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África do Sul (Jb, Safari, Cabo) - 2 semanas


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Mudei de emprego, fiquei 1 ano sem férias, mas finalmente voltei à boa prática. Com duas semanas nas mãos, onde escolher? Dentre as várias opções, a África do Sul estava no alto das nossas preferências. A Latam passou a voar direto para lá, então as coisas pareciam mais fáceis. Só que não rolava promoção para as datas que queríamos. Até que a santa TAAG fez uma boa promoção e compramos. Optei por chegar por Johannesburgo e voltar pela Cidade do Cabo.

África do Sul, para mim, é Mandela. É J. M. Coetzee. É Safari. É Copa de 2010. Cidade do Cabo. Eram as minhas referências, todas positivas.
 

Assim que compramos as passagens, comecei a fazer o planejamento macro. Até pensei em esticar para outro país, mas vi que a África do Sul demandaria mais que apenas 2 semanas. Então primeira decisão foi que ficaríamos somente por lá.

Segunda decisão foi não dirigir. Tenho ampla predileção por *não* dirigir no exterior. Mais ainda em mão inglesa. E ainda mais na África do Sul, com os relatos de policiais no estilo Brasil de ser, digamos assim. Com isso passei a enfrentar um problema para fazer o safari. Porque mais de 9 entre 10 relatos sobre o país contém safari com carro alugado. Mas mantivemos a disposição de não dirigir.

Fechamos o roteiro básico de ficar 1 ou 2 dias em Jb, fazer um safari e passar +- 1 semana na Cidade do Cabo. E assim foi.

Problema é que acabei deixando o fechamento da logística (hotéis, passagens internas, safari) para amanhã, depois para amanhã (e assim subsequentemente), o que resultou num problema na hora de decidir qual safari fazer. Kruger? Outro parque? Reserva privada? E tudo isso em meio à (enorme) limitação de não estar de carro. Tive de recorrer a agências, e consultei diversas. Algumas me respondiam com impressionante rapidez. Outras levavam dias para retornar.

As opções de safari, de como fazer, de onde ir e ficar, são diversas, para diversos bolsos e estilos. Mas, para quem está sem carro, complica. Lendo relatos eu acabei tentado pelas reservas privadas. Problema principal, de início, era o preço. São *muito* mais caras, em regra. Dependendo de onde estão, o transporte até lá (sem estar de carro) também fica bem caro. Balancei diversas vezes em função disso. No entanto, considerando que pode ser nossa a única vez na região na vida, optei tardiamente pelo esquema mega-patrão de ficar em reserva privada. Tardiamente pq, na hora em comecei a verificar disponibilidade, poucas (dentre as mais acessíveis) ainda tinham vagas. Isso foi pouco menos de 1 mês antes da viagem.

Entre idas e vindas, para encurtar o assunto, acabei fechando com a Ashtons (uma empresa que faz o transporte de Jb ao Kruger) o pacote de transfer + 3 dias na Umlani Bushcap. Gostei da proposta do Umlani de uma coisa mais rústica (não tem energia elétrica, o chuveiro banho numa parte externa do quarto, etc.; uma parada pretensamente mais rústica). E também era dos poucos com vaga.

Depois disso compramos as passagens de lá para a Cidade do Cabo. Para piorar, caía num começo de feriado nacional no país. Mais facada no bolso. Somando tudo isso, o dólar disparando. O rasgo foi grande. Mas vou esquecer disso, e a lembrança das férias na África do Sul serão eternas.

Roteiro básico:
Johannesburgo – 2 dias
Safari no Umlani Bushcamp – 4 dias
Cidade do Cabo – 7 dias

Quando: De 16 a 28 de Setembro de 2018

Custos:
Aéreo - Ida: Rio-SP-Luanda-JB; volta Cidade do Cabo-Luanda-SP-Rio: 2.200 BRL cada
Aéreo – Hoedspruit – Cidade do Cabo: 3.985 ZAR cada

Safari/bushcamp: 23.172 ZAR para ambos

Pousada JB – Thulani Lodge – 1.582 ZAR (total 2 dias)
Pousada Cabo – At the Barn – 4.630 ZAR (total 7 dias)

Adotamos uma média de 100 USD por dia para cada de orçamento, incluindo o custo com hospedagem (mas excluindo os aéreos e o esquema-patrão do safari/buschcamp). Ficamos dentro do orçamento.
 

 

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Relato: Johannesburg
O avião da TAAG é no esquema 3x3x3 de poltronas. Tive problemas com o monitor (não funcionava) em 3 dos 4 voos com eles. De resto, foi ok, dentro do esperado para um bilhete econômico. Em Luanda de fato o aeroporto é quente, sem wifi e, dependendo da hora em que vc chega, tem uma looooonga fila para passar por um único raio x para ir para a sala de trânsito. 

Enfim, chegamos a Johannesburgo. Fiz logo o câmbio no aeroporto (sugiro fazer na parte de fora, a cotação é a mesma, a facada de comissões e taxas é a mesma, mas não tem fila). Acho que vale mais a pena para o IOF do saque, sinceramente. No total dá mais de 7% de perda entre taxas, comissões e o k7a4.

Compramos um chip no aeroporto tbm. Foi 1ª vez que comprei – foi para usar uber para cima e para baixo, em função dos relatos de ausência de transporte público decente e de taxistas malandros (do tipo que via muito no Rio). E já partimos de uber do aeroporto.

Reservamos uma pousadinha em Melville. Queria ficar num lugar onde pudesse curtir a noite e andar de volta para onde estivesse hospedado. Via de regra, é isso que busco. Melville é local perfeito nesse sentido. Ficamos do lado da 7ª, que é onde rola o agito da noite por lá. 

Como já chegamos no meio da tarde, ficamos apenas rodando pela nossa área. As atrações fecham relativamente cedo por lá (16-17hs), então não daria tempo pra mais nada mesmo. Ficamos passeando, parando para cerva nos bares e fomos jantar no Lucky Beans. 

Dia seguinte era 2ª feita e partimos logo cedo para Rosebank, que é onde sai o City Sightseeing (CS). E aqui vale uma dica que vários outros dão: para quem está sem carro, o busão do CS provavelmente é a melhor opção para conhecer a cidade. Passamos o dia com ele, selecionarmos algumas atrações que queríamos conhecer, e curtimos assim.
 

Enfim, partimos e fomos conhecendo a cidade pelo 2º andar do busum. Acho que não andava nesses ônibus de turismo havia uns 20 anos. Foi opção muito boa. Passávamos por áreas muito verdes, casas impressionantes de bonitas (sempre com cerca elétrica – bem tipo Brasil). Nossa primeira pausa foi em Constitutional Hill. Rodamos um pouco pela área, mas não entramos (tem um museu), apenas ficamos lá por meia hora, até a partida seguinte do CS. Havia pouca gente no CS, e somente nós 2 paramos lá.

Em seguida paramos para ir no Top of Africa. Um prédio alto num shopping no centro da cidade, de onde vc tem vista panorâmica da cidade. Era isso que eu tinha em mente. Novamente só nós 2 que descemos nessa parada. E mais: não podíamos ir sozinhos, tínhamos de ser acompanhados por um funcionário do CS desde a descida do ônibus até chegar no andar da vista. Medida de segurança do próprio CS. Achei exagerado, mas vamos lá. O Top of Africa tá beeeem largado, bem caído. Janelas sujas, áreas que já tiveram lojas e/ou lanchonetes vazias/largadas. O visual é bacana. Diria que é uma parada que pode ser pulada. Foi novamente uma pausa de meia hora.

Parada seguinte foi num cassino, onde pegaríamos a van para o tour pelo Soweto. Em princípio eu descartei essa parada de visitar Soweto. Achava que era favela tour. Depois li melhor e achei que valeria a pena conhecer – não é favela tour, pode desencanar. O Soweto hoje é um mega bairro com moradias de todos os tipos – inclusive de luxo (algumas) e com cercas elétricas (raras). Tem setores de classe mais alta, de classe média, de classe baixa e de classe miserável – eventualmente em condições de moradia ainda piores do que vemos habitualmente em favelas de grandes cidades brasileiras. O tour faz pausas breves, mas optamos por ficar mais tempo na Casa do Mandela. Pegaríamos a van seguinte, do tour seguinte. Ficamos uma hora na região, que é bem turística. É a tal rua de dois prêmios Nobel. Como é muito turística, tem uns pedintes na região, mas basta driblar.

Pegamos a van seguinte, voltamos para o ponto de partida e logo seguimos para o Museu do Apartheid, que fica praticamente em frente ao cassino. Chegamos lá pouco depois das 15hs. Quando deu 17hs, houve um blecaute. Fui ligar a lanterna do celular para tentar ler o que eu estava lendo, quando me dei conta de que... o Museu havia fechado. Eles apagam as luzes para a galera vazar de lá. Ainda tinha MUITO o que ver! Eu achava que ficaria um bom tempo por lá, mas não me dei conta de quanto. Foram duas horas e acho que mal havíamos passado da metade. Uma pena, tenho profunda admiração pelo Mandela e queria ter conhecido mais sobre a luta anti-Apartheid, sobretudo nesses tempos atuais um tanto sinistros em termos de direitos civis. Enfim, saímos com a galera e fomos pegar o busum vermelho de volta para o começo, Rosebank. Até tinha planos de parar no SAB, mas não daria tempo. E eles ainda fecham mais cedo na 2af. Ficou também para uma próxima vez.

Aliás, havendo próxima vez em JB, eu partiria para o Museu do Apartheid diretamente. Tentaria emplacar o Craddle of Humankind também, e Liberty park. Foi o que ficou de sobra na agenda.

Pegamos o uber para Melville e partimos para a janta. Por ser 2ª-feira, alguns restaurantes não abriam. Conseguimos um, mas que fechou assim que terminamos. Depois de uma saideira fomos dormir. Dia seguinte era dia de acordar cedo e viajar para o Kruger.


Observações diversas: não pegamos trânsito em JB. Tinha lido sobre isso, mas não ficamos parados em momento algum durante o tour de busum vermelho. Não teve high5 em Soweto, coisa que tinha lido bastante. No entanto, a galera em geral é bem calorosa, com aquela ginga, cumprimentos calorosos, tapinha nas costas, etc. Nesse ponto, bem brasileiros.
 

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Dias 3-6: Safari na Reserva Privada Timbavati

Na 3af de manhã já tinha deixado um Uber agendado para nos buscar beeem cedo. Dormi pensando no “e se não tiver uber de madrugada por aqui” (penei pra conseguir uber uma vez numa madrugada em São Luis, então vai saber...), mas deu tudo certinho. O horário marcado pela Ashtons era no aeroporto às 6:45 da matina. Chegamos conservadoramente quase 1 hora antes. O carro é uma van. O trajeto foi tranquilo, com paradas rápidas e pontuais pelo caminho. Num posto de gasolina, um segurança armado com cano longo me chamou a atenção. O trajeto leva lá suas algumas horas de duração que perfizeram a manhã inteira. As estradas em geral são muito boas (bem acima do padrão Brasil), mas pegamos algumas buraqueiras (padrão Brasil) quando rumamos ao norte. Fomos os últimos a ser despejados. Van tava cheia. 

E estava um calor absurdo para aquela época na região mais ao norte do Kruger. E pleno setembro no sul do hemisfério sul e um calor de meio dia no verão do Norte do Brasil. Galera falou que era uma onda incomum de calor na região, pra mais de 40 graus. Surreal.

A van da Ashtons nos deixou num ponto final, um pub, onde outra van, a do Umlani, nos pegou para levar até o alojamento. Quem nos buscou foi um dos guias, e no caminho já fomos conversando com ele. E de cara um diálogo a que já estamos nos acostumando:

“É só isso que vocês tem?” [ref bagagem]
“Yes, we travel light”
“The lightest I’ve ever seen!”

No relativamente curto caminho até Umlani, já vimos girafas passeando nos arredores. É um barato! Queríamos ficar uma eternidade ali, mas ele alertou que veríamos outras novamente nos dias seguintes, de posições melhores e em carro aberto. Tinha razão. A primeira vez que vc vê aquele bichão (e tantos outros) é sempre impactante. Depois acostuma, claro – mas sempre curtindo.

Chegamos ao Umlani, recebemos as instruções gerais (horários, refeições, regras, etc.) e já fomos comer alguma coisa light de almoço. Enquanto almoçávamos, zebras passeavam do outro lado, logo em frente. Um veado (ou similar) andava pelos arredores do lugar. Eu admirando de olhos abertos. Ninguém parecia ligar. Devia ser comum ali, pensei. De fato era.

O Umlani fica na reserva privada Timbavati, que é adjacente ao Kruger. Os animais então cruzam da reserva para o Kruger (e vv) livremente. As instalações são algumas cabanas (uma dúzia, talvez) com chuveiro externo (mas tem água quente!) – e era um barato tomar banho olhando para as estrelas e a lua! As cabanas têm sempre repelente, rádio, laterna. Não tivemos problemas com insetos por lá. Tem áreas comuns, onde a galera faz as refeições – é também onde tem energia elétrica (e várias tomadas e fios para carregar celulares e câmeras) e wifi, mas bem fraco e somente durante o dia claro (tanto energia quanto wifi). Tem também uma piscina, que curtimos na tarde de calor intenso que fazia no 2º dia. 

O cotidiano no Umlani era o seguinte: cada cabana era acordada antes do sol raiar, +- às 5:15. Alguém passava nas cabanas batendo na porta e avisando que era hora. Vc então tinha +- meia hora para se arrumar, tomar um café e então seguir para o safari matinal. A saída geralmente era antes das 6. Cada safari durava geralmente pouco mais de 3hs. Safari em carro aberto, vista plena. Depois do safari matinal tinha o café da manhã. Estilo inglês, pesado! Uma vez teve costeleta de cordeiro, excelente! Mais tarde tinha um almoço leve, praticamente um lanche. No meio da tarde partia para outro safari, o do pôr do sol, do qual voltávamos já de noite. Ou seja, tinha safari para o nascer e o pôr do sol. A janta era servida de noite, e era quando a galera mais confraternizava. Com bebidas inclusas, ficávamos bebendo vinho (com gelo!) e conversando com a outros casais até altas horas, antes de voltar para a cabana e dormir. De noite não era permitido caminhar sozinho para a (ou da) cabana sem estar acompanhado por um ranger.

Conversando com os rangers, eles disseram que os turistas por lá geralmente são estrangeiros. Mas por coincidência havia uma família da Cidade do Cabo por lá, e estávamos no mesmo jipe com eles. Interessante que eles meio que praticavam o que se chama de “game”, que é basicamente avistar animais. O “game” é na linha de “quem viu primeiro”. Para quem leva muito a sério, tem até tabela de pontos. Um deles, dessa família (o “pai”, já que tinha filho e avô também – e não me lembro os nomes), era muito bom no game, avistava animais de longe, às vezes até antes dos rangers e guias. Depois, conversando com ele, identificamos que ele estava acostumado e fazia safaris com alguma frequência. Essa família era grande e o estranho (para mim, sobretudo considerando o preço pago) era que poucos iam nos safaris matinais. Era uma meia dúzia, e só ele, e eventualmente o “avô”, estavam lá de manhã. De tarde todos iam.

Em geral essas hospedagens em bushcamps me parecem programa de família ou de casal. Geralmente vimos casais de meia idade, em grande parte de outros países onde se fala inglês (Austrália, EUA, Reino Unido). Mas vimos também alemães e italianos. Um jovem casal italiano em lua de mel quebrava o padrão “casais-de-meia-idade ou aposentados”.

Quando chegamos no Umlani a temperatura estava nas alturas. Mais de 40 graus. MUITO quente, anormalmente quente para a época. Na segunda noite o tempo virou. Ventou muito de madrugada, com muito barulho nas cabanas. E o dia seguinte amanheceu nublado e com frio. Diria que a temperatura despencou 20 graus em questão de horas. Com o frio, e sobretudo com o vento, havia menos animais. Metade do nosso tempo lá foi sob calor escaldante. A outra metade nublada sob relativo friozinho.

O Umlani proporciona também a experiência de você ficar um tempo – ou até dormir – numa casa da árvore. É uma casa construída no alto de uma árvore no meio da reserva. Eles te deixam de carro e marcam horário para pegar de volta. Vc fica com rádio e, claro, está expressamente proibido de descer para caminhar ao relento. Tem cama, banheiro, vc leva uma caixa térmica com o que quiser e fica lá curtindo. Nosso dia de curtir a casa da árvore foi justamente no dia da ventania + frio. Com o vento constante e cortante, e a temperatura baixa, era difícil de permanecer na casa da árvore, que é toda aberta – é praticamente uma varanda na árvore. Quando o ranger nos deixou lá, ele mesmo falou que provavelmente chamaríamos pelo rádio para nos buscarem antes do horário combinado (dali a umas 3hs, a tempo de voltar para o safari da tarde). Mas não chamamos, curtimos nosso tempo por lá. Muito aquecidos, claro. Pena mesmo foi que, com o vento + frio, não tenhamos observado animais pela área. No máximo alguns pássaros ao longe. A casa (varanda!) fica em frente a um lago, então sempre há (ou deveria haver) bichos indo lá beber água. Passamos por lá algumas vezes nos safaris e quase sempre tinha algum bando por lá. No finalzinho da nossa estadia, chegaram uns impalas – adoráveis figurinhas fáceis por lá. De qq forma, aquela tarde na casa da árvore foi paradoxalmente um dos momentos memoráveis da viagem.

Na segunda noite, aquela da ventania que mudou o tempo, eu esqueci de fechar corretamente a porta da cabana, só encostei. Com a ventania, a porta abria e batia. Ao mesmo tempo ouvíamos o rugido sinistro e altíssimo de algum leão (ou leoa?) nos arredores próximos. Era fascinante. Mas pode ser aterrador também. Parecia estar ao lado, mas galera disse que provavelmente estava do outro lado do rio (o que significa um “ao lado” um pouco mais distante). No meio da noite em meio ao vendaval, Katia acordou e, no transe do sono, desesperou porque “se a porta estava aberta, então o Leão podia entrar na cabana!!”. Ahahahahah, não chegaria a tanto, mas fui lá e fechei direito a porta.

Não há muito o que relatar de cada safari feito e do dia a dia por lá. Vimos todos os tais Big 5 mais de uma vez, e tantos outros bichos. Logo de cara já avistamos diversos animais, e curtimos um longo tempo com eles. É um lance meio voyeur também, de certa forma. Além do guia, vai um tracker na frente do carro, que fica buscando rastros de animais. Os caras são bons. Eles têm rádios e se comunicam, o que facilita muito encontrar os animais. Em regra, não podem ter mais de dois carros observando animais (os guias se organizam em filas virtuais), e vc jamais deve incomodar os animais (parece óbvio, mas..., né?). Podendo,sugiro ficar na frente. Vc ouve melhor o guia, tem visão aberta. Em qq posição do carro vc terá vista ampla, de todo modo. A lembrança que tenho desses momentos de safari é sublime. (Nota: chamo de safari o que habitualmente se chama de “game”)

Mas a lembrança geral que tenho daqueles dias no Umlani é talvez ainda melhor. Pelos safaris, pelos bichos, os banhos no fim da noite olhando para o céu, o rugido do leão na madrugada, os jantares à luz de velas regados a vinhos com gelo (era muito quente!), o café em volta da fogueira, os guias, as pessoas, o astral. Para guardar na memória eterna.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dias 6 – 13 – Cidade do Cabo

Em nosso último dia no Umlani, fizemos nosso safari matinal ainda sob céu nublado e friozinho. Tomamos um segundo café à beira de um enorme lago, mas não havia bichos na área naquele momento. Partimos para o aeroporto logo depois do café da manhã “oficial”. E o tempo foi abrindo. 

O voo da CemAir foi tranquilo e galera nos enchia de vinho. Perguntavam se queríamos mais, e a resposta era sempre “sim”, no que nos atendiam prontamente. Viva! Já que foi caro, que seja bom.

Chegamos na Cidade do Cabo, pegamos o uber para a cidade, largamos as coisas na guesthouse e logo pegamos outro uber para o VA Waterfront. Parecia ser uma boa opção para aquele fim de tarde belíssimo. De fato, o lugar é um imã para turistas. Mais uma área portuária que se modernizou via restaurantes, lojas, etc. e ganhou nova vida. Naquele fim de tarde fazia um lindo dia de céu azul. Table Mountain inteiramente disponível no visual. Prometia para o dia seguinte! Passeamos, exploramos, aproveitamos para passear na roda gigante ao pôr do sol, bebemos, comemos, curtimos. E voltamos tarde para dormir.

 

 

 

 

 

Dia 7 – Sábado – Organizamos nossos 3 primeiros dias com o passe do busum vermelho do City Sightseeing (CS). Saímos logo cedo e fomos andando até o escritório no centro. Caminhada rápida de 10-15 minutos. Mas já vimos mendigos e pedintes no trajeto. Tal qual vemos em centros de cidade no Brasil.

Pegamos logo o pacote de 2 dias do CS, que vinha com desconto e algumas gratuidades. Como havíamos usado também em Jb, tivemos descontos adicionais. Os preços estão na página deles.

Nosso primeiro destino foi a Table Mountain. Dado que estava um dia esplendorosamente bonito, céu estalando de azul, disparamos para lá. Em todos os relatos que li, havia a ordem: assim que vc vir o tempo abrir, corra para a Table Mountain. Amem. O ingresso já tínhamos comprado no CS mesmo. Galera falou que havia neve na Table Mountain uma semana antes. Uaaau! Mas prefiro subir com visual livre, que foi o que conseguimos. Pegamos fila, mas direto para entrar, não para comprar. A fila, aliás, só aumentou enquanto estávamos lá. Acho que a galera da própria África do Sul fazia turismo por lá, dado que era fim de semana com feriado. Enfim, pegamos o bondinho e subimos. Que visual. QUE VISUAL!! E reforço o que 10 entre 10 pessoas dizem: lá em cima faz frio. Com o vento cortando, faz muito frio. Eu estava de fleece (um velho fleece de mais de 20 anos comprado na Bolívia), que não dava conta do vento – vale a pena levar um corta vento lá pra cima. Curtimos demais os locais de vistas panorâmicas (praticamente qualquer local por lá!), fizemos o trajeto por todo o alto. Ainda estiquei até o começo da trilha, mas a rigor rodamos mesmo o perímetro mais próximo. Passamos a manhã por lá. Espetáculo. 

 

 

 

 


Descemos e pegamos o CS, que demorou acima do tempo habitual. Transito provavelmente. Descemos na praia de Camps Bay e fomos andando para Clifton, curtindo o visual e as casas de alta classe. Foi uma longa caminhada até a parada seguinte do CS, mas com belo visual do mar, das praias e etc. Reparamos que as casas seguem um padrão bem conhecido por nós: cerca elétrica, plaquinha de “protegido por ...”, etc.

 

 

Pegamos o CS e paramos para conhecer o Green Park, legado da Copa na cidade. É amplo, bacana, bonito. Visitamos rapidamente. Seguimos de CS para o VA novamente. Curtimos o Aquário (Two Oceans Aquarium), que é muito bacana. Fica em frente à estação do CS, e havia tempo até nossa atração seguinte, que era o pôr do sol na Signal Hill. Curtimos um bom tempo no Aquário.

 

 

 

 

O CS proporciona um sunset bus para curtir o pôr do sol na Signal Hill, e ganhamos o ingresso no combo de 2 dias que pagamos. Chegando lá no alto, lotaaaaado. Maior galera curtindo aquele dia espetacular. Como tem de ser! Rola um parapente também, o que embeleza muito o visual. Ficamos receosos de comprar alguma coisa para beber por lá, mas depois vi que deveríamos ter levado umas cervas. Não vendem lá em cima (aquela coisa inglesa de não poder consumir álcool em público), mas vi diversas pessoas abrindo champagne, vinho e com latinhas de cerva na mão. Deve ser no mínimo tolerado, então. Enfim, curtimos um extraordinário pôr do sol e descemos de volta ao VA. Jantamos novamente na área, agora curtindo um pub de frente para o mar com boa (boa para nós, claro) música ao vivo.

 

 

 

Dia 8 – Domingo – Nesse dia nosso café da manhã atrasou praticamente uma hora (o café da manhã – estilo inglês (pesado) -- era preparado na hora). A menina da pousada pediu mil desculpas, falou que as ruas estavam fechadas e tal, teve problema no transporte. De fato vimos no dia anterior que algumas ruas seriam fechadas para uma maratona na cidade. Nesse dia pegamos outra linha do CS, fomos direto para o Jardim Botânico. Vale dizer: foi outro dia espetacular, céu azul. O que só torna o jardim botânico ainda mais bonito. Percorremos o que pudemos por lá, mas sempre fazer as diversas trilhas mais longas que partem ou chegam por lá. Belíssimo lugar. Curtimos umas 2 horinhas e partimos para Constantia.

 

 

 

 


Curtimos a tarde inteira provando vinhos – os da rota do CS. Um deles tinha de reservar antes, então dispensamos. O Groot Constantia foi nossa primeira parada e tinha muita gente. Escala industrial, tipo Miolo em Bento Gonçalves. Fizemos o cellar tour (mas, olhando para trás, eu dispensaria – já fizemos n tours desse tipo no Vale dos Vinhedos), mas o que queríamos mesmo era provar. E saboreamos bem: os vinhos são muito bons. Necessário saborear com calma, para curtir e não embebedar. Eram 5 provas a escolher. Anotei aqui que escolhemos Chardonnay, Merlot, Shiraz, Pinotage e o Governeur’s Reserve. Curtimos um momento muito bom. Ainda visitamos um museu, que achei bem bacana. Achei o preço justo. 

 

Nosso plano seguinte era curtir o World of Birds ou Hout Bay, mas o tempo ficou curto e o momento vinho estava muito bom para encerrarmos, então decidimos conhecer também a Beau Constantia, que fica do lado de uma das paradas do CS. Nosso plano seguinte era curtir o World of Birds ou Hout Bay, mas o tempo ficou curto e o momento vinho estava muito bom para encerrarmos, então decidimos conhecer também a Beau Constantia, que fica do lado de uma das paradas do CS. Enquanto esperávamos, conhecemos uma extrovertida família de Johannesburg, claramente mais alegre após as provas de vinhos. Muito divertidos, já falando em visitar o Rio de Janeiro e nos encontrarmos por lá. Contaram com orgulho que vieram de Soweto e que hoje dirigem Mercedes. Reforçou para mim que brasileiros e africanos têm essa em comum essa coisa mais calorosa.

Beau Constantia estava cheio naquele meio ou fim de tarde. Mas felizmente encontramos um espaço para sentar e provar os vinhos. Eram 4 provas. Achei boas, sobretudo dos tintos, mas abaixo do anterior. O maior valor de lá era o visual lindo que se tinha da área onde degustamos os vinhos: vista panorâmica do vale e dos vinhedos. 

 

 

 


Saímos a tempo de pegar o último busum, que ainda percorreria uma linda rota (lado esquerdo pro mar!) beirando o mar até o VA. As várias provas de vinho cobravam seu preço (leseira!), mas logo os olhos ficaram abertos para curtir aquele visual.

Encerramos o dia novamente no VA. Dessa vez escolhemos um lugar mais finesse para jantar e celebrar.
 

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Dia 9 – 2af – Aproveitamos para já comprar tours do próprio CS para 4a e 5a. Um para vinícolas, outro para o Cabo da Boa Esperança. Tinha dicas de outros tours, mas optamos pela facilidade e conveniência (e preço) do CS.

Nesse dia fomos direto para o World of Birds. Tem muita atração, são muitos bichos, é bem legal. Rola uma polêmica com esse tipo de atração (mas que o parque se defende ferrenhamente, alegando que os bichos são resgatados e reabilitados). Curtimos a manhã por lá. 

 

 

 

 

 

 

Em seguida fomos para Hout Bay. Descemos, passeamos, curtimos e voltamos. Tem um passeio de barco por lá para ver uma ilha de focas, salvo engano. Deve ser bacana, mas dispensamos (convivemos com leões marinhos em Galápagos!). Voltamos pro VA, onde curtimos um passeio de barco pela região, que também estava incluso no combo que compramos do CS. É bacaninha, mas diria que dispensável. 

 

 

Fizemos ainda um cerva relax no Food Market com um som bacana que rolava na praça ao lado (Nobel Square). Era outro dia bonito de céu azul. Ainda pegamos o CS para o centro, onde conectamos com a linha amarela, que circula somente no centro. A ideia era ter um apanhado geral, no dia seguinte percorreríamos a região central a pé. O trajeto da linha amarela é curto, leva coisa de meia hora. 

Encerrado o passeio, estava também encerrado nosso passe de 3 dias de CS. Fomos andar um pouco pela Long Street. Já anoitecia, então toda hora vinha um pedinte, quase sempre insistente que ignorava nossas negativas. Enfim, depois da segunda negativa passávamos a ignorar também. Fomos curtir umas cervas numa espaçosa beer house que tem na rua, com diversos tipos de chopes artesanais e visual para a rua. Fizemos reserva no Mamma Africa, que ficava em frente, para o dia do aniversário da Katia. 

E fomos jantar num restaurante etíope muito bom que ficava ali perto, Addis. Tivemos uma experiência muito bacana com comida etíope dez anos antes, em Amsterdã. E no ano anterior, quando ganhei upgrade da Ethiopian Airlines e me serviram comida etíope! A experiência no Addis foi novamente muito boa, comida saborosa – e comer com as mãos!

 

 

Embora relativamente perto (10-15 minutos andando) de onde estávamos hospedados, pegávamos uber para nossa guesthouse. Não convinha andar a pé naquela hora da noite.

Dia 10 – 3af – Era dia de andar pelo centro da cidade. Museus e walking tours. Começamos descendo até o District 6 Museum, onde nos encaixamos num tour com um ex-residente da área que era muito divertido. Um muçulmano que se fantasia de drag queen no carnaval local! Sensacional. Vale a pena pegar esses tours para contextualizar.

 

 

Seguimos para o Castelo da Boa Esperança. Nesse dia o tempo estava fechado – a Table Mountain, que esteve aberta nos 3 dias anteriores, fechou e nunca mais a vimos sem estar coberta por uma nuvem espessa. No último dia na cidade chegamos a ver o céu azul em praticamente toda a região – EXCETO na Table Mountain, ainda coberta por nuvem. Ou seja, reitero o que li: corra para lá assim que estiver aberta. Não deixe a chance passar.

Chovia um pouco quando saímos do District 6. O Castelo da Boa Esperança é amplo e contém 3 museus, que dispensamos. Chegamos a percorrer um deles, de arte, mas não era nosso foco. Fizemos o tour guiado e depois rodamos pela área – percorremos todo o perímetro do castelo pelo alto. 

 

 

Passamos pelo City Hall, onde tem uma estátua de Nelson Mandela. Ponto obrigatório para nós, que tanto admiramos essa figura histórica (fico aterrorizado com um segmento, que me parece crescente, que ataca o Mandela -- mas não o apartheid). Este foi o lugar onde Mandela fez seu primeiro discurso depois que foi libertado da prisão. Aliás, Nelson Mandela faria 100 anos em 2018! Faz muita falta ao mundo. 

 

 

Em seguida fomos conhecer e passear pelo Company’s Garden e arredores. Muito bonito, curtimos um tempo por lá. Esquilos fazem a festa da galera não acostumada (nós!!) a eles. E ainda rodamos um pouco pela Long Street e arredores. Galera diz que souvenir por ali é mais barato que no VA, mas não tenho como atestar, não comprei nada.

E fizemos nosso primeiro walking tour do dia: o Apartheid to Freedom, naturalmente focado nos tempos de Apartheid – passamos em frente à Corte local, com bancos reservados para brancos e para negros, mantidos até hoje como memória. Revisitamos o Company’s Garden e a estátua do Mandela. 

 

 

Emendamos com outro walking tour, agora para Bo Kaap. Nesse segundo tour a maioria era de brasileiros, no primeiro só havia nós 2. Vimos as tais casinhas coloridas, ouvimos sobre a história do lugar e o processo recente de gentrificação, e terminamos numa lojinha/café de chocolate que era uma delícia. Honest Chocolate.

 

 

 

 

 


Nesse dia jantamos tapas num espanhol nas redondezas. Também muito bom.


Dia 11 – 4af – Nesse dia saímos mais cedo, pulamos o café. Era dia de tour por Stellenbosch, novamente com o CS. Rolava uma chuvinha, conforme previsto. O tour pelo CS conta com um guia, e o desse dia era muito bom, divertido. Tem uma parada no caminho, numa praia, salvo engano onde se pode observar a Table Mountain de longe. Mas tava nublado e não se via nada nesse dia. Com o vento e chuvinha, fazia um friozinho. Ainda assim, houve quem quisesse desde na areia.

Primeira parada de vinhos foi na Backsberg. Vi que era esquema escala industrial também (se chega ônibus, a vinícola tem infra para atender grandes plateias; diferente de vinícolas menores, mais familiares, de pequena produção). Uma moça muito simpática e divertida apresentou rapidamente a vinícola e, o mais importante, as provas de vinhos. Gostamos de vinho e vamos com alguma frequência no Vale dos Vinhedos conhecer novidades e rever conhecidos, mas passamos longe de ser avaliadores de vinho. A regra é gostei x não gostei, e todas as diferentes gradações que se pode ter. Dito isso, gostamos muito dos vinhos de lá. Mais ainda pelo custo-benefício: tinha garrafas de bons vinhos por meros 10-15 ZAR. As melhores saíam por 40 ZAR. Achei muito barato pela qualidade.

 

 

Em seguida o busum ruma para Franschhoek, onde faz uma pausa de 2 horas para a galera passear e almoçar. Como habitualmente não almoçamos em viagem, fomos verificar se havia alguma vinícola que pudéssemos visitar naquele ínterim. Até rolava o esquema de pegar um tuk-tuk (sim, lá tem!) e ir em alguma, mas arriscava perder a hora, até porque também queríamos passear um pouco pela cidade. Então flanamos um pouco por lá e depois ficamos de bebes numa micro-cervejaria local.

 

 

De volta ao busum, fomos então para a segunda visita. Era numa vinícola conhecida, pelo visto, pelos patos. Vergenoegd. Rolou um estranho desfile de patos (centenas de patos) para os turistas (nós!). E depois seguimos para as provas. Achei menos saboroso que a Backsberg, e mais caro. Mas nessa tinha queijos para fazer o pairing, o que é sempre legal.

 

 

E retornamos para o VA. Vimos favelas pelo caminho, nos arredores. Ainda tentamos ir no Museu de Arte Contemporânea -- Zeitz MOCAA, mas fecharia logo a seguir, não valia a pena entrar. No dia seguinte estava programado de ficar aberto até tarde. Jantamos no VA novamente, sempre muito bom.

Dia 12 – 5ªf – Era o dia de conhecer o Cabo da Boa Esperança. Chovia. Dessa vez o busum chegou na Long Street já cheio (o de ontem não). Eu teria escolhido o lado esquerdo (seaside), mas não tinha mais vaga. Fomos no fundão, lado direito.

Primeira parada é na Boulders Beach, onde ficam os pinguins. São vários, e a praia é só deles. Turistas visitam em passarelas para admirar a pinguinzada. Que eventualmente passa por debaixo da passarela. No total tem 1h para sair e voltar pro ônibus, o que dá uns 40 minutos para curtir os pinguins. É ok, mas eu teria explorado mais a área, se estivesse por conta própria. É bem bacana.

 

 

Em seguida, o Cabo da Boa Esperança. Era um dos lugares que eu mais queria visitar na viagem. Onde Bartolmeu Dias fez história séculos atrás! O ônibus deixa, e há tempo suficiente para curtir. Subimos a pé, com muitas pausas para fotos e curtição do visual. Chegando no alto, no farol, muita gente, e todos querendo tirar foto num mesmo lugar. Fugimos rapidamente dali! 

 

 

Fomos fazer a trilha até o mirante do novo lighthouse. Dá pra ir e voltar tranquilamente em meia hora, com pausas para fotos e tudo o mais. Uma placa indica que leva 1,5 hora – não é verdade.

 

Depois da trilha, descemos. Haveria uma trilha de lá até o Cabo da Boa Esperança, guiada pelo guia da CS. Como o tempo estava fechado e havia previsão de chuva, o guia deu uma aterrorizada dizendo que sugeria não ir, que ficava escorregadio e tal. Maior galera (umas 25 cabeças) compareceu na hora marcada e se dispôs a ir. E o mais bacana: o tempo foi abrindo conforme descíamos a trilha. Abriu quase que completamente, um espetáculo! Muito visual, lindo lugar! Muito vento também, mas não tanto frio – era mais questão de o vento literalmente empurrar você. Vale muito a pena fazer essa trilha.

O final dela é na clássica e disputada placa do Cabo da Boa Esperança, onde Bartolomeu Dias cruzou no Séc. XV pela primeira vez. Naturalmente tem fila para fotos exclusivas na placa, fila nem sempre respeitada. Enfim, muito bacana estar ali, e ter curtido todo aquele visual.

O busum volta por outro caminho, e novamente o lado esquerdo é melhor! É onde se observa o mar.

De volta ao VA por volta das 17hs, fomos tentar o Museu de Arte Moderna novamente. Tinha uma mega fila, looooonga pacas. Era dia de museus abertos até tarde e entrada gratuita. Acho que era dia do turismo. Mas com aquela fila, não, obrigado. Pulamos, infelizmente. Ficamos passeando pelo VA, era nossa última noite na África do Sul, última noite da viagem.

Fomos celebrar tomando um vinho branco numa varanda com visual para o mar, barcos e etc. E as seagulls, claro! Curtimos o anoitecer de lá.

E fomos curtir nossa última noite no Mamma Africa, tradicional restaurante turistão que fica na Long Street com música ao vivo. Provamos algumas carnes “exóticas”, carnes de “game”. No nosso caso, Kudu e Springbok. Foi ok, mas não repetiria. Prefiro o lamb! Aproveitamos para finalmente provar o Bobotie, prato tradicional de lá. E ficamos curtindo o showzinho, que era bacana. Celebramos nossa última noite!


 

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Dia 13 – 6af – Foi o dia de ir na Robben Island. Tinha comprado o ingresso dias antes, numa das vezes em que encerramos o dia no VA. Só eu fui, Katia pegou certo trauma de barcos. E peguei o único horário que dava felizmente, o que saía às 9 da manhã. Fazia sol, mas isso não quer dizer que o mar esteja em boas condições -- no dia que chegamos estava sol e o mar estava bem violento. O barco saiu umas 8:45 e levou cerca de 1h até a ilha. São barcos diversos que partem, com velocidades diversas. Galera passa mal, o barco vai batendo. Eu consegui ir numa boa, já estava escolado desde as 3 horas de catamarã de/para Morro de São Paulo.

Chegando na ilha vc segue para ônibus apertados. Cada ônibus tem um guia, que vai contando sobre a ilha. Naquele esquema de ônibus para, guia fala, ônibus segue, etc. Se vc estiver na janela, eventualmente fotografa alguma coisa. Desencanei de fotografar, as histórias da guia me interessavam mais. Nesse passeio, não ouvi brasileiros.

O ônibus faz uma pausa numa área com lanchonete e banheiros, e belíssimo visual do mar, da cidade ao fundo, e de pinguins e outros bichos nas pedras. Mais adiante, o ônibus encerra sua participação. 

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É quando inicia o tour a pé pela antiga prisão, com um ex-preso político que lá esteve. Ele apresenta a prisão por dentro, fala como era e tal. É bem bacana. Alguém perguntou ao nosso guia p motivo de ele ter sido preso, mas ele pediu desculpas e preferiu não responder. Tem ainda a visita obrigatória à cela do Mandela. 

 

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Encerrado o tour, todos voltam para pegar o barco de volta à cidade. Aí tem uma longa fila para passar por alguma checagem. O barco da volta era mais rápido, chegou em meia hora. Katia me esperava e ainda demos uma volta geral no VA antes de partir. Pegamos um uber para o trajeto de volta. Mochilas na guesthouse e aeroporto.

Ainda pegamos uma fila medonha de grande para checagem de passaporte no aeroporto. Apenas 4 atendendo (de 14 possíveis), e volta e meia alguém desesperado para pegar algum vôo cortando pela longa fila. África do Sul e Brasil têm muito em comum, enfim.

E assim foram nossas férias na África do Sul!

 


Comentários diversos e gerais:

Onde ficar na Cidade do Cabo: num dos relatos que li, vi alguém falando que dividiu a estadia entre centro da cidade e arredores do VA. De fato, uma excelente ideia. Eu diria que ficaria nos arredores do VA, se voltar à cidade. O uber do VA para onde estávamos dava em média 50 ZAR, bem razoável. Acho que valeu também, sobretudo porque o lugar que pegamos era muito bom. Mas sempre prefiro voltar andando – e sempre voltávamos de uber, de onde fosse.

Impressões gerais da Cidade do Cabo: Achei o turismo na Cidade do Cabo mais desenvolvido que no Brasil – o que não é vantagem (é necessário muito esforço para ser pior). Sinalização de trânsito também bem superior. Casas com cercas elétricas e cartazes de segurança armada. Motoristas uber em regra de outros países da África. Em média 50 ZAR entre VA e centro da cidade. Tinha lido relatos de anos atrás falando de motoristas de taxi cobrando 200 ZAR no tiro.

Água na Cidade do Cabo: Como muitos sabem, Cidade do Cabo enfrenta um sério problema de escassez de água. Havia inclusive previsão de faltar água em 2018, o que felizmente foi postergado. Há, então, maciça campanha para que se economize. Na nossa guesthouse havia a expressa recomendação de banhos de máximo de 5 minutos, não deixar torneira aberta enquanto escova o dente ou passa sabão nas mãos e/ou no corpo, etc. Em diversos locais da cidade não há água para lavar as mãos, há um “sanitiser” que substitui adequadamente a água. Em alguns mictórios havia uma forma ecológica de descarga sem água. Depois desse tempo por lá, passei a estranhar como São Paulo, por exemplo, que esteve próximo de sofrer com falta de água, não tenha implantado campanha semelhante.

Gorjetas: em regra não é esperada, mas é apreciada. Sugestão fica na faixa de 10-20% do valor da conta. 

Comida: eu buscava sempre carne. Muito lamb – tinha até no café da manhã, eventualmente. Sempre muito bom.

Almofadas: em todos os quartos onde ficamos havia muitas almofadas e travesseiros. Era complicado onde largar tudo aquilo na hora de dormir. Parece ser tradição local.

Questão racial: o apartheid tem sequelas visíveis, com negros em postos de trabalho menos qualificados. Vimos muito pouca, ou praticamente nenhuma, miscigenação. Mas vimos casais inter-raciais, inclusive conversamos rapidamente com um de Moçambique no Aquário na Cidade do Cabo. Talvez seja a melhor forma de encerrar o preconceito, que naturalmente persiste.

Angola: na volta para o Brasil tínhamos mais tempo no aeroporto de Angola, na conexão para o Brasil. Aeroporto quente, infra meio caída. Não tem fingers. Conforme já tinha lido. Mas provamos algumas cervas locais. Achei tudo meio skol. O interessante foi a quantidade de vezes que conferiram nosso bilhete de embarque num simples embarque:
1º - para passar no raio x
2º - para entrar na área de embarque 
3º - para descer da área de embarque para o ônibus
4º - para entrar no ônibus 
5º - para subir a escada do avião
6º - para entrar no avião

Surreal! 

Taag: foi tranquilo, dentro do esperado, mas vários comandos (lazer, iluminação, chamada de comissário) não estavam funcionando. Nos 4 voos que pegamos, nenhum joystick funcionava no meu assento. Em dois dos voos, sequer a tela funcionava.


 

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  • 3 meses depois...
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@fabiomirandasp, agora já não me lembro mais, e sempre tem risco de os preços variarem. De qq forma, os preços atualizados estão no site.
https://www.citysightseeing.co.za/

Vale dizer que obtive desconto por ter usado o CS em Joburg. (guarde o bilhete!) Por ter comprado os do hop-on-off, também obtive desconto para outros passeios deles.

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19 minutos atrás, mcm disse:

@fabiomirandasp, agora já não me lembro mais, e sempre tem risco de os preços variarem. De qq forma, os preços atualizados estão no site.
https://www.citysightseeing.co.za/

Vale dizer que obtive desconto por ter usado o CS em Joburg. (guarde o bilhete!) Por ter comprado os do hop-on-off, também obtive desconto para outros passeios deles.

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