre subornos policiais no Rio de Janeiro, sobre o problema com bloqueios eletrônicos dos caminhões - que "só servem pra deixar caminhoneiro estressado e matar caminhoneiro", sobre seguradoras que querem traçar rotas para os caminhoneiros sem, ao menos, conhecerem o dia a dia deles nas rodovias. Seu Alberí nos deixou na entrada para São José dos Pinhais-PR, mesmo local onde paramos no início da viagem e, assim, pegamos os mesmos ônibus novamente para o centro de Curitiba. Almoçamos no buffet livre (R$11,50) e pernoitamos novamente na casa de nosso conhecido. No dia seguinte, preferimos continuar descansando em Curitiba, onde almoçamos novamente em outro buffet livre (R$7,50) e aproveitamos a companhia do pessoal da república. (dia 20) Carona 25: de São José dos Pinhais-PR para Taboão da Serra-SP, com seu Edimilson. Para sairmos de Curitiba, pegamos um ônibus intermunicipal de volta para São José. Fomos pedir carona em um posto grande recomendado pelo seu Alberí, "Posto Aldo Locatelli". No posto, tentamos carona na saída com a plaquinha "São Paulo ou Campinas", não obtendo sucesso por cerca de 1h. Fizemos uma pausa para comer na conveniência e usar o wifi. Na saída da conveniência, fomos abordados pelo seu Edimilson, que perguntou nosso destino e nos ofereceu carona até sua cidade, Taboão da Serra, limítrofe de São Paulo capital. Edimilson nos contou sobre várias viagens que fez pelo globo motivado pelo seu hobby: o mergulho. Nos contou sobre as melhores experiências e perrengues mergulhando, assim como sobre vários outros pontos turísticos, como as pirâmides no Egito. Em Taboão da Serra-SP, encerramos a viagem pegando um ônibus e um metrô para o nosso marco zero, São Paulo-SP. Lá, jantamos na rodoviária e pegamos um blablacar para nossa casa em Campinas-SP. No fim das contas, depois de contar um pouco dessa maravilhosa odisseia, deixo algumas considerações para quem se sente inspirado a procurar o mesmo tipo de aventura. Já ouvi dizer por aí que "pressa não combina com viajar de carona" e isso é verdade! É possível, sim, viajar durante poucos dias de carona - até mesmo para fazer só um bate-volta em um fim de semana-, porém, a verdade é que, se você tem dia prazo para "estar de volta", você acaba se sentindo mais pressionado pelas circunstâncias imprevisíveis da aventura. Hoje tenho a percepção de que viajar pedindo carona é mais confortável quando se tem tempo de sobra, ou indeterminado, para ficar na estrada e poder aproveitar mais dias nos lugares em que, de fato, se quer parar. Outra consideração é que viajar de carona e de maneira econômica te proporciona uma visão muito menos idealizada do que aquela adotada em uma viagem convencional: não se conhece os lugares pelo olhar de turista - até porque, é muito comum acabar desviando de rotas turísticas -, mas sim, pelo olhar das pessoas que vivem diariamente a realidade dos lugares e das rotas que os cercam. Antes de viajar de carona, leia sobre o passo a passo a se seguir e o memorize bem. Procure os melhores pontos do trajeto para pedir carona e mantenha o pensamento sempre positivo. Se atente, também, aos dias da semana. Algumas rotas, como rodovias com postos de gasolina grandes, facilitam mais do que outras, como pistas estreitas e pouco movimentas, contudo, sempre dá pra conseguir uma condução! Cada lugar tem uma cultura diferente e isso também afeta no processo de pedir/conseguir carona, como comentamos sobre a experiência no Uruguai, mas essa questão se resume apenas em entender as particularidades do ambiente. No caso de quem vai pedir carona no Uruguai, principalmente no interior do país, meu conselho é o de fazer plaquinhas com destinos próximos, ainda que pareçam distâncias pequenas, ou, mais prático ainda, se valer apenas do número da Ruta desejada (ex: Ruta 8). O movimento das vias é muito menor do que no Brasil, mas, como dito antes, isso não é sinônimo de não conseguir carona. Se estiver indo para o Sul, dê atenção especial aos postos de gasolina da rede SIM, que tem boa estrutura e costumam ser maiores e frequentados pelos caminhoneiros. Dito tudo isso, desejo boa viagem aos que se inspiraram! Aos que não se inspiraram, espero que tenham feito boa viagem, ao menos, durante a leitura. Até breve, mochileiros e curiosos!
  13. Olá, pessoal. Me chamo Genilson, sou de Fortaleza-CE, tenho 26 anos e desde 2015 planejo mochilar e viajar de carona, porém nunca tive coragem. Sempre criei ou tive pretextos para não o fazer. Mas dessa vez, a viagem sai. Sempre li bastante sobre como viajar de carona, sobre as experiências que as pessoas que fazem isso têm. E isso tudo sempre me encantou, pois sempre tive o pé no mundo, sinto que meu lugar é no mundo. Que minha casa é sob o céu estrelado das noites, que meu lar está em algum lugar que não é aqui. Mas, decido a zona de conforto, nunca me permiti de fato sair daqui (só na vez que fui morar em São Luis-MA). Esse ano, fui demitido da empresa que estava trabalhando e pretendo pôr em prática o quanto antes minha vontade de conhecer o máximo possível do Brasil enquanto puder. Quero sentir no rosto a brisa, conhecer pessoas, trocar e adquirir experiências, aprender mais e ensinar também. Tenho certeza que, assim, atingirei um patamar de felicidade que nunca senti antes. Espero, de verdade que dê tudo certo, conto com as dicas de vocês e quem quiser e puder acompanhar, pretendo sair de Fortaleza agora, dia 12 de Março de 2020 com destino a SP...
  14. Olá! Tudo certo? Estou de voluntária do Worldpacker até dia 06/02, após isso vou à Praia do Rosa. Sabem como está a questão de caronas na BR-101/SC nesse trecho? Não há pedágios neste trajeto o que dificulta as paradas Estou em dúvida sobre para qual data tento um Coushsurf/Worldpacker nessa região de Imbituba-Garopaba, acho que vou deixar uns 4 dias para fazer esse trajeto. Algum experiência para contar?
  15. Já pensou em ir pra Ushuaia sem gastar 1 centavo com hospedagem e viajando a maior parte do tempo de carona? link do vídeo 1 da viagem no youtube: https://youtu.be/GpeOd9NBSKE Foi o que eu e minha namorada fizemos. Saímos do interior de SP com o único objetivo de chegar a Ushuaia aproveitando ao máximo o caminho. Sem muito dinheiro, precisávamos economizar de todas formas disponíveis. Os maiores gastos geralmente são: A hospedagem, o transporte e a alimentação. Para a hospedagem levamos uma barraca e usamos o couchsurfing. Para o transporte pedimos carona ao longo de toda Ruta 3, o que nos rendeu experiências incríveis e amizades inesquecíveis. E para a alimentação simplesmente cozinhavamos sempre que possível e muitas vezes nossos anfitriões faziam comidas incríveis para a gente. Também pedimos frutas em hortifrutis (detalhes no texto). Nosso primeiro destino foi Foz do Iguaçu. Optamos por ir de avião para lá, pois no fim das contas sairia muito mais barato do que ônibus, além de mais rápido. Chegando lá a gente se hospedeu pelo couchsurfing com a María e seu gato Naru. Que foram muito receptivos. O couchsurfing é uma plataforma para pessoas apaixonadas por viajar que gostam de compartilhar suas experiências e ajudar o próximo. Se ainda não usa, procure para sua próxima viagem. Conhecer as pessoas locais dessa forma deixa tudo na viagem mais orgânica e imersiva. Ficamos uns cinco dias em Foz e depois partimos. <iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/GpeOd9NBSKE" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe> Em Buenos aires novamente utilizamos o couchsurfing. Foi bem fácil encontrar hospedagem por lá. Quem nos hospedou foi a Eliana e sua família. Foi tudo tão bom que em poucos dias já nos sentíamos parte da família. Ela tinha aquele jeito mãezona, que nos deixa aconchegado e bem a vontade. Entre as conversas com eles, nos falaram e ressaltaram do frio que iria fazer em Ushuaia, pois o inverno estava chegando. E do quão mal equipados estávamos. Aliás, se fôssemos comprar tudo que aconselhavam para o frio intenso de lá, não nos sobraria um tostão para viajar. E além de uma bota de cem reais que achei na decatlhon, fomos apenas com o que já tínhamos. Na ignorância de dois Sorocabanos que mal conhecem o frio e que o mais perto de neve que já tinham visto era o gelo que acumula no congelador. Mal sabíamos que além de toda a beleza da neve, ela também pode doer. Aqui vale ressaltar uma recomendação muito importante: Jamais, mas jamais vá de jaqueta de couro para Ushuaia ou para qualquer lugar frio. É simplesmente estúpido. Você vai sofrer. E no caminho tem cidades piores que Ushuaia. É frio, e venta muito no caminho. Então seja sensato, e gaste um pouco mais com uma boa blusa impermeável, térmica e sei lá mais o que. Se proteja do frio. Ele dói e a neve machuca! A gente precisou comprar lá em Ushuaia. Voltando a Buenos Aires, demos uma volta por lá e a Eliana nos mostrou um pouco da cidade. Depois fomos a Puerto Madero, a Casa Rosada e outras partes turísticas da cidade que todo mundo já conhece. Aqui vale dar outra dica importante também para alimentação. Em tempos de crise, ou como eles chamam na Argentina, Macrise, desperdício de alimento é de partir o coração. Então deixei a vergonha de lado, e como lá são muitos os hortifrutis e suas frutas estragam quando não são vendidas, amadurecem e vão direto para o lixo, e entre essas frutas têm muitas partes boas e comestíveis, resolvi tentar pedir, como diria em castellano, se eles não poderiam ajudar um casal de viajantes sem muitos recursos, mas com grandes sonhos, a nos darem “unas frutas más maduras”, e todas as vezes as respostas foram positivas. E na maioria das vezes conseguiamos umas frutas boas. Além da economia, a parte mais bacana disso e das caronas é sair da mesmice, da sua zona de conforto. Se abrir para novas possibilidades, sem julgamentos e confiar no simples altruísmo das pessoas. Isso nos dá certa motivação, sabe. Que o mundo pode ser um lugar bom. Então se você tem uma vontade de viajar, mas não tem muita grana, não tem problema, é importante, antes de mais nada, querer. E simplesmente ir. Depois relato mais. Mas basicamente fomos depois para Bahia Blanca, Viedma, Puerto Madryn, Trelew, Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos e Ushuaia. Infelizmente peguei um vírus que encriptou todos os vídeos da viagem e tô bem bolado com isso. Então será só esse vídeo mesmo. Mas logo faço de outros lugares. Estamos fazendo um canal, e tô querendo ir subindo bastante conteúdo de viagem Tô fazendo uma página no insta também junto com minha namorada que me acompanha nas loucuras. Ver se consigo produzir vídeos e quem sabe viajar de graça futuramente haha https://www.instagram.com/viajandomais_/
  16. Olá, pessoal, saio neste sábado, 13 de julho de Niterói, Rio de Janeiro, em direção a Santiago no Chile de mochilão. Quero descer até Montevideo, visitar Buenos Aires novamente, Mendoza, e seguir até Santiago. Queria chegar em Santiago até dia 22 de julho. Gostaria de dicas diversas, sobre o caminho a percorrer, segurança, banhos, tempo, também aceito ofertas para couchsurfing... Ah, preciso de seguro viagem pra cada lugar?
  17. Galera, chego em foz do iguaçu agora no fim de março e gostaria de saber como faço pra ir de carona de foz até buenos aires. Não faço ideia de onde ficar pra conseguir o ponta pé inicial Alguém pode sugerir algum lugar?
  18. Olá viajantes. Tenho um dúvida sobre o meu planejamento para uma viajem. No final de semana, precisarei rodar 260km, indo de varginha-MG à Extrema-MG. Para quem não sabe, este trajeto se dá via Fernão Dias. Pretendo sair de logo de manha e pedir carona, e tenho que chegar até as 16hrs do mesmo dia. Vocês acham que consigo fazer toda essa quilometragem em um só dia? Levando em conta que não tenho barraca para dormir e que passarei pela rodovia Fernão Dias, que é bastante movimentada.
  19. Ola pessoal, estive lendo sobre e o que tenho entendido é que, as melhores formas de encontrar onde dormir pode ser nos postos, restuarantes e preferencia em lugares onde caminhoneiros fica. Estou certo?? Farei um mochilão para Recife e la estarei com um couchsurfing. Mas estarei por alguns dias na cidade conhecendo e re-vendendo bagatelas pra ter algum dinheiro pra comida. Então como acredito enquanto saia da cidade procurarei formas de achar como dormir. Ja peguei varias dicas de como pegar carona (Esteja em lugares onde os carros não passem a mto velocidade, perto de postos, restaurante e pontos policias e tenha um sorriso. Tambem não especificar no cartaz apenas a cidade de destino, sse não tambem cidades perto), se tiverem alguma outra dica, gostaria. Mas principalmente sobre lugares para dormir
  20. Pessoal, estamos nos preparando para nossa trip pelo mundo de carro e como temos o objetivo de fazer uma viagem mais social, sustentável e econômica, um dos recursos que vamos utilizar serão os aplicativos de economia compartilhada, por exemplo, o Blablacar. Alguém por aqui já teve essa experiência e poderia compartilhar? Já somos usuários dos aplicativos no Brasil, mas será a primeira vez no exterior. As nossas experiências iremos compartilhar na página do projeto: themountainway.expedition
  21. Eu e uma amiga estamos planejando mochilão de Porto Alegre-RS para o Uruguai com partida entre os dias 08/02 e 12/02. Estamos em busca de carona até a fronteira, ou até alguma cidade por lá. Podemos contribuir um pouco com a gasolina, mas o orçamento é apertado. Aceito dicas de roteiro, camping, locais baratos para alimentação, custos e também companhias.
  22. Bom dia/tarde/noite, mochileiros! Eu sei que existem tópicos no site, mas achei meio desatualizados, e sem informações suficientes, sendo assim... Na opinião de quem já usou ou usa o Blablacar, usar o serviço vale a pena no Brasil? Mais especificamente no Sul?
  23. Olá, mochileiros! Sou brasileira mas moro na Alemanha, e estou indo ao Brasil em fevereiro com o meu namorado alemão e vamos visitar o Mato Grosso - queremos fazer o circuito Chapada dos Guimarães, Pantanal e Nobres. Mas confesso que está bem dificil planejar essa viagem a distância! Principalmente porque parece ser impossível fazer esse passeio sem carro, e nós não dirigimos e nem temos veículo próprio. Todas as pessoas que conversei até agora - incluindo guias turísticos e agências, pousadas e turistas que já foram lá - me disseram que é preciso um veículo próprio. Mas nós queremos tentar mesmo assim. Então estamos em busca de companhias para compartilhar o transporte - ou mochileiros que estejam fazendo passeios semelhantes de carro e possam nos ajudar! E também, claro, companhias para a viagem e os passeios são sempre bem vindas! Caso tenha alguém aí pensando em ir na mesma época, se manifeste aqui e trocamos contato! Obrigada, abraços
  24. Boa noite! Busco informações para começar minha viagem de carona, saindo de São Paulo para a Argentina. Onde é melhor para conseguir carona com caminhão? Agradeço e deixo um abraço para todos!
  25. Bom dia, boa tarde, boa noite. 😁 Meu nome é Danilo Bauer, estou saindo de Cuiaba/MT indo de mochilão(carona) até Matinhos/PR. Meu roteiro de viagem, Cuiabá - Rondonópolis - Campo Grande - Umuarama - Curitiba. De Curitiba em frente sigo meu coração, vou onde der vontade, tenho uns postos programados mais nada fixo. gostaria de conhecer a ILHA DO MEL e varias praias e área de camping. Se tiver mais uma maluco(a) interessado em compartilhar esta viagem comigo sera muito bem vindo(a). Esta sera a minha primeira viagem de mochilão, estou super empolgado.
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