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Israel e Palestina em 13 dias Tel Aviv, Jerusalém, Belém, Hebron e Mar Morto


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Ir para Israel sempre foi um grande desejo nosso. Apesar de não sermos religiosos, aliás de não termos religião conhecer um lugar com tanta história religiosa, com crises políticas tão atuais nos deixava fascinados.

 

Conseguimos uma grande promoção e voamos para Tel Aviv, na conexão em Nova York já percebemos o quanto seria diferente a nossa ida a Terra Santa. Já no terminal em Nova York, mesmo já temos feito todo o procedimento de segurança, como nosso voo iria pra Israel, existia dentro do gate mais um procedimento de segurança, com maquinas de raixo x e revistas pessoais.

 

O novo procedimento para entrada em Israel mudou, não é mais necessário pedir para que não carimbem o passaporte, caso você pretenda viajar para algum país muçulmano futuramente. Hoje em dia a imigração nos entrega um papel a parte, evitando assim problemas futuros.

 

A imigração em Tel Aviv foi muito tranquila, todos muito educados e solícitos.

 

Dentro do aeroporto pegamos a estação de metrô para irmos para o apartamento que alugamos. Alugamos pelo airbnb.com um studio a uma quadra da praia, que saiu muito mais em conta do que ficar hospedado em um hotel.

 

Após descermos do metrô precisávamos pegar um ônibus, e ai começaram os problemas.

 

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Absolutamente nada em Israel está escrito ou traduzido para o inglês, tudo está em hebraico. Sofremos e pegamos o ônibus errado e foi uma luta de sinais para eu explicar aonde queria ir e eles tentando me ensinar em hebraico como ir.

 

Chegamos no nosso studio super arrumadinho e limpinho e de excelente localização, e ali começou meu amor por Israel e pelos israelenses.

 

Na mesma noite saímos para jantar e tomarmos vinho em um restaurante super charmoso com uma comida maravilhosa. Porém, nada em Israel é barato, na verdade achei tudo muito caro. Por exemplo, um prato de massa custou uns USD 30 e uma garrafa de vinho mais barata era USD 40.

 

Como já era tarde fomos dormir, porque o turismo começaria no dia seguinte.

 

No dia seguinte decidimos fazer toda Tel Aviv a pé. E começamos pela orla e íamos entrando nos lugares.

 

E foi assim que comi o primeiro de muitos falafels. E foi uma experiência única, num local tipicamente de locais e a gente fazendo mímica e ela respondendo apontando para as comidas.

 

Dali seguimos para conhecer os pontos turísticos. A praia é bonita, limpa e bem organizada. Famílias inteiras passeando, gente correndo, muita gente andando de bicicleta.

 

E como era meu aniversário, nada como parar em um lindo restaurante na beira da praia e beber uma garrafa de vinho branco apreciando a linda vista do mar Mediterâneo.

 

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Uma coisa me deixou impressionada na cidade, eles amam cachorros e tem muitos deles. Outra, eram os gatos lindos e bem tratados que vivam na rua e a população os alimentava.

 

Eles também não jogam comida como os pães no lixo, eles deixam em cima do muro da porta de casa para que outros possam pegar e comer, tudo embaladinho.

 

Continuando nosso passeio acabamos parando e passeando por um bairro muçulmano e descobrimos a vodka da maconha. Bom, até hoje não sei se tem algum cannabis na sua formula.

 

A noite para comemorar meu aniversário, fomos jantar no Mexicana, um restaurante super bacana. E lá conhecemos duas pessoas fantásticas. Um israelense e outro era do Uzbequistão, passamos a noite bebendo e conversando com eles. Descobrindo um pouco da culturas local, bebendo mais ainda e ali nos despedimos.

 

Como era cedo, fomos para um bar bem badalado e muito caro. Fiquei impressionada com o preço das bebidas. Como fizemos amizade e contei que era meu aniversário, eu ganhei muitos “Mazel Tov” do bar inteiro aos berros e de quebra meu presente foi bebida de graça a noite toda. Me diz, tem como não amar um povo assim, que te dá bebida de graça e passa a noite toda te desejando felicitações?

 

Conhecemos muitas pessoas legais neste dia.

 

No dia seguinte decidimos andar de bicicleta e fazer Tel Aviv de bike. Fizemos desta vez a parte norte. Vimos uma praia totalmente fechada que era exclusiva para judeus ultra ortodoxos. Somente eles podem entrar e não conseguimos ver o que se passa lá dentro.

 

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A noite fomos em um grande shopping da cidade. Na porta, havia seguranças revistando as pessoas, mas nós não fomos para a revista.

 

Tel Aviv é moderna, com pessoas modernas e se você acabar indo para Israel durante o Shabat, tudo lá estará funcionado.

 

Antes de irmos embora de Tel Aviv, decidimos fazer uma tattoo em hebraico para eternizar o momento.

 

Escolhemos o estúdio Urban Ink, e tivemos uma incrível experiência de nos tatuarmos com um russo, que odeia religião e seu pai é da máfia russa. Foram muitas historias que ouvimos do tatuador.

 

De lá seguimos para a rodoviária, e como era Shabat os ônibus iriam parar de funcionar as 17:00.

 

Ao chegar na rodoviária as 16:30, nos deparamos com a rodoviária vazia e alguns membros do exército patrulhando o local.

 

E ali tivemos uma experiência desagradável. Pedimos ajuda ao militar e como ele não falava inglês nos mandou ir conversar com dois judeus ultra ortodoxos que ali estavam pois aqueles falariam inglês.

 

Ao pedir informação de onde pegaríamos o ônibus, eles fingiram que não falavam inglês. Fingiram, pois logo que ele se negou a nos dar informação, um israelense veio e nos informou em inglês onde seria o local. E então, os dois ultra ortodoxos, vieram indagar ao Rodrigo, em um inglês perfeito, se por um acaso ele era judeu. Rodrigo disse que não e falei pra nem dar trela e saímos andando deixando eles falando sozinhos.

 

O problema aqui é que sou aversa a qualquer tipo de fanatismo, inclusive o religioso. Não consigo imaginar o por que de sermos ou não judeus implicaria em algo para recebermos uma informação. Eles olhavam de cara feia as tatuagens do Rodrigo e foi algo desagradável de se passar.

 

Sou uma pessoa que gosta de aprender com o diferente, de respeitar aquilo que é diverso. E ainda no avião vi muitos ultra ortodoxos discutindo e sendo grosseiros com as comissárias e isso me incomodou.

 

Vi muitos documentários sobre o comportamento dos judeus ultra ortodoxos e fiquei muito receosa. Documentários onde eles, muito extremistas, não aceitam o Estado de Israel, subjugam as mulheres, se recusam a andar na mesma calçada em que elas, um onde uma criança americana foi chamada de vadia por estar indo para escola de bermuda e coisas piores.

 

Já no ônibus, o trajeto para Jerusalém durou uma hora e o buzão ainda tinha wifi de graça.

 

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Chegamos em Jerusalém no dia do Shabat. O Shabat é o dia de descanso semanal no qual o judaísmo inicia o seu descanso no pôr do sol de sexta até o final do dia de Sábado.

 

Fomos para o nosso studio que alugamos também pelo airbnb.com em Jerusalém e o lugar era perfeito, bem localizado e super arrumado.

 

Chegamos no nosso studio e fomos dormir, pois ainda estávamos sentindo o efeito do fuso, acordamos tarde da noite morrendo de fome e resolvemos andar pela cidade sem rumo. Ficamos assustados pois, estávamos morrendo de fome e tudo estava fechado e a cidade deserta. Caminhamos por mais de 30 minutos sem ver uma alma pela rua, quando de repente nos deparamos com um quarteirão, que depois descobrimos ser o centro de Jerusalém, cheio de bares abertos e restaurantes, a nossa primeira impressão foi de surpresa pois, era Shabat e não entendíamos aquela cena, vimos judeus bêbados cantando alto pelas ruas, militares mulheres fumando e bebendo fardadas, e uma vida noturna bastante agitada. Nos sentimos num oásis, conseguimos comer uma pizza folheada, aliás a melhor que já comemos, ficamos um tempo por ali e voltamos para o nosso studio.

 

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No dia seguinte pegamos um táxi, pois tivemos bastante dificuldade me utilizar ônibus (tudo em hebraico) e fomos para old city, assim que chegamos ficamos encantados com o lugar, parecia um filme do Aladdin, tendas e mais tendas vendendo de tudo, especiarias, roupas, artigos religiosos. A nossa primeira parada foi no quarteirão cristão, na igreja do santo sepulcro.

 

É a igreja aonde Jesus foi crucificado e ressuscitou, sendo a igreja mais sagrada da cristandade. No primeiro ponto de parada marca o local aonde Cristo foi ungido e envolvido antes do enterro, nesse ponto haviam muitos fiéis tocando a pedra da unção ajoelhados. Fomos até o túmulo aonde Cristo foi enterrado, entramos em uma fila, e após alguns minutos adentramos no santuário segundo a história estaria enterrado Jesus Cristo. Ficamos perplexos, pois por não sermos religiosos, mas mesmo assim, sempre estamos buscando entender sobre todas as religiões, descobrimos que no cristianismo, não temos só evangelhos, luteranos, católicos pois, no interior da igreja do Santo Sepúlcro haviam, Cristãos Gregos Ortodoxos, Armênios, entre outros tipos de cristãos.

 

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As igrejas Ortodoxa, Católica Romana, tem o direito sobre o interior da tumba e todas as três celebram missas diariamente, revezando entre si.

 

Após fomos para o monte do templo, bem bonito, todo revestido de ouro e mosaicos, logo abaixo e próximo está o muro das lamentações, visitamos o muro e deixamos os famosos bilhetes com pedidos de pessoas queridas. No muro existe uma separação, de um lado somente mulheres e do outro homens.

 

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Dois depois retornamos a old city, e fizemos questão de visitar novamente a igreja do santo sepulcro, dessa vez enquanto visitávamos, estava iniciando-se uma missa e os religiosos convidavam todos os presentes a participar, foi bastante espirituoso. A missa estava percorrendo o caminho de Jesus dentro da igreja, seguindo os pontos que Jesus seguiu.

 

Fomos ao monte das oliveiras e visitamos a igreja de santa Maria Madalena, esta com enormes cúpulas douradas. Nessa hora iniciou o nosso calvário, pois queríamos muito visitar o túmulo de Oskar Schindler, andamos quase que 4 horas atrás do local exato, e ao chegar no local este estava fechado, foi frustrante.

 

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Jerusalém é uma cidade linda, tem um charme indescritível, possui um enorme parque que podemos ver indianos, árabes, judeus e todo tipo de gente por lá, em um dia de ensolarado.

 

A coleta seletiva de lixo é levada a risca e podemos ver quase que a cada esquina enormes gradeados para descarte de garrafas pet e lixos plásticos.

 

Jerusalém foi uma das cidades mais bacanas que já conhecemos, pela riqueza de histórias, pela magia do lugar e o clima frio bastante agradável.

 

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Ainda em Jerusalém, compramos um tour guiado pela Palestina, que incluía ir em Belém, campos de refugiados e em Hebron.

 

Contratamos o Green Olive Tour, que eu recomendo por todo profissionalismo deles.

 

O tour tinha um grupo pequeno e nossa primeira parada foi na cidade palestina de Belém. Diferente do que eu imagina, Belém é uma cidade super arrumadinha, limpa e a sua maioria são cristãos.

 

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Nosso guia era um cristão que vive com a família em Belém e nos mostrou toda a problemática política que eles vivem por conta dos assentamentos judeus criados pelo governo de Israel.

 

Paramos na Igreja da Natividade, local onde Jesus teria nascido. A Igreja estava sendo reformada, e assim como na Igreja do Santo Sepulcro ela tem três donos, que são os católicos apostólicos romano, os gregos ortodoxos e armênios ortodoxos.

 

No momento que chegamos era o momento dos armênios celebrarem a missa no local em Jesus nasceu, e tivemos que esperar eles acabarem e nos autorizarem e visitar rapidamente o local.

 

O local que seria onde Jesus nasceu fica no subsolo da Igreja, abaixo do altar. É um local pequeno e espremido onde podemos ver uma pequena estrela onde seria este o exato local.

 

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Dali fomos conhecer um campo de refugiados na cidade. Nos foi explicado toda a problemática que os refugiados enfrentam e adentramos no campo para ter ideia de como eles vivem.

 

Sinceramente, se comparado a qualquer favela no Rio de Janeiro aquele campo é ótimo.

 

Nossa próxima parada foi um dos pontos mais altos do tour. Fomos conhecer os famosos muros que Israel construiu para separa-los da Palestina. Ali, vimos a dimensão e grandiosidade da coisa. Os muros são muito altos e passa por toda a cidade. Pudemos deixar mensagens nos muros, pichando-os.

 

Dali fomos para Hebron, que fica na Cisjordânia, que fica para uma próxima postagem.

 

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Hebron é uma cidade da Cisjordânia que está sob ocupação de Israel e o local é reclamado tanto pela Autoridade da Palestina como pela Jordânia.

 

Sua maioria é árabe e é lá que está os túmulos de Abraão, Isaac e Jacó.

 

Assim que chegamos na cidade, recebemos vários tipos de orientação de como nos portar, pois passaríamos por muitos check points militares.

 

A região tem diversas divisões militares pois há muitas famílias israelenses vivendo no local, o que tem gerado muitos conflitos, com muitas mortes.

 

Hebron é divida em duas regiões, H1 que esta sob autoridade palestina e os judeus não podem entrar e H2 que também era habitada por palestinos mas ficou sob o controle de Israel.

 

Hebron para mim foi como andar em meio ao cenário de uma guerra muito injusta. Nós estávamos com ativistas que pedem a desocupação dos assentamentos israelenses em Hebron.

 

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Entramos pela área que um dia deve ter sido um comércio muito intenso, mas que hoje, por conta da ocupação de militares se transformou numa rua onde vemos árabes vivendo numa situação quase que de mendicância.

 

Eles imploravam para comprarmos algo, acabamos comprando um pãozinho que custou centavos de NIS. Mais a frente um senhor me abordou vendendo lenços de papel que me custou 1 NIS um pacote.

 

Exatamente em cima da rua dos comércios, ficava alguns apartamentos israelenses, como poucas famílias morando por ali. Essa famílias jogavam pedras, atiravam ovos nas mercadorias , sendo necessário colocarem uma rede de proteção para evitar que mais objetos fossem jogados.

 

Neste local, muitos árabes pediam que nós mostrássemos para o mundo a situação absurda em que eles vivem.

 

Mais a frente, e passando por mais um check point, entramos em uma área na qual o nosso guia não pode passar por ser palestino, e somente judeus poderiam entrar. Nesta rua, praticamente deserta, todas as lojas que ali existiam estavam fechadas. Muitas com marcas de tiros, janelas quebradas, pichações com palavras de ódio de novamente mais um check point com militares judeus armados.

 

Nosso guia nos esperou do lado de fora e pediu que seguíssemos sozinhos para conhecer o local, deixou muito claro que deveríamos andar reto por uns 10 minutos e que em hipótese nenhuma deveríamos virar ou entrar em outra rua. Também nos informou que não poderíamos tirar fotos dos judeus ultra ortodoxos que ali viviam, pois eram extremamente agressivos.

 

E nessa rua pude ver uma escola com muitas crianças judeus ortodoxas, bem como de longe víamos um grande assentamento judeu com muitas casas ainda em construção. Havia também placas com fotos de pessoas mortas pelo conflito do local. Muitas foram mortas em atentados terroristas com homem bomba promovidos pelo lado palestino.

 

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Voltando ao encontro do nosso guia/ativista, fomos almoçar em uma casa de família árabe.

 

Era uma casa grande, e nos serviram arroz, frango e coca cola.

 

Dali, iríamos para a Mesquita de Abraão e novamente recebemos mais instruções, que mostra como aquele local é cheio de conflitos.

 

O Túmulo dos Patriarca é onde está os túmulos de Abraão e Sara, Jacó e Lea e Isaac e Rebeca, e em volta fora construído um monumento que os muçulmanos transformaram em mesquita de um lado e os judeus em sinagoga do outro.

 

Ocorre que a mesquita e a sinagoga eram num único local, onde muçulmanos tinham acesso a sinagoga e vice versa. Mas como um matava o outro, decidiram dividir em dois. Mas isso não foi o suficiente para acabar com os conflito, nosso guia nos explicou que em 1994 durante o Ramadã, um judeu de extrema direita entrou na mesquita pelo lado da Sinagoga e atirou contra os palestinos, matando em torno de 50 muçulmanos e mais de 100 ficaram feridos.

 

Nos foi explicado que todos deveríamos dizer aos militares que éramos cristãos para poder entrar na sinagoga, pois é proibido a entrada de muçulmano, caso esses nos perguntassem.

 

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E eu fui premiada com a pergunta vinda de soldado israelense, com seus óculos Ray Ban e todo galanteador pra cima de mim. E informei que nosso grupo era todo de cristãos, apesar de ter uma americana que se converteu ao islamismo durante seu trabalho em Abu Dhabi e ela era uma presença desagradável no nosso grupo, gostando de mostrar que sabia falar árabe e que não queria mentir sua religião para entrar na Sinagoga.

 

Se não quer mentir, não entre, simples. Mas a chata ficava argumentando durante todo o almoço e enchendo o saco. Mas claro, que ali tudo era uma balela dela e ela não só entrou como mentiu.

 

Passamos por um check point ridículo, digo isso, porque todos os detectores de metal apitavam por conta das nossas maquinas e chaves e eles somente nos perguntavam se estávamos com armas e facas. (???) Oi? Se eu tivesse eu viria contar?

 

Ao entramos na Sinagoga havia alguns judeus rezando por ali. No meio havia um local com paredes envolta de um túmulo com vidros a prova de bala. Depois fui entender que aquele local também dava acesso a mesquita, e por questão de segurança, dividiram em dois o prédio e colocaram vidros a prova de bala. Para que um povo não matasse o outro.

 

Enquanto estávamos na Sinagoga, entrou um grupo vestido a paisana fortemente armados.

 

De lá, fomos para o lado palestino para entrar na mesquita. Fizemos mais um check point, desta vez com militares palestinos, lá nem detector de metais funcionava.

 

Após caminhamos mais um pouco era o momento de ir embora. Caminhamos novamente H1, onde havia crianças brincando e fomos embora.

 

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Após o dia em Hebron, estávamos decididos a irmos visitar o Egito ou a Jordânia. Ambos os destinos iríamos até o extremo sul de Israel, cidade de Eilat e de lá atravessaríamos a fronteira para o Egito ou para a Jordânia. Deixamos alguns dias livres para decidirmos na hora o que queríamos fazer.

 

Após pensarmos bastante levando em conta o custo que teríamos e principalmente, o fato de que haveria um Shabat no dia anterior a nossa volta para o Brasil por Tel Aviv, fato que dificultaria muito qualquer translado, comércio, e decidimos ficar por Israel mesmo.

 

Acabamos decidindo que iríamos alugar um carro em Jerusalém e passaríamos os próximos dias rodando todo a região do mar morto. Conseguimos uma boa promoção on-line através da empresa Eldan por uns 40 dólares por dia, porém no dia seguinte quando nos dirigimos a empresa para retirar o carro e pagar, fomos surpreendidos com o fato de que a empresa efetuaria um depósito de segurança em nosso cartão de crédito num valor absurdo, algo em torno de 3 mil dólares, se optássemos por não utilizar o seguro. Essa era a nossa opção pois, através de nosso cartão já teríamos a cobertura que queríamos. Ainda acabamos alugando um GPS, que nada mais é do que um Ipad com 3G. Acabamos recebendo o nosso carro, que era um fiar câmbio manual e bastante ruim.

 

O carro estava com a marcha solta, a ré engatava com dificuldade e o motor bastante fraco. Acabamos optando por pagar o seguro da empresa, pois não queríamos o nosso limite de cartão travado pela Eldan. A nossa reserva on-line, não pôde ser usada e acabamos fazendo uma nova na hora com o seguro deles, acabou que a brincadeira saiu quase 400 dólares pelos 3 dias.

 

Enfim pegamos o nosso carro e fomos para o mar morto, na parte da tarde.

 

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Assim que se chega na parte norte do mar morto, a primeira parada é no Mineral Beach, a entrada é paga e como fomos mais para o fim da tarde pagamos meia entrada. O lugar em si é bem simples e básico, com algumas cabanas, chuveiros, lama do mar morto, vestiário e uma lojinha logo na entrada, já a área para banho no mar é restrita a uma pequena região.

 

Mergulhar no mar morto é algo indescritível, você realmente se sente em cima daqueles tapetes flutuantes de piscina. Não pode molhar o rosto na água, e o Rodrigo curioso resolveu colocar a língua levemente na água para "sentir" o gosto do sal, pois bem a língua ardeu tanto que ficou com os olhos cheios de lágrimas. Nos enchemos de lama do mar morto e ficamos no sol esperando aquilo encrostar, muito engraçado.

 

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Após algumas horas nos divertindo em Mineral Beach, pegamos o nosso carro e continuamos nossa viagem direção ao sul. Passamos de carro por um check point na estrada e a militar que era uma mulher ficou super surpresa, quando falamos que éramos brasileiros.

 

Continuamos beirando o mar morto até o sul, em lugar chamado Ne'Ot Hakikar, fica exatamente na fronteira com a Jordânia e é um vilarejo de poucas ruas, alugamos uma cabana super legal por lá.

 

O dono só possui três propriedades para alugar e só tinha disponibilidade para uma noite, pois quando vimos o lugar queríamos ter ficado por lá mais alguns dias.

 

As outras duas cabanas estavam ocupadas por duas famílias de judeus bastante religiosos, segundo o dono, uma família era americana e outra de Israel mesmo.

 

Fomos ao único mercadinho da cidade e ficamos super curiosos, pois a cidade estava cheia de asiáticos, percebemos que no mercado a maioria dos produtos eram tailandeses. Perguntamos para o dono das cabanas, e este nos informou que os tailandeses trabalhavam nas plantações, pois ali ao lado existiam enormes estufas, no meio do deserto.

 

Chegando a noite estávamos em nossa varanda, bebendo um vinho e conversando, quando percebi que o vizinho da cabana ao lado que era o americano (médico), estava sentado com seu filho, ensinando hebraico para ele.

 

Fomos dar uma breve caminhada e podíamos ver as luzes nas montanhas um pouco a frente que eram da Jordânia.

 

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Após algumas horas nos divertindo em Mineral Beach, pegamos o nosso carro e continuamos nossa viagem direção ao sul. Passamos de carro por um check point na estrada e a militar que era uma mulher ficou super surpresa, quando falamos que éramos brasileiros.

 

Continuamos beirando o mar morto até o sul, em lugar chamado Ne'Ot Hakikar, fica exatamente na fronteira com a Jordânia e é um vilarejo de poucas ruas, alugamos uma cabana super legal por lá.

 

O dono só possui três propriedades para alugar e só tinha disponibilidade para uma noite, pois quando vimos o lugar queríamos ter ficado por lá mais alguns dias.

 

As outras duas cabanas estavam ocupadas por duas famílias de judeus bastante religiosos, segundo o dono, uma família era americana e outra de Israel mesmo.

 

Fomos ao único mercadinho da cidade e ficamos super curiosos, pois a cidade estava cheia de asiáticos, percebemos que no mercado a maioria dos produtos eram tailandeses. Perguntamos para o dono das cabanas, e este nos informou que os tailandeses trabalhavam nas plantações, pois ali ao lado existiam enormes estufas, no meio do deserto.

 

Chegando a noite estávamos em nossa varanda, bebendo um vinho e conversando, quando percebi que o vizinho da cabana ao lado que era o americano (médico), estava sentado com seu filho, ensinando hebraico para ele.

 

Fomos dar uma breve caminhada e podíamos ver as luzes nas montanhas um pouco a frente que eram da Jordânia.

 

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A cidade de Arad fica a uns 30 minutos do mar morto, subindo pelo deserto de Massada. Fomos para Arad e assim que chegamos percebemos ser uma cidade bastante religiosa pois, vimos muitos judeus ortodoxos pelas ruas.

 

Fomos para o apartamento que alugamos, era perfeito tudo meticulosamente arrumado, aliás acho que essa é uma característica do judeu, pois essa viajem inteira para Israel ficamos em apartamentos alugados e todos eles estavam impecáveis em termos e limpeza, qualidade do móveis, cama, roupa de cama, etc.

 

Passeamos em Arad no dia seguinte que era Shabbat e no centro da cidade, tinham alguns mercados abertos, eram mercados russos e não fechavam no Shabbat, nos sentimos no paraíso. Compramos frios, queijos, coisas que só acharíamos nesse tipo de mercado, como um linguiça para fazermos um cachorro-quente.

 

Arad, assim como a todas os lugares que passamos em Israel era cheia de gatos de rua, todos sempre bem alimentados e lindos. A Anne adotou alguns durante essa viajem, eram latas e latas de atum todo dia.

 

Por fim fomos de carro de Arad para Tel Aviv, uma viajem tranquila. As estradas em Israel são excelentes, todas muito novas e bem pintadas.

 

Chegando em Ben Gurion (aeroporto de Tel Aviv), partimos de volta em nosso voo sofrido para o Brasil.

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  • 2 semanas depois...
  • Membros

Muito legal o relato !!! Obrigado por compartilhar !!! Pegando várias informações estarei em Jerusalem agora em Novembro.

 

Também estou em dúvida parecida com a sua: "Ir" ou "não ir" para Jordânia ....gostaria muito porém acho que estou com o tempo um pouco curto.. ::otemo::

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  • 1 ano depois...
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Amigos, quero ir para a palestina visitar meu marido, pelo visto devo mesmo ir por israel. Se for interrogada nas fronteiras, vou mentir dizendo q estou indo a turismo, pois tenho medo deles me criarem problemas. Será q eles criam caso com quem viaja sozinha? Por causa do meu casamento tenho um sobrenome árabe, será q eles podem implicar?

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  • 3 semanas depois...
  • 1 ano depois...
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Oi @Elisilva 18!
Tudo bem?
O Mochileiros.com não vende pacotes turísticos.
O site é uma comunidade de viajantes independentes, que viajam por conta própria.
Por aqui você encontra experiências de outros viajantes, dicas, informações e serviços que podem ajudar você mesma a fazer a sua viagem (sem um pacote) para Israel por exemplo (e ou outros destinos). Você pode buscar por roteiros já feitos e colocar a ideia do seu para outro(s) viajante(s) opinar(em); ler as várias e ricas histórias de viagens (onde além de inspiração irá encontrar dicas e muita informação) publicadas no site e eventualmente, até encontrar companhia para viajar. (nos Roteiros de Viagem, Relatos de Viagem e Companhia para Viajar, respectivamente).
Este post também poderá ajuda-la caso você queira fazer uma viagem mochileira: http://mochilabrasil.uol.com.br/blog/guia-do-mochileiro-de-primeira-viagem
Abraço :)

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