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  1. Pessoal, como não consegui garimpar na internet os circuitos que integram os dois parques e antecipar o que fazer com tão pouco tempo disponível, coloco aqui um guia o mais completo possível com as informações após a viagem. Aviso que será um post longo porque a região é complexa e enorme. O planejamento e escolha dos lugares e circuitos é essencial para aproveitar o máximo da viagem. De qualquer forma, você só conhecerá o essencial. Nem sei quanto tempo seria necessário para conhecer só os sítios arqueológicos da Serra da Capivara. A região é riquíssima de sítios, formações geológicas e descobertas sobre a história do homem que não existem em outra parte do planeta. GUIA COMPLETO Data da Viagem: SETEMBRO DE 2017 Informações Iniciais: Ida: João Pessoa/PB – São Raimundo Nonato/PI, via Petrolina/PE ~ 1.210 km (2 dias) Volta: São Raimundo Nonato/PI – João Pessoa/PB, via Ceará, com parada para dormir em Juazeiro do Norte/CE ~ 1.200 km (2 dias) Gasolina (preço médio do litro R$ 4,15): ~ R$ 1.200,00 (~ R$ 240/Pessoa) + R$ 150 conserto do cano de descarga (R$ 30/pessoa) Transporte: Carro (Sandero motor 1.6) Grupo: 5 Pessoas Hospedagem em Petrolina (Ida): Riviera Apart-Hotel, Booking, Quartos duplos, R$ 80 (R$ 40,00/pessoa) sem café da manhã, simples mas ok Hospedagem em São Raimundo Nonato: Pousada Ninho da Siriema, achei no Google Maps. Muito simples mas ótima. Colada na rodoviária, ideal para quem chega de ônibus, porém, afastada do centro. Recepção incrível do Ytamar (cantor e violeiro) e Ivete, sua mãe. Tem bar com cerveja barata, carne de sol, macaxeira, peixe fresco. Diária de R$ 35/pessoa, quarto com ar condicionado, café da manhã incluso e água gelada para as trilhas. (89) 98119-6013 e (89) 98124-0908, falar com o Ytamar Lewis (https://www.facebook.com/ytamar.lewis) Hospedagem em Juazeiro do Norte/CE (Volta): Pousada Portal do Cariri, Booking, 1 quarto triplo R$ 130 (~ R$ 43,30/pessoa). Quarto velho e sujo. Café da manhã médio. Guias na Serra da Capivara: Mário Filho (89) 99430-2800 e 98129-1038 (NÃO RECOMENDO); Bruno Freitas (89) 98111-1007 (Bom) Guia na Serra das Confusões: Naldo (89) 98115-5071 (mediano, quebrou o galho). Diária dos Guias: R$ 150 Serra da Capivara (R$ 30/pessoa/dia), R$ 100 Serra das Confusões (R$ 20/pessoa) Ingressos: R$ 16,00 (Portarias da Serra da Capivara), R$ 10 (Portaria da Serra das Confusões) e R$ 14 Museu do Homem Americano Detalhes importantes: A cidade base mais estruturada para conhecer o Parque Nacional da Serra da Capivara é São Raimundo Nonato (SRN), situada no sudeste do Piauí. Para chegar a SRN o aeroporto mais próximo é o de Petrolina (~ 300km via Remanso c/ 50km de estrada de terra ou ~ 400km via Afrânio só asfalto) ou Teresina (~ 550km via Floriano, asfalto) Existe opção de se hospedar dentro do parque, no Albergue Serra da Capivara. Quarto privativo e dormitório. Não sei o preço. Tem ainda opção de se hospedar no povoado Sítio do Mocó, na Pousada e Camping Pedra Furada. É o mais próximo da portaria principal do parque (~2km). Optamos por ficar em SRN pela comodidade de serviços e melhor fluência entre as diversas atrações da região. SRN fica a ~ 35km de qualquer portaria da Serra da Capivara. Contabilizar isso para a gasolina que é caríssima em SRN. A cidade base para conhecer o Parque Nacional da Serra das Confusões é Caracol, muito pequena e quase sem infra (hospedagem, restaurantes, etc), por isso sugiro bate-volta a partir de SRN. Não é permitido acessar os dois parques sem guia credenciado. Não é possível fazer os passeios sem carro ou sem contratar guia com carro ou moto. Não existe transporte coletivo, carona ou outro meio de transporte até os parques. Os preços dos guias são tabelados. Alguns aceitam negociar se for meia diária. Se você estiver de carro tem que contabilizar 1 das vagas do carro para o guia (éramos 5 + 1 guia = 6 pessoas; foram dias de muito aperto e calor). Não existe locadora de carro em SRN. O ideal é alugar carro em Petrolina ou Teresina. Diária de guias com carro: R$ 220 carro + R$ 150 guia = R$ 370/dia; portanto, se você fizer a conta vale a pena alugar carro simples em Petrolina ou Teresina. Não existem empresas de turismo organizadas em SRN e em Caracol com pacotes de tour organizados. Essas empresas são de fora (São Paulo, Teresina) e trazem turistas direto pra cá. Existe uma lista de guias autorizados pelo parque Serra da Capivara que devem ser contatados por telefone. Encontrei no site oficial do Icmbio: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/visitacao/condutores_credenciados_PNSC_30.05.14.pdf Não encontrei lista de guias do Parque Nacional da Serra das Confusões e deixei para encontrar lá. A infraestrutura do Parque Nacional da Serra da Capivara é de Padrão Internacional, com placas, estradas e tudo em excelente estado de conservação. A administração da Serra da Capivara não é exclusiva do ICMBio (governo federal) e sim feita pela Fundação do Homem Americano (Fundham), de chefia da arqueóloga internacionalmente reconhecida Niéde Guidon desde a década 70. É uma vida inteira dedicada a pesquisa e desenvolvimento da região. A região é uma das mais quentes do país, com temperaturas que passam de 40ºC, por isso, carregar bastante água, chapéu/boné, blusa de manga comprida respirável, protetor solar e calçado leve (levei tênis de corrida comum com boa ventilação; levei bota mas não usei nenhum dia). Sugiro no mínimo 4 dias só na Serra da Capivara (para conhecer o básico) e +1 dia p/ Serra das Confusões (se tiver com carro de tração, ficar 2 dias na Serra das Confusões e ir até a Portaria do Barreiro). Guias e Circuitos: Durante o planejamento da viagem não consegui encontrar informação exata sobre os circuitos, rotas e núcleos de visitação dos dois parques que são enormes, por isso ficamos à mercê do guia. O nosso primeiro guia na Serra da Capivara (Mário Filho) estava de má vontade e, por isso, não conseguimos aproveitar o parque como poderíamos. Quando trocamos de guia no último dia, foi mais proveitoso. Indico o Bruno que nos acompanhou no último dia e o Waltércio que já estava ocupado mas que é super prestigiado e procurado. Como os passeios não são autoguiados a escolha do guia é fundamental. Não levei a sério e a experiência saiu prejudicada. Busquem referências de outras pessoas. Sobre os circuitos, para contribuir com todos os aventureiros que sonham em andar por aquele pedacinho isolado do país, fotografei ao máximo os mapas dos circuitos que gostaria de ter visto antes e deixo aqui a sugestão do que gostaria muito de ter feito com um bom guia: Dia 1: Circuito Desfiladeiro + Sítio de Meio Dia 2: Circuito Baixão das Mulheres + Boqueirão da Pedra Furada (BPF) Dia 3: Parque Nacional da Serra das Confusões (Portaria de Caracol) Dia 4: Fábrica de Cerâmicas Tradicional + Circuito Chapada Dia 5: Museu do Homem Americano + Circuito Serra Branca Mapa completo – Circuitos – Parque Nacional da Serra da Capivara Circuitos – Principais Trilhas – Parque Nacional da Serra da Capivara Circuitos – Principais Trilhas – Parque Nacional da Serra da Capivara Trilhas Acessíveis – Carro comum – Portaria de Caracol – Parque Nacional da Serra das Confusões Trilhas Inacessíveis de Carro Comum – Só Carro Traçado – Portaria Barreiro – Parque Nacional da Serra das Confusões No próximo post deixo relato fotográfico e descritivo do que visitamos.
  2. O Parque Nacional da Serra da Capivara é o maior museu a céu aberto de pinturas rupestres do mundo. Com cerca de 130 mil ha de área, localizado no sudeste do Piauí, o PNSC possui mais de 1200 sítios arqueológicos com diversas pinturas rupestres pré-históricas que datam de 5.000 a.C até 60.000 a.C. Criado por decreto em 1979, o PNSC somente foi aberto ao público p/ visitação a partir de 1992. E tudo isto somente aconteceu graças ao trabalho da arqueóloga Niède Guidon, que realizou um trabalho intenso de exploração e catalogação dos achados desde o início dos anos 70. Logística Localizado a cerca de 35km do município de São Raimundo Nonato/PI (SRN) e 7km de Cel José Dias/PI (CJD), para se chegar ao parque o viajante tem que ter disposição para planejar sua logística. Até a data da viagem (Dez/21), não existiam voos comerciais para o aeroporto mais próximo que fica em SRN, restando ao turista de outros estados desembarcar nos aeroportos de Petrolina/PE (Dist: 300km) ou Teresina/PI (Dist: 520km). Antes da viagem, pesquisei na internet se havia linhas de ônibus disponíveis entre Petrolina e SRN e evitar o uso de carro próprio/alugado. A única empresa que oferece é a Gontijo e, mesmo assim, apenas 2 vezes na semana (Domingo/Quinta). Além disso, mesmo para quem chega em SRN sem veículo, a oferta de vans de passeio para a Serra da Capivara é limitada (lembre-se distante 35km do centro de SRN). Portanto, restou-me como única alternativa alugar um carro em Petrolina (Localiza/Movida) e dirigir até o parque. O aluguel de veículo médio (Gol/Sandero 1.6) com Km livre com seguro custa cerca de R$ 150/dia. Para quem estender a viagem pelo nordeste e devolver em outra cidade, a locadora poderá cobrar entre R$ 800-1.000 adicionais de serviço de devolução. Embora encareça a viagem, a vantagem de alugar ou usar carro próprio é a liberdade de se deslocar entre cidade e traçar seu próprio roteiro. Além de poder transportar água, comida e equipamentos para sua trilha. Em relação ao combustível, em Dez/21 o preço da gasolina estava cerca de R$ 7,05/litro (Petrolina/PE) e entre R$ 7,10-7,35 (Remanso/BA e SRN/PI). Alguns postos oferecem desconto se pagar com dinheiro ou se completar o tanque do veículo. Não encontrei muita diferença de preços da gasolina entre SRN e Remanso e optei por abastecer o veículo em SRN. Situação das Estradas Para quem vem de Petrolina, existem duas formas de se chegar ao Parque Nacional da Serra da Capivara: via BR-235/BR-324/BR-020 por Remanso/BA (335km) ou via BR407 por Afranio (370km). Optei por dirigir via Remanso que costeia o Rio São Francisco, conforme recomendação do gerente da Pousada. Sobre as estradas (todas pista simples e sem pedágios), a qualidade do asfalto é boa exceto pelo trecho entre Petrolina e Casa Nova (BR-235) que apresenta muitos buracos na pista. A sinalização ainda é precária. Faltam placas indicando quebra-molas, olhos-de-gato refletivas e em diversos trechos a faixa amarela para separar as duas pistas. Dica importante: JAMAIS DIRIJA APÓS O ESCURECER. A menos que você tenha como hobby trocar pneus, consertar rodas quebradas, substituir amortecedores ou remover animais de seu parabrisa, dirigir a noite em trechos mal sinalizados aumenta o risco de acidentes e danos ao seu veículo. Por outro lado, a BR-020 que margeia a Serra da Capivara é excelente. O asfalto é de primeira, sinalização excelente e com poucos veículos circulando. Pousadas/Hoteis O serviço de hospedaria na região é feito por pousadas e albergues próximos de CJD e do Povoado do Sitio Mocó e poucos hoteis de categoria simples em SRN. Não há luxo nestas hospedarias, mas os quartos e banheiros são limpos. Preferi ficar próximo do parque para evitar o ir/vir (70km ida/volta) entre SRN e as entradas do parque. Hospedei-me no Albergue Serra da Capivara (Diárias de R$ 280/3pax em quarto triplo com café da manhã), que é uma pousada instalada ao lado da Fabrica de Cerâmica. Oferece almoço e jantar em buffet livre por R$ 32. Serviço de Guias de Turismo As normas do parque exigem que o visitante contrate um guia para acompanhar durante as caminhadas aos sítios arqueológicos. O ICMBIO que atualmente faz o serviço de zeladoria e controle das entradas, disponibilizou em seu site uma lista de guias credenciados (https://tinyurl.com/3czcvhwc). Os guias cobram R$ 200/dia pelo serviço (se o turista ficar mais de um dia, pode-se negociar um desconto). Por recomendação de alguns amigos que já tinham visitado o parque, optei pelo Mario Paes Landim ("Marinho") que é um dos guias mais antigos, morador do povoado e conhecedor da fauna, flora e sítios arqueológicos. Nosso guia preparou um roteiro de 04 dias com passeios que passariam pelos circuitos da Trilha do Hombu, Serra Branca, Boqueirão da Pedra Furada e Desfiladeiro da Capivara. E ao término de alguns dos passeios, paramos para conhecer o Museu do Homem Americano (inteira: R$ 20, meia: R$ 10) e o Museu da Natureza (inteira: R$ 30, meia: R$ 15). Grau de Dificuldade das Trilhas Os circuitos que fiz não apresentaram dificuldades, pois as trilhas são de curta a média distância. Não exigem experiência em escaladas, montanhismo etc. Foram feitas para o público geral. Conforme o período do ano, o visitante poderá enxergar duas vegetações completamente distintas: (i) caatinga na seca (Abr-Out), que é típica dos livros com arbustos secos e desfolhados e (ii) caatinga na chuva (Nov-Mar), que se confunde com cerrado e até com mata atlântica conforme o tamanho das árvores que encontrar. Visitei o PNSC no período úmido e a paisagem estava completamente verde. O que levar nos circuitos: água, boné, protetor solar e um lanche leve. Seguem algumas fotos das paisagens. Circuito Trilha do Hombu Museu da Natureza Circuito Serra Branca/Baixão das Andorinhas Circuito Baixão da Pedra Furada Museu do Homem Americano Desfiladeiro da Capivara Fábrica de Cerâmica na Serra da Capivara
  3. Olá pessoal! Gostaria de fazer uma viagem para a Serra da Capivara em janeiro de 2020. Gostaria de saber quantos dias são suficientes para a Serra e se possível a i fixação de uma.praia próxima para passar uns dias. Sou de São Paulo. Obrigada
  4. Para mim é algo realmente complicado traduzir em palavras os momentos vividos nos dias da minha viagem. Viagem esta que não se traduz num simples mochilão ou turismo de longa duração. Foi o encontro de uma pessoa comum com seu sonho de andar por terras que tanto o inspiraram, terras mãe da esperança, terras de homens e mulheres feitos de histórias e de coração, corações gigantescos. O sentimento que fica depois de quase seis meses na estrada é o de gratidão, do agradecimento as infinitas pessoas que ajudaram esse pobre viajante das mil e uma maneiras possíveis, para vocês meu muito obrigado. Foto 1 - A companheira de viagem Tinha uma vida igual a tantas outras, era bem razoável por sinal, mas a vontade de caminhar e estar frente a frente com o novo me atormentava todos os dias. Queria conhecer com meus olhos as diferenças, os sotaques, as comidas, as belezas. Desejava não ter pressa, fazer tudo no seu tempo necessário, não estar preso a rotina dos dias e principalmente aprender. Sim, aprender, não com fórmulas prontas e nem sentado dentro de uma sala de aula. Queria aprender com experiências. Queria conhecer pessoas. De alguma forma queria fugir da minha vida cotidiana, não por ela ser ruim, mas pelo desejo de se conhecer e assim, quem sabe, voltar uma pessoa melhor. Quando esse sentimento passou a ser insuportável decidi que tinha que partir. Por um ano ajuntei algum dinheiro, queria ficar seis meses na estrada. A grana não era o suficiente, mas suficiente era a minha vontade. Dei um ponto final no trabalho. Abri o mapa e não tinha ideia por onde começar. Decidi não ter um roteiro, apesar de ter muitos lugares em que eu queria estar. Assim começa a minha história (poderia ser de qualquer um). O relato está dividido da seguinte forma: Parte 1: de Rio Claro ao Vale do Itajaí Parte 2: Cânions do Sul Parte 3: de Torres a Chuí Parte 4: Uruguai Parte 5: da região das Missões a Chapecó Parte 6: Chapada dos Veadeiros e Brasília Parte 7: Chapada dos Guimarães Parte 8: Rondônia Parte 9: Pelas terras de Chico Mendes, Acre Parte 10: Viajando pelo rio Madeira Parte 11: de Manaus a Roraima Parte 12: Monte Roraima y un poquito de Venezuela Parte 13: Viajando pelo rio Amazonas Parte 14: Ilha de Marajó e Belém Parte 15: São Luis, Lençóis Maranhenses e o delta do Parnaíba Parte 16: Serra da Capivara Parte 17: Sertão Nordestino Parte 18: Jampa, Olinda e São Miguel dos Milagres Parte 19: Piranhas, Cânion do Xingó e uma viagem de carro Parte 20: Pelourinho Parte 21: Chapada Diamantina Parte 22: Ouro Preto e São Thomé das Letras Parte 23: O retorno e os aprendizados O período da viagem é de 01/10/2015 a 20/03/2016. De resto não ficarei apegado nas datas exatas em que ocorreram os relatos que irão vir a seguir, tampouco preocupado em valorar tudo. Espero contribuir com a comunidade que tanto me ajudou e sanar algumas dúvidas dos novos/velhos mochileiros.
  5. Studart

    Serra da Capivara

    O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A superfície do Parque é de 129.140 ha e seu perímetro é de 214 Km. A cidade mais próxima do Parque Nacional é Cel. José Dias, sendo a cidade de São Raimundo Nonato o maior centro urbano. A distância que o separa da capital do Estado, Teresina, é de 530 Km. A maneira mais rápida de chegar ao Parque é através de Petrolina, cidade do Estado de Pernambuco, da qual dista 300 Km. A cidade de Petrolina dispõe de um aeroporto onde opera atualmente a Gol, e a BRA, ligando a região com Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. A criação do Parque Nacional Serra Capivara teve múltiplas motivações ligadas à preservação de um meio ambiente específico e de um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos. As características que mais pesaram na decisão da criação do Parque Nacional são de natureza diversa: - culturais - na unidade acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres, nos quais se encontram vestígios extremamente antigos da presença do homem (100.000 anos antes do presente). Atualmente estão cadastrados 912 sítios, entre os quais, 657 apresentam pinturas rupestres, sendo os outros sítios ao ar livre (acampamentos ou aldeias) de caçadores-coletores, são aldeias de ceramistas-agricultores, são ocupações em grutas ou abrigos, sítios funerários e, sítios arqueo-paleontológicos; - ambientais - área semi-árida, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco - com paisagens variadas nas serras, vales e planície, com vegetação de caatinga ( o Parque Nacional Serra da Capivara é o único Parque Nacional situado no domínio morfoclimático das caatingas), a unidade abriga fauna e flora específicas e pouco estudadas. Trata-se, pois, de uma das últimas áreas do semi-árido possuidoras de importante diversidade biológica; - turísticas - com paisagens de uma beleza natural surpreendente, com pontos de observação privilegiados. Esta área possui importante potencial para o desenvolvimento de um turismo cultural e ecológico, constituindo uma alternativa de desenvolvimento para a região. Em 1991 a UNESCO, pelo seu valor cultural, inscreveu o Parque Nacional na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2002 foi oficializado o pedido para que o mesmo seja declarado Patrimônio Natural da Humanidade. O Parque Nacional Serra da Capivara é subordinado à Diretoria de Ecossistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), tendo sido concluída a sua demarcação em 1990. Em torno do Parque foi criada uma Área de Preservação Permanente de dez quilômetros que constitui um cinto de proteção suplementar e na qual seria necessário desenvolver uma ação de extensão. Em 1994 a FUMDHAM assinou um convênio de co-gestão com o IBAMA em 2002 um contrato de parceria com a mesma instituição. Depois de criado, o Parque Nacional esteve abandonado durante dez anos por falta de recursos federais. Análises comparativas das fotos de satélite evidenciaram esse fato. Durante este período a Unidade de Conservação foi considerada “terra de ninguém” e como tal, objeto de depredações sistemáticas. A destruição da flora tomou dimensões incalculáveis; caminhões vindos do sul do país desmatavam e levavam, de maneira descontrolada, as espécies nobres. O desmatamento dessas espécies, próprias da caatinga, aumentou depois da criação do Parque, em decorrência da falta de vigilância. A caça comercial se transformou numa prática popular com conseqüências nefastas para as populações animais que começaram a diminuir de forma alarmante. Algumas espécies, como os veados, emas e tamanduás praticamente desapareceram. Estes fatos tiveram conseqüências negativas na preservação do patrimônio cultural. A falta de predadores naturais provocou um crescimento descontrolado de algumas espécies, como cupim ou vespas cujos ninhos e galerias destroem as pinturas. As causas desta situação são em parte externas à região, mas também decorrem da participação da população que vive em torno do Parque. São comunidades muito pobres, algumas das quais exploravam roças no interior dos limites atuais do Parque. Estas populações dificilmente compreendem a necessidade de proteger espécies animais e vegetais uma vez que os seres humanos apenas logram sobreviver. Assim, a população local depredava as comunidades biológicas e o patrimônio cultural do Parque Nacional e áreas circunvizinhas, pela caça, desmatamento, destruição de colméias silvestres e a exploração do calcário de afloramentos, ricos em sítios arqueológicos e paleontológicos. Fonte: FUNDHAM. - Fundação do Homem Americano
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