Líderes
Conteúdo Popular
Mostrando conteúdo com a maior reputação desde 11/06/24 em todas áreas
-
Hey viajantes! Estive no Peru em abril de 2024 e vou relatar aqui parte da minha aventura. Vou detalhar os principais gastos e algumas dicas para ajudá-los em futuras viagens ao Peru. Viajar para o Peru estava nos meus planos há um bom tempo, queria muito conhecer Lima e Cusco. Porém ao iniciar a construção do roteiro percebi que poderia ampliar a quantidade de lugares para explorar e assim o fiz. Meu roteiro foi o seguinte: Porto Alegre - Lima Lima - Huaraz Huaraz - Lima Lima - Ica Ica - Arequipa Arequipa - Puno Puno - Cusco Cusco - Porto Alegre Alguns roteiros que encontrei pesquisando incluem a cidade de Nazca, mas optei por não incluir no meu roteiro por não achar um destino interessante (opinião particular aqui rs). Todos os trechos internos no país foram percorridos de ônibus e foi uma experiência positiva e tranquila. As viagens mais longas foram noturnas e sempre com a empresa Cruz del Sur. Viajar de ônibus por vários trechos foi bastante cansativo, mas o cansaço faz parte da aventura. Resumo dos Gastos (coação:1 sol - 1,379 reais em abril de 2024) Ônibus Lima - Huaraz: 115 soles Ônibus Huaraz - Lima: 95 soles Ônibus Lima - Ica: 55 soles Ônibus Ica - Arequipa: 105 soles Ônibus Arequipa - Puno: 55 soles Ônibus Puno - Cusco: 55 soles Van Cusco - Hidrelétrica ida e volta: 60 soles Hospedagem Huaraz Tupac Hostel (2 diárias): 70 soles Hospedagem Lima Kokopelli Hostel (1 diária): 59 soles Hospedagem Ica Secret Night Hostel (1 diária): 22 soles Hospedagem Arequipa Way Cap Hostel (1 diária): 28 soles Hospedagem Puno Urpi Wase (1 diária): 30 soles Hospedagem Cusco Secret Garden (4 diárias): 55 soles Hospedagem Águas Clientes Pousada Airbnb (1 diária): 60 soles Tour Laguna Rocotuyoc: 60 soles + 30 soles entrada parque Tour Nevado Pastoruri: 50 soles + 30 soles entrada parque Tour Dunas Deserto Ica: 30 soles Tour Islas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas: 65 soles Tour Islas Uros y Taquile: 80 soles Boleto Turístico Parcial Cusco: 70 soles Tour Vale Sagrado Full Day: 80 soles Ticket Machu Picchu (Circuito 2): 42,50 dólares Guia Turístico Machu Picchu: 30 soles Dia 1 - Chegada em Lima Cheguei em Lima por volta de 10h00 da manhã e fui direto à região central fazer câmbio, comprar um chip com internet e almoçar. Recomendo que sigam até a Avenida José Larco para isto, e aproveitem para caminhar até a região de Miraflores (que é linda). O aeroporto de Lima é afastado da cidade, usei Uber para o deslocamento e custou 45 soles. Fui até uma loja da Claro e comprei um chip com internet válido por 30 dias, com 10gb de dados por 30 soles. Sempre faço isso nas minhas viagens, procuro uma operadora local, sempre sai absurdamente mais em conta do que comprar aqueles chips internacionais. Nesta avenida se encontram várias casas de câmbio, sugiro pesquisar antes de trocar, pois a cotação flutua entre os estabelecimentos. Troquei pouca grana pois levei o cartão de débito internacional Wise (falaremos dele mais tarde). Melhor cotação que encontrei no dia foi 0.725 soles por real. No restante da tarde aproveitei para conhecer a região de Miraflores, shopping Larcomar e alguns pontos turísticos que encontram-se na orla. É uma região muito bacana de conhecer, é um dos bairros mais turísticos e bonitos da cidade. O ideal é ir sem pressa para contemplar o mar, o pôr do sol no pacífico e os parques que ficam na orla. Este primeiro dia de viagem não tinha como objetivo explorar Lima, e sim organizar os próximos dias que estavam por vir. Então, na primeira noite segui viagem para Huaraz. Foi uma viagem noturna de bus (8 horas de viagem). Dia 2 - Huaraz Cheguei em Huaraz por volta das 06h00 da manhã e fui até o hostel. Fiquei hospedado no Tupac Hostel, ótima estrutura e excelente custo benefício (stuff nota 10!). Foi possível fazer check-in pela manhã mesmo, fomos tomar um café da manhã e conhecer um pouco da cidade. Huaraz é uma cidade com elevada altitude, está a 3.050 metros acima do nível do mar. É recomendado que o primeiro dia seja dedicado à aclimatação do corpo com leves caminhadas ou algum passeio tranquilo (chá de coca e muita água). Pensando nisso, deixamos o primeiro dia reservado para uma caminhada até o Mirador de Rataquenua e para fechar alguns passeios no centro da cidade. A caminhada até o Mirador de Rataquenua é tranquila, são cerca de 3km de distância do centrinho, mas durante o percurso senti bastante o ar rarefeito. Muito cansaço físico, dores de cabeça e fadiga. Mas valeu a pena, é uma paisagem única e original. Huaraz é uma cidade pouco desenvolvida, não é uma cidade muito turística (particularmente eu gosto disso), dessa forma tive um contato bem próximo com a real cultura peruana longe dos holofotes dos grandes centros. Muitos cães de rua, pobreza, falta de saneamento em alguns lugares... mas foi nesta mesma cidade que vi uma das paisagens mais lindas da minha vida até o presente momento. Dia 3 - Nevado Pastoruri Escolhemos o Nevado Pastoruri como primeiro passeio, na agência nos falaram que este é um passeio de aclimatação e de nível fácil kkkkk que doce ilusão. Esta montanha está a 5.240 m de altitude e esse foi o dia mais difícil de toda a viagem. O passeio inicia bem cedinho e faz algumas paradas até chegar ao destino final. Durante o percurso, paramos para conhecer um pouco da vegetação local e apreciar algumas fontes naturais de águas termais. Ao chegar no topo da montanha, é necessário fazer uma curta caminhada até chegar ao nevado. A trilha é super simples, segura, bem sinalizada, entretanto em uma altitude superior a 5.000 metros hahaha. Eu me sentia um idoso com 30 anos de idade, precisei parar por diversas vezes para descansar durante a curta caminhada. Por alguns momentos pensei em desistir. Mas consegui, fui o último do grupo ao chegar e realmente foi muito difícil pra mim. Algumas pessoas não sentem tanto o mal da altitude, então você pode ter sorte. Recomendo muito este rolê pois o Nevado encontra-se em uma fase de degelo, ou seja, dentro de alguns anos este local deixará de existir. Dia 4 - Laguna Rocotuyoc O segundo passeio realizado em Huaraz foi a Laguna Rocotuyoc, que fica dentro do Parque Nacional Huascarán. O plano inicial era conhecer a Laguna 69 ou Laguna Parón neste dia, que são os destinos mais buscados por essa região. Porém, o primeiro dia da viagem exigiu bastante fisicamente do corpo e acabamos optando pela Rocotuyoc que é um passeio de grau de dificuldade menor. Que bela troca meus amigos, este lugar é fascinante. Um destino pouco explorado pelos turistas e conservado da ação humana. Para mim, foi a paisagem mais linda já vista até então. Ficamos lá por cerca de duas horas, caminhamos até a laguna congelada, que fica atrás da Rocotuyoc. E este dia foi incrível. No retorno do passeio, fizemos uma parada para visualizar algumas pinturas rupestres nas montanhas e retornamos a Huaraz. Realmente foi mágico admirar toda esta obra divina. Depois deste incrível dia, jantamos e pegamos o ônibus noturno de retorno à Lima. Dia 5 - City Tour em Lima Ficamos hospedados no hostel Kokopelli, super recomendo, principalmente se o objetivo for conhecer galera e aproveitar a vida noturna em Lima. Este hostel fica na região turística de Barranco (localização 10/10). Neste dia fizemos dois Free Walking Tours, um pelo centro histórico e outro pela região de Barranco. Durante o walking tour do centro histórico provei a famigerada chicha morada e alguns pratos típicos do país. O walking tour na região de Barranco inicia ao pôr do sol e entra noite explorando toda a região que é um charme e muito bohemia. Foi o walking tour favorito da viagem. Foi um dia muito bacana, podemos admirar o pôr do sol na orla da Lima e encerrar o dia com um ceviche dos Deuses. Dia 6 - Oasis Huacachina Após um dia inteiro explorando a capital do Peru seguimos viagem em direção a Ica. A viagem é curta, cerca de 4 horas de ônibus partindo de Lima. Ao chegar em Ica, pegamos um táxi diretamente para o Oasis de Huacachina (5 soles e um golpe misterioso). O taxista foi muito solicito e praticamente não cobrou pela corrida com a intenção de vender os passeios (por um preço absurdo). Como bons turistas brasileiros e calejados, fomos em busca de preços melhores e mais informações sobre os passeios. Ficamos hospedados no Secret Night Hostel, muito bem localizado e excelente custo benefício. Não tinha muitas informações sobre este destino e isso foi excelente pois me surpreendi muito. O primeiro tour foi o passeio de buggy nas dunas para ver o pôr do sol no deserto de Ica e pasmem: foi muito louco. Uma injeção de adrenalina, aventura, boas risadas no meio do deserto. Fizemos algumas paradas para fotos, para descer dunas com pranchas de snowboard e por fim, para admirar o espetáculo do pôr do sol em meio ao deserto. Dica importante: os passeios de buggy no deserto tem diversas saídas durante o dia. Porém, somente os passeios que saem próximos do final da tarde oferecem a parada para o pôr do sol no deserto. À noite fomos jantar próximo ao lago do Oasis, uma cerveja sem pressa e mais ceviche! Dia 7 - Islas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas Este dia foi dedicado ao fullday nas Islas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas. As agências buscam diretamente no hostel e o passeio inicia bem cedo. Pela manhã fomos explorar a vida marinha e as belezas naturais nas Islas Ballestas. Foi possível ver pinguins, focas, aves exóticas e alguns caranguejos locais. Também passamos pelo famoso El Candelabro na península de Paracas, que é um geoglifo pré-histórico repleto de mistérios sobre a sua origem. Já na parte da tarde, fomos almoçar no Parque Nacional de Paracas e conhecer as diversas praias do parque. É um tour bastante cultural, há muitas curiosidades sobre esta região: povos originários, praia vermelha, chão com pedras de sal e afins. O passeio se encerra na praia La Mina, onde é possível curtir por um tempo, tomar banho de mar e descansar. Dica: leve roupa de banho, toalha e protetor solar. No retorno deste passeio, pegamos as mochilas e partimos rumo a Arequipa! Dia 8 - Arequipa, La Ciudad Blanca Arequipa é conhecida por ser a cidade dos vulcões no Peru, também chamada de Ciudad Blanca. Este nome é devido às construções de coloração branca, feitas a partir de sedimentos vulcânicos da própria região. Dizem ser uma das cidades mais bonitas do país e realmente é muito charmosa. Nesta cidade ficamos apenas um dia, a hospedagem foi no Way Cap Hostel, bem localizado e um valor razoável. Fizemos um free walking tour pelo centro histórico e foi super interessante. Também visitamos um mirante para apreciar os vulcões que cercam a cidade. Além disso, fizemos um passeio guiado na Basílica Catedral de Arequipa. Este monumento foi reconstruído após um grande terremoto que destruiu boa parte da cidade em 2001. A igreja é muito linda e há muita cultura e história a ser explorada nela. Recomendo o passeio. O passeio é todo guiado e solicitam gentilmente uma gorjeta ao final, me recordo de dar somente algumas moedas e o guia local não gostar muito kkkkk. Continua…18 pontos
-
Introdução Oi, meu nome é Renan. Um careca de 36 anos de idade. Não sou aquele magro de 10 anos atrás, muito menos o mesmo condicionamento físico: tenho minha barriguinha um pouco mais saliente, apesar de não tomar cerveja. Faço minhas corridas de rua, faço minhas musculações. Posso dizer que sei correr bem e tenho um bom condicionamento físico. Sou um cara fresco pra comer, viciado em coquinha zero. Essa introdução, apesar de chata, é necessária para você entender os perrengues que passarei a seguir. Onde tudo começou Meio para o final do ano de 2024. Uma atleta minha foi convidada para participar de uma competição e defender a seleção brasileira Nippon. O pai dela me convidou para ir assistir e topei. Ele ajudaria com meus gastos… então pedi ao meu chefe uns dias a mais para aproveitar o Peru. (eu sei, essa frase não caiu bem, engraçadinho hahaha). E a ideia estava feita. O que vou fazer? Conhecer Machu Picchu? Claro!.. fui pesquisando e pesquisando e foi aí que eu descobri: Trilha Salkantay. 4 ou 5 dias de trilha. Era isso! O preço estava nos R$2000,00. Era o que eu conseguiria pagar, no limite. Vi vídeos, achei sensacional, desafiador, topei. Dia 0 – Cusco Chego à noite em Cusco e vou para o Hostel onde minha esposa está. Durmo lá e… cá estamos no “dia 0”. A ideia desse dia era servir para aclimatação e conhecer o centro da cidade. Vamos andando, conversando… peço para ela andar mais devagar, estava um pouco sem ar (nada diferente para uma cidade a seus 3200 ou 3300 mts de altitude). Chegamos no centro, lindo. Igreja gigante ao mesmo tempo que possui as estátuas Incas. Um monte de pessoas por ali, tentando me vender passeios, souvenirs, etc. Vamos andando para conhecer e bora pro mercadão. Comida barata, cheio de artesanatos (que eu particularmente adoro) e um monte de coisa legal. Após tudo isso, vamos até a agência KB Adventures, onde vamos fazer o Salkantay e lá eles dão um briefing dos próximos dias. Voltamos ao hostel e arrumamos as coisas para o outro dia. Ansiedade a mil. Mas hora de descansar. Dia 1 – Laguna Humantay Antes do alarme tocar, meus olhos já estavam pregados. Sabia que era hora de acordar. Me levanto, pego minhas malas e espero a Valéria terminar de pegar as coisas dela. Eu estava pronto. Sabia que a maior aventura das minhas vidas ia se iniciar. O que não sabia, claro, é que ao mesmo tempo que seria incrível, o sofrimento seria tão grande quanto. A van chega na frente do Hostel, pontual. E aí começa a pegar todas as pessoas, nenhum brasileiro no grupo de 14 pessoas, tirando nós dois. O motorista continua a dirigir por 2 horas. Um pequeno medo começa ali, muita chuva, estradas desbarrancadas, com pedras no meio do trajeto, meio catastrófico. Tentava não pensar nisso, ia ser foda. “Ia? Ia sim! Pare com essas dúvidas”. Paramos em um local para tomar café. Bem simples, pedimos um omelete e um suco. Enquanto não ficava pronto, tínhamos que preencher uma ficha com nome, nacionalidade, idade e profissão. Fomos os últimos a preencher e lógico, curiosos como somos, fomos ver dos outros integrantes do grupo. Todos gringos. Alemanha, Suécia, Noruega, Irlanda, Canadá, Alaska… cacete. Essa galera conhece o frio. Cadê os sulamericanos pobres dessa lista? E aí… vem a pior parte: IDADE. 18, 20… 22 no máximo. Um de 30 apenas… e nós dois: Valéria – 34 anos e Renan – 36 anos. Sim, pela primeira vez eu era o tiozinho do grupo. Tentei não ligar muito, idade é apenas um número, já diriam os mais otimistas. Mas esse número fez uma diferença da porra… Entramos na van novamente. Mais 1h30m de direção e chegamos a Challacancha. 2 soles pra ir no banheiro, estava apertado. Melhor que dar vontade no meio da trilha, certo? Pegávamos os bastões e começamos a caminhar na estrada de terra, seguindo o guia. “Nessa estrada aqui, nem vamos precisar dos bastões” – Falava para a Valéria. Mas o que descobri nessa viagem é que a língua PUNE. Claro que não precisava me punir tão rápido assim, hahaha, Segundos depois o guia aponta para o alto de um barranco (e que barranco!) e pede para o seguirem. E lá vamos nós, começar a subir aquele barrancão da desgraça. Após alguns metros, todos param ofegantes. “Cacete, isso vai ser sofrido” – pensava alto. Esqueci de mencionar, mas já estávamos a 3800 metros de altura. O que isso muda? TUDO. Acredite, TUDO meu amigo. Continuamos a caminhar por aquele maldito barranco e chegamos lá em cima, em um caminho meio estranho. Pequeno, mas com um cano ao lado. Era reto, a caminhada saía fácil. Eu e a Valéria como bons tiozinhos do grupo, aproveitávamos para tirar foto de tudo. Piadinhas, risos, estava ótimo. Continuamos a caminhar até chegar a nosso acampamento base daquele dia (3900 mts de altura). Sem energia elétrica, sem banho, mas com privadas para o banheiro. Esperamos pelo almoço. Primeiro, sempre vem a água quente e um cházinho da desgraça. Depois uma sopa aleatória. Eu que não suporto chás e sopas, era uma tortura. Mas tentava tomar, sabia que seria necessário para os próximos dias. E logo em seguida vem o almoço normal, algum frango, arroz e um misto de abacate e algumas coisas que não quis nem olhar. Deu pra deitar uns 20 minutos e … hora de ir a Laguna Humantay. Deixei todas as coisas no alojamento, vou só com os bastões pra não precisar levar as mochilas. Começamos a subir, o cenário é bonito. Cheio de cavalos e uma PUTA de uma subida. Ao ir subindo, fui ficando sem ar. Cada passo era mais dificil que o anterior. Olhava para frente e para cima e logo era o último do grupo. “Tomar no cú… vou conseguir!”. Mas cada vez mais a galera se distanciava. Estava muito sofrido. Fui subindo, subindo e dando pequenas pausas para ver se o oxigênio entrava em meu pulmão. O que pareciam não se conversar muito nesse momento. Chegávamos a primeira casinha, o guia esperando e perguntando se eu estava bem. “Estoi bien, apenas un tiquito cansado” – desde já, dá pra ver que meu espanhol ou portunhol não é meu forte. E nem minha capacidade de mentir, estava só a “capa do batman”. O grupo continuava avançando como se fosse uma matilha de cachorros doidos para pegar uma presa. E eu avançava na velocidade de uma tartaruga manca fazendo moonwalk. Cravava meus bastões no chão, olhava para cima e eu estava longe do pessoal. A bota afundava no meio das pedras, todas molhadas pelas chuvas e tropeçava, escorregava de leve. Mas continuava a avançar. O que mais me preocupava era: “Vou estar quase chegando e o guia vai me mandar voltar… isso vai ser muito frustrante”. A próxima casinha chegou. Estou perto… perto de errar novamente. Faltava muito. Subida desgraçada! Quando virava a esquina e olhava, parece que tinha que subir tudo que já tinha subido. Mas eu que não ia desistir, já tava ali, pô. E após inúmeros passos, cheguei. Morto, ofegante. Respirando como se fosse um macaco véio com asma (e não sou?). Encostei em uma pedra e tomei meu tempo para descansar. Eu e a Valéria tiramos algumas fotos, apesar do tempo não estar dos melhores. Depois o guia falou que dava pra subir mais um pouco e ver ali de cima. Fomos. A famosa frase: o que é um peido para quem está cagado? Tudo bonito, mas hora de descer. Na descida foi mais tranquilo pra mim, mas a Valéria sofreu. Reclamou de muita dor no joelho. A descida não terminava nunca. Preciso dizer que fomos os últimos novamente? Ia soltando umas piadas aqui e ali e tentando animar, mas não tava dando certo. Muito tempo depois, chegamos no acampamento. “Happy Hour” – dizia o guia. E lá fomos, meio sem vontade. Tinha uma pipoquinha, comi. E depois… chá. Sopa. E uma jantinha. O pessoal adorou a comida. Eu sou fresco, queria só um arroz, carne e um ovinho com uma coquinha. Mas comi e fomos deitar. O aviso era pra tomar cuidado com a noite fria, que podia fazer negativo. Entramos dentro do saco de dormir e alugamos um cobertor. Nesse dia, vi a Valéria triste, querendo desistir. Eu que já estava querendo desistir ouvi isso e cortou meu coração. Que merda estávamos fazendo ali? Não somos mais jovens para isso. Fui dormir puto, nunca mais vou fazer uma merda dessas. Mas o próximo dia seria pior, 22km de caminhada (aproximadamente 12 horas). O guia já tinha nos dado a opção de contratar um cavalo para a subida. Não queria fazer isso de jeito nenhum. Não foi pra isso que eu vim, mas estava considerando o tempo todo. Dormi. Parecia que dormi bastante e quando abri os olhos… 00h23. Até 4h30 tem chão. Vontade de ir no banheiro. Saio no meio daquela escuridão da desgraça com a lanterninha do celular e… a diarréia me mandou um olá. Essa cena se repetiu mais uma ou duas vezes durante essa madrugada. Maldita madrugada. O que tô fazendo aqui? Quero ir embora. (continua...) Fotos: Igreja na praça central de Cusco Chafariz na praça principal de Cusco Mercadão de Cusco Valéria biscoitando na praça principal de Cusco Nosso alojamento no dia 1 Laguna Humantay Alguns metros acima da Laguna Humantay Eu e a Valéria na Laguna Humantay Morrendo após chegar na Laguna Humantay16 pontos
-
Olá pessoal! Acabo de retornar de uma viagem incrível à Patagônia Argentina, em que visitei Ushuaia, El Calafate e El Chaltén. Foram 14 dias intensos de viagem, entre 06/01 e 19/01, em que aproveitei ao máximo cada momento vivido nestes lugares maravilhosos. Voltei ao Brasil ontem (19/01) e já vou começar a escrever o relato para aproveitar que todas as informações ainda estão frescas na mente hehe mas tudo que vivi na Patagônia foi inesquecível e especial, então, dificilmente vou esquecer tão cedo essas duas semanas incríveis que pude experienciar. Só posso dizer uma coisa sobre essa viagem: SÓ VÁ! Sozinho ou acompanhado, a experiência será igualmente extraordinária. Voltei desta viagem renovado e transformado, tendo superado limites físicos e psicólogicos que nem eu mesmo achava que conseguiria. CONTEXTO Visitar a Patagônia já estava na minha mente há muitos anos, e eu já tinha o roteiro para esta viagem pronto há muito tempo. Porém, faltaram oportunidades para que eu pudesse ir, até que consegui em janeiro de 2025. No final de 2019, eu cheguei a comprar passagens para visitar a Patagônia em abril de 2020. Mas, como todos sabemos, no ano em questão tivemos a fatídica pandemia de COVID-19 que praticamente paralisou todos os serviços de turismo. Na época, a Aerolineas me deu a opção de remarcar a viagem ou reembolso. Tendo em vista a falta de perspectiva quanto à pandemia, decidi pedir o reembolso e, desta forma, a viagem a Patagônia ficou de escanteio. Anos depois, a ideia de visitar a Patagônia me voltou à cabeça e em setembro/24, após uma aula apocalíptica no 6º ano (professores entenderão), resolvi comprar as passagens praticamente de maneira impulsiva e sem pensar muito kkkkk mas já estava feito! Finalmente viajaria para aquele lugar que seria a viagem mais especial da minha vida. Além do roteiro pronto que eu já tinha, comecei a ler e reler os relatos aqui do Mochileiros. Gostaria de agradecer, em especial, a @JanaCometti e o @Alan Rafael Kinder que foram muito prestativos e solicitos ao me ajudarem com dúvidas e questões. ROTEIRO O roteiro que montei seguiu certinho até chegar em El Chaltén, quando tive que fazer algumas alterações depois da árdua trilha da Laguna de Los 3. Mas, no geral, consegui visitar todos os pontos planejados e não tive grandes perrengues. Segue o roteiro: 06/01/2025 - SP x USHUAIA (conhecer a Ushuaia, placas, espaço Pensar Malvinas) 07/01/2025 - USHUAIA (Glaciar Martial e Pinguinera) 08/01/2025 - USHUAIA (Laguna Esmeralda e Museo Del Fin del Mundo) 09/01/2025 - USHUAIA (Parque Nacional da Terra do Fogo) 10/01/2025 - USHUAIA X EL CALAFATE (conhecer El Calafate, placas) 11/01/2025 - EL CALAFATE (Navegação Todo Glaciares) 12/01/2025 - EL CALAFATE (Minitrekking e passarelas do Perito Moreno) 13/01/2025 - EL CALAFATE X EL CHALTÉN (conhecer El Chaltén e Mirador de los Condores/las Aguilas) 14/01/2025 - EL CHALTÉN (Laguna de Los 3 - Fitz Roy) 15/01/2025 - EL CHALTÉN (Chorrillo del Salto) 16/01/2025 - EL CHALTÉN (Lago del Desierto e Glaciar Huemul) 17/01/2025 - EL CHALTÉN (Mirador Cerro Torre e Mirador El Chaltén) 18/01/2025 - EL CHALTÉN X EL CALAFATE (visita a Glaciarium) 19/01/2025 - EL CALAFATE X SP (RETORNO) CÂMBIO E VALORES Que a Argentina está cara, todo mundo já sabe. Mas eu não imaginaria que estaria tãaaaaaaaaao cara! Chega a ser surreal os preços praticados na Patagônia. Para ter uma noção, um mísero chaveiro custa 7.000 pesos, que na cotação de hoje, é R$ 40,00!!!! Soa absurdo para nós, mas é a realidade argentina de hoje. Então, se pretende visitar a Patagônia, vá bem preparado financeiramente falando. Levei R$ 4.100,00 no cartão Wise e R$ 500,00 em espécie, e gastei tudo. A comida, principalmente, é muito cara. Para os valores em pesos que eu falar ao longo do relato, considerem a conversão de 1 real = 170 pesos argentinos. O cartão Wise teve aceitação de praticamente 100% em toda a Patagônia, até mesmo em El Chaltén. Usei o dinheiro em espécie para pagar propina ou comprar coisas de baixo valor, como empanadas e lanches. Para usar o Wise na Argentina, deve-se manter o dinheiro na carteira de dólares, pois a maquininha automaticamente converterá os pesos argentinos. Achei mais vantajoso do que carregar bolos e bolos de notas, o câmbio estava ruim de qualquer forma, não tinha muito o que fazer. Mas é a velha história: quem converte não se diverte. Bora aproveitar a Patagônia como dá kkkkkk Ordenando, da cidade menos cara para a mais cara, fica: Ushuaia - El Calafate - El Chaltén SEGURO VIAGEM Fiz o seguro viagem com a Allianz Travel, por R$ 170,00, mas felizmente não precisei usar. HOSPEDAGENS Nesta viagem, fiquei apenas em hostels e todos foram ótimos. Não tive nenhuma experiência desagradável e a troca cultural foi enorme, pois havia gente de todo mundo. Fiquei em quartos com gregos, alemães, franceses, australianos, estadunidenses e até mesmo brasileiros. Sempre fui muito bem tratado e tentava me comunicar com meu inglês da fisk kkkkkkk. Segue o feedback das hospedagens USHUAIA - ANUM HOSTEL: Foi o hostel que mais gostei da viagem. É um hostel novo, que tem apenas dois anos, mas fica muito bem localizado na esquina com a avenida San Martin, que é a principal de Ushuaia. Os quartos coletivos possuem camas com cortinas, o que lhes dá uma aparência de cápsula, o que achei bem legal e não atrapalha o próximo quando estamos com a luz acesa. Também tem armários espaçosos. O café da manhã também é bom, com pães, frios, medialunas, sucos, café, sucrilhos, leite, etc. Staff bem atencioso e espaço comum suficiente. Nota 10! EL CALAFATE - FOLK HOSTEL: Outro excelente hostel. O Folk foi indicação do Alan aqui do fórum e o hostel possui um excelente custo benefício. Os quartos possuem armários espaçosos para cada cama, e os banheiros são enormes com bons chuveiros. O espaço comum é bem grande e o café da manhã é honesto, com pães, doce de leite, geleia, suco, frutas, café e leite. A localização é fora do eixo do centro (fica a 10 minutos da caminhada), mas bem próximo do terminal de ônibus. Nota 10! EL CHALTÉN - CONDOR DE LOS ANDES: Um bom hostel. Fica localizado próximo da entrada da cidade, perto do terminal de ônibus, o que não foi um problema, já que El Chaltén é um ovo e se faz tudo a pé. Staff extremamente prestativo e atencioso, camas confortáveis e armários espaçosos. Os quartos possuem banheiro privativo e aqui tem algo que me incomodou. O espaço para o banho é bem pequeno e, a cada tomada de banho, o banheiro inteiro ficava uma molhadeira enorme! A moça da recepção já até sabia que eu queria um pano toda vez que descia kkkk O box do chuveiro era de cortina, então a água inevitalmente passava para fora. Enfim, apenas um detalhe. Café da manhã honesto também, com pães, manteiga, geleia, doce de leite, frutas, café e suco. Nota 9! PASSAGENS Paguei R$ 3.600,00 pela Aerolineas Argentinas. Sendo professor, não tem como fugir da alta temporada, então eu já sabia que seria um valor salgado. Fora da alta temporada, o valor média das passagens está em R$ 2.700,00. A Aerolineas Argentinas me surpreendeu positivamente. Vi várias reclamações e estava bem receoso quanto aos voos, mas foram pontuais em todos e não tive qualquer problema. Ao longo do relato falarei mais sobre isso. DOCUMENTOS Fui com passaporte, mas também poderia ter entrado apenas com RG. A imigração na Argentina é bem tranquila, conforme falarei logo mais. O QUE LEVEI? Viajei somente com a bagagem de mão + 1 mochila comum. Minha mala ficou em torno de 8 kg, então não tive qualquer problema, mas ela foi pesada em todos os voos pela Aerolineas. Eles são bem chatos quanto a isso, então, se for somente com a bagagem de mão, tente não passar dos 8 - 10 kg. Para uma viagem à Patagônia, as roupas de frio devem ser prioridade. Usei praticamente tudo que levei, e não levei nenhum short/bermuda pois sabia que seria ocupar espaço na mala porque não usaria (sou friorento). Aquilo que dizem que a Patagônia pode ter "as quatro estações do ano em um dia" é pura verdade, o tempo muda demaaaaaaais e o clima é bem hostil. Levei roupas para 7 dias, e quando cheguei em Calafate, pedi para a lavanderia do hostel lavar as roupas que eu tinha usado até então. Dessa forma, tinha roupas limpas para os 7 dias seguintes. Na minha mala teve: 7 cuecas 2 pares de meias para trekking (selene) - foram bem úteis no dias do minitrekking em diante. Seguraram o tranco e protegeu meus pés contra bolhas maiores (mas mesmo assim, teve). 4 pares de meias comuns 1 fleece (não usei, só ocupou espaço) Conjunto segunda pele (usei todos os dias, extremamente útil. Confortável, comprei na Amazon e é unissex: https://www.amazon.com.br/dp/B0C9FN5K8T?ref=ppx_yo2ov_dt_b_fed_asin_title) 2 jaquetas. Uma mais fina e outra com fleece por dentro, ambas imperméaveis. (item obrigatório. A mais fina foi essa e deu conta: https://www.decathlon.com.br/jaqueta-ecodesign-impermeavel-masculina-de-trilha/p) 1 calça imperméavel (item obrigatório também. Fiquei muito na dúvida sobre comprar ou não, mas ainda bem que levei a calça impermeável. Fiz a maior parte do minitrekking sob chuva e a calça/jaqueta me protegeram bem e aguentaram o tranco. Segue link: https://www.decathlon.com.br/sobrecalcas-impermeaveis-masculina-de-vela-inshore100-navy/p). 3 calças de tactel comuns 1 calça jeans 4 camisetas dry fit (as melhores! Ocupam pouco espaço na mala e são respiráveis). 2 camisetas de algodão Chapéu/boné Gorro Cachecol Luvas Pasta para documentos Bolsinha de remédios (importante!!!) Protetor solar (importante também) Itens de higiene pessoal Doleira Powerbank 10000 mah Garrafinha de água de 1L (para as trilhas de El Chaltén, 1L é o mínimo) Chinelo Bota de trekking (Usei a Vento Finisterre e aguentou muito bem o tranco em todo tipo de terreno, além de boa impermeabilidade. Aprovadíssima!). O que não levei e levaria: HIDRATANTE/PROTETOR LABIAL! A Patagônia, sobretudo El Calafate, é bem seca e árida. Logo, os lábios sofrem com a umidade baixa. Fiquei (e estou) com várias feridas na boca que dói até para comer. Comprei um protetor labial em Chaltén, mas o estrago já estava feito, fui até o final da viagem com as feridas na boca me acompanhando hahaha Mas agora, vamos ao relato! (vou tentar escrever um pouco por dia, e deixo algumas fotos como entrada hahahah)16 pontos
-
Oi pessoal! Esse é meu primeiro relato de uma viagem muito esperada ❤️ Esse foi meu primeiro mochilão improvisado em férias de uma CLT brasileira junto com uma amiga. Minhas principais fontes de consulta para ele foram os fóruns aqui do Mochileiros e os vídeos do Mundo sem Fim (❤️). Datas da viagem: 03/04 a 17/04. Minha viagem começou no Rio de Janeiro onde eu peguei um voo da Gol para Guarulhos às 6:10 no dia 03/04, para depois pegar o voo para Santa Cruz de La Sierra às 09:05. Inicialmente a viagem seria do dia 2 ao dia 17 porém, devido a uma necessidade da Gol, foi preciso remarcar para o dia 03. Caso eu não aceitasse, eles iriam reembolsar totalmente o valor. Bom, após todos os passageiros embarcarem no avião no dia 3, o piloto informou que o voo atrasaria devido ao mau tempo em Guarulhos (SP). No final das contas, o voo que era para as 6:10 decolou apenas as 8:20 e chegamos em Guarulhos às 9:45. Nosso voo para Santa Cruz atrasou devido ao mau tempo porém, mesmo com os atrasos dos dois voos, perdi o segundo por 18 minutos. E aqui começou a jornada do desespero antes de sair do Brasil. Fui ao guichê da Gol com mais de 100 pessoas com o mesmo problema (conexões perdidas e várias remarcações de voo) e aguardei por belas 2h para ser atendida. Para esse viagem eu contratei um seguro que cobria gastos com atraso de voo, cancelamento ou remarcações. No contrato estava expresso que para solicitar a abertura do sinistro era necessário um documento formal da empresa aérea constando os dados do voo, horários e assinatura de um funcionário. Em uma pesquisa rápida enquanto aguardava ser atendida, descobri que o documento se chama “Carta/Declaração de contingência”. Ao ser atendida pela atendente, fui remarcada para o voo do dia seguinte (04/04) no mesmo horário (9:05) e recebi um voucher para hotel e alimentação custeado pela Gol. Sobre a declaração de contingência: é uma luta conseguir. Quando esse nome é mencionado, eles fazem de tudo para te levar a exaustão e desistir de pegar o documento. Não desistam, peguem mesmo. É importante também ler e confirmar as informações: data e hora efetiva da decolagem e do pouso com atraso (eles precisam pegar os dados oficiais da infraero, não aceitem que sejam colocados horários estimados). Nesse dia ainda tive um problema porque eles alegaram que o voo chegou 8:30 em Guarulhos (dados da própria Gol) sendo que neste horário eu estava nas nuvens (literalmente). Usei o site do rastreador Kayak que tinham os horários certinhos pra comprovar o atraso do nosso voo. Essa batalha terminou às 15:00 do dia 03/04, quando me direcionei ao hotel para descansar para o outro dia. 04/04 - Guarulhos - Santa Cruz de Lá Sierra Inicialmente, a viagem começaria dia 3/4 chegando em Santa Cruz às 11:00. Planejei conhecer o centro da cidade e partir para Sucre no mesmo dia em um ônibus noturno. Com o atraso e remarcação do voo, cogitei comprar a passagem de Santa Cruz para Sucre oferecida pela BoA porém, devido ao histórico de Gol com atrasos, decidi tentar a sorte direto no guichê em Santa Cruz. Bom, dito e feito, o voo do dia 04/04 que era para decolar às 9:05 só levantou voo às 10:30. Chegamos em Santa Cruz por volta de 12:40 e fomos para imigração. 04/04 - Santa Cruz de La Sierra A imigração foi bem lenta. Os funcionários solicitaram o motivo da viagem (turismo) e os locais que eu ia conhecer (meu roteiro) e endereço do Airbnb em Sucre. Havia lido relatos que a imigração era tranquila e sem perguntas, principalmente para quem já tinha carimbos no passaporte, mas nesse dia, todos foram interrogados. Num todo, foi bem tranquila. Eu estava com todos os documentos em mãos e preparada com meu roteiro na cabeça, não me preocupei. Passando a imigração, apresentei o documento com QR code da Aduanda, que havia preenchido com antecedência e segui para o raio-X. Tudo certo também, sai pelo terminal de desembarque. Logo que sai, fui direto no guichê da BoA para ver as passagens para Sucre e já não tinham mais passagens para os dois voos do dia (13:40 e 16:00). Bom, voltei ao meu planejamento inicial de ir de ônibus para Sucre e conhecer um pouco o centro de Santa Cruz. Antes, troquei 100 reais no aeroporto com câmbio a 1,89. Não achei ruim e optei por trocar apenas 100 porque li relatos de que na Plaza 24 de Setembro o câmbio estava 2 ou acima de 2, no paralelo. Comprei um chip de Entel para 6 dias com internet ilimitada por 48 bob (38 do plano + 10 do chip) (~25 reais) e já estava conectada para falar com meus familiares no Brasil. Feito isso, me direcionei a área externa ao terminal para pegar o ônibus para o Centro (número 135) e acho que foi 3 ou 6 bob, não me lembro. O trajeto foi de uns 30/40 minutos e o ônibus nos deixou a 4 quadras da praça. Todos os passageiros bolivianos, inclusive o motorista, me orientaram sobre onde descer e foram super educados. Descendo no ponto, andei e cheguei em uma lanchonete muito bacana com playground para crianças e tudo mais. Eu estava morrendo de fome e comi uma empanada de queijo. Uma delícia! Colocaram açúcar de confeiteiro por cima e deu um tcham! Os doces eram maravilhosos de lindos também (foto). Chegando na Plaza 24 de Setembro (16:00)eu fiquei encantada com a praça e com a dinâmica local das crianças e famílias bolivianas aproveitando o clima. A praça é linda e a igreja também! Troquei dinheiro em uma casa de câmbio na praça no câmbio a 2,10. A cotação do dólar estava 10. Fui para a rodoviária de ônibus (la o app da Movit funciona) e os locais me orientaram o ponto onde era para descer. Chegando na rodoviária, um caos kkkkkk. Até hoje eu estou ouvindo “Sucre Sucre La Paz” na minha cabeça. A todo tempo você é abordado por vendedores oferecendo as passagens mas optei por comprar no interior do terminal. Tem que ter paciência com os vendedores te abordado e os gritos oferecendo passagem. Elas variam bem pouco em questão de valores mas existem muitas empresas. Optei por comprar na empresa Trans Copacabana Mem 1 para Sucre e o ônibus semi leito (160 graus), que é chamado de bus cama, me custou 100 bob (~50 reais). Obs.: Sempre pedíamos para ver os ônibus antes de comprar a passagem. O ônibus sairia às 21:30 e chegaria às 7:00 em Sucre. Enquanto isso, fiquei observando o terminal e as pessoas e crianças. Não se assustem, as crianças ficam soltas na rodoviária sem muita supervisão dos pais. Nesse meio tempo fiz amizade com uma menininha de 6 anos que carregava um pollito (pintinho) dentro de uma bolsinha. O nome dela era Maria Helena e a mãe trabalhava vendendo passagens. Ela ficava o dia todo na rodoviária enquanto a mãe trabalhava. Quando eu perguntei a ela se ela não tinha medo de ficar sozinha andando por ali ela disse com uma cara de brava “aqui as crianças aprendem a se cuidar cedo” e depois me disse que tem vários amiguinhos que ficam ali com as mães. Embarquei no ônibus e me surpreendi muito com a estrutura. O ônibus tinha banco com massageadores e regulagem automática de inclinação. Eu realmente fiquei chocada com a estrutura pq nunca andei num ônibus assim no Brasil. Recomendo muito a empresa Trans Copacabana Mem 1 (obs.: não confundam com a Trans Copacabana, são empresas diferentes). Valeu muito, 10/10. Antes da viagem começar, eu deixei meu chip do Brasil cair da minha bolsinha entre meu banco e o apoio de braço. Haviam duas pessoas bolivianas próximas a mim nesse momento, uma cholita e um senhor. Quando eles perceberam meu desespero, eles perguntaram o q houve e me ajudaram a achar o chip (com direito a uma lanterna e uma faca enorme pra puxar o chip do lugar que ele tinha caído kkkkk). Mais uma vez eu fiquei encantada com o povo boliviano! Mesmo com o conforto, não consegui dormir muito bem. Tenho dificuldades em dormir fora de casa . A viagem é longa e o caminho é muito tortuoso e dá um nervoso com as curvas. 05/04 - Chegando a Sucre Cheguei à Sucre às 7:00. Estava bem frio (5 graus) e eu estava extremamente cansada. A rodoviária e os arredores de Sucre são bem simples, e a rodoviária fica relativamente longe do centro histórico. Optei por pegar um táxi da rodoviária até o Airbnb que fiquei e a aventura começou. O táxi me custou 15 bolivianos e quando eu entrei eu dei uma bela risada. O banco do motorista era uma cadeira improvisada kkkkkkkkkkk. Talvez eu tenha pego um táxi irregular mas é assim que as memórias são construídas né kkkk Cheguei na minha hospedagem e peguei as chaves (minha reserva era pro dia 4 a 6/4). O Airbnb era uma delícia, muito fofinho, bem equipado e bem localizado. Tinha um mercado bem próximo e a Plaza de Armas ficava a duas quadras da hospedagem. Único ponto menos legal era que ficava no 3 andar de escada. Tomamos um café bem reforçado em casa e fomos passear. Conseguimos comprar o ticket do ônibus para o parque Cretáceo por 15 bob ida e volta para as 11:00. É o melhor horário para poder fazer o tour pelas pegadas com guia (12:00). Enquanto aguardávamos o ônibus, ficamos assistindo um desfile cultural sobre a inclusão de pessoas deficientes e atípicas na cultura boliviana nos arredores da praça. Foi muito lindo! Pegamos o ônibus para o parque Cretácio. Fomos no andar de cima para ver a cidade. Foi bem legal, o trajeto leva em média 15 a 20 minutos e chegamos no parque. Ele fica localizado ao lado de uma empresa de cimento e as pegadas ficam bem na parte onde eles extraem a pedra para fazer cimento (imagino que seja algum calcário). Aliás, as pegadas foram descobertas quando a extração de pedra teve início pela empresa. Ela foi a responsável por chamar os paleontólogos para verificarem e, depois, classificarem as especieis. Uma coisa que me preocupa um pouco é que a exploração continua ocorrendo ao redor das pegadas com máquinas pesadas e escavações. Não sei até que ponto pode influenciar e ocorrer mais desprendimento das parede com as pegadinhas. Aliás, apenas o lado direito da parede está habilitado para visitação (pegadas dos carnívoros e alguns herbívoros grandes). O lado esquerdo, onde tem mais pegadas de mais especieis está interditado por segurança (desmoronamento). O tour é muito legal, o guia explica as especieis de dinossauros que passaram por ali. O tour me custou 30 bob com a visita às pegadas incluídas. Retornei ao centro e fui almoçar (16:00). Não indico o restaurante que fui pq a comida não era muito gostosa e nos restaurantes locais o menu do dia já não estava mais servindo por causa do horário. Bom, segui para conhecer a Catedral Metropolitana, onde a visita ao terraço custa 15 bob. A vista é linda, é possível ver a cidade toda e andar pelos telhados da catedral é sensacional. A escada é bem difícil de subir e relativamente apertada. Senti dificuldades pra subir mas valeu a pena. Após passear mais um pouco, fomos trocar dinheiro. O câmbio em sucre não estava tão bom quanto em Santa Cruz, o máximo que encontrei lá no paralelo foi 1,90 e no oficial, 1,76. Aqui vale uma ressalva e uma dica: o câmbio paralelo em Sucre dá um certo medo, principalmente pq as pessoas te abordam e ficam bem em cima de vocês. Eu fiquei com um pouco de medo de trocar muita quantidade principalmente pq as notas eram extremamente velhas e rabiscadas. Ah, outro ponto importante: se atentem as notas que estão recebendo. Encontrei dificuldades para pagar uma compra em um mercado porque minha nota estava colada com durex (apenas uma parte). Então, sempre confiram o dinheiro e solicitem a troca caso recebam notas rasgadas, manchadas ou muito rabiscadas. Minha dica é que deem preferência para o câmbio em Santa Cruz. Eu fui fazendo picado: em Santa Cruz, Sucre e La Paz. 06/04 - Sucre Em nosso segundo dia em Sucre, iniciamos a exploração indo à rodoviária para comprar nossas passagens a Uyuni. No dia anterior (sábado) havíamos visto que quase todas as atividades culturais não funcionavam aos domingos e, por isso, decidimos ficar apenas 2 dias em sucre (5 e 6/4). Havíamos perguntando em um Hostel sobre os ônibus a Uyuni e o atendente informou que apenas duas empresas fazem o trajeto a partir de Sucre: Emperador ou 6 de outubro. Bom, fomos à rodoviária encontrar as benditas empresas. Fomos de ônibus e as linhas que passam na rodoviária são a A ou a 33, que passam na rua próximo ao mercado central. Se tiver dúvidas, pergunte sobre o ônibus ao Terminal de Buses, os bolivianos irão te explicar perfeitamente onde encontrar. E outro detalhe é que eles param em qualquer lugar na rua, basta fazer sinal para subir e falar “Parada/Bajar” ou algo do tipo para que o motorista pare para você descer. Peguei a 33 e me custou 2,40 bob. São chamados de Minibuses (quase uma van brasileira) e que andam com a porta aberta e de forma bem radical (correndo e buzinando o tempo todo). Nesse ônibus em especial, o motorista e a copiloto estavam com um neném acomodado na parte da frente (imagino que era filho de um deles ou dos dois), e situações como estas são bem comuns de se presenciar lá. Foi muito legal! Os ônibus são Pet friendly e as pessoas são extremamente educadas. Cedam o lugar aos idosos caso embarquem. Adorei ver a dinâmica das pessoas locais se movimentando em um domingo de manhã. Aqui vale uma nota muito importante: a rodoviária de Sucre é muito muito muito simples e percebi que tem muitas empresas com ônibus extremamente precários. A manutenção deles é feita na rua a céu aberto e de forma bem bem simples. Fiquei um pouco preocupada. Chegando lá, fomos no guichê da 6 de outubro e não havia atendente disponível (aguardamos por 15 min e nada). Daí, fomos no guichê da Emperador. Lá decidimos comprar a passagem das 21:30 em um ônibus semi leito (160 graus) por 120 bob (~60 reais). Sempre antes de fechar a passagem eu pedia para ver o ônibus (ou foto ou presencial), e assim o fiz. A atendente me mostrou e eu já fiquei meio “Hm, algo me diz que não é a melhor opção” mas fechei mesmo assim. spoiler: não era a melhor opção mesmo, mas isso vou contar já já. Com as passagens compradas, voltamos ao Centro para bater perna. Fomos conhecer a cafeteria Sucré que tinham gelatos lindíssimos e com uma cara deliciosa. Comprei um café, um croissant de pistache e depois um gelato. Uma delícia todos! O café me custou 10 ou 15 bob, o croissant foi 5 bob e o gelato foi 15 bob com duas bolas de sorvente. Peguei dos sabores Cofibrownie (café, Brownie e creme) e Tramontana (oreo, doce de leite e creme) - APENAS MARAVILHOSOS! Fui comer minhas delícias sentada em um banco da praça junto com muitas pessoas e famílias que curtiam o domingo. Eu fiz uma associação que os cariocas vão entender: a Plaza de Armas de Sucre é o Aterro do Flamengo aos domingos - todas as ruas no entorno estão fechadas para promover o lazer das pessoas que moram na região. Depois disso, fui conhecer a terraza da sede do governo departamental do distrito, que fica localizada em uma das esquinas da Plaza de armas. A entrada para a terraza custa 15 bob e você pode andar pelas dependências do local. Aqui vale uma nota também: todas as placas de identificação de salas, banheiros e etc, são na língua espanhola e em quechua. Eu amei isso! Achei muito rico e muito lindo! Saindo da Terraza, fomos conhecer o parque Simón Bolívar. Chegamos lá e encontramos a mesma vibe da Plaza de Armas: muitas famílias brincando, várias atividades rolando e muitas barraquinhas de comidinhas locais. O parque me lembrou a Quinta da Boa Vista aos finais de semana. Todas as praças da Bolívia são extremamente bem cuidadas e bem conservadas. As plantas são muito bem cuidadas, não tem lixo espalhado e são bem policiadas. Um único ponto é que tem muitos pombos kkkkkkk eles tem costume de alimentar nas praças e isso ajuda a ter uma população bem grande desses animais. Eu quis muito subir na torre Eiffel da praça mas fiquei com medo. Subi até o primeiro patamar, com bastante dificuldade pq é muito estreita e logo desci. Aquele troço mexe muito e tinham muitas pessoas em cima. Achei melhor evitar subir kkkk Alugamos outro Airbnb para podermos nos arrumar antes da aventura rumo a Uyuni e o tão esperado Salar, mas que eu não recomendo muito. Ele era bem localizado mas era um pequeno cativeiro sem janelas e com muitos pontos negativos. Pelo menos nos atendeu em ter 1 chuveiro quente (elétrico) e um mini fogão para cozinharmos uma breve jantinha (macarrão à la moda rapidez - molho vermelho e um sonho). Saímos da casa por volta das 19:30 e fomos tomar um café na cafeteria Metrô, localizada na Plaza de armas também. Essa aqui vale muito a recomendação! Peçam o café nativo da Bolívia. Ele é sensacional! O ambiente é muito aconchegante e com espaço para poder entrar com mochilas e malas. Nota 10/10. Saindo da cafeteria, pegamos um táxi rumo ao terminal que nos custou 15 bob. Chegamos no terminal e compramos o ticket de uso terminal (2,5 bob). Todos os terminais da Bolívia tem essa taxa para pagar que variam de 2 a 2,5 bob. Os guichês oficiais ficam localizados com identificação de “Uso terminal”. Sentamos e aguardamos o horário de 21:00 para nos direcionarmos a plataforma. Aqui o filho chora e a mãe não vê. Depois de um atraso de um pouco mais de 30 min, o ônibus chegou a plataforma. Ele era o que eu mais temia: pavoroso e completamente precário. Vocês se lembram que eu falei do pressentimento sobre o ônibus né! Eu não estava errada kkkkkkk Entrei no ônibus (obs.: cor verde) e foi só ladeira abaixo. Os bancos era velhos e sujos, as janelas estavam todas remendadas nas frestas com fita durex (sim, durex) e não consegui encontrar o cinto de segurança. Infelizmente eu não tenho nenhuma foto desses pequenos grandes detalhes pq fiquei nervosa pensando “ainda bem que eu tenho seguro viagem e meu corpo irá chegar no Brasil caso eu morra”. Trágica? Um pouco. Mas antes da viagem li algumas reportagens sobre acidentes com ônibus na Bolívia e fiquei com medo nesse dia. Eu não desisti e continuei no ônibus apesar dos pesares. Uma moça estava colocando mais fita adesiva na janela para que não entrasse vento gelado em cima da filha pequena dela q estava sentada a minha frente. Aproveitei o ensejo do improviso e perguntei se a 6 de outubro era melhor que a Emperador e ela me disse tranquilamente “Não, as duas são iguais” kkkkkk Ela apenas me deu uma informação que eu acho que seja valiosa para cá: se o ônibus da Emperador for o Verde é sinônimo de perrengue. É o ônibus mais velho deles é o pior. Se for o azul, ok. Da 6 de outubro ela não me deu mais informações. Nenhum dos ônibus até esse momento eu precisei colocar a bagagem no bagageiro. Eu coloquei ela em cima do apoio de pés e serviu como um suporte para que ficasse quase uma cama. Para mim, essa forma foi menos desconfortável de viajar. Outras coisas foram acontecendo durante a viagem até Uyuni. Algumas pessoas entraram no ônibus mesmo que não houvesse mais lugar vago e se acomodaram sentadas no chão ou na escada (era um ônibus de 2 andares e eu fui no 1 andar). Essas pessoas desceram em Potosí (3 ou 4 horas de sucre) e fiquei bem preocupada com o bem estar delas. É uma viagem desconfortável por conta das estradas sinuosas e também pq eles estavam sentados no chão né?! Bom, eu dormi pouco e não via a hora de chegar ao Uyuni. 07/04 - Uyuni O ônibus chegou em Uyuni às 5:30 mais ou menos e a mesma moça que estava colocando a fita adesiva na janela me deu uma dica de cafeteria para ficar até que as agências abrissem, como também uma agência chamada Uyuni Trans Andino. O nome da cafeteria era Nonis (basta pesquisar no maps como Nonis Breakfast). Ótima, recomendo muito! Tomamos café da manhã lá e ficamos aguardando até as 7:30 (hora que as agências abrem). Pela manhã já não estava me sentindo muito bem. Acho que era o cansaço acumulado e a falta de sono (não dormi no ônibus, apenas breves cochiladas). Estava com bastante dor nos olhos e no nariz. Tomei o remédio para o mal de altitude e segui o dia aos trancos e barrancos. Deu para viver mas não em plenitude kkkk. Esse remédio eu comprei em Sucre numa farmácia e pedi por “Medicamento para soroche” ele tem paracetamol, cafeína e acetazolamida. O que eu comprei se chama “Punacap” (40 bob). Na cafeteria, gastei uns 20 bob com café e queijo quente, que estavam uma delícia. Aproveitei e pedi indicação de agências boas por ali e recebi dois nomes: Kantuta Tours e Andes Salt. Quando saímos da cafeteria essas duas estavam fechadas e, por isso, optamos por ir na Uyuni Trans Andino. Bem, lá encontramos a moça do ônibus e ela era a gerente da loja (🙃). A princípio queríamos o tour de 2 dias para podermos ver o céu do salar durante a noite mas logo que explicaram o tour, fiquei um pouco decepcionada. Em todas as agências que fomos, o tour de 2 dias fazia um caminho bem diferente do tour de 3 e 4 dias. Basicamente o deslocamento do 1 dia era para o Salar e no segundo, para as lagunas a direto do mapa de Uyuni junto com as águas termais, e o pernoite era na própria cidade de Uyuni. Encontramos valores para esse tour de 350 a 500 bob. Nota importante: queríamos ver o céu estrelado e quase caímos em uma armadilha. Na semana do dia 07/4 a lua estava cheia e, nessa fase, é muito difícil ver as constelações pq a luz da lua é muito forte. Quase fechamos esse tour com duas agências antes de uma alma bondosa nos explicar que não seria a melhor opção porque não era garantido devido a fase da lua. Outro ponto também é que são passeios pagos a parte. Ou seja: 1 valor para o Salar e 1 valor para a noite estrelada. Eles justificam que é pq exige um fotógrafo profissional. Em geral o passeio da noite estrelada custava 500 a 650 bob, com saídas as 3 da manhã. Bom, antes de fecharmos com a Trans Andino, fomos na Kantuta e na Andes. Ambas estavam esgotadas (era 8:30 da manhã). Como já estávamos cansadas de pesquisar, fomos na Trans andino e fechamos um tour de 1 dia por 250 Bob. O passeio saia às 10:30. Tour 1 dia no Salar: O passeio tem início na agência, onde o motorista nos buscou com uma 4x4 não muito conservada para o tour. Essa foi minha primeira impressão. Nota 1: prestem atenção que eu estou escrevendo motorista, não guia. A agência forneceu botas para andar no salar e elas estavam bem limpinhas mas eu levei protetores de chuva que comprei no mercado livre pq estava com medo de pegar bicho de pé. Bom, mesmo assim eu informei o número da bota e a agência me deu. Vai que, né? Nosso tour tinham 6 passageiros + 1 motorista (chamado de chofer). 2 britânicos e mais dois que iam nos encontrar no cemitério de trens. A primeira parada foi o cemitério de trens que, ao meu ver, é um ponto completamente dispensável. Achei muito sem graça apesar da história bacana que o chofer nos contou brevemente. Ficamos ali por 1 hora aguardando os 2 últimos passageiros a chegarem. Dali seguimos para o vilarejo de Colchani para aprender sobre o processo de extração e beneficiamento do sal. A todo momento enquanto passávamos por dentro da cidade o chofer não falava 1 palavra. Nem uma palhinha da história do local e etc. Eu, como sou uma pessoa curiosa, fui perguntando as coisas de acordo com o que eu observava. Por exemplo, todas as casas tinham uma borboleta ou um ramo de plantas penduradas no portão, com cores muito vivas. Aquilo me despertou curiosidade e eu perguntei ao chofer sobre aquilo. Ele me explicou que era resquício do carnaval boliviano e uma tradição a pachamama para trazer prosperidade. Bom, chegando em Colchani, conhecemos o processo do sal do Uyuni e depois fomos ver a feirinha. É bacana ver os artesanatos feitos com o sal de lá e aproveitei para comprar uma lhaminha de sal para recordação (10 bob). Continuamos o tour e agora rumo ao Salar propriamente dito. De longe era possível ver a imensidão daquele lugar e o efeito espelhado desde a estrada. Não tem câmera que consiga pegar a beleza de ver pessoalmente. Vou compartilhar algumas fotos aqui mas é surreal! O carro se movimenta bem devagar pelo salar, chega a ser angustiante. Foi possível ver que tinha muita água sobre o sal e que minhas botinhas do mercado livre não iam aguentar o tranco. Tive que ceder a minha neura do bicho de pé e colocar a bota da agência 🥲. Obs.: essa parte do relato estou escrevendo do dia 13/04 e até agora meu pé está normal, sem sinal de pereba kkkkk A primeira parada no salar foi no hotel de sal onde fizemos um almoço bem simples fornecido pela empresa: para os vegetarianos era uma omelete de lentilha e para os não vegetarianos uma carne de boi. O acompanhamento era salada de legumes e quinoa (como o arroz). Olhando as refeições das outras agências, o nosso era o mais simplório. Do almoço, seguimos para as fotos espelhadas e já eram umas 15:30/16:00. Nesse horário, o sol estava em direção ao poente e as nuvens também e por isso, o efeito espelhado das nuvens e montanhas não era tão evidente. Percebi que a melhor hora para ver o efeito é pela manhã ou próximo ao 12:00, pois o efeito é intensificado. Já nas esculturas de sal, foi possível ver mais o efeito pq o sol estava a poente e nós nos movimentamos para ficarmos a favor do sol. Tiramos algumas fotos em grupo e gravamos um vídeo com várias posições. Seguimos para o final do tour, com o lanche da tarde (vinho e petisco) vendo o pôr do sol. Foi sensacional. Como eu disse, é lindo demais ver o Salar pessoalmente. Retornamos a cidade de Uyuni às 19:30 e fomos para o terminal. obs.: esse casaco corta vento impermeável me salvou. Comprei na Decathlon e não me arrependo. Venta bastante no Salar e ele me ajudou a não surtar com o clima kkkkk Minhas considerações sobre o passeio: não me arrependo do tour de 1 dia para o pouco tempo que tinha e (spoiler) aproveitei muito La Paz com mais tempo. O passeio em si é muito cansativo por conta dos deslocamentos entre pontos de observação. Em geral, 10/10. A próxima experiência que eu gostaria de ter é com o salar seco e com visita às ilhas, lagunas e geysers. Minhas considerações sobre a empresa: não recomendo a empresa que contratei. O carro era bem precário (tinha horas que ele demorava a ligar e eu ficava até com medo de parar de funcionar real) e o almoço foi ok. O que mais me pegou foi o chofer. Ele não explicava nada, passava o tempo quase todo em silencio e só respondia quando alguém perguntava algo. Para mim, foi basicamente contratar um táxi compartilhado pra fazer o circuito. Sobre a Kantuta e a Andes: pelo que percebi, todos os carros de ambas as empresas era muito bons e novos. A Andes tinha muito mais turistas europeus e americanos e a Kantuta variáveis. Acho que se houver uma próxima vez no salar, vou tentar uma dessas para o passeio de 3 ou 4 dias. Terminal Uyuni - La Paz: Havia perguntado quais eram as melhores empresas para fazer esse percurso a uma pessoa local e ela me indicou duas: Titicaca e Panasur. Chegando na rodoviária, compramos nossa passagem na empresa Titicaca por 140 bob para o ônibus das 21:30 com destino a La Paz (era 150 mas a moça fez por 140 sem nem eu pedir desconto). Antes, pedi foto do ônibus e a atendente me mostrou: bancos de corino, com cortininhas separando os assentos e na configuração. Obs.: O full cama da Titicaca era 220 Bobs e virava uma cama mesmo. A Panasur custava 100 bob mas não gostei muito das fotos do ônibus (me lembrou o tão temido Emperador Verde, com bancos de tecido com aparência não muito amigável). Já tinha visto comentários bacanas sobre a Titicaca e resolvi experimentar. Não era possível que seria pior que a Emperador (verde) né? Pontualmente as 21:30 o ônibus saiu e ele era impecável. Super novo, com cinto de segurança, recebemos um snack (água e bolinho tipo Ana maria) e um cobertor. Quase premium né? Eu apaguei. Para quem não conseguia dormir muito bem no ônibus eu hibernei. Era o cansaço. 08/04 - La Paz Chegamos em La Paz às 5:50 da manhã. O ônibus foi bem rápido e eu descansei bastante. Eu não havia reservado hotel em La Paz pq meu queria fazer uma viagem mais do tipo “vou na hora que eu quiser” sem muitas amarras. Bem, como estávamos a quase 2 dias sem tomar banho (brasileiro chora sem banho, né), pesquisamos e reservamos um quarto em um Hostal chamado “Posada de La Abuela”, no centro histórico de La Paz, em frente a uma das entradas da rua das bruxas. Gente, juro. Chegamos e fomos direto ao hotel. A recepcionista fez nosso check in antecipado mediante ao pagamento de meia diária (90 bob) e o total para os dias 8 a 10/4 foi de 508 bob, com direito ao café da manhã daquele dia. Mais do que merecido. Entramos no quarto, tomamos banho e as 7:40 tomamos café da manhã. Sobre essa acomodação: ela foi ótima para os dias em La Paz. Ela é no centro histórico, no umbigo dos pontos principais pra conhecer, é muito aconchegante e vale a pena. Tenho apenas 2 pontos não muito legais: o banheiro tinha não tinha rebaixamento e o teto já era o telhado (com telhas transparentes para entrada de luz). Isso deixava o banheiro muito frio e não isolava o barulho externos dos pombos fazendo guruguru no telhado. O outro era que o box era com cortina de plástico e relativamente pequeno. Como o chuveiro tinha muita pressão, a água batia na cortina e ia para fora do box, molhando todo o banheiro. Tivemos que pedir algumas toalhas para pés extras pra secar o chão. Gente, eu amei La Paz. Eu estava com poucas expectativas para a cidade mas eu me surpreendi demais. No dia 8/4 conheci o centro histórico e fiz um tour guiado na Basilica Menor de São Francisco. Infelizmente não é possível tirar fotos do interior mas foi muito lindo e legal. É um tour de 1 hora e meia mais ou menos por quase todos os ambientes da basilica, incluindo telhados e subida na cúpula maior. É possível ver as pinturas indígenas retratando o catolicismo aos olhos dos nativos e a história dos Franciscanos. O tour guiado custou 40 bob. A arquitetura da igreja mistura elementos católicos e também da cultura indígena como a pachamama dando a luz e outros símbolos lindos. Dali, seguimos para o teleférico. Eu estava igual criança pq uma das coisas da minha lista de desejos era andar em várias linhas de teleféricos de La Paz. Optamos por pegar a linha vermelha (teleférico rojo) que é o central. Nessa estação tem alguns vagões de trem antigos da época que tentaram implementar o transporte a trem em La Paz, que não deu muito certo por conta do terreno da região. Nesses vagões funcionam restaurantes e, em um deles, tinha uma pizzaria muito atraente. Fomos lá comer uma pizza da região. Sensacional! Muito gostava mesmo! Vale a experiência! Dali seguimos para o teleférico. Começou a chover um pouco, o tempo estava bem instável. Uma hora sol e outra chuva. Mais uma vez meu casaco da Decathlon me salvou. Comprei apenas um cartão para abastecer com o valor da passagem. O cartão custa 30 bob mas vem com 15 dinheiros de crédito pra usar. Não tem problema usar com mais de uma pessoa. O cartão é um charme, o que eu recebi tinha uma pintura do Van Gogh. Pegamos a linha vermelha e fomos até o ponto final que era em El Alto, com um mirador com a marca de 4060 m de altitude. É bizarramente bizarro ver como que os teleféricos funcionam. Um atrás do outro, todo tempo, rápidos e muito legais. Fizemos baldeação com a linha verde e depois na amarela para descer na estação Sapocachi. Recebemos a dica desse bairro de um casal que fez o tour com a gente no Salar. Eles disseram que era um bairro bem legal para conhecer. Bom, de fato era. Depois pesquisando descobri que era um bairro de classe média alta e associei o que eu vi com o que eu li. Era muito bonito para conhecer mas eu gosto mesmo é da parte histórica. La tinha um mirador muito bonito e ficamos passeando por lá. Os bolivianos são muito namoradores kkkkkkkk todas as praças tinham casais de várias idades namorando. Eu achei super fofinho. Além disso, foi bem comum de ver pessoas apenas sentadas nos bancos das praças apreciando o momento/vista/descansando. Vi isso em todas as praças que eu visitei nos bairros de la paz. Desde os mais centrais aos mais periféricos, não era algo restrito ao de bairros nobres. Eu moro em cidade grande e ficar numa praça parado, namorando ou apenas vendo a vista é sinônimo de pedir para ser assaltado (triste). Paramos para comer em um fast-food de frango, tipo o KFC. Eu sou vegetariana e tinha um hambúrguer de quinoa com abacate (eu fiquei apaixonada por quinoa nessa viagem). Eu adorei! Eu sou chata pra comer mas nessa viagem eu me impulsionei a experimentar coisas diferentes e novas. Para voltar para a Plaza Maior de São Francisco, pegamos um mini bus qualquer de 2,40 e sempre perguntávamos se passava no local ou próximo do local que queríamos ir. Deu certo o tempo todo e quando tínhamos dúvidas, todas as pessoas tinham uma paciência para explicar como chegar ou qual transporte pegar. Eu ❤️ bolivianos. Nesse dia eu fui conhecer o Mercado das Bruxas. Eu vi tantos vídeos sobre La Paz que eu estava com uma expectativa de ser bem maior do que realmente era. Me decepcionei um pouco com o tamanho mas foi bem legal de ver. Eu imaginava que as lojas das “Bruxas” eram apenas dedicadas aos rituais da cultura mas é uma mistura de loja de souvenires e itens religiosos. Foi legal mas confesso que não foi super legal. Fiquei passeando no centro e vendo as coisas. Eu faço coleção de blusas de lugares que visito e com a Bolívia não seria diferente. Entrei em um beco e encontrei uma senhora muito simpática. Comprei na lojinha dela um pratinho decorativo e nunca mais esqueci a senhorinha. Decidi voltar no dia seguinte para comprar algo mais com ela pq fui muito com a cara dela. Nesse dia encontrei uma loja com uma blusa linda e ela estava 90 Bobs. Consegui pechinchar duas por 160 e sai super feliz. No dia seguinte, voltei ao beco da velhinha e fui até o final. La eu encontrei a mesma blusa que comprei por 160 (duas) por 55 cada kkkkkkkkk eu chorei mas vida que segue. A loja fica ao lado de uma galeria de souvenires, com uma entrada bem simples e sem nome. 09/4 - La Paz dia 2: vale de La Luna e passeios aleatórios No dia 9/4 iniciamos o dia indo no terminal para comprarmos as passagens para Copacabana para irmos no dia 10/4. No meu planejamento inicial tinha a vista e pernoite em Copacabana mas, em decorrência das alterações de voos e outros problemas, tive que enxugar e tirar esse destino da lista. Acabou que, quando chegamos a La Paz no dia 8/4, eu fui ver no terminal quais eram as empresas que faziam o serviço de La Paz para Cusco e apenas 1, que era a Trans Salvador, fazia o itinerário. Ela saía às 7:30 da manhã de La Paz e chegava às 21:30 em Cusco. Eu desconsiderei completamente pq seria um dia inteiro perdido dentro de um ônibus. Daí, tendo em vista a falta de opção, retornei com a ideia de ir à Copacabana e de lá ir para Cusco direto (ia ver na hora se tinha empresas lá em copa) ou fazer o roteiro sola indo até Kasani (imigração), depois Puno e de Puno a Cusco. Eu havia pesquisado ônibus locais que faziam a rota La Paz - Copa, e vi que saiam do cemitério. Mas algo me disse pra ir e comprar no terminal. Fui lá, comprei na empresa Titicaca para o dia 10/4 às 8:15 por 40 bob. Saímos da rodoviária e fomos procurar o ônibus para o Vale de La Luna. Perguntando as pessoas na rua e eles explicaram que o ônibus para ir para o Vale é o que vai para Mallasa (se pronuncia Malhasa) na rua acima do Terminal (rua Ruta Nacional 3). Encontrei uma Fanta de Mamão papaia e comprei pra experimentar. Gostei a beça lkkkkkkk tem gosto de fini. Pegamos o mini bus (3 bob) e fomos para o Vale. Demorou uns 40 minutos +- até chegar no local pq é bem afastado do centro e o trânsito na Bolívia não é fácil. O motorista nos deixou na frente do Vale e entramos. A entrada custou 15 ou 20 bob, não lembro. O vale é muito lindo. A formação das pedras é lindíssima e muito interessante de ver. Você faz o percurso sozinho apenas seguindo as placas indicativas. É bem cansativo, principalmente por causa da altitude mas vale a pena. Para voltar ao centro, ficamos posicionadas do lado oposto onde descemos e esperamos um mini bus por menos de 10 minutos. O motorista interrompeu o trajeto no parque La Flórida dizendo que não ia continuar o percursos por conta de bloqueios no centro. Na hora não tinha entendido e associei a questão de ser um transporte irregular (aparentemente os mini buses parecem um carro comum com placas de destino colocadas no pára-brisa, sem nenhum tipo de regularização). Bom, descemos e vi no mapa que tinha uma estação de teleférico na região. Perguntei a uma pessoa na rua que me indicou a direção e fui. Voltamos para o centro de teleférico e descemos em Sapocachi novamente. Descemos lá pq já sabíamos onde pegávamos o mini bus que deixaria próximo ao nosso hostal. Dai começamos a ver algumas coisas estranhas. Tinham muitas pessoas nas ruas, muitas mesmos. Já eram umas 16:30/17:00 e eu imaginei que fosse a saída do trabalho. Mas outra coisa também me deixou meio abismada: quase não tinham minibuses e os que passavam, estavam lotados e não paravam. Daí veio a minha cabeça a questão do bloqueio. Como antes de chegar em La Paz eu fiquei hospedada em Airbnb, nenhum deles tinha TV com sinal aberto para ver jornal. Apenas conexão com YouTube/netflix/ etc. Isso eu senti muita falta nos Airbnbs pq eu amo ver jornal local quando viajo. Bom, quando chegamos em La Paz na Abuela, a primeira coisa que eu fiz foi ligar a TV para ver se tinha sinal de tv aberta. Para minha felicidade, tinha! No dia 8/4 e na manhã do dia 9/4 eu fiquei ouvindo a tv enquanto me arrumava e constantemente passavam reportagens sobre o aumento dos preços dos alimentos e etc. De fato, os alimentos no mercado estavam bem caros. Uma coisa que me assustou, que não era alimento, era o preço do sabonete. Uma barra de sabonete de corpo da Lux estava 8 bob. A princípio, nem me liguei muito em prestar atenção pq no Brasil a gente está passando por isso tbm então as coisas passam meio batido né, por mais que não deveriam. Esse detalhe acima era importante mencionar para o contexto dos minibuses. Bom, tentamos a todo custo pegar algum transporte para o centro e até mesmo os táxis rejeitavam quando falávamos “Plaza San Francisco”. Isso foi deixando a gente preocupada e pensando “o tal bloqueio deve ser lá e deve estar tendo manifestação”. No tour da basilica, o guia disse que aquela praça em frente à igreja era a mais importante em contextos de manifestações, passeatas e eventos em la paz. Daí fizemos essa associação. Depois de um tempo, conseguimos pegar um táxi para a estação Sapocachi pq conseguiríamos voltar de teleférico pro hostal também. Quando entramos, perguntamos se ele nos levaria à praça São Francisco e ele topou. Bom, no caminho só tinham taxis na rua e muitas MUITAS MUITAS pessoas na rua também. Eu, curiosa novamente, perguntei ao motorista se aquela quantidade de pessoas era normal e ele me explicou que estava nenhum mini bus estava funcionando por protesto a alta de preços dos alimentos da cesta básica. Todo sentido né? Beleza, descemos na praça e estava um mar de gente. Turistas e trabalhadores todos na rua. Fomos ao hostal descansar e eu liguei a TV. Daí que começou a rede de informações fazer sentido. Era um bloqueio dos próprios motoristas dos minibuses contra o congelamento das passagens em 2 bob (diminuindo de 2,40 pra 2) e sobre a alta de preços dos alimentos da cesta básica. Teve bloqueio, manifestação e briga entre motoristas que aderiram e outros que não queriam aderir ao movimento. Por isso que o mini bus do Vale não seguiu caminho até o centro. Bom, ficamos vendo TV e fomos dormir. 10/4 - La Paz - Copacabana No dia seguinte acordamos cedo para fazer o check out e tentar tomar um cafezinho antes de sair. Quando colocamos o pé na rua não tinha 1 viva alma. Pensei o que “ok né, está bem cedo (7:15) e as pessoas estão saindo agora pra ir trabalhar”. Quando chegamos na rua principal, em frente à praça de São Francisco, não tinha quase carro na rua (nem táxis nem minibuses). Por sorte, veio um táxi e pegamos. Nossa mochila esta bem pesada para subir as ladeiras de La Paz. Chegando no terminal, fui ao guichê da Titicaca e me deparei com uma rodinha de pessoas ao redor do atendente, que estava com uma cara não muito boa. Eles falam muito rápido e acabam misturando quechua com espanhol, tornando mais difícil de entender o que estava sendo dito. A única coisa que consegui entender era que não estavam deixando o ônibus voltar de copa mas que pra ir, estava dando. Na hora eu me liguei e pensei “Putz, a parada de ontem”. Sentei e fui pesquisar. Os choferes (motoristas de minibuses) de la paz tinham decretado bloqueios em todas as vias de acesso a região a partir de 00:00 do dia 10/4. Pronto, na hora eu pensei “vou ficar presa”. Bom, 8:15 o atendente chamou os passageiros para embarcarem pra copa. Depois de todos embarcarem, ele solicitou, com a mesma cara de preocupado, que todas as cortinas das janelas fossem fechadas. Ai eu fui ficando apreensiva. Imaginei que aquilo fosse um indicativo da gente estar saindo de forma irregular da região, para não sermos parados pelos bloqueios devido à presença de passageiros. Gente, foram minutos de tensão. Quando o ônibus chegou em uma rodovia grande e diminuiu a velocidade, eu olhei pra frente e vi aquele mundo de gente parada na rodovia e os policiais com aquele uniforme de tropa de choque fazendo uma barreira para que os veículos passassem por uma única faixa. A passagem pelos bloqueios durou cerca de 1 h desde o centro de La Paz e o motorista do nosso ônibus foi fazendo caminhos alternativos por dentro de bairros para poder evitar os pontos. Bom, dessa forma conseguimos passar e seguir viagem. Eu acabei dormindo e só acordei quando o ônibus estava passando próximo ao Titicaca e, logo logo, na travessia em San Pablo de Tiquina. Temos que descer do ônibus e pagar uma taxa de 2 bob para atravessar o estreito de barquinho. O ônibus vem logo atrás. Enquanto aguardava o ônibus fazer a passagem pelo lago, fui em uma lojinha para comprar uns snacks e uma Coca Quina, produtos 100% boliviano para trazer para o Brasil. O ônibus chegou e logo fomos continuar nossa viagem por terra. Anteriormente eu havia pesquisado no tickets bolívia sobre o trajeto Copacabana - Cusco e apenas uma empresa apareceu no site: a Transzela. Bom, ao chegar em Copa, o ônibus para em uma rua próximo ao lago e em frente a loja da Titicaca. Quando desembarcamos, vi um banner na frente da loja com anúncio de passagem para Cusco com saída as 18:00. Pensei "Bom, o trajeto Uyuni - La Paz foi muito bom pela Titicaca e eu não conheço a Transzela. Vou comprar logo aqui". Fui e comprei por 120 BOB. Deixei as mochilas pesadas na loja e fui almoçar. Encontramos um restaurante muito legal com as mesas em um jardim e uma atmosfera tranquila, maior paz. Escolhemos almoçar nele e eu pedi um menu do dia que me custou 30 BOB e um refrigerante Inka Kola. Valeu super a pena! Não me lembro o nome do restaurante mas ele fica na rua da loja da Titicaca, onde todo mundo desembarca. Terminamos o almoço e fomos para o Cerro do Calvário. Para chegar no cerro, basta perguntar alguém do local que eles irão explicar. O acesso é fácil, é só seguir uma rua (que é uma subida) até encontrar um largo com uma igreja bem grande. A entrada do cerro é sinalizada com um arco (coloquei a foto aqui). Aí aqui começa a subida. Existe uma tradição de ir subindo o cerro e colocado pedrinhas em cada parada mas eu acabei esquecendo Bom, o caminho é bem pesado afinal, lá no cume do monte chega a 4 mil metros de altitude e é uma subida bem íngreme e toda de pedra. Requer muita atenção e disposição para subir. Minha dica é: sempre façam pausas e levem água. Subir o cerro foi bem difícil para mim, principalmente porque sou extremamente sedentária, mas no final eu consegui chegar até o topo. É lindo e vale muito a pena. Enquanto estive lá, observei que muitas barraquinhas de bugiganga estavam fechadas. Perguntei a um casal de vendedores o porque estava tão vazio lá e eles me explicaram que os dias que ficam cheios são aos sábados e domingos. Bom, a vista é sensacional! Você consegue ver toda a imensidão do lago, consegue ver toda a cidade de cima e a Ilha do Sol. Bom, apreciamos a vista e começamos a descida. Chegamos na rua da loja Titicaca as 15:30. Eu queria muito conhecer a igreja de Copacabana mas estava muito cansada e o tempo era curto. Foi solicitado que nós estivéssemos na loja para pegar o ônibus às 17:00. Então, fomos conhecer o lago. Eu queria muito molhar a mão nas águas do Titicaca mas tive um péssimo impeditivo: na região próxima a orla há despejo de esgoto :(. Normalmente, regiões de docas de embarcações são sempre mais sujinhas mas eu não esperava que tivesse esgoto sendo despejado ali direto da cidade. Fiquei bem triste. Daí eu pensei "ah, não vou poder molhar a mão mas quero andar de pedalinho". Alugamos um pedalinho por 30 BOB por 30 minutos. Aproveitamos um pouco o passeio com o pedalinho até uma área que não estava tão suja e logo retornamos para terra firme. Fomos comprar algumas coisas para fazer um lanche no ônibus e fomos para a loja às 17:00. Lá, recebemos a informação que teríamos que preencher o formulário da alfandega. É o mesmo formulário de entrada só que esse nós colocamos as informações de saída e tudo o mais. Aqui começa uma parte bem importante: fomos direcionados pela moça da loja da Titicaca até a loja da Transzela. Chegando lá descobrimos que a Titicaca vende as passagem para Cusco mas quem faz o transporte é a Transzela kkkkkkkkkkkkkkk. No final das contas, meu pensamento de ir de Titicaca caiu por terra. Daí fomos descobrindo muitas coisas que não foram faladas. Como nós compramos a passagem pela Titi (vou apelidar para facilitar), teríamos que descer do ônibus em Puno e ir no stand da Titi para trocar nossas passagens e aguardar o próximo ônibus para Cusco. Ou seja, uma belíssima baldeação kkkkkk. Ok, fazer o que né. Experiências, pelo menos estou compartilhando por aqui. Descobrimos que se tivéssemos comprado pela Transzela não seria necessário fazer essa baldeação. Apenas ficariamos um tempo parados em Puno sem troca de ônibus. Ah, mas ai eu pensei "imagina se os ônibus da Transzela são ruins? Pelo menos é um livramento de um Emperador Verde novamente". Não era 😵💫. O ônibus da Transzela é ótimo! É confortável, novo e a empresa é bem organizada (etiquetam as bagagens, orientam o preenchimento do formulário e tudo mais). Bom, aprendizados. Uma outra coisa é que fomos as últimas a embarcar porque, como iriamos descer em Puno, nossas bagagens teriam que ser as últimas para facilitar. Nisso, ficamos em pé do lado de fora do ônibus até umas 15 para as 18:00. Dica: se você for de Copa para Cusco, compre as passagens direto com a Transzela. A loja fica na rua 6 de Julio que é uma rua principal da cidade, pertinho da loja da Titicaca. Embarcamos rumo a Kasani para fazer a imigração, que é a uns 40 minutos de Copacabana. Chegando lá é necessário que a gente desembarque e faça a travessia para o Peru a pé. É um trajeto rápido. Primeiro você passa na casinha da imigração boliviana, apresenta seu passaporte e tira a foto de saída. Em seguida você vai em outra casinha onde tem um homem que vai ler o QR code do formulário da aduanda. Daí você segue o fluxo para cruzar a fronteira até o Peru. É só andar reto que você vai ver a placa do Peru e a casinha da imigração Peruana. Lá você irá passar por um agente que poderá ou não fazer as perguntas de imigração. Não me fizeram nenhuma pergunta mas minha amiga foi perguntada. É tranquilo, nada demais. Ali eles irão carimbar o passaporte e colocar o nº de dias que você tem permissão de ficar no país. Eu recebi 90 dias mas um brasileiro que estava com a gente no ônibus recebeu 30. O companheiro dele recebeu 90 dias então eu acho que não tem um critério. 10/04 - Chegando à Puno: Embarcamos novamente no ônibus rumo a Puno. Chegando lá, infelizmente tivemos que desembarcar :(. Bom, a rodoviária de Puno é beeeeem cheia. Chegamos lá por volta de 21:00 e tinham muitas pessoas. Encontramos o guichê da Titi e fomos surpreendidas novamente kkkkkkk. A empresa que iria fazer o transporte até Cusco era outra. O nome era Trans Salvador ou só Salvador. Bom, como eu disse anteriormente: aprendizados kkkkkkkkkk. Fomos trocar dinheiro ali no terminal porque só tinhamos BOB ou reais. Ali foi nosso primeiro baque: a cotação de real para soles era 0,51. KKKKKKKKKKKKKKK tudo que eu fui feliz na Bolívia eu comecei a ser triste no Peru. Eu já sabia que o câmbio era desvalorizado mas poxa, podia ser menos né? Trocamos pouco dinheiro, 50 soles para cada uma (+- 100 reais) mas o suficiente para poder ir ao banheiro (0,50 centimos) e pagar a taxa do terminal (2 soles, eu acho), e ainda ficar com um dinheirinho para emergências. Aguardamos e fomos pegar o segundo ônibus. Bom, já começou mal: atraso na chegada do ônibus. Só passou pela minha cabeça a estrofe da música Exile da Taylor Swift "I think I've seen this film before and I didn't like the ending". E de fato, eu não gostei do fim. O ônibus chegou e era uma versão peruana do pavoroso Emperador Verde kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Que lástima. Quando entramos no ônibus eu já senti o primeiro baque: o banco velho que só e com partes rasgadas e pessoas alocadas até nas escadas. Pelo menos tinha cinto de segurança e as janelas não estavam com durex. Só quem viveu sabe Bom, com o atraso, saímos de Puno lá pelas 22:30. Estávamos sem chip Peruano. Eu dormi aos trancos e barrancos até chegar em Cusco. 11/04 - Cusco - dia 1: Chegando lá, desembarcamos na rodoviária e pegamos um táxi até nossa hospedagem. Em Cusco eu achei as pousadas e hotéis extremamente caros e acabei fechando um Airbnb. Antes de fechar, eu olhava a rua no maps para saber se era subida ou não. Meu pré requisito era ser próximo a Plaza Mayor e não ser em uma rua com morreba. Reservei uma hospedagem que era um quarto simples na rua Santa Catalina Ancha, quase na esquina com o hotel JW. Marriot. Pelas fotos, a hospedagem era Ok. Simples e bem localizada, com comentários ok e estava em uma rua plana, por um preço acessível (3 diárias por R$418,95). Perfeito né? Não, nem tudo. Não recomendo a estadia por motivos de: 1) chuveiro não funcionar nem por uma desgraça com água quente. Foram 2 dias tomando banho com água levemente fria sendo que estava fazendo 5/7 graus. O chuveiro oficial não esquentava e o chuveiro backup era elétrico (um lorenzetti) que nem com a torneira quase fechada ele esquentava. O táxi nos custou 20 soles e fomos direto para a Plaza Mayor tomar café da manhã. Eram 7:30 e estávamos morrendo de fome. Encontramos um restaurante chamado Mr. Cuy (depois que vi que ele era famosinho nas redes sociais) e pedimos um café da manhã continental que nos custou 15 soles. Vinha: 1 suco (mamão ou abacaxi), 1 café, 2 pães, manteiga, queijo e ovo. Aproveitamos e pegamos a senha do wifi para nos comunicarmos com nossas famílias: todas desesperadas porque não dávamos notícias desde 14:00 do dia anterior pois nossa internet boliviana tinha acabado. Ficamos fazendo hora no restaurante porque descobrimos que todas as lojas só abriam as 09:00. Ficamos aguardando a anfitriã do airbnb poder receber as bagagens para que nós pudéssemos resolver as coisas andando pelo centro com mais conforto (sem os mochilões). Deixamos as coisas lá e fomos procurar o chip e trocar dinheiro. Nisso, passando pela plaza mayor, fomos abordadas por um rapaz do free walking tour que nos deixou o panfleto dele (informação importante para o dia seguinte). Até esse dia, nosso planejamento era o seguinte: ficar em cusco do dia 11 ao dia 14/4, dia 14 pernoitar em Ollantaytambo e no dia 15/4 fazer a trilha até Águas Caliente e ir a Machu Picchu no dia 16/4. Dia 16/04 era um dia que não poderia mudar pois já tinhamos os tickets de MP e do trem para retornar para Cusco comprados com antecedência. Fomos trocar dinheiro e encontramos a cotação de 0,62, sendo a maior. No caminho, fomos abordados por um vendedor de agência oferecendo passeios. Naquele momento não queríamos fechar passeios, explicamos a ele e perguntamos onde podíamos comprar o chip de internet. Antes, havíamos encontrado o chip numa barraquinha por 40 soles e achamos muito caro. Ele nos informou que 2 esquinas abaixo da onde estávamos tinha uma loja da Claro e nos deu a dica de comprar um chip simples e colocar crédito. Daí sairia por no máximo 20 soles. Achei super bacana a dica e fomos na loja. Chegando lá, fizemos exatamente isso e economizamos 20 soles. Na Bolívia, tivemos que comprar um chip para cada porque não estávamos conseguindo rotear internet de um para outro através do acesso pessoal. No Peru, conseguimos fazer isso então não precisamos comprar 2 chips. Depois descobrimos que essa restrição da Bolívia foi configurada pela moça da loja, justamente para não rotear internet 🤧 Bom, saindo da loja e com dinheiro trocado, decidimos retornar no moço que deu a dica do chip para ver quanto estavam os passeios. É importante mencionar que eu não queria ir na Laguna nem na Montanha Colorida porque não são passeios que me chamam atenção. A princípio eu queria fazer os passeios todos por conta mas eu já estava bem cansada da viagem como um todo. Então, optei por fazer o tour do vale sagrado de passeio e fechar o transporte até a hidrelétrica. Bom, no final das contas, conseguimos um desconto e os 2 passeios saíram 130 para cada (65 soles cada). O nome da agência era Wayna Peru Expeditions e as recomendações do google não eram das piores. O passeio do Vale Sagrado incluía almoço e o da hidrelétrica era apenas o transporte. Quando fechamos o passeio fomos atendidos pela Shanda que é a gerente da loja. Ela nos recomendou alguns restaurantes locais para comer uma comida boa e não tão cara e uns restaurantes de Ceviche para minha amiga. Então, nossa agenda ficou: 11/4 (Chegada a Cusco) - Resolver coisinhas, descansar e conhecer um pouco do centrinho); 12/04 - Conhecer a cidade, fazer o free walking tour e conhecer os museus; 13/04 - Vale Sagrado; 14/04 - Ollantaytambo por conta* (planejamento); 15/04 - Hidrelétrica; 16/04 - Machu Picchu; 17/04 - Curtir o Centro e retornar ao Brasil. Continuamos a conhecer o centro histórico antes de poder fazer o check in no Airbnb (14:00). Estava rolando uma apresentação cultural na rua, com danças típicas e música. Tinha até um palanque na frente da Igreja Maior com os jurados. Muito bacana ver as cores e ouvir as músicas típicas! Nesse dia, fomos conhecer o centro de Cusco e a noite fomos tentar encontrar o restaurante que a Shanda nos indicou. O nome dele é Andean Grill. No caminho dele, encontramos uma pizzaria bem bonitinha e resolvemos entrar. Gente, melhor pizza da viagem! É um restaurante bem pequenino, de cozinha italiana, chamado El Molino. Eu super super super recomendo! Gente, surreal. A pizza média nos custou 48 soles e eles dão de entrada torradas com pastinhas. Aproveitei e provei a chicha morada e recomendo! No final da noite, continuamos a conhecer o centro e depois fomos para a hospedagem descansar. As ruas da cidade que ficam em morros ficam parecendo uma árvore de Natal durante a noite. Lindo demais! 12/4 - Conhecendo o centro histórico e o sítio Sacsayhuaman No dia seguinte acordamos e fomos tomar um café da manhã antes de encontrar o guia do free walking tour no ponto de encontro. No caminho da cafeteria encontramos uma lojinha que estava vendendo várias figuras de star wars com toucas, no estilo mais peruano possível. Uma pausa para esses Yodas de touca! Uma pena que estava 70 soles cada Decidimos fazer o passeio com o guia que havia nos abordado na Plaza no dia anterior. O nome dele é Walter e eu super, super, super recomendo! Vou deixar o panfleto dele aqui caso queiram recomendações. O passeio é super legal e ele vai abordando a parte histórica com um mapa e um livro com imagens. Vale muito muito a pena! Chegando no ponto de encontro, descobrimos que o grupo todo era composto por brasileiros. Começamos a caminhada pelo chafariz da Plaza Mayor, onde o guia Walter foi contando a parte da história de Cusco desde o império Inca como também sobre as festividades que estavam ocorrendo durante a semana (era a semana santa), comentando sobre o Señor dos Temblores. Saindo da Plaza Mayor, seguimos para uma praça onde tem o Convento de São Francisco de Assis e o Colégio Nacional de Ciências. A entrada desse convento é paga a parte, não está incluída no boleto, e custa 20 ou 15 soles (não lembro). Nesse convento tem uma obra de arte enorme que dizem ser muito linda. Um adendo importante é que parece ter uma pequena rivalidade entre bolivianos e peruanos. Mencionei que estivemos na Basílica menor de São Francisco em La Paz e o guia disse que todas as obras de arte que estão lá foram feitas em Cusco. Não foi a primeira impressão que tivemos dessa pequena rivalidade. Saindo desse ponto, seguimos para o mercado San Pedro. Gente, é um espetáculo a parte. A rua de acesso ao mercado é lotada de barraquinhas de comida. Mas não se enganem, não são barraquinhas de lanches. São barracas vendendo almoço e não eram nem 11:00 da manhã 😂. Inclusive, tinha uma moça com um frango enorme (quase um peru) em cima de um arroz com legumes, vendendo a porção de almoço. Um detalhe importante é que ela pegava as coisas com a mão e servia nos pratinhos hahahahha. Vou tentar colocar um vídeo aqui para vocês terem uma ideia! IMG_8965.mov O mercado é extremamente legal! Não sabíamos que haveria degustação de alimentos no passeio e fomos surpreendidas! O guia nos levou em algumas barraquinhas de itens tradicionalmente cusquenhos/peruanos e a primeira parada foi no corredor de pães. Gente, os pães são muito gostosos e enormes. Uma pena que não podemos trazer para o Brasil. Seguindo, fomos no corredor de queijos e já fiquei de olho e alguns produtos. Os queijos que comi durante a viagem até aquele momento eram muito saborosos. Encontrei alguns que possuíam o selo e inscrição no ministério da agricultura, e já fiquei atenta para colocar na minha lista de itens para carregar para o BR. Bom, saímos dali e fomos na parte gourmet onde ficam as barraquinhas de comidas e sucos. Durante a passagem, o guia foi nos informando quais eram as mais confiáveis em questões de limpeza e mais gostosas. Saindo desse setor, fomos na área da floricultura e dos doces por kilo. Gente, apenas comprem os docinhos dessa barraquinha. Tem vários tipos de frutas cristalizadas, amêndoas com açúcar, amêndoas com chocolate, jujuba e balas. É um preço único por kg e recomendo experimentar as castanhas e amendoins com chocolate. Eu achei muito melhor que o da Nutty Bavarian kkkkk. Ela fica no último corredor, depois da seção de flores, em frente a uma saída lateral. Eu vou continuar atualizando o post aos poucos porque agora voltei a trabalhar mas não se preocupem, vou terminar esse relato de viagem!16 pontos
-
Salve turma! Tudo bem? Vim mais uma vez registrar uma viagem pela nossa querida América Latina! Foram 24 dias muito intensos só pra variar! Fazia tempinho que não viajávamos pra longe com outras pessoas, foi legal compartilhar uma aventura de novo, ainda que apenas em parte da trip! Desta vez a companhia foi a família da namorada do meu filho! Fomos em 7 pessoas, nós 3 em casa e a família da Elô (2 adultos e 2 adolescentes). Mas eles ficaram só na primeira semana da viagem, pois os adolescentes não podiam perder muitas aulas. No restante da viagem seguimos solo (eu e Gui). A alusão a idade, hahaha, no título do relato, é pq foi uma viagem fisicamente bastante intensa pra nós, adultos de 44 e 46 anos! Vcs logo vão ver o pq, haha! ROTEIRO Tivemos estadia com o grupo todo em Cusco e MP Pueblo (Águas Calientes) por uma semana, mas eu e Gui ficamos por mais alguns dias em Cusco para fazer umas trilhas extras, ficamos 10 dias inteiros no Vale Sagrado no total. Sozinhos, seguimos pra Arequipa, depois fizemos o Canyon del Colca em dois dias, com pernoite em Chivay, seguimos pra Puno, e então atravessamos pra Bolívia, e tivemos pernoites em Copacabana, os dois lados da Isla del Sol, La Paz e Cochabamba. DESLOCAMENTOS Aéreos Os deslocamentos de ida e volta para o Brasil foram de avião. A ida foi compartilhada por todos nós, de LATAM: LDB > GRU > LIM > CUZ. JG e a família da Elo voltaram de Cusco com o mesmo trajeto da ida, só que ao contrário, claro, kk. Eu e Gui voltamos desde La Paz mas tivemos uma conexão de um dia em Cochabamba (LPB > VVI > CBB > GRU > LDB). Voos operados pela BoA, com exceção do trecho dentro do Brasil (LATAM). Por terra Eu vou contar os detalhes durante o relato, mas nossos deslocamentos terrestres foram de trem, vans, barcos e ônibus. O trem pra Cusco: caro pá um caray né, preço pra europeu e estadunidense. Se estivéssemos só eu e Gui teríamos feito um trecho “a pé”. Optamos pela empresa Peru Rail – ida com bimodal (bus + trem) e volta só de trem (ambos os trens vistadome). Ficou 141,84 USD por pessoa ida e volta. Conto no relato pq foi um dinheiro bem mal gasto. HOSPEDAGENS No começo da viagem a hospedagem tinha que ser para 7, e a partir do dia 17 de maio, para 2. Usamos booking e Airbnb. Cusco: Airbnb – custo de 2260 reais por família para 7 noites (custo total 4520 reais para 7 pessoas 7 noites: cerca de 92 reais por noite por pessoa). Nós mantivemos essa casa alugada mesmo quando passamos uma noite fora em Aguas Calientes pra facilitar as malas e etc! MP Pueblo: Catari's House (booking) – custo de 45 USD por família, 1 noite A partir de agora as hospedagens são só pra 2 (eu e Gui) Cusco (2 noites): ValPer Boutique – USD 37,76 Arequipa (2 noites): Los Andes Bed & Breakfast – USD 73,10 Chivay (1 noite): Hotel Pandora – incluso no rolê Puno (1 noite): Kaaro Hotel Puno – USD 20,68 Copacabana (1 noite): Hostal Piedra Andina – USD 21,60 Isla del Sol – norte (1 noite): Ecolodge Inti Wat'a – USD 50 Isla del Sol – sul (1 noite): Hostal Inti Wayra – USD 27 La Paz (4 noites): Hostal Iskanwaya – USD 125,32 Cochabamba (1 noite): El Hogar Casa y Habitaciones en el Prado – USD 16 Dou mais detalhes de cada uma durante o relato. CÂMBIO E DOCUMENTOS Levamos dólares na WISE e tb in cash... e tb levamos um pouco de reais (pensando em Bolívia). Cotação média para facilitar USD 1,00 = R$6,00. Falo os preços de saques e câmbios durante o relato, além de uma dica bem importante sobre Cusco. Pra Bolívia leve DINHEIRO, vale muito a pena. Documentos obrigatórios são passaporte e vacina pra febre amarela? (o certificado internacional). Sobre o certificado internacional de vacina, eu e Gui tínhamos o antigo e JG não tinha, então atualizamos no site gov.br e estamos todos com o modelo novo. Ninguém pediu e a autoridade peruana me disse que não precisava embora tenha encontrado informação diferente na internet. Seguro viagem eu emiti o do cartão mesmo, mas não precisei usar. Eu até tinha cogitado comprar um por medo desse do cartão não funcionar bem, mas dias antes da minha trip uma amiga que estava na Bolívia teve uma queda com fratura, usou o seguro do cartão e foi hiper bem atendida em La Paz, então desencanei! TOURS (AGÊNCIAS) Com exceção das entradas de MP que esgotam muito antes e devem ser adquiridos pelo site com antecedência, fechamos todos os outros tours que queríamos fazer in loco ou faltando poucos dias pra trip. Eu filtrei agências recomendadas mas entrei em contato na hora. Vou comentar detalhadamente sobre isso durante o relato, qualidade e preços, mas as agências contratadas foram as seguintes: Em Cusco: World Explorer Peru e Inca Trail Machu Picchu 360 Em Arequipa: Puriy Arequipa Em La Paz: Buho’s Tour e Barracuda Biking Agora PLAY NO ROLÊ! (CONTINUA)15 pontos
-
9º DIA - 14/01/2025 - EL CHALTÉN (LAGUNA DE LOS TRES/FITZ ROY) Dia de trekking pesado! O dia amanheceu com poucas nuvens, o que confirmava a previsão que eu tinha visto anteriormente, e o Fitz Roy estava se exibindo em sua totalidade. Acordei às 06:00 para me arrumar e tomar café. Muito protetor solar no rosto, meias de trekking e bora para a trilha! Havia combinado de encontrar com o Gabriel às 07:30, na tentativa de fugir da cobrança dos guardaparques. Aqui vale um adendo: como é sabido, a trilha para a Laguna de Los Tres pode ser iniciada tanto pela cidade quanto pela ponte do Rio Eletrico (que é o antigo caminho da Hosteria Pilar). Eu pretendia começar pelo Rio Elétrico para economizar uns km e guardar energia para a subida final. Mas lembram que no dia do minitrekking o tempo estava horrível? Pois bem, em Chaltén o negócio foi bem pior. Choveu tanto que o nível do Rio de Las Vueltas subiu e interditou a ruta 23 sentido Rio Eletrico. Dessa forma, não tinha como ir até lá para começar a trilha. O jeito foi fazer a trilha convencional iniciando por El Chaltén mesmo. Encontrei com o Gabriel e sua noiva às 07:30 e os guardaparques já estavam fazendo a cobrança do ingresso para a trilha. O horário que eles ficam lá cobrando é variável, mas de forma geral, é das 8 as 18hrs. Por isso tentamos ir antes das 8, para tentar escapar, mas não deu kkkkkkk como eu tinha o último dia do flexipass de 3 dias, o guardaparques carimbou e segui meu rumo. Lá na guarita, para quem for comprar na hora, aceitam tanto cartão quanto efectivo. Por isso eu digo: não vale a pena comprar o flexipass de 7 dias. A única trilha de El Chaltén que me foi cobrada foi essa, nas outras não houve qualquer questionamento. Se a sua viagem contemplar El Calafate e El Chaltén, o flexipass de 3 dias é suficiente, pois dá para fazer os glaciares + a trilha principal de Chaltén. Seguindo, iniciamos a trilha do Fitz Roy às 08hrs. O início da trilha fica bem no final da Av. San Martin, em uma área com estacionamentos e a guarita do Parque Nacional de Los Glaciares. Os primeiros 2 - 3 kms da trilha são de subida constante, mas gradual. Nesse trecho há o Mirador do Rio de Las Vueltas, que dá uma visão panorâmica bem bonita de todo o vale do rio. Ventava MUITO! Início da trilha Primeira subida. Essa foi sussa! Mirador Rio de Las Vueltas Seguimos a trilha e ela é muuuuuito bonita. Esses primeiros kms são sempre pelo bosque em que é possível avistar vários exemplares da flora e fauna local. Vimos vários pica-pau pelo caminho, eles são lindos! Em determinado momento, há uma bifurcação em que você pode optar em ir pel Laguna Capri ou pelo Mirador do Fitz Roy. Optamos pela Laguna Capri e seguimos pelo bosque. Neste momento, O Fitz Roy começa a ser visível da trilha e, a partir daqui, ele acompanhará durante quase todo o trajeto. Chegamos na Laguna Capri por volta das 09:30 e fizemos uma parada para água e comer alguma coisa. Para essa trilha, além do lanche convencional, trouxa barrinhas de cereais e castanhas porque sabia que ia precisar. Aqui já comi minha primeira barrinha e ficamos cerca de 20 minutos ali na Laguna Capri. É um lugar bem gostoso, tem acampamento e serve como uma opção de trilha curta para quem vem de El Chaltén. Laguna Capri Saímos da Laguna Capri, seguimos pelo bosque e pouco depois já chegamos em uma área aberta com terreno mais pedregoso. Até então, era terra batida. Aqui, a visão das montanhas da região é total e, como o dia estava ensolarado, parecia cenário de filme. Foi uma das partes mais bonitas da trilha! O caminho até a Laguna de Los 3 tem vários pontos para reabastecer a garrafinha de água, então não se preocupe quanto a isso. Peguei água da própria Laguna Capri e não tive qualquer problema. Nessa parte da trilha também é possível visualizar o Glaciar Piedras Blancas ao longe. Quando trilha é feita pelo Rio Elétrico, passa-se mais perto dele. Aqui já estamos perto do km 8 da trilha, onde alcançamos o acampamento Poincenot. Nesse local, tem banheiros (ou diria latrina?) para serem usados e diversos pontos para descanso. Aproveitei para ir ao banheiro, pois sabia que logo viria a parte mais díficil da trilha. Essa imagem podia ter saído de algum doc da Discovery! Encha sua garrafinha aqui. Você vai precisar! Com banheiro em dia, seguimos caminho e passamos pela ponte do Rio Branco. Aqui é o último ponto de água antes da subida e já aviso: abasteça, pois você vai precisar. Encha a garrafinha de água até o fim dela. É sério. Pouco depois da ponte, adentramos novamente em um bosque e eis que surge ela, a temida, a famosa: A SUBIDA! É aqui que começa o calvário. Ali tem uma placa com diversos avisos nada amigáveis sobre a subida e o tempo estimado para conclui-la: 1 hora. Nenhum relato vai te preparar para essa subida, e olha que eu li inúmeros. Todos falam o quão díficil e íngreme ela é, mas a leitura e o nosso imaginário faz com que não consigamos dimensionar tal nível de dificuldade. Ela é simplesmente horrível! A fatídica subida A subida começa por uma área de bosque e logo entra numa área descampada, e é aí que o negócio fica complicado. É um caminho estreito, em ziguezague, com terreno instável, cheio de pedras e de trânsito intenso. Para ajudar, o vento é um grande problema, pois á area é totalmente aberta e ele te desequilibra. Em diversos momentos, faz-se necessário apoiar nas pedras para pegar impulso e subir ao próximo nível, mesmo estando com bastões de caminhada (que foram essenciais). É uma subida realmente brutal, que se eu pudesse definir em uma palavra seria: desesperadora. Você sobe, sobe, sobe, sobe e aquele caminho pedregoso não acaba nunca! Você se desespera ainda mais quando olha pra cima e vê as pessoas do tamanho de uma formiga lá longe naquele negócio que beira um ângulo de 90º! É INSANO! Nós paramos incontáveis vezes para pegar fôlego e também para dar espaço para os outros que estavam subindo e descendo. É muita gente fazendo esse trajeto ao mesmo tempo. E seguimos subindo. Minhas coxas queimavam. Eu, Gabriel e a noiva nos incentivando, passo após passo. Depois de mais de 1 hora de subida, não vendo fim naquilo e agoniado, perguntei para um turista que estava descendo se ainda faltava muito e ele respondeu que ainda levaria uns 20 minutos. Porraaaaaaaaaaaaaaaaaa! Não estava aguentando mais kkkkk subimos mais um pouco e chegou em um pedaço que eu não via mais as pessoas ao longe, daí pensei "ufa, tá chegando né". Ledo engano. Ao terminar a subida principal, há ainda um platô e uma subida final para, aí sim, chegar a Laguna de Los Tres. Sério gente, eu queria chorar, de desespero mesmo. Pode parecer exagero tudo que estou falando, mas não é. É uma subida realmente arrebatadora. Foi, de longe, a coisa mais difícil que já fiz na vida, pois não exige apenas do seu corpo, mas da sua mente também. Tomamos água, pegamos fôlego e nos encaminhamos para a subida final. Nem paramos muito, só fomos, dando um passo de cada vez. É assim o terreno de praticamente toda a subida... Platô antes do final E, depois de 1:26 de subida, finalmente meus olhos viam a Laguna de Los Tres e o Fitz Roy! Aquele azul turquesa contrastando com o glaciar e o Fitz Roy majestoso ao fundo, sem uma nuvem que pudesse atrapalhar esse momento. Aqui eu chorei de verdade, tanto por ter conseguido chegar depois de um caminho tão árduo quanto por conquistar o grande objetivo dessa viagem, que era estar frente a frente ao Fitz Roy! É um misto de sentimentos quando se chega em um lugar assim. Uma imensidão e um vazio que tomam conta de você, que não dá para explicar. Só estando lá para sentir. Uma sensação de realização, apesar de toda a dificuldade para chegar até ali. A primeira coisa que fiz ao chegar lá em cima foi sentar kkkkkk Encontrei uma pedra e me ajeitei. Descansei por uns minutos e só depois fui tirar fotos e explorar o local. Descemos até a Laguna e abasteci a garrafinha de água. Olho pra cima e aquela montanha imponente está lá, com toda sua beleza para mostrar o quanto a natureza é perfeita. Eu estava tão em êxtase que nem consegui comer meu sanduíche inteiro. Comi metade e um alfajor. A subida me fez perder qualquer resquício de fome que eu tinha kkkkkkkk Ficamos por cerca de 1 hora lá em cima. E por volta das 14:00 decidimos descer. A descida é tão penosa quanto a subida, pois é necessário tomar muito cuidado onde pisa para não se machucar, torcer o pé ou coisas do tipo, e um resgate chegar ali não é nem um pouco fácil. Conforme eu descia, ficava me perguntando como consegui subir aquilo. É surreal. Levamos mais 1:30 para poder descer, pois exige muito dos joelhos. Vi muita gente fazendo a subida de tênis, com bebê... Não sei, mas acho um pouco imprudente, pois é um caminho já perigoso para adultos, imagina indo com criança ou com calçado inadequado? Complicado... CHEGUEI! Laguna de Los 3 e Fitz Roy! Mãe, sobrevivi! A volta foi lenta. Estavámos esgotados e retornamos no nosso ritmo, sem apressar, afinal tinhamos muitas horas de sol. Meus pés doiam bastante também, o que pedia que os passos fossem um pouco mais lentos. Demoramos cerca de 4hrs para voltar e chegamos em El Chaltén, na entrada da trilha, às 18 hrs. Foi o dia que eu mais andei, totalizando 27 km. Eu estava feliz por ter finalizado a trilha que eu mais queria, mas completamente esgotado. Dias depois parei para refletir e não sei se encararia essa trilha novamente. É aquele tipo de loucura para se fazer "uma vez na vida". Hoje, escrevendo o relato, concordo com o que li antes de viajar e friso que é necessário, sim, o mínimo de preparo físico para realizar a trilha da Laguna de Los Tres. Eu faço atividade física regularmente, sou caminhante frequente e, mesmo assim, foi muito díficil pra mim. Se eu não treinasse ou fosse 100% sedentário, não conseguiria ou faria com muito sofrimento, o que me deixaria bem frustrado, uma vez que o que menos queremos passar em uma trip como essa é perrengue. E já vi vários "influenciadores" de viagem falando por aí que qualquer um consegue fazer... Até consegue, mas acho esse tipo de incentivo muito perigoso, pois o risco de ocorrer algum acidente existe e é alto. Portanto, se pretende ou quer fazer essa trilha, comece a fazer atividades físicas antes da sua viagem, invista no cardio, fortaleça os joelhos. Farão toda a diferença. E trabalhe a mente também. Manter o foco e concentração é essencial. Voltando, depois de devolver os bastões na loja, fui pro hostel e a primeira coisa que fiz foi tirar as botas. Para minha surpresa, mesmo com meias de trekking, ganhei 3 bolhas de presente: uma no calcanhar e duas entre os dedos do pé. Agora é cuidar né? Tomei um banho bem quente e estiquei as pernas um pouco. Neste dia a noite, a única coisa que fiz foi ir até a esquina do hostel para buscar um sanduíche para jantar. Estava tão exausto que não tive condições de ir para outros lugares da cidade. Comi e dormi. Mas estava feliz. A viagem podia terminar ali, que já estaria realizado. Mas não terminou e ainda havia uns bons dias para explorar El Chaltén (mas com moderação, pois a trilha da Laguna de Los Três deixou reflexos para o resto da viagem toda...)15 pontos
-
2º DIA - 07/01/2025 - USHUAIA (GLACIAR MARTIAL E PINGUINERA) E chegamos ao primeiro dia de passeios! Acordei por volta das 07 da manhã, pois a ideia era começar a subida do Glaciar Martial cedo para ter tempo hábil de retornar, almoçar e realizar a Pinguinera no período da tarde. Tudo com folga, sem correria, aproveitando que o dia estava lindíssimo e sem uma nuvem no céu. E assim foi feito. Tomei um café da manhã reforçado no hostel e chamei um Uber para me levar ao Glaciar Martial, que custou ARS 5.500. Vale lembrar que o Glaciar Martial, na verdade, é um centro de ski que funciona na temporada de inverno e, durante o verão, existem trilhas gratuitas que podem ser feitas para conhecer a neve/gelo residuais e ter uma vista panôramica da cidade. O trajeto do centro de Ushuaia até a portaria/casa de chá que fica no sopé da montanha demora cerca de 10 min, ficando a 7 km de distância. Sei que muitas pessoas fazem esse pedaço a pé, mas é uma boa caminhada em uma pista sinuosa e somente em aclive, então, talvez compense pegar um uber/taxi mesmo kkkkkkkk Ao chegar na portaria/casa de chá, há um portal de livre acesso com banheiros e uma espécie de guardaparques que te dá informações sobre as trilhas do Glaciar Martial e oferece bastões de caminhada para aluguel (eu recomendo). Eles informam que há 3 possibilidades de trilha: a do mirante da cidade (fácil), a do glaciar (média) e a da nuvens (moderada-alta). Informações dadas, segui meu rumo e comecei a trilha por volta das 08:10. Esse percurso é bem famoso entre os visitantes de Ushuaia e li sobre a subida, mas ela é bem puxadinha, viu? Portal do Glaciar Martial A trilha se inicia já com subida em meio a um bosque muito bonito com rios correndo na lateral. Como fui cedo, encontrei pouquíssimas pessoas no caminho e o silêncio imperava, onde só se ouvia o som dos pássaros, da água correndo e do vento que, vez ou outra, vinha em forma de rajadas. Por cerca de meia hora, o trajeto é em meio ao bosque, havendo bancos como ponto de parada para recuperar o fôlego. Terminado o bosque, atravessei uma pequena ponte e cheguei uma área aberta em que já há uma vista panorâmica de Ushuaia, sendo ali o término da trilha do "mirante da cidade". Como queria chegar até o gelo, continuei. Vale ressaltar que nessa área aberta os ventos já são mais fortes, principalmente por ser uma área de montanha. Seguindo, atravessei outra ponte e continuei a trilha demarcada em meio às montanhas, é muuuuuito bom! E sempre subindo... Início da trilha do Glaciar Martial Bora subir! Em dado momento, a vegetação rasteira que acompanhava a trilha termina e o só se vê rochas, com os primeiros resquícios de gelo estando cada vez mais perto. Depois de 3 km de subida e por volta das 09:20, cheguei ao primeiro fragmento de gelo da montanha. Não é um gelo recente ou fofo, mas quem quiser brincar consegue kkkkkk Decidi parar por ali, pois a subida para a "trilha das nuvens"continuava e eu não podia me demorar muito. Sentei em um banco de pedras que havia no local e fique ali, sozinho, por cerca de uma hora apenas admirando a magnitude das montanhas e o silêncio que só o vento cortava. Foi uma sensação boa de solitude. Claro que aproveitei pra brincar um pouco com o gelo também rs No dia anterior, eu havia comprado empanadas no BIG PIZZA da Av. San Martin (dica da Jana Cometti), e se acabaram se tornando meus lanches favoritos para passeios. As empanadas custam ARS 2.000 e são bem gostosas. Assim, aproveitei que estava descansando na montanha para fazer meu lanche e comi as empanadas e um alfajor que eu havia trazido. Um tempo depois, chegou um casal de brasileiros de BH no local e ficamos conversando um pouco. Pediram para tirar umas fotos e, pouco depois, iniciei a descida. Trilha bem demarcada em meio às montanhas Cheguei no gelo! A felicidade do garoto em caminhar em meio às montanhas! Retornei a portaria do cerro martial por volta das 11 da manhã, e havia duas opções para voltar a Ushuaia: chamar o Uber novamente ou esperar algum táxi aparecer por ali (eles sempre aparecem em pouco tempo, pois levam turistas frequentemente para lá). Olhei a primeira opção e o Uber estava bem carinho. Fiquei no ponto de táxi e, 5 minutos depois, apareceu um carro. Perguntei quanto ficaria para me levar até a Av. San Martin e ela cotou em ARS 7.800. Fechou! Tomei o táxi e retornei para a cidade. Passei rapidamente no hostel para ir ao banheiro e carregar um pouco o celular, e depois fui procurar algum lugar para almoçar comida de verdade, uma vez que teria o passeio da Pinguinera do período da tarde, que é bem longo. Andando pela Av. San Martin e arredores, encontrei um restaurante muito bem recomendado chamado Bodegon Fueguino, e ali parei para ver o cardápio e preços, que achei até um pouco abaixo da média da cidade. Desta forma, entrei e pedi um pollo a milanesa com papas fritas. Pra mim, o grande problema dos pratos argentinos é que a carne é muito bem servida (geralmente dá para duas pessoas), mas não há nenhum acompanhamento como arroz ou feijão que estão acostumados, estranhei no começo kkkkkk mas faz parte. O frango estava bem saboroso e as batatas também. Paguei ARS 14.000 pelo prato + bebida. Terminado o almoço, passei novamente no Big Pizza para pegar empanadas para levar à Pinguinera e, por volta das 14:00, me dirigi ao porto. O passeio da Pinguinera eu fiz com a empresa Tolkeyen, que é bem popular em Ushuaia. Comprei antecipado do Brasil e paguei R$ 576,00 em novembro. Nada a reclamar da empresa, foram pontuais, o catamarã era bom e o serviço prestado também. O ponto de encontro do passeio é no "muelle" que fica em frente a placa do fim do mundo. Ali, me apresentei na agência da Tolkeyen e eles me deram um crachá para ingressar no porto com o número do meu catamarã. Chegando no porto, apresentei o crachá e me direcionaram para aquele que seria o meu barco ao longo do passeio. Começava a Pinguinera! Ao entrar no barco, os lugares são livres para serem escolhidos. São grandes mesas para 4 a 6 pessoas. Sentei em um assento na janela e o catamarã começou a encher (é bem grande, sério). Em pouco tempo, surgiram 3 brasileiras que perguntaram se podiam se juntar a mim, e claro que aceitei. Nesse momento conheci a Leonor, a Eliane e a Rosana, brasileiras do Paraná que estavam vindo desde Curitiba por motorhome. Foram pessoas especiais que me fizeram uma excelente companhia neste passeio, rendendo papos e conversas ao longo de todo o trajeto (também são professoras, logo kkkkkkk). O barco por dentro O barco partiu pontualmente às 15:00 e algum tempo depois, autorizaram a saída para a parte de fora do barco. Fomos para lá e, como o tempo estava excelente, a paisagem respondia à altura. As montanhas nevadas, Ushuaia ao fundo, tudo fazia parte daquele cenário mágico. Após meia hora de navegação, aproximadamente, chegamos à ilha dos cormorones, que são aqueles passaros que se parecem com os pinguins. Havia milhares deles no local! O barco para ali um tempo e fica girando em torno da ilha para que todos possam apreciar e bater suas fotos. Seguindo a navegação, o próximo ponto de parada é no famoso "Farol Les Eclaireurs" ou "Farol do Fim do Mundo", que é praticamente um cartão postal de Ushuaia. Aqui, o barco usa a mesma estratégia da parada anterior e fica girando em torno do farol para que todos tenham oportunidade de ve-lo. Junto ao farol, haviam diversos lobos marinhos descansando, tomando sol, uma beleza da natureza. Após o farol, ficamos um bom tempo navegando sem parar, pois a Isla Martillo que concentra a colônia de pinguins é bem distante. Neste meio tempo, passamos rapidamente em frente a Puerto Willians, cidade do Chile que disputa com Ushuaia o título de mais austral do mundo. Ilha dos Cormorones Farol do Fim do Mundo Por volta das 17:50, mais de duas horas depois do início da navegação, começamos a avistar os primeiros pinguins na Isla Martillo. E, de repente, há milhares deles! São muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos mesmo! O barco parou bem próximo a ilha para que pudessemos observar e nessa hora é aquele vuco-vuco, pois todo mundo quer ficar na frente do barco para ver os pinguins. Meu conselho: saia do barco e fique lá fora quando perceber que está chegando perto da Isla Martillo, pois o empurra-empurra ali é grande rs Haviam pinguins da espécie de Magalhães e também o Pinguim-Rei, em menor quantidade. E ali ficamos por cerca de meia hora admirando o comportamento e toda a dinâmica que envolve os pinguins. É sério, são muitos! E janeiro é a época que eles estão em maior número na região, já que em março começam a migrar. Existe o outro passeio que a Piratour oferece que te dá a experiência para caminhar com os pinguins, mas como eu já havia gastado com outro passeio mais caro (falarei mais a frente), preferi não fazer e me dei por satisfeito apenas com a navegação. O retorno a Ushuaia foi bem longo e nessa hora o cansaço bateu para todo mundo, até consegui tirar um cochilinho. O catamarã chegou no porto de Ushuaia por volta das 20:30 e fui com as meninas até o Big Pizza, pois elas estavam com fome. Trocamos contatos, depois da despedida, segui para o meu hostel para tomar um necessitado banho e relaxar para o dia seguinte. No final do dia, na área comum do hostel, conheci um estadunidense chamado Joseph que estava fazendo uma trip pela América Latina. Usei meu pobre inglês para me comunicar e até que me saí bem (rsrsrs). Fui dormir por volta das 22:30 por o dia seguinte prometia: o trekking para a Laguna Esmeralda! Enfim, a atração principal! Super fofos! Final de dia, feliz da vida!15 pontos
-
4º DIA - USHUAIA (PARQUE NACIONAL DA TERRA DO FOGO) Último dia completo em Ushuaia! Para este dia, havia agendado com a agência o passeio do Parque Nacional da Terra do Fogo para o período da tarde, pois é quando a previsão do tempo apontava estar melhor. Essa é uma das vantagens de fechar os passeios chegando em Ushuaia: é possível ajustar seu roteiro de acordo com a previsão de tempo que estiver melhor. Desta forma, estava com a manhã livre para circular pela cidade ou ir em pontos em que eu ainda não havia ido. Acordei por volta das 8:00, tomei café e saí para andar pela cidade e aproveitar este último dia por lá. Antes de ir a Ushuaia, já havia lido que a cidade possui diversas pinturas em "muros" realizadas por artistas locais. Por lá, eles chamam de "murales de Ushuaia". Não chega a ser uma atração turística propriamente dita, mas é interessante para quem gosta desse tipo de arte. É semelhante às que existem em Valparaíso, no Chile. Assim, decidi procurar a arte do Messi que eu havia visto na internet. Nem sou muito fã de futebol, mas meu pai é e queria enviar uma foto desse mural para ele kkkkkkkkk Assim, saí para procurar. Esse dia precisei encarar as ladeiras de Ushuaia, pois o mural do Messi ficava em uma área bem acima da Av. San Martin. Andei por cerca de meia hora até chegar lá, mas para quem se interessar também: fica na rua Adolfo Henniger. É uma arte bem grande que pega a lateral inteira de um prédio, e é muito bem feita, por sinal. Mural do Messi Depois dessa pequena epopéia, voltei para a região do porto e fui visitar alguns imóveis históricos que eu ainda não havia ido. Passei pela Casa Beban e o Museo de La Ciudad, que são duas casas antigas que abrigavam antigos moradores da região na época em que Ushuaia ainda era apenas voltada à receber presidiários e vivia da pesca/extrativismo. Dentro das casas não tem muito o que ver, além de móveis antigos que retratam a primeira metade do século passado. São casas semelhantes a Antiga Casa de Governo que falei no post anterior. Interessantes, mas de visita dispensáveis. Demorei cerca de uma hora para visitar os dois locais. A essa altura, já havia parado de chover e o frio imperava. Foi o dia que peguei mais frio em Ushuaia, quando amanheceu com 3ºC. Museo de La Ciudad Casa Beban Dar esses rolês cedo foi bom porque as lojas da Av. San Martin só abrem a partir das 10 horas, e eu queria comprar algumas lembrancinhas para trazer para o Brasil. Fui a diversas lojas na avenida e todas com souvenirs extremamente caros. Aquele esquema que temos no Brasil de comprar "3 chaveiros por 10" simplesmente não existe lá, pois qualquer chaveiro ou imã de geladeira está saindo de R$ 20 a R$ 40,00 na conversão atual. Absolutamente impraticável. No final das contas, prometi presentes pra todo mundo no Brasil, e só trouxe para mim mesmo 😅 Mas para não falar que não encontrei nada, achei uma loja bem grande chamada Monte Oliva que possui souvenirs de diversos tipos e preços, e foi a melhor que achei do gênero por lá. Desta forma, comprei um chaveiro para mim (que faço coleção) e uma miniatura do farol do fim do mundo. E foi isso de souvenir em Ushuaia. Por volta das 12:30 hrs, fui novamente ao Bodegon Fueguino para almoçar. Eu sou assim, se gostei do restaurante, prefiro voltar no mesmo do que procurar outro e acabar sendo ruim kkkkkkkk Desta vez, pedi um nhoque a bolognesa que estava bem gostoso. Mais uma vez ressalto que esse restaurante enche muito rápido e se forma uma fila imensa do lado de fora, portante, cheguem cedo caso pretendam comer lá. Almocei com calma, pois a van da agência só passaria no hostel às 14:00. Pontualmente às 14:00, a van passou para buscar. Dessa vez o grupo era menor e havia um canadense, dois argentinos e dois brasileiros. O guia, Carlos, era nativo de Ushuaia e muito interessado em compartilhar as informações sobre o Parque Nacional, a região e fazer um bom tour. Dessa forma, ele explicou como seria a dinâmica do passeio. O Parque Nacional fica a cerca de 20 km de Ushuaia e a nossa primeira parada seria no famoso "Trem do Fim do Mundo". Dali, seguiríamos para os outros atrativos do parque. Pois bem, embarcados na van, Carlos foi durante todo o trajeto até parque falando curiosidades sobre o Parque Nacional, abordando assuntos que envolviam geografia, fauna e flora. Rapidamente chegamos à estação de trem e eu já tinha em mente que não faria esse passeio. Sem brincadeira galera: é o maior passeio pega-turista que eu já vi na vida. O valor para andar nesse trem é de ARS 62.500 (R$ 355,00), com um percurso de 7 km em que você vê as mesmas paisagens do parque que veria indo de van. Sem condições, até acho que valha a pena no inverno por ser uma paisagem distinta, mas no verão é totalmente pega-turista. Mesmo assim, havia muita gente fazendo. Como optei por não fazer o trem, o Carlos me deixou livre para fazer caminhadas no local até que o restante do grupo voltasse (cerca de 40 minutos). Assim, fiquei andando nos arredores e até conheci a tal estação de trem por dentro. Lá tem um café e uma loja de souvenirs. Estação do Fim do Mundo Fuja desse trem! É melhor pegar CPTM! Após todo o grupo se reunir novamente, subimos na van e nos dirigimos a Baia Lapataia. A essa altura, o tempo já estava aberto e o sol já brilhava esplendoroso no céu. Na região da Baia Lapataia, existe a famosa placa do final da Ruta 3 e claro que tiramos fotos por lá. Além disso, fizemos pequenas trilhas em passarelas que margeiam a grande baia que se forma ali. Achei que foi a parte mais bonita do parque. Em frente aos mirantes da baia, há diversos quadros que mostram a história dos povos yagans e curiosidades sobre a fauna/flora local. Gostei muito. Dali também saem passeios de barco e caiaque que exploram outras regiões do Parque Nacional. Ficamos um bom tempo por ali, mesmo com um forte vento tentando nos expulsar. Era uma paisagem realmente muito bonita. Seguindo, paramos no Centro de Informações Alakush para utilizar banheiros e comer alguma coisa, para quem quisesse. Neste centro, existe uma loja de souvenirs e um pequeno museu que conta sobre a formação das montanhas e dos glaciares na região de Ushuaia. Claro que preferi ficar no museu e, enquanto o pessoal tomava café, eu fiquei lá lendo os murais muito interessantes que apresentavam informações sobre tipos de glaciares e toda sua dinâmica de formação. Depois de cerca de meia hora, seguimos com o passeio para o próximo ponto de parada. Placa do final da Ruta 3 Feliz na Baia Lapataia Baia Lapataia com quadros explicativos sobre arqueologia local Passarelas que levam a Baia Lapataia O último ponto de parada do parque foi no Lago Roca, uma área bem grande que forma uma espécie de praia no parque. É um lugar bem gostosinho para passar o fim de tarde. O Carlos nos deixou a vontade para andar pela região do lado e nos deu um copo de whisky com bombom como cortesia do passeio. Gostei (principalmente do chocolate). Nesta hora o vento estava tão forte que formava diversas pequenas ondas no lago. Por volta das 18:30, iniciamos o nosso retorno à Ushuaia. Lago Roca, uma espécie de praia Um dos murais presentes no centro de informações Alakush Cheguei perto das 19:20 no hostel e fui direto para o banho. Depois, mandei mensagem para a Cibele e combinamos de jantar juntos, já que no dia seguinte nós dois iríamos para El Calafate dar continuidade na viagem. Assim, nos encontramos em frente ao meu hostel e fomos num restaurante bem famosinho na internet, o tal do Casimiro Biguá. A Cibele e o filho pediram um bife de chorizo e eu pedi um pollo com salada que achei bem caro pelo oferecido (ARS 23.400). Mas precisava jantar algo reforçado e era o último dia em Ushuaia. Depois do jantar, seguimos para nossas devidas hospedagens e comecei a arrumar minhas malas para partir no dia seguinte. Infelizmente, estava chegando a hora de me despedir de Ushuaia, que foi tão especial para mim. Mas estava chegando a hora de ir para onde eu vivi um dos momentos mais mágicos da minha vida: El Calafate e ver os glaciares de perto! 😍14 pontos
-
Olá mochileiros. Acabei de voltar de uma viagem de 2 semanas pela Costa Rica, e como sei da dificuldade de encontrar relatos atualizados do país, tanto aqui como em blogs, espero contribuir com quem quer conhecer esse destino. Os relatos mãos atualizados que vi foram em blogs gringos, sugiro o sallysees, com muita informação sobre diversas partes do país. A viagem foi de 8 a 21 de janeiro, com chegada no Brasil às 6:30 da manhã do dia 22. Voamos pela Copa Airlines, com escala longa (eu escolhi) na Cidade do Panamá, onde paramos e fizemos um City tour (falarei sobre isso nos relatos do Panamá). As passagens custaram R$2500 ida e volta, fui com meu marido e filho de agora 15 anos, meus companheiros de sempre rs. Para entrar na Costa Rica e no Panamá, são necessários o passaporte e o comprovante de vacinação da febre amarela. Se você ainda não tomou, precisa tomar pelo menos 10 dias antes da viagem e emitir o comprovante pelo site do sus gov br. A moeda da Costa Rica é o colon, porém na maioria dos lugares aceita dólar também. No momento da viagem, 1 real valia 83 colones, e 1 dólar valia 500 colones. Levei a maior parte no cartão wise e um pouco em dólar espécie. Tive problema 1 vez para trocar nota de 100 dólares. Normalmente se vc paga em dólar eles te dão o troco em colones. Um único lugar não aceitava cartão (aluguel de prancha de surf na praia). A viagem foi realizada na estação seca da Costa Rica. Apenas no Caribe era considerada estação intermediária entre seca e chuvosa. Porém as coisas não foram bem assim rs. Peguei tempo muito bom nas praias e em geral chuva no interior. A Costa Rica está a 3 horas a menos que o fuso horário de Brasília. Alugamos um carro por todos os dias, o que acho indispensável se quiser fazer um roteiro que passe por muitos lugares num tempo relativamente curto. Li sobre a importância de alugar um carro alto, ou até mesmo 4x4, mas sinceramente acho que um básico 1.3 daria conta. O aluguel de carro é a coisa mais cara no país, eles têm uns seguros obrigatórios caríssimos que nem sempre ficam claros quando você aluga o carro. Daí na hora de pegar o carro tem.uma surpresa. No nosso caso, tivemos uma surpresa na hora de devolver o carro, uma cobrança de 150 doletas por um arranhão micro. Achei um roubo, na verdade um golpe. Então fica a dica se for alugar carro, pesquise a reputação da empresa, pergunte sobre os seguros, tenha prints das conversas e principalmente, quando o funcionário for fazer a vistoria para retirar o carro, filme tudo, fotografe tudo, seja chato e exigente. Nós não agimos dessa forma tão determinada e acabamos tendo.prejuizo. O carro que havíamos alugado era um mini suv 4x4, um Jimmy Sierra, mas acabamos.pegando um maior e mais confortável da mitsubishi porque o jimmy não estava disponível. A locadora foi a Solid, a qual eu NÃO INDICO. As entradas dos parques nacionais devem ser compradas pela Internet no site SINAC. Você se registra, marca a data, e paga, bem simples. Fui na alta temporada e mesmo assim tinha bastante vaga com alguns dias de antecedência. Não há venda de entradas na porta, só pela Internet. A Costa Rica é um.pais caro, mas eu não achei absurdo, fazendo as escolhas corretas rs. Nós tomamos café da manhã e lanche a noite em casa e fazíamos um almojanta em restaurantes. Comemos praticamente todos os dias nas "sodas" , restaurantes locais com preços mais amigáveis. Nas soda o prato mais pedido é o "casado", parecido com nosso PF, com arroz, feijão, salada, proteína animal(peixe, frango, carne ou porco, e tb opção vegetariana), muitas vezes um picadinho de legumes, e o plátano Dulce, tipo uma banana da terra feito de um.jeito que fica macia e cozida, maravilhosa. Come-se muito bem no país. Eu me aventurei em pratos diferentes, que vou contando aos poucos. Para ter uma ideia, alguns preços, em colones: Gasolina super, litro: 669 Leite, litro: 1200 Pão de forma bom, 450g: 2000 Lata de cerveja local: 1000 (recomendo a império e a pilsen) Ovos, embalagem com 15: 2000 Avocado: uns 5 reais a unidade Água de coco (eles chamam de pipa): compramos de 500, de 600 e de 1000 colones Casado: encontramos de 3800 a 5500 colones Batidos (smoothies): de 1200 a 2000 (com água mais barato, com leite mais caro) Tendo em vista essas considerações, vamos ao nosso roteiro: nossa viagem tinha que ter um pouco de cada, parques nacionais, aventura, águas termais, animais, vulcões, cachoeiras e surf. As praias que priorizamos foram praias boas para surf. 8/1 - chegada ao aeroporto as 20h, pernoite em Alajuela (cidade do aeroporto) 9/1 - primeiras compras, deslocamento até Bajos del Toro, Catarata del Toro - pernoite em Bajos del Toro 10/1 - deslocamento para Puerto Viejo de Talamanca (Caribe), tarde de praia e surf, noite na cidade 11/1 - Playa Cocles (surf) e piscinas naturais 12/1 - Parque Nacional Cahuita 13/1 - Deslocamento para La Fortuna, volta pela cidade, El Salto e termas El Chollin (gratuitas) 14/1 - Bogarin Trail (santuário de preguiças) e a tarde/noite visita as termas do Hotel Los Lagos (day use) 15/1 - Místico Parque de pontes suspensas, Mirador El Silencio e termas El Chollin (gratuitas) 16/1 - Parque Nacional Vulcão Tenório (Rio celeste - era pra ser), deslocamento até Nicoya, volta e pernoite na cidade 17/1 - Deslocamento até Santa Teresa (Pacifico), praia e surf, por do sol 18/1 - Piscinas naturais de Santa Teresa, Playa Hermosa, surf e por do sol em ST 19/1 - Playa Carmem surf e piscinas naturais, Playa Santa Teresa surf, piscinas naturais e por do sol 20/1 - Deslocamento até Fraijanes, passando pelo ferry boat de Paquera a Punta Arenas - descanso 21/1 - Parque Nacional Vulcão Poas, ida para o aeroporto (voo às 17:30) Pelos próximos dias vou escrevendo relato detalhado de cada dia. Qualquer dúvida podem perguntar, tem posts e destaques no Instagram janacometti .13 pontos
-
obs: esse é uma parte de um relato maior da minha viagem ao sul do Peru-Bolivia que durou como 2 semanas. para não ficar muito grande e cansativo e como sei que a maioria das pessoas busca informações apenas sobre o salar, decidi separar essa parte do relato para ajudar. Vou anexar o relato completo da viagem quando estiver pronto aqui para que os que tenham interesse possam acompanhar tbm. RELATO DA VIAGEM COMPLETA PERU/BOLÍVIA SALAR DE UYUNI Finalmente em Uyuni, estava super ansioso para conhecer o salar que era a razão principal da minha viagem. Desci do bus e não tinha gente oferecendo nada, como na maioria dos relatos. Na verdade. Havia pouquíssimas agências abertas e comecei a investigar preços. Basicamente a média dos valores era: Tour de 1 dia - 180 a 200 pesos Tour de 2 dias - 600 a 800 pesos Tour de 3 dias - 1000 a 1200 pesos Tour de 1 dia vc vai fazer o passeio ao salar e volta na noite. Terá um almoço e snacks no fim da tarde com um brinde ao pôr do sol. O roteiro é basicamente: Cemitério de trens Loja de souvenir e processo de extração do sal Salar de Uyuni (hotel de sal) Esculturas de sal Por do sol no salar Tour de 2 dias: faz o primeiro dia normal, dorme em Uyuni e no dia seguinte visita alguns lugares em direção a Potosí. Na real é o pior tour porque segue uma rota completamente diferente, te leva a umas águas termais não muito bonitas e na verdade é só pra encher o dia. Tour de 3 dias é o mais procurado e o mais caro. Vc faz o primeiro dia normal, mas no segundo dia deixa o salar e se aventura no deserto. Vai visitar bastante lagos e ver os flamingos, além de estruturas rochosas impressionantes. Primeiro pensei em fazer 1 dia, depois quase paguei pelo de 2 e finalmente decidi pelo de 3. Sinceramente pensei que seria mais barato e por isso não optei pelo de 3 dias de frente. Uma dica para conseguir preços menores é esperar até mais perto do horário de saída 10:30 geralmente você consegue barganhar. Acabei fechando por 900 e conheci quem conseguiu 800. Enfim, dependerá do horário e de sua habilidade de negociação. Outra dica é observar bem o que a agência te oferece. Há algumas que te dão bicicletas para passear no salar ou oferecem alguns outros serviços como fotos com luzes na noite. Então pense bem em quê você procura e decida pela melhor agência. Enfim, relato a minha experiência: Dia 01 Depois de muito procurar decidi ir comer algo porque tinha muita fome. fui a feira e comprei um pastel de queijo com uma bebida mista de milho (Api), por 8 bolivianos. Acabei pedindo outro pastel pela fome, mas me arrependi um pouco. Para mim, de modo geral, as frituras na Bolívia são carregadas de óleo, digo, não enxugam o excesso para servir. literalmente pingava óleo na minha roupa. Voltei a minhas buscas e fechei com uma agência por 900 porque eu era a última vaga do carro, comigo estariam dois casais ingleses que haviam pagado extra por uma guia em inglês. Para a nossa "sorte", um dos casais não apareceu e nos deixou esperando por um tempo até que saímos sem eles e se somou ao grupo, um outro casal que faria apenas o tour de um dia com a gente. Fomos direto ao cemitério de trens, tiramos algumas fotos e ali já percebemos a desabilidade da nossa guia com as fotos... hehe, seguimos para um lugar que é como um mercado com algumas lojas de souvenier e também onde você pode aprender um pouco sobre o processo de curação do sal. seguimos para o salar propriamente dito, estava bem bonito e super inundado. Chegamos até o point de encontro super famoso onde está o monumento do rally Dakar, as bandeiras e o antigo hotel de sal que agora serve apenas como lugar para comer, usar o banheiro (5 bolivianos) e comprar lembrancinhas. almoçamos ali e seguimos para o salar outra vez, supostamente aqui deveríamos haver ido às esculturas de sal, mas não fomos. Ficamos muito descontentes com o serviço da guia de modo geral, não nos dava nada de informação sobre os lugares, não tinha autoridade e nos fazia perder muito tempo... Exemplo disso foi quando paramos o carro para tirar fotos e ao sacar os bancos ela simplesmente nos pergunta: "alguma ideia para fotos?" enquanto viamos os outros grupos de longe super bem posicionados com os guias os oriendanto sobre o que fazer, ficamos perdidos e perdemos muuuuito tempo ali só tentando recriar poses e ao final ela não conseguia tirar as fotos. Parecia que era seu primeiro trabalho, mas ela dizia já ter 2 anos de experiência. Começamos a tirar nossas próprias fotos e já não esperar por ela. voltamos a cidade para dormir e sairíamos na manhã seguinte. Aqui ficamos um pouco decepcionados e confusos porque supostamente não deveríamos voltar para a cidade mas sim dormir em algum lugar no trajeto. No final das contas dormimos bem e tivemos um bom jantar e café da manhã. chegada a Uyuni café da manhã na feira (pastel de queijo e api por 8 bolivianos) cemitério de trens com o casal inglês que me acompanhou no tour chegada ao salar monumento Rally Dakar monumento das bandeiras antigo hotel de sal, agora restaurante. minha guia que mais atrapalhava que ajudava Dia 02 Saímos rumo ao deserto, agora com um novo casal no acompanhando. Paramos em um lugar com várias formações rochosas, a imaginação rola solta e você consegue ver várias formas nas rochas. o passeio fica mais interessante ao passar pelas lagoas. São várias ao longo dos dois dias e de vários nomes geralmente de acordo com a coloração de suas águas. Daí você começa a avistar os tão famosos flamingos. Paramos para almoçar e seguimos nossa viagem. conhecemos a árvore de Pedra (uma rocha com formato que lembra uma árvore), há alguns lugares que você percebe que são coisas que as pessoas inventam para poder ter o que fazer no deserto hehe, mas não desmerece a beleza do lugar. seguimos para a Lagoa vermelha, aí precisamos pagar uma entrada de 150 bolivianos, a parte do valor com a agência, para poder entrar ao parque. Seguindo viagem passamos pelos geysers bem rapido já no fim da tarde. è tudo bem interessante, mas o fedor de ovo é insuportável, ninguém fica ali muito tempo, sem contar que o vento estava forte e super frio. Chegamos ao lugar onde iamos passar a noite quando já estava escurecendo, uma pena porque queríamos aproveitar a vista nas aguas termais. Jantamos e como percebi que meu grupo não estava com coragem de ir se molhar, procurei outras pessoas. Se você quiser entrar nas termas, precisa pagar 10 bolivianos. dependendo da hora, já não tem ninguém lá e você pode até ir de graça. Eu tive que pagar kkk Nesse dia geralmente se faz a ilha dos cactos tbm, se não me engano, mas como o salar estava inundado, não havia como chegar lá. na verdade, demorei em decidir pelo tour de tres dias justamente por saber que há lugares que não se pode chegar nessa época. lembro de ter visto um video antigo de uma youtuber "Amandinha por aí" e havia comentado, sem esperança que me respondesse a tempo, se valia a pena ou não fazer esse tour em época de inundação e como ela me respondeu toda animada dizendo que sim, resolvi acreditar. Desci as aguas termais com um grupo e foi a melhor decisão que poderia ter feito! Depois de uma experiência não tão boa no salar por conta da guia, estar ali naquelas aguas quentes sob aquele ceu surpreendentemente estrelado não tem explicação. Sem dúvidas a minha parte favorita de toda a viagem! Depois chegou um grupo de brasileiros que estava de expedição e para a minha a surpresa, juntamente com a youtuber que me havia respondido o comentário no video que me fez decidir pelo tour. Rimos da situação e depois de ficar de molho por um bom tempo voltei ao quarto onde dormia meu grupo. primeira parada tentando fazer no deserto o que não conseguimos no salar lagoa vermelha (Laguna roja) arvore de pedra meu grupo nos geysers fedorentos (Becca, Ben, Sam, Emma e eu) Dia 03 Tomamos nosso desjejum e agora meu grupo estava animado para visitar as termas. Os acompanhei e dessa ve não tinha ninguém cobrando, ou seja, eles entraram de graça kk. Tudo estava muito bonito. É bom poder olhar a paisagem mas confesso que prefiri muito mais a experiência noturna. Sem contar que o sol com o calor das aguas não ajuda muito (mesmo estando frio afora). seguimos viagem e chegamos ao Deserto de Dali, supostamente recebe esse nome por parecer à obra do pintor. Para mim não parecia e não tinha nada de diferente rs, mas acho que depende muito de onde você está posicionado, porque ao sair com o carro e tomar mais distância consegui ver mais beleza e uma certa semelhança. visitamos outras estruturas rochosas, chamado alguma coisa Itália... não me lembro bem. acredito que o nome era porque algumas rochas pareciam colunas gigantes, o que poderia lembrar algo da Roma antiga. Não estou muito certo e minha guia também não soube dizer o porquê (novidade). Passamos pela villa de San Cristóban rapidamente para uma ultima ida ao banheiro antes de voltar a Uyuni e terminar nosso tour. Chegando a cidade, o casal do grupo que começou o tour no segundo dia foi para a pousada acompanhado pela guia enquanto o primeiro casal estava decidido a pedir reembolso da tarifa paga pela guia. Só que como eles não falavam espanhol e nem a dona da agencia falava inglês, adivinha para quem sobrou? Tive que traduzir e interceder por toda a negociação, me senti o próprio advogado. Ao final a guia regressa e ninguém teve coragem de falar mais nada kkk na verdade, acho que a dona era muito tímida e tinha vergonha de discutir com a guia na frente de todos. Terminou pagando todo o valor para a guia e devolvendo metade do valor para o casal. Daí encontrei uma menina que estivemos em contato durante todo o percurso, porque nos encontrávamos sempre nas paradas e inclusive foi com seu grupo que fui as aguas termais. e decidimos ir juntos a Potosí naquela mesma tarde/noite. Fomos ao terminal e conseguimos um bus por 35 bolivianos. aguas termais Italia não sei o quê... Becca, Ben e eu na Itália kkk mais da itália, isso estava muito muito alto. não parece porque tomaram a foto de cima tbm, mas minhas pernas estavam bambas. Se pode notar a altura comparando com a estrada lá em baixo. Igreja da villa de San Cristóban. dizem que foi a primeira da Bolivia, ou a mais antiga. meu amado grupo ❤️ Considerações finais Se quer melhor experiência: Busque a agência conforme o que você quer! Almoço ao ar livre no deserto, passeio de bicicletas, fotos noturnas do salar... Não são todas as agências que fazem, então escolha bem. se quer melhor preço: Pechinche até não poder mais e aconselho a buscar mais perto do horário de saída, onde estão mais desesperados para completar o carro, obviamente há algo de risco. O que levar: Protetor solar e labial. Se for para esquecer um que seja o solar, você vai queimar mas ainda pode colocar um pano na cara, só que o labial não tem jeito! kk minha boca rachou toda e não só pelo salar, A Bolívia de modo geral estava acabando com minha boca e demorou bastante para voltar ao normal. doía sempre. Dinheiro físico. sempre existirá uma taxa para algo, impressionante. para ir ao banheiro, para pagar uma entrada... tenha sempre em mãos seus bolivianos. Roupa de frio. nessa época não está tão frio e vc passa a maior parte do tempo dentro do carro o que ajuda porque o frio vem basicamente do vento. Muita gente me havia assustado dizendo que eu ia morrer de frio e fui pensando em comprar roupa no caminho, mas, sinceramente, minha única jaqueta foi o suficiente. Acho que é só isso, se tiver alguma dúvida só comentar. A Bolívia é um lugar incrível e super barato, recomendo demais. BOa viagem resultado da minha boca rs13 pontos
-
Fala pessoal, fico feliz em poder falar um pouco da minha experiência na Patagônia, mais precisamente em Ushuaia, El Calafate e El Chalten, porque sem duvidas esse grupo me ajudou muito a definir meu roteiro. Comecei a planejar essa viagem com mais ou menos 12 meses, principalmente porque fomos em um grupo de 6 pessoas. Alguns compraram as passagens mais em cima da hora, mas a diferença de valor entre os voos dentro da argentina foi de uns +/- 40% para quem comprou com antecedência. Compramos: RJ -> Buenos Aires (Gol) / Buenos Aires -> Ushuaia (Flybond) / Ushuaia -> El Calafate (Aerolineas Argentinas) -> Buenos Aires (Flybond) -> RJ (Gol). Conselho de quem viveu na pele: Os voos internos mudam de horário em cima da hora, principalmente a Flybond, então deixe um intervalo bom entre os voos. Vi essa dica aqui no grupo e optei por essa decisão. Meu voo de volta de El Calafate para Buenos Aires atrasou em 12 horas. Como na escala de volta optei por ficar 1 dia em Buenos Aires, não tive problemas em perda de voo. Meu objetivo era realmente ir no inverno para ter uma experiência com a neve, então saímos do Brasil dia 30 de Julho e voltamos dia 11 de agosto. Não tivemos complicações para entrar na Argentina, todos com passaporte e apenas perguntaram o endereço da casa no Ushuaia e a data de retorno. Levamos uma certa quantidade de dinheiro em espécie (dolar), levei um cartão de credito convencional (sem spread e 3,5% iof) e o cartão da Wise. USHUAIA: Como o grupo era grande, alugamos uma casa (https://tucasaenelfindelmundo.com.ar/), ficava cerca de 10 minutos da cidade e optamos por alugar carro (tiger rent a car) e sem duvidas foi a melhor opção (combustivel é barato, rodamos 5 dias e deu R$150). Chegamos as 10h da manhã de dia 30/07. O pessoal da Tiger já estava esperando. Pegamos o carro, deixamos as malas em casa e fomos conhecer a cidade. Fizemos compras do dia a dia no supermercado LA ANONIMA, optamos por jantar em casa na maioria dos dias porque a comida da cidade deixou a desejar. Raviolli de frango, pizza de mussarela e hamburguer caseiro salvou! - A comida na cidade é cara se você olhar VALOR X ENTREGA. Então, vá sabendo que vai ter que gastar bem para comer e ficar "satisfeito". A melhor experiência que tivemos em nível de sabor foi no Bar Dublin (indicação dos caixas do supermercado LA ANONIMA), um hambúrguer de Cordeiro Patagonico com batata frita R$119. O Chopp de Cerveja na média sai em torno de R$20-30 se aproveitar o happy hour. Se você optar por almoçar e jantar na rua, mais os doces e etc, média de R$250-300 reias pegando leve e comendo pouco caso se aventure nesses restaurantes famosinhos. Choripan na praça (R$30-40), bodegon fueguino (R$80-120) e Bar da Patagonia (R$120-150) foram opções que fui e não curti muito. - Referente aos passeios: 1 dia. Laguna Esmeralda: Estrada tranquila e tem estacionamento. A trilha estava toda com neve e sem duvidas, a laguna congelada. Estava vestido com um conjunto de segunda pele, uma blusa fleece e uma jaqueta impermeavel com calça impermeavel (e senti frio hehehe). A trilha é super tranquila, escorrega aqui e ali mas sem problemas. Minha mulher optou por alugar grampones e bastão mas no fim eu que os carreguei. Foi uma experiencia muito incrivel. 2 dia. Park Austral - Brasileiros em Ushuaia: Optamos por conhecer o park austral, fizemos o passeio de moto de neve e minha mulher fez uma volta com os husky. Eles possuem um transfer próprio da cidade (0800), no parque também tem um restaurante (almoço a vontade R$150 e uma lanchonete ao lado (caro mas o chopp artesanal é top). 3. Cerro Martial - Uma experiencia muito incrivel também, logo que chegamos no martial (0800) começou a nevar, fizemos toda a trilha com neve caindo. Fizemos a trilha sem problemas, um pouco ingrime mas tranquila. Na casa de té comemos um bolo 10/10 e duas empanadas de cordeiro (R$110) e no restaurante do lado ficamos tomando chopp e comendo empanadas (R$30 cada e as empanadas sao melhores que na casa de té). Pra quem já anda de snow ou esquia, vale a pena alugar e andar no cerro martial porque é de graça. 4. Parque Nacional e Trem do Fim do Mundo - Foi muito bom também conhecer o parque, acredito que se não estivesse com neve não teria feito o passeio do trem. Acredito que como alugamos carro, fica mais de boa para visitar, percebemos que uma galera BR que estava visitando de van ficou bem irritada com a pressa da galera do passeio que estavam. No parque nacional para quem é estudante só paga (ARS 7000) e eles são tranquilos. Aproveitei e paguei o trem com os dolares que tinha trazido, na conversão deles estava 1 dolar para 230 pesos. 5. Cerro Castor - Alugamos os equipamentos na Cumbre no centro do Ushuaia (R$200), aconselho a combinar tudo antes porque eles são espertos pra cobrar mais caro. A entrada no Cerro Castor gira em torno de R$600, mas é muito bem estruturado (no meu ponto de vista). Entretanto, o preço das coisas lá para comer e beber são bem caras. Salada de atum R$100 e uma corona R$50. Levamos umas porcarias para comer e deu para aproveitar bem! O parque fica aberto de 10h-17h. Gostaria de ter visitado o Glaciar VinciGuerra mas fica para a proxima. EL CALAFATE/EL CHALTEN Chegamos a El Calafate no dia 05.08 às 15h. Optamos por alugar dois carros devido ao preço elevadíssimo em carros de sete lugares. Ficamos em uma casa cerca de 1km do centrinho, uma casa excelente no meio da "floresta". Na minha opinião, achei o centro de El Calafate melhor que de Ushuaia (não de estrutura mas de acolhimento). Almoçamos e jantamos nos restaurantes Isabel e Bokado Trattoria (10/10 com preço justo: pratos fartos pagando R$100-120 e cerveja mais baratas também hehehe). Também fizemos compras no LA ANONIMA para café da manhã. 6. Primeiro dia fizemos um reconhecimento na cidade, apesar da cidade ser "uma rua", fomos parando nos restaurantes, sorveteria e afins. Compramos o passeio do minitrekking no centro mesmo na Hielo&Aventura. Fim do dia aproveitamos o happyhour da Patagonia. 7. Fomos para El Chalten fazer a trilha do Fitz Roy. Saimos de casa era 6h (poderia ter saido antes), a estrada é super tranquila, paramos no meio da estrada para fazer a tipica foto com o Fitz Roy de fundo e isso atrasou nossa chegada. Começamos a trilha era por volta das 10h da manhã e não tinha ninguém na entrada para comprar o ingresso do parque, portanto não precisamos pagar. A trilha estava completamente cheia de neve e fomos sem grampones e bastões, o que dificultou bastante nos ultimos km, que tem altimetria se não me engano, de 600 metros e estava bem escorregadio. No total, gastamos 8h para fazer a trilha ida e volta, a dificuldade dos últimos km não é de se negligenciar, principalmente no período de alto inverno. Ao contrario do que fizemos, recomendo MUITO utilizar os grampones e bastões, foi uma falha nossa. A experiência foi incrivel, é uma sensação muito boa chegar lá em cima e admirar o Fitz Roy e olhar pra baixo e ver aquela imensidão de neve. Dica: Comece a trilha mais cedo, quando concluimos já estava noite e poderia ter sido perigoso por conta devido ao risco de escorregões, apesar de ainda ter pessoas na trilha. Passe protetor solar, no dia que fomos estava muito sol e deu pra queimar a pele. Assim que encerramos, comemos umas empanadas mesmo na cidade para dar conta de voltar para El Calafate. 8. Optamos por ficar off no dia seguinte depois da trilha do Fitz Roy, acredito que foi o acumulo de dores que sentimos das quedas do Cerro Castor + o desgaste de andar na neve 22km, deu uma quebrada no corpo. Tiramos o dia pra comer e resgatar as energias e andar pela cidade. 9. Acordamos cedo e partimos rumo ao Perito Moreno e pra começar fomos barrados na entrada por conta da carteirinha. Só aceitam se você esteja cursando "graduação" (n entendi também), precisa mostrar mais que a carteirinha, notas, emails e afins. Bizarro, não entendi nada e não quiseram nem conversar. Só diziam que não iam aceitar. Tivemos que comprar o passe integral ARS 45.000. Foi triste. Eu e mais dois amigos fizemos o passeio do Minitrekking. Acredito que apesar de não ser barato, vale muito a experiência caso tenha condições financeiras. Foi uma experiencia incrível. O passeio é em torno de 5h-6h, desde o deslocamento de barco, depois você fica próximo a geleira, tira umas fotos em terra, porém o passeio mesmo em cima da geleira dura aproximadamente 1h em média. Se você pode, super indico a fazer. Minha mulher fez o passeio do Safari Azul, que é tudo isso menos andar na geleira, pagando a metade do preço. Depois do passeio, fomos para as passarelas e ficamos até o parque fechar. Muito bom ficar admirando tudo aquilo ao entardecer. 10. Acordamos cedo para arrumar as coisas e fomos notificados pela Flybond que o voo saiu de 12h para 22h. Infelizmente tinhamos que devolver o carro mais cedo então ficamos la no aeroporto esperando. 11. Chegamos em Buenos Aires de madrugada e logo cedo demos uma volta pela cidade, aconselho quem puder, comprar as souvenir no caminito, porque são mais baratos mas infelizmente já tinha comprado a maioria.13 pontos
-
15 DE MAIO – QUINTA (o dia de ir pra MPP) Dia de ir pra MPP... fizemos o primeiro trecho de ônibus (estação Wanchaq), até Ollanta, e de lá pegamos nosso Vistadome até MPP (Peru Rail). O Vistadome e o Expedition são vagões diferentes no mesmo trem, no entanto, de classes diferentes. O Vistadome tem janelas mais amplas e teto solar, além de snacks inclusos, que o Expedition não tem... mas assim, super parecidos, não vale o dinheiro extra não. Eu acabei comprando ida e volta no Vistadome pq peguei uma promoção e a família da Elo tava bem empolgada pra essa viagem de trem. Mas é bem caro, e nossa volta foi horrível, conto depois! Mas enfim, bem empolgados nessa ida chegamos em MPP pouco depois do almoço. Fomos comprar nosso ticket de ônibus para o dia seguinte, almoçar e bater perna pela cidade. O proprietário da nossa hospedagem nos buscou a pé na estação, a localização do hotel era bem conveniente e os quartos confortáveis... mas ele avisou que estava sem água na cidade... o que nos desanimou demais, pq na noite anterior tínhamos tido um problema com gás na nossa casa de Cusco e eu e Gui tomamos um banho de gato gelado kkkk eu queria muito tomar banho. Fomos passear. O ticket de ônibus para MP custa 12usd por pessoa (outro assalto) só ida, e vc só consegue comprar se provar que já tem entradas pra MP, inclusive no horário específico da sua entrada. Ok, compramos. Os restaurantes de MPP são mais “internacionais”, com opções de pizzas, massas, hambúrgueres e tb a tradicional cozinha chifa, que mistura Peru e China! Foi nossa escolha, tb tomei Pisco Souer, hahauaha! Gostei bastante do povoadinho, mas ele é super pequeno, em poucas horas vc anda tudo. Os preços dos artesanatos são mais altos que em Cusco e não tem nada de diferente... O trem da ida e MPP No fim da tarde a água tinha finalmente voltado e pude tomar um longo banho quente hahauaha, comemos umas coisas de padaria pq ainda estávamos cheios do almojanta, rs. 16 DE MAIO – SEXTA (o dia de Machu Picchu) Compramos com a maior antecedência possível os tickets para o circuito 2a – ruta classica, no site oficial do governo. Na baixa temporada (16 de outubro a 31 de maio) são disponibilizadas 4500 entradas por dia, sendo que destas, 1000 são reservadas para venda no local... mas gente, eu não recomendo. É uma confusão e complicação conseguir comprar ingresso in loco, vc acaba gastando vários dias a mais! Eu vi as filas, rs. Nossa entrada era as 8h da manhã, então cerca de 7h fomos pra fila do bus. Bem organizada, eles fazem filas por horários de entrada em MP e conferem várias vezes os tickets... achei bem tranquilo. Umas 7h30 partimos e logo chegamos e entramos em MP. Logo ali na portaria os portadores dos diferentes tipos de circuitos se dividem e vai cada um pro seu lado. Optamos por não contratar guia e andamos no nosso ritmo por tudo que estava disponível no nosso circuito, ficamos no total cerca de 3h ou pouco mais por lá! O dia amanheceu claro e friozinho, depois desceu uma neblina rápida que encobriu a vista famosa, mas logo se dissipou. E tb ficou bem quente. Eu não vou ficar aqui me alongando na história do local e etc pq né, acho que todos sabem. Mas foi bem legal visitar tudo aquilo que a gente tanto vê em livros e histórias! MP dispensa apresentações, mas dá-lhe escadas, kk Antes de ir embora paramos na lanchonete que fica na entrada/saída do complexo e compramos umas bebidas e snacks, e resolvemos descer a escadaria infinita hahauaha pra voltar ao Pueblo ao invés de pagar 12 usd de novo, kk! São quase 2km de escada... demoramos mais de 1h pra descer kkkk, e tinha muita gente subindo por este caminho tb. Jovens e/ou atletas, hahahaha! Descer de escada, pq não? hahauaha Nosso trem de volta era depois das 16h, então fomos num restaurante onde comemos beeeeem (não lembro mais o nome, mas os pratos eram super gigantes, rs) e ficamos matando hora até o horário do trem. Estávamos bem cansados, só pra variar subimos (e depois descemos) muita escada e já estávamos com dores musculares kkk! A volta de trem foi uma tortura! Primeiro pq ele anda devagar e essa nossa passagem era até Cusco de trem, não tinha parte de bus. A previsão era de chegarmos pouco depois das 21h, mas chegamos depois da meia noite! O caray do trem quebrou, paramos muitas vezes, trocou a locomotiva... enchia o trem de fumaça, ficava muito quente, depois gelava muito, uma bosta. Deu fome né, eles não serviram nada extra pelo atraso... nem tinha, até a água era escassa. Foi muito ruim. Quando enfim chegamos na estação em Cusco (ficava a uns 25 min a pé da nossa casa) a Sara estava se sentindo mal, então ela e os pais foram de taxi pra casa. Eu, Gui, JG e Elo fomos a pé e paramos pra comprar uns mequis (único lugar aberto), que levamos pra casa dividir com os demais. No cansaço dessa nossa chegada acabei esquecendo uma sacola dessas ecobag super lindona e prática que comprei na Suiça, hahauaha, dentro do trem. Tava cheia de comidas e bebidas. Fomos os últimos a descer do nosso vagão, então certamente ela foi recolhida por um funcionário. No dia seguinte eu fui cedinho até a estação e disseram que não foi encontrada. Me senti roubada, de novo... pelo conjunto da obra eu considerei o trem uma grande BOSTA e recomendo fortemente que vc vá de outra forma se tiver físico pra isso! 17 DE MAIO – SÁBADO (o dia da despedida do filho e da outra família) Acordamos cedinho (ah vá) e fomos com o pessoal pro aeroporto, pois era o dia deles retornarem ao Brasil. O JG ia viajar como menor desacompanhado pela primeira vez na vida, haha, e eu queria me certificar que ele embarcaria sem problemas, rs! Legal viver essa única experiência já que ano que vem ele faz 18 e não precisará mais de cartinha, rs! Eles se foram. Tchau more! Nós voltamos pra cidade, fomos em vários mercados caóticos que não tínhamos ido (eu amei aqueles milhos e batatas todas, mas que caos) e achamos coisinhas bem mais baratas pq andamos fora da zona turística. Comemos comida podrona, hahauaha, salchipapa, pollipapas, em restaurantes baratíssimos e locais! A tarde eu queria ir visitar uma relativamente nova atração de Cusco, chama Apukunaq Tianan... tem umas esculturas e etc... mas arreguei. Fomos pra casa e dormimos a tarde toda, kk! Inclusive, neste dia trocamos de hospedagem. Depois do almoço voltamos na nossa antiga casa, pegamos as mochilas que tínhamos deixado lá e fomos pra ValPer Boutique... que de boutique não teve nada. Foi bem ruinzinha! O banho era uma catástrofe, a cama era péssima... lugar barulhento, enfim. Não recomendo, embora seja bonitinho e a localização ok. Mas pra ir de uma hospedagem pra outra a gente teve que descer uma pirambeira e subir outra, deos! Eu acho que não estou dando a ênfase que o sofrimento físico dessa viagem já tinha nos proporcionado até então, hahauaha, eu já estava bem cansada. Todo dia eram muitos km andando e SUBINDO coisas, como esses incas piravam em escada, deos! Acordamos no fim da tarde. Eu ainda queria fechar o rolê do dia seguinte e então fomos na outra agência que eu tinha na lista, a World Explorer Peru, mas estava fechada. Escrevi pra eles no zap e combinei tudo por ali mesmo, eu pagaria diretamente ao guia no dia seguinte, sucesso. Aproveitei tb pra levar roupas na lavanderia (custava em média 5 soles o kilo) e fizemos mais um saque de 400 soles da wise. Eu não troquei dólares em Cusco, mas tinha pago os primeiros passeios em dólar. Deixei pra Bolivia. O Fábio trocou, pegamos uma cotação parecida com a da Wise. Nesta noite encontramos dois amigos aqui do fórum, foi super legal! Conheci pessoalmente o Davi e a Grasi! Valeu demais esse encontrinho! @Davi Leichsenring e Grasi (não consegui puxar seu @ menina) O Davi já estava no fim da trip, tinha feito Bolívia e Atacama no Chile. A Grasi tava vindo da Bolívia tb e ainda foi pra Huaraz depois, trip iradíssima! 18 DE MAIO – DOMINGO (o dia da trilha mais difícil da vida) Nevado Ausangate e 7 Lagunas! Tinha chegado o grande dia, essa era uma trilha que eu queria muito fazer, me preparei pra ela durante uns 3 meses. Mas nada te prepara quando vc sente bem a maldita da altitude né! Buscaram a gente 4h15 da manhã kkkcrying e fomos. Trilha de 14km, entre 4200 e 4800msnm. Pagamos 90 soles por pessoa mais 20 soles de entrada no local. O guia nos deu instruções gerais, falou como era o percurso, trechos mais difíceis e etc, marcou pontos de encontro e ficou um tempo acompanhando o fim da fila, mas depois passou a frente. Não deu uma super assistência, mas tb não achei ruim. Só pra variar chegam lá umas belezura que foram só pra foto... logo de cara já alugaram os cavalos que tb sofrem horrores pra subir, eu vi uns bichin passando perrengue. Teve um casal (de chilenos, nutelinhas) que queria ir os dois no mesmo cavalo pra economizar, pqp! Eu sou absurdamente contra o uso de animais pra esse tipo de atividade. Vá com suas pernas ou nem vá. Enfim. Não é uma necessidade, é laser sabe! ... Os primeiros 3km são mais suaves, com trechos pouco inclinados e outros planos... mas depois é cada subida que pqp. Paisagens sempre lindas, nevadas, muitas alpacas, aquele campo verdejante cheio de corpos d’água... eu me sentia andando pelas terras das ninfas das águas do senhor dos anéis, haha! Era muito lindo e mágico. Mas não tinha ar. Ausangate! Lindo! O tempo todo o Nevado Ausangate, sagrado pros Incas, nos acompanhava, as vezes mais imponente, as vezes escondido! Minha cabeça explodiu de pensamentos... e de dor tb, kk! É uma caminhada silenciosa... não tem ar pra conversar, vc sobe vc com vc mesma! Aí começam a aparecer as lagunas... uma a uma. Esplêndidas, de infinita beleza. Umas maiores, outras menores... os olhos questionavam se aquilo não era IA, rs, de tão perfeitas. O sol pleno fazendo brilhar cada folha verde e cada gota de água azul intenso de cada laguna. Lagunas de beleza infinita! A primeira Laguna fica a 4756msnm... tem o nome de cada uma e suas placas de altitude... é bonito demais. A segunda e a terceira... 4620msnm. A quarta pitica e ultra transparente, a quinta secando... a sexta incrivelmente profunda e azul e a última... não parecia de verdade. As fotos falam por si. Foram 5h de caminhada. A volta tão extenuante quando a ida pq ainda haviam trechos de subida. Valeu cada pingo de suor! Valeu demais! Estava bem frio, eu comecei essa caminhada com uma térmica, uma fleece e uma jaqueta. Logo tirei a jaqueta. Depois a fleece. E com 1h30 de caminhada eu tirei a térmica e coloquei uma camiseta de manga curta! Eu estava de boné, tinha passado protetor solar no rosto... estava bem frio mas muito ensolarado... mas eu não levei protetor solar. Eu nem achei que tiraria a blusa neste dia. Uma burrice sem tamanho pq queimei os braços de fazer bolhas. Eles já descascaram duas vezes e sigo com um bronze belíssimo de montanha. Chegamos em Cusco super tarde (transito dos infernos sempre), compramos miojo e tomamos nosso vinho sagrado no hotel, rs! 19 DE MAIO – SEGUNDA (o dia de seguir em frente) A gente cogitou tentar fazer a Humantay neste dia, pois nosso bus pra Arequipa era só 21h... eu ia avisar a agência na noite anterior caso fosse mas não tinha a menor condição, haha! Estávamos quebrados e tivemos até uma febrinha de insolação durante essa madrugada. Acordei na hora do almoço. Não tinha tanta dor muscular, não era de condicionamento físico em si, era a falta de ar que quebrava a gente. Fomos almoçar em um restaurante vegano que eu tinha paquerado, o Chia Vegan (gostei), demos mais uma andadinha na cidade e voltamos descansar e arrumar mochilas. Chia Vegan! A noite nos dirigimos ao terminal privado da Cruz del Sur, comemos um lanche por lá mesmo e subimos no busão. Bem confortável e moderno. Mas foi uma noite horrível, rs... eu conto pq na sequencia! CONTINUA.13 pontos
-
Escrever esse relato é colocar em palavras um sonho dos grandes que vivi. Islândia parecia um daqueles lugares do mundo muito distantes para mim, caro, difícil acesso, mas que eu sabia que em algum momento da minha vida eu iria realizar, só não achava que teria o privilégio de realizar tão cedo! A viagem começou a ser pensada em uma conversa despretensiosa entre amigas: Bora ano que vem ver a Aurora Boreal? Março? Carnaval? Bora? Bora! Montamos um grupo no Whatsapp e entre idas e vindas e a chave do grupo é uma outra amiga muito mais empolgada e decidida em tirar o plano do papel (inclusive, conheci a @carla_red aqui no Mochileiros em 2019, quando nos encontramos na Patagônia e depois viramos amigas muito muito próximas). Carla estava muito mais envolvida do que eu. Ela foi a primeira a comprar a passagem meses antes do plano e iria de qualquer jeito, eu bati o martelo e comprei minhas passagens só em Janeiro agora, de 2025. É, eu sou meio ruim de planejamentos a longo prazo hahaha Eu e @carla_red realizando nosso sonho de ver a Aurorinha! ❤️ Enfim, dando um pouco de contexto para contar para vocês que a viagem aconteceu. Chegamos na Islândia no dia 06 de março e fomos embora com dor no coração no dia 17 de março! Foram 11 dias dando a volta completa na ilha, com direito a 3 dias de Aurora Boreal, neve, dias de sol, pouquíssimo do tão temido vento islandês, 2.141km dirigidos e as paisagens mais lindas que meus olhos já viram. Eu cheguei no dia 02 de março em Londres e voltei no dia 18 de março para o Brasil, então acrescentei 4 dias pela Inglaterra antes de voar para a Islândia. Mais um detalhe, o plano inicial era irmos em 4 pessoas para dividir a Campervan, mas uma das amigas teve um imprevisto e não conseguiu chegar, então acabamos indo em 3 pessoas. O valor da campervan, por exemplo, foi dividido em 4. Os outros gastos foi por 3 mesmo. Esse é um post introdutório com o resumo da viagem: Voos: GRU > Londres - via Lisboa com a TAP - R$ 5.000,00 (com uma bagagem despachada, na blackfriday esse voo estava mais barato, mas como eu falei tenho dificuldade em longo prazo e acabei fechando só em Janeiro mesmo kkkk) Londres > Islândia - com a EasyJet - R$ 1.500,00 (com uma bagagem de mão de 10kg incluída, ah eu fui com meu mochilão de 50L e passou tranquilo) ETA Londres (um tipo de "visto" que tem que fazer por um aplicativo antes de chegar) R$ 74 PID - Permissão Internacional para Dirigir - R$ 100 (minha CNH é de Santa Catarina, preço varia por estado) Trem de Londres para o Aeroporto de Gatwick - R$ 50 (pegamos uma promo de aniversário dos 200 anos das linhas ferroviárias e os tickets estavam 3,50 libras o trecho!) Campervan: GoCampers - R$ 3.700,00 | Total foi EUR 2.303 - que dividimos por 4, então ficou EUR 575,75 por pessoa. Pegamos a GO BIG Automatic e o melhor seguro que eles oferecem, acho que era o Premium. Campsite (campings) - R$ 1.000 por pessoa para as 11 noites Diesel - R$ 700 por pessoa. Rodamos 2.141 km!!! Estacionamentos - R$ 180 por pessoa + entrada Kerid Cratera R$ 25 + Túnel pago R$ 27 = R$ 232 Mercado e Lanches - R$ 600 por pessoa. Restaurantes (almoços/cafés/jantar) - R$ 1200 Passeios: Hot Spring Hvammsvik - R$ 350 Trekking no Glaciar Arctic Adventures - R$ 760 Blue Lagoon - R$ 610 Acima estão os principais gastos para vocês terem uma noção. Lembrando que estávamos em 3 pessoas durante a viagem, então estacionamento, mercado, diesel e algumas outras coisas eu coloquei o preço por pessoa, o valor total era x3. Eu usei a cotação/conversão de março de 2025. Transferi real para o Wise e só usei Wise durante toda a viagem. Não levei nadaaaaaaa de Euro nem Libras hahaha em um único camping tinha que ser o pagamento em dinheiro, fui salva pelo Rafa que tinha Euros em espécie e pagou a minha parte. Os valores em real é a estimativa do que eu paguei mesmo, vi quanto o Wise me cobrou e fiz a conversão. TOTAL com tuuuudo tudo tudo tudo: R$ 19.500,00 Nesse valor de R$ 19.500,00 está também a parte que eu gastei em Londres, estão os presentes que comprei pra minha família e namorado, tem uns R$ 800 reais de roupas de frio que comprei em Londres. Enfim, TUDO desde que eu sai do Brasil no dia 01 de março até eu retornar para casa em 19 de março. Roteiro resumido: 01/03 - saída do Brasil para Londres, via Lisboa 02/03 - chegada fim do dia em Londres, cheguei umas 21h no AirBnb EXAUSTA (aquele momento a gente se questiona PORQUE pegar um voo com escala e não ter pagado um pouco a mais num voo direto GRU > Londres kkkkk) 03/03 - Andei sem rumo, vi a Trafalgar Square, Big Ben, London Eye e andei para a estação de Victoria para ir para Brighton visitar uma amiga 04/03 - Londres visitar uma amiga 05/03 - Passeio por Londres 06/03 - Londres > Islândia. Pegamos a Campervan, fizemos mercado, fomos pro Camping. 07/03 - Reykjavik (passeamos nos pontos turísticos da capital) > Hveragerdi (dormimos aqui) 08/03 - Kerid Cratera, Urridafoss, Seljalandsfoss > Skogafoss (dormimos aqui). Primeira vez que vimos a Aurora!!! 09/03 - Skogafoss (fizemos uma trilha que tem em cima), Dyrholaey, (era pra ter ido pra praia preta, mas vimos só de cima), Vik, Fjaðrárgljúfur > Skaftafell Camping (dormimos aqui). Segunda noite de Aurora! Mais fraca, mas apareceu assim de surpresa quando saí da campervan para escovar meus dentes 🤩 10/03 - Trekking no gelo e Ice Cave que saia de Skaftafell e trilha Svartifoss. Tivemos um dia mais leve, dormimos mais uma noite no Skaftafell Camping. 11/03 - Fjallsarlon, Diamond Beach > Fossardalur Camping (muito boa a cozinha desse camping!!) 12/03 - Stuðlagil Canyon, uma das estradas mais bizarras que já passei na minha vida, Vogar Camping. Terceira noite de Aurora! Foooorte, muito visível, dançando pelo céu. Foi lindo! 13/03 - Tentamos ir para Dettifoss, a estrada tava fechada com neve, Hverir, Grjotagja Caves, Hverfjall, Godafoss > Lamberyri Camping 14/03 - Hvitserkur > Fossatun Rock n Troll Camping/Guesthouse/Restaurante (dormimos aqui) 15/03 - Gullfoss, Geysir > Mosskogar Camping (dormimos aqui, já está mais perto de Reykjavik) 16/06 - Hvammsvik (piscina quente, bem imersa na natureza, eu ameeei!), voltamos pro centro de Reykjavik, noite Blue Lagoon). 17/03 - saída da Islândia para Londres 18/03 - saída de Londres para GRU, via Lisboa 19/03 - chegada em GRU É isso! Em breve volto aqui com mais detalhes de cada dia, as escolhas que fizemos, etc. Espero que esse relato ajude você a tirar seu sonho do papel! Bjs, Ana (no Instagram sou anavoando)13 pontos
-
Olá, mochileiros, Eu planejei essa viagem por um certo tempo (um boooom tempo, na real), porém várias coisas no meio do caminho me fizeram adiar esse sonho. É meu primeiro mochilão sozinho fora do Brasil. Há um certo tempo atrás, eu e meu amigo Bruno fizemos um grupo no WhatsApp para trocar experiências e nos organizarmos para viajar juntos. Aconteceu que não consegui viajar junto com ele e mudei completamente os meus planos. Ressalto tanto a importância desse blog quanto desse grupo que criamos. Foi, é e está sendo importante para quem está se aventurando com uma mochila nas costas e um sonho. Queria deixar menção à Karine, que hoje chamo de Lindinha. Esteve comigo todos os dias dessa linda viagem, desde os dias mais tensos, em que quase perdi meus voos, até os dias incríveis que tive o prazer de compartilhar. Até fiz uma ligação de uma "MONTANHA" (1 para a Entel e 0 para a Tim). Minha viagem foi muito especial com você. Vou escrever e/ou separar minhas experiências por aqui, dia a dia, para ficar mais fácil de entender e de uma forma cronológica. Sempre planejei tudo (literalmente tudo). Para essa viagem, eu fiz e refiz esse roteiro mais de 200 vezes, tenho certeza disso. Todas as variáveis possíveis, se acontecesse alguma coisa, eu já estava preparado (e aconteceram VÁRIAS, por sinal). Tudo bem que era um certo receio da minha parte, o medo do desconhecido e tudo mais. Se eu pulasse de paraquedas em qualquer lugar da Bolívia, eu ia saber me virar mesmo sem internet. Algumas dicas antes de realmente começar esse relato: - Não reserve nada pelo Booking. Antes disso, pegue o nome do hostel/hotel, pesquise no Google e procure pelo número da acomodação. Geralmente, todos têm WhatsApp. Quando fazia isso, eu perguntava o valor do quarto diretamente com eles e comparava com o Booking. Absolutamente sempre eu pagava bem mais barato dessa maneira. - Em relação à internet, não fique na noia como se você fosse para outro planeta sem acesso à informação e sem comunicação. Geralmente, hostels, restaurantes, cafés etc. têm Wi-Fi. Alguns você paga, outros não. Sobre o famoso "chip" de internet, é fácil de achar, é só "hablar", apenas. Eu comprei o meu em uma loja da Entel lá em Sucre. Foi "tranquilo" de comprar e ativar. - Sobre comida, eu não tive "problemas" de comer na rua nem nada. Obviamente, eu comia em lugares com o mínimo de higiene, e sinceramente, por lá você paga por isso. O prato é o mesmo, porém, devido ao local, chega a ser mais que o dobro do valor. Então, é uma questão de pesquisar bem. - O câmbio. Eu levei quase todo o meu dinheiro em espécie (foi a melhor coisa que fiz e a pior também). Uma parte estava em USD e outra em reais. Ambos os câmbios estavam ótimos. Quase todo o meu dinheiro foi trocado na rua com cambistas e em uma sorveteria lá em Sucre (sim, uma SORVETERIA!). Tinha até loja da Samsung fazendo isso. Eu até pensei em trocar dinheiro nas casas de câmbio em cada cidade que estava indo, porém a cotação era bem ruim em relação aos cambistas. Só troquei um pouco no aeroporto para emergência quando cheguei e, no Uyuni, 50 reais, pois o câmbio estava 1.75. - As passagens para a Bolívia eu comprei usando milhas com a Gol, totalizando 41 mil milhas. Como fiz uma transferência bonificada via Livelo, fiquei com 19 mil milhas e, como tinha assinado o Clube Smiles anual, ganhei mais 16 mil milhas. Já tinha milhas, então só emiti a passagem com essa diferença. O custo disso foi de R$101,98 + 6400 pontos Livelo, que eu ganhava comprando coisas em sites parceiros e/ou comprando quando tinha promoções em datas específicas. Dia 0: O começo de tudo CWB-GRU, GRU-VVI Eu já tinha preparado tudo o que precisava, porém estava bem ansioso, não só devido à viagem que acabava de começar, mas também por várias questões pessoais. Fui a uma farmácia pesar minhas mochilas e, sim, minha cargueira de 50 litros estava bem acima do aceitável. Porém, eu decidi ir mesmo assim. Chamei um Uber até a rodoviária depois de visitar minha mãe no hospital. Minha passagem era para 10h. Fiquei esperando tranquilo, até que não ficou tão tranquilo assim. Começou a chegar o horário do ônibus e nada. Conversei com um rapaz da empresa de ônibus e ele me disse que ia atrasar, porém não falou quanto. Comecei a ficar levemente preocupado. O ônibus chegou depois de um certo tempo. Estava levando alguns lanches e água comigo, pois pretendia jantar lá perto da rodoviária do Tietê, porém, aparentemente, esse plano não era para acontecer... Depois de um tempo de viagem, o trânsito começou a ficar bem lento, até parar completamente. Isso era por volta de 13h. Quando já fazia um tempo parado, chegou a notícia de um acidente feio na pista entre um caminhão e uma carreta. Estávamos no meio da serra sem internet. Comecei a ficar mais preocupado, pois não tinha atualização da situação. A fila começou a andar só por volta das 17h30, porém de uma forma bem lenta. Ainda estava "longe" da rodoviária do Tietê. O trânsito parou de novo depois de um tempo e eu decidi fazer uma coisa: Conversei com o motorista e perguntei se dava para eu sair do ônibus, pois eu ia achar alguma maneira de sair dali, senão ia perder meu voo (que era às 22h40 '-'). Eu saí do ônibus, porém, caso o trânsito voltasse a andar, o motorista me disse que não ia parar para eu embarcar novamente. Então, sim, foi uma aposta. Andei por alguns quilômetros até chegar na barreira da concessionária. Vi um grupo de motoqueiros e ouvi eles conversando sobre o acidente e tudo mais. Decidi ir conversar com eles. Foi aí que conheci o Marcelo, meu anjo da guarda. Ele me questionou por que eu estava sozinho com duas mochilas ali, e eu só disse: "Preciso chegar na Bolívia". Ele e seus amigos estavam indo para Aparecida do Norte. Depois de um tempo conversando, o inacreditável aconteceu: ele decidiu me ajudar e me dar uma carona até o aeroporto! Sim, era eu, o Marcelo, sua moto e eu com duas mochilas enormes por quilômetros. Ele decidiu me ajudar com uma condição: que um dia eu fosse a Aparecida com ele. Não como uma forma de pagar "promessa" ou apenas para fazer companhia, mas sim como uma forma de agradecimento. Devido ao horário que cheguei para o embarque, eu não parei para comer nada desde a hora que saí de Curitiba. As coisas comigo ficam piores em todos os sentidos quando estou com fome. Porém eu estava tão tenso com a situação que não sentia fome nem sede, apenas um cansaço físico e mental absurdo. Depois de tudo isso, quando já estava no avião indo para Santa Cruz, eu desmaiei. Só acordei quando a comissária veio entregar o "lanche". Chegando em Santa Cruz, logo depois do pouso, minha internet do celular funcionou tranquilamente. Eu uso Tim, liguei pra operadora pra ativar o roaming internacional para emergência, peguei o pacote mais simples apenas para o dia que ia ficar em Santa Cruz e se por algum motivo não conseguisse comprar meu chip por 7 dias no total. Se eu não me engano, eles têm parceria com a Tigo. Eram poucos GBs, porém, para WhatsApp e pesquisar, era o suficiente. Minha chegada foi de madrugada, então tinha poucas opções de transporte e hostel. Eu perguntei sobre o valor do táxi pra sair de lá, porém estava 100 BOBS '-'. É, não dava. Fiquei andando lá dentro do aeroporto até achar uma casa de câmbio que estava "aberta", porém não tinha ninguém. Eu chamava, porém ninguém respondia, nem uma alma viva aparecia. Resolvi ir sacar um valor suficiente para o Uber, tinha visto no aplicativo que estava por volta de 70/80 BOBS. Fui testando meu cartão da Wise em vários caixas eletrônicos lá, e todos cobravam uma taxa de 8 USD para o saque. Até que cheguei em um que simplesmente travou meu cartão, por exatamente 21 minutos ("É pronto, tô sem meu cartão, casa de câmbio só com o Gasparzinho funcionando, agora vou ter que dormir aqui..."). Depois desse tempo, meu cartão saiu, porém eu decidi ficar lá na frente da casa de câmbio até aparecer alguém. Chegaram duas moças, ficaram na minha frente chamando ou batendo no vidro, até que apareceu uma velha que estava tirando o soninho de beleza dela. Fiz câmbio e fui ver o valor do carro no aplicativo chamado Yango. Deu 53 BOBS o carro e fui até meu hostel Travelero Hostel & Tours, que paguei 80 BOBS. Oficialmente, cheguei na Bolívia. Depois do meu soninho da beleza, fui tomar um café da manhã e explorar um pouco o centro da cidade. E uma coisa que já falo de antemão: o calor lazarento que é Santa Cruz, nossa! Nesse dia, estava 34 graus. Eu almocei em um restaurante/bar próximo do hostel, paguei 14 BOBS e fui até um mercado comprar duas garrafas de água de 2L, que paguei 9,5 BOBS. A praça principal é bem bonita, vários museus e prédios históricos, porém era domingo… então fiquei na base do olho. Fiz câmbio com um cambista na praça. É muito fácil de achar eles, geralmente usam umas bolsas laterais e ficam nas esquinas (é diferente de uma garota do job no caso kkkk). Eu achei um depois de conversar com uma senhora que vendia sorvete (que, sinceramente, era ruim, o gosto parecia remédio). Troquei um pouco de dólar e reais com ele e voltei para comprar um sorvete com a senhora como uma forma de agradecimento pela dica de onde encontrar esses cambistas. Andei até meu hostel, me despedi do pessoal, fiz o checkout e chamei um Yango até a rodoviária. Andei por lá até ir a uma empresa que me indicaram, era a Flota Capital. Cometi um erro de principiante, eu confesso: não olhei o ônibus antes de comprar a passagem. Eu negociei com o rapaz da agência, ele me fez o valor de 100 BOBS no "leito", que vi depois que não era leito (Maldita máfia do leito cama). Resumindo: chovia mais dentro do ônibus do que fora, minha poltrona estava estragada, uma das molas não ficava "esticada" completamente, e eu ficava segurando um dos pés para deitar o banco. Vários vendedores aleatórios circulavam por dentro vendendo coisas aleatórias, tipo pomada milagrosa da Shopee. Algumas galinhas e um cachorro viraram meus companheiros por um tempo. É, essa viagem de ônibus foi engraçada. Gastos do dia: Transporte aeroporto por aplicativo: 53 BOBS Hostel Travelero Hostel & Tours: 80 BOBS Alimentação: 49,5 BOBS Extras: 21,5 BOBS Ônibus para Sucre (Flota capital): 100 BOBS Dia 1 - Sucre, a Cidade Branca Cheguei a Sucre por volta de 5h da manhã. Depois de um tempo, fui para o meu hostel, o Villa Oropeza Hostel. Paguei 50 BOBS e o anfitrião era muito acolhedor, me recebeu cedo durante uma chuva lazarenta. Depois de me acomodar, tomar um banho e descansar, decidi começar meu tour na cidade. Porém, antes, fui comprar meu chip da Entel. Paguei 55 BOBS para 10 dias com internet ilimitada. Conheci a Catedral de Sucre e sua história, o Museu do Chocolate, a Praça 25 de Maio, o Convento San Felipe Neri, o Convento Mirador La Recoleta e sua feirinha, dentre outros pontos turísticos conhecidos. Fiz tudo andando, pois, na maior parte do tempo, as ruas eram retas. Uma dica para câmbio: vá até o Mercado Central de Sucre. Ao redor, tem uma sorveteria, a única por sinal. A cotação estava 11,35 por dólar, e para real estava 1,85. A feirinha lá do Mirador La Recoleta vale muito a pena, porém tem que negociar. Consegui alguns souvenirs assim, na base do choro. Se possível, compre os chocolates para ti, é o mais famoso em toda a Bolívia, e em Sucre é mais barato devido às lojas direto da fábrica. Com toda certeza, essa é a cidade mais bonita de toda a Bolívia. Sua arquitetura única, ruas estreitas com calçadas de paralelepípedos… É chamada de Cidade Branca. Só indo lá para entender. Eu voltei para o meu hostel bem no final da tarde, já tinha feito tudo o que queria. Estava com muita fome e uma sede desgraçada. Chegando ao hostel, fiquei descansando até dar o horário de fazer meu checkout, que, na minha cabeça, ia ser por volta de 20h. Porém, para minha surpresa, tinha uma brasileira no meu quarto. Ficamos conversando ali até 21h mais ou menos, porém, até então, eu não tinha comprado a passagem para Uyuni. Eu ia meio que na sorte e comprar direto. Quando estava saindo, vi no site Tickets Bolivia que o último ônibus era para 22h30. Eu fui andando com duas mochilas até a rodoviária, não passava um táxi sequer. Quase morri de andar com todo aquele peso... Chegando lá, para minha surpresa, as únicas empresas que fazem esse trajeto não tinham mais passagem ‘0’ (é, azedou). Não fiquei desesperado nem nada, pelo menos no momento. Comecei a pesquisar passagem para Potosí e, em seguida, Oruro, porém também não tinha mais à venda. Imediatamente, mandei mensagem para o hostel em que estava e pedi mais um dia. Porém, eu não saí da rodoviária no momento, fiquei na porta do embarque esperando alguma passagem para venda ou alguém que tivesse desistido de ir para Uyuni. E sim, apareceu um rapaz depois de um tempo me oferecendo a passagem dele por 100 BOBS, basicamente o mesmo preço que pagou. A empresa de ônibus era EMPERADOR, muito boa por sinal, era semi-leito dessa vez. Mesmo sendo muito confortável, eu não consegui dormir muito bem. Acordei várias vezes durante a noite. A viagem em si foi tranquila tirando essa parte. Chegamos ao Uyuni por volta de 6h. Gastos do dia: Taxi rodoviária: 10 BOBS Hospedagem: 50 BOBS Alimentação: 84,5 BOBS Chip ENTEL: 55 BOBS Passeios e extras: 124,5 Ônibus para o Uyuni (Emperador): 100 BOBS A sorveteria que fiz câmbio Dia 2 e 3 - Salar de Uyuni Finalmente chegamos a Uyuni. A viagem foi tranquila, porém, novamente, não consegui dormir Ainda não sou muito bom com isso, mas um dia vou aprender a dormir em um ônibus sem precisar me entupir de Dramin e afins. Estava um "pouco" frio quando cheguei, nada que eu já não esteja acostumado com o frio do sul. Fui andando até a avenida principal, onde ficam todas as agências de turismo de Uyuni. Depois de alguns minutos, vi uma moça do lado de fora de um café, e ela me chamou para entrar, dizendo que também tinha uma agência de turismo. Como estava com fome e "cansado" da viagem, resolvi entrar. O lugar era bem aconchegante e limpo. Fiquei ali até umas 8h, 8h30, escrevendo em meu diário, até que resolvi sair para fazer cotações. Eu já sabia que os preços estavam mais altos do que o normal devido às chuvas. Fui a várias agências, mais de 15 por sinal. O passeio de três dias era praticamente o mesmo em todas, e o preço médio que encontrei foi de 1.150 BOBS, mais 162 BOBS de taxas dos parques. O passeio de um dia variava entre 120 e 300 BOBS, dependendo da agência. Algumas levavam bicicletas, o almoço era feito no meio do salar, e as fotos eram tiradas com uma câmera boa — então, em relação ao passeio de um dia, essas eram as diferenças. Como eu disse anteriormente, mudei meu roteiro várias vezes, e essa foi uma delas. Inicialmente, faria o passeio de três dias, mas, devido ao valor, comecei a cotar o de dois dias, que variava entre 680 e 750 BOBS. Porém, eu sabia que, se deixasse para fechar de última hora, poderia conseguir um valor melhor, já que as agências costumam dar descontos para completar os carros e iniciar o passeio. Então, parei de procurar agências e fui a algumas farmácias comprar água, além de passar em uma casa de câmbio. Me perdi no mercado municipal — lá é muito louco, no mesmo lugar onde se vende um DVD de qualidade duvidosa, também vendem cabeça de porco. Eram por volta de 10h15 quando voltei a procurar agências para fechar o passeio. A agência que eu queria já tinha o carro cheio. Depois de um tempo, uma moça me perguntou se eu estava sozinho e para qual passeio eu queria. Eu disse que estava entre o de um dia e o de dois dias. Para minha sorte, ela tinha uma vaga disponível para cada um. O preço inicial para o passeio de dois dias era 750 BOBS, e então entramos em uma longa negociação de 15 minutos. Resumindo, ela aceitou me vender por 500 BOBS, pois ninguém apareceu na agência até o horário de saída dos carros. O Salar Começamos pelo cemitério de trens, e, por sinal, foi o que eu menos gostei. Não pela sua história, que é sim interessante, mas pelo lugar em si, que é só um espaço com trens onde você pode pegar tétano e fazer fotos "instagramáveis". Depois disso, fomos a Colchani, onde tem a feirinha do salar (recomendo) e onde você aprende como é feito o processamento do sal, além de visitar o museu. Essa feirinha é muito boa para comprar souvenirs, seja para você ou para a família toda — desde que saiba negociar. Basicamente, nada tem preço fixo. Almoçamos em um hotel de sal, que também foi o lugar onde dormimos na volta do salar. É um pouco difícil descrever a sensação de ver o salar pela primeira vez e sua imensidão. Tive a sorte de pegá-lo espelhado, o que rendeu fotos incríveis. E o pôr do sol foi um dos mais lindos que tive o prazer de ver. Devido às chuvas, os carros só andavam a 15/20 km/h, então tem que ter paciência. Qualquer mudança de trajeto significava 1h30 de distância das outras paradas. Visitamos os monumentos no meio do salar, o famoso monumento Dakar e a praça das bandeiras. Faz um calor da desgraça, então vá preparado com roupas com proteção UV e segunda pele, pois na sombra você morre de frio. Retornamos à noite para o hotel de sal. Já fazia um tempo que eu não estava me sentindo bem, então tomei alguns remédios e fui dormir. De manhã, estava pior. Avisei meu guia, que usou um oxímetro para medir minha saturação — estava em 68%. Ele conversou comigo e perguntou se eu queria parar ali ou continuar. Eu disse que queria continuar e, se piorasse, que me levasse até Oruro. O passeio do segundo dia então começou. Visitamos uma igreja de arquitetura colonial, a Lagoa Verde, as águas termais e, sim, teve flamingos. Já quase no final do passeio, eu estava me arrastando e pedi para o guia me levar até Oruro. Eu poderia ficar por ali no hospital ou seguir para La Paz, mesmo sabendo que era arriscado. Decidi seguir viagem até La Paz e fui direto para o hospital. Depois de receber oxigênio e medicação, o médico me recomendou ir até Coroico se eu não melhorasse. Resolvi ficar em La Paz repousando na parte da manhã, até porque estava uma chuva chata. Gastos do dia: Alimentação: 41 BOBS Passeios e extras: 614,5 BOBS Ônibus para o La Paz (Flota Urus): 30 BOBS Dia 4 - La Paz e Copacabana Depois de tomar café da manhã, já estava me sentindo um pouco melhor. Passei a manhã escrevendo, já que a chuva lazarenta não parava por nada. Depois de um tempo, conheci alguns brasileiros e decidi sair com eles um pouco. Visitamos alguns museus, igrejas, praças e até andamos de teleférico. Antes de sair do meu hostel, já tinha feito o checkout e deixado minhas mochilas em um armário na recepção. Só voltei lá para pegá-las e chamar um Yango que custou 8 BOBS. Conversei com algumas pessoas sobre onde pegar a van/ônibus para Copacabana e descobri que é no Cemitério General de La Paz, que ficava a mais ou menos 2 km do meu hostel. Essa dica é interessante, porque de lá você pode sair para Copacabana a qualquer hora do dia, diferente do terminal de ônibus de La Paz, que só tem horários bem cedo pela manhã (6h30/7h30). Peguei uma van por 25 BOB até Copacabana. Já vou avisando de antemão: os motoristas são MALUCOS! Parece que estão no Velozes e Furiosos—a cada curva na contramão, um infarto. Fora que, para mim, que sou um cara "grande", fui espremido no banco de trás com minhas mochilas, mais as mochilas e sacolas do povo que ia junto. O trajeto dura mais ou menos 3 horas e, no Estreito de Tiquina, é necessário pegar um barco, que custa 2 BOB. Depois, a gente volta para a van e segue até Copacabana. Mesmo com vários infartos no caminho, depois de um tempo dá para apreciar uma vista linda—para quem senta do lado esquerdo da van, fica ainda melhor (ajuda a distrair a cabeça). Cheguei em Copacabana e fui direto para o meu hostel, o Bella Vista. Não era muito barato, mas, depois de uma negociação, paguei 35 BOB. Eu estava sozinho no hostel, e o anfitrião aguardava a chegada de uma moça do Chile e um pessoal de Israel. Tomei um café da tarde com ele e pedi orientação sobre como subir o Cerro Calvário. Ele me deu um mapa e explicou um jeito "mais fácil" de subir, indo pela direita do cerro, em vez de pegar a subida depois da praça principal. Mesmo assim, foi um sofrimento! A cada cinco passos, meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sabia que ainda não estava bem por causa da altitude, mas era algo que eu queria muito fazer. Demorei mais de uma hora para subir, pois precisava parar para recuperar o fôlego, tomar água. Quando finalmente cheguei ao topo... nossa, que vista linda! Dá para ver toda a cidade de Copacabana e o Lago Titicaca, é realmente impressionante. Fiquei ali até o pôr do sol. Antes de voltar para o hostel, decidi comer na rua. Fui a vários restaurantes procurando a famosa truta do lago, mas estava MUITO cara—pelo menos nos lugares onde pesquisei, os preços variavam de 80 a 120 BOB. Acabei comendo um hambúrguer mesmo, que foi suficiente para encher o buxo. Queria sair cedo no dia seguinte, por volta de 8h30, já que o primeiro barco saía às 10h custa 30 BOBS. Gastos do dia: Transporte por aplicativo : 8 BOBS Hospedagem: 35 BOBS Alimentação: 42 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Van para o Copacabana : 25 BOBS Dia 5 e 6 A Ilha do Sol Depois de acordar e tomar café, descobri que, para onde eu ia, não tinha barco nesse horário—só às 13h. Meu destino era a comunidade Yumani, com parada em Pilkokaina, mas acabei comprando o bilhete errado -_-. Fui parar no porto sul, que fica mais à frente, e só me dei conta disso depois de passar pelo Templo do Sol. Mas tudo bem, eu estava na Ilha do Sol pelo menos. No barco onde eu estava, tinha um guia comunitário chamado Roberto. Caso tenham a oportunidade de conhecê-lo, façam o tour guiado, vale muito a pena. Quando cheguei à ilha, estava sem internet, mas tinha salvo o Maps offline. Para chegar à minha hospedagem, eu tinha duas opções: ir pela Escadaria Inca, que eu sabia que ia sofrer, ou procurar um caminho alternativo. No caso, o Caminho dos Burrinhos—um trajeto paralelo ao desembarque do Porto Sul, feito em zigue-zague para os burrinhos descerem até o porto e pegar mantimentos. Mesmo sendo mais fácil, eu sofri. Estava com duas mochilas e mais 6 litros de água. Demorei para chegar ao Campo Santo que custou 140 BOBS. Depois de arrumar minhas coisas, fiquei descansando e tomando chá de coca, com uma vista linda bem na frente do meu quarto. Mais tarde, decidi jantar no famoso restaurante Pachamama. Posso dizer que foi o MELHOR prato que comi até então! Pedi a truta preparada com limão. Tive que pagar com o cartão Wise porque esqueci a carteira no meu quarto. Deu 50 BOB. Fiquei ali até o pôr do sol, escrevendo. Voltando para meu hostel, arrumei minhas coisas para dormir e percebi uma coisa quando olhei para cima: as estrelas. Nossa, eu nunca tinha visto um céu tão lindo como aquele. Usei minha câmera para fazer um timelapse das estrelas e tirar algumas fotos—foi incrível. No dia seguinte, acordei para tomar café da manhã e voltei para a cama. Estava um pouco frio e ainda não me sentia bem por causa da altitude. Na parte da tarde, decidi fazer o tour guiado com o Roberto, mas, como era sábado, ele não estava fazendo o passeio. Fiquei lá no porto conversando com ele, e ele acabou decidindo fazer um tour privado comigo. Foi incrível e cansativo também—subi e desci a Escadaria Inca mais de uma vez. Depois de um tempo, ele me apresentou seu amigo, o guia Álvaro, e continuei o passeio com ele, desde o Templo do Sol até o lado norte da ilha. Valeu MUITO a pena! Hospedagem: 220 BOBS Alimentação: 120 BOBS Passeios e extras: 36,5 BOBS Dia 7 a 15 Retornando da Ilha do Sol, decidi não continuar minha viagem para La Paz. Estava chovendo MUITO, e eu não queria fazer nada com pressa. Então, decidi ficar mais um dia em Copacabana para descansar no meu descanso. Na parte da tarde, resolvi explorar a cidade e fiquei na rua até de noite, quando encontrei um restaurante legal para comer por 35 BOBs, o Juyra Café Bar. O hotel onde fiquei custou 80 BOBs e se chamava Utama. A região estava toda lotada, então foi o único que consegui. No dia seguinte, tomei um café muito bom, porém "caro", custou 37 BOBs. O nome do lugar era Pit Stop, bem próximo da praça onde param as vans. Logo depois, fui apedrejado por uma chuva de granizo. Kkkk. Depois de me recuperar das pedradas, peguei um ônibus para voltar a La Paz. Novamente fiquei alguns dias no Hostel Lobo e paguei 43 BOBs pela diária. Este hostel oferece serviço de lavanderia, que custava 8/10 BOBs por kg. Eu deixava as roupas pela manhã e as retirava à noite na recepção. Existem outros lugares que fazem esse tipo de serviço, porém eu usava o do hostel pela facilidade. Basicamente, nesses dias em La Paz, fiz vários passeios, alguns pagos e outros não. Conheci muitos museus, restaurantes e lugares aleatórios. Se alguém tiver a oportunidade de ir à Feira 16 de Julho, é muito interessante e caótica. Ela acontece toda quinta e domingo. Passeios como Chacaltaia e Laguna Esmeralda eu já tinha conversado com vários turistas e agências para ter uma noção de como estavam, e sinceramente fiquei bem desanimado com as fotos, vídeos e comentários. Então, decidi não fazer nenhum desses. Estava um clima horrível, toda hora chovia ou ficava garoando. A única escolha que tinha era fazer a Estrada da Morte de bike, que por sinal, eu estava bem animado de fazer lá no começo da viagem e durante a fase do planejamento. No entanto, cheguei à conclusão de que não era isso o que eu procurava. No geral, mesmo depois de 7/8 dias na Bolívia, ainda estava sentindo a questão da altitude, porém de uma forma bem leve. Era como se eu fosse um jogador de futebol, porém fumante. Até pensei em fazer o Pico Áustria ou algum semelhante, mas deixei para decidir na última hora. Tentei ir sozinho até o Vale de Las Ánimas, mas tive que mudar meus planos. Estava chovendo MUITO, então retornei para o centro e fiquei andando pelas galerias. Me perdi por algumas galerias procurando o "famoso" café boliviano. Achei, nas feiras de rua, desde o café Copacabana, que custava 10 BOBs, até alguns cafés "gourmet" por 200 BOBs. Se eu comprasse um desses, ia ter que durar um ano. Como meu objetivo nos últimos dias era "encontrar café", depois de várias andanças, encontrei um bom e barato: o Café Royal, que fica próximo ao El Prado Capsule Hostel. Fiz o passeio das cholitas, que, por sinal, é muito engraçado. Paguei 70 BOBs. É tipo um WWE, porém das cholitas. Tem soco, voadora, mortal, tapa na cara, tudo o que uma luta nesse estilo tem direito. O problema foi chegar lá. Era exatamente uma quinta-feira, então pegamos o trânsito caótico de El Alto. Era cerca de 30 minutos para andar 50 metros. E o nosso motorista ainda fez a proeza de andar por quilômetros na contramão atrás de uma ambulância cortando caminho. Isso foi loucura! Se o Detran pega, já era a carteira. Sobre a comida, economizei bastante comendo na rua e pesquisando. Sempre gostei de ir onde o povo estava e nunca tive problemas com isso. Alguns dias, almocei no Danny Says e pegava o menu do dia, que custava 30 BOBs — uma sopa de entrada, prato principal e um suco. Outros dias, eu almoçava ou jantava na rua mesmo, era muito aleatório, porém a média de valores por refeição era entre 15 a 25 BOBs. Fui também com um amigo no Brosso, que tem de tudo lá, desde sorvetes, bolos, até porções. O ambiente e a música são bons e, no geral, o preço é bom. Para quem gosta de beber, as cervejas são caras. Só consegui beber no último dia em La Paz, no Invictos Sport Bar. Tinha chopp em dobro, hambúrgueres, porções. Era bem próximo do El Prado Capsule Hostel, onde eu estava no meu "último" dia em La Paz, e me custou 60 BOBs. Tive problemas com a polícia, desde ficar sem passaporte até pegarem meu dinheiro. Isso, especificamente, ainda vou escrever em detalhes no relato. O ônibus de retorno para Santa Cruz foi um caos: problemas mecânicos durante a serra, no sentido Cochabamba e Santa Cruz, pneu furado, motorista que parava para dormir, criança que vomitou na escada do ônibus, banheiro que quebrou... Foi tenso. No último dia na Bolívia, fiquei no Travelo Hostel apenas para descansar dessa longa viagem e sair mais à noite para ir ao aeroporto dormir. Como cheguei cedo, por volta de 20h30, 21h30, fiquei dormindo no chão mesmo até as 3h00, mais ou menos, até o pessoal do embarque liberar a entrada. Minha última refeição em terras bolivianas foi um açaí. O fato de eu não seguir um roteiro "fixo" da metade da minha viagem até o final foi muito interessante. Não ficava preso a horários, compromissos. Eu apenas pegava "minha" mochila pequena, com água, power bank e meu diário, e ia andando sem destino certo (me perdi várias vezes). Uma hora, eu só ia andando, outra hora pegava um ônibus sem olhar a placa para onde ia, outra hora entrava em uma van que apenas estava escrita com um destino que eu tinha ouvido falar. Conheci muita gente dessa forma. Até entrei na casa de uma senhora para ficar conversando com ela e tomar um chá de coca. Conheci um pintor de rua que estava pintando uma adaptação de um quadro e fiquei por ali, conversando e ajudando ele a pintar. Isso foi em uma galeria aleatória que entrei no Museu da Coca, na rua das bruxas. É só um exemplo de tantas coisas aleatórias que fiz por lá. Sim, tive medo de muitas coisas durante a viagem: de me perder (me perdi), de perder os ônibus (perdi), de ficar sem internet (fiquei), de ser roubado (sim, fui), de passar mal devido à altitude (aqui vacilei), porém nada disso me impediu de ir, de seguir com meu sonho. Às vezes, a vida nos convida a sair do caminho seguro e previsível, nos forçando a abraçar a incerteza. O medo, os obstáculos e as dificuldades são parte do processo. Afinal, ao olhar para trás, percebo que as melhores memórias não estão nos roteiros mega planejados, mas nas escolhas espontâneas nos momentos em que me permitia ser guiado pela aleatoriedade da vida. Porque, no final, a viagem não é sobre os lugares que visitamos, mas sobre quem nos tornamos ao longo do caminho. Uma boa viagem a todos. Custo total da viagem: 150 USD 3559,3 BOBs ± 1.935 reais13 pontos
-
Mochileiros, como vocês estão? Planejando seus próximos destinos? Espero que estejam todos bem. Antes de tudo, já começo agradecendo a ajuda e todo o suporte que tive lendo relatos do site e conversando com pessoas que já haviam caminhado pelo destino que eu estava querendo fazer, e agora, sou uma dessas pessoas também! @Alan Rafael Kinder @Davi Leichsenring @jjcardoso @primporai @schitini @ThiagoHM Ushuaia, o começo da aventura! Abro o relato com muitas palavras transitando um mar de ideias que surgiram e que certamente surgirão ao longo do tempo, voltei recentemente, mais precisamente no último domingo (17/11), e comecei a escrever hoje, terça-feira (19/11). Sinto que voltei diferente, nunca havia viajado sozinho para fora do país, e é um sentimento complicado de explicar no momento, é como se precisasse de mais tempo para absorver tudo que foi vivido nesses últimos dias, mas buscarei palavras para expressar o quão imenso foi essa viagem. Os dias descritos vão seguir a ordem do roteiro, a viagem aconteceu entre 04/11 a 17/11. Dia 01: Aeroporto, imigração e montanhas nevadas. Resumo dos voos do primeiro dia: Curitiba > Buenos Aires (Aeroparque Jorge Newbery) Buenos Aires (Aeroparque Jorge Newbery) > Ushuaia Acordei cedo, mesmo já estando em Curitiba e perto do Aeroporto, optei por fazer as coisas com calma. Meu primeiro voo com destino a Buenos Aires foi próximo das 10h. Tudo ocorreu bem, sem atrasos, algo engraçado que aconteceu (agora é engraçado haha) quando passei pela imigração, foi que, o homem do guichê pediu o número do voo, e eu não lembrava de jeito nenhum do número, e o pior, não encontrava o maldito bilhete. Foram poucos minutos ali, procurei em todos os cantos da mochila e nada, tentei abrir no celular o ticket e lembrei que ainda não tinha internet no celular haha, resumindo, foi um caos de alguns minutos, até lembrar que o arquivo estava baixado no celular, apresentei e pude seguir adiante. “Lembrem o número do voo de vocês, sempre hahaha.” Já em solo Argentino, saquei alguns pesos num ATM do aeroporto para comer e usar no Uber quando chegasse em Ushuaia, utilizei o cartão Wise na operação. Ah, acabei de lembrar outra coisa, ainda em solo Brasileiro, tive vários produtos (desodorante, shampoo, protetor solar), enfim, todos produtos de higiene e beleza com mais de 100ml foram recolhidos, bem triste, foram muito rígidos nessa parte. Interessante que na volta para o Brasil, a minha mochila sequer foi aberta, vai entender. Voltando ao relato, o meu próximo voo seria apenas às 17h55, então tive bastante tempo de espera, almocei qualquer coisa, besteira mesmo, e próximo ao horário do voo fui ao Café Martinez, fica no segundo piso do aeroporto, os preços são acima da média por ser dentro do aeroporto, mas o café, o misto quente e o alfajor estavam uma delícia. O horário de embarque havia chegado, e eu já me encontrava empolgado, a cafeína e o açúcar atuando juntos, a dose perfeita para o melhor momento do primeiro dia. Diferente da ida, dessa vez eu estava sentado na janela (recomendo o lado direito), e pude acompanhar as diferentes vistas que apareciam aos olhos conforme o avião avançava. Nem havia chegado e a emoção já saltava os olhos, acima das nuvens, o sol se encontrava num alinhamento praticamente perfeito conosco, talvez um mero acaso, mas a vista era como uma pintura, era uma tarefa difícil tirar os olhos daquilo. IMG_3808.mp4 Se aproximando da Terra do Fogo, pude compreender um pouco melhor o que são territórios em áreas remotas, sobrevoar aquele espaço foi mágico! Obs: a palavra mágica será utilizada em mais partes do relato, não é brincadeira haha. Eu não fazia ideia de que estaríamos sobrevoando incontáveis montanhas nevadas, foi um choque observar aquela imensidão, eu estava muito feliz. Mesmo focado na janela e suas vistas, meus ouvidos faziam o trabalho de captar comentários precisos, e foi num momento, que ouvi: Estamos próximos de Ushuaia. Eu buscava com os olhos qualquer vestígio da cidade, porque até o momento havia visto poucas cidades, e eram distantes uma das outras, até que pude ver, lá longe, o destino final, Ushuaia. O avião já iniciava manobras e anúncios de que estávamos entrando na fase de descida, faltava pouco. IMG_3816.mp4 IMG_3815.mp4 A cidade iluminada contrastando com a escuridão das montanhas e a imensidão do lugar foi um cartão de visitas interessante, se assim posso dizer. Quando a aeronave finalmente tocou o solo e estabilizou, iniciaram-se aplausos, não sei dizer o real motivo, tivemos pequenas turbulências, mas acredito que era por outra razão, acho que todos ali esperavam aquele momento. Saindo da aeronave por volta das 22h, comecei a entender o clima Patagônico, o frio e o vento se mostraram imponentes, eu já havia escutado sobre os ventos daquela região, mas não fazia ideia do que estava por vir. De touca e luvas saí para encontrar um Uber, eu tremia tanto, minhas roupas térmicas estavam na mochila, mas optei por encarar aquilo com a roupa que estava no momento, na minha cabeça não seria daquele jeito, vai entender, a cada dia da viagem eu aprendia algo novo. Depois de alguns minutos tremendo, o Uber chegou, o carro estava aquecido, ainda bem, e a partir daí, meu contato com o espanhol começou de fato, ao decorrer da viagem percebi que minha fala e minha audição melhoraram muito, não sou fluente no idioma, mas foi muito tranquilo se comunicar. O primeiro dia estava terminando, mas ainda haviam minutos para passar vergonha, quando o Uber parou, peguei o dinheiro, nem lembro quanto foi, contei as notas e entreguei, ele olhou e disse que estava faltando dinheiro, de fato, eu ainda não estava acostumado com a quantidade de zeros nas notas, que dia longo hahaha. Enfim, encontrei o lugar onde passaria os próximos dias, conversei um pouco com o dono da casa (Franco, o melhor anfitrião), conheci a casa, os pets (o gato era o dono do quarto onde eu estava haha), tomei um banho e capotei. O primeiro dia foi assim, perrengue no aeroporto, vistas absurdas de incontáveis montanhas, frio e vento imponentes, mas eu estava lá, no lugar que antes, eu só acessava pela internet, a viagem apenas começava! Tentarei escrever um pouco todos os dias, abraços, e até qualquer hora.13 pontos
-
Olá pessoal! Meu nome é Rafaela, tenho 22 anos e cheguei essa semana de uma viagem longa na América Central. Uma das melhores da minha vida e de um local não tão visitado por brasileiros, espero que esse relato inspire vocês a conhecerem . Gostaria de dizer que esse relato, originalmente, foi escrito como um diário. Pedi ajuda de AI para deixar um pouco menos pessoal e conseguir compartilhar aqui. Vou fazer um primeiro post de entrada com algumas informações básicas, umas fotos e depois continuo com os relatos detalhados aos poucos. América Central é o destino de mochilão perfeito: cheio de experiências únicas, cultura indígena incrível, facilidade com o idioma, muitos (muitos!) outros mochileiros e preço bom. Planilha de gastos + roteiro dia a dia aqui Sobre o meu budget: minha meta era 50 dol/dia, mas não me importava tanto assim priorizava experiências, fazia todos os tours que queria. economizava com transportes, andava muito a pé + para longas distâncias transporte público. na guatemala usei shuttles. ficava em hostels mas não escolhia o mais barato, ficava no meio termo. não comi muita comida de rua/típica que é mais barata. comi em muitos restaurantes de comida internacional que são mais caros (sou fresca). extras incluem vistos, lavanderia, algum produto que tive que comprar, taxas de ATM e poucas lembrancinhas Lugares visitados: Mapa interativo aqui México - Bacalar Belize - Caye Caulker + San Ignacio Guatemala - Flores (Tikal) + Lanquín (Semuc Champey) + Lago Atitlán + Chichicastenango + Antígua El Salvador - Santa Ana + Juayua (Ruta de las Flores) + El Zonte + San Salvador Honduras - Copán Ruinas + Lago de Yojoa + Utila + La Ceiba + Roatán + Tegucipalga Nicarágua - León + Granada + Ometepe + San Juan del Sur Resumo da região melhor época: dezembro-abril vistos: nenhum país da região exige visto de brasileiros atualmente. Alguns cobram uma taxa para entrar ou sair. o México não está na américa central, mas geralmente é visitado também e para lá precisamos de visto. segurança: El Salvador é um oásis na região atualmente. Os outros têm índices parecidos com o Brasil. Evitar cidades grandes e sempre estar atento. moedas: Belize, Nicaragua, Honduras e Guatemala é 90% cash only. El Salvador é 20% cash only. Eu usei o cartão nomad e as vezes wise (não funciona na Nicarágua). Highlights: Nadar e sentir as energias dos cenotes no México ($5-$30) Relaxar em um rio lento natural cristalino em Bacalar Sentir arraias nadando do meu lado em Caye Caulker ($0) Ficar no hostel Lower Dover em Belize (fiquei aqui para fazer esse tour abaixo). Propriedade na área rural com animais, rios e trilhas na propriedade, além de ruínas maias privativas ($20 a noite) Tour da caverna ATM em Belize. Nesse tour tive que andar, cruzar rios, nadar e escalar para chegar a um local antigo de sacrifícios maias. Os artigos e esqueletos ainda estão no local do jeito que foi deixado há centenas de anos atrás ($135). Ouvir os animais acordando no tour de nascer-do-sol pelas ruínas de Tikal na Guatemala, ver um pica-pau e ouvir o som dos howler monkeys ($63) Presenciar a tradição de semana santa na Guatemala ($0) Vistas do vulcão do Lago Atitlán, especificamente em um daypass na Casa del Mundo ($6.50) Assistir rituais maias no Cemitério de Chichicastenango ($0) Caminhar pelo vulcão Pacaya ($37) Fazer a “Seven Waterfall Hike” em El Salvador ($10) Comer pupusas em El Salvador ($1) e esquites no México (2$) Nadar em um cachoeira de águas termais em El Salvador ($2) Ver erupções de um vulcão com apenas 200 metros de distância ($225) Fazer curso de mergulho em Utila ($298) Praias piscininha de Roatán ($0) Descer de “prancha” em um vulcão ativo ($35) Conhecer toda a ilha de Ometepe de quadriciclo ($50) Tentei colocar fotos aqui, mas ela sobem totalmente pretas. Vou colocar um videozinho então… copy_ECB2CF22-AA80-41F3-949C-CC86A8900A81.mov É isso, pessoal! Depois volto com relatos mais específicos.12 pontos
-
Informações gerais: Esse relato é da viagem que fiz no fim de março/começo de abril pelo sul do Peru e Bolivia. Como foram vários dias, o relato pode ser grande apesar de eu ter tentado fazer de forma mais simples e sem muita informação desnecessária. As informações de cada lugar e seus passeios estão relatados conforme o lugar e você pode encontrarlos nos títulos dos dias ou cidade. Vale lembrar que não inclui valores de passagens aéreas do Brasil, porque estou atualmente vivendo Peru e minha viagem teve como partida e chegada este país. Vivo em Pucallpa, mas no relato salto a informação que tem ver com a cidade como os Percursos Pucallpa - Lima e Arequipa - pucallpa, porque acho que não interessa a ninguém rs. Como o salar do Uyuni é um ponto mais procurado e geralmente muita gente só busca por isso, deixei a parte do salar num relato a parte para facilitar aos que estão buscando apenas informação desse passeio. Aqui está o link do Relato Salar do Uyuni. Para os que tenham interesse, essa é uma pequena e incompleta tabela que fiz com valores tirados da internet (alguns eu atualizei) com a distância e preço de transporte que usei de base para decidir onde visitar com o tempo que eu teria: 5. Meu roteiro de viagem foi: Pucallpa -Lima Lima-Juliaca Juliaca - Puno Puno - Juli Juli - Desaguadero Desaguadero - La Paz La Paz - Uyuni Uyuni - Potosí Potosí - Sucre Sucre - Cochabamba Cochabamba - Copacabana Copacabana - Puno Puno - Arequipa Arequipa - Pucallpa sem mais delongas... ao relato! hehe Dia 01: LIMA - JULIACA - PUNO - JULI Saí de Lima pela manhã com voo rumo a Juliaca. Ali cheguei como as 11:30 sai do aeroporto caminhando e mais a frente encontrei um bom lugar para comer, onde havia menu de apenas 7 soles. Meu plano inicial era visitar Lampa, um povoado cerca, mas acabei desistindo e indo direto a Puno. Paguei apenas 5 soles no transporte a Puno, que demorou menos de uma hora. Cheguei pela tarde e fui direto ver se me alcançava fazer o passeio as ilhas uros no lago titicaca. O passeio estava a 18 soles: 10 o transporte 8 entrada às ilhas Esperamos completar o barco e seguimos adiante. Há diferentes tipos de passeios. De um dia inteiro, de dois dias e esse que fiz de duas horas mais ou menos. O passeio consistiu em visitar uma das ilhas, onde nos foi apresentado como constroem e mantém a ilha. Também um pouco de seus costumes. Daí veio uma parte interessante e para mim um pouco desconfortável, onde nos divide em grupos ou individualmente, como foi meu caso, para irmos as casas dos habitantes. Até aí tudo bem, mas depois cada habitante tem seu “mercado” e te vai oferecer. No meu caso, como estava sozinho, me senti muito desconfortável em não comprar nada com o senhor e acabei comprando o mais barato porque tudo é muito caro! Depois te levam para passear em um barco e te cobrarão 15 soles a mais por isso. O passeio é opcional e se vc não for, seu barco te levará para o mesmo lugar, assim que não perderá nada. O destino é uma outra ilha onde pode comprar algo para comer, ali também carimbam seu passaporte por 1 sol. Regresando a cidade decidi seguir viagem dali mesmo porque não tinha nada mais na minha lista do que queria fazer por ali e queria chegar logo na Bolívia. Peguei um carro a Juli, que fica na metade do caminho a desaguadero. Paguei 8 soles creio. Fui passar a noite ali porque havia quem me receberia ali, na verdade é um lugar bem bonito conhecido como "pequena Roma" e não esperava. Para minha surpresa encontrei uma amiga que não via há anos e não tinha ideia de que estaria ali. Dia 02: JULI - DESAGUADERO -LA PAZ Pela manhã seguinte tomei outro carro a desaguadero. Devo ter pagado 7 soles tbm, não estou seguro. Chegando lá fui caminhando em direção a migração e aproveitei para trocar dinheiro. Como tinha soles, consegui um câmbio de 3,30. Passei pela migração do Peru, para sair, e depois da Bolívia, para entrar, sem problema nenhum e com pouca fila. Daí segui até onde estão os carros para la paz. É importante perguntar o valor e até onde vão. Eu paguei apenas 20 bolivianos, uma amiga que chegou pouco tempo depois acabou pagando 35. Então é bom perguntar em mais de um. O que eu peguei nos deixou na Ponte Rio seco, para tomar o teleférico azul. Para chegar ao centro a partir daí vc pega o teleférico azul até o final (4estacoes) depois muda para o prata (1 estação) e depois o roxo (1 estação) até chegar na estação do Prado. Ali já é o centro de Lá Paz. Procurei um lugar para almoçar e encontrei um menu de apenas 15 bolivianos com sopa de entrada, segundo (escolhi um macarrão) e um refresco e um pudim de chocolate. Muito barato! Depois fui atrás de um chip para celular. Fui na entel e comprei um por 10 bolivianos e paguei mais 15 por un plano super básico de 1.5 gb por 10 dias com wpp ilimitado. A atendente acabou errando e por sorte eu percebi. Daí ela me prometeu fazer uma outra recarga mais tarde nesse dia para que eu pudesse contratar o plano que escolhi, e assim o fez. Depois me encontrei com uma amiga que tbm estava chegando e com o rapaz que ia me hospedar. Mais tarde comemos uns frangos fritos e terminamos o dia. Dia 03: LA PAZ (VALLE DE LA LUNA, CENTRO) juntamente com minha amiga mexicana do dia anterior, decidimos ir pela manhã ao Valle de la Luna, tomamos um desses coletivos em direção a Mallasa que nos deixa na porta do vale. Pagamos 20 bolivianos para ingressar. É um lugar interessante, mas pode sim ser um pouco tediosos porque a paisagem é meio monótona. Mas é um destino muito buscado para quem está por La Paz. Terminamos o passeio e esperamos o transporte na rua ao lado. Chegamos no centro e fomos almoçar no mercado Lanza, onde encontramos um menu de 11 bolivianos que vinha com sopa, arroz e lentilhas com um pouco de salada. Dessa vez, sem refresco. Depois passeamos um pouco pelo centro, mercado das bruxas e depois foi só perda de tempo kk. Ela tinha que resolver algumas coisas e acabamos caminhando como loucos, mas ainda pude visitar o morador Kilikili e ter uma Boa Vista da cidade. O dia basicamente foi isso, depois só voltei para a habitação e jantei. Dia 03: LA PAZ (VALLE DE LAS ÁNIMAS) no terceiro dia fomos eu, a mexicana e meu amigo boliviano ao Valle de las Ánimas. Ainda não é muito conhecido mas muito bonito. Há formações como o Valle de la luna más são bem maiores. Chegando ali vc só paga 5 bolivianos de entrada, mas explora por conta própria. Voltamos a cidade onde a mãe do meu amigo nos havia preparado um prato típico chamado Silpancho, basicamente arroz com bife e salada. Mas estava muito bom. Descansamos e na tarde saímos a passear pelo centro outra vez, comprei alguns souvenires e depois fomos a calle Jaén. Uma das mais antigas da cidade e bem legal de se visitar. Nisso já era noite e fui direto ao terminal para tomar um bus a Uyuni. Consegui por 100 bolivianos através do pai do meu amigo mas acho que a média estava entre 120. A companhia foi Cisne e o ônibus era super confortável. Saí como 21:30 e passei toda a noite viajando até chegar em Uyuni no dia seguinte as 06:00 mais ou menos. Dia 04 SALAR DE UYUNI Finalmente em Uyuni, estava super ansioso para conhecer o salar que era a razão principal da minha viagem. Desci do bus e não tinha gente oferecendo nada, como na maioria dos relatos. Na verdade. Havia pouquíssimas agências abertas e comecei a investigar preços. Basicamente a média dos valores era: Tour de 1 dia - 180 a 200 pesos Tour de 2 dias - 600 a 800 pesos Tour de 3 dias - 1000 a 1200 pesos Tour de 1 dia vc vai fazer o passeio ao salar e volta na noite. Terá um almoço e snacks no fim da tarde com um brinde ao pôr do sol. O roteiro é basicamente: Cemitério de trens Loja de souvenir e processo de extração do sal Salar de Uyuni (hotel de sal) Esculturas de sal Por do sol no salar Tour de 2 dias: faz o primeiro dia normal, dorme em Uyuni e no dia seguinte visita alguns lugares em direção a Potosí. Na real é o pior tour porque segue uma rota completamente diferente, te leva a umas águas termais não muito bonitas e na verdade é só pra encher o dia. Tour de 3 dias é o mais procurado e o mais caro. Vc faz o primeiro dia normal, mas no segundo dia deixa o salar e se aventura no deserto. Vai visitar bastante lagos e ver os flamingos, além de estruturas rochosas impressionantes. OBS: para ler o relato do Salar de Uyuni clique aqui Dia 07 - POTOSÍ cheguei em Potosí como umas 22:30 e fui direto dormir. Ali tinha alguém que me receberia, enquanto minha amiga foi procurar um hostel. Na manhã seguinte fui ao mercado na esquina para comer. Paguei algo entre 10-12 bolivianos por um arroz com cordeiro. Senti Potosí um pouco mais caro que La Paz. Sai rumo ao centro para me encontrar com minha amiga. Saímos a procura de informações turísticas da cidade e a polícia de turismo nos deu vários folhetos interessantes. Dali ela foi se encontrar com alguém e eu saí a explorar a cidade. Meu tour em Potosí basicamente se resumiu em explorar a cidade. Não fiz nenhum passeio porque meu dinheiro já estava acabando e preferi deixar para visitar outras cidades. Potosí tem um centro histórico muito bonito, é uma cidade charmosa e cheia de história. O que mais se faz ali é visitar a casa da moeda 40 pesos e +20 para tirar fotos; é passeio as minas que está em média 100. Depois de explorar a cidade fui comer no mercado central, ainda estavam vendendo menus que haviam sobrado do almoço e por estar tarde me cobraram apenas 10 bolivianos. Passei o dia inteiro basicamente com minha amiga e no final saímos para encontrar alguns outros amigos dela. Fomos a um bar e ali gastamos toda nossa noites. Acabei dormindo outra vez em Potosí e sai na manhã seguinte a Sucre. casa de la moneda praça principal (10 de noviembre) Torre de la Compañía de Jesús Dia 08 - SUCRE Paguei apenas 20 bolivianos de Potosí a Sucre, o que demorou cerca de 3h. Chegando, procurei um lugar para comer e foi o almoço que mais gostei. Veio bastante comida no prato. Pedi um menu completo com sopa de Maní (amendoim), arroz, lentilha e bife e com um pouco de salada por 10 bolivianos! E também um copo de refresco por mais 2. Isso quase em frente ao terminal. Sai a explorar sucre, seu centro histórico é lindo, a cidade faz jus a sua fama. Fui ao mirador do Recoleta, passei por algumas igrejas e explorei o centro. Também dei uma passada no mercado central, praça Bolivar e fui outra vez rumo a rodoviária já comprar minha passagem para cochabamba. Como já tinha voo comprado para o dia 01/04 saindo de Arequipa, não tinha tempo a perder. Decidi passar apenas um dia em Sucre e Cochabamba apenas para conhecer as cidades. Comi no mesmo lugar que havia almoçado, agora estavam cobrando 11 bolivianos. Entrei ao terminal e onde me haviam oferecido passagem a cochabamba por 50 bolivianos pela manhã, já estava fechado. Me pareceu um pouco suspeito, porque ficava do lado externo, enquanto todos que me perguntavam para onde eu ia, ao dizer que era Cochabamba me diziam para buscar dentro do terminal. Ali havia vários preços, todos acima de 80. Acho que no final consegui um por 70 que sairia as 22:00 mais ou menos. O ônibus pelo menos era confortável, consegui descansar no caminho e cheguei a cochabamba quase as 05:00. Dia 09 - COCHABAMBA Chegando a Cochabamba, esperei um rapaz de couchsurfing vim por mim na rodoviária. Não iria dormir na cidade, mas esse amigo foi super gente boa permitindo que eu deixasse minhas coisas na casa dele para poder explorar a cidade. Enquanto isso assisti um senhor bêbado que dormia sentado num banco cair de cara no chão e estourar o nariz. O pessoal do terminal o manteve inclinado para não se afogar com seu sangue e depois de bastante tempo a ambulância chegou e o senhor só acordou quando os paramédicos o atenderam. Andei feito um condenado nesse dia kk. Sempre gosto de fazer tudo caminhando, principalmente quando vou estar apenas um dia no lugar, para poder observar o máximo da cidade e seus habitantes. Aqui sofri para achar um lugar para comer, pois o caminho que tomei não havia muitas opções de comida e sentia que as que havia, abriam tarde, pois já era mais de 08:00 e ainda se encontravam fechadas. Depois de caminhar muito, cheguei ao mercado La cancha. Uma confusão, entrei e finalmente achei um menu mais barato. Acho que paguei 12-15 bolivianos. Provei a famosa sopa de maní (amendoim) e um guiso de frango (que faltava cozinhar mais), mas de modo geral, estava bom. Segui caminhada e decidi ir ao Cristo de la Concórdia. Basicamente algo parecido ao nosso Cristo Redentor, uma estátua de Jesus com braços abertos em cima do morro. Se você têm planos de ir ali nos próximos dias, já te aviso que o teleférico não está funcionando. terá que subir as escadarias a pé ou ir de carro. Eu fui andando, novidade, e não me arrependi. A subida não é nada absurda, leva cerca de 30 minutos. Eu aconselho muito a fazer pelo menos um dos tajetos a pé pelas escadas, porque recentemente agregaram ao caminho, estações representando momentos da via dolorosa, caminho de Jesus até a crucificação. na verdade, ainda estão terminando as obras e acredito que ficará incrível depois de pronta porque, honestamente, as novas estátuas valorizaram muito o passeio. Estão super bem posicionadas, de modo que você as vê com uma paisagem impressionante da cidade abaixo. sem contar que estão muito bem feitas e a história também bem ordenada. Até o sepulcro de Jesus fizeram, para no final o Cristo grande representar Jesus ressuscitado. Eu achei bem legal e sem dúvida o ponto turistico mais importante da cidade. Não longe dali está o Jardin Botânico Martín Cardenas. Lugar ideal para descansar enquanto admira a paisagem, tanto o cristo quanto o jardim botânico são grátis (pelo menos ninguém me cobrou nada rs), então acho que vale a pena visitar caso esteja em Cocha e sem muito o que fazer. Dali fui almoçar com meu novo amigo de couchsurfing em um lugar muito perto da praça principal "14 de septiembre" muito bonita! O Centro histórico de cochabamba é pequeno, mas também vale a pena conhecer, até porque sem dúvida você passará por ele. Depois de comer e descansar, peguei minhas coisas e comecei a fazer meu caminho de volta, rumo ao terminal outra vez. Agora meu destino seria La Paz, na verdade Copacabana, mas como não tinha bus direto, teria que voltar a esta cidade. Dia 10 Copacabana Meu plano inicial era começar minha viagem na Bolivia por Copacabana, e acredito que seria bem facil assim. Entretanto, meu amigo de La Paz me havia dito que por conta das chuvas que houveram, uma ponte havia caído e não havia passe para La Paz de alí. Então entrei no país por Desaguadero, mas ao saber que havia sim como ir para Copacabana, decidi cruzar a fronteira para o Peru por ali. Peguei o ônibus para Copa no terminal de la Paz, assim que cheguei. na verdade, poderia tê-lo pegado em El Alto, mas não sabia então tive que voltar esse pedaço. Acredito que paguei algo entre 30-40 bolivianos. São mais ou menos umas 4h de viagem. para a nossa "sorte" havia uma competição ciclista que faziam esperar os carros para que os competidores pudessem passar, o que nos fez perder muito tempo. Em um determinado ponto do trajeto, você terá que descer do bus e pagar um barco para cruzar o lago, enquanto o onibus usará uma balsa. O preço é de 2 bolivianos. Uma vez cruzando o lago, você sobre outra vez no onibus para seguir até Copacabana. O bus te deixará numa praça onde há varios outros transportes, dali mesmo você tomará seu carro para qualquer outra cidade. também há vários cambistas, agências e hospedagens por ali. Em realidade, a cidade é pequena, todo o centro está bem concentrado nessa região. Você encontrará restaurantes e hospedagens caros como tbm lugares com preços em conta. Caminhando um pouco mais encontrei um menu de 11 bolivianos completo, com sopa de entrada, prato principal e refesco. Em frente ao mesmo lugar onde nos deixou o ônibus, encontrei uma hospedagem mais barata. Paguei 30 bolivianos, estive sozinho no quarto (que era para dois) mas o banheiro era triste kk. Não por ser compartilhado, na verdade estava tudo muito limpo mas o chuveiro quente era uma bomba relógio. Não possuia a parte de cima e quando ligava, esguichava para todos os lados inclusive direto nos fios bem na parte onde estavam unidos e cobertos pela fita isolante. haha Fui passear pela cidade, desci até a orla onde há a famosa âncora branca, de onde saem todos os passeios às ilhas. Para a minha surpresa, encontrei Ben y Becca, o casal que esteve comigo no tour do Uyuni. Não tinham planejado estar ali mas tiveram que adiantar sua ida a Copacabana. Decidimos nos encontrar depois e fazer o passeio a Isla del Sol juntos na manhã seguinte. Continuei meu passeio, fui conhecer a Igreja na praça principal e me impressionei bastante. Para mim, a arquitetura foge um pouco do que estamos acostumados a ver do período colonial. Me dava uma impressão mais "mediterrânea". Não sei se pelo clima ou conjunto de forma geral, mas muitas vezes a Bolivia me fazia lembrar de cidades na Espanha como Málaga, Valencia... que tem mais influencia de culturas do mediterrâneo. De longe via as pedras ao topo do monte e quis subir para apreciar a vista, descobri que na verdade era um lugar turistico, Mirador del Inca e te cobram para chegar ao topo. Fiquei na metade mesmo e contente com a vista dali. Isso foi algo que não gostei muito na Bolivia, falta de informação e do nada vai brotar alguém te cobrando por absolutamente tudo em um passeio. Se você não entendeu, vai ficar muito claro com minha experiência do dia seguinte a Isla del Sol. Comi em outro lugar, acho que por 12 bolivianos ou algo assim, um outro menu e voltei a pousada para descansar. Dia 10 Isla del Sol Na manhã seguinte, arrumei minhas coisas e estava pronto para sair mas não encontrava a senhora responsável pela pousada. Liguei e ela me pediu para esperar que estava vindo correndo. Teria que deixar minhas coisas na recepção para buscar depois, já que o meu passeio ia demorar todo o dia e eu não queria pagar outra diaria só por isso. Enquanto isso, Ben e Becca me esperavam para o passeio, acredito que se afobaram aqui e compraram a primeira opção que tinham oferecido para eles, onde iam direto ao lado sul da ilha enquanto eu queria ir ao norte. Lhes explico as opções de passeio mais adiante, mas antes lhes faço entender um pouco sobre a Ilha e sua logística. a Isla del Sol (Ilha do Sol) é o destino mais procurado por quem vai a Copacabana. É a ilha principal e maior entre as atrações turisticas do Titicaca. Lá há ruínas importantes sobre a civilização inca, acreditam inclusive que nasceram ali. Só que há alguns fatores logisticos e sociais que influenciam nos passeios, por exemplo, os próprios habitantes da ilha não se levam muito bem. São basicamente dois grupos o do lado norte (Challapampa) e o do lado sul (Yumani). O lado norte da Ilha possui mais história e é mais simples, ali você vai encontrar pontos como o mesa de sacrificio, labirinto chincana, praias bonitas e vistas de tirar o fôlego. No Lado sul, também há pontos históricos importantes como o templo do Sol e é uma região mais preparada para o turismo. Assim, você pode optar por transportes que vão ao norte ou sul, dependendo do tempo e atividade que planeja fazer e permanecer na ilha. Geralmente, os turistas vão ao norte e fazem o trajeto caminhando (3horas) até a região sul, onde pegam um barco de regresso as 16:00. Uma vez conhecendo como funciona a ilha, lhes explico sobre os tours oferecidos: Tour completo: te levam em um passeio de um dia para conhecer as ilhas do sol e da lua, ilhas flutuantes e mais... É a opção mais barata, cerca de 50 bolivianos. Pode parecer bom, mas acredito que seja insuficiente. É pouquissimo tempo para explorar tanto então imagino que seja algo como chegar, olhar e ir embora. Além do mais, a essa altura você provavelmente planeja ou já conheceu as ilhas flutuantes em Puno. Se você não conheceu e nem tem planos de ir a Puno, talvez valha a pena para você esse passeio. Passeio a Isla del Sol: Sinto muito mas não posso dar informações desse tour porque não me lembro das informações. Só lembro que era mais caro, provavelmente incluindo passar uma noite na ilha, todas as entradas e quem sabe um guia. Bilhete de ida a ISla del Sol: Aqui é o mais comum de se fazer, como eu disse, você paga apenas seu transporte a Ilha do Sol (40 bolivianos), eu consegui por 35 mas eles dizem não baixar mais que isso porque todos pagam a mesma agência de transporte. MAS ATENÇÃO! Você tem que saber a que lado da ilha quer ir. Se quiser fazer o passeio caminhando terá que ir ao norte da ilha (Challapampa) e não ao sul. caso contrário, dificilmente você conseguirá transporte chegando ao norte, terá que fazer a caminhada de ida e volta (pelo menos é o que nos dizem). Meus amigos Ben e Becca infelizmente não se atentaram a isso e compraram o bilhete ao sul da ilha, sem muita informação. Quando me dei conta e lhes disse eles ficaram tristes e aí nos separamos outra vez. O barco que sai ao sul, sai do porto as 08:00 da manhã. O que sai ao norte, uma hora depois como as 09:00 ou 09:30. Aqui começa a minha indignação, a moça da agência me explicou que chegando lá, me cobrariam 10 bolivianos para entrar na ilha pelo lado norte e depois o pessoal do sul me cobraria mais 5, somando 15 bolivianos extras para explorar a ilha, sem contar os 40 de volta que teria que pagar para o transporte. o percurso demora cerca de 2h, o barco vai bem lento. Geralmente há lugares em cima ou abaixo. Se você chega primeiro pode escolher, mas leve em consideração o tempo de viagem e o sol, já que em cima não há proteção. Chegando a Ilha, já nos abordaram em fila para pagar o ingresso que não era 10, senão 15. lhe perguntei e me disse que não teria que pagar nada mais na ilha a parte disso. Também oferecia um guia por 10-15 bolivianos por pessoa, mas não era obrigatório. Se você não tiver pressa, acho que pode valer a pena para saber mais da história do lugar. Eu segui sozinho adiante, como outras pessoas. pouco tempo depois encontrei um casa brasileiro a Thaís e o Rafa, que já tinham passagem comprada para Puno em um ônibus que saia as 18:00 de copacabana. Então com medo de arriscar, decidiram fazer apenas a parte norte e voltar para o mesmo lugar onde nos haviam deixado, porque dali sairia um barco as 14:00. Essa opção eu não conhecia, nos disseram quando recém embarcamos, mas agora pensando bem, talvez seja o mesmo barco e nada mais sai dali esse horário mas passa a parte sul as 16:00 para buscar os outros passageiros, então fiquem espertos. se o problema for tempo e não impossibilidade de fazer a caminhada, talvez não valha tanto a pena. Caminhamos juntos conversando e visitamos os pontos famosos. de vez em quando alguem aparecia pedindo para ver o ingresso. Chegou um momento em que a caminhada se separava, eu segui rumo ao sul enquanto eles voltaram ao porto. Para ser sincero, o mais bonito se via no proprio passeio do lado norte. Mas, se você é como eu e gosta de uma trilha, vale a pena. è um passeio agradável e sem muita dificuldade, pelo menos se você não tem problemas com atividades desse tipo. No meio do caminho conheci uma garota inglesa e um holandês, com mais duas meninas americanas mas que sempre ficavam para trás. Fomos conversando e terminamos o passeio juntos. ah, no meio do caminho me pediram para ver o bilhete e ao mostrar me disseram que não era aquele, ou seja, me cobraram mais 15 bolivianos, até então o dobro do que me havia sido informado. Discuti um pouco com o cara porque as informações estavam totalmente equivocadas tanto na agência quanto ao chegar na ilha e ele apenas concordava e dizia que era porque não se davam bem entre os lados da ilha e que as agencias tbm não tinham os dados atualizados. Perguntei se de verdade já não iam me cobrar mais e me disseram que se eu quisesse visitar as ruinas, lá me iam cobrar novamente. Pode parecer algo normal até porque não era tão caro, mas essa falta de informação prejudicava muita gente principalmente porque para o passeio, as pessoas deixam seu dinheiro extra guardado com seus pertences em copacabana e levam apenas o necessário à ilha. Sem contar que para muitos, assim como meu caso, era o destino final na Bolivia, então os pesos bolivianos estão contados e querem evitar trocar mais dinheiro para depois trocá-lo outra vez no Peru perdendo com o câmbio duplo. Por sorte eu havia trocado mais 20 soles antes de ir, o que me deu 60 bolivianos, e pude pagar as taxas extras. Depois conversando com Becca e Ben, pensei que foi o melhor eles terem se enganado, porque não haviam levado dinheiro em espécie para o passeio. Chegamos ao lado da sul da ilha em tempo mais que suficiente, fomos comprar a viagem de volta (40 bolivianos) e comer alguma coisa ali mesmo na praia. Os preços obviamente mais caros. Pedi um sanduíche de ovo por 10 bolivianos, que era o que podia pagar sem correr o risco de ter que voltar nadando kk. Para minha surpresa o sanduíche era maior do que eu esperava e estava bom. Encontrei Becca e Ben outra vez e eles se uniram aos agora meus novo grupo de amigos. No caminho de volta, o barco para no templo do sol para os que queiram visitar por uns minutos. Eu, alertado de que me cobrariam e sem um tostão no bolso, resolvi ficar no barco e nem me arrisquei a verificar a veracidade da informação. Mas de modo geral, poucos desceram. Junto com o holandês, decidimos pegar um carro a fronteira quando chegássemos e dali outro para Puno. Eu na verdade tinha que ir a Arequipa, estava sonhando em talvez achar um carro de Unguyo (fronteira do lado peruano) que fosse para lá, mas já me disseram que teria que ir a Puno para isso. Eu já estava decidido a fazer isso porque não tinha bolivianos suficientes para pagar um bus direto a Puno, mas meu amigo Holandês ainda estava indeciso e receoso, preferindo um bus direto. Chegamos a Copacaban e nos despedimos de Larissa, Becca e Ben, que ficariam mais um dia em copa. Seguimos a praça para ver os carros e aos hostels para buscar nossas coisas. Mais uma vez a senhora desapareceu e tive que ligar para ela. Veio correndo depois de um tempo e finalmente com minhas coisas fui me encontrar com meu amigo para irmos. Já haviamos decidido ir com o carro (5 bolivianos) até a fronteira. Enquanto estávamos esperando encher o carro, fomos procurar algo para comer. Nesse processo uma das moças que vendem passagem de bus reconheceu meu amigo de antes e lhe convenceu a comprar sua passagem com eles, porque ainda havia tempo. Nisso eu segui em busca de comida e desisti porque percebi que não daria tempo comer algo bom ou deveria comprar algo para levar e minhas opções estavam muito limitadas, seria basicamente pão. Cheguei no carro e já haviam ido embora, e o rapaz me disse que meu amigo havia ido com eles. não entendi nada porque estava vazio antes e meu amigo supostamente ia de ônibus. Havia apenas ido a esquina e nesse tempo tudo havia acontecido. enfim, já subi ao seguinte carro (há varios saindo a fronteira, só tem que esperar encher mas geralmente não demora) para não perder outra vez e ao revisar meu celular que está sempre no silencioso, meu amigo havia me enviado mensagens dizendo "nos levaram para o mesmo carro" "vem! vamos sair" "onde está vc?" "saímos" tudo em menos de 3 minutos acompanhado de uma chamada perdida kkk. Continuei conversando com ele e ele me disse que não estava entendendo o que havia passado, mas que colocaram ele e mais 2 nesse carro e com os 3 já encheram. Rapidamente o carro completou e fui a fronteria, como em 15 minutos chegamos e nos deixam quase em frente a migrações. Fui bem rápido, troquei meus pouquíssimos bolivianos que me restavam para pagar meu carro em soles. segui andando a migrações do lado peruano e ali na fila para minha surpresa encontro meus amigos brasileiros do passeio a ilha do sol que supostamente já deveriam estar bem adiantados e só depois me dei conta de que a pessoa na frente deles na fila era meu amigo holandês e que os outros dois ao que ele se referia eram o casal brasileiro, tremenda coincidência! haha No final das contas, deu overbooking. Venderam mais passagens do que havi no bus e puseram os excedentes para ir de van. Absurdo! Porque foram atrás do meu amigo quando já não havia mais assentos e o casal brasileiro tbm ficou para trás quando já haviam comprado o bilhete no dia anterior. Então fica a dica, chegar sempre primeiro nesses casos! Por isso eu prefiro sempre comprar na hora e já com o carro. No final pagaram por um preço de bus e foram de van, que sai mais barato. Os brasileiros já estavam falando que iam reclamar e tomar as medidas necessárias. o Holandês, ja aceitou que perdeu dinheiro. Isso foi algo que me incomodou muito mesmo não tendo acontecido comigo. Mas que se reflete em outros momentos na cultura do país. Estive em ônibus ruins que foram vendidos como cama, com wifi e tudo mais.. tbm o processo na ilha do sol com as entradas... Senti como todos tentam tirar proveito e enganar o turista passando informações equivocadas. Fiquei triste com a situação e fez meu conceito com a viagem de modo geral cair com relação a Bolivia. Tudo resolvido tomamos um carro por 1,5 soles para ir ao paradero de carros que se vão a Puno. Ao subir no carro e encontrar meu amigo holandês o coitado deu um suspiro de alívio ao me ver que deu até dó .kkk depois de tanto ser enganado e sem falar espanhol, já estava desesperado e sem saber se chagaria a Puno. Dali pegamos outro carro, pagamos 13 soles se não me engano e finalmente, depois de umas 3 horas, chegamos no nosso destino. Me despedi do meu amigo e segui rumo ao terminal para buscar um bus a Arequipa, mas antes, parei em um lugar para comer porque todo o dia só havia comido aquele sanduíche de ovo. Paguei como uns 12-15 soles por um lomo saltado com sopa e uma inca cola. Quase não terminei o prato, acho que meu estômago já havi encolhido kk, fui direto a rodoviaria, comprei minha passagem a Arequipa e segui viagem, saindo mais ou menos as 22:30. Dia 11 Arequipa Ao chegar em Arequipa, fui direto a casa do amigo de couchsurfing que me hospedaria, foi uma boa caminhada e também oportunidade de conhecer um pouco a cidade tão famosa. Depois do café-da-manhã, por indicação do meu anfitrião, fui conhecer a Ruta del Sillar. Me parece que há guias que te cobram para fazer o passeio, mas você consegue chegar lá sozinho e sinceramente, não vale nenhum custo adicional desnecessário. É basicamente o lugar de onde retiram as pedras utilizadas nas construções da cidade e que por sua cor característica recebeu o nome de Sillar e acabou apelidando a cidade como "Cidade branca". tem um ônibus que te deixa na avenida mais próxima e dali você pode pegar um carro ou ir caminhando até a entrada. O bilhete custa apenas 5 soles, lá você encontrará basicamente esculturas moldadas no sillar. Haverá fotógrafos tentando te vender fotos e ali dentro há subseções onde você precisa pagar a mais caso queira ver. Não foi algo que me impressionou, principalmente porque não paguei nenhuma entrada extra. As esculturas são bonitas, mas falta variedade e mais entretenimento, na minha opinião. Mas, se você estiver procurando o que fazer por Arequipa, pode ser uma opção. Dali mesmo peguei outro ônibus para ir ao centro. São dois buses que você precisa tomar, mas é bem fácil e ali todos te informam como fazer. Os ônibus estavam a 1 sol, então é bem barato. Busquei logo um lugar para comer, pois já passava da hora do almoço, encontrei um menu por 11 soles, muito bem apresentado. De entrada uma causa de frango e segundo arroz, lentilhas e um filé de frango. Dali fui explorar o centro histórico. A cidade realmente é bem bonita, principalmente sua praça central (Plaza de armas), com sua catedral gigante impressiona bastante. O mercado central também, apesar de grande, me parece um dos mais organizados que estive. Vale muito a pena se perder por entre as ruas do centro histórico e admirar suas paisagens. Para terminar o passeio, fui ao mirador de Yanahuara. Um lugar bonito e conhecido como um bom spot para apreciar o pôr-do-sol, infelizmente para mim, o clima estava nublado nesse momento, então sem sol para ver se pondo. Mas ainda assim foi bom estar ali. Voltei para casa para descansar e depois de alguns contratempos e uma boa noite de sono, na manhã seguinte arrumei minhas coisas e fui para o aeroporto rumo a minha casa. Aqui terminava minha viagem de praticamente duas semanas e eu já estava desesperado para voltar. Há outros passeios que fazer em Arequipa, como o Canion Colca por exemplo, mas eu tinha tempo limitado. Queria ao menos conhecer a cidade que é bem famosa por ser diferente das outras do Peru. Bom, esse foi meu relato, espero ter ajudado alguém que tem planos de ir a algum ou todos esses lugares. Os desejo boa viagem, sorte e muitas aventuras no caminho. Que Deus o guarde e abençoe sua trip, qualquer coisa estamos por aqui e quem sabe um dia também nossos caminhos se cruzem12 pontos
-
1º DIA - 06/01/2025 - SP X USHUAIA E, finalmente, chegou o grande dia da viagem. Eu deveria estar 100% alegre, mas era um misto de sentimentos enquanto aguardava o horário do meu embarque no aeroporto de Guarulhos. Eu estou acostumado a viajar sozinho pelo Brasil, mas essa seria a minha primeira viagem internacional sozinho, e para um lugar relativamente "longe". Enfim, rolou um chororô básico e ansiedade no saguão, mas fui me acalmando conforme o horário do voo se aproximava. Cheguei bem cedo no dia anterior à Guarulhos, jantei um lanche do Subway e entrei na sala de embarque por volta das 23hrs de 05/01. Procedimentos de imigração e alfândega ok, e minha partida estava programa para 01:05 da manhã pela Aerolineas Argentinas. Não costumo viajar de madrugada, mas até que achei bom, tudo estava bem vazio kkkkkkkkk O avião partiu pontualmente e o voo até Buenos Aires foi bem tranquilo. Aqui um parenteses: Quando comprei as passagens, em setembro, fiz a opção multidestinos sem troca de aeroporto em BA. Porém, meses depois, recebi um e-mail da Aerolineas mudando o meu voo de Ushuaia, que antes sairia do Aeroparque, para Ezeiza. Ao que parece, essas trocas são bastantes comuns na empresa, então não me surpreendeu. Pois bem, pousei em Buenos Aires por volta das 04 da manhã. A imigração estava mega vazia, principalmente pelo horário, e foi bem sossegado. A fiscal perguntou apenas o número do meu voo, para onde eu iria e o endereço de hospedagem. Depois, scaneou meu passaporte, tirou uma foto e pegou a minha digital do polegar. Agora sim, liberado e finalmente em território argentino! Como eu disse, eu tinha uma conexão de 4 horas e deveria ir para Ezeiza pegar o próximo voo para Ushuaia. Antes de viajar, eu já havia pesquisado as opções possíveis para fazer o deslocamento, pois Ezeiza fica bem distante do Aeroparque. De forma grosseira, seria como ir de Guarulhos a Congonhas. Além dos costumeiros Uber e táxi, haviam os ônibus da Manuel Tienda León que saem em horários bem desfavoráveis para quem chega em Buenos Aires pela madrugada. PORÉM, nesta pesquisa, descobri que havia uma outra empresa fazendo o trajeto Aeroparque - Ezeiza e que funcionava 24 horas. Esta operadora se chama NEO TRANSLADOS, que opera há pouco tempo nos aeroportos e possui um guichê na área de voos domésticos do Aeroparque. De imediato, já fui procurar o guichê para saber quando sairia o próximo transfer. Chegando lá, o atendente falou que em 15 minutos teria um ônibus partindo para Ezeiza. Ótimo! Paguei ARS 9.000 pelo trajeto e fiquei aguardando ao lado do guichê até o motorista chegar. Cerca de 10 minutos depois, ele chegou e nos levou até o ônibus. O ônibus partiu de Aeroparque e, durante o trajeto, conheci a Cibele e seu filho, que também estavam indo para Ushuaia. Quando eu falo em viajar sozinho, é apenas na teoria, pois sempre encontramos pessoas especiais na jornada para somar nas nossas experiências, e Cibele foi uma delas. Ela foi uma grata e excelente companhia em várias pernadas e jantares em Ushuaia e El Calafate, como falarei mais a frente. O translado até Ezeiza foi até que rápido, durou cerca de 40 minutos, já que não havia transito no horário. Chegando lá, novamente passei no guichê da Aerolineas para pesar a mala e já fui para a ala de embarque aguardar meu voo para Ushuaia, que partiria às 08:50. Neste meio tempo, aproveitei para tomar um café da manhã e fiquei conversando com a Cibele enquanto esperavámos nosso voo. Agora em território argentino, todo o chororô e ansiedade de Guarulhos ficaram para trás. Aproveitei aqui também para ativar meu e-sim que havia adquirido com a airalo. Não costumo usar internet móvel quando viajo, sempre usufruo do wi-fi dos lugares, mas dessa vez resolvi testar o e-sim e achei bem prático. Instalação rápida e o preço ok, paguei R$ 70,00 em um pacote de 2GB válido para 15 dias. O pacote foi suficiente para o tempo de viagem e a internet funcionou de maneira excelente até mesmo em El Chaltén. Portando, recomendo o e-sim da airalo. O voo para Ushuaia partiu pontualmente às 08:50. Mais uma vez, um voo tranquilo, e desta vez consegui dormir um pouco, já que estava acordado há mais de um dia. Quando o avião se aproxima de Ushuaia, já é possível ver as montanhas nevadas da Terra do Fogo e as inúmeras lagunas de degelo que há por lá. Que lindooo! O pouso em Ushuaia, como já havia lido e confirmei, é sempre emocionante, pois há muito vento e o avião dá uma boa balançada. Tudo certo, pousamos às 12:30, finalmente em Ushuaia, primeiro destino da viagem! Primeiras vistas das montanhas e lagunas de Ushuaia, ainda com céu encoberto Mas logo abriu, e as montanhas e o Canal Beagle apareceram na sua plenitude! O aeroporto de Ushuaia fica a 7 km da cidade e é bem bonitinho, todo de madeira e de bom gosto. Esperei a Cibele pegar as malas e compartilhamos um Uber até a cidade, que ficou em ARS 5.000. Aliás, o Uber funciona muito bem em Ushuaia. Usei algumas vezes e em nenhuma delas fiquei na mão. Coincidentemente, eu e a Cibele estávamos hospedados na mesmo rua, o que facilitou a nossa conexão kkkkkk Logo, cheguei ao ANUM hostel, fiz o checkin, guardei minhas coisas, tomei banho e fui caçar algum lugar para comer! Comecei a andar pela avenida San Martin e, de cara, já me encantei por Ushuaia. É uma cidade relativamente grande para os padrões da Patagônia, muito bem estruturada para o turismo e super fotogênica, com as montanhas nevadas ao fundo e o Canal Beagle do outro lado. É indescritível a sensação de estar no fim do mundo! É algo que eu esperava desde criança quando já era um menino aficcionado por mapas e via aquela cidade na ponta da América e pensava "um dia estarei lá", e estava! Aeroporto de Ushuaia Entrei em um restaurante chamado Café Martinez, que é cafeteria também. Pedi uma salada com pollo (frango) que saiu por volta de ARS 15.000. Estava bem gostoso e deu pra matar minha fome. Depois, continuei a andar pela San Martin e passei na loja de alfajores da Honecker, que foi um dos melhores que comi ao longo da viagem. Macios, vários sabores e saborosos. Comi o de frutas vermelhas e o de doce de leite, e ambos são bons. Continuando a caminhada, passei na agência da Brasileiros em Ushuaia por ainda queria conversar sobre o passeio da Laguna Esmeralda. Eu sabia que era possível ir por conta, mas este passeio em específico preferi ir por agência. Lá fui muito bem atendido pelos brasileiros que trabalham na agência e fizeram um preço bacana para fechar a Laguna Esmeralda + Parque Nacional da Terra do Fogo. Tudo ficou por volta de R$ 800,00 e havia a opção de parcelar em reais. Achei ok, outras agências estavam cobrando mais de 1500,00. Aproveitei e troquei dinheiro na própria Brasileiros em Ushuaia, a cotação estava 1 real para 170 e assim troquei R$ 500,00, que foi o único valor em espécie que utilizei em toda a viagem. Saí da agência com um bolo de notas, mesmo sendo um valor baixo, mas fazer o que né? Depois, eu havia combinado com a Cibele de passear pela cidade depois que ela se instalasse com o filho no hotel dela, e assim fizemos. A encontrei na Av. San Martin e fomos andar pela orla de Ushuaia. O dia estava lindo! Ensolarado, ventoso, mas agradável. A caminhada pela orla de Ushuaia é uma delícia, começamos pelo letreiro de USHUAIA, que ainda estava com decoração natalina, e passamos pelo "Espaço Pensar Malvinas", que é uma área que homanegeia aqueles que lutaram na Guerra das Malvinas nos anos 80, e que até hoje é reinvidicada pela Argentina. Há várias placas pela cidade com os dizeres de "as Malvinas são argentinas". Continuamos a caminhar, pela paisagem há vários barcos abandonados, um semi-naufrágio e toda a vista do porto de Ushuaia e Canal Beagle. Havia também vários cruzeiros, que utilizam Ushuaia como base para viagens à Antártida. Paramos logo menos na icônica placa do "Fim do Mundo" e claro que tirei aquela foto de lei. É praticamente o check-in da cidade kkkkkkkk Não havia muitos turistas por ali, achei até a cidade um pouco vazia para a época. Em frente à placa do fim do mundo está também a Secretaria de Turismo de Ushuaia. Lá, é possível obter um mapa da cidade e informações sobre os pontos turísticos. Além, há disponíveis diversos carimbos para marcar seu passaporte/caderneta. Como tenho receio de carimbar o passaporte, tenho uma caderneta para essas situações e a carimbei com 5 desenhos diferentes que tinha ali, até mesmo da Antártida. Isso já era quase umas 19:30hrs e, como os dias são longos na Patagônia essa época do ano, fiquei meio desregulado e perdido no horário. Procuramos um restaurante para jantar e paramos no El Faro. Dessa vez optei pelas massas e pedi um nhoque a bolognesa. Aqui um adendo: na Argentina, a massa e o molho são escolhidos separadamente, ou seja, você paga pelo nhoque e pela bolognesa. Achei estranho e até demorei a processar isso até o garçom me explicar, mas ok kkkkkk o prato tava bem gostoso e me sustentou. Paguei ARS 18.000 (eu falei, pra comer é caro). Gastei entre R$ 100 - 200,00 com comida por dia nessa viagem. Depois de jantados, voltamos para as nossas hospedagens para dormir e descansar, pois o dia havia sido longo e o cansaço era nítido. Cheguei no hostel, me troquei, deitei e em poucos minutos dormi. No dia seguinte, começaria efetivamente os passeios por Ushuaia: a subida do Glaciar Martial e a Pinguinera. Avenida San Martin O conceito de camas-capsúlas do hostel. Adorei! Espaço "Pensar Malvinas" com as montanhas nevadas de Ushuaia ao fundo. Essas montanhas são colírios para os olhos! Placa de Ushuaia com decoração natalina Chegando no porto de Ushuaia A clássica placa do fim do mundo! Um dos carimbos disponíveis na Secretária de Turismo12 pontos
-
Quanto estava planejando minha Eurotrip, que a princípio só sabia que chegaria e sairia por Barcelona, comecei a considerar muito os países nórdicos, já que estaria passando por lá no inverno, final de janeiro e começo de fevereiro. Por que não tentar ver a Aurora Boreal? Enfim, pesquisando, escolhi Tromso, na Noruega, para caçarmos as auroras. A vantagem de Tromso são as temperaturas amenas se considerarmos que estamos no Ártico. Para vocês terem uma ideia, na noite que fomos caçar a Aurora, estava fazendo 3 graus. Nem Curitiba é assim tão quente numa noite de inverno 🤣. Porém, quanto mais pesquisava, mais ficava encantada com o Ártico. Decidimos também conhecer Rovaniemi, na Finlândia, pois estava viajando com a minha filha de 11 anos e seria uma experiência bem legal ver o Papai Noel da Lapônia, pra ela e para a minha criança interior 🤫. Mas como ir de Tromso à Rovaniemi? Primeiro, desconsideramos ir de avião, pois era caro e tinham conexões longas em alguma capital nórdica. Não podíamos perder um dia inteiro em aeroportos, pois nosso cronograma estava super apertado. Pesquisei ir de ônibus e trem, mas as pesquisas indicavam vários trechos, conexões, muito confuso e demorado. Até que vi um vídeo de uma oriental mostrando um ônibus que ia de Tromso à Rovaniemi direto. Não entendi nada do que ela falava, mas deu pra entender que existia uma linha que fazia esse trajeto. Pois bem, com dificuldade encontrei o site https://www.eskelisen.fi/en/eskelinen-en/arctic-route/ ou o https://bestarctic.com/the-arctic-route/ e descobri que se tratava de uma viagem diurna de 10 horas, passando por fiordes noruegueses e seguindo pela Lapônia Finlandesa. Antes de mais nada, não é uma passagem barata. Custa 183 euros para adulto e 90 euros para criança. Mas a viagem em si foi um dos pontos altos de toda a nossa passagem pela Europa e ficava mais barato do que ir de avião. Saímos de Tromso, às 7 horas da manhã, com o termômetro marcando 0 graus e a temperatura foi caindo vertiginosamente ao adentrar na Finlândia. Chegamos em Rovaniemi já com -20. Sobre a viagem em si, você embarca no ônibus vermelho da empresa The Artic Route no terminal de ônibus e barco de Tromso, e as primeiras estradas contornam os fiordes noruegueses. É lindo demais! Vimos um fenômeno raro conhecido como "cão solar". Só fui entender o que eu tinha visto quando fui pesquisar na internet o que era aquilo que estava vendo. Na fronteira com a Finlândia, você troca de ônibus e só então me pediram os tickets. A partir dali a estrada é um tapete de neve, com pinheirinhos por todos os lados. Parece coisa de filme. Passamos por rios congelados e tudo em volta, absolutamente branquinho. Chegamos em Rovaniemi às 17h30. Já era noite! Jantamos pelo centrinho que estava bem cheio e fomos para o nosso airbnb. Acordamos no outro dia com -26 com passeio programado para a Santa Claus Village. Como as hospedagens em Rovaniemi são muito caras, fizemos a cidade de escala para partirmos de trem para Helsinque. Por isso, só passamos uma noite por lá. Mas valeu muito a pena. Deu pra aproveitar demais o dia que passamos na terra do Papai Noel! Às 21h estávamos embarcando no nosso trem, rumo à Helsinque, para continuarmos nossa viagem pela Europa. E foi isso, parte da nossa aventura. Achei interessante compartilhar porque pouco se fala desse trajeto que é, provavelmente, um dos mais lindo do mundo! viagem_das.w_82764727.mp411 pontos
-
CUSCO E MP Eu gostaria muito de ser aquela pessoa equilibrada que deixa pelo menos um dia “livre” das férias pra arrumar as coisas com calma antes de partir e que volta um dia antes pra descansar e organizar as coisas sabe, mas eu sou daquelas que sai do trabalho e pega o avião no mesmo dia, antes mesmo de sair de férias de fato... e que volta poucas horas antes de começar a trabalhar de novo pra pagar as próximas! Pareço muito aqueles cachorro miserento que sai correndo quando abre o portão! É meu jeitinho. E o mais legal é que quem viaja comigo acaba topando essas maluquices, HAHAUAH (até pq eles não têm opções). 9 DE MAIO – SEXTA (o dia de ir) Trabalhamos todos os adultos até a metade da tarde, os adolescentes fizeram provas a tarde tb, mas deu tempo de tomar um banho antes de correr pro aeroporto! Saímos de LDB com destino a GRU perto das 20h. Chegamos lá cerca de 21h30 os adolescentes queriam muito curtir um tempinho no DUTTY FREE... tb demos uma morgada e nosso voo partiu pra Lima às 3h40 da manhã! 10 DE MAIO – SÁBADO (o dia de chegar) Chegamos em Lima as 7h00 da manhã (2h a menos em relação ao horário de Brasília) e finalmente partimos pra Cusco às 9h50, chegando lá as 11h15. No aeroporto de Lima já fizemos uma boquinha no La Lucha Sangucheria, que é uma rede de sandubas peruanos muito bons! Quando encontrar um, coma, rs! Todos os voos saíram no horário e não tivemos nenhuma intercorrência. Todos estavam com mala de mão e mochilas, exceto eu, pai da Elo e Gui só com mochilas... quem tava com mala de mão teve que despachar sem custo em um ou outro voo, nem lembro mais. Demoramos menos de 1h entre pegar bagagem e passar na imigração, super tranquila, não carimbam passaporte! Fomos de uber pra “casa”, cada corrida (pq tivemos que chamar dois carros) custou cerca de 25 soles. A gente tava bem cansados pela noite virada, mas ainda não era hora de descansar! Deixamos as coisas e partimos desbravar Cusco. A cidade de Cusco é encantadora e caótica, amei muito! Sobre a casa que alugamos no airbnb: ela era bem legalzinha, super funcionou pra gente, mas tem dois pontos negativos – os banhos frios e/ou ruins pra quem ficou na casa de cima e (algo que eu já sabia) ela fica próximo a plaza de armas mas no topo de uma ladeira. Era sempre um sofrimento subir 10 minutos sem ar, rs! Mas ficaria lá de novo, no verão, rs. ... A meta do dia era ir nas agências ver os rolês que queríamos fazer e sacar dinheiro! Eu e Gui tb já queríamos garantir nossa passagem de bus pra Arequipa dali uns dias! Batemos perna pelo centro da cidade, plaza de armas e arredores, e logo fomos almoçar num restaurante famosinho e caro, mas que vale cada centavo, pelo sabor, beleza e combinação dos pratos: o KusyKay. O custo desse almoço por família ficou cerca de 250 soles (puxado). KUSYKAY: Pratos lindos, deliciosos e caros na mesma medida... e super desobedecemos as regras de aclimatação de não beber, rs! Mas vamos para as metas do dia: Sacar dinheiro em Cusco: sacamos 400 soles de cada conta da wise – que consumiu 111,61 USD de cada, numa cotação de 1usd = 3,58 soles. Uma boa cotação... o novo sol peruano tem um comportamento bastante estável frente ao dólar, e pra trocar pela cidade, o dólar in cash, eu encontrei cotações não superiores a 3,62. Levando em consideração que o dólar da wise é mais barato (mesmo com as mudanças de IOF) que o físico, achei bom negócio! Isso falando do Peru, e neste momento em que estive... usar a wise, tanto para saque quanto para pagamentos foi bom. MAS ATENÇÃO: vc tem que sacar num lugar específico... os caixas eletrônicos de Cusco têm fama de “engolir” os cartões da WISE, rs, especialmente os antigos como o meu. Vc tem que ir no “Cajero Banco de la Nación” (este é o único banco que não cobra taxa pra uso do caixa eletrônico) situado na Avenida del Sol com Calle Almagro. Neste lugar não engole cartão, rs! Comprar passagens para Arequipa: esse nosso deslocamento ainda estava longe, mas eu já quis deixar resolvido! Tinha marcado no mapa uma agência autorizada que vende passagens da empresa “Cruz del Sur”, que era a que eu queria pra fazer esse trajeto. Eu me lembro de ter visto o preço das passagens pelo site da empresa mas quis comprar in loco. Ocorre que as agências cobram taxa pra emitir a passagem pra vc, claro. Desta única vez acho que talvez tivesse sido mais econômico comprar pelo site! Pagamos 115 soles em cada passagem (acho que no site era 90 ou 100, mas enfim), e depois conto como foi esse deslocamento. Contratar tours: como eu disse antes, eu tinha feito um filtro de algumas agências... mas por conveniência fui em uma meio perto, super bem recomendada e com ótimas avaliações no google (olhando bem depois, eram poucas e parecem falsas). A Inca Trail Machu Picchu 360. Diziam que o tal do Christian, suposto proprietário da agência, era excelente. O endereço da agência está incorreto no google, mas pelo whatsapp ele me passou o endereço correto. No local da agência dele na verdade funcionam várias, esse lance de agência é bem zuado em Cusco pq os vendedores quase nunca são de fato os operadores. Vc vai fazer o rolê com pessoas que contrataram os tours com outras agências e com outros preços... mas em tese existem “categorias”. O tour em si vai ser o mesmo... vai mudar a qualidade do transporte, do guia e das refeições. Conseguimos negociar pouco com o Christian, mesmo estando em sete pessoas e contratando 4 rolês. Contratamos os seguintes rolês: > Salineras de Mara e Moray + Chinchero – 12 usd pp > Vale Sagrado (Pisaq, Ollanta e Chinchero) – 20 usd pp > Rainbow Montain de quadriciclo – 55usd pp em quad duplo > Laguna Humantay – 30 usd pp Vcs vão ver durante o relato que nosso tour pra Humantay foi cancelado e nosso dinheiro devolvido, e tb que os outros 3 tours foram bons, com guias ok ou muito bons. No entanto, eu não indico a agência pq o Chris MENTE. Pra justificar o preço ligeiramente mais alto ele diz que as vans dele saem com no máximo 14 pessoas (todas saíram com 19, a capacidade máxima), que ele nos buscaria primeiro (fomos os últimos em todos os rolês e nossos lugares na van eram sempre os piores), que nos acompanharia em pelo menos 1 ou 2 tours (não foi em nenhum) e que os tours que envolviam refeições tinha ótimas opções (todas foram muito razoáveis, uma meio ruinzinha). Portanto, não achei que valeu fechar com essa agência. Eu não tive maiores problemas, mas acho que poderia ter pago mais barato em outras. E como o cara é mentiroso, eu não indico real. Vou contar logo mais como foram os rolês e como foi o outro que contratamos com outra agência (Trekking nevado Ausangate e 7 Lagunas). Mas enfim, batidas todas as metas do dia, rs, não me lembro mais o que jantamos, e fomos pra casa descansar pro rolê do próximo dia! 11 DE MAIO – DOMINGO (o dia das mães) Este foi o dia do tour Salineras de Mara e Moray + Chinchero. Nos encontramos com nosso grupo e partimos, o rolê de hoje era de meio dia (parte da manhã). Primeiro passamos no povoado de Chinchero, ponto de maior altitude da rota do dia, onde visitamos um local onde as artesãs teciam com lã de alpaca (muitos produtos) e seus muitos corantes naturais. Foi interessante, mas só vimos isso em Chinchero. Seguimos então pra Moray. O guia que nos acompanhou era bem didático e explicou muitas coisas interessantes sobre as terraças de plantio e como funcionava aquele imenso “laboratório” agrícola do tempo dos inkas! Paisagens lindíssimas! Por fim, visitamos as salineras de mara, que tb foi bem interessante. Todo o processo é bem diferente de outras salineras e salares que já visitei, então curti bastante. Eu to tentando ser mais resumida gente... nunca consigo, mas desta vez vai, rs! Salineras de Maras, Moray e Chinchero Voltamos pra Cusco no início da tarde, demos uma descansada em casa, e depois batemos mais perninhas pela cidade (vários mercados, bairro San Blas e etc) e escolhemos jantar no Pachapapa, famoso pelo CUY CHACTADO, rs, o pobi do porquinho da índia prensado. Somente Gui e Fábio pediram pratos com o porquinho... eu achei gordurento, mas com gosto de frango (experimentei apenas). Meu prato foi de trucha com o melhor purê de batata da minha vida. Restaurante caro (ficou 335 soles por família, dividimos em 2), não achei que super vale apesar de ter comido bem. Vista noturna de Cusco e comidinhas do Pachapappa 12 DE MAIO – SEGUNDA (o dia do vale sagrado clássico) O rolê do dia foi beeeem legal... pegamos um guia super performático hhauaha, que contava a história de seu povo de forma bastante entusiasmada, quase que interpretando um roteiro de teatro, bem legal mesmo. A primeira comunidade do dia foi Pisaq... muita história, sobre os povos pré-incas, inca e depois sobre a invasão europeia e saque da prata local, que segundo o guia é a mais fodona do mundo... andamos muito, subimos montanhas e colinas, o dia de hoje é puxado fisicamente se vc for andar e subir em tudo! Pisaq! Seguimos pra Urubamba onde almoçamos (incluso no tour) e descansamos um pouco, e partimos pra Ollantaytambo. De novo andamos muito, subimos até o fim a escadaria infinita, as explicações foram super interessantes! Ollanta é uma cidade legal demais que pede ao menos um pernoite! Bastante gente inclusive abandona o tour aqui, seja pra já pegar o trem pra MPP, que é bem mais barato partindo daqui, ou pra ficar uma noite na cidade e ir pra MPP no dia seguinte. Ollanta! Não foi nossa opção pq quisemos privilegiar MPP, mas recomendo fortemente ficar em Ollanta... senti falta de poder explorar outros morros que não pude subir, hahauaha! Com o restante do grupo que não permaneceu em Ollanta seguimos então novamente para Chinchero, mas desta vez fizemos um rolezinho histórico tb, com explicações sobre o começo da era colonial e tudo, bem legal. Visitamos um outro centro de artesanato com lã de alpaca, o Patapampa, que é famoso e carésimo, mas é legal aprender a diferenciar as verdadeiras peças de baby alpaca e as falsas, rs! Chinchero. Esta primeira foto ficou tão linda, esse sol, que eu disse que era o morro do "Pacha" do filme a Nova Onda do Imperador, rs! Chegamos já de noitinha de volta em Cusco, acho que comemos petiscos em casa, estávamos exaustos, rs! 13 DE MAIO – TERÇA (o dia da montanha colorida) Fazer uma das montanhas coloridas era uma dúvida pra mim... especialmente essa, a Vinicunca! E pq? Pq as fotos da internet são ultra fotoshopadas, eu tinha receio de chegar lá e achar sem graça. Ainda mais já tendo visitado montanhas coloridas espetaculares no norte da Argentina. Tb tem o lance dos perrengues que tantos colocam nas redes sociais... super lotação, frustração e o mal da altitude pegando forte... afinal passamos dos 5 mil metros no topo dela... enfim. Ainda bem que eu quis ter minhas próprias impressões e não fui na onda dozotro pq EU AMEI ESSE ROLÊ. Entrou pro top 3 dessa viagem! Foi perfeito! Os rolês tradicionais da vinicunca saem bem cedo, tipo 3h30 – 4h da manhã, toma café, sobe o morro todo a pé (ou a cavalo, o que abomino) e frequentemente tem esse lance aí de passar mal e a muvuca. O rolê de quadriciclo custa mais caro, claro (pagamos 55 usd por pessoa pra subir com quad duplo), mas é bem mais confortável... saímos as 6h30 da manhã... tb tomamos café, e a subida de quad foi muito legal. O caminho é super seguro e LINDO... e é separado de quem sobe a pé ou a cavalo, neste caminho sobem apenas quad e motos (acho que tb tem que contratar as motos antes, não é como os cavalos que vc aluga na hora, vc sobe na garupa da moto). A gente chegou lá já a 4400msnm, fez um mini treinamento nos quad, aí sobe um guia na frente e um no fim do comboio. Fomos eu e Gui, JG e Elo, Fabio e Sara e a Ju sozinha. Na volta a Ju desceu com o Fábio e a Sarinha pilotou sozinha seu quad! Paisagens incríveis nesse rolezinho que foi épico! Chegamos num horário magnífico, estava sol e a montanha estava realmente incrível e colorida... e não tinha quase ninguém pq a galera a pé já tinha ido embora... sério, foi 1000 de 10. Vc chega em cima a 5030msnm, aí vc pode ir ver a montanha já da parte baixa ou subir um trecho de uns 10 min pra ver ela de cima, o que recomendo fortemente apesar do esforço pq é uma vista impressionante! Subimos, ficamos um tempo lá em cima, depois descemos. Rainbow Montain sem filtro, apenas com a luz do sol! A Ju, a outra mãe, rs, teve um perrenguinho de falta de ar... foi algo mais de claustrofobia pela falta de ar na verdade, e aí ela precisou de suporte de oxigênio. Mas foi tranquilo, um dos guias colocou 3 min de O2 pra ela acalmar e depois ela desceu numa boa. Saímos de lá e almoçamos no mesmo lugar que tomamos café da manhã... refeições ultra simples mas ok, e voltamos pra Cusco no fim da tarde! Nem lembro de novo onde comemos, rs! 14 DE MAIO – QUARTA (o dia do páro) Neste dia estava programado fazermos a trilha da Humantay, mas já no dia anterior o pessoal da agência informou que haveria um “paro” nacional e que nenhuma agência ia operar. Inclusive passamos na agência e pegamos nosso dinheiro desse rolê de volta pq não ia rolar fazermos outro dia e eu tb tava chateada com a agência como contei antes. Pessoal de casa ficou dormindo, mas eu e Gui fomos bater pernas pela cidade! Andamos muito, tinha bastante coisa fechada, mas fomos ver os protestos de perto! Conversamos com policiais e pessoas na rua, muito simpáticas... um senhor me explicou toda a treta que tá rolando com a atual presidente, pq estavam protestando e etc, foi bem legal. Presenciamos um carro furando um dos bloqueios e a população indo atrás, fiquei tensa achando que ia ter violência, mas não teve... foi bem pacífico, embora tenham dado uma amassadinha no carro e feito o cara voltar kk. Voltamos encontrar com a galerinha de casa de novo e fomos novamente no Kusikay, o restaurante caro e chique, mas ele era de fato bem maravilhoso. Tivemos mais um almoço surreal de bom. Paisagens da cidade e mais um almoço no Kusykay! Aí ficamos mais uma vez andando até de noitão pq no dia seguinte íamos a MPP e o pessoal precisava garantir comprinhas hoje já que não teriam mais dias livres em Cusco. As ladeiras e escadas de Cusco lembram um pouco as de Ouro Preto, só que sem ar, hahauaha! Comemos tranqueirinhas na rua e voltamos pra casa arrumar mochilas de ataque pra MPP. CONTINUA.11 pontos
-
6º DIA - 11/01/2025 - EL CALAFATE (NAVEGAÇÃO TODO GLACIARES) Primeiro dia de passeio em El Calafate! No dia anterior, a companhia Solo Patagônia, que opera o passeio do Todo Glaciares, entrou em contato comigo informando que passaria por volta das 07:30 da manhã para me buscar no hostel. Esse é um passeio de dia inteiro e realmente começa bem cedo. Desta forma, acordei por volta das 06:00 e comecei a me arrumar, uma vez que o café da manhã no hostel começava a ser servido às 06:30. O Todo Glaciares é um passeio bem tradicional em El Calafate (e que antes tinha o nome de "Rios de Hielo Express"...) e, como tudo por lá, é bem caro. Paguei por volta de R$ 1.300,00 por ele, comprando com dois meses de antecedência. Tomei café e fiquei na área comum do hostel aguardando virem me pegar. Por volta das 07:40, chegou um ônibus e era o pessoal da Solo Patagônia. Aqui fiquei bem curioso, pois ao contrário de outros passeios que geralmente nos pegam de van ou micro-ônibus, neste era um verdadeiro ônibus de excursão mesmo kkkkkkk O ônibus continuou por El Calafate para buscar outros passageiros e seguiu caminho para Punta Bandera, uma espécie de porto em que esse passeio é realizado. É importante mencionar que este passeio e o Perito Moreno não começam no mesmo lugar, ao contrário, estão até bem distantes. Punta Bandera está a apenas 42 km de El Calafate, enquanto para ir ao Perito Moreno é o dobro. Chegando no local, a guia do ônibus (que se chamava Bea) deu as instruções do que deveríamos fazer ali: primeiro, comprar o ingresso para o Parque Nacional de Los Glaciares. Depois, fazer a leitura do QRCode que dava acesso ao barca para fazer o passeio. Desde que começou essa política de cobrança em El Chaltén, eu pensei em várias possibilidades para comprar o ingresso do Parque Nacional sem precisar gastar mais do que eu já gastaria. E a melhor saída (e realmente foi a melhor) foi optar pelo flexipass de 3 dias: ele te dá acesso ao parque em 3 dias diferentes, tanto em El Calafate quanto em El Chaltén, por ARS 90.000. Em El Chaltén vocês vão entender o porquê ele foi a melhor opção. Enfim, como eu já tinha o ingresso do parque impresso, o guardaparque apenas o carimbou e segui rumo a outra fila para apresentar o QRCode do passeio. Na leitura do QRCode, o funcionário da Solo Patagônia indica para qual barco você irá: 1 ou 2. O meu, no caso, era o barco 2. É tudo extremamente organizado e flui de maneira com que o passeio não se atrase. Ao chegar no barco, havia uma outra funcionária que já tinha um mapa em mãos com os lugares que cada pessoa do passeio iria sentar. Ou seja, você não escolhe o assento, mas sim a própria galera da Solo Patagônia. E acredite: isso nem faz diferença, pois passamos mais tempo fora do barco do que dentro dele. Acabei sentando na mesma mesa que outros brasileiros. O barco é bem equipado, com bar que vende bebidas e snacks, além de calefação. Além disso, é bem menor do que aquele que faz o passeio da Pinguinera. Barco da Solo Patagônia O barco partiu pontualmente às 09 horas. O início da viagem é seguindo em direção ao braço norte do Lago Argentino, e poucos minutos depois do início, a tripulação já anuncia que quem desejar poderia ir para o lado de fora do barco. E é claro que eu fui kkkkkkkkkkk Neste dia, o tempo não estava tão firme e o frio aumentava, ou seja, não foi confortável ficar fora do barco. Mas, é o velho ditado, está na chuva é para se molhar, né? Me agasalhei bem e fiquei lá fora com mais meia dúzia de doidos que só queriam aproveitar aquele momento kkkkkkkk Cerca de meia hora depois do início do passeio, já comecei a avistar os primeiros bloquinhos de gelo flutuando na água, que emoção! E assim o barco vai seguindo e o número de blocos de gelo só vão aumentando, e seus tamanhos, também. Por volta das 09:50, passamos pelo primeiro grande iceberg, mas o barco não realizou nenhuma parada, pois o melhor ainda estava por vir. Às 10:10, conseguimos avistar pela primeira vez o grande glaciar Upsala, um dos maiores da América do Sul. De acordo com a funcionária, o barco não se aproxima muito dele devido aos perigos constantes de desprendimentos, pois é um glaciar que está em regressão. Então, só é possível avistar o Upsala de longe. Aqui o barco faz uma parada de alguns minutos para que tudo isso seja esclarecido. Glaciar Upsala, mas só de longe! Perto dali, apareceu um iceberg gigante que havia se desprendido do Upsala e, aí sim, o barco fez uma grande parada para que pudessemos observar. O negócio era GIGANTE! Tinha formas curiosas, parecia até um cavalo ou cachorro kkkkkkk mas foi muito especial estar ali naquele momento e ver algo que eu só via em filmes. É muito grande mesmo! Ficamos por ali por cerca de meia hora, girando em torno do iceberg, para que todos tivessem oportunidades de fazer seus cliques e conseguir as melhores fotos. O grande iceberg com cara de cavalo! Mãe, olha o iceberg! Depois, o barco continuou e começamos a observar os primeiros glaciares de montanha. O Glaciar Seco é um deles, que vem perdendo suas dimensões ano após ano. É triste poder constatar isso por si próprio, pois as marcas passadas do glaciar são bem evidentes no seu vale em forma de "u". Neste momento, já estamos nos aproximando da cereja do bolo do passeio: o grande glaciar SPEGAZZINI! Ponto alto do passeio! O barco começa a se aproximar e aquela geleira se mostra cada vez mais imponente na sua frente, com seus paredões de até 160 m de altura. É algo surreal! Chegamos bem perto do Spegazzini e até conseguimos presenciar alguns pequenos desprendimentos na sua estrutura. O Spegazzini é uma geleira mais estável, o que garante que o barco chegue perto dela sem nenhum risco aparente. E ficamos lá, por mais de uma hora, somente contemplando aquela geleira maravilhosa, frente a frente, algo que eu não imaginava ver nem nos meus melhores sonhos. O Spegazzini é tão alto quanto o Perito Moreno, mas é um glaciar mais "estreito", que acaba "sufocado" pelas montanhas. Uma beleza ímpar! Glaciar Seco A imensidão do Spegazzini O gigante Spegazzini! A essa altura já era perto do meio-dia e, perto do Spegazzini, existe um refúgio em que os barcos param para que os visitantes possam almoçar. Assim, as funcionárias do barco disseram que tínhamos duas horas para ficar ali e aproveitar da forma que achassemos melhor. Havia também uma espécie de praia, cheia de bloquinhos de gelo, e um mirador que avistava toda a grandeza do Spegazzini. Almoçar em frente a uma geleira? Não há coisa melhor! Eu estava com bastante fome e, um dia antes, havia passado no Big Pizza de El Calafate para comprar empanadas e também levado um lanche de presunto e queijo que tinha comprado no mercado. O refúgio também vende diversas coisas, e aproveitei para comprar um refri. Assim, peguei uma mesa ali e fiz meu lanche tranquilo em frente a aquele cenário único. Depois, fui caminhar nos arredores, ver a prainha com blocos de gelo, as centenas de icebergs que flutuavam perto dali. Fui para o mirador para ver aquele montão de gelo de cima, gente, que coisa linda! Não há palavras que descrevam com propriedade como este passeio é grandioso. A prainha de gelo! Mirador de Agostini, e o Spegazzini ao longe! Por volta das 14:30, retornamos ao barco e iniciamos a volta para o porto de Punta Bandera. O retorno não teve nenhuma atração nova, por isso, acabei ficando dentro do barco para descansar um pouco. No caminho, um dos tripulantes pescou um pedaço de gelo e deixou na popa do barco para que todo mundo pudesse ver, tirar fotos ou usar como gelo para suas próprias bebidas kkkkkkkk aproveitei e tirei aquela foto clássica. Chegamos no Punta Bandera às 16:30 e o ônibus da Solo Patagônia já estava nos esperando para ir a El Calafate. Todos embarcados, seguimos rumo à cidade. Cheguei no hostel às 18:00, ainda em êxtase com tudo que vi naquele dia. Eu achei a navegação do Todo Glaciares tão sensacional quanto à visita ao Perito Moreno (que falarei logo menos), então acredito que sejam os dois passeios obrigatórios de El Calafate. E engana-se quem acha que são parecidos: são visitas totalmente distintas. Se completam. A noite, fui até o centrinho para jantar e acabei em uma hamburgueria chamada Wally's, que fica bem no início da Av. Libertador. Não gostei muito, o hamburguer era processado demais, logo, não recomendo. Acabei dormindo cedo, pois no dia seguinte aconteceria um dos meus objetivos (e dilemas) para estar nesta viagem: o minitrekking do Perito Moreno. Fragmentos de iceberg!11 pontos
-
5º DIA - 10/01/2025 - USHUAIA X EL CALAFATE Dia de deslocamento e hora de dar adeus a Ushuaia! Meu voo para El Calafate estava marcado para às 11:10, com isso não precisei acordar tão cedo, já que havia arrumado minhas malas no dia anterior. Levantei por volta das 08:00, tomei o café da manhã e fiz o checkout no hostel. Pedi um Uber para o aeroporto, que saiu por volta de ARS 5.000. Cheguei ao aeroporto próximo das 09:30. Considerações sobre Ushuaia: É uma cidade bem estruturada e preparada para o turismo. Ao contrário de outros locais da Patagônia, ela já possui um porte de cidade maior. Foi a cidade com mais atrativos históricos/culturais da minha viagem. É bem fácil se deslocar por ela, já que a maioria dos pontos turísticos se encontram próximos da cidade. Além disso, a sensação de estar "no fim do mundo" já é especial por si só. Ushuaia mais que recomendada! Seguindo, ao chegar no aeroporto me dirigi ao balcão da Aerolineas e, novamente, eles pesaram minha bagagem. Eu fiquei bem surpreso com a rigidez da Aerolineas em relação à isso, já que no Brasil não é comum. Ao pesar a bagagem de mão e ver que está ok, eles colocam um selo na mala para que na hora do embarque não precise realizar a pesar novamente. O embarque começou no horário marcado e o avião partiu pontualmente às 11:10. O voo até El Calafate é muito rápido, dura cerca de 40 minutos, e a paisagem da janela do avião quando está se aproximando é deslumbrante, pois você já se depara com uma vegetação totalmente diferente de Ushuaia, mais seca, em contraste com os tons de azul vibrantes do Lago Argentino. Em dias claros, ainda é possível avistar o Fitz Roy. Chegando a El Calafate Pousei em El Calafate por volta do 12:00 e o dia estava belíssimo, sem uma nuvem para fazer sombra para nós kkkkkkk assim que desembarquei, procurei o guichê de um transfer muito recomendado aqui no Mochileiros: o Ves Patagônia. Eles são uma empresa que fazem translados entre o aeroporto e El Calafate diariamente. Assim que você sai do desembarque do avião, já é possível avistar o guichê deles no aeroporto. Assim, solicitei um transfer até o meu hostel e custou ARS 11.000, lembrando que o aeroporto de El Calafate fica a pouco mais de 20 km do centro, ou seja, é um pouco longe. Quando você solicita o transfer, eles dão o nome do motorista e se deve esperar do lado de fora do aeroporto. Poucos minutos depois, o motorista informado apareceu e, após esperar mais alguns passageiros chegarem, partiu em direção a El Calafate. Ela faz uma parada inicial no terminal de ônibus e depois começa a distribuir os passageiros nas hospedagens. Como meu hostel era próximo dali, fui o primeiro a descer e fiquei no Folk Hostel. Fiz o checkin no hostel, acomodei minhas bagagens e logo depois já resolvi sair para explorar El Calafate! O trajeto entre o aeroporto e a cidade. A essência da Patagônia! O meu hostel era um pouco distante do centrinho, coisa de 15 minutos, mas nada que atrapalhasse, pois a caminhada era bem agradável de se fazer. El Calafate é uma cidade muito charmosa e que gira em torno dos glaciares. A sua economia é voltada ao turismo e isso é bem nítido na Av. Libertador, a principal da cidade, em que os comércios se estendem por quadras e quadras se dividindo entre restaurantes, agências de turismo e lojas de souvenirs/convêniência. Logo que cheguei à Av. Libertador, já havia uma espécie de parque com um letreiro enorme de El Calafate. Parei ali para fazer umas fotos e observar a vida da população local, que aproveitavam o dia de sol no parque. Nesse dia, até consegui ficar de camiseta por ali. Continuando, passei por uma ponte que atravessa um córrego e cheguei na parte mais comercial da Av. Libertador. De imediato, procurei algum lugar para almoçar, pois estava apenas com o café da manhã na barriga. Parei na cervejaria La Zorra, que também vende hamburguers e me foi recomendada pelo Alan aqui do fórum. Lá, pedi um hamburguer clássico com papas fritas e um refri para, pelo menos, disfarçar a fome do almoço. A cervejaria é um local bem agradável e com preços aceitáveis dentro do padrão Patagônia. El Calafate, aliás, é mais cara do que Ushuaia. O pedido veio rapidamente e eu devorei na mesma rapidez kkkkkk mas estava bem bom. A carne do hamburguer era artesanal e estava bem gostosa. Letreiro próximo à avenida central Vista de cima. O contraste dos pinheiros com a secura ao fundo Com o almoço em dia, segui pela Av. Libertador observando as lojas que havia ali e o que ela oferecia. Em certo momento, avistei a Sorveteria Acuarela, que também tinha sido recomendada pelo pessoal aqui do fórum. Para aproveitar a sobremesa, resolvi pedir um pote pequeno com duas bolas do famoso sorvete de calafate. Gente, que deliciaaaaaaaaaa! O sabor me lembrou acerola, mas é difícil explicar ou comparar, é diferente. Gostei muito do sorvete de Calafate, depois fiz uma combinação colocando uma bola de sorvete de chocolate e ficou melhor ainda! Recomendo! Após a parada para sobremesa, segui andando pela Av. Libertador para ver até onde ela daria. Isso já era por volta das 16:00. Depois de um tempo, cheguei às margens do Lago Argentino e uma placa bem grande de "El Calafate" em frente a ele. É uma espécie de mirador. Percebi que muitos moradores locais utilizam essa orla do lago para praticar esportes e fazer atividades físicas. É uma região bem bonita da cidade. Aproveitei para sentar por ali e descansar um pouco, além de admirar a bela paisagem. Ali não estava muito movimentado, até porque é uma boa andada para chegar até ali. Depois de pouco mais de uma hora, resolvi retornar ao hostel para tomar um banho e decidir o que faria pela noite. Avenida Libertador Sorvete de Calafate. Muito bom! Parte da orla do Lago Argentino Letreiro da cidade às margens do lago No hostel, a Cibele me mandou mensagem e disse que já estava também em El Calafate com seu filho. Deste modo, combinamos de nos encontrar mais tarde para tomar algo e jantar juntos. Então, voltei para o hostel, tomei banho e por volta das 20:00 marcamos de ir no La Zorra novamente. Eu gostei tanto do lugar que já queria levar alguém lá para conhecer também kkkkkk Ela pediu um prato vegano no qual gostou muito, e eu pedi apenas papas fritas. Perto das 21:30 nos despedimos e fomos para nossas hospedagens, pois no dia seguinte um passeio bem esperado por mim começaria bem cedo: a navegação Todo Glaciares. 😍11 pontos
-
3º DIA - 08/01/2025 - USHUAIA (LAGUNA ESMERALDA E MUSEO DEL FIN DEL MUNDO) Dia de trekking! A previsão era de chuva após o meio-dia. Como marquei a trilha da Laguna Esmeralda para início no período da manhã, não teria tanto impacto assim com a mudança de tempo. Aliás, o site Windguru foi literalmente meu "guru" durante a viagem, pois ajudou muito na preparação dos passeios sendo bem assertivo nas previsões (principalmente 48 horas antes). Em El Chaltén, ele foi primordial, como detalharei depois. Bem, neste dia acordei às 07:30, pois a agência ficou de passar no hostel apenas às 09:10. Tomei um café reforçado tranquilo, tomei meu banho e me troquei. Dessa vez, fui vestido com roupas impermeáveis por indicação da Brasileiros em Ushuaia, pois afirmaram que a trilha da Laguna Esmeralda apresentava vários trechos de lama. De fato, a roupa impermeável foi bem útil nesse dia devido a chuva, mas não acredito que fosse necessária em outras condições. Por volta das 09:10, a van passou no hostel e a guia que nos acompanhou no passeio se chamava Luciana. Ela falava um português bem bom e tinha muito conhecimento sobre Ushuaia e região. O restante do grupo que fez a trilha também foi de brasileiros, então o entrosamento foi imediato rs Neste passeio, a agência oferece lanche, bastões de trekking e polainas para realizar a trilha. As polainas não foram necessárias no dia em que fiz, apenas utilizei os bastões mesmo. Após pegar todos os passageiros do passeio, seguimos a Ruta 3 e a entrada para a Laguna Esmeralda fica bem na beira da rodovia, a poucos quilômetros de Ushuaia. Isso explica o motivo de tantas pessoas fazerem por conta: o acesso é fácil, gratuito e relativamente perto (coisa de 15 km). Ao chegarmos no local, a Luciana nos passou algumas instruções sobre a trilha e deu os bastões de trekking para cada um e, assim, começamos a trilha efetivamente por volta das 10:00 da manhã. A trilha da Laguna Esmeralda é autoguiada e bem demarcada, além de ser muito movimentada, o que torna praticamente impossível que as pessoas se percam. A trilha começa em meio a um bosque próximo a uma antiga reserva de cães da neve, hoje desativada. Ela segue por mata fechada por alguns minutos e logo entra em área aberta, que é quando começa a melhor parte da trilha: as paisagens. Início da trilha da Laguna Esmeralda Como pela manhã o tempo ainda estava firme e o céu com algumas nuvens, o cenário que tinhamos na trilha era maravilhoso! São picos nevados para todos os lados, bosque subantártico, turbas, castoreiras, fragmentos de tundra, enfim, tudo no mesmo percurso! É algo fantástico! A Laguna Esmeralda, sem dúvidas, foi meu passeio favorito em Ushuaia. Seguindo, passamos por uma grande área em que há presença de castores, em que a Luciana explica que eles foram introduzidos no século passado na região e acabaram se tornando uma espécie de praga, pois impactaram em grandes áreas. É possível observar diversas castoreiras ao longo da trilha, de diversas dimensões (mas não tive a sorte de ver nenhum castor). Também há um pouco de lama neste trecho. A trilha segue passando por passarelas de madeira e surgem rios de água com cor turquesa, é muito bonito! Em dado momento, a trilha retorna para uma área de mata fechada e neste momento há uma subida mais pronunciada, que não dura mais que 10 minutos. Os bastões são grandes aliados neste momento. Vencida a subida, seguimos no leito do rio com cores de turquesa e chegamos a uma área com solo mais pedregoso. Luciana indicou que a Laguna Esmeralda já estava próxima. Aqui faço uma ressalva: esse passeio foi um que achei o caminho em si mais bonito que a atração final. A Laguna Esmeralda é maravilhosa, claro, mas o trajeto até ela me deixou muito mais extasiado do que a laguna em si. As castoreiras! O trajeto é todo assim, com cenário belíssimo! Já falei que a trilha é linda, né? rs Seguindo pelo solo pedregoso, há uma última subida em área com pedras (nada comparável à terrível subida do Fitz Roy) e finalmente, chegamos à Laguna Esmeralda! A essa altura, já passava das 11:30 da manhã e o tempo estava fechando conforme a previsão havia anunciado. A Luciana disse que passaríamos cerca de uma hora lá em cima, tempo suficiente para lanchar e explorar os arredores da laguna. O local estava cheio, mas menos lotado do que pensei que estaria. A Laguna Esmeralda é formada pelas águas do glaciar Ojo del Albino, um dos que existem na região de Ushuaia e que é visível da laguna. Há trekkings para chegar no glaciar, mas a Luciana disse que é bem exigente. Comi meu lanche, tirei algumas fotos e fiquei ali admirando a beleza da laguna. Um pouco depois, começou a cair os primeiros pingos de chuvas e foi nessa hora que a roupa impermeável fez diferença. Quando saimos da laguna para retornar, por volta das 13:00, a chuva apertou e os pingos começaram a cair de forma mais grosseira. Mesmo assim, não fiquei molhado em nenhum momento. Por isso, acho importante sim incluir um conjunto impermeável nos itens de uma viagem desse tipo, pois o tempo na Patagônia é assim, pode estar sol de manhã e chover depois do almoço, e depois abrir sol de novo rs Finalmente na Laguna Esmeralda! Cheguei! A volta, como quase sempre, foi mais rápida e por volta das 14:30 já estavámos de volta ao estacionamento às margens da rodovia. Em números totais, a trilha da Laguna Esmeralda possui cerca 10 km (5 ida e 5 volta) e a duração média é de 4 a 5 horas mesmo. Iniciamos a volta para Ushuaia e por volta das 15:00 eu já estava no meu hostel. Depois da chuva e um pouco de lama, precisava de um banho quente e assim o fiz. Tomei meu banho e tirei um cochilo de uma horinha enquanto meu celular carregava. O lanche que a agência serviu para o passeio da laguna foi bem grande e, quando acordei, ainda não estava com fome, mas queria tomar um café da tarde para poder seguir aos museus, que era o outro passeio que eu tinha pensado para esse dia. A chuva continuava a cair em Ushuaia, mas era quase que uma garoa. Nada que atrapalhasse a caminhada. Assim, me arrumei e saí na Av. San Martin para ir na Ana y Juana Bakery, uma padaria/confeitaria muito bem recomendada em Ushuaia. Pedi um café expresso com um brownie que, por sinal, foi um dos melhores doces que comi na viagem. O brownie estava divino! De café da tarde tomado, segui para a avenida do porto para ir ao Museu do Fim do Mundo. Aqui vale um parentêses: entre as cidades que visitei na Patagônia, Ushuaia é a que mais oferece atrações de cunho histórico-cultural. Talvez por realmente ter uma história sobre o presídio, colonização e povos tradicionais, além dos famosos naufrágios na região do Cabo Horn, fazem dela uma cidade bem rica culturalmente falando. Eu gosto muito desse tipo de programa, então aproveitei para visitar um dos principais museus da cidade. Chegando no museu, paguei ARS 6.000 na entrada que dava direito ao Museu do Fim do Mundo + visita a Antiga Casa de Governo, que fica na mesma rua. Entrei no museu e o achei bem completo. Possui uma ala específica a contar sobre as navegações na região, trazendo a história e os primeiros exploradores locais. Além disso, possui um outro setor destinado aos povos tradicionais que viveram na Terra do Fogo por milhares de anos, os yagans, explicando quais eram seus modos de vida e como foram impactados com a chegada dos europeus à região. Há, ainda, um outro setor bem grande destinado à fauna e flora da região, explorando as principais espécies de animais e plantas que são comuns por ali. A visita ao museu durou cerca de uma hora e meia, parando para ler tudo com calma. É uma visita que eu recomendo para quem se interessa por Geografia, História e Biologia. Saindo do museu, fui para a Antiga Casa de Governo, que era o outro local que o ingresso dava direito de visita. Essa, na versão, era o antigo local onde os governantes de Ushuaia viviam na época em que existia o presídio. É uma visitação mais voltada à mostrar o estilo de vida dos governantes, havendo móveis em cada cômodo, áreas legislativas, réplicas de relógios. Enfim, interessante, mas nada que seja imperdível. O Museu do Fim do Mundo é muito mais legal. Por volta das 20:30, eu já havia terminado meus programas culturais kkkk e as brasileiras que conheci no barco no dia anterior me mandaram mensagem perguntando se eu estava perto para encontra-las. Nessa hora, a chuva já havia apertado bastante, mas bora caminhar! Encontrei as meninas e fomos bater perna na Av. San Martin, pois a Eliane queria comprar lembrancinhas para levar ao Brasil. Fomos a diversas lojas e terminamos a noite tomando um chocolate quente no Laguna Negra, uma loja de chocolates artesanais. Muito bom! Nesse dia não jantei, pois realmente não estava com fome alguma. Às 22:30 (e ainda claro!) me despedi das brasileiras e fui para o hostel descansar. Nesse dia nem consegui socializar com ninguém no hostel, pois me troquei, deitei e dormi kkkkkkkkkk o próximo dia seria de visita ao Parque Nacional da Terra do Fogo! Brownie e café da Ana y Juana. Excelentes! Museu do Fim do Mundo Museu do Fim do Mundo11 pontos
-
Oi pessoal, tudo bem? Depois de visitar o Salar de Uyuni por duas vezes, sendo: Em Abril de 2023 (em época seca) do Atacama para Uyuni em tour coletivo; Em Março de 2025 (época de chuvas) de Uyuni (na real, de Tupiza) para o Atacama em tour privativo. Tirei as seguintes conclusões: 1- Quanto ao sentido do tour Achei pouca diferença no sentido do tour, porém recomendo ir da Bolívia para o Atacama por: 1- ser mais barato; 2- a altitude ir crescendo ao longo dos dias; 3- estarmos menos cansados no Salar de Uyuni, já que é visitado no primeiro dia de viagem. 2- Quanto à tour privativo ou compartilhado Acredito que vai da vibe que você estiver. O tour compartilhado foi muito divertido, a interação foi bacana, conheci gente que até hoje converso, além de ser bem mais barato. O tour privativo te dá mais liberdade e conforto. Gostei das duas formas. Quando fiz compartilhado estava viajando sozinho, então foi bacana. Agora vim com a namorada, e foi muito bom ter o tour privativo. Os tour coletivos geralmente são com 6 pessoas, sendo que duas vão nos bancos adicionais do carro localizados no porta-malas. O carro é preparado para isso, mas não deixa de ser apertado. Por ter 1,90m de altura não tive que viajar no fundo do carro (ufa!). 3- Quanto a época O Salar é incrível nas duas épocas, acho que vale a experiência nas duas. Na época dos espelhos entramos muito pouco no Salar porque o carro tem que andar muito devagar para a água não danificar o veículo e muitos locais são deixados de fora (Isla Incahuasi, por exemplo). Na época seca percorremos vários lugares e chegamos a o atravessar. O visual é incrível em ambas, mas com os espelhos, claro, é mais surpreendente. Recomendo ir nas duas épocas. A época dos espelhos é a época de chuvas, e o Salar muda muito de um dia para o outro. No dia anterior que fui estava com 25 cm de água, no meu primeiro dia lá estava com cerca de 5 cm, e no meu segundo dia lá tinha uma pequena lamina. Além disso tem a possibilidade do dia estar muito nublado. Na época das chuvas peguei uma parte do dia bem fechada e com ventos e, de verdade, não era tão bonito. A beleza dos espelhos ocorre quando existe céu azul com algumas núvens. Tempo fechado fica tudo branco (ou cinza). Além disso, se estiver com vento o movimento da água impede o efeito dos espelhos. Mesmo na época das chuvas você precisará de um pouco de sorte para ver o efeito. Além disso, na época das chuvas nos outros lugares da rota (Deserto Salvador Dali, Deserto Saloli e Reserva Eduardo Avoroa) o tempo estará fechado e o visual não será tão incrível quanto no período seco. Na época da seca você perde um pouco do visual do Salar, por não ter o efeito dos espelhos, mas ganha muito nas outras. É importante destacar que o Salar sem água também é incrível, pois o visual dele todo branco é deslumbrante. Tenho um vídeo de um carro longe correndo no sal, parece desenho animado. A minha recomendação é conhecer nas duas épocas. Se possível, fazer o circuito completo na época seca e fazer o Salar na época das chuvas. Pontos adicionais Diferente do que falam, os passeios no Salar de Uyuni não são todos iguais. Agora aprendi bem sobre a região e vi tem rotas que passam por pontos distintos. Vale a pena conferir a rota que seu tour vai fazer.10 pontos
-
Nobres viajantes, volto aqui para agradecer quem já deixou um relato e também deixar o meu para que ajude outros, atualiza-los sobre preços, dicas e situação dos passeios em Cusco e região em Abril de 2025. Viajantes: Casal, ela 41 anos, com duas próteses na cervical, Eu, 38 anos sedentário. Não somos CLT, então temos disponibilidade para viajar quando tem promoções, porém nossa janela é sempre curta, sempre do dia 10 ao dia 20 e sempre temos que levar o notebook para eventuais pepinos. (contabilidade) Em novembro de 2024 recebi e-mail com promoção no Latam Pass para viagens para Lima por 11000 pontos cada trecho para várias datas, como tinha um bom saldo, resolvi cotar e era isso mesmo, porém 11000 era na tarifa só com bagagem pessoal, como não temos mais coluna e nem tanta disposição para viajar com pouca roupa, resolvi gastar um pouco mais e emitir com direito a bagagem despachada o que aumentou para 17000 (média) pontos cada trecho. Na mesma promoção, GRU X CUS passava dos 30000 cada trecho. Então acabei emitindo apenas para LIMA, saindo de Guarulhos. Data da viagem 10/04/25 a 18/04/25. Confesso que a ideia era conhecer LIMA e depois seguir para CUSCO de ônibus. Mas depois percebi que os dias seriam poucos e acabei indo atrás do trecho LIM x CUS e emitindo com pontos também, estava em média 3500 pontos cada trecho. Resumo das passagens aéreas - $$$ GRU X LIM (ida e volta) 68134 Pontos + R$ 640,62 taxas de embarque LIM X CUS (ida e volta) 15261 pontos + dinheiro, pois faltou 700 pontos = R$ 476,23 Total com passagens aéreas LATAM com bagagem despachada R$ 1.116,85 + 83.395 pontos Não foi o melhor negocio se tratando em pagar com milhas, porém ainda foi mais barato que comprar em dinheiro pois na mesma época a cotação mostrava que gastaria quase R$ 6.000,00 nesses mesmos voos. Gastos adicionais antes da viagem - $$$ Imediatamente após as compras comecei a focar no planejamento da viagem com foco em Cusco, começo a ler os relatos aqui no site, ver vídeos, etc e percebemos que alguns locais que queríamos muito conhecer necessitava um certo preparo e alguns roupas adequadas como um tênis de trilha e agasalhos mais quentes para o frio. Então fomos a Decatlhon e compramos agasalhos, R$ 150,00 cada e foram muito úteis durante a viagem. Calçados adequados para trilha, comprei uma botinha da Quechua por R$ 100,00 no site, porém a mesma apertou meu pé e resolvi não levar e nem considerar, com a esposa ocorreu a mesma coisa, comprou uma botinha da Oakley para levar, mas machucou severamente seu pé e mesmo com meses antes não foi suficiente para amaciar, então não levou e nem consideramos. Então os gastos exclusivos para a viagem ficaram em R$ 300,00, lembrando que as blusas vão durar anos. Orçamento para a viagem - $$$ Após a compra das passagens comecei guardar dólares na WISE, variando o câmbio entre R$ 5,73 a 6,00, chegando a somatória de USD 900. E este foi todo o meu orçamento para a viagem, incluindo hospedagens, passeios, alimentação, lembrancinhas e etc. (exceto passagem de trem e ingressos MP) Planejamento (Principalmente MP) e hospedagem - $$$ - 10 a 18/04 Após a compra comecei a pesquisar o que fazer em Cusco e também como encaixar Machu Picchu na minha agenda, seriam 8 dias sendo o primeiro começando as 15h em Cusco. Após ver vários vídeos e relatos decidi que visitar MP era o principal e os passeios para Montanha Colorida, Laguna Humantay e o combo do Vale Sagrado seriam os locais para visitar. Machu Picchu tem ingressos que esgotam muito rápido e depois que fechei a minha viagem me liguei que pegaria a semana santa e isso torna as coisas mais concorridas. Em janeiro olhei o site do governo que vende ingressos e já estavam escassos, então consegui ingressos para o dia 14 as 08h00. Mediante isso fechei minha agenda da seguinte forma: DIA 10 - Viagem, chegando em Cusco as 15h DIA 11 - Livre para aclimatação ( Free Walking Tour) DIA 12 - Montanha Colorida DIA 13 - Ida para Machu Picchu Pueblo - Ônibus e trem DIA 14 - Visita a Machu Picchu e retorno as 16h para Cusco - Trem + ônibus DIA 15 - Vale Sagrado DIA 16 - Laguna Humantay DIA 17 - Livre até 15h, retorno pra LIMA voo as 17h DIA 18 - Lima, volta pra GRU saindo as 13h05 Com essa programação, pude começar olhar os hotéis em Cusco e Águas calientes, olhei via sites de reservas Booking e Hoteis.com, nossa prioridade eram acomodações privadas. Aprendi que em Cusco e ideal era ficar próximo a região da Praça de Armas, o primeiro Hotel escolhido foi o Kenamari que fica numa avenida paralela a Av. El Sol, saiu por USD 89,21 do dia 10 ao dia 13. Excelente escolha, localização muito boa, com restaurantes ao lado e acesso rápido a Praça, uns 10min caminhando. Para ir a MP decidi ir no modo clássico e mais caro, TREM desde Cusco. Comprei as passagens na Peru Rail, saindo da Estação Wanchaq, classe Expedition na ida e Vistadome na volta, incluindo o ônibus tudo saiu USD 309,60 (Caro pra caramba) Em Machu Picchu Pueblo hotéis são bem caros, achei um bonitinho a preço bom, como era apenas uma diária optei pelo Viajeros Centro, praticamente ao lado da rua principal e do ponto de ônibus pra MP. USD 40,97 Ingressos para visitar MP, comprados em janeiro direto no site do Governo, circuito 2, USD 85,50(319 Soles) Na volta pra Cusco não tinha disponibilidade no Kenamari, então havia reservado outro chamado Cozy Room Cusco, mas ainda bem que deu tempo de cancelar, pois ele ficava do outro lado da Av. Ejercito e depois de estar lá vi que era local longe e ruim. Então cancelei a reservei o Imperial Cusco que ficava na Av. Centenário, próximo ao Kenamari e me manteria na mesma região, custou USD 90, do dia 14 ao dia 17. E por fim teria uma noite em Lima, optei por Miraflores por ser o principal bairro, achei o Inti Killa Hostel por USD 32,50. Mediante tudo isso, os gastos com hospedagens foram USD 252,68 (942,50 SOLES) Vamos ao relato finalmente Dia 10 - Chegamos em Cusco 15h, ainda não tinha nenhum Sole na carteira, já havia testado no aeroporto de Lima e os ATM estavam cobrando taxa de 25 Soles para sacar, no aeroporto de Cusco a mesma coisa. Eu sabia que no Banco da La Nacion o saque não tinha taxa, mas só tem dele na região central. Após ser abordados por vários taxistas, acabei caindo sendo abordado pelo Hernan que foi bem simpático e queria me cobrar 25 Soles para levar ao Hotel, sabia que o preço justo era entre 15 e 20, mas eu não tinha nada em espécie, perguntei se daria pra pagar no cartão, ele disse que daria, mas cobraria uma taxa de 5%, então fechamos em 20 Soles. Dentro do taxi ele falou que pra passar o cartão seria em outro lugar, ele não tem maquininha no taxi, pensei, vai dar merda. Mas foi tranquilo, dentro do taxi havia um livro com apresentação dos passeios e ele disse que era dono de uma agência de turismo e que passaríamos o cartão lá, fui olhando os passeios que eu queria fazer, Laguna e Montanha colorida, 80 soles por pessoa, fora os 20 do ingresso que pagava direto pro guia. Achei os preços bons. Paramos na agencia, passei o cartão, a corrida custou 22 Soles, ele mandou eu tirar uma foto do crachá dele e ligar caso precisasse de Taxi e se quisesse fechar os passeios, falei que ia ver. (fiquei com medo, a agência dele era mó boqueta). Chegamos no Hotel Kenamari, 15h30, recepção impecável, a recepcionista logo de cara nos ofereceu chá de coca pra começar a aclimatação, check-in feito e quarto disponível, era com camas separadas, mas era só juntar, tinha wi-fi e cama e travesseiros duros, tudo que precisamos. O resto do dia foi de descanso, a noite saímos para a primeira refeição. Esposa estava sofrendo com a altitude e com coriza. Na mesma rua do Hotel tinha um local excepcional o Los Toldos Chicken e comemos um pollo na brasa com fritas e um Raviolli com uma Inka Cola de 1 litro, tudo isso nos custou USD 16,92 (62 SOLES) continua...10 pontos
-
8º DIA - 13/01/2025 - EL CALAFATE X EL CHALTÉN (MIRADOR DE LOS CONDORES) É hora de deixar El Calafate! Uma semana antes da viagem, eu já havia comprado as passagens do ônibus para El Chaltén, que saem do terminal de ônibus de El Calafate. O site que usei para comprar foi o Plataforma 10 (indicação da Jana aqui do fórum) e deu tudo certo. Cada trecho custou ARS 38.000. Como meu hostel se localizava perto da rodoviária e meu ônibus estava marcado para às 10:30, nem me apressei muito para tomar café. Fiz tudo com calma. A viação que fez o trajeto até El Chaltén se chama "Chaltén Travel" e ocorreu tudo bem, não tive nenhum problema na ida ou na volta. O ônibus partiu pontualmente e iniciou a viagem para o terceiro e último destino desta trip. Eu estava ansioso, pois El Chaltén era um dos locais que eu mais queria conhecer e, principalmente, poder admirar toda a imponência do Monte Fitz Roy. Todos os ônibus que saem de El Calafate para El Chaltén passam pelo aeroporto, ou seja, é possível ir para Chaltén direto de lá. Depois, o bus segue por cerca de duas horas em meio a estepe patagônica até realizar uma parada no Hotel La Leona, local que oferece hospedagem, restaurante e ainda tem uma loja de souvenirs. Como já era próximo da hora do almoço, aproveitei e peguei duas empanadas para comer e enganar o estômago. Foram as melhores empanadas da viagem! Que macias e saborosas. Tudo neste local tinha cara boa, vi um pessoal comendo uma pizza e fiquei morrendo de vontade kkkkkkkk O ônibus fica ali cerca de 25 minutos e depois segue viagem. É um lugar bem bonito, no meio da estepe às margens de um rio. Parador La Leona Conforme vai se aproximando de El Chaltén, já é possível observar as montanhas e o Fitz Roy cada vez mais próximas. A ruta 23, que leva até Chaltén, é muito fotogênica, sendo uma das estradas mais belas que já passei. Cheguei em El Chaltén às 14:00 e a primeira impressão foi de uma "cidade com vibe de povoado", e realmente era. A cidade é tão pequena que é facilmente percorrida de ponta a ponta em uma hora. Mesmo com todo avanço turístico que a região experimentou nos últimos anos, El Chaltén ainda mantém a sua essência de vila. El Chaltén foi o destino mais caro por onde passei, mas também foi onde comi melhor. A cidade possui uma rica gastronomia com restaurantes que atendem a todos os gostos, além de ser bem preparada para o turismo. Quando cheguei, o Fitz Roy estava tímido atrás das nuvens - o que, aliás, é mais comum do que parece. E outro fator que de imediato me chamou atenção: O VENTO! Em Chaltén, ele está presente o tempo todo. Os 5 dias que fiquei por lá foram extremamente ventosos, com rajadas dignas de filme kkkkkk Ao contrário de Ushuaia e El Calafate, que o vento dava trégua, em El Chaltén ele foi constante. Quando montei meu roteiro, eu sabia que teria 5 dias em El Chaltén e sabia quais trilhas pretendia fazer, mas não estabeleci um dia fixo para nenhuma. Motivo: o clima. As mudanças de tempo em El Chaltén são muito bruscas e, em uma viagem como essas, tem que estar preparado para possíveis frustrações. Muita gente vai para a cidade em busca do Fitz Roy, mas não é fácil ve-lo totalmente aberto e sem nuvens, e deve-se ter em mente a possibilidade disso nem acontecer! Dos 5 dias que passei por lá, em somente 1 ele esteve totalmente aberto, que foi o dia que usei para fazer a Laguna de los três. Ou seja, é importante ficar de olho na previsão durante a viagem e fazer a trilha do Fitz Roy no dia que houver a melhor previsão. Li esse conselho aqui no Mochileiros e recomendo fortemente. Chegando em El Chaltén! A famosa placa com o Fitz Roy escondido! E ele não quis aparecer... Bem, fiz o checkin no Hostel Condor de Los Andes e saí para conhecer El Chaltén. Fui na famosa placa da "capital nacional do trekking" na entrada da cidade e percorri as ruas para conhecer um pouco do comércio local. A Av. San Martin é a principal da cidade e é nela que se localiza grande parte dos serviços. Passei na padaria Lo de Haydee para comprar alguns pães e lanches para levar nas trilhas e tomar um café da tarde. Fui também ao recomendadíssimo alfajor Chalteños, que realmente é maravilhoso (mas bate de frente com o Honecker, de Ushuaia). Por volta das 16:00, fui ao centro de informações turísticas para pegar um mapa da cidade e aproveitei para perguntar para a funcionária se realmente o dia seguinte era o melhor para fazer a Laguna de Los Três. Para a minha surpresa, a moça me disse que o melhor dia seria na quinta, pois o dia seguinte seria muito ventoso e estaria perigoso. Ouvi com muitas ressalvas, pois não era o que a previsão indicava, mas a mulher morava ali né? Provavelmente sabia como era... Saí de lá e, como era cedo, resolvi fazer a trilha do Mirador de Los Condores. Não satisfeito e nem conformado com a resposta da moça do centro de informações, resolvi perguntar pro guardaparques se realmente o dia seguinte não era bom para a Laguna de los três, e como eu imaginava, ele disse o contrário da moça: que era sim um bom dia para fazer a trilha, pois não haveria chuva, que normalmente é o principal problema. Questionei sobre o vento e ele riu, falando que "vento? isso sempre haverá!". Após essa breve conversa com o guardaparque, aproveitei e mostrei para ele meu ingresso do Parque Nacional de Los Glaciares para poder realizar a trilha do Mirador de Los Condores. Novamente ele riu, não carimbou e disse "vou deixar você aproveitar mais um dia". Então tá bom! Como podem ver, essa fiscalização que ocorre nas trilhas de Chaltén é totalmente em favor da boa vontade do guardaparque. Se ele quiser, cobra. Se não, não. A trilha do Mirador de Los Condores fica bem na entrada da cidade e é curtinha, tem pouco mais de 2 km. O início tem uma subida boa, mas a trilha é bem demarcada e movimentada. Há alguns bancos no caminho como ponto de parada também. Depois que termina a subida principal, há uma bifurcação que te direciona ao Mirador de Las Aguilas ou para Los Condores. Decidi ir apenas aos Condores. Trilha para o Mirador de Los Condores Depois de andar mais uns 20 minutos, chegamos ao Mirador de Los Condores, em que há uma vista espetacular e panorâmica de El Chaltén, Fitz Roy e as montanhas da região. Fazer essa trilha no dia de chegada é bom porque vai te preparar as outras que virão (e acredite: a subida dessa é fichinha). Quando eu estava lá no mirador, tive a sorte de ver dois condores voando ali na minha frente. Maravilhoso demaaaaaaaaaais! Fiquei uns 40 minutos lá em cima, mas estava ventando muito forte e decidi descer. Finalizando a trilha, entrei em contato com o Gabriel e sua noiva, um casal que eu já havia conhecido antes da viagem e que estaria em Chaltén nas mesmas datas que eu. Assim, combinamos de jantar juntos aqui e fazer a trilha da Laguna de Los 3 no dia seguinte. Mirador de Los Condores Mirador de Los Condores e El Chaltén ao fundo! Antes de ir para o hostel para me arrumar, passei na loja Camping Center para alugar bastões de trekking por ARS 3.000. Há diversas lojas para realizar esse aluguel por lá, e como viajei apenas com bagagem de mão, não tinha como levar meus bastões. Depois, fui para o hostel para tomar um banho. Neste dia fui jantar com o Gabriel no Nômade Resto Bar, que fica na Av. San Martin. Como estavámos em 3 pessoas, compramos uma pizza e dividimos o valor. Compensou bastante, pois a pizza estava boa e era bem servida. Depois, combinamos de nos encontrar no dia seguinte às 07:30 para iniciar a trilha da Laguna de Los Tres. Fui dormir para descansar e me preparar para o dia mais desafiador da viagem: a trilha do Fitz Roy!10 pontos
-
7º DIA - EL CALAFATE (MINITREKKING E PASSARELAS DO PERITO MORENO) E, finalmente, chegamos ao dia que rendeu um dos meus maiores dilemas da viagem inteira. Sempre que este roteiro esteve em minha mente, fazer o minitrekking não era uma opção, mas sim algo concreto. Eu queria muito ter essa experiência. Além disso, fazer a caminhada sobre o Perito Moreno era um dos meus objetivos dessa viagem junto com a subida à Laguna de Los 3. Porém, ao se aproximar cada vez mais do dia da viagem, observei que o preço do minitrekking estava exorbitante, tipo, estratosférico para os nossos padrões. Inclusive, dei o maior chororô aqui no fórum e até cheguei a falar que desistiria de realizar o minitrekking. Porém, contudo, todavia, ENTRETANTO... Duas semanas antes da viagem, a ideia de fazer o minitrekking ainda me assombrava e, além disso, o possível arrependimento por voltar e não ter feito essa atividade por lá. Digo isso não por ser algo primordial, mas por ser algo que eu queria muito e estava abrindo mão de fazer. Então, novamente entrei no conflito: fazer ou não fazer? Comecei a colocar na balança e o que mais pesou na decisão foi o fato de que, provavelmente, eu não voltarei à Patagônia tão cedo (ou talvez nunca mais, uma vez que dificilmente repito viagens). Sendo assim, duas semanas antes de embarcar, decidi comprar o minitrekking. Essa brincadeira custou R$ 2.500,00 no cartão de crédito, e a única saída que eu consegui achar para não parecer tão caro foi parcelar a compra depois de efetuada (meu banco permite isso), e assim o fiz. Vou paga-lo até outubro kkkkkkkk mas pelo menos fui feliz. Dando sequência ao relato, comprei o minitrekking diretamente pelo site da Hielo y Aventura e só tinha horário para às 08:30 da manhã, o que achei bom, pois não precisaria acordar tão cedo como no dia anterior. Tomei café sossegado, me arrumei e fiquei aguardando no saguão do hostel até que a van da Hielo passasse. Nesse dia, fui com a roupa toda impermeável e realmente foi necessário - foi o pior dia da viagem em termos climáticos. A van passou pontualmente no hostel às 08:30 e conferiu os nomes de quem faria a atividade, além de confirmar a modalidade: se seria o minitrekking 1 ou 2. Recentemente, a Hielo dividiu a atividade em duas modalidades com dois níveis de dificuldade pelo mesmo preço: o minitrekking 1 é mais curto e mais adequado a participação de crianças e idosos, enquanto o 2 faz um trajeto mais extenso e adentra em um espaço maior da geleira. Depois de pegar todos os passageiros, a van parou na saída de El Calafate, descemos e fomos separados em duas vans: uma para aqueles que iriam fazer o minitrekking 1 e outra para aqueles que iriam fazer o minitrekking 2. O trajeto até o Parque Nacional de Los Glaciares leva cerca de 80 km e 1:30 a partir de El Calafate, onde conferem os nossos ingressos do parque (aqui peguei meu segundo carimbo no flexipass de 3 dias). A nossa parada é no Porto Bajo de Las Sombras, onde a guia deu as primeiras instruções do que faríamos ali: tomaríamos um barco para chegar próximo ao Perito Moreno e acessar à área onde seria feita o minitrekking. O tempo nesse dia estava muuuuuuuuito fechado e a chuva era constante, ora forte, ora mais fraca. Além disso, fazia muito frio. Embarcamos no barco e era autorizado ficar do lado de fora, até tentei, mas o frio e vento misturados à chuva tornavam tudo desconfortável. Barco se aproximando do Perito Moreno. Tempo bem ruim! Em cerca de 15 minutos, chegamos a um refúgio onde fomos apresentados aos guias que nos conduziriam pelo minitrekking. Os grupos foram divididos em inglês e espanhol, e eu preferi ir para o espanhol, com o guia Gabriel. No refúgio, é possível deixar as mochilas para ir ao minitrekking o mais leve possível, e aqui, o guia já acena para a obrigatoriedade do uso de luvas no passeio. Caso não tenha, eles emprestam. Depois de tudo guardado, iniciamos uma caminhada de cerca de 40 minutos que vai do refúgio até a base da geleira, em que são colocados os grampones que são obrigatórios para o passeio. Os grampones são bem pesados e no início é dificil de andar, mas com o tempo vai acostumando. Percorremos um pequeno trecho de rochas e, em poucos minutos, já estamos aos pés do Perito Moreno para iniciar a caminhada. Aqui, o Gabriel deu as últimas instruções do minitrekking, falando que todos devem andar em fila indiana, pisar firme com os grampones e não utilizar o celular enquanto estiver caminhando, somente durante as paradas autorizadas por ele. E assim, iniciamos o minitrekking sobre a geleira. Refúgio onde passamos antes do minitrekking Caminhando até a geleira Local onde colocamos os grampones Olha o tamanho dessa belezura! Eu não tenho palavras que dimensionem o quão extraordinário é o minitrekking! A caminhada dura cerca de 1:30 e durante esse tempo percorremos um pedaço legal da geleira. O guia sempre vai na frente para verificar os lugares mais seguros a pisar e explicando tudo sobre o glaciar. Mostra gretas, sumidouros, as morenas, pequenas cachoeiras de águas cristalinas, rios transparentes que cortam a geleira. Meu deus! É algo surreal! Isso sem falar nas cores da geleira, que misturava diversos tons de azul. Há bastantes paradas ao longo do caminho para fotos e a geleira é super bem estruturada, havendo corrimões com escadas de gelo que ajudam muito nas subidas ou descidas. Lembrando que tudo isso foi feito debaixo de chuva. Ou seja, a roupa impermeável é sim mais que necessária em uma viagem como essa. Vi gente passando bastante frio por lá. Em certo momento, o guia faz uma parada perto de um riozinho que percorre a geleira e lá podemos beber água do próprio glaciar (claro que experimentei). Uma deliciaaaaaaaa! Após 1:30 de caminhada, o guia para em um ponto mais estável da geleira e oferece o famoso whisky com águas do glaciar, acompanhado de bombom. Eu nem tomo whisky, mas a oportunidade pedia e não tive como recusar kkkkkkkk Indescritível! Depois do whisky, caminhamos em direção à terra firme e começamos a retirada dos equipamentos e grampones. Depois da experiência, não tenho como dizer que não valeu a pena. Foi SENSACIONAL! É uma experiência única para a vida. Sem os equipamentos, caminhamos por passarelas de madeira até o refúgio novamente, onde lá tivemos cerca de 1 hora para lanchar e descansar do minitrekking. Eles disponibilizam chá, café e água a vontade (o café estava muito bom, aliás). O minitrekking foi tão magnífico que a chuva pouco me atrapalhou, no final das contas. Depois de uma hora, e isso já era por volta das 15:00, voltamos para o barco e seguimos para a nossa próxima parada: as passarelas do Perito Moreno. Do porto Bajo de Las Sombras até lá, leva mais cerca de 40 minutos por uma estradinha bem sinuosa. A guia nos deu 1 hora para percorrer as passarelas e aconselhou que o caminho a fazer fosse o amarelo, que é o que oferece uma visão mais panorâmica e próxima do glaciar. As passarelas oferecem uma experiência similar à que ocorre nas Cataratas do Iguaçu, nas suas devidas proporções. Aproveitei cada minuto ali e atento aos desprendimentos. Sempre que ocorria, era um barulho parecido com trovão, muito forte. O Perito Moreno é sensacional! Por volta das 17:00 iniciamos o nosso retorno para El Calafate e eu estava bem cansado. Mesmo assim, ao chegar no hostel por volta das 18:30, combinei com a Cibele de ir no La Zorra novamente, já que no dia seguinte eu estaria partindo para El Chaltén e não nos veríamos mais. Dessa forma, tomamos um drink, comemos algo e fomos embora. Voltei para o hostel e comecei a organizar minhas malas, pois logo começaria mais uma etapa da viagem: El Chaltén! Whisky do glaciar Passarelas do Perito Moreno Vista das passarelas10 pontos
-
Dessa maneira que você colocou @renata83, nada na internet é confiável e aí eu concordo com você. O fórum em si não opina, nem passa informações. Quem opina são os usuários e eu só vi coisas boas e opiniões. Você pode concordar ou discordar do usuário x ou y. É o que acontece no Twitter ou X, no Instagram, no Facebook, etc. Mas não seja injusta com o Mochileiros.com, por favor. 🙏 Isso aqui é um espaço de resistência na internet brasileira.10 pontos
-
Oi, gente! Tudo bem? Perdi minha senha de uns dois perfis e criei um novo (espero não perder mais!!!) para trazer meu relato! kkkkk Esse é meu relato de viagem de 15 dias na Bolívia e Chile, que fiz sozinha agora em outubro de 2025! Li muuuuitos relatos aqui no Mochileiros mas senti falta de encontrar algumas informações com valores atualizados, então eu espero que meu relato seja útil para alguém ou alguéns! 🙂 Vou tentar ser direta para falar mais de trajetos e valores. Já adianto que fiz uma viagem confortável, não foi nem cara nem super econômica. Então é possível gastar menos do que eu e também é possível gastar muito mais, depende do que você busca. Nessa primeira parte vou falar só da Bolívia e nos próximos dias trago o relato do Chile. Meu trajeto completo foi: La Paz (3 dias) - Uyuni (passeio do Salar de 3 dias) - San Pedro de Atacama (7 dias) - Santiago (4 dias) Conversão que eu peguei: R$ 1,00 = 2,20 bolivianos R$ 1,00 = 176 pesos chilenos Considerem que esses valores mudam bastante, eu vi que o câmbio mudou inclusive durante minha viagem! Eu usei muito mais moeda física mesmo, mas especialmente no Chile era bem tranquilo usar Wise. 10/10 (dia 1): chegada em La Paz Cheguei em La Paz no começo da noite. Saí do aeroporto de minibus, que é uma van que faz os trajetos de linha de ônibus. Pra mim que nasci nos anos 90 em São Paulo, é tipo uma lotação kkkkk mas vai todo mundo sentado. Custa 5bs e tem várias saindo do aeroporto, é bem tranquilo. Todas que saem do aeroporto são da mesma linha e vão para o centro, que era onde eu precisava chegar. Fiquei hospedada na Posada de La Abuela Obdulila, no centro histórico. Peguei a recomendação em algum relato (ou vários?) aqui e também recomendo muito! Paguei 180 bs por noite, para um quarto com banheiro privativo. Eu chorei um pouco no valor pois originalmente eram 200 bs para um quarto de casal, e como eu estava sozinha, pedi um desconto. Esse valor inclui um café da manhã bem servido, com pão, frutas, frios, geleia, iogurte, suco, leite e aveias. Você pode complementar o café da manhã com ovos por 6 bs. Eu fiz minha reserva diretamente com a pousada com 2 meses de antecedência e indico que façam o mesmo, sem deixar para muito em cima pois ela estava sempre lotada. Vou deixar o contato deles: +591 78832848 Saguão da pousada 🙂 Na chegada, troquei um pouco de dinheiro no aeroporto só para ter para o transporte e janta. Vi duas casas de câmbio lá com valores bem diferentes (uma a 1,5 e outra a 2,1) e depois andando pelo centro histórico foi até difícil achar um câmbio melhor que 1,9. Vou falar mais disso depois. Nessa noite jantei em um restaurante oriental que encontrei próximo à pousada, ali no centro histórico mesmo. Paguei 42 bs num ramen e suco. PS: eu não tenho problema com altitude, então passei bem. só é mesmo cansativo subir ladeiras - que tem muitas! kkk. mas para quem tem problema (ou medo de ter, se for a primeira vez), é legal prever uns dois dias para se aclimatar porque La Paz é muito alta. 11/10 (dia 2): La Paz Consegui fazer o câmbio a 2,20 negociando, pois no aeroporto estava melhor que em vários cambistas do centro. Percebi que os melhores lugares para fazer câmbio são perto da Igreja San Francisco, se atravessar a avenida sentido onde ficam os museus também tem alguns cambistas e lá eles fazem um valor melhor do que no miolo do centro (únicos que vi fazendo a 2,20 direto). Muitos cambistas não aceitam nota rasgada, rasurada etc. Então cuidado com isso 🙂 Visita ao Museu de Etnografia e Folclore. Entrada: 30 bs. Recomendo muito para quem se interessa em conhecer a cultura dos lugares que visita! Ida à rodoviária para comprar passagem para o dia seguinte, para Uyuni. Comprei pela Panasur e paguei 100 bs. Não achei que havia a abertura para negociação que vi muita gente comentando. Também achei o preço bem barato… Dá cerca de 50 reais para uma viagem de quase 10h, num ônibus leito! Mas meu ônibus não tinha cinto de segurança, rs. Conversei com uns argentinos que viajaram pela Titicaca, que é quase o dobro do preço e muita gente recomenda, mas o deles também não tinha cinto, então sei lá! Aproveitei o resto da manhã para comprar lembrancinhas pois sabia que no Chile seria muito mais caro. As blusas de lã e outros souvenirs são muito baratos em La Paz! Caso você ame artesanatos e blusas como eu, vá com espaço na mala kkkk Almocei no centro mesmo, no Sabor Urbano. Comida típica maravilhosa, muito bem servida, e muito econômica! Se eu não me engano paguei por volta de 23bs no menú completo (entrada, prato principal e sobremesa). Mas eles só servem almoço, por isso não jantei lá também rs. Walking Tour pelo centro histórico - 40 bs (preço sugerido). Recomendo muito também. Não foi o melhor walking tour que já fiz, mas foi ótimo para ver algumas coisas e aprender um pouco sobre a cidade que eu jamais veria ou saberia sozinha Reservei pelo Guru Walk: https://www.guruwalk.com/es/walks/48348-un-viaje-en-el-tiempo-free-tour-por-la-paz-historica Depois do walking tour, passeei de teleférico. Andei por praticamente todas as linhas de teleférico, para dar a volta na cidade. Recomendo muito fazer isso e não é necessário guia! A cada vez que você troca de linha, precisa comprar novo bilhete e cada bilhete custa 2 ou 3 bs. Acho que gastei uns 15 bs nesse passeio, mas não tenho certeza. Fiquei com medo de fazer à tarde e não ser tão legal, mas foi perfeito, pois peguei dia, pôr-do-sol e noite! Passeio de teleférico no final da tarde Passeio de teleférico já à noite! Jantei em um restaurante maravilhoso no centro, chamado Olivia. Recomendo demais! Provei um risoto com carne de lhama, banana da terra e ovo frito. O prato principal, com uma sobremesa toda chique e suco, saiu uns 100 bs… 12/10 (dia 3): La Paz - Sítio Arqueológico Tiwanaku Tiwanaku não é um destino muito conhecido pelas pessoas que vão para La Paz, mas eu amei ter ido e recomendo para quem se interessa por história! É possível fazer o passeio com agência e nesse caso não tenho ideia de valores. Eu resolvi ir por conta e contratar guia na entrada do sítio, o que eu realmente acho a melhor coisa, pois lá dentro não tem nenhuma informação - só nos museus. Na pousada me recomendaram ir até o cemitério e lá pegar um ônibus que supostamente passa sempre para Tiwanaku. Mas cheguei lá (fui do centro até o cemitério de minibus) e não tinha o tal ônibus, ninguém sabia dizer exatamente se por ser final de semana ou se são ônibus meio inconstantes… Enfim, entendi que a melhor maneira para ir para Tiwanaku é pegar o teleférico até El Alto (outro município, onde fica o aeroporto), de lá ir andando até a rodoviária que fica ao lado e na rodoviária pegar o ônibus que deixa na frente do sítio arqueológico. Como eu fui de domingo, não tinha ônibus e eu peguei um minibus que passava a algumas quadras da rodoviária. Custou 10 bs e a viagem é de 1h30. Acho que a entrada era 100 bs. Assim que cheguei, duas turistas francesas também estavam chegando e logo um guia nos ofereceu o tour guiado por 200 bs para o grupo. Como acrescentamos uma parada no tour, ficou 300 bs ao todo - 100 bs para cada uma. Para voltar fomos até o centrinho (bem perto andando), pegamos o minibus de 10 bs que deixa no teleférico de El Alto. De volta a La Paz, almojantei um chilli com carne em um bar/restaurante, foi bem barato - acho que algo por volta de 30 ou 40bs no máximo. Esperei na pousada até a hora de ir para a rodoviária e peguei um taxi por 25bs. O ônibus era um leito bem confortável, apesar de não ter cinto rs. E tinha uma mantinha, que foi bem útil porque às vezes sentia que a calefação era desligada rs mas não teve perrengue não! Foi tranquilo. Esperando o busão na rodoviária 13/10 (dia 4): Chegada em Uyuni e 1º dia de tour do Salar do Uyuni Cheguei em Uyuni por volta das 6h da manhã e fui tomar café da manhã onde vão todos os turistas, na Noni (ou Nonis?). Não anotei o valor exato mas é tudo bem barato… Dá pra tomar um bom café da manhã com uns 20 reais ou menos. Conversei com uns dois guias, fui em duas agências e não quis ficar rodando muito com meu mochilão que já estava bem grande. Eu já tinha conversado no whatsapp com um guia que indicaram aqui, então fui na agência dele, próximo à rodoviária e fechei por 1100 bs o passeio do Uyuni de 3 dias, chegando em San Pedro de Atacama. Lembrando que esse valor inclui hospedagem, todas as refeições do dia e o transfer para San Pedro. IMPORTANTE: Recomendo se certificar que o valor do passeio já inclui a passagem para San Pedro Esse é o valor médio mesmo dos passeios, entendi que a galera paga entre 1000 e 1300 bs, talvez mais às vezes. Depois de fechar o passeio, fui no mercado da cidade comprar frutas, água e bolachas para petiscar durante os 3 dias. Pessoalmente eu estava muito preocupada em ir com uma agência legal, um motorista que soubesse um pouco para explicar, mas vi que isso é realmente muito aleatório. Pelo o que entendi, nem adianta muito ir na agência x ou y, porque eles acabam te jogando para outras agências que estão com vaga no tour. Eu mesma fechei o passeio na agência Ollantaypuna, mas viajei com a Expediciones Perla de Bolivia e não era exatamente o mesmo passeio que estava no PDF que o guia tinha me mostrado uns meses antes kkkkk Mas meu tour foi ótimo, melhor que o do pdf, e o motorista era super gente boa. Dava pra ver que ele não tinha conhecimentos técnicos como os guias do Atacama, por exemplo, mas tudo o que ele sabia, ele contava, e ele que sugeria aquelas fotos que todo mundo gosta de tirar no salar. Os passeios do Salar do Uyuni são bem padronizados, então acredito que não preciso entrar em muitos detalhes aqui a não ser que é tudo MARAVILHOSO! Fiquei realmente muito impressionada, porque meu objetivo 1 era o Atacama e acabei incluindo o Salar de Uyuni no roteiro. E que bom, porque é incrível!!!! No primeiro dia vamos no cemitério de trens que, pra mim, é a parte menos interessante. Almoçamos em Colchani, onde tem uma feirinha de artesanato que tem os mesmos ou melhores preços que La Paz. Visitamos o hotel de sal, que para mim também não é a melhor parte. De lá fomos para o Salar onde fizemos várias fotos e vídeos bem divertidos. Eu nem sou a pessoa que gosta de ser fotografada e que pira nessas fotos, mas foi engraçado e foi um jeito de descontrair com o resto do grupo! Fomos na Isla Incahuasi, que tem cactus gigantes. Tem que pagar para entrar (30bs) e é muito legal mesmo, tem uma vista linda e os cactus são impressionantes! Por causa da altitude é um pouco cansativo subir. É só ir com calma e vai dar tudo certo 🙂 14/10 (dia 5): 2º dia de tour do Salar do Uyuni Para mim, o dia mais lindo! É o dia que visitamos várias lagoas, vemos flamingos, vulcões e muitas vicuñas no caminho… Não vou nem entrar em detalhes porque as palavras são insuficientes! Algumas das vistas maravilhosas do segundo dia. Com vulcão, lagoas, flamingos... Um espetáculo! 15/10 (dia 6): 3º dia de tour do Salar do Uyuni e chegada a San Pedro de Atacama Nesse último dia, para quem vai para San Pedro de Atacama, o tour é bem curto. Começa muito cedo nos geysers e depois nas águas termais (que eu não tive coragem de entrar!). De lá passamos pelo deserto de Dalí - mas só passamos, não paramos em nada - e visitamos a Lagoa Verde e a Lagoa Branca, que ficam lado a lado muito próximo à fronteira com o Chile. Continuarei sobre a chegada em San Pedro num próximo post aqui, nos próximos dias! Algumas coisas que acho importante dizer sobre os 3 dias de tour: - leve uns trocados para pagar a entrada nos banheiros, cada um é 5bs e considere pelo menos uns 2 ou 3 por dia (por precaução). leve também dinheiro para entradas nos parques, a agência informa mas o total costuma ser 180 bs + 15bs caso queira entrar nas águas termais do último dia. NADA disso pode ser pago em cartão ou transferência; - leve papel higiênico pois não tem nas hospedagens; - nas hospedagens que eu fiquei tinha chuveiro quente e não era necessário pagar, mas acredito que se é pago ou não é algo que pode variar. não tem como prever porque você não sabe onde vai ficar até chegar... o preço que avisam é 10bs por banho (então total 20bs, para primeira e segunda hospedagem); - eu fiquei muito preocupada em levar garrafas de água e petiscos para comer no trajeto, mas no pior dos casos sempre vendem água nas hospedagens; - wifi nas hospedagens é pago (20 bs por hospedagem); - a primeira hospedagem é mais estruturada que a segunda. no meu caso a segunda era simples, mas arrumada e limpa. na primeira eu dividi quarto só com uma moça do meu tour e tínhamos banheiro privativo. a segunda também dividi o quarto só com ela mas o banheiro era compartilhado e muito simples. conheci uma brasileira que achou a segunda hospedagem onde ficou muito ruim, com banheiro mofado etc. recomendo carregar o celular na primeira hospedagem porque na segunda a energia elétrica e acesso a tomadas é super limitada - a energia é desligada às 22h. - a segunda hospedagem fica numa altitude bem grande e faz bastante frio, mas tinha cobertores suficientes. eu sou bem friorenta para dormir e dormi bem. se você for uma pessoa muito friorenta ou for no inverno, durma com suas roupas mais quentinhas. se tiver muito medo de passar frio, tente alugar um saco de dormir com a sua agência, mas no meu caso achei desnecessário (eu não aluguei, mas meus companheiros de tour sim). - eu fui na metade de outubro, já é primavera, então as temperaturas não são tão baixas e mesmo assim é bem frio! todos os dias usei segunda pele (calça e blusa), meia térmica, fleece ou moletom e corta vento. dependendo do momento do tour, luvas, gorro e cachecol são indispensáveis! - óculos de sol, boné ou chapéu, creme hidratante, protetor solar, soro (ou rinosoro se você preferir, mas eu levei soro mesmo que é mais barato e é a mesma coisa rs), boné e hidratante labial são INDISPENSÁVEIS! para mim, o melhor hidratante labial é hipogloss kkkkkkkkk vi muita gente falando que voltou com os lábios muito estourados do Uyuni e do Atacama, e eu voltei plena. Fica a dica! Dicas sobre roupas, que eram uma super preocupação para mim (e valem para o atacama também): Eu levei cachecol e me arrependi, levaria esses protetores de frio para pescoço porque ocupam muito menos espaço na mala. Também levei duas blusas térmicas e me arrependi, poderia ter levado só uma para poupar espaço na mala, mas eu transpiro muito pouco, tipo quase nada, então isso vai depender de você.9 pontos
-
Continuação... Dia 9 – Mirante dos Vulcões e viagem a Puno No segundo dia em Arequipa, dedicamos a manhã para conhecer um dos cartões-postais da cidade: o mirante Yanahuara. Fica próximo do centro histórico (cerca de 2 km), fomos caminhando mesmo. É um local com arcos de pedra com inscrições históricas, há uma igreja histórica lá e um pequeno parque. Um local bastante agradável para um passeio. Além do mirante, fiz uma visita guiada na catedral da cidade. Custou 10 soles + gorjeta para o guia. Recomendo muito, passeio realmente enriquecedor sobre a cultura local e sobre a história do catolicismo no Peru. Após explorarmos o local, tiramos algumas fotos, retornamos para o hostel e seguimos viagem para Puno. Novamente uma viagem de ônibus, acredito que durou cerca de 5 horas. Puno é a cidade base para visitar o lago Titicaca e arredores, ficando bastante próxima da fronteira com a Bolívia. Talvez Puno tenha sido a cidade onde menos me senti seguro — recomendo usar Uber/táxi para sair do terminal rodoviário. Dia 10 – Titicaca Lake, Ilhas Uros e a apaixonante ilha Taquile O objetivo de incluir Puno no roteiro foi conhecer o famoso lago Titicaca (um dos maiores lagos da América do Sul e o curso de água navegável mais alto do mundo). Para isso, compramos o tour clássico para conhecer as Ilhas Uros e a Ilha Taquile — um full day. Começando pelas Ilhas Uros: o passeio inicia no porto de Puno e você navega até chegar à região das ilhas flutuantes. Lá, você tem a oportunidade de descer e passar um tempo com alguma família que “hipoteticamente” vive lá e ainda cultua os costumes dos povos antigos. Existe uma parte histórica muito interessante, onde os povos que viviam antes nas margens do Titicaca precisaram fugir para essas ilhas quando os incas chegaram. Para isso, usavam a vegetação local para construir essas ilhas flutuantes. Porém, entretanto, todavia... eles vendem a ideia de que o povo atualmente ainda vive nas ilhas como naquela época e, pasmem: há toda uma cadeia turística que gira em torno de uma fucking mentira. Descobri após o passeio que se trata apenas de um grande teatro. Uma pessoa local me contou que aquelas pessoas não vivem de fato lá há muito tempo. Mas tudo bem, o passeio é válido. Foi interessante e enriquecedor do ponto de vista cultural. Ficamos algumas horas explorando essas ilhas e o passeio seguiu para a famigerada Taquile Island. Não tinha muita informação sobre essa parte do passeio e, mais uma vez, fui surpreendido de uma maneira grandiosa: lugar incrível. Essa ilha é um Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO e tem muitas particularidades. É um tipo de turismo sustentável, não há carros ou hotéis de luxo (muito pelo contrário). As famílias locais promovem o turismo; almoçamos na casa de locais com uma vista incrível. A ilha fica de certa forma isolada do restante do país e as pessoas ainda falam o idioma quéchua lá. É realmente um lugar único e muito lindo ao mesmo tempo. Voltaria sem sombras de dúvidas. Dia 11 – Cuscoooo Após mais um trecho noturno percorrido de ônibus, chegamos a Cusco pela manhã. Esta foi a cidade onde planejei passar mais tempo, portanto o primeiro dia foi dedicado a organizar os próximos dias: lavar roupas, fazer compras no mercado e ir em busca de uma agência de turismo para comprar os passeios. Sou o tipo de turista que não se importa de “perder ou ganhar rs” um tempo fazendo algumas cotações e entendendo as diferenças entre as agências. No centro histórico de Cusco há uma oferta muito grande de agências, preços etc. Passei em algumas e fechei com a Fenix Peru Travel (+51 973 113 214 – Yessica). Me sinto no dever de compartilhar o contato da agência pelo excelente atendimento que tivemos com a Yessica. Recomendo muito, com preços interessantes também. Ficamos hospedados no hostel Secret Garden — bom e barato. Hospedagem em Cusco tem que ser no centro histórico, não tem região melhor. Além disso, neste dia fizemos um Free Walking Tour pelo centro histórico. A cidade realmente é incrível. Tenho o sentimento de que é necessário visitar Cusco várias vezes, pois há uma infinidade de coisas para ver e fazer. O planejamento inicial para Cusco foi o seguinte: Dia 1 – Free Walking Tour e explorar o centro histórico Dia 2 – Full day Vale Sagrado dos Incas: Maras, Moray, Chinchero, Pisac e Ollantaytambo Dia 3 – Montanha Palcoyo (os planos mudaram) Dia 4 – Trecho Cusco até Águas Calientes (van + trilha) Dia 5 – Visita a Machu Picchu e retorno a Cusco Dia 6 – Day off e voo de retorno para o Brasil Dia 12 – Vale Sagrado dos Incas Este dia foi um dos pontos altos da viagem. Compramos um passeio que nos levou a diversos pontos importantes da região e do Vale Sagrado dos Incas. Foi um dia extremamente rico em conhecimento, cultura e gastronomia. Recomendo muito este passeio. Não vou descrever muitos detalhes aqui, mas reforço: se tiver tempo, é possível fazê-lo em 2 ou 3 dias. Percorrer todos esses lugares em um único dia foi fantástico, mas confesso que, em alguns deles, ficou aquele gostinho de “quero mais”. Principalmente em Ollantaytambo — aquele lugar exige mais tempo para ser explorado. Pequeno resumo do que se vê por lá: Maras: Vilarejo conhecido pelas Salinas de Maras, milhares de piscinas de sal construídas em um vale desde tempos pré-incas. Moray: Complexo arqueológico com terras circulares em níveis, formando grandes "buracos" no solo. Provavelmente um laboratório agrícola usado para estudar microclimas e cultivar diferentes tipos de alimentos. Chinchero: Vila andina a 3.762 m de altitude, com forte herança inca e colonial. Pisac: Ruínas no alto da montanha e mercado artesanal. Ollantaytambo: Fortaleza inca com escadarias gigantes — também é o ponto de trem para Machu Picchu. Urubamba: Cidade central do vale, ponto de parada para almoço. Dia 13 – Montanha Palcoyo ou um day off na capital do império Inca? Bom, neste dia da viagem eu estava extremamente cansado e, no dia seguinte, iria realizar um dos meus sonhos: conhecer Machu Picchu. Para resumir, cancelei o tour da Montanha Palcoyo para ter um dia totalmente off em Cusco (não foi tão off quanto eu planejei). Fiquei no hostel descansando, até que fiz um amigo argentino no café da manhã e saímos para explorar um pouco mais do centro histórico. Visitamos a região de San Blas, o mirador de Cristo Blanco e o templo de Sacsayhuaman. Neste dia, jantamos em um bom restaurante e voltamos ao hostel, pois no dia seguinte iniciaria o plano Machu Picchu de fato. Dia 14 – Rumo a Águas Calientes Há diversas formas de ir até Águas Calientes. Uma das mais utilizadas e baratas é ir de van saindo de Cusco até a hidrelétrica e seguir caminhando pela trilha até Águas Calientes. Essa foi a nossa escolha. A van saiu de Cusco às 06:00 da manhã e chegamos à hidrelétrica por volta das 14:00. A viagem é longa e sinistra — muitas curvas e pontos de difícil acesso — mas faz parte da jornada. Faria novamente? Faria. Após chegar, fizemos um lanche e seguimos caminhando por mais umas 4 horas até Águas Calientes. A trilha é bem sinalizada; na maior parte do tempo é só seguir os trilhos do trem. Há muitas pessoas fazendo esse trajeto diariamente, então é só seguir a galera. Nos alertaram para seguir caminhando em um bom ritmo para que não anoitecesse enquanto estivéssemos na trilha. Chegamos no final da tarde ao pequeno pueblo. Chegamos bastante cansados, mas vale a pena. Recomendo muito esse trajeto pela experiência de caminhar até lá. É uma experiência que vale a pena ser vivida. Dormimos em um Airbnb em Águas Calientes — lá tudo é próximo e há uma boa oferta de lugares. Dia 15 – O grande dia: Machu Picchu Então, chegou o grande dia. Peguei a dica aqui no mochileiros.com de comprar o ticket de Machu Picchu para o primeiro horário. Portanto, às 05h30 já estávamos na fila do ônibus para subir até a cidadela. Você pode subir até lá caminhando ou de ônibus. O ônibus é caro, porém pode sair mais caro ainda você chegar lá cansado e sem energia para desfrutar o sítio arqueológico. Na fila do ônibus, há vários guias oferecendo o serviço de entrar em grupo no parque, e eu recomendo muito que você contrate um guia. Acredito que a experiência de ir com ou sem guia pode ser muito diferente, principalmente se for sua primeira vez lá. Ocorre que há muitos mistérios, muita informação, muitas curiosidades sobre tudo lá em cima. E somente um profissional conhecedor e experiente vai poder transformar sua experiência de algumas horas lá em cima em uma verdadeira master class de história — no local onde os incas burgueses e safados faziam seus rituais e etc. A visita guiada durou cerca de 3 horas e o tempo passou num piscar de olhos. Foi uma experiência de vida. A realização de um sonho para mim. Não irei descrever muito aqui, mas foi foda pra baralho. Há muito o que ver, aprender, apreciar, refletir, sentir. Difícil de descrever — apenas vá! Thanks God for that! O dia estava perfeito, foi possivel ver o nascer do sol entre as montanhas la de cima. Realmente, dificil de descrever o quão sensacional foi este dia. Depois da visita, fizemos o mesmo percurso até Cusco: trilha + van, e chegamos por volta de meia-noite. Extremamente exaustos, mas com o coração quentinho por ter vivido esse dia. Ah, e sobre o guia, vale a regra de pechinchar e pesquisar antes de fechar com o primeiro que oferecer os serviços. Paguei cerca de 30 soles por um grupo de 6 pessoas. No meu ponto de vista, muito barato pelo tanto que o guia entregou (prometeu nada, entregou tudo). Dia 16 – Retorno ao Brasil Este foi o último dia da viagem. Neste dia saímos para comprar souvenirs para a família e encher os espaços vazios das malas com Inka Cola e ímãs de geladeira. O voo de volta foi um pouco mais longo: Cusco – Lima – Santiago do Chile – São Paulo – Porto Alegre. É isso, mochileiros! Espero ter ajudado com este relato e informações. Abraços!9 pontos
-
DIA 16 - PASSEIO 7 LAGUNAS AUSANGATE - 13KM DE TREKKING Pra fechar o relato de uma única vez senão a chance de ficar pela metade é grande, o maior desafio da viagem, como disse no começo não somos praticantes de trekking e nenhum outro esporte, a esposa faz a academia diariamente, eu nada. Após abortar a Laguna Humantay, optamos pelo passeio das 7 lagoas, vários vídeos falando que é trkking leve, que é fácil, sem riscos, hahaha, tudo lorota, ALÔ RENPA. Saída de CUSCO as 4h, mesmo esquema do outro, estrada e estrada. Chegamos as 9h e o café da manhã é na própria comunidade. Este passeio é menos comum, tem menos vans na base, o local tem infraestrutura zero, os sanitários são uma decepção a parte, o café foi bem meia boca. Leve seu café. Mas fomos lá pra ver as tais lagoas que eram tão bonitas quanto a caótica Humantay. Na nossa VAN, 15 pessoas, sendo uma família da Costa Rica outra da Espanha e uma de El Salvador além de mais dois casais do Brasil. Café da manhã tomado e boa começar essa caminhada de 13km, é um trajeto circular. O visual é maravilhoso, o clima estava agradável, frio e calor ao mesmo tempo. Começamos a trilha 9h16, o caminho é pouco inclinado e largo, nosso guia já tinha nos apelidado de VAI BRASIL pois como sempre a amizade era de infância. Uma das esposas do Brasil resolveu ir de cavalo (100 SOLES), os tontos aqui, vamos na raça, fizemos a colorida, essa vai se fichinha. kkkk. Primeiros 4 km a altitude começa mandar lembrança. No primeiro ponto de encontro os BR já eram os últimos, já era o dobro do total feito na colorida, e ainda nem tinha chegado na primeira lagoa e faltava mais 9km, não é possível, já estávamos mortos. Caminha 400 metros, para, respira, segue, força grupo. Chegamos na primeira lagoa as 11h33, o frio já estava muito maior. As lagoas são perto, então em pouco tempo se visita todas, a altitude fica na casa de 4700 msnm, são lindas e vale o esforço, mas o cansaço é imenso. As lagoas são pouco antes da metade do caminho, ainda faltava tudo que andamos e um pouco mais. A volta foi tensa, não chegava nunca, frio, calor, nuvens chegando, grupo se auto apoiando, era só olhar pra montanha nevada que a alegria voltava e criava-se ânimo pra caminhar mais 8km. Foi terrível, não chegava nunca, nosso grupo ia ficando pra trás o guia gritava, Vamos Brasil, força Brasil. Terminamos passava das 14h, é trekking pra amador coisa nenhuma. Na base era o restaurante, o almoço foi melhor que o café da manhã, mas poucos conseguiram comer devido enjoos e canseira. O retorno começou pouco depois das 15h, a estrada é sinuosa, dois passageiros passaram mal com vômitos, como era véspera de feriado no Peru, o congestionamento era gigante, chegamos em Cusco passava das 19 horas. Mas foi maravilhoso. Valeu o esforço. Ainda tivemos ânimo para ir comer um frango no Los Toldos Chicken e tomar uma Cusquenha quente.9 pontos
-
Eu fiz essa viagem com uma amiga que conheci através do grupo de mulheres que viajam do Facebook. Eu já tinha comprado minha passagem quando começou a bater um medo de ir para o Norte sozinha, então fui procurar companhia pelo Face e encontrei a Carla de SP que comprou a passagem para a mesma data. É bom ter companhia para dividir os pratos e os passeios mas vi muitas mulheres viajando sozinha e é tranquilo. Dia 20/08 chegada em Santarém as 11:45 Em Santarém o app Urbano Norte funciona melhor que o Uber então pegamos um até o Hotel que reservamos no Centro próximo a Orla. Deixamos nossas coisas e saímos para comer e dar uma volta, o sol estava de rachar então logo voltamos para hotel e esperamos para sair no final da tarde. Visitamos o Museu João Fona, a Matriz, caminhamos pela Orla, o encontro dos rios Amazonas e Tapajós é bem bonito, a Orla tem alguns lugares para comer e a noite rola música ao vivo. Jantamos no restaurante Massabor aproveitei para provar o Tacacá. Tem alguns passeios de barco que saem ali da Orla de Santarém não nos interessamos em fazer porque no outro dia já íamos para Alter do Chão. Se você tiver pouco tempo não vale a pena ficar em Santarém pode ir direto para Alter, para mim o que valeu mais foi ver o encontro dos rios, mas nem precisava ter ficado lá uma tarde toda. Achei os valores para comer ok. O Hotel que ficamos foi o Grande Center Hotel a diárias custava 170,00 para duas pessoas saio 85,00 cada, não é dos melhores, mas para uma noite apenas foi ok, tinha café da manhã. Gastos do dia : Hotel 85,00 Jantar 42,00 Uber 25,00. Encontro dos rios Tapajós e Amazonas visto da Orla de Santarém. Eu pedi tacacá sem camarão porque tenho alergia, então não foi bem um tacacá o que eu tomei rsrs Orla de Santarém 21/08/2024 – ALTER CHÃO Pegamos o ônibus para Alter do Chão de manha por volta das 8h a passagem custou 5,00 e ele passa em vários pontos no Centro, passava a 2 quadras do nosso hotel. Os transferes até Alter costumam custar de 100,00 a 150,00 preferimos pagar 5,00 e ir de ônibus. A viagem foi tranquila durou em torno de 1h, o ônibus estava vazio e fomos sentadas. Havia uma parada para nossa sorte quase na frente da casa onde iriamos nos hospedar. Ficamos em um airbnb que teve um bom custo benefício, bem localizado e confortável e a dona da casa a Adriele foi muito querida. A diária é 150,00 dividido por duas deu 75,00 para cada. Deixamos nossas coisas lá e já fomos para a Orla pegar um barco e ir para Ilha do Amor. Os barqueiros cobram 10,00 prela travessia que pode ser dividido, como estávamos em duas deu 5,00 para cada. Passamos o dia na Ilha pudemos entrar nas aguas do rio Tapajós que são clarinhas e morninha. Como era dia de semana só havia 2 restaurantes abertos durante o final de semana costuma ser bem mais movimentado por lá. Almoçamos um Tambaqui assado no primeiro restaurante que não lembro o nome, a comida estava muito boa pedimos para duas pessoas 100,00 e a quantidade era generosa servia umas 3 ou 4. Também provei o Açaí puro e tomei a cerveja Tijuca que é do Pará. Andamos bastante exploramos a ilha cada cantinho lindo. O sol é muito quente e nesse dia fiquei mais exposta, no final do dia estava toda vermelha. Ficamos até o pôr do sol que é lindo, depois pegamos o barco de volta. A noite estávamos esgotadas acredito que porque andamos de mais no sol, nem saímos para comer. Gastos: Barco 10,00 Almoço e açaí: 80,00 Hospedagem: 450,00 para cada O que achei mais estranho no açaí do Norte é que eles não comem congelado. Ilha do Amor. Na época das chuvas essas casinhas ficam quase cobertas pela água. Um paraíso, mas precisa ter cuidado porque na região tem muita arraia. Por do sol visto da Ilha do Amor 22/08/2024 ALTER DO CHÃO – CANAL DO JARI Não fechamos nenhum passeio antes da viagem e foi bem tranquilo. É só ir até a Atufa que fica na Orla e conversar com os barqueiros que ficam por lá, os preços variam um pouco é bom dar uma pesquisada, nós pagamos 180,00 por cada passeio mas vi alguns cobrando até 250,00. Em todos os passeios oferecem água mineral, frutas e no final do passeio servem abacaxi temperado. As 9h embarcamos, navegamos pelo rio Tapajós até o rio Amazonas onde entramos em canal do rio. O guia para em um local para boto, mas é bem rápido nem deu para direito, depois para em um outro local onde a gente paga 30,00 para fazer a trilha da preguiça onde dá para ver alguns macacos e o bicho preguiça, anda pouco não é bem uma trilha é mais um passeio. Depois vamos até o local onde tem as vitórias-régias, elas não estavam muito bonitas estavam meio secas, nesse lugar para 30,00 e degusta dos pratos feitos com a vitória régia achei interessante porque não fazia ideia que dava comê-la. A parada para almoço é na Casa do Saulo um restaurante famoso que tem na região, premiado internacionalmente, o local é muito bonito cheio de espaços instagrameáveis, a comida é cara mas como já estávamos lá decidimos experimentar, pedimos um pirarucu que estava ótimo. Na volta paramos na praia Ponte de Pedras e depois paramos para ver o pôr do sol na praia Ponta do Cururú. A noite fomos para a Praça pois era dia de Carimbó dança típica do Pará. É muito bonito ver eles dançando alguns turistas entram na roda e arriscam uns passos. Toda quinta tem Carimbó em Alter, não aguentamos ficar muito tempo porque estava cheio e muito calor no meio da roda, logo nos asfaltamos e ficamos olhando de longe. Passeio Canal do Jari: 180,00 Trilha do Preguiça 30,00 Jardim das Vitorias Régias 30,00 Almoço Casa do Saulo: 120,00 Vitórias-régias no Canal do Jari . São fofos, o guia leva banana e eles chegam bem perto. Pratos feitos com a vitória-régia. Achei gostoso. Restaurante do Saulo. Praia Ponte de Pedras Pô do sol visto da praia Ponta do Cururú. 23/08/2024 ALTER DO CHÃO- PRAIAS DO PINDOBAL Passamos na padaria para tomar café e saímos as 9h para conhecer as praias do lado sul. As praias são lindas algumas desertas. A parada para almoço foi na Comunidade Maguari e o por do sol na praia de Muretá. A noite fomos em uma pizzaria que nos indicaram que fica na frente da Praça do CAT, achamos a pizza pequena pelo valor. Gastos: Passeio: 180,00 Café: 6,00 Almoço: 50,00 Pizza: 40,00 As águas são claras e morninhas. Cuidado com o sol que é muito quente. Nesse passeio tem várias paradas e não lembro exatamente o nome de cada praia, mas são todas lindas. A areia é branquinha. 24/08/2024- ALTER DO CHÃO - FLONA NACIONAL DO TAPAJÓS Fechamos esse passeio no dia anterior com o mesmo barqueiro que nos levou ao Jari. Saímos as 9h e fomos até a Comunidade Jamaraquá que fica na cidade de Belterra, esse passeio pode ser feito de carro ou a pessoa consegue ir até a comunidade de ônibus também, é uma maneira mais econômica de fazer. Lá na comunidade a gente precisou pagar o guia local era 600,00 por grupo como estávamos em um grupo grande ficou 47,00 para cada. Fizemos a trilha pela floresta que durou em torno de 4h no total, o guia vai explicando sobre a fona e fauna local, tem uma subida que cansa um pouco principalmente por causa do calor que é intenso. A primeira parada é na Samaúma que deve ter mais de 300 anos, depois tem um mirante de onde dá para ver o rio Tapajós e por ultimo o mais esperado é a parada Igarapé, as aguas são cristalinas e geladas, o banho renova as forças, ficamos lá por uns 40 minutos e voltamos. Geralmente o almoço é na Comunidade mesmo mas nesse dia o restaurante estava fechado por conta do falecimento da senhora que cozinhava, o guia nos levou para almoçar na comunidade Maguarí que fica ao lado. Pedi filhote grelhado, estava muito bom. No final paramos para ver o por do sol na praias de Muretá a mesma que vimos no dia anterior mas dessa vez o guia parou mais longe onde ficou só o nosso grupo. Na volta o guia tirou a cobertura do barco para que pudéssemos voltar vendo as estrelas, nem teve estrela nesse dia mas eu vi umas das paisagens mais bonitas dessa viagem, o céu rosado refletido nas aguas nem consigo descrever tanta beleza. A noite demos uma volta pelo centro e descobrimos a sorveteria Boto Gelato da Amazonia onde tem várias opções de sabores de frutas típicas da região, troquei a janta pelo sorvete, são divinos e você pode experimentar antes de comprar. Passeio: 180,00 Guia: 47,00 Almoço: 50,00 Sorvete: 22,00 Comunidade. Samaúma Mirante de onde dá para ver o rio Tapajós Igarapé No final de cada passeio eles ervem abacaxi temperado, é um delicia. O pôr do sol estava lindo a água refletia o céu. 25/08/2024 ALTER DO CHÃO- PRAIA DE CJAÚNA E PRAIA DO CAT Era nosso último dia em Alter e decidimos acordar mais tarde e ficar nas praias próximas ao centro. Até pensamos em fazer o passeio de Arapiuns, diz que é muito lindo mas estávamos cansadas e decidimos ficar alí por perto. Tínhamos planejado subir o Morro da Piroca mas acabamos desistindo. Comemos na praia bolinho de piracuí, a noite fomo no X-bom que tem várias opções de lanche muito gostosos e ao lado tem uma casa de sucos que são maravilhosos com muitas opções de sabores de frutas típicas da região. Fomos novamente no Boto Gelato da Amazonia. Para mim 5 dias em Alter foi suficiente para aproveitar bem, mas vi pessoas que ficam 10 dias ou mais. As praias são lindas e o por do sol é perfeito. Alter é bem turístico então tem muitas opções de hospedagens e restaurantes. Almoço: 40,00 Lanche e suco: 35,00 Sorvete: 15,00 O morro que aparece ao fundo é do Morro da Piroca. O último pô do sol em Alter. 26/08/2024 ALTER DO CHÃO/SANTARÉM/BELÉM/ILHA DO MARAJÓ Acordamos as 6h e fomos para o ponto de ônibus que era ao lado da casa da Adriele, pegamos o ônibus as 6:30h e dessa vez estava lotado pois era horário de pico. Por volta das 8h chegamos em Santarém e já pegamos um Uber para o aeroporto nosso voo para Belém era as 10h. Chegamos em Belém por volta de meio dia e já pegamos Uber para a hidroviária de onde sai as Lanchas para a Ilha do Marajó. Foi complicado achar informações sobre como ir para o Marajó, ligamos nos telefones que achamos na internet mas ninguém atendia nem respondia mensagem do whats então decidimos tentar a sorte. No horário vespertino não havia lancha que fosse direto para Soure onde iriamos nos hospedar, então decidimos pegar a lancha para Salvaterra e de lá pegar uma Van até Soure. A hidroviária de Belém é ok tem alguns lugares para comer minha colega comeu um prato com camarão por 17,00 que segundo ela estava muito bom, eu acabei enrolando e não deu tempo de almoçar. A viagem até Salvaterra foi tranquila, depois seguimos até Soure, chegamos por volta das 18h e já fomos comprar a passagem de volta porque se deixar para comprar no dia da volta corre o risco de ter esgotado. Deixamos as coisas no Hostel Viajantes, tomamos banho e saímos para comer. Como era segunda feira muitos lugares estavam fechados mas caminhamos pela avenida principal e achamos o Quiosque do Bolota que servia refeições, eu pedi uma bisteca de carne de búfalo, achei parecido com carne de boi. A comida estava boa. Gastos: Ônibus: 5,00 Uber: 40,00 Lancha de Belém X Soure: 47,00 Van de Salvaterra x Soure: 24,00 Hospedagem: 47,00 a diária Jantar: 23,00 Passagem de volta para Belém: 62,00 Bisteca de carne de búfalo. Experimentei uma cerveja local. 27/08/2024 ILHA DO MARAJÓ- SALVATERRA No Marajó o meio de locomoção mais fácil é o mototáxi , fechamos os passeios com o Jordan uma pessoa que me indicaram e foi tudo tranquilo a pesar de não usarem capacete eles costumam andar devagar. O Jordan nos pegou no Hostel as 8h e fomos tomar café no Mercado Municipal, é o melhor local para tomar café tem opções como tapioca, cuscuz , sanduíches e o valor é bom. Eu pedi cuscuz com carne seca e queijo de búfala. Depois seguimos para Salvaterra. As praias de lá não tem nada de mais, a orla é bonita, visitamos todas as praias e as ruínas Jesuíta. Não fomos no igarapé porque estava seco. Chegamos em Soure já era umas 18h, tomamos banho e fomos na sorveteria Q sorvete, é muito bom feito com leite de búfala, depois fomos no trapiche e comemos um hamburguer feito com carne de búfalo. Gastos: Jordan: 200,00 Café da manha: 14,00 Almoço: 25,00 Sorvete: 20,00 Lanche: 23,00 Orla de Salvaterra. Não lembro o nome das praias. As ruínas dos Jesuítas é um dos pontos visitados. 28/08/2024 ILHA DO MARAJÓ- SOURE Nesse dia saímos um pouco mais tarde fomos para o mercado tomar café e o Jordan nos encontrou lá. As praias visitadas foram: Cajuna, Praia do Céu e Praia do Pesqueiro. As 3 praias são lindas, sendo que a do Pesqueiro é a que tem mais estrutura onde paramos para almoçar. O caminho até a praia é lindo é possível ver muitos pássaros e uma região alagada que lembra o pantanal. Para ir até a praia do céu passa por uma área privada onde cobram 10,00 . A vila dos pescadores é uma graça, as casinhas coloridas valem a pena a visita. As 15:00h tínhamos o passeio na Fazenda São Jeronimo, local onde foi gravado uma Edição do Programa no Limite. As 14:30h o Jordan nos buscou na praia do Pesqueiro. Na praia do Pesqueiro havia um búfalo que o dono cobrava 20,00 para dar uma pequena volta e tirar foto. Sei que passeio que envolve animais costuma ser polemico, decidimos fazer o passeio pois muitos diziam ser imperdível. Eu gostei, é bem organizado, o atendimento lá na Fazenda é muito bom é possível tomar sorvete e provar pratos típicos, aproveitamos para provar o ceviche de turú, a textura é estranha, mas o gosto era do limão. No passeio a gente inicia com o búfalo depois anda por um manguezal, até chegar em uma praia que é linda. No final eles servem água de coco. Curti o passeio mas penso que poderia ser mais barato 250,00 é caro para um passeio que dura no máximo 3h. A noite jantamos em um restaurante próximo ao Trapiche não consigo lembrar o nome, mas a comida era muitos gostosa, depois tomamos sorvete de leite de búfala. Jordan: 120,00 Passeio Faz. São Jeronimo: 250,00 Almoço: 35,00 Entrada Praia do Céu: 10,00 Ceviche de turú: 25,00 Jantar: 35,00 Sorvete: 11,00 Praia do Pesqueiro Vila dos Pescadores. Búfalo da praia do Pesqueiro. R$ 20,00 para dar uma volta. Travessia do rio com o búfalo. Passeio de barco. Totem do Programa no Limite. Praia deserta. 29/08/2024- ILHA DO MARAJÓ- SOURE Acordamos mais tarde alugamos bike e fomos para a praia da Barra Velha, decidimos não fazer mais passeios e ficar por lá o dia todo. Essa praia é a mais próxima da cidade e é bem tranquilo o caminho é reto e plano. Para quem gosta de pedalar dá para ir até a praia do Pesqueiro de bicicleta também. A praia é linda tem alguns restaurantes, mas se vocês se afastam já fica na praia deserta. As praias de Soure são bem mais bonitas que as de Salvaterra, vale a pena ir em Salvaterra para conhecer, no entanto, se você tiver pouco tempo pode ficar apenas em Soure. Recomendo pelo menos 3 dias . Aluguel da bike: 20,00 Almoço: 25,00 Jantar: 30,00 Praia da Barra Velha Praia da Barra Velha 30/08/2024 Soure- Belém Nossa lancha sairia as 5:30h direto para Belém, acordamos as 5h juntamos nossas coisas e fomos para a hidroviária. A viagem foi tranquila. Nosso hostel era próximo, fomos caminhando, deixamos as coisas lá e fomos para o Teatro da Paz. Fizemos a visita guiada que acontece de hora em hora, depois pegamos um Uber para ir até o Mercado Ver o peso, dava para ir andando, mas como estava muito calor pegamos o Uber. Indico ir no Ver o Peso cedinho fomos por volta de meio dia e estava um calor insuportável, logo saímos e fomos até o Forte do Presépio, Casa das 11 Janelas, passamos pela Igreja Matriz e fomos almoçar no Restaurante Point do Açaí, o local era agradável e tinha várias opções de pratos típicos, comemos um pato no tucupi que estava ótimo. Voltamos para o hostel para tomar um banho e descansar um pouco. Depois no final da tarde fomos para a Estação das Docas, esse local é um Oasis no meio do calor de Belém pois é climatizado, tem música ao vivo e muita opção de local para comer, é tipo uma galeria e é onde fica a sorveteria Cairu famosa por já ter ganhado prêmio internacional. Decidimos fazer o passeio de barco que sai dali das Docas mesmo, dura em torno de 1:30h, tem apresentações de carimbó e histórias locais, é legal mas não é imperdível. Quando voltamos tomamos o sorvete Cairu e depois um chopp. Esse hostel que ficamos valeu pela localização mas era bem sujo, pegamos o quarto duplo imagino que o coletivo deveria ser tenso. Hostel: 45,00 a diária Uber 12,00 Entrada teatro: 6,00 Entrada do Forte: 4,00 Almoço: 85,00 Passeio de barco: 70,00 Sorvete: 15,00 Chopp: 26,00 Essências vendidas no Mercado Ver-o-Peso A parte dos peixes. Estação das Docas Teatro da Paz. Belém vista do passeio de barco. Casal dançando Carimbó . 31/08/2024 Belém - Ilha de Combú Como passamos muito calor no dia anterior decidimos ir para um local nos refrescar, e fomos para Combu que é a ilha mais próxima de Belém mas se você tiver mais tempo tem as ilhas de Cotijuba e Mosqueiro que nos disseram que é até mais legal que Combu. Pegamos um uber o fomos até a Praça Princesa Izabel de onde saem os barcos, eles saem de hora em hora e você paga 20,00 ida e volta. No momento de embarcar já tem que avisar o ponto que vai parar, na Ilha tem vários restaurantes, nós fomos em um que nos indicaram chamado Chalé da Ilha, que fica no furo do rio. Todos os restaurantes são parecidos, eles colocam um tablado e fecham uma parte do rio formando uma piscina natural para banho, e também muitos oferecem piscina normal para quem não gosta de rio, no Chalé tinha mas não vi ninguém entrar. Na ilha os restaurantes funcionam da mesma maneira você paga o que consome e pode passar o dia por lá, nós voltamos as 16h. No Combú também fica a fabrica de chocolate da Dona Nena onde você pode degustar e comprar chocolates que são fabricado com cacau da ilha, caso queira visitar é só pedir para o barco parar lá, nós não fomos. A noite combinamos de jantar com a Eliane uma querida que conhecemos pelo grupo de WhatsApp de mulheres que iriam viajar para o Pará. Eliane nos pegou no Hostel e nos levou até o Amazônia na Cuia um restaurante bem conhecido de Belém onde a comida é servida em cuias pequenas e grandes permitindo que você experimente várias opções de pratos típicos. Eu comi arroz de pato estava muito bom e de sobremesa creme de buriti. Uber: 8,00 Barco para Ilha: 20,00 Almoço: 65,00 Jantar: 58,00 Chalé da Ilha- restaurante onde passamos o dia. Casa de um morador da Ilha. Eu nem me toquei que estava com as pernas para fora do cercado e o salva vidas me chamou atenção. Restaurante Amazônia na Cuia. 01/09/2024 Belém Começamos o dia indo na feira da Praça da Republica que ficava pertinho do Hostel, era uma feira enorme e tinha de tudo um pouco, aproveitei para comprar umas lembrancinhas e comi o bolo Maria Izabel que achei uma delícia. Depois da Feira visitamos alguns pontos turísticos como Espaço José Liberato e Palacete Faciola, depois pegamos uber e fomos para o Mangal das Garças. O parque é bonito tem muitas aves, borboletário e uma torre onde você sobe e tem um mirante que dá para a cidade, foi o mais interessante. Depois fomos almoçar em um restaurante vegano e comemos uma maniçoba que estava muito boa. Depois fomos para o Hostel pegamos nossas coisas e fomos para a Estação das Docas. A Carla ia retornar para SP as 17h , e eu seguiria para Macapá na madrugada. A estação estava lotada era domingo, aproveitamos para provar outro sabor do sorvete Cairu. A Eliane nos encontrou na Docas, ficamos lá até dar o horário da Carla ir para o aeroporto, nos despedimos e fomos no Complexo turístico Ver-o-Rio, depois fomos no restaurante do Saulo que fica na Casa das 11 janelas. Segui para o aeroporto onde pegaria o o voo para Macapá as 2h. Café na Feira: 20,00 Entrada torre: 6,00 Almoço: 30,00 Sorvete: 15,00 Jantar casa do Saulo: 55,00 Espaço José Liberato. Antigamente esse local era uma prisão. A torre do Mangal das Garças. Vista de cima da torre. Complexo turístico Ver-o-Rio. Pôr do sol visto do Complexo turístico Ver-o- Rio . 02/09/2024 Macapá- Afuá Cheguei em Macapá as 3h, o aeroporto é perto do Centro onde eu iria me hospedar então logo estava no Hostel. O Hostel do Meio é bem localizado e sem dúvida um dos mais limpos que eu já fiquei na vida, as meninas limpam tudo o tempo todo. Tem café da manha simples mais gostoso e tem bebedouro. Acordei as 9h e fui até a rampa Santa Inês ver os horários das embarcações para Afuá. Decidi ir naquele mesmo dia para Afuá pois era segunda e em Macapá estava fechado a maioria dos pontos turísticos. Afuá fica na Ilha do Marajó- PA mas fica mais próximo de Macapá. No ano anterior eu fui para Ouro Preto e lá conheci a Rafa que é de Macapá, quando soube que ia para lá já mandei mensagem para ela avisando e se ela tivesse tempo a gente podia fazer algum coisa juntas. A Rafa foi me buscar no Hostel e me levou para almoçar na Peixaria Amazonia, eu já fui com minhas coisas pois a Rampa Santa Inês fica bem na frente do restaurante. A Peixaria é um lugar maravilhoso, ambiente agradável e comida deliciosa. A lancha saio as 14:00h e foi uma viagem tranquila, chegamos as 17h em Afuá e de cara eu já me encantei com a cidade. Não fiz reserva de hotel antes e foi bem tranquilo, tem algumas opções e eu fui no primeiro que encontrei bem na frente do porto Hotel Veneza. Deixei as coisas no hotel e saí para passear, andei por todo o centro, sentei na Praça e conversei com alguns moradores. Em Afuá o único meio de transporte permitido é a bicicleta o que torna o lugar encantador. Eu amei esse lugar. A noite é movimentado as praças ficam cheias de pessoas, crianças fiquei imaginando como deve ser viver lá. Lancha para Afuá: 60,00 Hotel: 80,00 Almoço: 63,00 Jantar: 25,00 Peixaria Amazônia, comida deliciosa. Fui nessa lancha para Afuá. A viagem dura umas 2h e é bem tranquila. Uma das praças. Antes a cidade era toda de palafitas, agora boa parte já e alvenaria. É melhor para pedalar, nas palafitas da muito soco. Pôr do sol visto da Orla de Afuá. 03/09/2024 Afuá- Macapá Acordei por volta das 8h e sai para passear, peguei um bicitaxi e circulamos por toda a cidade. Tinha algumas opções de passeio por lá mas eu não quis fazer. Almocei um PF em um restaurante que ficava na parte de baixo do Hotel e fui surpreendida pela comida que custou 15,00 e estava uma delícia. Gostei muito de Afuá gostaria de ter ficado mais tempo, mas estava com reserva já paga em Macapá então acabei retornado na lancha das 14h. Cheguei em Macapá e a Rafa já foi me buscar para irmos no Marco zero, também demos uma volta pela Praça do Meio do Mundo e depois fomos jantar no Macapá Shopping. Bicitaxi: 20,00 Almoço: 15,00 Lancha para Macapá: 60,00 Jantar: 30,00 Uma das ruas principais de Afuá. Local onde é comercializado o açaí. Moradores chegando com açaí. Afuá. A maré estava baixa, mas quando sobe as pessoas tomam banho nessa rampa. Parque Meio do Mundo. Local muito legal para ir final da tarde. Marco Zero. Antes de ir a Macapá eu achava que esse era o único ponto turístico rsrs. 04/09/2024 – Macapá Planejei ir ao Bioparque mas estava muito cansada e decidi ficar no hostel pela manhã, acordei tarde e aproveitei para lavar umas roupas. A tarde chegou a Amanda e a Marci e fomos visitar a Fortaleza São José, depois fomos até o mercado Central, fica muito gostoso no final da tarde. Depois caminhamos até a Peixaria Amazonas onde tínhamos um jantar de mulheres que formamos pelo grupo no whatssapp, a maioria era ali de Macapá. Saímos da Peixaria por volta das 22h e fomos para a Expo Feira. Mais uma vez fui surpreendida pela estrutura do evento, era enorme tinha muitas opções para comer e para comprar artesanatos, o parque era enorme e tinha Show gratuito do Luan Santana. Estava lotado ficamos até o final do show. Para um evento da Prefeitura achei muito bem organizado. Uber 25,00 Mercado Central: 30,00 Peixaria: 50,00 Mercado Central. Tem um café da manha bem tradicional e a tarde fica gostoso para beber alguma coisa. Fortaleza São José Parte interna de Fortaleza São José. Nosso jantar na Peixaria Amazônia. Foi incrível. Expo feira. 05/09/2024 – Macapá Antes de ir ao Amapá eu não pesquisei muito sobre o que fazer lá e pensei que 3 dias seriam suficientes. Eu iria retornar para casa pela madrugada. No entanto quando cheguei em Macapá vi que tinha mais coisas para fazer, conheci gente legal, e lamentei ficar pouco tempo. E mais uma vez fui surpreendida, recebi um e-mail da Latam dizendo que meu voô havia sido cancelado e me disponibilizaram outros dias e horários. Adiei meu retorno para o dia 09/09. Chegou no Hostel a Micheli de Minas e fomos com a Amanda e a Marci para a cidade de Santana que fica bem perto de Macapá. No porto pegamos um barco e navegamos pelo rio amazonas até uma ilha onde tinha uma Samaúma onde foi gravado o filme Tainá. Depois ficamos tomando banho no rio, e fomos almoçar no bairro Fazendinha onde tem uma Orla muito bonita. As meninas comeram camarão no bafo que é um prato típico de lá, eu como sou alérgica a camarão comi um peixe que estava ótimo. A noite a Rafa nos levou e um barzinho bem legal. Uber: 25,00 Barco: 35,00 Almoço: 75,00 Jantar: 25,00 Macapá é a única Capital banhada pelo rio Amazonas. Samaúma onde foi gravado o filme Tainá. Almoço na Fazendinha. Pôr do sol visto da Orla da Fazendinha. 06/09/2024 Macapá- Laranjal do Jari Nesse dia fomos em um passeio na Flor de Samaúma, onde vimos um pouco a produção de açaí, fizemos passeio pelo rio amazonas e no final teve degustação de produtos feitos com açaí inclusive café e vinho. O passeio dura meio período e é um pouco longe, precisa combinar com o Uber ou taxi o horário de voltar porque o sinal de celular lá é ruim. É um passeio interessante mas não é imperdível. Depois visitamos o Museu Sacaca e fomos comer em um restaurante em frente a Orla. Nós já tínhamos feito o chekin no Hostel e fomos lá buscar nossas coisas pois iriamos pegar o ônibus para Laranjal do Jari as 18h. Chegamos em Laranjal por volta das 2h da madrugada. Passeio For de Samaúma: 120,00 Taxi: 50,00 Almoço: 47,00 Vinhos de açaí o museu Sacaca é lugar arborizado, é um passeio gostoso. 07/08/2024 - Laranjal do Jari Acordamos muito cansadas, mas o horário de saída era as 8h. Iriamos na cachoeira do Panamá que fica em uma cidade do Pará. O que aconteceu nesse dia daria para escrever várias páginas, mas vou resumir: o ônibus estragou e não conseguimos chegar à cachoeira. Não indico a empresa nem vou citar o nome. Alimentação: 30,00 08/09/2024- Laranjal do Jarí – Macapá Saímos as 8h rumo a cachoeira de Santo Antônio, dessa vez conseguimos chegar porque era mais perto e a cachoeira é linda. Fiquei chateada de saber que havia bem mais agua e devido a construção de uma hidrelétrica boa parte da agua escoou. Ficamos até as 14h na cachoeira e retornamos direto para Macapá onde eu já fui para o aeroporto meu voo sairia de madrugada. Passeio de 2 dias com hospedagem e transporte: 420,00 Alimentação: 30,00 Cachoeira de Santo Antônio. Considerações finais Depois de quase 4 meses que terminei essa viagem consegui terminar o relato que é quase um TCC rsrs. Se alguém tiver alguma duvida pode me chamar no privado. Se alguém quiser ver mais fotos pode olhar no meu Insta (@priscila.oliveira.900) tem um destaque. As passagens aéreas eu comprei com milhas os trechos de CGR até Santarém e de Macapá para CGR comprei com gastei R$ 75,00 de taxa. De Santarém até Belém comprei comprei pela Azul R$ 250,00. De Belém para Macapá paguei 170,00 pela Latam. Conheci pessoas que gastaram muito mais nesse trecho tem que pesquisar, eu só inclui o Amapá porque achei a passagem por esse valor. Não somei certinho mas creio que gastei mais ou menos uns 6 mil, poderia ter gasto menos mas eu me dei a luxos de comer em restaurantes mais caros fiz vários passeios pagos. Com certeza daria para ter gasto menos. Foi uma viagem linda, conheci pessoas maravilhosas, o povo do norte é muito acolhedor e a comida é divina. Voltei apaixonada pelo Norte.9 pontos
-
Aqui vai uma reflexão minha sobre o que está acontecendo, na humildade: Nós estamos passando por uma fase de transição bastante agressivo na internet e na humanidade. Na internet, a coisa está bastante complexa. Todo o modelo econômico que sustenta a internet está passando pelo mesmo. A inteligência artificial generativa chegou pra ficar, mas ela tem um limite, que é o conhecimento humano até o momento da chegada dela. Ela se alimenta disso. Pra seguir se alimentando do conhecimento humano, publicado na internet "searchble", ela NECESSITA dos espaços "abertos" da rede onde os robôs e as inteligências possam seguir buscando novas informações e pensamentos. Os fóruns são a base dessa internet "buscável". Aqui nós podemos pensar a longo prazo qualquer assunto. As redes sociais contém muros, o whatsapp contém muros. É conhecimento humano jogado no lixo, fica fora da internet "Searchble". Aí sim, nós vamos entrar em uma nova fase, onde os fóruns voltam a ter protagonismo, pq isso vai ser necessário pras big techs. Já está acontecendo e resultados do Reddit e do Threads já aparecem em primeiro lugar na busca do Google sobre determinados temas. São fóruns. Nós vamos fazer uma reforma no Mochileiros.com nos próximos meses: - Vamos instalar a nova versão dessa plataforma que usamos, a IPBoard. Que tem melhorias significativas em vários aspectos. - Vamos fazer uma mudança no visual, cores, logos, etc - Vamos implementar uma inteligência artificial na busca do fórum, que vai ser a nossa IA. Alimentada por nós , só com assuntos da comunidade. - Vamos refazer a estrutura do fórum, trocando subcategorias infinitas que tem hoje, por tags. Antes disso a gente vai abrir uma discussão na comunidade, pra que todo mundo participe das mudanças. Acredito que a gente tá chegando em uma nova fase, bastante interessante. Se for direcionada pra o lado correto, vai dar muito bom e vamos entrar em um novo período, onde o senso de comunidade e pertencimento, volte a reinar, pois é o que todo mundo sente saudades, e só é possível fazer assim.9 pontos
-
Salve amigos! Com muito entusiasmo venho contar que tive mais uma vez o privilégio de estar na minha amada África. Foi nossa terceira vez no continente e amei intensamente cada uma delas! Eu quero conhecer muitos lugares da África... que é um continente bem caro para latino-americanos no geral, com raras exceções. Então o jeito de ir é de pouco em pouco, viagens mais curtas... pois tudo é pra gringo rico infelizmente. Essa era meio que a vez da Namíbia... uma viagem há muito desejada e desenhada! Mas algumas coisas tiraram meu foco de lá e me jogaram aqui, nessa trip, e a Namíbia ficou pra próxima vez. Que seja em breve! Viajamos em casal, eu e o Guilherme (filho prestando vestibular ficou). ROTEIRO LDB > São Paulo > Johanesburgo > Victoria Falls* // Kasane // Chobe National Park // Kasane // Nata-Gweta // Maun // Kasane // Victoria Falls > Johanesburgo > São Paulo > LDB. A parte grifada fizemos de carro alugado. O * é pq chegamos em VFA mas fomos direto a Kasane! Não dormimos lá na chegada. Deu trabalho chegar nesse desenho de roteiro e decidir as passagens aéreas. Aqui é apenas o resumo final de meses de estudos e testes. Os aéreos foram emitidos com milhas (+ dinheiro), da seguinte forma: LATAM PASS (via Latam mesmo): GRU <> JNB SMILES (via South Africa Airways): JNB <> VFA DOCUMENTOS, VISTOS E VACINAS Passaporte e comprovante de vacina de febre amarela obrigatórios, e pra quem vai dirigir, a PID (mas esquecemos, depois conto como foi, rs). África do Sul e Botswana não exigem vistos para brasileiros para estadias de até 90 dias, já Zâmbia e Zimbábue sim, neste caso convém tirar o KASA, que é um visto duplo de múltiplas entradas para ambos os países num prazo de 30 dias. Custa 50 USD e é um “visa on arrival”, tipo o do Egito. Bem caro né? E tem pegadinha, se liga no relato que vou contar. CÂMBIO ● África do Sul: Rand Sul-Africano (ZAR) - 1 rand cerca de 33 centavos de real ● Botswana: Pula (BPW) - 1 pula cerca de 42 centavos de real ● Zâmbia: Kwacha Zambiano (ZMW) - 1 Kwacha cerca de 22 centavos de real ● Zimbábue: Dolar americano (USD) - vcs sabem, rs Uma bagunça! O Zimbabwe tinha seu próprio dolar tb até 2009 mas ele foi “desativado” por conta da hiperinflação. Hoje o USD é a moeda oficial. Coloquei USD na Wise (até tem ZAR mas fiquei só no dólar desta vez) e tb levei USD impresso e auditável. HOSPEDAGENS Vou listar abaixo nossas opções, que foram majoritariamente booking, e durante o relato conto como foi cada uma delas. Joburg (1): Marion Lodge - ZAR 734,10 Kasane (1): Kasane Self Catering - BPW 1100,00 Kasane (1): Tlou Safari Lodge - BWP 1.496,88 Nata (1): Eselbe Camper Backpackers - BPW 660,00 Maun (4): Casa Berna - BPW 3850,00 Victoria Falls (3): Shoestrings Backpackers Lodge - USD 162,00 Joburg (1): airbnb perto do aeroporto - R$ 130,00 Foram 14 noites no total, mas duas foram durante um camping safari que já incluía as tendas. SAFARIS E CARRO ALUGADO É aqui que a viagem fica cara, rs! Vamos ver as opções e pq. ● SAFARIS GUIADOS É plenamente possível fazer uma viagem de muitos dias pelo sul da África com empresas privadas que têm pacotes de todos os tipos… mas já adianto, são MUITO caros, mesmo nas opções econômicas. As opções luxuosas incluem aqueles lodges exclusivos e passam facilmente de cem mil reais, isso mesmo, CEM MIL REAIS, para um casal. Total impossível. ● CAMPERS/SAFARIS INDEPENDENTES Boa parte dos viajantes que vem pra essa região opta pelas campers, que são caminhonetes ou SUVs 4x4 com barraca de teto. Neste caso seria mais efetivo vir desde a África do Sul com o carro ao invés de pagar as altas taxas de retorno entre um país e outro, o que já acrescenta tempo e gastos na viagem. As campers tem a facilidade de já ter a casa em cima e todo o material de camping junto, como cozinha básica e etc mas não foi nossa opção pelos seguintes motivos: os camp sites são todos pagos e não são muitos, ou seja, obviamente vc paga pra acampar ainda que seja um camping totalmente selvagem. Se colocar na ponta do lápis o custo do aluguel da camper (que não é muito barato) + custo de combustível + custo adicional de seguro + custo de campings não fica muito viável. Além do que, tem uma mão de obra grande envolvida em abrir e fechar a barraca, especialmente se chover, e ainda não temos experiência e segurança pra uma viagem inteira assim. ● CARRO ALUGADO + SAFARIS GUIADOS Já podem imaginar que foi essa nossa opção, certo? Um pouco de cada! Ficamos parte da viagem “a pé” e fizemos games guiados de vários tipos e alugamos uma caminhonete 4x4 numa parte do rolê (custou um rim). Desta forma pudemos economizar em relação às opções anteriores além de ter vários tipos de experiências diferentes, embora ainda seja caro. Você escolhe entre o que é muito caro e menos caro, rs. Nossos safaris/games guiados foram os seguintes: Safari Camping de 3 dias e 2 noites (Chobe National Park, Botswana): 550 USD por pessoa com refeições, tendas para dormir, deslocamentos, entradas no parque, água a vontade e vinho nas refeições. Este rolê parte e volta pra Kasane, por isso tivemos duas noites “separadas” na cidade. Eles nos pegaram às 8h30 da manhã no dia 1 do rolê e nos devolveram cerca de 17h no dia 3. Tem várias outras opções de safaris partindo de Kasane, desde os de um dia até os de muitos dias. Eu queria muito poder acampar na savana, fazer games com guia e dormir sob aquele céu estrelado maravilhoso! Portanto este foi o primeiro rolê contratado, cerca de 9 meses antes, direto no site do Chobe National Park, tal como já tínhamos feito antes com os rolês do Kruger na África do Sul. ESGOTA RÁPIDO, reserve o quanto antes. Eu reservei antes de comprar passagens inclusive, haha. A operadora desse nosso rolê foi a Kalahari Tours e foi muito legal. One-day Mokoro Experience (Delta do Okavango, Botswana) + one-day Moremi Game Drive (Moremi Game Reserve, Botswana): 440 USD por pessoa, inclui deslocamentos, passeio a pé, de Mokoro (canoa), em carro aberto, taxas e refeições. Estes dois dias podiam ter sido contratados separados, mas optamos por contratar junto para negociar o preço. Nossa operadora foi a Africa Zim Travel & Tours e no relato conto como foi. Rafting no Rio Zambezi: rolê de 1 dia, em Vic Falls, contratado dois dias antes dele acontecer por meio do hotel que ficamos. Custou 140 USD pp e nossa operadora foi Wild Horizons. Reserva Mosi O A Tunya: rolê de 3-4h, em Livingstone. Custou 56 USD por pessoa e comprei no GetYourGuide na véspera. INTERNET Meu plano Claro Mundo não tem cobertura nos países visitados (exceto África do Sul), então comprei um plano ilimitado da Holafly (e-Sim) para Botswana apenas, pq ninguém cobre o Zimbabwe. Custou 42 USD por 10 dias. Isso é tudo, BORA! (CONTINUA)8 pontos
-
Salve amigos, bem-vindos ao meu relato! Esse rolê pela China nasceu absolutamente aleatório (pela Coreia mais ainda), mas foi surpreendente e maravilhoso, o quanto eu aprendi não tá escrito! Comprei passagens pra China pq estavam baratas, e o que eu sabia é que lá ficavam as muralhas da China! Todo o resto - que nem era muito e que eu achava que sabia - eram ideias superficiais, preconceituosas, arcaicas ou erradas. O que eu não sabia ainda é infinito! Percebi isso no momento em que comecei a estruturar essa viagem! Como eu não sabia nada sobre a China, como a gente não sabe nada fora do eixo eurocêntrico né? Gente, esse relato vai sair completão (vulgo longo, rs), pq além de terem poucos aqui no fórum, e serem mais antigos, tem muita informação desencontrada ou propositalmente errada em português. Além de contar minha viagem, espero que seja útil a quem deseja ir pra China num futuro próximo ou mesmo empolgue quem nunca tenha pensado em ir! ROTEIRO E DESLOCAMENTOS A China até estava na minha wish list de viagens, mas não era prioridade. Quando o Melhores Destinos postou que tava rolando promoção pra lá eu cliquei como clico milhares de vezes em promoções do tipo só pra dar uma olhadinha haha! E a promoção tava boa mesmo! Comecei a revirar a internet freneticamente pra saber se eu daria conta de ajeitar um rolê desse sozinha! Pouco mais de 2h depois, convencida de que seria difícil, mas que eu conseguiria, e com o COMPRA JULIANA resignado do senhor meu marido hauaha, a gente ia pra China! As passagens de ida e volta pra duas pessoas ficaram cerca de 7500 reais. Esse é normalmente um preço normal para 1 pessoa! Eu não podia perder. Nossos voos pra China seriam operados pela British/Iberia (conexões em Madri e Londres tanto na ida quanto na volta), mas faltando um mês pra viagem um dos trechos da volta (Pequim > Londres) foi descontinuado pela cia aérea e consequentemente, cancelado. Foram semanas de briga para nos realocarem em outro voo, pois eles me ofertavam apenas o cancelamento! Resumindo aqui nessas poucas linhas parece que foi bobagem, mas foi bem estressante, a petição inicial tava pronta, rs! Faltando bem pouco tempo pra viagem acontecer, depois de muita insistência minha, finalmente resolveram nos realocar num voo da British mesmo, sem passar por Madri, com conexão só em Londres, mas praticamente 3 dias depois da data que eu ia voltar originalmente (pois o voo passou a ser ofertado em dias específicos da semana e não mais todo dia como antes, segundo eles). Mas vamos pro roteiro! Eu ia chegar e sair por Pequim (onde ficam as muralhas) e tb queria visitar Xangai. Sabia que seria um roteiro circular, até pq as passagens multidestinos estavam bem mais caras quando comprei. Tb queria colocar rolês de natureza - que tem demais na China - no roteiro. Depois de alguma pesquisa percebi que vou ter que voltar pra China várias vezes pq muita coisa que descobri que queria MUITO fazer não ia dar tempo, ou a logística do país continental não ajudava. O roteiro ficou assim (cidades com pernoites): Brasil > Pequim > Xian > Chongqing > Yangshuo (Guilin) > Xangai > Seul (Coreia do Sul) > Pequim > Brasil. Foi muito difícil escolher onde ir na China, mas muito mesmo. Acho que foi a vez que mais sofri por escolher! Pelo menos dois lugares que considerei imperdíveis ficaram de fora! Aí cê me pergunta o que que a Coreia do Sul foi fazer aí no meio já que tinha tanta coisa pra ver na China né? E eu digo... foi por causa da nova passagem de volta que foi emitida com 3 dias a mais! Eu já tinha comprado um trecho aéreo interno, então desta parte da viagem pra trás não conseguiria mexer pra incluir mais destinos dentro da China. Eu poderia mexer só a partir de Xangai-Pequim. Eu tb poderia ficar só nestas duas mesmo, nesta parte final da trip, mas achei que seria muito tempo a toa em Pequim principalmente... aí comecei a pensar no que botar nesse caminho, rs... e a Coreia tava logo ali do lado! Os outros destinos que deixei de fora eram muito distantes e não rolava encaixar infelizmente, então partiu Coreia! Deslocamentos: Aéreo (foram 9 voos, passando por 10 aeroportos diferentes e voando com 8 companhias diferentes): ida com 4 voos (LDB > CGH, GRU > MAD > LHR > PKX) e volta com 2 (PKX > LHR > GRU) mais um voo interno - Yangshuo (Guilin) > Xangai (KWL > PVG), e mais 2 de ida e volta pra Seul (PVG > ICN e GMP > PKX)! De São Paulo pra Londrina, na volta, viemos de busão, pois não tinham voos em horários compatíveis. De trem (foram 3, fora os regionais): Pequim > Xian, Xian > Chongqing e Chongqing > Yangshuo. Sobre as passagens de trem: Os trens da China e a malha ferroviária de modo geral são de outro mundo, absolutamente nenhum país chega perto. A China está a anos luz na frente do resto do mundo em relação a mobilidade e planejamento urbano (eu trabalho com isso). Não tem opções de sites chineses onde vc possa comprar as passagens de trem sem ter um documento de identificação e um cartão de crédito chinês, então a compra é feita por meio de sites terceirizados e realmente convenientes para nós. Eu usei o https://br.trip.com/ pela facilidade de pagar em reais, mas tem outros bons. No trip vc pode comprar os tickets com antecedência de dois meses, mas a venda de fato abre duas semanas antes da data que vc vai viajar, e aí “passagem” é comprada automaticamente e enviada no seu email. Esse trip.com é o booking deles. Assim que foi possível eu fiz as reservas e as mensagens de compra chegaram certinho no meu email. Se eles não conseguem comprar eles te avisam e devolvem seu dinheiro, o que aconteceu... O primeiro trecho de trem que comprei tinha custado cerca de 860 reais... no dia que abriu venda eu recebi email de cancelamento e estorno no cartão. E pq? Pq o preço tinha subido, aí eles não bancam a diferença. Tive que comprar de novo pagando mais caro! E ah, não tem uma passagem ou ticket de fato... é só uma mensagem de reserva, rs, pq pra entrar no trem vc escaneia seu passaporte apenas. Eu comprei passagens de trens de duas diferentes modalidades. Os trens “G” são os “bala”, mesmo assim tem variação entre eles. Os “D” são um pouco mais lentos... e tem muitos outros, incluindo os noturnos! Os de alta velocidade (350km/h ou pouco mais) são bem carinhos, assim como foi no Japão! Com bastante tempo ou num mochilão sabático dá pra viajar somente nos trens lentos - que viajam a 180-200km/h ou 100-120km/h - e que são bem mais em conta! Durante o relato conto como foi! Outra coisa é que tive que cancelar duas reservas de trem já pagas, e o processo de reembolso pelo trip foi bem rápido e indolor. Preços (pra duas pessoas em reais): Pequim > Xian: (trem bala, segunda classe) – 977,92 Xian > Chongqing: (trem bala, segunda classe) – 710,93 Chongqing > Yangshuo: (trem comum, segunda classe) – 538,74 Sobre passagens aéreas acessórias: Interna na China: de Guilin à Xangai tem muito, mas MUITO chão e as opções de trem não eram boas! Eu ficaria o dia todo dentro de um e achei que desperdiçar meu tempo escasso na China era ruim demais. Descobri pesquisando no google flights e tb no trip.com as cias aéreas que faziam esse trecho, e em apenas 2 horinhas! Eram diversas cias, mas a que tinha melhor preço e horário mais conveniente pra nós era a JUNEYAO. Vi que eles voavam com Airbus e operavam trechos internacionais, como pra Europa, então boa, partiu de Juneyao. Mais uma cia aérea esquisita pra conta, no relato conto como foi esse voo! Eu comprei direto na cia aérea como de costume, mas dava pra comprar no trip.com tb! Preço (pra duas pessoas em reais): 1748,64 (314usd) – achei os aéreos caros na China tb, assim como os trens! Coreia: As passagens pra Coreia do Sul eu comprei pelo trip mesmo, arreguei, kk (e amei)! As companhias aéreas da China (Ásia no geral, essas menores) são difíceis de fazer cadastro, a mensagem não chega, o código não valida, eles são bem fechados neste sentido! O voo de Xangai a Seul foi operado pela CHINA EASTERN AIRLINES e a de Seul pra Pequim pela CHINA SOUTHERN AIRLINES. Preço (pra duas pessoas em reais): 1889,11 Obs.: nossa carteira de motorista não é válida na China, mesmo com a PID. É preciso tirar uma carteira de motorista lá pra poder dirigir. Desta forma, não alugamos carro desta vez, triste! Na Coreia nem cogitei a ideia já que ficaríamos em uma cidade só. DOCUMENTOS E VISTO China Além dos documentos básicos de qualquer viagem (passaporte, seguro viagem – a gente sempre usa o do cartão, receitas médicas em inglês se aplicável e essas coisas) a China exige visto dos brasileiros, e ele é meio chatinho pq tem que ir na embaixada/consulado aplicar. Depois descobri que dá pra emitir visto não presencial, por meio de agências, mas ele fica com validade de seis meses apenas, então fica a opção de um visto curto e mais simples (porém mais caro). E tem alguns casos de não necessidade de vistos tb, para diferentes cidades por determinado tempo, é sempre bom checar! Gente, existe muito terrorismo na internet pra geral contratar agência (que cobra 750 reais por pessoa pra tirar visto chinês – eles só preenchem o formulário pra vc e te acompanham na entrega de documentos)! Tb tem os blogueiros falando isso o tempo todo pq são a) ricos; b) inaptos intelectualmente ou; c) patrocinados. O visto chinês é SIMPLES. Só tem a burocracia de ter que ir na embaixada/consulado! Caso sua opção seja de visto de longa validade. Pra nós seria mais perto ir pra São Paulo, mas optamos por Brasília pq lá não precisa marcar hora, e tb pq aí emendei um rolê no Goiás, kk. Algumas regras de visto mudaram ao longo desse ano, como a validade dele, vou deixar umas dicas aqui mas lembre-se sempre de pesquisar atualizações na data da sua trip! Basicamente é preencher o formulário abaixo e ir! Preste bastante atenção na hora de preencher, qualquer erro ocasiona em recusa da aplicação do visto. https://cova.mfa.gov.cn/qzCoCommonController.do?show&pageId=index&locale=en_US Vc deve comparecer na embaixada com este formulário preenchido, enviado, impresso e assinado, passaporte, cópia das passagens aéreas e das hospedagens. Isso no visto pra turista, claro que outros vistos tem outras exigências. Ao contrário dos EUA, que vc aplica o visto antes de programar sua viagem, no caso da China (e muitos outros países) a viagem já deve estar programada (veja se isso mudou na data que for aplicar seu visto). Não há entrevista, só entrega e conferência de documentos, foto e digitais. Não tem essa de NEGAR o visto se vc apresentar tudo o que precisa. Vc não vai pagar e perder o seu dinheiro igual ocorre com os EUA, eles só vão orientar a pagar, lá na hora, se a sua documentação estiver correta. Caso contrário, vc corrige, volta no outro dia e aplica, só aí vc paga. A taxa do visto de turismo está 475 reais por pessoa (valores 2024), e desta forma o visto é emitido em 4 dias úteis (dá pra pagar uma taxa extra de 200 e poucos reais pra emitir no dia seguinte se precisar). Vc pode voltar lá buscar, pagar/pedir alguém pra buscar, ou optar pelo envio pelo correio, bem conveniente pra nós. Aplicamos o visto numa quinta-feira, em Brasília-DF, na quarta da semana seguinte os passaportes estavam em casa, em Londrina-PR. No formulário eu marquei entrada única, mas foi emitido visto de múltiplas entradas com validade de 10 anos! (Antes só emitiam visto de no máximo 5 anos de validade e o preço pra múltiplas entradas era mais alto). Coreia do Sul Para a Coreia do Sul não há necessidade de visto para brasileiros, mas tem que ter uma autorização eletrônica de viagem, o K-ETA (bem estilinho do que estão querendo implantar pra Europa). É só preencher o formulário e pagar. O formulário é simples e a K-ETA chega por email algumas poucas horas depois de solicitado. Eu fiz uma cagada aqui, preste atenção pra não fazer tb kk! Uma amiga que estava pra ir pra Coreia me mandou um site que não era o oficial e sei lá pq tb não desconfiei disso. Ela ia com agência e não tirou seu próprio K-ETA, a culpa foi minha de não checar e pesquisar mais, me afobei! Neste site eu preenchi um formulário bem simples, paguei, e emitiram a autorização muito rápido. Blz! Achei que tava tudo certo! Agora é que vem a história! No dia seguinte dessa história toda de Coreia, e faltando menos de 3 semanas pra viagem, fui jantar na casa de uma amiga e comentei com ela que ia pra Coreia. Ela é a doida dos doramas kkk, apaixonada pela Coreia, mas não é muito viajadeira e não tinha coragem de ir sozinha! Nem ela nem a família curtem muito viajar na real! Bom, o fato é que ela endoidou pra ir junto, foi na minha casa no dia seguinte e compramos a passagem dela pra Coreia, pela Qatar! Ela ia somente pra Coreia encontrar a gente. Aí fui atrás de tirar o K-eta dela tb, mas desta vez pesquisando direito... achei o site oficial: https://www.k-eta.go.kr/portal/apply/index.do Por meio deste site aplicamos o K-eta dela, mas o formulário era diferente, pedia mais dados, mas enfim, custou muito mais barato (coisa de 7 euros). Então para fins de informação, o K-ETA custa cerca de USD 7,5. O preço é em Won (moeda sul coreana), mas ela varia pouco frente ao dólar. Depois que tirei o K-eta dela bateu um desespero... será que eu tinha caído num golpe? Mas eu chequei neste site (oficial) e nosso K-eta tava lá tb! Fiquei um dia inteiro com muito ódio por ter sido distraída e gastado dinheiro a toa, mas foda-se... shits happen! CÂMBIO E ORÇAMENTO China O Yuan (CNY) é a unidade da moeda Renminbi (RMB) - que é a moeda oficial da República Popular da China. Eu vou chamar de CNY ok? Comprei tudo na WISE e minha cotação média ficou 1 yuan = 0,76 reais. A melhor opção de câmbio é no Bank of China, caso precise, boa cotação e sem taxas. Saquei uma miserinha de yuan do cartão da Wise usando terminais deste banco. Mas nem precisava. Coreia do Sul A moeda da Coreia é o Won (₩ ou KRW), tb tem na Wise, mas tive notícias de que cartões bandeira Visa no geral não funcionam direito por lá! Mesmo assim comprei um pouco de KRW na WISE e no relato conto como foi. Tb levei dólares impressos e auditáveis rs, troquei 200usd lá! Considere para fins de melhor compreensão que 1000 Wuons valem mais ou menos 4,5 reais. HOSPEDAGENS (e clima e datas) A China é um país continental e bastante diverso em relação ao clima, mas de forma geral outubro é o mês dourado, hauaha, acompanhado de maio e setembro... as estações intermediárias né (embora setembro tenha sido bem quente e chuvoso no sul este ano). MAS CUIDADO COM OS FERIADOS! Eu descobri depois que comprei as passagens que do dia 1 a 7 de outubro (cheguei na China dia 6) são AS GRANDES FÉRIAS DELES hahaua - uma semana de tradicionais viagens internas: a Golden Week. É o segundo (ou terceiro, dependendo da fonte) feriado mais importante da China! A multidão se desloca intensamente e as hospedagens ficam escassas! Portanto, tratei de me adiantar! Obs.: O feriado mais importante deles é o ano novo Chinês, comemorado em data móvel geralmente no mês de fevereiro. O dia do trabalho tb é MEGA importante e disputa com a proclamação da República Popular da China (1 de outubro) o segundo lugar! Como já disse anteriormente, o principal site que utilizado pra reserva de hospedagem é o trip.com - mas por conveniência e hábito eu reservei algumas hospedagens no booking, até pq estavam mais baratas, e outras no trip. O que acontece no booking é que tem bem menos opção do que existe na prática já que eles mesmos não usam essa plataforma! Vale a pena olhar nos dois! Nossas escolhas foram: Pequim (2) – no trip: Qiuguo Hotel Xian (3) – no booking: Holiday Inn Express Xi'an Bell Tower, an IHG Hotel Chongqing (2) – no trip: Tianqing River View Hotel Yangshuo (3) – no trip: Yishan Yunshui Hotel Xangai (3) – no booking: Green Court Residence City Center Seul (3) – no booking: Travelers A Korea Hostel Pequim (3) – no booking: Howard Johnson Paragon Hotel Beijing Central Todas as hospedagens tinham localização excelente e muito privilegiada, algumas com café da manhã! Conto mais detalhes no decorrer do relato. Em média gastamos 350 reais por noite, preço pra 2. Foram todas MUITO boas na China, na Coreia foi ok. INTERNET E O “GREAT FIREWALL” Esse é um assunto fundamental quando se trata de China, vc precisa de internet. E é fato que vc não conseguirá acessar de maneira constante nada do que conhece pra se comunicar e se deslocar (gmail, google maps, whatsapp, redes sociais em geral, youtube) se não tiver VPN. O VPN vai mudar sua localização e permitir que vc acesse os apps que são bloqueados na China. Outra coisa é que isso tb não resolve tudo, rs! O google maps por exemplo não tem sua base de dados atualizada há anos por lá, então não funciona direito... mas eu usei muito, basta ter algum senso de direção! Vou deixar essa questão do mapa pra depois, vamos primeiro desenrolar a internet! Essa DICA DE OURO veio de uma amiga que viaja com frequência pra China e passa meses lá a trabalho a bastante tempo: CLARO PASSAPORTE MUNDO. Esse plano tem cobertura em mais de 80 países no momento em que escrevo este relato e na China funciona sem necessidade de VPN, o que é muito prático! Vc já chega no destino com seu celular funcionando! Tb funciona na Coreia. Agora outras companhias telefônicas estão correndo atrás disso tb, veja se sua operadora oferece algo do tipo. Se não for o caso, vai ter que descolar um e-sim compatível com seu telefone! Escolha os que não precisam de VPN (como o Holafly ou Airalo), pois do contrário terá que assinar um app de VPN. Neste caso tem uns macetes... pra usar app chinês vc tem que desligar o VPN por exemplo. APPs China Tem apps que são essenciais em se tratando de China, não tem como ir sem de verdade (numa viagem independente, claro). São eles o WECHAT, o ALYPAY e o METROMAN, pra ver os caminhos de metro nas principais cidades chinesas. Eu não seria nada sem eles! Tb baixei o BAIDU (o google maps dele, somente em mandarim), mas pouco usei, mais pra confirmar algumas localidades mesmo. O We Chat é tipo o whatsapp deles, mas muito plus, rs! Eles usam pra tudo, é difícil até de explicar... é bom ter pra se comunicar e tb se precisar pagar caso dê algo ruim no alipay. Tem coisa que vc só compra por lá inclusive! Eu li em toda parte que pra vc se cadastrar no We Chat vc teria que ser validado por outro usuário, inclusive eles têm limite de validações anuais... mas eu me auto validei colocando meu cartão de crédito e deu tudo certo. O AliPay (o mais essencial de todos) é o mais usado para pagamentos e deslocamentos... gente, quase não existe pagar coisas com cartão ou dinheiro, é bem raro. Não tem maquininha de cartão em quase lugar nenhum. É tudo com QR Code. Com o Alipay vc tb paga o transporte público (o mais prático do mundo, deos) e chama o Uber deles, que chama Didi. Vc cadastra seu cartão (no meu caso o da Wise) e paga absolutamente tudo usando QR CODE. Vc gera o seu QR code que é lido por quem está te cobrando (ou lê o QR da pessoa) e o montante é descontado do seu cartão, simples assim! Ouvi relatos de que o Didi dentro do alipay pode falhar, então baixei o Didi independente tb, mas das vezes que usei funcionou então nem usei o Didi fora do Ali. Coreia do Sul O google maps tb não funciona lindamente na Coreia, eles não permitem que dados de mapas sejam armazenados por empresas estrangeiras. Baixei o Naver Map em inglês mas quase não usei (ele só funciona lá), fui só de google maps mesmo. Tb baixei dois apps de metro, um mapa de Seul apenas e o subway Korea (este segundo nem usei). E Uber não funciona direito por lá (é novo parece). Li em alguns lugares que é melhor evitar taxis e carros no geral, que eles são bem barbeiros (FATO). MALAS Nós tínhamos direito a despachar malas em todos os voos (23kg) e trens (em tese sem limite). E para informação, os trens tem as mesmas restrições de aviões quanto aos líquidos em spray e objetos cortantes. Mas a gente não gosta mais de despachar mala... aprendemos a amar a liberdade de viajar com pouco e não estressar com extravios, que era um risco sério nesta viagem já que as conexões da ida tanto em Madri quanto em Londres eram BEM apertadas! Vcs vão ver no relato que essa foi a decisão mais acertada da vida! Fomos de mochila e mala de mão. Quase todas (só a última que não) as nossas hospedagens na China tinham máquina de lavar gratuitas. Leve na mochila: Desodorante (eles não usam... pq não precisam, é difícil achar se precisar), medicamentos básicos (dor de cabeça, enjoo, febre, alergia e essas coisas), talheres de plástico (camping) se não for fluente em hashi e adoçante! Não é tão simples encontrar estes itens! Depois de uma longuíssima introdução... acho que podemos partir não? (CONTINUA)8 pontos
-
Boa tarde galera! Vou descrever abaixo meu relato do mochilão feito na terra dos hermanos do norte. Eu e minha companheira planejamos essa viagem desde, aproximadamente, agosto do ano passado. Na verdade, a ideia inicial era irmos à Patagônia ou Buenos Aires mas, diante do aumento abusivo nos preços do nosso vizinho mais ao sul, cancelamos nossas passagens pela Emirates, pagamos a multa e ainda assim valeu a pena financeiramente - e pela experiência - a troca. Nossa ida e volta foi pela Copa Airlines (ida Rio x Bogotá e volta Cartagena x Rio), os dois trechos com paradas no Panamá e com bagagens despachadas. O valor da ida e volta ficou em R$4280,00. Além disso, optamos por um vôo da Latam de Bogotá até San Andrés, que custou para cada por volta de R$1000,00 (não achei o comprovante de compra com o valor exato. Além disso, usamos um cartão da WISE para facilitar os pagamentos e cada um colocou, inicialmente, R$3000,00. No final da viagem, por conta de surpresas que aconteceram, tivemos que colocar mais uns mil reais para completar. A Wise não converte de Real diretamente para Pesos Colombianos, mas você tem que deixar convertido em dólar para o cartão fazer a troca automática na hora que for pagar. As hospedagens foram todas reservadas pelo Booking e pagas no ato do check in. Enfim, vamos ao relato. Dia 03/02 (Segunda) - Saída do Rio de Janeiro para Bogotá Nosso vôo pela Copa Airlines estava marcado para sair às 01h30 do aeroporto do Galeão e, como precavidos, saímos de casa por volta das 20h para evitar qualquer transtorno. Até porque, moro em Jacarépaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro e bate sempre o medo de o Uber atrasar ou acontecer qualquer outro contratempo no caminho. E confesso também que eu gosto da sensação de estar aguardando um vôo do aeroporto - principalmente se este tiver ar condicionado rs. Faz parte da viagem e, na verdade, já me considero viajando ao entrar no espaço do aeroporto. O vôo durou 7 horas até a Cidade do Panamá e o tempo que tínhamos para sairmos do avião e chegarmos até o portão de embarque do vôo para bogotá era em torno de 1h. Com todo aquele ritual de esperar a galera pegar as malas e descer do avião, dá para imaginar o quão corrido isso foi. Um adendo: há tempos eu não fazia um vôo mais longo assim. O último foi para Salvador e não passou de 3 horas. Bateu um certo nervoso de ficar preso tanto tempo num espaço apertado - eu tava na janela. Na próxima acho que vou de corredor mesmo rs. Mas percebi que era questão de costume. Nessa viagem peguei tanto avião em um curto espaço de tempo que no vôo de volta eu nem liguei para uma possível claustrofobia ao voar. Chegamos no aeroporto, pegamos um uber e, conforme combinado com o nosso host, pudemos deixar nossas malas no local até o horário do checkin - 14h - aos cuidados do concierge Leonardo. Aliás, gente boa demais! Nossa hospedagem ficou localizada na região da Candelária, em frente à Plaza Distrital de Mercado de La Concordia e à uma quadra da Plaza del Chorro de Quevedo. Com muitas opções de lugares para comer e bastante movimentado de dia e de noite. Me senti muito bem localizado por ali. Foto: Vista do rooftop da nossa acomodação na Candelária. Fomos dar uma volta pelos quarteirões da Candelária e escolhemos um lugar para entrar meio que pelo cheiro bom que vinha do local. Já estávamos morrendo de fome... e por sorte foi um almoço perfeito.. tava tudo delicioso. Naquele momento, descobrimos que nosso rolé na Colômbia não seria só por paisagens bonitas ou questões históricas ou culturais: é um país com uma culinária espetacular! E, para nossa surpresa, por um valor não tão alto - pelo menos se compararmos aos preços praticados aqui na Cidade Maravilhosa. Foto: Nossos pratos no primeiro restaurante, em nosso primeiro almoço na Colômbia. Espetacular! Depois de forrarmos o estômago, fomos arrumar nossas coisas na acomodação e dar uma descansada. Estávamos exaustos!Aliás, o valor da acomodação em Bogotá, do dia 03 ao dia 07/02 ficou em R$ 729,00 mais a taxa de limpeza de uns R$50,00. Depois de umas três horas de cochilo, fomos dar mais uma volta sem compromisso pelo centro, e ao voltarmos para Candelária, jantamos no restaurante Katarssis. Aliás, mais um acerto gastronômico. Tá certo que não foi uma comida típica da Colômbia, mas a massa ao molho pesto estava maravilhosa. Super recomendo. E como um costume dessa viagem, não achei muito caro. Se não me engano, o prato saiu menos de 50 para cada um. Considerando um local super turístico, valeu a pena! Foto: Nosso prato no jantar. Essa massa tava espetacular! 04/02 ( Terça) - Bogotá Na terça- feira, acordamos cedo e fomos tomar café em uma padaria que parecia ser bem local, apesar de estar em uma rua turistica - Panaderia Donde el flaco. Tomamos o legítimo café colombiano que, aliás, eles tem muito orgulho em dizer que é o melhor café do mundo. E eu acredito nisso. De lá fomos desbravando as ruas antigas da candelária, bem como as ruas do centro também. Principalmente as ruas próximas da Plaza de Bolívar, a principal da cidade, onde estão prédios icônicos e onde ficam também as centenas de pombos que viraram atração para os turistas. Como eu não acho muito legal ficar segurando pombo por aí, eu pelo menos aproveitei para fazr algumas fotos bem legais dessa interação. Foto: Uma das atrações são os pombos da Plaza Bolívar. Não sou muito chegado a pombo não, mas rendeu boas fotos. Foto: Estátua de Simón Bolívar, na praça em sua homenagem. De lá fomos buscar algum museu aberto pelo centro. Mas, para nosso azar, parece que na terça-feira não abrem muitos para visitação e, além disso, o Museu do Botero, que tanto ouvimos falar, estava fechado pelo menos até o sábado seguinte para manutenção. Triste.. Fomos até o Centro Cultural Garcia Marques ver o que tinha para oferecer. Não havia muito, mas só de passear no local já valeu. Vivenciar as ruas também faz parte da troca cultural e, sabendo disso, percorremos com calma muitas delas. Na hora do almoço, fomos em direção ao famoso Puerta Falsa mas, é claro, estava cheio. Escolhemos então um localizado logo ao lado, chamado "El mejor ajiaco del mundo". Nome um tanto pretencioso rs Minha companheira escolheu o ajiaco e eu fui de tamal. O dela estava muito bom mesmo! O Tamal confesso que fui pela curiosidade. Não é ruim, mesmo. É diferente. Apesar de parecer uma pamonha, o gosto é bem diferente disso. Mas não chega aos pés do ajiaco escolhido por ela rs. Apesar de vários museus estarem fechados, vimos que o Museu do Ouro estava aberto neste dia e, apesar de já meio cansados de andar, aproveitamos para visitá-lo. O museu é incrível e mostra o panorama das diversas nações indígenas que habitavam a Colômbia antes mesmo dos espanhóis chegarem, suas culturas e toda a mudança ocorrida após a chegada do europeu. Saindo de lá, fomos tomar café da tarde num local logo ao lado, chamado PANDEBONO Y CAFE EL DORADO. Como o nome diz, especializados em Pan de Bono e café. Descobri ali o tal pan de bono que já virei super fã. Parece um pão de queijo, mas mais macio e levemente adocicado. Uma perfeição! 05/02 (Quarta-feira) Bogotá Depois do café, fomos andando até a região da Plaza Cultural de la Santamaría, que havíamos visto por fotos e achamos bem bonita. Infelizmente parece que não fica aberta normalmente e só conseguimos ver por fora. Mas valeu a caminhada por todo o centro - pela área menos turística, pelo Parque de La Independencia, passando ao lado do planetário e pelo letreiro de Bogotá. Voltamos também a pé - melhor forma de conhecer a cidade e nos deparamos com uma cafeteria que vendia café com CBD. Ao que parece, aqui na colômbia é liberado. Ou pelo menos parece ja que a propaganda da cafeteria tava bem a mostra e ficava num prédio chique. Além disso, estava desde o início da viagem com uma dor terrível nas costas, que só passou após o uso de uma pomada com uma mistura de CBD, coca e arnica. Sobre o café em si, obviamente, não deu onda, mas relaxou bastante. Depois fomos à Casa de La Moneda, se esconder da chuva e, em uma grata surpresa, foi um bom passeio la dentro. De lá, finalizamos a noite com um mexicano que ficava localizado ali na Plaza Chorro de Quevedo. Fui buscar e comemos na hospedagem mesmo. 06/02 (Quinta - feira) Bogotá Era o dia de visitarmos o famoso Moserrate e a Casa de Bolivar. Mas essa segunda, pra nossa surpresta, estava fechada para reformas. Chegamos por volta das 10 horas no local para subir ao Monserrate e estava lotado de turistas. Aparentemente fica o dia todo asssim. Mesmo na nossa volta, no meio da tarde, a fila continuava imensa. Então é só questão de ter paciência mesmo. Na real nem demora tanto. Levamos em torno de meia hora para subirmos de bondinho. A vista, la debaixo, aliás, bota um certo medo.. ele é quase na vertical rs Foto: Subida até o bondinho. Tava bem lotado. Iríamos, na verdade, de furnicular que, além de ser mais barato, encoraja mais a subir quem tem medo de altura rs. Mas estava sem funcionar no dia e o jeito foi subir de bondinho mesmo. Pagamos em torno de R$50,00 cada para subir e descer. La em cima, além da igreja e da vista para toda a cidade, ainda tem uma feirinha com souvenirs que, incrivelmente, não pe superfaturado. É bem em conta, aliás. Compramos também uma medalhinha da catedral por uns R$15,00. Já temos a da Senhor do Bonfim e, apensar de não sermos religiosos, seria legal colecionar isso rs. Antes de descermos, tomamos mais um café espetacular la em cima, em um dos dois restaurantes que lá estão. Sério.. o café de lá é perfeito. Foto: Em cima do Monserrate com o casaco da seleção Colombiana 07/02 (Sexta - Feira) Despedida de Bogotá e partida para San Andrés Nesse ultimo dia apenas aproveitamos para correr e comprar os souvenirs para os amigos e partir para o aeroporto. Aliás, dentre os presentes, um me chamou mais a atenção: achamos uma barraquinha na Plaza de Bolívar com um artesão que faz passarinhos em miniaturas imitando os passaros tipicos da colombia, e vem ainda com um QR Code onde você acha informações sobre a espécie e ainda pode ouvir o canto dele. Foto: Barraquinha na Plaza de Bolívar com miniaturas de pássaros. Das três cidades que fomos visitar na Colômbia, Bogotá era a que eu tinha a menor expectativa. Mas acabou sendo, talvez a melhor experiência cultural e gastronômica da viagem. Fora as pessoas, todas bem receptivas e bem humoradas! Sem dúvida nenhuma vale a pena visitar a capital da Colômbia!! Como o meu hobby principal é Fotografia, deixo abaixo mais algumas fotos feitas na cidade, que além de tudo, ainda é muito linda. Deixo, também, o vídeo para o meu canal voltado para Fotografia, mas onde registro um pouquinho dessa viagem. Quem puder, deixe um comentário no vídeo sobre o que achou. Abraço! Em breve continuo com a segunda parte, em San Andrés!8 pontos
-
Dar dicas de viagem é fácil, faz isso, faz aquilo, faz aquilo outro, mas as vezes a gente precisa parar pra analizar se todos esses "fazes" fazem sentido, e nisso eu cheguei a 7 items que é do não-faz. Claro que eles vão ser polêmicos e também sempre tem um grande MAS no fim, porque tudo depende da circunstância, mas, isso deixo pros outros comentarem. Não peça conselho para locais Uma comentário que as vezes escuto de um local é de que eu conheço mais lugares do que ele que nasceu na cidade. A verdade é que um local não tem idéia do que é atração turística na própria cidade, tudo para ele é comum, um parisiense acha a torre Eiffel comum, um berlinense acha o muro de Berlim comum, um toquinense (quem nasce em Tóquio é o quê?) acha o monte Fuji comum, porque eles veem aquilo todo dia, nasceram vendo aquilo, agora imagina as atrações menos famosas? Nem sabem que existe. Um local apenas acha interessante o que é diferente da cidade, mas para quem não é da cidade, tudo é diferente, então aquela rua, aquele buteco, aquele lugar que ele acha legal, na verdade, num âmbito turístico, é só mais um de tantos lugares que não é tão atrativo assim para os de fora, pois o turista quer conhecer o comum daquela cidade, essa é literalmente a razão da viagem, se não nem teria viajado para lá. Não coma em restaurantes super-indicados Restaurantes indicados na sua grande maioria é caro, pode não ser uma fortuna, mas é um valor acima do padrão da cidade. Ir em uma viagem e conhecer só esses estabelecimentos é não conhecer a verdadeira culinária da cidade. O povo no dia a dia não come comida sofisticada, ele come daquele barzinho de esquina, da biboca, do restaurante perto do trabalho, essa é a verdadeira comida local. Imagina um gringo indo pra São Paulo e indo comer no Fogo de Chão, numa pizzaria na Vila Mariana que uma pizza custa 120 reais, no restaurante do cozinheiro 'isso é vergonha da proffissón', não há duvidar de que ele conheceu um pouco da culinária da cidade, mas certamente ele não conheceu a verdadeira culinária local. Não use taxi (e carro de aplicativos) Transporte público é a verdadeira experiência local de uma cidade, é como entrar em super mercado, é onde você vê o mais comum do comum, é o dia a dia, é o arroz com feijão, é onde os mortais andam. Além de economizar dinheiro (estamos num site de mochileiros, e não de viagem de luxo, né) você realmente entra em contato de quarto grau com o mundo afora, quanto mais o país é diferentes do nosso, como os da Ásia, maior é o desafio em entender como eles pensam e agem. E não tem souvenir mais legal (mentira, tem sim) do que os cartões de transporte. Deixe a preguiça de lado, pegue um transporte público e sinta a cidade. Não viaje verão (e no inverno) O aquecimento global já chegou faz tempo, tirando os extremos dos continentes, todo lugar é muito quente no verão. Na Europa bate 35-40 graus, na Ásia se soma com uma umidade de ver peixe nadar no ar, na América do Sul o sol é de lascar cano, isso sem contar a horda de locais e turistas indo pros lugares mais famosos. Evite esse sofrimento a toa, escolha um pouco antes ou depois do auge do verão, porque além de ser mais fresco, vai ter menos gente disputando o seu lugarzinho no sol (ou na sombra no caso). E no outro extremo, como o Brasil não tem bem um inverno, então não estamos acostumados ao quão sofrível é viajar nessa época do ano em países onde existe um inverno de verdade. O sol nasce 8-9h da manhã, se põe 16-17h da tarde, o vento gelado não deixa nem bater uma foto sem fazer sua mão doer, você nem sente mais o seu rosto depois de meia hora andando pela rua. Se realmente pretende viajar no inverno pra ver neve, vá lá pro extremo norte ou sul do planeta, porque mesmo na Europa, não é muito fácil de ver neve nas grandes cidades, e as vezes nem a cidade se vê direito, porque a névoa é densa e constante. Não pesquise muito sobre o destino Quando você vai ver um filme, você lê todos os spoilers antes de ir ao cinema? Acredito que não, e recomendo fazer o mesmo para cidades. O trailer ajuda a ter uma ideia do que esperar de um filme, mas ficar pesquisando ostensivamente um lugar faz perder um pouco da magia da novidade e da surpresa. Pesquise o básico, mas não fique vendo vídeos de youtube, prefira ler blogs onde você fica apenas imaginando, sem estragar a surpresa. Uma frase comum de viajante é "achei aquele lugar incrível e eu não esperava nada dela", isso acontece pelo fato de não ter dado bola e pesquisado pouco pelo lugar, e acarreta aquela surpresa de ver ao vivo. Não visite cidades muito pequenas Poucas pessoas tem o privilégio de fazer uma viagem longa, de poder gastar o tempo que quiser em uma cidade, mas, isso não é a nossa realidade (viu Fabiano), temos férias curtas, dias marcados, então aproveite esse tempo para conhecer cidades maiores onde se tem uma maior gama de atrações. Ir a cidades pequenas, especialmente quando é longe, faz perder um tempo precioso fazendo nada, então, tire do roteiro aquela cidadezinha que te faria desviar 500km da rota e 1 dia de viagem e gaste em um lugar mais proveitoso. Não existe must see Em 2013 eu tive em Paris pela primeira vez e não entrei no museu do Louvre, eu consegui sobreviver a isso esse tempo todo, e apenas no ano passado quando voltei pela segunda vez a cidade da luz, fui finalmente conhecer o dito cujo. Foi legal? Foi, eu gosto de museu, mas você não precisa conhecer todo "must see" porque não lhe vai cair uma perna ou braço, principalmente quando não é do seu interesse. Eu mesmo nunca pisei num museu de arte moderna, não acho interessante, então eu pulo essa dica de todos as cidade, pode ser o MoMa, mas eu não entro. E além disso, tem aqueles pontos turísticos que é famoso porque tem gente que vai lá porque é famoso, que vai lá porque tem gente indo lá porque é famoso, ad infinitum. Pode até ter uma história interessante por trás, mas 99% das pessoas vão só pra dizer que foram, não perca seu tempo só pra fazer fotos pros outros, gaste seu tempo para si. E mesmo para os lugares mais icônicos, as vezes por força do destino você não consegue ir, mas no fim não vai estragar tanto assim sua experiência, porque 99% do seu tempo você está passeando e vivenciando a cidade. Bom, e é claro, reiterando, todos esses pontos tem seus 'mas..', mas...., não vim para isso.8 pontos
-
Dia 5 - Montanha Colorida (ou quase) 3h30. O despertador toca impiedosamente. A Valéria levanta, animada. Eu, nem me mexo. Destruído, dilacerado. Sem chances de qualquer coisa. "Acorda, Renan. Vamos!" Ela insiste diversas vezes. Eu não consigo. Desculpe, não vai ser hoje que farei esse passeio. ~ voltando um pouco no tempo, fechamos esse passeio por 60 soles cada um. Bem barato. Em uma agência chamada macchu pichu tours. Ou algo desse tipo. Um cara preço do plaza de armas ofereceu várias vezes. Até ficar barato assim. Eu desconfiado falei que ia depois e chequei na internet. Não é que a agência existia mesmo? Hahahha. Fomos e fechamos lá ~ 04h00. A Valéria continua se trocando e arrumando as coisas. A Van passaria as 04h30. E esse dia tinhamos que deixar todas nossas coisas na recepção, porque de noite mudaríamos de hostel (não conseguimos fechar no mesmo hostel) 04h20. Acordo, puto da vida. Morto. Xingando tudo. "ATÉ PARECE QUE NÃO VOU IR NESSA PORRA!". Coloco o tênis e... opa! As bolhas não doem, vou conseguir andar. 04h30 estou pronto para o passeio. Seja o que Deus quiser. A Van passa e ficamos por 2 horas até parar em um lugar para tomar café da manhã. (o melhor dos passeios que tomamos até agora). Depois mais 2 horas para chegar até a montanha colorida, carinhosamente chamada de Vinicunca. Dormi 3h50 mais ou menos dessas 4 horas de viagem. Hahahaha. Nenhum brasileiro também. Mas dessa vez, só gente da América do Sul, América Central e pessoas mais "velhas". Sabe o que quer dizer? Tô em casa. Um monte de gente que se lascou na altitude como nós. GENTE COMO A GENTE! Hahahahha. Só chuva no caminho, já imaginei que não veríamos nada. Quando descemos da Van, começo a andar e falo: "Não para de chover... ei! O que é isso, neve?" Sim. Estava nevando. Estou vendo neve e sentindo pela primeira vez na vida. QUE FODA! Contínuamos a subir e fazemos amizade com a galera. Uma família de Porto Rico decide ir de quadriciclo. Eu e a Valéria vamos a pé. Junto conosco, um pessoal do Peru de Lima e um cara que fizemos amizade da Guatemala. Que apelidei de "Guate". Vamos andando, cada vez com mais neve. Mas não tava frio não. Uns 8 graus. Perto daquela imensidão branca que estavamos vendo, estava ótimo. Eu e meu tênis 100% confortável da decathlon de 180 reais erámos outra pessoa. Subia feliz, fazendo piadas, curtindo aquilo tudo. Mas... hoje foi a vez da Valéria passar mal. Estava cheia de dor de cabeça e falta de ar. Tadinha! Já eu, incrimente estava bem. Zero efeitos da altitude! Sem dor de cabeça, sem enjoô, sem diarréias. NADA! Subimos devagarzinho. Eu dando meus escorregões mas não parava de subir. Chegamos finalmente no "falso cume" da montanha Vinicunca. E de colorida ela tinha só duas cores: Preto e branco. TOTALMENTE NEVADA! Mas foda do mesmo jeito! 5000 e pouquinho. Tiro foto com as lhamas lá em cima. Lá vende algumas bebidas e comidas pelos locais. O Guate compra e na hora de pagar coloca em uma pedra: o cachorro come na hora tudo. A Valéria carimba o passaporte e então olho pra cima. Tem o "cume verdadeiro". Eu quero ir lá! "Será que tem 5000 aqui mesmo, amor? E se tiver 4999 metros? Vamos lá no cume!" A Valéria não quer ir. Está passando mal. Eu chamo o Guate pra ir. E aí é a vez da Valéria falar: "ATÉ PARECE QUE NÃO VOU NESSA PORRA!" Isso te lembra alguém hoje cedo? hahaha Subimos ainda mais até chegar na placa de 5036 metros e ver TUDO NEVADO! Que foda. Chegou a hora de descer, vamos indo com calma e descendo, a Valéria vai melhorando. E a medida que descíamos, a neve ia derretendo e ficando tudo de outra cor. Muito bonito! Voltamos as 4 horas novamente até Cusco e é óbvio que dormimos quase isso tudo denovo, de cansados. Nossa cara ficou toda queimada pela neve. Os raios solares refletem nela e se lascamos. Coisa de marinheiro de primeira viagem "nevada". Chegamos ao hostel e capotamos. E nossa aventura chega ao fim... depois só coisas sem graça de esperar a hora de voltar pra casa e comemorar que estávamos vivos. Espero que tenham gostado da nossa jornada! Café da manhã top! Lago em forma de coração e o gelo ao lado As lhamas enquanto subíamos a montanha Nós e a imensidão de gelo Montanha colorida (?) Eu e minhas amigas Lhamas! No topo da montanha Vinikunka! 5086 metros de altitude! Na descida, tudo descongelando.8 pontos
-
Dia 4 - Ruínas de Machu Picchu 04h00 da manhã o despertador toca novamente. Virou rotina acordar tão cedo. Me levanto, vou ao banheiro que me lembra que comer demais também não faz bem. kkkkk Me troco enquanto a Valéria também faz o mesmo. Tudo certo até ir colocar a bota e... ela não entra. São tantas bolhas e tanto inchaço que meu pé desistiu de ser feliz. "Descalço não dá, né?" - penso alto. Preciso arrumar uma solução. Como um bom "gambiarrista" que sou, encho meu pé de vaselina sólida (que havia trazido para assaduras) e coloco a meia, que também encho de vaselina sólida e... puff. O tênis entrou. Essa é definitivamente a última vez que vou conseguir calçar essa bota. Ao pisar no chão, as bolhas e a pisada torta machuca. Mas já assisti filmes de zumbi o suficiente para poder andar torto e aguentar mais um dia. 04h30 estamos lá embaixo. Pegamos um saquinho com lanche e já como e tomo a água. Encontramos com o francês de 20 anos de idade que já rodou o mundo e os amigos dele que sabem o caminho. Vamos andando no meio da escuridão, batendo um papo, avisto um cachorro e brinco com ele. O doguinho começa a nos seguir da cidade de águas calientes. Andamos e mal dava para ver alguma coisa na estrada. "Quem foi o fdp que comprou ingresso as 06h?". Chegamos em uma guarita e lá apresentamos os tickets para Machu Picchu. Ótimo, estamos no caminho certo. Após isso, começamos a subir as escadas. Só relembrando que dá pra fazer esse caminho de busão e ser feliz, ou a trilha das escadas. Degrau por degrau vamos subindo. E subindo...e subindo! NÃO PARA DE SUBIR NÃO?? Os tiozinhos aqui suando feito dois porcos de calor e a subida interminável. Dava para ver as montanhas lindas dali enquanto subíamos infinitamente. E sabe quem nos acompanhava? O doguinho. Nosso cão guia espiritual decidiu nos dar uma força. Avisto o último lance de escadas... nem preciso dizer que os jovens Europeus já estavam lá em cima faz tempo né? Nos últimos degraus, um tiozinho vendendo bebida em isopor. "¿Tienes coca?" Não tinha. Mas tinha Sprite. Foi a melhor Sprite que já tomei na vida. Estava gelada. Que delícia. Nosso doguinho estava ali em cima. Ganha um carinho na cabeça e despede de nós na entrada de Machu Picchu. Damos o ingresso e entramos. Vamos subindo, curtindo o parque em meio aos meus passos cansados zumbísticos e chegamos até o ponto de tirar aquela foto clássica de Machu Picchu e... tudo nublado. SIM, TUDO NUBLADO NESSA PORRA. Juro, não dava para ver 1cm de qualquer coisa. Tudo branco. Coloco a mochila no chão, a Valéria também. Não vamos sair daqui enquanto esse negócio não "DESNUBLAR". Tá achando o que Machu Picchu, nós somos lerdos mas somos ruins. Esperamos por um tempo, 1 hora talvez. Começa a limpar devagar e conseguimos começar a enxergar a cidade mágica. Linda. Parece vídeo game. Ou um filme do Indiana Jones. Tiramos as fotos, curtimos lá. A Valéria curtindo mais que eu ainda. Eu estava com muita dor no pé. MUITA. Curtimos o tour lá em cima e chegou a hora de se despedir. Tudo bem, a jornada acabou... ou não. Temos que descer as escadas. "Nem fodendo". Não aguento dar mais nenhum passo. Compramos passagem do ônibus para descer 15 min. Que se dane, foi gostoso demais ir sentado naquele banco delicioso. Almoçamos, esperamos a hora de voltar do nosso trem. O destino agora de trem era: Águas Calientes -> Ollantaytambo. Cerca de 2 horas. Depois pegávamos uma van até Cusco. Mais 2 horas. Voltamos ao nosso hostel, com nossas mochilas por lá. Mas no outro dia nos aguardava a Montanha Colorida (Vinicunca). Tínhamos conseguido comprar o passeio por 60 soles em uma agência pequena por lá. Será que era bom? Seilá. O que sei é que dormi as 4 horas da viagem. E ao chegar no hostel, a Valéria foi tomar banho. Eu que já estava de chinelo cai na cama tudo torto e fedido e dormi. A Valéria pediu comida pra gente. Me acordou. Juro que estava tão morto que foi a primeira vez que comi deitado na minha vida e dormi denovo. A Valéria pergunta: "Amanhã você vai para a Montanha Colorida? Precisamos acordar as 03h30." A Van saia 04h30. Nessa hora estava tão cansado que nem sabia o que eu ia fazer. Estava pensando em não ir. "Quando acordar eu vejo". Minha maior preocupação? Os pés. Não conseguia dar mais nenhum passo. Quanto mais fazer uma outra ascensão de montanha. Fim do dia 4. Fedido e morto. Ruínas de Machu Picchu quando a névoa se dissipou. Misteriosa e foda! De Oz para o mundo! De Oz para o mundo! (novamente) Valéria e as ruínas. Eu e as ruínas. Ruínas e Huyana Picchu de outro ponto de vista. O caminho do ônibus e a trilha das escadas. Eu encarando o sr. Machu Picchu kkkkk8 pontos
-
(Continuação...) Dia 3 - Estrada para Machu Picchu Dormimos que nem uma pedra. E finalmente me senti recuperado. A Valéria dormiu bem também. Tudo certo! Hora do café da manhã. Mais... chá. Água quente... não aguento mais. Cadê uma coquinha gelada com a data de validade em dia? Independente disso, tomamos nosso café, coloco minha bota que me incomoda mais que o normal. As bolhas do dia anterior apareceram e estão me enchendo o saco. Começamos a caminhada, agora sem altitude... que delícia. Hoje eu era o primeiro da turma. Puxava a fila, mesmo que ache que o pessoal estava mais devagar que o normal, não queria nem saber. Finalmente não era o último. No nível do mar mando eu! (nem estamos no nível do mar, hauahauahua). Seguimos andando e... outra paisagem. O rio que corta tudo que andamos nos acompanha e muito verde. Lindo! O guia vai parando para dar algumas explicações breves sobre frutas e plantas da região. Alguns dos lugares que passávamos era bem perigoso. Deslizamentos de pedra que arrebentavam a estrada. O guia falava para passarmos rápido, de 3 em 3. Por sorte... nada aconteceu. (ufa!) Chegamos a um local que faz café. O guia mostra como o café era feito e participamos do processo. Não achei nada muito legal, mas tudo bem. Provamos o café depois de feito. Ô café ruim da porra. Não que eu seja um fã de café, mas... Almoçamos e então uma van nos levaria até a trilha base de Machu Picchu. Nos separamos da maioria do grupo, menos de duas pessoas que fariam o Salkantay de 4 dias também. Todos os outros fariam o Salkantay de 4 dias e iriam para as piscinas termais naquela tarde (ô inveja!). O guia nos dá um mapa de quem procurar e quem entregar as malas por aquela região. Loucura. Um mapa mal feito da porra, parecia que eu era o Indiana Jones tentando achar algum tesouro perdido. Achamos o bar para deixar a mochila e... cadê o celular da Valéria? Pensamos, poderia estar na van. Ou pior... poderia ter caído quando ela foi pegar a capa de chuva. E isso mesmo que aconteceu. Ela volta correndo com o motorista da van e instantes depois surge a mulher, correndo no meio da chuva, mas dessa vez com o celular na mão. Seguimos a trilha. Linda, mágica. Sempre andando ao lado do trilho do trem. No começo tem um fim e uma passagem subindo no meio das pedras? Será que era ali o caminho? E era mesmo. Fomos, voltamos na dúvida, achamos um guardinha e perguntamos. Subimos novamente e continuamos a caminhar. A trilha é sossegada, em linha reta, cheia de pedras. Mas meu pé estava judiadíssimo. Doía a cada passada. Quantas bolhas! E lá vem o trem. Que foda. Paramos para assistir e continuamos andando. Logo mais vejo uma estátua de um urso e descubro que existem urso em Machu Picchu. Ele é preto e tem a cara branca. Que dahora. Não fazia ideia! A placa aparece e vamos chegando a cidade. A cidade linda, cheia de estátuas, fodástica ao extremo. Chegamos no hostel às 18:32, o briefing seria as 18:30. Já entramos na reunião e logo em seguida o novo guia vai explicando o que devemos fazer no outro dia, nos dando os tickets de entrada para as ruínas. Levanto a mão e pergunto: "E quem vai a pé?", lógico que inglês e tudo errado. Ele explicou beeeeeeem mais ou menos. Mas um grupo de gringos novos falou que sabia o caminho, nos convidando para ir juntos. Estava feito então> próximo dia nos encontrar as 04h30 na frente do hostel para irmos a pé. O grupo dali foi jantar mesmo, seguindo o guia. Nós estávamos imundos, mas fomos juntos... não tinha o que fazer. Comi bem, pedi outro prato de comida e voltamos ao hostel para dormir. É AMANHÃ! Paisagem mudou completamente! Floresta Amazônica. Vários deslizamentos de pedra e estradas destruídas. Mapa 100% confiável (?) Trilha para Machu Picchu Estátua dos ursos incas Eu e a Valéria ao lado do trem. Chegando na cidade de Machu Picchu A estátua foda! O condor representa o céu, a puma a terra e a cobra o mundo dos mortos. Hoje comi feliz. E A MINHA COQUINHA !8 pontos
-
(Continuando...) Dia 2 - Salkantay Pass Aahhhh! Nada como uma noite de sono regenerativa para renovar o humor e os ânimos, certo? Claro, se você tiver essa noite. O que não foi o meu caso. Parecia que tinha dormido como uma pedra, me reviro todo e pego o celular que estava sendo carregado por um power bank: 00h13. Puta merda. O pior, uma vontade de cagar enorme. Lá vou pegar meu celular, ligar a lanterninha e sair iluminando tudo e andando por aquele frio da desgraça de madrugada. O bom que nem cheguei a sentar no vaso, já estava tudo resolvido só de agachar. A diarréia me deu um "olá". Essa história se repetiu mais 3 vezes durante essa madrugada que não acabava nunca. A Valéria, por sua vez, dormiu que nem um anjo e acordou bem melhor, sem mais vontade de desistir. A minha vontade de parar por ali tinha se tornado o famoso "sangue nos olhos". Vou terminar essa porra, custe o que custar. “COCA TEAAAAAAA, COCA TEAAAA!”. Eram 04h30. O guia batia de porta em porta levando chá de coca. Ruim que só uma desgraça. Mas vamos lá, respira fundo e manda pra dentro. Arrumamos as coisas no meio da escuridão e fomos tomar café da manhã. Os cavalos levariam alguma sacola nossa, enquanto nós levamos a mochila. Mas os cavalos só podem levar 5kg. Tudo bem, tinha pesado minha sacola e estava com 3kg, certo? Errado. Ao pesar minha sacola, estava com 8kg. A roupa molhada pesa… e como pesa! Então o outro cavalo aqui teve que levar os 3kg a mais. Sim, eu mesmo. Começamos a andar as 05h30 da matina. Muita chuva, cheio de barro mas reto. Vamos seguindo firmes e fortes. Logo mais as subidas começam… e que subidas. Ao olhar para cima, não tinha fim. O pescoço doía e você não via o topo. Nem olhava. Tentava focar apenas em um caminho a curto prazo para subir no meio daquele monte de pedras que fosse menos exaustivo. O ar faltava a cada passo, mas tentava pensar em uma música e seguia cantando ela na cabeça e seguindo para cima. A Valéria me acompanhava, com falta de ar também. Ô altitude que nos maltratou. Subíamos em zigue-zague. Passada após passada, pedra após pedra. Era enorme. Às vezes olhava para baixo e via o que eu já tinha caminhado, o que empolgava um pouco. Paisagem? Nem dava para ver. Muita neblina. Estava em um silent hill. Só que na altitude. E bota altitude. Caminhava...caminhava, e… opa! Estou vendo o topo. Estamos chegando. “Bora amor, falta pouco! É ali em cima” – Falava empolgado. Quando estou chegando lá em cima ouço um estrondo enorme. “Poutz… raio aqui em cima, que perigoso” – pensava. Mas apesar da chuva não dar trégua, não tinha nenhum raio. Penso mais um pouco e então percebo o que estava acontecendo e pergunto ao guia: “Renê! És un avalanche?”. “Si. Avalanche de rocas”. Puta merda. Fico olhando em direção a montanha Salkantay coberto pela neblina. O barulho permanece altíssimo. O guia segue de olho também. Mas não dava para ver nada. Em resumo… nada aconteceu. Mas e o cagaço? Lá em cima, fazemos um ritual para a Pacha Mama. Sensacional. Mas o frio judiava todos do grupo, principalmente os brasileiros tiozinhos aqui. Ou quer dizer… quase todos. A garota do Alaska estava de camisa. Calorzão né? Kkkk Após o ritual, continuamos a descer na chuva. Das 10h30 até as 14h00 descendo e descendo. A cada passo a bota firmava e o pé deslizava. Ótimo para criar bolhas, certo? Certo. Nos próximos dias elas vão conversar comigo mais do que deviam. Paramos as 14h00. Eu sem fome nenhuma. A Valéria comendo bem. Minha cabeça estourando. Mal de altitude total. Masquei mais algumas balas de coca mas nada adiantava. “Devemos estar perto do acampamento” – falo para a Valéria. Mas o guia logo tira minhas esperanças: Mais umas 4 horas caminhando e chegaremos. Meu Deus. Andávamos e andávamos… o pé e os joelhos pedindo socorro. E a paisagem ia mudando, sempre percorrendo ao lado de um rio. Após inúmeras descidas sem ver o fim, chegamos a uma ponte. Estávamos perto. Sorrimos, fazemos piadas, sobrevivemos a o pior dia. Logo chegamos e somos recebidos bem pelo grupo, que comemora os tiozinhos chegando. Tem chuveiro, tem que alugar por alguns soles. Pago sem dó. O problema que apesar da água quente, a janela é um buraco na parede que chovia dentro. Era uma mistura de água quente com fria na cabeça. Mas, água quente e banho! Lá tinha bebidas. Comprei uma coca zero. A coca zero mais feliz da minha vida. Até eu beber. Coca ruim da porra… olho a validade: vencida em novembro de 2024. (estamos em fevereiro de 2025). Mas… tomo. Vou fazer o quê? Comprei um Pringles também que foi devorado em segundos por mim e pela Valéria. Jantamos com o grupo e fomos dormir. O pior dia tinha passado. Estávamos felizes por ter conseguido. Agora sem chance de desistir mais. O mal da altitude passava: eram 2800 mts agora. Tudo mais fácil, inclusive a respiração e a dor de cabeça. Entramos nos nossos “Iglus” e...capotamos até o outro dia. Lá em cima - Salkantay Pass. 4629 mts de altura. Montanha Salkantay e seus avalanches escondidos. O grupo dos jovens nórdicos e os tiozinhos br's. Início da manhã - 05h30 com seu clima "agradável". Perto de chegar ao acampamento base do 2º dia. Paisagem modificada na descida. A felicidade da Valéria ao saber que estávamos chegando após 12h de caminhada. Acabado. Encharcado. Mas vivo (ou quase isso) no acampamento. Acampamento base do 2º dia.8 pontos
-
CONSIDERAÇÕES FINAIS Como num TCC, hahahauaha, quero fazer algumas considerações! Nós fizemos um rolê bem rápido pela Coreia do Sul, e só pela sua capital... mas quero comentar algumas coisas! Talvez controversas, mas vamos lá! Coreia do Sul – minhas impressões Vou começar pela Coreia pq posso estar sendo um pouco injusta com ela no meu coração, mas vou relatar o que senti. A gente tem, eu pelo menos tinha, uma ideia de que a Coreia do Sul era moderna... algo como o Japão pelo menos, e não foi assim... Vcs vão perceber que talvez minha percepção da Coreia do Sul tenha sido deveras afetada por tudo que vi e vivi na China, é a vida! Eu tb li e vi coisas ruins demais sobre a sociedade coreana antes de ir, machismo extremo (considerem a caralhada de país árabe e/ou muçulmano que já conheci), violência ABSURDA contra a mulher, competitividade exacerbada, devoção ao trabalho em detrimento de tudo, a maior taxa de suicídio do mundo... fatos bem ruins, uma sociedade deteriorada, e eu consegui ver isso tudo de certa forma e claro que não achei legal. A cidade de SEUL em si é ok, bonitinha em alguns cantos, interessante em outros... mas em nada se aproxima da modernidade que eu esperava. O sistema de transporte é ruim, decadente, burro e caro. Tudo parece obsoleto. A cidade em si achei bem cara, serviços ruins... Me contaram que a modernização da Coreia foi na década de 90 e parou por lá... o Japão tb parou em partes, e está lá em 2010, enquanto a China ainda progride a galope! Isso de modo geral, ninguém contesta os avanços específicos de determinados setores. E até aí tudo bem tb, o mundo não é obrigado a ser o que eu espero dele. O que me pegou (negativamente) foram as pessoas! Elas refletem tudo que eu li sobre as distorções da sociedade coreana. Aparentam um eterno mau humor, são carrancudas, tristes, rudes e impacientes. Tem uma relação doentia em larga escala com o álcool, dá pra ver isso na rua! Os eventuais sorrisos nunca atingem os olhos... eu vi um país triste. E sim, eu estava vindo de um lugar onde era tudo o contrário disso, foi impossível não comparar... Tem uma moça aqui do Brasil, a Midori, que é noiva (ou já casou) com um coreano, e ao mesmo tempo que faz conteúdo “cultural” sobre a Coreia e tem uma agencia de viagem que leva gente pra lá, joga a real sobre os problemas. Quem quiser visitar o canal dela, sugiro esse vídeo aqui pra entender o que to dizendo, mas tem muito mais: https://www.youtube.com/watch?v=_nCr7i5tcK8 É isso gente, quando conto minhas impressões pra dorameiras de plantão choco 10 de 10 ouvintes, mas elas sempre me dizem no fim que sabem que é essa merda toda mesmo. China – minhas impressões A gente tem, eu pelo menos tinha antes de estruturar essa trip, uma imagem da China da década de 80-90 na cabeça. De barbárie, sujeira, produtos de baixa qualidade (que de fato rolou por muito tempo)... uma imagem deturpada e “vendida pelo ocidente”! A China de hoje não podia ser/estar mais diferente! É muito doido entender como eles conseguem alterar padrões de comportamento e gerar desenvolvimento em tão pouco tempo! Mas se a gente for entrar nessa história, vamos ficar pra sempre aqui… Existem problemas, óbvio, ou estranhezas, que relatei ao longo do relato… mas é um país impressionante. Coisas aleatórias que chamaram minha atenção: eles não sentem calor, estão de blusa o tempo todo mesmo num calor horroroso, os ambientes são excessivamente quentes e as bebidas tb, pouca coisa gelada. Eles catarram no chão e fumam muito, os homens. Tb arrotam e peidam sem pudor kk, mas isso está mudando. Eles não suam como a gente, e isso é fato, não há desodorante pra comprar, e tb não fedem.... algumas pessoas tem cheiro de tempero. Não tem lixo em parte alguma, é tudo muito limpo, não há vandalismo. Eles são gentis e curiosos com a gente, olham bastante, e em algumas situações vem puxar papo. Consomem uma quantidade absurda de plástico, triste. Todo mundo usa tênis, eles são bem adeptos do look confort. Não usam muitos brincos, muitos adereços e muito poucos tem tatuagem. As pessoas parecem felizes, elas são... são sorridentes, dispostas... com as que conversei foi muito legal entender a percepção delas da própria China hoje e como se sentem bem! Tem kilos de idosos na rua, passeando, fazendo atividades físicas, conversando... eu tive vontade de envelhecer na China! Mas a China não é para diabéticos, haha (vou comentar sobre isso depois). Eu só queria dizer que recomendo demais a China, foi uma viagem catártica. Mas recomendo apenas aos que viajam de coração aberto pra ver o mundo como ele é. Aliás não só a China, mas muitos países da Ásia e da África. De coração aberto pq vc não pode/deve ir esperando o padrão, esperando que o mundo deve te fornecer exatamente o que vc espera dele... se vc quer seu café do mesmo jeito, o seu hotel sempre igual, as pessoas te tratando da mesma forma, ou se familiarizar com tudo... meu amig@, fique só na Europa... deixe o resto do mundo pra gente! BÔNUS TRACK PRA COMUNIDADE DIABÉTICA Pessoal, pra quem não sabe, eu sou diabética tipo 1, uso bomba de infusão e sensor de glicemia integrados num sistema automatizado chamado Android APS! Sim, eu sou um cyborg! Além dos remedinhos básicos que geralmente levamos em viagens, eu carrego um arsenal de insumos para meu tratamento! Sensores, canetas de insulinas, agulhas, seringas (pra emergências, não uso), cateter, aplicador de cateter, reservatórios e várias outras coisas que a bomba de infusão precisa! TUDO – SEMPRE – NA MALA DE MÃO. Eu não sobrevivo nem 24h sem essas coisas, de forma alguma permito o despacho. Tem diabéticos no mundo inteiro, mas o tipo de tratamento varia muito e vc pode não ter acesso ao que precisa em determinados lugares, por isso eu levo tudo o que preciso com uma boa folga! Tb levo um relatório médico em inglês indicando minha condição, meu tratamento e as coisas que não podem ser tiradas de mim em hipótese alguma. Meu médico é dramático, mete um risco de morte (que não é mentira) de ameaça, rs. Eu já vi relatos antigos de passageiros com problemas em aeroportos por conta da bomba de infusão, mas isso pq a própria pessoa foi intransigente e provocou o problema! Eu passo com ela debaixo da roupa onde ela já fica mesmo no detector de metal e boa, ela não apita, é super pequena e não tem metal exceto o da pilha! Ela não apita no detector de metal mas aparece em escâner corporal, e somente neste caso, uma única vez, eu expliquei à policial do que se tratava... em 2015, faz tempo. Na Holanda. Se vc não se sente a vontade com isso, pode pedir revista manual ao agente de segurança e tudo resolvido. As bombas de infusão estão se popularizando no mundo inteiro, então cada vez mais gente conhece. Só não diga “bomb” em nenhuma hipótese, HAHAUAHA, é pump! Nunca me pediram o relatório do médico, nunca sequer se importaram com aquele monte de agulhas e insumos na minha mochila, NUNCA! Mas se um dia acontecer, estarei com tudo certo! Outra coisa essencial que deve estar sempre à mão são fontes de carboidrato rápido, como saches de glicose ou mesmo saquinhos de açúcar! Sempre que dá eu compro os saches de glicose da Glinstan (15g de CHO cada um), ou aqueles esportivos que tem na decathlon (tem 20g de CHO cada sache). Quando a grana tá curta é saquinho de açúcar de restaurante mesmo, cada um tem 5g de CHO. ... Falando especificamente da China e da Coreia, eles não são países diabetic friendly. EU FIQUEI CHOCADA com isso. Na Coreia ainda há algumas opções de refrigerante zero açúcar pq diz a lenda que tá na moda nos doramas, mas na China não tem quase nada. É bizarro. Não há opções zero de nada simplesmente. Tudo já vem adoçado e com açúcar. Se vem sem açucar eles não tem adoçante pra usar, é açúcar ou nada, kk! Eu conversei com algumas pessoas diabéticas de lá (China) e eles simplesmente não tem acesso a nada de tratamento moderno, mais ou menos como aqui, mas aqui no Brasil já temos uma parcela boa da comunidade se virando com muita tecnologia (meu caso). Lá isso parece inexistir. COMASSIM? Tenho ideias em mente, mas são só suposições. Falo só da China aqui pq foi onde me esforcei pra saber mais, entrei em contato com empresas de tecnologia chinesa que atuam na Europa por exemplo, mas que não vendem os produtos internamente, não há muita aceitação! A China ainda se baseia demais na medicina tradicional, e em algum grau, ainda tem tabus com problemas de saúde. As pessoas não querem dizer que são portadoras de alguma doença crônica, eu sequer consegui fazer contato com diabéticos chineses, só brasileiros que moram há muito lá. Isso me deixou muito impressionada, a vida do DM1 por lá tb não é fácil... mas pensando numa viagem a turismo, isso não é um problema pra nós! Esteja preparado, viaje seguro, mas VIAJE! Até a próxima gente!8 pontos
-
12º DIA - 17/01/2025 - EL CHALTÉN (MIRADOR CERRO TORRE E MIRADOR EL CHALTÉN) Último dia completo em El Chaltén. Acordei às 07:00 e decidi tentar fazer a trilha da Laguna Torre, indo até onde conseguisse mesmo com meu pé meio ruim. Tomei um banho, me troquei e desci para tomar um café reforçado. No dia anterior, eu já havia passado na padaria Que Rika e comprado um lanche pronto para levar para alguma trilha, independente do que eu decidisse fazer, então já tava meio que preparado. A trilha da Laguna Torre fica na direção diferente do sendero Fitz Roy. Ela começa do lado oeste da cidade, no final da rua Huemules. Iniciei a trilha por volta das 08 da manhã e ainda estava bem vazia neste horário. Não há nenhuma guarita ou guardaparques realizando cobranças neste sendero, não sei se ainda pretendem construir, mas não há nenhum sinal disso por lá. O começo da trilha é de subida e em área aberta. El Chaltén vista do início da trilha da Laguna Torre Início da trilha Nessa trilha tem uma grande variedade de visuais. Antes do primeiro km, já é possível avistar a esquerda um grande canyon cortado pelo Rio Fitz Roy e perto dali há o mirador da Cascata Margarita. Essa cascata é bem pequena, parece mais um filete de água, até demorei um pouco para identifica-la em meio a paisagem kkkkkkkk mas o conjunto cênico por ali é bem bonito. O tempo estava um pouco melhor que o dia anterior. Continuei pela trilha e ela segue com subidas e descidas até perto do km 3, quando fica mais plana. Quando cheguei ao km 4 por volta das 09:20, que é onde há o mirador Cerro Torre, tem uma área com bancos para descanso e um mirador das montanhas. O Cerro Torre estava encoberto neste dia, ou seja, não consegui vê-lo. Eu fiquei ali por um tempo e decidi não continuar a trilha, parando por ali mesmo. Canyon visível no primeiro km As montanhas teimando em aparecer... Mais um alerta de Huemul! Pena que não vi nenhum... O meu pé esquerdo, principalmente o calcanhar, estava bem incômodo e eu estava sozinho fazendo a trilha desta vez, então, fiquei com receio de ir mais longe e acabar dando ruim. Decidi voltar dali mesmo. Viajar é isso gente, nem sempre conseguimos fazer 100% de tudo que foi planejado e está tudo certo. Eu estava bem satisfeito com o que havia vivido em Chaltén e não fiquei frustrado por não conseguir concluir a Laguna Torre. Acontece. Demorei cerca de 1 hora para retornar os 4 km que havia percorrido e por volta das 10:30 já estava na entrada da trilha novamente. A essa hora, a fome já havia batido e fui até o hostel para comer aquele lanche que eu havia comprado para a trilha. Como era meu último dia em Chaltén, passei também nas lojas de lembrancinhas para comprar um chaveiro da cidade e algum souvernir que simbolizasse o Fitz Roy. Depois do almoço, decidi ir ao Mirador de El Chaltén que fica às margens da ruta 23. Pouco antes de chegar na cidade, tem um mirador a direita da rodovia que é de onde saem aquelas fotos icônicas com a estrada e o Fitz Roy ao fundo. Como era uma caminhada bem leve até lá, decidi ir. Saindo da cidade, demora cerca de 30 minutos para chegar ao mirador, sempre indo pelo acostamento da rodovia. Como já falei, o Fitz Roy estava encoberto, o que não impediu que a visão de lá fosse belíssima. Ventava muuuuuuuuuuuuito e fiquei ali por uns 40 minutos, com alguns carros chegando e saindo em certos momentos para turistas descerem e fazerem seus cliques. Como o vento não cessava (e só piorava), resolvi voltar. Passei da rodoviária para imprimir a minha passagem de volta para El Calafate, que seria no dia seguinte. Vista do Mirador El Chaltén Ruta 23! O resto do dia foi destinado a arrumar minhas coisas para ir embora e dar as voltas finais pela cidade. A noite, fui num restaurante chamado La Wafleria para jantar e pedir um waffle de mussarela, que estava bem gostoso. De lá, passei na sorveteria Domo Blanco e tomei o último sorvete de El Chaltén 😪 Eu gostei muito de El Chaltén! Me proporcionou o momento mais desafiador da viagem ao passo que trouxe também os momentos de descanso que eu precisava. Eu gosto de sossego, e mesmo com seus milhares de visitantes em busca das montanhas, El Chaltén ainda oferece esse sossego de cidade pequena que não vemos em outros lugares. Depois da janta fiquei enrolando no hostel até dar sono, pois o dia seguinte seria o último na Patagônia. A viagem estava chegando ao fim. 😭8 pontos
-
10º DIA - 15/01/2025 - EL CHALTÉN (CHORRILLO DEL SALTO) Depois da realização da Laguna de Los Tres no dia anterior, eu precisava ter um dia mais sossegado no roteiro. Eu estava desde Ushuaia caminhando mais de 10 km por dia - embora não fizesse trilhas em todos os dias, as caminhadas urbanas sempre resultavam em grandes distâncias no final, e o Fitz Roy foi o ápice, com 27 km percorridos. Meu corpo pedia um descanso, e assim o fiz. Neste dia, me permiti acordar depois das 9 da manhã e praticamente fui um dos últimos hóspedes do hostel a tomar café da manhã (terminava às 10). Tomei um banho quente e fiquei mais um tempo deitado na cama no hostel, pois meus pés doiam, principalmente na região do calcanhar. Quando chegou a hora do almoço, por volta do 12:30, resolvi sair para procurar um lugar para almoçar e dar uma volta pelas lojas de souvernirs da Av. San Martin. Antes, passei no centro de informações turísticas e pedi para a moça carimbar minha caderneta com o carimbo de El Chaltén. Carimbo de El Chaltén Parei para almoçar no Mafia Trattoria, um restaurante de massas bem tradicional em Chaltén. Pedi um talharim a bolognesa com refri, que estava bem gostoso. O restaurante é familiar e o atendimento é bem bom, gostei bastante. Aqui vale citar que os restaurantes de El Chaltén começam a servir o almoço somente depois das 12:30. Antes disso, só o café da manhã. As lojas também seu ritmo de funcionamento: abrem das 09 às 13hrs, fecham, e depois reabrem às 15hrs e ficam até às 21hrs. Me pareceu que é uma prática comum na Argentina como um todo. Eu sabia que precisava descansar, mas não queria ficar parado. Mandei mensagem para o Gabriel para saber como eles estavam e perguntei se não queriam fazer a trilha do Chorrillo del Salto, que é uma caminhada bem curtinha e sem nenhuma dificuldade técnica. Eles toparam e combinamos de nos encontrar depois de meia hora na entrada da trilha. A trilha do Chorrillo del Salto começa no final da Av. San Martin. Parte dela segue pela ruta 23, caminhando às margens do Rio de Las Vueltas. Depois, ela adentra no bosque e segue por ele, sempre plana, até cruzar a ruta 23 novamente e chegar em um estacionamento. Dali, são pouco minutos até chegar ao Chorrillo del Salto. Levamos cerca de 40 minutos para fazer a trilha e o trajeto possui pouco mais de 3 km. Foi a trilha de El Chaltén onde mais vi idosos e crianças, devido à sua dificuldade baixa e fácil acessibilidade. Caminho para o Chorrillo, sempre acompanhando o Rio de Las Vueltas Trilha para o Chorrillo Parte mais aberta da trilha O Chorrillo del Salto é uma cachoeira bonita, bem grandinha até. Ali tem um espaço bem legal com pedras e terra batida em que dá para fazer piquenique ou ficar com a família. É bem gostoso. Depois de uma trilha pesada, é o passeio ideal para relaxar. Neste dia, o Fitz Roy ficou encoberto quase o dia todo, mas o tempo estava bom, com sol entre nuvens. Enquanto estavámos no Chorrillo, o sol brilhou forte e foi bem gostoso ficar no quentinho depois de vários dias passando frio e vento kkkkkkkk Nos acomodamos em algumas pedras que havia ao lado da cachoeira e ficamos lá por quase duas horas. Fizemos nosso lanche e ficamos jogando papo fora, ainda sem acreditar como tínhamos conseguido chegar na Laguna de Los Tres no dia anterior. É realmente algo fora de série. Por volta das 16hrs, resolvemos voltar para El Chaltén. Chegando ao Chorrillo Chorrillo del Salto. Cachoeira bem gostosinha! O retorno foi tão tranquilo quanto a ida, e o restante do dia foi dedicado a relaxar. Ao chegar no hostel, entrei em contato com a empresa Frontera Sur para contratar um transfer para me levar ao Lago del Desierto/Glaciar Huemul no dia seguinte. Prontamente fui atendido via whatsapp e me confirmaram que havia vagas para o dia seguinte. Assim, contratei o transfer para o dia seguinte às 09:30 da manhã. A noite fui no Butch Bar de Carnes, local em que comi a melhor carne da viagem. Se vocês forem a El Chaltén, precisam ir nesse restaurante, sem brincadeira! O atendimento é excelente e a comida é de primeira. Foi a melhor refeição que fiz em toda a viagem, tanto que voltei neste restaurante em outro dia. Super recomendo. Depois do dia todo escondido, o Fitz Roy começou a sair das nuvens por volta das 20:30. Às 20:30, o Fitz Roy deu as caras! Depois da janta, fiquei um tempo enrolando na sala do hostel esperando o sono chegar e assim foi esse dia. Tranquilo, sossegado, gostoso. O dia seguinte seria na mesma vibe com uma das trilhas que mais gostei de fazer em El Chaltén: o Glaciar Huemul.8 pontos
-
Mais algumas informações gerais antes do relato propriamente dito. A agua da torneira é potável, nao tivemos gasto com água. É difícil secar roupa. As estradas são a grande maioria de pista simples e sem acostamento. As distâncias são curtas mas a viagem é sempre longa(mais longa do que o Google maps mostra) por isso. Há muitos caminhões nas estradas, e elas passam dentro das cidadezinhas. Peguei pedágio só na estrada entre Puntarenas e San José, nos valores de 450 a 850 colones. Pode pagar com cartão por aproximação. Capa de chuva é indispensável. Levei repelente seguindo as dicas que li, mas nao usei nenhuma vez. Qyem ta acostumado com mato nao vai ter necessidade rs. Nossas hospedagens foram reservadas pelo booking (2) e airbnb (5), todas com cozinha, o que nos permitiu cozinhar praticamente todos os dias. Todas as acomodações eram bem equipadas, com micro-ondas, sanduicheira, cafeteira, até liquidificador. A maioria delas tinha café local, açúcar, sal e óleo, o que facilita muito. A tomada da Costa Rica é diferente da nossa, e apenas 1 acomodação tinha adaptador. 8/1 - Chegamos por volta de 20h no aeroporto de San José, que na verdade fica na cidade de Alajuela. Imigração bem tranquila, pediram o comprovante da vacina de febre amarela (também pediram no check in no Brasil, na verdade fizemos check in pela Internet 24 horas antes mas ficou como pendente, tendo que apresentar o comprovante no guichê ou no embarque). De lá pegamos uma Van que nos levou para a oficina da locadora de carro, pegamos o carro e fomos para nossa hospedagem, um AirBnb em Alajuela. Deixamos as coisas e fomos comer e comprar alguma coisa pro café da manhã do dia seguinte, bem perto do airbnb tinha um comércio estilo americano, não sei nem como chamar, que é como um shopping aberto, com lugares pra comer e mercados. Comemos no Taco Bell , opção com bom preço no país, cada taco cerca de 900 colones. Fomos ao mercado ali, mas era estilo Pão de Açúcar, super caro. Compramos só uns croissants e fomos comer em casa. 9/1 - A ideia era acordar cedo e ir para as Blue Falls, cachoeiras de cor azul em Bajos del Toro, a cerca de 1h30min dali. Mas o primeiro dia sempre é embaçado, tem coisas pra resolver e assim foi com a gente. Não tínhamos levado adaptador então fomos num mercadinho próximo e compramos carregadores de celular com a tomada deles( sairia mais barato q o adaptador, e mais fácil de encontrar). A minha host me deu um chip de Internet (custa cerca de 5 dolares) e fui colocar carga, mas precisei me cadastrar, e falar por telefone com um atendente. Coloquei 5000 colones de recarga e já adianto que não deu pra nada. Daí resolvemos passar no Walmart, fizemos uma primeira compra decente, macarrão, pão, atum, maionese, leite, tortillas, refrigerante, salgadinho, bolacha, cerveja, croissant (eles chamam de cangrejo), uns pães doces, natilla (viciei, como se fosse uma nata salgada mais cremosa) e queijo branco. No Walmart tinha restaurante e comemos o primeiro casado da viagem por cerca de 4000 col. Daí pegamos a estrada, passamos pela cidade de Sarchí, que tem uma tradição de pintura em carroças de madeira, visitamos uma fábrica artesanal. Dali em diante chuva forte, neblina. Chegamos a entrada da cachoeira com muita chuva. As blue falls fazem um pacote com a catarata del toro, mas com a chuva que estava a pessoa nos informou que as cachoeiras não estavam azuis e com muito volume de água. Isso já era umas 15h. Então resolvemos visitar apenas a Catarata del Toro. Eles fornecem guarda chuva. Entrada 15 dólares. A Catarata del Toro tem 90 metros de altura e cai dentro da cratera de um vulcão extinto. A trilha é linda, boa parte feita em degraus. O volume de água estava absurdo, foi coisa linda demais de se ver. De lá fomos para nossa hospedagem , uma cabana de madeira em Bajos del Toro, reservada pelo airbnb. Jantamos tortillas con queijo e natilla, tomamos a primeira Imperial da viagem e fomos dormir com chuva e frio.8 pontos
-
XIAN (Xi’an – se pronuncia xian mesmo, com o an anasalado) 8 de outubro de 2024 – terça Chegamos em Xian cerca de 19h, e eu tb já tinha pesquisado antes como chegar até o hotel então foi bem sussa! Eu acho que esqueci de dizer, mas todo o sistema de transporte da China funciona com o alipay. Na aba “viagem” vc seleciona metrô, ele gera um QR Code que vc lê quando entra e quando sai da estação e pronto, é cobrado no cartão vinculado a sua conta no Ali. Funciona em todas as cidades, é só mudar a cidade quando chega em uma nova! Que sucesso! Mas enfim, em Xian ficamos hospedados no Holiday Inn Express Xi'an Bell Tower, com ótima localização! Pagamos 788 reais em 3 diárias, achei bem justo, o hotel era bem legal. O café da manhã era mais oriental ainda, com várias comidas que comemos em almoço/janta haha, mas o bao mais perfeito tinha ficado em Pequim. Mas ainda não é hora de descansar. Chegamos em Xian já com as luzes ofuscantes e piscantes nos encantando! Deixamos as coisas no hotel e já fomos reconhecer a vizinhança, que era o miolo do centro de Xian, rs! Bell Tower, sempre com muitas luzes! Essa cidade tem uma importância histórica gigantesca! Foi capital da China em algumas dinastias, é onde começava/terminava a rota da seda e hoje está no mapa do mundo pela descoberta relativamente recente dos guerreiros Terracota, dos quais vou falar melhor depois. A cidade tem uma forte influência islâmica, que se reflete na sua culinária única! Batemos perna pelo “quarteirão muçulmano” e redondezas e é impossível escrever os tipos de comida que vimos, que envolvia frutos do mar de toda sorte e todas as víceras que existem dentro de todos os mamíferos da terra HAHAUAHA. Nos mercados, deos, que que eram os snacks... isso tem em toda China mas resolvi enfatizar neste momento... tem várias partes obscuras de bichos embaladas pra vc levar de lanchinho. (tem vídeos no instagram que ilustram melhor haha). Como Xian é uma cidade muito histórica, milhares de meninas principalmente, mas tb vimos casais, se vestem como antigamente para fotos profissionais, parece que a gente tá num baile a fantasia! No dia que cheguei achei que era algum evento, depois vi que todo dia era aquilo, rs! Eu lembro que neste dia o Gui comeu alguns espetinhos de coisas duvidosas e apimentadas, eu sinceramente não lembro o que comi. Essas comidas de rua não eram caras, mas tb não eram baratíssimas! Eu fui só no vinho, rs! Aliás, a China tem excelentes vinhos nacionais! Muito cansados, mas muito mesmo, haha, fomos pra casa tomar banho e dormir! 9 de outubro de 2024 – quarta Acordamos com alguma folga, tomamos um longo café da manhã hahaha, e fomos rolezar por cima das muralhas da cidade antiga de Xian (108 yuans para 2 pessoas), mas de bike (90 yuans para 3h, duas pessoas)! Se vc quiser dar a volta nas muralhas aconselho fortemente a fazer isso de bike pq são cerca de 15km de muros. A pé seria bem ruim pq além de estar bem quente, a paisagem fica monótona. Foram muitas construções históricas, muitas pessoas gravando vídeos pro tiktok e muitos ensaios fotográficos, especialmente pré-weeding! Passamos a manhã toda nesse rolê! De bike pelas muralhas da cidade antiga! Muitos ensaios fotográficos! Saímos dali e nos “perdemos” em galerias e shoppings, fizemos massagem hahaha e almoçamos em algum lugar desses e depois seguimos pro “Small Wild Goose Pagoda”, mas um lugar histórico de Xian! Este é um dos dois bem importantes que tem na cidade, construído por volta do ano 707 sobreviveu a terremotos e ao tempo! Fica num tipo de parque, é gratuito e muito lindo! Ficamos o resto da tarde toda por lá! O parque é incrível, uma paz!!! Árvores de 1300 anos, paisagismo sensacional, que lugar agradável gentes! Pelas infinitas galerias!! Sim China, te amooo! Small Wild Goose Pagoda! Parque incrível! Arvores milenares escoradas, muita história e paz! Neste dia provavelmente jantamos cup noodles em casa ahahauaha e nos dedicamos a lavar roupas na lavanderia do hotel! 10 de outubro de 2024 – quinta Dia de conhecer o que todo mundo vem ver em Xian, o Exército Terracota! Estes carinhas (na verdade são esculturas de vários tipos de carinhas) foram descobertos por um fazendeiro local na década de 70... eles são peças de arte funerária que guardavam o mausoléu do Imperador Qin, o primeiro imperador da China! Esses carinhas são de mais de 200 anos antes de Cristo. Tem muuuita história sobre esse lugar, mas uma coisa bem interessante é que diz a lenda que o imperador Qin enterrou os trabalhadores que construíram seu mausoléu junto com ele (tal como faziam os egípcios) mas a intenção era que ninguém contasse sobre este lugar! Deu certo demais né, só foi descoberto 2000 anos depois! Para ir até o local de visita é só pegar um ônibus que chegue até lá (são vários, custa 5 yuans por pessoa - atenção aos piratas). Recomendo fazer esse rolê o mais cedo possível pq depois de uma certa hora fica meio inviável! Ao chegar, mesmo cedo, vc vai ver multidões e muitas filas. A gente ficou com cara de interrogação e um senhor nos abordou, com crachá de guia, e nos ofereceu ajuda para comprar os ingressos e guiar lá dentro. A princípio a gente não queria guia, e eu disse pra ele que o Gui não entendia bem inglês então que não íamos querer, aí uma senhora que estava junto com ele se ofereceu pra nos guiar em espanhol e acabamos topando. A entrada para o local custou 240 yuans e o serviço de guia custou 300 yuans. Foi meio salgado mas no fim achamos que valeu a pena! Ela realmente nos ajudou a comprar os tickets pelo wechat e desta forma não pegamos essa fila... nos colocou pra dentro muito rápido e explicou muita coisa que eu não tinha tido paciência/tempo de estudar. Depois de entrar vc pode ir a pé até o local onde estão as estátuas, por meio de trilhas/caminhos num parque, ou pegar um ônibus (10 yuans). Optamos pelo ônibus pq estava bem quente e pq queríamos chegar lá o quanto antes! São 3 “barracões” com estátuas... a guia ia nos conduzindo por eles e explicando sobre cada tipo de estátua, os cavalos, os arqueiros, os guerreiros, os generais... o rosto de cada um é diferente... a roupa tb varia conforme a classe, é sensacional. Ela nos contou que assim que começaram a desenterrar os primeiros cavaleiros eles tinham as cores vívidas das roupas ainda preservadas, mas o contato com o oxigênio do ar oxidou as cores e 2h depois estavam todos sem cor. Desta forma, boa parte dos guerreiros nos galpões 2 e 3 ainda estão “embaixo da terra”, aguardando o desenvolvimento de tecnologias que permitam tirar eles dali sem perder as cores. Estátuas terracota e as manas Denise e Monique que conhecemos no voo de ida! Elas fizeram um trip bem diferente da nossa e incrível igual! Eles têm réplicas dos guerreiros com as cores originais, é bem incrível! A guia tb conta sobre a formação da China e sobre o primeiro imperador, foi bem legal! Foto em cenário com réplicas! Turistei siiiim! Na saída tem milhões haha de lojinhas e restaurantes, mas naquele precinho pra turista né! Nós voltamos pra cidade e comemos por lá, num shopping qualquer! Aquele almoço raiz (duas horas pra decifrar o cardápio) e treinem perna pra fazer xixi mulherada HAHAUAHAU A tarde fomos visitar a Giant Wild Goose Pagoda, esta custava 30 yuans por pessoa. É da mesma época que o “small” visitado no dia anterior. Ficamos um bom tempo lá, e depois voltamos pras redondezas de casa passear por ali uma última vez, pois no dia seguinte partiríamos pra cidade mais maluca que visitamos na China! Giant Wild Goose Pagoda (CONTINUA)8 pontos
-
CANYON E VALLE DEL COLCA e PUNO 22 DE MAIO – QUINTA (Canyon/Vale del Colca – dia 1) Acordamos bem cedo (acho que vcs já enjoaram dessa fala não, haha) e nos preparamos pra sair, nosso guia passou no horário combinado e nos dirigimos a van que estava estacionada a duas quadras do nosso hotel. Daí aconteceu um acidente intestinal com meu marido HAHAUAHAUAHA... na altura que passávamos pela plaza de armas, bem na frente do restaurante que tínhamos jantado no dia anterior, ele simplesmente correu pra dentro, kkkkkk... no whatsapp uns minutos depois me disse “vai pra van, já te encontro” hahauaha... Eu falei pro guia esperar uns minutos já lá na van onde só faltava o Gui, informando que ele estava com indisposição estomacal... ele concordou. Dali mais uns minutos o Gui apareceu com outra roupa HAHAUAHAUAHA (sorte que estava com a mochila completa, com todas as nossas coisas) e seguimos, kkkkkkkk... vou poupar vcs (e ele) de detalhes maiores. Portanto, a diarreia do Gui veio ainda no Peru, falo mais sobre isso quando chegar a minha hahauaha! A van do dia anterior tinha sido desconfortável... eu sei lá se é pq eles (peruanos) são pequenos, mas eu e Gui simplesmente não cabíamos direito nos assentos, e olha que não somos imensos. A de hoje era igual, eu disse pro guia que tb estava enjoada, que não queria ir lá no fundão (como fomos os últimos, os lugares eram os piores again) e acabei indo na frente com o motora, o Gui sozinho lá no fundo ficou mais confortável. No caminho, o guia, excelente, nos deu muitas informações sobre muitas coisas. Fauna, flora, geologia, cultura, história... foi um dia de muito aprendizado. Ele falou bastante dos vulcões, contou histórias, falou dos guanacos e vicunhas – espécies de camelideos selvagens – e tb de lhamas e alpacas (as espécies domesticadas), e pudemos ver todos eles... enfim, eu gostei demais! Eu não vou discursar aqui sobre estas espécies pq não sei se interessa a alguém. Se vc estiver lendo e te interessar comenta aqui que eu falo, haha! Guanacos, lhamas, alpacas! Nossa primeira parada além das pra ver bichos foi em Patawasi, que é um povoado onde vc vê umas formações rochosas interessantes e tb pode comprar coisinhas e chás de munha/coca entre outros. Paradinha em Patawasi Depois seguimos pra uma parada que era muito esperada por mim, o Mirador de Los Andes, de onde se avista uma porrada de vulcões, inclusive um em erupção (o Sabancaya). Esse mirante fica a quase 5000msnm, é o ponto mais alto do rolê. Eu amei muito, a gente ficou uns 20 minutos por lá! Olha o Sabancaya com fumarola! Depois de subir a quase 5000msnm a gente começa a descer o Vale do Colca até Chivay, que é a maior cidade da região (8 mil pessoas), situando-se em 3800msnm. Fizemos mais paradas em pequenos miradores para contemplar os terraços de cultivo pré-incas e o fabuloso vale, bonito demais! Valle del Colca e Chivay Almoçamos no restaurante que estava incluso no tour, bem gostoso... e demos um tempinho brincando com um cachorro fofíssimo que veio pular em mim, rs. A tarde estava prevista uma visita opcional a uma termas, e os que optaram por ir, escolheram ir direto após o almoço. Quem resolveu não ir foi levado ao hotel de escolha. Nós, obviamente, fomos pras termas! Visitamos os banhos termais de Chacapi, que fica no povoado ao lado, de Yanque. Ainda tinha coisa sendo construída ou reformada, mas foi delícia! Dava pra ver os locais de onde a água brotava do chão, fervendo, e eram direcionadas a diferentes piscinas com diferentes temperaturas. Dava até um pouco de medo, rs. E tudo isso emoldurado pelo Rio Colca. Ficamos bastante tempo numa piscina beeeem quentinha, haha, pq estava sem ninguém. Um tempo mais dentro d’água, um tempo mais fora... mas ficamos lá até as 16h, quando já estava realmente frio de doer fora da água! Mas valeu demais. Termas! Voltamos de lá e fomos deixados no hotel Pandora, incluso no rolê tb, que era uma graça e foi uma grata surpresa. As proprietárias muito queridas, cama super confortável e banho quente, oh glória! A noite fomos jantar na cidadezinha e andar por suas ruas centrais... bem pequena mas fofinha, gostei de Chivay. Chivay! 23 DE MAIO – SEXTA (Canyon/Vale del Colca – dia 2 >> PUNO) Nosso guia buscou a gente as 6h da manhã rs, tomamos café rapidinho e partimos! A primeira parada foi no mesmo povoado do dia anterior, Yanque. Uma parada “artificial" haha, pra comprar bugiganga. Era muito cedo, tava um frio da porra, e tinha umas moças com roupas típicas fazendo apresentações de dança na pracinha, deu um pouco de dó. Povoado de Yanque! Na sequencia paramos no povoado de Maca, mesmo esquema do anterior, mas com mais coisas... e aí já era mais de 8h da manhã, me senti a vontade pra provar o Colca Souer, hahahauaha, um drink (sim, com alcool) feito com Pisco, clara de ovo e uma fruta de cactos típica da região (que parece uma pitaia, só que muito azeda, gosto de kiwi). Povoado de Maca e Colca Souer Mas vamos ao que interessa, o Canyon del Colca de fato e os fabulosos condores. O guia deu mais um show de informações, falando muito sobre os condores (que não são as maiores aves voadoras do mundo inclusive) e o Canyon... que sim, é o mais profundo do mundo (4160m, o Grand Canyon é cerca de um terço disso), mas não o maior, claro. Falou dos vários tipos de métricas usadas pra classificar os diferentes cânions, foi muito legal. Novamente, não sou capaz nem acho interessante reproduzir tudo que aprendi neste dia... o canyon é maravilhoso, andamos mais de 1h por seus caminhos e avistamos muito condores em voos magníficos! Poupar vcs de mil fotos e vídeos, mas foi legal demais! Canyon del Colca! Tiramos fotos bem turistões com pessoas fantasiadas de condor e as galera do meu insta acharam que era de verdade... eu nem me esforcei deos, kk Voltamos então pra Chivay e fomos almoçar num outro restaurante buffet no mesmo esquema do dia anterior, mas menos bom na minha opinião. Não tava ruim, mas não tinha trucha, kk. De lá, nosso grupo ia voltar pra Arequipa, mas nós fomos transferidos pra um ônibus pra seguir a Puno. O ônibus era super confortável mas mais uma vez a viagem foi sofridinha devido à qualidade do asfalto. Como era um rolê turístico, não uma simples transferência, tivemos novamente 3 paradas. Uma em Patawasi, uma no Mirador de los Andes (ambas já tínhamos “conhecido” no dia anterior) e uma nova: Mirador Lagunillas. O guia explicou que era uma laguna como o Titicaca, mas bem menor... embora muito mais alta. Enquanto o Titicaca ficava a 3800msnm, estas ficavam a 4444msnm. A parada tb foi muito interessante. Elas eram bem maiores do que eu esperava, tava um frio absurdo... e enquanto contemplávamos a beleza do lugar começou a nevar! Foi MUITO INCRÍVEL. Lagunillas e neve! Chegamos em Puno já era de noitinha, fomos direto ao hotel, que foi 1000 de 10 tb. Deixamos as mochilas e saímos pra fazer 3 coisas, rs! Conhecer o que fosse possível da cidade, comprar passagens pra Copacabana, na Bolívia, e comer! Fomos a pé ao terminal rodoviário (levou quase 30 min) e compramos as passagens (custou 30 soles cada, Trans Titicaca) para as 7h da manhã do dia seguinte (só tinha horário as 6h e as 7h, rs). Aí a gente tava exausto, paramos um tuktuk (sim, tinha!) e ele nos levou de volta ao centro por 4 soles. GLÓRIA. Puno. Andamos por pracinhas e um boulevard onde só tem pedestres, gostei da vibe da cidade... talvez ficaria um dia se fosse possível... mas não mais que isso. Lá tem os passeios às ilhas flutuantes, mas não consegui encaixar e vi/li umas coisas que não me fizeram me esforçar pra ficar, rs. Então comemos umas empanadas e voltamos pro hotel descansar, o dia seguinte tinha fronteira terrestre! CONTINUA.7 pontos
-
Olá para todos, estive no PN Torres del Paine fazendo o circuito W de Leste para Oeste durante 5 dias entre 29/11 e 3/12/2024. Deu trabalho conciliar o meu período de férias com as datas de disponibilidade dos campings e os voos com preços bons. Fiz isto com 4 meses de antecedência e quase não consegui fechar. Usei o site https://torreshike.com escalonar as datas dos campings, ter uma idéia geral das distâncias e do esforço em cada trecho. Em seguida fui nos sites das operadoras https://lastorres.com/ e https://www.vertice.travel/pt/ para fazer as reservas. Ao mesmo tempo, fui fazendo cruzamentos dos voos mais baratos com a disponibilidade dos campings usando o Google Flights. Foram algumas semanas tentando até que um dia coincidiu de ter campings disponíveis com preços aceitáveis de passagens. Então, por conta da logística em Puerto Natales, escolhi voos de ida e de volta que fossem até 2 dias de diferença das datas de início e fim da trilha. Os trechos terrestres e o catamarã possuem saídas diárias na temporada normal. Eu anotei os horários e só fechei mesmo uma semana antes, quando estava bem próximo. Meu roteiro aéreo / terrestre / aquático ficou assim: 27/11 Voo Salvador - Buenos Aires - El Calafate 28/11 Shuttle Transfer El Calafate (aeroporto) - El Calafate (rodoviária) 28/11 Bus El Calafate - Puerto Natales 29/11 Bus Puerto Natales - Torres del Paine 29/11 Shuttle Amarga - Bienvenido 3/12 Catamarã Paine Grande - Pudeto 3/12 Bus Pudeto - Puerto Natales 4/12 Bus Puerto Natales - Punta Arenas 4/12 Voo - Punta Arenas - Santiago de Chile - Guarulhos - Salvador Meu roteiro no PN Torres del Paine foi assim: Dia 1: Chegada ao Camping Central Norte e visita à base das Torres del Paine Distância total: aproximadamente 22 km (ida e volta) Tempo de caminhada: cerca de 9 horas (ida e volta) Dia 2: Camping Central Norte até Los Cuernos Distância: aproximadamente 13 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Dia 3: Los Cuernos até Paine Grande via Vale Francês e Mirador Britânico Distância: aproximadamente 30 km Tempo de caminhada: cerca de 12 horas Dia 4: Paine Grande até Guarderia Grey Distância: aproximadamente 11 km Tempo de caminhada: cerca de 4 horas Dia 5: Guarderia Grey até Mirador, Mirador até Paine Grande e saída do parque Distância: aproximadamente 14 km Tempo de caminhada: cerca de 5 horas Terminei fazendo a trilha auto guiada, levando toda a minha comida, com todo o material de camping. Quando cheguei em Puerto Natales, aluguei barraca, saco de dormir, isolante térmico, bastões de caminhada. O material que eu usei está aqui https://lighterpack.com/r/jzru86 e resultou em um peso base de aproximadamente 10kg mais aproximadamente 3kg de comida. Me considero bem preparado. Faço trilhas regularmente aqui na minha região, treino toda semana corrida, academia, pilates. Considerei a trilha de média para pesada, principalmente no terceiro dia em que andei cerca de 30km e nos trechos em que carreguei a mochila completa. Eu montei meu cardápio com ajuda do Chatgpt. Eu passei para ele o meu roteiro dia-a-dia detalhado, fui fornecendo meus dados como peso, altura, nível de condicionamento e ele foi calculando quantas calorias diárias eu deveria gastar. Bom, eu já tinha alguma noção de como funciona este cálculo de calorias, então usei o Chatgpt como ponto de partida, mas a decisão final do cardápio foi minha. Adotei barras de proteína super calóricas de 70g, isotônico em pó, gel carboidrato, sachês com whey protein. Também usei todo tipo de amêndoas, frutas secas, aveia em flocos, barras de chocolate amargo, cappuccino em pó, sopa em pó, atum, proteína de soja para compor o cardápio. Os trechos em que fui somente com mochila de ataque foram: Camping Central a base das Torres, Mirador Francês e Britânico, Guarderia Grey ao Mirador Grey do último dia. O resto tudo foi com mochila completa. Consegui fazer bem, com bastões de caminhada, 3 camadas de roupa, luvas, gorro e bandana (cobrindo o pescoço/rosto). Com o tempo, eu percebi que não precisava carregar o botijão de gás para ter água quente. Abandonei ele em Los Cuernos. Nos campings você pode conseguir água quente em alguns dispensers. Ou então você pode encontrar um botijão que alguém deixou pra trás na cozinha compartilhada. Um power bank também pode ser desnecessário, desde que você consiga se programar para carregar seu eletrônico quando estiver em um dos campings. Quando aluguei o material, fui alertado para manter os meus bastões de caminhada sempre comigo, pois eles somem com facilidade no parque. Eu cheguei a deixar minha mochila completa algumas vezes e não tive problema de sumir coisa. No camping Cuernos, em que você usa uma plataforma de madeira, eu precisei solicitar que os funcionários me ajudassem com a barraca, pois os decks de madeira estavam cheios de pontas com pregos ou parafusos que poderiam rasgar o piso da minha barraca, mesmo com o footprint. Pedi ajuda a eles mais de uma vez para remover estes parafusos e instalar outros para que eu pudesse montar a minha barraca mais esticada, já que nesse dia deu uma chuva. No camping Paine Grande, eu senti falta de uma área abrigada do vento. O pessoal termina usando a cozinha e refeitório como área abrigada pra tudo! Talvez eu ponderasse melhor a questão de levar as comidas. Os campings Grey e Paine Grande têm mercadinhos que têm de tudo e eu terminei comprando uma latinha de atum para complementar meu jantar. Você pode comprar uma comida pronta. Sai bem mais caro, mas você pode considerar, se não quiser levar muito peso. Outra coisa seria escolher algum trecho para usar uma barraca montada, faria sentido caso fosse necessário deixar o camping mais cedo, para cumprir uma agenda mais apertada. Foi uma realização muito grande fazer este trekking. Esta foi por muito tempo a trilha dos sonhos! Eu tinha um roteiro inicial que foi se encaixando até dar tudo certo. É um lugar muito bonito, que vale à pena ir com calma, aproveitando cada trecho da trilha, parando para contemplar a beleza do lugar. Quem tiver a oportunidade de fazer pelo menos a trilha até a base das Torres, pode confiar que vai ser uma uma experiência completa, uma visão difícil de esquecer. Contornar os lagos azul esverdeados também é de tirar o fôlego. Eu terminei vendo que se tornou um lugar muito procurado, por tudo que é tipo de viajante, desde o trilheiro raiz, que leva os legumes pra fazer comida de verdade, até aqueles que querem mais conforto e dormir em uma cama com conforto. Eu tendo mais pro lado raiz e foi mais cansativo. Ainda assim, pude aproveitar bem e penso em fazer outros trekkings na região, como o Cirucito O, El Chaltén. Bom, isto é tudo. Agradeço muito pelos relatos de vocês, muita coisa serviu para que eu conseguisse montar o roteiro. Então pensei em mandar minha experiência como uma forma de contribuir e manter o espírito de compartilhar toda informação para ajudar a quem está se preparando.7 pontos
-
Decidi escrever esse relato dois meses após minha chegada da terra portenha. A cidade dos vinhos e doce de leite realmente mexeu com o meu coração. Ainda tenho suspiros de saudade e risos bobos quando penso em tudo que vivi nos oito dias que passei na capital argentina e irei compartilhar para vocês tudo que encontrei (e valores que paguei) durante um pouco mais de uma semana em Buenos Aires (BA). Antes de tudo, é importante você saber que minha estadia em BA foi parte do itinerário de viagem de “lua de mel” que estava fazendo com meu marido. Essa viagem incluía o roteiro de: SALVADOR - RIO DE JANEIRO - BUENOS AIRES - SÃO PAULO - SALVADOR. Pretendo fazer um relato da estadia e valores das outras cidades mais a frente. Agora que você já entendeu a atmosfera, vamos dar play nessa aventura. 08/10/2024 - Do Rio de Janeiro a Buenos Aires Compramos um voo que saia do aeroporto do galeão no Rio de Janeiro com destino ao aeroporto Jorge Newbery, conhecido também como aeroparque, em Buenos Aires. Vale ressaltar que a capital dos nossos hermanos possui dois aeroportos, o Ezeiza e o Jorge Newbery, sendo esse último o mais próximo do microcentro e de bairros turísticos como Recoleta, Palermo, San Telmo e La Boca. Como havíamos reservado um airbnb no bairro de Palermo (cerca de 6,5km do aeroparque), seria conveniente chegar por este aeroporto. Nosso voo estava marcada para sair ás 11h15 do terminal 2 do Galeão e, graças a Deus, tudo ocorreu dentro do previsto. Escolhemos a companhia aérea Aerolíneas Argentinas porque era a opção mais barata. Pagamos 1400 na passagem ida e volta (por pessoa), sendo a ida saindo do RJ e a volta com destino a SP. Utilizei a função multidestino disponível no site da companhia. Outra vantagem da Aerolíneas Argentinas é que caso queira parcelar o valor da passagem, eles aceitam as bandeiras Visa, Master e Elo em até 12x sem juros. A duração do voo é de 03h10. Embora não tenha serviço multimídias na aeronave, nem percebemos o tempo passar. Achei o trajeto bem de boa, deu até pra tirar um cochilo antes de desembarcar. Chegamos na argentina por volta das 14h30 e ao descer do avião já deu pra ter uma noção do clima que enfrentaríamos nos próximos oito dias. Ao sair do RJ estava fazendo 27 graus. Quando desembarcamos em BA estava 14 graus e este era só o inicio. A mudança repentina de clima fez minha renite dar o ar da graça e ela me acompanhou por toda minha estadia na terra dos alfajores. Por sorte, eu havia levado um antialérgico e tomei instantaneamente, assim que desci do avião. Para piorar minha situação, eu havia levado apenas um casaco de frio, pois tinha quase certeza que como já iniciara a primavera, o clima na cidade estaria bem tranquilo. Engano meu! Por isso eu digo: vai viajar em outubro pra BA? Leve agasalho, casacos e sobretudo, você vai precisar! Não tínhamos nem meia hora em solo argentino e, pasmem, PRIMEIRO PERRENGUE: Havíamos mandado todo o nosso dinheiro para a Western Union na esperança de haver uma agência no aeroporto e sacar antes de seguir para o airbnb. Realidade: Não tem agência da Western Union no aeroparque e estávamos com frio, com fome e sem dinheiro. Por sorte, eu havia levado um cartão de crédito internacional e foi ele que nos salvou nas primeiras horas. Conectamos o wifi do aeroporto e pedimos um uber com pagamento no cartão de crédito e fomos até a nossa hospedagem no bairro de Palermo. Chegando na hospedagem fomos recebidos por Isabel, uma anfitriã muito querida que passou todas as dicas sobre a estadia e o entorno do bairro, bem como ajudou a gente a encontrar a agencia mais próxima da Western Union. Após todos os avisos, deixamos nossas bagagens no airbnb e fomos andando até a agencia que, para nossa alegria, ficava a 500m de distância. Eu li vários relatos de agências da WU na Argentina que não tem valores altos de pesos, ou que tem limite diário de saque. Como já iria dar 17h e restava apenas uma hora para encerrarem as atividades do dia, fui com a expectativa baixa de que conseguiria sacar o valor inteiro remessado. Mas, para minha surpresa, não apenas conseguí sacar o valor interno, como ainda poderia sacar mais se fosse necessário. Decidimos então sacar uma remessa que fizemos no valor de R$2.000 e que foi convertido a ARS448,000, estava 224 pesos para cada 1 real. Saímos da agência com um montante enorme de cédulas, a maior delas era o bilhete de 2.000 pesos. Mas estávamos nos sentindo tão seguros, que decidimos arriscar. Antes de chegar na hospedagem, passamos no mercado para comprar itens básicos de higiene, água e alimento para o café da manhã e num quiosco, que são pequenas lojas de conveniência, para comprar um chip telefónico argentino. Na noite do primeiro dia decidimos descansar, pois havíamos acordado muito cedo e ainda estávamos nos ambientando com o clima frio. GASTO NO PRIMEIRO DIA: Uber aeroporto: ARS5.000 Compras no mercado: ARS50.000 Chip telefónico + recarga: ARS5.500 TOTAL: ARS60.500 - R$270.08 09/10/2024 - Buenos Aires: Microcentro Com o frio que fazia na noite anterior, acabamos dormindo bastante. Mas acordamos bem cedo e com muita fome. Estava fazendo 10 graus naquela manhã. Aproveitei para fazer um café reforçado com os produtos que compramos no supermercado. Falando nisso, eu havia esquecido de dizer os valores dessa primeira compra. Entre alimentação e produtos de higiene, gastamos o total de ARS50.000. Deu para perceber, neste primeiro momento, como estava a realidade de BA. Uma coisa é certa: Não encontraríamos nada barato nos próximos dias. Estômago cheio e bem agasalhados, decidimos sair para desbravar o microcentro da cidade. Percebi que estava ficando meio rouco. Ainda não tinha habituado à mudança climática repentina, mas também não poderia ficar trancado em casa até o meu corpo entender que era hora de reagir. Tomei outro anti alérgico para conter a renite, e seguir mesmo assim. Pegamos um metrô na estação Bulnes, bem enfrente ao shopping Alto Palermo, e fomos em direção a estação onde fica o Teatro Cólon, nossa primeira parada do itinerário deste dia. Comprei um cartão recarregável SUBE (Um passe inter-urbano usado em metrô, ônibus e trens) e coloquei duas cargas para utilizar no trajeto. No entando, eu entrei no sentido contrário de onde eu realmente deveria ir. Ao contrário de como ocorre no metrô de Salvador (onde moro), em algumas estações de BA não é possível passar para o lado contrário por dentro da estação. Você precisa sair pra superfície, atravessar a rua e descer do outro lado, pagar novamente a passagem e ter acesso ao sentido correto. Foi o que fizemos. Enfim, dinheiro jogado fora. Por nossa sorte, a passagem do metrô custa cerca de ARS650. Eu poderia fazer esse trajeto de ônibus, pois existe diversas linhas que iam para o microcentro, inclusive com tarifas mais baratas, mas eu queria conhecer o sistema metroviário da cidade e não me arrependo. Chegando no centro, conhecemos diversos pontos turísticos apenas caminhando. Essa para mim é a melhor parte. Passamos a tarde inteira no entorno e podemos conhecer: o Teatro Colón (apenas área externa), Obelisco, Avenida Corrientes, Calle Florida, Galeria Pacífico, Plaza de Mayo e a casa Rosada, além de passear no Puerto Madero, um bairro que fica coladinho ao centro, onde podemos apreciar a Puente de la mujer. Vale ressaltar que durante a nossa andança pelas galerias, quioscos e praças do microcentro, fizemos duas paradas importantes: a primeira no restaurante Santos Majares, onde almoçamos a melhor Parilla argentina da nossa viagem. Prato para dois e uma cerveja quilmes ficou no total de ARS38.000. Para o nível do atendimento e qualidade da comida, eu achei que valeu muito a pena a escolha. A segunda parada foi na cafeteria GreenEat, que fica no final da Calle Florida (ou inicio, depende de onde você vem/vai) para tomar um café apreciando uma bela vista da cidade. O café é superfaturado, o tamanho P (100ml) custou ARS6.000, mas como queríamos muito apreciar a vista do segundo andar, pagamos mesmo assim. No finalzinho da tarde (que no Brasil já é noite), retornamos para o airbnb. Em BA, pelo menos no mês de outubro, demora muito para anoitecer. Eu sou de Salvador e estou acostumado a ver o sol se pôr as 17h30. No inicio, eu estranhava o fato de ser 19h da “noite” em BA e o sol ainda estar presente. Então todas as vezes que eu citar “finalzinho da tarde”, fica implícito que quero me referir a 19h da noite no Brasil. Nesta mesma noite, por volta das 21h, decidimos ir conhecer o evento MUNDOLINGO, que é na verdade uma reunião de pessoas do mundo inteiro, geralmente em algum barzinho, no intuito de beber, conversar e fazer novas amizades. Na entrada do evento você recebe algumas bandeiras para colar na roupa. A primeira delas é a bandeira do seu país de origem, destacando seu idioma materno. E as demais são de países cujo o idioma você também fala ou gostaria de praticar. Em BA têm muitos estrangeiros, então o evento é lotado e é quase impossível sair de lá sem ter feito alguma amizade. Após o evento, por volta de 00h, decidimos ir para uma balada que ficava duas quadras dali. A entrada era grátis, mas se quisesse beber algum drink, iria pagar um valor superfaturado. Como já havíamos bebido bastante no mundolingo, não pedimos nada para beber. A princípio, achamos a balada bem chatinha; pouca gente, setlist repetida, baixa animação, totalmente diferente das baladas brasileiras. Mas só depois entendemos o motivo. Quando deu 2h da manhã, o cenário ainda era o mesmo e nós já estávamos bem cansados (Entediados, na verdade), então decidimos que seria melhor voltar para casa e dormir. Ao sair da balada, nos deparamos com uma fila que dava volta no quarteirão. Era de pessoas aguardando a revista para entrar na casa de show. Sim, eles estavam chegando na balada as 2h da manhã enquanto a gente se programava para ir embora. Os argentinos são literalmente inimigos do fim! GASTO NO SEGUNDO DIA: Cartão SUBE + Recarga: ARS3600 Almoço Santos Manjares: ARS38.000 Café GreenEat: ARS12.000 Evento Mundolingo: ARS18.800 TOTAL: ARS72.400 - R$323.21 continua…7 pontos
-
Meu Deus D.Fabiano, vc é viciado em escrever bosta. Incrível como um cara velho que se diz todo viajado tem um tipo de pensamento desse. É todo post uma asneira.7 pontos
Líderes está configurado para São Paulo/GMT-03:00
