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  1. Outubro/2025 - Encerrei uma viagem de três semanas pela Argentina, de ônibus e mochila nas costas. Passei por Paso de los Libres, Paraná, Santa Fé, Córdoba, Cosquin, Mina Clavero, Mendoza, Villa Mercedes e Rosário. Gasto total: cerca de 3 mil reais. Quero aqui colocar algumas percepções sobre viajar no país vizinho, que - quase - ninguém fala. Sempre que viajo faço antes uma pesquisa completa pelos lugares onde vou e para isso leio relatos de viajantes e preciso alertar para algumas coisas que são ditas e nem sempre condizem com a realidade. Minha ideia é sempre viajar sem passar necessidade, mas economizando no supérfluo para aproveitar no essencial. Existem muitos blogues, páginas e relatos em páginas especificas da internet, como a boa "mochileiros.com", mas muita gente - influencers - comentam propositalmente situações que não podem ser consideradas reais. A maioria escreve comentando a viagem e indicando hotéis, passeios e lugares muito caros, colocando "links" para seguros, cartões e agências que, suponho, financiam, as viagens dessas pessoas. Até mesmo se procurar na AI algo sobre alguma situação, a resposta é negativa ou vaga. Exemplo: procure viagem entre Paraná e San Fé e a internet vai dizer que não existe ônibus urbano e só linhas de longo curso; mas é só ir no terminal rodoviario que sai ônibus urbano a toda hora; empresa ETACER e custa o equivalente a reais. Ou que em determinado terminal rodoviário existem lockers (armários) para bagagem e na real não existem ou, ao contrário, que existe e você chega lá e verifica que não é verdade. Aliás, se precisar de lockers, procure os sanitários; as pessoas que administram os sanitários também cuidam dos lockers. Em MIna Clavero não existem lockers, mas pode-se negociar com o pessoal da lancheria. Sobre hotéis, acredito que a melhor forma é alugar um apartamento, um flat, por pagar bem menos que um hotel, ter muito mais privacidade e poder cozinhar suas próprias refeições, sem depender de pagar restaurantes. Advirto: na Argentina refeições são muito caras, se comparadas ao Brasil. Exceto se você quer aproveitar a gastronomia local e tem dinheiro disponível, o melhor ainda é comprar no mercado, como no Carrefour que tem muitas lojas em todas as cidades do país vizinho. Como exemplo, uma diária em hotel no centro de Mendoza custa entre $ 200 e até $ 5.000. Fiquei uma semana em um flat maravilhoso, bem no centro, com diárias de $ 80 (reais). Refeições do dia-a-dia são caras; um almoço simples em restaurante comum varia entre 35 e 60 reais. Sobre seguro de viagem, existem muitas seguradoras, mas vale a pena fazer uma pesquisa pois as vezes sai caro porque incluem situações desnecessárias. No meu caso comprei da Kovr, através da plataforma Segurospromo, barato e bastante abrangente em relação à cobertura. Em relação à comunicação, nada de entrar em chip internacional. Hoje um chip de celular internacional para três semanas na Argentina custa cerca de 80 dólares - 430 reais. Chegando na Argentina, comprei um chip pré-pago da Claro com redes sociais ilimitadas, validade de trinta dia e paguei apenas 20 reais. E saí da loja já conectado. Mas nas lojas da Claro não é feito isso; precisa procurar uma loja (kiosco) que venda chip. Geralmente nos terminais tem, as vezes mais de uma loja. Os ônibus na Argentina têm tarifas muito mais baratas, proporcionalmente, que aqui. Fazendo um parâmetro, aqui uma viagem de 500 km custa cerca de 250 reais no chamado pinga-pinga, 320 no "executivo" e mais de 400 reais no modo "leito". Na Argentina uma linha na mesma distância custa 165 reais no conforto de poltronas que eles chamam "cama individual". Muito importante é como levar dinheiro: na Argentina não é possível usar o cartão Wise, exceto se quiser pagar em dólar, que é aceito em hotéis e restaurantes caros. Levar reais ou dólares e trocar lá também não vale a pena porque na hora da conversão sempre a gente sai perdendo. A melhor maneira é baixar o aplicativo do Western Union e ir transferindo, via Pix, da sua conta para o Western e retirar lá em moeda local. A taxa é vantajosa. E nunca esqueça de liberar o cartão de seu banco aqui, antes de viajar. Para deslocamentos nas cidades o melhor ainda é caminhar, descobrindo lugares que normalmente as empresas de turismo não falam. Mas se for longe, cheguei à conclusão de que o Cabify é melhor que Uber; então antes de chegar lá já baixe o aplicativo. Muito se fala no "remis", que são carros alugados, mas ainda credito que Uber é mais em conta e, mesmo que seja longe e queira retornar breve, dá para negociar com o motorista para aguardar. Interessante ao chegar lá é comprar um cartão SUBE e adicionar créditos; coloquei cerca de 60 reais de crédito e utilizei toda a viagem e ainda sobrou créditos. E o SUBE é aceito em quase todos os serviços de transporte em todas as cidades do país. Em Mendoza, onde fiquei maior parte da viagem (cerca de uma semana), algumas considerações interessantes: procure não comprar lembrancinhas nas áreas turísticas, como as ruas San Martin, Las Heras e redondezas. Tudo ali é mais caro; tem muito pega-turista. Os passeios mais cobiçados em Mendoza, que todos fazem, visita às vinícolas e alta montanha, também merecem comentários. A não ser que você queria ostentar para depois se mostrar nas redes sociais, não é necessário contratar passeio às vinícolas, que custam acima de 800 reais. Para a região de Maipú, mais perto, vale a pena utilizar o metrô (Tranvia), que custa 4 reais e leva até a estação Gutierrez. Dali pode-se caminhar até algumas vinícolas famosas e, para as mais distantes, existem linhas de ônibus que geralmente deixam no portão. E sempre existe a opção do Uber. Em Maipú, vinícolas famosas como Bodegas Lopez ( a 300 metros da estação e nao cobra visita), Bodega Argentia e Bodega Trapiche ficam muito perto. Também ali perto fica o Museu Nacional do Vinho. A diferença é que quando se paga 800 reais para visitar uma vinícola está incluido degustação de uma taça de vinho; eu ainda acho mais prático passar no mercado, comprar uma garrafa e beber no hotel. E vinho é algo barato lá; exemplo é um premiado DV Catena, da Catena Zapata (simplesmente considerada a melhor vinícola do mundo) que aqui vais pagar cerca de 250 reais e lá custa $ 50. Já para Luján de Cuyo, as vinícolas ficam mais distantes, mas pode-se ir de ônibus do centro de Mendoza até a cidade de Luján de Cuyo e lá pegar outro ônibus ou, mais prático, chamar Uber ou Cabify. Sobre visitas, a maioria das vinícolas não vão cobrar se você vai apenas conhecer; algumas cobram cerca de 30 reais. O interessante é que a maioria das vinícolas abre para visitas apenas as 10 ou 11 da manhã, exatamente porque eles priorizam as pessoas que vão almoçar lá (e pagar caro). Mas fica claro que não precisa ser burguês, ter dinheiro, para fazer passeios maravilhosos. Em Luján pode-se chegar de ônibus em vinícolas famosas, como Belasco de Baquedano (linha 720), Chandon e Norton (linha 760). Já para a Catena Zapata o ônibus é o 710, do centro de Mendoza até o terminal de Luján de Cuyo e depois ônibus 714, mas tem horários muito espaçados que vale a pena um Uber (cerca de 40 reais). Sobre o passeio "Alta Montanha", existem muitas opções, desde 250 até 1200 reais. Mas quase todas as empresas oferecem o mesmo itinerário: parada rápida em Potrerillos, parada em Uspallata para café, parada na Puente del Inca, parada muito rápida no Parque Aconcágua e Las Cuevas. Mas vale o passeio, são paisagens deslumbrantes e , mesmo indo agora em outubro, ainda tinha neve até mesmo na beira da estrada. Mesmo que saia de Mendoza com 25 graus, sempre leve casaquinho pois na alta montanha sempre é frio e principalmente o vento é forte e gelado. Eu contratei pelo Tourclube - https://www.tourclub.com.ar/ - que foi muito profissional e principalmente é o mais barato. E o serviço foi prestado, com excelencia, por Grupo Sur (info@gruposur.tur.ar), Dicas: Em Paraná, um passeio interessante é o Parque Urquiza, onde tem o letreiro para fotos, mas não esqueça de levar repelente porque os mosquitos são infernais. Na cidade de Santa Fé existe um shopping bem próximo do terminal rodoviario, no antigo porto que foi revitalizado. O letreiro da cidade, foto obrigatória, fica junto à ponte suspensa. Córdoba tem o maior terminal rodoviário que já vi; são dois terminais -o antigo e o novo - lado a lado. E ali peto fica a estação ferroviária, de onde parte o "Trem de las Sierras", passeio que recomendo. Apenas chegue cedo porque geralmente tem fila para compra de passagens e é demorado. Sugiro pegar o trem das 7 da manhã, que chegará em Cosquin próximo de 9:50. Para ir até Capilla del Monte demora muito tempo e precisa trocar de trem. A viagem atravessa a serra e vale a pena chegar lá e visitar o Balneário Piedras Azules, que fica cerca de um quilometro da estação e é muito bonito. Eu fui de trem e retornei de ônibus. O terminal rodoviario fica junto à estação ferroviária. O ônibus, na volta, passa por Villa Carlos Paz (cidade do Che Guevara) e é um lugar aprazível, junto ao lago. Mina Clavero é um destino procurado pelos moradores de Córdoba e região, principalmente no verão, mas não tem muita atração turística - exceto os balneários - mas a viagem de Córdoba até lá, pela Serra dos Condoritos é sensacional. Em Rosario, terceira maior cidade da Argentina, não é muito turística, mas tem dois pontos bastante interessantes que são o Parque Independência e a Costaneira, que está sendo remodelada e modernizada. Se alguém pensa em fazer uma viagem semelhante, não precisa carregar peso na mochila com garrafas de vinho. Quando chegar em Paso de los Libres, vá até a Vinoteca Bodega 901 ou a Sabores de Mendoza, que ficam a 800 metros do terminal rodoviario e tem bons preços. Tem ônibus do terminal até o centro a mil pesos. Nao tem locker no terminal para guardar bagagem, mas pode-se deixar na bilheteria da ERSA. Um táxi da rodoviaria de Uruguaiana até a migração, em Libres, custa hoje cerca de 30 reais e para retornar os táxis argentinos custam entre 25 e 30 mil pesos ou cem reais. Se alguem precisar de informação, entre em contato.
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  2. Oi, gente! Tudo bem? Perdi minha senha de uns dois perfis e criei um novo (espero não perder mais!!!) para trazer meu relato! kkkkk Esse é meu relato de viagem de 15 dias na Bolívia e Chile, que fiz sozinha agora em outubro de 2025! Li muuuuitos relatos aqui no Mochileiros mas senti falta de encontrar algumas informações com valores atualizados, então eu espero que meu relato seja útil para alguém ou alguéns! 🙂 Vou tentar ser direta para falar mais de trajetos e valores. Já adianto que fiz uma viagem confortável, não foi nem cara nem super econômica. Então é possível gastar menos do que eu e também é possível gastar muito mais, depende do que você busca. Nessa primeira parte vou falar só da Bolívia e nos próximos dias trago o relato do Chile. Meu trajeto completo foi: La Paz (3 dias) - Uyuni (passeio do Salar de 3 dias) - San Pedro de Atacama (7 dias) - Santiago (4 dias) Conversão que eu peguei: R$ 1,00 = 2,20 bolivianos R$ 1,00 = 176 pesos chilenos Considerem que esses valores mudam bastante, eu vi que o câmbio mudou inclusive durante minha viagem! Eu usei muito mais moeda física mesmo, mas especialmente no Chile era bem tranquilo usar Wise. 10/10 (dia 1): chegada em La Paz Cheguei em La Paz no começo da noite. Saí do aeroporto de minibus, que é uma van que faz os trajetos de linha de ônibus. Pra mim que nasci nos anos 90 em São Paulo, é tipo uma lotação kkkkk mas vai todo mundo sentado. Custa 5bs e tem várias saindo do aeroporto, é bem tranquilo. Todas que saem do aeroporto são da mesma linha e vão para o centro, que era onde eu precisava chegar. Fiquei hospedada na Posada de La Abuela Obdulila, no centro histórico. Peguei a recomendação em algum relato (ou vários?) aqui e também recomendo muito! Paguei 180 bs por noite, para um quarto com banheiro privativo. Eu chorei um pouco no valor pois originalmente eram 200 bs para um quarto de casal, e como eu estava sozinha, pedi um desconto. Esse valor inclui um café da manhã bem servido, com pão, frutas, frios, geleia, iogurte, suco, leite e aveias. Você pode complementar o café da manhã com ovos por 6 bs. Eu fiz minha reserva diretamente com a pousada com 2 meses de antecedência e indico que façam o mesmo, sem deixar para muito em cima pois ela estava sempre lotada. Vou deixar o contato deles: +591 78832848 Saguão da pousada 🙂 Na chegada, troquei um pouco de dinheiro no aeroporto só para ter para o transporte e janta. Vi duas casas de câmbio lá com valores bem diferentes (uma a 1,5 e outra a 2,1) e depois andando pelo centro histórico foi até difícil achar um câmbio melhor que 1,9. Vou falar mais disso depois. Nessa noite jantei em um restaurante oriental que encontrei próximo à pousada, ali no centro histórico mesmo. Paguei 42 bs num ramen e suco. PS: eu não tenho problema com altitude, então passei bem. só é mesmo cansativo subir ladeiras - que tem muitas! kkk. mas para quem tem problema (ou medo de ter, se for a primeira vez), é legal prever uns dois dias para se aclimatar porque La Paz é muito alta. 11/10 (dia 2): La Paz Consegui fazer o câmbio a 2,20 negociando, pois no aeroporto estava melhor que em vários cambistas do centro. Percebi que os melhores lugares para fazer câmbio são perto da Igreja San Francisco, se atravessar a avenida sentido onde ficam os museus também tem alguns cambistas e lá eles fazem um valor melhor do que no miolo do centro (únicos que vi fazendo a 2,20 direto). Muitos cambistas não aceitam nota rasgada, rasurada etc. Então cuidado com isso 🙂 Visita ao Museu de Etnografia e Folclore. Entrada: 30 bs. Recomendo muito para quem se interessa em conhecer a cultura dos lugares que visita! Ida à rodoviária para comprar passagem para o dia seguinte, para Uyuni. Comprei pela Panasur e paguei 100 bs. Não achei que havia a abertura para negociação que vi muita gente comentando. Também achei o preço bem barato… Dá cerca de 50 reais para uma viagem de quase 10h, num ônibus leito! Mas meu ônibus não tinha cinto de segurança, rs. Conversei com uns argentinos que viajaram pela Titicaca, que é quase o dobro do preço e muita gente recomenda, mas o deles também não tinha cinto, então sei lá! Aproveitei o resto da manhã para comprar lembrancinhas pois sabia que no Chile seria muito mais caro. As blusas de lã e outros souvenirs são muito baratos em La Paz! Caso você ame artesanatos e blusas como eu, vá com espaço na mala kkkk Almocei no centro mesmo, no Sabor Urbano. Comida típica maravilhosa, muito bem servida, e muito econômica! Se eu não me engano paguei por volta de 23bs no menú completo (entrada, prato principal e sobremesa). Mas eles só servem almoço, por isso não jantei lá também rs. Walking Tour pelo centro histórico - 40 bs (preço sugerido). Recomendo muito também. Não foi o melhor walking tour que já fiz, mas foi ótimo para ver algumas coisas e aprender um pouco sobre a cidade que eu jamais veria ou saberia sozinha Reservei pelo Guru Walk: https://www.guruwalk.com/es/walks/48348-un-viaje-en-el-tiempo-free-tour-por-la-paz-historica Depois do walking tour, passeei de teleférico. Andei por praticamente todas as linhas de teleférico, para dar a volta na cidade. Recomendo muito fazer isso e não é necessário guia! A cada vez que você troca de linha, precisa comprar novo bilhete e cada bilhete custa 2 ou 3 bs. Acho que gastei uns 15 bs nesse passeio, mas não tenho certeza. Fiquei com medo de fazer à tarde e não ser tão legal, mas foi perfeito, pois peguei dia, pôr-do-sol e noite! Passeio de teleférico no final da tarde Passeio de teleférico já à noite! Jantei em um restaurante maravilhoso no centro, chamado Olivia. Recomendo demais! Provei um risoto com carne de lhama, banana da terra e ovo frito. O prato principal, com uma sobremesa toda chique e suco, saiu uns 100 bs… 12/10 (dia 3): La Paz - Sítio Arqueológico Tiwanaku Tiwanaku não é um destino muito conhecido pelas pessoas que vão para La Paz, mas eu amei ter ido e recomendo para quem se interessa por história! É possível fazer o passeio com agência e nesse caso não tenho ideia de valores. Eu resolvi ir por conta e contratar guia na entrada do sítio, o que eu realmente acho a melhor coisa, pois lá dentro não tem nenhuma informação - só nos museus. Na pousada me recomendaram ir até o cemitério e lá pegar um ônibus que supostamente passa sempre para Tiwanaku. Mas cheguei lá (fui do centro até o cemitério de minibus) e não tinha o tal ônibus, ninguém sabia dizer exatamente se por ser final de semana ou se são ônibus meio inconstantes… Enfim, entendi que a melhor maneira para ir para Tiwanaku é pegar o teleférico até El Alto (outro município, onde fica o aeroporto), de lá ir andando até a rodoviária que fica ao lado e na rodoviária pegar o ônibus que deixa na frente do sítio arqueológico. Como eu fui de domingo, não tinha ônibus e eu peguei um minibus que passava a algumas quadras da rodoviária. Custou 10 bs e a viagem é de 1h30. Acho que a entrada era 100 bs. Assim que cheguei, duas turistas francesas também estavam chegando e logo um guia nos ofereceu o tour guiado por 200 bs para o grupo. Como acrescentamos uma parada no tour, ficou 300 bs ao todo - 100 bs para cada uma. Para voltar fomos até o centrinho (bem perto andando), pegamos o minibus de 10 bs que deixa no teleférico de El Alto. De volta a La Paz, almojantei um chilli com carne em um bar/restaurante, foi bem barato - acho que algo por volta de 30 ou 40bs no máximo. Esperei na pousada até a hora de ir para a rodoviária e peguei um taxi por 25bs. O ônibus era um leito bem confortável, apesar de não ter cinto rs. E tinha uma mantinha, que foi bem útil porque às vezes sentia que a calefação era desligada rs mas não teve perrengue não! Foi tranquilo. Esperando o busão na rodoviária 13/10 (dia 4): Chegada em Uyuni e 1º dia de tour do Salar do Uyuni Cheguei em Uyuni por volta das 6h da manhã e fui tomar café da manhã onde vão todos os turistas, na Noni (ou Nonis?). Não anotei o valor exato mas é tudo bem barato… Dá pra tomar um bom café da manhã com uns 20 reais ou menos. Conversei com uns dois guias, fui em duas agências e não quis ficar rodando muito com meu mochilão que já estava bem grande. Eu já tinha conversado no whatsapp com um guia que indicaram aqui, então fui na agência dele, próximo à rodoviária e fechei por 1100 bs o passeio do Uyuni de 3 dias, chegando em San Pedro de Atacama. Lembrando que esse valor inclui hospedagem, todas as refeições do dia e o transfer para San Pedro. IMPORTANTE: Recomendo se certificar que o valor do passeio já inclui a passagem para San Pedro Esse é o valor médio mesmo dos passeios, entendi que a galera paga entre 1000 e 1300 bs, talvez mais às vezes. Depois de fechar o passeio, fui no mercado da cidade comprar frutas, água e bolachas para petiscar durante os 3 dias. Pessoalmente eu estava muito preocupada em ir com uma agência legal, um motorista que soubesse um pouco para explicar, mas vi que isso é realmente muito aleatório. Pelo o que entendi, nem adianta muito ir na agência x ou y, porque eles acabam te jogando para outras agências que estão com vaga no tour. Eu mesma fechei o passeio na agência Ollantaypuna, mas viajei com a Expediciones Perla de Bolivia e não era exatamente o mesmo passeio que estava no PDF que o guia tinha me mostrado uns meses antes kkkkk Mas meu tour foi ótimo, melhor que o do pdf, e o motorista era super gente boa. Dava pra ver que ele não tinha conhecimentos técnicos como os guias do Atacama, por exemplo, mas tudo o que ele sabia, ele contava, e ele que sugeria aquelas fotos que todo mundo gosta de tirar no salar. Os passeios do Salar do Uyuni são bem padronizados, então acredito que não preciso entrar em muitos detalhes aqui a não ser que é tudo MARAVILHOSO! Fiquei realmente muito impressionada, porque meu objetivo 1 era o Atacama e acabei incluindo o Salar de Uyuni no roteiro. E que bom, porque é incrível!!!! No primeiro dia vamos no cemitério de trens que, pra mim, é a parte menos interessante. Almoçamos em Colchani, onde tem uma feirinha de artesanato que tem os mesmos ou melhores preços que La Paz. Visitamos o hotel de sal, que para mim também não é a melhor parte. De lá fomos para o Salar onde fizemos várias fotos e vídeos bem divertidos. Eu nem sou a pessoa que gosta de ser fotografada e que pira nessas fotos, mas foi engraçado e foi um jeito de descontrair com o resto do grupo! Fomos na Isla Incahuasi, que tem cactus gigantes. Tem que pagar para entrar (30bs) e é muito legal mesmo, tem uma vista linda e os cactus são impressionantes! Por causa da altitude é um pouco cansativo subir. É só ir com calma e vai dar tudo certo 🙂 14/10 (dia 5): 2º dia de tour do Salar do Uyuni Para mim, o dia mais lindo! É o dia que visitamos várias lagoas, vemos flamingos, vulcões e muitas vicuñas no caminho… Não vou nem entrar em detalhes porque as palavras são insuficientes! Algumas das vistas maravilhosas do segundo dia. Com vulcão, lagoas, flamingos... Um espetáculo! 15/10 (dia 6): 3º dia de tour do Salar do Uyuni e chegada a San Pedro de Atacama Nesse último dia, para quem vai para San Pedro de Atacama, o tour é bem curto. Começa muito cedo nos geysers e depois nas águas termais (que eu não tive coragem de entrar!). De lá passamos pelo deserto de Dalí - mas só passamos, não paramos em nada - e visitamos a Lagoa Verde e a Lagoa Branca, que ficam lado a lado muito próximo à fronteira com o Chile. Continuarei sobre a chegada em San Pedro num próximo post aqui, nos próximos dias! Algumas coisas que acho importante dizer sobre os 3 dias de tour: - leve uns trocados para pagar a entrada nos banheiros, cada um é 5bs e considere pelo menos uns 2 ou 3 por dia (por precaução). leve também dinheiro para entradas nos parques, a agência informa mas o total costuma ser 180 bs + 15bs caso queira entrar nas águas termais do último dia. NADA disso pode ser pago em cartão ou transferência; - leve papel higiênico pois não tem nas hospedagens; - nas hospedagens que eu fiquei tinha chuveiro quente e não era necessário pagar, mas acredito que se é pago ou não é algo que pode variar. não tem como prever porque você não sabe onde vai ficar até chegar... o preço que avisam é 10bs por banho (então total 20bs, para primeira e segunda hospedagem); - eu fiquei muito preocupada em levar garrafas de água e petiscos para comer no trajeto, mas no pior dos casos sempre vendem água nas hospedagens; - wifi nas hospedagens é pago (20 bs por hospedagem); - a primeira hospedagem é mais estruturada que a segunda. no meu caso a segunda era simples, mas arrumada e limpa. na primeira eu dividi quarto só com uma moça do meu tour e tínhamos banheiro privativo. a segunda também dividi o quarto só com ela mas o banheiro era compartilhado e muito simples. conheci uma brasileira que achou a segunda hospedagem onde ficou muito ruim, com banheiro mofado etc. recomendo carregar o celular na primeira hospedagem porque na segunda a energia elétrica e acesso a tomadas é super limitada - a energia é desligada às 22h. - a segunda hospedagem fica numa altitude bem grande e faz bastante frio, mas tinha cobertores suficientes. eu sou bem friorenta para dormir e dormi bem. se você for uma pessoa muito friorenta ou for no inverno, durma com suas roupas mais quentinhas. se tiver muito medo de passar frio, tente alugar um saco de dormir com a sua agência, mas no meu caso achei desnecessário (eu não aluguei, mas meus companheiros de tour sim). - eu fui na metade de outubro, já é primavera, então as temperaturas não são tão baixas e mesmo assim é bem frio! todos os dias usei segunda pele (calça e blusa), meia térmica, fleece ou moletom e corta vento. dependendo do momento do tour, luvas, gorro e cachecol são indispensáveis! - óculos de sol, boné ou chapéu, creme hidratante, protetor solar, soro (ou rinosoro se você preferir, mas eu levei soro mesmo que é mais barato e é a mesma coisa rs), boné e hidratante labial são INDISPENSÁVEIS! para mim, o melhor hidratante labial é hipogloss kkkkkkkkk vi muita gente falando que voltou com os lábios muito estourados do Uyuni e do Atacama, e eu voltei plena. Fica a dica! Dicas sobre roupas, que eram uma super preocupação para mim (e valem para o atacama também): Eu levei cachecol e me arrependi, levaria esses protetores de frio para pescoço porque ocupam muito menos espaço na mala. Também levei duas blusas térmicas e me arrependi, poderia ter levado só uma para poupar espaço na mala, mas eu transpiro muito pouco, tipo quase nada, então isso vai depender de você.
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  3. Isso, são caminhões adaptados. Ao inves onibus, para fazer esses tours q eles chamam de overlander, costumam usar caminhoes altos e 4x4. Tem um monte, vou deixar alguns links e uma foto aleatoria da internet. Eu não vi essas opções de onibus q vc comentou não, mas acredito q só devam ter onibus entre as cidades grandes, por exemplo, Windhoek -> Swakopmund... O problema é q alguns lugares da Namibia não tem cidade, por exemplo, o principal atrativo, sossusvlei, q fica na "cidade" de Sesriem, q nem é uma cidade, só tem a adm do parque e meia duzia de camping/lodges..... E para conhecer o parque, vai precisar de excursão, ou desses caminhoes overlander.... https://africanoverlandtours.com/ https://www.truckafrica.com/ https://www.absoluteafrica.com/ https://www.tourradar.com/i/africa-overland-truck?srsltid=AfmBOorXsHnjfsWkNV8_57__1iNcbqdHmRCdq9EFyBLLCc_uZiJnwWf_
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  4. @D FABIANO, sobre a parte da Namíbia, posso ajudar um pouco... Lá o mais comum é alugar carro sim, mas existem outras boas opções para quem não aluga carro. Existem caminhões/excursão q vão rodando a África (sul/leste), com opção de camping ou até hospedagens em lodges , e o preço individual não é tão caro. vc entra e sai qdo/aonde quiser. As rotas são variam um pouco, mas eu diria q um trajeto muito popular é a rota de atravessa da cidade do Cabo -> Namíbia -> Botswana-> victoria falls. É muito comum cruzar com esses caminhões na Namíbia. Além disso, tem transfer/excursoes na Namíbia, muitas saindo de windhoek, para os principais destinos do país. Como eu estava com família, pra 5 pessoas era muito mais barato alugar carro, mas o preço individual tanto do caminhão qto dos tours não eram muito caros, eu diria q dá para aproveitar bem a Namíbia sem carro alugado...
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  5. Inveja boa do seu roteiro. Istambul é aquela cidade que você anda das 8 da manhã até as 10 da noite com gosto, e comendo bem. Referente a Grecia, considerou em incluir Kefalonia ? Alugar uma moto e andar por lá pode ser melhor que outras praias mais turisticas que ela.
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  6. Boas dicas... Só um detalhe: "Instambul" está incorreto; a grafia correta é Istambul em português. 😉
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  7. Dia #05 Roma -> Florença. Quinta-feira, 11 de Setembro de 2025 Nosso trem para Florença era às 10h35. Acordamos, tomamos café e deixamos o apto às 9h30. Pegamos um taxi e levamos 40min para chegar à Roma Termini. O trânsito estava caótico e havia muitas obras pelas ruas. A corrida ficou em €25. ***DICA: O centro de Roma possui ruas muito estreitas e que não favorecem o fluxo de carros. Se tiver que pegar táxi na região saia com bastante antecedência. Nosso trem partiu no horário e nos despedimos da capital italiana. As passagens foram compradas antecipadamente no: https://shop.italiarail.com/ (€28 cada). Roma: considerações finais - A cidade é bem plana e dá pra conhecer quase tudo andando; - Faz muito calor no verão! Então não esqueça boné, óculos escuros, sombrinha, protetor solar e garrafa d’água; - Há diversas fontes de água potável pela cidade. Bebemos em várias e não tivemos problemas algum; - Attenzione pickpocket! Nos sentimos muito seguros por todos os lugares que passamos, mas Roma é famosa pelos pickpockets. Não fomos furtados, mas também não demos mole; - Tem muita, MAS MUITA, igreja por toda a cidade. Se quiser guardar o nome de todas, tire uma foto de alguma placa antes de entrar em cada uma delas. Ainda assim você vai se confundir!; - Achei algumas pessoas um pouco grosseiras. Mas dizem que é “o jeito deles”. Florença Estada: AirBNB - €391 para 3 noites (de 11 a 14 de Setembro). Também não foi barato, mas o apto foi o melhor que já fiquei em todas as minhas viagens. Chegamos em Florença às 12h10. A estação não tem sinalização e só conseguimos sair dela pq “seguimos o fluxo”. Tínhamos que achar um local para deixar as malas pq nosso check-in seria só depois das 16h. Na saída das plataformas da estação tem um lugar que cobrava €6 as primeiras 4h e depois €1 por hora adicional. Fomos para o subsolo da estação e achamos um guichê da Bounce que nos cobrou €7 por mala, até as 20h. Deixamos nossas malas lá e seguimos. Fomos até a BASÍLICA DE SANTA MARIA NOVELLA. Cobra €7,50 a entrada e resolvemos conhecer. A igreja é muito bonita! Ela tem um jardim e um pequeno museu. Basílica por fora Basílica por dentro Vitral Área externa Caminhamos até a lanchonete I GIRONE DE GHIOTTI e encaramos uma fila de uns 15min. Mas valeu a pena. Os panini tem um preço honesto (em média €6) e são muito bons! Tomei também uma cerveja artesanal local (€6) mas não gostei muito. Seguimos para a GALLERIA UFFIZI. Comprei os ingressos com antecedência e hora marcada no https://www.uffizi.it/en/the-uffizi#timetable-and-prices (€29 cada). Chegamos às 15h e entramos no horário marcado. O acervo da galeria é imenso, com obras de Leonardo da Vinci, Donatello, Rafael e Botticelli (destaque para “O nascimento de Vênus”). Também vimos a “Cabeça da Medusa”, de Caravaggio. Corredores da galeria "O nascimento de Vênus" "Cabeça da Medusa" Deixamos a galeria por volta das 17h e voltamos para a estação para pegar nossas malas. Pedimos informação de como comprar os bilhetes de ônibus e nos informaram que poderia ser pago por contato via cartão. Disseram que poderia pagar as 2 passagens em um único cartão. Entramos no ônibus e vimos que isso não era possível. O cartão aceita apenas uma passagem (€1,70), então o outro passageiro tem que pagar com outro cartão. Chegamos no apto, deixamos nossas coisas e fomos ao supermercado. Tinha um LIDL ali perto (preços muito bons!) e fizemos nossas compras (€19). Jantamos um capeletti que tínhamos comprado no mercado, tomamos umas cervejas e fomos dormir 23h. Distância percorrida: 10,85 km Gastos: € 212 (continua)
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  8. Te sugiro ir para Bolívia e Peru, tipo vai para La Paz pega o ônibus Boliviahop e vai para o Peru, sempre tem turísta que tá viajando nele sozinho também. Estou programando Uyuni para fevereiro.
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  9. Sugestão é não ir nessa época, se for tomar cuidado com a chuva, pois é época do inverno altiplanico,quando há anos que não acontece nada e outros chove e chove.
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  10. Estou planejando pra final de fevereiro/começo de março. Tentando levantar infos pra saber se as chuvas prejudicam muito os passeios (principalmente os mais outdoor)
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  11. O tour é no pôr do Sol mesmo, sai às 14:30, no segundo dia acho que dá pra ir no museu da Acrópole de manhã e fazer esse tour a tarde. Já que em Atenas em um dia (dia anterior) é suficiente para ver a Acrópole.
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  12. "Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz, quem sabe Só levo a certeza De que muito pouco sei Ou nada sei..." (tocando em frente) Não penso em forma melhor de resumir essa experiência ímpar na minha vida (e com certeza na vida de muita gente que o fez) do que parafraseando uma letra tão bonita e reflexiva, cantada por tanta gente. O ano era aproximadamente 2018 ou 2019. Eis que nas minhas buscas por aventuras futuras, e como alguém que namora o famoso Santiago de Compostela há um tempo, descubro a versão brazuca da grande peregrinação. Anos passam, até que resolvo atender ao chamado do caminho em 2022. A época escolhida foi o mês de Agosto, quando o inverno está mais ameno e a primeira "alta temporada" do CF já passou (Julho é um mês muito forte de peregrinos e bicigrinos, juntamente com o mês de outubro, em virtude das festividades de Nossa Senhora Aparecida). Peguei uma via bastante tranquila, o que de certa forma foi uma coisa boa, já que não precisaria me preocupar com reservas nas pousadas, por exemplo. Apesar de alguns períodos de frente fria no sul/sudeste brasileiro, o clima se mostrou estável na maior parte do tempo. Mas, antes disso, aproveitando que iniciaria no ramal de Águas da prata, resolvi passar uns dias na vizinha, Poços de Caldas, e conhecer um pouco desta comentada cidade, em primeiro lugar. Dias 3-6/08: desvendando a terra das águas medicinais Após uma viagem de ônibus de quase 5 horas da grande São Paulo até Poços, eis que chego na tranquila cidade. Apesar do clima ameno e do frescor característico das cidades escondidas em elevações, o sol estava bem forte. A primeira coisa que percebi foi a pequena quantidade de ônibus disponíveis, sendo que nenhum aparecia para me retirar da rodoviária, um pouco afastada do centro turístico/comercial. Por motivos pessoais não uso uber, e o 99 não estava me ofertando valores muito justos para os 4km que me separavam do hotel, então, por que não botar as pernas para trabalhar e já exercitá-las para o que me esperava alguns dias depois? Da avenida Mansur Fraiha já era possível ver um projeto de monotrilho abandonado, dizem que a gestão local tem planos para recuperá-lo, o que seria bom para o turista. Lá em cima as torres de rádio do conhecido mirante da cidade. O bom destas andadas é que vamos conhecendo alguns pontos da cidade, e vendo onde dá para almoçar mais barato, comprar mantimentos, ou mesmo se há atrações turísticas que passam batido. Após uma horinha do "cooper vespertino", o relógio floral anuncia minha chegada ao centro turístico. Sim, ele funciona e é lindo, mas penso que deveria haver uma plataforma melhor para que as pessoas consigam tirar fotos mais bonitas. De drone, os registros devem sair espetaculares. Atrás deste, um monumento em homenagem aos poços-caldenses que fizeram parte da FEB durante a segunda guerra mundial. Minha hospedagem ficava convenientemente próxima ao Parque José Affonso Junqueira, o principal point do turismo de Poços, fato que tornaria a visita aos principais pontos turísticos fácil (e até repetitiva, caso eu gostasse de algo em particular). Poucos atrativos da cidade (também legais, diga-se de passagem) ficam afastados, então, para quem não dispõe de um carro próprio, e não quer ficar dependendo de bus/aplicativo, dá para curtir uns 70% da cidade só no centro #ficadica. Hospedagem acertada, só me restava andar pelas redondezas. Cidade interiorana, mas com o centro comercial fervoroso do seu jeito. Dei sorte de dar de cara com o letreiro de Poços com a fonte ligada, e o sol da tarde embelezando a mesma para belos registros. Simplesmente lindo Nesta região encontram-se: as Thermas Antônio Carlos, a principal casa de banhos termais da cidade, algumas fontes de água potável (com certificados atualizados e tudo mais, o que aumentou minha confiabilidade para beber água quando desse na telha), o Xadrez Gigante (apesar de ser péssimo enxadrista, pude me divertir com as fotos tiradas), a Praça do Imigrante (dedicada à contribuição e influência italiana na construção da cidade), o Calendário Floral (atualizado e igualmente bonito), o antigo Palace Cassino, entre outros pontos. Difícil não tirar um dia somente para este pedaço. A cidade é conhecida pelas suas águas medicinais para consumo e banho, fato que cativou e levou Dom Pedro II à cidade para a instalação de um projeto ferroviário. Não é preciso andar muito para dar de cara com uma fonte, com água fresca e própria para consumo. Comprar água mineral aqui? Teria que ser louco para tal. Antes do fim do dia, queria uma visão privilegiada da cidade. Atraído pelo pequeno Cristo no alto de um morro, corri para a trilha do Mirante do Cristo, onde é possível fazer várias coisas, mesmo afastado da parte urbana. A trilha começa na Fonte dos Amores, porém, não a visitei nesse dia. Trilha fácil, que exige apenas bons joelhos para aguentar as escadas naturais, pois o desnível é moderado. 20 minutos e você já está lá em cima. Por sorte, como era dia de semana, peguei a região bastante tranquila, o que permitiu uma melhor contemplação e contato com a natureza local. Lá em cima você ainda pode ir para o mirante das torres de rádio, visitar um observatório abandonado, cruzar com trilhas de MTB (o ciclismo é forte na região, até porque Poços faz parte da Rota do Vulcão, circuito ciclístico que pega as cidades da antiga "caldeira" vulcânica que formou a região), e ver o pôr do sol do outro lado do morro, onde é realizado vôo de parapente. Um charme. Local ideal para ensaios fotográficos, também. Um porém: o mirante não tem iluminação de postes, então se você subiu a pé, o recomendado é que você desça antes das 17:30 para não pegar a estrada de acesso "no breu" (a trilha do mirante fica perigosa no escuro e a fonte dos amores tem um portão que fecha, o que não torna a trilha uma opção de retorno). Há um serviço de bondinho que liga o parque José Affonso ao mirante, porém este se encontrava em reforma na ocasião. Por que falo isso? Simples, tive que descer tudo pela estrada no completo escuro em dois dias No dia seguinte, fui conhecer o que não tinha visitado no dia anterior. Para minha sorte, uma grande exposição de carros antigos iria acontecer na cidade, após 2 anos de cancelamentos em virtude da pandemia. Deu para ver todo tipo de auto, seja customizado ou conservado. Vi modelos que nem sabia que existiam. Ah, nosso antigo Elon Musk, o que o Brasil fez com o senhor.....? THAHEEEELLLLLL??????? Após 125 movimentos, o rei branco cai. Longa vida ao exército negro!!! Afastando-me um pouco do centro turístico, dou de cara com outra casa de banhos, o Balneário Dr. Mário Mourão. O prédio é menos belo do que o Thermas, porém, os serviços oferecidos no lugar são um pouco mais baratos. Neste local também fica a Fonte dos Macacos, com sua água fortemente sulfurosa (cheiro e gosto de ovo bem evidentes, arrisquei um gole e um arroto para dar a impressão de que estava "peidando pela boca". Não, não tive infância ) É um costume rotineiro lavar o rosto, mãos, pernas e pés na fonte dos macacos, os velhinhos adoram Para finalizar o dia, fui conhecer a fonte dos amores. O local é pequeno e belo, e a estátua do jovem casal é um detalhe naquele pedaço de natureza. Existem duas principais estórias a respeito do "casal" da estátua, e a crença de que se um solteiro beber daquela água, logo se casará. E se for casado, a Poços de Caldas sempre retornará. E esta profecia provavelmente atrai grande estima, porque rima. No terceiro e último dia em Poços, fui ao Mercado Municipal atrás de lembrancinhas. Em matéria de produtos coloniais, o mineiro não brinca em serviço, e dá para encontrar de quase tudo naquele pequeno espaço comercial. Adquiri as lembrancinhas, e quase 2kg de doce de leite (o que é quase loucura para quem vai fazer o caminho da fé e precisa do mínimo de coisas na mochila ). Nesse dia, queria conhecer a Pedra Balão e o Dedo de Deus, pedras de formatos curiosos visitáveis a uns poucos quilômetros da cidade. Mas como o sol estava forte demais, e não sabia se no local haveria internet para chamar um carro por aplicativo, pulei esta atração. Mas fica a dica. Por outro lado, visitei o Jardim japonês, que fica nas dependências da cidade. Fruto de uma colaboração de uma grande empresa de fertilizantes, o espaço possui uma caracterização oriental simples. É possível alugar kimonos e réplicas de wagasas e espadinhas (aquelas bem vagabundas pro peão pagar de samurai) para ficar caracterizado e fazer ensaios, por exemplo. A cereja do bolo do jardim, a casa de chá, foi destruída pela ação de vândalos, recentemente, e estava em fase de recuperação, o que tirou um pouco do brilho do lugar. Mas há a fonte dos três desejos, ponto tradicional para fotos. Por favor, traga-me amor, saúde e inteligência. Após esse passeio, fui atrás de um rango, e descansei no hotel. De tarde fui ao Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, onde é contada parte da história da cidade (obviamente). Visita rápida. E para fechar, por que não experimentar a fama da cidade? Um banho nas místicas águas seria o gran finale para esta visita, o que fez eu retornar ao Balneário Dr. Mourão. Impressões de Poços: é o tipo de lugar que gosto, um contato tremendo com a natureza, boa arborização do centro, limpeza considerável das ruas, atrativos próximos, sensação de tranquilidade, e com várias opções de atividades. Algo que gostaria de ter tido a oportunidade de fazer era trilha de MTB, pois a cidade e seu entorno possui muitas trilhas para essa atividade. Também houveram lugares que não visitei, como a cachoeira véu das noivas, a represa Bortolan, a cachoeira das antas e seu entorno, o parque Walter World, além da pedra balão e dedo de Deus mencionados anteriormente, maaaaas, essas coisas sempre nos motivam a retornar. Voltaria, sem dúvidas.
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  13. Conheço sim,esse templo é bom de ir no por do sol,mas esse monte não tive vontade de ter ido lá,não sabia que tinha funicular.
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  14. Lembra a praia de Maya Bay, na ilha de Phi Phi na Tailândia.
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  15. Vou para Arequipa na próxima semana. Pretendo fazer o passeio do Valle del Colca (1 dia). Alguém tem recomendação de agencias confiáveis para este passeio? Caso tiverem tambem informação do preço do mesmo agradeço.
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  16. Pois é.... Atenas é outro problema, tem zilhões de coisas para se ver. Sobre esta mudança, não tenho opinar. Particularmente, não gosto de "tours" e prefiro o "meu tour", mas como você está cheio de energia... Ademais, posso lhe dar uma dica: Se gosta da night, procure um hotel/Airbnb na região de Monastiraki. Você tem a vista da Acrópole (muito bonita por sinal), fácil acesso ao sistema de transporte público e uma penca de rooftops onde o pau quebra até altas horas. Se não gosta, evite a região pois, acredite, o pau quebra mesmo. Ficamos lá algumas noites e dava para ouvir o tum-tum-tum até de manhã. Ahh, e se é nostálgico e gosta de música em formato físico (LP's/CD's), prepare-se. Atenas tem zilhões de lojas que ainda vendem essas coisas e, para quem gosta é um paraíso (melhor que na Holanda). Digo porque morri com algumas centenas de euros lá
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  17. @igorilas, lhe dou meus parabéns cheios de inveja. Vai ter energia para fazer tudo isso lá no Império Otomano... pelamor Só achei pouco tempo em Instambul. Adorável cidade. No caminho para a Galata, passe no Misir Bazaar, ou "Bazar das Especiarias". Vale a pena a parada lá, principalmente se gostar de pistache.
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  18. No porão da Igreja Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (MG), funciona uma cervejaria artesanal mantida por religiosos: a Hofbauer. A pequena fábrica fica em um dos raros conventos produtores de cerveja ainda em funcionamento no Brasil, e que mantém viva uma tradição europeia de fé e fermentação. Leia mais: https://g1.globo.com/google/amp/mg/zona-da-mata/noticia/2025/10/11/conheca-a-cervejaria-artesanal-que-funciona-ha-130-anos-no-porao-de-igreja-catolica-em-mg.ghtml
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  19. @JotadeoliveiraNem lembro se lá o cartão SUBE é usado. Não vou a região desde 2014 e não pretendo ir mais. Ia devido a viver em Santiago e gostar de conhecer e,na época, a Argentina ser muito barato. Por isso conheço ela toda, menos 3 estados,lá chamados províncias.
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  20. @gabriel_Barros Divide em 2,uma vez faz Portugal,Espanha e França e da putra Alemanha, Suíça,Áustria e Tcheca.
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  21. olá galera! estou querendo ir para new york ano que vem, porém sem companhia. pensei em ficar em alguma cidade vizinha pelos valores elevados, se tiver alguém aqui com essa meta fale comigo!
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  22. Contratei agência para fazer os passeios lá pelo site Findlocaltrips.com para ir no Colca e também na Laguna Salinas. Também recomendo esse passeio.
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  23. INFORMAÇÕES GERAIS Fomos em Maio de 2024 em quatro pessoas e isso foi ótimo porque além de ter companhia, conseguimos dividir os custos de aluguel de carro, gasolina e uber que ficaria bem pesado se estivéssemos sozinhos. Então é algo a se considerar em seu planejamento. Quando começamos a organizar nossa viagem, começamos a nos encantar com as maravilhas que a África oferece. São várias opções de roteiros para fazer, porém, para encaixarmos tudo em 25 dias é impossível já que iríamos para 2 países. Então priorizamos da seguinte forma: - África do Sul - fazer safári no Kruger, conhecer Cape Town e as vinícolas. - Namíbia - fazer uma road trip praticamente atravessando o país desde o Etosha até Kolmanskop. Apesar de querer muito, resolvemos deixar o fish river de lado pois não teríamos tempo suficiente. Nosso estilo de viagem é econômico, mas sem passar perrengue hahaha. Então não foi viagem de luxo, principalmente na Namíbia em que ficamos em vários campings. CLIMA Nós fomos no Outono, período de poucas chuvas e temperaturas mais tranquilas. Pegamos chuva e muito frio só no primeiro dia de Cape Town, depois o clima estava super agradável, nem muito frio e nem muito calor. Não conseguimos curtir as praias, obviamente, mas isso não era nossa prioridade. Então só passamos por elas! Stellenbosch estava super gostoso, tinha uvas nas parreiras e vimos algumas oliveiras com azeitonas também. Cabo da boa esperança estava com muito vento! O safari foi muito bom, conseguimos ver bastante animais. Para nós foi a melhor escolha. Não achamos os preços acessíveis, é um pouco mais caro que no Brasil. Mas também não temos experiências em outras épocas para comparar. Já na Namíbia a história muda kkk Muito muito seco e bem mais calor!! Tinha lugares que não chovia há 3 anos!! O lugar é tão seco que a pele fica ressecada em um nível de ter que passar hidratante a cada 5 minutos. E esse foi nosso grande erro, ter levado pouco hidratante. Nunca imaginei que isso faria tanta falta kkkkk Para o Safári foi meio ruim porque estava tudo muito seco e não conseguimos avistar tantos animais. Mas não sei dizer se em outros períodos isso melhora. De modo geral foi bem tranquilo, mas em alguns passeios o sol pegou bastante. Os piores foram no Twyfelfontein e nas Dunas de Sossusvlei porque são lugares sem nenhuma sombra! Dica: muita água, protetor e hidratante!! CÂMBIO A moeda na África do Sul é o ZAR e na Namíbia é o NAD. Porém, o melhor para se fazer é levar dólar e trocar pela moeda local lá. Nos dois países acabamos trocando no Aeroporto mesmo pois não teríamos como ir em outro câmbio. Sempre é melhor evitar trocar dinheiro no aeroporto, pois as taxas costumam ser muito altas. Mas às vezes pela logística e comodidade, compensa trocar ali mesmo. As melhores casas de câmbio são: Branch, American Express e Bidvest Bank. HOSPEDAGENS - ÁFRICA DO SUL Joanesburgo Ukutula Lion Lodge: Ficamos hospedados para fazer os passeios que eles oferecem. Gostamos muito de lá, comida muito boa e o chalé super confortável e equipado. Hotel Sky: esse fica na cidade, no bairro Sandton, o melhor bairro para ficar. Esse hotel é incrível e nos surpreendeu muito. Super chique, café da manhã incrível e do ladinho da Nelson Mandela Square. Kruger Park Crocodile Bridge Safari Lodge: foi incrível!! Não é um hotel de luxo, mas o quarto era bem grande, bonito e com vista para o rio. As refeições não tinham tanta variedade, mas a comida era muito boa. O hotel é super familiar, os donos sempre estão por lá e são super simpáticos. O diferencial com certeza é o deck com vista para o rio, onde aparecem vários animais. Toda noite eles preparavam um box de café da manhã super bom para levarmos no safári, acabávamos tomando café e almoçando com o que vinha dentro. Cape Town Signal Hill Lodge: ficamos uma noite nesse hotel e achamos ok. Mas o problema de lá é que fica muito no alto, então é impossível sair a pé para andar, sempre tem que pegar Uber. Airbnb The Decks - 67 Long Street: Esse foi o que ficamos por mais tempo, era incrível! Ficava bem no centro, era um apartamento super equipado e espaçoso. E o mais incrível era a vista que tinha para a Table Mountain. Stellenbosch The Salene Hotel & Cottages: simplesmente sensacional! O hotel é super intimista, lindo e com uma vista de tirar o fôlego! Os quartos são lindos, super equipados! O café da manhã lindo e super gostoso! HOSPEDAGENS - NAMÍBIA Como alugamos um 4x4 com barraca, nos hospedamos a maior parte da viagem em campings! Etosha National Park Onguma Tamboti Campsite: Ficamos uma noite nesse camping que fica fora no Parque Etosha. Gostamos bastante, tinha banheiro e pia para lavar louças privativos e as áreas de camping eram bem divididas. Tinha um restaurante se precisasse pedir comida, mas nós mesmos cozinhamos. https://www.booking.com/hotel/na/onguma-tamboti-campsite.pt-br.html Okaukuejo Camp: esse foi o que ficamos nos outros dias e fica dentro do Etosha, amamos! As áreas de camping não eram tão divididas e os banheiros e as pias (louças) eram coletivos, mas isso não foi um problema para nós! O diferencial deste camping é o waterhole que tem ali e dá para avistar muitos animais! Foi ali que conseguimos ver os rinocerontes! https://www.etoshanationalpark.org/accommodation/okaukuejo#enquire -> a reserva é por esse site. Tem que fechar com antecedência pois esgota rápido. Spitzkoppe Spitzkoppe Community Rest Camp: Esse camping não tem tanta estrutura igual aos outros, mas é surreal de lindo!! Nas áreas de acampamento não tem energia elétrica e o banheiro é basicamente um buraco com um cercadinho kkkkk Os chuveiros, banheiros e pias para lavar louça ficam todos na recepção, isso é o mais desconfortável pois é bem longe e precisa ir de carro. Nós já sabíamos de tudo isso, então fomos bem preparados com muitos powerbanks carregados e lanternas. Apesar dessas questões, não nos incomodou, na verdade foi uma delícia ficar um pouco desconectado. E aquelas paisagens, não tem palavras que explicam a sensação de estar ali! https://spitzkoppe.com/contact -> reservas por esse site ou pelo e-mail reservas@logufa.com Swakopmund Airbnb - Swakop Strand Cottage Unit 😄 Para dar uma descansada, resolvemos ficar em um airbnb. Era um apartamento super grande, espaçoso, bem equipado e bonitinho. Gostamos bastante e estava bem em conta comparado ao preço dos campings e outros lugares. https://www.booking.com/Share-2ajTvBW Sossusvlei Sesriem Campsite: Ficamos nesse camping e gostamos muito da experiência! As áreas de camping são bem delimitadas e os banheiros compartilhados. Mas também não tivemos nenhum problema. O camping fica dentro do parque, então conseguimos ir bem cedinho para as dunas. https://nwr.cimsoweb.com/ -> Reservas por esse site. Luderitz Kairos Cottage B&B: uma gracinha! Os quartos são ótimos e o café da manhã também é muito bom! Fica bem de frente para o mar e tem uma varanda onde podemos sentar e ficar olhando o pôr do sol. https://www.booking.com/Share-TbQcjhj Windhoek Tenbergen Pension Hotel: chique e muito bom o quarto! Não pegamos com café da manhã pois iríamos sair bem cedo, então não sei dizer como que é. Mas gostamos muito do hotel! https://www.booking.com/Share-vCcSC0 TRANSPORTES Vôos: As passagens de Guarulhos para Joanesburgo compramos com a LATAM e as internas compramos todas com a AIRLINK. Gostamos bastante da Airlink, não tivemos nenhum problema com eles e o serviço de bordo foi muito bom! Carros: Na África do Sul alugamos pela Hertz e pela Rentalcars e gostamos bastante. Na Namíbia alugamos um 4x4 com 2 barracas na Namibia2Go e a experiência foi impecável! Super indicamos! Posto de gasolina: não tivemos problemas para encontrar postos de gasolina na África do Sul. Os melhores são da Total Energies e Engen. Já na Namíbia, era bem difícil. Tivemos bastante problema no Etosha, quase ficamos sem. Então a regra é sempre abastecer quando ver um posto hahaha Uber: Usamos bastante na África do Sul, principalmente em Cape Town onde os locais são distantes. Foi bem tranquilo, todos os motoristas foram bem legais com a gente. Taxistas do aeroporto: evite taxistas do aeroporto e tomem cuidado com golpes. Passamos perrengue com um deles kkkk INTERNET Fomos com um chip da Easysim4u (já usamos em outras viagens e gostamos), mas dessa vez não funcionou muito bem não. O que funcionou melhor foi o que compramos lá no aeroporto de Joanesburgo na MTN Store mas precisou recarregar 2 vezes kkk. Já na Namíbia kkkk fomos com a intenção de comprar um chip mas não tinha nem no aeroporto e nem na loja da cidade. Nos dois lugares disseram que estavam esgotados rsrs a nossa salvação foi que já tínhamos alugado internet junto com o carro. A internet era boa, mas não funcionava sempre kkkkk mas na Namíbia é assim mesmo! A dica é baixar o mapa no google para poder usar o GPS offline e comprar um mapa físico também hahaha Nos campings tinham wi-fi, mas às vezes não pegava no local em que estávamos instalados. TOMADAS As tomadas da África do Sul e da Namíbia são do tipo M, bem diferente de tudo o que já vimos kkkkk Mas, a maioria dos hoteis tem tomada tipo C ou entrada USB para colocar o cabo do carregador. Além disso, você pode comprar um adaptador (o que eu recomendo se você for para a Namíbia), é bem fácil de encontrar. No aeroporto, em lojinhas e até no Kruger encontramos. INGRESSOS Uma coisa que eu tinha muita dúvida quando eu estava planejando a viagem era onde comprar os ingressos e se precisava comprar com antecedência. Então eu fiz uma lista dos principais ingressos: Comprar na hora: Boulders Beach Cabo da boa esperança Funicular Cape Point Jardim Botânico Kirstenbosch Iziko Bo-Kaap Museum Two Oceans Aquarium Twyfelfontein Cabo Cross Autorização Sossusvlei Kolmanskop Apartheid Museum Comprar ou agendar com antecedência: Tours Ukutula Lion Lodge - https://ukutula.co.za/contact/ Nós alugamos uma cabana para 4 pessoas com o Predator Tour incluso para os 4 (R$ 303,00 o casal). E pagamos o Bush Walk with Lions a parte que ficou R$ 297,50 por pessoa. Dessa forma compensou muito mais para nós, mas tem como ir para fazer somente os passeios. Safári Kruger - só precisa comprar com antecedência se for fazer safári com o guia. Se for fazer sozinho, a entrada você compra lá na hora mesmo. https://www.sanparks.org/reservations/independent-activities Para agendar é por esse site na parte de “activities”. Se atente em escolher o tipo de passeio e o parque correto (nesse caso, Kruger). Nós fizemos um safari Full day que agendamos com o próprio hotel, que também é outra opção mas precisa ver se o hotel tem essa disponibilidade. Esse ficou R$ 445,00 por pessoa. Safári Etosha - não fizemos safári com guia no Etosha, mas acredito que para reservar é direto com o camping através do e-mail, pois não encontrei nada no site oficial. Tour pelo Soweto de Tuk Tuk - essa é uma opção de passeio que não fizemos pois não tivemos tempo, mas queríamos muito. Custa +/- R$ 245,00 por pessoa (R780). https://secure.activitybridge.com/book?activityid=3325 Degustações Vinícolas - Precisa entrar no site da vinícola que deseja ir e ver se precisa agendar com antecedência ou não. Nós fomos nessas 3: https://www.nederburg.com/visit-nederburg-paarl http://www.plaisir.co.za/taste/ https://boschendal.com/experiences/wine-tasting/ Teleférico Table Mountain - tem algumas opções de ingressos. Nós escolhemos o Daily Tickets - Return. Essa opção é válida por 7 dias a partir da data escolhida e você pode subir e descer pelo teleférico. Custou R420 ou +/- R$ 142,00 por pessoa. https://www.tablemountain.net/plan-your-visit/buy-tickets Tem a opção de só subir ou só descer pelo teleférico (se caso você for fazer a trilha). Degustação Truth Coffee - pagamos +ou- R$ 93,00 (R296) por pessoa na Geek Session. https://www.truth.capetown/experiences/ Joes Beerhouse - https://joesbeerhouse.com/ Sandwich Harbour - Compramos o passeio nesse link e pagamos +/- R$ 743,00 por pessoa (NAD 2.397) https://www.sandwich-harbour.com/activities/half-day-sandwich-harbour-4x4-excursion/ Gratuito Signall Hill Lion’s Head V & A Waterfront Parliament of the Republic of South Africa The Company's Garden St George's Cathedral Long Street Green Market Greenmarket Square ALIMENTAÇÃO Onde comer na África do Sul: Joanesburgo Ocean Basket: ideal para quem ama frutos do mar. Big Mouth: uma ótima opção para sushi e pratos contemporâneos. Hard Rock Café: clássicos internacionais e ambiente descontraído. Col’cacchio: culinária italiana muito boa e tem várias franquias pela África do Sul La Parada: restaurante de tapas com várias opções. Não curtimos tanto a pizza, mas tem outras opções. Cape Town Waterfront: Balthazar Restaurant & Wine Bar: destaque para as carnes. Harbour House: com vista para o mar, oferece pratos de diversos estilos, incluindo um ótimo combinado japonês. Karibu Restaurant: menu degustação com pratos típicos africanos. Vovo Telo: café aconchegante com sanduíches e massas. Col’cacchio Santa Ana Spur - rede de hambúrgueres. Gibsons – Gourmet Burgers & Ribs - Lanches e carnes. Centro: Mama Africa: restaurante com pratos típicos. Col’cacchio Cape Point: Two Oceans: frutos do mar e com vista linda. É uma opção mais cara no Cape Point. Food Shop: tem opções mais baratas, mas é bem simples. Kirstenbosch: Moyo: tem o famoso bolinho de rabo de jacaré. Vovo Telo e Col’cacchio Stellenbosch: The Blue Crane & The Butterfly: ótimo para um café da manhã delicioso. Col’cacchio: novamente a opção italiana com opções acessíveis. Bossa Stellenbosch: lanches e pizzas com ótimos preços e muito bom. Vinícolas - piqueniques, restaurantes.. Kruger National Park: Mugg & Bean: fica no Lower Sabie e tem ótimas opções tanto para café quanto para almoço. Cattle Baron: fica no Skukuza e tem ótimas opções para comer. Onde comer na Namíbia: Windhoek: Joe’s Beerhouse: restaurante incrível, principalmente para experimentar carnes típicas. Etosha Park: Etosha Trading Post: fica no posto Petrosol, fora do parque. Mas é uma boa opção para comer e aproveitar para abastecer o carro. Campings: Alguns campings têm restaurantes. Swakopmund: Hafeni Traditional Restaurant - para experimentar a comida típica da Namíbia. Slowtown Coffee Roasters - para tomar café da manhã. Kücki's Pub - super gostosinho e bom para experimentar carnes diferentes. Jetty 1905 Restaurant - restaurante mais chiquezinho no píer. É melhor ir de dia pois a vista é mais bonita. Solitaire: Lá você encontra uma opção de restaurante e a famosa torta de maçã. Todo mundo fala que é a melhor torta do munda, mas achamos bem ok, nada demais haha Luderitz: Penguin Restaurant - fica dentro do Nest Hotel e é bem gostoso. Não coloquei muitas opções na Namíbia porque realmente não tem muitas kkkk e comemos a maior parte do tempo nos campings fazendo nossa própria comida. Algumas opções de mercados nos dois países: Superspar Food Lovers Market Pick n Pay Checkers CAMPINGS Nós nunca tínhamos acampado antes, foi meio loucura kkkk mas deu tudo certo. Achamos bem tranquilo a experiência e amamos muito. Ficamos em vários campings, alguns com banheiro privativo, outros compartilhado. Achamos a limpeza, no geral, muito boa. Fizemos comida em vários dias e basicamente era: Macarrão ao sugo, macarrão a bolonhesa, arroz, feijão enlatado, milho enlatado, batata e muito ovo hahaha Acabamos não fazendo muita carne porque ficamos com medo de estragar no carro (apesar da geladeira funcionar perfeitamente). E nos campings, achamos as carnes meio duvidosas kkkk. No café da manhã e lanchinhos, fazíamos pãezinhos com presunto, queijo e um negócio que parecia patê de queijo de cabra muito gostoso. Às vezes ovo mexido, suco e café. Dicas sobre equipamentos e coisas que foram muito úteis: Lanterna Lanterna de cabeça - é perfeita para cozinhar no escuro kkkk e andar pelo camping também. Lanterna de barraca - Usávamos para pendurar dentro da barraca e era ótimo Power Bank - levamos dois de 20000mah Saquinho - sabe aqueles rolos de saquinhos? Eu coloquei um na mala e foi muito útil kkkk Lenço umedecido - também foi muito útil, principalmente na Namíbia. Tudo fica empoeirado e o lencinho foi essencial. Álcool em Spray - eu levei um borrifador pequeno com álcool e também foi ótimo e super útil. Protetor e repelente - o repelente é importante levar à base de icaridina. Muito hidratante e protetor labial!! Soro fisiológico porque o nariz fica muito seco Toalha microfibra - é bem ruim de usar kkkk mas ela é ótima porque seca rápido. Detergente, Bucha e pano - não esquecer de levar ou comprar lá. Esquecemos no primeiro dia e tivemos que lavar a louça com água kkkk DOCUMENTOS Brasileiros não precisam de visto, então para viajar para lá você precisa somente do passaporte e do certificado internacional de vacinação da febre amarela (CIVP). Para emitir o certificado, é só acessar esse site: https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia AEROPORTO E ALFÂNDEGA Foi bem tranquilo, mas tivemos dois probleminhas. O primeiro foi no aeroporto da Namíbia em que nossa mala foi revistada e a mulher ficou questionando algumas bebidas. Tínhamos comprado uns vidrinhos pequenos para dar de presente e acho que ela pensou que era para revender. Mas no final deu certo! O segundo foi no aeroporto de Joanesburgo, eu contei mais detalhado no relato de viagem, mas de forma resumida, eles tem uma regra em que a mala não pode ultrapassar 30 kg e isso deu um transtorno para nós kkk.
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  24. Dia #04 - Roma e Vaticano. Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025 Acordamos com uma leve chuva caindo. Tomamos café e na hora de sair desabou um toró. Pegamos uma sombrinha e uma capa de chuva e fomos ver a AUDIÊNCIA PAPAL. A Audiência Papal acontece todas às quartas-feiras, em frente à Basílica de São Pedro.Para ter acesso precisa fazer uma reserva de ingresso no site: https://eventi.pontificalisdomus.va/?lang=en-us . É gratuito, mas não é garantido se o papa vai aparecer. Isso porque ele tem uma agenda muito ocupada e pode ser que tenha outro compromisso no dia. No primeiro controle de acesso tive que deixar minha garrafa d’água pq era de alumínio. Deixei ela num canto junto com outras 865 garrafas. Passamos pelos detectores de metal e fui me informar onde pegar o ticket para ter acesso às cadeiras que ficam por toda praça. Fui até a BRONZE DOOR que fica à direita da basílica. Estava com o e-mail de confirmação impresso. Mostrei o papel para um dos guardas e peguei os ingressos. As cadeiras ficam em “bolsões” cercados por uma grande de ferro. Fazem isso para ter espaço onde o Papa possa passar com o papamóvel. Uma chuva chata caía em sobre nossas cabeças mas, no final, demos sorte! O Papa Leão XIV surgiu e ficou rodeando os “bolsões” com o seu carro. Depois de uns 20 minutos pegando crianças beijando suas testas ele, enfim, começou a audiência. A Audiência é basicamente a leitura de algumas passagens bíblicas bem curtas. Mas demora pq as passagens são lidas em italiano, francês, inglês, alemão, japonês, português e polonês. Terminou por volta das 11h e levamos quase 1 hora pra conseguir sair. Tive que voltar no primeiro controle pra pegar minha garrafa que estava lá, intacta. Aguardando o Papa Ele apareceu! Fomos até a estação OTAVIANNO e pegamos o metrô até TERMINI (€1,50 cada passagem). Andamos debaixo de chuva até a BASÍLICA DE SANTA MARIA MAGGIORE. Passamos por mais um controle de acesso e entramos nela por outra PORTA SANTA. Basílica por fora Basílica de Santa Maria Maggiore por dentro Altar em uma das capelas da basílica Logo na entrada já havia uma pequena fila para passar em frente ao túmulo do PAPA FRANCISCO. O túmulo é bem simples e humilde, assim como ele era. Túmulo do Papa Francisco Andamos por toda a basílica que é maravilhosa, umas das mais bonitas que visitamos. Paramos para lanchar nos degraus de uma fonte em frente à basílica e seguimos até a BASÍLICA DEGLI ANGELI E DEI MARTIRI que estava fechada. Em frente há um ponto de informação turísticas com banheiros. Pagamos €1,50 cada para poder usar. BASÍLICA DEGLI ANGELI E DEI MARTIRI Continuamos andando até a IGREJA DE SANTA MARIA DELLA VITÓRIA que também estava fechada. Fomos até a IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DOS CAPUCHINHOS. Essa igreja é famosa pelas criptas e tumbas sinistras, cheias de crânios humanos. Tinha que pagar €10 então resolvemos passar. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DOS CAPUCHINHOS Passamos num mercado e compramos 2 Birra Peroni 330ml por €1 cada. ***DICA: As cervejas em garrafa na Itália NÃO TEM as tampas de rosquear, que dá pra abrir com a mão. Todas precisam de abridor. Em alguns mercadinhos o caixa até abre pra você. Mas nos “Carrefour” da vida, não. Então se você curte tomar uma durante os passeios já vai preparado com um abridor. Ou improvise com uma chave ou outro objeto (que foi o que fizemos). Seguimos até a FONTANA DI TREVI pra ver ela durante o dia. Estava lotada mas não tão quanto à noite. Fontana di Trevi de dia Começou a chover e fomos para a GALERIA ALBERTO SORDI e ficamos vendo as lojas até a chuva passar. Ali em frente tem a CHIESA DI SANTA MARIA IN VIA que é bem pequena mas muito bonita. CHIESA DI SANTA MARIA IN VIA Seguimos pela Via del Corso até a IGREJA DE SAN IGNÁCIO DE LOYOLA, mas era 16h30 e estava fechada para turistas até as 17h (havia um casamento). Duas quadras dali está a VENCHI CIOCCOLATO & GELATO e fomos lá provar o sorvete. Pedimos o “regular” (3 sabores) e custou €4,90 cada. Muito bom! Gelato! Voltamos para a igreja de San Ignácio de Loyola. Ela é famosa por ter um espelho que reflete o teto e assim conseguimos ver detalhadamente a pintura que está nele. Mas havia uma fila gigante e resolvemos não encarar ela. A igreja por si só já vale a visita, pois é maravilhosa. Fila pra ver o espelho No caminho de volta pra casa passamos ainda na Igreja São Luiz dos Franceses, que tb é muito bonita. Igreja São Luiz dos Franceses Voltamos pra casa e descansamos um pouco. Por volta das 20h fomos jantar em uma pizzaria indicada por nosso anfitrião: LA MONTECARLO. Ficava perto do nosso apto e fomos à pé. Chegamos e tivemos que esperar um pouco para conseguir uma mesa. Nos ofereceram 2 bolinhos fritos de entrada (€1 cada) e aceitamos. Estava muito bom, mas não consegui distinguir o que era. Pedimos o vinho da casa (€12), uma garrafa d’água (€1) e 2 pizzas: Funghi com prosciutto crudo e La Montecarlo (que tinha um monte de coisa). €13 e €14 respectivamente. As pizzas estavam excelentes mas o que deixou a desejar foi o atendimento. Quando terminamos de comer, o garçom perguntou se queríamos uma sobremesa. Respondemos que não e, na sequência, já trouxe a conta sem a gente sequer ter pedido. Tipo: “Paguem e vão embora logo”. Pagamos (€42) e voltamos pra casa. Pizza time! Chegamos no apto, tomamos mais uma cerveja e fomos dormir. Distância percorrida: 13,2 km Gastos: € 66 (continua)
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  25. Irei em Final de Março, 15 ou 20 dias. Sta Cruz de La Sierra, Sucre, Potossi e Salar do Uyuni. Retornando na mesma sequencia. Saindo de SP. quem tiver interrese em se juntar, entre em contato. Whats 71 991657503
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  26. Salve mochileiros, aqui está mais um video feito com lindas imagens desse paraíso chamado Grécia.
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  27. Fala pessoal! Neste episódio continuamos a nossa viagem pelo Peru em destino a Bolívia, onde visitamos Cusco uma cidade muito charmosa e imersa em cultura e curiosidades! Neste episódio visitamos a Plaza de Las Armas, assim como fizemos o passeio super famoso City Tour Cusco comprando o boleto turístico diretamente na central de turismo, em uma passeio em busca das Ruínas Incas. Neste tour visitamos Qoriqancha, ou Templo do Sol, a Catedral de Cusco, Pukapukara, Sacsayhuaman e Q’enqo, Tambomachay e ainda no final de quebra visitamos a lojinha de artesanatos!
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  28. Fiz ano passado com a Puriy, mas foi o de 2 dias/1 noite, foi sensacional. Pode verificar os preços com eles (+51 931 083 875), pq como fiz de 2D/1N, tem o preço de hotel, alimentação, etc. Inclusive recomendo fazer esse de 2D/1N, explora a região com calma, dorme em chivay, foi maravilhoso!
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  29. @JanaCometti Para que tomar isso?Não seria uma cloroquina da vida?
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  30. Buenas! Segue o relato da viagem de carro que fizemos em 23/24 em um Kwid 2020 até San Pedro de Atacama atravessando os Andes pelo Paso Jama. Nos destaques do meu Instagram tem o resumo da viagem: https://www.instagram.com/eu.ando.porai/ Link do trajeto que fizemos: https://www.google.com/maps/d/u/1/edit?mid=1qkj4JE96doarzWs5yQXu8tBNK9IWTxs&usp=sharing 22/12/2023 - Porto Alegre -> Santa Maria / 290km Saímos de Porto Alegre lá pelas 10 da manhã e chegamos em Santa Maria perto do meio dia, foi um dia de deslocamento bem curto. Daria para ir direto até São Borja, mas resolvemos parar em Santa Maria para podermos visitar uma gruta no dia seguinte que estava na nossa wishlist há muito tempo... Pela tarde aproveitamos para visitar um pouco da cidade e dormimos em um apartamento que alugamos pelo Booking 23/12/2023 - Santa Maria -> São Borja / 295km Carro abastecido, saímos cedo em direção a nossa primeira parada: Nova Esperança do Sul onde fica uma gruta no estilo cenote ( https://maps.app.goo.gl/HWXZxKfK3fVaHZTw8 ). Visitamos a gruta e a cachoeira que fica no final da gruta e seguimos viagem até São Borja. Chegamos a tarde na cidade e visitamos as principais atrações da cidade. 24/12/2023 - São Borja -> Posadas / 160km Acordamos super cedo, abastecemos o carro do lado brasileiro e fomos para a ponte BR -> ARG fazer a imigração que foi super tranquilo e sem fila ( talvez por ser 24/12 ), mas o câmbio que fica junto a imigração estava fechado e como não tínhamos nenhum peso no bolso fomos até a primeira cidade do lado Argentino para fazer um pouco de câmbio para podermos pagar os pedágios até Posadas. Em Santo Tomé tem um posto 24h da Puma ( https://maps.app.goo.gl/rYq6WsaWXge1Xra7A ) que faz câmbio na lojinha de conveniência, inclusive tem uma placa na porta com a cotação que não é das melhores, mas serviu de quebra galho até chegar em Posadas. O caminho entre São Borja e Posadas foi tranquilo, asfalto razoavelmente bom, 2 pedágios e poucos carros / caminhões. Fomos parados 2x pelos carabineiros, mas foi tudo protocolar, pediram documentos e deram uma olhada para dentro do carro e boa viagem. Chegamos ainda pela manhã em Posadas, fomos direto para o AirBnb que tínhamos reservado e à tarde passeamos um pouco pela cidade, fomos até o Carrefour para comprar mantimentos para viagem e a janta e abastecer o carro. Dia 24 o WU / Pagofacil tava fechado, o jeito foi pagar as taxas e sacar no caixa automático usando o Wise… 25/12/2023 - Posadas -> Presidencia Roque Sáenz Peña / 500km Saímos cedo debaixo de muita chuva ( que para nossa sorte parou logo em seguida ), esse dia também foi de deslocamento até Presidencia Roque Sáenz Peña. Paramos em um posto aleatorio para almoçar e chegamos na cidade no meio da tarde. Nesse dia surgiu o primeiro perrengue, o Airbnb que tínhamos reservado, simplesmente disse que não iria mais alugar, saímos pela cidade atrás de um hotel e por sorte achamos o hotel Orel e pelos adesivos na porta do hotel ( inclusive deixamos o nosso lá também ) muito viajante se hospeda por lá. Jantamos no quarto do hotel mesmo com o nosso kit cozinha portátil. Nesse dia fiz a primeira média de consumo com a gasolina Argentina, no Brasil o Kwid faz 18 ~ 20km/l na estrada a 100km/h, com a gasolina comum argentina fez 27km/l 26/12/2023 - Presidencia Roque Sáenz Peña -> San Miguel de Tucumán / 606km Tomamos café da manhã e abastecemos no posto YPF que fica na saída da cidade em direção a San Miguel de Tucumán, foi um dia de deslocamento de 600km, a estrada não era das melhores com trechos com muitos buracos e kilometros e kilometros com a mesma paisagem. Paramos em um posto YPF perto de Termas de Rio Hondo para almoçar e seguimos viagem até San Miguel de Tucumán. Chegamos a tarde na cidade, depois de fazer o checkin no hotel saímos para dar uma volta pela cidade. O nosso hotel ficava perto da Plaza Independencia, então saímos pelas ruas sem rumo. Visitamos o Museu de Arte Sacra e Museu Histórico Provincial, ambos ficam no entorno da Plaza Independencia. Um fato curioso é que existem galerias que ligam os prédios, são muitos quilômetros de um labirinto sem fim de galerias e lojinhas, ficamos horas rodando pelas galerias e no final achamos uma sorveteria excelente chamado Blue Bell ( https://maps.app.goo.gl/PF9dcfBjshif8YDk9 ), vale a pena experimente, achamos melhor que a hypada Lucciano’s 27/12/2023 - San Miguel de Tucumán -> Cafayate / 225km Dia de cruzar o Tafi del Valle. Como de costume acordamos cedo e partimos em direção a Tafi del Valle. Saindo de Tucuma o inicio da subida é super perto, acho que em menos de 1 hora se chega lá. Começamos subindo o trecho da floresta margeando o rio, tem paisagens lindas, mas como a estrada não tem acostamento é muito difícil parar o carro para olhar uma cachoeira por exemplo. Mais ou menos na metade da subida tem a estatua do Indio e algumas vendas de artesanato e banheiros também ( pagos ). Chegando no topo a paisagem muda pra deserto com lhamas e tudo mais. Tem um paradouro junto ao lago Angostura e outro um pouco mais adiante chamado El Infiernillo que é o ponto mais alto da travessia. Até chegar na Ruta 40 tem so um trecho de aproximadamente 10km de ripio de boa qualidade. Chegando na Ruta 40 passamos pelas Ruínas Quilmes que foi uma grande surpresa positiva. Além da visita às ruínas tem um museu super moderno. Depois seguimos até Cafayate. A cidade fora as vinícolas não tem muito o que fazer. Comemos e fizemos câmbio na farmácia ( o único lugar estava aberto, o WU tava sem sistema ) 28/12/2023 - Cafayate -> Jujuy / 310km Saímos de Cafayate às 7 da manhã pela Ruta 68 para conhecer o Quebrada de las Conchas. Passamos pelos clássicos Anfiteatro e a Garganta del Diablo e muitos outros pontos da ruta. todos vazios praticamente sem turista nenhum. Então saia cedo de Cafayate! Isso acontece pq a maioria das vans de turista vem de Salta e as principais atrações da ruta fica mais perto de Cafayate que Salta. La pelas 10 da manhã começamos a cruzar com dezenas de vans de turismo no contrafluxo indo para as atrações. Passamos em Salta para almoçar e sacar dinheiro no WU ( tem uma agência grande dentro do Paseo Libertad ( https://maps.app.goo.gl/gKJFhnuVd2S1XgTq7 ) que fica na entrada de Salta. Seguimos viagem até Jujuy, a estrada até lá foi super tranquila, como de costume fomos em um Carrefour fazer comprar e preparar a janta no AirBnb. 29/12/2023 - Jujuy -> San Pedro de Atacama / 480km Abastecemos o carro e saímos em direção a San Pedro de Atacama pelo Paso Jama, a estrada é boa e a nossa primeira parada foi em Purmamarca para visitar o banheiro e seguimos viagem. A subida mesmo começa na Cuesta de Lipán e mesmo pra um Kwid foi tranquilo. Depois que passa a Cuesta de Lipán vem um trecho plano passando pelos salares ( que resolvemos deixar para passar na volta ) até chegar na fronteira ARG -> CHL o Paso Jama, mas antes paramos em Susques para almoçar no lendário Hotel Kactus. A fronteira foi tranquila apesar de ser meio confusa. Depois de passar pela fronteira tem mais uma subida até os 5mil metros e começa a descida até os 3mil metros até San Pedro de Atacama. No trecho mais alto o motor 1.0 do Kwid sofreu um pouco, mas foi tranquilo. Levamos aproximadamente 10 horas para fazer os 480km e chegamos sem maiores problemas em San Pedro de Atacama. Continua na parte 2 --> ( em breve )
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  31. Consegui editar, agora as foto voltaram.
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  32. olá pessoal, estou programando viagem de moto para o deserto do Atacama, e busco companheiros(as) de motocicleta. pretendo partir entre maio e junho de 2026, ficando data e duração a definir com interessados. aceito acampar quando possível, ou ir de hospedagens mesmo. sairei de Brasilia com uma GS Adventure. interessados entrem em contato e podemos realizar uma programação juntos. bons ventos!
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  33. Alguém vai fazer um cruzeiro para nordeste ou algo parecido agora na quinzena de setembro ?
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  34. @willybuss Vamos deixar essas conversas de esquerda/direita para outro lugar?SOU DA EXTREMA ESQUERDA MESMO COM MUITO ORGULHO DE TER NASCIDO E CRESCIDO NA LUTA.Mas aqui não é lugar disso. O que eu falei é que a Argentina vem sendk destruida a cada dia,é só ver as notícias que vem de lá. Para vocês, reaças está ótimo, para mim,péssimo.
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  35. O motorista dizer que você está ilegal no Brasil, provavelmente foi uma piada, pois pra brasileiro não faz diferença nenhuma, tem seu direito de ir e vir com ou sem documento. Se você entrou em contato com o consulado e eles te responderam, não vejo motivos pra se preocupar, pois eles mesmo disseram que não tem nada. Eu iria viajar tranquilo.
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  36. Em maio deste ano fizemos uma viagem de 13 dias para o Peru, sendo 04 noites em Lima, incluindo um bate e volta a Paracas e Ica, 07 noites em Cusco e 02 em Águas Calientes. Na parte de Cusco, a cronologia do roteiro é muito importante. Montamos o nosso, pensando na aclimatação a altitude, e evitar passeios muito pesados em dias seguidos. Nosso gasto total por casal, incluindo todas as despesas, até mesmo estacionamento no aeroporto no Brasil, foi de pouco menos de R$7.000,00 mais 72.000 milhas Múltiplos com passagens. Abaixo iremos resumir cada dia de nossa viagem, e tentar deixar algumas dicas úteis de cada lugar. Para isto, é importante deixar claro nosso estilo de viagem. Sempre viajamos mais no estilo “mochilão”, nos hospedamos em lugares simples, procuramos comer em lugares em que os locais comem e tentamos vivenciar ao máximo a cultura do lugar. Também gostamos bastante de aventuras, principalmente trilhas, em muitos locais para nós o percurso é tão importante quanto conhecer o lugar. · Dia 01 – Lima – Huaca Pucllana e Parque de La Reserva: Nosso voo chegou em Lima as 0:30, e como já havíamos reservado transfer pelo hostel devido ao horário de chegada, antes das 02:00 estávamos na hospedagem. Na manhã seguinte, em Miraflores, fizemos cambio, compramos chip de celular (vide dicas gerais) e fomos ao sítio arqueológico Huaca Pucllana. Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-inca localizada bem no meio da cidade. A parte principal é uma pirâmide gigantesca, construída com tijolos de barro, estima-se que sua construção se iniciou por volta de 200 DC. A entrada no sítio com visita guiada custa 15 soles (estudante paga meia). Vale muito a visita, o sítio é bem diferente dos tantos outros que fomos no decorrer da viagem. (Info: http://huacapucllanamiraflores.pe/ Saindo do sítio fomos almoçar no restaurante Punto Azul em Miraflores, onde comemos nosso primeiro ceviche maravilhoso a um preço razoável. Após o almoço, fomos a praça no entorno no shopping Lacomar onde curtimos o pôr-do-sol na deslumbrante paisagem à beira-mar deste local. Deste mesmo local pegamos um Uber e fomos ao Parque de La Reserva (Circuito Mágico das águas). Se trata de um parque muito grande com inúmeras fontes de água. Este local certamente foi umas das melhores surpresas de Lima, ultrapassando nossas expectativas. Dentre as várias atrações do local, a principal e mais bela é a apresentação que é realizada em 03 horários: 19:15, 20:15 e 21:30. É um espetáculo de luz e imagens refletidas na cortina de água que dura 15 minutos e mostra um resumo da história peruana. Vale a pena chegar ao local com antecedência para garantir um bom local. A entrada para o parque custa apenas 4 soles. (https://www.circuitomagicodelagua.com.pe/) Dicas e Infos: 1) Hospedagem: Nos hospedamos em Miraflores, entre o parque Kenedy e o shopping Lacomar. Excelente local para ficar. Nossa hospedagem foi o Miraflores Guest House, local simples, porém com ótimo custo benefício. Tenha em mente que em Miraflores, apesar de ser o lugar mais recomendado para se hospedar, por lá tudo é mais caro (restaurantes, supermercados, etc). 2) O percurso do aeroporto a Miraflores dura em torno de 50 minutos sem transito. O translado por lá é relativamente barato, pagamos 50 soles reservando com antecedência. Porém com Uber sai ainda mais em conta. 3) Cambio: A maioria das casas de câmbio fica na Av. José Larco, av. que liga o parque Kenedy ao Lacomar. Além das casas de câmbio, há várias pessoas na rua que fazem cambio. Apesar de ser estranho fazer cambio com alguém na rua, estas pessoas são devidamente identificadas com colete e são legalizados, cada um tem um número de identificação, para que possa reclamar caso tenha qualquer problema. Cuidado para não pegar nota rasgada, mesmo que seja mínimo. Em Cusco não aceitaram uma nota minha devido a um rasgado de milímetro, e não faltava nenhum pedaço. 4) Celular: Comprei um chip na loja da Claro na Av. José Larco. O Chip com plano de 3GB para 30 dias custou 35 Soles, e funcionou muito bem em todos os lugares durante a viagem. 5) Taxi: Em Lima o que não falta é taxi. Basta sair caminhando na calçada que algum taxista já vai buzinar perto de você oferecendo corrida. Nos taxis não existe taxímetro e tem que negociar o preço antes da corrida. Devido a isto, preferimos usar o UBER, o que funcionou muito bem. Para economizar, utilizamos algumas vezes o UBER compartilhado (Uberpool), e não tivemos problemas. 6) Trânsito: O transito no Peru é um caos, em Lima, ainda pior que em outros lugares. Então alugar carro definitivamente não é uma boa opção · Dia 2 - Paracas e Ica: Queríamos muito conhecer esta região, porém como o tempo estava curto, pensamos que não seria não seria possível, até que descobrimos a opção de fazer o passeio bate e volta de Lima. O ponto de partida do passeio foi em frente ao Shopping Lacomar as 05:00. De lá viajamos de micro-ônibus até Paracas (3 a 4 horas) para fazer o tour das Ilhas Ballestas. Este tour é feito em barco de 40 pessoas, passa pelo famoso candelabro, um geoglifo a beira-mar muito misterioso de 40 metros feito a cerca de 2500 anos, algo diferente e bem interessante, principalmente para quem não vai visitar as linhas Nazcas. Após a parada para apreciar o candelabro seguimos para as Ilhas Ballestas, estas ilhas são um santuário ecológico, com muitos leões marinhos, pinguins e milhares de pássaros. O passeio é apenas panorâmico, por ser área de proteção não pode descer ou nadar no local. Por cerca de 40 minutos, o barco circunda as ilhas, com vistas de milhares de pássaros e centenas de leões marinhos. Belas paisagens. Após o retorno das ilhas, tem um tempo livre para almoço na própria vila onde se desembarca. O almoço não está incluso no passeio, e há vários restaurantes no local para escolha. Finalizado o almoço retornamos ao ônibus para mais aproximadamente 30 minutos de viagem até Huacachina. O Oasis de Huacachina é um mini vilarejo pertencente a cidade de Ica. Porém o grande destaque deste lugar é que ele tem um grande lago central cercado por vegetação, e isto bem em meio do deserto, formando realmente um verdadeiro Oasis entre dunas. Chegando ao local, conhecemos a vila e fomos fazer o passeio com os tubulares nas dunas. Este passeio é bem radical. Cada carro leva em torno de 12 pessoas, e o mesmo vai em alta velocidade nos sobe e desce das dunas, é praticamente uma montanha russa nas areias. No meio do passeio, o carro para fazer o sandboarding. Sandbording é a descida nas dunas escorregando deitado sobre uma prancha. Pode se fazer duas descidas (2 dunas), e após isto o carro pega as pessoas no final da segunda descida, para mais um pouco de adrenalina no retorno ao Oasis. Este passeio (incluso no Tour) foi certamente um dos pontos altos do dia. O último destino do tour, foi em uma vinícola, para provarmos os vinhos e vários tipos de Piscos. Sinceramente não gostei muito das bebidas deste local, mas valeu a experiência. Em resumo, este tour vale a pena para quem está em Lima e não tem tempo suficiente para passar mais de um dia na região de Ica. Certamente este dia foi o ponto alto dos 04 dias que permanecemos em Lima. Dicas e Infos: 1) Agência Picaflor Viajes, foi a que encontrei melhor custo benefício para o Tour, pagamos 165 soles na opção completa do passeio. Site: http://www.viajespicaflorperu.net/. Caso fechar com esta agência, o pagamento deve ser antecipado, então a maneira mais fácil e barata de transferir a grana, é via Wetern Union. Caso não conheça este sistema, a agência passa todas as informações por whatsapp. 2) Não saia sem um bom café da manhã. O Box Lunch prometido no tour não passa de um pacote de biscoito similar a um Club Social e uma caixinha de suco de 200 ml, e a única parada no caminho é rápida e em local caro. 3) Para o passeio das Ilhas Balestas, tente pegar lugar do lado esquerdo do barco. Neste lado terão as melhores vistas · Dia 03: Centro Histórico e Barrancos: Neste dia fomos conhecer o centro histórico de Lima. Iniciamos nosso passeio na Plaza San Martin. Desta praça há um calçadão de uns 900 metros até a Plaza de Armas que é coração do centro histórico de Lima. No meio do trajeto há uma igreja bonitinha (Igresia de la Merced). A Plaza de Armas é bem bonita, contornada com seus charmosos casarões amarelos com as tradicionais sacadas de madeira, em frente fica a bela catedral de Lima e a esquerda o prédio do Palácio do Governo. No dia que visitamos a praça estava fechada devido a ter protestos previstos para este dia, os turistas podiam entrar na praça, somente para passar, se parasse algum guarda já chamava atenção. Por um lado, foi até legal, que conseguimos algumas fotos com a praça quase vazia. Depois fomos até a igreja São Francisco, que fica junto ao convento São Francisco. Nós visitamos apenas a igreja, porém é bem famosa a visita ao museu do convento e as catatumbas que ficam no subsolo da igreja, onde tem cerca de 70.000 ossadas de pessoas sepultadas lá. Na própria igreja há algumas grades no piso que se tem a visão dos tuneis subterrâneos e destas ossadas, o que já é bem sinistro. Para quem quiser informações da visita, segue site oficial: www.museocatacumbas.com. Pretendíamos visitar e almoçar no Mercado Central, porém o mesmo estava fechado, então pedimos dicas para um morador de local para almoçar. Esta pessoa nos indicou uma quadra onde teria vários restaurantes. Chegando lá havia realmente vários restaurantes, porém, todos muito simples. Como gostamos de provar a comida dos locais escolhemos um restaurante e fizemos o pedido. O preço era em torno de 12,00 soles com entrada, prato principal e bebida. Para nossa surpresa quando recebemos os pratos, os mesmos eram muito bem produzidos e a comida muuiiito boa, não perdeu em nada para o almoço do primeiro dia no restaurante em Miraflores que custou 3x mais. Após almoçar fomos até o famoso bairro de Barrancos. É o bairro mais boêmio de Lima. Após andar pelo bairro, descemos até a praia, que ao invés de areias tem pedras, porém com um bonito visual dos barrancos margeando as praias. De lá avistamos o Lacomar que parecia estar perto, então resolvemos voltar caminhando pela praia. Somente “parecia” estar perto, foi bem mais de uma hora de caminhada até chegarmos, mas valeu a pena. Algo que nos impressionou em Lima foi a quantidade de cassinos, em algumas partes de Miraflores tem praticamente um a cada quadra. Como nunca havíamos ido em Cassino, decidimos fazer isto neste dia a noite. A experiência no cassino foi bem diferente do que esperávamos. Escolhemos um dos maiores e mais bonitos, chamado Atlantic City. No interior a princípio ficamos admirados com o tamanho e estrutura do local, comparamos 10 soles de fichas e brincamos um pouco. Após isto, fomos caminhar pelo cassino, o qual era composto na maioria do espaço por caça niqueis. Começamos a observar o semblante das pessoas nestas maquinas, o que não era de diversão, mas sim pareciam robotizadas em frente as mesmas, muitas inclusive jantando sobre estas e jogando ao mesmo tempo, ou seja, vício total. Percebendo este ambiente, sentimos o lugar realmente muito pesado e procuramos sair de lá o mais rápido possível. Valeu muito pela experiência, e após está espero que nunca liberem os cassinos em nosso país. Dia 04: Miraflores e viagem a Cusco. Neste dia como tínhamos voo à tarde deixamos a manhã para passear por Miraflores. O Malecon, é um calçadão que margeia a falésia a à beira mar. Caminhando por ele você segue uma sequência de vários parques abertos sendo mais famoso destes o Parque Del Amor. Estes parques são muito bonitos e bem cuidados e tem maravilhosas vistas do mar. Fomos de manhã, porém imagino que no pôr do sol deva ser ainda mais bonito. Após a caminhada do malecón continuamos caminhando pelo bairro e fomos até dois pequenos mercados perto do Parque Kennedy, Inka Market e Índia Market, onde compramos alguns souvenirs. Após isto almoçamos e fomos para o aeroporto, pois as 16:00 tínhamos voo para Cusco. O UBER de Miraflores ao aeroporto custou 38 soles. No avião já começamos nossos preparativos para enfrentar o temido Soroche (mal da altitude). Ainda em Lima compramos as Soroche Pills, um remédio vendido em farmácia para combater o mal da atitude, e assim que embarcamos já tomamos uma pílula. Vendo pela composição, não passa de vários remédios para dor de cabeça juntos e cafeína, porém não recomendo irem sem ele, me salvou no mínimo em uma ocasião. Em Cusco, ainda na área de desembarque, já há um pote de folhas de coca para pegar e mascar, o que ajuda muito com os efeitos da altitude. Podem mascar sem medo (ou esperança, rs), pois a folha de coca não tem nenhum efeito alucinógeno. Do aeroporto fomos direto ao hostel, e depois saímos para jantar, e demos uma passada na maravilhosa Plaza de Armas de Cusco. Neste dia sempre procurando andar o mais devagar possível, e para o jantar pedimos apenas 02 entradas, tudo isto para mitigar os efeitos do soroche. Referente a altitude, neste primeiro dia sentimos apenas uma leve tontura, nada demais. Dicas e Infos: 1 – No voo de Lima a Cusco vale a pena pegar janela, pois tem belas paisagens das montanhas dos Andes; 2 – Para ir do aeroporto de Cusco ao centro, terá dezenas de taxistas oferendo corridas no desembarque. Vão pedir em torno de 25 soles, negociem que o preço chega fácil a 10 soles. Neste caso o UBER era mais caro; 3 – Para evitar o Soroche, recomenda-se no primeiro dia evitar qualquer esforço físico e comida pesada; 4 – Sobre local para hospedagem em Cusco, quanto mais próximo da Plaza de melhor, consequentemente mais caro. O ideal é encontrar um meio termo, de acordo com o que pretende gastar. Nos hospedamos no Sumayaq Hostel, que é um casarão bem antigo, com estrutura simples e antiga também, porém bom atendimento e limpeza. A localização foi muito boa, pois ficava a uns 500 metros da Plaza de Aramas e próximo ao Mercado San Pedro, e sem nenhuma subida forte para chegar; 5 – Tudo próximo da Plaza de Armas é bem mais caro, então caso for comprar qualquer coisa, não compre nesta região. Afastando poucas quadras você encontrara preços bem mais baixos. Dia 05 – City Tour Cusco Nosso primeiro dia inteiro em Cusco, procuramos programar algo mais leve pela questão da aclimatação na altitude. Neste dia levantamos e fomos a Plaza de Armas, compramos nosso boleto turístico e fomos visitar o Museu Histórico Regional. Este museu é bem interessante, pois mostra um resumo da história peruana desde a pré-história até a época atual, e como é de se esperar o maior foco é na era dos Incas e da “colonização” espanhola. Após isso fomos procurar uma agencia para fechar nossos passeios (mais detalhes vide dicas). Já agendamos para esse mesmo dia no período da tarde o City Tour. Este passeio leva aos principais sítios arqueológicos ao redor da cidade. Visitamos Qoriqancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara. O destaque é Sacsayhuaman, um sítio arqueológico bem interessante. Na visita, após as explicações do local, a guia nos deu 30 minutos livres e sugeriu o seguinte: se quiséssemos uma foto panorâmica do local subisse o morro do lado esquerdo, ou se quisesse visitar os principais pontos do sítio subir morro a direita. Como eu sempre quero ir em todos os lugares fui nos dois, subi bem rápido as escadas, o que creio que foi a causa de uma dor de cabeça terrível que tive a noite, fui salvo pela Soroche Pills. Este tour é melhor maneira de conhecer todos esses lugares em meio período. A parte ruim fica por conta de tempo livre limitado em cada local, problema comum em Tours. Por volta das 18:30 estávamos de volta na cidade. Para quem tem pouco tempo na cidade é possível conciliar este tour com algum outro passeio, exemplo, Maras y Moray ou Vale der Sur. Dicas e infos: 1 - Boleto turístico: Certamente em Cusco você vai necessitar comprar o boleto turístico. O completo custa 130 soles e dá direito a entrada em 16 lugares com validade de 10 dias. Há versões de 70 soles com acesso a apenas alguns lugares e válido por menos tempo. Caso vá ficar pouco tempo na cidade vale a pena avaliar qual é mais viável. 2 - Todos os passeios em Cusco (exceto Machu Picchu) são bem baratos e tem dezenas de agências no local que oferece as mesmas opções. Então vale a pena deixar para fechar quando chegar lá, não há risco de ficar sem vagas. Antes de ir, seguindo dica do pessoal do www.uaivambora.com.br, conversei com a Luz da agência Surco Peru Adventure’s. Porém somente quando estava lá negociamos os valores e fechei todo o pacote passeios por um bom preço. A Luz nos prestou excelente atendimento, nos auxiliando com tudo que necessitamos antes e durante nossa viagem. Para quem se interessar o contato dela é o seguinte: +51 984848674 (WhatsApp). Dia 06 – Maras Y Moray. Seguindo a estratégia de fazer os passeios mais leves nos primeiros dias para uma boa alimentação, nesse dia fomos a Maras y Morais. Este tour sai da Plaza de Armas às 8:30 e aproximadamente às 15:00 já está de volta em Cusco. A primeira parada Tour é no povoado de Chinchero. Nesse local visitamos uma associação de moradores que produzem diversos produtos artesanais para comercialização, principalmente de tecelagem com lã de Alpaca. Uma pessoa faz apresentação mostrando como são feitos os principais produtos, utilizando técnicas da época dos Incas. O próximo destino é o sitio arqueológico de Moray, que segundo historiadores era um laboratório agrícola dos Incas. O sitio tem uma série de plataformas circulares que parecem anfiteatros. Como há uma diferença de temperatura em cada nível, os Incas poderiam fazer experimentos e definir os melhores locais para produção de cada tipo de plantação. Em seguida fomos a salineira de Maras. Esta salineira é composta por mais de 3000 poças para produção de sal utilizando a água de uma fonte da montanha que, segundo nosso guia, tem 7 vezes mais sal que a agua do mar. A Salineira é localizada numa grande ladeira e compõe uma paisagem espetacular. As poças são divididas por mais 300 famílias e é passada de geração em geração não podendo ser vendidas. Os métodos utilizados para produção do sal são totalmente artesanais. O lugar é único diferente de qualquer outra coisa que já que já tinha visto. Retornamos para Cusco as 15:00, almoçamos e visitamos o Museu de Koricancha e Museo de Arte Popular, ambos bem menores e mais simples que o visitado no dia anterior. Dicas e Infos: 1 – Neste Tour, leve algo para comer, pois o retorno é as 15:00 e não há parada para almoço. 2 – A entrada em Moray esta inclusa no boleto turísticos, porém em Maras é necessário pagar 10 soles. 3 – Vale a pena pegar lugar na janela no ônibus, pois no caminho há espetaculares paisagens das plantações com as montanhas nevadas ao fundo, principalmente nas proximidades de Maras. Dia 07 – Pisac: Nesse dia optamos por fazer o passeio por conta, sem Tour. Pisac é uma cidade nas proximidades de Cusco que fica a 2800 m de altitude, porém o sítio arqueológico de Pisac fica em uma montanha ao lado a 3400 m. Para nós, com exceção de Machu Picchu, este foi o mais lindo Sítio Arqueológico da região. De manhã, passamos um pequeno susto. Minha esposa acordou mal, muita falta de ar, tonturas, dor de cabeça e sangramento pelo nariz. Eu já estava ligando para o seguro para encontrar o hospital mais próximo, mas uma funcionária do hostel procurou nos aclamar afirmando que tudo aquilo era apenas efeito do soroche. Decidimos ir para o passeio e observar até a tarde para avaliar a necessidade de ir em um hospital. Ela estava certa, minha esposa foi melhorando no decorrer do dia, e se tivéssemos ido ao hospital teria grandes chances de estragar o restante da viagem. Seguimos com a programação do dia, do nosso Hostel caminhamos pouco mais de meia hora até o ponto onde saem as vans para Pisac, que fica a 35 km de Cusco. Chegando na cidade pegamos um táxi para o sítio arqueológico as 11:30 já estávamos na portaria do mesmo. O taxista já queria combinar o horário para nos buscar, preferimos não combinar para ficar com tempo livre no local, e foi a melhor escolha possível. O sítio arqueológico de Pisac é muito grande e os tours visitam apenas uma pequena parte dele, onde estão os principais monumentos. Porém partindo dessa parte há uma trilha que segue pela crista da montanha até o final do sítio arqueológico. A trilha a conta com várias sobe e desce, normalmente por escadarias bem rusticas, então deve estar minimamente preparado fisicamente. Mas fazendo devagar é tranquilo, e as paradas são obrigatórias pois sempre há uma paisagem maravilhosa, com vistas do Vale Sagrado, escadas incas, tuneis, etc. Quase no final da trilha você se depara com o Templo do Sol, para mim a parte mais linda do sítio. Até aí já havíamos caminhado por mais 3 horas, com as idas e vindas e vários pontos, e teríamos que retornar a entrada do parque para chamar o táxi e voltar para a cidade. Porém sabíamos que havia uma trilha que descia pela montanha até a cidade, então perguntamos para um guia no local qual o tempo para chegar na cidade por essa trilha, o qual nos informou que era cerca de 40 minutos. Não restou dúvidas seguimos pela trilha. Lógico que gastamos bem mais de 40 minutos pois além do cansaço a cada a poucos metros parávamos para tirar lindas fotos. A Trilha desce a montanha em meio a mais ruínas e lindas vistas das montanhas. Chegamos na cidade de Pisac por volta das 17:00 horas. Almoçamos e pegamos a van de volta Cusco. Foi um dia espetacular e foi uma excelente escolha ir por conta deste lugar. Dicas e infos: 1 – A van de Cusco a Pisac custa 4 soles, e o ponto de saída fica a cerca de 15/20 minutos da Plaza de Armas. Se preferir ir de Uber/táxi pagará no máximo 5 soles. 2 – De Pisac ao sitio dá para subir pela trilha ou de táxi, porem subir e descer pela montanha pode ser bem cansativo. Se for para escolher apenas um trecho melhor subir de táxi e descer pela montanha. O táxi lá é bem caro, 30 soles, uma sugestão para economizar é esperar alguém para dividir. Dia 08 – Laguna Humantay Este era realmente nosso primeiro desafio físico da viagem. Subir até a Laguna com altitude superior a 4200 metros, pela trilha com aproximadamente 7 km (ida e volta), sendo destes, uns 2 km em subida bem íngreme. Esta lagoa fica aos pés do Nevado de Salkantay, e está no início da famosa trilha de Salkantay que leva até Machu Picchu. A lagoa é formada pelo desgelo desta montanha, e tem águas cristalinas com tons azulados e esverdeados (dependendo do sol) e suas águas espelham o nevado atrás, formando uma paisagem surreal. Primeiro vamos falar do passeio. Pagamos 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço, e mais 10 soles de taxa de entrada na Laguna. Valor muito baixo pelo que é oferecido. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã é simples, porém muito bom. Depois seguimos por pouco mais de uma hora em estrada de terra e muitas curvas. Em torno das 09:00 chegamos ao ponto inicial da caminhada. Os primeiros 1,5 km são por uma estrada praticamente plana. Após este trecho começa realmente a subida. Há a opção de alugar cavalos para subir, para nós esta não era uma opção, pois tínhamos nos preparados muitos para estes desafios. Fomos subindo em nosso ritmo, devagar e sempre. Na trilha você não verá ninguém com expressão tranquila, exceto os locais, a altitude realmente pega todos. Compramos uma lata de oxigênio (vide dicas) por precaução, pois minha esposa tem bronquite. Não sei se foi devido a estarmos com o oxigênio, mas um menino que aluga os cavalos nos seguiu até mais da metade da trilha, ele acreditava que iriamos desistir, se deu mal. Apesar de cada grupo ter um guia, cada pessoa sobe no seu ritmo, então durante a trilha é por conta própria. Uma ressalva especial a nosso guia deste dia, o nome era Denis, e o cara era sensacional, muito simpático e sempre motivando a todos para conseguir. Após pouco menos de 2 horas do início da caminhada chegamos a Laguna, e neste momento qualquer cansaço simplesmente desaparece. Não queríamos perder nenhum segundo daquela vista surreal. Tínhamos 40 minutos de tempo lá em cima, mas ficamos por mais de uma hora, foi difícil o guia conseguir tirar todos daquele lugar. Durante a subida o tempo estava totalmente encoberto, imaginamos não íamos pegar sol na Laguna. Porem quando chegamos o tempo abriu parcialmente permitindo aproveitarmos os efeitos de cores da agua com o reflexo do sol. Assim que saímos o tempo fechou novamente, “Valeu São Pedro”. Em seguida descemos até as vans, e voltamos ao mesmo local do café da manhã para almoçarmos. Chegamos de volta em Cusco por volta das 18:30 da tarde. Dicas e infos: 1 – Procure não fazer este passeio nos primeiros dias de estadia em Cusco, faça boa aclimatação antes. Se se sentir melhor, leve uma lata de oxigênio que vendem em farmácias em Cusco. Para comprar o oxigênio, va a um apequena farmácia na calle Zetas, depois do templo de Qorinkancha, é a metade dos preços das farmácias mais próximas da Plaza de Armas. 2 – Leve água, 1 litro por pessoa é suficiente, e alimentos energéticos (chocolates, doces, etc.). Dia 09 – Viagem de Cusco a Aguas Calientes. Para visitar a Machu Picchu é necessário ir até Aguas Calientes, que é uma cidade criada apenas devido ao turismo neste local. Porém como não há estradas, o acesso a este local é somente por trem ou a pé. Sendo assim para fazer o percurso de Cusco a Aguas Calientes, se resume a 03 opções; -Trem, opção fácil, porém muito cara; -Trilhas, (cerca de 05 dias), opção também cara e necessário reserva com muita antecedência; -Van/caminhada, opção barata e com aventura. Quando inicie a pesquisa me assustei com os preços dos trens, que cobravam em torno de 70 dólares por trecho, cerca de 2 horas de viagem. Pesquisando outras opções encontrei as opções de van, que cobram em torno de 35 soles por trecho. Também recebi excelentes dicas do pessoal do blog www.uaivambora.com.br a respeito desta opção de transporte. No final de contas encontrei uma passagem promocional para o dia da volta de trem por 44 dólares, e para poder ganhar um dia no roteiro, visto que a opção da van toma praticamente um dia, optei por ir de van e voltar de trem. A van nos pegou no hostel as 07:30 da manhã, e saímos de Cusco umas 08:30, daí fomos até Ollantaytambo onde faz uma parada de uns 20 minutos para quem necessitar comprar algo ou comer. Neste momento estava tempo ruim e começou a chover, nos deixando um pouco preocupados, afinal teríamos que caminhar 15 km, o que com chuva poderia ser bem mais difícil. A partir deste ponto realmente começa a aventura, o próximo trecho é uma subida que parte de 2.800 até 4.400 metros em cerca de 40 KMs, (nem precisa dizer que é só curvas, né). Porém a paisagem na parte alta da montanha é muito bela, vale a pena pegar lugar na janela nesta viagem. Após isto desce pela montanha até nível de pouco mais de 1.000 metros, com mais curvas ainda, e mais paisagens lindas. Esta é a parte tranquila da viagem, porque após o vilarejo de Santa Maria, o caminho segue por estrada de terra estreita o tempo todo a beira de um precipício. O motorista da van vai buzinando nas curvas com o intuito de alertar caso venha algum carro na direção oposta. Este trecho tem por volta de 30 KM. Perto das 15:00, chegamos ao ponto final da Van, que é um restaurante que quem tinha o almoço incluso no translado iria almoçar. Próximo ao restaurante, uns 05 minutos de caminhada, tem uma cachoeira espetacular, bem alta, vale a pena ir. Neste momento a chuva havia parado (obrigado São Pedro 2), e já iniciamos nossa caminhada, pois estávamos preocupados em chegar antes de anoitecer. Chegando a estação de trem, vimos que muitas vans levavam os passageiros até lá, e no nosso caso já tínhamos caminhado quase 3 KM, incluindo a ida a cachoeira, por este motivo que nosso percurso deu 15 km, enquanto li vários relatos eram 12 km. Neste momento a fome apertou e percebemos que ir sem almoçar não seria boa ideia. Havia na estação alguns restaurantes bem simples, onde comemos um bom PF por 10 soles. A partir da estação deve caminhar por alguns metros na linha do trem e pega uma saída a direita com uma subida inclinada, mas com cerca de 300 metros apenas. Depois sai em nova linha de trem e segue pela mesma. A trilha não tem erro, é somente seguir a linha, e você nunca estará sozinho, muita gente faz este percurso. Chegando a Aguas Calientes, há uma saída a direita, caso chegue em um túnel, não atravesse, volte alguns metros porque você passou a saída. O percurso todo é entre montanhas muito íngremes de todo os lados, observando a geografia do local fica fácil perceber que os Incas queriam realmente esconder Machu Picchu. O trecho todo é quase plano, tranquilo de fazer. O que nos cansou no final da trilha foi o peso da mochila, pois por mais que reduzimos, iriamos passar 02 noites, como a previsão do tempo estava ruim tivemos que levar roupas para frio, e para caminhar mais de 03 horas cada quilo conta muito no final. O final da trilha foi a noite, mas como havia várias pessoas caminhando foi tranquilo. Chegando na cidade já compramos passagem do ônibus a Machu Picchu para próximo dia e fomos direto ao hostel para descansar, estávamos exaustos. Resumindo valeu muito a pena escolher esta opção. Para quem curte aventuras e considera que o percurso faz parte do passeio, esta com certeza será a melhor opção, e não é somente pela economia. As paisagens do percurso do trem são bonitas, mas nem se comparam com o percurso da van/trilha, e podemos afirmar isto, pois utilizamos as 2 opções. Dicas e infos: 1 – Leve alguns alimentos, pois somente poderá almoçar quando chegar ao ponto final da van, cerca de 15:00. 2 – Caso goste de emoção, sente na janela do lado esquerdo van, ficara no lado do precipício na última etapa do caminho, foi minha opção; 3 – Reforçando, leve o mínimo de peso possível na mochila para facilitar na trilha. Dia 10 – Machu Pichu Eis que chega um dos 2 dias mais esperados da viagem, (o outro é o da Rainbown Montain), a visita a Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo. Havíamos comprado trem para voltar até Ollantaytambo neste mesmo dia a noite, mas 2 dias antes ficamos sabendo de uma paralização geral que ocorreria na região neste dia e iria fechar todas as ferrovias e rodovias. Fomos até a Inca Rail e troquei as passagens para o próximo dia pela manhã, sendo então necessário passar 2 noites em Aguas Calientes. Este fato acabou sendo até melhor devido ao cansaço do dia. De acordo com informações de pessoas que conhecemos na viagem, os dois dias anteriores foram só chuva e nuvens em Machu Picchu, e a previsão para nosso dia era ainda mais chuva. A noite sonhei algumas vezes com as condições climáticas do dia, tamanha era a ansiedade. Quando acordamos a primeira coisa que ouvimos foi o barulho da chuva. Porém “para nossa alegria”, ao abrir a janela vimos que o barulho era das quedas das corredeiras do rio que corta Aguas Calientes. Apesar de nublado não chovia. Para ir de Aguas Calientes a Machu Picchu há 2 opções: - Ônibus: 20 minutos, pelo “precinho” de 12 dólares o trecho. - Trilha: Em torno de 3 km, sendo que 1,5 km é subida forte, praticamente toda em uma escadaria de pedras. Optamos por subir de ônibus, pois queríamos estar bem fisicamente para aproveitar o máximo, e a volta decidiríamos na hora. Uma pausa no relato para um breve resumo das regras de visitação do sitio: As entradas são com hora marcada, estando lá dentro ninguém ira controlar seu horário de saída, porém você deve manter o percurso sempre no sentido indicado, ou seja, há segurança em alguns pontos, os quais não permitem que ninguém retorne. Há opção de comprar ao ingresso somente para o sítio, ou incluir uma das 02 montanhas, Wayna Picchu ou Machu Picchu, as quais também tem hora marcada para subir, e no caso de quem for subir a montanha tem o direito de entrar 02 vezes no sítio. No nosso caso eu iria subir a Wayna Picchu e minha esposa não, então estávamos meio perdidos para definir a logística do passeio. Nossa entrada era as 08:00 e eu teria que subir a montanha as 10:00. Quando chegamos no hostel na véspera, a pessoa que nos atendeu já se ofereceu para auxiliar com o passeio e nos deu excelente sugestões. Sugeriu que entrássemos juntos e fossemos até um local chamado a casa do guardião, onde se tira as melhores fotos panorâmicas, e de lá eu fosse direto para a montanha, enquanto eu estivesse na Wayna Picchu minha esposa visitaria a ponte Inca ou porta do sol, e quando descesse já saísse direto entrasse novamente no sitio e encontraria minha esposa no mesmo lugar onde separamos e seguiríamos com a visita. Um pouco confuso, né? Também achamos quando recebemos a explicação, mas fizemos desta forma e foi perfeito. Entramos no sítio umas 8:30, ficamos juntos na primeira parte até 9 e pouco, e eu segui para a montanha. A subida da Wayna Picchu é por uma escadaria da época Inca, bem inclinada e estreita, e sempre a beira do precipício. E é o mesmo caminho para quem sobe e quem desce, então ao cruzar com pessoas, é necessário parar em algum ponto com mais espaço e esperar passar. Mas subindo com calma e usando sempre o bom senso pode ir tranquilamente. As 9:40 já liberaram o acesso do grupo das 10:00, e como eu já estava na entrada da montanha fui o primeiro a subir. A partir do meio da subida começa e ter excelentes vistas de Machu Picchu. Quando cheguei ao topo da montanha, contrariando todas as previsões climáticas, não havia mais nem nuvens, tempo lindo, e como o local estava vazio pois eu fui o primeiro a subir, então foi possível tirar excelentes fotos. No topo tem muito pouco espaço, então caso tenha muita gente creio que fica bem complicado, porém se isto ocorrer não se preocupe, a vista um pouco para baixo do topo é igual ou ainda melhor. Subi e desci num bom ritmo e fiz tudo com 1:40. Após descer me dirigi direto para a saída, fechei com uma guia para termos todas as explicações do sitio, pagamos 30 soles por pessoa em um grupo de 4 pessoas. Entrei novamente no sitio, encontramos minha esposa no local combinado, e fizemos o tour completo. O sitio arqueológico de Machu Picchu realmente é fantástico, não dá para chamar de ruinas, porque devido ao mesmo não ter sido encontrado pelos espanhóis, as construções estão em perfeitas condições. Seguimos no tour, e quando chegamos próximo a última parte do sítio, a guia nos perguntou se já iriamos sair ou queríamos permanecer mais tempo no local, pois se quisemos sair seguiríamos com ela na parte final e sairíamos, e caso quisemos ficar mais, ela daria ali as explicações da última parte e ficaríamos livres naquela região o quanto quiséssemos, pois se seguimos mais passaríamos por um dos pontos que ficam os seguranças e não pode retornar. Optamos pela segunda opção, e ficamos mais um bom tempo nesta parte do sítio, curtindo o lugar e tirando fotos com as llamas. Falando das llamas, estas são uma atração à parte em Machu Picchu estão espalhadas por todo o sitio, e realmente é fácil entender porque tem tantas fotos legais com llamas, realmente parece que o bicho faz pose para as câmeras. Muito legal a interação com elas. Após isto visitamos parte faltante do sitio com bastante calma e saímos. Outro ponto que demos sorte também, foi que devido paralisação citada no início do texto, Machu Picchu estava bem mais vazio que o normal para a época do ano. Saímos do sítio próximo das 16:00. A decisão da volta, como já era esperado, foi pela trilha. Logo ao iniciarmos a descido começou a chover, São Pedro foi realmente muito generoso conosco mais uma vez. Gastamos pouco mais de uma hora do sitio até o hostel, caminhando tranquilamente. Ao chegar confirmamos como realmente foi melhor a mudança do dia do trem, pois como estava ante teríamos que esperar até as 21:00 cansados e sem banho para pegar o trem e chegar as 23:00 em Ollantaytambo. Foi um dia mágico Machu Picchu correspondeu a nossas expectativas, fazendo jus a ser uma das 7 maravilhas do mundo. Dicas e infos: 1 – Compre ingressos para Machu Picchu com antecedência, pois o número de visitantes é limitado. Se for subir na Wayna Picchu, compre com muita antecedência. Eu comprei com 3 meses de antecedência. Um mês depois minha esposa mudou de ideia e queira ir na montanha também, verificamos e não tinha mais ingressos. Dia 11 – Ollantaytambo Neste dia, como tivemos que dormir mais uma noite em Águas Calientes, acordamos cedo, descansados, tomamos o café e pegamos o trem as 08:00 para Ollantaytambo. A viagem de trem durou cerca de 1:40, a linha acompanha o rio Urubamba. As paisagens durante o percurso são bonitas, mas como citado anteriormente nem se comparam com o caminho da opção de van/caminhada. Chegamos na estação guardamos as malas, as empresas de trem têm serviços de armazenamento de bagagem grátis para cliente, e já fomos para o Sitio Arqueológico de Ollantaytambo. Fizemos a visita sem guia e no nosso ritmo. Este sitio também é muito bonito, a maioria das pessoas o considerem o mais belo depois de Machu Picchu, mas para nós Pisac esta na frente, desde que faça a visita completa no mesmo. Em Ollantaytambo fizemos o segundo maior circuito, que passa em praticamente todo o sitio. Na parte da manhã o local fica bem mais vazio, pois os tours normalmente chegam no período da tarde, o que proporcionou ainda mais tranquilidade na visita. Com 2 horas é possível visitar todo o local sem pressa. Mesmo com vários pontos importantes para se conhecer no sítio; como o templo do sol, o rosto na montanha, etc; o que mais me encantou foi uma charmosa casinha encravada na parede da montanha, que aparece na foto a seguir (porque? Será que já morei lá? rs). Saímos do Sitio em torno de 13:30 e fomos para o centro da cidade almoçar, onde comemos o melhor aji de galiña da viagem. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito aconchegante, te faz realmente sentir alguns séculos atrás no tempo. Afinal a cidade nunca ficou inabitada, desde a época inca, e dentro da cidade ainda há varias restos de construções incas. As ruas da cidade estão cheias dos famosos tuk-tuk , e é claro que não iriamos perder a oportunidade de andar em um destes charmosos carrinhos. Da praça central, por 4 soles, pegamos um Tuk-tuk táxi até a estação para pegar nossa mala e a van para Cusco. As vans para Cusco saem da estação de trem de acordo com que forem lotando, o preço não lembro exato, mas é em torno de 10 soles. Por volta das 18:00 já estávamos em Cusco. Dia 12 – Rainbown Montain / Montaña de las 7 colores Este era o segundo dos dias mais esperados da viagem. Os motivos para isto eram a paisagem única do local e o desafio de fazer a trilha, chegando a 5.200 metros de altitude. Havíamos nos preparado bem para isto, desde da parte do condicionamento físico no Brasil, como também da aclimatação nos dias anteriores. Mas ainda estávamos preocupados, ainda mais pelo fato de minha esposa ter bronquite, o que neste nível de altitude podia aumentar as dificuldades. A Rainbow Montain é uma montanha formada por várias faixas coloridas que parecem ter sido pintadas a mão. O turismo no local se iniciou recentemente, segundo os locais a mesma antes permanecia quase o tempo todo coberto de neve. Interessante que esta montanha era para ter sido destruída, uma empresa de mineração canadense iria explorar o local, porém os locais perceberam o potencial turístico da mesma e com muita luta/protesto conseguiram vencer a batalha, em 2018 a empresa abdicou da exploração de minério no local. Segue um site caso queiram conhecer um pouco mais da história desta atração: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44620957. Para chegar até a montanha é necessária fazer uma trilha de pouco mais de 3 km (só ida), você irá encontrar vários relatos que dizer ser 7/8 km, mas recentemente mudaram o ponto final dos transportes o que facilitou a o acesso diminuindo a distância. Há também a opção de visitar o Vale Rojo (Vale vermelho), o que desvia a trilha na volta aumentando o tempo em uns 40 minutos. Porém o grande problema são os mais de 5.000 metros de altitude, é normal no caminho encontrar pessoas passando mal e desistindo. Outro ponto também é a temperatura, na época que fomos, segundo o guia varia entre -5 a -10 ºC. Então deve ir muito bem agasalhado. Referente ao passeio, o mesmo é muito similar ao da Laguna Humantay, pagamos também 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço e mais 10 soles de taxa de entrada. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã. Depois seguimos por mais uma hora e pouco em estrada de terra e já com lindas paisagens dos campos a beira das montanhas com seus rebanhos de llamas Aqui também é necessário contar com a sorte, pois muitos dias a montanha fica coberta de neve impedindo logicamente que você veja o efeito de cores, e isto havia acontecido na véspera. E novamente São Pedro estava do nosso lado, fez um dia lindo e sem neve. Iniciamos a caminhada por volta da 09:00 da manhã. A paisagem durante todo o percurso é fantástica. Assim como na Laguna, há cavalo para locação, e como para nós o desafio é sempre parte do passeio, era opção era totalmente desconsiderada. A subida começa tranquila e vai ficando mais íngreme quando mais próxima do final. Na parte final a paisagem já começa a ficar colorida. Ao finalizar a última subida você chega bem no pé da montanha colorida, que estará a sua direita, e a esquerda há outra subida, formando um V com a montanha, que chamam de mirante. Muita gente se contenta de chegar no pé do mirante e devido ao cansaço não sobe. Recomendo que se tiver condições, vá até o topo do mirante, pois quanto mais sobe mais vivas ficam as cores da montanha. Além disto a Rainbown Mountain é só uma parte da extraordinária paisagem. Há o Nevado de Aunsgate, lindos vales de ambos os lados, e a Raiwnbow Montain com o Vale Rojo ao fundo, ou seja, é 360º de maravilhas. Quando chegamos ao topo foi um sentimento indescritível, um mix de alegria, admiração com a paisagem e sentimento de superação por termos chego ali. E alias chegamos muito bem fisicamente. Depois de admirar o local, decidíamos que iriamos também ao Vale Rojo. Encontramos nosso guia lá em cima, e dissemos que iríamos ao Vale Rojo, o mesmo não gostou muito, pois disse que ninguém do grupo iria e poderia atrasar o retorno. Afirmamos que estávamos bem e conseguiríamos cumprir o horário, e então partimos para lá. Descendo o primeiro morro abaixo da montanha, pega a esquerda e segue por outra subida. No meio do caminho descobrimos que teríamos que pagar mais 10 soles, o que não era nenhum problema. O interessante é que não tem nenhuma portaria, ou qualquer estrutura, somente 02 pessoas no meio do nada que recebe das pessoas na trilha. No final da subida, chega-se a um mirante com vista para o vale praticamente todo vermelho, mais uma linda paisagem. Após curtir o local tivemos que descer praticamente correndo para não atrasar o tour, e chegamos no ônibus em cima da hora. Em seguida retornamos, paramos para o almoço e chegamos em Cusco perto das 18:00. Dicas e infos: 1 – Va bem agasalhado, com roupas apropriadas para trilha. 2 – Leve alimentos para repor energia (chocolate é uma ótima opção) e agua. 3 – Suba no seu ritmo, sem se apressar. Dia 13 – Valle del Sur Nosso último dia em Cusco, nosso voo sairia as 19:00. Tínhamos planejado deixar este dia para curtir a cidade, comprar algo, etc. Mas mudamos de ideia e resolvemos “aproveitar até a última gota”, falei com a agencia se teriam algum tour que retornasse antes das 15:00. Me indicaram Valle del Sur. O passeio é aquele mesmo estilão dos tours “padrão”, micronibus, guia dando explicações no ônibus, tempo limitado, etc. O passeio se iniciou quase 09:00, depois de uma certa confusão para identificarmos nosso grupo, e fomos visitar os seguintes lugares: -Tipón: É mais um sitio arqueológico Inca, que tem várias terrassas, e um complexo sistema de irrigação ainda em funcionamento até hoje. O Lugar é mais simples e muito menor se comparamos com os sitios de Pisac ou Ollantaytambo, porém é bastante bonito. - Pikillaqta: É sitio arqueológico de uma civilização pré-inca chamada Wari, que viveram entre os séculos VI a IX. Então a arquitetura é bem diferente, e as construções também estão bem destruídas. O destaque é a organização urbanística da cidade, com ruas e avenidas perfeitamente alinhadas. Depois do sitio paramos em uma cidadezinha para provar um pão famoso por la, chamado “Chutas”, o interessante é que o guia disse que praticamente 100% das famílias da cidade sobrevive com a renda de fabricação e comercialização destes pães. -Andahuaylillas: A visita a esta cidade é especificamente para visitar a Igreja de São Pedro de Andahuaylillas. É uma igreja bem pequena e de fachada simples no exterior, porém devido a suas pinturas e decoração em ouro em todo o interior é conhecida como a Capela Sistina das Américas. A visita é rápida, pois a igreja é bem pequena. A entrada não esta inclusa no boleto turístico e custa 15 soles. Quem não quiser entrar na igreja há a opção de visitar um pequeno museu chamado Museu Ritos Andinos por 5 soles. Eu e minha esposa nos dividimos, eu fui na igreja e ela no museu. Na volta faz parada para almoço, não incluso no tour, em outro vilarejo que é especializado em chicharrones (carne de porco). Chegamos em Cusco as 15:00, tempo suficiente para tomarmos uma última Cusqueña (cerveja tradicional do Peru), pegar as malas no hostel e partir para o aeroporto. Resumo final: O Peru sempre esteve em minha lista dos lugares que eu queria conhecer, principalmente devido a Machupicchu. Porém este país superou muito nossas expectativas. Nos impressionou muito a riqueza cultural, histórica, natural e gastronômica do país. E também o país está investindo muito no turismo, é a receptividade dos locais com os turistas é ótima. Além disto se encontra preços ótimos para os passeios, alimentação e hospedagens, bem abaixo do praticado nas principais regiões turística brasileiras. Certamente irei retornar ao país, até mesmo porque ficou vários lugares que quero muito conhecer, como Huaraz, Puno e Arequipa. Espero que este relato possa auxiliar em algo quem estiver planejando ir para este fantástico país. Caso tenha qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.
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  37. Fala Mochileiros!! Vou relatar aqui a viagem que fiz em novembro/dezembro deste ano com minha namorada (Nick) no Equador onde passamos por mais de 14 cidades 😄, vou descrever todos os preços de hospedagem, refeições, mercado e passeios!! Locais que gostamos de ir e locais que não gostamos, embora ouvi relatos de pessoas que gostaram, questão de gosto! Também vou relatar um perigo que passamos em determinada cidade que quase fomos roubados 😲, mas é um golpe comum em turistas então bastará ficar atentos! Também vou colocar dicas de como sair do aeroporto de transporte público e dicas de ir de uma cidade para outra e onde nos hospedamos! Um País com uma cultura incrível, povos diversos, geografia diversificada, onde podemos curtir em uma única viagem Montanha, Vulcões, Floresta tropical e praias. Obs. País é dolarizado, então todos os valores considerar dólar, Cotação que pegamos 4,90 reais Verão que fizemos tudo de onibus de uma cidade pra outra, é facil e barato, porem cansativo na maioria das vezes! (dão muitas voltas, param em cidades no caminho) Muitas coisas legais, coisas que faria diferente, e muitos perrengues! mas é isso que gostamos kk 😂 *Tambem criamos um canal no Youtube* Para quem quiser assistir tambem como foi aqui esta: https://www.youtube.com/@pauloenyckTrips O Roteiro foi assim e vou dividir o relato da seguinte forma: Parte 1 - A Chegada dia 0 - Saída do Brasil dia 1 e 2 - Quito dia 3 - Província de Machachi dia 4 - Parque nacional Cotopaxi dia 5 - Laguna Quilotoa Noite - Latacunga Parte 2 - Linda Baños dia 6, 7, 8 e 9 - Banos Parte 3 - Equador e Von Humboldt Noite - Riobamba dia 10 - Vulcão Chimborazo Parte 4 - Encantadora Cuenca dias 11, 12, 13 e 14 Cuenca Parte 5 - Playas dia 15 e 16 - Montañita Noite - Puerto Lopez dia 17 - Praia de Los Frailes dia 18 - Manta Parte 6 - Otavalo Supera Expectativas Dia 19 e 20 - Quito Dia 21 e 22 - Otavalo Dia 23 - Quito Retorno Brasil Bora la! Parte 1 Chegando em Quito : Dia 0 - De São Paulo (GRU) a Quito Começamos nossa jornada saindo de centro de São Paulo às 20:00 até a estação da Luz para pegar o trem que vai direto até o aeroporto de GRU. Nosso voo saiu na madrugada de sexta dia 10, o voo durou cerca de 8 horas até chegamos na cidade do Panamá onde fizemos escala, esperamos 2 horas e meia até pegar nosso voo com duração de 3 horas e meia até Quito. Um detalhe importante, existem outros grandes aeroportos (Cuenca, Guayaquil) então quando forem pesquisar passagens verifiquem outras opções que dependendo pode ficar mais barato para entrar no país! Esse nosso voo Saiu 2.600 reais ida e volta cada, e compramos com um mês apenas de antecedência. Dia 1 - Chegada em Quito Chegamos por volta das 11 da manhã em Quito, o aeroporto é novo, foi inaugurado a uns anos, antigamente ficava mais ao centro. Este esta cerca de 40km de Quito, é pequeno e na saída os taxistas vem abordar para te levar a cidade, os preços que cobram é de $25 dólares, olhei no Uber e tava o mesmo preço. Mas saindo do aeroporto vimos o ponto de onibus logo a direita da saida principal muito simples de encontrar, e onibus que saem aos principais terminais da cidade de 30 em 30 minutos e nos custou apenas 2 dólares cada. Do terminal de Carcelen pagamos apenas 0,35 cents cada para ir até o centro historico de Quito, este onibus faz mais uma parada em um outro terminal no meio do caminho mas basta seguir o fluxo e perguntar que voce ja pega o outro que é um eletrico para ir até o centro histórico. No total gastamos $2,35 cada, uma grande diferença dos 25 que seria de taxi! Achamos bem fácil de se encontrar, porem é um trajeto de ônibus que leva cerca de 2 horas, mas aquela coisa, pra quem esta de férias ja vamos curtindo e conhecendo o transporte e cultura local. Chegamos Centro Histórico de Quito Hostel Para essas duas primeiras noites no país Selecionamos o Hostel The Secret Garden esta entre os top 3 de avaliações no Booking, pegamos duas camas no quarto compartilhado com 6 pessoas, é um ótimo local para conhecer viajantes do mundo inteiro, estrutura de primeira, limpeza top, hostel gigante, e possui esse rooftop bar da foto acima com uma linda vista da cidade. A diária do hostel ficou em $10 dolares cada, achei muito bom, já os quartos de casal eram bem acima da média da cidade, entao por isso optamos pelo compartilhado, pela questão de conhecer outros viajantes e ja ir pegando dicas de tudo que ainda passaríamos na viagem! a cerveja de 600ml no hostel custou 20 reais $4 dólares (mas esse não é o preço medio do pais 🙏). Ao lado do hostel há diversas opções para comer, e uma cervejaria artesanal bem em frente muito boa! Saímos para comer no restaurante bem avaliado do google LAS FRITADAS SAN BLAS, eles comem muita carne de porco e milhos de todos tipos no país! e esse almoço muito gostoso porem muito gorduroso, nos custou $4,5 dolares! ficamos no bar do hostel e saimos pra jantar num restaurante simples da esquina com comida muito boa também e o valor muito barato uma pratada de comida varias opções por $3 dolares. Para a primeira noite surpresa boa do preço médio de refeições ser $3 dolares o almuerzo de lá! tipo nosso PF. Dia 2 - Quito - Teleférico e FREE WALKING TOUR Acordamos cedo e pegamos o onibus para ir até o teleferico de quito, pessoal andar de onibus em Quito é muito facil e muito mais barato que taxi, não que o taxi seja caro, sairia $4 dolares essa viagem do hostel ate o teleferico, mas de onibus pros dois saiu menos de 0,60 cents, e era domingo sem transito algum 30 min estavamos na base e caminhamos 1,5km ate a porta (SUBIDA) mas estavamos pras trilhas e caminhadas. O valor do teleferico custa $9 dolares por pessoa, e vale demais, a vista é linda uma subida grande, enxerga a cidade inteira, demos sorte o tempo estava aberta DICA: Vá de manhã, de tarde em quito a probabilidade de chuva é bem maior. quando saimos volta das 13:00 fomos direto até a Basilica del voto Nacional onde iniciaria as 14:00 o Free Walking Tour, vou abrir parênteses aqui pois pra qualquer lugar que for viajar a principal dica é ver se tem o FREE WALKING TOUR, você se cadastra para a data e vai sem compromisso de pagar nada, uma pessoa fica de 2 a 3 horas te levando nos principais pontos turiticos, te contando toda historia, curiosidades etc do local, e ao final voce paga o que seu bolso puder e voce achar justo! nesse caso pagamos $9 dolares pra ela. Noite no bar do hostel, conhecemos um casal de Nevada EUA, uma moça de Londres e um rapaz Coreano, ficamos tomando cervejas e caipirinhas batendo papo até umas 23 horas, fomos dormir. Ja era segunda de manha, duas noites ja tínhamos passado em Quito, fomos almoçar no mercado central, bem próximo ao hostel, comemos bem mas e mais caro q na rua foi $7 dolares, e o mercado nao é tao legal, vale a visita, mas em Cuenca fomos num top. Após o almoço, fizemos check out, e partimos (onibus) para o terminal Terreste de Quitumbre fica ao Sul da cidade, para pegar ônibus para nosso próximo destino: Provincia de Machachi, violarejo próximo ao Vulcão Cotopaxi, onde passariamos a noite, antes de ir ao parque. Aqui pessoal sao algumas coisas para pensar vi muitos relatos de pessoas que fizeram diferente pegando day trips de Quito para o Cotopaxi e Quilotoa, no nosso caso sempre avaliamos a logística, ir e voltar de tour num mesmo dia pra um local além de ficar com tempo apertado voce vai e volta pra mesma cidade que depois você vai ter que sair de novo, então optamos para cada ponto turístico ficar em hospedagem próxima para curtir o ambiente local e não depender de day Trips. Dia 3 - Provincia de Machachi - Prox a Cotopaxi Pegamos um Hostel / pousada que fica próximo a estrada grande CARRETERA PANAMERICANA caminho para o Cotopaxi, o Hostel Mateopaxi um casal de proprietários muito boa onda, te fazem sentir em casa, o hostel tem cozinha (adoramos cozinhar) fica numa área bem rural das janelas você ja consegue ver os diversos vulcões em volta, aliás estamos na famosa Rota dos vulcões, achamos ótimo passar uma noite ali antes de caminhar no vulcão pois agora estamos mais de 3 mil metros de altitude, embora Quito seja alta, mais próximo da montanha é legal ir habituando a respiração! pegamos um quarto com uma vista linda e ficou $20 dolares total, pro mesmo nível de hospedagem aqui no Brasil com certeza seria mais caro. Fizemos um jantarzinho no hostel conhecemos um casal com filhinho chineses que estão viajando o mundo de bicicleta, a criança vai tipo num carrinho que é puxado pela Bike 😃 tivemos uma ótima noite de sono. Dia 4 - Parque Nacional Cotopaxi Galera para ir aqui tem a opção de transporte público até a porta do parque e pedir caronas, porem como era uma terça-feira os donos do Hostel disseram que não era tão movimentado e seria melhor com o carro e guia, se tivessemos em mais pessoas baratearia, mas aqui foi o passeio mais caro de toda viagem $65 dolares (nós dois) pro guia nos pegar no hostel e ficarmos passeando no parque de carro dia todo, foi caro, sim, mas compensou, acho que passariamos um tempo pra pegar carona na porta e dependeriamos de outras pessoas pra passear la. O Parque é incrivel, vale a pena demais, o Guia sabe a hora e qual lugar estar dependendo das nuvens, entao se voce nao tem essa noção pode ficar tirando fotos de locais nublados (acontece muito), subimos o vulcão chegando a quase 5 mil metros e altitude: Cot O Parque é incrível tem varias outras belezas la para ver, vimos um lobo selvagem, cavalos selvagens, uma lagoa, é muito legal, ainda pensei na hora: Caramba nada que vi na internet se compara mesmo do que estar no local, viver é viver. Dia 5 - Laguna Quilotoa Iamos passar uma noite em Latacunga e ir dia seguinte bem cedo passar o dia na LAgoa, mas nosso guia o Sr. Segundo, deu a dica e seguimos, nos deixou num ponto de onibus, fomos até o terminal de Latacunga e ja pegamos outro onibus direto para a LAguna! Dica muito importante pois pudemos passar a noite num hostel na beira do Vulcão, onde se formou a Laguna, a cidade quase que deserta, era terça de noite, pudemos sentir a sensação do vulcão e o povo ja muito mais típico da região. Ficamos no hostel Quilotoa Green Lake, atendimento top, pegamos uma suite, jantar e cafe da manha incluído para nós dois saiu $32,5 dolares achei super justo!! dia Seguinte Conhecemos o Lago, lugar show, descemos de trilha cerca de 40min ate as margens da lagoa, e fizemos um almoço por la. Nao sabiamos mas la tem area de camping, algo que se fosse novamente levariamos nossa barraca, acampar ali deve ser sensacional. A subida pra voltar é BEM INGREME e nível dificuldade média/alta, de 1 hora a 1h30. Quilo Mais um dia bem vivido aqui, voltamos pro Hostel pegamos nossas malas e partimos para Latacunga, dessa vez sim como chegaríamos de noite apenas para descansar passamos a noite prox a rodoviaria no Hostel Rosita Latacunga por $17 dolares a suíte, dormimos bem e dia seguinte fizemos check out, e as 11 estavamos na rodoviaria para pegar o onibus para próximo destino uma das cidades mais legais do Equador Baños. Parte 2 - Baños ALERTA🚨 Antes de chegar a Baños vou explicar o golpe que quase tomamos lá e é muito comum nas rodoviárias do País. Gostaria de salientar que foi o único momento que sentimos que poderia ter sido furtado mas seria uma questão de desatenção pois nós de São Paulo estamos acostumados a andar sempre alertas e temos uma percepção maior de algum tipo de malandragem, creio que boa parte dos Brasileiros tenham isso, na minha opinião a sensação de insegurança no Brasil é BEM MAIOR e esta tentativa de golpe que presenciamos é pra pegar turistas principalmente europeus que são mais desencanados. Quando voce entra para pegar um onibus em qualquer rodoviaria, tem as pessoas que trabalham na cia de Bus com roupa oficial e eles ficam guardando as malas no bagageiro e outro olhando ticket antes de você subir no onibus. Quando voce entra, vem uma pessoa te abordar para ver em qual assento voce esta, e neste momento tentam te ajudar com as bagagens/mochila pegam para apalpar e identificar o que tem , notebook, ou algo do tipo, no final do onibus fica um comparsa. o rapaz incluse se mostra solicito, com alcool em gel, pede para colocar os cintos, mas deu pra perceber algo estranho, falei para a Nick porem ela nao tinha se ligado ainda, fui ao banheiro e falei "fica do olho nas mochilas" quando retornei nao estavam mais la, o rapaz tinha levado as mochilas para o final do onibus onde o comparsa estava sentado, fui la peguei as malas e constatei a tentativa de furto, por pouco!! logo após isso eles desceram do onibus. Então numa dessas que muitos turistas caem, depois disso começamos a ver que era muito comum, e até ler isso de aviso nos ônibus para nao entregar mala para ninguém estranho. Após esse acontecido ficou claro em todas as tentativas e a pessoa nem insiste muito (aprendemos kkk) mas ate nossos mochilas optamos por levar conosco entre as pernas pra ficar mais sussegado. Comentamos isso com os Equatorianos e eles disseram que acontece mesmo, teve uma onda forte mas todos agora aprenderam e culparam os Venezuelanos que migraram em massa para o país, e pessoas sem emprego infelizmente ficam sem opções. Sobre os valores de deslocamento mudaram bastante dado os últimos relatos que temos aqui no mochileiros.com. Até chegar em Latacunga os valores foram de $2,5 por trecho. Dia 6 - Banõs Outra dica: sempre pergunte preço de passagens em mais de um Guichê, pode variar! Os ônibus dão muitas voltas, eu ficava olhando no GPS e passamos duas vezes num mesmo local kkkk mas a estrada é bem tranquila, ja vem sentido a mudança drástica de clima saindo da região montanhosa da cordilheira dos andes acima de 3 mil metros para cerca de 800 metros de Baños, achei isso incrível do país essa alteração assim, de um local que respira difícil e de repente esta em clima florestal úmido. Chegando na rodoviária de Banõs você já sente a vibe da cidade, cidade turística total, ja na rodoviária tem varias barracas de comidas e doces típicos, pessoas te oferecem temperos, e a onda é perceptível muito mais agradável de estar. O Hostel que escolhemos foi o Hostal Timara, que hostel legal galera estilo simples, com um pátio/jardim no meio e os quartos em volta em dois andares, tem uma cozinha completa para uso, e uma área de chill out, a suíte que pegamos custou $17 dolares a diária super justo, bem localizado próximo a pracinha central, alias a cidade é pequena então mesmo que escolha um hostel "mais afastado" estará pertinho... A cidade é muito bonita, com muitas opções de restaurantes e barzinhos, paramos para a Almoço ja era tarde umas 16:30 mas não tínhamos almoçado, numa das ruazinhas principais pegamos um almuerzo de parrila (almuerzo é o PF deles que vem uma sopa de entrada depois um prato principal) por apenas $3 dolares cada, comida muito bem servida e muito saborosa de uma senhorinha lá! d Primeiras impressões da cidade acima, pracinha da igreja e a cachoeira que fica dentro da cidade, muito bonita!! De noite fomos num barzinho estava tendo jogo do Equador na copa América, foi bacana experimentamos o drink típico a Michelada, depois fomos em uma cervejaria artesanal de lá com ótimas opções e preços equiparados aos do Brasil. Após café da manhã tomado, fizemos no Hostel, Abrir parênteses aqui para falar dos preços do supermercado, são muito equiparados aos preços que temos aqui (pelo menos em São Paulo) algumas coisas mais baratas outras mais caras, na média bem parecido, ja convertendo, os cafés de lá são muitos bons, maioria cultivado em grandes altitudes verdadeiros arábicos com preços bons, chocolate lá também consegue encontrar muitos bons, pois eles são produtores de cacau também. Tem um vinho até Equatoriano que é bom e vinhos la variam idêntico no Brasil e consegue preços de $6 por exemplo, mesmas marcas que temos aqui Chilenos, argentinos. As carnes são mais caras, mas é possível de comprar, frutos do mar e peixes bem mais baratos! Dia 7 - Banõs - Rota das Cascatas - Canon Del Diablo + Balanço fim do mundo Café da manhã tomado fomos procurar então a agência para fazermos nosso primeiro passeio a rota das cascatas com a bicicleta alugada, os preços variam de $6 a $8 dólares sendo diferido basicamente pela qualidade das bikes, pegamos as nossas no valor de $7 e eram bem ajeitadas, o percurso é praticamente só descida e tem cerca de 10km. Passeio muito loko! pra quem gosta de pedalar, passa por estradas muito legais, sao estradas antigas meio que descendo a serra, com aqueles asfaltos antigos de tijolinho no meio de um vale e vai passando por altas cachoeiras lindas, la é o local para esportes radicais, da pra andar de Slack line, SLip line, atravessas de rapel e etc, você vai passando nessa rota por esses locais e curtindo a vista: rota No final dessa rota tem a famosa e destino Pailon Del Diablo. Dica, atualmente tem dois Pailon del Diablo, quando voce chega proximo percebera alguns locais te indicando a do lado direito que é mais nova, pois eles tem parceria de indicação com os donos e muitos turistas acabam indo na deles (nós kkkk) descobrimos depois isso, que a segundo sempre é se mantendo a esquerda quando esta chegando, é maior o trajeto que percorre por isso acho melhor ir por ai (fomos no outro). Obs. O local é o mesmo mas são diferentes pontos de vista do Pailon Del Diablo, lugar muito bonito com uma energia cativante da força da natureza, custa $2,5 dolares e no caminho tem pontes nas cordas bem legal: Pailon Para retornar você pega os caminhões que ficam na saída e sobem a Bike mas aumentou bem o preço estava esperando 1 dólar pelos últimos relatos aqui, mas esta $4 dolares agora, cada! Como planejávamos fazer um "day trip" para a floresta amazônica equatoriana dia seguinte, e dado o tempo planejado pra ficar na cidade, chegamos por volta das 17:00 no centro e ainda deu tempo de pegar um transporte com uns carros muito comuns lá que é quase que uma carreta furacão esqueci o nome, caminhãozinho todo colorido, com musica alta q tem uns banquinhos de madeira (vera muitos na cidade com turistas), nos cobraram $2 cada (bem justo que é no alto da montanha e bem longe) e fomos para o famoso Balanço do fim do mundo: Entrada foi $1 dolar galera, muito bonito esse pico! Se estiver la, não perca Dia 8 - Baños - "Day Trip Floresta Amazônica Equatoriana" Aqui entra meu primeiro passeio que posso dizer curti? Ah curti Pensamento positivo, mas o que é vendido esta longe de ser algo que você experiência a cultura dos "Quéchuas" (tribos indígenas tradicionais da selva Equatoriana). Na realidade é um passeio com paisagens muito bonitas, a Van te recolhe no hostel de manha e você sai para um passeio o dia todo das 8:00 até as 19:00 numa Van, indo até a cidade de Puyo). Logo eu que comentei acima não gostar de "Day Trip" caimos nessa $20 dolares cada, foi aquele pensamento " ja tamo aqui né bora ver" kkk tentei falar com pessoas do hostel na noite anterior mas nao tinha nenhuma referencia pra saber como seria, pegamos e fomos. Na estrada fomos parados pela policia e pediram para descer apenas os "estrangeiros" nessa como fica o coração né, pra dar merda e pegar um policia corrupto é facil nessas bandas, apresentamos o RG ele pediu passaporte, falamos com nosso Portunhol "-Caballeros, somos del Brasil podemos estar a ca solo com esta" Temos nosso passaporte mas nao andamos com eles ne, eles ficaram olhando, analisando, e liberaram! foi que foi! corretos! Quando chegamos na aldeia, infelizmente para nós, mas provavelmente positivo para eles, virou algo bem comercial, eles cobram uma taxa de entrada $1 ate ai tranquilo, mas tudo que é feito la é um roteiro, você sente as pessoas seguindo o script, só seguindo um fluxo de fato trabalhando e com algo que talvez não gostem. São verdadeiros da tribo sim, mas virou comercial (tem um passeio de barco também). após isso um almoço que esta incluído, se quiser peixe tem uma taxa a mais, e depois vamos pra uma cachoeira linda, abaixo deixo as fotos da aldeia e Cachu: Locais muito legais, mas perdemos muito com a questão de "day trip" a cachu por exemplo são 30 min de caminhada mata a dentro, chegando la ficamos uns 20 min apenas é muito legal, mas gostaríamos de ficar muito mais apreciando a energia. Depois passamos por um outro parque que tinha que pagar um valor pra ver o por do Sol la de cima, ja estávamos cansados nao fomos era $5 dolares cada. Valeu a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Tô tiozinho? acho que sim. Chegando no hostel la pelas 20:00, tomamos banho e ainda tivemos pique para sair pela noite, jantamos num restaurante muito bom de uma família, na rua do mercado publico la, muito bom! ele tem as fotos do Vulcão Tungurahu pelas paredes que entrou em erupção la na cidade em 2016 e pode contar altas historias sobre. Jantar $3 dolares 😃 OBS: fomos tomar umas saideras pela cidade e vimos que tem uma vida noturna agitada! para quem viaja solteiro e curte um agito tem muitas opções. Dia 7 Baños - último dia - curtindo a cidade Último dia era domingo, tiramos o dia pra relaxar, fizemos o check out do Hostel deixamos as malas guardadas e passamos o dia pela cidade de boa, fomos no mercado centra,l lá é típico o "CUY" ( porquinho da Índia) assado, típico no equador , em Banos é mais pra pegar turistas, no mercado principal fui experimentar outra comida típica Equatoriana o "ORNADO" que é um porco a pururuca 😋 só de olhar da agua na boca mas também pega turista pagamos $4,5 dólares. e veio uma quantidade muito pouca, como viram ai, estávamos comendo bem e pagando menos, por isso não gostamos aqui. Essas comidas típicas o Melhor lugar para experimentar é em CUENCA, provamos o verdadeiro HORNADO la, o CUY deixamos passar kkkkk😳. Tomamos umas ultimas cervejas no hostel, conversando com uma amiga da Alemanha que fizemos e ela contou de uma palavra que só tem na Alemanha que é tipo a nossa saudade que as outras línguas não tem no vocabulário? Na Alemanha tem a palavra "Fernweh" Que significa ao pé da letra "anseio pela distância" o "desejo de estar longe", conecta com vocês? pra mim conectou o desejo de sair da zona de conforto e estar sempre viajando, pra longe. Paramos essa parte por aqui, e na parte 3 falaremos sobre o maior vulcão da América Latina o Chimborazo e o 3° maior do mundo e quão importante foi para a criação do que conhecemos sobre natureza, porque o Equador tem tanto respeito pelo Botânico, geografo, cientista e etc. Alemão , Alexander Von Humboldt Cont. Saímos de Baños por volta das 17:00 horas, a rodoviária é dentro da cidade praticamente, tranquilo para ir a pé, e pegamos ônibus para Riobamba, foi umas 3 horas de viagem, optamos por pegar um Hotel perto da Rodoviária (quase mesmo preço das opções de hostel que tinha na cidade) $25 dolares a diária para nós dois, uma suíte a uns 700 metros da rodoviária, chegamos tarde e era domingo então a rua tava bem deserta. Vimos no Google Maps o supermercado mais proximo a rede SUPERMAXI inclusive maior rede do Ecuador, DICA: faça a carteirinha de sócio fidelidade que tera ótimos descontos, basta fazer o cadastro, é um supermercado nível pão de açucar, gigante muitas opções de tudo e marcas, compramos um vinho, latas de atum, arroz, frutas e fizemos uma janta no hotel mesmo, com nosso fogão portátil. dia 10 - Vulcão Chimborazo Acordamos por volta das 7:30, fritamos uns ovos mexidos e fizemos café, fizemos o check out do Hotel deixando nossas malas na recepção e fomos até o terminal cerca de 200 metros, pegar o onibus que deixa na porta do parque Chimborazo custou $3 dolares cada, cerca de 1 hora e pouco, chegando la, tem guias oferecendo subir até o vulcão e cobrando caríssimo 25 dolares por pessoa, pedimos carona para uma van que estava subindo 🛑NEGADA, ja no segundo pedido um casal foi solicito e nos levou até a base do Vulcão cerca de 10 km até la: Demos sorte estava um dia lindo e sem nuvens, a caminhada que vai até o primeiro refúgio Whymper leva cerca de 40 minutos na altitude de 5.100 metros, o topo do vulcão é 6.263: Acima foto no meio da trilha em direção a base Whymper. O Chimborazo marcou historia quando em 1802 o Cientista Alemão Alexander Von Humboldt que ficou conhecido mundialmente pela sua contribuição de descobertas em geografia, ciência, etc , chegando inspirar inclusive Charles Darwin na teoria da evolução, escalou na sua expedição na América Latina esse vulcão. Para quem quiser saber mais, tem o livro de sua biografia, na época ainda sem equipamentos que temos hoje foi um grande feito, ainda pensava-se que o Chimborazo era o lugar mais alto do mundo ( de fato é a região que a terra fica mais próxima do sol) e dentre as inspirações que o vulcão causou foi a percepção que a terra é um grande organismo vivo. até então não se via relação com causa e efeito na natureza, até mesmo o conceito de "natureza" ainda não existia. Vale a pena estudar um pouco sobre a historia dele, no Equador há muitas praças com seu busto, nomes de ruas, museus referenciando-o e contando sua historia. Chegou a hora de voltar, descemos a trilha, não conseguimos carona de primeira e começamos a caminhada que chegaria a 10km até a porta do parque onde aguardaríamos o ônibus para retornar a cidade, porem quando tínhamos andado cerca de 1,5km passou um carro e conseguimos não só a carona para descer mas esses amigos estavam voltando para a cidade o que nos fez ganhar muito tempo e viemos conhecendo esses moradores de Riobamba! uma cidade com cultura curiosa, dizem ter os melhores CUY assados do equador e ainda há TOURADAS, ginásios de madeira que ocorrem Touradas ocasionalmente, é possível ver uma na saída da cidade em direção ao vulcão. Gracias Hermanos! Chegando no Hotel, saímos para comer um Almuerzo $3 cada, compramos as passagens para Cuenca $9,5 dolares cada, saímos por volta das 20:30 uma longa viagem, deu para dormir nada o pessoal colocou o áudio do ônibus que passa uns filmes no último volume,😲 doideira, chegamos por volta das 2 da manhã em Cuenca, pegamos um taxi da rodoviária até a Calle Larga (rua principal do setor turístico) para o melhor hotel que ficamos em toda viagem, tava com uma promoção no Booking Hotel Boutique La Ronda (bom demais, suíte show, cama confortável, varanda, café da manhã sensacional) por $23 dolares. Parte 4 - Encantadora Cuenca dia 11 - Cuenca Acordamos por volta das 9:00, tomamos café, e fomos passear, para mim foi top 3 locais da viagem, cidade muito charmosa, dizem ser a cidade mais limpa da América Latina, prédios históricos muito interessantes e bem conservados, tem uma cultura bem diversa também, é possível ver restaurantes e comércios de pessoas de todo lugar do mundo, árabes, indianos, chineses, muitos museus com entrada gratuita, o mercado central muito legal de passear e comer. Se for ao Equador não deixe de ir a Cuenca é muito diferente de todos lugares do País. Primeira parada do dia foi no Museo Pumapungo que foi construído em uma antiga ruína do império Inca que reinava no Ecuador por aproximadamente desde as conquistas dos Indígenas em 800 d. até 1500 quando chegaram os espanhóis. A cidade Cuenca foi nomeada assim pelos espanhóis por lembrar uma cidade com mesmo nome na Espanha que tem um rio dividindo. È possível aprender bastante sobre a cultura nos museos de lá, acredito ser a cidade mais cultural do país, depois fomos passear pelas ruas do centro histórico, poderia postar muitas fotos aqui pois o local é lindo: Também foi o lugar que achamos as melhores opções de refeições nos melhores preços, para ter ideia descobrimos um restaurante que tinha uma placa escrita "DOLARAZO" é um almuerzo por $1,25 dolares, e acreditem comida boa. Após as andanças, ao lado do hotel tinha uma cervejaria artesanal, depois pesquisei tambem e era a com melhor preço na cidade chamada La Compañia cerveza artesanal, uma Pint de 500ml na faixa de $3 dolares. Dia 12 - Cuenca Após tomar o café da manhã, foi mais um dia conhecendo museos, e todos que fomos eram gratuitos, e tambem o famoso museo Parra Toquilla dos conhecidos chapéus Panamenhos (que na verdade são equatorianos)👒 f Museo e ruas de Cuenca Ficamos com vontade de comprar um chapéu desses mas o preço é salgado os mais baratos saem fazendo a conversão de 300 reais os mais simples, pra cima! é que o material utilizado realmente é diferenciado, tem toda uma historia e tradição que é considerado um item de luxo. Como comentei acima tem muitos restaurantes de todo lugar do mundo, e sempre passávamos perto do hotel em um restaurante indiano que tinha um cheiro muito bom de temperos e especiarias diferentes e nessa noite jantamos la o Punjabi RASOI, restaurante Indu, melhor que ja provei, embora não conheça muito da culinária indiana foi um dos melhores jantares que tivemos no país. Depois foi só descansar... Dia 13 - Cuenca Fizemos o check out do Hotel, pois o preço promocional acabou na ultima noite e fomos para um hostel bem perto com preço ótimo e tinha serviço de lavar roupas gratuito o WILD INCAS HOSTEL, ótimo custo beneficio $12. Dia de fazer o principal passeio "FREE WALKING TOUR CUENCA" imperdível para conhecer a cidade escutando historias e curiosidades de uma pessoa local, andamos por cerca de 3 horas pela cidade, descobrindo muitas coisas, falando sobre a cultura, novo presidente, como foi abrupta a dolarização no país prejudicando os pobres, verdades sobre a grande catedral de Cuenca que não possui Sinos, mas mesmo assim o Papa quando esteve lá autorizou assim ser chamada de catedral, e que possui algumas rachaduras por erros arquitetônicos, passeamos por bastante barzinhos e mais museos, foi um dia bem legal: hotel Praça principal e vista sacada Hotel Antigo mosteiro ao fundo da catedral. Este dia descobrimos uma das historias mais chocantes da viagem, Equador é um dos países mais Franciscanos da America Latina , com uma cultura da igreja muito forte, cerca de +95% da população é católica, e existem ainda os chamados "claustros" são conventos das monjas carmelitas, mulheres que entram no convento e nunca mais podem sair, doando sua vida para Deus em busca de salvar a humanidade. Há relatos de pais que deixaram a criança ainda recém nascida no local, e essa nunca mais pode sair ( elas não querem também, crescem doutrinadas). Hoje esse tipo de tradição católica é proibido não se podem fazer mais novos claustros, porem no Equador há cerca de 3 sendo dois em Cuenca, em frente a catedral tem uma praça onde podemos tomar a agua Santa, uma bebida que são preparadas por essas monjas, acredita-se que a agua é santa e pode curar doenças $1, a Monja mais jovem que ainda vive lá tem 27 anos e será a última nesse regime 🙏. Almoçamos no mercado 10 de Agosto (mercado central) ótimas comidas típicas, ótimos preços, aqui experimentei o verdadeiro Ornado (porco a pururuca) e fim de tarde curtindo, compramos um vinho e fomos passar a noite no gramado que beira o rio que atravessa a cidade, é tipo um local muito agradável para passear e ficar olhando o tempo passar. Dia 14 - Cuenca O último dia foi relax total, descobrimos uma pizza muito, mas muito boa em pedaço que custa $1,5 dólares, ja tinha visto um youtuber falando dela quando ele passou dias em Cuenca e sem querer encontramos tambem! check out do hostel ja tinha sido feito e passamos o dia caminhando e tomando umas cervejas, a salidera foi com a Latitud Cero uma cerveja artesanal famosa do país apreciando a linda vista da catedral de noite: Hora de partir, taxi até a rodoviária R$3 dolares e as 22:30 da noite, ônibus direto para o litoral famosa cidade de Montañita! e vem a parte da aventura pelo litoral Equatoriano! Continuamos o relato em breve! Continuação: Parte 5 - Playas dia 15 e 16 - Montañita Pegamos o ônibus de Cuenca para Montanita às 23:00 horas, ele passa por Guayaquil (Maior cidade do Equador) mas só da uma breve parada para descer passageiros e ja segue viagem para o litoral uma longa viagem cerca de 12 horas que custou $16 dolares cada (o onibus mais caro da viagem), chegamos 6 da manhã em Montañita, ja sentindo a brisa do mar quando descemos na rodovia de mão dupla onde o ônibus continuaria subindo margeando o litoral na chamada Rota do Sol. Era pra ter ficarmos num hostel indicado por uma argentina que conhecemos mais chegamos la a recepção só abriria as 9:00, então conseguimos alterar a reserva e ficar em outro que pareceu mais organizado também. Neste momento da viagem dia 15 ja estávamos bem cansados, muitos ônibus e muitas andanças então aqui na praia conseguimos descansar bem, praticamente ficamos mais tempo no hostel que era bem tranquilo e boa estrutura, preço justo $17 dólares suíte com ar condicionado, SAPA INKA a praia de Montañita é bacana para quem quiser fazer aulas de surf tem bastante opções, achei poucas opções do que aqui chamamos de quiosques, só tinha alguns barzinhos no canto da praia, e o centrinho da praia com diversos restaurantes, lojinhas e artesanatos também legal é uma cidadezinha simples, a cidade em si não tem muita estrutura. Fomos no chamado fora de época e somos casal também, pode ser que pessoas solteiras tenham outra experiência, pois ouvi muitos relatos de ser um local para festas, mas em períodos de temporada, no nosso caso novembro não vimos tantas festas assim não. Uma coisa muito boa na cidade são as peixarias com preços ótimos peixe fresco, ceviches, frutos do mar muito barato. Era sexta comemos um Almuerzo por $3 dólares, mesmo esquema sopa de entrada e prato principal, só que aqui ja com gosto do mar, um caldo de peixe e um peixe frito no principal. Fizemos umas compras no mercado, preparamos uma moqueca e passamos a tarde e noite descansando no Hostel. Dia seguinte sábado passeamos pela praia, descansamos e de noite saímos para ver o agito e festas no centrinho. Moqueca que fizemos peixe fresco 500g $4 dolares. Domingo após check out partimos para Puerto Lopez, praia mais adiante cerca de 1 hora de ônibus $1,5 dólares até lá. Noite - Puerto Lopez dia 17 - Praia de Los Frailes Chegando em Puerto Lopez, estava nublado este dia, mas percebemos que a culinária aqui era bem melhor que em Montanita, com muito mais opções ótimas de comidas típicas com frutos do mar e preço bem acessíveis! jantamos uma panela de ferro que vinha camarões, lula, e outros frutos do mar com arroz tipo uma paella deles, muito boa e foi 15 dólares pra nos dois e comemos muito bem. dia seguinte, fizemos check out e pegamos um transporte que custou 7 dólares para ir e 7 para voltar até a praia de Los Frailes a mais famosa do Litoral Equatoriano, uma reserva Nacional, muito lindo o local, uma pena que pegamos o dia nublado mas pudemos curtir bem lá! Fizemos um almoço com o fogãozinho portátil camarões dos bons que compramos no mercado por $5 dólares, 500g, muito barato! aqui no Brasil a mesma quantidade desses camarões aqueles carnudos top sairia por volta de uns 100 reais. Voltamos ao Hotel pegamos nossas malas e partimos de viagem novamente, destino Manta, nossa ultima parada no Litoral antes de voltar a Quito. dia 18 - Manta Em Manta pessoal, uma cidade grandinha até, com boa estrutura mas sendo sincero nenhuma estrutura turística, a melhor coisa que fizemos la foi conhecer o Mercado municipal onde provei uns dos melhores ceviches que ja comi por apenas $2,5 dólares. Então basicamente em Manta só descansamos, tem pouquíssimas opções de hosteis e somente hotéis mais caros, encontramos um bom mas foi $30 dolares. pelo que estávamos acostumados a pagar muito caro e não entregou todo esse valor, fizemos check out e ficamos passeando pela cidade até dar a hora do bus as 21:00. O que faria diferente: Conhecendo muitos viajantes por lá a galera falava que o Litoral NORTE do Equador é mais legal, com diversas cidades pequenas e vilas de pescadores onde poderíamos curtir mais a cultura do povo Costenho e ter uma experiência melhor. Mas com tempo agora ficando apertado e ainda querendo conhecer OTAVALO, hora de partir , de Manta a Quito ônibus $13 dólares cada, bem demorado cerca de 8 horas, chegamos em Quito exaustos, mais ônibus de transporte publico e finalmente no hostel, dessa vez pegamos um mais tranquilo ótimo para descansar. Continuo em breve para finalizar o relato na próxima parte: Pouco mais de Quito e a cidade que nos encantou muito OTAVALO Obrigado a quem leu! aceitamos sugestões e abertos para ajudar com dúvidas. Até mais
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  38. Sexto dia Foz do Rio São Francisco e Piaçabuçu Acordei cedo, novamente seria o primeiro a ser pego. A distância para Piaçabuçu era bem maior do que a praia do Gunga. O Guia ficou surpreso quando me viu entrar na van com uma mochila tão grande, diferente dos turistas que fazem o tradicional bate e volta eu só faria o bate😂. Me confessou que era a primeira vez que transportava um passageiro que não iria retornar com ele. Respondi que eu não sou um "turista tradicional", ia aproveitar o passeio para conhecer a Foz do Velho Chico e também conhecer a cidade de Piaçabuçu (palavra de origem tupi que significa piaçava grande). O Guia Douglas, é um apaixonado pelo Auto da Compadecida do escritor paraibano Ariano Suassuna, inclusive recitou trechos da referida obra. Chegamos em Piaçabuçu e ficamos no restaurante onde tinha um barco a espera de nós turistas. Aguardamos uns 20 minutos, tempo suficiente para ir ao banheiro e pagar o passeio que nos conduziria até a foz do Velho Chico. No barco já estávamos sendo conduzidos pelo guia Larry (@jlsimpatia Instagram) que nos acompanhou com música, poesia e revelações do Velho Chico. Aos poucos fomos passando pela cidade e vê-la ficando para trás. Navegamos por cerca de 40 minutos (não sei o tempo preciso) até chegar num local próximo a Foz. Antes do barco parar, ainda deu para avistar ao longe, o velho farol e o mar abraçando o rio...Sim, parece que o "arco" que o mar faz é como se o mesmo estivesse abraçando o Velho Chico, que ali se mistura no grande abraço do mar. Quando chegamos ao local onde desembarcamos, havia umas barracas onde se vende artesanato, uma grande variedade de doces, água de côco, refrigerante e cerveja, popularmente conhecido como Shopping Foz. Subimos a duna para apreciar a paisagem, ver o mar, ouvir mais uma vez o nosso guia Larry. Foi nesse momento que ele falou que próximo havia uma comunidade quilombola, a Comunidade do Pixaim, inclusive mencionando o documentário Areias que Falam 🎬.Fiquei curioso em conhecer essa comunidade. Após as explicações e algumas brincadeiras, fizemos umas foto com tod@s do grupo. Boa parte do grupo ainda andou um pouco nas dunas para fazer mais fotos em uns coqueiros que ficam a uns 500 metros de distância. Resolvi descer para tomar uma água de côco e dar um mergulho no rio... Na volta do passeio para o restaurante, resolvi voltar no primeiro piso do barco, e foi quando conheci a Lena, uma paraense que estava acompanhada de sua mãe, Dona Graça, uma graça de pessoa. Mãe e filha, duas viajeiras de primeira. Rimou 🤣 No restaurante de comida regional, tipo selfie service, quando fui me servir do peixe, perguntei se era algum peixe do rio, que decepção, descobri que era atum, não optaram por um peixe de água doce. Inclusive nesse restaurante gourmetizaram a carne seca desfiada, misturando com batata palha😂. Após o delicioso almoço, já era hora do grupo retornar e eu aproveitei e peguei uma carona até a pousada onde fiquei hospedado. Por sugestão do guia Larry fui no final da tarde ao cais para apreciar o crepúsculo e aguardar o nascer da lua cheia. P.S.: Editei um vídeo no capcut com algumas imagens da Foz. 165272161_820167192894586_8372820452754563661_n.mp4
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  39. Saudações mochileiros, principalmente aqueles que querem viajar de carro. Não tive tempo de relatar minha viagem de carro de Belo Horizonte ao Atacama realizada em setembro de 2017, mas aqui vai minha contribuição. Após várias pesquisas aqui no site e com a ajuda de várias pessoas para o planejamento como o grande viajante de carro HLIRAJUNIOR e sua companheira (muito conhecimento e experiência), ao Alexandre e Rosângela do blog VIAJANDO DE CARRO (no qual baseei meu roteiro e pelas dicas providenciais por email), o João Carlos Truppel (Facebook), grande viajante de carro da América do Sul, ao Guilherme Pegoraro (que me enviou uma planilha bacana de roteiro e gastos – descobri um relato dele no blog VIAJANDO DE CARRO), ao blog www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br onde peguei várias dicas e mapas dos passeios. Também à Marisa Belle Bertoldo (relato no blog FELIPEOPEQUENOVIAJANTE) pelas dicas e ao blog MOCHILA CRÔNICA pelas informações. No relato não vou me a ter a pequenos detalhes. Caso alguém tem interesse, pode entrar em contato (far.alan@gmail.com). Agradeço a todos pela disponibilidade e me coloco também a disposição para ajudar a quem pretende realizar esta viagem espetacular. Para quem vai se aventurar de carro pelo NOA ARG e CHI em direção ao Atacama é sempre bom estar com as informações claras e atualizadas. Nesta viagem fomos eu e meu irmão de república da época da faculdade Rômulo. Para quem pretende, é melhor preparar o psicológico, pois a cada dia você está mais longe de casa – mas é muito longe mesmo. Todos os hotéis da ida foram reservados antecipadamente via Booking e a volta íamos escolhendo a cada destino (mas com algumas opções já pesquisadas). Qual carro nós fomos? Punto Essence 1.6 2013/14. Mas dá para ir? Tranquilamente. A viagem foi feita em 17 dias. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS (ARG e CHI) – Dica: organizar pasta com documentos. • Passaporte (agiliza o trâmite nas fronteiras) ou Identidade (com o RG com validade mínima de 10 anos - o seu comprovante de entrada e saída dos países será um ticket estilo supermercado, logo se rasgar ou perder vai ter muita dor de cabeça. Com isso recomendo o passaporte). • CNH e muito recomendado Permissão Internacional para dirigir (PID). Não me pediram mas preferi evitar problemas. • CRLV do veículo. • Seguro Carta Verde (Pedi via internet no site Luma Seguros - foi mais em conta do que na minha corretora). • Seguro SOAPEX (comprei no site da HDI Seguros via cartão de crédito – para preencher os dados é necessário o número do motor do carro. Caso tenha dúvida, veja algum vídeo no youtube de como achar o número do motor do modelo do seu carro – lembrando: NÃO é número do Chassi) • Extensão de perímetro do seguro do automóvel (Eu fiz com o corretor do meu seguro. Como o meu seguro cobria o Mercosul, estava tranquilo quanto à ARG, mas os 4 dias no CHI preferir pagar quase 400 reais, pois estaria no meio do deserto e sabe-se lá o que poderia acontecer – melhor prevenir). Dia 1 Belo Horizonte-MG a Marília-SP. Distância média: 880 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo de BH e fomos tranquilos até Marília – SP. O dia estava ensolarado, a pista era duplicada e em bom estado. Paramos para lanchar e almoçar no caminho. *No roteiro, defini que os primeiros dias da viagem seriam os mais extensos para poder curtir melhor na ARG e CHI. Com o ânimo de início de viagem e tendo alguém para conversar, ajuda a deixar o cansaço de lado. *Pedágios: Foram 13 pedágios entre BH e Marília com média de R$ 5 (total de R$ 65,70). Hotel em Marília: Almaru Flat Hotel (Muito confortável). Média R$ 150,00 a diária. Já na estrada ainda em Minas Gerais. Final de tarde chegando em Marília-SP. Dia 2: Marília-SP a Puerto Iguazu-ARG Distância média: 710 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo. O dia estava ensolarado e a estrada era pedagiada e em bom estado. Fomos para Foz do Iguaçu, onde trocamos reais/dólares por pesos argentinos em um shopping. Abastecemos e depois cruzamos a fronteira no mesmo dia para Puerto Iguazu. Na travessia, geralmente tem uma pequena fila de carros (depende da época e horário que você estiver atravessando). Já separe os documentos (passaportes e do veículo, abaixe os vidros e acenda as luzes internas (se for noite) pois geralmente eles dão uma olhada geral nos passageiros para ver quantos são e se condizem com os documentos. Nossa travessia foi bem tranquila e rápida. Puerto Iguazu é muito legal de conhecer. Preferimos deixar o carro no hotel e sair para conhecer a pé. A cotação estava R$ 1 = PA$ 5. (A cotação que consegui em BH foi 1 dólar = R$ 3,28). *Pedágios: Foram 8 pedágios entre Marília e Foz do Iguaçú com média de R$ 12 (total de R$ 97,40). Hotel em Puerto Iguazu: Hotel Oxum (Simples mas limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Na estrada no Paraná. Ainda no Paraná sentido Puerto Iguazu. Atravessando a fronteira em Foz para ARG Dia 3: Puerto Iguazu – ARG a Corrientes - ARG Distância média: 625 Km Tempo (com paradas): 10h Saímos de Puerto Iguazu e o dia estava chuvoso. Seguimos com calma por causa da pista molhada. Na saída, ficamos um pouco perdidos com o GPS que estava indicando a rota pelo Paraguai (estava configurado para menor distância. Mudamos para menor tempo e colocamos a cidade de Posadas como destino). *Dica: De preferência, no GPS coloque sempre uma cidade próxima ao invés de colocar seu destino final do dia. Com isso, você diminui a chance de ficar perdido! Havia algumas barreiras policiais mas apenas uma nos parou (Gerdameria) e perguntou aonde iríamos *Dica: Mesmo indo para o Atacama, sempre falávamos que iríamos para a próxima cidade do nosso destino, pois evitava a suspeita de que estávamos com muito dinheiro e bagagem. Isto funcionou durante toda a viagem sem problemas. As vezes que fomos parados na ARG era apenas para perguntar onde iríamos ou conversar por sermos brasileiros. A maioria era bem receptivo. Não tivemos problemas com a corrupção. Independente disso, levamos o formulário de multa anti-corrupção do governo da ARG. Neste caso, deve ser o último recurso. Passamos por San Ignácio Mini para almoçar e acabou que não fomos às ruínas (vai ficar para uma próxima oportunidade). Nosso destino neste dia foi Corrientes. É uma boa cidade para pernoite. Vale a pena visitar o cassino e a região beira-rio. *Pedágios: Foram 3 pedágios entre Puerto Iguazu e Corrientes: Eldorado PA$ 20,00, Santa Ana PA$ 20,00 e Ituazingo PA$ 20,00 (total de 12 reais). Hotel em Corrientes: Hotel Orly (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 980,00. Hotel central com estacionamento a uma quadra). Em Corrientes abasteça e compre lanche reforçado e água: próximo dia de trecho sem muito atrativo para refeições. Observação: Nas cidades das províncias de Missiones, Chaco e Salta durante a tarde, mais ou menos a partir das 14h as cidades ficam vazias depois do almoço até às 17h, parecendo que é feriado (siesta). Após as 17h, tudo volta ao normal e o comércio (principalmente bares e restaurantes) fica aberto até tarde. Ir se acostumando com a rotina das siestas. Na estrada depois da saída de Puerto Iguazu. Na estrada sentido Corrientes. Na estrada sentido Corrientes. Passando por Ita Ibate sentido Corrientes. Fim de tarde sentido Corrientes. Chegando em Corrientes. Corrientes a noite. Dia 4: Corrientes – ARG a Salta - ARG Distância média: 820 Km Tempo (com paradas): 11h Foi um dos percursos mais cansativos. Possui muitas retas e é monótono (pode dar sono). O dia estava nublado, o que ajudou por ser uma região que faz muito calor. Fique atento a animais como cabras atravessando a pista em alguns pontos próximos de cidades. A pista é simples mas boa (não possui acostamento asfaltado). Possui muitos insetos chocando contra o para-brisas (não esqueça de colocar solução de limpeza no reservatório do para-brisas para facilitar o uso). Apesar de ser quase tudo reto durante boa parte do trajeto, não abuse da velocidade. Vá curtindo a viagem e além disso não dê sorte para o azar (nem para a polícia). Saímos de Corrientes sentido Salta passando logo no início por Resistência. Andamos cerca de 700km pela RN 16 (cerca de 8h). É uma região com pouca estrutura e possui cidades pequenas na beira de estrada sem muitos atrativos para lanche (tente levar da cidade de origem). *Muito importante abastecer sempre que o tanque passar de ¾ cheio se seu carro tiver pouca autonomia ou metade se tiver uma boa autonomia (o meu tanque de 60L dava uma média de 750 km). Neste dia paramos em um posto YPF e tivemos que esperar cerca de 40 minutos até o caminhão abastecer o tanque. Os postos ficam mais nas proximidades de cidades, vilarejos (pueblos) e trevo de acesso ao último trecho de 45km para Salta. Quando chega próximo de Monte Quemado (Província de Santiago del Estero) o asfalto fica cheio de buracos e deve-se reduzir bem a velocidade. Tomar cuidado com os veículos contrários que invadem a contramão tentando desviar dos mesmos (você também terá que ir para a contramão, então cuidado ao atravessar para a outra pista e não foque apenas nos buracos). Antes de chegar no cruzamento com a Ruta 9 começa a ter mais curvas e no horizonte começa-se a ver as primeiras montanhas da pré-cordilheira. Após entrar na ruta 9, a viagem já estava bem cansativa, logo redobre a atenção e tente parar um pouco mais para curtir esta região que é muito bonita. Neste momento estava próximo do pôr do sol e a paisagem ficou bem marcante. A chegada de Salta é bem bonita com uma descida espetacular. Chegamos cerca de 19:30. Durante o percurso passamos por alguns postos e blitz da polícia Caminera e Gerdameria. Não tivemos problemas em nenhum, inclusive no posto mais comentado e famoso de Pampa de Los Guanacos. *Pedágios: Foram 2 pedágios entre Corrientes e Salta: Resistência PA$ 15,00 e Makalle PA$ 30,00 (total 9 reais). Na chegada de Salta não havia pedágios (havia lido relatos de que tinha). Havia alguns trechos em obras, logo, no futuro podem haver outros pedágios ou pode ser algum pedágio que existia que estava em reforma. Salta: a cidade possui ótima estrutura turística, com diversos hotéis e restaurantes. A temperatura estava agradável. Achei a cidade tranquila e segura. A noite vale a pena conhecer as famosas peñas (por mais que seja pega-turista, como gosto da cultura, achei muito interessante). Compre folhas de coca seca para mascar ou fazer chá para tolerar melhor a altitude. Próximo dia: começa a melhor parte da viagem. Hotel: Hotel Samka (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 920,00. Hotel central com estacionamento. Saindo de Corrientes para cruzar a ponte sentido Resistência. Saindo de Corrientes para cruzar a Ponte sentido Resistência. Reta do Chaco sentido Salta. Esquece, é só reta. Reta do Chaco. Reta do Chaco. Animais na pista próximo a entrada de alguma cidadezinha no norte da ARG. Começam os buracos próximo a Monte Quemado. Primeiras montanhas da pré-cordilheira próximo ao cruzamento com a ruta 9 sentido Salta. Na ruta 9 sentido Salta. Fim de tarde sentido Salta. Em Salta. Dia 5: Passeio Salta Cachi Cafayate Distância média: 360 Km (boa parte em rípio) Tempo (com paradas): 8 h Saímos tarde de Salta (em torno de 11:30) em direção à Cafayate (rutas 68, 33 e 40), passando pela Cuesta del Obispo e Parque Nacional Los Cardones. O dia estava ensolarado e seco. A Cuesta del Obispo é muito linda, com paisagens bem diferentes das nossas (vale muito a pena). A estrada é de rípio e estava boa, com muitas subidas e curvas. Indo devagar, curtindo a paisagem e ouvindo uma boa música fica tudo tranquilo. Pegamos muitos ventos fortes que levantava muita poeira. Ao final do trecho de rípio pegamos um trecho de subida asfaltado em bom estado (a esquerda tinha uma placa do Parque Los Cardones e uma estradinha mas deve-se seguir direto no asfalto (entramos a esquerda e saímos em um lugar que parecia ser de piquenique, muito legal e bonito mas acabou nos atrasando – se sair cedo de Salta vale a pena). Depois tem uma descida íngreme e sinuosa (nessa hora ficamos meio confusos com o GPS pois mandava sair do asfalto - pode continuar no asfalto que não tem erro) até chegar na reta del Tin Tin, onde paramos para tirar fotos dos cactos gigantes. A região também é muito bonita e diferente. Depois seguimos para Cachi e achamos tudo fechado por causa da siesta. Só conseguimos o restaurante de um clube que fez uns sanduiches de presunto e mussarela. A cidade é muito tranquila. Seguimos para Cafayate (RN40) em estrada de rípio em estado regular. É uma região pouco habitada. Pegamos muito vento e poeira (parecia o fim do mundo, muito diferente). Atentar sempre para a direção que está seguindo no GPS pois as vezes tem alguma bifurcação e não tem placa indicando. Como saímos tarde de Salta, chegamos tarde em Quebrada las Flechas e já estava escuro e não aproveitamos (logo saia cedo de Salta e aproveite). Chegando em San Carlos, a estrada já é asfaltada. Log depois chega em Cafayate. Chegamos cansados no hostel e depois do descanso saímos para conhecer a cidade. É pequena mas muito boa e tranquila. Conhecida como a terra do bom vinho de altitude, onde as principais atrações são suas bodegas. Dicas Levar muita água, roupa corta vento, protetor solar e lanche muito reforçado. É uma região bem inóspita e a falta de água ou alimentação pode levar a uma desidratação ou hipoglicemia e o resgate pode ser muito demorado por ser uma região pouco habitada. Além disso, tem a siesta e caso chegue nestes horários, vai achar a cidade vazia e comércio em geral fechado. Parece cidade fantasma. Entre Cachi e Cafayate, dirija devagar. Não deixe de tomar o vinho Quara uva Torrontés em Cafayate. Ficar atento ao GPS se está configurado como menor distância, menor tempo ou fora de estrada. Quando íamos pegar estrada de rípio muitas vezes mudávamos para menor distância ou fora de estrada. Depende muito da hora, logo é importante estudar e conhecer muito bem todo o roteiro para evitar seguir o GPS e ir por um caminho não programado. Na saída de Salta, configure o GPS para menor distância e cidade: Cachi. Quando saímos configuramos para Cafayate e o GPS nos direcionou para a RN 68 (asfaltada e que não passaria por Cachi). Como já havia estudado o roteiro, ficou mais fácil perceber e corrigir. Vale a pena ficar 2 dias em Cafayate. Quando for embora, saia mais cedo para aproveitar as paisagens da Quebrada de Cafayate. Hotel: Hostel Andino (parece hotel mas é hostel, bem limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Saída de Salta sentido Cuesta del Obispo. Por enquanto asfalto. Início da Cuesta del Obispo ainda asfalto. Ainda asfalto. Início para a Cuesta del Obispo. Ainda asfalto mas depois começa o rípio. Início da Cuesta del Obispo já com rípio. Paisagem no início da Cuesta del Obispo. Rípio na Cuesta del Obispo. Cuesta del Obispo. A estrada clara ao fundo é de onde viemos. Cuesta del ObispoPercorre-se todo a estrada de rípio até em cima. Imensidão. Depois do rípio da Cuesta del Obispo nesta placa deve-se seguir direto no asfalto para chegar ao Parque Nacional Los Cardones. Na placa a esquerda tem uma estrada de rípio que dá em um lugar bem bonito no meio do nada chamado Valle Encantado - mas não é sentido Los Cardones – se sair cedo de Salta vale a pena conhecer). Se virar a esquerda na placa vai conhecer o Valle Encantado (do asfalto, dá média 7 Km ida e volta). Ao final da estrada tem umas mesas para piquenique. Seguindo no asfalto após a placa sentido Los Cardones. Seguindo no asfalto após a placa vai começar algumas curvas e depois uma descida sinuosa (onde foi tirada a foto). A fina faixa reta na foto é a reta del Tin Tin já em Los Cardones. O embaçado é poeira levantada pela ventania. Los Cardones. Aqui tem um local para estacionar o carro e curtir. Cuidado com outros carros ao atravessar o asfalto. Por mais que seja uma região pouco habitada as vezes passa algum carro. Após Los Cardones, Payogasta sentido Cachi. Em Cachi. Parecia cidade fantasma por causa da siesta. Vilarejo após Cachi sentido Cafayate. Após Cachi pegamos estrada de rípio sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora, parecia o fim do mundo (veja ao fundo da imagem). Sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora. Quebrada las Flechas a noite. Uma pena não ter saído mais cedo de Salta. Dia 6: Cafayate – ARG a Tilcara Distância média: 200 Km (até Salta) e 173 Km (até Tilcara passando por La Cornisa) Tempo (com paradas e engarrafamento de acidente): 10 h Cerca de 09:00 seguimos em direção a Salta pela Ruta 68 - asfaltada e em ótima condição. No início tem-se as formações rochosas da Quebrada de Cafayate (Los Castillos, El Obelisco, El Fraile, El Sapo, El Anfiteatro e Garganta del Diablo - todas identificadas). Vale a pena fazer este percurso com calma e apreciar as paisagens e as diferentes formações rochosas. Paramos no restaurante Posta de Las Cabras (ruta 68 - Km 88) para almoçar. É um lugar gostoso para descansar e curtir a calmaria. Cuidado ao pegar o volante após o almoço por causa do sono que pode vir. Seguimos em direção à Salta e de lá pegamos a estreita Estrada de La Cornisa sentido San Salvador de Jujuy para chegar em Tilcara. Em Salta, agarramos um pouco e saímos depois de 14hs. A estrada de La Cornisa é muito bonita e diferente, mas aviso que é muito estreita, logo tem que haver muito cuidado, uma certa perícia do motorista e cautela nas curvas. Tem uns mirantes que valem a pena parar. Pegamos a parte final já escuro. Recomendo sair de Salta no máximo entre 11-12h. Vá com calma para curtir cada detalhe. Depois de Jujuy houve um acidente na estrada e ficamos mais de 1 hora parados com isso chegamos a noite em Tilcara. Tilcara é muito legal de conhecer, um lugar alternativo no norte da ARG. Hotel em Tilcara: Villa del Cielo (muito bom, só fica um pouco distante do centro, mas vale a muito a pena). Média PA$ 950,00. Bônus: O hotel já havia sido eleito um dos melhores que ficamos, mas algo nos deixou ainda mais confiantes. Meu amigo esqueceu uma bolsa com dinheiro no hotel e só constatou no meio do caminho indo para o Atacama. Como conversei muito com a gerente Marisel por email antes da viagem não preocupei muito e fiquei de mandar um email para ela quando chegássemos ao deserto uma vez que iríamos passar por Tilcara na volta. Então, quando chegamos no hotel em SPA, ela já havia enviado um email informando do ocorrido e que a bolsa estava no cofre do hotel à disposição. Combinei que na volta pegaríamos e foi isso mesmo que aconteceu. O atendimento da Marisel é muito claro e honesto. Inclusive no primeiro dia, ao pagar, o meu cartão de crédito não estava passando, então o funcionário ligou para ela (que estava em Buenos Aires) e conversamos a melhor forma de resolver o problema e foi muito tranquilo. (Dica: tente manter um contato mais próximo com os hotéis que irá ficar para facilitar numa situação como esta). Vinícola em Cafayate Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate e formações rochosas. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. El Fraile. Quebrada de Cafayate. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Dique - La Cornisa Paisagem na Estrada de La Cornisa Parador Posta de las Cabras sentido Salta Praça em Tilcara Dia 7: Tilcara (ARG) a San Pedro de Atacama (SPA) - CHI Distância média: 436 Km Tempo (com paradas): 8 h (considere o tempo que pode ficar na aduana, ficamos quase 1:30. Melhor é estimar em 10 horas para ir com calma. Esta parte é um dos lugares mais bonitos da viagem (coisa que quem só vai de avião nunca vai conhecer). De Tilcara até SPA: asfalto em bom estado e não há pedágio (apenas algumas curvas da Cuesta de Lipán que estão sem asfalto). Tomamos café da manhã e saímos cerca de 8h. Reservamos o dia para a travessia da Cordilheira dos Andes via Paso Jama. Enchemos o tanque um dia antes no posto YPF na saída de Tilcara. Saímos de Tilcara e seguimos sentido Purmamarca. Subimos a Cuesta de Lipán com uma visão sem igual. Depois da subida começa uma descida também sinuosa. Embora o trecho do dia não seja tão longo, reserve o dia todo pois possui muitos atrativos com lugares bonitos, além disso, possui grande altitude (logo o carro perde potência e vai mais lentamente) além de trechos de subidas e descidas sinuosos. Todo o trajeto é tranquilo mas deve-se tomar cuidado (curvas, subidas, descidas e altitude). Quase ao chegar no topo da Cuesta de Lipán (depois de Abra de Porterillos) começa-se a descer uma região bem bonita (todas são). Quando acabam as descidas mais ingrímes começa-se uma parte mais reta e chega-se ao salar Salinas Grandes (não tem como não parar e ver a beleza). A RN52 corta o salar e fica bem interessante. Seguindo adiante, passa-se pelo Salar de Olaroz e de Jama, que também são magníficos (ainda na ARG). Depois vem Susques (um vilarejo bem diferente; na entrada tem um centro de informação ao turista com muitos mapas e catálogos de turismo grátis). Abastecemos para garantir e seguimos em direção à aduana ARG/CHI. Já na aduana, primeiro paramos no posto para completar o tanque e depois loja de conveniência. Depois fomos aos guichês com a documentação, onde faz-se a burocracia de saída da ARG/entrada no CHI (migração). Depois você continua os trâmites em várias cabines ao lado (sanitário onde declara que não leva itens proibidos como vegetais e etc. e para verificar a documentação do carro). Depois um agente vai vistoriar o carro. O nosso apenas pediu para abrir o porta-malas, deu uma olhada e nos liberou (mas vimos carros que tiveram que tirar a bagagem – aí demora bem mais). Depois que você é liberado e recebe o recibo validado, vai com o carro até uma cancela na estrada onde um agente vistoria os recibos de migração e abre a cancela para poder continuar sentido CHI. Aí é uma paisagem mais diferente e impressionante atrás da outra. Sem explicação. Após ver paisagens que mais parece outro planeta por um longo tempo começa-se a descida já próximo a SPA (de 4200m para 2200m em 42Km). Tem que ir com o carro sempre engrenado e não deixar embalar muito (ir freando aos poucos para os discos de freio não esquentarem e perderem o atrito). Por segurança mantenha baixa velocidade durante a descida. NÃO UTILIZE O FREIO CONSTANTEMENTE EVITANDO O SUPERAQUECIMENTO. Observação: *Com as altas altitudes você vai perceber o carro perdendo potência, mas é normal. Fique atento também quanto aos sintomas da altitude. *Agasalhe bem pois nos pontos mais altos do percurso a temperatura pode chegar a temperaturas negativas. *Nos lanches que são levados, se tiver frutas e vegetais terá que jogar fora antes da fronteira; inclusive você consegue ver várias coisas jogadas antes da fronteira. Água e refrigerante fechado não tivemos problema. *Na parte de documentação pegamos agentes educados e prestativos mas também pegamos um sem paciência. Então sempre esteja com a sua documentação e a do carro em mãos para agilizar. Seguimos sentido SPA pois tínhamos que chegar antes das 16h para pagar o Tour astronômico da Space Orbs. Chegamos um pouco antes e fomos direto acertar e depois procurar o hotel. (É necessário fazer o pagamento até as 15h00 do dia para confirmar o tour, porém combinei antes por email a necessidade de um prazo um pouco maior justificando a travessia da fronteira neste dia e a agência aceitou). SPA é uma cidadezinha diferente, parecendo o velho oeste moderno em outro planeta. Não vou me ater aos detalhes pois aqui nos mochileiros já tem muitos relatos e informações sobre a cidade. Acho importante dizer que no início você fica meio perdido sem saber como funciona o trânsito. Então, antes de entrar em alguma rua, veja se já tem carros e qual o sentido que eles estão para evitar maiores problemas com os Carabineros do Chile. Sempre via carros da polícia na cidade e região. Depois achamos o hotel que havia reservado (Geisers del Tatio). Arranjamos as coisas para cerca de 20h encontrar a van da agência para irmos ao Tour. Vale muito a pena. O céu é muito diferente lá no Atacama. Experiência única estar lá no meio do nada e ver o firmamento. (Fizemos a opção em espanhol). Hotel em SPA: Geisers del Tatio (muito bom, cerca de 8 minutos andando do centro de SPA. Boa estrutura. Valeu a pena, embora queria ter reservado o Pueblo de Tierra - melhor custo benefício). Média R$ 1500 as 4 diárias. Tour Astronômico: Agência PC$ 20000 (cerca de R$ 105,00 cada). Dicas *Para o dia da travessia do Paso Jama saia com o tanque cheio pois o consumo de combustível aumenta devido a altitude. De preferência abasteça em Susques e complete o tanque na fronteira. *Conselho: NÃO LEVAR NADA REFERENTE A ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL pois pode atrasar e muito! Além disso podem revistar o carro todo ou multar. *Pesquise ao menos 3 lugares de câmbio na Calle Toconao e faça o câmbio de pesos chilenos (calcule a necessidade média para alimentação, passeios e gasolina de acordo com os dias que vai ficar em SPA). *Importante atentar que o pagamento do hotel em moeda forte (dólar ou euro) pois isenta os turistas estrangeiros (menos de 60 dias no país) do pagamento do imposto IVA, que tem alíquota de 19% no CHI. Paguei no cartão de crédito e obtive o desconto.(Apesar do IOF, é muito mais tranquilo e seguro do que ficar viajando com uma grande quantidade de dinheiro em espécie, uma vez que o hotel tende a ser o seu maior gasto em SPA). Para a isenção tem que apresentar o passaporte ou cartão de entrada no CHI (tarjeta migratória). Veja no site do hotel ou confirme se ele está registrado ano Serviço de Impuestos Internos (SII). *Antes dos passeios em altas altitudes: bastante líquido, refeição leve e evitar excesso de bebida alcoólica. *Pagamento da entrada dos passeios deve ser em pesos chilenos. De preferência, o de restaurantes também, pois com a conversão que eles aplicam você pode ficar em desvantagem. *Recuse troco de notas de dólares velhas ou rasgadas. Tente reservar hotéis ou hostels que possuam estacionamento (algumas ruas não é permitido estacionar). Leve no mínimo 2 L de água por pessoa a cada passeio. *Restaurantes: por volta das 22h00 já começam a fechar as portas. Adição de 10% de propina (gorjeta). *Leve lanche para café da manhã/tarde para os passeios independentes e para os mais longos levar um lanche mais reforçado ou programe um almoço em algum ponto de apoio (Toconao ou Socaire por exemplo). O nosso cronograma básico foi este (a parte de descanso ficou entre descanso e conhecer a cidade): Cronograma Atacama Manhã Tarde Noite Tilcara SPA Tour astronômico Descanso Laguna Chaxa/Ojos del Salar/ Laguna Tebinquiche Descanso Geisers del Tatio Almoço/ Vale de la Luna Descanso Piedras Rojas/Lagunas Altiplânicas Altiplânicas/Socaire Descanso SPA Tilcara Descanso Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Cuesta del Lipán. No alto da Cuesta del Lipán em Abra de Porterillos. Após Abra de Porterillos. Este local também é muito bonito. Sentido Paso Jama. Faixa branca ao fundo - Salinas Grandes Susques Susques Atravessando a Cordilheira dos Andes Atravessando a Cordilheira dos Andes Fronteira ARG/CHI Paso Jama. Atravessando a Cordilheira dos Andes Gelo na beira da estrada. Vulcão Licancabur. Quando avistar está próximo de SPA. Descida de 42 Km sentido SPA SPA SPA Hotel Geisers del Tatio Dia 8: SPA (CHI) A cotação em SPA estava US$ 1 = PC$ 620 (Como comprei o dólar a R$3,28, R$ 1 = PC$ 189). De manhã resolvemos descansar, conhecer a cidade, fazer o câmbio (Calle Toconao), almoçar e fechar o passeio de Geisers del Tatio para a manhã do próximo dia. À tarde pegamos o carro e fomos para Toconao, Laguna Chaxa, Ojos de Salar e por último ver o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. É tranquilo de ir seguindo as orientações (www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br) e placas indicativas. Não fomos à Laguna Cejar pois achei que não justificava o preço absurdo que estão cobrando. Para chegar na Laguna Chaxa é bem tranquilo (cerca de 30 min de SPA). Passa se por Toconao e depois tem a placa indicativa para virar à direita numa estrada de rípio e sal em bom estado. Da Chaxa, também é simples ir aos Ojos del Salar que já é caminho para Tebinquiche, onde o pôr do sol é um espetáculo. De Tebinquiche, volta-se já escurecendo mas fica fácil ao seguir os carros das agências. Os passeios valeram muito a pena e é inesquecível o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. A noite descasamos para o outro dia de manhã (para os Geisers tem que acordar bem cedo, a van passou no hotel cerca de 05:00). Ingresso Laguna Chaxa: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00). Ingresso Laguna Tebinquiche: $4000,00 (cerca R$ 21,00). Em nenhuma da lagunas pode entrar na água. Toconao Rípio sentido Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Laguna Chaxa Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Ojos del Salar Laguna Tebinquiche Mudança das cores na Laguna Tebinquiche com o pôr do Sol Dia 9: SPA Geisers del Tatio e Valle de la Luna Resumo do dia: a manhã toda: passeio Geisers del Tatio/povoado Machuca. Almoço em SPA. A tarde: descanso e saída cerca de 15:00 para Valle de la Luna. O horário que a agência agendou para a van nos pegar foi próximo de 05:00. No dia anterior avisamos no hotel que precisaríamos do café com antecedência e eles deixaram tudo pronto e um funcionário inclusive levantou para nos atender no que pedíssemos. Tomamos pouco café no hotel e levamos um lanche (não deixe de levar água também - ao longo do dia vai fazendo muito calor). Estava bem frio e o deslocamento foi um pouco mais de 1 hora até o parque. Leve muita roupa de frio inclusive luvas boas pois as mãos quase congelam e é muito ruim (fui com calça térmica e outra calça por cima além de blusa térmica, uma normal e uma corta vento, duas meias para trilha e luvas - mesmo assim sente um pouco de frio. O pior mesmo foram as mãos). De qualquer forma você faz um sacrifício mas vale muito a pena. O lugar é diferente do que estamos acostumados e te faz lembrar os desenhos animados de infância. Foi muito bom conhecer este lugar. O frio incomoda mesmo só até o sol aparecer (naquele dia foi cerca de 06:40). Depois ficou muito tranquilo (depende da época que você vai). Tomamos um café da agência quando chegamos lá cerca de 06:10 e a temperatura era cerca de 7 graus negativos. Na volta, passamos pelo povoado de Machuca que tinha muitos turistas. *Cuidados: Os poços são demarcados mas evite chegar muito perto. Nunca coloque a mão diretamente nos poços e nem chegue muito perto. Segundo informações do guia já aconteceram acidentes fatais. A temperatura da água pode chegar a 85°C. Geisers del tatio: Agência PC$ 19000 (cerca de R$ 100,00 cada) e ingresso para entrada: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00 cada). Chegamos cerca de 12:00 em SPA e fomos almoçar em algum restaurante. Depois descansamos um pouco no hotel e pegamos o carro e fomos ao Valle de la Luna. . Valle de la Luna É bem perto de SPA. Cerca de 15-20 minutos de carro. Para este passeio leve boné, passe protetor solar, óculos de sol, algo para comer, muita água, roupa leve, bota de trilha ou tênis. Antes passamos na entrada do Valle de la Muerte mas não entramos pois este dia foi cansativo e não daria para fazer os 3 passeios. Seguindo pelo GPS e as placas é bem fácil. O acesso é muito próximo de SPA - cerca de 3km. Depois pega-se uma estrada de rípio. Chega-se na entrada do parque e paga-se o ingresso. Eles dão um mapa e explicam o tempo médio entre cada ponto. Depois de pagar a entrada, com o carro, anda-se uma parte de rípio até ter a parada para as Cuevas de sal. Estacionamos o carro e seguimos um grupo de turistas com guia nas cavernas. É bem legal mas quem não gosta de lugar fechado não vale muito a pena. Eu não tenho problema com isso, mas como tem gente na frente e atrás, você fica um pouco apreensivo. Depois de visitar as Cuevas , pegamos o carro e seguimos até as Tres Marias (cerca de 8 minutos), mas é bem bonito o caminho então paramos muito. Antes de chegar às Tres Marias, do lado direito tem o Anfiteatro. Depois voltamos e paramos em um estacionamento e subimos a pé para a Grande Duna. É uma caminhada de cerca de 10 minutos. Lá em cima cuidado ao ficar nas beiradas dos paredões. Subimos antes do pôr do sol para aproveitar bem a paisagem. Vale muito a pena este passeio. Retornamos para o Hotel antes do escurecer e a cor do ceu é indescritível. Valle de la Luna: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio SentidoMachuca Povoado de Machuca Entrada do Valle de la Muerte Valle de la Luna Cuevas de sal Anfiteatro Três Marias Valle de la Luna no topo da Grande Duna - a esquerda o Anfiteatro sentido Três Marias Pôr do sol no Valle de la Luna Retorno do passeio do Valle de la Luna Dia 10: Piedras Rojas (PR) / Lagunas Altiplânicas (Lagunas Miscanti y Miñiques) e Socaire (nesta ordem). Distância média: 300 Km ida e volta Tempo (com paradas): 9h. Piedras Rojas (PR): Acordamos cerca de 05:00, tomamos café no hotel (avisamos um dia antes o horário) e pegamos estrada. Ainda escuro e frio fomos tranquilo sentido Toconao, Socaire. Após Socaire seguimos sentido Lagunas Altiplânicas. Passamos pela entrada das Altiplânicas (bem sinalizado) e seguimos a estrada direto, sentido Paso Sico. Após a entrada das Lagunas, a estrada de asfalto, após um tempo, vira uma estrada de rípio. Toda a paisagem da região é também indescritível. Não tinha nenhum carro ou van de agência então ficou um pouco estranho, mas uma hora passou uma van de agência e vimos que estávamos no caminho certo. A estrada de rípio estava transitável e não era ruim. Apenas vá com calma e aprecie. Após a entrada das Altiplânicas foi cerca de 35 Km até chegar em Piedras Rojas (GPS -23.91180, -67.69249). Antes da entrada das PR havia umas curvas sinuosas e até passei direto (não vi nenhuma placa, apesar de falarem que tem uma placa a direita com o dizer Salar de Águas Calientes). Então fiquei sem saber onde era, mas como uma van havia nos passado, com o zoom da câmera ficamos procurando e a vimos bem de longe (da entrada até o local é cerca de 1,5Km). O caminho até lá é um pouco ruim mas nada demais, só ir devagar. Não conseguimos parar onde a van estava, então paramos antes e fomos andando até o local. Obs: A entrada para as PR é gratuita. Não tem banheiros. O local estava tão frio que o computador do carro acusou “9 graus negativos. Possível gelo na estrada”! Após curtir e comtemplar muito aquele local magnífico (não faça como muitos que vi por lá, chegam, tiram fotos e saem – sente e curta por muito tempo aquele local inesquecível). Antes de sair, conversei com um guia para saber se as Lagunas Altiplânicas estavam abertas (por causa do gelo, no dia que chegamos houve relatos que estava fechado – logo o local que mais queria conhecer), mas aí o guia falou que estava liberado o acesso. Dica: se for em época de muito frio tem grande chance de não conhecer as Altiplânicas por causa da neve, pois o acesso é de subida até chegar no guarda parque e descida mais íngreme para chegar às lagunas). Lagunas Altiplânicas Voltamos das PR pelo mesmo caminho e viramos à direita no acesso às Altiplânicas. Depois de sair da estrada principal, a estrada de acesso até o guarda parque é muito tranquila (cerca de 8 minutos). Chegando lá, pagamos a entrada e recebemos as instruções. Depois descemos até as lagunas (lá tem estacionamentos e banheiros). A descida estava um pouco molhada e com barro por causa do derretimento do gelo, com isso tinha que ir com mais cuidado. O local é magnífico. Se Deus quiser eu vou voltar. Depois de parar na Miscanti e contemplar, seguimos para Miñiques (parece um quadro)! Acabei perdendo algumas fotos, mas na minha memória ainda estão as paisagens. Saímos cerca de 13:00 e fomos em direção a Socaire para almoçar. Não me lembro muito bem o nome do restaurante mas fica na estrada que corta a cidade. Lagunas Altiplânicas: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Dica: este dia você vai para um lugar que não tem estrutura, então leve muita água, protetor solar, protetor labial, casaco corta vento, luvas, gorro, chapéu, óculos de sol e muito lanche. Faz bastante frio (e venta muito). Saia cedo para aproveitar melhor o local pois a medida que o tempo vai passando vai chegando mais turistas e fica difícil de aproveitar (como fomos bem cedo teve momentos bem tranquilos sem turistas). Como saí bem cedo ainda está escuro, então tome cuidado na estrada pois acaba sendo mais perigoso. De preferência, leve folhas de coca para mastigar pois o passeio está a quase 5000 metros de altitude. Não ultrapasse as demarcações das trilhas. Respeite a cultura e a preservação do local. Socaire: cidadezinha interessante, povoado pré-colombiano. Paramos na volta para almoçar uma comida típica atacamenha. Depois voltamos para SPA (mais uns 45 minutos). É um dia cansativo mas que vale muito a pena. Piedras Rojas: recomendo colocar as coordenadas no GPS antes de sair para garantir que vai achar. Sobre os Carabineros de Chile Os Carabineros de Chile são muito honestos. Relato duas experiências com eles. Uma foi no dia da volta da Laguna Chaxa, já a noite e na chegada, já dentro da cidade encostei o carro para verificar o GPS para ver qual caminho seguir. Como estávamos vindo da estrada, o farol estava alto e esqueci de abaixar o farol. Logo, vem um carro no sentido contrário e quando fui ver uma caminhonete verde dos Carabineros e o policial já foi logo falando em tom forte: Baja la luz! Baja la luz! Um pequeno detalhe, mas que para eles pode influenciar na segurança dos demais motoristas. Só fiquei com certo medo de querer multar, mas abaixei a luz e disse que tinha abaixado e eles foram embora. Em outro episódio, voltando das Lagunas Altiplânicas, iria parar em Socaire para almoçar e havia uma blitz na estrada principal que corta a cidadela. O policial veio e solicitou a documentação do veículo e motorista. Entreguei logo a PID (Permissão Internacional para Dirigir) para não ter problema e o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo). Ele verificou e começou a anotar algumas coisas num caderninho dele (aí eu fiquei pensando: será que ele vai me multar?). Já fui perguntando: ¿Que eres esto? Aí ele falou que era apenas para controle deles (me pareceu mais alguma coisa sobre estatística - talvez sobre veículos estrangeiros - ou evitar parar um carro mais de uma vez, pois quando fui embora ele já acenou para passar direto). Nesta abordagem, pedi para tirar uma foto do carro dos Carabineros e ele autorizou (é bem diferente), mas acabei perdendo a foto mas não a memória. Se tiver interesse veja no google como são. Estrada asfaltada para Piedras Rojas/Altiplânicas Estrada de rípio após a entrada das Altiplânicas sentido Piedras Rojas Piedras Rojas. Lá na frente fica a estrada de rípio sentido Paso Sico Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Lagunas Altiplânicas Lagunas Altiplânicas (perdi muitas fotos da Lagunas) Retorno das Lagunas Altiplânicas sentido Socaire Dia 11: SPA (CHI) a Maimará (ARG) Aqui termina nossa estadia no deserto, mas não a aventura. Retornamos de SPA para Maimará apreciando as paisagens. Foram muitas paisagens diferentes . No caminho demos carona para um casal de mochileiros argentinos. Foi muito legal a troca de experiência e poder treinar um pouco o espanhol. Paramos muito pois na ida paramos menos por causa que tínhamos que chegar em SPA a tempo de pagar o Tour Astronômico. Na fronteira foi bem tranquilo. Inclusive meu amigo foi atendido e tomou oxigênio no centro médico. Atendimento bem rápido e prestativo. Chegamos em Maimará e fomos ao hospital da cidade pois meu amigo estava sentindo um pouco de mal por causa da altitude. Embora tínhamos o seguro viagem, resolvemos ir no hospital da cidade (público). O atendimento também foi bem prestativo e mediram a oxigenação dele que estava um pouco baixa. A noite fomos a Tilcara para distrair pois Maimará não tem opção a noite. Hotel em Maimará: Posta de Gherard (simples mas o quarto que ficamos estava com um pouco de cheiro de mofo, o que para mim é muito ruim por causa de rinite). No mais atendimento muito atencioso. Sem café da manhã. Média PA$ 600,00. Estacionamento na frente do hotel. Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Paletas del Pintor – Maimará Cierro Siete Colores - Pumamarca Pumamarca Tilcara Dia 12: Maimará (ARG) a Joaquín Victor Gonzales (ARG) 490 km 08h-17h Distância média: 490 Km Tempo (com paradas): 8 h Saímos cedo de Maimará para conhecer as Paletas del Pintor e depois fomos para Pumamarca conhecer o Cierro Siete Colores e passamos a manhã por lá e almoçamos. Possui muitas feiras de artesanato e é bem diferente. Havia decidido que não iríamos em Humahuaca e Iruya desta vez por falta de tempo (vai ficar apara a proxima). Em Humahuaca tem o Cierro Cuatorze Colores que parece valer muito a pena. Depois do almoço seguimos sentido joaquín Vicotr Gonzales (JVG) onde havíamos decidido que seria nossa pernoite. Na volta da viagem não reservamos nenhumlocal para ficar e achamos uma pousada de um português na beira da estrada principal que corta a cidade. JVG não tem muito atrativo, acho que vale mais como ponto de apoio para pernoite. Sem fotos. Dia 13: Joaquín Victor Gonzales a Resistência Continuação do retorno da viagem. Reta do Chaco sem muito atrativo. Manter autonomia de gasolina e comprar lanche. Resistência é uma cidade melhor estruturada do que Corrientes. Gostei muito de conhecer. Lá vale a pena tomar um chope na Choperia Mosto e tomar café da manhã na lanchonete Cascanueces. Sem fotos. Dia 14: Resistência a Foz do Iguaçu Retorno ao BRA por Foz do Iguaçu. Dia também cansativo mas tudo tranquilo. Demos carona para um venezuelano mochileiro que mora em Bariloche e estava indo para o Rio de Janeiro e nos ensinou muito o espanhol. Antes da travessia da fronteira passamos em Puerto Iguazu para comprar uns vinhos pode vale a pena. Jogar fora qualquer vestígio de folhas de coca antes de atravessar a fronteira pois é proibido no Brasil. A travessia da fronteira foi tranquila. A noite no Brasil te traz uma certa tranquilidade de saber que está em casa. A noite o venezuelano saiu para tomar uma cerveja gelada conosco. Hotel em Foz: Hotel Coroados (simples e preço justo). Média de 135,00 a diária. Sem fotos. Dia 15: Foz do Iguaçu (Cataratas do Iguaçu) Resolvi deixar mais um dia em Foz no roteiro devido a previsão do cansaço acumulado da viagem. É uma boa opção tendo em vista que você pode conhecer as Cataratas do Iguaçú. Já conhecia mas vale muito a pena o passeio. Neste dia também fomos no Free Shop na ARG pois vale a pena para muitos produtos (tente ter uma noção dos preços no BRA mas as promoções de bebidas estavam com preço bom). Ingressos Cataratas: R$ 37,00 mais R$ 20,00 de estacionamento. Próximo dia preparar para pegar estrada. Cataratas do iguaçú. Por mais que seja apenas uma foto vale muito a pena conhecer. Dia 16: Foz do Iguaçu a Marília Neste dia na saída de Foz a Polícia Rodoviária Federal nos parou e deu uma revistada básica no carro, inclusive pedindo para abrir bagagem. Como há um grande contrabando de mercadorias do Paraguai para o Brasil é normal eles pararem neste posto. Não é proibido levar bebida só não vá levar todo o bagageiro de bebidas. O retorno fica mais cansativo com o passar dos dias da viagem. Logo tem que descansar bem e distrair relembrando cada detalhe de uma aventura e experiência que você vai poder contar para as pessoas mais próximas e se Deus quiser para os filhos e netos! Sem fotos. Dia 17: Marília a BH Este percurso foi bem longo e cansativo mas chegamos bem em BH, quase 22:00. Fica aqui o nosso relato e que possa ajudar muito mochileiros que desejam fazer uma aventura dessas. Abraço a todos. Último registro da viagem Dicas gerais da viagem *A média do preço da gasolina na ARG e CHI não estavam muito diferentes do Brasil, porém a gasolina lá é mais pura e rendia mais, logo acho que estava valendo o preço. *De preferência para roupas fáceis de lavar, pois uma viagem longa requer que você constantemente lave algumas peças de roupa para economizar espaço no carro. *Conhça bem o carro que vai e mantenha sempre revisado. *Na nossa saída de Belo Horizonte levamos 2 fardos de 12 garrafas de 500 mL e 1 fardo de 6 garrafas de 1L. Vale muito mais a pena você comprar antes da viagem e levar. Durante toda a viagem no carro há um grande consumo de água. Se for comprar toda essa água no caminho fica no mínimo 4 vezes mais caro. Essa água deu até o segundo dia em SPA sendo que em alguns hotéis a gente reabastecia. Se coubesse tinha levado no mínimo mais um fardo de 6 de 1 L. Logo, tente levar mais. *Segundo a legislação não pode levar bagagem no banco de trás do carro, então tente se programar com um carro que caiba toda a bagagem no porta malas de acordo com o número de pessoas. Algumas coisas levávamos embaixo e atrás dos bancos (motorista e passageiro – cuidado para não rolar para os pés do motorista podendo causar acidentes). Evitávamos colocar mochilas no banco de trás para não ter problemas com a polícia. *Tente prever uma média de gastos em cada país com alimentação, hospedagem e combustível para facilitar a média de dinheiro que será convertido em outra moeda. Caso tenha maior interesse entre em contato. *O carro fica todo empoeirado se for na época de seca, então tem que parar um dia para tentar passar uma pano úmido por dentro para facilitar a viagem (lavar não adianta muito). *Viajei de carro próprio então se for de veículo financiado procure maiores informações. *Na ARG, veículo não pode ter engate traseiro. *De preferência todos os passageiros adultos devem ter uma noção do roteiro e outros detalhes importantes da viagem. *Ande sempre com um galão de água no carro. *Tente reduzir o custo da viagem pegando promoção em sites de reserva de hoteís, levando água e lanches já da sua cidade de origem ou comprando em supermercados. *O preço médio das refeições não estavam muito diferentes do Brasil (embora a maioria dos lugares que comemos você pedia um prato e dava para duas pessoas. *Agende e/ou pague as contas/compromissos (Cemig, Condomínio, Net e outros) do período antes da viagem. Site pesquisados: www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br http://mydestinationanywhere.com/ http://www.fragatasurprise.com/2016/03/San-Ignacio-Mini.html http://www.meumapamundi.com.br https://www.viagemdigital.com.br http://www.phototravel360.com/ http://www.estrangeira.com.br/ http://www.maiorviagem.net/ http://www.portao02.comi http://viajarintenso.com.br http://estradaseuvou.com.br/ http://queimandoasfalto.com.br/ http://www.abrainternacional.com.br/servicos/paises-signatarios/ https://weather.comHYPERLINK "https://weather.com/"/ https://weatherspark.com/ http://maladeaventuras.com/ www.viaggiando.com.br http://apureguria.com/tag/atacama/ https://viajento.com/ https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-qHYPERLINK "https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-que-voce-precisa-saber/"ue-voce-precisa-saber/ http://www.ruta0.com/ http://www.guiaviagem.org/argentina-clima/ https://www.welcomeargentina.com/purmamarca/caminata_cerroscolorados.html http://viajandodecarro.com.br/ http://www.360meridianos.com/2015/02/purmamarca-e-o-cerro-de-los-siete-colores.html http://mundosemfim.com http://HYPERLINK "http://www.cabostral.com/clima-argentina.php"www.cabostral.com/clima-argentina.php# http://www.pasosfronterizos.gov.cl/complejos_pais.html http://chile.travel/donde-ir/norte-desierto-atacama/san-pedro-atacama/ http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagHYPERLINK "http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagem/"em/ http://aurelio.net/viagem/atacama/ http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atHYPERLINK "http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atacama/"acama/ http://www.terraadentro.com/2015/02/21/deserto-do-atacama-de-carro/ https://atacamadecarro.wordpress.com/2015/06/14/trajeto-de-san-pedro-de-atacama-as-lagunas-antiplanicas-e-laguna-chaxa/ Tem muitos mais sites que pesquisei não salvei. http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/sete-motivos-para-voce-conhecer-o-deserto-no-atacama/ http://www.vidavivida.com.br/2010/12/24/deserto-do-atacama-cidades-e-passeios/comment-page-1/ (Cidades norte ARG) http://viajandodeHYPERLINK "http://viajandodecarro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/"carro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/ COMBUSTÍVEL http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoesHYPERLINK "http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoes-de-assistencia"-de-assistencia CENTROS DE AJUDA AO TURISTA EM CASO DE NECESSIDADE MAPAS DE COMO CHEGAR EM ALGUNS LUGARES NO ATACAMA http://viagensaamericadosul.blogspot.com.br/2013/08/deserto-do-atacama-mapas-e-gps-viajando.html http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicHYPERLINK "http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas"as http://www.rbbv.com.br/americas/america-do-sul/chile/ Postos YPF http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicioHYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"&HYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"filtro=ProvinciaES COTAÇÕES http://brl.pt.fxexchangerate.com/ars/ http://www.oanda.com/lang/pt/currency/HYPERLINK "http://www.oanda.com/lang/pt/currency/historical-rates/"historical-rates/ http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=HYPERLINK "http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=mundodeviajante"mundodeviajante http://www.cambiosantiago.cl/?page_id=17 http://g1.globo.com/economia/mercados/cotacoes/moedas/index.html http://blogdescalada.com/saiba-quais-sao-as-vacinas-necessarias-para-viajar-pela-america-do-sul/ (VACINAS) Pesquisa de notas falsas: Blog Viajeibonito e Descortinando horizontes
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  40. 06-08/08: Rolezinho em Águas da Prata Após alguns dias em Poços, era hora de levantar acampamento e seguir para a base do ramal principal do Caminho da fé, Águas da Prata. Mas, chegar da maneira tradicional não teria graça, e só iria começar a jornada no dia 09/08, então, o que fazer? Nas minhas pesquisas prévias, tomei conhecimento de uma rota de ferrohiking entre o pequeno bairro de Cascata, na divisa do estado, até Águas, de aproximadamente 17km. Seria um bom exercício para as pernas, e um verdadeiro off the beaten path da região. Peguei os horários de ônibus, e saí pela parte da madrugada, de Poços para a divisa dos estados. Essa viatura circulou e parou bem pertinho enquanto eu fazia os registros, pensei que iria rolar um puta interrogatório suspeito e zikar meu passeio O bairro de cascata pertence a Águas da Prata, é bem isolado e meio largadinho, com aquele ar de periferia/bairro rural. Bateu receio de cruzar com nóia, mas graças a Deus, apesar de tudo fechado naquela hora da manhã, era somente eu cruzando as ruas. Eis que encontro a estação (aparentemente abandonada) de Cascata. Avisos de proibição de pedestres Ignorados #thuglife, mais umas olhadas para ver se estava sendo observado, horário de início memorizado, e começava a andar nos trilhos. Num primeiro momento a trilha é fechada, sem muito a observar a não ser a próxima curva. Pela quantidade de cascalho característico das vias ferroviárias, só poderia andar pelos dormentes do trilho, tornando o ritmo lento. Li que era comum encontrarem animais atropelados nesse trecho, entretanto não foi o caso na minha passagem. Após quase uma hora do cooper matinal, a paisagem começa a mudar, e a vegetação se dispersa do lado direito (sentido Águas), oferecendo as primeiras visões daquele sobe-desce característico da região. Avistava algumas fazendas, a SP-342, e um belo horizonte sendo acordado, aos poucos, pelo sol da manhã. Neste ponto, não demora muito e o mirante da Prata e a Ponte do Tajá são avistados, uma das partes "emocionantes" desta trilha. Isso porque a pequena ponte é "vazada", tem aproximadamente uns 150m de extensão, e 25m de altura. Comparado com um viaduto mula preta da vida (ferrovia do trigo), esta é uma brincadeira de criança, porém, com a possibilidade de se ouvir o apito do trem de carga chegando no momento da travessia (pois este não tem um horário definido), a pequena brincadeira ganha um belo tempero. Parei, contemplei o horizonte, tirei umas fotos e comecei a atravessar a ponte, atento a quaisquer sons atípicos. Sem problemas. Para quem tem problemas com pontes ou alturas, há uma trilha lateral segura. Ainda atravessei a ponte uma segunda vez. Após a travessia, notei que chegava no início da ponte um pequeno grupo feminino. Ótimo, alguma companhia para o caso de incidentes é sempre útil, mas não esperaria elas atravessarem a ponte, pois o sol estava começando a tomar conta de tudo, e o calor de um dia ensolarado logo iria incomodar, então tratei de seguir caminho. Passada mais uma hora, entro em um pequeno túnel de aprox. 60m. Acreditem ou não, escutei vozes lá dentro. Não sei se estava perto de uma fazenda, se haviam pessoas em cima da passagem, se algum efeito do eco levava vozes distantes para dentro da estrutura, ou se havia algo sobrenatural em curso. Não nego, deu um pequeno nervosismo, e logo tratei de deixá-lo para trás Após mais uma hora e meia aproximada, começo a escutar sons de água. Sabia que dos trilhos podia entrar na Trilha das Sete Quedas, ponto quase que obrigatório para quem está na região. Stan em dia ensolarado estava pedindo por um banho gelado, porém, não sabia a extensão da trilha, e quanto tempo gastaria aqui, então neste primeiro momento, decorei o local da entrada e segui meu caminho. É interessante memorizar esta curva após uma grande elevação, a trilha das sete quedas começa aqui. Era em torno de 11 da manhã quando cruzei com os primeiros transeuntes que vinham em sentido contrário, estes indo para as sete quedas. Um rapaz trazia um cachorro aparentemente feliz, e uma moça carregava um gato enjoado numa daquelas mochilas para pet. Senti pena do gato, trilha em dia ensolarado não é lugar para esses bichanos. Finalmente às 13 horas, alcançava meu destino, a estação de Águas da Prata (apesar de ter andado pela rua nos metros finais por medo de ser multado por sei lá, algum guardinha de passagem ) Comemorações feitas, restava agora procurar um almoço, a hospedagem, e informações sobre a peregrinação. Por ser sábado, a AACF - Associação dos Amigos do Caminho da Fé estava fechada, porém, havia feito a reserva prévia pelo booking na Casa do Fábio, que coincidentemente era parceira do caminho. Consegui as informações desejadas com o anfitrião (muito gente boa, diga-se de passagem) e a credencial do peregrino, obrigatório para a emissão do certificado mariano na basílica de Aparecida. Como as coisas acontecem, não? Com isso, só restava fazer as compras para as refeições dos próximos dias, e curtir o tempo disponível. Nesse período, conversei bastante com o Sr. Fábio sobre todo tipo de assunto, ouvi a história de vida dele, e pude compartilhar curiosidades sobre meu estado, Amazonas, que raramente chegam ao conhecimento do sulista. No domingo, esperava encontrar algum movimento no pequeno centro turístico de Águas da Prata que basicamente é um amontoado de quiosques próximos da Fonte Vilela, famosa por derramar a "água mais radioativa das américas". Nas dependências, os macacos-prego, mal-acostumados com os restos de comida dados pelos turistas, chegam pesado quando veem que o movimento está bom no local Aqui é um bom ponto para devorar os derivados de milho vendidos. Mais uma fonte de água de qualidade, fazia questão de andar meia hora da pousada até aqui para recarregar a garrafinha Já é da rotina das moças dos quiosques a pequena gangue exigindo "pedágio". Os peludos até possuem nomes. A água dança e anuncia a renovação da vida Em Águas da Prata tem e ao mesmo tempo não tem muita coisa para se fazer. Além dos quiosques, da fonte, e um mirante na cidade, há algumas cachoeiras no entorno, boa parte delas afastadas. Como ainda era de manhã, e o dia prometia sol forte, resolvi voltar aos trilhos de trem e fazer a trilha das sete quedas. No caminho, pude ver alguns carros antigos retornando do evento de Poços de Caldas para seus lares, oferecendo ao expectador um túnel do tempo. Foi lindo de ver =D A trilha das sete quedas tem uma dificuldade de fácil para intermediário. Sinalizada com tinta nas árvores, um pequeno esforço para subir em pedras e raízes de árvores se faz necessário, enquanto o visitante vai subindo o curso d'água. Apesar da região estar passando por um período de seca e as quedas estarem fraquinhas na ocasião, haviam pontos legais e bonitos para aquele banho gelado (do tipo entrar na água e sair com o corpo dormente ou dolorido de frio ). Não sei se é a segunda ou a terceira queda, só quem conhece saberia dizer com exatidão Após uma hora e meia, mais ou menos, consigo chegar na sétima queda. O esforço valeu a pena, pois a paisagem cativa A volta seria cansativa, porém, há o pulo do gato: da sétima queda há um ramal de acesso que termina quase que nas dependências da cidade. É possível chegar de carro na sétima queda, inclusive, porém há uma porteira onde é feita a cobrança dos visitantes no caminho. Era um "semi-alívio", pois meus joelhos reclamaram um pouco nessa trilha. Na volta, quase me perco na floresta de eucaliptos, vi umas trilhas de MTB super da hora, e tive que fazer uma bela descida de desnível acentuado no meio de plantações de café. Uma aventura e tanto. No terceiro dia, o clima estava dando sinais de uma mudança drástica: chuva fraca e tempo fechado na região. Por um lado era um alívio para a vida local, uma vez que havia meses que não chovia, e por outro eu precisaria me preparar para a possibilidade de começar a grande caminhada embaixo d'água. Isso não seria exatamente um problema, pois tinha capa de mochila e uma jaqueta impermeável. Nesse dia, em virtude da chuva, não pude fazer muita coisa, a não ser desejar boa viagem para os bicigrinos de saída, observar a tranquilidade da cidade em uma tarde de segunda, e refletir bastante sobre a jornada que começaria no dia seguinte.
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  41. Resumo: Itinerário: De Águas da Prata a Aparecida Distância Aproximada Entre Origem e Destino pelo Mapa do Caminho da Fé: 309 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios e Adicionais: 340 km Período: 22/03/2022 a 02/04/2022 (12 dias) Gasto Total: R$ 796,90 (só o meu gasto, sem contar os gastos dos meus primos-sobrinhos nos 2 primeiros dias) Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 765,90 - Média Diária: R$ 69,63 Ida: Viagem com meu primo Marcelo e seus filhos Carolina e Luís. Volta: Viagem pelo BlaBlaCar de Aparecida a São Paulo por R$ 31,00, com Winderson. Paradas: 22/03: Águas da Prata 23-24/03: Andradas – Percorremos o Caminho das 8h às 17h, cerca de 31 Km de progresso 25/03: Crisólia (município de Ouro Fino)- Percorri o Caminho das 8h30 às 16h30, cerca de 35 Km de progresso 26/03: Borda da Mata - Percorri o Caminho das 8h30 às 16h30, cerca de 37 Km de progresso 27/03: Estiva - Percorri o Caminho das 8h30 às 16h30, cerca de 39 Km de progresso 28/03: Paraisópolis: - Percorri o Caminho das 8h às 17h, cerca de 40 Km de progresso 29/03: Luminosa (município de Brazópolis) - Percorri o Caminho das 9h às 14h, cerca de 25 Km de progresso 30/03: Campos do Jordão - Percorri o Caminho das 8h30 às 17h, cerca de 40 Km de progresso 31/03: Gomeral (município de Guaratinguetá) - Percorri o Caminho das 8h30 às 16h, cerca de 32 Km de progresso 01/04: Aparecida - Percorri o Caminho das 8h30 às 15h, cerca de 30 Km de progresso 02/04: São Paulo Considerações Gerais Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, atrações no caminho e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais ou ao longo do caminho. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Pode-se encontrar informações detalhadas sobre o Caminho da Fé em https://caminhodafe.com.br, incluindo mapas, hospedagens conveniadas, ramais, cidades e muitas outras. Em boa parte da viagem houve bastante sol. Houve algumas pancadas de chuva, geralmente no fim do dia. Dia com chuva mais prolongada foi só um e assim mesmo leve com picos rápidos de moderada. Houve poucos raios. A chuva, quando me pegou nas estradas, geralmente foi leve e breve. Chuva forte aconteceu por 2 vezes, mas quando eu já tinha chegado ao destino e estava abrigado. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 14 C a 28 C. A sensação térmica às vezes era mais baixa por causa da chuva. A sinalização do Caminho pareceu-me muito boa. Não me perdi nenhuma vez, o que para mim é um recorde 😄. Nas áreas urbanas era bem detalhada. Nas áreas rurais era mais escassa, mas nos pontos relevantes estava presente. Viajei sem máscara o tempo todo. Só a usei quando entrei em estabelecimentos fechados. Espantou-me que em alguns locais, principalmente de Minas Gerais, muitas pessoas usavam máscara, mesmo na rua, ao contrário do que havia visto no interior de São Paulo em fevereiro, onde quase ninguém usava nem em locais fechados, exceto os funcionários. A vegetação, as paisagens rurais, os mirantes, as montanhas, as cachoeiras, os lagos, os rios, as construções históricas e típicas, as igrejas, os monumentos religiosos e tradicionais e os pequenos altares ou santuários agradaram-me muito . Vi alguns animais silvestres no caminho, sendo muitos pássaros (tucanos, corujas, saracuras, amarelos, verdes, pretos, azuis, marrons etc) e uma cobra. Acostumado a fazer caminhas em praias, resolvi tentar fazer o Caminho de chinelo 🩴, inclusive para tirar a dúvida se as bolhas ocorridas na primeira parte tinham sido pelo fato de eu ter andado descalço em parte do trajeto. E realmente acho que foram, pois desta vez não tive bolhas. Só precisei tomar muito cuidado nos trechos de serra em que havia pedras grandes soltas, para não me machucar com elas. Em relação aos dias chuvosos e às cachoeiras, o chinelo foi muito mais cômodo. Havia trechos com plantações, que foi variando de tipo ao longo do caminho, com eucalipto, amendoim, milho, banana etc. Houve também muitos trechos com pastos, a maior parte para criação de gado, mas vi cabras também. Houve vários trechos com mata. Quase todo o percurso foi em área montanhosa 🌄. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil . Foi impressionante a generosidade dos donos de algumas acomodações e comerciantes, sendo que vários me tratavam como se fosse da família . Procurei ser o mais educado possível e não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Não houve problemas com cachorros nem outros animais. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) no caminho nem nas cidades. Só houve um ponto em que eu achei que poderia haver algum tipo de risco, que foi ao passar por um bairro na periferia de Potim, bem perto da chegada. Quase todos aceitaram cartão de crédito, mas preferi pagar as acomodações familiares em dinheiro, para não gerar taxas para elas. Pousadas, hotéis, supermercados e padarias procurei pagar com cartão de crédito. Meus gastos foram R$ 142,15 com alimentação, R$ 623,75 com hospedagem, R$ 31,00 com a passagem de volta pelo Blablacar (https://www.blablacar.com.br). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de SP (da minha casa no Cambuci) a Águas da Prata na 3.a feira 22/03/2022 no carro do meu primo Marcelo, junto com seus filhos Luís e Carolina. Saímos cerca de 12h30. O trânsito em São Paulo estava bom. Fomos pela Rodovia dos Bandeirantes e depois seguimos o indicado pelo GPS, Paramos para almoçar em um restaurante na estrada. Após o almoço, fui oferecer o restante da marmita que a Carolina não comeu (cerca de 70%) a um mendigo que havia pedido. Mas, depois de perguntar se a marmita já havia sido mexida, ele não quis. A viagem foi tranquila e chegamos perto de 16h30. Conversamos bastante durante o trajeto, sobre passado, família, futuro, planos, Brasil, mundo e a viagem. Eu não conhecia Luís e Carolina pessoalmente, ou, se conhecia, foi quando eram muito pequenos. Ele estava com cerca de 28 e ela com cerca de 26 anos. E fazia pelo menos 6 anos que não encontrava com Marcelo pessoalmente. Iriam também uma amiga minha e um amigo da Carolina. Mas minha amiga acabou não podendo ir e eles optaram pelo amigo da Carolina não ir. Fomos inicialmente à Associação dos Amigos do Caminho da Fé (https://www.facebook.com/caminhodafeassociacao) para emitir as credenciais deles e para obter informações sobre o trecho. A minha credencial eu já havia comprado na primeira parte do Caminho. Cada credencial custou R$ 20,00 e Luís ainda comprou um cajado para eles. Depois fomos achar a casa que Carolina havia alugado pelo AirBnB (https://www.airbnb.com.br/). Custou R$ 175,00 para as quatro pessoas. Pareceu-nos uma boa casa, mas o dono, que aparentemente nos viu chegando, perguntou se desejaríamos mudar para uma maior, sem custo adicional. Aceitamos e mudamos. Lá havia um quarto para cada um e ainda sobravam quartos. Havia também piscina e churrasqueira. Precisamos tirar umas telhas da garagem para caber o carro. Nesta operação quebrou uma telha ao meio e eu fiz um arranhão na perna, onde a telha pegou. O anfitrião nos presenteou com um queijo inteiro, água e cervejas. Vimos por informações existentes na casa que, aparentemente, ele era um político local. Os portões e portas ficavam abertos, mostrando que não tinham receio de roubo ou algo semelhante. Depois de acomodados, pedi para ver o peso das mochilas de Luís e Carolina e as achei muito pesadas, principalmente a da Carolina. Ela retirou alguns itens, mas mesmo assim, achei-a ainda pesada. Mostrei-lhes a minha e a acharam muito leve. Devia estar pesando, sem água nem alimentos, cerca de 4 kg. Então Carolina resolveu retirar alguns itens da sua mochila para que seu pai levasse de volta. Após todos acomodados, saímos para jantar. Fomos a uma festa gastronômica que havia uma 3.a feira por mês numa área central da cidade. Havia bastante gente no local. Encontramos uma mesa, depois mudamos para outra mais central e fizemos nossos pedidos. Eu comi um sanduíche vegano enorme num pão integral multigrãos. Ainda sobrou para levar para o dia seguinte. Cada um comeu seu prato de preferência. Se me lembro pediram também baião de dois e a Carolina pediu um pequeno sanduíche semelhante ao meu para o dia seguinte no percurso, pois era um trecho sem locais intermediários para alimentação. Marcelo ainda comprou alguns itens, como linguiça e carnes, que já havia pesquisado quando tínhamos ido pegar as credenciais. O céu noturno estava limpo de nuvens e me pareceu lindo e estrelado. A temperatura caiu um pouco e Carolina pareceu sentir um pouco de frio. Sugeri a ela então que levasse os agasalhos que havia trazido, mesmo que representasse um pouco mais de peso, pois estava previsto passarmos por Campos do Jordão ao longo do Caminho. Não houve mosquitos à noite no meu quarto. Na 4.a feira 23/03 inicialmente contemplei um pouco a paisagem da cidade e do entorno no amanhecer e nadei um pouco na pequena piscina 🏊‍♂️ (não era aquecida, mas achei a água boa) que havia na casa. Logo chegou Luís, já pronto para a caminhada do dia. Arrumei-me e fomos tomar café na padaria. Marcelo tomou café, eu apenas comprei pães para o dia. Despedimo-nos de Marcelo, que pretendia ir a uma cidade ali perto comprar queijo e depois voltar para casa, e fomos pegar água mineral na fonte da engarrafadora Águas da Prata. Descobrimos que a fonte só abria às 9h para o público, mas o vigia da fábrica gentilmente deixou-nos pegar água do filtro, que era a mesma da fonte. Após encher as garrafas, partimos. Inicialmente aproveitei para tirar uma foto do mural existente no muro traseiro da engarrafadora, que pelo que me disseram foi feito por um artista local. O percurso do dia foi montanhoso, com muitas subidas e descidas. Pegamos a estradinha e começamos a seguir as setas. Encontramos Marcelo, que havia voltado à casa e encontrado os que a haviam alugado para nós, dando informações para eles sobre nossa estadia. Ele se despediu dos filhos (parecia um pouco emocionado) e de mim e seguiu de carro. Nós seguimos na estrada, que logo se transformou em estrada de terra. Começamos a ver a vegetação do campo e de montanha e inúmeros pássaros. Após cerca de uma hora, Carolina disse que seu dedinho estava doendo e achou melhor trocar sua bota pelo tênis. Vimos gaviões, corujas, canários e outros pássaros, posto que estávamos no caminho do Pico do Gavião. Vimos também muitas árvores diferentes, algumas floridas, eucaliptos e muitas flores. Luís gostou especialmente das enormes e inúmeras teias de aranhas em sequência nas árvores, com várias aranhas de diferentes tipos, como as desta foto que ele tirou. Paramos num bambuzal e Luís pegou uma vara de bambu para servir de cajado para ele. Carolina já estava com a que tinham comprado. Eu não quis pegar uma para mim, preferindo andar sem. Num dado momento, Carolina disse “Olha uma cobra!”. Nesta foto não fica muito claro, mas ele era verde brilhante. Carolina disse que primeiramente achou que era uma minhoca, que estava na frente do seu caminho. Após a observarmos bastante e comentarmos que ela parecia pequena, acho que a cobra percebeu nossa presença e se incomodou. Elevou sua cabeça e até armou um bote. Resolvemos então continuar e deixá-la em paz. Fomos conversando ainda sobre a vida, a natureza, o Brasil, a Alemanha, onde Luís tinha morado, e muitos outros assuntos. Paramos pouco antes de meio dia numa cachoeira. Luís aproveitou para almoçar a marmita que tinha levado. Carolina tomou um banho no remanso. Eu entrei embaixo dos três pontos em que havia queda d’água, funcionando como uma espécie de hidromassagem. Achei delicioso. Acho que Carolina comeu seu sanduíche. Eu comi o meu. Descartamos parte da comida que tínhamos comprado na estrada no dia anterior e que o mendigo não havia aceito, pois já estava bastante tempo fora da geladeira e com cheiro suspeito. Luís disse que após a parada estava se sentindo muito bem. Algum tempo depois, perguntei para eles se estavam se sentindo bem. Luís disse que sim, muito bem. Mas Carolina disse que sentia um incômodo na perna. Pedi para ela estimar a intensidade da dor, de 1 a 10. Ela estimou em 6. Fiquei preocupado. Achamos que era por causa da mochila pesada. Então Luís disse que iria levar a mochila dela e nós passamos a andar mais devagar e monitorar continuamente a situação. Na subida ela dizia que o incômodo era maior e no plano e na descida quase nem sentia. Resolvemos andar em “modo caminhão” então, lento na subida e acelerando na descida. Vimos vários outros pássaros, zonas de mata e pastagens ao longo do Caminho, todo por estradas de terra. Havia trechos em que passavam vários carros e caminhões. Em outros quase não havia nenhum movimento. Passamos pela entrada da estrada que ia até o Pico do Gavião. Cruzamos a fronteira entre São Paulo e Minas Gerais e entramos em Andradas. Pouco mais para a frente, vimos uma pessoa descendo de asa delta, fazendo manobras circulares perto da estrada em que estávamos. Após algum tempo, peguei a mochila da Carolina para revezar com o Luís, pois achei que poderia sobrecarregá-lo. Após me repassar a mochila, ele disse que percebeu que estava sentindo suas pernas cansadas e dor nos ombros. Depois de carregar a mochila dela junto com a minha por algum tempo, eu fiquei com uma espécie de bursite no músculo do pescoço com o ombro. Paramos algumas vezes para beber água e descansar. Carolina quis trocar o tênis por chinelo, conversamos e ponderamos que poderia não ser uma ideia interessante, pois poderia machucar o pé numa topada. Eu já estava acostumado, ela não, além do que o chinelo dela era muito mais frágil e fino do que o meu. Mesmo assim, ela andou um pouco com chinelo. Perto de 15h estávamos passando pela Pousada do Gavião. Perguntamos a Carolina sobre a intensidade da dor e ela disse que estava em 5. Perguntei se eles desejavam parar ali então ou continuar. Eles resolveram ligar para a mãe, que é médica. Após conversar com a mãe, decidiram que seria melhor parar ali. Entrei na pousada e fui procurar pela atendente. Havia falado com eles antes e tinham dito que não estavam atendendo continuamente e que para ficar lá precisaria avisar com antecedência. Para nossa sorte estavam lá, mas nos disseram que não teriam condições de nos hospedar. Porém Adílson, o dono da pousada, disse que poderiam nos dar carona até Andradas. Achamos que seria melhor. Eu perguntei aos dois se não se importariam de ir de carona e eu ir a pé e os encontrar na pousada da cidade. Disseram que não. Ao perguntar para Adílson, coincidentemente ele disse que só conseguiria dar carona para duas pessoas, posto que levaria também a atendente e o carro só tinha quatro cintos de segurança. Assim sendo, foram os dois de carro e eu fui a pé. No caminho achei muito belas as vistas da paisagem e da cidade a partir do alto. Tirei esta foto da paisagem. E esta da cidade, vista perto da chegada. Cheguei na Pousada Dora Moia (https://www.facebook.com/Pousada-DORA-MOIA-186499428912832), onde havíamos combinado que eles ficariam, por volta de 17h. Custou R$ 50,00 por pessoa num quarto com banheiro para nós três, incluindo café da manhã. Eles estavam deitados, descansando. Luís disse que estava se sentindo muito cansado e que se não tivesse vindo de carro no trecho final, achava que não teria conseguido. Eles tinham colocado as roupas para lavar (custava R$ 10,00 o uso da máquina). No quarto ao lado havia o tio e sua sobrinha (eu acho) que também tinham feito o primeiro dia do Caminho. Ela estava com bolhas nos pés e estava descansando deitada. Ele comentou sobre seu plano de fazer o Caminho de Santiago em maio. Após eu me acomodar, conversamos sobre como proceder e, após eles conversarem com a mãe e obterem orientações, decidimos ir até a farmácia para Carolina tomar um remédio (citoneurin). Eu estava achando melhor pararmos por um dia e verificarmos se dava para continuar ou não, de modo a não nos arriscarmos a gerar uma lesão mais grave nela. Eu a acompanhei até a farmácia enquanto Luís ficou resolvendo questões pelo celular. Na farmácia, o atendente disse que melhor do que o remédio, seria uma injeção mais potente, dexa-citoneurin, que eliminaria a dor e daria condições para ela prosseguir. Ela conversou com a mãe, que a autorizou a tomar a injeção, mas disse que era uma medida excepcional, que não deveria ser repetida. Ela tomou. O farmacêutico ainda nos recomendou alguns locais para jantar com comida típica. Ao voltarmos, Luís entrou em contato com algumas possíveis pousadas para ficarmos no dia seguinte ou em dois dias, caso passássemos um dia descansando e avaliando a recuperação dela. Depois fomos eu e ele ao Bar e Restaurante União (https://www.facebook.com/restauranteuniaoandradas), que o atendente da farmácia tinha recomendado como o de comida mais típica e saborosa, para trazer um tutu à mineira para o jantar. O dono concordou em substituir um dos ovos por um omelete, posto que sou vegetariano. O conteúdo do prato era enorme e jantamos nós três, sendo que eu comi muito para não sobrar nada. Incluía, bisteca, calabresa, torresmo, arroz, tutu de feijão, couve e salada, além do ovo e do omelete. Ainda demos parte do torresmo que eles não comeram para a Dora. Eu adorei a comida e acho que eles também gostaram. Na 5.a feira 24/03, após uma boa noite de sono, considerando que o incômodo continuava na perna da Carolina, resolvemos passar um dia a mais em Andradas, para ver se ela se recuperava ou se era melhor interromper o Caminho. Aproveitamos para descansar. Inicialmente tomamos o bom café da manhã oferecido pela Dora, com pães, queijo, margarina, bolo, biscoito de polvilho, café, leite e goiabada. Durante a manhã, posto que o incômodo continuava, analisamos várias possibilidades, inclusive de continuarmos o Caminho e Carolina acompanhar indo de carro de uma cidade para outra, algo que ela não achou interessante. Ao fim, chegamos a um acordo que era melhor interromper, para evitar qualquer risco. Eu perguntei se eles se importariam se eu continuasse e eles disseram que não, até ficariam contentes. Eles decidiram retornar no dia seguinte. Começamos a procurar alternativas, pelo Blablacar, Uber, táxi ou ônibus. Não conseguimos alternativas de rotas viáveis pelo Blablacar nem de preço viável por Uber ou táxi e o mais viável mostrou-se ser o ônibus mesmo 🚌. Decidido isso, deixamos Carolina descansando e fomos comprar ingredientes para fazer uma guacamole para o almoço, prato que eu não conhecia. Compramos abacate, tomate, cebola, cenoura para o guacamole e adicionamos berinjela, pepino, pimentão, manga e banana por minha sugestão. Eles prepararam, mas acharam que o abacate estava muito verde. Eu achei que estava bom. Durante o almoço, preocupados com o horário em que eu começaria a caminhada no dia seguinte, resolveram ir no próprio dia. Eu, que não gosto muito de viajar á noite como eles iriam, disse que para mim não haveria problema em começar mais tarde no dia seguinte, mas eles decidiram que iriam no fim da tarde mesmo. Após o almoço, acompanhei Luís até a rodoviária para comprar as passagens. Ele comprou para perto de 18h. Anotamos alguns números de taxistas para levá-los da pousada até a rodoviária com as bagagens. Quando voltamos, Carolina estava tomando café com Dora e sua família. Depois Luís foi comprar alguns doces para levar de presente e pães de queijo e batata para comer. Enquanto isso fiquei conversando com Carolina sobre a situação familiar e seus planos para o futuro. No fim da tarde acompanhei-os de táxi até a rodoviária. Havia alguns cachorros lá que achamos que poderiam ser atropelados, mas que depois de bastante tempo acabaram conseguindo atravessar a rua, quando o trânsito do horário de pico diminuiu. Pesamos as mochilas enquanto esperávamos o ônibus. Até que não estavam tão pesadas. A da Carolina deu por volta de 5 kg e a do Luís por volta de 7 a 8kg, mas já com os doces que haviam comprado e itens tirados da mochila da Carolina, porém sem a água e os alimentos que haviam levado durante a caminhada. O ônibus chegou alguns minutos atrasado, eles subiram e partiram. Luís tirou esta foto antes de partirem. Eu voltei para a pousada, passando antes pela Igreja Matriz, na qual entrei para visitar. Jantei o que tinha sobrado da guacamole com mais alguns pães que comprei. Ofereci a guacamole para a Dora (não tínhamos oferecido antes porque eles acharam que não tinha ficado boa e iria decepcioná-la) e ela disse que estava boa, porém que faltava sal. Descobri que antes de sair eles tinham pago a estadia deles e a minha do último dia. Acabaram ficando no prejuízo financeiro 😞. Avisei uma outra amiga que tinha dito que talvez fizesse o trecho a partir de Estiva conosco, sobre a previsão de chegada em Estiva. Mas ela havia se comprometido a fazer companhia para a mãe naquele período e acabou não vindo. Na 6.a feira 25/03 tomei o bom café da manhã, com pães amanhecidos (que Dora me ofereceu antes de chegarem os novos, após eu dizer que gostava deles), pães novos, queijo, margarina, bolo, biscoito de polvilho, banana, leite de vaca criada por parentes dela e goiabada. Depois de me arrumar, despedi-me de sua filha Janaína e da sua sobrinha. Assinei o livro de visitantes e Dora pediu para tirar uma foto na frente da pousada. Despedi-me de Dora e parti rumo a Crisólia. Passei novamente pela Igreja Matriz, desta vez de manhã, e aproveitei para visitar a praça. O caminho novamente foi montanhoso, com belas vistas do alto, belas paisagens e áreas de mata. Vi também vários pássaros (preto e amarelo, preto com azul brilhante, canários, periquitos, pretos etc). Neste momento havia ainda bastante poeira no Caminho levantada pelos veículos, pois não havia chovido ainda. Um caminhão reduziu sua velocidade antes de passar por mim num trecho assim. Achei que foi para me poupar do poeirão, mas talvez estivesse enganado. Houve pequenos trechos em estrada de asfalto, um na saída de Andradas e um outro maior perto da chegada em Crisólia. Na caminhada deste dia encontrei um casal de mais de 60 anos vindo de Santa Catarina, que estava fazendo o Caminho a pé. Eles tinham parado numa lanchonete. A mulher me disse que pretendiam ir até Crisólia. Esta foi a foto de uma das paisagens. E esta de outra. Havia também pequenas grutas e santuários como este. No meio do dia passei pela Serra dos Limas, fui visitar a igreja por fora e no caminho para ela peguei três mexericas que encontrei no chão. Uma mãe zelosa esperava pela perua escolar que traria a filha da escola. Comentou comigo que era importante esperar, pois por ali passava muita gente e poderia ocorrer algum problema. Pouco adiante passei pela Pousada da Dona Natalina, com quem Luís havia conversado para nos hospedar, caso tivéssemos continuado em grupo e fôssemos fazer trechos mais curtos. Ele a achou muito simpática e gentil pelo telefone. Conheci-a e seu marido Bento, que achei que faziam um lindo casal, de certo modo simbolizando a diversidade, simpatia e boa índole da população do interior. Pouco depois, vi um homem saindo de uma cachoeira. Parecia ser um peregrino. Resolvi aproveitar a cachoeira e acabei não conseguindo falar com ele. Achei deliciosa a queda de água, inclusive sendo possível entrar em baixo do jato. Ao longo do dia, um homem pediu-me orientações sobre como chegar a Andradas, se bem me lembro, eu disse que vinha de lá e mostrei o caminho pelo qual tinha vindo. Foi a primeira vez em toda a peregrinação, incluindo a primeira parte, que dei informações para alguém que me pediu. Passaram por mim peregrinos de bicicleta. Passaram também grupos de motos e quadriciclos, que acho que estavam indo para Aparecida. Ao longo do trajeto achei as igrejas das pequenas localidades muito bonitas. Achei o campo de futebol de Barra muito bonito também. Já no meio da tarde reencontrei o homem que tinha visto saindo da cachoeira, que era Israel, policial de trânsito aposentado, que fazia uma caminhada de Tambaú até ali perto, de onde pretendia voltar para sua cidade no interior de Minas. Conversamos um pouco no acostamento, enquanto andávamos e depois eu prossegui mais rapidamente para tentar não pegar chuva. Ele comentou comigo da existência da Estrada dos Santos Negros, que eu encontraria num trecho após Ouro Fino. Ele disse que pretendia pegar um ônibus, pois não gostava muito de caminhar em rodovias, onde estávamos naquele momento. Durante a tarde, uma caminhonete emparelhou comigo e me ofereceu água, mas como eu tinha, educadamente recusei. Em Crisólia fiquei na Pousada São Sebastião, da Dona Maria, https://www.instagram.com/pousadasaosebastiao4, recentemente falecida, conduzida atualmente por seus filhos, especialmente por Marta. Custou R$ 50,00 num bom quarto com banheiro externo, incluindo café da manhã. Paguei em dinheiro. Quando cheguei, seu sobrinho que lá estava fazendo um serviço, deixou-me entrar para escapar da chuva que vinha. Assim que entrei começou uma chuva leve que se transformou numa pancada moderada. Fiquei esperando pela Marta numa área coberta. Cerca de 15 minutos depois ela chegou junto com Israel, que também resolveu hospedar-se lá. Saí para comprar pães e vegetais (laranja, banana, chuchu etc) para o jantar e conhecer a igreja e a praça. Uma moça indicou-me outra que poderia abrir a igreja, ela foi buscar a chave em casa e abriu para eu poder conhecê-la. A dona da padaria em que comprei pães contou-me que teve uma doença rara, que a deixava paralisada e o marido fez uma promessa para ela se curar. Ela melhorou muito, tanto que estava trabalhando, e o marido fez o Caminho da Fé, com ela dando apoio de carro. Israel, que jantou na minha frente, ficou admirado de me ver comer as cascas das bananas e laranjas em meus sanduíches veganos. Alguns trabalhadores jantaram junto conosco, pois a pousada oferecia refeições também. Percebi que parte da planta dos meus pés estava começando a ficar vermelha e fiquei achando que poderiam surgir bolhas. À noite não houve mosquitos e o sono foi tranquilo. No sábado 26/03 após levantar e ir ao banheiro vi que Israel já havia tomado seu café da manhã e já estava partindo. Eu então fui tomar o bom café da manhã oferecido (leite de vaca criada, pães, broa, queijo, margarina, banana, bolo). Marta falou-me que uma peregrina tinha desistido no dia anterior devido às bolhas no pé, embora ela tivesse ajudado a tratar, mas que o homem que a acompanhava tinha continuado. Acho que foi o tio e a sobrinha que tínhamos encontrado em Andradas. Marta pediu para seu filho tirar uma foto nossa. Acho que a moça à minha direita era sua irmã e a outra era ela, de blusa escura. Depois parti rumo a Borda da Mata. Achei o trajeto belo, com muitas montanhas e trechos de mata. Pouco depois de sair vi um casal de moto tentando pegar alguma ave. Achei que estavam tentando pegar uma galinha para abate. Mas na realidade estavam tentando salvar um filhote de saracura 🐦, que estava perdido da mãe e tinha ido para a estrada. Estavam tentando fazê-lo ir para o outro lado da cerca, onde havia campo. Depois de muito tentarem, o filhote conseguiu achar um local em que pulou a cerca e saiu correndo em disparada rumo ao campo. Eu os parabenizei pela atitude solidária com os animais. Passei pela cidade de Ouro Fino, que me pareceu muito bonita. Na entrada do núcleo urbano central existia uma escultura do Menino da Porteira e uma homenagem ao compositor e ao cantor da famosa música. Minha mão encaixou perfeitamente no molde que existia ao lado do monumento. Já perto do centro da cidade, existia este outro monumento. Passei pela igreja central também, que achei bela, e segui meu caminho. Na saída da cidade, encontrei a Estrada dos Santos Negros (https://leandromd.blogspot.com/2013/07/coisas-de-minas-estrada-dos-santos.html) de que Israel havia falado. Era uma estrada com esculturas e pequenos altares para negros considerados santos cristãos ou do sincretismo, com um breve relato. Achei muito interessante. Depois da estrada rumei para Inconfidentes. Pouco antes da chegada havia esta capela de São Judas Tadeu. Na lanchonete ao lado havia dois peregrinos, se bem me recordo de Fortaleza, que estavam fazendo o Caminho. Cumprimentei-os e conversamos rapidamente. Disseram que para eles aquele clima era frio. Despedi-me e prossegui. Gostei da cidade, com sua praça central, onde ficava a igreja, que achei bela. Mais à frente, já num trecho de estrada, havia uma espécie de centro de compras de crochê, mas como eu passei pelo outro lado e como estava ameaçando chuva, resolvi não voltar para conhecer. Já numa estrada de terra na saída da cidade, começou uma chuva leve e depois veio uma pancada moderada de chuva 🌧️ e eu parei por alguns minutos sob a cobertura de um ponto de ônibus. Mas passou logo e eu pude continuar. O chão já não tinha o poeirão dos primeiros dias, pois a chuva, ainda que em pouca quantidade, havia umedecido a terra. Ao longo do trajeto vi vários pássaros, tucanos, cinza-azulados etc. Acho que foi neste trecho que vi alguns tucanos. Até tentei fotografá-los, mas o melhor que consegui foi esta foto. Se eu fosse fotógrafo morreria de fome 😄. Passei também pela Capela Nhá Chica, que achei uma pérola, muito bela e integrada ao ambiente natural ao seu redor. Havia um ponto de apoio aos peregrinos associado a ela. Num outro momento tomei um banho num córrego que havia na beira da estrada. Não era uma cachoeira, mas gostei. Cheguei em Borda da Mata já perto do fim da tarde. Fiquei hospedado no Hotel Virgínia (https://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g4085659-d10456708-Reviews-Hotel_Virginia-Borda_da_Mata_State_of_Minas_Gerais.html) na região central, pagando R$ 60,00 com cartão de crédito por um quarto com banheiro interno e café da manhã incluído. Cláudia atendeu-me e sua filha, entrando na adolescência, operou o computador para me registrar. Cláudia também tinha um menino bebê de colo. Após instalar-me, encontrei Gustavo, marido e pai, assistindo a semifinal do campeonato paulista entre Palmeiras e Bragantino. Ele era palmeirense. Depois de acomodado, fui dar uma volta na cidade, conhecer o chafariz (iluminado à noite), a praça e a igreja, que achei belas, e pensei em ir a um cruzeiro que existia no alto de um morro, mas como já estava tarde, desisti. No caminho um rapaz ofereceu-me algo entorpecente para fumar lá 🚬, pois disse que senão não teria graça. Eu ri, recusei educadamente e prossegui. Na volta, ao perceber que eu não havia ido, ele riu e disse que iria chamar a polícia para mim. Passei no supermercado e comprei banana, laranja, chuchu, cebola, limão e pão para o jantar. O sono foi tranquilo, sem mosquitos. No domingo 27/03 inicialmente tomei o bom café da manhã oferecido, com pão francês, pão de torresmo, polvilho, margarina, manteiga, muçarela, banana, mamão, melão, caqui e bolo. Gustavo, vendo que os caquis existentes na mesa não estavam muito maduros, foi buscar outro para mim no quintal do vizinho. Conheci um hóspede que tinha parentes nas redondezas e trabalhava como guarda municipal em Santo André. Disse que pretendia mudar para a região após aposentado, pois em Santo André, no local em que morava, até para colocar o lixo na rua precisava sair armado. Após me despedir de todos, ainda passei pela praça central e pela igreja e parti rumo a Estiva. Achei o trajeto belo e montanhoso com lindas vistas do alto, trechos de mata e vários córregos. Novamente vi vários pássaros diferentes dos que estou acostumado a ver, como alguns verdes, com as asas encobrindo a cor azul. Vi várias cobras esmagadas na estrada. Acho que um grupo de peregrinos ciclistas 🚵‍♂️ passou por mim, além de motociclistas. Logo no princípio houve uma subida íngreme para a Porteira do Céu. Um rapaz acompanhou-me boa parte da subida, pois disse que estava fazendo seu exercício matinal de domingo. Interessantemente ele também estava de chinelos e disse que subir aquele trecho de calçados traria bolhas nos pés. Lá no cume da estrada havia uma capela e uma lanchonete, com vista ampla da paisagem, que achei muito bela. Esta era a vista. E esta era a capela. Conversei com um homem de um casal que estava fazendo um passeio por ali de jipe. Pouco depois de prosseguir caminho, passou por mim um grupo enorme de jipeiros. Vi e visitei várias capelas no caminho, incluindo uma patrocinada pelo Tonho Prado da Rede Vida, cujo dono da propriedade em que ficava recebeu-me muito bem e abriu a porta para que eu pudesse conhecer. Uma das capelas foi esta. No meio do trajeto passei pela cidade de Tocos de Moji, que me pareceu muito bonita. Tinha ficado sabendo que ela tinha sofrido com as chuvas do início do ano, mas parecia bem recuperada, porém com várias obras. Achei sua igreja, praça central e toda a área central muito belas. Estava havendo um espetáculo com muita gente, música alta e vários tipos de alimentação. Seguindo o Caminho para Estiva, passei por um grupo de quatro peregrinos mineiros, acho que era um casal e dois irmãos ou então dois casais. Eram todos da mesma família. Mais à frente encontrei um automóvel Gol prata de apoio que os acompanhava, com o avô e a netinha. Um amigo deles dirigia. Seguindo, fui até o Cantinho do Peregrino, onde talvez pretendesse ficar. Mas achei que era muito cedo, perto de 13h30. Conversei com uma atendente e pedi para avisar que eu havia mudado de ideia e iria prosseguir. Ela me tratou muito bem até indicou um outro local para me hospedar, que achou que poderia ser mais barato do que as opções existentes em Estiva. Houve chuva leve no fim do dia. Uma das paisagens vistas neste trecho foi esta. Ao chegar em Estiva, perguntei para uma moça se havia alguma outra pousada além da Poka e ela me disse que havia uma em cima da Lotérica Mendes e me ensinou como chegar lá. Fui até lá e não havia ninguém. Depois de tocar a campainha e bater palmas, o vizinho apareceu e me disse que a pousada funcionava, mas a dona tinha saído e voltaria mais tarde. Por precaução, decidi então verificar se havia vaga na Pousada Poka, que me parecia ter um preço acima do praticado nos outros locais. Descobri que havia bastante vagas e que existia uma opção mais barata, com banheiro fora, que não era mencionada nas informações da pousada que constavam no documento do Caminho. Lá conheci alguns peregrinos que faziam o Caminho de bicicleta (um homem e duas mulheres). Aproveitei enquanto esperava pela dona da pousada e fui dar uma volta na praça e conhecer a igreja central. Achei ambas belas. Voltei à porta da pousada, onde pouco depois apareceu uma moça que me viu esperando e disse que tinha o telefone da dona, que era sua conhecida e que ela não costumava sair. Ela ligou no telefone fixo, pois a dona não tinha celular. Ouvimos o telefone tocar, mas ninguém atendeu. Enquanto conversávamos, chegou a dona. Era Ademilde, apelidada de Duda. Ela disse que estava funcionando e aceitaria me receber. Paguei R$ 40,00 em dinheiro por um quarto com banheiro dentro e sem café da manhã nem wi-fi. Ela encheu cerca de 80% da minha garrafa de água. Disse que antes era conveniada ao Caminho, mas depois de alguns fazerem reservas e não comparecerem, tinha desistido. Ela me disse que pela manhã era para eu deixar as chaves na porta antes de partir, posto que ela tomava remédio para dormir e só costumava acordar depois das 8h. Ela parecia ter alguma oscilação cognitiva ou emocional, mas me tratou muito bem durante todo o período. Como era domingo e os supermercados e quitandas já estavam fechados, resolvi comprar o jantar na padaria. Comprei pães e um bolo de coco, que juntei com duas bananas que ainda tinha. Ainda precisei sair da pousada à noite e ir mais perto da área central, pois o sinal da Claro não pegava no quarto. Quando perguntei a um rapaz, ele me disse que não havia risco de segurança em se usar celular na rua à noite ali. Na 2.a feira 28/03 após comer como café da manhã os três pães e o pedaço de bolo que sobraram, arrumei tudo, fechei a pousada como Duda havia pedido e parti. Não pude pegar água, pois a porta da casa dela ainda não estava aberta e eu não quis incomodá-la. Contei com a possibilidade de achar alguma fonte nas primeiras horas de caminhada. Logo após sair, encontrei a Chácara São Bento (https://www.facebook.com/pages/Capelinha%20De%20S%C3%A3o%20Bento/102602185213604), onde tocava cântico gregoriano vindo de um alto-falante. Vi que estava escrito que havia apoio aos peregrinos e água potável. Comecei a procurar, mas não encontrei. Passando o portão, ao lado da capela, vi uma torneira. Achei que era lá. Antes de pegar, surgiu Luiz Carlos Marques Júnior e disse que era voluntário naquele ponto. Disse que ficava ali entre 5h30 e 8h dando apoio e ânimo aos peregrinos e que já tinha entrado, mas resolveu voltar porque viu pela câmera que eu parecia estar procurando algo. Falei que estava procurando por água e ele me mostrou a torneira, dizendo que era água potável segura, que eles mesmo tomavam. Quando eu disse que iria colocar cloro, ele disse que não precisava, mas se eu estava acostumado, não havia problema. Como ele disse que eles bebiam aquela água diretamente, resolvi não colocar cloro, tomá-la e encher pouco mais da metade da minha garrafa. Conversamos bastante sobre seu trabalho voluntário de apoio aos peregrinos, colocação de mensagens motivacionais, educacionais e informativas ao longo do Caminho, o cântico gregoriano, cujo CD tinha ganho de monges de Ponta Grossa que por ali passaram, plantio de árvores etc. Ele me falou que tinha construído a capela durante a pandemia e que o local planejado originalmente era um pouco ao lado, mas que como havia um ninho de rolinha na árvore onde seria, ele decidiu alterá-lo para onde era naquele momento. Disse-me também que era cuidador de um monge idoso e que trabalhava comercialmente como contador, remotamente em casa. Ele perguntou se eu era católico e, mesmo eu dizendo que não era cristão, deu-me uma medalha de São Bento, que disse que poderia usar como quisesse. Perguntei se poderia doar para alguém ao longo do Caminho e ele disse que sim, inclusive mencionando que eu passaria por dois bairros carentes na sequência. Ao fim parabenizei-o, ele carimbou minha credencial, tirou uma foto, despedimo-nos e prossegui. Ele disse que eu teria uma longa caminhada até Paraisópolis, meu destino pretendido daquele dia. Gostei das paisagens ao longo do Caminho, novamente montanhosas, com belas vistas das montanhas e a partir das montanhas, áreas de mata, gado, pássaros (tucanos, pássaro de ponta cabeça etc). Visitei igrejas e muitas capelas. Não choveu ao longo do dia. Passei pelos bairros que Júnior havia dito, não os achei tão carentes, talvez por tê-los achado parecidos com outros de cidades anteriores. Uma vista da paisagem foi esta. Encontrei um grupo de peregrinos almoçando em Consolação e fui cumprimentá-los. Aproveitei e cumprimentei um motociclista que estava em uma mesa à frente deles, não fazia o Caminho da Fé, mas não deixava de ser um peregrino 😄. Já na saída de Consolação, vendo uma mãe saindo com a filha para pegar a perua para a escola, perguntei se a mãe era católica. Ela disse que não, que era evangélica. Então eu disse que tinha a medalhinha para doar, mas imaginava que ela não se interessaria, pois geralmente evangélicos não gostam de imagens. Ela não contestou. Mais à frente, vi uma outra mulher, de mais idade, que talvez fosse a sogra da mulher anterior, pelo que entendi, e perguntei se era católica. Ela disse que sim. Ofereci a medalhinha. Acho que ela não entendeu bem, mas desceu a rampa para conversar. Quando ela chegou mais perto eu expliquei e ela disse que gostava de imagens e, se era de graça, aceitava. Dei para ela. Pouco à frente, já na área rural, encontrei a Gruta da Sagrada Família, que tinha uma fonte de água disponível para os peregrinos. Eu já tinha me arrependido de não ter tomado mais água na Chácara São Bento nem ter enchido completamente a minha garrafa, pois o dia estava quente. Mas esta fonte resolveu o problema e fez com que eu não passasse nenhuma privação de água. Pouco à frente encontrei uma moça e seu tio (acho) peregrinando a pé. Eles eram de Bauru. Disseram que era seu primeiro dia de peregrinação. Perguntaram a que distância estava a pousada mais próxima. Eu disse que havia uma perto, cerca de 10 km antes de Paraisópolis. Depois de conversarmos um pouco, eu acelerei um pouco e os deixei para trás na subida. Mais à frente, pela segunda vez na viagem, um motorista pediu-me informações e eu indiquei como chegar a Consolação, que o ajudaria a ir para a cidade que desejava. Depois parei para conversar com a dona desta casa, que me chamou atenção pelo jardim florido. Aproveitei e perguntei para ela sobre a Pousada Boa Esperança, com a dona da qual tinha conversado sobre talvez ficar. Ela me falou que a dona tinha ido fazer pré-natal e poderia demorar a voltar. A dona havia me dito no dia anterior que teria consulta médica à tarde e por isso não poderia garantir que estaria lá para me receber no meio da tarde. Ficamos combinados sem compromisso. Os dois peregrinos de Bauru alcançaram-me. Como era cedo, perto de 15h, deixei avisado para os vizinhos da pousada que prosseguiria e não ficaria lá. Os dois peregrinos aproveitaram e pararam no bar e mercearia ao lado para comprar mantimentos (água etc), perguntaram-me quanto tempo estimava até a cidade, eu disse que umas 2 horas e meia chegando ainda com sol. Acho que com esta informação eles se encorajaram a prosseguir, pois pela minha previsão teriam 1h de folga até o escurecer, caso atrasassem. E eles pareciam andar com certa rapidez. Uma vista da paisagem deste trecho foi esta. Outra, já mais perto da chegada, foi esta. Já perto da chegada reencontrei em uma lanchonete a família mineira de peregrinos, com os dois homens, as duas mulheres, o avô, a netinha e o amigo dirigindo. Em princípio não os reconheci. Mas quando fui olhar a vista das montanhas atrás da lanchonete eu os reconheci. Perguntei como tinha sido a caminhada. Disseram que tinham passado muita sede, pois não tinham encontrado fontes. Saíram antes das 5h, então não viram a fonte da Chácara São Bento no escuro e o Júnior ainda não estava lá fazendo seu trabalho voluntário. Só foram achar a fonte da Gruta da Sagrada Família muito mais pra a frente, mais de 20 km depois de terem saído. Tirei duas fotos do mirante da lanchonete em que os encontrei. A primeira foi esta. A segunda foi esta. Ao chegar em Paraisópolis visitei uma igreja existente dentro de uma casa de repouso, com a autorização da encarregada. Fiquei na Pousada Peregrinos da Mantiqueira (https://www.facebook.com/peregrinosdamantiqueira). José Afonso e sua mulher receberam-me muito bem. Quando cheguei, ele conversava com um prestador de serviços e estava com seu neto em casa, que depois o pai veio buscar. Paguei R$ 60,00 em dinheiro por quarto com banheiro externo, incluindo café da manhã. Havia um mapa do Caminho da Fé no muro da pousada. A vista daquele entardecer a partir da rua em que ficava a pousada foi esta. Saí para comprar pães e vegetais (banana, laranja, chuchu e abobrinha), juntei com um maracujá que achei no chão no caminho e um pedaço de bolo (se bem me lembro José Afonso me deu) e jantei tudo. Quando saí, aproveitei e visitei um obelisco existente na região central. O sono foi tranquilo e sem mosquitos. Na 3.a feira 29/03 tomei o muito bom café da manhã (creme de queijo, margarina, muçarela, queijo branco, pães, iogurte, suco de laranja natural, bolo de fubá) oferecido por José Afonso. Conversamos durante o café sobre seus planos para o futuro, como era ter a pousada, a viagem etc. Ele me orientou onde encontrar uma agência do Bradesco para fazer saque e parti. Saquei um pouco de dinheiro no Bradesco, aproveitei para visitar a igreja e a praça central. Depois rumei para Luminosa. O percurso previsto do dia era mais curto do que os outros porque depois da Luminosa existia a subida da serra para Campos do Jordão, onde havia um longo trecho sem pousadas ou com valores muito mais altos. Achei a paisagem muito bela, com vistas a partir do alto e vista das montanhas a partir de baixo. Um exemplo foi este. O trajeto seguiu sendo montanhoso, mas creio que houve mais áreas de mata neste trecho do que nos anteriores e achei as subidas mais suaves. Percebi a existência de trechos com muitas borboletas, dos mais diferentes tipos, como estas à direita da foto. Visitei igrejas e capelas ao longo do caminho. Pareceram-me muito bem cuidadas e simples. Encontrei e conversei com dois irmãos e seu casal de pais já por volta dos 60 ou 70 anos peregrinando a pé. Pelo que entendi era o primeiro dia de peregrinação deles. Eles eram de Sete Lagoas pelo que entendi (ou talvez fossem de Três Lagoas, posto que falaram algo sobre Mato Grosso). Pareciam animados. Os pais nada carregavam. Os irmãos carregavam para eles. Um cachorro seguiu-me parte do trecho, amistosamente. Apesar de gostar muito de cachorros, procurei não dar muita atenção a ele para que não me seguisse e depois se perdesse e não conseguisse voltar ou pudesse ser atropelado em alguma via movimentada. Após alguns minutos ele desistiu. Conversei com alguns trabalhadores rurais sobre o Caminho, sobre o trabalho deles e a vida. Informaram-me que as cachoeiras lindas que eu via da estrada eram poluídas. Por isso nem tentei entrar nelas. Esta foi a que achei mais bonita. Ao passar por Cantagalo, distrito de São Bento do Sapucaí, conversei com um homem que andava a cavalo. Ele tinha trabalhado por décadas em São José dos Campos e depois de aposentado tinha voltado a morar ali. Comentou sobre a tranquilidade do local, mas falou da falta de saneamento, das águas poluídas e da falta de asfalto, que na época de chuvas tornava algumas estradas e ruas praticamente intransitáveis para veículos. Disse que a SABESP e outras empresas não se interessavam por serem muito poucas famílias no local e pelos custos serem altos, mas que disseram que havia previsão de instalação de equipamentos contra poluição brevemente. Passou pelo portão da sua casa e subiu uma rampa de terra onde sua mulher (acho) o esperava para descer do cavalo. Despedi-me e continuei. Cheguei em Luminosa perto de 14h. Pareceu-me um local bem pequeno, acolhedor. Esta foi a vista da cidade pouco antes de chegar. Fiquei hospedado na Casa de Família da Luciana e do Vanildo, que moravam numa casa na parte de cima com seus dois filhos (um casal). Achei uma linda família. Trataram-me muito bem. Luciana deixou como cortesia frutas (3 bananas e 1 maça) e 3 barrinhas de doce de banana feitos pela sogra e me ofereceu o jantar sem cobrar por ele. Mas como foi um banquete, para os meus padrões, eu achei que seria absurdo não pagar o preço integral. Assim sendo paguei R$ 80,00 pela estadia, com café da manhã e jantar, tendo ficado numa casa completa, com quarto, sala, cozinha, banheiro e sacada (R$ 65,00 da estadia com café + R$ 15,00 do jantar). Inclusive aproveitei para lavar minhas roupas, posto que Luciana disse que não pagavam água. A casa era bem sustentável, pois eles tinham placa de energia solar. Eis uma foto dela, na sala da casa do andar de baixo em que fiquei, com os brindes que ela me deixou em cima da mesa. Após me acomodar, fui dar uma volta na cidade. Havia perguntado a Luciana sobre montanhas com vista panorâmica nos arredores e ela me disse que havia uma muito boa, mas cuja entrada era no meio do caminho que eu tinha percorrido. Estimou que levaria cerca de 2h para eu chegar lá. Achei melhor então não ir e optei por pegar a estrada para Brazópolis. Num dado momento vi uma montanha próxima, mas era necessário cruzar uma porteira e pegar uma estrada. Perguntei a trabalhadores que estavam numa propriedade ao lado se poderia ir até a montanha com vista do alto, mas eles disseram que havia bois bravos no caminho. Perguntei então se aquela estrada era em propriedade privada e disseram que sim. Aí desisti. Mais á frente achei um local elevado ao lado da estrada, com uma espécie de pequena plataforma onde se podia sentar. Tinha ampla vista da paisagem. Parei ali e comecei a meditar. Creio que fiquei ali por cerca de 1h30 a 2h. Após cerca de 1h a 1h30 que lá estava, um carro parou ao lado, com um casal de mais de 60 ou 70 anos. Talvez até perto de 80. Vendo isso, fui até eles, para tirar qualquer impressão que pudessem ter que eu poderia fazer algo ilícito ali. Após cumprimentá-los, perguntei se eram os donos da propriedade para a qual eu estava olhando em vazio e disseram que sim. Eu disse que não faria nada errado e o homem respondeu rindo que eu não faria mesmo, pois senão a polícia prenderia 😄. Expliquei para eles que estava meditando e tentei dar uma ideia do que é meditação. Acho que com isso eles relaxaram mais e me disseram que estavam indo para a cidade comprar remédios, antes que escurecesse. Disseram-me que poderia ficar ali quanto quisesse, a mulher pediu para eu rezar por eles, despediram-se e foram. Fiquei mais uma meia hora ou 45 minutos. Após acabar a meditação, estava esperando que eles voltassem para ir embora, mas eles demoraram muito e eu resolvi voltar. Muito bonito o pôr do sol visto dali. Pouco mais tarde, esta foi a vista a partir da sacada da casa em que eu estava hospedado. Luciana preparou um enorme jantar para mim, com arroz, feijão, salada de tomate e alface, limão, cenoura e abobrinha cozidas, macarrão e suco de abacaxi). Eu agradeci muito. Ela foi levá-lo pontualmente às 19h com seu marido e sua filha, que conheci então. Perguntei qual a matéria de que sua filha gostava mais na escola. O marido Vanildo trabalhava numa propriedade rural próxima. O filho já estava dormindo para ir estudar no dia seguinte de manhã. Depois do jantar lavei minha camisa e minha calça, que embora não estivessem muito sujas, tinham um pouco de poeira (calça) e suor (camisa). Apesar de não ir até a rua, achei linda a vista do céu noturno estrelado e foi possível admirar um pouco a enorme quantidade de estrelas, dada a baixa iluminação urbana. Na 4.a feira 30/03 tomei o muito bom café da manhã, com pão, creme de queijo, muçarela, ovo caipira com queijo, biscoitos, bolo, café, leite de vaca criada e banana. Conversei com ela sobre a experiência de receber peregrinos, a vida por ali e como era linda a família dela. Despedi-me de Luciana, depois de agradecer muito e parti. O trecho foi bem montanhoso. Houve muitos trechos de mata, araucárias, árvores floridas e vegetação exuberante. Achei muito belas as vistas das montanhas a partir de baixo e da paisagem a partir do alto. Foi a maior subida da peregrinação. Mas até que não achei tão cansativo nem pesado. Achei as subidas longas, mas suaves. Visitei algumas capelas no trajeto. Inicialmente passei por esta linda cachoeira, em que entrei e de que muito gostei. Houve outras cachoeiras ao longo do trajeto, mas como o acesso não era tão fácil, acabei só entrando nesta. Esta foi uma das vistas da paisagem na subida. Havia gado, mesmo nas montanhas. Neste trecho achei uma árvore com frutinhas doces vermelhas, que aproveitei para experimentar (primeiro) e depois comer bastante, posto que adorei. Encontrei também um homem com um fusca amarelo, parecido com o que meus pais tiveram quando eu era criança e adolescente. Brinquei com ele, perguntando se tinha assistido “Se Meu Fusca Falasse” e ele respondeu que não, mas que já tinha ouvido falar. Esta foi uma outra paisagem, um pouco mais para frente, ainda na subida. Depois entrei numa área que parecia ter mata densa. Fiquei até com receio de onças, mas não apareceu nenhuma nem ouvi nenhum esturro. Achei a mata muito bela, com vegetação de montanha. Perto do fim encontrei um grupo de cavaleiros, que aparentemente faziam algum tipo de excursão. Estavam almoçando num ônibus antigo, típico da CMTC de São Paulo na década de 1970. Convidaram-me, mas eu recusei devido ao horário. Mais para frente eles me passariam e cumprimentariam na estrada com seus cavalos e logo após viria o ônibus. Esta foi uma vista já após a subida maior, talvez no alto da serra, a partir de uma região relativamente plana. Encontrei novamente os dois peregrinos de Bauru. Como me aproximei por trás caminhando na estrada asfaltada, sem fazer muito barulho, creio que se assustaram um pouco quando eu os cumprimentei. A moça até perguntou rindo “Você não é uma miragem?” 😄. Perguntei se tinham conseguido chegar antes do anoitecer na cidade dois dias antes e eles disseram que sim. Pareciam estar gostando da experiência, agora já no terceiro dia, mas disseram que estavam um pouco cansados da subida naquele dia. Eles tinham saído bem antes de mim e pretendiam parar bem antes, então me despedi e disse que iria um pouco mais rápido para chegar antes de escurecer. Esta foi outra foto da região, porém com árvores floridas. Mais para frente no Caminho peguei novamente um vasto trecho de mata, que novamente achei muito belo. Peguei um pedaço de pau no trecho que achei mais arriscado, mas não houve nenhum problema. Perguntei a um trabalhador local que lá estava se havia onças por ali e ele disse que sim, mas que ele nunca tinha visto. Houve uma garoa fraca neste trecho. Pouco adiante um menino com a camisa do Palmeiras, andando de bicicleta, passou por mim. Começamos a conversar e ele falou de algumas opções de pousadas, que ele achava serem baratas. Falou da sua vida e de uma peregrinação que tinham feito em grupo, que durou quase um dia todo, saindo à noite, caminhando durante a madrugada, e chegando em Aparecida no começo ou fim da tarde do dia seguinte. Achei muito puxada e perigoso caminhar à noite daquele jeito. Nós nos despedimos, desejei boa sorte ao Palmeiras na final do Campeonato Paulista e creio que ele foi para casa guardar seu material de trabalho ou escola. Mas pouco mais tarde, reencontrou-me no Caminho, já bem mais perto de Campos do Jordão, só com a bicicleta. Desta vez conversamos menos e ele prosseguiu. Vi várias casas típicas de montanhas da cidade. Passei pela Pousada Refúgio dos Peregrinos, com cuja dona havia conversado, mas achei muito longe da área central, além do que pretendia procurar outra mais barata, que não estivesse mencionada no material do Caminho. Como não tínhamos compromisso, só havia comentado da possibilidade, nem parei para avisar nada. Parei em uma pousada conveniada e em um hotel não conveniado, mas os preços me pareceram bem mais altos do que o de outras localidades. Fui até a rodoviária, que por experiência de vários outros locais, costuma ter no entorno hospedagens mais baratas para viajantes. Lá um taxista indicou-me que o Luís Miranda alugava quartos na esquina. Fui até lá, conversei com ele e ele disse que só tinha um quarto, com várias camas, e que um rapaz estava lá, mas pretendia sair ainda naquele dia. Ele falou com o rapaz, confirmou a saída, eu esperei e fiquei hospedado lá. O rapaz era engraxate e tinha vindo engraxar os sapatos dos prefeitos de cidades do Estado de São Paulo reunidos num evento num hotel. Paguei R$ 70,00 em dinheiro pelo quarto com banheiro, sem direito a café da manhã. Logo após eu chegar e me acomodar, caiu uma tempestade ⛈️. Ainda bem que eu já estava abrigado. Após a chuva, saí para comprar alimentos para o jantar. Comprei pão e vegetais (limão, chuchu, beterraba e cebola) e os jantei. Ainda assisti a primeira partida da final do Campeonato Paulista entre São Paulo e Palmeiras ⚽. Na 5.a feira 31/03 após acordar fui até um mini mercado na esquina para comprar mantimentos para o café da manhã. Comprei pães e bananas e comi junto com cebola e chuchu que sobraram do dia anterior. Arrumei-me e parti, após me despedir de Luís Miranda, de sua família e de brincar com seu filho ou genro, que estava com a camisa do São Paulo, que havia ganho a primeira partida da final no dia anterior. Inicialmente fui visitar a Igreja Nossa Senhora da Saúde, que achei muito bonita, e de lá segui as setas e andei um longo trecho urbano em Campos do Jordão, em direção ao horto. Passei por muitas casas típicas da cidade e por trechos de mata. Decidi ir pelo Gomeral, distrito de Guaratinguetá, por ser mais curto o trajeto até Aparecida e por mencionarem que era mais bela a paisagem. Após o trecho urbano, novamente o Caminho foi por um trecho montanhoso, com bastante mata, em alguns pontos quase sem vestígio de ocupação humana, e com belas paisagens. A estrada a partir deste trecho não tinha mais quase ninguém. Estava ameaçando chuva e o céu estava nublado. Eu ouvia raios ao longe 🌩️, o que me preocupou um pouco, ainda mais por estar subindo, mas eles nunca se aproximaram. Peguei chuva leve em alguns trechos e moderada em outros poucos. Acabei usando minha capa e a capa da mochila, que na realidade eram dois sacos plásticos 😄. A estrada acabou ficando bem enlameada em alguns pontos, com várias poças. Parte do trajeto, na saída do município de Campos de Jordão, foi no Parque Estadual Campos do Jordão (https://www.parquecamposdojordao.com.br). Na entrada havia um lago e várias casas 🛖, que não sei se eram de uma comunidade local que lá habitava ou eram para aluguel de interessados em conhecer o parque. Acho mais provável que algumas poucas fossem de guarda parques e as outras fossem para aluguel de visitantes. Não vi ninguém nelas e só veículos em uma ou duas. Uma paisagem vista da subida foi esta. Passei pelo ponto mais alto do Caminho, marcado com uma placa de 1.950 metros. Um ciclista estava ali pouco antes, talvez por isso tenha chamado minha atenção e eu vi a placa. Haviam dito em Sertãozinho que poderia haver problema de roubos de bicicletas nas Pedrinhas, por isso quando passei por lá fiquei atento, mas nada aconteceu. Passei por algumas capelas ou altares como este. Pouco depois passei pela pousada mais alta do estado de São Paulo, a Pousada Santa Maria da Serra. Entrei e visitei sua área externa, conversando rapidamente com a atendente. Passei também por esta capela, erigida por peregrinos do Oeste do Paraná. Dois jipes passaram por mim. Neste trecho havia muitas pedras médias 🪨 e até relativamente grandes para uma estrada. Tive que tomar cuidado para não dar topadas e nem escorregar nos trechos enlameados. Achei as vistas do alto muito belas. Dava para ver parte do Vale do Paraíba e a cidade de Aparecida, segundo me informou depois Ilza. O céu estava começando a ficar bem escuro. Achei que levaria uma enorme chuva. Até já estava preparando as capas novamente. Mas consegui chegar na Pousada Parada da Serra perto de 16h. Ilza, com quem tinha conversado no dia anterior, estava perto da entrada colhendo pinhões. Ela me recebeu muito bem e foi me mostrar onde eu ficaria. Depois de me acomodar no chalé 🛖 que ficava abaixo, subi para conversarmos um pouco. Então caiu uma enorme tempestade ⛈️, que durou cerca de uma hora. Escapei por pouco, cerca de 15 minutos. Ela mesma disse-me que estava chovendo intermitentemente naqueles dias, mas que chuva forte daquele jeito fazia tempo que não ocorria. Conversamos sobre muitos assuntos. Ela me falou da sua vida com o marido ali, da sua família, da sua infância, de quando cursou faculdade em Taubaté (acho), do reumatismo que teve etc. Ela me mostrou a cidade de Aparecida, lá ao longe, a mesma que havia visto da estrada. Enquanto conversávamos, vi um tucano ou similar passar e ela me mostrou uma saracura nas árvores. Depois de passada a chuva, fui ajudá-la a colocar a vaca 🐄 para dentro da cerca. Ela tinha saído com a tempestade, que deve ter aberto a porteira. A sua amiga e dona da vaca ajudou. Ela estava ali perto, na Igreja de São Lázaro, que havia na propriedade e tinha sido construída pelo avô da Ilza para pagar uma promessa. Esta igreja parecia ser bem famosa, pois vi placas com seu nome na estrada. Depois voltamos, pegamos algumas folhas de azedinha, como ela chamava, de couve e subimos. Eu ainda fiquei um tempo no quarto organizando minhas coisas e esperando uma pancada de chuva passar. Apareceu uma abelha no quarto e depois de várias tentativas eu consegui colocá-la para fora. Passada a chuva, subi para jantar. Com o clima do modo como estava, decidi não ir ao mercado. Pedi para ela um prato de vegetais, em que ela juntou o que plantava nas suas terras e mais cenoura que tinha comprado, sob meus protestos, devido ao preço da cenoura. Achei que ficou muito bom. Continha mandioca, abóbora, couve, azedinha, pepino e cenoura, ao que acrescentei chuchu e cascas de banana que haviam sobrado do café da manhã. Paulo, seu marido, chegou do trabalho. Conversei um pouco com ele também sobre seu trabalho e a vida em geral. Ele estava molhado e ela o chamou para secar. Eu me despedi e desci para dormir. À noite não consegui ver muito o céu, que deveria ser maravilhoso, mas estava encoberto. Houve muitos pernilongos 🦟 e eu não quis usar o repelente que ela deixou para mim. Assim sendo, o sono foi um pouco turbulento. Na 6.a feira 01/04 subi para tomar café de manhã. Paulo já havia saído para trabalhar. Achei o café da manhã muito bom, com pão amanhecido, ovo caipira, enorme e deliciosa rosca caseira, manteiga, geleia de jabuticaba, queijo branco, mamão, leite, café e suco de laranja. Conversei mais um pouco com Ilza durante o café. Ela ainda me deu cerca de meio quilo de pinhão para eu trazer. Quis pagar para ela pelo jantar, mas ela não aceitou de jeito nenhum, nem R$ 10,00. Nem pelo pinhão ela aceitou nada. Paguei R$ 70,00 em dinheiro pela estadia, incluindo café da manhã. Ela disse que era o preço justo, mas eu achei que acabei pagando menos do que o adequado 😞. Depois me aprontei e parti. Ainda deu tempo de ver Ilza ajudando Paulo, que estava a cavalo, a colocar uma vaca para dentro de uma cerca. Eu até tentei ajudar um pouco 😄. Cerca de meia hora depois de começar a caminhar encontrei a Cachoeira do Gomeral ao lado da estrada. Entrei debaixo do jato de água, que achei delicioso, embora o dia ainda não estivesse quente. Prossegui descendo a serra, que achei que tinha paisagens muito belas. Ainda havia bastante áreas de mata, um córrego ou rio, mas à medida que se ia descendo e chegando perto dos trechos urbanos, começavam a aparecer mais fazendas, propriedades comerciais e similares. Depois de certo ponto a estrada ficou asfaltada e intercambiou com trechos de terra. Havia algumas poças de água e alguns trechos com barro. Não peguei chuva ao longo do dia. Já bem mais para frente, num bairro de Potim, senti, pela única vez no Caminho, que poderia haver algum problema de segurança. Achei que um rapaz ficou me observando e depois entrou numa viela. Pouco tempo depois passou um ciclista por mim num trecho ermo, entre um núcleo populacional e outro. Após algumas dezenas de metros que me passou, ele parou na estrada. Achei muito estranho e parei também, como quem iria fazer xixi. Por coincidência, uma viatura da polícia, que havia passado há algum tempo atrás para escoltar um veículo da penitenciária, estava voltando. Acho que isso assustou o ciclista, que ao vê-la, resolveu seguir viagem. Eu também aproveitei para apertar o passo e passar por aquele trecho rapidamente, usando parte do tempo em que a viatura policial transitava. De concreto nada aconteceu, nenhuma abordagem. Ao chegar mais perto do centro de Potim praticamente estava numa cidade média, bastante urbanizada. Ela era contígua com Aparecida, então é como se já estivesse lá. Na entrada de Aparecida, vi este monumento aos pescadores que pegaram a imagem. Cruzei a linha do trem, conforme me indicaram e cheguei até o Santuário Nacional, onde acabava o Caminho da Fé. Perguntei para o porteiro se acabava ali e ele disse que acabava lá dentro e eu poderia pegar um certificado. Mas eu não quis o certificado. Fui visitar o Santuário e a imagem original retirada do rio (ou sua réplica). Após visitar a parte central do Santuário, fui procurar uma pousada para ficar. Fui em direção a uma que havia nas informações do Caminho, na Avenida Itaguaçu, em direção ao porto. Mas no caminho, ao ver outras, resolvi perguntar o preço de uma. Era o mesmo da conveniada, mas o dono me disse que acharia outras um pouco mais baratas. Resolvi seguir, passei pela conveniada sem parar e encontrei a Pousada Guadalupe (https://www.facebook.com/pousa.guadalupe), em que resolvi ficar, por R$ 50,00 no cartão de crédito por um quarto com banheiro e com café da manhã incluído. Depois de instalado, fui dar um passeio pela cidade. Fui ao porto, que era bem perto, visitei os pontos de interesse existentes lá e depois voltei para o Santuário pelo Caminho do Rosário, apreciando as esculturas com passagens bíblicas, majoritariamente ligadas á vida de Jesus. Neste caminho encontrei uma excursão de baianos, com quem conversei um pouco, dizendo que meus avós eram baianos. Ao chegar perto do Santuário, fui ao Morro do Presépio ou Presépio Permanente, também com esculturas de passagens bíblicas, majoritariamente ligadas ao nascimento de Jesus. Ainda tentei ir ao Museu de Cera, mas já estava fechado. Havia duas estátuas na porta, uma do Ronaldo, fenômeno, e outra do Marcos Pontes, astronauta. Pelo que entendi Ronaldo fez promessa para poder jogar a Copa de 2002 e Marcos Pontes levou uma imagem de Nossa Senhora ao espaço, dentro da diminuta cota de bagagem a que tinha direito. Havia um cachorro deitado e à primeira vista até pensei que fosse de cera 😄, mas depois, olhando melhor, vi que estava dormindo e era de carne e osso. Comprei pães e legumes (limão, cebola e chuchu) no supermercado e jantei. Durante o jantar conversei com Júnior, o dono da pousada, e duas amigas ou familiares suas, além da filha de uma delas. O sono foi tranquilo, sem mosquitos. No sábado 02/04 tomei o simples e razoável café da manhã, com pães, rosca, muçarela, margarina, banana e bolo. Conversei com Júnior durante o café. Foi numa das conversas que tivemos que ele me explicou sobre o carro batido que havia no estacionamento da pousada, fruto de um acidente de um rapaz jovem que tinha perdido o pai há algum tempo e parecia estar um pouco desorientado. Ele tirou esta foto quando eu fui partir. Despedi-me e fui visitar o Santuário novamente. Passeei por algumas alas de que tinha gostado, como a Capela com Jesus e Maria, o velário e outras e fui ao subsolo ver algumas exposições, enquanto esperava pela viagem do Blablacar, cujo motorista já havia me informado que tinha tido atraso devido às chuvas no Rio de Janeiro, visto que ele saía de Nova Iguaçu. Embarquei ao lado da rodoviária, onde havíamos combinado. Ele estava testando se o Blablacar poderia ser viável para ele trabalhar fazendo viagens entre Rio e São Paulo. Dirigia seguindo o padrão carioca ou fluminense, bem menos rígido em relação às leis de trânsito do que o paulista, mas não houve nenhum incidente relevante durante a viagem. Deixou-me ao lado da Rodoviária do Tietê por volta de 14h.
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  42. Resumo: Itinerário: De Sertãozinho a Águas da Prata Distância Aproximada Entre Origem e Destino pelo Mapa do Caminho da Fé: 254 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios e Adicionais: 340 km Período: 31/01/2022 a 13/02/2022 (14 dias) Gasto Total: R$ 975,70 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 865,70 - Média Diária: R$ 66,59 Ida: Viagem pelo BlaBlaCar de São Paulo a Ribeirão Preto por R$ 60,00, com Anderson Luiz dos Santos (excelente motorista). Volta: Viagem pelo BlaBlaCar de São João da Boa Vista a São Paulo por R$ 50,00, com Jéssica (excelente motorista). Paradas: 31/01-01/02: Sertãozinho 02/02: Dumont – Percorri o Caminho das 11h às 16h, cerca de 21 Km de progresso 03: Cravinhos - Percorri o Caminho das 8h30 às 16h30, cerca de 35 Km de progresso 04: São Simão - Percorri o Caminho das 8h30 às 15h, cerca de 30 Km de progresso 05: Santa Rosa do Viterbo - Percorri o Caminho das 8h30 às 14h, cerca de 26 Km de progresso 06-07: Tambaú: - Percorri o Caminho das 8h20 às 18h, cerca de 38 Km de progresso 08: Casa Branca - Percorri o Caminho das 9h30 às 16h, cerca de 30 Km de progresso 09: Vargem Grande do Sul - Percorri o Caminho das 10h30 às 16h30, cerca de 30 Km de progresso 10: São Roque da Fartura - Percorri o Caminho das 9h às 15h, cerca de 25 Km de progresso 11-12: Águas da Prata - Percorri o Caminho das 9h30 às 15h30, cerca de 19 Km de progresso 13/02: São Paulo Considerações Gerais Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, atrações no caminho e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais ou ao longo do caminho. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Pode-se encontrar informações detalhadas sobre o Caminho da Fé em https://caminhodafe.com.br, incluindo mapas, hospedagens conveniadas, ramais, cidades e muitas outras. Em boa parte da viagem houve bastante sol e pancadas de chuva, geralmente no fim do dia. Dia com chuva prolongada foi só um. Houve poucos raios. A chuva, quando me pegou nas estradas, geralmente foi leve e breve. Chuva moderada e mais longa no meio da caminhada ocorreu somente uma vez, na última etapa. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 18 C a 30 C. A sensação térmica às vezes era mais baixa por causa da chuva ou mais alta por causa do asfalto ou da terra ou da areia. A sinalização do Caminho pareceu-me muito boa, com raríssimas exceções (na realidade, só em duas ocasiões eu achei que foi falha). Nas áreas urbanas era bem detalhada. Nas áreas rurais era mais escassa, mas nos pontos relevantes estava presente. Em alguns trechos, a vegetação a encobria e em outros, algum evento como batidas, ventos etc devem ter alterado levemente a direção das placas. Mas nestas ocasiões, analisando o caminho e o mais provável, dava para imaginar por onde ir. Viajei de máscara o tempo todo. Em alguns momentos, principalmente em dias muito quentes ou em subidas, foi um pouco incômodo. Quase ninguém usava máscara nem nas áreas rurais nem nas cidades, ao não ser em alguns estabelecimentos abertos ao público, dependendo da cidade e do estabelecimento. Acho que alguns estranharam o fato de eu estar de máscara. A vegetação, as paisagens rurais, os mirantes, as montanhas, os lagos, os rios, as construções históricas e típicas, as igrejas, os monumentos religiosos e os pequenos altares ou santuários agradaram-me muito . Vi alguns animais silvestres no caminho, sendo muitos pássaros (tucanos, corujas, tuiuiús, amarelos, verdes, pretos, azuis, marrons etc), um tamanduá, acho que um gambá, macaquinhos etc. Acho que ouvi esturros de onças num trecho de mata. Acostumado a fazer caminhas em praias, resolvi tentar fazer o Caminho de chinelo. Até que por um lado foi interessante, pois foi muito mais fácil lidar com a chuva e o barro. Mas por outro lado, devido a ter optado por andar descalço no início por longos trechos, creio que me gerou bolhas na planta dos pés, que acabaram incomodando um pouco e reduzindo a velocidade. Havia bastante trechos com plantações, que foi variando de tipo ao longo do caminho. Começando por cana-de-açúcar, passando por eucalipto, laranja, amendoim, milho etc. Houve também vários trechos com pastos, a maior parte para criação de gado, mas ouvi som de ovelhas ou cabras também. Houve alguns trechos com área industrial e alguns outros com mata. No fim, houve um trecho com montanhas. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil. Só não fui muito bem tratado numa pousada em Santa Rosa do Viterbo, mas nada absurdo, apenas destoou das outras. Foi impressionante a generosidade dos donos de algumas acomodações e comerciantes, sendo que vários me tratavam como se fosse da família . Procurei ser o mais educado possível e não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram alguns cachorros que pareceram não gostar muito da minha passagem. Mas nenhum deles me atacou, só latiram, correram atrás e rosnaram, mostrando os dentes. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) no caminho nem nas cidades. Quase todos aceitaram cartão de crédito, mas preferi pagar as acomodações familiares em dinheiro, para não gerar taxas para elas. Pousadas, hotéis, supermercados e padarias procurei pagar com cartão de crédito. Meus gastos foram R$ 81,70 com alimentação, R$ 764,00 com hospedagem, R$ 110,00 com as passagens de ida e volta pelo Blablacar (https://www.blablacar.com.br) e R$ 20,00 com a credencial (não teria sido necessária, mas quis incentivar os organizadores do Caminho). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Posto de Gasolina na Vila Prudente) a Ribeirão Preto na 2.a feira 31/01/2022 através do BlaBlaCar. Caminhei até o ponto de encontro. Estava uma chuva leve. Cheguei pouco antes da hora combinada. O motorista Anderson Luiz dos Santos já me esperava. Pareceu ser um excelente motorista e bastante culto. Saímos cerca de 8h50, pegamos o outro passageiro, Rian, na Rodoviária do Tietê, pegamos uma encomenda no caminho e fomos. A outra passageira desistiu em cima da hora. Por incrível que pareça, mesmo com chuva, o trânsito em São Paulo estava bom. A viagem foi tranquila e chegamos perto de 13h30. Ele me deixou na mini rodoviária de Ribeirão Preto. De lá fui a pé para Sertãozinho. Até perguntei para o caminhão para quem Anderson entregou a encomenda se iria para Sertãozinho, mas iriam para Fernandópolis. Foram cerca de 25 km. Não fazia parte do Caminho, mas eu quis entrar no clima. Perdi-me um pouco na cidade e cheguei no início da estrada que ia para Sertãozinho perto de 15h30. A paisagem na estrada pareceu-me bela. Em parte fui por vias laterais e em parte fui pelo acostamento. Havia plantações de cana ao longo do caminho, instalações da USP e a terra era bem vermelha. Vi uma coruja. Houve chuva leve durante pouco tempo, mas nada que incomodasse. Nem tirei a capa de dentro da mochila. Quase na chegada, perto de um acesso vindo de outra estrada, onde quase não havia acostamento, pulei rapidamente a grade para a grama, pois um caminhão vinha pelo acesso. Não quis que passasse tão perto de mim. Neste evento bati o joelho e fiz um pequenino furo na calça, na altura do joelho. Já perto do acesso, perguntei a um homem que praticava corrida e ele me indicou o acesso. As pessoas a quem perguntei neste trajeto foram bastante gentis ao darem informações. Logo na entrada, fui contemplado com este altar para Nossa Senhora, em que um homem fazia sua prece. Pedi autorização para incluí-lo na foto e ele concordou. Logo depois encontrei o pórtico. Fui em direção ao Hotel Agapito, que era credenciado pela peregrinação e ficava logo na entrada. Pareceu-me bom e com preço razoável (R$ 59,00 com café da manhã), mas eu achei que numa cidade deste tamanho, poderia haver alguma acomodação mais barata perto da rodoviária. Falei para a atendente que iria dar uma volta por lá e, conforme fosse, voltaria. Fui e encontrei dois hotéis com quartos simples por R$ 40,00 por dia, com café da manhã e banheiro interno. Resolvi ficar num deles (o outro tinha acabado de ficar lotado). Fiquei no Hotel Zati’s (https://www.facebook.com/ZatisHotel). Paguei com cartão de crédito. Fui bem atendido, mas a estrutura dos quartos simples era um pouco precária. Fiquei no 4.o andar e não havia elevador. Era o último andar e, devido à chuva, havia uma goteira ao lado da cama. A pia estava pingando. Duas das 3 tomadas aparentemente não funcionavam, por isso não consegui ligar a TV. Apareceu uma barata na cômoda ao lado da cama. Mas o colchão, a roupa de cama e o chuveiro eram bons, o que era o principal. Devido à goteira, pedi para mudar no dia seguinte e concordaram prontamente. Saí para comprar o jantar no Supermercado Gricki (https://www.supermercadosgricki.com.br/). Neste momento a chuva engrossou e eu me molhei um pouco (não levei a capa). Era dia de promoção de hortifrúti e sou vegetariano. Ainda me cadastrei como “Fã Gricki”, o que me permitiu mais descontos. Jantei pão com tomate, beterraba, abobrinha, limão, laranja e banana. Na 3.a feira 01/02, o dia começou com o galo cantando de madrugada 🐓. Nada como o interior, mesmo estando no centro da cidade. Após tomar o razoável café da manhã (pão, margarina, muçarela, presunto, salsicha, biscoitos, bolo, sucos, leite e café), fui visitar a cidade. Houve chuva leve em parte do dia. Quando caiu uma pancada mais forte, estava no centro e me abriguei na marquise de uma loja. As pessoas a quem pedi informações foram muito gentis para dar informações. Achei a vista do Cristo e a partir dele espetaculares. Segue a foto dele com zoom, por isso meio embaçada (eu como fotógrafo morreria de fome 😄). E esta é a foto da cidade a partir dele. Gostei também bastante do Parque Linear, com muita área verde, rio e muitos pássaros. Havia uma pista em que se podia dar a volta no parque inteiro caminhando. Visitei o Museu, onde a atendente acompanhou-me explicando a história da cidade. Chamou-me atenção uma foto do início do século passado, com dois homens a cavalo na rua principal da cidade. Visitei também o Ginásio Docão, onde a equipe do Sertãozinho de hóquei sobre patins joga. Nas suas redondezas havia árvores com vários pássaros. Lembro-me quando era adolescente e jovem, dos jogos no fim da década de 1980, em que Luciano do Valle narrava as disputas do Sertãozinho pelos mundialitos. Atualmente funciona lá a Secretaria de Esportes. Os membros receberam-me muito bem e Edílson levou-me para conhecer o secretário, que havia sido jogador daquele time. Havia até uma foto do Datena, repórter esportivo naquela época, entrevistando-o. Edílson já havia feito o Caminho da Fé várias vezes e me deu bastante informações sobre o que poderia encontrar, pontos de atenção (locais de roubo de bicicletas), procedimentos para ajudar na caminhada (como usar cajado para afastar cachorros, tomar água ou isotônico) etc. Ele era professor de educação física. Visitei também o estádio onde o time de futebol profissional jogava. Não pude visitar o complexo do patinódromo porque estava em reforma. Na visita à estação ferroviária, um homem que passava explicou-me sobre sua história e como estava atualmente. Visitei também a catedral e o teatro, podendo entrar em ambos. Achei as praças muito bem cuidadas, arborizadas e espaçosas. No fim do dia voltei ao hotel e troquei de quarto para o 2.o andar. Não havia mais goteira nem os outros problemas, porém agora havia dois novos. Eu não conseguia trancar a porta e havia vazamento externo de água limpa na válvula da descarga. Nada que incomodasse muito. Jantei o mesmo que no dia anterior. Na 4.a feira 02/02 tomei o café da manhã, esperei a chuva passar e saí cerca de 9h30. Ao passar por um policial e perguntar se havia algum problema de segurança em áreas rurais daquela região, dizendo que eu iria fazer o Caminho da Fé, ele respondeu que não, e me pediu para rezar por ele quando chegasse a Aparecida. Saquei algum dinheiro, prevendo que nem todos poderiam aceitar cartão e que poderia ficar em zonas rurais distantes de bancos, passei no museu para agradecer a atendente pelas informações e elogiar a cidade, fui até o Hotel Agapito e comprei a credencial. Apesar de eu não ter ficado lá, atenderam-me muito bem, ofereceram-me até café da manhã gratuitamente, o que educadamente eu recusei. Aceitaram uma nota de R$ 50,00 para pagamento da credencial para trocar meu dinheiro, inclusive com 5 notas de R$ 2,00. Indicaram-me as setas de início do Caminho e eu comecei a segui-las. A sinalização urbana aqui estava muito boa e detalhada. Já no trecho rural ficou bem mais escassa (provavelmente devido á dificuldade de achar pontos fixos para colocar flechas no campo), mas nos pontos relevantes estava presente. Passei novamente pela entrada do parque onde ficava o Cristo, segui para a entrada da cidade, passei pelo pórtico e conversei com os atendentes do setor de informações turísticas, que estava fechado na 2.a feira quando cheguei, atravessei a estrada, passei por uma empresa e logo peguei uma estrada de terra. Não houve chuva significativa ao longo do dia, mas havia vários trechos com poças de água e muito barro. Como estava de chinelo, acabei andando descalço por longos trechos por achar mais fácil e por achar o chão macio, o que se mostrou depois não muito interessante, pois acabou gerando bolhas nas plantas dos pés dias depois. Não encontrei ninguém (ninguém mesmo) nas estradas rurais. No meio do caminho, deparei-me com algum tipo de oferenda num cruzamento. Havia várias garrafas de champagne ou vinho em círculo. Olhei e passei com respeito à crença de quem a fez. A foto da cidade vista de uma área um pouco mais elevada, ainda no começo da caminhada foi esta. O trecho teve belas paisagens, plantações e muitos canaviais. Esta é a foto de um deles. Houve muitos pássaros de diversos tipos, incluindo corujas ao longo do trecho. Havia também este altar, com a placa de 558 km restantes do Caminho da Fé. A vista da cidade de Dumont a partir da estrada, já perto de chegar era esta. E bem perto da entrada da cidade, esta caixa d’água mostrava como havia chovido. Chegando em Dumont consultei as pessoas e o Centro de Assistência Social sobre pousadas e me indicaram a Rancho Alegre City, da Patrícia, com quem já havia falado por whatsapp. Fui até lá e, por coincidência, a gerente Lilian estava chegando para arrumar a pousada para a noite. Conversei com ela, vi o bom quarto que custava R$ 75,00 com café da manhã e banheiro interno, e disse que iria tentar ligar para a Casa Veronezi, que era mais adiante no caminho e seria mais conveniente para mim, caso tivesse preço competitivo. Já tinha ligado quando estava sentado na praça, mas ninguém tinha atendido. Liguei na frente dela e uma criança atendeu. Chamou a avó e ela me disse que poderia me receber em sua casa. O preço era R$ 75,00 incluindo café da manhã e jantar ou R$ 60,00 só com café da manhã. Decidi ir para a Casa Veronezi. Agradeci a Lilian. Antes, visitei a Igreja (peguei a chave na secretaria), a Praça e o Museu de Santos Dumont, que havia morado numa fazenda naquela região. O museu tinha uma réplica (acho que em tamanho real) do 14 Bis. Que coragem voar naquilo 😮. Fui então para a Casa Veronezi (http://casaveronezi.com.br). Ela ficava no Caminho da Fé. O trecho também era muito belo, com paisagens rurais. As pessoas que encontrei no caminho deram as informações corretas, cordialmente. Ao chegar lá, uma fazenda com vários ambientes, indicaram-me onde ficava a casa que abrigava os peregrinos. Assim que cheguei, enquanto limpava os pés e chinelos na torneira, começou a garoar. Assim que entrei a chuva engrossou e caiu um temporal. Acho que tive muita sorte, pois aquele temporal na estrada de terra teria sido desastroso. Helena, uma linda mulher com aproximadamente 77 anos recebeu-me. Segue sua foto, autorizada por ela. Ela me atendeu muito bem, como se eu fizesse parte de sua família. Apresentou-me seu marido e seu cunhado que moravam com ela. Seus netos (acho que um dos quais havia me atendido) estavam divertindo-se no celular. Conversamos longamente e eu fiquei impressionado com a cultura geral dela. Suas opiniões pareceram-me embasadas cientificamente, sem cair na enorme boataria que existe em relação aos vários temas. E seu conhecimento era muito vasto. Ela disse que lia muito. Apresentou-me toda a casa, as obras de arte, os ambientes, o jardim e me falou do açougue anexo e do pesqueiro. Vi também o canavial, o galinheiro e o quintal, com suas árvores magníficas. Ela tinha também vários gatos e um cachorro maltês. Falou como havia diminuído o número de visitantes e eventos devido à pandemia. Contou-me também de seus filhos, engenheiro, empresário, veterinária e de seus netos, dos pequenos e da que já estava se formando em veterinária. Aliás, pela foto na parede aos 15 anos, achei que sua neta poderia ter sido Miss Brasil, se quisesse. Falou-me dos parentes que morreram de COVID, quando ainda não havia vacina, e devido a outras doenças. Tinham partido deste mundo vários membros da família desde o início da pandemia. Falou-me dos peregrinos dos mais variados tipos que acolheu, incluindo repórteres do Fantástico e da BBC e de outras pessoas cujo estilo de vida não conhecia, como um carioca, com fisionomia que me pareceu indiana, pelo que ela narrou, e que era vegano, e de um catarinense com tatuagens. Pareceu-me uma pessoa muito feliz. Mas comentou comigo que toda noite, ao dormir, dizia para Deus que estava pronta para partir, com as sandálias e o cajado. Achei interessante, mesmo com uma vida que me parecia tão boa, ela comentar isso. Mas talvez seja justamente por isso, para partir enquanto a vida é boa, sem sofrimento. Mais tarde chegou sua filha Viviane, tão simpática quanto a mãe, que era a mãe das duas crianças que lá estavam e atuava como veterinária. No entardecer, após a chuva parar, fui dar um passeio no quintal e depois meditei com vista para o pôr do sol e as árvores enormes. Tomei banho e fui jantar. Ela já havia jantado, mas ficou na mesa comigo conversando. Jantei pão com berinjela, beterraba, cenoura, cebola, limão e banana. Ofereceu-me azeite. Surpreendeu-se pelo fato de eu comer pão com tudo cru. Ainda deu para assistir parte do jogo entre Corinthians e Santos. Eu sou simpatizante do Santos. Seu cunhado também era. Quando Jô marcou o primeiro gol do Corinthians, ainda mais sendo em Itaquera, achamos que o Santos iria perder. Mas acabou virando e ganhando por 2x1, para nossa surpresa e satisfação. Na 5.a feira 03/02 pela manhã tomei o maravilhoso café da manhã oferecido pela Helena, com pamonha feita na hora, pães de queijo, pães, bisnaguinhas, requeijão, manteiga, frutas (ameixa, abacate, banana) e suco de graviola . Conversei bastante com Viviane durante o café da manhã. Ela me contou sobre sua vida profissional e dos seus filhos e marido. Falou que seu filho estava encantado com os jogos e falava que desejava ser gamer. Adorava o computador do sobrinho dela, engenheiro de computação, que era muito potente, justamente para executar os jogos. Depois, arrumei minha mochila, despedi-me de todos, agradeci muito por tudo e perguntei a Helena se poderia pagar a estadia com o cartão de crédito através do Pesqueiro, como ela disse no dia anterior. Mas era folga da moça que lá atende e o cunhado dela estava fazendo trabalhos na casa, então não seria possível. Ela me disse para ficar sem pagar. Como eu recusei, ela me disse para pagar só R$ 50,00 então. Mas eu paguei em dinheiro os R$ 60,00 conforme combinado, pois seria um absurdo não o fazer, depois do maravilhoso atendimento recebido. Em seguida, saí rumo a Cravinhos. Não houve chuva durante a caminhada. Houve muitos pássaros, borboletas e cachorros latindo, correndo atrás de mim, até ameaçando atacar, mas mantendo alguma distância, quando passei perto de uma casa em que havia 3 mulheres, as primeiras pessoas que eu encontrei nas estradas rurais. Esta é uma foto da paisagem encontrada, com plantações diferentes e participação especial não autorizada da voadora 😄. Eu voltei a andar descalço em trechos enlameados e que achei que tinham solo macio. Os canaviais também continuavam e ainda havia muitas poças na estrada. Mais à frente encontrei 2 trabalhadores rurais ao lado de um caminhão, que me falaram da distância até Bonfim Paulista, bairro de Ribeirão Preto, ponto intermediário da caminhada no dia. Pouco adiante, já perto da área urbana, em frente a uma indústria, saíram do mato atrás de mim 2 enormes cachorros pretos (pareciam rottweilers, mas eram totalmente pretos). Mas não latiram, não foram hostis, nem fizeram menção de ataque. Apenas um deles acompanhou-me por um pequeno trecho. Talvez com a proximidade de possíveis donos, eles tenham sido orientados a não atacar. Em Bonfim Paulista, após passar pela extensa avenida que ladeava uma espécie de parque, virei numa rua conforme indicado pelas setas num pequeno trecho urbano e daí em diante a sinalização desapareceu (ou eu não encontrei). Perguntei a algumas pessoas, mas nem todos sabiam o que era o Caminho da Fé. Num cruzamento logo à frente, em que havia uma estrada e várias ruas, havia este monumento, que fui admirar. Perguntei a algumas pessoas sobre o Caminho e elas não sabiam. Até que um prestador de serviços em um carro chamou-me e me disse para onde era o Caminho, pegando a rua que saía na estrada e indo em frente. Disse que lá na frente eu voltaria a ver as flechas, o que realmente ocorreu. Na saída de Bonfim Paulista achei interessantes estes troncos de árvores. Na parte final do caminho em direção a Cravinhos, o chão estava bastante seco. Houve bastante sol em alguns momentos perto do meio dia e à tarde, o que me fez tomar bastante água. Muitas borboletas apareceram. A paisagem mudou um pouco também, com trechos de mata. Cheguei na entrada de Cravinhos perto de 16h, mas ainda havia um longo trecho até o centro e a área de hospedagens. Mas caminhei por tudo seguindo as flechas, muito bem sinalizadas. Após entrar um pouco no bairro inicial, perguntei a um homem sobre a hospedagem mais barata da cidade e ele me disse que era no Posto Ipiranga. Pensei que fosse piada 😄, baseada na propaganda de TV. Mas aí ele me explicou que havia um hotel dentro do posto. Continuei seguindo o Caminho até a avenida central, onde havia a Igreja de Santa Luzia, que achei linda, e que tinha um pequeno monumento ao Caminho da Fé em frente e uma imagem de Jesus. Era uma igreja circular, iluminada com luz natural e com um interior que achei muito belo. De lá segui em frente e perguntei às pessoas sobre a pousada e elas confirmaram que a mais barata era no Posto Ipiranga mesmo. Fiquei um tempo conversando com dois homens na porta de um bar, sobre o Caminho, as dificuldades, distâncias, ocorrências de viagem etc. Um deles pediu para que eu rezasse por ele quando chegasse a Aparecida. Eles me indicaram o caminho para a pousada, eu fui e aí saí do Caminho. Andei cerca de meia hora para chegar lá, mas era um hotel e estava fechado. Disseram-me porém, que havia uma pousada associada, não muito longe, bastando atravessar a rodovia e pegar uma pequena rua. Fui lá e descobri a Pousada, que me pareceu boa. O preço era de R$ 70,00 a diária com café da manhã, maior do que o da Hospedaria Anhanguera, credenciada pelo Caminho. Agradeci, mas preferi ir até a Hospedaria Anhanguera (whatsapp +55 16 99419-5320). Ele gentilmente explicou-me o caminho até lá. Cruzei novamente a rodovia, pedi informações à frente e lá cheguei. Fiquei hospedado lá em quarto individual, com banheiro e pequeno café da manhã por R$ 60,00. Ela aceitava cartão de crédito, mas vendo que era uma hospedaria familiar, resolvi pagar em dinheiro. Cida, a dona, recebeu-me bem e me orientou sobre supermercado, padaria e sobre uma sorveteria com picolé a R$ 0,50. Disse-me também de uma feira cultural no Parque Ecológico. Fiz as compras no supermercado e na padaria e fui até o Parque Ecológico, passando pela Igreja Matriz. Achei simples, porém bela a Matriz e a praça no seu entorno. Lá, um homem que rezava, esperando a missa, orientou-me sobre como chegar ao Parque Ecológico. Apesar de já à noite, achei muito bonito o Parque Ecológico, com seus lagos, patos, gansos, capivaras e grandes áreas verdes. Andei por algumas de suas trilhas. Havia bastante gente lá dentro e na área externa, onde se vendia artesanato e alimentos prontos (pastéis, sanduíches etc). Na volta, encontrei Cida saindo, que me disse que iria ao Parque Ecológico e perguntou se eu desejava carona. Disse que havia acabado de voltar de lá, o que a surpreendeu. Passei na sorveteria e comprei 4 picolés de frutas à base de água. Jantei pão com cebola, beterraba, limão banana e laranja. Na 6.a feira 04/02, após um café da manhã simples (um pão com margarina e um copo de água – eu não quis a xícara de café oferecida, pois não costumo tomar café), que reforcei com parte do que tinha comprado no dia anterior, despedi-me da Cida e do seu companheiro e saí com destino a São Simão. Inicialmente passei pelo estádio, onde tinha sido jogada a Copa SP de Juniores e pude ver o campo sem pisar nele. Depois conheci a antiga estação ferroviária, uma praça e uma igreja que achei belas. Tudo isso para ir ao ponto onde havia deixado o Caminho no dia anterior. Uma vez chegando ao ponto, comecei a seguir as flechas novamente. Uma pequena parte do trajeto foi numa rodovia. A maior parte foi em caminhos paralelos de terra ao lado da rodovia. Neste dia houve muito sol e não choveu em nenhum momento. Novamente cachorros latiram para mim, quando passei pelo barraco de um morador das margens da rodovia. Mas ele os repreendeu, eles pararam e não correram mais atrás de mim. Passei ao lado de várias casas no campo. Em duas fazendas havia altares para os peregrinos e em pelo menos uma havia oferta de água potável de uma torneira. Já perto de São Simão, cruzei a linha do trem pela primeira vez no Caminho. Logo após encontrei uma chácara, em que dois homens trabalhavam. Perguntei a eles sobre a distância para São Simão e me falaram que já estava em São Simão e me indicaram o caminho para a pousada que consideravam a mais barata da cidade. Chegaram duas mulheres, talvez a mãe e a filha da casa e reforçaram as informações. Agradeci, mas disse que iria seguir as flechas e depois de chegar ao centro, procurar pela pousada que indicaram. Pouco mais à frente, perguntei novamente a dois homens que trabalhavam e eles falaram da mesma pousada. Um deles gentilmente ofereceu-me água e cuscuz para comer 👍, o que educadamente eu recusei. Mais à frente perguntei provavelmente ao motorista da ambulância do hospital, que também me falou da pousada e confirmou o caminho para ela. Incrível como a população foi amável. Segui as flechas até a antiga estação ferroviária, onde atualmente funcionam órgãos públicos. Dali desviei para ir até a Pousada Alfa (https://www.solutudo.com.br/empresas/sp/s-simao/hoteis/pousada-alfa-11083427), que não era longe. Chegando lá encontrei Regina, que me mostrou a pousada. O quarto com banheiro interno e café da manhã custava R$ 70,00. Fiquei lá. Paguei com cartão de crédito. Notei que tinham aparecido bolhas nas plantas dos pés. Acho que foi consequência dos dias em que andei descalço. Parte dos terrenos tinha pedrinhas, o que deve ter contribuído para as bolhas. Após me instalar fui visitar o Bosque Municipal. Estava um pouco abandonado, com mato, mas ainda assim pareceu-me um passeio agradável andar em seus caminhos, ver a vegetação e o lago. Passei também pela praça em frente a ele. Como era caminho, passei no supermercado para comprar o jantar. Depois fui para o Morro do Cruzeiro, seguindo as orientações que me deram. No caminho, passei pela Igreja Matriz, que estava fechada, e pela praça em frente a ela. Achei bonita a paisagem na subida, embora íngreme. Ao chegar lá, havia numa área ao lado várias pessoas fazendo uma espécie de oração. Perguntei a elas se poderia entrar na área do Cruzeiro e elas disseram que sim. Gostei bastante da vista a partir de lá. Fiquei contemplando a paisagem e depois observando a cidade. Fiz um pouco de meditação. A vista do pôr do sol a partir de lá pareceu-me muito bela também. Chegou um carro com um casal de namorados, eu imagino, enquanto eu meditava. Quando fui para o outro lado apreciar a vista, cumprimentei a moça duas vezes, mas acho que ela se assustou. Aí o moço respondeu, eu disse que estava fazendo o Caminho da Fé, ele sorriu, disse que era bom e eu pedi desculpas por tê-los assustado. Dei a volta, para não os assustar ainda mais e fui para uma área limpa do morro, perto de onde as pessoas estavam fazendo a oração. De lá, tirei fotos da cidade e do pôr do sol. Na descida de volta, pude apreciar o pôr do sol e o crepúsculo por parte do tempo. No fim da descida, um rapaz ofereceu-me carona, mas eu já estava chegando e educadamente recusei. Ainda passei pelo museu, que estava fechado, e novamente pela Igreja Matriz, que continuava fechada. A arquitetura de ambos agradou-me. Ao chegar à Pousada à noite, não havia internet, pois o hóspede do quarto onde ficava o modem estava alcoolizado e, provavelmente, tinha feito algo que desligou a internet. O atendente Cláudio disse que tinha dado muito trabalho acomodá-lo e eu não quis gerar problemas. Jantei pão, tomate, banana e um pouco do que tinha sobrado da compra do dia anterior. No sábado 05/02 a internet ainda não tinha voltado. Tomei o bom café da manhã (pães, muçarela, presunto, bolacha, bolo, suco, café, leite, margarina). Dei cascas de banana, laranja e talos para o atendente Cláudio levar para os animais no seu sítio. Geralmente eu como as cascas, mas estava gerando muita quantidade, o que me parecia não estar fazendo bem para o meu organismo, então resolvi achar um outro destino nobre para elas. Enquanto me preparava para partir, ouvi um hóspede comentar que era de Santa Rosa do Viterbo. Perguntei a ele se conhecia pousada ou pensão barata lá e ele me indicou a do Tião Mariano (pai) e Luciano (filho) ou a do França. Agradeci, acabei de me arrumar e parti para Santa Rosa do Viterbo. Houve um pequeno trecho pela estrada no início, mas logo as flechas levaram para caminhos de terra. Logo no início vi um animal que acho que era um tamanduá pequeno, pelo modo de andar e pela cauda longa. Achei a paisagem bela, com eucaliptos, cana-de-açúcar e plantações. Este é um trecho de plantações, acho que de amendoim. Este é um trecho com eucaliptos e cana-de-açúcar. Esta é uma visão dos eucaliptos. Vi várias aves ao longo do trajeto. Durante um bom trecho uma ave terrestre que apareceu na minha frente fugiu de mim andando ou correndo. Acho que pensou que eu a estava perseguindo, até desviar do caminho e entrar no canavial. Aproximadamente na metade do caminho, dois rapazes de carro ofereceram-me carona, mas eu informei que estava peregrinando e educadamente recusei. Eles deram uma estimativa da distância. Já perto da chegada, uma moça, também de carro, ofereceu-me carona. Eu repeti a explicação e ela me deu uma estimativa da distância, que naquele ponto parecia não ser grande. Chegando em Santa Rosa, vi uma indicação de que havia dois caminhos possíveis. Esta informação não constava do site do Caminho nem havia no mapa. Fiquei um pouco confuso. Como havia planejado procurar acomodação em Santa Rosa, seguindo a sugestão do hóspede e, caso só encontrasse o hotel conveniado com o preço maior do que os de outras localidades, seguir ate a Estalagem do Sobreira, resolvi seguir as flechas que entravam na cidade. Pedindo informações, as pessoas confirmaram a existência da Pousada do Tião Mariano e Luciano e me indicaram onde ficava. Desviei muito pouco do Caminho para chegar até ela. Lá chegando, estavam almoçando numa enorme mesa. Mas o Luciano me recebeu e me mostrou o quarto, com banheiro externo e café da manhã por R$ 50,00. Resolvi ficar. Paguei com cartão de crédito. Ele usava um boné do Palmeiras, era palmeirense, mas disse que também gostava do Juventus, time cuja camisa eu estava usando. Ele tinha morado perto da Moóca. Achei as instalações da pousada um pouco precárias, mas o principal era aceitável, o colchão, o chuveiro e a não existência de mosquitos no quarto. Um dos banheiros não tinha assento no vaso sanitário. Encontrei uma barata no chão dele. A porta deste banheiros não tinha tranca, mas era possível colocar uma cadeira para servir de trava. Não era fornecida toalha. Não havia sobrelençol, só cobertores. Luciano disse para eu pegar o lençol de uma das outras camas e usar como sobrelençol, mas eu preferi então usar o cobertor. Ele forneceu a senha do WI-FI para o celular, mas não concordou em me fornecer para o tablet, que eu usava para ver mapas, pois a tela era bem maior. Todas as outras localidades em que fiquei forneceram-me sem restrições. Pedi um prato e uma faca para jantar, ele concordou em me dar, mas quando fui pegar e disse que devolveria no dia seguinte, ele me olhou firmemente e disse para eu devolver mesmo. Percebi que se aborreceu um pouco com meus pedidos e talvez por isso eu o tenha achado um pouco ríspido. Após chegar e me acomodar, ainda aproveitei para assistir parte do jogo entre Al Ahly e Monterrey e vi o gol do Al Ahly. Enquanto assistia, um dos participantes da mesa que já havia feito o Caminho da Fé conversou comigo e falou de suas experiências. Não fiquei para ver o jogo inteiro e saí para dar uma volta na cidade. Fui conhecer a Igreja Matriz e o museu, ambos por fora, algumas praças, o centro de cultura, a antiga estação ferroviária e um projeto musical da prefeitura para pessoas do município, que achei bastante interessante. Ficava nas instalações da estação e contava com vários instrumentos musicais, como piano, tambores, pratos, atabaques, violões etc. Depois passei no supermercado e comprei jantar e reforço para o café da manhã, que pelo que havia me informado, seria simples. Na pousada conheci dois pintores (Bruno e seu colega) que eram de São Paulo e estavam lá pintando a escola local. Eles trabalhavam muitas vezes viajando pelo interior fazendo este tipo de serviço. Bruno falou da saudade da família e dos seus filhos. No início da noite choveu forte, tanto que colocaram tapumes na entrada para nossos quartos e o banheiro, pois era muita água escoando. Jantei pães, tomate, banana e laranja. No domingo 06/02, após o café da manhã simples (café, leite, um pão com margarina e um pão com mortadela, que a moça gentilmente trocou por outro pão com manteiga, posto que sou vegetariano), devolvi o prato, a faca, o que sobrou do papel higiênico e a chave e acompanhei Luciano, que foi ver o quarto após a saída. Ele foi cordial na despedida. Parti rumo a Tambaú. Inicialmente segui as flechas para o centro da cidade, onde perto da Igreja Matriz e ao lado de uma espécie de bar, restaurante ou casa de eventos, havia uma placa indicando a bifurcação, com um caminho bem maior e outro menor. Ainda um pouco confuso, entrei no bar, que já estava aberto, e perguntei ao dono. Ele me respondeu que desde que a prefeitura havia colocado aquela placa, tinha havido muita confusão. Explicou-me que o caminho maior dava voltas pela região e que o menor ia direto para o próximo povoado. Agradeci e resolvi seguir o menor. Com isso voltei para a entrada da cidade seguindo as flechas e peguei uma estrada de terra com destino a Nhumirim. Neste trecho, procurei áreas em que havia pássaros, árvores e áreas verdes e joguei algumas cascas de frutas e talos para servirem de alimento aos animais e adubo para as plantas. Procurei distribuir para não gerar desequilíbrios, apesar de ser bem pouco. Ao passar por Nhumirim, havia uma pracinha com uma pequena igreja que achei muito bonita. Pouco depois havia um jogo de futebol de campo muito animado, com muitos gritos. Acho que foi neste trecho, pouco depois da saída de Nhumirim que vi um animal preto com cauda longa e uma faixa branca perto da cabeça atravessando a estrada de terra. Imagino que era um gambá. Achei muito bonito o caminho, com as mais variadas paisagens, como esta. Ao chegar na placa que indicava a entrada para a Estalagem do Sobreira, pensei que era para seguir em frente e a placa se referia só a quem desejasse ir para a Estalagem. Não vi que havia flechas indicando que o Caminho era por ali também, pois estavam cobertas pelo mato. A placa era comprida e eu não vi a parte de baixo. Segui em frente, ao olhar para trás vi umas casas e achei que era a estalagem. Fiquei na dúvida, mas continuei em frente até ver um “X” vermelho. Aí desconfiei que estava no caminho errado. Mesmo assim, para garantir, segui um pouco mais em frente, para ter certeza. Vi outro “X” azul e seguindo um pouco mais, ao não ver mais flechas amarelas, resolvi voltar. Aí fui analisar a placa detalhadamente e vi as flechas amarelas na parte de baixo, cobertas pela vegetação. Segui então em direção à Estalagem. Como antes eu estava subindo e agora tinha começado a descer e não apareciam mais flechas, fiquei na dúvida novamente. Resolvi voltar e ver se havia alguém na casa que ficava no entroncamento. Para minha sorte, havia uma mulher andando no quintal. Perguntei e ela disse que eu tinha que descer mesmo, passaria pela Estalagem e continuaria o Caminho. Agradeci e fui. Bem mais lá para frente vi outra flecha, o que me confirmou que tinha seguido o caminho correto. Nestas idas e vindas acho que gastei cerca de 40 minutos. Cruzei a Estalagem do Sobreira, que permitia que o Caminho passasse por ela. Achei-a muito bela, com sua capela, rio, campos e ambientes de vários tipos, como mostra um pouco esta foto. Havia várias porteiras a serem cruzadas e eu abri e fechei todas elas. Havia alguns trechos encharcados, em que foi um pouco difícil transitar e reduziu a velocidade. Na caminhada deste dia eu caí, sujei a mão e parte do braço com terra e um pouquinho da calça com lama. Foi minha única queda. Não me machuquei. Ao sair completamente da estalagem, eu cheguei a duas bifurcações em que não havia setas. Como estava subindo, por intuição achei que deveria subir. Era perto de 14h, então o sol não estava numa posição favorável para orientação sobre os pontos cardeais. Pouco depois da segunda bifurcação, havia uma casa ou chácara em que uma família estava reunida no almoço de domingo. Foi a minha sorte. Perguntei a eles sobre o Caminho. Um dos patriarcas, imagino, saiu do almoço, veio até mim e me explicou por onde eu deveria seguir. Disse que naquele trecho pessoas arrancavam as placas e que um homem havia fechado duas estradas para plantar soja e, portanto, eu precisava seguir o caminho que ele indicou. Bem de longe, eu vi uma placa lá na frente. Agradeci muito e segui. Passei pela placa, era do Caminho e coincidia com a explicação que ele me havia dado. Após passar pelos eucaliptos de que ele havia falado, vi outra placa e daí para frente a sinalização do Caminho voltou ao padrão regular. Perto de 16h o céu começou a escurecer do lado direito e, embora houvesse uma ampla parte clara, achei que poderia pegar chuva mais pesada pela primeira vez. Realmente ocorreu, mas foi uma pancada de uns 20 minutos. Corri e me abriguei sob uma árvore, visto que não havia raios. Molhei-me pouco. Até tirei a capa para proteger a mochila, mas acho que não teria sido necessário, pois a árvore protegeu bem. Após a chuva, continuei. Até que ela não encharcou muito o solo. Nesta área havia vários trechos de mata, como este. Isto também ajudava a me proteger do sol. Passei por várias fazendas nas laterais do Caminho. Houve muitos pássaros dos mais diversos tipos ao longo da caminhada. As paisagens a partir das áreas mais elevadas pareceram-me muito bonitas também. Já perto de Tambaú, havia uma flecha que estava numa posição não muito clara. Segui o que eu achava ser o trecho mais provável. Depois apareceu uma bifurcação sem flechas. Segui o sentido que eu achava ser em direção à cidade. Não vi mais flechas. Achei que havia me perdido. Fiz sinal para um carro, que acho que pensou que eu queria carona e fez sinal de que estava cheio. Fiz o mesmo para um motociclista, que também não parou, mas disse que Tambaú era na direção em que eu estava indo. Bem mais para frente, voltei a ver flechas e descobri que estava no caminho certo. Na entrada de Tambaú havia uma espécie de jardim, que achei belo, com estas flores. Perguntei às pessoas em frente ao jardim e me indicaram um hotel que acharam ser barato. Continuei seguindo as flechas e mais para frente perguntei a um casal sobre pousadas baratas e me indicaram o Azul Maria Hostel (https://www.azulmariahostel.com.br/), que era conveniado ao Caminho e que eu tinha escolhido anteriormente, se não achasse outro mais barato. Resolvi ir até ele, que já estava bem próximo. Chegando lá Rodrigo atendeu-me. Eu pedi um tempo para descansar antes de fazer os procedimentos de entrada, pois o dia tinha sido desgastante. Fiquei lá. Paguei R$ 50,00 por dia por uma cama em quarto compartilhado, com banheiro interno e café da manhã. Paguei com cartão de crédito. Como eu estava sozinho no hostel, o quarto ficou só para mim. Achei o hostel excelente, com boa cozinha, excelente banheiro, com banheira, sala para uso com TV, jardim e muito limpo. Saí para comprar o jantar no supermercado. Pela primeira vez cozinhei. Jantei macarrão com tomate e laranja. Rodrigo comentou comigo que também trabalhava no cemitério e que às vezes precisava sair durante a noite devido a óbitos. Na 2.a feira 07/02 conheci Cassiano, empreendedor e dono do hostel, e Joana, prestadora de serviços. Ele me explicou sua ideia no empreendimento e comentou sobre algum tipo de preconceito dos viajantes em relação a hostels. Deu-me explicação sobre os pontos a conhecer na cidade. Comentou que geralmente havia bolo no café da manhã, feito pela sua mãe, mas como não havia nenhum hóspede previsto, e eu não tinha confirmado, disse para ela não passar o domingo no fogão, algo que achei muito positivo. Após o café da manhã simples, com 3 pães com margarina eu saí para visitar a cidade. Resolvi parar aqui para conhecer os itens referentes ao Padre Donizetti (https://www.beatodonizetti.com.br), porque estava prevista chuva o dia inteiro pelos vários órgãos de climatologia e para recuperar um pouco os pés. Inicialmente fui visitar o Santuário de Nossa Senhora, idealizado pelo Padre Donizetti. Gostei muito, tanto da atmosfera, como de conhecer a história e a filosofia do Padre Donizetti, de despojamento, apoio aos necessitados e busca de Deus. Este era o altar principal. Depois fui conhecer a casa que havia sido dele e hoje é museu. De lá fui conhecer a réplica da Igreja de São José, que ficava onde é atualmente o Santuário e foi demolida para a construção dele. Achei bonita e simples a igreja, mas estava fechada. Dei uma volta no pequeno campo em que ficava. Logo em frente era o cemitério, onde ficava o mausoléu do Padre Donizetti. Lá encontrei Rodrigo, no seu expediente de trabalho. Ele me reconheceu e me cumprimentou. Ao lado fui ver a estátua do Padre Donizetti. Quando estava voltando da visita à estátua, começou a chover e rapidamente engrossou. Abriguei-me numa espécie de barraca que havia na área, acho que provavelmente para receber romeiros. Creio que fiquei lá cerca de 1h. A previsão do tempo tinha acertado 🌧️. Após a chuva, fui conhecer o Parque Turístico e de Lazer do Trabalhador. Quando perguntei se poderia entrar, uma moça que varria o local disse-me sorrindo “Claro, isto aqui é nosso!”. Achei bonito o parque, embora um pouco sem manutenção. Achei muito bonita a Gruta de São José. Dei uma volta no lago e passei no meio das árvores e das réplicas de dinossauros. Saí e fui conhecer um monumento que ficava na praça ao lado da rodoviária em frente. Após conhecê-lo, a chuva voltou e eu me abriguei na rodoviária. Diminuída a chuva, resolvi passar no supermercado em frente para comprar algo para complementar o jantar. Na saída peguei chuva leve, que engrossou e me obrigou a parar no meio do caminho, num toldo. Molhei-me um pouco. Ao todo precisei abrigar-me 3 vezes ao longo do dia por causa da chuva, por cerca de 2h. No caminho ainda apreciei a arquitetura religiosa de um templo. Deixei as compras no hostel e fui conhecer a Igreja Matriz, do outro lado da cidade. Achei a igreja bonita por fora, mas não se podia entrar, pois a estrutura tinha sido abalada. De lá fui conhecer o clube em que o time local pretende mandar seus jogos. O dono gentilmente deixou-me entrar no estádio e no gramado e me explicou os planos para o futuro. Pareceu-me um projeto interessante a ampliação daquele estádio para receber jogos da Série A2, que pelo que disseram exige capacidade mínima de 6 mil torcedores. Dali fui para o antigo estádio, que não era longe. Já estava fechado. Encontrei três pessoas na sua porta, e um deles começou a me explicar a história futebolística da cidade, dos dérbis entre os clubes locais. Um dos que estava sentado tinha sido árbitro de futebol e aparentava saudades do passado. Voltei para o hostel e aproveitei para tentar contato com hotéis de Casa Branca, pois não tinha encontrado opções baratas para me hospedar lá. Jantei macarrão com batata, tomate e banana. As bolhas nas plantas dos pés melhoraram. Na 3.a feira 08/02 inicialmente tomei café da manhã com 3 pães com margarina e 3 pedações de um maravilhoso bolo frapê com cobertura de chocolate feito pela mãe do Cassiano. Depois saí rumo a Casa Branca, mas antes decidi passar no Setor de Informações Turísticas para saber se existia alguma cerâmica com exibição de produtos que eu pudesse visitar. Indicaram-me uma perto e eu fui lá. Gostei muito das peças, em sua maioria vasos, dos mais diferentes tipos. Vi um funcionário fazendo o vaso manualmente. Achei interessante como usavam fornos a lenha e quase todo o processo era manual. Trataram-me muito bem na visita 👍. Depois passei novamente na porta do Setor de Informações Turísticas e agradeci a moça, pedi a chave do banheiro público no museu e o usei, e segui as flechas para a estrada. O dia foi de muito sol durante todo o tempo, sem chuva. Houve muitos pássaros no caminho, chamando-me atenção especial uns que eram amarelos e pretos. Houve também corujas. Ao longo do caminho cruzei com um mesmo motorista de caminhão três vezes, em pontos diferentes, distantes um do outro. Na segunda vez ele me disse “Você anda hein!”. Achei o caminho muito belo, com plantações diversas (cana, laranja, eucalipto etc), mata, pecuária etc. Vi um avião passando sobre uma plantação, provavelmente jogando defensivos agrícolas. Houve outros aviões também, mas não me pareceram estar jogando nada. Havia máquinas enormes nas plantações, provavelmente para irrigação ou algum outro tipo de aplicação na área plantada. A população foi muito amável durante todo o trecho e na cidade, sempre tentando ajudar com informações e explicações. Ao chegar em Casa Branca, as flechas me apontavam para sair do centro, em direção ao Santuário de Nossa Senhora do Desterro. Mas eu preferi ir para o centro para me hospedar antes e depois ir ao Santuário. Fui até a Igreja Matriz, aproveitei para visitá-la e perguntei na secretaria se o Santuário realmente não aceitava mais peregrinos. A atendente ligou para lá e confirmou que não aceitavam. Conversei com um policial aposentado que me deu bastante informações sobre a cidade. Ele acompanhava sua filha, que estava fazendo um trabalho sobre os casarões. Ele me disse que o local onde ficava o Rancho dos Artistas, para onde eu estava inclinado a ir, poderia não ser muito seguro, principalmente à noite. A diferença de preços era muito pequena e eu resolvi passar no Setor de Turismo para obter mais informações. Lá, a atendente falou-me das atrações da cidade e das opções de hospedagem. Falou que não havia problema de segurança no entorno do Rancho dos Artistas. Ela falou da Hospedaria Casa Branca, que eu tinha visto na internet e que não era conveniada ao Caminho. Como era perto, resolvi ir até lá. Encontrei seu proprietário, Salvador, que morava em São Paulo e lá também. Falou-me que custava R$ 60,00 (não comentamos sobre café da manhã), mas que no momento os quartos estavam ocupados, mas as pessoas iriam sair. Eu perguntei se estava certo daquilo. Ele disse que sim. Perguntei o que ocorreria se não saíssem. Ele me disse que aí me colocaria na suíte pelo mesmo preço. Achei então que a suíte estava livre e que a hospedagem estava garantida. Perguntei se poderia ir ao banheiro, mas ele me disse que naquele momento não conseguiria. Não vi problema, mas acho que isso foi um prenúncio de que havia algo errado, que eu não percebi. Perguntei se poderia deixar minha mochila na recepção enquanto visitava alguns pontos da cidade naquele fim de tarde e ele concordou. Na volta, combinamos que eu faria os procedimentos de entrada no quarto. Saí então para visitar os pontos de interesse. Já havia passado pela Igreja Matriz, que achei muito bela, e pelos casarões da área central, que achei muito bem conservados. Fui então para o Horto. Achei-o muito bom, com ampla área verde. O encarregado orientou-me sobre as trilhas que poderia seguir. Ele tinha muitos tipos de árvores diferentes, legendadas e muitas opções de trilha. Várias pessoas caminhavam lá naquele horário. Conversei com Osnir, aposentado que andava de bicicleta lá e me falou do Horto. Havia muitos pássaros 🐦, mas me chamaram atenção especial os tucanos. Depois do Horto, segui para o Cristo. No caminho passei por uma casa muito pobre, em que a moça, muito jovem, grávida, já com filhos, informou-me o caminho. Olhando aquela situação, pensei como representava a situação de muitas famílias brasileiras. Ao chegar no Cristo, havia um rapaz fumando, sentado no degrau da porta, com sua bicicleta do lado. Falou que não tinha ido para o outro lado porque o mato estava grande. Acho que se incomodou um pouco com a minha presença e logo depois saiu. Gostei da estátua do Cristo. A entrada estava trancada, mas era possível apreciá-la de fora da grade. Dei a volta e fui para o trecho no mato, com vista para a cidade e para uma moçoroca (erosões provocadas pela chuva, sem vegetação de proteção). Achei bonita a vista, embora algumas árvores a bloqueassem um pouco. Depois fui ao supermercado para comprar o jantar. No caminho, quando passava por uma praça, vi uma mulher sentada num banco. Cumprimentei-a. Após andar uns 10 metros, ela me chamou, dizendo “Moço”. Eu parei e achei melhor voltar, para ver se ela precisava de algo. Perguntei “Posso ajudá-la em algo?”. Ela me disse “Eu precisava arrumar um marido” 😄. Eu ri e disse “Nisso eu não vou conseguir ajudá-la”. Ela perguntou se eu era dali e quando disse que não, ela pareceu decepcionada. Eu sugeri que ela fosse a festas, para conhecer possíveis pretendentes. Mas ela disse que não gostava de ir em festas. Disse que não precisava de uma casa, pois morava numa casa de recuperação. Aí eu imaginei que ela poderia ser dependente química e, realmente, festas não seriam uma boa ideia por causa do álcool, que poderia levá-la à recaída. Sugeri então que fosse à Igreja e perguntasse por grupos de alguma atividade. Talvez pudesse participar de algum e conhecer algum pretendente. Ela pareceu gostar da ideia e agradeceu muito. Eu segui para o supermercado e ela também levantou e seguiu para algum local. Embora bem vestida e totalmente sóbria, ela parecia mostrar um pouco do desgaste que a possível dependência química tinha causado. Ao voltar do supermercado para a Hospedaria Casa Branca, Salvador me recebeu dizendo que eu tinha demorado muito e que não tinha vaga. Eu me surpreendi e disse que ele tinha garantido que haveria. Ele me disse que o pessoal não tinha feito a saída do quarto, apontando para eles, que conversavam do outro lado da rua. Eu disse que ficaria na suíte então, mas ele me disse que o rapaz da suíte não tinha voltado. Eu pensei que ela estivesse vaga, mas não estava. Fiquei aborrecido 😒. Ele disse que eu acharia pensões perto da rodoviária, mas eu duvidei. Naquele horário, perto de 19h30, não me pareceu prudente ir ao Rancho dos Artistas, que ficava a uns 3 km de distância e cujo caminho eu não conhecia direito. Tentei procurar uma pousada ou pensão perto da rodoviária, mas a que havia não tinha vaga e nem consegui falar com a dona. Voltei e fui ao Hotel Alfonso’s (https://www.facebook.com/pages/Alfonsos-Hotel/227179087294737). Lá chegando o atendente me disse que não havia vagas. Achei que estava enrascado. Mas ele disse que iria verificar. Aí disse que tinha um quarto no último andar, que ele tinha tirado da disponibilidade porque estava com goteira. Eu disse que não tinha problema e fomos vê-lo. Achei aceitável e disse que ficaria nele. Mas quando descemos perguntei sobre os quartos mais baratos e ele me disse que tinha quartos com banheiro fora. Não entendi porque ele não mencionou isso antes. Eu optei pelo quarto com banheiro externo, que era mais barato, por R$ 80,00, com café da manhã. Perguntei se poderia pagar com cartão de crédito, mas ele disse que a maquininha estava quebrada. Paguei em dinheiro. Jantei pâo, berinjela, cebola, pepino, banana e laranja. Na 4.a feira 09/02, durante o café da manhã muito bom (3 tipos de pão, 4 tipos de bolos, vários tipos de biscoitos, muçarela, presunto, mortadela, mamão, melão, gelatinas, sucos, café, leite), conversei com uma funcionária da empresa Hutchinson, que vinha da sede em Monte Alto, perto de Jaboticabal e Ribeirão Preto, que falou da empresa, da presença na região e do trabalho. Depois saí para ir ao Santuário Nossa Senhora do Desterro (https://www.facebook.com/SantuarioDoDesterro). Voltei para onde tinha parado de seguir as flechas e comecei a segui-las novamente. Logo cheguei ao Santuário. Gostei da área externa do entorno, da igreja e da Sala dos Milagres. Gostei de conhecer a história do Irmão Roberto, de apoio aos trabalhos assistenciais e de sua vida espiritual. Uma funcionária explicou-me que tinham parado de receber peregrinos por causa da pandemia e porque havia sido pedido que padronizassem a cor dos lençóis em branco, o que o padre achou que iria custar muito caro. Além disso comentou que alguns peregrinos achavam o preço alto (R$ 80,00), mas que incluía o jantar. Dali segui rumo a Vargem Grande do Sul. Em direção à saída de Casa Branca, passei pelo Setor de Informações Turísticas para agradecer a atendente. Mais à frente pedi informações a Pedro, que me indicou o caminho. Ele pediu que eu rezasse pela família dele quando lá chegasse, pois estavam passando por tempos difíceis devido ao suicídio de seu sobrinho por causa das drogas. Cruzei o Horto novamente, que parcialmente fazia parte do Caminho. Na saída de Casa Branca cruzei com vários caminhões carregados de cana. Houve bastante sol durante o dia, mas com várias nuvens. Não choveu. Vi muitos pássaros no caminho, como garças e outros, mas me chamaram atenção especial os com peito amarelo e costas verdes, menores que bem-te-vis. Passei por várias sedes de fazendas. Houve vários trechos com criação de gado e com mata. Em Itobi, cidade por que o Caminho passava, perguntei a pessoas que vegetais pequenos eram aquelas que eu via cada vez mais nas plantações. Disseram-me que era amendoim e que era usado para fazer rodízio com a plantação de cana. Quando pronto, a máquina passava e extraía tudo. Ainda em Itobi cachorros relativamente pequenos latiram e correram atrás de mim, mas não atacaram. Mais para frente perguntei a outros que pareciam ser do campo, se as plantações de cana-de-açúcar seca eram por causa do clima e se estavam perdidas. Disseram que não, que era para transferência para outro local ou para substituição no mesmo local. Não sei se entendi bem ou se perguntei direito, pois pareciam muito secas. Mais para frente na viagem creio que vi algumas plantações de milho na mesma situação. Mas eram extrema minoria perto das outras verdes. A parte final do Caminho foi em grande parte por estrada asfaltada de mão dupla, fato raro. Um exemplo da paisagem que me agradou foi este. Havia também este pequeno altar. Logo ao chegar em Vargem Grande do Sul, uma linda estátua do Cristo surgia. Perguntei às pessoas sobre a pousada mais barata, alguns não sabiam dizer e outros disseram que era o Hotel Príncipe (https://www.facebook.com/principepalacehotel), conveniado ao Caminho, que eu tinha como opção inicial. Resolvi ir para ele então. Chegando lá, Silvana atendeu-me, mostrou-me o quarto mais barato e eu resolvi ficar. O banheiro era fora e incluía café da manhã por R$ 64,00. Paguei com cartão de crédito. Havia várias outras opções de quarto mais caras. Após me instalar, saí para visitar duas igrejas grandes (Nossa Senhora Aparecida e Santana), ambas por fora e depois fui visitar o parque onde ficava a barragem. Achei-o muito bom, com sua enorme represa, sua pista de caminhada e sua vegetação. Havia também capivaras e muitos pássaros. Segue uma foto do pôr do sol visto do seu fundo. Segue uma foto do pôr do sol visto da sua lateral. Depois passei nos supermercados, comprei parte do jantar, voltei para o hotel e jantei sanduíche de berinjela, pepino, cascas de banana e laranja, bananas e laranja. A atendente Silvana jantou seu sanduíche ou combo em parte do tempo comigo, pois frequentemente precisava sair para atender alguém. Um ex-jogador de futebol do Sertãozinho e Ipatinga jantou sua marmita a outra parte do tempo comigo. Contou sobre sua carreira, que tinha tido que encerrar precocemente devido a uma lesão (se me lembro foi ruptura de ligamento do joelho). Na 5.a feira 10/02 após o ótimo café da manhã (3 tipos de pães, 2 tipos de queijo, presunto, ovo, salsicha, 2 tipos de bolos, abacaxi, mamão, melão, banana, melancia, iogurte, vários tipos de biscoitos, sucos de uva e laranja, café e leite), fui visitar a Casa de Cultura, em que havia passado no dia anterior, mas já estava fechando. O atendente recebeu-me muito bem. Mostrou-me todas as salas de exposição. Praticamente era um museu. Gostei de tudo, mas especialmente de conhecer ainda mais a trajetória do Padre Donizetti e suas iniciativas sociais. Depois indicou-me de onde voltar a seguir as flechas. Segui então para São Roque da Fartura. Logo após sair da cidade, no começo da estrada de terra, estava a estação inicial da Via Crucis, que achei muito interessante. A via Crucis tinha cerca de 12 km, pelo que me falou o atendente da Casa de Cultura. Acabava na Pousada da Cidinha, pela qual passei mais tarde, e de onde a vista era muito bela. No alto de uma colina, já dentro da porteira, pude ver a estação final. Achei o caminho deste dia muito belo, com mudança de cenário. Passaram a aparecer montanhas, combinadas com os cenários anteriores de plantações e matas. Achei as paisagens vistas do alto e as montanhas vistas de longe muito belas, como estas. Vi também muitas aves, como tuiuiús, tucanos, talvez garças, maritacas, e vários tipos de pássaros. Cruzei com uma kombi escolar várias vezes (acho que era a mesma, nos diferentes turnos da escola). Passei por esta capela com árvore florida e estátuas de Jesus e Maria ao lado. Esta foi uma área de mata que achei bela ao longo do caminho. Cheguei no meio da tarde à Pousada Paina (https://www.facebook.com/pousadapaina/), em São Roque da Fartura, onde planejava ficar. Toquei a campainha e Clair me atendeu, dizendo-me para entrar. Jack, seu cachorro extremamente dócil e simpático estava dormindo, e latiu ao acordar, deixando-me ressabiado, devido a tudo que havia ocorrido com cachorros ao longo da viagem. Mas logo se acalmou. Clair apresentou-me a casa, mostrou o quarto em que eu ficaria e eu me acomodei. Custava R$ 50,00 com direito a café da manhã. Eu era o único peregrino. Clair disse-me que eu poderia pegar vegetais da sua horta para o jantar, se desejasse. Ela me disse que seu marido tinho partido deste mundo há cerca de um ano e que eles tinham combinado que, se um deles fosse antes, o outro manteria a pousada para peregrinos aberta. Saí então para conhecer o povoado, que ficava a menos de 1 Km de distância. Visitei a igreja que tinha quadros com passagens da vida de São Roque, que eu não conhecia, comprei pães na padaria para o jantar e fui até a rodovia de baixo apreciar a paisagem natural. Começou a chover e eu me abriguei sob uma árvore grande, visto que não havia raios. Após cessar voltei para a pousada. Jack recebeu-me afetuosamente, agora que não estava dormindo. Aproveitei que tinha uma caixa d’água do outro lado da estrada e fiquei sentado nela fazendo meditação e apreciando a paisagem. A vista de lá era esta. Depois de voltar fui à horta e peguei chuchu, pimenta (por engano), limão rosa, folha de abóbora, folha de figo e algumas outras folhas. Disse a Clair que não sabia reconhecer bem os vegetais e ela foi comigo e me explicou vários deles. Ajudou-me a pegar mangas e bananas (acho que o tipo da banana era algo como São José, uma delícia) para o jantar. Demos uma volta pela outra parte da chácara também, em que ela me mostrou onde ficavam as casas dos parentes que moravam próximos e outras plantas. Várias pessoas foram visitar a Clair naquele dia, amigas, uma de suas irmãs, seu irmão e a sua sobrinha Susete e sua filha Camila à noite. Susete tinha ido ao centro espírita que ficava ao lado para fazer uma cirurgia espiritual de remoção de carne esponjosa do nariz. Iriam dormir na casa da Clair também. Eu pensei que eram irmãs e me surpreendi quando disseram que eram mãe e filha. Comentei que eu também tinha carne esponjosa no nariz e que o pediatra tinha recomendado à minha mãe que eu fizesse natação, quando eu era bem pequeno. Jantei pão com chuchu, limão, as folhas que tinha pego na horta, banana e manga, acrescidas de pimentão que Clair pegou para mim e mandioca que ela cozinhou. Ela me ofereceu arroz, mas eu não quis. De sobremesa comi banana, manga, macadâmia e curau. No meio do meu jantar, Susete saiu para sua cirurgia e Camila acompanhou. Quando voltaram eu estava acabando de jantar. Durante o jantar e parte da noite conversei com Clair, Susete e Camila sobre a vida delas, a cirurgia espiritual, as vezes em que Clair tinha feito o Caminho da Fé e assuntos gerais. Elas falaram de alguns problemas familiares. Na 6.a feira 11/02 tomei o bom café da manhã (pães que eu comprei, muçarela, leite da vaca da criação da Clair, bananas, biscoitos) enquanto conversava com o avô do Miguel, neto da Clair. A filha dele foi fazer o Caminho da Fé, conheceu o filho da Clair, casou-se com ele e mudou para ali perto, onde eles conduziam uma pousada. Ele me falou sobre o Caminho, que já tinha feito várias vezes, disse que tinha conhecido o idealizador num albergue numa das paradas do Caminho de Santiago em 2001. Falou-me que o trecho que eu iria percorrer naquele dia era o mais bonito na opinião dele, devido às montanhas e que seria uma boa oportunidade de entrar em harmonia com a Natureza, como eu tinha dito que gostava de fazer. Ele se foi e logo a seguir chegaram Susete e Camila. Eu já tinha acabado o café e ia me arrumar para sair. Despedi-me delas, paguei R$ 55,00 para a Clair (R$ 50,00 da hospedagem e mais R$ 5,00 pelo que peguei na horta). Ela não quis receber os R$ 5,00 adicionais, mas depois de alguma insistência ela aceitou quando eu disse para ela usar para comprar um doce para seu neto. Despedi-me dela, despedi-me do Jack e parti para Águas da Prata. A caminhada neste dia realmente abrangeu trechos que achei muito belos, com montanhas, mata, plantações de café, eucalipto e outras, gado, lagos etc. Neste mirante fiquei meditando e contemplando a paisagem por um tempo. Este lago também achei mito belo. Passei por várias fazendas, inclusive atravessando algumas que os proprietários disponibilizaram para passagem do Caminho, atravessando porteiras e mata-burros e passando entre bois em alguns locais. Numa das trilhas havia várias árvores inclinadas e parcialmente caídas. Não parecia ser desmatamento. Parecia ser por algum fenômeno natural, como vento, erosão, velhice etc. Para desviar delas eu dei de cara com uma teia de aranha enorme, mas não vi a aranha e espero que ela não tenha se machucado. Peguei chuva moderada num trecho do caminho. Abriguei-me inicialmente sob árvores, visto que não havia raios, mas como estava me molhando um pouco, fui para uma espécie de bebedouro para gado (ou algo parecido), que tinha cobertura e estava vazio. Saí quando a chuva diminuiu, mas ela voltou a engrossar e voltei a me abrigar sob árvores. Acho que durou quase uma hora ao todo. O chão, já um pouco cheio de barro, ficou bem lamacento em alguns trechos. Vi muitos pássaros e vi um macaquinho 🐒. Ao passar por uma área de mata, ouvi o que pareciam ser rugidos. Achei que poderiam ser trovões, mas eram muito baixos, curtos e contínuos. Comecei a achar que poderiam ser esturros de onças 🐯. Olhei para a mata, nada vi, mas peguei um pedaço de pau, por via das dúvidas. Os aparentes esturros continuavam, baixos, mas constantes. Acompanharam-me por uns 15 minutos. Mais tarde, após cruzar a última fazenda antes de chegar á cidade, encontrei um homem e seu neto (ou filho) num carro. Perguntei a ele se era dali e ele disse que era o proprietário da fazenda e seus filhos moravam nas outras próximas. Parabenizei-o por disponibilizar passagem para o Caminho e falei dos aparentes esturros. Ele me disse que provavelmente eram onças mesmo, mas que não havia registro de ataques delas. Ele mesmo já tinha visto onças pardas naquela região e havia relatos de onças pintadas. Perto de uma das casas da fazenda havia marcas das garras de uma onça em uma árvore. Despedi-me e desci o trecho final rumo à cidade. Ao chegar fui até a Associação dos Amigos do Caminho da Fé (https://www.facebook.com/caminhodafeassociacao). Apesar de ser feriado, Bruno atendeu-me. Falei para ele da minha experiência no Caminho e dei sugestões, como pousadas que poderiam ser parceiras, alguns raros problemas na sinalização, da colocação da bifurcação de Santa Rosa do Viterbo no mapa do site oficial do Caminho etc. Elogiei as pessoas que extrapolaram muito em hospitalidade, como Helena e Clair. Parabenizei-o pelo Caminho e por toda a infraestrutura disponibilizada. Ele comentou sobre alguns problemas na manutenção que tinham no trecho que eu fiz, sobre os próximos trechos, sobre atrações de Águas da Prata e me indicou onde ficavam o Hostel Casa Verde e o Hotel Casarão. O hostel estava fechado para reformas. Fiquei no Hotel Casarão (https://www.facebook.com/pousadadocasarao) então, num quarto com banheiro interno e café da manhã por R$ 75,00. Paguei com cartão de crédito. Márcia atendeu-me. Foi bastante cordial. Como tinha chegado antes de escurecer ainda pude nadar cerca de 15 a 20 minutos na piscina do hotel. Depois fui ao supermercado comprar o jantar. Jantei pão com berinjela, abobrinha, banana e manga palmer. No sábado 12/02 após o enorme café da manhã (vários tipos de pães, muçarela, presunto, mortadela, ovo, salsicha, biscoitos, bolos, banana, mamão, maça, melancia, iogurtes, pudim, sucos, café, leite) perguntei para a atendente Sônia como chegar às Sete Quedas. Já tinha visto esta publicação https://www.mochileiros.com/topic/58034-%C3%A1guas-da-prata-trilha-das-sete-cachoeiras/, mas como eles saíam do camping próximo, precisava saber como era o caminho até lá. Ela orientou-me em termos gerais. Disse-me para tomar cuidado com o fenômeno da cabeça d’água (https://www.ecycle.com.br/cabeca-dagua/), em que devido a chuvas na cabeceira do rio ou em partes superiores, repentinamente o volume de água sobe, o que pode ser muito perigoso em cânions, cachoeiras e áreas afuniladas. Segui o caminho que ela falou e fui perguntando. Não levei o celular, por receio da água, portanto não tenho fotos. Inicialmente peguei o acesso à estrada pelo trecho urbano e andei um pouco na estrada para Poços de Caldas. Ao chegar no Camping do Paiol, orientaram-me a seguir uma das raras placas que indicava as Sete Quedas. Mas eu deveria ter virado na linha do trem e acabei subindo a estrada de terra. Perdi-me bastante e várias vezes. Subi muito mais do que precisava. De qualquer modo, gostei das paisagens da estrada, que achei muito bonitas, com algumas vistas do alto, mata e eucalipto. Existia uma porteira de arame farpado no meio da estrada que achei bem perigosa. Embora tivesse papéis pendurados, se alguém viesse de moto correndo e distraído, poderia causar um acidente grave. Não entendi a razão daquela porteira. Minha sorte foi que havia algumas pessoas andando de motocross 🏍️, com quem eu peguei algumas informações. Depois de muitas idas e vindas, cheguei na 7.a cachoeira, na minha opinião, a mais espetacular, enorme, caudalosa (o que provavelmente estava aumentado por causa das chuvas) . Entrei em baixo dela e a fiquei contemplando por um bom tempo. Quando fui vestir minha camisa, um inseto estava nela e eu não vi 🕷️. Acho que me picou ou tentou. Não era uma aranha nem um escorpião. Parecia um escorpião sem a cauda nem o ferrão. Acho que não era venenoso, pois não tive nenhuma reação. A seguir fui explorar a área ao redor. Subi até seu topo, para ver se havia trilha para outras, mas não encontrei nenhuma. A vista dela de lá de cima era muito boa também, mas havia muita vegetação na frente. Voltei e fui numa trilha lateral descendo o rio. Cheguei numa área descampada com pedras e vista aberta para a cidade, as montanhas e toda a região, que achei muito bonita. Fiquei contemplando um tempo também. Depois procurei uma trilha para descer, mas não encontrei. Tinha lido no relato anteriormente citado que o caminho da 6.a para a 7.a envolvia uma quase escalada. Achando íngreme o local, resolvi voltar e procurar outro acesso. Fiquei procurando, passei novamente por um grupo de motociclistas, que me confirmou que aquela era a 7.a e última cachoeira, mas não sabiam como eu chegaria nas outras. Quando já tinha praticamente desistido e voltava pela estrada, encontrei dois motociclistas que conheciam bem a área e me deram uma explicação geral. Deram várias opções, mas depois de pensarem um pouco, disseram-me que ali de onde eu estava, o mais fácil era pegar um trio (uma trilha para ir a pé ou de motocross - nem sei se é assim que se escreve) e cruzar uma montanha. Eu sairia na linha do trem, bem perto da entrada da trilha das cachoeiras. Fiz o que eles disseram e na pequena subida pareceu-me muito bom, inclusive com uma vista que achei linda lá do alto. A descida ia indo bem, até começar uma pancada de chuva. Ali não tinha onde me abrigar, mas a chuva até que foi rápida. O problema é que ela enlameou a trilha e tornou a descida muito perigosa. Eu estava de chinelo e entrou barro entre meu pé e o chinelo, o que tornou tudo muito mais escorregadio. Decidi descer agachado com as duas mãos no chão, com os pés na frente, em posição parecida com aquela em que se anda nos carrinhos de rolemã (eu nunca andei em um). Foi um longo trecho, com cerca de meia hora a 45 minutos nesta posição ao todo, entremeando pequenos trechos em pé, quando a descida ficava menos inclinada. Cheguei lá embaixo cansado, mas feliz por ter conseguido. Saí exatamente onde eles disseram, exatamente na linha do trem, e até mais perto da entrada da trilha das cachoeiras do que disseram. Lembrei-me da descrição publicada no relato citado anteriormente, que a entrada era numa curva à esquerda na linha do trem. Vi uma entrada à direita e achei que era ela, pois o barulho de água era notório. Mas resolvi seguir um pouco a linha do trem, só para ter certeza de que não havia outra entrada e não descobrir que estava no caminho errado depois de seguir muito aquela trilha. Convenci-me de que não havia outra e de que a entrada era aquela mesma. Segui-a. Era uma trilha estreita no meio do mato. Logo veio a primeira cachoeira. Achei muito bela. Não entrei na água, apenas a contemplei. Já na 2.a resolvi entrar, pois tinha um plano inclinado, que permitia deitar e receber a água nas costas. Fiquei ali um tempo relaxando. Passei pela 3.a, de que gostei também, mas não entrei. Quando cheguei na 4.a, não conseguia vê-la direito, pois havia vegetação bloqueando. Resolvi nadar no rio para poder vê-la. Achei muito bela. Não entrei embaixo dela, pois parecia bem forte. Fui então para a 5.a. Também achei-a muito bela e grandiosa, mas não entrei embaixo dela. Segui para a 6.a. Este foi o trecho mais longo, incluindo trocas de margem do rio na trilha. Gostei bastante da 6.a. Era forte, mas resolvi entrar embaixo para me despedir. Adorei . O jato era bem forte e precisava me equilibrar e me escorar nas rochas ao lado e abaixo para a água não me expulsar. Acho que conheci todas, mas como não segui para ver o acesso para a 7.a, pode ser que houvesse mais alguma. Numa das cachoeiras, fiz um pequeno arranhão na perna. Voltei pela trilha e acho que cheguei de volta à linha do trem perto de 18h. Adorei todas as cachoeiras e o ambiente no entorno, apesar das intercorrências . Na volta andei pela linha do trem, ainda com luz natural e depois peguei a estrada de volta. Numa montanha ao lado da estrada, um jovem fazia escalada. Perguntei a seu amigo que estava em terra se não era perigoso desabamento como ocorreu em Capitólio, mas ele disse que achava que não, pois era outro tipo de rocha. Ao chegar à cidade, ainda visitei a Igreja Matriz. Comprei pão e jantei pão com abobrinha, berinjela e cascas de banana. No domingo 13/02 após o enorme e excelente café da manhã, pedi para a atendente Sônia explicar-me o caminho para o Cristo. Ela me explicou um caminho mais curto, sem dar a volta pelo centro. Segui, pedi informações a algumas pessoas ao longo do caminho e cheguei com facilidade e rapidamente, em cerca de meia hora. Achei muito boas a estátua de Jesus e a vista de lá. Tirei uma foto da estátua, mas cortei a cabeça, por isso não vou publicar. Eu como fotógrafo morreria de fome 😄. A vista da cidade a partir de lá era esta. Depois de ficar um bom templo contemplando o Cristo e a vista, nos seus 360 graus, que mostrava também outras regiões e a cidade de São João da Boa Vista, vi aparentemente avô, pai e filho subindo por uma trilha no meio do mato. Resolvi descer por lá, o que encurtou o caminho em muito. Voltei ao hotel, aproveitei que cheguei cedo e ainda nadei um pouco 🏊‍♂️, peguei uma argola de um brinco no fundo da piscina para um casal que me pediu, aprontei-me, despedi-me de Sônia e parti. Passei em uma fonte da mesma água mineral usada pela engarrafadora Águas da Prata, enchi minha garrafa e fui a pé para São João da Boa Vista, onde havia combinado com Jéssica uma viagem pelo BlaBlaCar às 15h30. Minha articulação do tornozelo esquerdo passou a doer, talvez por causa daquele trecho agachado do dia anterior. Cheguei na rodoviária, que era o ponto de encontro, perto de 14h45, saquei o dinheiro da passagem e esperei por ela. Voltamos eu, ela e suas duas amigas e passageiras, Helena e Priscylla. Saímos perto de 15h30 e chegamos perto de 18h30. Viemos conversando quase a viagem inteira. Achei interessante como apesar de bem jovens, todas eram muito ativas e cultas, formadas, tendo feito viagens diversas, interessadas em ajudar outras pessoas e com muito conhecimento em vários temas. Ela deixou as amigas em Pinheiros e me deixou no Ibirapuera perto de 19h, mais perto da minha casa do que havíamos combinado, porque iria para outro lugar e ali era caminho. Voltei andando para casa e cheguei perto de 20h. A 2.a parte do Caminho da Fé, entre Águas da Prata e Aparecida ficou combinada para ser feita com meus primos-sobrinhos e talvez um amigo deles e uma amiga minha em março.
    1 ponto
  43. Caminho da Fé – Pedra do Baú – Travessia da Serra Fina – Agulhas Negras e Prateleiras (PNI). Estou escrevendo este relato um ano depois que fiz esse passeio. Talvez eu esqueça alguma coisa. Eu estava precisando me desligar da vida que eu vinha levando. Estava precisando fazer o que eu mais gostava, caminhar bastante, travessias em trilhas, subir montanhas, me isolar do mundo “civilizado”. Tinha decidido que eu iria “largar tudo” e sair, sem saber até onde eu iria ou quando voltaria. Tinha uma grana guardada (cinco mil) e deveria ser suficiente para eu viver por pelo menos uns 3 meses. Falei com meu irmão que ele teria que se virar sozinho em nosso comércio. Falei com minha família que eu estava indo por não sei quanto tempo, mas que eu voltaria qualquer dia. Trabalhei até 31 de agosto, quase meia-noite. No dia 01 de setembro fui para um apartamento onde fiquei por 4 dias planejando lugares que queria conhecer, vendo preço de ônibus, tracklogs, etc. Na manhã de 4 de setembro parti para São Paulo e naquela noite para águas da Prata, onde minha jornada começaria. Como eu iria para vários lugares, diferentes um do outro, tive que levar muita coisa na mochila. Coisas que usaria em algum passeio, mas que seriam dispensáveis em outro. Ainda assim tentei levar o mínimo possível. Ítens que levei: - Mochila Osprey Kestrel 48 litros com Camel Back de 2 litros - Dois cantis de 900 ml. Um com caneca de alumínio. - Rede Amazon e tarp Amazon da Guepardo. - Saco de dormir Deuter 0º - 4 camisas dry fit - 2 blusas finas de fleece. - 2 calças quechua de secagem rápida - 6 cuecas - 3 pares de meia - 1 boné - 1 touca - 1 par de luvas (daquelas de pedreiro) - 1 par de sandálias Quechua - 1 par de botas La Sportiva - Kit Fogareiro + panela pequena - 2 isqueiros - 1 canivete - 1 colher plástica - 1 botija de gás Nautika pequena - GPS - Celular (para fotografias) - Caderneta e caneta - 1 Anorak - Corda e cordelete - Bolsa de nylon (para transportar a mochila no ônibus) Caminho da Fé. Águas da Prata até Aparecida. Caminho da Fé – 1º dia. 30Km 05-09-2018 Águas da Prata (SP) até Andradas (MG). Início 05:15 horas e chegada 12:55 horas Almoço : Pavilhão hamburgueria Jantar: bolachas e sanduba no hotel. Pernoite: Palace Hotel. Seguindo o conselho de um cara que desceu comigo e iria fazer o caminho de bike eu iniciei cedo para evitar o sol. Só que por esse motivo fui sem comida. Só comi uns pedacinhos de rapadura que ele me deu e uma banana que ganhei de um ciclista. Pelo longo tempo inativo, eu senti um pouco o peso dos 17Kg que estava levando na mochila. Caminho da Fé – 2º dia. 36 Km 06-09-2018. Andradas (MG) até Crisólia (MG). Partida às 08:00 horas e chegada às 17:40 horas. Almoço: salgadinho no Bar Constantino, comunidade da Barra. Jantar: miojo num banco ao lado da rede. Pernoite: rede Subidas cavernosas. Serra dos Lima, Barra, Taguá e Crisólia. Cheguei tarde, fui numa pousada carimbar a credencial e depois procurei duas árvores para esticar a rede, fazer o rango e dormir. Nesse dia não teve banho. Caminho da Fé – 3º dia. 38 Km 07-09-2018 Crisólia (MG) até Borda da Mata(MG). Partida às 07:30 e chegada às 18:00 horas. Almoço: pastel no Bar do Maurão em Inconfidentes Jantar: x-salada em lanchonete perto do hotel. Pernoite: Hotel Virgínia. Feriado da Independência. Fui acordado às 6 da manhã com queima de fogos e hinos. Passagem por Ouro Fino e Inconfidentes. Desfile cívico em todas as cidades. No hotel em borda da mata conheci um casal de cicloturistas que estava com um carro de apoio. Consegui que levassem um pouco das minhas coisas até Estiva. Foram 6 Kg a menos para carregar. Caminho da Fé – 4º dia. 17,5 Km. 08-09-2018. Borda da Mata(MG) até Tocos do Mogi (MG). Início às 08:00 horas e chegada às 12:40 horas. Almoço: um pouco de morangos colhidos no caminho. Jantar: Lanche na festa da padroeira. Pernoite: Pousada do Zé Dito. (muito boa e barata) Dia mais curto. A pousada ficava no calçadão principal, onde estava acontecendo a festa da padroeira. Estava difícil dormir. O jeito foi sair para a festa e tomar umas, apesar do frio que fazia de noite. Caminho da Fé – 5º dia. 21,5 Km 09-09-2018 Tocos do Mogi (MG) até Estiva (MG). Início às 09:00 horas e chegada às 14:20 horas. Almoço: moranguinhos (quase 1 Kg) e queijo fresco com caldo de cana. Jantar: Restaurante perto da pousada. Pernoite: Pousada Poka. Trecho muito bonito. Muitas plantações de morango. Muitos pássaros. Na pousada eu recuperei minhas coisas que haviam sido deixadas ali e já consegui ajeitar um novo transporte delas até Potim, já pertinho de Aparecida. Caminho da Fé – 6º dia. 20 Km 10-09-2018 Estiva (MG) até Consolação (MG). Partida às 07:30 e chegada às 12:45 horas. Almoço, jantar e pernoite: Pousada Casarão Destaques deste dia. Cervejinha gelada num bar onde um piá gordinho queria tirar uma selfie comigo. E também queria meu bastão de selfie de qualquer jeito. Também destaque para o canto da seriema, triste e ao mesmo tempo bonito, que se fez presente muitas vezes. Também tem a subida da serra do Caçador, cavernosa. Além disso, nesse trajeto é comum vermos carros de boi e também “canteiros”onde os agricultores esparramam o polvilho para secar. Caminho da Fé - 7ºdia. 22,5 Km 11-09-2018. Consolação (MG) até Paraisópolis (MG). Início às 07:00 e chegada às 12:30 horas. Almoço: Restaurante Sabor de Minas. Muito bom e barato. Comi pra danar. Janta: coxinha na praça. Pernoite: Hotel Central Foi um dia especialmente marcado pela presença dos pássaros ao longo do caminho, canários, sabiás, pássaros pretos, coleirinhas, gralhas, joões-de-barro, tucanos, maritacas. E aves maiores, como gaviões, seriemas e garças brancas. Também vale destacar a grande quantidade de flores, principalmente nos portões das casas dos sítios. Caminho da Fé – 8º dia. 28,5 Km. 12-09-2018 Paraisópolis (MG) até A pousada da Dona Inês, que fica 4 Km depois do distrito de Luminosa, município de Brazópolis. Início às 07:55 e chegada às 15:15 horas. Almoço: Salgadinho e coca numa mercearia em Brazópolis. Jantar e Pernoite: Pousada da Dona Inês. Foi o dia mais quente desde o início do caminho. Era meu aniversário de 52 anos e ficou marcado porque depois do jantar na Pousada, uma amiga de caminho, a Fabiana, puxou um parabéns a você, junto com as outras cerca de 20 pessoas que estavam ali. Fiquei bem emocionado. Caminho da Fé – 9º dia. 33 Km 13-09-2018 Pousada Dona Inês (Luminosa-MG) até Campos do Jordão (SP). Início às 05:45 e chegada às 18:45 horas. Almoço: Restaurante Araucária. Fica perto da placa que indica a entrada para a pousada da Dona Rose e da madeireira Marmelo. Comida muito boa. Jantar: Caldo de Mandioca com carne. NIX Caldos e lanches. Pernoite: Refúgio dos Peregrinos Na verdade, a quilometragem total desse dia foi de 51 Km porque no meio do caminho decidi que iria subir a Pedra do Baú. Isso me custou várias horas e me fez chegar em Campos do Jordão já de noite. Mas valeu muito a pena. O dia amanheceu lindo. Logo de cara a temida subida da Luminosa, mas que não é nada de tão difícil. Depois é asfalto até o fim do dia. A pousada Refúgio dos Peregrinos é bem diferente. Tem uma tabela de preços na parede. Você anota o que consumiu, faz as contas, paga e faz o troco. Tudo na base da confiança. Caminho da Fé - 10º dia. 52 Km 14-09-2018 Campos do Jordão(SP) até Pindamonhangaba(SP). Início às 06:00 horas e chegada às 17:45 horas. Almoço: Sanduíche em Piracuama. Jantar e pernoite: Pousada Chácara Dois Leões. Nesse dia todos os que estavam no refúgio dos peregrinos foram por Guaratinguetá, menos eu que fui por Pindamonhangaba. Descida pela linha do trem até próximo a Piracuama, com uma garoa fininha que de vez em quando virava um chuvisco. De tarde foi só asfalto e chuva. Cheguei na pousada já escurecendo. Foi o dia mais cansativo, pela quilometragem, pela chuva e principalmente pelo asfalto. Caminho da Fé - 11º dia. 24 Km. 15-09-2018. Pindamonhangaba(SP) até Aparecida(SP). Início às 09:00 horas e chegada às 15:15 horas. Almoço: Pesqueiro Potim. Comida muito boa. Comi feito um louco. Aqui eu recuperei o restante de minhas coisas que tinham vindo no carro de apoio de amigos. Pernoite: Hotel em Aparecida. Esse era o último dia no caminho. Um misto de ansiedade por chegar e de nostalgia antecipada das experiências vividas e das paisagens do caminho. A chegada na basílica é emocionante, não importa em que você acredita, ou se acredita em algo. Fica a saudade dos lugares. Dos amigos. Dos passarinhos. Fiquei em Aparecida até segunda-feira, quando fui ao correio e despachei para casa algumas lembrancinhas que tinha comprado e coisas que tinha levado e que vi que não ia usar. A calça jeans e a camisa de passeio. Umas cordas. Um dos fleeces e a bolsa de transporte. A Vida e o Caminho da Fé. Durante esse derradeiro dia de caminhada me veio à mente uma analogia entre a vida e o “caminho da fé”. O caminho da fé cada um começa de onde quiser, mas todos com o mesmo destino. No caminho o destino é a basílica de Aparecida, na vida a gente sabe o destino. No caminho as pessoas vão chegando, amizades vão sendo feitas. Uns mais lentos outros mais apressados. Uns madrugadores outros nem tanto. Uns alegres e comunicativos, outros mais quietos e introspectivos. Muitos de bike, passam pela gente voando, só dá tempo para um “bom dia”. Assim também é a vida e os amigos que vamos fazendo. Uns continuam por perto, outros se distanciam, mas continuam amigos No caminho não importa sua classe social, sua cor, opção sexual, grau de instrução ou idade. O destino é o mesmo para todos. Assim também é na vida. No caminho a jornada é longa, alguns dias são mais difíceis, parecendo que não vão terminar. Outros passam leves e agradáveis, a gente nem queria que terminassem. Igualzinho a nossa vida Temos que superar o cansaço, as bolhas, os pés inchados, joelhos e tornozelos doendo, a mochila pesada que nos deixa com os ombros marcados. Enfrentar as subidas, as descidas, os buracos, as pedras, a fome e a sede em alguns momentos. Por mais difíceis que sejam esses obstáculos, eles são superados. Ficam para trás. Igualzinho na vida. O caminho também nos oferece muitas coisas boas. Simples, mas inesquecíveis. Os pássaros cantando ao lado da estrada. A beleza e o perfume das flores. Os riachos que nos permitem um banho refrescante depois de uma subida cansativa. As conversas com os amigos. O pôr do sol por trás das montanhas. A janta e a cama quente que nos restabelecem para o dia seguinte. O nascer do sol de um novo dia, nos lembrando que sempre nos é dada uma nova chance de sermos felizes. Assim também acontece na nossa vida. Seja no caminho da fé, ou na vida, o destino a gente sabe qual é. O importante é deixar para trás o que para trás ficou. E aproveitar ao máximo a jornada. Pedra do Baú. Eu sempre gosto de planejar meus passeios, travessias. Mas sobre a Pedra do Baú eu não sabia nada. Só de ouvir falar, de ler alguma coisa de relance. Mesmo assim era uma coisa que eu tinha vontade de fazer algum dia, se desse certo. Era o dia 13-09-2018, meu nono dia no caminho da Fé. Era de manhã e eu caminhava pela rodovia, junto com um peregrino de nome Donizete, que eu conhecera na pousada da Dona Inez. Passamos por uma placa que indicava a entrada para o Parque Estadual da Pedra do Baú. Eu falei para ele: - Donizete, vai em frente que eu vou subir a Pedra do Baú. Ele disse: - Cara, isso vai demorar. Você só vai chegar em Campos do Jordão de noite. Isso se der tudo certo. Daí eu disse:- Tem que ser hoje. Não sei se vou ter outra chance. Quem sabe eu nunca mais passe por aqui. Me despedi dele e entrei na estradinha que levava ao parque. Escondi minha mochila e fui só de ataque, levando água, uma rapadura, uma paçoca, o GPS e o celular para tirar as fotografias. Depois de uns 4 Km cheguei onde começavam as trilhas e entrei na que indicava Pedra do Baú, face norte. Passei por uns caras que eram guias e estavam levando equipamentos de escalada. Depois de um tempo cheguei num local que tinha uma escada amarela grande, fixada na parede de pedra. Não pensei duas vezes. Subi aquela escada e depois continuei uma escalaminhada, com misto de escalada em alguns pontos, até que já estava bem alto e não tinha mais para onde subir. Estava pensando até em desistir e voltar embora, quando avistei uns caras no cume de um morro que eu julguei ser o Baú, mas acho que era o Bauzinho. Gritei para eles e eles responderam de volta. Perguntei como chegava na Pedra do Baú e eles me disseram para descer de novo e seguir mais em frente. Desci e estava chegando ao ponto em que tinha começado a subida quando vi eles vindo. Esperei por eles. Conversamos por um tempo e eles me deram as informações sobre como chegar até onde a subida começava realmente. Segui em frente pela trilha e pouco depois eu chegava na base da Pedra do Baú, onde um guia estava terminando os preparativos para iniciar a subida com um casal de clientes. Capacetes, corda, mosquetões, etc. Eu estava ali de bermuda, boné e botina. Eu vi aquela parede enorme e aquela sequência de grampos na pedra que eu não sabia onde terminaria. Pensei: - vou esperar ele começar a subida e assim pego uma carona. Se o negócio apertar eu peço arrego para ele. Foi quando ele virou pra mim e perguntou: - Vai subir? Falei que sim e ele disse:- Pode ir na frente então. A gente ainda vai demorar uns minutos. Eu pensei:- já era minha carona. Era uma parede de pedra quase vertical e muito exposta, que devia ter mais de 300 metros de altura. O jeito foi encher o peito de ar, mirar para cima e começar a subida. Subi meio que com medo no começo, mas também com muita confiança Parei algumas vezes no meio para tirar fotos. Passei por mais dois guias com clientes antes de chegar ao cume. Um deles foi bem legal e me deu umas dicas sobre o percurso que faltava. Muitos trechos com vento forte e eu pensava: - se eu parar agora eu travo. E ia em frente. Os últimos grampos, quando se está chegando no cume são especialmente complicados, porque você tem que abandonar a “segurança” que os grampos te dão para poder chegar no cume. Mas depois de uns 20 minutos de subida, lá estava eu no cume da Pedra do Baú. Foi um momento mágico. Bem mais do que eu esperava. O visual era incrível. Tirei foto de tudo que é jeito. Deitado sobre a beira do abismo, em pé, etc. Aqui vou abrir um parênteses. Apesar de estar no caminho da Fé, um caminho católico, onde se passa por muitas igrejas, as únicas vezes na vida que eu senti realmente uma presença muito forte, do que alguns podem chamar de Deus, foi quando estive no cume de alguma montanha ou embaixo de uma cachoeira. Nunca em uma igreja. Deixei de frequentá-las faz muito tempo. Me lembro de ter me encontrado com “Deus”, no cume do Alcobaça (2013), em Petrópolis. Embaixo da cachoeira do Tabuleiro, literalmente, em 2013 (e agora em 2019 de novo). Nos Portais de Hércules, Travessia Petro-Tere, em 2014. No cume do Pico Paraná em 2015 (não encontrei quando retornei em 2017). Na base das Torres e no Mirante Francês, no Parque Nacional Torres del Paine, em 2016. E agora, na Pedra do Baú. É uma sensação difícil de explicar. É como se você se sentisse realmente parte de um todo, de uma coisa muito maior. Se sentisse nada e tudo ao mesmo tempo. Uma paz muito grande torna conta da gente. E em todas essas vezes eu senti a presença do meu pai, já falecido. Restava agora a descida, que metia mais medo que a subida. Principalmente os primeiros grampos, onde tinha que se virar de costas para o abismo para alcançar os grampos. A Mesmo assim a descida foi rápida e durou cerca de 15 minutos. Cheguei na base e peguei o caminho de volta pela trilha. Pouco tempo depois quase pisei em uma jararaca de cerca de um metro de comprimento. Ela estava junto a uma pedra onde eu iria colocar meu pé. Ela se mexeu e eu a vi. Consegui dar um pulinho e evitei pisar nela. Foi por muito pouco. Segui rápido pela trilha e tempo depois eu já estava de volta à rodovia, rumo a Campos do Jordão. A Pedra do Baú foi muito gratificante. Mais do que eu esperava. Mais do que eu merecia. Serra Fina. Fiquei em Aparecida até na segunda-feira, 17-09-2018 e daí fui para Passa Quatro (MG), onde cheguei já escuro na rodoviária local. Peguei um ônibus circular e fui para o hostel Serra Fina, do Felipe, onde fiquei até na sexta-feira quando comecei a travessia. Choveu na terça, quarta e quinta, mas na sexta a previsão era de tempo limpo que duraria tempo mais que suficiente para a travessia e por isso decidi esperar e aproveitar para descansar e ler. Mesmo assim fui até a toca do lobo, pra passear e conhecer o Ingazeiro gigante. Também fui conhecer o centro da cidade. A região estava em alvoroço. Dois rapazes cariocas estavam perdidos em algum ponto da travessia e vários bombeiros, guias e montanhistas estavam à procura deles. Por sorte conseguiram um ponto onde tinha sinal de celular e conseguiram passar a localização e foram resgatados. Se bem que já estavam próximos de uma propriedade rural. Passa Quatro é uma cidadezinha linda e é um lugar onde eu moraria tranquilamente. O Hostel Serra Fina também é muito bom e o Felipe é um cara nota dez. Eu me senti em casa. Todas as travessias que eu faço eu vou sozinho. Não que não goste de pessoas. É que eu gosto de ir no meu rítmo. Gosto de ficar sozinho. Andar sozinho. Pensar na vida, etc. A intenção era fazer essa travessia também de modo solitário. Mas na quinta-feira de noite chegou ao hostel uma gaúcha baixinha, menor que eu até, que iria começar a travessia na sexta também, então decidimos começar juntos. A mochila dela era enorme e certamente tinha coisa que não precisava. Começamos o primeiro dia da travessia, 21-09-2018, uma sexta-feira, mais tarde do que eu queria. Saímos da toca do lobo já era meio-dia. Logo no começo da travessia, primeira subida, eu percebi que ela iria me atrasar, mas já que estávamos juntos, seguiríamos juntos. Foi quando ele me disse:- Vai na frente, você anda mais rápido. Eu disse que não, mas ela insistiu. Disse que ficaria bem. Eu então dei um até logo e disse que a reencontraria no Capim Amarelo..A subida é intensa e o ganho de altitude é rápido. Talvez pelo “treino” feito no Caminho da Fé eu não senti muito e passei por mais gente no caminho. Primeiro por 3 mineiros (que depois se tornariam grandes amigos) e depois por outros dois caras que pareciam ser militares. Cheguei ao cume do Capim Amarelo eram 15:15 horas. Praticamente 3 horas só de subida. Montei minha “barraca”, que era na verdade a minha rede estendida sob a lona que tinha sido disposta como se fosse uma barraca canadense. Fiz um rango e fiquei apreciando a paisagem. Como sabia da falta de água eu decidi que não levaria comida que precisasse de água no preparo, então comi basicamente tapioca de queijo, ou de nutella, ou de salaminho, paçoca, geléia de Mocotó e castanhas, durante toda a travessia. Os mineiros chegaram um pouco mais tarde e armaram suas tendas. Os militares chegaram quando já estava começando a escurecer. Eles não traziam barracas, dormiram de bivaque. Quando já estava quase escuro chegou um grupo que iria passar direto pelo Capim Amarelo e acampar no Maracanã. Perguntei pela gauchinha e me disseram que ela tinha montado acampamento em algum local no meio do caminho. Depois disso fiquei sabendo que ela desistiu e retornou para Passa Quatro. E que depois reiniciou a travessia na segunda-feira, tendo que ser resgatada de helicóptero no cume dos 3 Estados. E que depois disso voltou mais uma vez, acompanhada de um escoteiro, só que mais uma vez desistiram, abortando a travessia na Pedra da Mina, via Paiolinho. Estávamos a 2490 m de altitude e o pôr do sol e a noite foram lindos e gelados. Meu termômetro marcou a mínima de 3,5ºC. O dia 22-09-2018 era o segundo dia da travessia. A intenção era dormir no cume da Pedra da Mina. Depois do café da manhã, junto com os mineiros, desarmei e guardei toda a tralha e deixei o Capim Amarelo para trás às 10:20 horas. Logo no começo encontrei uma garrafa de uísque que tinha sido esquecida pelos militares. Voltei até onde os mineiros estavam e depois de bebermos uns goles eu retornei para a trilha, levando a garrafa para devolvê-la assim que encontrasse os rapazes. Não demorou muito para encontrá-los porque eles tinham pegado uma trilha errada logo na saída do Capim Amarelo. Depois de muito sobe e desce, mata fechada, bambuzal, escalaminhada, trepa pedra, cheguei na cachoeira vermelha e no ponto de abastecimento de água. Estava cedo e daria para pernoitar no cume. Foi o que fiz e cheguei ao cume eram 16:40 horas. Chegando ao cume estendi a minha lona fazendo um teto que ligava uma parede de pedras empilhadas até o chão Estendi ali embaixo o isolante e joguei o saco de dormir por cima. Essa noite não teria o mosquiteiro. Deixei a rede guardada. Comi meu jantar, assinei o livro de cume e fui apreciar o fim da tarde, o pôr do sol e as estrelas aparecendo. A noite estava bem fria. Os 3 mineiros chegaram quando a noite já tinha caído. Ajudei eles a montarem as barracas e depois ficamos conversando até altas horas. Os militares chegaram ainda mais tarde e no dia seguinte abandonariam a travessia, descendo pelo Paioloinho. Essa noite teve como temperatura mínima 3,7º C, mas a sensação foi de que era uma noite muito mais fria que a anterior. Talvez pela exposição ao vento, o que não tinha acontecido pela proteção que o capim elefante fornecera na noite anterior. A noite foi linda, repleta de estrelas e prometia um amanhecer incrível, fato que aconteceu. O único porém foi a grande quantidade de pessoas que estavam na Mina, quase todos fazendo bate-volta, o que trouxe muito barulho até algumas horas da noite. Apesar disso dormi muito bem e acordei bem disposto. A água até aqui não tinha sido problema. O dia 23-09-2018 era o terceiro dia da travessia e amanheceu espetacular, apesar de muito frio. Acordei antes do sol nascer e escolhi um bom lugar para apreciar o espetáculo. Depois disso o café da manhã (sem café) e desmontar acampamento. A surpresa foi quando levantei o saco de dormir e vi que uma aranha bem grande tinha vindo se aquecer embaixo dele. Peguei a bichinha com cuidado e a levei para perto de uma moitinha de capim. A travessia começou mesmo já eram 10:50 horas da manhã e daí para frente decidi caminhar junto com os 3 mineiros, afinal a gente combinava bastante. E assim saímos nós 4 da Pedra da Mina, eu , o Vinícius (Vini), o Daniel (boy) e o Nelson (Bozó). E assim passamos pelo Vale do Ruah, onde abastecemos os cantis pela última vez, com água que deveria ser suficiente até as 16 horas do dia seguinte. Daí foi uma grande sequência de morros até chegarmos ao Pico dos Três Estados às 17:20 horas. Mais uma vez montei a lona no estilo canadense, dispus a rede com mosquiteiro dentro e esparramei minhas coisas. De noite nos reunimos junto ao triângulo de ferro que representa a divisa dos 3 estados para a janta. Os caras já tinham pouca água. Eu ainda tinha meus dois cantis cheios e mais um bom tanto no camelback. Dessa maneira cedi um cantil para que eles fizessem a janta e bebessem o que sobrasse. Essa noite foi a mais fria, com o termômetro marcando 2,7º C, mas o capim elefante nos protegeu bem dos ventos e deu para dormir muito bem. No dia seguinte pela manhã, o Bozó sugeriu que fizéssemos café. Lá se foram mais 500 ml de água. Mas foi muito bom aquele cafezinho e aquela vista que se tinha lá de cima. De lá dava para ver Prateleiras e Agulhas Negras, minha próxima empreitada. Era o dia 24-09-2018, nosso quarto e último dia de travessia. Deixamos o 3 Estados às 09:40 da manhã. Esse foi um dia bem sofrido. Uma sequência de morros. Sobe e desce. Muitos trechos de mata, e bambuzal. Mas o principal obstáculo era a falta de água. Minha água era para dar tranquilamente, mas depois da janta, café e dividir com os amigos, eu tinha deixado o 3 Estados somente com a água que restava no camelback, que era pouco mais de meio litro. Fomos racionando, mas quando chegamos no Alto dos Ivos, todos bebemos o que nos restava de água. Foram mais 3 horas até encontrarmos água de novo. A falta de água aliada ao esforço físico fez com que o Vini começasse a passar mal. Mesmo assim tocamos em frente.Chegamos inclusive a beber água acumulada nas bromélias. Eu e o Bozó, que estávamos melhor, seguimos mais rápido enquanto Daniel ficou para trás acompanhando o Vini. Chegamos ao ponto de água e enchemos os cantis e o Bozó voltou correndo para encontrá-los e matar a sede dos amigos. Já eram 16:50 horas quando chegamos na rodovia BR-354, onde o resgate que eles tinham combinado estava esperando. A Patrícia, que era a dona da caminhonete de resgate me deu uma carona até Itamonte, onde seria meu pernoite. Por coincidência, a Patrícia era o resgate dos rapazes que estavam perdidos quando cheguei em Passa Quatro. Como eles não chegaram no ponto de resgate no dia combinado, ela entrou em contato com os bombeiros e com a família dos rapazes. Era o fim da travessia. Uma das mais puxadas e mais bonitas que já fiz. Foi também a última vez que vi os amigos Daniel e Vinícius. O Bozó eu encontrei de novo em Belo Horizonte agora em maio de 2019. Foi uma travessia que exigiu muito, mas que ofereceu muito mais em troca. Alvoradas e crepúsculos inesquecíveis. Paisagens sem igual, amizade, companheirismo. E que deixou uma vontade enorme de retornar e fazê-la novamente. Parque Nacional de Itatiaia. Agulhas Negras e Prateleiras. Desde que eu estava no hostel em Passa Quatro, eu já estava procurando um guia para o Parque Nacional de Itatiaia. Sabia que se tudo desse certo eu terminaria a travessia na segunda-feira 24-09 e na terça-feira 25-09 queria ir para o PNI, para subir o Agulhas Negras e o Prateleiras. Durante os telefonemas para casa, eu vi que teria que voltar logo. Dessa maneira, eu teria que fazer os dois cumes no mesmo dia. Entrei em contato com vários guias, mas ninguém queria fazer os dois cumes em um único dia. Uns disseram que não dava. Outros disseram que não era permitido. Até que encontrei um cara. Tudo isso pela internet e pelo tal de whats app, que eu nunca tinha usado antes disso. Deixamos mais ou menos combinado. Ele me cobraria 300 reais pela guiada. Eu sabia que o PNI exigia equipamentos para a subida aos cumes. Eu não tinha esses equipamentos. Após o PNI eu teria que voltar para casa, minha jornada terminaria ali, portanto não precisaria mais ficar regulando a grana. Durante a travessia da Serra Fina a gente ficou sem contato. No final da travessia, o resgate dos mineiros me deu uma carona. Eu tinha planejado ficar no Hostel Picus, ou no Yellow House, mas ambos estavam fechados. Dessa forma fui com eles até Itamonte, onde me deixaram e seguiram rumo a Passa Quatro. Saí procurando hotel ou pousada e acabei ficando no Hotel Thomaz. O Hotel era bom e tinha um restaurante onde eu jantei. Só que fica bem na rodovia e eu peguei um quarto de frente para a rodovia e o barulho dos caminhões e carros freando durante toda a noite incomodou um pouco e prejudicou o sono. Na manhã do dia 25-09-2018, terça-feira, acordei bem cedo, tomei banho, preparei as coisas que levaria para o Parque, entrei em contato com o guia e desci para tomar o café da manhã no Hotel. Por volta das 7 horas o guia chegava de carro para me pegar e seguirmos para o parque. Durante o caminho fomos conversando e falei pra ele sobre a travessia e sobre o caminho da fé e pedra do Baú, que tinha feito recentemente. Ele também é guia na travessia da Serra Fina. Chegamos ao parque fizemos os procedimentos de entrada, onde um guarda-parque alertou que caso não começássemos a subida do Prateleiras até as 14 horas, não deveríamos continuar. Desse modo, às 08:45 da manhã iniciamos nossa caminhada rumo a base do Agulhas Negras. Ele apertou o passo, acho que querendo me testar. Eu fui acompanhando de boa. Paramos num riozinho para abastecer a água e fazer um lanchinho, já próximo da base. A conversa ia progredindo e ele me falou que achava que eu era um cara que parecia estar preparado e que normalmente ele guiava por uma via conhecida como Via Normal ou Via Pontão, mas que se eu quisesse a gente poderia tentar uma via diferente, pra se divertir um pouco. Falei pra ele que ele é quem estava guiando e que por mim tudo bem. Dessa maneira subimos por uma via menos utilizada, que passa por dentro de uma espécie de chaminé que é conhecida como útero. Na verdade quando você emerge dessa “chaminé” é como se você estivesse nascendo. Não levamos capacete, nem cadeirinha, apenas uma corda e uma fita. Usamos a corda somente duas vezes, uma delas para rapelar e depois subir um lance de rocha que fica entre o falso cume e o cume verdadeiro onde fica o livro de cume. Atingimos o cume verdadeiro às 10:40 horas. Comemos, descansamos um pouco, apreciamos a paisagem, tiramos várias fotos e depois iniciamos a descida. Dessa vez por uma via diferente, a Via Bira. No início da descida um rapel de uns 40 metros por uma descida bem íngreme junto a uma fenda e uma parede. Bem legal. Foi uma descida bem bacana. Uma via bem mais interessante que a tradicional. Eram 12:40 quando chegamos de volta ao ponto onde tínhamos iniciado a caminhada. Fizemos um lanche rápido e às 13:00 horas partimos em direção ao Prateleiras. Desta vez sem mochila, sem corda, sem água. Só levamos uma fita de escalada, que foi usada uma única vez. Achei bem mais tenso que o Agulhas, apesar de mais rápido. Muita fenda, muito lance exposto, muito salto de uma pedra para outra com abismos logo embaixo. No ataque final, nos últimos 15 minutos, o cara me salvou por duas vezes. A primeira em um lance de escalada livre onde se tem que fazer uma força contrária. Como não tem "pega", a gente sobe com os pés numa face da fenda, empurrando a outra face para baixo. Complicado. Eu tava a abrindo o bico de cansaço aí ele me deu a mão e a puxada final. Depois disso, num paredão bem inclinado, tinha que começar a subir quase correndo agarrando na pedra para conseguir chegar ao fim. Faltando um meio metro para o fim dessa rampa minha bota começou a escorregar na pedra e eu fiquei sem força. Gritei ele e novamente me deu a mão ajudando a chegar. Muito tenso. Atingimos o cume às 13:50 e depois de alguns minutos começamos a descida. Paramos para comer uma bananinha e paçoca e descemos mais tranquilos. Às 14:58 estávamos de volta ao local onde tinha ficado o carro. Daí o cara olha pra mim e fala: - Agulhas e Prateleiras em 6 horas. Nada mal. E rachamos o bico de dar risada. Tinha acabado de subir dois cumes que sempre tinha sonhado. Agulhas Negras e Prateleiras. Os dois em cerca de 6 horas. Eu estava muito feliz. O visual de cima dessas montanhas é incrível. Mas a experiência da subida é demais. A adrenalina a mil. Saber que um escorregão e já era. Isso não tem preço que pague. Acabei ficando amigo do guia e ele me deu uma carona para Itanhandu no dia seguinte, onde pegaria o ônibus de volta pra minha terra. Dormi mais uma noite no mesmo hotel, dessa vez num quarto de fundos e o sono foi muito melhor. Desci para comer um sanduíche de pernil numa lanchonete próxima e bebi uma coca-cola de 1 litro. Depois de todo aquele esforço eu merecia. VID-20180925-WA0004.mp4 VID-20180928-WA0014.mp4 VID-20180928-WA0014.mp4 vidoutput.mp4 Na manhã da quarta-feira, 26-09, eu parti de volta para Maringá, com uma parada longa em São Paulo, de onde saí de noite e cheguei em casa na manhã de 27-09-2018. Decidi ir pra casa a pé. Pra caminhar um pouco. rsrsrs. Logo depois do almoço eu estava em casa e na manhã do dia seguinte tudo voltaria à mesma rotina de antes. Mas eu não era o mesmo cara que tinha saído 23 dias antes. Eu tinha caminhado mais de 420 Km. Tinha estado em 3 dos dez pontos mais altos do país. Tinha visto o sol nascer e se por proporcionando espetáculos inesquecíveis. Tinha conhecido gente da melhor qualidade, o povo bom e humilde do interior de Minas Gerais. Dá para aguentar essa rotina por mais um tempo, numa boa.
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  44. Oi pessoal! Acabei de voltar de um mochilão de 10 dia em Alagoas e, como sempre busco informações aqui, nada mais justo que contribuir também. Vou tentar ser o mais sucinta possível e,se tiverem dúvidas, podem perguntar. Cheguei pelo aeroporto de Recife já de noite e, pelas informações, não existe transporte público direto para Maragogi, meu primeiro destino. Como eu queria estar em Maragogi logo cedo, optei por pagar um transfer que, apesar do preço salgado, me economizaria tempo e uma diária em Hostel de Recife. Valor transfer Recife -Maragogi R$220 Empresa: Mota Transfer Contato: 82 8862-2717 O carro era muito bom, só me incomodou o motorista querer, a todo momento, me vender passeios, mesmo eu falando que só resolveria o que fazer depois de chegar lá. A minha hospedagem em Maragogi foi no Maraga Hostel em quarto misto com 4 camas. O quarto é mto bom (quarto maragogi), com ar condicionado, locker e uma vista de tirar o fôlego. O café da manhã é excelente, com frutas, bolos, pães, ovos mexidos, molho de salsicha, cuscuz e a funcionária ainda faz tapioca se vc pedir. A localização é ótima, bem em frente a praia da cidade,de onde saem os passeios. Hostel: Maraga Hostel Contato: 82 8124-8810 Valor: R$50 a diária (mas tem quartos mais baratos) A noite é bem parada, a melhor opção é um barzinho de argentinos chamado Pallets, que é um ambiente mais descolado e com música ao vivo. Como fui em baixa temporada, estava tudo beeemmm parado. É importante ficar atento pq todo mundo vi querer vender passeios pra todos os lugares, mas encontrei meios alternativos para não gastar tanto. Para ir para as praias do norte tem vans que saem de frente da Unidade Mista (posto de saúde) e que custam bem baratinho,de R$3 a R$4, dependendo da praia que vc for. Pra mim a praia mais linda foi a de Ponta do Mangue com maré baixa. Cara, é sem noção, água transparente e quentinha. A praia de Antunes é na sequência, dá pra ir andando pela praia, não deixem de ir! É mto incrível! A praia de Antunes tem mais barraquinhas, mas em ponta do mangue é praticamente inexistente. Levem água e um lanchinho e, por misericórdia, levem o lixo de volta!!! A praia de Barra grande também é muito bonita, mas só dá p ficar lá na maré baixa. É mto importante ficar ligado na taboa de Marés pois os passeios nas piscinas naturais só saem com maré até 0.6. Esse passeio vale mto fazer, se tiver snorkel, leve! É maravilhoso ver os peixinhos! Valor: R$60 de lancha (é mais rápido e menos muvucado) Fiz também o mergulho com cilindro e achei dinheiro jogado fora. Eles falam q o mergulho dura 15min mas é mentira, filmei todo o mergulho e não durou mais que 5min. Depois do mergulho eles não deixam ficar lá curtindo e vc tem q subir na lancha p voltar. Desse passeio só salvou pq depois paramos no banco de areia (caminho de Moisés) que é inacreditável de tão lindo, Ms dá p ir lá na maré baixa e TB no passeio das piscinas TB param lá. Valor: R$120 Não sou base p falar de alimentação pq é uma economia que não faço. Mas lá vc consegue comer um PF de R$13 ou almoço de R$200, depende da sua escolha. A cozinha do hostel TB é bem equipada e vcs podem fazer comida lá. De Maragogi fui para Maceió de microônibus. Acho que são uns 4 ou 5 horários por dia e saem do mesmo ponto que as vans das praias. Valor: R$23 Aproximadamente 3h de viagem entre as duas cidades. Em Maceió utilizei muito Uber e 99. Primeiro fiquei em um.hostel chamado Lupita e nao indico. O lugar estava trocando de dono, tinham tirado os móveis de lá e não tinha nem mesa pra sentar. Também não tinha locker e nem ar condicionado. Só estava eu lá e me senti em um galpão abandonado. Combinei com.o dono a café da manhã no dia seguinte, fiquei esperando e não apareceu. Quando eu já estava esperando a van para ir para o Gunga ele me mandou msg perguntando se eu já estava saindo e q ele tinha feito meu café, só que esse café não apareceu. Quando cheguei do passeio só peguei minhas coisas e fui pra outro hostel. Valor: R$50 (1 noite dormida) Fiz o passeio para praia do Francês, Barra de São Miguel e Gunga com excursão. É a forma mais prática e econômica de chegar no Gunga, pois não tem transporte público p lá. Mas vou falar pra vocês viu, ôôô saco andar com excursão!!!! A guia ficava fazendo aquelas coisas de guia (bom diaaaaa!!!! Tá muito fraco!!! Bommmmm diaaaaa!!! Vocês não tomaram café naoooo?!?!?). Eles fazem parada de 20min no Francês e em Barra de São Miguel para FOTO! no pode nem entrar na água! (E eu tô avisando que é p vcs não passarem raiva). No francês eu nem fui ver direito, preferi tomar café (já não tinha tomado no hostel). Em Barra de São Miguel o guia vai tentar te empurrar um passeio de lancha, que vai de lá pro Gunga. Quem não quiser fazer, segue de van. Eu não fiz pq era caro e já tinham me falado que não valia. Eis que chegamos no Gunga!!! Lá é lindo! Mas a praia é bem ingrime, ou seja, cuidado pq fica fundo rápido. Também te oferecem passeio de buggy ou quadriciclo. Esse eu fiz e achei q vale a pena, pq vc vai nas falésias e toma banho em uma lagoa deliciosa. A excursão deixa em um restaurante com excelente estrutura mas, óbvio, com preços não muito amigáveis. Os pratos p 2 pessoas dá p.3 e até p 4, dependendo a quantidade que comem. Se forem fazer o passeio nas falésias, encomendem a comida antes p estar pronto na volta, pq demora pacacete! O retorno é às 15h Empresa excursão: Edvantur (te busca na porta do hostel) Preço excursão: R$25 Preço passeio falésias: R$50 de buggy e R$120 de quadriciclo (se forem 2 pessoas cada um paga R$60, se vc for sozinho ou precisar de acompanhante, é R$120. Não precisa de habilitação pra conduzir o quadriciclo, mas se vc não tem noção nenhuma,não recomendo. A menina que dividiu comigo quis conduzir e quase joga a gente numa pirambeira! Pensa num aperto!) Fiquei sabendo que tem transporte público para a praia do Francês, mas não deu tempo.de.voltar. Chegando do passeio fiz checkout no hostel e fui pra outro, o Meu Hostel. Ele é mais distante do centro,mas a proprietária, Aline, é uma gracinha, dá altas dicas e adora trocar ideia, como só tinha eu lá TB,de noite fomos nós e o Thales, voluntário lá, tomar uma cerveja. Fiquei no quarto misto com 8 camas, tem locker e luz individual! Café da manhã é modesto mas gostoso. Também tem piscina, bar e ar condicionado que é ligado às 21h e desligado às 9h. O hostel TB disponibiliza prancha de surf, bicicleta e skate para aluguel. Hostel: Meu Hostel Valor: R$50 diária Contato: 82 3185-4410 No dia seguinte fui para Piranhas,conhecer os cânions do São Francisco e a rota do cangaço. Foi muito difícil encontrar referência de transporte pra lá, no tem nada muito oficial e é bem longe,umas 5h de viagem. Depois de ler muito aqui encontrei uma menina falando de uma van que sai 5h da manhã da rodoviária de Maceió, chegando em piranhas 10h e, na volta, saindo da rodoviária de Piranhas 14:30 e chegando em Maceió 20h. Não lembro o nome do cara :( Contato: 82 8144-3389 Valor: R$48 (ele oferece para buscar no hostel por mais R$10. Foi assim mas não achei que valeu a pena. Ficou mais caro q ir de Uber pra rodoviária e ele me buscou 1h antes e saiu buscando o restante do pessoal) Em piranhas fique no hostel Albergue Maestro Egídio Vieira, ele fica na parte antiga da cidade, que tem uns barzinho super charmoso de noite e é do lado do São Francisco. Quem toma conta do albergue é o Ney, um amor de pessoa e que faz absolutamente tudo para te agradar. O hostel tem ar condicionado e locker Hostel: Albergue Maestro Egídio Vieira Contato: 82 8806-1566 Valor: R$70 Em Piranhas fiz o passeio dos cânions que é incrível! Recomendo muito que façam. O passeio sai de um restaurante,chamado Karrancas, que fica em Canindé do São Francisco (Sergipe). Pra chegar lá, saindo de Piranhas, só de moto táxi. Quando fui tinham dois horários de saída dos catamarãs, 10:30 e 11:30. Valor: R$40 ida e volta de moto táxi Catamarã: R$110 Voltei pro hostel quase desmaiando de calor, lá é muito quente e muito seco, não esqueça de passar mto protetor solar, óculos de sol, chapéu e o q mais servir pra proteger do sol. No dia seguinte fui com Ney acertar o passeio para a rota do Cangaço (o lugar de embarque é pertinho do hostel). Como era baixa temporada não tinha gente suficiente para ir de catamarã, então fomos de lancha (fizeram o mesmo preço do catamarã). Fui só eu e mais dois casais. Enquanto esperava o horário da lancha, visitei o museu do Sertão, R$3 o ingresso e tem guia, vale mto a pena. Fomos para um lugar chamado Cangaço Eco parque. Lá é uma delícia, tem uma prainha do rio, uma.area gramada verde, muito bem cuidada e restaurante. De lá sai guia para a trilha que leva até a Grota do Angico, lugar que o bando de Lampião sofreu a emboscada e ele foi morto. A trilha não é muito acidentada, a maior dificuldade é a temperatura. É muuuito quente. Eles não deixam pessoa hipertensão, cardíacas ou com cirurgia recente fazer a trilha. Se vc está nessa condição, não faça! Provavelmente vai dar ruim! São 1,6km de trilha e a esperta aqui foi de chinelo. Entrou um espinho na sandália e feriu meu pé, nada grave. É importante lembrar que lá é caatinga e os espinhos fazem parte desse tipo de vegetação. Valor: R$82 (transporte barco e taxa de embarque) Valor trilha: R$10 (valor para fazer trilha com guia) Lembre-se de levar pelo menos 1lt de água pra trilha. Se vc levar congelado, melhor, pois vai descongelando ao longo da trilha e nao vira um chá. A comida e bebida no parque são a parte. Tem passeio que vai para outro restaurante, chamado Angico, por lá a trilha é bem menor mas parece que o restante não tem estrutura tão boa quanto a do eco parque. Se vc não está acostumado com trilha ou não tem preparo físico, opte pelo lugar a trilha é menor. Após o passeio voltei para Maceió. Cheguei em Maceió por volta de 20h, passei no mercado, peguei qualquer coisa congelada, levei pro hostel,comi e fui dormir. Ah, deixei a cargueira no hostel em Maceió pra ir pra piranhas só com a mochila.menor. No dia seguinte fui fazer um roteiro cultural passando por estes.lugares: * Mirante são Gonçalo (Uber do hostel até lá) * Catedral (a pé) * Museu floriano Peixoto (a pé) * Mercado do artesanato ( achei mais barato que o mercado da Pajuçara - a pé) (Uber) * Mercado Pajuçara * Almoço Casa de Mainha Voltei para o hostel, dormi um pouquinho e, de noite, fui para uma cervejaria chama da Tapanacê. Lá é ótimo! Tem uma grande quantidade de chopps artesanais produzidos em Alagoas e com preço justo. Nesse dia também tinha banda de Rock. Os donos e do lugar são ótimos (um casal, Pedro e Glaucia), troquem um ideia com eles,vcs vão curtir. Outro bar legal é o El Lugar. No dia seguinte fiz o passeio de jangada nas piscinas naturais da Pajuçara e aqui peço atenção! Em Maceió é permitido que visite as piscinas em qualquer maré e os jangadeiros querem é ganhar dinheiro. Eles querem te levar independente do horário e da maré então fique atento a taboa de Marés. Eu fui a maré estava muito alta e não deu para ver piscina e ainda levei uns caldos 😅. O que valeu foi só o rolê de jangada! Valor passeio de jangada: R$30 (os valores vão de 30 a 40). No fim do dia peguei meu vôo de volta mas meu coração ficou em Alagoas! ❤️ No meu Instagram vcs podem conferir algumas fotos @yane_cerqueira
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  45. Fiz uma roadtrip pela namíbia também E já que demonstrou interesse e parece gostar de natureza. apesar do relato completo da colega, sugiro também visitar uma das maiores colonias de leao marinho na Namíbia, chamada de cape cross, é bem próxima de Swakpmound. Swakpmound também tem vários passeios de adrenalina, andar de quadriciclo pelas enormes dunas, deslizar pelas areias até pulo de para-quedas Além disso você pode andar de kayak próximo de outra colônia de leão marinho em Pelican point é bem legal, os leões marinhos são selvagens obviamente mas supercuriosos, ficam nadando em volta do kayak, e algumas vezes aparecem até golfinhos. e esse passeio muitas agências conjugam com o passeio em Sandwich Harbour para fazer um e logo depois o outro. (sobre perrengues, o carro que estava em sandwich harbour atolou e não conseguiamos tirar de jeito nenhum, precisou enviar um radio para outro carro ajudara sair) Por último dormir dentro de Etosha, fiquei 3 noites dentro do parque, e o parque é bem mais "rústico" que o kruger por exemplo. O melhor são os enormes waterholes que a reserva mantem de forma artificial para atrair os animais. Fui em setembro, época da seca, e qualquer hora do dia o waterhole era uma espetáulo a parte, inclusive colocava o celular para despertar de madrugada, só para ver o que estava rolando ali Estou fora de casa, então as fotos não são minhas, são só para ilustrar o tópico mesmo
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  46. Neste vídeo mostro como o trânsito de Bangkok é louco!
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  47. CONTINUANDO CAP 3 SAB 15/JAN/2005 km 24,1 . As margens da lagoa do Roteiro, estudamos a melhor maneira de passar, para a praia do Gunga do outro lado, tentamos uma carona com um Sr. Que estava de lancha parado mais a frente, falamos com ele sem sucesso. Seguimos até o porto e lá ficamos sabendo que o passeio até o Gunga custava 20 reais ida e volta, barganhamos com a dona da escuna, explicamos que não iríamos voltar com o grupo. Depois de muito papo a travessia ficou por 10 reais nós dois. SAB 15/JAN/2005 km 26. Naquela manhã de sábado a praia do Gunga uma das mais famosas de Alagoas estava razoavelmente cheia, nós no meios dos paulistas branquelos destoávamos de cor de pele, já queimada pela caminhada e nosso sotaque não nos deixava negar nossas origens, afinal, nós estávamos em casa, passeando pelo quintal. Nossa caminhada por entre as barracas e tendas a beira mar foi tranquila e rápida, algumas pessoas olhavam desconfiadamente para aqueles dois malucos com mochilas enormes nas costas e um caminhar constante, em poucos minuto nós saimos de perto da multidão em direção ao horizonte dos coqueirais. Ja passava da hora do almoço e paramos no farol de são Miguel, uma construção metálica a beira-mar mas que não é visível de longe por seu pequeno porte, em sua base fizemos um rápido lanche as 13:45hs o que era para ser nosso almoço, acabou sendo apenas aquele pequeno lanche. Ewerton comentou comigo sobre os carros que víamos as vezes passar na areia da praia, eram pescadores com BUggys que estavam por ali. SAB 15/JAN/2005 km 29,5 . Já se aproximava das 15 horas quando avistamos a nossa frente grandes paredões de argila avermelhada, eram as falésias que agora davam lugar a costa coberta por coqueiros, ja não havia mais ninguém e o mar era nossa única companhia a nossa esquerda, e a nossa direita paredões de 15m de altura tocavam as águas do mar e se desmanchavam suavemente com a maré lambendo sua base, tornando o colorido ainda mais bonito, era a praia de Jacarecica do Sul, pouquíssimo conhecida até pelos nativos de Alagoas Foto original da expedição: Praia de Jacarecica do Sul: Continua...
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  48. Triste isso ai... preocupante... e nem por isso, menos interessante... Uma das coisas mais interessantes em compartilhar as impressoes de viagem em relatos é isso: as vezes serve de aviso, as vezes serve de motivo pra desistencia, as vezes apenas aumenta o interesse. Afinal o traumático de um pode ser apenas um "pequeno contratempo" para o próximo. A situação pela qual voce passou realmente é pesada e incomoda e o seu alerta é sincero. Talvez se voce tivesse lido alguma informação por aqui sobre isso, poderia ter modificado seu interesse em ir a este pais ou modificado a sua postura, o tornando mais alerta. Possivelmente os problemas com a entrada e saida do pais tenham sido a coisa mais marcante que voce trouxe na "bagagem" desta viagem, mas certamente nao foram as unicas. Se puder compartilhar mais informações da sua viagem, agradecemos!
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