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35 DIAS NO SUDESTE ASIÁTICO - Tailândia, Camboja, Hong Kong, Malásia e Singapura (Os Mochilinhas)


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SUDESTE ASIÁTICO 2º Dia - Conhecendo o maior mercado de rua da Tailândia (05/11/2016)

 

A Juju acordou cedo e foi tomar café da manhã no hostel. O hostel não possuía café, mas você podia pedir na portaria e eles traziam, fornecido pelo restaurante ao lado, tipo pão com manteiga, ovos e um suco "natural". Eu, me recuperando da vomitança do dia anterior, só fui acordar lá pelas 10h, bem capenga e morrendo de medo de vomitar novamente. Com o meu corpo em frangalhos, partimos em direção ao mercado Chatuchak, o maior mercado de rua da Tailândia e um dos maiores do mundo.

O Mercado Chatuchak é o maior mercado de rua da Tailândia e um dos maiores do mundo. Ele funciona somente aos sábados e domingos e possui mais de 15.000 barracas e mais de 200.000 pessoas o visitam todo o dia.

Pegamos o metrô na estação Hua Lamphong e descemos na estação Chatuchak, sem necessidade de baldeação. Entre a estação e o mercado ainda se passa dentro de um parque muito bonito, de mesmo nome do mercado, Chatuchak.

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Parque Chatuchak

O mercado é um camelô gigante, bem o que se imagina quando se pensa em Tailândia e sudeste asiático, com os mais variados produtos: roupas, comidas, bebidas, massagens (dos mais variados tipos), eletrodomésticos, enfim, de tudo (tudo de procedência duvidosa, é claro, mas as falsificações muito melhores que as encontradas aqui no Brasil).

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A Muvuca do Mercado Chatuchak e minha cara de quem vomitou a noite toda anterior.

Demos uma volta rápida e fomos procurar um lugar para almoçar. Como eu estava com receio de comer qualquer coisa por causa da noite passada, procuramos uma comida mais "ortodoxa" e encontramos um food truck com pizza num lugar um pouco mais afastado do mercado. Na época food trucks não eram moda ainda, pelo menos aqui em Porto Alegre, e comemos aquilo com um certo ar de estar fazendo uma coisa nova (hehehe).

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Nosso almoço

 

Com a comida não causando nenhum efeito indesejado, partimos então para conhecer a fundo o mercadão. Entre uma Chang e outra (para isso não tem dor de barriga né), entramos em milhares de vendas e começamos a prática daquilo que já tínhamos lido que é um esporte no sudeste asiático: a pechincha! Nada nunca tem preço, você paga o que seu poder de barganha permite, inclusive os vendedores se ofendem se você aceitar o primeiro preço oferecido. No começo é divertido, você interage, se diverte, mas lá pelo fim da viagem, quando você já está cansado, você acaba pensando duas vezes quando se lembra que para comprar um simples chaveiro vai ter que desenvolver todo um diálogo...

Também aproveitamos para provar coisas exóticas, como o café gelado tailandês que tínhamos lido ser uma delícia (pura mentira, é horrível) e os milhares de sucos que eles fazem na hora: de romã, dragon fruit, maracujá, morango, etc (esses sim, uma delícia).

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A cara da Juju de faceira tomando o café dos diabo e a minha cara de feliz com os milhares de sucos deliciosos para escolher

Também há o famoso Durian, fruta típica dessa região da Ásia, que parece uma jaca e é caracterizada por ser muito fedorenta, a ponto de ser proibida de se comer em lugares públicos em diversos países. Essa provamos uma amostra grátis só e não nos pareceu nada demais, lembrando muito o gosto da nossa fruta do conde.

Depois de caminhar bastante, fomos experimentar nossa primeira foot massage, a massagem tailandesa tradicional, mas só para os pés, já que era a mais barata (150 baths) e: nos apaixonamos! Nem parecia que tínhamos caminhado o dia inteiro, o negócio é mágico, estávamos prontos para andar tudo novamente dentro do mercado. Ficamos pensando como faz falta hoje essa massagem nas nossas viagens quando andamos feito uns condenados.

Parando para tomar mais uma Chang, pudemos observar mais uma coisa interessante. A quantidade de homens ocidentais com parceiras tailandesas. O motivo não nos interessa, mas o que nossa mente maldosa pensava era: "é uma boa ideia para conseguir visto para morar na Tailândia hein?"

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Tomando uma Chang e vendo a vida passar

Ainda antes de voltar, como costume que tenho e acredito que a única coisa consumista que faço que é colecionar camisas de futebol dos lugares aonde passo, adquiri uma camisa da seleção tailandesa de futebol, depois de pechinchar bastante é claro, de um tiozinho machista que ficava falando mal da mulher dele (que segundo ele era a dona) em inglês só porque ela não entendia.

Já noite, voltamos para o hostel alimentados, com os pés descansados, com algumas camisetinhas novas, vários potes de tiger bond (uma pomada tipo vick varup que também serve para dor muscular, a mais famosa da Tailândia) e felizes por toda a interação e observação com os locais nesse mercado gigante e muito doido.

Ah! Ainda demos uma volta novamente na China Town e experimentamos a fish massage, massagem também tradicional onde você enfia os pés num aquário e os peixes literalmente ficam "comendo" seus pés. No começo é muito esquisito mas depois é relaxante, vale muito a pena!

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Fish Massage!

 

 

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SUDESTE ASIÁTICO 3º Dia - Domingo em Bangkok observando as homenagens ao Rei (06/11/2016)

 

Domingo em Bangkok. Hoje a programação era conhecer alguns templos budistas da cidade, o que sempre foi um dos nossos principais motivos para visitar a Tailândia. Pesquisamos bastante sobre os templos de Bangkok e, como é impossível, mesmo pra quem vive aqui, conhecer todos, visto que são milhares, elegemos os que pensávamos ser os mais interessantes e de mais fácil logística, visto o nosso pouco tempo na capital tailandesa e nossa aversão em pegar táxis. Dessa forma, nossa meta do dia era conhecer o templo do grande buda em pé, ou Wat Intharawihan, e o templo de mármore (Wat Benchamabophit). O leitor mais atento deve ter percebido que wat em tailandês significa templo (se você leu todos os posts até aqui, já sabe agora duas palavras em tailandês!). Também estava programado para assistirmos uma luta de Muay Thai no Estádio Ratchadamnoen, o segundo mais importante de Bangkok, mas devido a morte do rei duas semanas antes, todos os eventos no país foram cancelados por um mês. Aqui cabe fazer um parenteses importante para falar sobre a monarquia da Tailândia. Sim, a Tailândia é uma monarquia, com o trono passando de geração em geração. Quanto ao governo executivo, desde 2006 o mesmo é comandando por uma junta militar, empossada depois de um golpe de Estado. Porém, na Tailândia o rei é considerado quase como um deus, tanto que ambos governos democráticos ou autoritários sempre respeitaram a figura do rei e em nenhum deles nunca se questionou a abolição da monarquia. Embora como nas demais monarquias do mundo contemporâneo o rei não tenha um poder decisório significativo, este é um símbolo de unidade nacional, figura respeitadíssima, sendo inclusive crime inafiançável "falar mal" do rei ou desrespeitar imagens deste, incluindo amassar notas de dinheiro (visto que todas tem a imagem do rei) ou mesmo pisar em moedas no chão.

Este respeito e admiração ao rei pareceu para nós uma coisa natural, não imposta, acredito que principalmente porque o rei à época, Bhumibol Adulyadej, que esteve no poder desde 1946, era uma figura muito carismática e colocava ele próprio diversas políticas públicas em prática, sempre visitando comunidades periféricas em situação de vulnerabilidade, levando alimentos, dando entretenimento para crianças carentes, acompanhando campanhas de vacinação etc. Inclusive o mesmo conseguia, por sua popularidade, ser um contraponto aos governos militares que permearam o Estado tailandês nos seus 70 anos de reinado, conseguindo frear diversas medidas autoritárias que seriam postas em prática.

Bhumibol Adulyadej foi o segundo monarca mais longevo da história, ficando atrás apenas de Luís XIV da França. Ele ascendeu ao trono tailandês em 1946 e reinou por mais de 70 anos, até sua morte em 2016.

Diante disso, sua morte em 2016 foi uma das maiores tragédias para o país, que imediatamente decretou estado de luto por um ano, sendo que no primeiro mês muitos serviços e lojas foram fechados para prestar suas homenagens ao rei e o entretenimento local (não o para turistas) foi proibido também (mesmo na Khao San Road dizem que na primeira semana muitos bares permaneceram fechados). Ah, toda população também foi convocada a andar de preto pelas ruas e, realmente, todos tailandeses na rua estavam vestindo preto, inclusive nós, por respeito, tentávamos sempre andar de preto em Bangkok.

Não preciso dizer que a morte do rei duas semanas antes de embarcarmos nos deixou putos. Pensávamos que isso iria estragar toda nossa viagem, já pensava até que isso aí era olho grande que tinham botado na nossa primeira viagem pra fora do continente, enfim, entramos numa bad, mas no fim deu tudo mais que certo, dou mais detalhes depois.

Voltando ao nosso roteiro do dia, fomos então em direção ao terminal de ferrys para pegar o barco rumo ao norte da cidade. No caminho, paramos em um 7eleven para tomar um café da manhã e descobrimos o que seria o nosso café da manhã favorito de toda a viagem: um sanduíche de salsicha (a salsicha da Tailândia tem um gosto muito bom, bem diferente do brasileiro), um café daqueles prontos solúveis da Nescafé e mais um doce, tipo um bolinho, um rocambole doce ou um saquinho de manga desidratada com pimenta (sim, é bom!). Um pra cada um disso tudo sempre dava em torno de 80 baths (8 reais!) e desde então o 7eleven, que já era nossa loja favorita até então, passou a ser o nosso deus (kkkk).

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Café da manhã no 7eleven: pão com salsicha, café e doce de banana.

Chegamos no terminal de ferrys, que ficava a uma quadra do nosso hostel e fomos pegar nosso ferry, que na Tailândia é um transporte público como outro qualquer, parando em diversas paradas percorrendo o Rio Chao Phraya (um rio que cruza quase toda a Tailândia), e com o custo de 14 baths (1,40 reais). Ficamos pensando porque no Brasil não se investe mais neste tipo de transporte em cidades que possuem rios navegáveis as cruzando? Aqui em Porto Alegre mesmo a cidade é costeada por um rio que podia muito bem possuir um ferry que percorresse a costa como um ônibus de linha. Uma das respostas, pelo menos aqui na cidade, envolve a máfia dos ônibus. Lembro que quando se quis implementar um ferry (aqui chamamos de catamarã) que cruzasse o Rio Guaíba em direção à cidade de Guaíba, que fica na outra margem, a licitação choveu de impugnações e mandatos de segurança impetrados pela empresa que faz este transporte de ônibus pela ponte que liga as duas cidades. Só depois de muito tempo conseguiu-se colocar em funcionamento o catamarã, porém só dois barcos fazem a travessia diariamente, a um valor absurdo de 10 reais, e ainda parece que a empresa vencedora da licitação é uma subsidiária da mesma empresa de ônibus que fez de tudo para embargar o projeto.

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Ferry Boat e sua bonita vista do Chao Phraya

Mas voltemos à Bangkok! Havíamos lido que a linha laranja de ferrys era o "pinga-pinga", portanto a mais barata, e foi esta que pegamos. Fizemos aquela cara de espanto pela barateza do negocio e seguimos até a estação Tha Phra Chan, esta uma estação mais "gourmet", com um mini mercadinho, várias lojas de comidas e locais tentando te empurrar passeios ou oferecendo serviços de guia pelos templos, mas de forma bem discreta, acho que pela morte do rei. No caminho, passa-se por pontes muito bonitas e modernas, vários templos na beira do rio, incluindo o templo Wat Arun, um dos principais de Bangkok, ponto turístico principal para subir e apreciar o por-do-sol, porém infelizmente o mesmo estava fechado para reforma naqueles dias.

Descemos na estação e seguimos por uma rua costeando o rio. Passamos por uma espécie de shopping a céu aberto, meio chique, onde havia vários estudantes uniformizados tirando fotos, acredito que para uma formatura (mais tarde descobrimos que havia estudantes por toda a cidade tirando fotos pra isso). No shoppinzinho curtimos o deck a beira do rio, comemos uma comida estranha japonesa, bolinhos de polvo (takoyaki) e tomamos uma raspadinha azul (blue lagoon), que é bastante apreciada entre os jovens, principalmente no verão. Ainda estávamos com receio da comida tailandesa, então preferimos não arriscar muito.

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Shoppinzinho a beira do Chao Phraya; Deck com vista para o rio; Takoyaki e Raspadinha de Blue Lagoon

Seguimos então até uma grande área aberta gramada, um parque chamado de Sanam Luang, todo cercado e que mais tarde se edificou o crematório real. Esta é uma área bem conhecida (onde foi filmada uma das cenas do filme Dragão Branco do Van Damme) onde os tailandeses vão para praticar esportes, fazer piquenique e passear, ficando ao lado do Gran Palace, e onde se obtém uma vista muito bonita. Neste dia porém, estava rolando uma grande homenagem à morte do rei, com telões, desfiles e apresentações musicais na praça. Até era permitido a entrada de estrangeiros, mas a grande maioria era de tailandeses, todos vestidos de preto. A rua ficava fechada e para entrar era necessário mostrar passaporte o que, por sorte, eu possuía uma cópia no bolso.

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Ruas lotadas de tailandeses vestidos de preto e apresentação musical com a imagem do rei ao fundo

Ao passar pelas gurias que estavam na catraca que dava acesso à área do parque, as mesmas quando viram que eramos brasileiros abriram um sorriso, disseram que na Tailândia adoram brasileiros (na época, apesar de já ser em 2016 após o golpe, ainda não tínhamos um governo fascista no poder, não sei se hoje elas ainda pensam assim kkkk). Pelo caminho ainda ganhamos gratuitamente uma sacola com uma fruta estranha que até agora não sei o que é, uma espécie de bergamota com casca dura mas menor e com um gosto bem diferente, mais doce, e várias garrafinhas de água pelo caminho.

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A tal frutinha que estavam distribuindo

Nessa hora todo aquele medo que tínhamos de que a morte do rei estragaria a nossa viagem se mostrou infundada. Pelo contrário, vivenciamos um momento único na história da Tailândia, uma experiência incrível acompanhar toda a movimentação e observar a devoção do povo tailandês ao seu rei. Bhumibol que me perdoe, mas sua morte acabou sendo um ponto alto da nossa viagem.

Nos demos também o título de "turistas respeitosos", pois sempre tratávamos de andar de preto nestes lugares, não rir, e não tirar fotos que desrespeitassem as imagens do rei. Enquanto isso, víamos tristes e horrorizados vários gringos dando gargalhadas perto das imagens do rei e tirando um monte de foto das pessoas prestando sua homenagem, ainda por cima sempre com suas roupas coloridas estampadas, muitas vezes usando bermuda.

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Auto-retrato pintado do nosso Rei

Continuando a caminhada, compramos numa vendinha mais uns potes de Tiger Balm (outro motivo pelo qual viemos para a Tailândia hehehe) e passamos pela frente do Museu Nacional da Tailândia. A princípio ele não estava no nosso roteiro devido ao curto tempo, mas como ainda era cedo, por volta de 11 da manhã e a entrada nele (assim como a maioria dos templos da Tailândia) estava gratuita por causa da morte do rei (salve Bhumibol), resolvemos conferir.

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Museu Nacional da Tailândia

O Prédio do museu é uma atração por si só. Tem a arquitetura de um templo budista, vários prédios por sinal, e dá um panorama de toda a história da Tailândia, desde o antigo reino do Sião até as monarquias atuais, com a exposição das carruagens reais, talheres reais, roupas reais usadas pelos reis ao longo dos séculos, etc. Há também a exposição de vários monumentos recuperados da antiga capital Ayutthaya, os que sobraram após a invasão e destruição dessa pelo exército birmanês.

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Nossa ideia era seguir dali caminhando até o templo do grande buda em pé, mas olhamos no mapa e parecia ser um pouco longe e, como este templo é próximo de uma estação de ferrys e o ferry é tão barato, fomos de ferry. Pegamos novamente a linha laranja e descemos na estação Rama 8 Bridge.

Mais uma curiosidade: o título dos soberanos da Tailândia é rama, como Czar na Rússia, Khan para os mongóis ou César para os romanos.

Esta estação fica num bairro bem residencial, e assim pudemos ter mais um gostinho da "vida real" de Bangkok. No caminho em direção ao templo, várias tendas vendendo peixes vivos em bacias, enguias, tartarugas e arraias, bem interessante, além de flores também, milhares. Paramos então no 7eleven para fazer o nosso "almoço". Compramos uma destas bandejas de comida congelada (pra variar a Juju pegou uma super apimentada), massa com legumes e frango, esquentamos no microondas e comemos ali mesmo sentados na calçada em frente ao 7eleven, observando (e torcendo) alguns peixes tentando fugir dos baldes que havia nas tendas que mencionamos, acompanhado de uma Archer (a cerveja mais baratinha). Descobrimos então uma excelente alternativa de almoço caso nada nos apetecesse neste país. As comidinhas prontas do 7eleven são boas, não vem muito mas servem pra tapear o estomago e a quantidade de tempero também igual não permite comer muito. O preço? 30 baths (3 reais)!

O templo do buda em pé fica a 750 metros da estação, após cruzar uma avenida grande por baixo de um viaduto. Este templo possui fama por possuir o maior buda em pé do mundo (o que depois descobrimos que é mentira, o maior fica na Indonésia). Realmente é bem impressionante, majestoso, e o mais interessante é que, como fica no meio de uns prédios, você não enxerga da rua, apesar de bem alto. Foi a primeira vez que tivemos que tirar os tênis para entrar num local na Tailândia. Também foi o nosso primeiro contato com o "capitalismo budista". Apesar de ser uma filosofia de vida (já que muitos budistas não a consideram uma religião) que prega o não consumismo e o não apreço por bens materiais, tudo dentro do templo se cobra uma "contribuição voluntária", normalmente de 20 baths (2 reais). Não só neste mas em todos os templos. Se paga para acender um incenso, para fazer uma oferenda ao buda com uma flor de lótus, para pegar um papel com um mantra budista... É, acho que templo religioso é sempre igual, independente da religião e tirar dinheiro de fiéis é uma coisa universal.

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Templo do Grande Buda em Pé

Também ali, mas do lado de fora, tinha um carinha vendendo uns passarinhos dentro de uma gaiolinha. Ele disse que tu tinha que comprar a gaiola com o bichinho e soltar ele ali na frente do buda pra dar boa sorte. A Juju, achando que podia comprar a liberdade de um passarinho, desembolsou os 150 baths que o vendedor cobrou e fez o "ritual". Um detalhe, não se pode ficar com a gaiola, tem que devolver pro vendedor depois, meio estranho não? Mais tarde lemos que os pássaros que estes caras vendem são treinados e voltam para a casinha depois de soltos, permitindo ao adestrador vendê-lo novamente para outro trouxa, digo, pessoa.

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Juju se preparando para "libertar" os passarinhos (pelo menos puderam dar uma voltinha)

Comemos também um sorvete tailandês, esses que são febre agora no Brasil, que o cara faz com uma espátula numa lâmina gelada. Tínhamos lido num blog que o sorvete ali na frente deste templo era muito bom. E realmente é, de coco, servido dentro de um coco aberto, permitindo ainda poder raspar o resto da fruta da casca.

Dali seguimos a pé pela Krung Kasem Road, uma avenida grande cortada por um riacho, muito parecida com a Avenida Ipiranga aqui de Porto Alegre (mas sem fedor de esgoto). No caminho passamos ainda por uma feira gastronômica que estava acontecendo, tipo aquelas feiras de nações com comidas de vários lugares do mundo. Bem legal pois não tinha quase turistas, só locais e todas as banquinhas davam amostras grátis das comidas e bebidas. Depois de provarmos de tudo, numa tenda pegamos um prato com uns 5 tipos de arroz diferentes, um de cada cor, (mas com o mesmo gosto) que estavam oferecendo e sentamos pra comer junto com uns tiozinhos muito simpáticos que tentavam puxar conversa. Assim, gratuitamente, já estávamos jantados (kkkk).

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Avenida Krung Kasem Road

Ainda em direção ao Templo de Mármore, passa-se por outra avenida bastante bonita, com vários "portais" com fotos dos reis e rainhas. No fim dela há o Palácio Real, um palácio estilo europeu imponente. No dia a esplanada gigante que tem em frente a ele, onde fica uma estátua do Rama IV, estava com acesso restrito, acredito que devido às homenagens ao rei. Só havia mais um monte de estudantes tirando fotos para formatura, tanto na esplanada quanto ao longo da Avenida. Mais uma caminhadinha e chegamos no templo, que como os outros também, devido ao luto pela morte do rei não estava cobrando entrada.

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Palácio Real; Avenida em frente ao Palácio real com seus murais; Estudantes tirando foto para formatura

O Templo de Mármore é muito bonito, com o chão do pátio interno todo feito de mármore, além das pilastras e das paredes (dizem que o mármore foi importado da Itália lá pelos anos 800 pelo Rei Rama IV) e lá dentro uma estátua de buda dourada majestosa, onde paramos para contemplar (descansar) um pouco.

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Pátio interno do Templo de Mármore (a Juju botou uma camiseta por cima para cobrir os braços para poder entrar no templo)

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Ainda no pátio interno, costeando o muro, há a exposição de 50 estátuas de budas. Todos eles possuíam uma placa embaixo com o nome e o que significava, o que deu pra aprender um pouco sobre o porque das posições de cada estátua (buda da flor de lótus, buda da mão na terra, buda indonésia, buda japonês, etc).

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Pátio dos 50 budas

O lugar também conta com a presença massiva de gatos, devem ser todos budistas (dã).

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Fotinho de Instagram

Na parte externa funciona também um convento onde moram os monges, numa área de jardins bastante bem cuidado com passagens de córregos e pontes, muito bonito e agradável.

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Parte interna do templo com seus murais belíssimos contando a história de Buda e parte externa com jardim, lagos e pontes

Quase no fim da tarde, começamos nosso retorno para o hostel. Essa parte da cidade não fica perto de nenhuma estação de metrô, sendo assim, quando fiz o roteiro pesquisei que numa rua paralela podia-se pegar um ônibus em direção à Estação de trem. No caminho até a tal rua passamos ainda na frente do estádio de Muay Thai que iríamos assistir a luta à noite. Infelizmente, como já mencionado, as lutas foram suspensas durante este mês, mas tiramos uma foto em frente ao estádio para prestar homenagem ao nosso rei (há uma foto gigante do rei na frente do ginásio).

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Estádio Rajadamnern

Chegamos na rua que o Google Maps havia indicado e não havia nenhuma parada de ônibus. Encontramos uma só uma quadra depois. Havia uma senhorinha na parada e decidimos perguntar para ela se o tal ônibus passava ali. Achando que uma senhorinha idosa não deveria saber falar inglês, colocamos a frase no google tradutor e depois de um Sawadii Ka (que significa Oi e agora você já sabe 3 palavras em tailandês), mostramos a tela do celular para ela. E não é que ela nos responde em inglês? Bangkok é muito turística, realmente é muito difícil um morador não saber falar inglês. Muito simpática, ela disse que sim, que o ônibus passava ali e antes que ela terminasse de falar passou o dito cujo e o pegamos. Os ônibus na Tailândia são uns caco velho horrorosos, e você paga dentro do ônibus pruma cobradora que fica passando de banco em banco. O preço? 11 baths (1,1 real)!

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Nóis no busão!

Quando avistamos a Estação de trem Hua Lamphong descemos e foi aí que presenciamos uma das coisas mais impressionantes de toda a viagem. Já havíamos lido que não sei quantas vezes por dia, auto-falantes espalhados pela cidade tocavam a "música do rei", tipo um hino orquestrado e todos na rua paravam para demonstrar o seu respeito, mas achávamos que era uma coisa simples, que rolava meio discretamente. Foi aí que, descendo do ônibus, começou a tocar a tal música, virei pra Juju pra questionar o que estava acontecendo e quando olho de novo para a rua, TODOS pedestres estavam parados, eretos, tipo estátua, parecia um Flash Mob, ainda mais que estávamos num lugar com bastante movimento, todos pararam de fazer o que estavam fazendo para ficar ouvindo a tal música do rei. Foi uma experiência indescritível, um fenômeno sem explicação, ainda mais que tava todo mundo andando de preto naqueles dias.

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Estação de Trem Hua Lamphong à noite

Maravilhados, voltamos pro hostel já a noite. Antes porém, fomos procurar para fazer mais uma Foot Massage, o que não foi difícil encontrar pois as casas de massagem tailandesa só perdem para o 7eleven em questão de quantidade por metro quadrado. Depois de mais uma massagem revigorante, compramos umas cervejas Archer e ficamos pela área comum do hostel mesmo, passando as fotos para o Google Drive no computador que tinha disponível ali para os hóspedes.

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Tomando uma Archer tranquilão para terminar o dia

 

 

 

 

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SUDESTE ASIÁTICO 4º Dia - Passeando nos shoppings de Bangkok (07/11/2016)

 

A ideia hoje era conhecer o Gran Palace e o Wat Pho, as duas atrações principais de Bangkok, porém como estava chovendo sem parar, resolvemos trocar pelo dia de conhecer os shoppings do bairro Siam.

Siam é um "bairro de shoppings" de Bangkok. Tem para todos os gostos, desde os para milionários quanto os para a classe média baixa. Para se ter uma ideia, a estação de metrô de superfície (chamam de skytrain) principal do bairro, sai dentro de um shopping, e vários shoppings são interligados por passarelas e passagens subterrâneas, não sendo necessário nem sair na rua para passar de um para outro.

Há dois shoppings principais no bairro, o Siam Paragon, que é um shopping mais "chique", com várias lojas de marcas, e o MBK Center, um dos maiores shoppings da Ásia com 8 andares e muitas lojas de produtos falsificados, sendo mais parecido com um camelódromo do que com um shopping. Qual que decidimos ir? MBK é claro! Mas a ideia era também dar uma passada no Paragon para conhecer se desse tempo.

Saímos de manhã do hostel e após tomarmos nosso café no 7eleven pegamos o metrô até a estação Si Lom, onde iriamos fazer a baldeação para o Skytrain. O metrô e o skytrain em Bangkok não são interligados, então você tem que descer, ir até a outra estação e comprar uma nova passagem.

Na saída da estação Si Lom fica a entrada do parque Lumpini, que é tipo o Central Park de Bangkok, o principal parque da cidade. Enorme, ele conta com quadras esportivas, lagos, animais, sendo uma atração imperdível de ir também para quem está visitando a cidade, e que infelizmente não conseguimos ir devido a chuva.

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Parque Lumpini e a Juju tomando chuva

Pegamos o Skytrain já um pouco encharcados visto que como dito o metrô não tem ligação com ele e, como a ideia era ir primeiro no MBK, não descemos na estação principal de Siam, e sim uma depois, a do Estádio Nacional (onde fica o antigo estádio principal de Bangkok, hoje em dia já fizeram um novo totalmente moderno em outra área da cidade).

O prédio do MBK por fora é bastante bonito, espelhado. Já por dentro, é como o mercado Chatuchak, um monte de barraquinhas, gritaria e a necessidade de pechinchar por tudo.

O shopping MBK foi inaugurado em 1985 e na época era o maior shopping da Ásia. Em seus 8 andares possui mais de 2300 lojas e 150 restaurantes.

Os 8 andares do Shopping são divididos (mais ou menos) por categorias. Tem o andar das lojas grandes (tipo Renner, Americanas), tem o andar só de roupas falsificadas, andar de comidas, andar de lojas de beleza (cabeleireiros, manicure), andar de souvenires, andar de entretenimento com boliche, cinema e fliperama e o andar mais frenético de todos (onde os vendedores te importunam mesmo) que é o andar de eletrônicos (com lojas de conserto de celulares a rodo).

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Os 8 andares do MBK Center

Depois de dar um pulinho no fliperama, fomos passar no andar onde ficava localizado o tourist loundge, pois havíamos ganhado um panfleto na entrada do shopping dizendo que apresentando o passaporte, o turista estrangeiro ganhava gratuitamente um "welcome drink". Um drink alcoólico que parecia de amarula, bonzinho mas doce que é o capeta. Nesta área havia várias mesas, sofás e no meio ilhas de lanchonetes, todas voltadas ao turista com menus em inglês e comidas de todo o mundo. Também havia um lugar para guardar sua mala gratuitamente. Obviamente não almoçamos ali, fomos na praça de alimentação onde os locais comiam.

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Gastando um dinheiro no fliper e tomando o "welcome drink" no tourist loundge

A praça de alimentação do MBK fica num local fechado, demoramos um pouco pra entender como funcionava mas era o seguinte: você compra um cartão e põe créditos nele, daí passa nas lancherias e desconta o que você quiser pedir.

Eu experimentei o meu primeiro Pad Thai (achei muito ruim) numa lojinha que eles te serviam a massa pura e os ingredientes tu mesmo se servia à vontade (capim limão, amendoim, limão, broto de feijão) e a Juju pegou um Yakissoba.

Apesar de ser num shopping, a questão da higiene é a mesma ou pior do que as barraquinhas de rua. Enquanto esperava a minha massa, pude observar várias baratinhas, daquelas pequenas, "passeando" pelos balcões onde se serve a comida, inclusive, o mesmo balcão onde tu se serve dos ingredientes ali do Pad Thai, aliás, os ingredientes ficam todos expostos ali em cima do balcão ao alcance de todos, sei lá por quantas horas (ou dias). É, o negócio é ignorar e tocar ficha kkkkk.

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Dá pra ver claramente quem se deu bem com a comida que escolheu e quem não

O resto da tarde foi de olhar as lojas e comprar algumas coisinhas (sempre naquela ladainha de ter que ficar pechinchando um tempão antes da compra), embora como viajamos só de mochila e ainda em vôos Low-Cost, onde não se pode despachar malas, deixamos pra comprar as lembrancinhas mais "graúdas" para o final da viagem, quando voltássemos a Bangkok. Também fomos até os andares de cima onde ficava uma loja gigante de animes que é uma loucura, uma daquelas lojas japonesas bizarras de "maid" (pra quem não sabe, procura no google depois, é muito estranho...) e um cinema muito moderno. Para se ter uma ideia de quão turística é Bangkok, os filmes todos tinham sessões com legendas em inglês. Há também um outro fliperama maior do que o que tínhamos jogado, o qual também paramos para dar uma jogadinha.

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Cinema podre de chique, criança faceira no fliperama, criança faceira na loja de animes e loja bizarra de maids

Saímos do shopping já a noite, desistimos de passar no Siam Paragon (até porque não tínhamos nem roupa pra entrar naquele shopping) e, como era a nossa última noite livre, visto que no outro dia tínhamos agendado um passeio de barco pelo Chao Phraya, era agora ou nunca para conhecermos a Khao San Road, a rua dos mochileiros mais famosa de Bangkok e a principal da vida noturna da cidade. A Khao San Road não fica perto de nenhuma estação de metrô, dessa forma, fomos pesquisar no Google Maps, aproveitando o Wi-Fi do MBK e vimos que teríamos que pegar o ônibus nº 15 para ir para lá. Na parada de ônibus, novamente cometi a mesma gafe do dia anterior: tentei perguntar em tailandês para um casal se o ônibus 15 passava ali (nang hák, 15 em tailandês), mas eles não entenderam e perguntaram em inglês o que eu queria hehehe. Falaram que havia outros ônibus, 19 se não me engano, que também iam para lá, e foi este que pegamos.

Eis que bem belos dentro do ônibus, acompanhando o trajeto no Maps.me, o ônibus pára no meio do nada e a cobradora começa a pedir para nós dois descermos num tom um pouco ríspido. Ficamos ali parados sem saber o que estava acontecendo e sem entender se era isso mesmo, já que a tiazinha só falava em tailandês. Uma guria sentada a nossa frente então tentou servir de intérprete, mas só dizia que: "ela disse que vocês dois tem que descer aqui", mas não explicava porquê. O ônibus ficou parado ali no meio do nada e não arrancou até que descêssemos. Pois bem, descemos então ali, ainda tentei pagar a passagem e a cobradora não aceitou e até hoje não entendemos o que aconteceu. Não fizemos nada, não demonstramos afeto no ônibus (algo que é mal visto na Tailândia), estávamos até quietos dentro do ônibus. Uma hipótese é que, como eramos turistas, a tiazinha sabia que iriamos para a Khao San Road e o ônibus não estava indo para aquela direção (ele dobrou para o lado contrário depois que descemos), mas sei lá. A questão é que eram 10 horas da noite e estávamos a 2 km da bendita rua, numa área totalmente escura e residencial.

Cabe agora falar um pouco da questão de segurança não só na Tailândia mas no sudeste asiático como um todo. O índice de assaltos a mão armada é praticamente inexistente, já batedores de carteira ou aproveitadores de turistas (como taxistas ou tuk-tuks) é grande, como em qualquer cidade turística. Sendo uma região considerada mais pobre que o ocidente e com uma desigualdade social semelhante, pesquisadores apontam duas hipóteses principais para explicar tamanha diferença nos índices de violência entre aqui e lá. Uma é a questão da punição. Nesta região, crimes são punidos com pena de morte muitas vezes (inclusive no aeroporto de Bangkok há um cartão gigantesco com os dizeres: "morta aos traficantes"), além de desmembramento de corpos como por exemplo, cortar o pênis de estupradores, etc. Outra questão é a religião, muito forte entre os budistas e hinduístas, que acreditam severamente no Carma, ou seja, que aquilo que você faz para outra pessoa volta ainda mais forte para você, nesta ou noutra vida, enquanto que na religião cristã é só pedir perdão pelos seus atos que tá tudo de boa.

Pois bem, seja o motivo que for, o fato é que diante das estatísticas, fomos caminhando os 2 km até a Khao San Road um pouco mais tranquilos (mas um pouco cagados é claro, afinal somos brasileiros kkkk). O bom é que no caminho pudemos passar por dois monumentos que eu queria conhecer (pena que era noite e não dava pra ver direito), o balanço gigante (giant swin), literalmente uma estrutura de balanço de 50 metros, que dizem ser uma construção do Rama I em 1784, e que realmente funcionava como um balanço em cerimonias realizadas neste, o que obviamente resultava em muitas mortes, até a cerimônia ser proibida pelo Rama II, e o Monumento à Democracia, este bem próximo a Khao San Road, que foi construído para celebrar a abertura democrática no país, algo que durou menos do que a democracia brasileira.

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Monumento à Democracia

Enfim na Khao San Road depois da longa caminhada, entramos finalmente na zona turística de Bangkok. Não que as outras que passamos não fossem, mas esta é quase que 100% voltada para turistas, aquele lugar de turismo estereotipado, onde os gringos vão pra encher a cara como estivessem numa terra sem lei, onde você é constantemente abordado por gente querendo te vender passeios, pulseirinhas, drogas, ping-pong shows (se você não sabe o que é isso, pesquisa aí no google, mas já digo que é um espetáculo que envolve genitálias femininas e bolinhas de pingue-pongue), enfim, uma terra sem lei. Não tem nada haver com a Bangkok real, mas nem por isso deixa de ser um lugar muito legal para ir a noite, tomar uma cerveja e comer alguma iguaria, uma atração imperdível da cidade.

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Khao San Road

Também é aqui que que se pode provar aquelas iguarias que estávamos ansiosos para provar desde que começamos a planejar a viagem. Aqueles petiscos pra turista ver, já que nenhum local come isto: escorpiões, larvas, gafanhotos, aranhas e afins. Khao San Road é o nome da rua principal, mas a badalação inclui também as adjacentes. Dizem que também é o lugar que tem os hostels mais baratos, mas mais muvucados.

Fizemos então como gostamos de fazer, compramos umas latinhas no 7eleven e fomos caminhar pela área para observar o movimento. No caminho passamos por umas lojinhas que vendiam umas falsificações perfeitas de roupas da North Face, mas como já comentado, não temos como despachar bagagem, então não pudemos comprar nada no momento. Para comer, comprei um crepe de presunto e queijo de uma barraquinha de rua, daquelas que o cara faz o crepe, pega os ingredientes tudo com a mão e depois te dá o troco com a mesma mão, bem tranquilo, e a Juju encontrou um espetinho de coração, algo que foi consumido com muita alegria visto que já estávamos há alguns dias sem comer alguma carne "de verdade".

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Tomando uma Archer e observando o movimento; faceiros com o espetinho de coração; dando um Sawadii Ka pro Ronald McDonalds; Vendo o cara fazer o meu crepe com a mão e me dar o troco em dinheiro com a mesma mão.

O resto da noite ficamos pegando latinhas de Archer no 7eleven e passeando pela zona. Depois fomos comer as comidas exóticas. Provamos o escorpião: que é uma casquinha que parece uma pipoca não estourada com uma gosma lá pelo meio; gafanhotos: que eram bens bons, bem temperadinhos e crocantes; e um saquinho de larvas: esse o melhor petisco, parceia um salgadinho com bastante soyo (delícia!), taí as fotos pra provar:

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Nesta época a moda nos bares era o baldinho (o equivalente ao nosso Kit aqui do sul), um balde que você compra e vem uma bebida alcoólica como vodka ou whiski, um energético e um refrigerante, e aí você mistura a quantidade que quer no baldinho e toma com um canudo, com um custo que variava entre 150 à 500 baths (15 à 50 reais). Não tomamos nenhum mas tiramos uma foto com uns turistas pra guardar de recordação. Bizarramente, um deles, um americano, quando falei que era do Brasil, a primeira coisa que ele perguntou foi: "você é de porto alegre?" Acho que ele reconheceu meu sotaque gaúcho hehehe. Na verdade ele disse que foi a última cidade que ele visitou no Brasil, então ele chutou essa, o cara devia jogar na loteria!

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O famoso "baldinho"

Já passava da meia-noite quando decidimos voltar pro hostel e como os ônibus, assim como na maioria do Brasil, só rodam até a meia-noite, tinhamos que dar um jeito de pegar um Uber ou um táxi. Rodamos tentando conseguir um wi-fi pra chamar um Uber mas não rolou, então fomos tentar um táxi mesmo. Paramos o primeiro que vimos e, como manda o manual de defesa contra a extorsão de turistas, pedimos pelo taxímetro, que obviamente o taxista disse não possuir. Perguntamos então quanto para nos levar até Hua Lamphong e o mesmo ofereceu a corrida por 100 baths (10 reais). Tenho quase certeza que o cara nos enrolou e faturou em cima da gente, a corrida na verdade deve ter dado no máximo 50 baths, mas pô, por 10 reais até a estação do nosso hostel tava mais que barato.

Descemos na estação e fomos caminhando o nosso caminho de sempre, costeando o córrego. No caminho ainda deu tempo da gente ficar embasbacado com mais uma coisa: as lojas de material fechadas e os materiais todos do lado de fora. Realmente, roubo por ali não parece mesmo ser uma coisa comum.

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Materiais de construção todos na rua e as lojas fechadas
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SUDESTE ASIÁTICO 5º Dia - Visitando o principal cartão postal da Tailândia (08/11/2016)

 

Último dia em Bangkok, última oportunidade de visitar os principais templos da Tailândia, o Gran Palace e o Wat Pho, que são o equivalente mais ou menos ao Cristo e ao Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. Havíamos também reservado um passeio de barco com jantar à noite pelo Chao Phraya, para finalizar nossa passagem por Bangkok com chave de ouro.

Saímos então cedo da manhã, tomamos nosso café no 7eleven e, antes de partir para a Oldtown, a zona dos templos, passamos primeiro no templo do Buda Dourado (Wat Traimit), que fica na China Town bem próximo ao hostel e cuja visita estava desde o início nos nossos planos.

Não sei se já tinha amenizado o luto pelo rei mas o fato é que daqui em diante todos os templos que entramos tivemos que pagar a entrada. Esse do Buda Dourado era se não me engano 30 baths (3 reais).

Esse templo pra mim foi um dos mais bonitos da cidade que conhecemos, é alto e lá de cima se tem uma vista privilegiada de Bangkok. Lá dentro o buda de ouro maciço, que é considerado o maior deste material no mundo, é lindo demais.

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Templo do Buda Dourado (Wat Traimit) por dentro e por fora

A lenda diz que essa estátua foi transportada de Ayutthaya para Bangkok quando da mudança de sede da capital do reino do Sião e achava-se ser uma estátua de barro. Porém, no transporte desta, algum abostado à derrubou no chão e a "casca" dela quebrou, revelando então ser na verdade uma estátua toda de outro por dentro. Acredita-se que a mesma foi coberta com barro à época para impedir o seu roubo pelos birmaneses.

No lado de fora também pode-se fazer várias atividades (todas cobradas, é claro). Entre elas, fizemos uma que é um ritual de tocar 108 sinos com o intuito de ficar mais perto da iluminação.

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Quase atingindo a iluminação

Há também, junto a uma estátua do confucio, um colégio japonês (ficamos intrigados) dentro do complexo do templo, bem naqueles estilos de anime, com um monte de crianças vestindo uniforme colegial e tudo mais, além de todas as sinalizações e placas estarem em japonês. Não sabemos enfim se é uma escola para aprender japonês ou se é uma escola que usa o método de ensino japonês.

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Estátua do Confúcio junto à escola estilo japonesa e vista do alto do Templo

Seguimos então para a estação de ferry pegar o barco para Oldtown. Para conhecer um caminho diferente fomos pegar o ferry numa outra estação que não a mais perto do nosso hostel, a Rachawongse, estação que dá acesso à China Town. No mapa parecia perto, mas caminhamos feito uns animais, primeiro passando pela China Town de dia, que é bem diferente daquela agitação noturna que conhecíamos, e depois por dentro de um bairro residencial que costeia o Chao Phraya, acho que onde devem morar todos os vendedores da China Town, pois todas as casas tinham um estilo chinês com decorações chinesas, além de um cheiro forte de peixe, acredito que pela pesca que devem fazer ali na beira do rio.

Depois de caminhar bastante, fomos de ferry até a estação Tha Chang (sempre com a linha laranja), que desembarca numa rua que fica exatamente entre o Gran Palace e o Wat Pho. Havíamos lido que na saída desta estação o pessoal vinha te atacar freneticamente, oferecendo serviço de guia, vendendo tudo que é possível, tentando aplicar um golpe dizendo que os templos estavam fechados aquele dia e querendo te levar para um outro lugar, etc. Mas no dia ninguém nos ofereceu nada, não sei se devido a morte do rei e a enorme quantidade de locais que estavam visitando o Gran Palace naqueles dias meio que intimidaram os golpistas ou a foi a presença massiva de guardas no caminho. Ou então, foi por respeito ao rei mesmo.

Como não sabíamos onde era a entrada, fomos seguindo o fluxo enorme de grupos de tailandeses vestidos de preto até um dos portões. Quando chegamos, descobrimos que o acesso ali era só para locais, não precisava nem mostrar nenhum documento, só pela cara mesmo eles deixavam passar ou não. Descobrimos depois que ali era uma entrada que dava acesso direto para o palácio onde estava exposto o corpo do rei morto, o que não é permitido para os estrangeiros.

Foi decretado um ano de luto pela morte do Rei da Tailândia. Durante esse tempo todo, o corpo de Bhumibol ficou exposto, acredito que embalsamado, no Palácio Real que fica dentro do Gran Palace, permitindo aos tailandeses (somente tailandeses) darem seu último adeus.
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Entrada lateral do Gran Palace (só pra tailandeses)

Demos a volta então no Palácio para acessar a entrada principal. No caminho já dá para observar as edificações lá de dentro, tudo muito majestoso.

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No caminho que leva à entrada já dá pra ter uma ideia da suntuosidade do Gran Palace

Depois de caminhar mais um bocado, passando pelo portão de entrada (que é um caminho também belíssimo com um gramado impecável e vista para as estopas do palácio) um tiozinho sentado numa cadeira vestido com roupas militares mas com um jeito que parecia estar bêbado, apontou pra minha bermuda e soltou um: "não permitido" (not allowed), mas num inglês com um sotaque indecifrável e, como ele parecia estar "naquele estado" e ainda falando meio que sozinho, não dei bola e continuamos a caminhada até o guichê de compra de ingressos (500 baths, o ingresso mais caro que compramos na Tailândia). No guichê sim, ali me falaram que eu não podia entrar com minha bermuda, mesmo a bainha dela sendo abaixo do joelho (o que é permitido nos outros templos). Enquanto a Juju já tinha entrado, fui então todo o caminho de volta do portão até a rua, atrás de uma calça, o que, obviamente era fácil de encontrar por ali né? Entrei na lojinha mais perto do Palácio mesmo e fui comprar aquelas calças bem largonas estilo "hippie". Queria comprar uma coloridona pra avacalhar mesmo mas a tiazinha vendedora disse: "você é homem, tem que comprar uma preta". A tiazinha era tão engraçada que nem me opus. Pensei ainda que ia pagar caro já que a situação ali é perfeita para se aproveitar de turistas que esquecem de vir ao Palácio com os trajes adequados, mas até que não. Naquele velho esquema de pechincha, de 150, a calça acabou saindo por 100 baths. Enfim vestido adequadamente, entramos finalmente no Gran Palace.

Esse sim é um lugar gigantesco, fácil de se perder, dividido em vários pátios rodeados de templos, aqueles bonecões gigantes estilo tailandês (são tipo uns guardiões espirituais), estátuas de elefantes, guarda-chuvas e estopas gigantes douradas onde diz-se guardar relíquias (pedaços) do corpo do Buda. Há também uma maquete do Angkor Wat perfeitinha num dos pátios.

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Belíssimos templos do Gran Palace, com seus 8 guardiões (aqueles bonecões ali das fotos de cima) nos portões principais e maquete perfeita do Angkor Wat

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Nessas estopas douradas aí dizem que estão enterradas partes do Buda (relíquias)

O templo principal, Wat Phra Kaew, é com certeza o mais bonito de todos lá dentro e a principal atração turística, com suas paredes 100% decoradas com vários detalhes em ouro. É onde fica também o buda esmeralda, um buda não muito grande, todo feito de jade, considerado o buda mais bonito da Tailândia. Eu sinceramente não achei grande coisa, o Buda dourado do Wat Traimit, templo que visitamos no início da manhã, pra mim era mais bonito. Também é o único lugar onde não se pode tirar fotos, então não tenho aqui para mostrar, mas se procurar na internet, dá pra se ter uma ideia de como é a estátua.

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Detalhes das paredes externas do Wat Phra Kaew, o templo do Buda Esmeralda

Além desta zona de templos, o Gran Palace compreende também uma área só com prédios públicos administrativos, além de uma outra área, onde fica o palácio real, reservada a cerimonias oficiais e a visitas de chefes de estado, num local que por muitos anos serviu de residência oficial do rei até o reinado do Rama IV (que depois mudou a residência para aquela outra edificação lá em frente ao templo de mármore que fomos no domingo).

Todos esses prédios também são lindíssimos, uma mistura de estilo colonial europeu com templos orientais e conta também com jardins ornamentais, mas infelizmente não é permitida sua visita (excetuado os tailandeses que podiam entrar para ver o corpo do rei neste período). Pudemos passar pela frente desta área quando estávamos saindo do palácio e mesmo de longe podia-se admirar os prédios.

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Prédios estilo colonial construídos para serem residência real e hoje abrigam a administração pública da Tailândia

Ali havia um cordão de isolamento que separava os locais que estavam liberados para entrar no salão real para ver o rei morto e os turistas, sendo a separação feita daquele mesmo jeito, o guardinha olhando pra tua cara e dizendo: "tu tem cara de tailandês, vai pra lá, tu tem cara de turista, vai pra cá".

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Neste prédio aqui o corpo do rei ficou "exposto" por um ano após sua morte

No cordão do lado "de lá", milhares de locais, todos de preto, a maioria chorando, é uma cena impactante (e sempre tem uns gringos babacas com aquelas roupa de turista tirando foto da cara das pessoas e achando graça).

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De um lado do cordão, os tailandeses todos de preto, do outro a turistada

Na saída ainda se topa com um daqueles guardinhas tipo inglês, que fica brincando de estátua e a galera tirando foto em volta.

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Guardinha estilo inglês

Saindo do Palácio, almoçamos numa entre várias lanchonetes que haviam na rua em frente ao portão de saída. Comi novamente um Pad Thai para ver se dessa vez eu gostava (e tava bonzinho até) e a Juju pediu um Tom Yum. Dessa vez, preferimos pedir sem pimenta (mai ped, sem pimenta em tailandês).

Sem mais delongas partimos para o Wat Pho, o templo do Buda inclinado, o lugar que possui uma das estátuas mais impressionantes do Buda na Tailândia e uma das que mais estávamos ansiosos para conhecer. Logo na entrada (pagamos 200 baths) já dá pra avistar da janela o Budão lá deitado e já ficamos arrepiados! Lá dentro do templo é ainda mais fantástico, realmente espetacular.

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De fora já dá pra ter uma ideia do tamanho do Budão
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Já dentro, é realmente impressionante!

De frente ao buda fizemos um ritual que é famoso ali, que é jogar 108 moedas, uma por uma, em 108 vasos dispostos em frente à estátua (cobrado, é claro). Também na parte externa do templo, aproveitei para fazer uma oferenda ao Buda. Observei os locais fazendo e os imitei: acender 3 incensos, se curvar 3 vezes em posição de reza na frente do altar dos budas, abrir as pétalas de uma flor de lótus e colocá-la na água para flutuar e colar uma lâmina de ouro que te dão junto com o "kit oferenda" em uma das estátuas do Buda (tu escolhe uma e cada uma tem um significado diferente, tipo se tu quer prosperidade, amor, saúde, etc), vai que eu fico mais perto da iluminação né?

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Fazendo oferendas ao Buda

O Wat Pho, assim como o Gran Palace, é um complexo de templos. Tem o "principal" que é o do Buda Inclinado e a parte externa é formada por vários pátios interligados com diversos templos, cada um com uma estátua de Buda diferente (que agora nós mais ou menos já sabíamos o que significava devido à visita ao Pátio dos 50 budas no Templo de Mármore no domingo), além de várias fontes e estopas.

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Parecendo o velho do saco no meio de estopas no pátio do Wat Pho; Detalhes dos portais que dão acesso entre os vários pátios do complexo; uma das diversas fontes com peixes e estátuas que parecem uns duendes; pátio dos budas.

O Wat Pho também é famoso por abrigar em seu complexo a primeira escola de massagem da Tailândia e, não perdemos a oportunidade de experimentar uma massagem ali. Dessa vez, devido à oportunidade única, resolvemos abrir a mão e fazer a massagem "quase" completa, que custava 400 baths. Tem umas outras mais "gourmet" onde a gente via o pessoal passando pelo corredor sem roupa, só com uma toalinha enrolada, mas aí já era demais pra nós. Essa que fizemos já foi bastante completa e valeu muito a pena. É aquela que a pessoa põe tuas perna prum lado, puxa a coluna pro outro, sobe com os pés em cima de ti, enfim, aquela mesma que vem a cabeça quando se pensa em massagem tailandesa. Saímos dali todo doloridos mas como se estivéssemos novinhos em folha, bem louco.

Já era 17h30 quando começamos o caminho de volta ao hostel, já que tínhamos que estar no Pier às 19h. O ferry demorou um pouco para vir e o carinha na estação (fiscal, vendedor, funcionário da estação, sei lá) estava direcionando a turistada para o barco da linha azul, um que é mais caro, mas nós como não somos bobos, ficamos e esperamos o nosso pinga pinga da linha laranja. No caminho ainda passamos bem em frente ao Wat Arun e deu pra ver que é bem bonito. Lamentamos o fato dele estar em reforma durante nossa viagem.

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Wat Arun em reformas visto do Chao Phraya, fica pra uma outra vez

Chegando no hostel, tomamos um banho, colocamos nossa roupa mais bonita (ou menos chinelona) e fomos ao Píer para nosso passeio "romântico" pelo Chao Phraya, que já estava comprado e agendado desde antes de sairmos do Brasil. No pier, que não é o mesmo onde se pega o barco público mas é ao lado, havia várias companhias que fazem esse passeio. Barcos luxuosos, espelhados, temáticos, e o nosso claro era o mais simplesinho, mas nem por isso menos chique.

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No píer, aguardando nosso barco para o passeio (lá atrás passando já um barco mais luxuoso).

O trajeto do barco é ir até a Oldtown, a área dos templos, numa ponta e termina, na outra ponta, no complexo Asiatique Riverfront, outro lugar que vale a pena uma visita quando se está em Bangkok, um complexo à beira do rio numa zona mais nobre, com lojas, restaurantes, comidas de rua e uma roda gigante daquelas para observar a cidade. No caminho as pontes todas iluminadas, bem como os templos, fazem desse um passeio muito bonito.

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Tailandesinha fazendo uma dança típica durante o passeio e vista da região dos templos, todos iluminados à noite.

Mas o que mais estávamos esperando era a hora de servir a janta, que desde já sabíamos se tratar de um buffet livre. Pensei comigo mesmo: é agora que vou comer até me fartar! Porém, na hora que liberaram para se servir, a comida era muito "tailandesa" pra nós (a Juju até que gostou). Não entendíamos quase nada que tinha ali para se servir. O que tinha cara boa tinha um tempero muito ruim, o que parecia salgado tinha gosto doce, e assim foi. Pra quem achou que ia encher a pança, foi uma decepção. O consolo é que a salada era boa, hehehe.

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Nosso jantar romântico no barco a luz de velas. Achou que ia encher a pança hoje? Achou errado!

Durante a janta ficava um carinha tocando saxofone no meio das mesas e depois começou a "apresentação musical", bem no estilo bailão, com um carinha cantando em cima de umas bases prontas eletrônicas. Ficamos ali então conversando sobre como Bangkok tinha nos maravilhado de um jeito que parecia que pertencíamos àquela cidade e ouvindo as musiquinhas que o tio cantava. Na época gravamos a "performance" para postar no finado snapchat, mas nunca esquecemos até hoje daquelas melodias.

Depois pegamos umas cervejas (3 por 150 baths) e fomos pro convés do barco observar as luzes da cidade pela última vez. Assim, nos despedimos de Bangkok, com a certeza de que temos que voltar muitas outras vezes.

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Se despedindo de Bangkok. Atrás a roda gigante do Asiatique Riverfront
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Nosso roteiro resumido por Bangkok (com mapas)

Aqui vai um resumo do roteiro da nossa passagem por Bangkok com mapas e preços das atrações (lembrando que as informações aqui são de quando visitamos o país, que foi em 2016). Para quem quer dicas mais "objetivas" e não necessariamente ler sobre as nossas histórias e experiências de viagem, pode pular direto para este post.

Cabe lembrar que este roteiro representa apenas a NOSSA experiência, o que para nós foi muito bom para o pouco tempo que tivemos, não tendo a pretensão de ser um "guia do que fazer em Bangkok", ou muito menos um "guia definitivo da cidade". Até porque muitas atrações turísticas para nós não nos interessava. Felizmente, existem infinitos sites e blogs de viagem na internet (além do google maps), o que permite a cada um pesquisar e encontrar o SEU roteiro ideal. Foi através destes inúmeros sites que pesquisamos o que mais nos atraia na cidade e montamos o nosso roteiro, que segue abaixo:

 

RESUMÃO:

 

Ficamos 5 dias em Bangkok, sendo que no primeiro chegaríamos no meio da tarde, dessa forma dividimos os dias assim:

1º Dia: Noite na China Town

2º Dia: Mercado Chatuchak (já que era um sábado)

3º Dia: Museu Nacional da Tailândia, Templo do Buda em Pé, Templo de Mármore

4º Dia: Shopping MBK, Shopping Siam Paragon, noite na Khao San Road

5º Dia: Templo do Buda de Ouro, Gran Palace, Wat Pho, cruzeiro de barco com jantar pelo Rio Chao Phraya

Ficamos no Hostel Old Town, que recomendamos muito! Escolhemos ele pelo preço e pela localização, próximo do metrô, da estação de trem, do templo do buda dourado, da China Town e da estação de ferrys.

O link para o site do hostel no booking é este aqui: https://www.booking.com/hotel/th/oldtown-hostel.pt-br.html

 

1º Dia: noite na China Town

 

  • Chegada prevista às 13h20 no Aeroporto Suvarnabhummi.

  • Antes da fila de imigração, necessário passar no Health Control para mostrar a carteira internacional de vacinação.

  • Trocar dinheiro (pelo menos para o metrô e para pagar o hostel, embora as cotações que pegamos no aeroporto tenham sido quase iguais que na cidade). Utilizar as casas de câmbio do subsolo, próximas a estação de metrô, que possuem as melhores cotações: há uma do lado da outra, bem fácil para pesquisar qual a melhor cotação.

  • Pagar o metrô (Airport Link) em direção à cidade:

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Pegar a linha azul (mais barata)
  • Descer na estação MAKAKASAN, que dá acesso ao metro (MRT) de Bangkok, linha azul.

  • Pegar o MRT linha azul da estação MAKKASAN até a estação HUA LAMPHONG:

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  • Da estação Hua Lamphong até o hostel: ir a pé:

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  • Noite na China Town, passando pelo portão chinês:

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Do hostel até o portão chinês
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Rua principal da China Town: Yaowarat Rd

2º Dia: Mercado Chatuchak (já que era um sábado)

 

  • Pegar o MRT linha azul da Estação HUA LAMPHONG até a estação CHATUCHAK PARK:

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  • Da estação de metrô, seguir para a esquerda, seguindo o parque, até uma das entradas do mercado:

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Mapa BEEMMM resumido do Mercado Chatuchak

 

3º Dia: Museu Nacional da Tailândia, Templo do Buda em Pé, Templo de Mármore

 

1. Museu Nacional da Tailândia

  • Entrada no Museu: 400 baths

  • Pegar o barco na estação SI PHRAYA (linha laranja em direção ao norte):

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trajeto a pé até a estação de ferrys
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Mapa das linhas de ferry de Bangkok
  • Descer na estação THA CHANG:

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Trajeto a pé da Estação Tha Chang até o Museu Nacional (marcados no mapa ainda dois lugares que visitamos, o minishopping a beira do rio Tha Maharaj e o parque Sanam Luang

2. Templo do Buda em pé (Wat Intharawahan)

  • Entrada no templo: Grátis

  • Pegar o ferry na estação THA PHRA CHAN (linha laranja) sentido norte até a estação RAMA 8 BRIDGE:

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Trajeto do Museu até a estação THA PHRA CHAN
Trajeto a pé da estação RAMA 8 BRIDGE até o Wat Intharawihan
 
Trajeto a pé da estação RAMA 8 BRIDGE até o Wat Intharawihan

3. Templo de Mármore (Wat Benchamabophit)

  • Entrada no templo: 100 baths

  • Do templo do Buda em pé, melhor trajeto é a pé:

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Trajeto que fizemos de um templo a outro
  • Para voltar para o hostel, pegar o ônibus 49, em direção à estação de trens Hua Lamphong

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Trajeto a pé do Templo de Mármore até a parada do ônibus 49 (no caminho, marcado com estrela no mapa o Estádio de Muay Thai)
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Lugar exato da parada de ônibus (em vermelho)
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Trajeto do ônibus 49 (descer no ponto da estação de trens Hua Lamphong)

 

4º Dia: Shopping MBK, Shopping Siam Paragon, noite na Khao San Road

 

1. Shopping MBK

  • Pegar o MRT na estação HUA LAMPHONG e descer na estação SI LOM:

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  • Da saída da estação SI LOM, seguir até a estação de Skytrain (BTS) SALA DAENG:

Estações de MRT e de BTS sinalizadas no mapa
 
Estações de MRT e de BTS sinalizadas no mapa
  • Pegar o BTS da estação SALA DAENG até a estação NATIONAL STADIUM

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  • Da estação até o MBK center são 500 metros de caminhada, inclusive a uma passarela que leva direto ao shopping:

 
 
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2. Shopping SIAM PARAGON

  • Do MBK Center até o Siam Paragon o melhor trajeto é a pé, os dois são muito próximos:

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MBK Center e Siam Paragon marcados com estrela no mapa

3. Noite na Khao San Road

  • Pegar o ônibus 15 ou 47, próximos ao MBK Center, em direção à Khao San Road

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Local da parada de ônibus
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Trajeto da Linha 15 e 47 de ônibus

Obs: Quando pegamos esse ônibus, a cobradora nos obrigou (por algum motivo desconhecido) a descer em uma parada bem distante do nosso destino (marcado com uma seta vermelha no mapa). Dessa forma seguimos a pé 2 km até a Khao San Road, podendo passar por dois monumentos bem interessantes, o Giant Swin e o Monumento à Democracia (marcados com estrela no mapa):

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Região da Khao San Road

 

5º Dia: Templo do Buda de Ouro, Gran Palace, Wat Pho, cruzeiro de barco com jantar pelo Rio Chao Phraya

 

1. Templo do Buda de Ouro (Wat Traimit)

  • Entrada no templo: 40 baths

  • Ir a pé

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Trajeto a pé do Old Town hostel ao Templo do Buda de Ouro

2. Gran Palace

  • Entrada no palácio: 500 baths

  • Pegar o ferry na estação RACHAWONGSE (linha laranja) sentido norte em direção à estação THA TIEN

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Trajeto a pé do Wat Traimit atè estação de Ferry
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Trajeto da estação de ferrys THA TIEN até o portão de entrada do Gran Palace
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Mapa do Gran Palace

3. Wat Pho (Templo do Buda Reclinado)

  • Entrada no templo: 200 baths

  • Massagem na primeira escola tailandesa de massagem que fica dentro do templo: 400 baths

  • Do saída do Gran Palace à entrada do Wat Pho, é uma curta caminhada:

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Trajeto a pé da saída do Gran Palace até a entrada do Wat Pho
  • Para voltar o hostel, pegar o ferry (linha laranja) na estação THA TIEN sentido sul até a estação SI PHRAYA

 

4. Cruzeiro de barco com jantar no Chao Phraya

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Trajeto a pé do hostel até o local de saída do cruzeiro

Obs: outras opções de cruzeiros:

http://www.loynava.com/

https://www.thaicruise.com/banquetservice.php

http://www.chaophrayacruise.com/index.html

http://www.thairivercruise.com/index.php?tpid=0083

http://www.dinnercruisesbangkok.com/

http://www.sightseeingbangkok.com/dinner_cruise-bangkok.html

 

 

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SUDESTE ASIÁTICO 6º Dia - Passando o dia na antiga capital da Tailândia (09/11/2016)

Saímos cedo do Old Town Hostel (em Bangkok) rumo à estação de trem Hua Lamphong, tentar pegar o trem das 7h30 para Ayutthaya. No caminho tomamos o café de sempre no 7eleven e antes das 7h já estávamos lá.

Chegando na estação, fomos para a fila comum da bilheteria comprar a passagem quando uma mocinha tailandesa chegou para nós e os outros estrangeiros da fila e pediu para passarmos numa outra salinha que dizia ser o local de venda de tíquetes para turistas. Pensei comigo mesmo: olha o golpe! Mas não, era um local de vendas com atendimento em inglês, inclusive o preço do bilhete era o mesmo da bilheteria.

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Bilhete de trem ao custo de inacreditáveis 20 baths (2 reais!); Esperando o trem na plataforma.

Com um pouquinho de atraso, chegou o nosso trem. Compramos o bilhete comum mesmo, visto que a viagem até Ayutthaya é de apenas duas horas. O trem, um caco velho com poltronas pra lá de desconfortáveis, na primeira hora passa dentro do perímetro urbano de Bangkok (inclusive há uma parada no Aeroporto Don Muenang, o aeroporto secundário da cidade e que opera os vôos das companhias Low-Cost tipo AirAsia, Thai Airlines, LyonAir, etc), a uma velocidade de 10km por hora. Só depois que sai da cidade é que ele "engrena", passando por vilarejos bem pobres que ficam à beira dos trilhos, cujos moradores vivem com a venda de comida e entre outros para os passageiros dos trens (o trem anda tão devagar que o pessoal consegue vender ali nos trilhos). Lá pelas 9h30 chegamos na estação única da cidade.

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A Tailândia que a Globo não mostra

Lá em Ayutthaya funciona assim: a parte da cidade que possui os templos e prédios históricos que abrigavam a sede da antiga capital do reino do Sião (parte antiga), se concentra, estrategicamente é claro, em sua maioria, num perímetro relativamente pequeno, que é cercado por 4 rios (entre eles o Chao Phraya) e que pode ser visto todo em um único dia sem pressa.

Ayutthaya foi a capital da Tailândia até o ano de 1767, quando o exército birmanês invadiu a cidade e destruiu tudo, obrigado o reino a mudar para Thonburi e depois para Bangkok. 

A maioria dos visitantes ou faz um bate-volta no mesmo dia a partir de Bangkok, ou passa o dia em Ayutthaya antes de seguir com o trem noturno para Chiang Mai (que foi o que fizemos). Para percorrer a parte antiga da cidade há 3 opções: ou aluga-se um tuk-tuk particular para te levar nos templos, ou aluga-se uma scooter, ou uma bicicleta, sendo esta última opção a mais barata. Para quem já acompanha nossos relatos, já deve saber que optamos pela bicicleta né?

Descemos na estação de trem e fomos atrás do guarda-volumes para deixar as mochilas. Chegando na sala do guarda-volumes, só tinha um tiozinho mexendo no celular e indicando: "para guardar as mochilas? pode deixar na salinha ali". Bem isso, tu larga as mochilas ali numa sala aberta, umas em cima das outras, sem armário para trancar. Na confiança mesmo. O tiozinho até te dá um recibo que tu deixou a mala, mas nem olharam depois quando fomos retirar no fim do dia. Brasileiros e desconfiados que somos, pelo menos trancamos com cadeado as mochilas (como se fizesse diferença se alguém entrasse ali e a levasse).

Atravessamos a rua da estação e ali já tem várias lojas alugando bicicletas (parece que há a opção de atravessar de barco ali o rio e alugar bikes já lá do lado da zona antiga, sem precisar passar de bicicleta pela ponte). Fomos na primeira que passamos e alugamos as nossas, deixando uma cópia do passaporte de garantia e ganhando um mapinha da cidade. As bicicletas acho que eram do tempo que Ayutthaya era a capital da Tailândia ainda de tão velhas e demolidas, mas quebraram o galho.

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Mapinha turístico de Ayutthaya

Tínhamos feito uma lista dos lugares que queríamos visitar na cidade e partimos então com nossas bikes, primeiro para o lugar mais distante, para depois ir voltando até a estação. Atravessamos a ponte que dá acesso à zona antiga da cidade e fomos costeando o Rio Chao Phraya até a primeira parada, o templo Wat Chaiwatthanaram (se preparem agora para os nomes impronunciáveis). Acabamos queimando a largada indo de cara no templo que achamos o mais bonito de Ayutthaya.

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Templo Wat Chaiwatthanaram

Apesar de destruído (assim como todos os templos históricos de Ayutthaya), pode-se ver a magnitude de suas estopas e torres, todas rodeadas por escombros de paredes e muros. As estátuas de Buda decepadas que ficam envolta da torre central de estilo Khmer (cambojano) também dão um ar meio sombrio que combina perfeitamente com o local (e rende altas fotos instagramáveis hehehe), além do sítio em si, com o Chao Phraya correndo ao lado, que é muito bonito e arborizado. Pagamos 100 baths a entrada.

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Antes de voltar para a zona antiga (já que o Wat Chaiwatthanaram fica tecnicamente do outro lado do rio), passamos no 7eleven para almoçar. Compramos nossa comidinha pronta congelada e comemos ali na rua mesmo em frente ao mercadinho. Não compramos cerveja desta vez por medo da desidratação, já que já estava começando a esquentar e nós tínhamos o dia inteiro ainda para pedalar no sol. Ao invés disso, compramos duas águas que se mostraram muito valiosas no decorrer do dia.

Seguimos então para um dos momentos mais marcantes do passeio, quiça de toda a viagem. Conhecer o Buda do Street Fighter! Este pra mim foi um sonho realizado. Desde a infância, quando jogava o jogo no fliperama e mais tarde no megadrive, o cenário do Sagat sempre me intrigava. Será que existe um local assim? Pensava. E não é que existe mesmo? E é demais! O Wat Lokayasutharam (eita), templo que abriga este monumento, é com certeza um dos mais destruídos de Ayutthaya. Do templo mesmo não sobrou quase nada, dizem que foi incendiado de maneira brutal, só sobrou mesmo este monumento enorme do Buda em posição reclinada que serviu de inspiração para um dos cenários deste jogo histórico. O local é um pouco difícil de achar pois fica no meio de uns bosques, sendo a entrada grátis. Ficamos ali um tempão admirando o monumento (eu segurando as lágrimas de emoção) e observando quem que iria querer tirar uma foto na frente do buda em pose de luta pra fingir que estava no Street Fighter. Até que uns garotos japoneses o fizeram e foram imediatamente repreendidos por uma senhora por estarem faltando com o respeito com o Buda, hehehe.

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Lugar que serviu de inspiração para o cenário do Sagat no jogo Street Fighter

Fomos então para o próximo lugar da lista, um grande conjunto de templos e edificações que fica quase ao centro de Ayutthaya e que foi o equivalente ao Gran Palace hoje em Bangkok. O lugar que serviu de residência para os antigos reis da Tailândia quando a capital ainda era lá, e que abriga diversos templos, estopas e jardins. Dentro deste complexo visitamos três templos, todos por 100 baths a entrada de cada.

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O Gran Palace de Ayutthaya

Primeiro fomos no Wihan Phra Mongkhon Bophit. Que abriga a maior estátua de buda feito de bronze da Tailândia, que infelizmente estava em reformas no dia e não pudemos conhecer. Depois seguimos para o Wat Phra Si Sanphet, que é um dos principais cartões postais de Ayutthaya. No seu centro ficam 3 estopas enormes e belíssimas (aqueles locais onde dizem estar enterradas as relíquias do buda) e o mais legal é que pode-se subir até a entrada delas e ter uma vista privilegiada de todo o perímetro.

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Wat Phra Si Sanphet

Havíamos lido ainda na época do planejamento da viagem que em Ayutthaya tinha que se ter muito cuidado com cães selvagens que ficavam pelas ruas e pelos templos, pois eram muito perigosos e podiam te atacar a qualquer momento. Os primeiros cachorros que vimos foram exatamente ali, tinha um bando deles. Só que os tais "cães selvagens" não tinham nada de selvagens. Ou estavam morrendo de calor ou tinham acabado de comer, pois só ficavam na deles ou dormindo.

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Os "perigosíssimos" cães selvagens de Ayutthaya

Falando em calor, já eram umas 14 horas e o sol estava castigando. Pegamos nossas águas compradas no 7eleven e nos demos um banho pra refrescar. Depois seguimos para um píer a beira de um lago que fica ao lado do templo, do outro lado do muro principal para aproveitar uma sombrinha. A vista do píer pro lago é muito bonito e um cartaz nele dizia que esse era o jardim onde o rei e a rainha iam para relaxar, sendo que ao lado ficava o palácio real, este já todo em ruínas e tomado pelo mato, quase sem vestígios.

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Dando uma refrescada no calor

Por último, ainda dentro do complexo, passamos no Wat Phra Ram. Outro templo com torres em estilo Khmer bastante destruído pela invasão birmanesa. Este templo serviu de locação para várias cenas do clássico filme "O Desafio do Dragão" do Van Damme (um dos meus favoritos até hoje!), daí não pude resistir em tirar umas fotos "encarnando" o personagem Kurt Sloane, hahaha.

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Curtindo uma de Van Damme (kkkkk). Ao fundo, as ruínas do Wat Phra Ram

Saímos dali em direção ao templo Wat Maha That, o mais próximo à estação de trem. No caminho passa-se dentro do Rama Public Park, um parque bem grande e arborizado, com diversos lagos (e templos, é claro) interligados por pontes formando umas espécies de ilhas.

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Passando pelo Rama Public Park

Neste caminho tivemos o primeiro contato com o turismo exploratório de animais na Tailândia, algo que é bem sério e apesar de contar já com diversas organizações que combatem este tipo de prática, ainda é muito comum na região. Elefantes servindo de transporte turístico, levando as pessoas em seu lombo como se fosse um cavalo, sendo que este tipo de atividade é extremamente danosa para o animal, comprometendo toda sua musculatura.

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Turismo exploratório de animais #DIGANÃO

Já bem cansados de pedalar as bicicletas velhas e do calor, chegamos no Wat Maha That, o templo mais instagramado de Ayutthaya, que é famoso pela cabeça de buda encravada no meio de uma árvore. O templo em sí é bem parecido com os outros, valendo mais pela cabeça de buda na árvore mesmo, que dizem que foi arrancada de uma estátua, ficou no chão e a árvore cresceu em comunhão com ela (sei não hein. Acho que eles mesmo botaram a cabeça ali para atrair turistas hehehe). O legal é que, para tirar fotos com uma estátua do buda, a cabeça do buda sempre tem que estar mais alta na foto do que a cabeça da pessoa (se não é falta de respeito e uma afronta ao buda), então ali na frente da árvore tem uma instrução dizendo para a pessoa se abaixar para tirar sua foto.

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Templo Wat Maha That com e sua iconica cabeça de buda entre as árvores

Na saída do templo, já do lado de fora, ainda havia uma praça com várias árvores e, quando vimos, estas contavam com vários esquilos que subiam e desciam pelo tronco atrás de comida. Era a primeira vez que víamos este tipo de bichinho, assim, solto na natureza, então resolvemos pegar um sorvete e ficamos sentados em uns bancos os observando e aproveitando para descansar um pouquinho.

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Esquilinhos na praça em frente ao Wat Maha That

Ainda havia um último templo que queríamos visitar, o Wat Yai Chai Mongkol, que é conhecido por contar com uma dezena de estátuas de buda enfileiradas e também por ser permitido subir em sua torre central, o que dá uma vista interessante da cidade, sendo preferível visitá-lo no fim da tarde para apreciar o por-do-sol. Porém, exaustos do calor e com o tempo já fechado, sem indícios de que daria pra ver o por-do-sol, resolvemos já seguir para a estação para esperar o nosso trem e, ainda bem que o fizemos, pois chegando na estação, deu 10 minutos começou uma chuvarada tenebrosa que com certeza nos deixaria ensopados (ainda mais de bicicleta).

Largamos as bicicletas com um pouco de receio, já que dizem que um golpe comum na Tailândia é você alugar alguma coisa (scooter, jet sky, bicicleta e etc) e no momento de devolver o carinha dizer que tu estragou alguma coisa e que vai ter que pagar por aquilo ali (e que não adianta chamar a polícia, o consulado, o papa, tem que pagar de qualquer jeito. É tipo uma "lei informal" do país), e nossas bicicletas eram de um estado no mínimo deplorável, mas foi tranquilo, devolveram nossa cópia do passaporte, passamos no 7eleven para comprar "mantimentos" para a viagem de trem e chegamos na estação ali pelas 18h. Pegamos nossas mochilas daquele jeito que havia dito: passamos pelo guardinha que só apontou para a gente entrar ali na salinha e pegá-las, nem pediu recibo nem nada e continuava no celular. Tudo certo, agora era só esperar nosso trem, que já havíamos comprado passagem com bastante antecedência através da agência aquela que passamos bem no início da viagem, devido à procura estar grande já que estávamos entrando na semana do festival das lanternas de Chiang Mai. Abrimos umas Singhas (não muitas já que o banheiro ali era cobrado hehehe) e ficamos observando o vai-e-vem da estação. Um dos que passaram por ali e vieram puxar papo era um casal de brasileiros que ficaram espantados como nós conseguíamos viajar todo esse tempo só com as nossas mochilinhas. Nos contaram também que alugaram um tuk-tuk privativo para levá-los para percorrer a cidade e o motora não sabia falar inglês, levou eles nos lugares errados e no fim não conseguiram visitar a metade dos templos que queriam (viu? Se tivessem alugado a bicicleta isso não teria acontecido hehehe). Eles partiram para Chiang Mai no trem das 19h30 e nós continuamos ali.

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Esperando nosso trem para Chiang Mai

Ainda esperando nosso trem, mais uma cena bizarra: passou um senhor com uma roupa de exército com dois "seguranças" ao lado e então toda estação começou a olhar, cochichar, apontar, um tiozinho mais "desinibido" até chegou junto ao senhor e pediu para tirar uma foto com ele. Com certeza devia ser alguma autoridade da Tailândia, ou algum famoso no país.

21h e pouco enfim, chega nosso trem. Este bem mais conservado do que o que havíamos pego na manhã. Este trem que você vai dormindo (sleeper train), na classe que compramos a passagem, não possui cabines individuais. Fica o corredor de um lado e do outro "nichos" com sofás de frente para o outro, que a noite eles transformam em 4 camas. No horário que entramos, a cama já estava arrumada, ficando no mesmo "nicho" que nós, dois rapazes chineses que passaram a viagem toda com as cortinas fechadas, não deram nem oi para nós e durante a noite faziam barulhos bemmm assustadores enquanto dormiam.

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Nosso "quarto" com beliche para a noite

Largando nossas coisas, passa então uma senhorinha vendendo café da manhã para o outro dia. Nós até já tínhamos nossa comida, mas a tiazinha era tão simpática que acabamos comprando.

Suados e fedorentos de passar o dia inteiro pedalando no calor. Fomos correndo para o banheiro pois pensávamos: trem noturno? Deve ter chuveiro né? Que ingênuos. O negócio foi improvisar um banho com o chuveirinho do vaso sanitário mesmo e com a pia para dormir um pouco "menos sujos".

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Cara de espanto da Juju ao descobrir que o vagão não tem chuveiro

Antes de dormir ainda fizemos uma "degustação" dos salgadinhos estranhos que compramos no 7eleven, só para realçar nossa certeza de que os salgadinhos mais comuns são sempre os melhores mesmo. Devidamente alimentados, fomos dormir apreciando a paisagem passando pela janela do trem.

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Provando as comidinhas do 7eleven (pelas fotos dá pra ver quem pegou o salgadinho mais horroroso)

Foi a primeira vez que pegamos um trem noturno e achamos muito confortável e divertido, nos apaixonamos! Sempre que possível hoje em dia optamos por este tipo de transporte nas nossas viagens.

 

 

 

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SUDESTE ASIÁTICO 7º Dia - Chegando em Chiang Mai (10/11/2016)

Acordamos no trem com a tiazinha que havia nos vendido café da manhã no dia anterior dizendo que o café estava pronto. Tomamos o café e ficamos no resto do caminho apreciando uma paisagem quase que inteiramente de floresta, inclusive com alguns córregos e precipícios no meio de uma mata densa.

Desembarcamos do nosso trem na estação de Chiang Mai lá pelas 9 horas. Apesar do trem ter sido bem confortável, quando descemos parecia que o chão ficava se mexendo, uma sensação bem estranha. Acho que por não estarmos acostumados ao sacolejar do trem.

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Desembarcando em Chiang Mai

Ficamos na dúvida entre pegar um Songtaew para o nosso hostel, uma espécie de van vermelha, que você vai na caçamba dela e que é o principal meio de transporte público de Chiang Mai, ou ir a pé, já que o hostel fica a menos de 2 km da estação e pensamos: pô, já andamos tanto nessa viagem, 2 km não é nada para nós. Quando saímos da estação, vieram tantos motoristas de Songtaew nos encher o saco que decidimos ir a pé (talvez se eles não fossem tão inconvenientes, teríamos optado pela van).

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Songtaew: essa van vermelha aí que é o principal transporte público de Chiang Mai

Seguimos a pé então e o bom é que aí já passamos no centro de informações turísticas de Chiang Mai, que fica no meio do caminho, pedir umas informações de como chegar a alguns lugares usando transporte público, entre eles o San Kamphaeng Hot Springs, um parque com gêiseres e águas termais que queríamos muito conhecer. Os centros de informações turísticas das cidades sempre são lugares de ótimo atendimento e que te dão informações muito precisas e sinceras sobre as atrações turísticas e, em Chiang mai, não foi diferente. Fomos muito bem atendidos e nos foi passado realmente as formas mais baratas de se chegar nos lugares que queríamos.

Depois de sair dali, bem próximo, atravessamos uma das pontes que dá acesso à área central da cidade. Ponte esta que passa por cima do Rio Chao Phraya e que depois descobriríamos ser um ponto de encontro de jovens à noite que vão ali curtir, namorar, beber, fumar e apreciar a vista do rio. Também é o local onde os tailandeses vão para fazer suas oferendas durante o festival das lanternas (que estava ocorrendo enquanto estávamos lá), soltando na água barcos feitos com folhas de bananeiras contendo velas, flores e frutas.

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Ponte sobre o Rio Chao Phraya

Aqui abro um parenteses para falar sobre este festival tão tradicional:

O Festival das lanternas de Chiang Mai ocorre sempre na semana da Lua cheia do décimo segundo mês do calendário lunar tradicional tailandês, que é sempre em novembro mas sem data fixa. Este festival compreende duas cerimônias, o Loy Khratong e o Yee Peng. A primeira refere-se a soltar no rio os barcos aqueles com oferendas que eu havia comentado. Já a segunda é o espetáculo das lanternas mesmo.

Os tailandeses nesta semana enfeitam suas casas com as lanternas feitas de papel e a noite as soltam no céu, uma cena mágica que você com certeza já deve ter visto em algum lugar (tem em uma das telas de fundo do windows e também no filme da disney da Rapunzel). Também durante essa semana rolam diversas apresentações típicas nas ruas, principalmente na Praça dos três reis, a praça central de Chiang Mai. Não é preciso dizer que neste período a cidade fica infestada de turistas né? Tanto que foi difícil conseguirmos comprar a passagem de trem para lá (tivemos que comprar a passagem para um dia antes do que pretendíamos, e isso com 3 meses de antecedência!).

Devido a morte do rei naquele ano, cogitou-se cancelar o festival. No entanto, devido a imensa procura turística que o mesmo gera (além duma baita grana que a Tailândia perderia com turismo se o cancelassem), foi acordado que os tailandeses poderiam enfeitar suas casas e as ruas com as lanternas, porém sem soltá-las no céu e sem apresentações artísticas. Foi liberado somente a noite da lua cheia mesmo como único dia de soltar as lanternas, que este ano cairia no dia 14 de novembro, justo o dia em que iríamos embora a tarde.

Atravessando a ponte, caminhamos mais duas quadras e chegamos no nosso hostel, o Soi Sabai Guesthouse. Escolhemos este hostel pelo preço (é claro), 16 reais a diária por pessoa, e pelo local, estrategicamente situado no meio do caminho entre a cidade murada e a rua do Nightmarket. O hostel é meio que um restaurante que tem quartos lá no fundo. Ficamos num quarto com 10 pessoas mas era um quarto grande, com os beliches bastante isolados um dos outros. Não tinha ar condicionado, mas em novembro e por Chiang Mai se situar numa região de serra, o ventilador deu conta. Os donos (e funcionários) do hostel eram um casal muito simpático, o Patrick e a Lynn. Ele francês e ela tailandesa (ele foi visitar a Tailândia a anos atrás, se apaixonaram e ele acabou não voltando mais pra França). Ele no começo parecia meio fechado e antipático, mas depois quando tu puxa assunto se percebe que é só impressão mesmo, ambos eram muito legais. O único problema do hostel é que na área da frente do restaurante era permitido fumar, impregnando o salão com aquele cheiro de cigarro. Também a noite nesta mesma área a mosquitada pegava solta, mas daí era só passar aquele repelente básico.

Pois bem, largamos nossas coisas e já fomos caminhar para conhecer a cidade. Fomos em direção à cidade murada, a parte central e histórica de Chiang Mai, conhecida como Old Quarter. Essa zona da cidade é onde se encontra o palácio do governo da região e a praça principal, além de concentrar em seu interior os principais templos da cidade. Em tempos remotos, o Old Quarter era cercado por uma grande muralha, formando um quadrado quase perfeito (olhando no google maps dá pra ver a perfeição), junto com córregos de água artificialmente desviados para acompanhar o muro e dificultar ainda mais as invasões inimigas. A muralha foi praticamente destruída pelas guerras ao longo dos anos, porém há vários pontos ainda conservados, inclusive os quatro portões majestosos que dão acesso ao Old Quarter, um em cada ponto cardeal (norte, sul, leste, oeste), sendo estes também uma atração turística da cidade.

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Córrego que circunda o Old Quarter e segmento conservado da Muralha

Fomos direto para o portão principal da cidade, o Tha Pae Gate, que fica no leste e é um dos mais bonitos e conservados dos quatro. É também considerada a porta de entrada do Old Quarter, concentrando um número grande de artistas de rua e barraquinhas de comida, ou seja, onde o pessoal local vai pra tentar ganhar uma graninha dos turistas.

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Portão Tha Pae Gate, o principal que dá acesso ao Old Quarter (e posando em sua frente uma princesa tailandesa!)

Dentro do Old Quarter, assim como em toda a Tailândia, existem mais templos budistas do que moradores (exagero, talvez tenha um templo para cada 2 habitantes hehehe) e, assim como Ayutthaya e Bangkok, havíamos pesquisado previamente os que mais nos interessava conhecer. E dentro do Old Quarter eram dois que estavam no nosso roteiro: o Wat Phra Singh, e o Wat Chedi Luang. Este dia não tínhamos nada programado. A ideia era só se acomodar na cidade e dar uma voltinha básica, mas, como não era nem meio-dia ainda e estávamos com aquela adrenalina de chegar num lugar novo e querer conhecer tudo, fomos visitar um dos templos. Assim, adentrando no Old Quarter, fomos em direção ao Wat Phra Singh, que fica bem no final da rua principal, indo sempre reto pelo Tha Pae Gate.

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Wat Phra Singh

Pagamos 40 baths a entrada e é um templo bem bonito, além de sediar uma biblioteca que possui obras muito importantes do budismo e uma escola de monges. No templo principal está localizada uma estátua que é considerada uma das mais bonitas de Chiang Mai, a do Buda Leão. Lá dentro aproveitei para tomar um passe (será que assim que chamam?), de um monge budista: ele molhou um pé de arruda em uma água e jogou uns pingos em mim enquanto proclamava uns mantras e depois amarrou uma fitinha no meu braço desejando boa sorte e saúde. Cobrado, é claro.

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Estátuas que representam os monges tailandeses que passaram pelo templo; um dos templos do Wat Phra Singh; Estátua do Buda Leão, considerada uma das mais belas e importantes de Chiang Mai.

Num outro templo anexo, havia uns "bonecos de cera" de monges budistas, muito reais (e mórbidos).

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Parece de verdade, mas são bonecos de cera!

Estávamos no pátio apreciando o jardim já se preparando para ir embora quando de repente começa a cair uma tromba d´água. Ficamos com receio de deixar nossos passaportes no hostel porque os lockers não pareciam muito confiáveis e ficavam fora do quarto, então os tínhamos trazido com a gente. Assim, mais que preocupados em se molhar, estávamos preocupados em molhar nossos passaportes no bolso. Dessa forma, saímos correndo pela rua tentar achar um lugar para se abrigar. Paramos então num restaurante simplesinho na rua principal e, foi a partir daí que começamos a comer bem na Tailândia! Já eram umas 14h da tarde e, além de pedir uma ceva, aproveitamos para almoçar. A Juju pediu um Tom Yum e eu pedi um Fried Rice with Chicken (arroz frito com frango), comida que depois viraria a minha preferida no país, tudo muito bom e bem servido.

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Chuvarada pegando no jardim do templo, paramos para tomar uma Chang e almoçar.

Passada a chuva, voltamos pro hostel para descansar. No caminho observamos mais um pouco a vida em Chiang Mai que, apesar de ser a segunda maior cidade da Tailândia e ser beeeem turística, tem um charme especial de cidade do interior. Uma característica marcante do turismo ali é o turismo sexual. Olhando para dentro dos milhões de "bares" que há pela cidade, o que mais se vê são estrangeiros homens de meia idade, bebendo, fumando ou jogando sinuca acompanhado de uma ou mais mulheres tailandesas (essas em sua maioria bem jovens).

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As charmosas ruas de Chiang Mai e o nosso "templo", o 7eleven

Havíamos deixado nossas roupas para lavar no hostel e quando chegamos a Lynn (que além de cozinhar e atender no balcão ainda é a pessoa que lava e passa as roupas) nos comunicou que as roupas estavam prontas. Tinha pedido apenas para lavar e secar, sem passá-las (que era mais caro), mas ela passou do mesmo jeito sem cobrar a mais. Além disso, as roupas ficaram muito cheirosas, foi a lavagem de roupas mais caprichada que fizemos em todas as nossas viagens até hoje (a Lynn é demais).

Ficamos o resto da tarde ali pelo hostel tomando umas Changs. Havia chegado um novo hóspede no nosso quarto, e o cara acho que não lavava os pés a muito tempo. O fedor de chulé impregnou o quarto, e o pior é que o cara não saia do quarto nunca. Só ficava lá na cama dele mexendo no notebook (fazer o que né? Quem fica em hostel tá sujeito a estas coisas).

Estávamos nas mesas lá da frente quando de repente passa um carro com um alto-falante gritando: "Muay Thai Tonight! Muay Thai Tonight!" (bem coisa de cidade do interior mesmo). Fomos conferir e haveria uma luta no ginásio da cidade à noite. Feito! Não iríamos perder a oportunidade de assistir o que é o principal esporte da Tailândia. Compramos nossos ingressos por 400 baths e já tínhamos então programação para a noite.

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Flyer da luta de Muay Thai a noite

Chegamos no "estádio" (era mais um galpão mesmo) às 21 horas para assistir as lutas. Compramos o ingresso mais barato mas nem por isso ruim, já que o local é bem roots, praticamente todo só frequentado por turistas. Assim como no boxe ou UFC, há o "card" com várias lutas, de várias modalidades (peso-pena, peso-médio, etc) e o "card principal" da noite seria entre um lutador local e um australiano pela disputa de um cinturão. Se acomodamos, pedimos umas cervejas Tiger e aproveitamos o espetáculo, que é realmente um espetáculo imperdível para quem está na Tailândia!

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Apreciando uma Tiger e a porrada comendo solta

Antes das lutas os lutadores fazem tipo umas "dancinhas", que dizem ser um ritual pedindo proteção pra buda. Quando começa a luta, fica uma bandinha com um cara tocando um tambor e outro tocando aquelas flautinhas bem características, muito legal! A medida que o round vai avançando eles começam a tocar mais rápido, "atiçando" os lutadores para buscar a vitória. Entre as lutas ocorrem várias atrações: um espetáculo com espadas, uma luta (coreografada é claro) entre dois espadachins e um momento palhaçada com quatro lutadores tentando lutar vendados entre si. Logo na primeira luta, a peso-pena eu acho, o cara nocauteou o outro com uma joelhada no queijo! Sensacional! Já as outras no decorrer da noite foram bem "burocráticas", inclusive a luta final foi decida por pontos, com a vitória do australiano (quem diria hein?). Depois das lutas ainda forma-se uma fila para tirar foto com os vencedores (claro que aproveitei para tirar uma também né?).

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Fotinho com o campeão

Depois de uma noite muito divertida, voltamos para o hostel encarar o chulé do quarto. Antes ainda passamos pelo Tha Pae Gate observá-lo iluminado a noite, que fica muito bonito, ainda mais junto com várias fontes de água que se iluminam ao longo do córrego que circunda o Old Quarter.

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Arredores do Tha Pae Gate a noite (sim, nossa câmera é muito ruim para fotos a noite)

 

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