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Dia 06 - Rada Tilly a Rio Gallegos (769KM)

Nesse dia como iríamos percorrer um grande distância, saímos bem cedo logo no clarear do dia. O início do percurso era numa parte da Ruta 3 que é ao lado do mar. Como já tínhamos no IOverlander relatos de outros viajantes que eventualmente era possível avistar leões e lobos marinhos na costa, ficamos atentos e para nossa alegria logo após a cidade de Caleta Olivia encontramos um bando do que acreditamos ser leão marinhos. Eram centenas e estavam todos juntos a alguns metros de nós. Paramos o caso e ficamos apreciando a cena e sons que eles faziam por alguns minutos.

Após seguimos pela Ruta 3 até Rio Gallegos. A maior parte do trajeto de estrada muito boa, porém em alguns poucos momentos haviam buracos na pista. Nesse longo percurso, de paisagem quase sempre igual e pouco movimento, foi preciso dirigir com cuidado porque tinham muitos guanacos por todo o percurso e as vezes do nada eles corriam para o meio da estrada e passavam na frente do carro.

A noite chegamos em Rio Gallegos, estava frio e havia bastante vento. A cidade é grande e ficamos hospedados no centro no Hotel Aire Patagônia. Um excelente hotel por um bom preço. Pagamos aproximadamente R$ 255,00 para 4 pessoas com café da manhã. Recomendamos esse hotel para quem estiver passando por aqui.

foto guanaca beira estrada 2 (2).jpg

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  • 3 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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Dia 07 - Rio Gallegos a Rio Grande (374KM)

Nesse dia acordamos cedo, mas tivemos que esperar as lojas abrirem por volta das 09:00 da manhã para podermos sacar a remessa de dinheiro que havíamos enviado pela Western Union no dia anterior. Log após, abastecemos os veículos (aqui a gasolina estava muito barata também...menos de R$ 2,00) e rumamos para um dia em que apesar de saber que não andaríamos muitos KM, seria cansativo...e realmente foi.

Logo após sairmos de Rio Gallegos, começamos a enxergar cada vez mais placas com a distância para Ushuaia...sinal de que estávamos pertos de realizar o sonho de chegar ao "fim do mundo".

Após rodarmos uns 60 km chegamos a primeira aduana. A saída da Argentina apesar de ter bastante gente foi rápida e organizada. Em 30 minutos todo processo estava terminado. Mas aí veio a aduana de entrada no Chile. Pelo menos nesse dia havia muita gente e muita confusão. Para piorar depois de ficarmos na fila muitos minutos, quando chegou nossa vez de sermos atendidos o atendente disse que não faria nosso atendimento porque estávamos sem máscaras. Tivemos que correr para o carro atrás de máscaras que por sorte havíamos levado. Depois de todo processo feito a pé, fomos para o último procedimento que era de carro. Aí a confusão foi pior ainda. Haviam muitos caminhões, muitas filas confusas. Acabamos ficando quase 1 hora para andar apenas uns 200 metros. Por fim um guarda apareceu, arrumou o trânsito e a fila andou. Finalmente estávamos no Chile.

Mais meia hora de estrada, já era quase meio dia e chegamos até Punta Delgada para pegarmos a balsa para atravessar o Estreito de Magalhães. Ventava muito e nem dava para sair do carro. Pelo menos a balsa chegou logo. Esperamos apenas uns 10 minutos e já entramos na balsa. O pagamento da balsa pode ser feito em pesos argentinos ou pesos chilenos. O valor da travessia no câmbio do dia deu cerca de R$ 115,00. O valor é por veículo independentemente do número de pessoas que estão dentro do mesmo. A travessia é rápida e é possível subir até o topo da balsa para apreciar a paisagem.

Logo estávamos novamente na estrada e 150km depois de muito vento lateral chegamos novamente na fronteira. Pelo menos nessa vez os trâmites em ambas as aduanas (saída do Chile e alguns KM depois entrada na Argentina) foram bem tranquilos e rápidos.

No final da tarde chegamos a cidade litorânea de Rio Grande e fomos procurar hotel para ficar. Para nossa surpresa era início de final de semana e havia um evento na cidade e demoramos muito para achar algum lugar para ficar. Todos hotéis que achávamos estavam lotados. Acabamos achando vaga no Hotel Casino por R$ 380,00 para 4 pessoas com café da manha e sem garagem ou estacionamento, mas um excelente hotel.

Aqui também foi um dos lugares

Foto 2 Adesivo placa Ushuaia.jpg

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Em 18/02/2023 em 21:53, Celia Paes disse:

Acompanhando. Programando viagem para o Ushuaia em out/nov 23, sempre útil ver os relatos de outros viajantes.

Que legal. Vai gostar muito. Nós amamos Ushuaia. E vai pegar uma época boa. Nós fomos em Setembro e ainda tinha muita neve nas montanhas o que deixou a cidade linda. Acredito que em Outubro vai estar assim também.

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Dia 08 - Rio Grande a Ushuaia (212 KM)

Nesse dia acordamos animados, já que finalmente chegaríamos em Ushuaia. Com medo de a cidade estar lotada e de perdermos muito tempo procurando hospedagem como aconteceu na noite anterior, reservamos ainda pela manhã nossa hospedagem em Ushuaia. Ficamos no Happy Guest Apart. Pelo que vimos, eles tem vários aptos espalhados pela cidade. O que ficamos era novinho, piso aquecido, excelente vista, ótimas camas e relativamente perto do centro...10 minutos a pé. Pagamos R$ 260,00 por noite para 4 pessoas. Super recomendamos.

Hospedagem reservada e partimos para Ushuaia com idéia de chegarmos ao meio dia...mas logo nossa descida para Ushuaia se transformou em um dos momentos mais tensos de nossa viagem. Logo na saída de Rio Grande fomos parados pela polícia Argentina. Segundo eles havia nevado durante a noite no percurso para Ushuaia, havia gelo sobre a pista e só estavam deixando passar veículos com pneus especiais para neve, pneus com clavas, uma espécie de pregos nos pneus que quebram o gelo. Por mais que mostrássemos aos guardas que estávamos com 4 pneus AT novos, não nos permitiram passar. Nos disseram que nem correntes nos ajudaria. Precisaríamos colocar os pneus com clavas.

Voltamos então a Rio Grande e fomos a uma loja de pneus. Nos assustamos, os preços dos pneus na Argentina são absurdamente caros e comprar 4 pneus novos estava descartados. Achamos uma borracharia mal encarada que haviam nos indicado que alugava pneus, mas o preço também era fora da realidade. Decidimos então alugar carros. Era sábado e no centro as locadoras estavam fechadas mas achamos uma locadora de veículos no aeroporto que abriria a tarde. Alugamos 1 carro com pneus especiais cada família e deixamos nossos veículos no Aeroporto e rumamos a Ushuaia.

Quando passamos novamente no ponto policial, não havia mais barreira...e depois descobrimos falando com outros brasileiros que passaram no mesmo horário que nós pela manhã, que passaram normalmente...parece que infelizmente nós fomos as vítimas do dia...mas enfim deu certo.

O trajeto para Ushuaia é lindo e deve ser feito de dia. Havíamos lido essa dica aqui no Mochileiros e concordamos. Visual na descida é muito bonito, tem lagos e montanhas nevadas, pelo menos na época em que fomos.

Passamos e paramos para fazer fotos no Paso Garibaldi (foto 3) que tem um mirante bem fotogênico e por volta das 17:30 estávamos finalmente realizando o sonho de fazer a famosa foto no pórtico de Ushuaia. Depois de milhares de KM e 8 dias haviamos chegado ao "fim do mundo". 

 

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paso garibaldi 2.jpg

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Caramba, se torna inviável ir de carro para ushuia quando nevar. 

O que pde ter acontecido é que quando os brasileiros passaram mais cedo o piso ainda não tinha tanto gelo, e deve ter formado depois da passagem deles.

Isso é estranho mesmo, sei que para entrar no Chile no inverno é obrigatório ter correntes no carro, e nesta parte creio que deve fazer frio igual no extremo sul devido a altitude dos Andes .

Mas essa informação é muito importante!

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Dia 08 - Ushuaia 

Como ficaríamos apenas 2 dias em Ushuaia (um dos maiores arrependimentos que tivemos, já que amamos a cidade e ficou gostinho de quero mais) já que nossa programação de tempo era apertada, tivemos que escolher fazer apenas alguns passeios que a cidade oferece. 

Nesse dia que amanheceu lindo e ensolarado decidimos ir ao Glaciar Martial, que fica a alguns minutos da cidade e se chega lá fácil já que estávamos de carro. O trajeto de carro dura poucos minutos e já é lindo, rendendo boas fotos. O trajeto é asfaltado e a estrada é boa.

Acabamos chegando cedo ao local, por volta das 09:00, porque queríamos aproveitar o dia e ao chegarmos ao estacionamento do local (gratuito) éramos os primeiros no local. Até estranhamos porque não havia ninguém e nada estava aberto. Diferente do que havíamos visto em fotos o trajeto/subida até o mirante estava todo coberto de gelo. Tentamos fazer a trilha com os calçados que tínhamos (botas de trilha) mas devido ao gelo não conseguimos avançar muito. Quando o terreno ficava íngreme o piso ficava bem escorregadio. Então após uns 30 minutos resolvemos voltar ao estacionamento e ir embora meio frustrados. Para nossa surpresa quando voltamos ao início do trajeto já havia bastante gente no local e descobrimos um local que alugava equipamentos apropriados para a caminhada no gelo e fomos lá alugar.

Então alguns minutos depois com equipamento apropriado iniciamos novamente a subida até o mirante. O caminho é íngreme e o gelo tornava a subida cansativa mas o visual que se tem de Ushuaia durante a subida compensa. Quando estávamos no meio do caminho o sol desapareceu, esfriou bastante e de repente começou do nada a nevar bastante. Para nós que não estávamos acostumados a neve foi uma festa. Após chegarmos ao mirante cansados e fazermos algumas fotos, não seguimos a trilha e resolvemos voltar ao estacionamento. Quando estávamos terminando a descida a neve parou, o sol voltou e o dia ficou lindo novamente.

Após devolvermos os equipamentos alugados, pegamos os carros e famintos e cansados nos dirigimos ao centro da cidade aonde queríamos experimentar o famoso cordeiro patagônico, assado tradicional na região. Fomos ao restaurante El Greco. O atendimento foi sensacional o preço razoável e o cordeiro estava bom, embora para nós gaúchos que estamos acostumados com esse tipo de carne, sinceramente não achamos nada de extraordinário.

A tarde fomos passear próximo aos cais, local que gera lindas fotos com seus barcos, mar azul, montanhas nevadas e outras atrações. Depois rumamos ao Museu Marítimo e ao Museu do Presídio (ficam no mesmo lugar e se paga um ingresso só). Para quem gosta de história é um passeio bem interessante. Lá se encontra mapas, história da cidade e das primeiras navegações a passarem por essa região e também a história do presídio em si com relatos bem interessantes. Ficamos algumas horas lá dentro para poder ver tudo.

Fechamos o dia jantando no Hard Rock da cidade que tem comida boa e um ambiente bem legal.

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Em 17/02/2023 em 17:44, Robson dos Santos Alves disse:

Dia 07 - Rio Gallegos a Rio Grande (374KM)

Nesse dia acordamos cedo, mas tivemos que esperar as lojas abrirem por volta das 09:00 da manhã para podermos sacar a remessa de dinheiro que havíamos enviado pela Western Union no dia anterior. Log após, abastecemos os veículos (aqui a gasolina estava muito barata também...menos de R$ 2,00) e rumamos para um dia em que apesar de saber que não andaríamos muitos KM, seria cansativo...e realmente foi.

Logo após sairmos de Rio Gallegos, começamos a enxergar cada vez mais placas com a distância para Ushuaia...sinal de que estávamos pertos de realizar o sonho de chegar ao "fim do mundo".

Após rodarmos uns 60 km chegamos a primeira aduana. A saída da Argentina apesar de ter bastante gente foi rápida e organizada. Em 30 minutos todo processo estava terminado. Mas aí veio a aduana de entrada no Chile. Pelo menos nesse dia havia muita gente e muita confusão. Para piorar depois de ficarmos na fila muitos minutos, quando chegou nossa vez de sermos atendidos o atendente disse que não faria nosso atendimento porque estávamos sem máscaras. Tivemos que correr para o carro atrás de máscaras que por sorte havíamos levado. Depois de todo processo feito a pé, fomos para o último procedimento que era de carro. Aí a confusão foi pior ainda. Haviam muitos caminhões, muitas filas confusas. Acabamos ficando quase 1 hora para andar apenas uns 200 metros. Por fim um guarda apareceu, arrumou o trânsito e a fila andou. Finalmente estávamos no Chile.

Mais meia hora de estrada, já era quase meio dia e chegamos até Punta Delgada para pegarmos a balsa para atravessar o Estreito de Magalhães. Ventava muito e nem dava para sair do carro. Pelo menos a balsa chegou logo. Esperamos apenas uns 10 minutos e já entramos na balsa. O pagamento da balsa pode ser feito em pesos argentinos ou pesos chilenos. O valor da travessia no câmbio do dia deu cerca de R$ 115,00. O valor é por veículo independentemente do número de pessoas que estão dentro do mesmo. A travessia é rápida e é possível subir até o topo da balsa para apreciar a paisagem.

Logo estávamos novamente na estrada e 150km depois de muito vento lateral chegamos novamente na fronteira. Pelo menos nessa vez os trâmites em ambas as aduanas (saída do Chile e alguns KM depois entrada na Argentina) foram bem tranquilos e rápidos.

No final da tarde chegamos a cidade litorânea de Rio Grande e fomos procurar hotel para ficar. Para nossa surpresa era início de final de semana e havia um evento na cidade e demoramos muito para achar algum lugar para ficar. Todos hotéis que achávamos estavam lotados. Acabamos achando vaga no Hotel Casino por R$ 380,00 para 4 pessoas com café da manha e sem garagem ou estacionamento, mas um excelente hotel.

Aqui também foi um dos lugares

Foto 2 Adesivo placa Ushuaia.jpg

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Boa tarde amigo, estou em Bahia Blanca rumo a Ushuaia, gracias pelo relato! Uma pergunta: o que te pediram de documentos para entrar ao Chile? Soapex? Sabe se posso fazer por lá? E te revisaram muito o carro? Passou com comida ou teve que dispensar tudo?

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26 minutos atrás, Felypez disse:

Boa tarde amigo, estou em Bahia Blanca rumo a Ushuaia, gracias pelo relato! Uma pergunta: o que te pediram de documentos para entrar ao Chile? Soapex? Sabe se posso fazer por lá? E te revisaram muito o carro? Passou com comida ou teve que dispensar tudo?

Nós tínhamos feito o Soapex pela internet no site da HDI Chile (https://www.hdi.cl/hdi-seguros-home/seguros/seguros-de-auto/soapex/). É simples, rápido e barato. Mas não nos solicitaram em nenhuma aduana chilena. O que pediram foi o básico...documento do veículo e documento de identificação e mais uma declaração de bens que nos deram e tivemos que preencher lá na hora.  O carro foi razoavelmente revistado na aduana. Como sabíamos que não poderíamos entrar com comida, não levamos nada perecível nesse dia.

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