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06/02 – Dia em Pádua e ida para Veneza

 

Fomos a pé do B&B até a estação de trens, um pouquinho mais de 1km puxando a mala por boas calçadas ::otemo:: .

Já tínhamos comprado o bilhete para Pádua para 8h59, conseguimos pegar uma primeira classe neste trecho! Como o trem vem de outra cidade e Verona é só uma parada no caminho, ele fica pouco tempo para embarque e desembarque, então entramos no primeiro vagão à nossa frente e fomos andando por dentro do trem. Se fôssemos caminhar pela plataforma até entrar pelo vagão certo teríamos perdido a viagem, ele saiu logo em seguida.

Finalmente nos nossos ricos assentos na primeira classe, veio um homem com um carrinho e nos serviu café com leite e biscoitinhos :D . Fomos bem acomodados nas poltronas, que são maiores, pena que a viagem foi curta.

Chegamos em Pádua às 9h42. Deixamos as malas no depósito de bagagens por 11,6 euros.

A primeira parada foi o Musei Civici Eremitani, onde fomos retirar o Padova Card. Já tínhamos comprado este pelo site http://padovacard.turismopadova.it/, incluindo a entrada para a Cappella degli Scrovegni (que foi o maior motivo para irmos a Pádua), custou 17 euros por pessoa. A entrada para a Cappella deve ter seu horário agendado no momento da compra, marcamos para o final da tarde.

Depois, seguimos para a Piazza dell'Erbe, onde há uma feira de roupas e bugigangas. Fica ao lado do Palazzo della Ragione, e do outro lado há a Piazza della Frutta, onde há um feira de hortifruti.

Entramos no Palazzo della Ragione usando o Padova Card. É um enorme salão, todo decorado por afrescos, e ali dentro há um cavalo gigante de madeira, que é cópia da estátua que está em frente à Basílica de Santo Antônio de Pádua. Uma boa parte estava interditada para reparos, então ficamos pouco tempo lá dentro.

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Fomos ao Duomo de Pádua. Interior bem simples. Entramos no Batistério (com o Padova Card), é pequeno mas bem bonitinho e rico em pinturas.

Fomos então à Piazza Pratto della Valle. É uma praça oval, decorada com diversas estátuas. O dia estava maravilhoso, um lindo sol brilhando em um céu com poucas nuvens, e já estávamos há vários dias sem ver o sol! Pegamos um gelato delicioso, sentamos na praça e ficamos ali aproveitando o sol e vendo os moradores passeando com seus cachorros.

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Depois de um tempo ao sol, tirando o mofo do corpo, fomos para a Basílica de Santo Antônio de Pádua. A fachada também estava parcialmente coberta para reparos, mas dá para admirar a arquitetura dela, bem diferente das outras visitadas até aquele momento. No seu interior não é permitido tirar fotos, mas pra mim foi a igreja mais bonita que conhecemos. Que interior lindo, rico em detalhes, cores, ornamentos. Achei linda mesmo, deslumbrante.

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Começamos a procurar um lugar para almoçar. Após olhar alguns restaurantes meio caros e outros mais baratos que já não tinham mais comida, entramos no Trattoria da Dante. Ainda bem que vimos o cartaz com o preço do menu fixo antes de entrar, porque lá dentro era tudo bem chique: talheres e sousplat de prata, guardanapinhos brancos rendados, o garçom veio nos atender com a maior pompa do mundo! A comida estava ótima, comemos um spaghetti al nero di sepia (aquele preto, feito com tinta de lula) com frutos do mar, uma delícia. A conta, com duas taças de vinho, deu 36 euros.

Andamos mais um pouquinho pela cidade e voltamos ao Musei Civici Eremitani, ficamos olhando algumas coisinhas nos arredores e esperando nosso horário de entrar na Cappella degli Scrovegni.

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Eu estava muito ansiosa e cheia de expectativas para conhecer esse lugar. No horário marcado as pessoas entram em uma sala com ar condicionado, e permanecem ali por 15 minutos para que se estabilize o microclima. Enquanto isso, passa um vídeo contando a história da Cappella e falando da importância desse processo de controle do microclima para que os afrescos não se deteriorem mais. O Rodrigo me olhava com cara de tédio :( e dizia “eu não acredito que eu tenho que ficar 15 minutos sentado aqui só para olhar uns afrescos”. Finalmente então entramos na Cappella, e todas as minhas expectativas foram correspondidas! Fantástico! Afrescos maravilhosos, retratando cenas lindíssimas! Não é permitido fotografar. A visita dura outros 15 minutos, que passam voando!

Quando saímos o Rodrigo disse: “é, valeu a pena ficar aqueles 15 minutos sentado” ::tchann:: . Simplesmente magnífico.

Ainda tínhamos um tempo antes de pegar o trem, então visitamos o Musei Civici Eremitani, tem muitas obras bonitas e foi legal de conhecer.

Voltamos à estação, pegamos nossas bagagens e embarcamos no trem das 18h14 para Veneza.

A viagem é curtinha. Já era noite quando o trem atravessava a ponte e a gente avistava aquele monte de água, anunciando que estávamos chegando em Veneza. Chegamos 18h40.

Saindo da estação já se dá de cara com o Grande Canal e aqueles prediozinhos típicos. É mágico, me senti num cenário de filme. Bem em frente há os pontos de parada do Vaporetto (“ônibus” que fazem o transporte público pelos canais), e algumas máquinas de auto-atendimento para compra dos passes. Existem os passes para 12h, 24h, assim por diante, acho que vale o investimento pois um bilhete para uma só viagem custa 6 euros! Compramos o passe de 72h, com ônibus para o aeroporto (dá para analisar as opções em http://www.veneziaunica.it/it/ecommerce/composer), custou 39 euros para cada. É obrigatório validar o passe antes de embarcar no vaporetto em todas as vezes, mesmo que dentro do prazo de validade.

Pegamos a linha 1, que atravessa todo o Grande Canal. Poucos minutos depois já avistamos a Ponte Rialto, iluminada, linda!

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Descemos na estação San Marco Vallaresso, a menos de 5 minutos do Hotel Lisbona (http://www.hotellisbonavenice.com/). Pagamos 151 euros por 3 diárias, mais 3 euros por pessoa por diária de imposto municipal. Quarto simples, com banheira. Ótimo café-da-manhã e ótimo atendimento.

Fizemos o check-in, largamos as malas e rumamos à Praça São Marcos. 3 minutos do hotel até a praça! Localização excelente! Fizemos só um passeio de reconhecimento em frente à Basílica de São Marcos e o Palazzo Ducale, e começamos a procurar um lugar para jantar. Ficamos assustados, todos os restaurantes cobravam uma taxa de “coperto” (taxa de valor fixo, pelo uso da mesa), mais 12% de taxa de serviço, e os pratos eram caros :shock: ! Voltamos em direção ao hotel e passamos por ele, maravilhados com as ruelas e canais estreitos e gôndolas estacionadas e o cheiro de laguna (Veneza não fede, pelo menos não nessa época, só tem um cheirinho bem próprio de laguna).

Encontramos um lugar com preços decentes: a Tavernetta San Maurizio. Pedimos uma porção de massa para cada (um espaguete ao alho e pimenta e um talharim ao penne), ganhamos uma salada de folhas verdes de cortesia, e pedimos meia jarra de prosecco da casa. Os pratos de massa eram tão bem servidos que sobrou comida. Tudo estava uma delícia, custou 35,65 euros. O lugar também era bem legal, bem estilo taverna.

Caminhamos mais um pouco pelos arredores. Cuidado com pessoas oferecendo inocentemente rosas, eles se colam em quem aceita até ganhar algum dinheiro, tipo os que “dão” pulseirinhas em Milão. Há também vendedores de falsificações de bolsas de grifes famosas. Se não pretende comprar, é bom nem olhar. Quem olha para as bolsas por um pouco mais do que uma fração de segundo é perseguido sob interrogatório “gostou de qual?”, “quanto quer pagar nela?”, “quer olhar essa outra aqui?” e assim vai :roll: .

Depois de um longo e ótimo dia, voltamos para o hotel, sem ainda acreditar direito que estávamos em Veneza.

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07/02 – Veneza

 

Logo ao sair do hotel já havia um “ponto” de gôndolas, e os gondoleiros com a sua tradicional blusa listrada. Aproveitei para perguntar quanto custava, era 80 euros o preço fechado para até seis pessoas. Deixamos para outra hora.

Fomos para a Praça São Marcos.

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Ficamos muito tempo curtindo os detalhes dos prédios ao redor da praça, do Campanário, da Torre dell'Orologio, e claro, especialmente da Basílica de São Marcos e do Palazzo Ducale. Parte da fachada da Basílica estava coberta, em reparos, mas não tirou a beleza dela.

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Caminhamos até a beira da laguna e seguimos, passando pela Ponte dei Sospiri. Nesse lugar há muitas banquinhas de souvenirs, mas é claro que os preços não são dos mais atrativos.

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Após um bom tempo na Praça São Marcos, pegamos um vaporetto e fomos até o Mercado di Rialto. É um feirão com muitas bancas de vegetais, além de uma seção só de frutos do mar, dos mais variados tipos, tudo fresquinho, bonito de ver. Passeamos pelo mercado e pelas ruas dos arredores, e aí pegamos outro vaporetto para ir até a Scuola Grande di San Rocco, descemos na parada San Tomá. Pretendíamos conhecer a Scuola Grande (http://www.scuolagrandesanrocco.it ), que possui um belo acervo de obras de arte, mas estávamos tão encantados em simplesmente caminhar por aquelas ruelas e canais e pontes sem fim, que decidimos não entrar.

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Ali perto fica a igreja de San Pantalon, que possui uma pintura ilusionista no teto semelhante à de Sant'Ignazio di Loyola em Roma. Estávamos só nós dentro da igreja esperando algum outro turista entrar e colocar a moeda de 0,50 centavos de euro para iluminar o teto, mas ninguém apareceu ::tchann:: . Muitos lugares tem esse sistema de colocar uma moeda para iluminar uma pintura ou uma escultura, que já estão estrategicamente em uma penumbra para que as pessoas se obriguem a iluminá-las. Dica para mochileiros/turistas mão-de-vaca: espere um pouquinho que sempre aparece alguém que coloca a moeda, e aí todos os outros aproveitam :D . Nesse dia ninguém apareceu, e tivemos que desembolsar. Mas valeu a pena, o teto era muito bonito.

Seguimos andando em direção ao Dorsoduro, tínhamos lido que é uma região onde é bom e barato comer. O mapa de Veneza que o hotel nos deu era muito bom, até a viela mais estreita constava no mapa. A gente ia alternando um pouco andar sem rumo e um pouco nos localizarmos e seguirmos o mapa, que era muito tranquilo de usar.

Chegamos no Campo Santa Margherita, eles chamam de “Campo” os espaços mais amplos, como uma praça aberta rodeada por edifícios. Aqui encontramos alguns restaurantes que serviam menu fixo, e melhor ainda, por preços decentes! Almoçamos no Ristorante Ai Sportivi, menu fixo para os dois, meia jarra de vinho e dois cafezinhos deu 30,90 euros.

Fomos por dentro das ruazinhas até atravessarmos a Ponte dell'Accademia, de onde se tem uma vista muito legal do Canal Grande.

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Continuamos por dentro até sairmos novamente na Praça São Marcos. Resolvemos então entrar na Basílica.

O interior da Basílica é surreal, toda decorada com mosaicos onde a cor predominante é o dourado, então suas paredes e teto literalmente reluzem! É impressionante! Não é permitido tirar fotos no seu interior, apesar de ter muitas pessoas que não estão nem aí.

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É muito interessante também notar o chão da Basílica, todo irregular em função do fenômeno da acqua alta. A Praça São Marcos é o ponto mais baixo de Veneza, então é só a acqua alta subir um pouco e a Basílica é um dos primeiros lugares a alagar. Apesar de estar todo torto, o chão também é belíssimo, todo em mosaicos. Entramos no Tesouro da Basílica, 3 euros por pessoa, tem muitos objetos expostos, mas não achei imperdível. Ficamos pouco tempo.

Pegamos novamente um Vaporetto (esta é a grande vantagem do passe de Vaporetto, é só usar conforme der vontade) e atravessamos até a igreja Santa Maria della Salute. Ela é interessante, bem redondinha, mas o mais interessante é pensar que ela está sobre mais de um milhão de estacas dentro d'água.

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Caminhamos até a Punta della Dogana, que fica bem na ponta do Canal Grande. Batia um ventão muito forte, contornamos a ponta e viemos caminhando pelo outro lado. Começou a cair um chuvisqueiro bem fininho, entramos em um bar/lanchonete que era todo decorado com camisas e posteres da Inter de Milão. Tomamos dois chocolates quentes e comemos dois sanduíches, em pé no balcão saiu 7 euros, se tivéssemos sentado teria sido mais que o dobro.

Voltamos para o hotel, novamente passando pela Ponte dell'Accademia.

À noite fomos jantar novamente na Tavernetta San Maurizio. Decidimos fazer uma extravaganciazinha já que a viagem estava quase no fim e até então todos os gastos estavam dentro do planejado. Comemos massa e salada, com prosecco da casa, e sobremesas. Acabei não anotando quanto gastamos nessa refeição, mas chegou perto de 50 euros.

 

08/02 – Veneza e Burano

 

Saímos do hotel e fomos direto à Praça São Marcos, pretendíamos subir no Campanário. O tempo estava meio feio, um pouco nublado. Ficamos pela praça, curtindo, e quando pareceu que tinha clareado um pouquinho subimos.

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A entrada no Campanário custa 8 euros por pessoa, a subida é somente de elevador. A vista lá de cima é muito legal, mesmo com a névoa sobre a cidade que atrapalhou um pouco a visibilidade.

Entramos novamente na Basílica de São Marcos, e dessa vez fomos no seu museu, 5 euros por pessoa. O museu fica na parte de cima, e dá acesso a alguns balcões na parte interna da Basílica. É possível chegar muito próximo dos mosaicos que decoram as paredes, e fiquei ainda mais impressionada ao ver o tamanho das pedrinhas que formam os desenhos. E pensar que todas aquelas figuras foram feitas daquela forma, pedacinho por pedacinho, é incrível!

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Pegamos um vaporetto e fomos até a Ponte Rialto. Andamos, tiramos fotos, olhamos as lojinhas de souvenirs. Encontramos lembrancinhas por preços bem bons aqui, achei que justamente por ser um ponto turístico famoso tudo seria caro.

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Fomos caminhando até o Campo Santa Margherita, para almoçar em um daqueles restaurantes com menu fixo. Dessa vez fomos no Alba, ao lado do restaurante que tínhamos almoçado no dia anterior. Menu fixo, incluindo um spaghetti com frutos do mar que estava bem gostoso, vinho e cafezinhos, deu 36 euros.

Caminhamos até a Ponte dell'Accademia, onde pegamos o vaporetto até a parada Ca D'Oro. Atravessamos as ruazinhas até a Fondamenta Nuove, de onde sai o vaporetto (linha 12) para as ilhas de Murano e Burano.

40 minutos depois chegamos a Burano. Um encanto! Casinhas coloridas, uma ao lado da outra, enfeitadas com flores, à beira dos canais, com os barquinhos ancorados... Acredito que o clima de final de semana (era um sábado) contribuiu um pouco para a atmosfera muito tranquila do lugar. Logo ao descer do vaporetto há algumas lojinhas de artesanato e fica um grupo de turistas meio barulhento, mas é só andar um pouco ruas adentro que dá para curtir muito o astral da ilha. Simplesmente andamos a esmo...

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Quando chegamos em uma ruazinha com alguns estabelecimentos comerciais abertos, paramos para provar um Aperol Spritz. Uma dose de água com gás ou tônica, duas de aperol, três de prosecco, gelo e uma fatia de limão siciliano ou laranja e... é uma delícia! Combina muito mais com o verão, mas a gente tinha que provar. 2 euros cada, no balcão.

Depois de muito se enfiar em tudo que era ruazinha com casinhas coloridas, pegamos o vaporetto e voltamos.

No caminho entre a Fondamenta Nuove e o Canal Grande encontramos, finamente, um supermercado. Compramos umas coisinhas para fazer um lanche.

Aliás, algumas coisas importantes para fazer compras na Itália:

1º para pegar os hortifruti, deve-se usar luvas de plástico que estão disponíveis junto com os saquinhos. Nem pense em fazer como eu, que peguei uma fruta sem luvas e ainda levei até o nariz e cheirei, o funcionário me fulminou com os olhos e não sei como ele não me meteu a boca.

2º na placa com o nome e o preço do produto há um código, somos nós mesmos que pesamos e digitamos o código para imprimir a etiqueta com o preço.

3º Se quiseres sacolas, elas serão cobradas à parte, algo em torno de 0,10 centavos cada.

4º Muitos supermercados tem auto-atendimento nos caixas, com somente um funcionário que cuida cerca de 8 a 10 terminais. Nós mesmos passamos os produtos no leitor, escolhemos o nº de sacolas que queremos levar e fazemos o pagamento. Usei o VTM, não prestei atenção se aceita dinheiro.

5º Em feiras livres, não coloque a mão em nada! Diga o quê e quanto queres, e o atende vai escolher e embalar.

À noite fomos a um concerto. Havia no nosso hotel cartazes anunciando a apresentação dos Interpreti Veneziani, tocando “As Quatro Estações” de Vivaldi, na igreja de San Vidal. No dia anterior compramos ingressos no hotel mesmo, custou 27 euros cada.

Nesse espetáculo havia 4 violinistas, um piano (ou talvez um cravo, desculpem minha ignorância), um contrabaixo e um violoncelista. Além de todos tocarem demais, o violoncelista era uma figuraça ímpar, cheio de trejeitos, dava um certo toque engraçado ao espetáculo e por si só já valeu o ingresso. Foi sensacional o concerto, a acústica da igreja era impecável, saímos de lá maravilhados.

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Tirando a parte que tive que virar para trás e fazer “shhh” ::toma:: para um francesa que não calava a boca, o resto estava perfeito :D .

Depois fomos achar um lugar para jantar perto da Ponte Rialto. Acabamos comendo em um lugarzinho pequeno e que não tinha nada demais, nem a comida. Pedimos umas fatias de pizza e tomamos umas cervejas, tudo deu 24,50 euros. Voltamos caminhando para o hotel, a essa altura já se aventurando a não usar o mapa. Um pouco de instinto e um pouco de ajuda de uma ou outra placa e chegamos.

 

09/02 – Dia de voltar ao Brasil

 

Tomamos o café e fizemos o check-out, deixando as malas no hotel.

A última “missão” era fazer o passeio de gôndola, para encerrar a viagem com chave de ouro.

Fomos à Praça São Marcos, passamos pelo Palazzo Ducale, pela Ponte dei Sospiri e seguimos caminhando naquela direção. Entramos em uma ruazinha mais adiante, e paramos em uma das pontezinhas para tirar fotos. Enquanto eu tirava uma foto do Rodrigo, um gondoleiro me ofereceu o passeio. Perguntei quanto era, e ele disse que o preço normal era 80 euros, mas que faria por 70. Perguntei também quanto tempo de duração teria o passeio, dizem que sempre é bom acertar esse detalhe antes, combinamos 40 minutos. E lá fomos nós fazer o famoso passeio de gôndola.

É caro? É, mas é uma vez na vida, e foi indescritível! O gondoleiro foi intercalando momentos onde ele contava um pouquinho sobre os lugares em que estávamos passando, com momentos em silêncio, quando só ouvíamos o barulho da água e sentíamos o leve balançar da gôndola, passando por canais longe do burburinho de turistas. Ele até ensaiou dar uma cantarolada, mas durou pouco. Os 40 minutos passaram voando, foi bom demais, eu não voltaria satisfeita da Itália se não tivesse feito isso.

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Bom, passeio de gôndola realizado, agora podemos ir embora (ah, nããão). Fomos (novamente) até o Campo Santa Margherita para almoçar, comemos no Orange, que fica ao lado dos outros dois restaurantes dos almoços anteriores, e é o mais fraquinho dos 3. Menu fixo para os dois com o indispensável vinho da casa deu 32 euros.

Ao sair do restaurante reparamos que havia um supermercado quase em frente, que não notamos nos outros dias. Entramos para comprar algum lanche para comer no aeroporto e no avião, e não resistimos e compramos duas garrafas de Chianti Clássico para trazer na mala. 8 euros cada uma, estupidamente mais barato do que no Brasil, resolvemos enrolar bem com as roupas e azar, torcer para chegarem inteiras (e de fato chegaram ::otemo:: ).

Voltamos ao hotel para pegar as malas e acomodar as garrafas de vinho. Pegamos o vaporetto em direção à parada Piazzale Roma. Lá, é só caminhar até os terminais de ônibus e embarcar no nº 5-Aerobus, que é o que leva ao aeroporto. Usamos o mesmo cartãozinho que usávamos no vaporetto, pois já tínhamos comprado ele incluindo uma ida ao aeroporto, como relatei no dia da chegada em Veneza. Ele deve ser validado também dentro do ônibus. Dá para consultar a tabela horária do ônibus aqui: http://www.actv.it/pdf/UM/U-5.pdf

Para coroar a viagem maravilhosa que fizemos, tivemos uma vista estupenda de toda a Veneza com o sol no horizonte enquanto o nosso avião subia ::love:: . E um pôr-do-sol de mais ou menos 2 horas de duração, pois enquanto o sol baixava nós viajávamos na direção dele, passando sobre montanhas cheias de neve na França.

 

Quanto aos gastos totais da viagem, levamos 1700 euros cada e sobrou. Calculamos 100 euros por pessoa por dia, incluindo hotéis, passes de trem, entradas etc. Nesse valor está incluso tudo que pagamos antecipado, levamos a diferença que completasse esse montante. Mas daria tranquilamente para ter calculado 80 euros. Só está de fora do cálculo a passagem aérea, que custou R$2800 por pessoa (em torno de 960 euros pelo câmbio da época).

 

Espero ter ajudado outros viajantes assim como vários relatos aqui e vários blogs nos ajudaram! Qualquer coisa é só perguntar! :)

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Parabéns, maravilha a viagem de vcs, pode ter certeza que as dicas foram muito importantes e vai ajudar bastante. Algumas perguntinhas; vcs levaram algum cartão para sacar dinheiro ou pagar alguma despesa? deu tudo certo? vcs indicam os hotéis de Roma, Firenze e Veneza? Muito obrigado e boas viagens.

 

:D

Levamos o cartão de crédito para caso fosse preciso, mas nem chegamos a usar. Fizemos o VTM e levamos com 1000 euros, mas carregamos boa parte desse valor antes da alteração do IOF de 0,38% para 6,38%! Para a próxima viagem vamos repensar o uso do VTM por causa do valor, mas pela facilidade de uso vale a pena, é aceito em praticamente tudo! Só não conseguimos usar ele nas cidadezinhas menores ou em um outro estabelecimento pequeno, tipo lojinha de souvenirs etc. E não sacamos dinheiro com ele, pois cada saque é taxado, o dinheiro vivo que usamos levamos daqui. E o VTM eu fiz e coloquei o marido de adicional, assim tínhamos um cartão reserva, mas que nem foi usado, deu tudo certo. Ah, fizemos o VTM com chip e com o nome impresso, há pessoas que relatam algumas dificuldades em usar quando não tem uma dessas características.

 

Quanto aos hotéis, nossos critérios foram: uma cama confortável, quarto e banheiro limpos, bom chuveiro. Como era inverno, aquecimento era importante. Preferimos quarto com banheiro, exceto para um ou dois dias, como foi nosso caso em Verona, e que ofereça café-da-manhã, mesmo que seja simples. Boa localização, para não perder tempo nem dinheiro com deslocamentos. Então, atendendo a esses requisitos, recomendo sim os hotéis que ficamos. São simples, sem decorações, sem lençóis de linho, sem carregadores de mala... enfim, satisfatórios. Nossa média de gastos com hospedagem foi de 47 euros para o casal.

 

Não esquece de passar aqui depois e deixar o link pro relato da tua viagem!

 

Abraço,

 

Helen.

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  • 2 meses depois...
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Oi Helen!!!

Precisando mais uma vez de tua ajuda!

Estou usando teu roteiro como base do meu. Na verdade, fazendo quase tudo igual.

No dia do Vaticano, às 14h30, tenho uma visita guiada à tumba de São Pedro, que deve ter 1h30 de duração.

 

Minha dúvidas:

 

- mesmo com esta visita, é possível fazer a Praça, a Basílica e a Cúpula pela manhã, ir para a visita e depois aos Museus Vaticano, iniciando próximo das 16h?

- é possível iniciar os museus, parar para o almoço, fazer a visita guiada e depois voltar para completar os museus? Utilizando o mesmo ingresso ou é necessário pagar novamente?

- ou é melhor iniciar o dia fazendo os museus e a Capela Sistina e, depois da visita guiada, ir à Basílica e à Cúpula?

 

Obrigado!

 

Dudu

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  • Colaboradores

Olá, Dudu!

 

Fico feliz em saber que o meu roteiro é base pro teu, tomara que tudo seja tão maravilhoso quanto foi para mim ::otemo::.

 

Bom, acho que com essa visita guiada que tu tens, eu faria o museu no primeiro horário (9h), sairia para almoçar, e após a visita guiada subiria à cúpula para curtir a vista antes de escurecer (talvez tu vejas um pôr-do-sol sensacional lá de cima - dá para consultar horários de nascer e pôr-do-sol aqui http://www.sunrise-and-sunset.com/pt/italia/roma), e por último a Basílica. Ou se tu tiveres disposição de acordar cedo, dá para visitar a Basílica antes do museu, porque ela abre às 7h, ou mesmo a cúpula, que abre às 8h. Eu não deixaria o museu por último porque o último horário de entrada é às 16h e ele fecha às 18h, duas horas é muito pouco tempo para curtir o museu, a não ser que tu corra para ver a Capela Sistina e uma ou outra coisa que te interesse mais.

Quanto à possibilidade de sair do museu e depois voltar com o mesmo ingresso, não vou poder te ajudar, não sei mesmo.

Segue os horários de cada atração pra analisares o que fica melhor:

http://www.museivaticani.va/2_IT/pages/z-Info/MV_Info_Orari.html

http://www.vatican.va/various/basiliche/san_pietro/it/basilica/orari.htm

http://www.vatican.va/various/basiliche/san_pietro/it/cupola/orari.htm

 

Faça uma ótima viagem, se tiveres mais dúvidas pode perguntar!

Depois deixa o link do teu relato aqui, ok?

 

Abraço.

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Olá!

 

Compramos os bilhetes de trem no site da Trenitália: http://www.trenitalia.com/.

Não pagamos nenhuma taxa extra, a não ser o IOF do cartão de crédito.

Aqui tem um passo-a-passo de como comprar nesse site: http://www.viajenaviagem.com/2011/10/passo-a-passo-como-comprar-passagens-de-trem-online-na-trenitalia

 

O site da Trenitália tem uma fama de encrencar com alguns cartões de crédito. Não tive problema nenhum para fazer a compra, tenho um Visa do Banco do Brasil. O site usa a tecnologia "Verified by Visa", onde é preciso digitar a senha do cartão de crédito.

 

Abraço!

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