Membros Este é um post popular. RoxaneOliveira Postado Agosto 23, 2017 Membros Este é um post popular. Postado Agosto 23, 2017 Colômbia Parte 1 – Bogotá Cheguei em Bogotá as 5 horas da manhã, morta com a longa conexão em São Paulo, muito bem aproveitada com minhas amigas de lá. O problema é que tive um choque climático e a gripe voltou com tudo. Cheguei na imigração, onde a agente perguntou quantos dias ficaria no país e eu disse que ficaria os 90 dias mesmo. E ela: “O quê? Como? Onde?” E eu disse prontamente: “Bogotá, Bucaramanga, Santa Marta, Cartagena, Medellín, Cali e onde mais der”, em seguida perguntou onde me hospedaria e dei o endereço de um hostel, que realmente pretendia me hospedar, porém, ao conseguir uma hospedagem com o couchsurfing cancelei a reserva, pois em uma viagem de 3 meses é preciso economizar cada centavo. O primeiro dia apenas dormi e fui a Candelária tomar água panela (água quente com rapadura e limão), dizem que cura a gripe e logo depois fomos comer um prato do tipo Executivo. Fiquei chocada por ter custado 6.500 cop (+/- R$ 7,00), prato de sopa de legumes, depois outro prato principal com arroz, abacate, patacones, lentilha e carne de porco. Ainda veio uma limonada. Adorei. No segundo dia, já um pouco melhor da gripe tirei o dia para conhecer os Museus Botero, Museu do ouro (vale visitar mais de uma vez) e o cerro Monserrate. Por sorte, o final do dia estava lindo. Comprei o chip para o telefone e fiquei procurando as atrações com o Google maps mesmo. Nada guiado. Tendo conhecido as principais atrações, descansei no final de semana e na segunda fui à cidade de Zipaquirá, de Transmilenio mesmo. Peguei o Transmilenio sentido Portal Norte, é um pouco longe do centro, depois, dentro do terminal peguei um ônibus para Zipaquirá. A passagem do Transmilenio é de 2.000 cop e a do ônibus para Zipaquirá é 6.000 cop. A entrada para Zipaquirá foi de 50.000 pesos para turistas estrangeiros. Mas o valor salgado vale a pena, pois o tour é todo guiado e em pequenos grupos. A estrutura da atração é impecável. Na volta peguei muito trânsito, porém consegui chegar 17 horas e ainda deu tempo de visitar o Museu Nacional. É importante, pois lá conta toda a história da Colômbia, desde o império do Reino de Granada e de ter se tornado Grã Colômbia, após ter sido libertada por Simon Bolívar. Terminada a parte turística, tirei dias com amigos que conheci em Bogotá, eles me levaram para a zona G e zona T, a parte mais nobre da cidade, fomos no Bogotá Brew Company, que tem em toda a cidade, depois ficamos caminhando sempre pela região. Eu gosto muito do cuidado que se tem com os parques, vejo muita semelhança com os parques da Europa. No meu último dia na cidade, me sugeriram conhecer o El Teatron, uma casa noturna GLS, porém muitos héteros vão também porque acham o lugar muito legal e tinham razão. Infelizmente não fui no sábado, mas sim na quinta. No sábado há muitos ambientes em funcionamento, na quinta apenas 2 ambientes estavam funcionando, mas mesmo assim, garanti muita risada ouvindo música ranchera na cantina. Achei o lugar barato também. Não paguei para entrar e a cerveja era 5.000 cop. No dia seguinte já era o dia da minha partida para a cidade Villa de Leyva. Comprei a passagem rodoviária para a cidade por 26.000 cop e levei 4 horas para chegar. Em Bogotá o trânsito é caótico. Perdão por te xingar, Rio de Janeiro! A estimativa era de no máximo 2 horas de viagem, mas levei o dobro. Mas, pelo pouco tempo que fiquei na cidade, valeu a pena sentir a tranquilidade e o ar puro. O valor da hospedagem foi de 50.000 cop e achei muito caro, mas é o lugar onde os bogotanos fogem do caos, por isso o preço justifica. No dia seguinte já era hora de viajar para Bucaramanga, em Santander, uma viagem rodoviária de 8 horas. 8 Citar
Membros joel.hallow Postado Setembro 5, 2017 Membros Postado Setembro 5, 2017 Por favor, continue escrevendo. Estou empolgado para saber a parte da Venezuela 2 Citar
Membros rodrigo.viana Postado Setembro 6, 2017 Membros Postado Setembro 6, 2017 Muito bom!!! Vou acompanhar para matar a saudade da Colômbia 1 Citar
Membros D FABIANO Postado Setembro 7, 2017 Membros Postado Setembro 7, 2017 Acompanhando cheio de saudades do grande presidente comandante Hugo Chaves Frias. Tomara que chegue logo nessa parte. Citar
Membros Este é um post popular. RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Este é um post popular. Postado Setembro 20, 2017 Colômbia Parte 2 – Santander Bucaramanga estava nos meus planos, porém, me imaginava no máximo 3 noites, pois só tinha em mente conhecer o canion de Chicamocha. Eis que a minha estadia ultrapassa os 15 dias. Fui convidada por um amigo a ficar alguns dias em sua casa, com sua família. Estava um pouco receosa com o que eu encontraria, porém fui surpreendida da melhor forma. Pessoas maravilhosas, amáveis, educadas e muito religiosas, daquelas que vão à missa todos os domingos, para pedir ou agradecer. Após sair de Villa de Leyva, segui para Tunja e de lá peguei o ônibus para Bucaramanga as 12:15, viagem estressante, pois o cidadão que estava sentado ao meu lado estava bebendo cerveja e comendo Cheetos. Saí do meu assento e fui sentar em um assento vazio, caso chegasse o dono da poltrona me retiraria, mas por sorte não chegou. Viajar pela cordilheira é duro, não é para qualquer um, enjoa-se facilmente, por isso nem almocei. A viagem levou quase 8 horas e quando chegou na parte chamada Pescadero foi complicado, fiquei muito enjoada e fechei os olhos. Eram curvas de 180° ou mais e detalhe: na Colômbia não se exige o uso cinto de segurança nos ônibus em viagens rodoviárias. Eu fiquei com muito medo, mas os motoristas dirigem muito bem, por sorte. Cheguei na cidade a noite e já fui logo sair. Me apresentaram um tal de wisky com crema. E achei bem gostoso. Fui logo dormir, pois estava muito cansada. Canion de Chicamocha Fui com meu amigo de carro pela manhã de carro, porém vendem esse passeio pela cidade. A verdade é que não tem como fugir do teleférico. Foi 50 mil pesos, um pouco salgado, mas a estrutura do parque é excelente. Só andando no teleférico levou mais de meia hora, um percurso muito longo. É possível pagar 75 mil pesos também utilizando todo o parque, tirolesa, parque aquático (não achei que tinha a ver um parque aquático com piscinas azul claro no meio de um Canion, se fosse com a cor mais natural seria fantástico). Mas aproveitei e caminhei por todo o parque. Muito bonito. Barichara Barichara fica perto da cidade de San Gil, a caminho de Bogotá, porém mais próxima de Bucaramanga. É conhecida como a Cidade Amarela, pois as construções das casas são de argila, cidade linda para descansar, ver a natureza e comer bem. Peguei o ônibus em Bucaramanga para a Parada “Papi quiero Piña” e de lá peguei um micro ônibus para San Gil, que custou 15.000 cop. De San Gil peguei outro ônibus para Barichara, que custou 6.000 cop. O tempo total de viagem foi de 3 horas. Gostei mais de Barichara do que de Villa de Leyva. 5 Citar
Membros RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Postado Setembro 20, 2017 Travessia para a Venezuela por Cúcuta – Colômbia Estava em Bucaramanga, acordei às 6 da manhã para pegar a van às 7, seguindo para Cúcuta. Foram quase 5 horas de viagem, montanhas muito curvilíneas, com um panorama muito bonito. Cheguei em Cúcuta meio dia. Cidade muito quente, estava 34 graus. Desci no terminal e peguei um táxi, expliquei a situação ao motorista, que estava indo para a fronteira e pedi para ele parar numa casa de câmbio de confiança, ele mesmo pediu para eu ficar no carro que ele ia comprar os Bolivares para mim. Dei 200.000 cop e disse que queria 200.000 bolívares. Achava que estava mil para mil, porém ele veio com 30.000 Cops de troco e os 200.000 bolívares, que seriam 200 reais. Não recomendo trocar isso tudo. Troque no máximo 70.000 e leve na doleira os dólares, dentro da calça, finja que faz parte do seu corpo e só tire para tomar banho e dormir. O táxi até a fronteira “la Parada” foi 25.000 cop. Mesmo com o motorista parando para trocar o dinheiro e deixou eu almoçar. Muito gente fina. Ele levou a minha cargueira até a imigração da Colômbia e dei minha saída. Achei tudo muito organizado, sem caos algum e seguro. Cheguei na fila da entrada da Venezuela, estava com um pouco de medo por causa da grana que estava na mochila, mas foi tranquilo. Já tinham taxistas abordando para San Cristóbal. Vi o Taxista Jonathan, uniformizado e de crachá, dizendo se eu queria fazer a viagem sozinha. Seriam 21.000 Bolivares ou 20.000 cop. Isso me passou confiança. Mesmo sendo um serviço caro para eles, para nós é realmente barato, levando em consideração que é uma viagem de duas horas até San Cristóbal, me deu muitas dicas, disse inclusive que andando de táxi sozinha a polícia para menos. Além disso, Jonathan me ajudou a comprar um chip e me colocou dentro do ônibus para El Vigía. A Polícia só parou uma vez para verificar meu passaporte. Tudo tranquilo. Neste dia estava tendo manifestação em Mérida e cancelaram o ônibus das 16 horas. Pensei na solução de ir para El Vigía e de la pegar outro táxi para Mérida. O ônibus demorou a lotar, só gente Local e trabalhadora. A única estrangeira era eu. Tentavam puxar assunto e eu só balançava a cabeça e dizia “sim” eles falam muito rápido, não conseguia entender. Na estrada tinham muitos postos de polícia, antigamente eram pedágios, mas o Chávez mandou tirar tudo, só ficou um no caminho de Mérida, por se tratar de uma zona turística. A polícia entrou no ônibus e foi direto para a minha cargueira, tremi um pouco, ele pediu para abrir, comecei a tirar minhas bolsas de roupas e ele desistiu de ver tudo, ainda bem que não olhou a de ataque. Segui viagem até El Vigía, no terminal estava tudo aparentemente tranquilo. Chegou um casal de venezolanos e perguntaram se queria compartilhar. Pagaria 20.000 sozinha numa viagem de 2 horas ou 6.600 com eles. Como o táxi era oficial aceitei dividir. No caminho mais uma parada policial. Pediram para olhar minha cargueira e eu sorri para o policial, tentando não demonstrar nervosismo. Ele perguntou: “é comida?” eu disse que não. Comecei a tirar minhas roupas de novo e ele desistiu de ver tudo e me liberou. São muitas paradas policiais, é preciso calma e por isso não é recomendado levar consigo muito dinheiro e nem muita comida, pois é rota de tráfico de alimentos, combustível e drogas. Cheguei em Mérida às 11 da noite e pedi para o motorista me deixar em qualquer hotel. A diária de um quarto matrimonial era de 21.000 Bolivares, um pouco caro, mas se trata de uma região bastante turística e moradores com um bom poder aquisitivo. 3 Citar
Membros Este é um post popular. RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Este é um post popular. Postado Setembro 20, 2017 Antes de chegar a Venezuela – o que saber Não há casas de câmbio O dinheiro que você tiver deve ser trocado todo na fronteira, seja em Santa Elena ou Cúcuta, pois passando a fronteira, só trocam dólares. Quem vai a Caracas de Avião, deve ter dólares, não há Possibilidade de trocar real em Caracas. Notas de 20 são mais fáceis para trocar. Pois 40 dólares é uma mochila cheia de notas de 100 bolívares. Uns 180 reais aproximadamente, ou seja, nada para nós, mas para os Venezuelanos é mais que um salário mínimo. As cédulas novas ainda são raridade, então espere receber malotes e confira tudo, pois já peguei montos com 1.000 Bolívares a menos. Não é exatamente barato para comer Vim da Colômbia e achei um pouco mito a história de que tudo na Venezuela é muito barato. Não é bem assim. Há cidades e cidades. Em Mérida come-se muito bem sim e barato. Um prato com tiras de carne, batatas rústicas e salada de repolho com um copo gigante de Nestea foi 8 reais. No dia seguinte ostentei com uma costela de porco ao molho barbecue com salada e batatas rústicas com um copo de coca cola. O total deu 16 reais. Isso nos restaurantes brasileiros seria algo como 50 reais ou mais. Portanto, Mérida se come melhor no centro da cidade. Nos passeios oferecidos nas montanhas. Vai de 9 a 15 reais, se você quiser comer com a sopa. Coisa que na Colômbia é cortesia, na Venezuela é cobrado como um prato a parte. Em Valência, Caracas e cidades do Caribe os preços são mais elevados, isso se justifica por ser metrópole e pelo alto poder aquisitivo de alguns, porém grande parte da população ainda precisa recorrer às filas da distribuição de alimentos subsidiados pelo presidente, chegando a ficar mais de 12 horas para receber a cesta básica. A fila para comprar pão também era grande, pois não há farinha de trigo o suficiente e quando tem é muito caro. Queria fazer brigadeiro para os donos da casa em que estava hospedada e não pude, pois uma lata de leite condensado estava 9 reais e não havia chocolate em pó, nem cacau. Apenas achocolatado. Achei o preço um absurdo, depois eu vi que o leite condensado era importado do Brasil e que era de uma marca que não passaria de 3 reais. Portanto não tive coragem. Uma dica para comer barato é justamente evitar comprar produtos industrializados. Coma o mais natural possível como carnes, ovos, verduras, legumes, arepas de milho no lugar de trigo. Isso sim é barato. No mais, não fará diferença se você comer fora ou não. Nas praias, caia dentro dos peixes, camarões e lagostas, é muito mais barato que em nosso país. Beber é mais barato que comer Tomem conhecimento de que uma cerveja aqui é entre 90 centavos e 1,50 real no bar. Só há uma marca de cerveja, a Polar, com vários tipos e, sinceramente, bem mais gostosa do que as 4 famosas brasileiras. O melhor rum do mundo é Venezuelano e não cubano, uma dose de rum é 1,80 real. Para quem gosta, vale a pena. E não é dose contada no dosador, o copo é cheio mesmo, com gelo, claro. A melhor marca é Santa Teresa e a garrafa do mais caro é 22 reais no supermercado. Serviços muito baratos Comprei um chip da marca Digitel e o valor foi de 5.000 Bolívares e acrescentei um plano de 3 GB por mais 8.000 Bolívares, então, por 13 mil Bolívares Saí com um chip de celular com um plano de internet que dá para utilizar o mês inteiro. Para as mulheres vaidosas, este é um destino de cirurgia plástica com baixo custo e de boa qualidade. A média das intervenções aqui é de 500 dólares. Como não tenho esse interesse, apenas utilizei serviços de depilação completo por 25 reais. No Brasil só faço as axilas com esse valor hahaha. Serviços de lavanderia foi 3 reais. A senhora apenas contou as peças para anotar, porém o serviço é o mesmo valor, independente do peso. O ônibus para percorrer uma viagem cruzando o país foi 6 reais. Um táxi rodando a cidade é no máximo 2 reais. Hospedagem barata Em Mérida paguei 7.500 bolívares a diária em um hotel simples, porém muito bom, se chama Luna Azul e fica na Plaza Heroínas. Nas cidades grandes, utilizar o Airbnb e Couchsurfing é fundamental Em Valencia, utilizei o Airbnb e foi muito importante estar com locais para ter dicas da cidade, como se prevenir dos delinquentes, como economizar nas compras, enfim, é como estar com uma família. São momentos que nunca esquecerei. Em Higuerote utilizei Couchsurfing em um barco com um casal muito simpático. Foi uma experiência diferente e incrível. Não solicitei ficar por lá, apenas me foi oferecida a hospedagem e aceitei. 5 Citar
Membros RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Postado Setembro 20, 2017 (editado) Mérida – O início da Cordilheira dos Andes Depois de ter chegado em Mérida quase de madrugada e ter ficado em um hotel de 21.000 bolívares, mudei de hotel para a Plaza Heroínas, em frente ao Teleférico de Mérida. Tive a dica de um amigo que se hospedou uma semana antes e se chama Luna Azul. Um quarto individual custa 7.500 bsf, não tem café da manhã, mas tem água filtrada a disposição dos hóspedes. O lugar é muito bem localizado e seguro. Recomendo muito. Páramo Comprei o passeio para o Páramo, custou 7.000 bsf e teriam 10 paradas, aproximadamente. É um tour de 10 horas e isso cansa a quem não está acostumado. Primeiro eles param em uma feira de artesanato para você comprar lembrancinhas, mas eu não comprei nada, depois eles vão subindo a montanha, alguns vomitam com as curvas, o motorista te dá um paninho é um spray de cheirinho bom, a pessoa que vomitou limpa e o ônibus segue viagem, depois param em uma casa de um tal de Juan, que tem a casa toda inclinada, inclusive os móveis. O ambiente é bem bonito, charmoso, com uma cafeteria e novamente o ônibus segue viagem. Depois param em uma capela de pedra, muito bonitinha, depois param em um ponto de um homem que cuida de cachorros chamados mucuchíes, que foi o melhor amigo de Simon Bolívar. Essa raça vem sendo salva de extinção graças às contribuições dos turistas e é considerado um símbolo na Venezuela. Depois era hora de subir mais a montanha e chegamos ao ponto mais alto do Páramo por estrada, que era chamado de Pico de Águila, com 4.118 metros. Visão linda, frio, muito frio. Luvas, toucas e um bom casaco térmico era mais que necessário. Após ter atingido o pico era hora de descer para almoçar. Escolhi uma sopa de legumes com carne e uma trucha a la plancha, que me fez lembrar da Trucha boliviana, porém a da Venezuela é feita com muito mais carinho. A conta no geral deu 12.000 bsf. A próxima parada era o melhor ponto de fresas com cremas (morangos com chantilly) do Páramo. Um copinho bem satisfatório era 2.000 bsf, muito barato e os morangos foram os mais doces que eu já comi. Muito natural, sem esse monte de agrotóxicos. Após ter comido a sobremesa era a hora da cereja do bolo, a Laguna de Mucubaji, estonteante, com uma vista de tirar o fôlego. Esse foi um passeio que me fez admirar os Andes Venezuelanos e o cuidado que eles têm com a sua montanha. Gostei tanto que repeti o passeio no sábado, na tentativa frustrada de conhecer o observatório de Mérida, porém frustrada com a chuva. La Culata Esse é um outro passeio muito interessante, que vai para o outro lado da montanha. O passeio foi 6.000 bsf e começou no zoológico Chorro de Milla. Não gosto de zoológico e, portanto não tirei nenhuma foto. Porém as crianças gostam muito e ficaram lá brincando com todos eles. Na saída do zoológico muita gente tirando foto enroscado com uma cobra e eu não via a hora de sair dali. Depois começou a parte mais interessante que é a subida da serra e uma criança já começou a vomitar com as curvas. Aquilo me deixou embrulhada o dia todo. Houve uma parada numa fazenda de trutas e mostraram as etapas do cultivo da truta. Em seguida paramos em uma floresta de uma árvore que se assemelha aos eucaliptos, porém não são, pois as folhas são mais vermelhas, linda vista, saímos sentido ao ponto mais alto de lá Culata de trator, lindo passeio, o problema foi a fumaça do trator que me fez muito mal. O ponto mais alto era um pasto, o mais lindo que se podia imaginar, com um lago bem bonito no alto do morro. Terminamos em um restaurante para almoçar. Bonito, porém o mais caro. 15.000 bsf com coca cola. Não subi no teleférico mais alto e mais largo do mundo A tarifa é 50 dólares para estrangeiros e uns 6.000 Bolívares para Venezuelanos. Pois bem, concordo que deve haver uma tarifa de incentivo ao turismo nacional, porém assim, tão exorbitante eu nunca tinha visto. E se é proibido trocar dólares por que existe uma atração no país justamente tarifado em dólares? Havia alguns estrangeiros de perto que conseguiam entrar com cédula venezuelana, mas não me sinto bem fazendo isso então em vez disso… Voei de parapente pela primeira vez Paguei 85.000 Bolívares, aproximadamente 25 dólares. Valor muito barato comparado aos preços do Rio. Aquela era a minha chance e aproveitei muito. O piloto tem 23 anos de experiência, é divertido e descontraído, se chama Geraldo. O voo durou 40 minutos e até quem é mais experiente disse que é um ótimo tempo. Já quero fazer outra vez. O nome da página dele é parapentemerida.com. Bares legais Frequentei na maior parte dos meus 7 dias um bar chamado La Botana. Um bar de reggae, com um ótimo atendimento e preços bem atrativos. Tocam muito reggae brasileiro, aliás eles amam brasileiros. Sinto falta de lá. Fui também no Birosca Carioca. Muito Birosca mesmo, porém depois da meia noite os outros bares fecham e vão todos para lá e a rumba começa pra valer. Editado Setembro 20, 2017 por RoxaneOliveira 3 Citar
Membros RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Postado Setembro 20, 2017 Mochima, a bela vila no Oriente da Venezuela Depois de tanto bater cabeça tentando fugir de Caracas, Valencia e Higuerote, na tentativa frustrada de ir a La Tortuga, decidi ir a Mochima da forma mais mochileira possível: fazendo baldeação. E digo, apesar da boa experiência de parar por várias cidades tranquilas pelo caminho, não compensa, pois é muito demorado e corre o risco de ficar pelo caminho, procurando qualquer hotel para dormir e gastando mais dinheiro. Meu trajeto começou em Higuerote, a 2:30 de Caracas, com os seguintes trajetos: Higuerote x San Jose – 450 bsf – Ônibus San Jose x Río Chico – 150 bsf – Ônibus Río Chico x Cúpira – 800 bsf – Ônibus Cúpira X Clarines – 1.500 bsf – taxi compartilhado Clarines x Barcelona – 3.000 bsf – taxi compartilhado Barcelona x Puerto la Cruz – 5.000 bsf – taxi individual Puerto La Cruz x Mochima – 25.000 bsf – taxi individual. À medida em que eu chegava mais ao Oriente, os preços do deslocamento subiam e também era mais difícil conseguir passageiros para compartilhar o taxi. Saí de Higuerote 9:30 e cheguei em Puerto la Cruz 18:00. Fiquei esperando o taxista lotar o carro até 20:00 e nada, já estava sem dinheiro, mas não queria dormir em Puerto la Cruz, foi então que pedi o taxista para achar alguém que me comprasse 40 dólares que eu pagaria os outros lugares que faltavam no táxi, ele prontamente conseguiu com o dono do mercadinho em frente ao terminal. Negociamos a 3.500 por 1 dólar e consegui 140.000 bsf. Partimos e ele já me deixou na porta da pousada. Mochima é uma viagem muito tranquila e barata. Consegui um quarto individual, cama de casal por 10.000 por dia, 10 reais. Muito barato. E lá já tinham 2 Brasileiros e duas francesas. Já trocamos ideia e marcamos de sair com o barco no dia seguinte. Infelizmente só fiquei 2 noites nesse paraíso. No dia em que fizemos o passeio, fechamos com o barqueiro a 10.000 bsf cada um pelo dia de passeio pelas principais praias, fomos à Playa blanca, Manare, paramos para Fazer snorkel (os corais mais coloridos que já vi em minha vida, senti falta da Gopro nessa hora, (porém vamos de mochilão raiz, hehe). Também avistamos os golfinhos soltos no mar, saltando e fazendo aquele espetáculo, cena marcante. Na hora do almoço comemos peixes que o barqueiro pescou tranquilamente. Éramos 7 pessoas pra comer, pedimos a dona do restaurante para fritar e, acredite, o valor final ficou em 4.000 bsf. Menos de 1 real pra cada. Pagamos também o serviço da mesa e tenda. 5.000 bsf. Muito tranquilo e barato. Volta a Caracas Depois desses dois dias tranquilos e relaxantes, já era hora de voltar a Caracas. Peguei o ônibus noturno em Cumaná. Pense em um ônibus péssimo? Com bancos afundando? Lotado? Pelo menos tinha ar condicionado. O ônibus teve uma viagem de 9 horas com vários desembarques e paradas policiais. Não tinha mais medo, já tinha cédulas novas guardadinhas na carteira. Cheguei em Caracas às 6 da manhã. Pedi ao motorista parar no mesmo bairro onde fiquei em Sabana Grande. Como era Domingo de manhã, estava um clima de motel pós balada. As minas estavam lá no recepção com os caras. Não me importei nem um pouco. Queria mesmo era una cama e dormir 5 horas para então partir para Los Roques. 1 Citar
Membros RoxaneOliveira Postado Setembro 20, 2017 Autor Membros Postado Setembro 20, 2017 Los Roques – um paraíso não mochileiro Apesar de ser um arquipélago preservado, com uma vila simples, Los Roques não é dos destinos mais baratos, porém não chega a ser uma ilha como as vizinhas Aruba, Curaçao, com aqueles casinos e resorts 5 estrelas. O Carro-chefe do arquipélago é o mar azul turquesa. Dizem os mais experts em Caribe que só Maldivas chega ao Nível de Los Roques. Tentei não incluir Los Roques no meu roteiro, visto que a passagem aérea de Caracas para Los Roques estava 275 dólares e as hospedagens na base dos 60 dólares por dia. Vi uma promoção pela Cia Albatros por 125 USD, pensei bem no saldo que eu tinha no PayPal e utilizei para a passagem. Comprei feliz, porém preocupada com o que eu ia comer lá, sobreviver. Bem, como não queria utilizar meus últimos 200 dólares que tinha em espécie, resolvi utilizar o saldo que eu tinha (por segurança) para também reservar uma hospedagem. Infelizmente, quem aceita o PayPal São os posaderos Italianos, os Roqueños não aceitam. Utilizei 180 USD do PayPal para 3 diárias na pousada Lagunita e utilizei 60 usd em espécie para 2 diárias na Casa de Sol. O esquema da maioria das pousadas é por pensão completa. Café da manhã, cava (tipo marmita pra levar na praia) e jantar com sobremesa. A pousada Lagunita tinha um padrão mais europeu, comida mediterrânea, requinte, quartos bem decorados. Bem recomendado para casais, enquanto a Casa de Sol tinha a hospedagem mais Simples, como se você estivesse em casa, com uma culinária igualmente espetacular, uma mistura Roqueña e mediterrânea também. Eu adorei as duas, porém o melhor custo benefício é na Casa de Sol. Os passeios eu fiz com o Chichi, muito famoso com os Brasileiros. Um barqueiro atlético, pescador e dedicado ao bom atendimento e à amizade. Nos 4 dias que fiz passeios com ele, paguei 169.000 bsf (52 USD). E ele ia para lugares distantes como Cayo de Água, Carenero, Sebastopol, entre outras. Quanto mais dias, mais praias se conhece. A dica é conhecer os cayos mais distantes primeiro, para depois conhecer as mais próximas como Francisqui e Madrisqui. Los Roques é aquele destino que você vai e, depois da maravilhosa experiência, quer planejar a volta. O sentimento é assim com todos. Conversei com italianos que amam fazer Kitesurf lá e que voltam todos os anos no arquipélago, assim como argentinos, um casal maduro que já foi 7 vezes, um grupo de brasileiros no whatsapp chamado “Dicas Los Roques”, a maioria é frequentador assíduo na ilha. Então acho que não é uma ilha para se dizer: “bom eu já fui e ponto”, você vai querer voltar. 2 Citar
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