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A farsa de Fernando de Noronha


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  • Membros

Pois é Carol,

 

A minha intenção em escrever foi essa mesmo. Contrastar um pouco, por mais que eu saiba que vcs tem razão nas reclamações.

 

A época com certeza fez muita diferença. Talvez por isso minha impressão não tenha sido como a de vcs.

E ainda dei sorte que tive tempo bom todos os dias. E foram 10 hein... :)

 

Bem, espero que as vozes das pessoas que amam a natureza sejam ouvidas e que as coisas melhorem. Senão todos os paraísos do mundo acabarão totalmente depredados em breve.

 

Abs.

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  • Colaboradores

Concordo com a Carol em tudo.

Não falei dos problemas populacionais no meu post porque não era sobre isso que o Lojudice falava e eu tratei apenas de responder algumas bobagens que achei que ele falou.

É FATO que Noronha é um lugar abandonado pelo governo de Pernambuco.

Quando estive lá, também ouvi reclamações de moradores nesse sentido.

A taxa de preservação que todos nós e os moradores tbm pagam passa mesmo longe da Ilha.

 

Quanto a preservação da natureza, sinto que o problema é a falta de fiscalização.

Noronha é um pólo turísitico. Quase toda a população vive do turismo.

Como eu sugeri, o IBAMA tinha de colocar um fiscal dentro de cada grupo de passeio...

 

E outra: se vc tem conciência ecológica e andou com um guia que não tem, denuncie!

 

Tentar arrumar as coisas, às vezes, pode ser mais fácil do que a gente imagina...

 

PS: assustadora essa questão do lixo

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  • 1 mês depois...
  • Membros de Honra

hola,

 

Recièn vuelvo de Noronha y adorè el lugar, sin embargo fiquè choqueada por el nùmero de vehìculos que circulan por la isla: màs de 700.

Los turistas suben hasta la Iglesia de San Pedro en buggie.

Yo creìa que Noronha daba mucho màs oportunidades a los nativos que en la isla grande (isla que adoro), PERO lAMENTABLEMENTE no es asì. Conversè mucho con los taxistas, y ellos me contaron que muchas cosas estàn prohibidas, pero si se tiene dinero la prohibiciòn no existe.

En cuanto a los precios, quienes viven allá deben pagar 1real por kilo que traen desde el continente, el botellòn de gas cuesta casi el doble. No parecen estar conformes con su situaciòn, ya que ven pasar mucho dinero al que nunca tendràn acceso.

Yo preferì caminar y nadar, creo que ilha tour no vale la pena y el paseo de barco hace el mismo recorrido que uno puede hacer caminando por el mar de dentro.

 

Perla

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  • Membros

Fui para Noronha em agosto de 2009, e no meu voo de retorno sentou-se ao meu lado um senhor que foi um antigo "governador" (indicado pelos militares) da ilha. Ele também era engenheiro, se não me engano especializado em saneamento básico, e ex-professor da universidade federal de Recife.

 

Conversamos sobre a realidade da ilha e seus problemas ecológicos.

 

Ele me contou que a maior parte da verba paga ao IBAMA pelos turistas é utilizada apenas para retirar o lixo da Ilha e levá-lo até Recife (a quantidade diária de lixo era enorme, sendo necessário um barco a cada 2 ou 3 dias para levá-lo). Além disso, apesar do "controle", o número de turistas que frequenta a ilha é extremamente elevado, principalmente durante o verão quando cruzeiros desembarcam por lá, o que traz um grande impacto negativo. Há excesso de carros, que também cria alguns problemas, e energia gerada por combustíveis fósseis. Em alguns locais, como a trilha do atalaia, eles já tiveram problemas como a destruição de corais, o que resultou em uma mudança na rota para permitir a recuperação dos mesmos. E também há problemas com esgoto. Estes problemas não são muito nítidos hoje (apenas para quem observa bem), mas caso não seja feito nada ele me adiantou que em 5 anos eles trarão consequências para os habitantes e turistas da ilha.

 

Pessoalmente achei a ilha um lugar lindíssimo! Pontos como a Baia dos Porcos são imperdíveis, e pode-se ficar por horas mergulhando com snorkel vendo a grande quantidade de vida que tem por lá. Os turistas que frequentam por lá são bem desinteressantes ... pessoas que aparentemente estão por lá mais pelo "status" (para falar para os amigos, etc) que a viagem trás, do que propriamente pelo contato com a natureza. Achei um povinho bem esnobe e fresco, e boa parte dos problemas da ilha devem-se a eles, já que exigem muita qualidade e diversidade nos serviços.

 

A regra do "quem tem dinheiro pode mais" também vale por lá. Em alguns casos, investidores de outros estados usam um nativo como "laranja" para fazer um empreendimento. O exemplo típico disso é a "Pousada Maravilha", que tem dentre outros sócios o Luciano Hulk (acho muito bom dar o nome aos bois) . Esta possui preços exorbitantes para os hospedes e foi construída em uma área de proteção permanente, onde obviamente não seriam permitidas pousadas, mas que com $$ e "jeitinho" a obra foi finalizada.

 

Conheci alguns habitantes da ilha ... todos trabalhavam com turismo (guia e instrutores de mergulho). Eram bem simpáticos, mas em geral favoráveis a este turismo especulativo, pois o mesmo trás um bom retorno para eles. Percebi que eles (principalmente os mais jovens) perderam a simplicidade que encontramos no povo do NE, e tornaram-se também um pouco "esnobes".

 

Com relação ao preço ... concordo que são elevados devido à distância da ilha para o continente. Entretanto, percebo também que não existe uma "livre concorrência" por lá, e que a dinâmica de mercado se assemelha mais com carteis. Provavelmente os comerciantes devem combinar "precos mínimos" ou até mesmo de cobrarem os mesmos preços, tudo para manter a sua rentabilidade elevada. Um exemplo disso são as operadoras de mergulho ... quando fui a saída custava R$ 230 reais (com mais o aluguel dos equipamentos sairia tudo por 290 ou 300) e não havia diferença de preço entre as duas principais operadoras (Águas Claras e Atlantis). Uma outra mais simples (Noronha Divers) possuia preços apenas R$ 10 mais barato. Adorei mergulhar por lá! Mas com "profissionalismo" exagerado, que tornou a experiência um pouco insípida.

 

Trata-se de um lugar onde hoje em dia todos querem aproveitar e faturar ... começando por companhias aéreas, que tem passagens mais caras para Noronha do que para NY ou California ... companhias de turismo com seu modelo de negócio predatório, como a CVC que já invadiu a ilha ... donos de estabelecimentos como pousadas e restaurantes ... e tudo mais por lá.

 

Desculpe o jeito confuso de escrever ... iria fazer um pequeno relato que se extendeu sem muito planejamento. Se quiserem paisagens (e principalmente) um mar bonito eu recomendo a viagem! E visitem logo, pois a depredação tem aumentado nos últimos anos. Agora não procure interação humana por lá, pois as pessoas tem muito pouco a oferecer, principalmente os turistas.

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  • Membros

Nossa Fabio, seus comentários complementam os meus. E é triste o que este ex-professor te contou, e temo que é verdade. Muitos dos corais que eu vi quando fui no atalaia estavam com doenças. O técnico comentou que a maioria das doenças é causada por protetor solar (!). Seria tão fácil impedir isso... Mas claro, o turismo se ressentiria, etc., etc.

Eu só discordo de vc com relação ao tipo de turistas. Disse isso também ao criador do tópico, que teve a mesma impressão que vc: não se pode esperar que o turista "crie" o espacio. Se houvesse efetivamente um turismo sustentável, se a quantidade de pessoas que entram fosse realmente restrita, se houvesse uma cultura de sustentabilidade, as pessoas que fossem pra lá se acomodariam. O ser humano tem uma capacidade incrível de se adaptar, e acredito que mesmo sendo moda, poderia ser uma escola de ecologia para todos. As palestras no TAMAR são cheias de gente, muitos decidem adotar uma tartaruga, um tubarão, etc. É pra mostrar pros outros? Tô nem aí, a proposta é legal, é sustentável.

Mas simplesmente não há interesse (nem público, nem privado), e isso tem a ver com todas as políticas atuais no Brasil com relação a crescimento, aceleração da economia, etc., etc., etc.

Quando o Brasil acordar do sonho do crescimento, vai estar que nem os EEUU... :ó(

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  • Colaboradores

Carol,

 

Concordo com vc que não se pode deixar na mão do turista a opção de respeitar ou não o ambiente local. O Ibama tem que atuar forte sim. E pelo que eu já andei aqui pelo país dá pra dizer que em Noronha é de longe o lugar no Brasil onde eles estão mais atentos, o que não significa que seja suficiente. Em todo caso, o que eu disse quando comecei essa discussão é que o tipo de turista que frequenta Noronha vc não encontra em nenhum outro lugar "ecológico" como Chapada Diamantina, Bonito, Serra da Capivara, etc... Parece que despacham o que tem de pior no turismo brasileiro lá pra Noronha, rsrs... Ninguém vai pra Chapada Diamantina ou pra Bonito só pra dizer que ficou na pousada tal ou comeu no restaurante x. Nenhuma subcelebridade aparece em revista de fofoca contando que foi pro Jalapão. Mas com Noronha isso acontece. Tomaram a ilha de assalto e tão cedo não vão sair de lá. E só reforçando: isso foi o que eu vi durante os oito dias que passei por lá. Outras pessoas podem ter tido uma experiência diferente. Talvez eu tenha dado um azar danado de ter ido justamente numa semana ruim, mas desconfio que não foi o caso.

 

Abs

Lojudice

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  • Membros

É... pior é que vc tem razão no que se refere às subcelebridades. Também me encheu o saco uma pessoa na pousada que só reclamava e dizia que não via a hora de voltar pro conforto da sua casa. Por que foi então, zé mané?

A Pousada maravilha é uma das mais caras do Brasil... não precisava, né.

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