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Chapada dos Veadeiros - Vila de São Jorge - Dicas


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Olá a todos,

 

Relato minha viagem para a Chapada com algumas dicas que talvez sejam úteis. Bem, pra dar um contexto da viagem: somos um casal e viajamos sem carro, e na época de chuvas, ficamos 7 dias na vila de São Jorge, e gostamos de caminhar bastante. Fomos sem pacote de operadoras, sem nada, no risco. Economizamos uma boa grana nessa (pelo menos uns R$700,00), mas demos sorte pois não teríamos feito vários passeios que relatamos sem uma carona que conseguimos... Aí vai o relato:

 

Dia 1) Saímos do Rio para Brasília de avião. Do aeroporto pegamos um ônibus comum (R$2,00) para a Rodoviária do Plano Piloto, de onde sai o ônibus que vai direto para a vila de São Jorge. Era terça-feira e o traslado até a Rodoviária foi bem rápido (uns 15 minutos). Compramos as passagens na viação Santo Antônio (R$39,00). Daí começou o tormento. O ônibus atrasou uma hora e meia. Quando chegou, foi até Sobradinho (meia hora de distância de Brasília) e o motorista informou que seria preciso trocar de ônibus. Esperamos mais duas horas até o outro ônibus chegar. Este ainda parou na garagem, para trocar óleo (!!!). Enfim... Fizemos uma viagem de 4-5 horas em 8 horas! Descobri que há outra empresa (A Real Expresso) que vai para Alto Paraíso.

 

DICAS: Pra quem vai de carro: 1) a estrada está cheeeia de buracos, principalmente depois de São Gabriel, preparem-se... 2) há animais cruzando a pista em vários trechos: sejam cuidadosos! Pra quem vai sem carro: Sofrer com estas empresas ou arrumar um traslado. Às vezes algumas lotações saem indo pra São Jorge, motoristas que fazem o transporte para Brasília e não querem voltar com o carro vazio.

 

Dia 2) Saltos do Parque Ficamos numa pousada bem tranquila (Trilha Violeta - R$120,00/casal), com um pátio interno e muitas árvores frutíferas no terreno ao lado, o que foi garantia de muitos pássaros pousando e cantando o dia inteiro. Oito e meia da manhã: fomos à pé para o Parque (20 minutos de caminhada). Esperamos um grupo para fechar um passeio. O valor da diária do guia é R$100,00, e o grupo pode ter no máximo 10 pessoas. Os passeios do parque e alguns outros só são possíveis com guias. Conhecemos o Seu João Carlos, que foi uma sorte. Ele é da ACVC (Associação de guias da região), foi garimpeiro na região, conhece o mapa na palma da mão, já acampou, morou, roçou terra por tudo quanto é montanha ali. Além de ter vários causos para contar e conhecer o comportamento dos animais, rastros e pegadas, nome de todas as plantas e para que elas servem. Procurou se especializar, fez treinamento com a Cruz Vermelha, faz parte da equipe de resgate de acidentes da região, é muito bom mesmo. Eu recomendo: é um passeio e um aprendizado. (62 9669-4046 62 3455-1030). Partimos com o grupo e fizemos o roteiro dos Saltos, muito bonito, com um banho de cachoeira bem gostoso no final (4 estrelas). Na volta, pelo final da tarde, almoçamos na pousada da Nenzinha, a única com almoço que fica aberta direto. Comida boa, caseira, à quilo (R$19,90 livre ou R$24,90 o quilo).

 

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DICAS: O parque abre às 8 e fecha a entrada ao meio-dia. É legal chegar bem cedo pra tentar fechar os grupos e economizar uma grana.

 

Dia 3) Cachoeira do Segredo Havíamos combinado com o Seu João de fazermos o passeio Abismo/Janela. Estávamos dispostos a ficar com ele uma semana se não conseguíssemos fazer um grupo na pousada, para ir para lá. Mas, na noite anterior ele passou pela pousada e avisou que encontrou um casal que estava com ele antes de chegarmos, e que queria ir a outro lugar, se não nos importaríamos. Dissemos que ok, estávamos no espírito de conhecer a região. O casal tinha um carro e poderíamos fazer passeios mais distantes. Fomos então para a cachoeira do Segredo (R$15,00 a entrada). Uma caminhada boa (16km), cruzando 7 vezes uns rios pelo caminho. Muito bom. A cachoeira é absurdamente linda, com um poço azul-esverdeado. Ela fica entocada dentro do paredão, não se vê ao longe, só quando se entra nessa toca, por isso o nome de Segredo. Para quem sente frio, levem toalha: por causa do paredão alto não bate sol quase nunca ali. Pedras de todas as cores, um lugar maravilhoso (5 estrelas - volto lá, com certeza!). No final do dia: banho quente nas Águas Termais (entrada R$10,00). Bom para relaxar as pernas. Há duas águas termais o Éden e o Morro Vermelho (a água é mais quente neste, fomos nesta). Bem legal.

 

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DICAS: Demos sorte com o carro. O casal era muito gentil e receptivo, almoçamos vários dias juntos e fizemos vários passeios. Ficar em São Jorge por 8 dias sem carro dificulta muito ou encarece muito as coisas. Um passeio no barato com um carro fica entre R$150,00 e R$300,00, dependendo de onde você vai. Mas há opções de fazer passeios mais próximos, ou pegar um ônibus cedinho pra Alto Paraíso, fazer passeios por lá, e pegar um de volta à tarde (mas, como disse, a empresa de ônibus é meio imprevisível). NÃO tire o tênis nas travessias! Eu acabei ralando a sola do pé com areia e fiz uma ferida que podia ter estragado a viagem. A melhor ideia é ir de chinelo quando há travessia de rios, de preferência daqueles que fecham atrás do pé.

 

Dia 4) Couros Longa jornada de carro da Vila de São Jorge até Couros (sem $$$ na entrada). É preciso voltar pra estrada, retornar na direção de Brasília e pegar uma entrada. A caminhada é bem pequena, o passeio maior é de carro. Chegamos lá e uma chuva desabou. O lugar é muito bonito, mas não é possível cair na cachoeira na chuva, por causa da forte correnteza. (3,5 estrelas, prejudicado pela chuva)

 

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DICAS: Seguindo os conselhos do guia João: pise sempre onde o guia pisou. Na pedra molhada todo cuidado é pouco. Sempre pise onde está seco, quando possível. A chapada vale a pena no período de chuvas, apesar disso. Algumas cachoeiras, como a do Abismo, só existem nesta época. Outras, como o Vale da Lua, não têm acesso no meio das pedras, mas é muito bonito mesmo assim. Além do volume de água das cachoeiras e de ver a água brotando de todos os lugares do chão ser uma experiência maravilhosa. Não se esqueça de uma CAPA de CHUVA.

 

Dia 5) Sertão Zen Um dos lugares mais bonitos que já vi. Estrada para Alto Paraíso. De lá, se chega rapidamente à entrada do Sertão Zen (sem $$$ na entrada). Uma boa caminhada de 16 km, passando pelos mais diferentes tipos de terrenos e vegetações. Depois de subir o primeiro morro, se vê toda a região de cima. Caminha-se por veredas, matas de galeria, cerradão. Ouvi uma cascavel no caminho. O guia me avisa que há todos os tipos de cobra na região. O sertão zen é um passeio longo, com algumas subidas e descidas, é preciso ter disposição. Ao final, encontra-se uma cascata que vai descendo em níveis como uma escada, com o fundo dourado, até uma queda de 200 metros. Ali tem um banho maravilhoso. (5 estrelas, imperdível, vou voltar para dormir e ver o nascer do sol). Na volta, um olho d'água no meio da Vereda: água brotando, cristalina, doce e deliciosa.

 

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DICAS: ÁGUA. Leve uma garrafa ou cantil e encha sempre que puder. Mantenha-se hidratado. É bom conferir se a água é boa para beber com o guia, mas todos os rios que peguei nos passeios são de nascentes, e a água era puríssima (algumas ferrosas). De qualquer forma, são muito, mas muito mais limpas do que a água tratada do Rio de Janeiro.

 

Dia 6) Morada do Sol e Encontro das Águas Ritmo final da viagem, dois lugares por dia pra aproveitar bem a região. A Morada do Sol e o Encontro das águas têm entrada (R$10,00). A Morada do Sol tem uma cachoeira muito bonita e fotos belíssimas. Por causa da chuva também não deu para abusar muito do rio, o banho ficou bem na borda, por causa da forte correnteza. (4 estrelas). Dali fomos para o encontro das águas. Na entrada encomendamos uma galinha caipira com a Dona Odésia (muito boa a comida caseira, R$22,00 por pessoa, vale a pena). Formação do Rio Tocantins. Vimos uma pegada de onça na areia. Ali também a força da água não permitia que entrássemos.(4 estrelas). Tomamos um banho de rio perto da casa, em águas bem calmas, com casais de araras passando por cima das nossas cabeças. Na volta, o tucanuaçu que fica pela casa pousou no meu braço e comemos muito, mas muito bem.

 

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Dia 7) Abismo/Janela e Vale da Lua Nos despedimos do casal que nos levou de carona, muito gentilmente até a Mandala, início da trilha para a Janela (entrada R$10,00). Esse passeio dá para fazer sem carro. (são uns 3km até chegar na trilha, depois mais uns 8km). Seu João faz a trilha ao contrário, primeiro a Janela e depois o Abismo, porque diz que a vista é mais bonita. É preciso ter pernas pra subir, tem pedras grandes e quem não tem preparo vai cansar. A vista do mirante da Janela é impressionante, principalmente depois de ter visto os Saltos de dentro do Parque, vê-los lá de cima é maravilhoso. Vê-se todo o curso do rio, imperdível. Dali seguimos para o Abismo, uma linda cachoeira de fundo dourado, com um precipício e uma vista maravilhosa. (5 estrelas)

 

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DICAS: Uma boa alongada antes do passeio é bom. Pra quem tem vertigem a Janela é complicada.

 

Voltamos e caminhamos por um atalho até o Vale da Lua. Disposição, porque é um chão bom. O lugar é realmente muito diferente, com as formações esculpidas pela água, e, como disse, vale o passeio mesmo na época da chuva. É possível tomar um banho na piscina no final, bem gostosa e depois deitar nas pedras quentes e dormir, totalmente terapêutico. (5 estrelas)

 

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DICAS: Os dois passeios no mesmo dia cansam: é preciso ter pernas MESMO. Principalmente por causa das subidas pra chegar na Janela. Quem quiser se aventurar, vá preparado.

 

Dia 8) Canyons/Cariocas e Raizama Mais uma dobradinha de último dia. Seu João nos deu uma carona até o Parque, apesar de ser pertinho. Não vi muita coisa de especial no Canyon, mas depois, no mesmo passeio fomos para as Cariocas, que são bem bonitas e valem o mergulho. Uma jararaca cruzou nossa trilha e conseguimos fotografar. Depois partimos para Raizama (entrada R$10,00), mas choveu muito, mas muito e acabamos ficando abrigados debaixo de um pedregulho.

 

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Dia 9) Retorno Conseguimos um transporte de carro por R$50,00 por pessoa (valeu a pena, só dez reais a mais do que o ênibus e deixava onde a gente quisesse). Vale investigar essa história dos transfers, que poupam um tempo e uma paciência. Há um ônibus dentro da Rodoviária do Plano piloto que sai de meia em meia hora pro Aeroporto. Mas decidimos pegar do lado de fora, o mesmo ônibus que tínhamos pego indo pra lá (o número 11, que o trajeto é mais curto). Mas uma hora e vinte minutos depois... o ônibus não apareceu! Várias pessoas esperando e reclamando e nada! Acabamos desistindo e indo pegar o da Rodoviária mesmo... Deu uma volta danada mas chegou.

 

IMPERDÍVEL Sertão Zen, Segredo, Janela/Abismo, Vale da Lua. (as duas primeiras só de carro, as outras dá pra fazer à pé). A estadia em São Jorge: muitos pássaros, muitas plantas e vegetações diferentes, muito quartzo, muita beleza. Vale cada instante.

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  • 2 meses depois...
  • 1 mês depois...
  • 1 ano depois...
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Estava ai este final de semana tb. Putz.. chegou segundona e já deu aquela depre/Saudades. 4 dias incríveis na Pousada Casa das flores em São Jorge. Fiz poucos passeios pois estava com minha pequena de 1 ano e 6 meses. Foram dias inesquecíveis :))

 

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Galera,

 

Preciso de uma dica. É melhor ir para Alto Paraíso ou São Jorge?

 

Estou indo dia 21/12 para Brasília e volto de Brasília dia 29/12, não vi hostel, não vi passeio... absolutamente nada.

Só sei quando vou e quando volto.

 

É fácil conseguir hostel em São Jorge? Ou casa de nativos?

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  • Membros

rafael,

 

Eu achei 2 hostels em São jorge que são o maloca da maluca e o casa da sucupira.

 

https://www.facebook.com/maloca.damaluca?fref=ts

 

https://www.facebook.com/pages/Casa-da-Sucupira-Albergue-Hostel/117017299204?fref=ts

 

Em Alto paraiso tem o Hostel Catavento - https://www.facebook.com/hostel.catavento?fref=ts

 

Eu escolhi ficar em São Jorge pq vou sem carro e li que é melhor ficar lá se vc está sem carro para se locomover. Fora que gosto de cidade menorzinha mais rustica e os meus amigos que foram disseram que lá é melhor.

 

Abraço.

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  • 1 ano depois...

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