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  1. Oi gente, não sei se pode esse tipo de postagem mas queria saber: Vocês já compraram algo no Civitatis? deu certo? Vi umas excursões baratas lá e fiquei meio desconfiado. Vocês recomendam?
  2. Sou mochileira de primeira viagem este ano faço 21 anos e pretendo conhecer algumas cidades europeias, estou planejando a viagem dos meus sonhos e gostaria de saber: 🛬 Quanto tempo antes da viagem vocês costumam comprar as passagens... pretendo mochilar em dezembro de 2024 estou achando passagens bem interessantes para esta data, mas acho que esta muito cedo... o que vcs acham??? 🏨 Vocês costumam ir com as reservas de Hostel pagas ou se hospedam la na hora, estou cotando os preços de Hostel pelo hostelworld e nos próprios sites??? Aceito indicações de Hostel!!! 🚌 Os bilhetes de transporte interno de uma cidade a outra vocês costumam levar o dinheiro ou ja ir com ele comprado?? tenho muita duvida pois estou com medo de planejar um mochilao muito rígido... 💸 Pretendo fazer uma viagem bem consciente e me hospedar em Hostel, pegar ônibus e comer nos mercados, evitando muitos gastos com isso e aproveitando pra ir aos museus e conhecer as cidades com o dinheiro que estou guardando... vocês acham que 13.500R$ um dinheiro suficiente para passar 35 dias mochilando??? Inicialmente o meu roteiro é: Madri, Valencia, Saragoça, Barcelona, Amsterdam, Haia, Roterdam, Antuérpia, Bruges, Gante, Bruxelas, Lille, Paris e talvez algumas mais... Eu sei que é um roteiro apertado mas tem muitas cidades pequenas que conhecerei apenas o centro e principais pontos turísticos deixando minha mochila em lockers por algumas horas e algumas cidades que ficarei mais tempo como paris... Deem a opinião de vocês, sugestões e dicas, preciso muito de ajuda!!
  3. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, hotéis, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então preços muitas vezes vão ser estimativas e albergues, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Meu objetivo era fazer uma peregrinação. Por isso procurei ficar em albergues associados à peregrinação durante o caminho. Mas aproveitei também para conhecer Madrid e algumas cidades de Portugal. Obtive a credencial de peregrino e muitas informações na Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago (https://www.santiago.org.br). Não me preocupei com conforto nem com luxo. Minhas paradas foram mais ou menos as seguintes com as respectivas distâncias caminhadas, salvo algum esquecimento (não tenho mais a credencial para confirmar, doei-a para a Associação de Amigos do Caminho): 4.a 28/3: Saint-Jean-Pied-de-Port a Roncesvalles - 30 km 5.a 29/3: Roncesvalles a Villava - 30 km 6.a 30/3: Villava a Pamplona - 4 km Sáb 31/3: Pamplona a Cirauqui - 30 km Dom 01/4: Cirauqui a Los Arcos - 32 km 2.a 02/4: Los Arcos a Torres del Rio - 14 km 3.a 03/4: Torres del Rio a Logroño - 18 km 4.a 04/4: Logroño a Nájera - 27 km 5.a 05/4: Nájera a Redecilla del Camino - 30 km 6.a 06/4: Redecilla del Camino a San Juan de Ortega - 35 km Sáb 07/4: San Juan de Ortega a Burgos - 23 km Dom 08/4: Burgos a Tardajos - 11 km 2.a 09/4: Tardajos a Castrojeriz - 30 km 3.a 10/4: Castrojeriz a Carrion de los Condes - 45 km 4.a 11/4: Carrion de los Condes a Sahagun - 38 km 5.a 12/4: Sahagun a Mansilla de las Mulas - 36 km 6.a 13/4: Mansilla de las Mulas a Leon - 18 km Sáb 14/4: Leon a Villadangos del Páramo (?) - 20 km Dom 15/4: Villadangos del Páramo (?) a El Ganso - 39 km 2.a 16/4: El Ganso a Molinaseca - 32 km 3.a 17/4: Molinaseca a VillaFranca del Bierzo - 27 km 4.a 18/4: VillaFranca del Bierzo a Alto de Polo - 36 km 5.a 19/4: Alto de Polo a Sarria - 31 km 6.a 20/4: Sarria a Ligonde - 36 km Sáb 21/4: Ligonde a Arzúa - 37 km Dom 22/4: Arzúa a Monte do Gozo - 33 km 2.a 23/4: Monte do Gozo a Compostela - 5 km Eu não sou cristão. Meu objetivo não era a instituição Igreja, mas sim a vivência espiritual que transcende as instituições religiosas e remonta à Natureza mais profunda do Universo. A rota que escolhi foi o Caminho Francês, saindo de Saint-Jean-Pied-de-Port. São cerca de 800 Km. Foi muito fácil achar informações sobre esta peregrinação. Ela é muito conhecida e há muitos brasileiros que a fazem. Pode-se encontrar informações em https://www.santiago.org.br, https://www.eurodicas.com.br/caminho-de-santiago-de-compostela, http://www.caminhodesantiago.com.br e http://www.melhoresdestinos.com.br/caminho-de-santiago-roteiro-dicas.html. Para hospedagem veja: http://caminodesantiago.consumer.es/albergues/#camino-frances Em Madrid e Portugal obtive mapas e roteiros turísticos gratuitos das cidades . Durante o Caminho geralmente fui muito bem tratado e muita gente, incluindo agricultores, ofereceu gratuitamente ou a preços reduzidíssimos alimentos, como maças e outros produtos, que em geral recusei, procurando não ofender os ofertantes, para deixá-los para quem estivesse em dificuldades. Foram raras as pessoas rudes durante o Caminho. A sinalização pareceu-me muito boa. Em raríssimas ocasiões fiquei em dúvida devido à falta de sinalização. Além disso, quase todos conheciam o Caminho e estavam quase sempre dispostos a auxiliar . Houve alguns trechos em que a peregrinação seguia por rodovias, o que fez com que fosse necessário ficar bastante atento para evitar acidentes. Houve muitos atrativos naturais, culturais, históricos e religiosos ao longo do caminho, como rios, parques, bosques, montanhas, igrejas, santuários, construções antigas (da Idade Média e da Idade Moderna principalmente), centros culturais, itens da cultura local, etc. Achei que as igrejas, apesar de espetaculares, geralmente tinham um astral carregado, com muitas imagens com aspecto de sofrimento. Em conversa com um padre sobre o assunto, ele me disse que isso se devia a serem de uma época em que houve muitas dificuldades, pestes, doenças, guerras, etc, que as pessoas pensavam serem castigos de Deus. Havia muitas igrejas e santuários enormes, com muitos ornamentos, em localidades pequenas. Em muitas havia símbolos do poder do Estado, provavelmente das idades medieval e moderna. A maioria absoluta das minhas refeições foram feitas com compras de supermercado, padaria ou similares. Pizza, pão, queijo, vegetais, frutas e eventualmente algum doce (eu sou vegetariano). Raras vezes fui a restaurantes ou pedi o menu do peregrino. Achar água potável ao longo da peregrinação foi razoavelmente fácil em alguns poucos trechos. Havia fontes que as pessoas disseram ser confiáveis e de que bebi. Minha mochila estava razoavelmente leve. Cerca de 7 kg, mas às vezes ficava mais pesada devido a comida e água que eu carregava. Em algumas vezes houve chuva e nos primeiros dias houve neve ❄️. Estas estiverem entre as situações mais difíceis durante o trajeto. 😟 Havia muita gente fazendo o Caminho. Encontrar peregrinos era muito fácil e era possível estar em grupo todo o tempo se fosse desejado. Algo que me surpreendeu foi a quantidade de cruzes e respectivas dedicatórias devido a pessoas que aparentemente morreram fazendo o caminho. E algumas delas ficavam em locais tranquilos, em que era difícil imaginar algum acidente ou cataclisma. Mas nunca se sabe o que pode acontecer, ainda mais considerando as diferentes condições de saúde dos peregrinos e o imponderável. Achei as espanholas lindas. Várias vezes fiquei admirando sua beleza. Acho que é meu padrão favorito de beleza. A circulação entre Espanha, França e Portugal foi livre, sem nenhuma checagem de documentos. Não tive nenhum problema de segurança durante o Caminho nem em Madrid nem em Portugal. Porém a Cidade do Porto e Lisboa pareceram-me não ter a mesma tranquilidade de segurança do que as outras. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Guarulhos) a Madrid em 18/3/2007. A volta foi de Madrid a SP (Guarulhos) em 4/5/2007. Na ida e na volta fiz conexão em Buenos Aires. Os voos foram pela Aerolíneas Argentinas (https://www.aerolineas.com.ar/pt-br) A passagem de ida e volta custou aproximadamente US$ 995.00, incluindo todas as taxas. Brasileiros não precisavam de visto para entrar na zona Schengen, que inclui a Espanha, a França e Portugal. Era necessário um seguro de saúde, mas a Associação dos Amigos do Caminho me disse que bastava um documento do Ministério da Saúde dizendo que eu era coberto pelo SUS, pois existia acordo de reciprocidade de atendimento entre Brasil e Espanha. E foi o que eu levei, obtido no escritório do Ministério em SP. Porém o agente da imigração não me pediu nada além do passaporte, perguntou o que eu iria fazer, e quando respondi que pretendia fazer o Caminho de Santiago, disse que não era perigoso, era divertido, prontamente carimbou meu passaporte e autorizou a entrada sem nenhum problema . Cheguei em Madrid na 2.a feira 19/3. Minha bagagem não havia chegado . Perguntei aos funcionários do aeroporto e disseram que talvez chegasse mais tarde, pois poderia estar havendo algum tipo de operação contra terrorismo islâmico. Disseram para que eu deixasse o endereço e telefone que levariam lá, caso chegasse. Mas eu não sabia em que hotel iria ficar e não tinha telefone. Então disseram-me para voltar mais tarde para ver se havia chegado, que foi o que eu fiz. Passei no escritório de turismo do metrô, que era integrado ao aeroporto e peguei mapa e roteiros turísticos a fazer na cidade, além de sugestões de hospedagens baratas. Depois de muito procurar opções, fiquei hospedado no albergue da juventude (provavelmente era o da Calle Mejia Lequerica, 21). Depois de tudo ajeitado, voltei ao aeroporto, já no fim da tarde, e a minha mochila estava lá. Fiquei num quarto coletivo com um dançarino argentino, um japonês, franceses e outros, que foram mudando ao longo da minha estadia. Gostei muito de Madrid . Para as atrações veja https://www.esmadrid.com/pt, https://www.tudosobremadrid.com, https://www.spain.info/pt_BR/que-quieres/ciudades-pueblos/grandes-ciudades/madrid.html e https://www.lonelyplanet.com/spain/madrid. Os pontos de que mais gostei foram os parques, praças, monumentos (eram muitos, mas as Cibeles agradaram-me especialmente), os palácios públicos, os museus (principalmente Reina Sofia e Prado, com destaque para a sequência de Guernica), as igrejas, as vias arborizadas (como Paseo de Recoletos e Paseo del Prado) e a Gran Via. Procurei conhecer todos os locais a pé. Segui vários dos roteiros que havia ganho no escritório de turismo. Eles me pareceram muito úteis e bem apropriados, pois tinham muitas atrações próximas, indicando ainda algumas opcionais, além das que eu descobri por mim mesmo. A população em geral foi muito gentil dando informações sobre os locais . Em uma ocasião um homem de uns 60 anos me falou para falar para o Ronaldo (jogador, acho que na época no Real) que eu tinha ido visitar o urso e o madronho. Fiquei quase um dia todo conhecendo a Gran Via. Os palácios e as igrejas pareceram-me grandiosos. Achei muito bela a estação de Atocha, onde haviam ocorrido os atentados. Gostei dos parques e praças, especialmente a Praça de Espanha e o Retiro, um dos poucos locais em que fiquei com alguma preocupação referente à segurança. Em cada um dos museus Prado e Reina Sofia também fiquei quase o dia todo. Fui no final de semana, em que eram gratuitos. As alamedas próximas a eles pareceram-me locais muito agradáveis para se caminhar. De um modo geral achei a cidade bonita, muito bem organizada e limpa. Os monumentos eram limpos, sem estarem pichados e bem conservados. No sábado à noite achei que havia esquecido meus chinelos no albergue da juventude e fui a pé até ele. Voltei mais de 11 horas da noite e a cidade parecia tranquila, sem a menor preocupação com segurança. No início estava frio , chegando até a nevar um pouco numa tarde. Como consequência, como eu não protegi adequadamente o rosto, minha face, e especialmente minha boca, ficaram queimadas de frio 🤕. Precisei trocar de hospedagem na 6.a feira ou sábado porque não renovei minha estadia a tempo e o hostel era muito concorrido. Fui para a Pousada Sudamericana, que uma atendente me informou num guichê. Lá conheci brasileiros e italianas. Paguei US$ 40.61 pelas duas diárias. Fui muito bem tratado no geral. Os únicos locais em que me lembro de ter sido mal tratado foram a Igreja de San Isidro e um mercado de chineses. No final de semana tive um pouco de dificuldade de encontrar locais abertos para fazer compras de alimentos. Tive que recorrer a mercados de chineses, que não gostaram de eu pegar os produtos para ler detalhes das embalagens. Fiz a maioria das refeições com compras de supermercados e comprei um garrafão de água que foi suficiente para uma semana. Procurei usar o supermercado Lidl (https://www.lidl.es), que o argentino me sugeriu como tendo melhores preços. Perto do fim conheci um restaurante vegetariano muito barato chamado Maoz, perto da Praça Maior (http://maoz.com.br), mas que acho que fechou. Conheci vários brasileiros, alguns lá legalmente e outros não. Um pintor, que estava lá como ilegal, falou-me que estava muito sofrido e não estava compensando. Ganhava 1.300 euros por mês e achava que não valia a pena a distância da família e o que estava conseguindo enviar ao Brasil. Outra ocasião em que andava pela rua encontrei um brasileiro que estava vindo de Portugal para tentar emprego. Nos albergues havia uma jogadora de futebol do Brasil e outra brasileira que riu de eu ter queimado o rosto de frio. Fiquei em Madrid uma semana. Na 2.a feira 26/3 de manhã peguei um ônibus para Pamplona da Continental Auto por US$ 33.31 e de lá outro para Roncesvalles por US$ 6.11 da Autobuses Arieda (http://www.autocaresartieda.com), ambos pagos com cartão de crédito. Na viagem conheci a mineira Patrícia que morava em Estella, namorava um espanhol e estava um pouco triste, pois não poderia ter sua profissão reconhecida legalmente lá e o namorado não poderia ter a profissão dele reconhecida no Brasil. Espero que tenham conseguido ficar juntos. Cheguei a Roncesvalles no fim da tarde. O chão estava coberto de neve e o clima era bem mais frio . Fiz os procedimentos para me hospedar no albergue e fui dar uma pequena volta nas redondezas e também conhecer a igreja. Fiquei um pouco assustado com a quantidade de neve e o clima. À noite jantei junto com outros peregrinos comendo o menu do peregrino, que era um prato de entrada, um principal (macarrão) e pães para acompanhar. Acho que tinha uma garrafa de vinho também. Já no quarto conversei com os peregrinos que estavam iniciando o caminho e um que já vinha de outras etapas. O espanhol que já vinha de outras estava de bicicleta e falou sobre caminhos que não eram pela estrada, mas não era o Caminho de Napoleão (que foi a rota usada pelo exército Francês para invadir a Espanha no início do século 19, contexto que provocou a vinda da família real para o Brasil). Todos comentaram que o Caminho de Napoleão poderia ser perigoso, devido à neve. O espanhol falou também de um albergue 24 h em León e que na França havia albergues privados. Eles me sugeriram não ir a Saint-Jean-Pied-de-Port porque o tempo estava ruim e não valeria à pena. Um outro espanhol, Nazco (ou um nome semelhante), estava indeciso sobre ir ou não. Eu estava convencido e decidi ir assim mesmo. Antes de dormir ainda tomei banho quente. No dia seguinte, 3.a feira 27/3, resolvi ir a pé para Saint Jean. Após o café da manhã, saí caminhando. Estava muito frio, com neblina, havia uma pequena garoa ou neve fina. Caminhei até o início da estrada e pensei comigo: "Esta empreitada é grande demais para mim. Vou desistir" . Eu não tinha experiência nem equipamento nem roupas adequadas para neve. Estava de fleece e anorak leves, mas com tênis de pano. Mas resolvi ir um pouco mais para ver melhor a situação e tentar um pouco mais. Subi um pouco pela estrada e avistei uma pequena casa, que parecia ser uma capela. Fui até lá, abri a porta com dificuldade, pois estava bloqueada pela neve, e vi que era muito simples, com uma imagem de Maria. Gostei muito da capela e resolvi ir um pouco mais. Logo a seguir a estrada começou a descer e a neve no caminho a diminuir. Aí definitivamente decidi ir. E fui, sem grandes problemas, apesar de alguns cachorros bravos (ou pelo menos que latiam bastante) no trajeto 🐕. Conforme descia o clima melhorava, a garoa passou e a neve no entorno da rodovia ia ficando cada vez menor. Encontrei Nazco no caminho subindo e ele parecia feliz por ter escolhido ir. Pegou carona até Saint Jean, disse que ficou olhando para ver se me via para oferecer carona, e agora já estava voltando para dormir novamente em Roncesvalles. Achei muito belas as vistas , cruzei a fronteira, procurei um posto de imigração para saber se precisava realizar algum procedimento, mas não encontrei. Cheguei a Saint-Jean-Pied-de-Port no meio da tarde. Fui para o albergue oficial da peregrinação, onde Jeanine, de 72 ou 81 anos, recebeu-me muito bem. Perguntei por Madame Debrill, citada no livro "Diário de Um Mago" de Paulo Coelho, mas ela disse que ela já havia morrido e comentou que muitos perguntavam por ela. Ela me tratou muito bem e até fez um bom jantar para mim por 2 euros. Enquanto isso eu fui dar uma volta para conhecer a cidade, que me pareceu interessante, apesar de pequena. O quarto estava cheio de peregrinos durante a noite, vindos de muitas partes diferentes do mundo, a maioria europeus. Na 4.a feira 28/3 comecei a peregrinação. Inicialmente fui com um francês (acho que se chamava Gregorian ou um nome semelhante). Juntos ficamos em dúvida num certo ponto e no meio da estrada fizemos sinal para uma mulher de carro na estrada, que imediatamente parou para nos dar informações . Pensei que seria uma cena altamente improvável em São Paulo. Seguimos e ele achou que eu estava muito lento, querendo ver muitas coisas, conversamos e ele decidiu ir na frente. Tentei ir pela rota fora da estrada e um pouco à frente havia a entrada do Caminho de Napoleão. Havia uma placa dizendo que era proibido seguir aquele caminho fora da temporada de verão, com dizeres alertando sobre o risco em caso contrário. Eu pretendia tentar ir por lá, mas após todas as conversas que havia tido no Brasil e lá sobre aquele trecho, resolvi aceitar o que a placa dizia e ir pela estrada. A subida era um pouco longa, mas aceitável, com as mesmas vistas espetaculares da descida. Os cachorros continuavam lá, latindo bravios. Lembrei-me dos cachorros narrados no livro do Paulo Coelho. Já perto de Roncesvalles encontrei Gregorian parado do lado da estrada. Estranhei e fui cumprimentá-lo. Ele me cumprimentou alegremente e disse que estava sentindo dores nas pernas e os outros peregrinos que ele havia encontrado já tinham ido. Falei para ele que esperaria ele se recuperar para irmos juntos. Ele me disse que não precisava, não queria me atrapalhar. Eu disse que não me atrapalharia em nada, ficamos conversando um pouco e depois ele começou a andar vagarosamente. Acompanhei seu ritmo. Ele me perguntou se eu achava que ele tinha ido muito rapidamente. Respondi que cada um tinha seu ritmo. Estávamos chegando perto da capela e lhe disse que iria visitá-la (novamente), o que daria tempo para ele descansar, mas que se quisesse seguir ficasse à vontade, pois já estávamos próximos da cidade. Fui e a porta estava ainda mais difícil de ser aberta devido à neve no chão e a mochila nas costas dificultava a minha entrada. Mas consegui entrar e apreciá-la de novo. Quando voltei ele já tinha ido. Fiquei feliz, pois significava que havia conseguido. Registrei-me no albergue e fui assistir a Missa do Peregrino, que não havia assistido no primeiro dia em que cheguei em Roncesvalles. Gregorian esperou-me para jantar e jantamos o menu do peregrino sozinhos perto de 20:30. Os outros peregrinos haviam jantado perto de 19 horas. Continuava frio em Roncesvalles, mas o albergue possuía aquecimento interno, o que proporcionou uma ótima noite de sono. Conhecemos vários outros peregrinos, muitos alemães, um americano e outros. Na 5.a feira 29/3 parti rumo a Pamplona. Continuava a chover. A impermeabilização do meu anorak já não estava muito boa, então eu acabava me molhando um pouco. Havia levado um plástico improvisado de casa para proteger a mala, que serviu na maioria das ocasiões. No caminho encontrei um casal de coreanos, que iria fazer o caminho devagar, estimando em 45 dias. A mulher viu que eu estava um pouco molhado e me ofereceu uma capa , que gentilmente eu recusei, pois achei que dava para ir com o que eu tinha. Como não sabia se os albergues estavam abertos em Pamplona, resolvi ficar em Villava, a poucos quilômetros de lá. Jantei com compras do supermercado Eroski City Villava (https://www.eroski.es/localizador-de-tiendas/supermercado/navarra/villava-atarrabia/eroskicity-villaba) por US$ 5.24 pagos com cartão de crédito. Foram cerca de 40 km entre as localidades. Na 6.a feira 30/3 parti e logo cedo cheguei à Pamplona. O albergue da igreja estava fechado naquele período. Só encontrei um albergue aberto dentre os que constavam no meu guia, porém ele só aceitava alemães. Mesmo assim fui até lá, toquei a campainha e, quando a dona, uma alemã típica, atendeu, peguntei-lhe se poderia ficar aquela noite lá. Ela disse que eles estavam abrindo justamente naquele dia e que me aceitava, mesmo eu não sendo alemão . Porém deveria voltar mais tarde, pois ainda iriam arrumar as instalações para os hóspedes. Então eu aproveitei para ir conhecer a cidade. Gostei muito de Pamplona . Para suas atrações veja https://www.enforex.com/espanhol/fazer-pamplona.html, http://www.turismo.navarra.es/esp/organice-viaje/recurso/Localidades/2513/Pamplona.htm, https://www.lonelyplanet.com/spain/aragon-basque-country-and-navarra/pamplona e http://www.euskoguide.com/places-basque-country/spain/pamplona-tourism. Os pontos de que mais gostei foram as construções antigas, os monumentos, os parques, a catedral, as igrejas, a muralha medieval e conhecer o jogo de Pelota Vasca. Como era uma cidade relativamente grande no caminho, programei-me para ficar mais tempo e poder conhecê-la com mais detalhes. Passeei bastante, ficando muito na área em que são feitas as corridas de touros, onde ficam as construções antigas e na muralha medieval. No fim do dia fui assistir jogos de pelota vasca de juvenis no ginásio da cidade 👍. Assisti alguns, mas não pude ficar até o fim pois não quis chegar muito tarde no albergue. Vários outros peregrinos não alemães estavam no albergue e eu acabei ficando no quarto com os alemães. Talvez por ser de tão longe mostraram-se interessados em conversar e saber sobre o Brasil. Quando o assunto foi para a questão da violência, tentei explicar-lhes como funcionava o PCC. Ficaram surpresos, quase incrédulos. Comentaram rindo também que eu estava precisando trocar de tênis, pois o calcanhar estava começando a quebrar devido a tanta neve e chuva, mas eu disse que iria com ele até o fim. Ensinaram-me algumas expressões em alemão referentes ao caminho . No sábado 31/3 descobri que havia um peregrino (acho que americano) que já estava no albergue e iria ficar mais, pois havia tido algum tipo de problema de saúde, talvez nas pernas. Eu não ouvi, mas os alemães me contaram que durante a noite houve muito barulho, um casal (talvez alcoolizado) chegou pedindo para ficar, mas o dono do albergue não aceitou porque eles não tinham a credencial de peregrinos. Após bom café da manhã, parcialmente ofertado pelo albergue, agradeci por terem me recebido e parti. Ainda fiquei boa parte da manhã visitando a cidade. Depois fui rumo a Cirauqui. No caminho um casal de franceses falou-me do jeito incorreto pelo qual eu estava carregando a mochila nas costas. Achei que falaram e demonstraram de um jeito um pouco grosseiro, mas realmente a sugestão que deram melhorou a carga e diminuiu a dor nas costas que estava começando. No fim da tarde ainda encontrei em Puente de la Reina um americano que havia conhecido em Roncesvalles, que disse que eu era "a brave man" por continuar naquele horário e depois cheguei a Cirauqui. Pela minha aparência, acho que a dona do albergue pensou que eu era um peregrino típico e me deu um prato de macarrão . Não deu tempo nem de eu recusar. Como não tinha almoçado, comi o macarrão e depois comi o que havia levado (eu como muito ). Conheci uma francesa que pediu auxílio com o computador, pois estava com dificuldades de entender configurações em espanhol. Tentei ajudá-la um pouco. Ela me mostrou fotos da subida da serra (acho que era a Serra do Perdão) e comentou do cansaço para a subida. Conheci também um francês que tinha começado o caminho bem antes de Saint Jean (acho que de Le Puy). Ele comentou que na França havia muitos caminhos a percorrer e as igrejas ficavam abertas para visitar, fato que até aquele ponto na Espanha nem sempre era verdade. No domingo 01/04, meu aniversário, fui para Los Arcos. Foi um dos melhores dias da caminhada . O tempo estava bom, as dores nas costas haviam sumido, passei por uma fazenda que tinha um dispositivo que oferecia alguns goles vinho aos peregrinos (somente para experimentar). Pela manhã em Estella, reencontrei uma alemã de cerca de 60 anos que tinha conhecido em Roncesvalles. Ela estava sentada numa escada e quando fui cumprimentá-la começou a chorar nos meus ombros. Disse que seus joelhos não estavam aguentando e que não conseguia acompanhar os mais jovens . Eles tinham ido comprar algo e na volta iria decidir se continuaria com eles ou não. Procurei ouvi-la e fazer ponderações para acalmá-la, fiquei com ela algum tempo até que se animasse e quando uma de suas amigas estava voltando, prossegui viagem. Cheguei a Los Arcos no fim do dia. Não tinha alimentos para o jantar e tudo estava fechado. Falei sobre isso com os holandeses que estavam à mesa e eles muito aborrecidos ofereceram-me parte de seu jantar, que eu recusei. Depois de perguntar e procurar orientações descobri um local aberto e pude comprar comida. Durante a madrugada esfriou muito e, como não havia aquecimento interno, precisei levantar algumas vezes e colocar agasalhos. Na 2.a feira 02/04 pretendia ir a Logroño. Foi o dia mais difícil da peregrinação . Teria sido melhor eu ter ficado dormindo . Um peregrino que dormiu no mesmo quarto que eu comentou que durante toda a noite havia chovido. Estava chovendo quando fui tomar café. Após o café preparei-me, coloquei a capa na mala e o anorak em mim, peguei o guarda-chuva e fiquei esperando a chuva passar ou diminuir (era de média intensidade). O francês que havia partido de Le Puy falou-me sorrindo que eu iria esperar bastante. Depois de cerca de meia a uma hora, vendo a hospitalera belga limpar a frente do albergue com um rodo ou vassoura, decidi partir. O tempo estava bem hostil, chuva, frio, vento. Conforme foi avançando a hora esquentou um pouco e houve alguns momentos em que a chuva diminuiu e quase parou. Mas depois voltou forte 🌧️. Quando fui cruzar um curso de água numa área rural, que parecia uma enorme enxurrada, não avaliei bem a força da correnteza nem a profundidade. Quando dei um passo no meio, afundei mais do que a cintura, perdi um pouco do equilíbrio e quase caí para trás na correnteza com o peso da mochila . Tive que fazer força na perna e no joelho, o que talvez tenha me custado caro para depois. Na hora não senti nada. Depois disso decidi parar em Torres del Rio. Achei que não valia a pena continuar naquelas condições. Estava ensopado, hipotérmico e cansado . Pouco antes de mim chegou um casal de Murcia. À noite, começou uma enorme dor na minha perna direita , a mesma que havia forçado no curso de água. Eram fisgadas, principalmente quando apoiava a perna no chão. Fui mancando comprar a comida para o jantar. Conheci uma alemã, que comentou que poderia ser porque eu tinha ficado com os pés molhados por muito tempo. Talvez fosse algum tipo de dor reumática. Ela estava com os pés machucados. Progredi bem menos do que eu pretendia. Cheguei a pensar que não conseguiria continuar ou pelo menos não conseguiria terminar no tempo necessário para ir a Portugal. Na 3.a feira 03/04 fui para Logroño. Fui devagar, pois havia momentos em que doía muito a perna. Com o tempo eu fui achando uma posição em que doía menos, mas periodicamente voltavam algumas fisgadas. Após chegar, mesmo com um pouco de dor, mas sem a mochila nas costas, fui dar uma volta na cidade. Gostei também . Embora menor do que Pamplona, pareceu-me bem interessante. Em alguma destas paradas conheci um espanhol, que iria parar temporariamente o Caminho para encontrar os pais e disse que gostaria de me reencontrar mais para frente, algumas alemãs, que fizeram uma disputa de Liga dos Campeões para ver quem cozinhava mais rápido e muitas francesas, que me ofereceram espaguete que haviam feito, que gentilmente eu recusei. Também havia conhecido um casal de holandeses, cuja mulher era enfermeira. Quando ela me reencontrou, perguntou o que havia ocorrido com minha perna. Eu contei e ela me sugeriu andar menos em cada dia e mais devagar. Num outro episódio, um homem falou-me "Bom Dia!" e eu respondi com a mesma expressão, achando que pudesse ser português ou que tivesse percebido que eu era brasileiro. Talvez ele fosse da Galícia, em que se usa uma expressão parecida no dialeto local. Ele me chamou para conversar e me ofereceu trabalhar na sua companhia, que era algo como um circo itinerante. Pensei no pintor que havia conhecido em Madrid e me interessei em saber detalhes. Disse que pagava 200 euros, mais hospedagem, alimentação e tabaco. Se soubesse dirigir pagava mais 100 euros. Pensei comigo que isso era trabalho escravo . Ri, agradeci, mas nem continuei na conversa, pois era um quarto do que o pintor brasileiro ganhava em Madrid. Na 4.a feira 04/04 estava melhor, mas ainda havia dor de vez em quando. Decidi ir para Nájera, mas se não desse, pararia antes. Mas consegui. Cheguei a Nájera no meio da tarde. Lá encontrei um homem de uns 70 anos que vendo que eu era peregrino, convidou-me a conhecer a igreja de sua família (acho que era do século 15). Achei-a espetacular e fiquei surpreso com uma igreja particular daquele tamanho. No Brasil só havia visto igrejas particulares (que não fossem da Instituição Igreja) dentro de fazendas e eram bem menores. Dei uma pequena volta pela cidade e fui descansar. Não fui conhecer as tumbas dos reis porque estava um pouco cansado e para não forçar a perna, que estava melhor. Na 5.a feira 05/04, sentindo a perna bem melhor, resolvi tentar ir um pouco além. Fui até Redecilla del Camino. No caminho passei por Santo Domingo de la Calzada, onde parei para conhecer alguns pontos, principalmente os históricos e religiosos, que havia visto nos guias. No caminho uma espanhola me ultrapassou e depois nos encontramos no albergue à noite, quando falou que o mais importante era não ter mais chuva. Num dos dias conheci um espanhol chamado Angel, a quem ofereci parte do meu jantar, mas ele disse que iriam comer muito bem, pois estavam cozinhando. Em outra ocasião, a alemã que estava com os pés doendo perguntou-me sorrindo se eu já havia comido algo diferente de pizza. Reencontrei o americano que tinha passado em Puente de la Reina, ele se surpreendeu e me disse que quando eu o passei na estrada, esperava não mais me encontrar. Falei para ele que tinha ocorrido um problema com minha perna. Em um dos locais voltei a comer o menu do peregrino (novamente foi macarrão o prato principal) por 7 euros. Na 6.a feira 06/04 fui para San Juan de Ortega, um lugar bem frio . No caminho, por querer seguir estritamente as setas, acabei entrando num bosque cheio de vegetação e espinhos. Quando cheguei na margem do rio, achei melhor não atravessar e voltar para a estradinha, pois aquela água fria na perna que ainda não estava 100% poderia ser desastrosa. Quando fui voltar, acabei tropeçando em algum cipó ou tronco e caí com a mão, o pulso e um pouco do braço em cima de espinhos (parecia ser do tipo Coroa de Cristo). Eles entraram na minha carne. Doeu . E não foi só na hora. O incômodo que eles causaram durou por quase uma semana. Por coincidência era sexta-feira santa. Eu que sempre achei que Jesus espiritualmente estava muito acima da violência que sofreu, pude sentir na carne um infinitésimo do que foi aquela violência. No fim da tarde cheguei a San Juan de Ortega e o padre, já um pouco idoso, estava recebendo os peregrinos e fornecia uma pequena sopa simbólica. Um suposto americano me disse que não havia nenhum local para se comprar comida lá, mas acho que ele tinha entendido errado e os locais estavam fechados somente naquele horário. De qualquer modo, com esta informação, como eu não tinha levado comida, comi a sopa do padre com prazer e pensando que seria meu jantar. Depois descobri que havia um restaurante, em que mais tarde fomos jantar. Reencontrei o casal de Múrcia, que riu quando perguntei ao dono do restaurante como era a salada e ele respondeu que era verde. Conversando com o americano, ele disse que era médico, era irlandês mas vivia há muito nos Estados Unidos. Conversamos sobre a busca espiritual e ele parecia estar descobrindo um novo mundo . À noite passei muito frio , pois só havia um cobertor muito fino e lá era frio e úmido. No sábado 07/04 fui para Burgos. Gostei muito de Burgos . Para suas atrações veja https://www.lonelyplanet.com/spain/castilla-y-leon/burgos, https://www.spain.info/pt_BR/que-quieres/ciudades-pueblos/otros-destinos/burgos.html, http://www.aytoburgos.es/turismo-en-burgos e https://www.inspirock.com/spain/burgos-trip-planner. Os pontos de que mais gostei de burgos foram a catedral, as áreas naturais, as construções históricas e religiosas, os monumentos e o rio. Fui recebido no albergue com uma azeitona no palito de cortesia. Programei-me para poder ficar razoável tempo e conhecer a cidade. No domingo 08/04, Páscoa, fiquei visitando Burgos quase o dia inteiro. Pela manhã reencontrei o casal de holandeses e a enfermeira me disse que minha perna parecia bem melhor ao observar meu caminhar, ao que eu respondi dizendo que sim, tinha melhorado muito. No fim da tarde reencontrei a alemã de cerca de 60 anos e ela parecia bem e feliz . Narrou-me que havia assistido bem de perto a celebração de Páscoa e ficado bem próxima ao bispo ou responsável pela celebração. Fiquei feliz. No fim do dia fui para Tardajos, um local bem próximo, pois saí tarde de Burgos. Eu jantei e após admirar o céu, fui dormir. A mesma alemã estava lá e ficamos no mesmo quarto com outros peregrinos. Não a vi mais depois disso. Na 2.a feira 09/04 fui para Castrojeriz. Encontrei à noite no albergue o casal de jovens alemães que havia se formado no primeiro dia da viagem em Roncesvalles, com uma garrafa de vinho. Sentei com eles e perguntaram se não me importava que fumassem (acho que era maconha), ao que respondi que não. Ofereci-lhes parte do jantar e aceitaram e no fim pediram uma parte do chocolate preto que eu tinha. Dei-lhes. Ofereceram-me um pouco de vinho e, para não gerar uma situação embaraçosa e também para experimentar, aceitei um pouquinho. O hospitaleiro zangou-se conosco (ou com eles), disse que não era adequado ficar bebendo e fumando maconha numa peregrinação. Este não era bem o tipo de caminhada que eu desejava, eu não pretendia ser um turista, mas sim um peregrino. Na 3.a feira 10/04 pedi desculpas ao hospitaleiro pelo dia anterior, mas ele disse que o problema não havia sido comigo. Saí com o propósito de andar bastante. Perto da hora do almoço encontrei o casal de alemães da noite anterior e a moça ofereceu-se para pagar algo para eu comer. Mas eu não costumo parar para almoçar durante as caminhadas, então agradeci e delicadamente recusei. Prossegui até Carrion de los Condes. Num pequeno empório da cidade comprei os pães que restavam e depois ouvi os fregueses reclamando que não havia pão. O próprio dono veio comentar comigo para aproveitar bem o pão, pois havia acabado com seu estoque. Pensei até em devolver alguns, mas eram poucas peças grandes e ficou inviável . Lá conheci um alemão (Matiah - não sei se é assim que se escreve) e um francês. Ficamos apenas nós 3 num albergue pequeno, jantamos juntos e compartilhamos parte do jantar . Conversamos sobre o caminho, atualidades europeias e várias outras coisas. O meu sono foi muito bom. Na 4.a feira 11/04 fui até Sahagun. Na 5.a feira 12/04 fui até Mansilla de las Mulas. Numa das paradas fiquei num albergue com alemãs, sendo uma luterana, que não se conformava com as regras que o padre do albergue tinha feito para os hóspedes. O padre irritou-se com ela e se desentenderam durante à noite, mas nada grave. Foi para ele que perguntei sobre o astral das imagens nas igrejas. No dia seguinte reencontrei a alemã parada descansando. Ela me disse que tinha algum problema na perna e tinha que andar devagar. Fiquei comovido pela expressão dela e lhe desejei boa sorte. Na outra parada reencontrei o francês e ele me disse rindo que havia encontrado Matiah perto de 20 h e este ainda iria para uma localidade à frente. Num dos albergues encontrei italianos de Verona, falei-lhes sobre o titulo italiano do início da década de 1980, com Briegel, algo que muito os surpreendeu que eu lembrasse. Numa ocasião conheci sulafricanos, comentei da minha passagem por Johanesburgo e concordaram comigo de que não havia um relacionamento amistoso entre negros e brancos. Quando eu disse que era do Brasil, a mãe deles citou Maradona, que seu filho rapidamente corrigiu. Em outra ocasião, um dos hospitaleiros me ofereceu uma bota , quando falei que minha perna não estava muito boa, mas eu delicadamente recusei. Certa vez, estava cantando e um alemão apareceu, perguntou de onde eu era, falou do Pelé, eu tirei o agasalho e mostrei a camisa do Santos, time do Pelé. Paradas à frente, ele comentou com outra peregrina que enquanto muitos caminhavam reclamando, ele me havia visto cantando . Como eu não seguia exatamente os horários dos europeus, começava mais tarde e parava mais tarde, em alguns albergues hospitaleiros pediram-me para acelerar. Em um deles, um nem me deixou tomar café. Acabei de usar o banheiro e ele me falou para partir . Em Carrion de los Condes as faxineiras municipais encontraram-me tomando café quando chegaram para limpar o albergue . No meio de um trajeto duas peregrinas espanholas pediram para tirar uma foto comigo, que aparentava um peregrino do caminho. Quando o clima esquentou e o sol começou a ficar mais forte, comecei a ficar queimado, principalmente nas orelhas ☀️. Meu protetor solar estava fora de validade e acho que não estava me protegendo adequadamente. Procurei colocar toalhas nos pescoço e nas orelhas e plásticos nos braços e mãos. A questão do pescoço e das orelhas foi resolvida, mas acho que os plásticos fizeram concentrar suor e me geraram alergia . Quando eu entrei numa pequena igreja, muito antiga, em que estava sendo feita limpeza por faxineiras, percebi que elas pararam surpresas com a minha aparência, com tudo aquilo, talvez achando que eu era um peregrino das antigas . Na 6.a feira 13/04 fui até Leon. Levei bastante tempo entre a chegada às bordas de Leon e a chegada ao albergue. Percebi como a cidade era grande, com um ampla zona comercial ou industrial. Fiquei hospedado no albergue das Irmãs Carbajalas. Nem procurei o albergue 24 h, pois imaginei que teria ambiente turístico, com pouco silêncio para dormir. Como cheguei no meio da tarde, saí para conhecer um pouco a cidade. Fiquei bastante tempo comendo, cerca de 1 hora (eu não tinha almoçado), do que uma hospitaleira fez piada . À noite fomos a uma pequena celebração na igreja das irmãs. No sábado 14/04 fui conhecer um pouco mais León. Gostei da cidade . Para as atrações veja http://www.turismoleon.org, http://www.turisleon.com/es e http://www.leon.es. Numa igreja, quando fui entrar numa sala para conhecer, o padre assustado me perguntou aonde eu ia. Quando lhe disse que iria somente ver o que havia, ele me disse que não havia problema e só tinha me chamado porque as pessoas vão entrando e não se sabe para onde vão. À tarde fui para alguma cidade próxima. Acho que era Villadangos del Páramo. No domingo 15/04 aproveitei para andar bastante e fui para El Ganso. Achei este lugar tranquilo e meio afastado, exatamente do tipo de que gosto. No caminho passei por Astorga (http://turismoastorga.es), em que fiquei algum tempo para conhecer as obras arquitetônicas e históricas. Achei-a uma localidade muito bela . Numa ocasião, vi um homem velho parado numa pequena povoação, era a única pessoa visível ali, cumprimentei-o, ele respondeu sério, e continuei. Acabei caindo em pensamentos e perdendo a atenção e iria errar o caminho, quando ouvi gritos ao longe. Era o homem alertando-me para o erro. Voltei um pouco e reencontrei as setas e o caminho correto. Isso foi providencial, pois estava ameaçando chuva e eu não queria correr o mínimo risco de voltar a dor na perna. Fiquei feliz e quando olhei de volta para agradecê-lo, ele havia sumido. Impressionante como ele foi rápido, pois havia uma larga extensão para ele andar até eu não poder mais vê-lo. A aparência frágil dele enganou-me . Em outra situação um hospitaleiro comentou que achava que alguns peregrinos eram bon vivant e aproveitadores e parecia aborrecido com isso, apesar de depois completar que havia alguns pelos quais valia a pena se sacrificar. Na 2.a feira 16/04 fui até Molinaseca. Entre El Ganso e Molinaseca passei por Foncebadón e pela Cruz de Ferro, um ponto bem alto com uma cruz em que os peregrinos deixam pedras das localidades de onde vêm. Achei Foncebadón muito interessante, medieval, com suas antigas construções de pedra. Entrei numa pequena igreja de pedra para conhecê-la. Estava havendo uma missa. Não havia ninguém assistindo. Dois padres estavam rezando, um em latim, que só olhava para baixo, e outro em espanhol, que olhava para a igreja vazia. Eu estava com toalha no pescoço e orelhas e plástico nas mãos. O padre que rezava em espanhol olhou para mim como quem estava vendo um extra-terrestre . Delicadamente eu comecei a admirar a igreja e conhecer suas partes, procurando atrapalhar o mínimo a celebração. Quando eu já ia indo, chegou a hora do Pai Nosso. O primeiro padre começou em latim, o segundo repetiu em espanhol e eu repeti em português. Acho que aí o primeiro padre teve certeza de que havia mais alguém na igreja e passou a esperar um tempo a cada frase para que eu pudesse repeti-la em português. A cara do padre que rezava em espanhol ficou ainda mais espantada . Quando acabou o Pai Nosso eu acenei com a cabeça cumprimentando-o e o agradecendo e me fui. No meio da tarde, após longa subida, cheguei à Cruz de Ferro. Cumprimentei dois peregrinos que lá estavam, sem perceber que um deles chorava, parecendo estar sob emoção profunda. Logo saí para conhecer os arredores para deixá-lo em paz em sua aparente homenagem a alguém. Após algum tempo olhando os arredores, quando ele se afastou um pouco da cruz, voltei para observá-la. Peguei uma pedra de lá que minha prima Bernadeth havia pedido. Depois me arrependi, pois poderia ter pego de muitos outros lugares, e peguei justamente de um local para onde as pessoas levam suas pedras para depositar por suas crenças. No fim do dia cheguei a Molinaseca, onde já na entrada vi uma propaganda da Casa do Elias, que dizia ser o amigo dos peregrinos. Fiquei meio desconfiado com a propaganda, mas fui lá e realmente ele atendeu muito bem . Em seu empório ele tinha muitas coisas, e comprei queijo de ovelha misturado com vaca e mais algumas coisas. À noite no hostel reencontrei Gregorian, que parecia bem e estava viajando com os alemães, um dos quais havia falado de Pelé. Reencontrei as francesas que me haviam oferecido espaguete e me haviam visto com a perna dolorida. Elas ficaram muito contentes, gritaram e me cumprimentaram efusivamente . Acho que pensaram que eu não conseguiria prosseguir na situação em que me viram. Gregorian convidou-me para uma cerveja, mas eu recusei, fui tomar banho e jantar. Como já era tarde, acabei ficando só na sala de jantar. Quando voltaram das cervejas, vários me cumprimentaram em voz alta e os que estavam dormindo pediram silêncio . Na 3.a feira 17/04 fui para VillaFranca del Bierzo. A alergia melhorou, mas ainda incomodava. Minhas mãos e braços ficavam muito inchados, provavelmente pelo calor dos plásticos. Passei por Ponferrada (https://www.ponferrada.org/turismo/en), em que achei o Castelo Templário espetacular . O albergue de VillaFranca era todo estilizado, preocupado com o meio ambiente e sustentabilidade e com inclinação esotérica. Numa das paradas, por um hospitaleiro que anteriormente tinha sido guerrilheiro (acho que do ETA ou alguma organização semelhante), fiquei sabendo que no dia em que eu havia tomado aquela chuva, que me custou aquela enorme dor na perna, um inglês (portanto provavelmente alguém acostumado à neve) havia optado por seguir o Caminho de Napoleão no início do caminho em Saint Jean, só que como lá era muito mais alto, ao invés de chuva ele pegou neve, provavelmente se perdeu, caiu num buraco, acabou tendo hipotermia e, mesmo sendo socorrido após algum tempo, não resistiu e morreu. Por alguns dias de diferença eu escapei desta nevasca . Em outra ocasião, ao ir comprar alimentos, a dona do estabelecimento ofereceu-me gratuitamente uma maça, mas quis pagar por ela, aí a mulher achou muito o que eu dei e colocou mais itens. Na 4.a feira 18/04 fui até Alto do Polo. No início da tarde, na base da subida para o Cebreiro, encontrei o alemão que me falou de Pelé, e ele já tinha parado num albergue e me falou que era melhor subir para o Cebreiro pela manhã, quando se está descansado. Seu amigo explicou-me o significado de herzlich willkommen, como vindo do coração. Logo a seguir, perto de 14 hs encontrei um brasileiro, dono de um albergue, que me falou que a subida até o Cebreiro levaria cerca de 5 ou mais horas, e que eu pegaria os albergues lá em cima lotados chegando tarde. Mas eu decidi ir assim mesmo, só que fui preocupado. Fui tão concentrado, que acabei subindo em 2:45 hs. Mesmo assim ainda parei algumas vezes para desfrutar da paisagem . No caminho encontrei outro peregrino conhecido (acho que era alemão ou do leste europeu) pegando água de uma fonte. Perguntei se era confiável, ele disse que sim, e resolvi experimentar também. Havia um cemitério logo no início daquele povoado de origem celta. Como ainda era cedo, agora sem a pressão do horário, resolvi seguir um pouco mais. A vista lá de cima era espetacular . Fui até Alto de Polo, onde fiquei num albergue que era também bar ou restaurante. Fiquei só. Quando a dona me disse que tratava bem os peregrinos, perguntei-lhe quanto era a contribuição padrão ou sugerida e ela me disse 5 euros. Em frente havia outro hotel ou restaurante, pedi para ver o menu, para ver se achava algo mais barato, mas não achei e resolvi jantar no local em que estava hospedado, até como forma de pagar algo mais a elas. Porém neste hotel em frente reencontrei o francês que havia conhecido junto com Matiah junto com uma amiga. Conversamos até o prato deles chegar e eu voltei para jantar no albergue em que estava. A moça (provavelmente filha da dona) fez o menu do peregrino para mim, incluindo um copo de vinho. Fiquei sozinho no albergue. A noite foi muito boa 👍. Peguei alguns cobertores adicionais de outras camas, pois achei que estava um pouco frio. Na 5.a feira 19/04 fui até Sarria. O albergue em que eu tinha ficado não tinha pães ou similares, que eu pudesse ir comendo enquanto caminhava. Fui ao hotel restaurante em frente e o dono, aparentemente aborrecido, disse-me que eu o havia feito mostrar todo o menu no dia anterior e não tinha comprado nada. Falou-me para ir procurar em outro lugar, como o albergue em que havia ficado. Segui sem tomar café. No caminho eu o vi dirigindo um trator para trabalhar na terra. Seguindo, encontrei uma mulher aparentemente dando pequenos pães, mas quando perguntei disse-me que era 1 euro. Achei-o muito fino para pagar 1 euro. Ela disse que poderia levar de graça, mas agradeci e segui sem levar. Mais à frente uma mulher de aparentemente mais de 60 anos estava no meio do caminho com um carimbo perguntando aos peregrinos se desejavam que colocasse seu selo na credencial. Eu disse rapidamente que não e a reação dela pareceu-me ser de decepção . Talvez ela ficasse feliz em alegrar os peregrinos com seu carimbo. Poderia ter dito não de modo melhor, com um sorriso nos lábios e pondo a mão em seu ombro. Desci, achei um local para comprar o café almoço, mais à frente pedi para sentar numa mesa de uma lanchonete para comer, mas a dona me disse rispidamente que havia muitos locais públicos em que poderia sentar. Então mais à frente achei um e fiz minha refeição. No fim da tarde cheguei a Sarria. Numa determinada ocasião um velho perguntou-me sobre meus pais e quando lhe disse que meu pai havia morrido com 76 anos, disse-me que meu pai havia morrido cedo. Acho que ele tinha mais do que isso. Numa parte do caminho encontrei um francês com quem caminhei algum tempo. Ele falava de como tinha optado pelos ramos do caminho mais rurais, ao invés dos urbanos, e como tinha gostado da chuva que veio em um dos dias. Nesta chuva eu tinha me atrapalhado um pouco, mas nada grave, bem diferente daquelas no início do Caminho. Estava bem mais quente. Depois de algum tempo, falei-lhe que dali para frente continuaria um pouco sozinho, para poder entrar em contato mais profundo com o Caminho. Numa das noites, encontrei uma família de espanhóis num albergue, cujo filho adolescente estava em dúvida sobre que direção profissional tomar. Falei-lhe da minha experiência profissional, mas ele pareceu confuso com minhas explicações. Sua mãe estava na mesa conversando com outras mulheres. Os maridos estavam lavando louça, mas participavam da conversa também. No dia seguinte reencontrei-lhes e lhe desejei boa escolha do caminho a seguir. Eles só iriam até aquela cidade e continuariam a peregrinação em outra ocasião, fato comum entre os espanhóis. Na 6.a feira 20/04 fui até Ligonde. Antes de sair porém, fui procurar pelo local do Estádio de Sarriá, palco da derrota brasileira em 1982. Eu me lembrava que era numa cidade grande, que não era o caso de Sarria, mas estava meio confuso com o nome. Perguntei a um velho, que me disse que era em Barcelona. Aí eu me lembrei que realmente era e tinha sido demolido. No sábado 21/04 fui até Arzúa. Um dia encontrei um espanhol num albergue que ficou indignado pelo fato do albergue ser cobrado (6 euros). Disse que se conseguisse um carro iria pegá-lo para ir para outro que sabia ser gratuito. Em outra ocasião, quando falei para uma responsável por um albergue que a situação econômica do Brasil não estava muito boa, ela sensibilizou-se e disse que poderia retirar meu nome da lista de hóspedes e eu não precisaria pagar nada. Surpreendi-me, não concordei, disse que não havia problemas em pagar e que não seria justo eu não pagar e usufruir das doações sem estar em necessidade. Ela havia perdido a mãe há pouco e parecia num estado muito sensível. No domingo 22/4 cheguei a Monte do Gozo, última parada antes de Compostela. Poderia ir até o albergue de Santiago, mas decidi ficar ali e me hospedar em Compostela na manhã seguinte. O hospitaleiro ofereceu-me grão de bico, que experimentei um pouco , mas preferi deixar para quem não tivesse conseguido comprar comida e comi a minha. Fui dar uma volta nos arredores e vi um monumento aparentemente de peregrinos num gramado próximo. Fui lá apreciá-lo e vi que as estátuas olhavam para algum ponto. Então fiquei na posição delas e focalizei o ponto para que olhavam. Surpresa!!! Era a Catedral de Santiago de Compostela, o ponto final de chegada. Não pude conter uma enxurrada de lágrimas 😭 e me lembrar de tudo o que havia acontecido, desde o pensamento de desistir no início, da morte do inglês, de quase cair na enxurrada, da enorme dor na perna, de novo pensar em desistir, da queda nos espinhos, das queimaduras, da alergia, do frio, de todas as pessoas que havia conhecido, com um pouquinho de suas histórias e de tudo mais. Depois de vivenciar aquele momento, resolvi ir procurar o albergue em que ficaria em Compostela. Andei bastante, mas como era domingo, muito estava fechado. Não encontrei o albergue do Seminário Menor. Mas pude ter uma noção do que era a cidade. Não quis ir até a catedral. Deixei para o dia seguinte. Na 2.a feira 23/04, logo de manhã, hospedei-me no albergue, que permitia que se ficasse até 2 ou 3 noites. Nos outros albergues do Caminho, só se podia ficar uma. A atendente me disse que ainda estavam limpando e não tinham aberto, mas eu poderia deixar minha mochila e voltar depois. Pedi um cobertor a mais, ela foi pegar e disse "Esses brasileiros, sempre com frio!" . Depois fui até a Catedral e após contemplar sua frente um pouco, fui assistir a missa de encerramento da peregrinação. Nela havia um ritual diferente, o Botafumeiro, em que um incensário balançava pelo corredor central espalhando fumaça 👍. Na missa avistei o francês que preferia os caminhos rurais. Terminando a missa fui novamente admirar a frente da catedral e passear um pouco pela cidade para conhecê-la. À tarde voltei para ver o local onde ficam os restos mortais de Tiago, atrás do altar, que muitas pessoas tocam, abraçam e beijam. Gostei de Compostela 👍, mas a achei muito povoada por comércio turístico, bem diferente do clima da peregrinação que eu tinha feito. De qualquer modo, havia também várias atrações vinculadas à religiosidade e à espiritualidade. Para as atrações de Compostela veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/santiago-de-compostela e https://www.lonelyplanet.com/spain/cantabria-asturias-and-galicia/santiago-de-compostela Na 3.a feira 24/04 continuei passeando pela cidade, descobri que havia um ônibus para o Porto no meio da tarde e o peguei. Perguntei se era necessário algum procedimento para entrar em Portugal, mas me disseram que não. Antes de partir reencontrei o alemão que havia me explicado sobre herzlich willkommen e Gregorian, que parecia bem. Falei-lhes do Museu do Peregrino, que havia visitado, de que havia gostado e que era gratuito. Eles haviam falado de Finisterre, o fim da terra, que é uma continuação tradicional do Caminho, para deixar tudo que usou na peregrinação, e pretendiam ir até lá. Eu não fui com eles, pois se fosse não teria tempo de ir até Portugal. Passei também no local que dava certificado aos peregrinos, para registrar meu nome, mas não quis o certificado. Enquanto caminhava, parei numa casa para perguntar para uma velhinha onde era o Seminário Menor e ela voltou com um punhado de moedas e me deu. Devolvi e lhe disse que estava pedindo informações e não dinheiro. Cheguei ao Porto no fim da tarde (havia uma hora de fuso). Fiquei no albergue da juventude. Já na chegada percebi que a língua não era tão igual assim e os portugueses procuravam prestar muita atenção para entender o que eu falava e vice-versa. Fiquei lá até 6.a feira 27/4. Gostei muito do Porto . Para suas atrações veja http://www.visitporto.travel/Visitar/Paginas/default.aspx, https://www.tudosobreporto.com, https://www.feriasemportugal.com/porto e http://portoportugalguide.com/porto-portugal-pt.html. Os pontos de que mais gostei foram as pontes, o rio, o mar, as construções históricas, as igrejas, os equipamentos culturais, os parques, a arquitetura dos estádios e a visita com degustação de vinhos gratuita (naquela época) no alojamento Graham. Na 4.a feira 25/04, feriado nacional da Revolução dos Cravos, fui conhecer a parte central e histórica. A cidade estava bem deserta, cheguei até a ficar com um pouco de receio, mas conforme a hora foi avançando, as ruas foram ficando mais povoadas. Não tive problemas de segurança. Num beco as pessoas pareciam tensas quando me viram observando as construções. Quando me dirigi a elas falando que o pneu de um carro lá estacionado estava furado, um homem sorriu e seu semblante ficou mais leve. Quando estava conhecendo a parte histórica, inadvertidamente fiquei em cima da linha férrea olhando o mapa. Repentinamente ouvi um barulho de buzina. Olhei para a frente e vi o bonde lentamente vindo em minha direção. O condutor, de cerca de 60 anos buzinava nervoso, enquanto sua assistente bem jovem, ria . Saí imediatamente da frente e o bonde passou. No fim do dia comprei uma garrafa de vinho do Porto. Foi uma marca barata, mas me arrependi e deveria ter seguido a sugestão de uma portuguesa no supermercado e comprado uma marca tradicional. À noite encontrei alguns brasileiros que haviam chegado ao albergue, um deles morava em Lisboa e falou sobre a cidade, com sugestões de hospedagens e locais. Outro era ligado a Cinema e viajava pela Europa. Havia também um americano que viajava pela Europa e gostava muito de conversar. Num dos dias fui à praia e pedi para deixar minhas roupas sob a guarda de um bar lanchonete. Havia placas dizendo para se tomar cuidado com o choque térmico devido à diferença de temperatura entre a água do mar e o corpo. Quando entrei até a canela senti a água muito fria . Acabei desistindo de mergulhar. Não pude entrar em nenhum dos estádios, o Dragão estava fechado e o do Boa Vista estava tendo um treinamento que não se podia assistir. Tive dificuldade em achar banheiros públicos, assim como em Lisboa. Acabei usando o de igrejas, empresas de ônibus e até o rio e áreas verdes na sua margem. Na tarde do último dia, meu último programa foi ir a uma visita com degustação de vinhos no alojamento Graham, de que muito gostei. Quando cheguei, havia um casal de americanos ou ingleses na frente, então as explicações foram em inglês, devido à maioria. Chegaram duas portuguesas, mas aí já era tarde para mudar a língua. Depois de toda a visita e explicações, foi oferecida degustação de diversos tipos de vinho, incluindo um vintage, que achei maravilhoso . Saímos de lá um pouco trôpegos, pois eu (e acho que elas também) não estou acostumado a beber álcool. Mesmo assim fui a pé até o ponto de saída do ônibus para Fátima. Peguei o ônibus no fim da tarde e cheguei em Fátima no início da noite. Fui até o centro de peregrinos Pão da Vida. Havia um peregrino na minha frente que tinha subido a serra a pé (se bem me lembro estava descalço) e falava de dores nos pés. O responsável perguntou-me se eu tinha vindo a pé. Disse-lhe que não, porém que havia feito o Caminho de Santiago. Então ele me aceitou como hóspede. O albergue era gratuito, entretanto aceitava doações. Fiquei em Fátima até domingo 29/04. Gostei muito . Para as atrações de Fátima veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Fátima, https://www.dicasdelisboa.com.br/2016/03/santuario-de-fatima-em-portugal.html# e https://www.feriasemportugal.com/fatima. Os pontos de que mais gostei foram o Santuário e a rota de peregrinação para conhecer a vida dos pastorinhos e as aparições. Nos diversos dias fui até o Santuário, que tinha uma cerimônia de velas à noite, que achei bastante interessante 👍. Havia bastante gente, principalmente nas celebrações. Achei o clima bastante inspirador para espiritualidade e autoconhecimento. No início da tarde do domingo peguei um ônibus para Lisboa. O motorista, que acho que não conhecia bem Lisboa, não soube me indicar onde era o Parque das Nações, onde eu tinha informação de que era o albergue da juventude. Assim sendo, acabei ficando no ponto final, que depois descobri ser bem longe de lá. Voltei tudo andando a pé, mas não havia vagas. Fui então ao albergue que o brasileiro que tinha conhecido no Porto e morava em Lisboa tinha indicado, que era em Almada. Fui muito bem tratado e consegui vaga sem problemas. Achei espetacular a vista de Lisboa a partir dele , tanto diurna como noturna. Reencontrei o brasileiro ligado a Cinema que havia conhecido no Porto. Fiquei em Lisboa até 5.a feira 03/05. Gostei de Lisboa 👍. Para as atrações veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa, https://www.visitlisboa.com/pt-pt, https://www.dicasdelisboa.com.br/# e https://guia.melhoresdestinos.com.br/lisboa-157-c.html. Os pontos de que mais gostei foram a vistas do rio, as construções e monumentos históricos, especialmente o Padrão dos Descobrimentos e o mapa no chão com os locais até onde os portugueses foram, os bairros típicos locais, a arquitetura dos estádios de futebol, as áreas verdes, a ponte e a vista a partir de Almada. Na 3.a feira 01/05 tive dificuldade em conseguir ônibus para voltar, pois no feriado a quantidade e frequência dos ônibus era menor. Como começou a chover fraco, esfriou e a situação ficou ainda mais inóspita . Quando fui visitar a Praça do Comércio, veio um rapaz me perguntar se eu desejava haxixe . O brasileiro que morava em Lisboa havia previsto que isto iria acontecer quando nos encontramos no Porto anteriormente. Em certa ocasião cruzei com um carro de polícia, que estranhou o fato de eu estar indo em direção a um campo de futebol, que eu não sabia estar abandonado. Quando voltei do campo, o carro novamente cruzou comigo, pediu para que eu parasse e pediu meus documentos. Depois de verificar tudo e ver que estava regular, perguntou o que eu tinha ido fazer naquele campo. Talvez fosse local de consumo de drogas. Eu expliquei que gostava de futebol e não sabia que estava abandonado. Falei que pretendia ir conhecer a Faculdade de Arquitetura e me sugeriram almoçar lá. Num dos dias, chegou um português (aparentemente um filólogo) à noite no quarto do albergue em que eu estava e começou a querer conversar sobre filosofia, após eu lhe responder que tinha ido fazer o Caminho de Santiago. Mas como eu já estava dormindo, acabei não me envolvendo muito na conversa. Aí chegou o brasileiro ligado a Cinema, espantou-se em me ver acordado ainda, posto que sempre que chegava eu já estava dormindo, e conversou com ele por algum tempo, até a madrugada. Vi muitos motociclistas brasileiros (provavelmente que exerciam a profissão em São Paulo) trabalhando em Lisboa. Na 5.a feira 03/05 peguei um ônibus da ALSA (https://www.alsa.es) de manhã para Madrid e cheguei no fim da tarde. Durante o trajeto conheci um viajante do leste europeu, que falava fluentemente Português e comentou sobre as riquezas da Rússia. Em Madrid fiquei no albergue Los Amigos (Sol ou Ópera, não me lembro) na região central. Como era um dia só achei mais prático, posto que o preço não era tão maior do que a Pousada Sudamericana. No dia seguinte, 6.a feira 04/05, tive uma ligeira indisposição estomacal e deitei no chão da área de entrada do banheiro por um instante. Nisso entrou uma japonesa que levou um susto . Reencontrei no café da manhã novamente o brasileiro ligado a Cinema, que me disse sorrindo que eu o estava seguindo. Como ele só tinha um dia, sugeri-lhe os Paseo de Recoletos e Paseo del Prado. Ainda dei um passeio por Madrid e fui conhecer o Estádio Santiago Bernabéu por fora, que eu não tinha tido tempo. Interessante como sua localização era central. Perguntei numa empresa de recrutamento qual era o salário anual de um desenvolvedor ou engenheiro de software sênior, que era minha profissão, só por curiosidade, pois não pretendia me mudar. Achei que seria um pouco melhor. Descobri que poderia ser inferior ao do Brasil e confirmei que é muito inferior ao dos EUA. Passeei ainda por outras áreas de que havia gostado e algumas que não tinha podido conhecer. No fim do dia peguei o metrô para o aeroporto. No voo conheci um brasileiro de Goiás que trabalhava em obras gerais na Espanha como ilegal também e estava voltando ao Brasil para visitar a família. Passei novamente por Buenos Aires e cheguei em São Paulo no sábado 05/05 de manhã, após belo sobrevoo pelo litoral brasileiro , sendo que consegui reconhecer o fim do litoral paranaense e todo o trecho do litoral paulista.
  4. E aeeee galera mochileira! Saudades de escrever um relato! Essa foi uma viagem muito planejada e muito esperada, afinal seria minha primeira viagem à Europa. Era pra ter ocorrido em maio de 2020, o que não ocorreu por motivos óbvios. Enfim, novamente planejada pra setembro de 2022. E setembro foi uma ótima escolha, fim de verão, início de outono, peguei clima favorável em 19 dos 20 dias da minha viagem, com exceção do segundo dia de viagem com chuva fina e muito nevoeiro em Sintra. No mais, sol e temperatura agradável, máximas em torno de 25 graus nos meus dias de Portugal, 28° a 30° nos dias de Madrid, de 22° a 25° em Barcelona e 29° em Sevilha. Esse é meu estilo de viagem, ando muito, faço muitas coisas no mesmo dia e meu ritmo é um pouco acelerado pois sou um viajante solitário que anda muito rápido e às vezes nem eu mesmo dou conta de me acompanhar Meus relatos sempre são nesse estilo diário de bordo pois acho que facilita a noção de espaço, tempo e deslocamento pra quem lê e pra mim mesmo como forma de recordar minha viagem no futuro. Comentários e sugestões são sempre bem-vindos! Os preços relatados são só pra vocês terem uma base, já que se lerem daqui a 10 anos tudo já vai ser diferente. E um adendo, talvez meu maior equívoco nessa viagem fosse pensar que o custo das coisas era equivalente ao Brasil. Exemplo: eu achava que, se aqui um café com leite é 3 reais e o Euro tá 5 reais, então encontraria lá café com leite de padaria por €0,60…Que tonteria!! NADA É MENOS DE 1 EURO. NÃO SE COMPRA NADA POR MENOS DE 1 EURO! O café com leite era em torno de €1,30, o dobro do que eu esperava encontrar. Daí já supõem que eu tive que apelar muito mais pro cartão do que esperava. Eu levei 1000 euros pois eu já os tinha desde 2019 (afinal essa viagem era pra sair em 2020) então levei a maior parte do que eu ia gastar em espécie. Mas tenho um cartão internacional da Nomad, desses que a conta é em dólar e você só paga o IOF de 0,38% quando deposita seus reais na conta investimento, depois passa seu dinheiro pra conta corrente e lá quando você paga no débito ele faz a conversão do euro pro dólar na cotação do dia sem nenhuma taxa extra, então é ótimo. Mesmo esquema do Wise e outros por aí. Ao menos pra economizar, a água da torneira é potável👍 então pelo menos com água não precisei gastar 1 centavo. Vamos ao relato!!! Dia 11, domingo – Lisboa Meu voo chegou em Lisboa às 8 da manhã. Imigração rápida, uns 15 minutos de fila, o cara só me perguntou o motivo da viagem, se eu conhecia alguém lá, se eu tinha as reservas das hospedagens, se eu tinha passagem de volta… só perguntou, não pediu pra ver nada! A primeira coisa que eu fiz foi comprar o LisboaCard de 72 horas que custa €44 e comprei no balcão de turismo do aeroporto, bem visível quando você sai no desembarque. Com o LisboaCard você tem acesso liberado a TODOS os transportes (metrô, ônibus, elétricos, trem de Sintra, aqueles elevadores que turistas adoram… tudo!) e libera entrada também na Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos, Arco da Rua Augusta e desconto em outros lugares. Ou seja, se você fosse pagar tudo isso em 3 dias de Lisboa, ia gastar bem mais que 44 euros, logo, sim! Lisboa Card compensa muito! Já estreei meu Lisboa Card (e consequentemente comecei a contagem das 72h nele) pegando o metrô até a estação Restauradores que fica colada na estação do Rossio onde está o hostel que me hospedei, o Lisbon Destination, que fica dentro mesmo da estação do Rossio. Achei uma localização fantástica pra explorar a cidade. Ainda nem eram 11 da manhã e eu já comecei a bater perna. Saí do hostel, atravessei a Praça do Rossio onde tem a estátua de Dom Pedro IV que aqui é conhecido como Dom Pedro I e cheguei na Praça da Figueira de onde sai o elétrico 15 e mesmo do ponto inicial já sai muito cheio. Desci na parada do Largo da Princesa que é a mais próxima da Torre de Belém, datada de 1515. A bilheteria é bem antes da torre, numa beirada da praça e a fila pra validar o LisboaCard só tinha 4 pessoas. Quem não tem LisboaCard tem que pagar €8 e ainda enfrentar uma fila enorme pra comprar. Ponto pro LisboaCard! Depois de subir na Torre, fui andando pelo calçadão à beira do Tejo até o Padrão dos Descobrimentos, um monumento de 50m de altura construído em formato de caravela. O LisboaCard não dá acesso livre a ele mas dá um desconto. O preço da entrada é de 6 euros mas com o LisboaCard fica em 4,80. Mas eu não paguei!😁 Tinha uma fila bem grande, fiquei mais de meia hora na fila. Na hora que cheguei na bilheteria, o cara me agradeceu por ter esperado e me deu uma entrada de criança! Grátis!❤️Achei muito legal essa empatia dele pela minha espera, nem sei se ele tava liberando a entrada pra geral ou se era porque viu que eu tava sozinho ou falava português, enfim...entrei na faixa! E gostei demais da vista lá de cima, acho que a mais linda de Lisboa, você vê a Rosa dos Ventos lindona lá embaixo, mesmo que você tiver que pagar a entrada eu acho que vale demais, vista muito melhor que a da Torre de Belém. Depois que desci ainda passei pela rosa dos ventos no centro da praça mas nem parei muito por causa da horda de turistas ocupando o espaço. Segui caminho atravessando a avenida por uma passagem subterrânea até o outro lado onde está o Mosteiro dos Jerônimos que é grátis com LisboaCard ou paga €10. É uma construção muito bonita, com seus arcos, o jardim interno e obras de arte. Ao lado do mosteiro tem a catedral que tem entrada livre com um órgão muito bonito, belos vitrais e onde está o túmulo de Vasco da Gama. Fechando o roteiro, ali pertinho tem a famosa loja dos Pastéis de Belém. Tem uma porta só para quem quiser comprar pra levar e outra pra quem quiser entrar pra comer. Eu resolvi que queria entrar pra comer e aí tem uma fila pra esperar liberar uma mesa. Não demorou muito, mas eu me senti incomodado por ocupar sozinho uma mesa de 4 lugares. Acho que falta ali um espaço com mesas para menos pessoas ou mesmo um balcão onde alguém sozinho possa se sentar sem ocupar tanto espaço. Cada pastel custa €1,20. Eu comi 4. Apesar de não ser fã de doces, eu gostei da casquinha crocante e o recheio quente e cremoso. Uma delícia Ainda era cedo, umas 16h, e já tinha visitado o que queria ali e peguei de novo o elétrico 15, dessa vez mais vazio e desci no Mercado da Ribeira, que achei um mercado comum de cidade grande, mas era domingo a tarde então a galera tava toda na área de alimentação, as bancas de peixe e etc. já tinham fechado. Depois fui pra Praça do Comércio, onde fiquei um tempo curtindo o momento. Eu ainda estava em êxtase, ainda processando a ideia que enfim eu estava pisando pela primeira vez em terras europeias! Aproveitei o acesso do LisboaCard e subi o Arco da Rua Augusta, que custa €3 pra quem não tem LisboaCard. A vista ali é bacana demais, o formigueiro das pessoas na Praça do Comércio e na Rua Augusta e uma visão do casario da Alfama. Segui depois pela rua Augusta, super movimentada no fim da tarde de domingo. E ouvia todas as línguas do mundo! Percebi que o mundo está em Lisboa! Sei que a Europa é um ovo mas desde a Plaza de Armas de Cusco não sentia a vibe de um lugar onde o mundo parecia estar reunido como senti ali em Lisboa. Uma energia muito boa! Já era hora de comer e parei no Buffet do Leão, que fica perto do hostel, e que tem self service livre por €9,90 e um dos poucos lugares onde se pode comer feijão. Ali já percebi que além do mundo estar em Lisboa, quem te atende nos restaurantes é brasileiro ou angolano… Enfim fui fazer check-in no hostel, tomar um banho e apesar de ter virado a noite acordado no voo, não estava cansado e ainda fui subir ao Bairro Alto, o point da noite lisboeta. Parei num bar e pedi um gim de €5. Ao menos era uma taça bem grande. Precisava celebrar meu primeiro dia de mochilão. Dia 12, segunda – Sintra Peguei o trem 08:40 para Sintra. O trem está incluído no LisboaCard. O tempo virou, o dia estava nublado e ameaçando chuva. Mas mesmo assim Sintra é muito fotogênica e cinematográfica. Com uma bruma envolvente se acercando então, fica ainda mais mística. Cheguei em Sintra e fui tomar café. Passei de fora da famosa Piriquita e não estava muito cheia, pedi um café com leite €1,60, um pastel de bacalhau €1,30, outro de nata €1,30 e o famoso Travesseiro de Sintra €1,60, que é recheado de doce de leite. Tudo deu €5,80. Pela fama do lugar eu até achei o preço razoável e o atendimento muito bom. Depois fui andando até a Quinta da Regaleira que custa €8 com o desconto do LisboaCard. O tempo deu uma piorada, vez ou outra vinha uma chuva mas eu tava de boa com guarda-chuva e a chuva não atrapalha muito a visita na Regaleira. O primeiro lugar que eu fui foi no Poço Iniciático, o ponto mais emblemático de lá. Desci a torre em espiral e lá embaixo tem um túnel pra saída que leva até a parte de trás de uma cascata maravilhosa. Depois fiquei andando pelo imenso jardim, entrei no Palácio da Regaleira mas o top mesmo é o espaço aberto onde tem muita coisa bonita pra ver e mesmo com tempo nublado ou chuva fraca, não atrapalha. Depois da visita na Regaleira, voltei pro centro também a pé e aí cometi o maior erro de toda viagem O tempo estava bem fechado, com muito nevoeiro lá pra cima, mesmo assim arrisquei pegar a linha 434 faz a rota Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. Paga o motorista €7 e vale pro dia todo. O jeito é ir de ônibus mesmo, é um pouco longe e só subida, acho que não rola ir andando. Essa foi a maior burrada que eu fiz na viagem. Você iria ao alto do Cristo Redentor num dia nublado, com nevoeiro lá em cima tapando tudo? Você sabe que chegando lá não vai ver nada né...Chegando lá em cima, o tonto aqui viu que tava uma baita cerração, não dava pra ver quase nada, mesmo assim ainda paguei €7,50 da entrada aos jardins do Palácio da Pena. Se quiser entrar dentro do palácio aí a entrada sobe pra €14 mas eu tinha lido alguns relatos que diziam não ser assim tão surpreendente lá dentro. Mas devido às péssimas condições climáticas talvez tivesse sido mais inteligente e aproveitável de minha parte fazer a visita interna, já que lá dentro não ia ter nevoeiro... Resultado, fiz umas caminhadas no meio da bruma envolvente, tirei umas fotos borradas, escondi da chuva que começou do nada e ainda veio um vendaval repentino destruindo o guarda-chuva de todo mundo...Maior rolê errado!😝 Castelo dos Mouros nem perdi meu tempo de ir por causa do tempo péssimo. Peguei o próximo ônibus e desci. Perdi tempo e dinheiro! Não sejam idiotas como eu! Castelo dos Mouros e Palácio da Pena, só se o tempo estiver bom, senão nem arrisque! No meio da bruma envolvente... Voltei pro centrinho de Sintra, só nublado, sem nevoeiro, almocei num buffet livre com bebida por 12 euros. Andei um pouco olhando a cidade, vi uma loja do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, que também tem em Lisboa e que nem dá pra descrever, quem já viu sabe como é engraçada e bonita, colorida e clássica, arrumadinha e atraente e vale muito entrar numa quando você se deparar com elas por lá. Depois fui ao Palácio Nacional de Sintra que com desconto do LisboaCard custa €9. Gostei da visita principalmente quando cheguei na cozinha e descobri que o que eu pensava que eram as torres do palácio, na verdade são as chaminés da cozinha! Já passava um pouco das 18h, o sol até ameaçou aparecer e a cerração deixou ao menos por uns minutos eu ver as muralhas do Castelo dos Mouros lá em cima, mas logo tudo ficou tapado de novo. Por volta de 19h resolvi encerrar meu rolê por Sintra, que foi bom pela Quinta da Regaleira mas no geral foi zuado pelo péssimo tempo num lugar que era muito esperado por mim pelas vistas bonitas que esperava encontrar no alto do Castelo dos Mouros e do Palácio da Pena. Cheguei no hostel por volta de 20h e mais tarde subi de novo ao Bairro Alto, o movimento tava até grande pra uma noite de segunda-feira nos bares. Parei num Irish Pub pra tomar umas Guinness e depois numa baladinha ao lado que tava bombando no reggaeton. Repito, noite de segunda-feira...Eu amei a noite do Bairro Alto Dia 13, terça – Lisboa O dia era pra conhecer e andar a esmo por Lisboa. Comecei indo ao Parque Eduardo VII. Era só 2 estações do metrô de onde eu estava mas fui de metrô aproveitando o LisboaCard. Subi até a parte mais alta do parque e depois fui descendo pelo parque que estava cheio de barraquinhas armadas pra uma feira de livros. Segui pela Avenida da Liberdade, cheia de árvores e lojas de marcas famosas, com uma cara mais “europeia” assim digamos. E logo estava de volta na Praça dos Restauradores. Peguei o Ascensor da Glória já que tava incluso no LisboaCard e subi naquele troço que todo turista adora em direção ao Bairro Alto. Fui descendo a pé e passei pela Praça de Camões e depois pra esquerda em direção ao Chiado, passando pela estátua de Fernando Pessoa de fora do Café A Brasileira Seguindo a rua Garrett, entrei na Livraria Bertrand só pra ver e depois no Armazéns do Chiado que é uma construção histórica por fora e um shopping por dentro. Dali peguei a Rua Nova do Almada, passei de fora do Museu do Dinheiro que é grátis mas só abre de quarta a domingo e logo já estava de novo na Praça do Comércio. Como já tinha aproveitado a praça um bom tempo no domingo, só passei reto e segui andando até a Casa dos Bicos que é a Fundação José Saramago na Rua dos Bacalhoeiros e é uma construção cheia de detalhes pontiagudos. Ela tem uma parte gratuita onde dá pra ver escavações do período romano. Depois fui até a igreja onde nasceu Santo Antônio, que tem um museu do santo ao lado e atrás dela a Catedral da Sé de Lisboa. Essa foto é muito clássica! Em frente a Sé, peguei o eléctrico 28 na hora que passou um mais vazio. Eles vem quase que um atrás do outro, tipo a cada 2 ou 3 minutos e como são pequenos e mega turísticos, estão sempre cheios. Estão incluídos no LisboaCard, só validar o cartão e pronto. Subi todo o bairro da Alfama e desci no Largo da Graça de onde fui a pé pro Miradouro da Senhora do Monte, o mirante mais alto da cidade. Tava uma ventania absurda mas a vista era super legal. Tinham várias pessoas lá, mas me parece que não é um ponto muito frequentado pelos turistas em geral. Voltando passei pelo Largo da Graça, um bar chamado Desgraça e depois na igreja de São Vicente de Fora. Entrei na igreja e ao lado tem um museu mas que não está incluído no LisboaCard, então não entrei. Ao lado da igreja de São Vicente de Fora, atravessando um arco, cheguei no Campo de Santa Clara, e como era terça tava tendo a Feira da Ladra, mas achei bem fraquinha, não eram muitas barracas e as coisas não eram muito atrativas Depois de atravessar a feira, pra baixo na praça, está o Panteão Nacional (incluso no Lisboa Card ou 4 euros se for pagar). É um prédio bonito, sua finalidade é homenagear portugueses ilustres, tem uma parte onde estão os túmulos do jogador Eusébio, Amália Rodrigues e outros portugueses importantes além de túmulos fictícios de outras personalidades como Vasco da Gama, que está enterrado lá na igreja ao lado do Mosteiro dos Jerônimos. O mais legal é o terraço que tem uma vista muito bonita e vale a pena. Uma boa pernada e fui até de fora do Castelo de São Jorge mas eu não estava com intenção de entrar. Ele não está incluso no LisboaCard e não me animei a pagar 10 euros pra vê-lo por dentro. Gosto mais de vistas panorâmicas e achei que ali não teria nada muito animador, e teria oportunidade de ver outros castelos pela frente. Só dei uma olhada no movimento das pessoas pra entrar e desci pro Miradouro das Portas do Sol, que tem uma vista muito bacana dos telhados das casas portuguesas da Alfama. Pouquinho mais pra frente tem o Miradouro de Santa Luzia mas não é tão legal quanto o anterior. Descendo a pé, cheguei de volta na Sé de Lisboa, que é grátis pra entrar na parte da igreja, a bilheteria que tem ali na entrada é só se você quiser subir na torre. Mais uma parada pra fotos com os clássicos bondinhos e depois fui comprar quinquilharias nas lojinhas do centro. Tal minha surpresa ao ver que toda loja que eu entrava os funcionários tinham cara de indianos. Quando enfim resolvi comprar, perguntei pro vendedor de onde ele era e ele disse ser de Bangladesh. Parece que todos os imigrantes de lá vieram pra Lisboa trabalhar nas lojinhas de lembrancinhas. Juntando isso aos brasileiros e angolanos nos bares e restaurantes e turistas falando tudo que é língua pelas ruas, acaba que português de Portugal é o que menos se escuta em Lisboa Já quase fim de tarde, barriga nas costas, passei de novo no Buffet do Leão pra fazer jus aos meus quase 10 euros e comer tudo que aguentava e mais um pouco Depois andei ali por perto, fui até a praça de Martim Moniz que tem uns chafarizes bonitos e passei no hostel pra deixar umas coisas e subi pro Bairro Alto à procura de um por do sol mas o tempo tava meio nublado. Parei num quiosque do Largo do Carmo pra provar uma Sagres. A Super Bock já tinha provado. São as 2 cervejas mais populares de Portugal mas a mais consumida é a Super Bock. Eu também elegi a Super Bock como a melhor. Depois passei pela lateral do Convento do Carmo e peguei o Elevador de Santa Justa pra descer. Pra subir a fila sempre era grande mas pra descer era de boa...estranho...E só peguei o elevador porque ele tá no LisboaCard senão nunca que eu ia pagar 5 euros pra descer nem 20 segundos num elevador turístico Mais tarde, mais uma volta pra curtir a noite e me despedir do Bairro Alto Ah como eu amei aquele lugar! Dia 14, quarta – Fátima Já com saudades e um gostinho de quero mais, me despedia de Lisboa. O bom é que como a maioria dos voos do Brasil pra Europa são pra Lisboa é fácil numa viagem futura pra outro país europeu comprar uma passagem com stopover e curtir mais uns dias de Lisboa! Pode ser pela impressão de primeira vista/começo de viagem e aquele encantamento todo, mas Lisboa me conquistou. Eu curti demais a cidade, senti uma vibração e energia muito boa. Lisboa tá bombando! Fiz checkout, juntei minhas tralhas, meu LisboaCard já estava quase vencendo as 72h, mas ainda em tempo suficiente de pegar o metrô. Desci na estação Jardim Botânico que é integrada com a Rodoviária de Lisboa (Terminal 7 Rios) e fui ao guichê da Rede Expressos comprar a próxima saída pra Fátima que era às 09:15 e paguei 13 euros. Se comprar bem antecipado no site consegue até por 5 euros mas como tem vários horários e eu não queria esse compromisso amarrado, preferi comprar na hora na rodoviária. Com 1h30 de viagem cheguei na rodoviária de Fátima e fui deixar minha mochila grande no bagageiro que custa €2,50. Vc paga no mesmo guichê da Rede Expressos onde já aproveitei e comprei a passagem pro Porto às 18h por €18. Sem o peso do mochilão, fui andar em Fátima, que é bem pequena e a rodoviária bem pertinho da praça da igreja. Assisti a missa das 12:30, visitei as igrejas, a antiga que é menor e a nova que fica no lado oposto da praça e é enorme. Depois andei nas ruas comerciais que ficam ao lado do Santuário e onde estão as lojinhas de lembrancinhas religiosas que muito lembram o que vemos em Aparecida (SP). Almocei um bacalhau a Brás por 8 euros e já eram 16h. Não tinha mais nada pra fazer lá. Fátima é muito pequena e tem bem menos atrações se compararmos com Aparecida que nós brasileiros estamos acostumados. Tem um trenzinho turístico que leva o povo pela cidade e vai até a vila onde nasceram os pastorinhos, mas preferi não ir. Fiquei ali naquela esplanada enorme olhando o movimento, achei interessante os vários grupos de turistas estrangeiros, grupos de franceses, ingleses, japoneses, coisa que em Aparecida não vemos. E no mais eu queria mesmo era agradecer o momento. Desde pequeno frequento Aparecida todos os anos, já fui em Guadalupe no México e Fátima não poderia ficar de fora, ainda mais que é caminho do Porto. 17:30 fui pra rodoviária, peguei minha mochila e embarquei pro Porto onde cheguei às 20h no Terminal Campo 24 de Agosto e fui a pé mesmo, uns 10 ou 15 minutos até o Porto Spot Hostel, onde ia ficar.
  5. Olá pessoal, essa foi minha primeira viagem para o inesquecível Velho Continente, a Europa. E coloco aqui como foi a viagem e, principalmente, a preparação - meu amigo sempre me "cobrou" para que eu apresentasse para os outros o planejamento. editado
  6. Madrid é uma das cidades preferidas dos realizadores espanhóis e internacionais. Viaja connosco a Madrid em 10 filmes. https://lavidaesmara.com/2020/07/04/viagem-madrid-10-filmes/
  7. Sabias que La Rosaleda de El Retiro, na cidade de Madrid, tem mais de 4.000 roseiras? Conhece todos os segredos deste jardim aqui: https://lavidaesmara.com/2020/06/14/la-rosaleda-de-el-retiro/
  8. Olá mochileiros! Fizemos mais uma viagem para o velho continente e desta vez, vou fazer diferente. Ao invés de colocar os relatos de custos e locais onde ficamos, primeiro vou deixar as imagens. Logo mais, conforme as perguntas, vou postando os relatos.
  9. Buenas, estou organizando roteiro para mochilão de 25 dias pela Europa com minha adversária. Madrid- 3 dias Barcelona- 2 dias Paris - 3 dias Bruxelas - 3 dias Amsterdã - 3 dias Frankfurt - 3 dias Viena - 2 dias Praga - 3 dias Berlim - 3 dias A idéia é entrar por Madri e voltar por Berlim. Dicas? Alguém que more por alguma dessas cidades pode nos ajudar? Um sofá, um rolê...
  10. Olá pessoal, agora em Março de 2019 iniciei minha primeira viagem para fora do Brasil, especificamente para a Europa. Ainda estou me acostumando ao frio por aqui, bolandando diversos artigos e já tenho muita coisa pra contar, se quiserem saber como foi minha chegada, desde a imigração acessem www.cidadaodoworld.com tenho certeza que vão amar.
  11. Olá Pessoal, Gostaria de uma ajuda, estou tentando planejar minha primeira viagem pra Europa. A única época que tenho pra viajar é Dezembro (final) e janeiro. Sim, no inverno. Não existe possibilidade de ir em outra época. Estava ontem começando a estudar um roteiro de cidades e dias, acabei pensando nesse roteiro abaixo. Mas ainda tenho dúvidas se fica razoável, se fica muito corrido, difícil ou impossível rs. Saída do RJ para PORTUGAL dia 27/12 (Nada certo ainda. Data possível) Então pensei : Lisboa - 4 dias Coimbra - 1 dia Fátima - 1 dia Obs: Contei esse 1 dia em Coimbra e Fátima não porque pretendo me hospedar lá mas por provavelmente usar quase o dia todo entre trajeto de ida e volta e visitação. ESPANHA Madrid - 3 dias Toledo - 1 dia (daqui já com mochila direto pra barcelona no fim do dia) Barcelona - 4 dias FRANÇA Paris - 4 dias Não incluí os dias de deslocamento entre um país e outro. O deslocamento entre os países até então estou dando preferência para Trem. O que vocês acham? Agradeço qualquer ajudinha.
  12. Olá, mochileiros. Preciso de ajudaaaaa! Não conheço a Europa, mas decidi me aventurar por lá esse ano (2019). Como só tenho disponibilidade para viajar em dezembro, e sei que esse é o período de inverno por lá, gostaria de receber dicas para otimizar meu roteiro e não ser """prejudicada""" pelo clima de lá, já que sou carioca e não estou acostumada com o frio, rs. Eu tenho alguns destinos que não gostaria de abrir mão, como Amsterdam, Madrid, Barcelona (tenho pensando em outras cidadezinhas como Salamanca e Toledo também, mas ainda não tenho certeza sobre essas duas) e Londres. Tenho 22 dias para aproveitar por lá e estou aberta a receber sugestões de roteiros para otimizar minha viagem, visitando as cidades que grifei acima e até mesmo incluindo destinos adicionais. Agradeço desde já :)
  13. Veja aqui o que fazer em Madri: destacamos as 10 principais atrações pra quem quer conhecer o melhor de Madrid em pouco tempo. O que ver e fazer em Madrid: principais pontos de interesse para incluir no seu roteiro 1. Puerta del Sol Puerta del Sol é o coração da cidade, sendo uma das praças mais famosas de Madrid. Há uma placa na praça marcando o km zero da Espanha. Ela tem um formato de semi círculo, e há 6 rodovias que começam justo nesse ponto. Por lá encontramos muitos bares e restaurantes, além de lojas nos arredores e a estátua de bronze do Urso no meio da praça, chamada de "El Oso y El Madroño", Esse é o símbolo de Madrid. 2. Plaza Mayor Outra praça das mais famosas e visitadas da cidade. Sua arquitetura é linda, com ar grandioso. A praça fica no coração de Madrid, ela já foi o centro da vila por mais de quarto séculos e sobreviveu a 3 incêndios. A estátua que fica no meio da praça é do Rei Felipe III. Plaza Mayor 3. Parque El Retiro El Retiro é a área verde mais importante da cidade. Lugar frequentado por turistas que vão passear e por locais que vão se exercitar. Por lá dá pra alugar um barquinho pra andar no lago, visitar o Palácio de Cristal ou simplesmente curtir a paisagem. Confira a lista completa com as principais atrações de Madrid no post: https://emalgumlugardomundo.com.br/o-que-visitar-em-madrid/
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