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Mil Perrengues: Bolívia, Chile e Peru


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Oloco Gerson, que festa é essa meu camarada! Uns argentinos ficaram no LOKI e disseram que tinha um lance com garrafa mesmo, mas estavam tão brisados que não souberam informar se giraram ou enfiaram o gargalo HAHAHhhahahaa...Histórias da Bolívia... :!:

 

Ei Mauro, prometo que hoje sai mais uma parte, juro, rs.

 

Abraço a todos que estão acompanhando.

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Opa, vou fazer o seguinte :

 

Sta. Cruz > Sucre > Potosí > Uyuni > SPA > Calama > Iquique > Tacna > Arequipa

> Ica > Paracas > Lima > Huaraz > Lima > Cusco > Copacabana > La Paz > Chochabamba > Sta. Cruz

 

36 dias !!!

 

TO MALUCOOOO, vo pra Huaraz !!!!!

 

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Quem quiser mais detalhes acessa o meu blog DE MOCHILA E BOTA >

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  • Membros

Me acabando de rir com o relato... ::lol4::

 

Não tenho nenhuma previsão de fazer esse roteiro que tenho tanta vontade, pois a digníssima esposa turista me mataria já em Sucre, mas tô invejando cada perrengue de vocês...

 

No aguardo dos próximos capítulos...

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  • Membros

Olá Laiza,

 

Como fomos em Março/Abril, não pegamos tanto frio durante quase toda a viagem, exceto em Uyuni. Para o deserto, levamos 2 fleeces, uma segunda pele (perna e tronco), calça de trilha (aquele material mais grosso e resistente), um corta vento impermeável e, de garantia, um casaco mais grosso, também impermeável. Como pode notar, demos mais ênfase aos materiais impermeáveis, pois pegamos o final do período de chuvas, mas acredito que um sistema de camadas bem feito (segunda pele+fleece+corta vento), associado a um outro casaco para aqueles dias em que o frio pega muito, deva dar conta...No mais, aproveite a Trip e não encane muito, tem gente que vai com roupa normal e não sente frio, vai um pouco da sua sensibilidade ao clima. ::Cold::

 

Abraço.

Editado por Visitante
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  • Membros

16.03.2014 – Salar: 2º dia

 

Após esperar uns 40 minutos em frente à masmorra, subimos em nosso 4 x 4 e partimos rumo à Reserva Nacional de Fauna Andina “Eduardo Avaroa”, com a promessa de paisagens belíssimas e lagoas de cores impressionantes, além dos flamingos e tudo o mais que a gente vive pesquisando antes de sair do Brasil.

 

Este dia é, ao mesmo tempo, o mais tranquilo e o mais cansativo.

 

Tranquilo porque passamos horas dentro do 4x4, sem ter que andar muito ou subir morros, ficar debaixo do Sol e essas coisas. Cansativo porque passamos muito tempo sentados, viajando no meio do deserto, isso, com o tempo, cansa um bocado. Você cochila, acorda, toma água, cochila, acorda, grita: “Olha! ...ah, não era nada, pensei que você um bicho...”. E assim vai.

 

As paisagens pelo caminho realmente impressionam, não só nós, brasileiros, mas a gringaiada também. Cansamos de ouvir que foram as paisagens mais lindas e diferentes que já viram em toda a vida, isso de gente que viaja há tempos, pra tudo quanto é canto do planeta. Dá uma olhada aí:

 

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Como esse dia é mais para tirar fotos e apreciar as paisagens, aproveite para criar um vínculo maior com o seu grupo, puxe conversa, os gringos são mais fechados mesmo, estamos acostumados com a galera do Brasil, que faz piada de tudo e já vai fazendo amizade, eles não têm esse costume, então, seja brasileiro com eles também :wink:

 

A Reserva Nacional é um lugar bem bonito e muito bem cuidado, isso porque cobram 150 BOB pra entrar, sem choro.... Até quem recebe em euros achou caro, imagina a gente...Mas, ao menos cuidam do lugar, é uma pena alguns lugares pelos quais passamos, estarem pixados, com lixo e sem cuidado algum.

 

Neste dia também que você avistará a famosa “Árbol de Piedra” e passará pelo deserto de Siloli. São lugares legais, mas achei que o tempo que tivemos para aproveitar cada um são muito curtos, talvez porque o tal refúgio seja distante e o pior pesadelo dos guias é dirigir à noite no deserto, porque eles se orientam pelas montanhas, já que sinal de GPS ou celular nem pensar naquelas bandas.

 

O almoço na Reserva foi bem gostoso, debaixo de um quiosque e com uma vista linda das lagunas com os flamingos ao redor.

 

Aproveitamos o momento pra refletir sobre esses bichos. A alemã disse que eles se alimentam de microorganismos presentes nas lagunas, o guia Edwin confirmou e disse que este é o motivo da sua coloração rosada. Perguntei se a água é salgada, por causa do deserto de sal e realmente é bem salgada, mas os flamingos não ligam, devem ser chegados a uma tequila...

 

Nessa, o Nick que tentava entender alguma coisa do papo, disse que era fazendeiro na Austrália e nos contou umas histórias bem engraçadas, esse cara era muito divertido.

 

Saindo do parque, andamos mais um monte até nosso refúgio, aquele que a dona Andrea disse ser horrível, muito simples, com animais ao redor, lembram? Foi uma das melhores hospedagens que tivemos em toda a viagem!

 

Chegamos já no final do dia, quase escurecendo. O frio começou a pegar nessa hora, fazia muito, mas muito frio. Nesse dia que decidimos pular um banho, rs. Pô, o chuveiro fica do lado de fora! Naquele deserto gélido, com possíveis animais rondando...Nem f**** que iríamos tomar banho hoje!

 

Poxa, essa noite certamente foi uma das mais agradáveis. Ficamos todos do 4x4 juntos no mesmo quarto, parecia um alojamento daqueles filmes da sessão da tarde sobre acampamento de férias, manja? O refeitório era a área comum, onde estavam todos de todas as demais agências. Havia uma espécie de lareira ao centro e mesas separadas para cada 4x4.

 

Logo de cara, serviram chá com bolachas. Gato escaldado...Comemos, de novo, kilos de bolacha com litros de chá, o que foi bom, mas nos arrependemos depois, porque a janta estava deliciosa!

 

Serviram uma sopa muito boa de entrada, com macarrão ao sugo e queijo ralado de prato principal, uns pãezinhos muito bons, refrigerante, água e uma garrafa de vinho.

 

Nessa, o vinho fez toda diferença. :D

 

Começamos a divagar sobre os chocolates e canivetes suíços, que as suíças se orgulham bastante. Depois ficamos ensinando a galera a dizer “leite”, “dente”, pois eles dizem que o português parece mandarim (chinês), escrevemos de um jeito e falamos de outro, eles não acreditam nisso, disseram que a nossa língua é a mais difícil de todas (olha quem fala!) e ficamos lá batendo papo.

 

Como o vinho faz milagre, começamos a falar “línguas” HAHAHAHhahhaa, chegou num ponto que todo mundo falava alemão, inglês australiano, português, brasileiro, suíço, ahahahha, foi bem divertido.

 

Aí que surgiu o tal do banho de gato. As suíças, que não tomavam banho desde Uyuni e já estavam sendo perseguidas por chacais, disseram que iriam tomar banho depois da janta. A alemã topou e o Nick já havia tomado logo que chegou. Então a Miriam falou: “Ah, está muito frio, vamos tomar um banho de gato mesmo”. Aí a galera ficou com aquela cara de paisagem né...banho de gato? Perguntou a suíça que falava espanhol. Sim, falamos banho de gato no Brasil, explicando que iríamos passar uns lenços umedecidos pelas partes e tals, que tava valendo. A alemã entendeu e tentou traduzir pro Nick, que estava viajando, mas ele não sacou. Então eu soltei a pérola: “Hey Nick, CAT SHOWER!”.

 

O cara passou mal de rir e começou a fazer gestos de gato se lambendo, achando que os brasileiros tomam banho de língua! SHSHHAAHAHHAHA. Ele disse que iria digitar no Google: “Brasilian Cat Shower” e o problema é que já estávamos meio bêbados (lembra do álcool + altitude?) e tivemos um ataque de risos, uns malucos da outra mesa acharam que estávamos comemorando, levantaram os copos brindando, umas espanholas começaram com as danças doidas delas em volta da lareira de carvão, aí chegou um tiozinho lá de fora, chapado e chutou a porta! Cara, o cat shower quase acabou com a noite!

 

Pra fechar, a alemã já havia esquecido que estava na Bolívia e só falava alemão comigo e com o Nick, estávamos rindo muito do lance todo. Aí eu peguei uma frase dela com “rucksack” no meio, que em alemão é mochila e tentei explicar ao Nick. Só que o cara estava muito loco e começou a gargalhar e coçar o seu “rucksack” em público! Teve um povo que achou que era dança e começou a imitar o Nick, meu, virou uma zona aquele lugar! De novo!

 

Recuperados do ataque de risos e com seus rucksacks em dia, fomos nos ajeitar pra dormir.

 

Como as camas eram todas de solteiro, cada um foi arrumar a sua, que, aliás, era muito confortável e com cobertores suficientes (desde que você faça um plus com fleece, segunda pele, meias, gorro e luvas).

 

Perguntamos ao Edwin, qual era a altitude que estávamos naquele refúgio e a resposta foi: “Mais de 5 mil metros (!)”. Nessa noite sofremos um pouco com a maldita. O nariz da Miriam sangrou bastante e eu tive dores de cabeça, mas suportável.

 

O problema foi de madrugada. Lembra que a janta estava uma delícia? Pois bem, abusei e quebrei a regra 17 do nosso código: “comer demais em altitudes elevadas”. Resultado: Virei o Rei do Deserto de Sal.

 

Até aí normal, todo mundo reinou nessa trip. Só que eu, fui coroado bem na madrugada mais fria de toda a minha vida!

 

O banheiro ficava nos fundos do refúgio, então, lá pelas 3h da manhã, acordei com um nó nas tripas...Meu, doía muito! Me arrastei feito uma cascavel por debaixo dos cobertores e me dirigi ao banheiro.

 

Saí do quarto e descobri que não tinha luz naquele lugar! Um breu total. Voltei me arrastando para o quarto, procurei minha mochila pelo olfato e achei minha lanterna. Voltei ao corredor e percebi que estava muito frio, mas muito frio mesmo, vocês não imaginam como...

 

Cheguei na casinha e SURPRESA! HAVIA UMA BURACO NA PAREDE! Imagina você com uma dor de barriga absurda, sentado num vaso sem almofadinha, numa casinha feita de sal e uma janela quadrada SEM VIDRO! O vento ártico do deserto entrava e corria pela sua nuca! Minha coluna virou uma barra de gelo e eu já nem tremia mais...Rezava pra acabar logo com aquilo, mas o macarrão foi impiedoso! Foi quando comecei a ouvir um uivo...Cara, gelei (como se já não estivesse gelado). Tentava iluminar lá fora com minha lanterna 2,5 watts que mais parecia uma vela. Me concentrava nas dicas do Bear Grylls que, na hora do pavor, você só lembra de quando deu merda no programa, enfim, fiquei ali apavorado, literalmente com as calças nas mãos...

 

E eu nem sei que bicho feroz existe naquele lugar! Mas como a dona Andrea fez o favor de comentar, fiquei encanado com isso. Não sei quanto tempo fiquei sentado, humildemente, esperando a morte chegar, só sei que, quando meu reinado acabou, voltei correndo pro quarto! Entrei debaixo das cobertas, tremia de frio e só pensava em voltar a dormir, porque o dia seguinte acordaríamos muito cedo e...TRIM, TRIM, TRIM...tocou a porra do despertador!

 

Levantei feito um zumbi, P da vida e fui lá trocar de roupa. Todos alegres com a excelente noite de sono, contando vantagem dos seus cobertores e meias de alpaca...humpf...

 

Tomamos café da manhã, bom por sinal, com geleia, pães, chá e etc., e fomos subir a tralha no 4x4. Quando abriram a porta, não acreditei no frio que fazia. Era demais.

 

Acordamos (nem dormi) às 4h30 da matina, arrumamos as coisas na correria, subimos tudo no jipe e já saímos, tudo em meia hora! É assim por causa dos “geysers”, que só podem ser vistos nesse horário.

 

Entramos no 4x4, todos tremendo de frio, mas felizes por mais um dia de aventura...

 

Próxima parada: Los Geysers.

 

Notas:

Entrada Reserva Nacional: 150 BOB

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