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Olá, galera! Retornei recentemente de uma viagem incrível pela Patagônia Argentina e Chilena, onde visitei El Calafate, El Chaltén, Puerto Natales, Punta Arenas e Ushuaia. No total, foram 17 dias de viagem, entre 21/11 e 07/12, aproveitando cada minuto intensamente. Voltei ao Brasil no dia 07/12 e agora vou contar para vocês como foi essa experiência surreal: dias perfeitos, paisagens absurdas e momentos inesquecíveis. Vou tentar relatar um pouco do que vivi, acompanhado de fotos. A Patagônia já estava na minha lista de desejos há bastante tempo, principalmente o sonho de conhecer o Fitz Roy. Comecei a me programar para essa viagem cerca de 6 meses antes e fui acompanhado, o que deixou tudo ainda mais especial. Se você tem um sonho de viagem, realize. Não importa como, quando ou com quantas pessoas, realize dentro das suas condições. Planejamento e roteiro No geral, percebi que a maioria fazia tudo por agência, com roteiros bem fechados. Eu queria algo diferente: um roteiro mais livre, que me permitisse conhecer o máximo possível da Patagônia, no meu ritmo. Então comecei a pesquisar preços, passagens e deslocamentos. Foi aí que decidi comprar tudo por conta própria. O roteiro ficou assim: 21/11 – Curitiba ✈ El Calafate (check-in) 22/11 – El Calafate (Minitrekking Perito Moreno, navegação e passarelas) 23/11 – El Calafate (cidade, Lago Argentino, Punta Walichu – reserva arqueológica e natural) 24/11 – El Calafate ➜ El Chaltén (Chorrillo del Salto e Mirador de los Cóndores) 25/11 – El Chaltén (Trekking Laguna Torre) 26/11 – El Chaltén (Trekking Fitz Roy, Laguna de los Tres e Laguna Capri) 27/11 – El Chaltén (cidade e lembrancinhas) 28/11 – El Chaltén ➜ Puerto Natales 29/11 – Puerto Natales (Trekking Base Torres) 30/11 – Puerto Natales (Full day Torres del Paine) 01/12 – Punta Arenas (cidade e Estreito de Magalhães) 02/12 – Puerto Natales ➜ Ushuaia 03/12 – Ushuaia (Trekking Laguna Esmeralda + Ojo de Albino) 04/12 – Ushuaia (Trekking Glaciar Vinciguerra + Laguna de los Témpanos) 05/12 – Ushuaia (Parque Nacional Tierra del Fuego: Laguna Negra, Bahía Lapataia, Laguna Roca, Trilha Costeira e Trem do Fim do Mundo) 06/12 – Ushuaia (cidade e compras) 07/12 – Ushuaia ✈ Curitiba (retorno) Valores e custos Muita gente comenta que a Argentina está cara — e realmente está. Em alguns aspectos, os preços lembram bastante a Europa. Alguns exemplos: Água de 2 litros em El Calafate: cerca de 4.000 pesos argentinos Dois pães tipo baguete: 2.500 pesos argentinos Pratos em El Chaltén (cordero ou parrilla): entre 35.000 e 40.000 pesos (aprox. R$ 133) A gasolina na Argentina era mais barata: em média 1.400 pesos por litro (cerca de R$ 5,33). Já no Chile, em Puerto Natales e Punta Arenas, o valor era mais alto, em torno de R$ 8,48 por litro. Por outro lado, achei a comida no Chile mais barata, com pratos em média de 15.000 pesos chilenos (aprox. R$ 90). Usei somente o cartão Astropay, que tem IOF zerado. Não usei dinheiro em espécie e funcionou em mercados, restaurantes, postos de gasolina e hospedagens. Peguei uma cotação muito boa: Argentina: 1 real = 280 pesos argentinos Chile: 1 real = 178 pesos chilenos Cheguei a fazer algumas conversões antes da viagem, mas a melhor taxa foi durante o período. No aeroporto de Buenos Aires (Aeroparque), o câmbio estava em torno de 260 pesos, até compensava, mas não precisei usar. Seguro viagem Contratei o Allianz Travel por R$ 175,00, não precisei utilizar. Chip de celular Comprei um chip em El Calafate por 11.410 pesos argentinos (cerca de R$ 40,75), com 15 GB, ligações ilimitadas e validade de 15 dias. Valeu muito a pena. Usei principalmente para GPS; nas trilhas o sinal é limitado e à noite utilizava o Wi-Fi do hotel. Hospedagem El Calafate – Hotel y Cabañas Las Marías Ótima experiência. Quarto grande, bem ventilado e extremamente limpo. Café da manhã simples, mas aceitável. Lugar tranquilo e silencioso. Dono muito receptivo. Recomendo. El Chaltén – Posada San Antonio O quarto era pequeno e tivemos um problema inicial com o ralo do banheiro, que entupia. Tirando isso, o hostel tem um bom espaço para cozinhar, café da manhã muito bom e recepcionistas super atenciosas, sempre explicando sobre as trilhas e a cidade. No geral, foi uma boa experiência. Puerto Natales – Casa Luna Natales A hospedagem é excelente, mas tivemos um contratempo: o dono aceitava apenas pagamento em dinheiro, o que não constava no Booking. Chegamos por volta das 17h e tivemos dificuldade para encontrar Western Union aberta. No fim, ele conseguiu uma máquina de cartão. Tirando isso, foi a melhor hospedagem da viagem: quarto grande, suíte com banheira, higiene impecável e uma vista linda para as montanhas. Recomendo muito. Ushuaia – Hotel Mustapic Excelente hotel, com vista panorâmica da cidade e das montanhas. Quarto grande, bem aquecido, café da manhã maravilhoso, espaço para trabalhar e possibilidade de guardar malas após o check-out sem custo adicional. Recomendo demais. Passagens aéreas Paguei R$ 3.168,00, voando com a Aerolíneas Argentinas: Curitiba ➜ El Calafate (escala em Buenos Aires – Aeroparque) El Calafate ➜ Ushuaia Ushuaia ➜ Curitiba (escala em Buenos Aires – Aeroparque) Os voos tiveram atrasos de cerca de 2 horas na ida e na volta, mas nada que impactasse o roteiro. Aluguel de carro Aluguei com a Always: 11 diárias, Carro automático – Categoria D, Fiat Cronos 1.3 CVT Valor total: R$ 2.840,00 Caução: 1.000.000 de pesos argentinos (necessário limite no cartão de crédito internacional) Condutor adicional incluso Documento para cruzar a fronteira Argentina ➜ Chile (El Chaltén ➜ Puerto Natales) A locadora fornece o documento impresso, que precisa ser carimbado na fronteira. Não tive nenhum problema com o carro, experiência excelente. Site: https://www.always.ar/ O que levei Viajei com uma mala despachada de 23 kg, uma mala de mão de 10 kg e uma mochila de 3 kg. No voo doméstico entre El Calafate e Ushuaia, o limite era 8 kg para a mala de mão, mala de despachar o limite era 15 Kg, mas não pesaram a mala de mão, então foi tranquilo. Levei roupas e equipamentos adequados para o clima e trilhas: jaqueta impermeável/corta-vento, fleece, pluma, calça impermeável, calça térmica, gorro, luvas, bandanas, botas de trekking, bastões, mochila de 30 L, reservatório de água, protetor solar e labial, power bank, entre outros. O que senti falta foi um óculos específico para neve, pois o reflexo é muito forte. Dicas extras Ingressos: Minitrekking Perito Moreno: 45.000 pesos argentinos, o estudante é somente nacional. Laguna Torre: chegamos cedo (7h) e o ingresso só aceitava cartão físico ou dinheiro. Havia desconto para duas pessoas se você trouxesse o ingresso do parque nacional dos glaciares. Em vez de pagar 90 mil pesos, pagamos 45 mil pesos. Fitz Roy: fizemos o amanhecer, então não havia cobrança na portaria. Estacionamento: Gratuito e tranquilo tanto para a Laguna Torre quanto para o Fitz Roy, inclusive de madrugada. Ushuaia: Para a Laguna Esmeralda, fomos de Uber e combinamos o retorno com o motorista. Ele acabou se tornando nosso guia e nos levou também para trilhas no Parque Nacional Tierra del Fuego. Uma experiência excelente, praticamente como contratar uma agência. Vou deixar o contato dele que permitiu e, recomendo muito o motorista Max telefone +54 9 2901 47 3665, pode chamar ele no WhatsApp e falar que foi o Marcio que recomendou do trekking Laguna Esmeralda e do parque Tierra del Fuelgo. Resumo final Antes da viagem, publiquei no Mochileiros e conheci a @cmori7, que fez um roteiro parecido. Conversamos, combinamos e acabamos nos encontrando durante a viagem. Fizemos juntos o trekking da Laguna Esmeralda e o Parque Nacional Tierra del Fuego. Experiência incrível. Obrigado @cmori7 por compartilhar essa experiência de viagem, ela é testemunha de como estava o clima por lá rsrs... Pegamos dias perfeitos, com sol e céu azul e no final de viagem peguei neve em Ushuaia. No Brasil, a previsão só indicava chuva. Um dia antes da viagem, parei de olhar o clima. Ao chegar em El Calafate, fui presenteado com um pôr do sol absurdo. O único dia de chuva foi em Punta Arenas, e ainda assim, rápida. Os próprios moradores dizem que é raro pegar 15 dias seguidos de bom tempo na Patagônia. Tivemos muita sorte, o que deixou a viagem ainda mais especial. Agora deixo as fotos falarem por mim e tentarem explicar um pouco do que vivi nessa primavera de 2025, entre novembro e dezembro, na Patagônia Argentina e Chilena.7 pontos
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Pessoal, vou compartilhar o relato da minha viagem incrível pela Patagônia Argentina e espero que ajude alguém, já que sempre consigo dicas incríveis por aqui. Viajei com uma amiga no início de agosto de 2025 e nossa viagem foi: RJ x Buenos Aires x Ushuaia x El Calafate x Buenos Aires x RJ. Dia 04 de Agosto, segunda-feira: Chegamos em Buenos Aires, no AEP, já era noite, por volta das 21h. Muito frio e muito vento. Pegamos um uber e foi bem tranquilo. Nos hospedamos em um Airbnb na Recoleta, que ficava nos arredores do cemitério. Excelente apartamento, muito bem localizado (Peña, 2033). Deixamos as malas e saímos para comer alguma coisa. Comemos em um restaurante de massas, chamado Cuotidiano, em frente ao cemitério da Recoleta e tomamos nossa primeira Quilmes da viagem!!! A comida estava boa, mas não excelente. A massa estava muito, muito ao dente, mas de resto, tudo ok. Andamos de volta pro nosso ap, compramos cerveja no caminho e é incrível como essa cidade funciona bem até tarde, e nos sentimos muito seguras durante todo o trajeto. Dia 05 de Agosto, terça-feira: Acordamos e já fomos pra rua tomar café da manhã. Conhecemos uma cafeteria na Recoleta, chamada Tónico Café, super charmosa. Estava tocando MPB e o café da manhã superou as expectativas. Em seguida fomos ao mercado para abastecer minimamente o ap. Deixamos tudo em casa e fomos bater perna. Andamos até o centro, passeamos pelo Obelisco, andamos pela Avenida 9 de Julho e paramos para almoçar no restaurante Las Cañas, muito bom por sinal. Depois, andamos pela Rua Florida e de lá pegamos um uber até o mercado de San Telmo. Conhecemos o mercado e de lá andamos até Puerto Madero, onde sentamos para tomar um chopp geladinho, apesar do frio que estava fazendo. Tomamos um chopp no restaurante Juan Bautista Parrila, mas não gostamos do atendimento, então fomos para o bar chamado Boleo, que gostamos bastante. Voltamos de uber pro nosso ap, exaustas de tanto andar, rs. Nesse dia pegamos umas empanadas e comemos com o resto da massa que tinha sobrado do jantar de ontem. O dia foi cansativo, porém incrível, exatamente como queríamos! Dia 06 de Agosto, quarta-feira: Iniciamos o dia na busca por sacar dinheiro, pois não queríamos chegar em Ushuaia sem dinheiro em espécie. Que saga. Andamos muito, tentamos de tudo, mas não conseguimos. Almoçamos uma pizza deliciosa num bar próximo ao cemitério, chamado Nane e seguimos passeando. Resolvemos andar até Palermo para passear e tentar sacar dinheiro de lá. Conhecemos o Jardim Botânico de Palermo e andamos muito pelo bairro. Não conseguimos pegar dinheiro, rs. Voltamos a pé para a Recoleta, sim, a gente anda pra caramba kkkkk Tomamos um sorvete no Freddo e depois sentamos pra tomar um chopp num bar na praça do cemitério, chamado Blest. Retornamos pro nosso apartamento e ficamos batendo papo e planejando o que faríamos no dia seguinte. Consegui entrar em contato com uma agência de brasileiros e fechamos o transfer pro Aeroporto no dia seguinte e eles fizeram o câmbio pra gente. Não foi o cenário financeiro mais favorável, porém resolveu nosso problema, rs. Isso resolvido, fomos descansar pro dia seguinte. Dia 07 de Agosto, quinta-feira: Logo cedo já deixamos tudo organizado e saímos para passear pela Recoleta. Fomos andando até a incrível faculdade de direito e em seguida à Floralis Genérica, voltamos pro nosso ap e partimos com o transfer pro Aeroporto AEP para pegar nosso voo para o tão sonhado Fin Del Mundo. No AEP fizemos o check-in, despachamos as malas e fomos comer no Mc Donalds. Que perrengue!!!! A máquina de auto atendimento bloqueou dois cartões nossos, e isso fez uma diferença muito grande (negativa, claro), no nosso planejamento. Mas, perrengues à parte, pegamos nosso voo rumo ao sonho de conhecer Ushuaia. O voo foi um pesadelo, quase 4h de duração, pessoas mal educadas e barulhentas, mas enfim chegamos. O Aeroporto de Ushuaia é lindo demais, todo em madeira, um encanto! Chegamos lá a noite, então não tivemos aquele impacto da vista, mas nada tirou o brilho de chegar nessa cidade incrivelmente linda! Pegamos um uber e fomos para nossa hospedagem, um airbnb. O Apartamento ficava mais afastado do que tínhamos imaginado (Av. Hipólito Bouchard, 691). Em Ushuaia é ideal se hospedar nas proximidades da rua principal, que é a Avenida San Martin, pois a partir dela, tudo é subida. Tipo muita, muita subida. Nosso apartamento ficava cerca de 5 ruas acima dessa avenida, então, para variar, andamos muito. Deixamos as malas no apartamento e fomos andando até o mercado para abastecer. Tivemos que andar com cuidado, pois tinha gelo na rua. Na volta, optamos por pegar uber, pois era muita subida. Dia 08 de Agosto, sexta-feira: Acordamos cedo para aproveitar o dia ao máximo. Como era inverno, o dia amanhecia por volta das 09h. Tomamos café da manhã e fomos a pé até o centro. Nada nos preparou para as vistas que tivemos no caminho, juro. As montanhas nevadas ao nosso redor são simplesmente surreais de lindas! Nesse primeiro dia, passeamos pela orla, a famosa Avenida Maipu, tiramos muitas fotos e lá mesmo, nas casinhas coloridas reservamos o passeio de barco do Canal Beagle para a parte da tarde. Isso feito, fomos passear na Avenida San Martin. Resolvemos entrar na agência de turismo Brasileiros em Ushuaia para fazer cotação dos passeios. Fomos muito bem atendidas e resolvemos fechar os passeios todos com eles, pois já tínhamos ideia dos preços e achamos os valores bem razoáveis. Com essa parte resolvida, fomos almoçar num restaurante que gostamos muito e valeu super a pena: La Casa de los Mariscos. Passeamos mais um pouco e fomos para o passeio. Ouvimos diversas opiniões sobre esse passeio, algumas pessoas dizendo que não era legal, que não valia a pena, então estávamos sem saber o que esperar. Mas nós amamos o passeio, faria novamente sem dúvidas, é simplesmente lindo demais, vale muito a pena! No trajeto passamos pela Ilha onde tem vários leões marinhos, além de uma ave que de longe parece pinguim, cujo nome é cormorão-imperial. Passamos também pelo Farol do Fim do Mundo, que é lindo e rende boas fotos! Muitas pessoas reclamam do cheiro forte da ilha dos leões marinhos e da ilha do Farol, que também tem os mesmos animais, mas sinceramente, não achei nada demais. Claro que onde tem animais selvagens, tem cheiro né, mas nada que prejudique o passeio, na minha opinião. No final da tarde retornamos do passeio e fomos bater perna na Avenida San Martin, entramos em lojinhas, lanchamos em uma cafeteria dentro de uma galeria, compramos lanche para o passeio do dia seguinte, passamos no mercado La Anonima, que fica nessa mesma avenida e voltamos pro nosso apartamento. Resolvemos voltar andando e foi terrível kkkk andamos igual dois camelos, não recomendo rs Dia 09 de Agosto, sábado: Acordamos bem cedinho e fomos para o ponto de encontro da agência, local de onde saem a maior parte dos passeios. Nesse dia fizemos o passeio ao Parque Nacional Tierra Del Fuego. Pegamos o ônibus e só tinha Brasileiro rs O passeio é lindo demais, o parque é sensacional, enorme, a guia muito boa, explicando tudo no caminho, simplesmente demais! Fizemos pequenas trilhas pelo parque, tiramos muitas fotos lindas e fomos para a parte do parque onde pegaríamos o trem. Sim, o famoso passeio do Trem do Fim do Mundo. O trem é lindo, muito confortável, e durante o passeio a gente recebeu um fone de ouvido, e pudemos ouvir a história do trem em português. Achei o passeio lindo e considero imperdível, sinceramente. É uma experiencia única. O parque não fica longe do centro de Ushuaia, então esse passeio todo levou metade do dia. Na hora do almoço estávamos de volta, e por dica da guia, fomos almoçar no restaurante El Turco. Comida bem gostosa, bem preço, atendimento bem ruim. Nesse dia teria um evento no Glaciar Martial que queríamos muito assistir, então após o almoço, andamos até a placa de Ushuaia, tiramos fotinhas e pegamos de lá mesmo um uber até o Glaciar, que fica a uns 15/20 minutos do centro. O Evento em questão era a Bajada de Antorchas, que vimos pela internet e achamos muito interessante. Chegamos no Glaciar e o lugar é lindo, lindo!, a casinha de chá e as lojinhas são verdadeiros cenários de filme. Lá dentro tem uma cervejaria e claro q ficamos por lá até começar o evento. Tomamos umas cervejas bem gostosas e quando o evento ia começar, por volta das 20h, subimos para ver. Que decepção! Não dava para ver absolutamente nada! Tentamos de tudo, tentamos de todos os lugares, mas nada. O local estava muito cheio e começamos a ficar com receio de não conseguir condução para voltar, então resolvemos ir embora antes do final do evento. Aí começa o perrengue. Fecharam a estrada por conta do evento e não subia nem taxi nem uber. Voltamos para a cervejaria e nos falaram que a via somente seria liberada após o final do evento, ou seja, às 06h da manhã. Então, decidimos voltar andando até o ponto que poderíamos chamar um uber. Começamos a descer pela estrada, pois na calçada tinha muito gelo. Tinha mais uma brasileira conosco, ela estava viajando sozinha e passou pelo mesmo perrengue que nós. Conforme íamos descendo, percebemos que várias pessoas estavam fazendo o mesmo. Brasileiros, todos brasileiros, rs. No caminho entramos em um hotel grande, onde tentamos chamar um taxi, porém a via ainda estava fechada e nem carro ia subir. Continuamos a descer a pé. Resumindo: 15 minutos de uber viraram 2h de caminhada até o centro de Ushuaia. Muito cansativo, mas levamos de boa, fomos rindo e acabamos nos divertindo com o contratempo, afinal, era a viagem dos sonhos e não seria isso que estragaria o passeio! Chegando no centro, pegamos um uber e fomos para casa, finalmente, as duas mortas com farofa kkkk Dia 10 de Agosto, domingo: Acordamos muito cedo, pois o carro da agência nos buscaria no apartamento para o passeio com o 4x4. Esse passeio incluía almoço e duraria metade do dia. Pensem num arrependimento... O passeio é muito, muito ruim. O motorista força a barra pra ficar sacudindo o carro, tentando dar mais emoção ao passeio, mas isso apenas tornou tudo mais constrangedor, só tinha brasileiro no nosso carro e ninguém curtiu. No meio do passeio, à beira do lago, serviram queijos, petiscos e vinho. Voltamos para o carro, para mais momentos constrangedores e finalmente fizemos a parada para o almoço. Almoço de razoável para dispensável, sinceramente. No retorno, ficamos no Park Austral para curtir o resto do dia. Aí foi só sucesso, finalmente! O Park é muito lindo, vale muito conhecer e fazer aas atividades que eles oferecem. Os funcionários são muito legais e dispostos a ajudar no que precisamos. De primeira fizemos o passeio de quadriciclo. Sensacional, muito legal mesmo, veículo fácil de conduzir, paisagens de tirar o fôlego. Em seguida fomos fazer o passeio de motonove. Nesse passeio, precisamos andar cerca de 10 minutos para chegar até o local. Nesse caminho é necessário ter muita atenção, pois tinha muito gelo e toda hora alguém escorregava. Mas foi muito divertido, a moto é pesada para conduzir, mas logo a gente pega jeito. Nesse local, fica o espaço para fazer o skibunda. Nós compramos, porém não tivemos coragem de descer, pois tinha mais gelo do que neve e ficamos com medo de fazer alguma lesão que prejudicasse o resto da viagem. Na volta brincamos na neve, tiramos foto e voltamos para o início do parque. Em seguida, fizemos uma caminhada com raquetes, que são um equipamento que acopla na bota para poder caminhar na neve sem afundar os pés. Vimos uma outra parte do parque, onde tinha bastante neve e foi realmente muito legal. Tivemos a oportunidade de ver cavalos selvagens, que são lindos! Voltamos para o centro de Ushuaia com o transfer do Park já no início da noite e ficamos andando pelas lojinhas, compramos um lanche e voltamos pra casa. Dia 11 de Agosto, segunda-feira: Acordamos um pouco mais tarde, pois tiramos esse dia para curtir o Park Austral novamente, e não tinha necessidade de madrugar. Fomos caminhando até o ponto de encontro da agência e pegamos o ônibus deles até o parque. Como tínhamos uma refeição incluída, almoçamos por lá e a comida era bem mais ou menos, mas deu pro gasto, rs. Ficamos ali pelo parque curtindo o local, e depois fomos para o outro lado do parque descer com as boias. É muito divertido, tanto para adultos como para crianças, bem legal mesmo, adoramos. Voltamos para o centro do parque e ficamos tomando uma cervejinha até dar a hora de fazer o passeio de motoneve à noite. Como eu já tinha falado antes, o caminho é perigoso, pois tem muito gelo e as pessoas escorregam. Minha amiga infelizmente levou um tombo e machucou o braço. Mas ela não se abalou e apesar da dor, seguimos para o passeio. Foi meio tenso, confesso, pois ficamos com medo de cair o tempo todo, já que fica muito escuro. O parque deveria oferecer grampones para colocarmos nas botas, ou mesmo as raquetes, para evitar que as pessoas caiam. Inclusive falei isso com o funcionário responsável que estava lá, mas não sei se adiantou muita coisa. Na volta, comemos um fondue com vinho no parque mesmo, que estava incluído na experiência. Estava bem gostoso, mas infelizmente minha amiga estava com muita dor. Quando voltamos para o centro de Ushuaia, a van nos deixou no hospital. Lá, ela foi rapidamente atendida e preciso dizer que o atendimento foi muito bom. Ela tirou uma radiografia, que a princípio não apontou nenhuma fratura, então fomos pra casa e vida que segue. Deixamos tudo arrumado, pois no dia seguinte, à tarde, pegaríamos o voo para El Calafate. Dia 12 de Agosto, terça-feira: Terminamos de organizar tudo e fomos para o centro fazer comprinhas. Não medimos muito bem o tempo, e acabamos fazendo tudo meio que correndo, mas conseguimos dar conta. Rs Como não daria tempo de sentar e almoçar, pegamos uma pizza no Big Pizza e levamos para comer no apartamento. Pizza muito gostosa e no precinho camarada, super recomendo. Fomos para o aeroporto com transfer da agência, que a Paula conseguiu para nós, em compensação por algumas atividades que pagamos e não fizemos no parque, bem como pelo tombo que minha amiga levou. O Aeroporto de Ushuaia fica próximo á cidade e logo chegamos. Momento de despedida dessa cidade linda que ganhou nossos corações. Obrigada Ushuaia, valeu cada minuto, superou muito as expectativas e deixou um gostinho de “quero mais”!!!! Pegamos nosso voo para Calafate e ficamos estrategicamente do lado esquerdo do avião. Nosso voo foi no meio do dia e posso falar que é um passeio extra. É lindo demais esse voo, recomendo programar para durante o dia, pois a viagem é linda. A vista da cordilheira toda nevada é algo que não dá pra explicar! Chegamos em El Calafate cerca de 1h depois, é bem rapidinho mesmo. Chegamos com o dia claro ainda, e pegamos um taxi no aeroporto. Lá não tem uber e como não tínhamos programado transfer, não teve alternativa. O Taxi cobra valor fechado e todos cobram o mesmo valor, pelo que entendi. Não foi barato, custou cerca de R$140,00 por pessoa. Nossa hospedagem, um apartamento de airbnb, ficava muito bem localizado, numa rua paralela à avenida principal da cidade, a Avenida Libertador. O apartamento era uma graça, todo equipado. Deixamos as malas e fomos pra rua. Fomos ao mercado La Anonima, na avenida principal e nos abastecemos. Depois fomos até a agência Brasileiros em El Calafate, onde fechamos o transfer para o aeroporto, que ficou bem mais em conta do que o taxi. Fomos bater perna, comprar lanche para levar para o passeio do dia seguinte e passeamos muito pelo centrinho. Lá é bem pequeno, mas o lugar é lindo. Andamos pelas inúmeras lojinhas e fomos comer no restaurante indicado pelo atendente da agência, o Bokado Tratoria. Maravilhoso. Eu comi uma lasanha de legumes, minha amiga comeu uma carne. Pratos fartos, preço justo, ainda levamos metade da comida para casa, pois vem muita coisa. Eles servem um bolinho de cortesia, não sei de que é, mas é muito bom. O restaurante ficava em frente ao nosso apartamento, o que foi muito bom, pois estava muito frio. Dia 13 de Agosto, quarta-feira: Acordamos bem cedinho, ainda estava escuro e fomos até a agência Hielo & Aventura, de onde pegaríamos o ônibus para ir até o Parque Nacional Los Glaciares. O trajeto até o parque levou creca de 1h e foi bem tranquilo. Já no parque, fizemos o check in na bilheteria e fomos até um mirante, de onde pudemos avistar o incrível Perito Moreno pela primeira vez. Partimos então para o barco que nos levaria até o ponto de saída do trecking. Chegando no local, deixamos nossos pertences e tinha água e café. Todos organizados, seguimos para o trecking. O trecking é bem tranquilo, inicialmente andamos entre umas pedras e um terreno meio rochoso, mas bem leve o percurso. No inverno só temos que tomar cuidado com o gelo para não escorregar. Paramos em uma espécie de praia, com uma areia preta e diversos pedaços que se desprendem do glaciar, e que rendem ótimas fotos. Seguimos a caminhada até uma espécie de mirante, de onde também tiramos lindas fotos com o glaciar de fundo. Após isso, chegamos no local onde colocamos os grampones nas botas para iniciar a caminhada sobre o gelo. Andar com os grampones é super fácil, não é pesado e dá muita segurança. Aí começa a melhor parte, o trecking no Glaciar Perito Moreno. Não tem como descrever, foi a coisa mais incrível que já fiz na vida, nunca vi nada tão lindo. O trajeto é muito tranquilo, muito seguro, os guias são ótimos. No caminho paramos para tomar água do glaciar, que por sinal é bem gostosa. Paradas para fotos e mais histórias dos guias sobre o Glaciar e seguimos até o ponto onde servem whiskey e/ou água com gelo da geleira, q eles tiram na nossa frente. É bem legal, uma coisa bem diferente. Depois disso começamos a descer o glaciar, ou seja, o passeio estava acabando. A sensação que tive foi que andamos mais até chegar ao glaciar, do que propriamente nele e isso foi um pouco frustrante, mas faria esse passeio mais mil vezes. Esse passeio foi o mini trecking. Talvez o Big Ice (que estava fechado quando fui), seja mais completo e não dê essa sensação. Mas deve ser mais puxado também. Uma observação: durante a caminhada no gelo, não podemos tirar as luvas em momento nenhum, então isso pode dificultar par quem vai tirar fotos exclusivamente com o celular (meu caso). Burlei a regra da luva algumas vezes para não ficar sem fotos, claro. Dica: não faça esse trecking com roupa muito quente, pois andamos o tempo inteiro e acaba ficando calor, mesmo no inverno! Tiramos os grampones e fizemos a caminhada de volta ao refúgio, onde teríamos 1h para comer o lanche que levamos. Atenção para o fato de que se você não levar seu lanche, não vai comer, pois nesse refúgio não tem nada para vender, apenas mesas e banheiro. Comer olhando para o glaciar foi sensacional, cada detalhe faz parte dessa experiência única. Após, retornamos ao barco e pegamos novamente a van da agência, que nos deixou nas passarelas. Tivemos um tempo para andar pelas passarelas, que tem diversos caminhos, todos muito bem demarcados. Das passarelas temos uma visão mais ampla do glaciar e é muito impactante. Como fomos no inverno, não estava lotado, mas tinha bastante gente. No verão, deve ser bem difícil circular por ali. Nesse dia de passeio, conhecemos o lado sul do Perito Moreno, que fica de frente para as passarelas. Das passarelas é possível ver e/ou ouvir quando um pedaço de gelo se desprende. Não aconteceu com a gente, rs. No inverno é mais incomum. No ponto de encontro da van tem uma cafeteria e uma lojinha, olhamos, mas tudo realmente bem caro, rs. Voltamos a El Calafate, percurso rápido e tranquilo. Passeamos pelo centro, andamos pelas lojinhas e pela feirinha de artesanato, que é pequena mas tem muita coisa legal. Resolvemos comer novamente no Bokado Tratoria, pois a comida é muito boa e o preço também. Não demoramos, pois estava muito frio e logo fomos embora, pois no dia seguinte também tinha passeio cedo. Dia 14 de agosto, quinta-feira: Acordamos bem cedo, pois a van da agência nos buscaria em uma pousada em frente ao nosso airbnb. Fechamos esse passeio com a civitatis e só tenho elogios, super profissionais, deu tudo certo. Fomos com a van até o puerto La Soledad e pegamos o barco do passeio. Esse foi o passeio: Barco e Trilha pelo Parque Nacional de Los Glaciares com almoço. Navegamos pelo belíssimo Lago Argentino e fomos passando inicialmente por diversos pequenos glaciares e por pedaços de gelo que se desprendem dos glaciares maiores. Lindo demais. Passamos literalmente por todos os glaciares da região: Glaciar Seco, Glaciar Heim, e Glaciar Spegazzini, que é super alto e imponente. Venta demais no lado de fora do barco e é quase impossível aguentar ficar lá. Apesar disso, todos ficam, pois o visual é de tirar o fôlego. Depois, navegamos até Puerto de Las Vacas, descemos do barco e fizemos uma trilha. Na verdade foi uma caminhada bem, bem leve, com paradas para fotos e ouvir a história do local. Durou mais ou menos 40/50 minutos e voltamos ao barco. Voltamos para o barco e seguimos em direção ao Glaciar Upsala (terceiro glaciar mais extenso do hemisfério sul). Depois de algum tempo admirando esse presente da natureza, seguimos viagem. Nesse momento, serviram o almoço. Optamos pela opção vegetariana, que consistia em um sanduíche enorme e muito bem recheado, uma delícia mesmo. Vieram também dois tomatinhos cereja e dois pedaços de pão, que também estavam bem gostosos. Para acompanhar, serviram uma taça de vinho e de sobremesa, um delicioso mousse de doce de leite com calafate. Divino. Após o almoço, seguimos em direção à parede norte do Glaciar Perito Moreno. É lindo, impactante, emocionante. Sem palavras para descrever essa experiência. Nos despedimos do Perito Moreno e voltamos ao porto para pegar a nossa van. Já em El Calafate, resolvemos andar pelas lojinhas do centro e fazer nossas comprinhas, já que iríamos embora no dia seguinte. Paramos em um restaurante de massa próximo à agência, na Avenida Libertador, Buenos Cruces Pasta Bar. Não comemos lá, apenas tomamos uma cerveja. Acabamos conhecendo um grupo de brasileiros muito gente boa do RJ, Friburgo. Eles comeram lá e gostaram muito, mas acharam caro. Voltamos ao apartamento e deixamos tudo organizado para aproveitar o ultimo dia na Patagônia Argentina. Dia 15 de agosto, sexta-feira: Fizemos o check out no apartamento e deixamos nossas malas na agência Brasileiros em El Calafate, pois sairíamos de lá para o aeroporto. Andamos pela Avenida Del Libertador, entramos na Intendência Parque Nacional Los Glaciares. É pequeno, mas bem conservado e bem bonito. Provamos o sorvete de Calafate. Sensacional, que frutinha gostosa! Almoçamos no Big Pizza e voltamos para a agência. O trajeto até o aeroporto levou uns 20/30 minutos. A sorte foi que chegamos cedo, pois a fila estava gigantesca. Check in feito, tudo certo, hora do até logo Patagônia. Sim, até logo, pois será difícil não voltar aqui! O voo para Buenos Aires foi tranquilo. Pegamos uber até o airbnb na Recoleta e foi tudo tranquilo. Fomos ao mercado para abastecer um pouco e na volta sentamos no restaurante Mala Cara para jantar. Comemos um nhoque recheado que estava delicioso, aprovado! Dia 16 de agosto, sábado: Tiramos o dia para comprar os vinhos que queríamos, então nos preparamos para bater perna mesmo! Andamos pela Recoleta inteira e acabamos encontrando um chino que estava com preços muito bons. Seguimos até a feirinha da Recoleta e adoramos, andamos muito por lá e fizemos até umas comprinhas. Resolvemos almoçar em um restaurante com aparência duvidosa e não deu outra... terrível kkkkkk, mas valeu a experiência rs Na volta, pegamos os vinhos e seguimos para casa. Tínhamos escolhido um bar secreto para conhecer, e fizemos cadastro ainda no RJ. Sim, eles pedem para fazer cadastro no site e somente depois do cadastro, te mandam o endereço. O nome do local é El Purgatorio. Sim, você literalmente precisa ser aceito no purgatório. Como a reserva já estava feita, fomos lá conhecer. Para entrar você tem que falar uma espécie de código ou palavra-chave, sei lá, mas entramos. A decoração do lugar é demais, um purgatório mesmo. Fomos direcionadas à mesa principal. Sim, no meio do bar tem uma mesa gigante, onde pessoas que nunca se viram na vida sentam juntas e incrivelmente, funciona. Uma garçonete veio nos atender e tirou as cartas, como se fosse um jogo de tarô, para q tirássemos na sorte o drink que íamos experimentar. Topamos e foi bem divertido. Mas infelizmente os drinks não estavam bons e eram caríssimos. Passamos rapidamente pra boa em velha cervejinha. A noite, de forma geral, foi bem agradável, o bar não é barato, longe disso, mas acho que vale conhecer. Dia 17 de agosto, domingo: Último dia dessa viagem incrível, tão sonhada e tão planejada! Como não podia deixar de ser, passamos o domingo na feirinha de San Telmo. Estava chuviscando, mas deu para andar tranquilamente e ver a feira toda. Fizemos ótimas comprinhas de ultima hora. Vale dizer que os preços não são absurdos, de forma geral. E muitas barracas aceitam pix, o que ajuda muito. Almoçamos no restaurante Impasto (Defensa 588). Restaurante lindo, elegante, excelente atendimento, comida deliciosa, com direito a entradinhas (caldo e pães). Não preciso falar que os pratos vêm super bem servidos, né. Eu comi metade, minha amiga também, levamos o resto para comer antes de ir para o aeroporto. Achamos o preço bom, principalmente considerando a experiência completa. Voltarei com certeza, meu favorito em CABA até agora. Andamos mais um pouco pela feira e voltamos ao apartamento para arrumas as malas. A ida para o aeroporto (AEP) foi tranquila e rápida, de uber. A Argentina mais uma vez nos recebeu de braços abertos e nos surpreendeu com paisagens fenomenais e experiências inesquecíveis!7 pontos
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se for pra se guiar com seus relatos, sempre vai ser melhor ficar em casa 😂😂😂😂😂5 pontos
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Sim amigo... mochilar não é sobre dormir na rua, passar perrengue... é sobre viajar livre! Cada um viaja de acordo com sua condição, mas o importante é ir... e ir livre!4 pontos
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Olá amigos e amigas mochileiros! A Costa Rica sempre foi um destino que me interessou muito, principalmente para conhecer o famoso estilo pura vida de viver. Enfim, começo deste ano comprei passagens para lá para comemorar o aniversário de 3 anos do meu filho. Fomos nesta trip, eu, minha esposa e ele, o aniversariante. O planejamento foi o seguinte. Me vali muito das contribuições dos amigos aqui no Mochileiros.com, especialmente da @SilviaAlves e @JanaCometti. 13/11: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em San Jose/Costa Rica 14/11: Dia livre em San Jose 15/11: saída de San Jose com destino e pernoite em Puerto Viejo 16 e 17/11: dia livre em Puerto Viejo 18/11: saída de Puerto Viejo com destino e pernoite em La Fortuna 19/11: dia livre em La Fortuna 20/11: saída de La Fortuna com destino e pernoite em Alajuela 21/11: retorno da Costa Rica para o Brasil ---- PREPARAÇÃO ---- A preparação envolveu reservar as hospedagens antecipadamente e a reserva do carro. Não comprei/agendei nenhum passeio antes. Fomos livres para decidir o que faríamos em cada dia. A locação do carro foi fundamental e recomendo muito. Deu liberdade para se locomover, fora que o transporte público lá não é muito eficiente, pelo que perguntei. A preparação também envolveu emitir a Carteira de Vacinação da Febre Amarela do meu filho. Ele já tomou a primeira dose e as informações constavam no portal Meu SUS Digital. Enfim, tudo pronto, SQN kkkk Tive um mini-infarto (rsrsrs) 1 semana antes da viagem ao conferir o meu certificado de vacinação. Ele é da época (2014) em que a vacina tinha data de validade de 10 anos. O meu estava vencido desde 2024. O da minha esposa é de 2015 e constava com validade TO LIFE. Saí pesquisando e acionando contatos e todos me confirmavam que a primeira coisa pedida na imigração era o comprovante de vacina da febre amarela. Achei que não tinha saída, pois não daria tempo de tomar a vacina novamente. Pequisei e descobri que o entendimento mudou em 2015, salvo engano, e que uma vez vacinado já estava ok. Menos mal. Descobri também que quem tem o certificado impresso “vencido” deve pedir a atualização no site da ANVISA. Fiz isso na noite do domingo e segunda de manhã meu CIVP já estava emitido e atualizado. Deixo aqui o site para aqueles que precisarem: https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia De fato, no check in em Curitiba, no embarque em Lima (minha conexão) e desembarque na Costa Rica, em todos os momentos foram pedidos o CIVP. Fica a dica para atentar-se com relação a isto. Dia 1 - 13/11: saída de Curitiba/PR com destino e pernoite em San Jose/Costa Rica Os voos foram tranquilos. Chegamos em San Jose perto das 16h. A imigração foi tranquila e, como disse, a primeira coisa pedida foi o certificado de vacina. Perguntas normais sobre onde nos hospedaríamos, quando deixaríamos o país e um parabéns ao meu filho pelo cumpleaños no dia seguinte. Saímos e fomos buscar carro locado pela Sixt. Logo no desembarque tinha um rapaz com uma placa da SIXT. Ele pediu o meu nome e já confirmou numa planilha que eu tinha a reserva. Nos acompanhou até uma área externa para pegar a van para ir retirar o carro. Aqui o bicho pegou. Ficamos uns 40 min em pé esperando a van. O motivo: o trânsito intenso ao redor do aeroporto. Realmente é caótico. O horário, 16h e tanto, e depois fui confirmar que é qualquer horário do dia, é tudo travado ao redor do aeroporto. Muito caminhão e acessos que se travam por conta do alto tráfego. Chegamos na SIXT e fomos bem recebidos pelo TONY. Procedimento normal e nos deram um carro superior. Eu havia locado um SUV médio (Geely Coolray), mas ofereceram um Geely Okavango (sem placa, zero km, com 7 lugares) pelo mesmo preço. DICA: o motorista da van da SIXT orientou usar o Waze ao invés do Google Maps, disse que é mais preciso do que o outro. De fato foi melhor usar o Waze. Segundo: orientou a me programar para entregar o carro com mais de 3 horas de antecedência no dia do retorno, por conta do trânsito. Carro ok e malas embarcada, pegamos aquele trânsito intenso (com chuva) para irmos ao nosso Airbnb em San Jose. Foram 1h40m de trânsito para rodar os 23km até a nossa hospedagem, no bairro YOSES SUR. Chegamos lá já noite. Creio que perto das 20h. Fomos bem recebidos pelo porteiro e já subimos para agilizar algo para comer e dormir pois havíamos acordado as 4h da manhã para pegar o voo as 7h. Resolvemos pedir uma pizza via Uber Eats e aqui já vi que de fato a Costa Rica é cara kkkk. Uma pizza que era para ser grande, mas na verdade era média, e uma água com gás custou 13.500 colones, o que deu cerca de 150 reais. Enfim, faz parte rsrs. Dia 2 - 14/11: Dia livre em San Jose Tiramos este dia para passear em San Jose. Saímos por volta das 9h para tomar café da manhã em alguma padaria local. Encontramos no TripAdvisor. Chama Trigo Miel e pudemos experimentar o nosso primeiro Gallo Pinto, prato típico do café da manhã costa riquenho. Vem torradas, arroz com feijão bem temperado (as vezes com bastante pimenta e coentro – se não gostar de coentro, como eu, já pergunta antes se tem coriandro), ovos e banana madura frita ou patacones. DICA: estacionei o carro na rua. Reparei que existem marcações e que precisa ativar um app para pagar a utilização da vaga, assim como diversas cidades no Brasil. Como não tinha o app, busquei um totén onde podia pagar com cartão. Paguei e seguindo a dica da atendente da padaria, vc deve inserir o cartão na máquina (não funciona aproximação) e aguardar até o final para concluir o pagamento. O café da manhã com 1 gallo pinto, 1 torradas com huevos revoltos, um suco de laranja grande e um café preto grande custou US$ 11,96 (com taxas da Avenue – sempre vou colocar o valor que debitou do cartão e não o efetivamente cobrado). Do café da manhã fomos para o centrão da cidade. Objetivo foi visitar o Teatro Nacional da Costa Rica, a Catedral e também o Mercado Central. Passeios que sempre buscamos fazer nas cidades. O Teatro Nacional é muito bonito. Muitos detalhes em ouro e arquitetura tradicional para esse tipo de edifício do final dos anos de 1800. Não foi necessário marcar com antecedência. Entramos num grupo de adolescentes de uma escola do interior da Costa Rica. Foi muito legal. O ingresso meu e da esposa custou US$ 14,43 (com taxas da Avenue – sempre vou colocar o valor que debitou do cartão e não o efetivamente cobrado). Gostamos muito da visita pq iniciou normal com a pessoa (Claudia, salvo engano) apresentando o Teatro, até que entra em cena um rapaz (ator) simulando ser o espírito do arquiteto do Teatro. Foi muito legal, engajou bastante o público, em especial os adolescentes. Aí a moça sai de cena e o ator continua o passeio. Até ela volta como outra personagem. Muito legal. Não vou contar muito pq caso vc faça a visita, não perderá o encanto. Mas foi a primeira vez de uma visita guiada com atores. Sensacional. De lá fomos para o Mercado Central para almoçar. Um ponto para compartilhar: pedimos informação para dois policiais. Foram muitos gentis e nos indicaram o caminho. Quando estávamos saindo um deles reparou que minha esposa estava com um cordão (bijuteria) de ouro. Recomendou tirar para evitar problemas. O Mercado Central é como a maioria da América Latina, intenso em cores, sabores e experiência. Nós adoramos essa experiência de Mercado Central. Rodamos as lojas e fomos até a área dos restaurantes. Escolhi um para comer um Casado (prato feito típico deles) e minha esposa escolheu um que vendia Empanadas. Mas não se engane, são diferentes das argentinas. Puxam mais para uma Arepa da Colômbia. As empanadas deles são feitas com uma massa de milho amarelo, como se fosse uma pamonha, recheada e frita. Bem gostosa. Tanto de carne quanto queijo. Comemos várias vezes ao longo da viagem. Em Puerto Viejo são fritas, mas depois assadas numa churrasqueira para esquentar e ficar crocante. Bem interessante. De lá fomos até a Catedral. Bem bonita, seguindo o padrão latino-americano. Um altar bem adornado e uma capacidade para muitos fiéis. Não costumo tirar foto dentro de igrejas, mas meu filho aproveitou a tranquilidade do local para tirar uma soneca rsrsrs. Depois terminamos o passeio visitando o Mercado de Artesanias de San Jose. Esperava mais rsrs. Várias lojinhas, mas tudo aquilo comercial que se encontra em outras lojas, não artesões e coisas mais manuais. De qualquer forma, compramos uns regalos. Finalizamos o dia passando no mercado (Wallmart) e brincando com o filhão na pracinha em frente ao Airbnb. >>> CONTINUO NOS COMENTÁRIO4 pontos
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Voo muito longo eu pago o assento, eu não sobrevivo na fila do meio num voo mais de 5-6h. Voo curto de até umas 4h vai na sorte, ninguém morre por ficar 3h separado da mulher 😁. Pegue a economia e jante num restaurante bom.4 pontos
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E aí, pessoal! Espero que estejam bem! Venho compartilhar um pouco da minha viagem pela Patagônia chilena e argentina feita sozinha entre os dias 20/11 e 07/12/25. Optei por fazer o relato dividido em tópicos para tentar deixar as informações mais organizadas, focando no que eu acho que poderá ajudar mais outras pessoas (baseadas nas dúvidas e informações que eu mesma procurei para organizar o meu roteiro!). Ao longo do relato criei alguns links que podem ajudar. E se quiserem saber mais alguma coisa, ou que eu detalhe melhor, só me pedir! E para não ficar um único post muito extenso, vou fazer por partes, mas segue o que vocês encontrarão por aqui: 1. Contexto e Planejamento 2. Bagagens 2.1. Vestuário 2.2. Demais itens 3. Roteiro 4. Clima 5. Dinheiro / câmbio 6. Hospedagens 7. Transporte 8. Alimentação 9. Passeios ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1) CONTEXTO E PLANEJAMENTO Patagônia estava na minha lista há pelo menos 10 anos (quando conheci esse fórum). Tinha como critérios para a viagem fugir da alta temporada e pegar um clima bom (ainda que seja instável, queria minimizar os riscos de ter o roteiro com muitas alterações no meio do caminho). Nas pesquisas vi que um bom período seria no início do verão ou no final dele. Sempre tento otimizar os dias de férias do trabalho (como todo bom CLT hhahahha) então peguei 15 dias que viraram 19 pela emenda do feriado de 20/11. Então casou bem com o período que queria viajar. Meu estilo de viagem é mais correria mesmo pra tentar otimizar os dias e conhecer o máximo possível e não tanto em profundidade/qualidade (penso que posso voltar numa outra oportunidade para conhecer melhor, e caso não volte, fico satisfeita em ter conhecido os pontos fortes de cada lugar). Foi minha segunda viagem solo, sendo a primeira internacional com foco em turismo. O roteiro foi quase que milimetricamente desenhado justamente para conseguir fazer tudo o que eu queria e otimizar os dias de viagem (mesmo que sacrificando um pouco o orçamento - vinha me planejando para isso há bastante tempo). Comprei as passagens de avião da ida e da volta no final de junho. Fiz a maioria das reservas de hospedagem inicialmente pelo booking.com em julho/agosto. Em todas as reservas, optei pela tarifa com cancelamento gratuito, que no final foi bom porque acabei achando melhores opções/preços e consegui fazer os cancelamentos sem taxas. A passagem de avião El Calafate -> Ushuaia eu só comprei no começo de novembro porque fiquei monitorando os preços e não baixava nunca! hahaha. E quando baixou, eu não comprei e me ferrei. Aí comprei quando baixou um pouquinho e porque já estava muito próximo da viagem. Todos os trajetos de ônibus comprei com cerca de 2-3 semanas de antecedência aqui do Brasil, pagando com o cartão Wise. Nunca tinha feito trilha, apesar de curtir a ideia/vibe, mas já vinha me preparando mental e fisicamente para elas ao longo de 2025. Deixei para decidir a ordem dos passeios, principalmente das trilhas, bem perto das datas programadas para levar em consideração a previsão do tempo. O único passeio que fechei com antecedência foi o mini trekking no Perito Moreno. Internet: eSIM com 10GB disponíveis - usei apenas 2,1GB a viagem inteira. Era basicamente Google Maps/Drive e WhatsApp e sempre que estava na hospedagem ou em algum estabelecimento, usava o WiFi. E claro, peguei muita informação nos relatos daqui e tive muita ajuda de vcs! Já fica o agradecimento! 2) BAGAGENS 1 mochilão de 40L (modelo 'Travel 100' da Forclaz / Decathlon) como bagagem de mão / mala de cabine (peso ~8-9kg) As roupas foram organizadas entre bolsinhas de compressão (packing cubes) e sacos à vácuo para itens mais volumosos (calças de trilha e casacos) 1 mochila 30L como item pessoal (peso ~3-4kg) 1 pochete com os documentos 2.1) Vestuário 1 calça tipo cargo de sarja leve (sempre ia vestida com elas durante os trajetos. Confortável, com elástico na cintura e na barra para não ficar arrastando no chão, principalmente pra usar banheiros hehehe) 2 calças de trilha, sendo 1 tipo 'modular' (vira shorts) e outra mais quentinha para neve (forrada por dentro) - ambas Decathlon 1 legging de trilha Decathlon 1 legging / segunda pele Decathlon 1 calça pantalona soltinha (para andar pela cidade ou ficar nas hospedagens) 4 camisetas Insider (vestindo uma delas) 1 blusinha viscose 1 camiseta algodão 1 manga longa 70% merino Decathlon 1 manga longa segunda pele genérica Shopee 1 shorts de academia + 1 regata (ficar nas hospedagens / pijama) 3 tops de academia + 1 sutiã (vestindo) 10 calcinhas 2 pares de meias para trilha Selene (vestindo uma delas) 2 pares de meias cano baixo (para o outro tênis que levei) 2 pares de meias cano médio tipo 'dry fit' Lupo 1 Casaco impermeável e corta vento Decathlon 1 Casaco 'híbrido' (corta vento e fleece por dentro) Kailash 1 Fleece Decathlon 2 echarpes / lenços 1 par de luvas 1 gorro 1 boné 2 bandanas circulares 1 faixa / joelheira 1 chinelo 1 par de tênis casual (Vans Ultrarange) 1 par de botas de trilha Vegano Shoes (sempre vestindo nos trajetos) 2.2) Demais itens Eletrônicos: fone de ouvido, câmera, tripé, powerbank, cabos e carregadores, adaptador universal de tomada, etc. Kit básico de medicamentos conforme já estou habituada a usar Kit de higiene e cuidados com a pele (todos em frascos pequenos em quantidades suficientes para a viagem) Um 'pipizito' de silicone mais molinho, dobrável, tipo um urinol para mulheres conseguirem fazer xixi em pé (AliExpress). Óculos de grau extra Óculos de sol 2 cadeados para malas / lockers 1 lanterna pequena 1 lanterna de cabeça 1 toalha de microfibra grande (banho) 2 toalhas de microfibra pequenas (rosto) 2 fronhas (sempre levo, prefiro usar as minhas hehehe) 1 ecobag dobrável 1 malinha dobrável 1 térmica pequena para café (250ml) 1 garrafa térmica para água (1L) 1 copo de silicone retrátil (não precisei usar) 1 kit de talheres dobráveis 2 potinhos para levar comidinhas/lanches, sendo 1 de silicone retrátil 3 sachês drip coffee (viciadinha de leve xD) 3 sachês de whey protein 30g cada 3) ROTEIRO 20/11/25 (5a feira): ✈ São Paulo (BR) --> Punta Arenas (CL) Voo de madrugada com conexão em Santiago Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado 21/11/25 (6a feira): 🛌🏻 Punta Arenas (CL) Manhã: Passeio Navegação Ilhas Marta e Magdalena Tarde: Passeio Forte Bulnes 22/11/25 (sábado): 🚍 Punta Arenas --> Puerto Natales (CL) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 10:00h) Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado e fechar passeios. 23/11/25 (domingo): 🛌🏻 Puerto Natales (CL) Trilha até Base de Torres del Paine (optei por fazer com agência e detalho melhor no tópico dos passeios) 24/11/25 (2a feira): 🛌🏻 Puerto Natales (CL) Manhã: Passeio Navegação Balmaceda e Serrano Tarde: livre / descanso 25/11/25 (3a feira): 🚍 Puerto Natales (CL) --> El Calafate (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 7:30h). Processo da fronteira foi super tranquilo, sem filas ou esperas muito longas. O trajeto completo de uma cidade a outra levou 6h no total. Tarde: livre para passear pela cidade, fazer mercado e fechar passeios. 26/11/25 (4a feira): 🛌🏻 El Calafate (AR) Passeio Todo Glaciares 27/11/25 (5a feira): 🛌🏻 El Calafate (AR) Passeio Glaciar Perito Moreno + Mini trekking 28/11/25 (6a feira): 🚍 El Calafate --> El Chaltén (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 8:00h). Precisa pagar uma 'taxa de uso do terminal' em um guichê específico antes de se apresentar no ônibus. 3.000 ARS. Tarde: Trilha Chorrillo del Salto 29/11/25 (sábado): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Trilha Laguna de Los Tres / Senda Fitz Roy 30/11/25 (domingo): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Mirador de los Cóndores / Mirador de las Águilas 01/12/25 (2a feira): 🛌🏻 El Chaltén (AR) Glaciar Huemul e Lago del Desierto 02/12/25 (3a feira): 🚍 El Chaltén --> El Calafate + ✈ El Calafate --> Ushuaia (AR) Manhã: trajeto de ônibus (saída às 8:00h). Também precisa pagar a 'taxa de uso do terminal'. 2.000 ARS. Desci na parada do aeroporto; precisa avisar o motorista pois a bagagem fica separada de quem desce na rodoviária. Tarde: voo pra Ushuaia (era às 15:30h mas atrasou pouco mais de 1h). 03/12/25 (4a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Trilha Laguna Esmeralda (com @omarciopereira e Clarice) Tarde: livre para passear pela cidade e fechar passeios. 04/12/25 (5a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Passeio Navegação Isla Redonda Tarde: Passeio Navegação Canal Beagle 05/12/25 (6a feira): 🛌🏻 Ushuaia (AR) Manhã: Passeio Parque Tierra del Fuego (com @omarciopereira e Clarice) Tarde: livre para passear pela cidade e arrumar as mochilas 06/12/25 (sábado): ✈ Ushuaia --> Buenos Aires (AR) --> São Paulo (BR) Manhã: terminar de arrumar as mochilas Tarde: voo para Buenos Aires (18:40h) 07/12/25 (domingo): ✈ Buenos Aires (AR) --> São Paulo (BR) Voo de madrugada e chegada em SP às 6h. 4) CLIMA Reforçando o @omarciopereira (que fez a viagem com a Clarice no mesmo período, mas com itinerário um pouco diferente - o relato dele está aqui com mais informações e dicas boas!), demos MUITA sorte com o clima. Apesar de já ser um período favorável por si só, sabemos da instabilidade patagônica - quase sempre vai acabar com muito vento, montanhas encobertas e alguma chuva no meio do dia. Pegamos praticamente todos os dias de céu azul e limpo. Em Ushuaia, peguei um pouco de chuva no passeio do Canal Beagle; e no meu retorno da Laguna Esmeralda, peguei uns 2 minutos de uma leve neve - apesar de ter achado que eram mini granizos na hora (capturei minha reação em vídeo, foi engraçado!). Apesar não ser o auge do verão, já escurece bem tarde, por volta das 21h30 - dá pra aproveitar muito mais o dia! Na real, me deu até uma bugada, porque eu queria ir dormir cedo, mas nunca conseguia hhahahha. 5) DINHEIRO / CÂMBIO Levei os cartões de débito Wise e Nomad e outros 3 cartões de crédito de bancos diferentes como plano B (não precisei usar). Fui comprando dólares aos poucos ao longo de 2025, concentrando principalmente na Wise porque a cotação sempre era melhor do que na Nomad. Nesse período, peguei a cotação de 1 USD variando entre ~5,40 a ~5,80 BRL considerando VET (taxa efetiva final com IOF e taxas de conversão). Fiz apenas 1 saque em caixa eletrônico durante a viagem inteira, lá no aeroporto de Santiago (durante a minha conexão), usando o cartão da Wise. A ideia era pagar o hostel porque tinha lido que só aceitavam pagamento em dinheiro, mas aceitaram cartão e não houve nenhum acréscimo no valor por isso, então paguei com Wise mesmo. Saquei 100.000 CLP e o caixa (do banco Santander) cobrou 8.500 de taxa. Isso me custou 117,16 USD no total (com a taxa do banco e da conversão da Wise). Fui usando esse dinheiro para compras no mercado e alguns restaurantes, tanto em Punta Arenas como em Puerto Natales. O restante que sobrou (pouco) eu troquei por ARS numa casa de câmbio em El Calafate (nem vi a cotação, só troquei) e usei pra pagar as taxas das rodoviárias e algumas lembrancinhas. Todo o restante dos gastos paguei usando os cartões da Wise ou da Nomad (só usei Nomad quando acabava o saldo da Wise e só percebia quando a compra era recusada por falta de saldo ahhahaha). Foram aceitos em todos os lugares que passei. E dei sorte do dólar não estar tão alto durante a viagem, então ia comprando na Wise conforme necessário. Também paguei algumas coisas usando transferência bancária pela Wise (explico melhor em outro tópicos do relato) e link de pagamento de alguns passeios, também usando o cartão da Wise. Cotações aproximadas na época (valores que eu usava pra converter de cabeça): 1000 CLP = 6 BRL 1000 ARS = 4 BRL (continua...)3 pontos
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Dia 26 de dezembro de 2026 sairemos em 2 carros e 6 pessoas para essa expedição até o final da Carretera Austral do Chile. De quebra vamos passar na ida da Argentina ao Chile em Fiambalá e o Paso San Francisco e na volta passaremos do Chile a Argentina pelo Paso Roballos e conheceremos a ruta 41 até Los Antiguos que dizem ser muito cênica. Na minha Duster, vamos eu Marcelo e a Josiane do PR, a Nara do RS e o Fred de Minas. No outro carro, um Jeep Compass vão o meu amigo mineiro André e sua esposa Neusa. Como no trecho de Puerto Rio Tranquilo a Villa Cerro Castillo nós já passamos em outra viagem vamos desviar deste trecho e ir para Puerto Rio Ibañes para passar para Chille Chico navegando pelo lago General Carrera via ferry boat (balsa). Na volta ao Brasil cruzaremos o norte do Uruguai para adicionarmos mais um país e deixarmos nossa companheira Nara em Canoas RS e voltar pela BR 101 que é bem mais tranquila até Floripa.3 pontos
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Ele definiu o roteiro e viajou por conta. O fórum não está restrito a relatos gastando o mínimo possível, acampando, usando worldpackers, deslocamentos por carona, etc. Cada um compartilha sua experiência, roteiro, dá dicas e vai de cada pessoa adaptar pra sua realidade, da forma que prefere viajar.3 pontos
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Tenho que discordar. Não existe nenhuma regra e/ou obrigação de colocarem juntos somente porque estão no mesmo PRN/Localizador. Tanto é fato que um único PRN pode ser usado, por exemplo, para um grupo de passageiros (7, 8, 9...). Como colocar todos juntos? O que acontece é que as companhias "tradicionais" fazem o "melhor possível" para acomodar um casal conjuntamente. Algumas também possuem regras internas de sempre manter crianças até 12/14 anos junto com um dos viajantes adultos e outras tem essa mesma regra mas obrigam que o adulto pague pelo assento (é mole?). Exemplo clássico é a Ryanair. A probabilidade de serem alocados juntos é grande? Sim, é (principalmente se for Swiss, Lufthansa, Air France, BA, etc). É 100%? Não, não é. Entonces... se quer ficar coladinho com ela, pague a conta. Caso contrário, Davi já deu o caminho das pedras3 pontos
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Eu acredito que todos os destinos que relacionasse seriam extraordinários. É claro que cada um deles tem um 'ponto alto'. Digo que seja justo assumir que as capitais (Santiago e Buenos Aires) te ofereçam experiências com foco arquitetônico e gastronômico (isso não significa que não encontrarás isso nos demais destinos, apenas enfatizo o que acredito ser 'destaque'). Ademais, creio que seja fundamental dizer que, dos destinos que mencionasse, eu conheço apenas El Calafate e El Chaltén (onde já estive, se for somar, cerca de 20 dias em duas viagens), quais fazem parte da Patagônia Sul Argentina. El Calafate é o HUB argentino da Patagônia Sul, normalmente você chegará primeiro lá. Além disso, temos o incontestável Perito Moreno há cerca de 80km da cidade, que é uma atração imperdível. El Chaltén é considerada a capital do trekking argentino, e eu teria dificuldade em dizer quão incrível é estar lá (para quem ama hiking/trekking e natureza). Você pode ficar 15 dias lá e sempre terá algo para fazer, porém é um destino qual eu indicaria, no máximo, um bate e volta para pessoas que não desejam fazer trilha. Se você não gosta ou não pode fazer trilha, simplesmente vale muito pouco a pena ir até lá (considerando outras alternativas disponíveis). Ainda assim, a cidadezinha é charmosa e conta com uma estrutura que deixaria muitas outras 'a ver navios'. Sobre os demais destinos, falarei o que sei deles (e tenho roteiros prontos em DOC para cada um deles, juro para ti, salvo para Mendoza que não me interessa muito, mas já pesquisei a respeito). Buenos Aires me parece ser um destino com foco gastronômico, naturalmente há muito mais o que ser visto na capital argentina. Para mim, que sou de SC, tenho considerado fazer uma viagem de 04 dias para lá, com minha família, em um ritmo descontraído. Mendoza é daqueles destinos que se você não decide explicitamente ir até lá, dificilmente colocaria em um roteiro. A região toda é conhecida principalmente pelos vinhedos. Se você curte esse tipo de experiência (conhecer o processo de fabricação de vinhos e experimentá-los), vale a pena. Aqui dependerá de quantos vinhedos desejarás conhecer, mas acredito que 03 dias seja o suficiente. Santiago, ao meu ver, se confunde muito com Buenos Aires, mas com uma pegada menos gastronômica e com mais opções de passeios. Quase todas as atrações envolvem pegar um transfer até o determinado ponto. Também seria um destino mais 'família' na minha agenda. Normalmente se prevê 04 dias na cidade. A Patagônia Norte Chilena, com Puerto Montt (que é o HUB de lá), e seus arredores próximos (Frutillar e Osorno) e os distantes (Pucón e Villarrica) é definitivamente um destino que requer muito deslocamento rodoviário. Sei que a @Juliana Champi publicou um relato de viagem (acho que já faz um ou dois anos) onde ela e sua família fizeram o 'Circuito dos Vulcões' chilenos, qual achei sensacional. Acho que é possível fazê-lo de ônibus, salvo algumas restrições. É difícil estimar quantos dias para aproveitar bem a região, mas considerando os recorrentes deslocamentos, creio que ao menos 05 dias sejam precisos para conhecer as principais atrações. Recentemente tenho pesquisado sobre Bariloche (na Patagônia Norte Argentina), estou tentando montar um roteiro que aproveite bem a cidade e também o 'Circuito dos Sete Lagos', que fica próximo da cidade. Considerando todas as atrações que mais me atraíram, e desejando fazer uma viagem menos agitada (em termos de correria), descontando os dias de vinda e retorno, penso que seria necessário, ao menos, 05 dias para conseguir aproveitar bem. Depois desse textão (como sempre), considerando tudo o que eu já disse, toda alma que ama a natureza deveria ter a chance de passar UMA SEMANA em El Chaltén. A sensação de chegar de ônibus na cidade, vendo o Fitz Roy pela janela, descer na rodoviária e percorrer a avenida principal da cidade até tua hospedagem. Ver tanta gente de tantos lugares. E aí dar uma boa volta pela cidade (que tem cerca de 2km de extensão, é minúscula) ou já se pré-aquecer fazendo o mirante próximo (só para sentir a vibe dos próximos dias). Daí nos próximos dias acordar cedo, tomar um bom café, colocar a roupa de trilha, a mochila nas costas, e sair em direção as trilhas (ou quando for o caso, pegar o transfer de apoio até o início delas). Percorrer as trilhas no teu ritmo, cada uma com suas características, sempre te levando a um 'gran finale'. Se tiveres disposta a investir um pouco mais, existem algumas experiências que valem muito a pena, como um ice trek (similar aos que são vendidos no Perito Moreno, mas lógico, não são sobre ele), passeio a cavalo em estâncias ou rafting. No meio disso tudo, ainda vale passar um dia de boas na cidade, comendo e bebendo. Enfim, é isso, eu diria para fazeres, nessa ordem, Ushuaia (surpreende), El Calafate (Perito Moreno é sensacional), El Chaltén (o ápice absoluto), e aí, visto que tens bastante dias, incluir Bariloche (começa a desacelerar sem perder a intensidade) e depois até uns dias em Buenos Aires (volta a realidade).3 pontos
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Saudações, mochileiros! O conto da vez é uma pequena andança de um mês que fiz entre a terra do queijo e da pamonha! Apesar de ter ido em lugares conhecidíssimos, notei que o fórum carece de relatos recentes de tais lugares, então, informação a mais não vai doer, não? O período escolhido foi o mês de agosto de 2025, como em vários anos, pois considero agosto um mês frio e seco em muitos lugares do país, além de não ser alta temporada. O roteiro original era ficar apenas em Goiás, e fazer o caminho de Cora Coralina, porém não levei em conta que agosto é o mês mais seco em Goiás, inclusive com o sumiço de algumas cachoeiras e várias queimadas de época, o que poderia comprometer esta caminhada. Como estava devendo uma viagem a Minas, resolvi que andaria entre os dois estados. A sequência foi: BH, Alto Caparaó, Ouro Preto, São João del Rei/Tiradentes/Bichinho, Pirenópolis, Goiânia e Caldas Novas. Sem maiores delongas, vamos lá. Belo Horizonte. Após aproximadamente 14 horas de viagem de ônibus de Goiânia, chego de madrugada na capital mineira, com a manhã inteira para conhecer um pouco do centro da cidade antes de procurar o hostel onde iria dormir nos próximos dias. Chegando em BH, já tive a impressão de que se tratava de uma selva de pedra ENORME e cercada por pequenas serras. Decidi que me hospedaria na região do Santa Efigênia, que junto com o Savassi, é conhecida por ser uma região de bares e restaurantes para aquele happy hour básico (embora eu não beba). Andando pelo centro, passei pela praça da liberdade, uma das referências locais. Infelizmente, como estava muito cedo, e por ser sábado, não tinham museus abertos. Na verdade, a praça estava bem vazia. Por medo de cruzar com nóia (sim, a cidade também tem muito morador de rua na região central, problemas de capital), fiquei por pouco tempo ali. Passei pelo museu da moda (que à primeira vista parece mais uma capela), pelo Santuário São José (muito bonito, por sinal), e pelo mercado municipal, um dos MELHORES lugares para conhecer! Muitos produtos regionais para quem ama o famoso queijo/leite mineiro e boas opções de comida, com alguns estabelecimentos tradicionais por lá. Comi várias vezes no ponto da empada, por lá. A empada recheada deles é uma coisa divina, além do bolo com queijo e coco e claro, o pão de queijo. Quase chorei com a empada com frango/catupiry. Descobri também que por lá eles comem bastante jiló. Está aí um trem que não gostei, amargo demais para meu paladar nortista. Achei bem legal a personalização de alguns semáforos de pedestre. Depois do almoço, resolvi bater no principal parque da região, o Américo Renné Giannetti, considerado o patrimônio mais antigo da capital. Um grande espaço cercado com flora nativa e exótica, alguns lagos com barquinho e pedalinho, espaços para a prática de esportes e ainda por cima um parque de diversões cheio em pleno meio-dia! Fiquei surpreso de forma positiva com a beleza e grandeza daquele espaço! Sentei-me embaixo de uma árvore e fiquei contemplando aquele movimento todo. Aprende, Manaus, aprende Depois de fazer o check-in no hostel, tirei um cochilo, e para fechar o dia fui no museu mineiro, que conta com um acervo de peças de arte sacra e espaços que contam parte da história do estado. A propósito, este faz parte do circuito liberdade, que envolve vários museus da região, onde o visitante pode fazer uma sequência de visitas. No domingo, era dia da famosa feira hippie de BH. Posso dizer que a feira é IMENSA, ocupando vários quarteirões. Entretanto, achei ela meio fraca de variedade, sendo a maior parte dela, roupas. Reparei em como o belo-horizontino aparentemente gosta de um acarajé, pois vi vários quiosques dessa iguaria. Tirei a manhã toda aqui e no parque Américo. Após isso, peguei um bus para o rumo do bairro mangabeiras, para conhecer os dois parques vizinhos que lá se encontram. Primeiramente, visitei o parque da serra do curral. O ambiente é bem agradável para uma trilha matutina, mas fiquei um pouco desapontado ao saber que a trilha era limitada até uma parte não muito distante do portão. Há trilhas mais longas que só podem ser feitas “com agendamento” (ou na clandestinidade, imagino). Mas o mirante de BH não deixa de ser um belo atrativo. Uma visita rápida. Após isso, conheci o Parque Municipal da Mangabeiras propriamente dito, esse um dos grandes queridões da cidade! O espaço é ENORME! Tanto que há um micro ônibus que faz uma volta em alguns pontos para pegar ou deixar visitantes. O parque é muito legal, com vários espaços lindos e bem organizados para a família, grupos de amigos, ou mesmo forasteiros solitários como eu. Uma manhã ou uma tarde inteira são facilmente dedicados a este parque. Infelizmente a praça do papa, outro ponto turístico badalado de bêagá, estava em reforma, logo não pude conhecer ou tirar fotos. Fica para a próxima. Entretanto, não muito longe dali, há o Mirante do Mangabeiras, um point do final de tarde que LOTA de gente querendo assistir o pôr do sol. É um lugar interessante pro final de tarde. Diz que dá quati, mas não vi nenhum na ocasião. Na segunda, praticamente tudo estava fechado para a manutenção de rotina, e como estava sem nada para fazer, arrisquei um pulinho na lagoa da Pampulha, outro cartão-postal da cidade. Apesar de tudo fechado, ao menos deu para dar uma corridinha na beira do lago, pensar na vida e tirar algumas fotos. BH -> Alto Caparaó Após alguns dias conhecendo a capital mineira, era hora de animar de verdade minha viagem. Precisava de trilhas e serras. Dito isso, parti para o município de Alto Caparaó, na divisa leste entre Minas e Espírito Santo e lar do grandioso Pico da Bandeira, um dos pontos mais altos do país (atualmente o terceiro). Enfim, era o que queria. De BH não há bus direto: é necessário pegar um ônibus ou para Manhuaçu, ou para Manhumirim, e de lá pegar uma linha urbana que vai até Alto Caparaó. Blablacar direto para Alto Caparaó é quase inexistente. Cheguei ao anoitecer, e apesar de haverem muitas pousadas, hotéis e afins, não tinha feito reservas. Por boas recomendações no google, resolvi ficar no Camping da Inês, e cara, a escolha se provou muito acertada! A Própria Inês e seu filho foram muito gente boa e prestativos durante meus dias na cidade, inclusive ao me emprestarem um colchonete para o chão frio e ao compartilharem um pouco de café em pó. O lugar é bonito, agradável, tem um pequeno riacho do lado, uma cozinha compartilhada, água quente e redes/balanços. Não queria mais nada. Se quer uma estadia barata e não faz questão de quarto, esta é uma ótima opção. Antes de enfim subir o parque do Caparaó, tirei um dia para descansar, organizar a mochila e conhecer a cidade (até pq na quarta o parque fecha). O município é bem pequeno e passa uma vibe tranquila, com belas vistas dos grandes cumes que me cercavam, imponentes, e vários campos de cultivo cafeeiro (pelo que vi a cidade tem se destacado pelos seus premiados cafés). Também haviam várias agências turísticas com roteiros para atrações vizinhas (que acabei não indo desta vez). A cidade literalmente se recolhe depois das 19:00, uma coisa bastante curiosa e comum de pequenos municípios de “interiorzão”. No dia seguinte, enfim era hora de começar a pequena jornada até o Pico da bandeira. Primeiramente precisei ir para a portaria do parque, onde fiz o cadastro de visitante e peguei uma “senha” (que deve ser entregue na volta). Por MUITA sorte, o porteiro convenceu um casal a me dar uma carona de carro até a base da Tronqueira, e aqui vai uma informação importante: se você estiver sem meio de transporte, ARRUME um, pague carona, peça na portaria, qualquer coisa, pois o ramal de acesso tem mais ou menos 6 fucking KM num desnível contínuo de quase 700m! Parece pouco, mas não é, as pernas serão bem judiadas se você for andando. Ah, eles não deixam moto subir, o motivo, esqueci de perguntar. Ah, minas e suas paisagens... A tronqueira é a primeira opção de acampamento para quem sobe o parque pelo lado mineiro. Depois tem o terreirão, alguns km mais acima (e pessoalmente acho a melhor alternativa). No caminho há o vale encantado, e como era bem cedinho, não dispensei um bom banho de água Gelada (o gê maiúsculo foi proposital). Cacetada, bote Gelada nisso! Mergulho de 10, 15 segundos e o corpo todo já ficava dormente, isso com sol! Apesar disso, a linda e transparente água de montanha. Apesar do pico da bandeira ser alto para os padrões brazucas (2892m), o seu acesso é por uma trilha bem tranquila, mais de boas do que as trilhas de montanhas paranaenses, por exemplo. Só o cume importa Cheguei mais ou menos meio-dia no Terreirão, e este vazio, graças a Deus! Poderia armar minha barraca onde quisesse e ter um pouco de tranquilidade (ao menos até os primeiros grupinhos chegarem). Uma pena, pensei que iria subir sozinho. Ali há uma curiosa casa de pedra onde alguns podem dormir dentro para fugir do vento e frio. Aquele trem de noite me lembrava a casa da bruxa de Blair, isso sim. O sol misturado com o friozinho, os tico-ticos esmolando comida, a paz, e o silêncio daquele recanto permitiram que eu desse um cochilo ali, no gramado da frente da casa de pedra. Inacreditável. Como sabia que dormiria pouco pela parte da noite, esta siesta foi mais que bem-vinda. Ao passar da tarde, foram chegando os primeiros grupos que iriam pernoitar para subir de madrugada. Como estava fora da alta temporada e era um dia de semana, não foi tanta gente. O tempo fechou pela tarde, o que gerou certo receio, mas estava consultando a previsão do tempo, e para aqueles dias pegaria o céu majoritariamente limpo. Estava torcendo para um pouco de geada no gramado e barracas, pois estava fazendo negativo de madrugada. Noite em curso, não havia mais nada a fazer a não ser recolher-me na barraca e tentar dormir. O frio, somado à barulheira dos grupos preparando a janta e enchendo o rabo de álcool, não ajudou muito. Cochilava e acordava, tentando aquecer onde estava incomodando. Para passar o tempo, lia um pouco nos livros que tinha no smartphone... 3 da matina. Hora de levantar e começar a subida. A noite estava linda, céu aberto e lua cheia, o que permitiu que eu andasse boa parte da trilha de lanterna desligada. Aparentemente eu era o segundo a subir (uma iniciante subiu mais cedo com um guia, e cheguei até a ultrapassá-la), e ver as luzinhas da fileira de lanternas mais embaixo era bem legal. A trilha em si é bem demarcada, com fita refletora em todo o caminho. Seja com luz vermelha ou branca, o caminho magicamente aparece para você como um corredor de pontos luminosos. Demais! Cheguei mais ou menos às 5 horas nas dependências da famosa cruz. Cheguei cedo demais! O Frio e vento eram bem intensos ali em cima, e logo me arrependi de não ter levado o saco de dormir. Mas era suportável. Observar o “lado” de Espírito Santo e as luzinhas dos pequenos municípios do vale embaixo foi uma agradável experiência. Aninhei-me entre algumas pedras para tentar fugir do vento, fiquei quietinho e mil coisas passaram pela cabeça naquele tempo sozinho... O ato 1 do astro-rei foi divino! Por alguns minutos deixamos de lado nossas dores, preocupações, tremedeiras e problemas para admirarmos aquele pequeno pedaço da existência em si e toda a sua beleza. Muito bonito! Como estava ventando muito, era quase impossível armar o tripé na pedra para tirar fotos, fazendo-me esmolar umas mãozinhas dos que ali estavam presentes. O próximo papel de parede do meu PC já estava garantido! Natureza contemplada, registros feitos, e um praise the sun realizado, era hora de descer. Mesmo com sol e céu aberto, fazia mais ou menos 1, 2 graus. Para completar, uma bela cólica se manifestando lá em cima. Motivação a mais para descer até o terreirão um pouquinho mais rápido (mas admirando os cumes vizinhos). Infelizmente não teve tapetão de nuvens naquele dia. Ploft feito no banheiro do terreirão, banho tomado, era hora de enfim desarmar a barraca, arrumar a mochila e descer. Foi tudo às mil maravilhas até o DESCIDÃO da tronqueira, pois como estava sem carro, precisei descer na “primeira marcha” por 2 horas até a entrada. Um porre! Mas com bom humor, sabendo que tinha conhecido mais um lugar que namorava por anos pela tela do PC Alto Caparaó -> Ouro Preto Após algumas pesquisas de rotas de ônibus, saio cedinho de Alto Caparaó no primeiro ônibus do dia para Manhuaçu. O objetivo: pegar um buzu que passe por Ouro Preto sem precisar ir para BH primeiro. As linhas e horários são limitadíssimos, mas enfim tinha conseguido uma linha. Mesmo assim a viagem levaria umas horinhas, e chegaria na histórica cidade no final da tarde, somente. Desço na rodovia, bem na entrada do parque estadual do Itacolomi, que infelizmente encontrava-se fechado por N motivos. Apesar de saber que existem trilhas alternativas que nos levam ao pico do Itacolomi, um dos patrimônios naturais de Ouro Preto, não sabia se iria arriscar o feito. Em todo o caso, fica a dica, pegue as rotas num wikiloc da vida e seja feliz, até porque tem cachoeira no caminho “clandestino” =D Como era sábado, a parte boêmia do centro histórico estava bem animada, e logo de cara fiquei encantado com o nível de conservação das estruturas antigas da cidade (pontes de pedra, casas, ruas de paralelepípedo, etc)...a influência portuguesa das edificações era bem evidente em cada esquina, dando aquele aspecto “europeu” à região central. Me diz se essa esquina não lembra o cs_italy? Outro aspecto bem marcante da cidade são os ladeirões, sim, causa número um das reclamações de quem já tem o joelho um pouco véi pôdi comprometido, tem questões com sedentarismo ou alguma dorzinha da idade. Como o corpo do índio véio aqui já é acostumado com esse tipo de terreno, não me senti incomodado ao subir e descer pelas ruas ao longo dos dias. pernas pra que te quero, ein! Outra curiosidade é a presença de várias repúblicas, basicamente alojamentos estudantis. Uma tradição de décadas que sobrevive até os dias atuais, com vários nomes curiosos. Impossível você não se deparar com uma nas ruas. Fiquei hospedado em um ótimo hostel quase ao lado da praça Tiradentes, que como o nome sugere, é o local histórico onde os restos mortais do revolucionário ficaram expostos como um recado do Estado a quem tentasse se rebelar novamente (e de onde a cabeça foi roubada para nunca mais ser vista novamente). Do hostel tinha uma vista maravilhosa do centro histórico, o pico Itacolomi e algumas das várias igrejas famosas da região. Não fiz nada de especial nesse dia, até por ter chegado tarde demais. Tratei de lavar a roupa suja, passear um pouco pela região de bares e fazer as compras para os próximos dias. No domingo, comecei o dia visitando a feira de artesanato de Ouro Preto, que funciona praticamente todos os dias, e o forte desta são as esculturas e utilidades feitas de pedra sabão, do shot de cachaça a calendários. Um charme. Com sorte você acaba vendo o trabalho dos artesãos locais ao vivo, enquanto eles desenham diretamente nas pedras. Lembrancinhas compradas, hora do tour por alguns dos templos locais. Até o momento (2025) existe um “circuito dos museus” dedicado à vida e obra de Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e Manuel da Costa Ataíde (Pintor) em três igrejas: São Francisco de Assis, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora das Mercês e perdões. Você compra os ingressos que te dão acesso às dependências das igrejas e aos pequenos museus. A arte Sacra do Mestre Ataíde na Igreja de São Francisco é de impressionar, nos remetendo às pinturas da capela sistina. Com certeza esta é uma visita obrigatória para quem está de passagem. Após essa programação e um maravilhoso almoço, dei um passeio pelo centro da cidade, que estava bem movimentado pelos turistas e que contava com um festival de Jazz em vários pontos. Achei o centro bem seguro, sem moradores de rua, pessoas suspeitas ou incidentes de qualquer natureza. E nem tinha tanta polícia assim. Outra dica: da praça Tiradentes, desça pela rua direita. Há muitos comércios e restaurantes ali, terminando lá embaixo no museu casa dos contos, que conta com um pequeno e belo horto, ideal para um passeio na natureza. Outro ponto obrigatório para o visitante. No dia seguinte, segunda, precisava fazer alguma coisa, embora muito lugar feche para manutenção. Tinha a opção da visita às minas, que hoje em dia são sombras do período do auge da corrida do ouro no sec. XVIII, muitas abertas para visitação. Entretanto, fiquei sabendo de uma atração que funciona diariamente e pouco se fala nos roteiros, o parque natural municipal das andorinhas, localizada nas dependências do município. O dia estava ensolarado e pedindo uma cachu (apesar de estarmos no final do inverno). Estava decidido. Após a entrada no ramal e o portão, você avança por mais ou menos 2km de estrada de terra até chegar no prédio da administração do parque, onde faz o cadastro, tira dúvidas e tudo mais. Há vários atrativos no parque, praticamente todos acessíveis, sendo as cachoeiras andorinhas e pelados os mais próximos, e o poço da folhinha um pouco mais distante. Mas nada que não dê para encarar, se você tem pernas boas e a boa disposição do trilheiro. Comecei pelo poço da folhinha. Acredito que foi mais ou menos 1 hora andando, e o cenário final valeu cada passo! Água gelada, transparente nas corredeiras e finalizando em um pequeno curso d’água esverdeado. Era beleza demais para meus olhos. de bubuia... Mesmo com sol forte, a água estava bem gelada, fazendo-me tremer de vez em quando na sombra . Um banho maravilhoso. Fiquei um bom tempo aqui contemplando aquele presente divino. Depois, retornei e fui conhecer a cachoeira dos pelados. Aqui é uma queda mais “elaborada” e incrivelmente esculpida na pedra desgastada, gerando um chuveiro natural da hora e um cenário muito bonito. Como essa é de fácil acesso e tem menos espaço livre, pode ser um pouco disputada para banho e fotos. Por fim, fui na cachoeira das andorinhas propriamente dita, mas não parei para o banho. Só queria vê-la e seguir para um mirante próximo onde você vê uma boa extensão do parque. Dali você vê outra cachoeira, a véu de noiva, normalmente inacessível. Voltei para a cidade na hora do almoço. Fiquei pensando se ia em algumas das minas. Pessoalmente achei os valores um pouco abusivos, de 70 reais para cima, para passeios de 45 minutos que por vezes são feitos com narrativas repetidas dos guias, isso porque não citei a famosa mina da passagem, que cobra míseros 250 réis (AGO/25). O tempo da exploração passou, até onde sei Mas, estas também são algumas das atrações mais icônicas de Ouro Preto, que ganhou sua fama justamente pela exploração aurífera. Talvez em uma outra oportunidade eu as visite. No final das contas eu acabei não indo pra lugar algum e passei o resto do dia descansando no hostel. No último dia na cidade, dei mais um passeio a pé pelo centro, indo até um curioso cruzeiro que fica no topo de um morro depois da igreja de santa Efigênia, passando boa parte da manhã por lá. Nesse dia estava tudo fechado pela neblina. Apesar disso, o local estava tranquilo. Só depois me informaram que ali era meio que uma “área vermelha” a ser evitada em certos horários. Por sorte não aconteceu nada nem cruzei com ninguém além de um casal de estudantes, provavelmente "gazetando" aula. Após um tempo naquele mirante, fui visitar a casa dos contos. Esta já foi morada de políticos locais e casa da moeda, com boa parte da sua estrutura original intacta (inclusive alojamentos de escravos no subsolo!). Ela é comumente visitada por excursões escolares, além dos turistas. A melhor parte, a meu ver, é o horto, que já citei, que possui mais dois acessos, além daquele no museu. E uma das saídas dava quase que do lado da rodoviária, então aproveitei para ir atrás da passagem para a próxima cidade. Depois do passeio e de mais um delicioso almoço da boa e velha culinária mineira, voltei para o hostel para descansar e ler um livro que fala de várias histórias da cidade. Inclusive recomendo a leitura. Check-out realizado, vou para a rodoviária onde um curioso senhor fazendo embaixadinhas me chama a atenção. Era um viajante que tinha transformado seu pequeno caminhão numa casa sobre rodas, indo de norte ao sul do Brasil. Adoro esses encontros com amigos viajantes! Ouro Preto -> São João del Rei/Tiradentes/Bichinho Existe linha de ônibus de Ouro Preto para São João Del rei (que na verdade sai de Mariana e vai para São Paulo, mas vcs entenderam), mas somente uma, e feita pela parte da noite. Iria chegar no próximo destino quase meia-noite. Tentei conversar com a responsável do hostel onde iria ficar, e a mesma disse que iria cobrar adicional para me receber no horário. Pensei em cancelar o check-in no dia seguinte no ato, mas como estava curtindo demais a viagem, não ia deixar isso me estressar. Com isso, saio de Ouro Preto às 19:00 e chego umas 23:15 na Rodoviária São-joanense. Obviamente estava tudo fechado, silencioso e deserto. Depois de bater na porta de alguns hotéis próximos (nenhum daqueles baratinhos de rodoviária, saco! Nem rua de bordéis encontrei para arriscar um cochilo naqueles motéis improvisados ), encontro uma hospedagem com café da manhã que pareceu agradável. Na manhã do dia seguinte, após o café, comecei a andar rumo ao centro turístico da cidade. O centro é menor e tem menos igrejas do que Ouro Preto, mas possui uma estação de trem que inclusive é uma das mais antigas do país ainda em operação, com um belo museu ferroviário. Precisava fazer o passeio de trem. Após uma volta no museu e o ingresso do passeio de maria-fumaça comprado, chego ao centro turístico de fato. A Igreja Nossa Senhora do Carmo, a catedral basílica Nossa Senhora do Pilar e a igreja Nossa Senhora do Rosário são pontos de turismo religioso bastante frequentados, próximos um dos outros. Na Nossa Senhora do Carmo ainda existe um museu dos sinos, um dos símbolos da cidade, mas nunca conseguia pegar este aberto . E além disso, claro, há sempre aquele charme do estilo antigo da cidade preservado nas ruas e casas. A rua não se chama "rua das casas tortas" à toa Após fazer check-in no hostel, volto para a região das igrejas para ir atrás das minhas lembrancinhas, fazer compras, arrumar um mapa turístico da cidade e tirar algumas fotos. Dou de cara com um totem/marco da Estrada Real, o que realimentou minha vontade de fazer esse trem algum dia. Inspirado, passo em um posto de emissão do passaporte, realizo meu cadastro e garanto minha credencial para ser usada algum dia. Ele estaria se revirando no túmulo se soubesse o quanto aceitamos de impostos hj em dia... Apesar disso, não fiz mais nada de especial no dia. Retornei cedo ao hostel para organizar comidas, roupas de sair, etc. No segundo dia, retornei à estação ferroviária para o passeio de maria-fumaça até Tiradentes. Como tecnicamente era minha segunda vez dentro de um trem em vida (a primeira foi o passeio de Curitiba-Morretes), sentia-me como um guri de 10 anos saboreando cada momento, da vinda da locomotiva aos acenos dos locais enquanto o trenzinho ia se deslocando. Curiosamente um ciclista nos acompanhou o percurso inteiro. Com certeza faria isso se fosse morador. Ele reparou na minha figura e pediu as fotos depois. Como sou gente boa, procurei ele no final e descobri que ele é guia local. follow the damn train, CJ! Já em Tiradentes O passeio dura 45 minutos bem aproveitados. Antes da hora do almoço já estava na cidade vizinha, comprando mais lembrancinhas e procurando uma loja de bikes. Dali já namorava o paredão que é a Serra de São José. Precisava subir aquele trem maneiro Também queria aproveitar a deixa e ir para Bichinho, mas como não aluguei carro, precisava ao menos de uma magrelinha. Bike alugada, hora de encarar uma muy desconfortável estrada de paralelepípedos de 7km até o pequeno distrito. Bichinho é famoso, embora seja um bairro do município de Prados, menos conhecido. Basicamente é uma parada turística cheia de lojas de artesanatos diversos, um pequeno centro gastronômico/comercial e a casa torta, provavelmente a maior motivação de 9 entre cada 10 visitantes da região . Comigo não seria diferente. Entretanto, no dia a casa estava cheia, era necessário agendamento, compra online e tal, logo não entrei. Mas o registro na frente já valeu. Após uma parada no pequeno centro comercial e um registro no passaporte, retorno a Tiradentes para devolver a bike. No caminho, dou uma parada para namorar a natureza ao redor. O sinal de internet estava péssimo, então não pude me localizar no maps, e acabei me perdendo nas ruas de Tiradentes, até achar a loja Obs: diz que existem outras trilhas feitas de bike na região, se vc é do adventure, recomendo a pesquisa. NECESSITO SUBIR ALI 🤤 Volto de ônibus para São João del rei e dou o dia por encerrado, já que todos os museus estavam fechados pelo horário. No dia seguinte, bato cedinho na rodoviária de São João para pegar um ônibus para Tiradentes. Dessa vez iria descer antes, no marco zero da Estrada Real. Apesar do simbolismo do lugar, este basicamente era um totem gigante, abandonado e vandalizado marcando a etapa. Mas o objetivo naquele dia era andar pela Serra de São José até o centro de Tiradentes. O mais legal, na verdade, é fazer a travessia completa, saindo de Prados até Santa Cruz de Minas, entretanto, para chegar em Prados era mais complicado, precisava dormir na outra cidade, enfim, a logística não permitia. Junto ao totem existe um estacionamento e a cachoeira do bom despacho, que dá bastante gente pelo fácil acesso. Em virtude da época, estava bem seca. Enfim comecei a acompanhar a trilha, subindo a serra. Esta não tem portaria, nem é cercada. Ao que deu a entender é tipo “entre por sua conta e risco”, e dado o isolamento de alguns pontos, creio que não deve ser tão difícil ficar desorientado ou se perder. Mas, há algumas placas no caminho, indicando as direções dos pontos de referência da trilha. fácil de se perder? Andando pela trilha, o primeiro ponto de interesse é a cachoeira do mangue. Esta possui um poço embaixo, cujas águas estavam bem estagnadas. Impróprio para banho. Mas em cima haviam umas piscinas naturais “no ponto”. Como não imaginava que apareceria nenhum maluco às 8 da manhã naquele fim de mundo, arrisquei um belo e gelado banho. Poço 1 poço 2 Revigorado, volto à trilha e começo a subir até o platô que dá acesso ao paredão que vemos das cidades. Magnífico! Na região existem várias áreas para camping, a julgar pelos vestígios de fogueiras (o que é uma irresponsabilidade, mas fazer o q...). A trilha é bem demarcada, com vários mirantes, enquanto vamos nos deslocando rumo a Tiradentes. Ainda consegui ouvir e ver a Maria-fumaça bem longe em mais uma manhã de passeios turísticos. mirante do limoeiro, um dos melhores pontos de camping. ⛺ Mais ou menos umas 11 da manhã chego num ponto de “encruzilhada”, o que marca o “meio do caminho”. Dali poderia continuar até Prados, Poderia descer até Tiradentes, ou poderia descer pelo outro lado até a cachoeira do carteiro, que na verdade é mais um poço, pelo que vi nas fotos. Não cheguei a ir até a cachoeira em si, mas fui até a cruz do carteiro. Segundo a “lore” local, ali foi emboscado e morto um carteiro que carregava mensagens para os inconfidentes. Ali uma cruz foi levantada, e é costume deixar uma pedra em sinal de respeito. Após essa gostosa trilha, desço enfim para Tiradentes para comer algo, comprar mais lembrancinhas e retornar para São João. Mais uma vez, em virtude do horário, não consegui visitar nenhum museu. Com isso, minha estadia na região estava completa. Iria para Belo Horizonte no dia seguinte, para então seguir rumo a Goiás. Minas -> Pirenópolis Após 18 horas de voltinha de buzu, desembarco enfim na capital goiana. O próximo destino, Pirenópolis. Fui pesquisar as passagens de ônibus, e os horários eram limitados. Por sorte, como Piri é turística e não tão distante de Goiânia, há uma boa oferta de caronas pelo blablacar. Fechei com um motorista após o horário de almoço. Após quase 3 horas, campos secos, algumas queimadas de época e muita poeira, enfim chegava naquele pequeno pedaço de civilização no meio da imensidão do cerrado. A região estava bem seca. Para ter logo as direções, pedi que me deixassem na rodoviária da cidade, para decorar a distância da minha hospedagem e pegar os horários de volta para Goiânia. Seriam 2 dias e meio dedicados à cidade. Nessa primeira tarde iria localizar meu repouso, fazer compras e andar um pouco pelo centro. Piri mantém aquela aparência de cidade interiorana, como o seu centro histórico bem preservado. Novamente vemos aqui a estética vintage espelhada nas ruas de paralelepípedo, casas com fachadas centenárias, as cores vivas nas molduras de portas e janelas e o charme dos postes coloniais com sua luz fraca e confortante. As ruas Pirineus e Aurora lhe fazem sentir-se em 1950 à noite. Curiosamente de vez em quando via um cavalo solto desfilando pelas ruas. Além disso, as igrejinhas mantêm aquela aparência simplista e acolhedora, tão diferente dos palácios de vidro que vemos na cidade grande. As principais da cidade são a matriz (Nossa Senhora do Rosário), a de Nossa Senhora do Carmo, e a de Nosso Senhor do Bonfim. A matriz Por fim, o centro de Piri é pequeno, e você pode ver praticamente tudo numa manhã ou tarde, a pé. Uma das atrações mais cobiçadas pelos visitantes é a Rua do Lazer, que basicamente é um aglomerado de bares e restaurantes. Ela é boa para amigos ou casais, e como estava só, confesso que não me senti muito disposto a parar ali. Não muito distante da rua do lazer fica o Rio das Almas que corta a cidade. Para um curso d’água urbano, está surpreendentemente limpo, apesar de haverem despejos de esgoto nas proximidades. Por várias vezes vi locais tomando banho em suas águas convidativas, porém não quis arriscar. Outro ponto curioso da simpática cidade são as estátuas dos mascarados, um patrimônio cultural da cidade que faz referência às cavalhadas, um espetáculo de origem portuguesa que foi mantido na cidade, ocorrendo normalmente no primeiro semestre do ano. Impossível não parar para tirar fotos em algum dos mascarados. Chegou a ser um passatempo meu procurar e registrar o máximo possível (e com certeza deixei passar vários ). Piri, cidade turística como é, possui incontáveis hospedagens, algumas improvisadas pelos moradores (pelo que constatei em várias placas nas casas comuns). Como estava fora da alta temporada, a cidade estava bem tranquila. Por boas recomendações no google, escolhi o camping beija-flor. Ótima localização, bom preço, anfitriã muito gente boa, estrutura ótima (varal, cozinha compartilhada com geladeira, banheiros sempre limpos e umas redes dispostas no ambiente). No dia seguinte, era hora de conhecer algumas das várias cachoeiras escondidas na região. Todas as cachoeiras estão fora da cidade, algumas bem distantes, tornando o carro obrigatório. A cachoeira abade é uma das mais famosas e fica a mais ou menos 14km do centro de Piri, por exemplo. Mas, para quem tem pique e vontade de se molhar, é possível ir a pé para duas atrações próximas da cidade: a cachoeira da usina e a fazenda bonsucesso. Fui a pé cedinho para a fazenda bonsucesso. Aproximadamente 5km do camping. Mamão com açúcar! Ainda por cima um funcionário do local passou de moto e me ofereceu uma carona. o contraste de cores do cerrado encanta O bom de ir para este banho é que há estrutura para almoço e café na entrada, a trilha é de boa, e você tem direito a conhecer 5 cachoeiras de uma vez, uma mais linda que a outra! Água transparente e de tons que variam do azul (palmito) até o esverdeado, como a lagoa azul (?!). E mesmo com aquele sol de transformar homem em camarão, as águas estavam bem geladas de fazer você tremer na sombra! Enfim, melhor combinação era difícil. Não tinha a mínima necessidade de ir para outro lugar nesse dia, passei uma manhã e metade da tarde aqui. No último dia, fui andando para a cachoeira da usina velha, também a ~5km do camping. Para chegar nela, precisamos entrar num ramal que dá acesso a uma pedreira. Por ali também há uma parte do caminho de Cora Coralina, que gostaria de ter feito. Nas dependências da cachu há área de camping. Seguindo no ramal, há outra cachoeira (meia lua). Por ser dia de semana, e bem cedo, fiquei com a cachu só para mim nesse dia. Linda, menos gelada e bastante caudalosa! Um aspecto bonito desta são os pequenos grãos brilhantes que compõem as rochas e areia do ambiente. Deve ser algum minério metálico (o que justifica a pedreira próxima, talvez). Para o dia, não queria mais nada. Voltando para Piri, aproveito e vou atrás do comentado empadão goiano. O trem vale por uma refeição, aprovado! Pirenópolis -> Goiânia De Pirenópolis é possível pegar um ônibus intermunicipal cedinho, para chegar ainda de manhã na capital goiana. Passaria o fim de semana na cidade para na semana seguinte deslocar-me até o próximo destino. A rodoviária por si só já vale por uma atração. Mesclada com um shopping, o espaço tem de tudo um pouco para quem vai viajar ou está de passagem. Praça de alimentação, lojas e uma lavanderia rápida bem ao lado. Tudo bem estruturado. Comparando com tantas outras rodoviárias por onde já passei, essa foi a melhor (até agora) por onde já pisei. Bem do lado fica uma antiga estação ferroviária que foi desativada e hoje funciona como o museu Frei Confaloni. No momento estava recebendo uma exposição cultural de um artista local. O lugar de longe lembra aqueles colégios japoneses de anime. Dali fui andando rumo ao centro, que é praticamente ao lado. Bem na frente da rodoviária há a feira hippie de Goiânia, um grande amontoado de “bate palmas” de roupas a bons preços. Acabei comprando uma camisa no processo. Aliás, a região fica bem do lado da famosa rua 44, um grande centro comercial de roupas que gera à Goiânia a fama de gigante do varejo/atacado de roupas, talvez perdendo unicamente para São Paulo! Em todas as vezes que passava por ali via ônibus de compras parados e pessoas enchendo os bagageiros com sacolas e mais sacolas. Do museu-estação você pode acessar o centro “geral” e a praça cívica da cidade pela avenida goiás, uma grande reta. Para conhecer melhor a cidade, fui a pé. É importante ressaltar que a região possui um número grande de moradores de rua/cracudos, e como sempre falo, problemas de capital. Me falaram em mais de uma ocasião que apesar disso, a probabilidade de assaltos é pequena, pois a segurança pública é forte (e que polícia lá não tem muita paciência com infrator). O quanto isso é verdade, não sei, mas de fato, em nenhum momento da minha estadia fui abordado ou seguido. E olha que andei bastante por lá. Após meia hora andando, chegava na Praça Pedro Ludovico Teixeira, onde fica o palácio das esmeraldas, sede administrativa do governo. Na frente fica o monumento às três raças, provavelmente o ponto turístico mais clicado da cidade. É comum aqui você dar de cara com excursões turísticas. E com sorte, você poderá ter uma aula de história com algum guia turístico. Ainda no lado da praça fica o museu Histórico e geográfico de Goiás, onde fiz uma rápida visita. Estava rolando um evento local que não quis participar pela quantidade de engravatados. Mas o painel iconográfico que fica de frente para a rua chama muito a atenção. E não tão longe fica o bosque dos buritis. Goiânia tem um ponto positivo pela quantidade de parques espalhados pela cidade, vários espaços verdes para o local ou forasteiro dar uma pausa da correria, tomar um caldo de cana e sentar na grama. O ruim é que alguns dos parques foram “montados” num mesmo padrão, gerando uma aparência repetitiva, ao se visitar vários de uma vez. Mas ainda assim são bons lugares para passeio. Por fim, voltei ao centro para conferir as lojas locais e conhecer o mercado municipal. Ele é um pouco escondido e pequeno, mas ele possui um bom inventário de produtos regionais, lembrancinhas, etc, para encher as malas antes da viagem. Depois desse passeio, fui de fato procurar o hotel onde me hospedaria para dar uma descansada. A princípio não iria fazer nada de noite, mas coincidentemente nesse dia iria ter exibição no planetário da UFG. Como fazia tempo que não entrava em um planetário, achei uma boa. O ingresso custava R$ 12,00 (AGO/25), dando direito a uma apresentação de astronomia básica bem linda. Para quem gosta de ciências e curte uma programação diferente, vale o investimento. A propósito, as exibições ocorrem às quintas. No dia seguinte, fui conhecer mais alguns parques e praças. Estava hospedado quase do lado da praça do avião, logo este foi o primeiro ponto de visita. Achei a praça um tanto abandonada. Lá existe uma réplica do 14 bis. Fora isso, uma quadra aqui, ali, alguns bancos e só. Ainda pela manhã, passei pela praça Tamandaré, onde ocorre a feira da lua. Ela é bem simples, apesar de grande, logo não fiz registros. Em seguida fui até a praça do sol, onde há um letreiro de Goiânia. A meu ver, há locais melhores para tal. Após o almoço e fazer umas compras na decathlon local, fui conhecer o parque vaca brava. Hora de sentar, tomar um caldo de cana e observar a vida acontecendo. Dava vontade de visitar outros parques, mas a distância e o calor me desmotivaram um pouco. Então retornei ao hotel para descansar. No dia seguinte, saí cedinho para o parque lago das rosas, onde fica o zoológico de Goiânia. O lago já foi balneário em tempos mais antigos da cidade, hoje em dia ele se encontra um pouco sujo e largado em alguns pontos. Mas há um pedalinho. Cheguei a ir no zoológico. Bom acervo de animais de fauna regional, nativa e exótica. Outro ponto de passeio “bem família”. De tarde, dei um pulinho no parque flamboyant, localizado em um bairro de classe média alta na cidade. O pôr do sol ali foi bem legal, e penso que um fotógrafo de paisagens não deve ter muita dificuldade em pegar bons ângulos. Voltei à praça Tamandaré para a famosa feira da lua de Goiânia. Esta ocorre aos sábados, começando no final da tarde e indo até tarde da noite (ou de madrugada, dependendo do comércio). É bem legal a variedade de guloseimas que você pode encontrar por lá. No domingo, estava meio que sem ideias de lugares para ir, então basicamente passei o dia entocado no hotel, revisitando alguns parques de tarde. 🚧🚧🚧 EM CONSTRUÇÃO 🚧🚧🚧3 pontos
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6) HOSPEDAGENS Priorizei localização, conforto mínimo pras minhas necessidades e custo-benefício (nesta ordem). Na média, as acomodações ficaram entre R$200-300/diária, sendo que somente em El Chaltén peguei cama em quarto compartilhado e ficou menos de R$150 a diária. Por ser baixa temporada, peguei os hostels quase vazios. Conseguia ouvir que havia outros hóspedes, mas raramente cruzava com alguém ou pegava o banheiro/cozinha ocupados quando queria usar (exceto El Chaltén que estava mais movimentado, mas ainda sim, não lotado). Punta Arenas (CL): Hostal Balmaceda Quarto individual com banheiro privativo; sem café da manhã Reservei pelo booking.com e fiz o pagamento integral no momento do check-in (usei cartão da Wise). Localização excelente, perto de tudo. A rua tem várias "casas noturnas" (leds escrito 'drinks' e fotos de mulheres semi nuas hahahah). Mas não interferiu na minha sensação de segurança, mesmo caminhando à noite, e nem em barulho. Na real, eu mal via movimentação perto desses bares. Imóvel meio antigo, piso de madeira que faz barulho quando anda. Imagino que em alta temporada, a circulação das pessoas pode incomodar. Apesar disso, o quarto que peguei estava bem novinho, o banheiro parecia reformado. Possui geladeira para hóspedes e uma área de refeições com pratos, copos/xícaras, talheres, chaleira e forno elétrico. Puerto Natales (CL): YaganHouse Quarto individual com banheiro compartilhado; com café da manhã Reservei direto com a hospedagem por email e WhatsApp (o preço foi bem menor do que consta no site deles) e tive que fazer o pagamento integral antecipado via link de pagamento (usei Wise). Só consegui aproveitar o café da manhã completo no último dia, pois nos dias anteriores tive que sair cedo para os passeios, então só consegui pegar fruta e café pra levar. Mas fica uma pessoa preparando ovos na hora e servem uma porção de manteiga e de geleia, frios, pão e ficam disponíveis frutas, iogurte, café. Gostei muito também, excelente localização e estrutura da cozinha; a decoração e a vibe do lugar são um charme e o quarto que fiquei era uma gracinha! Aqui também vale mencionar o detalhe do piso de madeira que faz barulho quando andam pelo corredor dos quartos. Não chegou a me incomodar, mas fica como ponto de atenção se isso for um critério importante na hora de escolher a acomodação. El Calafate (AR): Lago Argentino Hostel Quarto individual com banheiro privativo; com café da manhã Tinha reservado pelo booking.com um quarto também individual, só que menor, e depois vi no site do próprio hostel um quarto um pouco maior e um pouco mais barato. Então cancelei e reservei direto com a hospedagem. Fiz o pagamento integral no momento do check-in e, para ter um descontinho, o proprietário aceitou transferência bancária (ele viu o cartão verde da Wise e disse que outro hóspede tinha feito o mesmo processo e tinha dado certo). Usei o app da Wise, mas precisei incluir a pessoa como contato e inserir dados bancários e de identificação. A transferência não cai na conta da pessoa na hora, demora algumas horas mas dá pra acompanhar tudo pelo app e fornecer um link pra pessoa também acompanhar o andamento. É bom avisar antes, porque a destinatário pode não concordar ou ficar desconfiado. No caso, ele topou e deu tudo certo! Proprietário (Eugenio) muitíssimo gente boa, super acolhedor, comunicativo e deu várias dicas da cidade e dos passeios. O hostel fica dividido entre 2 imóveis, atravessando a rua. Em um deles ficam a recepção, os quartos e cozinha compartilhados; no outro (que eu fiquei), os quartos individuais e o café da manhã. É muito lindo, colorido e cheio de flores! Apesar de ficar um pouco fora do eixo da avenida principal, achei a localização muito boa. Só se atentarem às travessas porque nem todas caem em linha reta na avenida principal. Lago_Argentino_Hostel.mp4 El Chaltén (AR): Patagonia Travellers Hostel Cama em quarto misto com 4; sem café da manhã Reservei pelo site deles e um tempo depois mudei o roteiro, aumentando um dia na cidade. Fiz a solicitação por email e deu tudo certo. Pagamento no check-in usando o cartão da Wise, sem acréscimos ou taxas. Muito bom hostel, gostei da localização pois fica quase que no meio da avenida principal, então eu estava numa distância praticamente igual para a entrada das trilhas do final e do começo da avenida. Ótima estrutura no geral, cozinha e staff. Estava com receio do quarto ser misto por ser uma mulher viajando sozinha, mas dei bastante sorte! Dividi o quarto com um casal (Eddie e Elise) e um rapaz (Drew), todos americanos e bem jovenzinhos hhahaah. Foram muito tranquilos e respeitosos, bem gente boa! A vista do refeitório do hostel 😍: Ushuaia (AR): Apartamento Viejo Lobo - Aunaisin Apartamento inteiro Equilíbrio é tudo, né? hahhaha Como seria uma cidade com mais dias e menos passeios de ficar o dia inteiro fora (e porque achei por um preço 'ok'), optei pelo apartamento inteiro. Eles tem um site, mas reservei pelo booking.com porque o preço estava melhor. Paguei no check-in usando cartão Wise. Só uma observação que o processo do check-in não é muito facilitado. Precisei ir até um outro endereço para fazer o pagamento e pegar as chaves (fui avisada com antecedência, então do aeroporto peguei o Uber direto pra lá e depois era perto o suficiente para ir caminhando até o apto). Eu achei que seria um escritório, mas foi dentro de um mercadinho e quem me atendeu foi a moça do caixa. Fomos para os fundos do mercado, numa espécie de depósito junto com um mini escritório de fato (mesa, computador), mas achei estranho! Ela estava com um papel com todos os dados da reserva e deu tudo certo. O preço da reserva nesse papel estava separado em 2 partes - da acomodação propriamente e outro valor como 'taxas' e tive que pagar também separado (em maquininhas de cartão diferentes). Mas o preço final era o mesmo conforme a reserva do booking. Então não paguei nada a mais. O predinho era bem bonitinho, simples, antigo e bem residencial. E o apto também tinha um ar de antigo, não nas condições - que eram ótimas - mas na decoração, com piso e tons de madeira mais escuros, meio carregado, mas me atendeu super bem! Também gostei muito da localização. O atendimento também foi muito bom, tanto pelo chat do booking.com como pelo WhatsApp. Tive problema com uma frigideira que estava com algo grudado e derretido nela e não dava pra usar, assim como só tinha um rolo de papel higiênico em uso. Responderam rápido, mas só conseguiram me entregar os itens um dia e meio depois, mas não me prejudicou em nada; deixaram ambos numa sacolinha pendurada na porta pelo lado de fora. Outro ponto positivo é que bem perto do horário do check-out (às 10h) eu perguntei se poderia ficar até o meio dia e liberaram de boa. E não precisei levar as chaves no mesmo lugar que peguei, me orientaram apenas a deixar o apto destrancado mesmo, com as chaves em cima da mesa. (continua...)2 pontos
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@Juliana Champi exatamente, obrigado pelos comentários. Viajar na economia não quer dizer dormir na rua rsrs. Eu quis alugar carro porque queria aproveitar o máximo da Patagônia, o clima favoreceu muito pra mim na primavera, peguei dias perfeitos. Para contratar ônibus ou Van, ou até mesmo agência, sai muito mais caro. E na Argentina esta super caro, se não tivesse feito essas economias com transporte, guia, alimentação eu estaria pagando o dobro do valor. A minha viagem no total gastei 13 mil com equipamentos que comprei ainda. Eu comprei barrinhas de cereal, frutas secas, carbogel para trilhas, comprei algumas coisinhas no mercado para fazer lanche para trilha, fiz alguns almoços e jantas. Você tem a oportunidade de conhecer a Patagônia e vai economizar pra que? Para pra pensar, se vai no shopping hoje em dia ou ate mesmo no barzinho voce gasta ao menos uns 200 reais com alimentação. Eu confesso pra vcs que vivi a patagonia de todas formas, onde pude ver Puma, Raposa, e outros animais...não posso reclamar fo que gastei, foi uma viagem inesquecível @luizh91 obrigado pelas dicas do post também. E por fim, só pra fazer o minitrekking ja é caro...então pra quem vem pra Patagônia, saiba que não vai economizar muito....2 pontos
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@Alisson&IoneEstá no relato de quando estive lá:Carretera Austral, a realização de um sonho.Após esta viagem conheço todo Chile e suas regiões detalhadamente, de Arica a Punta Arenas com Isla de Pascua, que fui há pouco tempo, e sei que você viu o relato.2 pontos
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¯\_(ツ)_/¯ fui enganada a vida toda então 🤡 a foto é de 2019, irei avisá-los que está errado 🤣✨️ @Isa Soler Oliveira achei um pouco confuso esse seu retorno a Santiago e depois o voo para Buenos Aires. De Bariloche você retornará para Santiago de ônibus ou voará de Temuco a Santiago? Como você tem vários dias, acredito vai dar tranquilo para aproveitar bem tanto o sul do Chile quanto Bariloche. Geralmente quando você está em uma viagem mais aventura, é bom ter algum dia de descanso ou fazer alguma outra atividade que não estava prevista.2 pontos
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CONTINUANDO .... 15/11: saída de San Jose com destino e pernoite em Puerto Viejo Saímos perto das 8h para ir de San Jose até Puerto Viejo. Lá passaríamos 3 dias hospedados no Hotel Lanna Ban (depois falo mais do hotel). O trajeto de 222km demorou quase 5 horas para ser feito. Muita estrada simples, caminhões demais e bastante trânsito para sair de San Jose. Além disso a estrada atravessa cidadezinhas, o que sempre trava a fluidez. O percurso passa pelo Porto de Limón, principal porto do país, o que faz com que tenha muitos caminhões mesmo, especialmente containers. Enfim, 12h e tanto chegamos no nosso hotel. O quarto ainda não estava disponível, mas nos liberaram para usar a piscina. Meu filho ao chegar viu e já queria se refrescar na água. Brincamos um pouco e daí nos ajeitamos para ir almoçar. Fomos a pé num restaurante próximo chamado Dona Lena. Comida muito gostosa com um preço razoável. Lá pudemos experimentar o Casado com pollo (frango) e salsa caribeña. Que delícia. Que sabor intenso. CASADO CON POLLO Y SALSA CARIBENÃ CASADO CON PESCADO Pedimos dois pratos (muito grandes e muito bem servidos), um suco de piña e uma taça de sangria, para o Gui pedimos um arroz branco. O custo foi US$ 58,42, bem alto mas pelo menos a comida era bem farta e gostosa. Talvez um prato tinha sido suficiente para eu e a esposa. Depois disso voltamos para o nosso hotel caminhando pela beira mar. Estavámos hospedados na Playa Cocles. A praia é bonita, mas o dia estava feio. Então não foi nada de especial. Voltamos para o hotel para descansar um pouco e depois sair conhecer o centrinho de Puerto Viejo, mais no começo da noite. Lá escurece cedo, por volta de 17h30. Perto deste horário fomos passear no centrinho para conhecer. Fomos de carro, estacionamos na rua e lá andamos à pé. Como não estavamos com fome, pegamos apenas uma fatia de pizza para dar ao Guilherme (era o que tinha de rápido), andamos um pouco e voltamos para o hotel dormir. HOTEL LANNA BAN Então, falando sobre o hotel. É uma pegada meio indiana, os chalés são todos decorados nesse estilo. O café da manhã é farto, internet funciona bem e os quartos são bem espaçosos. O atendimento foi muito bom por parte de toda a equipe. Tudo é muito limpo, seja interno ao quarto ou nas áreas comuns. É muito rodeado pela mata, então tem que cuidar com bichos. Nós sempre viajamos com aqueles repelentes de tomada. Foi essencial. O chalé é todo de madeira, então tem aqueles barulhos normais do estalo da madeira. Eu me assustei várias vezes e confesso que atrapalhou um pouco o sono. Vale a estadia. Para 3 noites foi algo em torno de 450 dólares. 16 e 17/11: dia livre em Puerto Viejo Acordamos cedo, tomamos o café da manhã do hotel. Ao sentar à mesa, já traziam suco de laranja e um prato de frutas (melancia, mamão e abacaxi – muito doce por sinal). Depois podia escolher pelo Gallo Pinto, torradas com ovos ou panquecas (estilo americana) com banana (em dois dias pedimos mais torradas e foram trazidas sem problema). Na mesa vinha manteiga, mel e uma geléia, além de uma térmica de café (podia pedir leite ou chocolate quente também). O café da manhã era muito farto e gostoso. Era servido numa área bem agradável do hotel, ao lado da piscina. Neste dia já nos agilizamos para conhecer as praias. Fomos até Manzanillo, andamos um pouco para conhecer e o Gui brincar na área, mas foi na Praya Punta Uva que voltamos para ficar e curtir o mar, lá era um mar mais calmo. Nossa que gostoso o mar da Costa Rica. Água quente e bem limpinha. Ficamos um bom tempo até o Gui apresentar sinal de sono. Voltamos perto das 13h para uma soneca da criança e depois saímos para almoçar. Neste dia fomos almoçar tarde e tudo estava cheio. Queríamos ir no Cocomar (bem avaliado no Tripadvisor), porém estava cheio. Acabamos parando num restaurante chamado NANKU e tomamos no c*** (fazendo um trocadilho com o nome). Pedimos um casado (prato feito) e minha esposa pediu o que era para ser uma tábua de frutos do mar. Chegou um prato com 2, sim apenas 2 camarões empanados, 2 lulas empanadas e algumas iscas de peixe, acompanhadas com 3 patacones. Não lembro o preço específico deste prato, mas rimos para não chorar. O total deste almoço esquecível foi US$ 34,62. De lá saímos caminhar um pouco e encontramos um sorvete muito gostoso na Gelateria Ocho Nani. Duas casquinhas com duas bolas cada custaram US$ 5,38 e valeu muito a pena. Desconfio que a proprietária era italiana, pelo sotaque. Atendeu-nos muito bem. De lá fomos caminhar na Playa Negra. É bem próximo, mas como estávamos de carro, pegamos o carro e fomos até o começo da praia. Aí estacionamos e voltamos caminhando pela areia. Foi muito legar conhecer aquela praia de areia bem fina, completamente preta e de água quente. Voltamos para o hotel para descansar, tomar banho e depois ir ao centrinho comer algo rápido e comprar alguns suvenirs. DICA: nesse dia vi uma blitz na rua/rodovia em frente a Playa Negra. Nosso carro estava antes, então não precisei atravessar, mas penso que fia a dica para quem estiver de carro ou moto por lá. Estar atento e verificar a questão de beber e dirigir. DIA 17 Tomamos café da manhã no hotel e na sequência já fomos conhecer o Jaguar Rescue Center. É uma organização que protege os animais da Costa Rica e ficava atrás do nosso hotel. Lá eles trabalham com a reabilitação de animais para a vida selvagem, os quais não temos acesso, e alguns que já não podem voltar à liberdade e aí sim ficam em locais apropriados para visitação. Pudemos ver bicho preguiças, araras, papagaios, macacos, serpentes, tartarugas etc. Foi um passeio bem agradável conduzido por voluntários do parque. Tem visitas guiadas às 9h30 e 11h, apenas. Achei legal que tinha em espanhol, inglês e alemão (que por sinal era a visita mais cheia). Lembro que o ingresso foi 28 doláres por pessoa, sendo que apenas eu e a esposa pagamos. Não foi preciso comprar antes, porém estava com a maquinha fora de operação e tivemos que pagar em espécie. É caro, mas valeu o passeio. O passeio durou 1h30 e de lá voltamos para o hotel para a soneca do Gui. Após ele acordar, perto das 14h, se não me engano, fomos almoçar no Restaurante Cocomar. Como era uma segunda-feira estava bem tranquilo. Pedimos 2 casados, um com peixe e camarão e outro apenas de camarão, ambos com molho de leite de coco, e estava tudo muito gostoso. O patacones deles talvez tenha sido o mais gostoso da vida, superando até os da Colômbia. Tomamos suco de tamarindo e uma água com gás. Gastamos US$ 33,94, porém valeu a pena. Depois pegamos o carro e fomos até a praia de Manzanillo para curtir o mar. Por ser segunda estava tudo muito tranquilo. Praia praticamente só nossa. Mar gostoso e calmo. Foi muito agradável. Final da tarde voltamos para o hotel. Gui quis pegar uma piscina e após o banho saímos passear no centro novamente para comer algo e comprar o me copinho de shot (faço coleção há anos). Comemos no Hamburguesas Jarquín. Um burguer médio, um burrito e um cheese burger, tudo acompanhando de um copo de chá gelado, por US$ 22,77. Voltamos para o hotel para finalizar as malas, pois no outro dia tinhamos que sair com destino à La Fortuna. CONTINUA .....2 pontos
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Eu particulamente acho Buenos Aires a cidade de grande porte mais bonita da América do Sul, ela vale a pena conhecer mesmo que seja só pra ficar passeando. Em BsAs eles servem um churrasco muito bom em restaurantes, mesmo sendo do Sul, uma coisa que não via muito na minha terra é restaurante com um bom churrasco, churrasco bom se acha mais em eventos e coisas familiares no Rio Grande. Porém não é barato na Argentina, se quiser ir naqueles mais badalados, é uns 300 reais por cabeça pelo menos, tirando isso, não vi nada de especial na cozinha argentina.2 pontos
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Olá Isa, boa dia! Sua viagem terá 22 dias (considerando o de ida e de volta). É possível 'conhecer' os lugares que apontasse nesse período, mas o que determinará se esse roteiro será satisfatório pra ti é a tua expectativa em relação a ele. Como enfatizei, dá pra conhecer (em termos de deslocamento), mas talvez seja tudo muito rápido e superficial (isso é uma opinião, você é quem sabe o que deseja). Como o Davi pontuou, acho pouco vantajoso fazer o trajeto entre a Patagônia Norte e Sul por ônibus, você perderá muito tempo, e o custo será similar a ter pego uma boa passagem aérea. Observe que os lugares que indicasse são geograficamente distantes. Normalmente se fazem viagem individualizadas para a maioria dos destinos que relacionasse. Suponho que já tenhas visto no Google Maps, mas apenas reforçando os grupos mais comuns: Buenos Aires; Santiago; Mendoza; Bariloche; Pucón/Villarrica; Puerto Montt/Osorno/Frutillar; El Calafate/El Chaltén; Ushuaia. Eu faria mais viagens, mas vou tentar sugerir um roteiro que englobe os destinos específicos que citasse (confesso que não conheço todos os lugares, então estou supondo na quantidade de dias para um bom aproveitamento)... Observe que normalmente não é vantajoso ficar 'trocando' de país durante o roteiro, pois isso encarece significativamente a viagem, e por vezes sequer há opções razoáveis. 1º Dia (1 dia) - Deslocamento aéreo (o tempo dependerá de onde tu embarcar) até Santiago; 2º a 4º Dia (3 dias) - Conhecer Santiago e arredores (podendo ir até Mendoza, pois depois ficará fora de mão); 5º Dia (1 dia) - Deslocamento rodoviário (quase 10h) até Temuco, depois Pucón; 6º a 7º Dia (2 dias) - Conhecer Pucón e Villarrica (vulcão e cidade); 8º Dia (1 dia) - Deslocamento rodoviário (quase 10h) até Temuco, depois San Martin de Los Andres, depois Bariloche (você faria o Circuito dos 7 Lagos de ônibus, sem pausas); Observação: sugiro ir até Bariloche, pois aí poderias voar até El Calafate (visto que realmente não valeria a pena fazer esse deslocamento rodoviário, seriam mais de 30h!). 9º a 10º Dia (2 dias) - Conhecer Bariloche e arredores (talvez até ver a possibilidade de fazer o Circuito dos Sete Lagos com pausas); 11º Dia (1 dia) - Deslocamento aéreo até El Calafate; 12º Dia (1 dia) - Conhecer El Calafate e arredores (Perito Moreno, sem dúvidas); 13º Dia (1 dia) - Deslocamento rodoviário até El Chaltén; Observação: Aqui vai depender muito do teu gosto. Eu amo El Chaltén e nas vezes que fui, sempre fiquei mais de 7 dias por lá... mas tem gente que sequer inclui a cidade no roteiro, e outros fazem apenas um 'bate e volta' de El Calafate. Como é minha sugestão, lhe indicaria ao menos três dias, para que compre o passe das trilhas e faça as principais, porém você não teria tempo para isso. 14º a 15º Dia (2 dias) - Conhecer El Chaltén e suas principais trilhas; 16º Dia (1 dia) - Deslocamento aéreo até Ushuaia; Observação: de novo, se tu optar por fazer de ônibus, vão ser mais de 17h de deslocamento. Vais perder muito tempo apenas sentada. 17º e 18º Dia (2 dias) - Conhecer Ushuaia e arredores (passeios pagos, quase tudo é pago lá); 19º Dia (1 dia) - Deslocamento aéreo até Buenos Aires; 20º e 21º Dia (2 dias) - Conhecer Buenos Aires e arredores; 22º Dia - Viagem de retorno. Normalmente nos dias de deslocamento, você terá que aproveitar para descansar. Em 22 dias, você terá que fazer tudo muito rápido e limitado (considerando todos os destinos). Sim, eu inclui Bariloche, mas é que se torna mais viável do que simplesmente tentar apenas ir direto para El Calafate. O ideal seria poder direcionar ao menos 3/4 dias para as capitais, 2/3 dias para cidade satélites, e ainda alocar dias estratégicos para pontos de interesse. Sinceramente, de forma resumida, eu diria para você ao menos dividir em duas viagens... uma para a região norte (Santiago, Mendoza, Buenos Aires, até Pucón daria de encaixar, e aí cogitar Puerto Montt e Osorno), e outra para a região sul (El Calafate, El Chaltén, Ushuaia, e Bariloche não fica no sul, mas convenientemente encaixaria melhor aqui).2 pontos
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Não vale a pena ir de ônibus para El Calafate e Ushuaia, a não ser pela experiência de viajar devagar. O custo no fim é maior, pois se perde um dia todo, literalmente (mais de 20h de viagem) Eu acho mais proveitoso o primeiro roteiro, essas cidades são mais famosas por um motivo, além de estrutura melhor, é mais interessante para visitar. Passe uns dias em Santiago, pegue um avião para Puerto Natales, visite o Torres del Paine , pegue um ônibus para El Calafate, passe uns dias, vá para El Chaltén de ônibus, passe uns dias, pegue um avião para Ushuaia e depois outro avião para Buenos aires. Eu fiz isso final de 2023, entre os dias 05 e 22 de Dezembro.2 pontos
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31 DE MAIO – SÁBADO: LA PAZ > COCHABAMBA Já faz tempo demais, mas bora terminar o relato antes do ano acabar! Nosso voo pela Boliviana teve alterações, estávamos preocupados pq o voo proposto era em tese impossível, mas no aeroporto verificamos que tinham nos informado errado, mas que os voos estavam possíveis, rs Na hora do almoço voamos para Cochabamba! Aeroporto de La Paz bem legalzinho até, e o voo pela Boliviana foi sem problemas! Chegamos em Cochabamba cerca de 13h e logo fomos pro nosso hotel... bem fofo. Deixamos as coisas lá e saímos pela cidade atrás de comida. E a cidade era... estranha! Chegando nessa cidade linda! Absolutamente bonita, organizada, bem colonial... nem parecia... Bolívia! Aquele caos de La Paz simplesmente não existia, e a cidade estava vazia, fechada... Era uma cidade do tamanho da que moro, e pensei “bem, se eu chegar num sábado a tarde em Londrina, o centro tb estará vazio e o comércio fechado...” mas realmente deu o que fazer pra achar um lugar aberto pra comer! Paramos num café lindíssimo bem no centrinho! Cochabamba linda! Ficamos lá morgando e depois fomos andar mais um pouco... e aí entendi o que estava acontecendo. A cidade despertava... da siesta! De repente as ruas viraram formigueiros e a cidade ficou completamente caótica... nem de perto lembrava a paz de horas atrás! Mercados de rua infinitos, parecia que todos os 600 mil habitantes estava ao mesmo tempo no mesmo lugar, impressionante! Nas ruas se vendia de absolutamente tudo, tanto em lojas quanto em barracas, e tb tinha muitos ambulantes. Se fritava intestino de porco pelas esquinas, um cheiro péssimo de cocô pq as tripas eram limpas na rua mesmo... ruas de carnes de embrulhar o estômago, de poções e remédios, de quinquilharia... roupa, bichos, comida... foi a feira mais insana em que já estive! O caos das feiras, o caos da cidade que acorda as 16h! Já sem nenhuma energia, no fim da tarde, voltamos nos arrastando pro hotel onde jantamos e bebemos nosso último vinho boliviano! Nossa trip estava chegando ao fim! 01 DE JUNHO – DOMINGO: COCHABAMBA > STA CRUZ > SÃO PAULO > LONDRINA Nosso voo era pra ser direto, Cochabamba > São Paulo, mas devido a uma alteração, acabamos conhecendo mais um aeroporto, o de Santa Cruz de La Sierra, rs. Saímos de Cochabamba pela manhã e não mais no começo da tarde como era previsto, mas tudo bem pq eu não tinha mais nada pra fazer ali, eu estava exausta e só queria chegar na minha casa, rs! Nariz não aguentava mais sangrar, pele seca, descascando, cabelo morto, cheia de machucados da queda de bike... essa trip acabou comigo hahahaha! Este último dia foi um dia só de voos, o trecho interno pela Latam... todos sem nenhuma intercorrência... foi bom demais estar de volta em casa depois de viver tudo isso! E chegamos mais uma vez ao fim de uma viagem transformadora! Latina demais pra pagar pau pra Europa... viva a América do Sul! FIM2 pontos
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Fala pessoal, Vou deixar aqui um relato de uma viagem que eu fiz ao Equador em 2019, com uma passadinha na Colômbia. Pra não virar um textão que ninguém lê até o fim 🤣, vou postar alguns dias. Ah, e quem quiser conferir o relato completo (e várias outras aventuras), deixei meu livro/ebook Destino Vulcões totalmente grátis por um tempo no amazon.com.br (link: https://a.co/d/agKaeNM). Instagram: www.instagram.com/destinovulcoes Youtube: www.youtube.com/@destinovulcoes Resumo do Roteiro, Equador Figura V‑34: Roteiro Equador e Colômbia O roteiro escolhido foi: Dia 1 -> São Paulo –> Quito Dia 2 -> Mitad del Mundo Dia 3 -> Santuário Las Lajas Dia 4 -> Quito (obs: vou postar até aqui....) Dia 5 -> Cotopaxi Dia 6 -> Laguna Quilotoa Dia 7 -> Baños Dia 8 -> Baños Dia 9 -> Galápagos (Ilha San Cristobal) Dia 10 -> Tour 360 Dia 11 -> Ilha Santa Cruz Dia 12 -> Tour Bartolomé Dia 13 -> Ilha Santa Cruz –> Quito -> SP Relato dia a dia, Equador e Colômbia Dia 1 -> São Paulo –> Quito Assim como aconteceu na ida viagem para o Chile, eu já estava com as minhas férias inteiras programadas, passagens aéreas compradas, hotéis reservados...., até que, um mês antes da viagem, começaram uns mega protestos no Equador! Os protestos ocorreram porque o presidente Lenin Moreno pegou um empréstimo com o FMI e implantou medidas de austeridade, especialmente aumentando preço da gasolina, alegando que esta seria uma das condições impostas pelo FMI. O Equador é um país exportador de petróleo e, tradicionalmente, pratica preços abaixo do valor internacional de mercado para o mercado interno. O aumento dos combustíveis enfureceu taxistas, caminhoneiros e motoristas de ônibus, que iniciaram os protestos. Aí foi aquela história.... Os protestos, que começaram não tão grandes, logo ganharam a aderência de estudantes, grupos indígenas e sindicatos, e as manifestações foram escalando. Bloqueio das principais estradas, confronto com exército e polícia, toque de recolher, mortes.... Fiquei bastante preocupado, mas ainda bem que, depois que o presidente revogou o aumento da gasolina, as coisas acalmaram um pouco, umas duas semanas antes da minha ida (novembro de 2019). Chegar até o Santuário de Las Lajas, na Colômbia, era a parte mais cansativa, achei melhor começar a viagem por lá. Pegaria um ônibus até a fronteira da Colômbia no Terminal Carcelén, ao norte de Quito, relativamente perto da Mitad del Mundo, mas longe do centro histórico, que fica na zona sul. Como meu voo chegava quase meia-noite, decidi conhecer Mitad Del Mundo pela manhã e seguir para a Colômbia à tarde. Fiquei em um hotelzinho a duas quadras da Mitad del Mundo, o mais barato possível. Era bem simples, mas o banheiro era zoado... Minha esposa ia me matar se tivesse junto, mas eu até que achei bacaninha 🤣. Enfim, deu para o gasto e, no dia seguinte, era hora de conhecer o meio do mundo! Dia 2 -> Mitad del Mundo Meu primeiro passeio era na Ciudad Mitad Del Mundo, a 26 km do centro de Quito. Mitad del Mundo fica no ponto onde se acreditava que a Linha do Equador atravessava o país e foi construído um monumento de 30 metros que hoje abriga algumas exposições. No século XVIII, houve um debate significativo na comunidade científica sobre o formato da Terra e o achatamento nos polos. Debatia-se se a circunferência da Terra era maior em torno do Equador ou em torno dos polos. Louis XV, o rei da França e da Academia Francesa de Ciências, enviou duas expedições para determinar a resposta: um foi enviado para Lapônia, perto do Círculo Polar Ártico, sob liderança do sueco Anders Celsius, o mesmo que foi homenageado com a unidade de temperatura em seu nome, e outra para o Equador. A missão do Equador começou em 1736 com Bouguer, La Condamine, Godin e seus colegas, que mediram arcos de curvatura da Terra, das planícies perto de Quito para o sul da cidade de Cuenca. Estas medidas permitiram a primeira determinação precisa do tamanho da Terra, o que levou ao estabelecimento do sistema internacional métrico de medição. A missão geodésica francesa foi uma das primeiras missões geodésicas realizadas sob os princípios científicos modernos, e a primeira grande expedição científica internacional. E por que escolheram o Equador? Como era colônia espanhola, era considerada mais acessível e segura do que os outros países que cruzam o Equador, principalmente os africanos. Cheguei em Mitad del Mundo bem cedo e, em frente à entrada, impossível não notar a arquitetura do prédio que foi construído para ser a sede da Unasul, muito bonito. Figura V‑35: Sede da Unasul Ao lado do prédio da Unasul, está a bilheteria e a entrada para o parque Ciudad Mitad del Mundo. Depois de uma curta caminhada pela via principal, chamada a avenida dos Geodésicos, chega-se à praça central com o Monumento a la Mitad del Mundo. Vale a pena dar uma volta no monumento, é bem bonito, com algumas belas montanhas de fundo. Não poderia faltar, é claro, a foto clássica sobre a Linha do Equador. Figura V‑36: Avenida dos Geodésicos Figura V‑37: Foto clássica na Linha do Equador E depois de duas viagens frustradas tentando usar o drone novo, no Equador era bem tranquilo usar o drone! Só em Galápagos que é proibido, mas não vão confiscar o seu drone no aeroporto, retê-lo, etc. Figura V‑38: Monumento a la Mitad del Mundo Salvei dois vídeos da Mitad del Mundo no no canal do livro (youtube.com/@destinovulcoes), Cap V‑8 e Cap V‑9. O Monumento é a principal atração da Mitad Del Mundo, vale muito a pena subir lá, ver as exposições e as belas vistas das montanhas ao redor. Normalmente, você sobe de elevador e desce pelas escadas, e em cada andar tem várias exposições, como um museu. Essas exposições falam sobre o Equador, suas regiões geográficas, a população original e sobre os geodésicos. Há também uma seção dedicada à ciência, magnetismo e curiosidades sobre a linha do Equador. De forma geral, achei bem bacana as exposições do monumento, com muitos textos explicativos e alguns experimentos interessantes, não deixem de visitar. Além do monumento, a Ciudad Mitad del Mundo oferece outras atrações, como museus, planetário, lojas e exposições. Tem uma praça central, lojinhas e uma capelinha bacaninhas. Também tem diversos tipos de relógio solar espalhados pela Mitad del Mundo. Ao fundo, há uma réplica (meia-boca...) de uma pirâmide inspirada no complexo arqueológico de Cochasquí, uma cultura pré-inca que habitava a região. Antes de seguir para a Colômbia, ainda queria conhecer um outro museu, o Museu Intiñan, a cerca de 600 m da entrada do Mitad Del Mundo (uns dez minutos a pé). Você começa pela avenida principal, e, no final, vira em uma ruazinha deserta e até meio sinistra.... Durante o dia, não parece ter muito problema. A entrada, na época, custava 4 $USD e incluía uma visita guiada. Embora eu não goste muito de visitas guiadas, essa valeu a pena. O museu é pequeno e poderia ser explorado sozinho, mas o roteiro e os guias são ótimos e tornam a visita mais interessante, explicando tudo em cerca de uma hora. O grande destaque do Museu Intiñan é que ele realmente fica no local exato onde passa a linha do Equador! Ou seja, a Linha do Equador, na verdade, passa a uns 200 metros do local marcado na Mitad del Mundo. Eles dizem que só recentemente, utilizando medidas de GPS mais precisas que os geodésicos, foi possível determinar o local exato onde passa a Linha do Equador. Mesmo assim, os equatorianos também mantiveram a linha menos precisa no Mitad del Mundo com o monumento, o parque etc. Figura V‑39: Foto clássica, agora na verdadeira Linha do Equador A parte mais legal do museu é a seção dedicada à Linha do Equador, especialmente a demonstração do Efeito de Coriolis, aquele que a água começa a girar ao descer pelo ralo da pia no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no sentido anti-horário, no Hemisfério Norte. A guia faz um experimento com uma piazinha e um balde d’água três vezes. Na primeira demonstração, posiciona a pia exatamente na Linha do Equador, e a água desce praticamente reta. Em seguida, coloca a pia no Hemisfério Sul, onde a água escoa girando no sentido horário. Por último, ao posicionar a pia no Hemisfério Norte, a água girou, claramente, no sentido anti-horário. Não sei se tem algum truque, já ouvi gente dizendo que é fake, mas, ao vivo, parecia bem convincente. Salvei os vídeos com as 3 demonstrações no canal (Cap V‑10, Cap V‑11 e Cap V‑12), tirem suas próprias conclusões! Além disso, tem um experimento que a guia equilibra um ovo no prego. Supostamente, devido aos líquidos contidos no ovo, seria mais fácil equilibrá-lo na Linha do Equador do que fora dela. Também coloquei o vídeo no canal (Cap V‑13). Depois eles pedem para gente tentar equilibrar o ovo no prego, eu tentei, e não consegui. Até na Linha do Equador, achei difícil para caramba 🤣 . Além das curiosidades sobre a Linha do Equador, o museu tem outras atrações interessantes. Tem uma parte muito legal sobre a Amazônia equatoriana e suas populações indígenas, com destaque para a tribo Shuar, que tinha um ritual bem macabro. Eles matavam os inimigos, decapitavam, encolhiam a cabeça deles e depois faziam um colar “amuleto” com as cabeças reduzidas dos inimigos (chamadas tsantsa)! Eles acreditavam que assim iriam reter os espíritos e o poder dos inimigos. As fotos a seguir ilustram esse processo: o guerreiro cortava a cabeça do inimigo, depois, cuidadosamente, retirava os crânios, mantendo a pele. Em seguida, ele tampava os orifícios, colocava umas plantas para manter a forma e fervia a pele. Depois eles costuravam a boca (acreditavam que era para o espírito do inimigo não fugir e se vingar deles), enchiam com umas pedras e/ou madeiras, e faziam um colar com a cabeça do inimigo. Também coloquei um vídeo do painel no canal (Cap V‑14). Figura V‑40: Painel mostrando a preparação do tsantsa (parte 1) Figura V‑41: Painel mostrando a preparação do tsantsa (parte 2) Sinistro.... Hoje em dia eles continuam fazendo o ritual, mas apenas com animais, para manter a tradição. A foto a seguir seria de um tsantsa de humano de 170 anos, exposto no museu. Figura V‑42: Tsantsa da tribo Shuar No museu, também tinha uma réplica de uma tumba ancestral, onde eram mumificados os mortos de algum povo indígena que vivia nos Andes. Nessa tribo (que eu esqueci o nome....), quando o marido morria, a esposa tomava um veneno extraído de um tipo de cactos e morria junto com o marido! Mas quando a esposa morria...., o marido se casava com outra, nada de tomar veneno! Espertinhos esses indígenas, né? 🤣🤣🤣. Havia outra parte onde ficam uns nativos fazendo artesanatos e um chapéu, mas, infelizmente, não era o famoso Chapéu Panamá. Para quem não sabe, os Chapéus Panamá, na verdade, são equatorianos. Durante a construção do Canal do Panamá, muitos trabalhadores estrangeiros compraram chapéus para se protegerem do calor, e não sabiam que o chapéu era importado do Equador, por isso ficou com esse nome. Há também uma seção que fala tudo sobre chocolate. Segundo eles, os melhores chocolates suíços e belgas eram feitos com cacau vindo de fora, principalmente do Equador (e também do Brasil). O Equador exportava o melhor cacau do mundo, mas não fazia nenhum chocolate de qualidade. Porém, nos últimos anos, começaram a fazer chocolates muito bons no Equador, alguns premiados como melhores do mundo. Nessa parte, é explicado todo o processo de transformação do cacau em chocolate. Experimentamos um pedacinho da fruta (achei o gosto bem estranho...), e depois explicam como a fruta é seca, torrada e triturada. Também experimentamos os pózinhos que saem deste processo antes de se tornarem chocolate, bem interessante. No final, tem uma degustaçãozinha de um chocolate equatoriano premiado e uma vendedora, é claro. Os chocolates equatorianos são realmente muito bons, quem gosta de amargo vai adorar! Achei o Museu Intinan muito bacana, um complemento para a visita do Mitad del Mundo. Não deixem de ir aos dois. Terminei meu passeio no Intinan lá pelo meio-dia. Fiz tudo com um pouco mais de pressa do que eu gostaria porque eu ainda precisava chegar na Colômbia (em Ipiales) a tempo de ver a belíssima iluminação noturna do Santuário de Las Lajas. Segundo o pessoal do meu hotel em Ipiales, as luzes do santuário desligavam às 21h, então eu tinha que sair logo. Peguei minhas coisas no hotel e comecei minha jornada com um Uber até o terminal Carcelen, onde consegui um ônibus para cidade da fronteira (Tulcan), saindo 13h (só deu tempo de “almoçar” uns sanduíches em cinco minutos). Cheguei em Tulcan 18h30, rachei um táxi com outro passageiro até a fronteira, passei as imigrações do Equador e Colômbia, peguei outro táxi até o centro de Ipiales, e acabei de fazer check-in a jato no hotel lá pelas 19h40. Não comi nada e já pedi um táxi para o Santuário de Las Lajas. Ufa, cansei só de escrever 🤣🤣🤣. Eu estava batendo perna desde 12h só para chegar a tempo de ver a iluminação do santuário, mas o planejamento estava indo bem. No caminho, estava conversando com o taxista sobre a minha saga para ver a iluminação do santuário, e ele me tranquilizou, falando que as luzes apagavam às 22h. O táxi chegou no estacionamento umas 20h, e foram uns dez minutos de caminhada para finalmente chegar ao Santuário de Las Lajas, e foi... sensacional! Peguei o celular para tirar a primeira foto: Figura V‑43: Iluminação na Basílica Eu estava exausto, não tinha comido nada, mas estava feliz que tinha dado certo meu planejamento: eu tinha conseguido chegar a tempo. A gente chega por trás da igreja, é um dos piores ângulos como nessa foto acima, dando para ver só uma parte da fachada lateral e traseira da igreja iluminada, mas já deu para ver como era linda! Percebi que a iluminação fica mudando de cor, às vezes mais para o vermelho, às vezes mais para o azul, mais para o verde. Então resolvi tirar uma foto panorâmica com o celular para enquadrar a fachada completa do Santuário. Mas..., “ni qui” eu estava tirando essa segunda foto......, todas as luzes simplesmente se apagaram🤡 ! Figura V‑44: Panorâmica na hora que desligaram a iluminação 🤡 🤡 🤡 Reparem na foto anterior que, quando comecei a panorâmica de cima para baixo, as luzes ainda estavam acesas, mas, durante o movimento do celular para baixo, elas sumiram! Que raiva... Uma tremenda correria para chegar antes das 21h, quando supostamente apagariam as luzes, mas sei lá por que nesse dia resolveram apagar as luzes às 20h12! Só consegui tirar uma foto do celular, e do pior ângulo, não deu tempo de tirar nem uma fotinho com minha câmera boa para fotos noturnas. Fiquei um tempão rodando por lá, procurando alguém que trabalhasse no local. Notei algumas luzes acesas dentro da basílica, mas ela estava totalmente fechada. Não consegui achar um funcionário do lado de fora. Estava meio escuro e vazio, só tinha uns 9 ou 10 turistas por perto. Fracassado e faminto, não tive outra opção a não ser voltar para o centro de Ipiales. O taxista que estava me aguardava também achou muito estranho: não desligaram as luzes às 20h, nem às 20h30, nem às 21h, mas sim às 20h12! Como assim? No dia seguinte, conversei com uma funcionária do museu do santuário, que também me disse que a iluminação normalmente era desligada às 22h. Enfim, ninguém entendeu nada... Naquela correria para chegar ao santuário, acabei não fazendo o câmbio de pesos colombianos. E quem disse que seria fácil achar um restaurante aberto às 20h45, e que aceitasse cartão de crédito? No centro, estava difícil... Depois de um bom tempo, achei uma pizza horrível, mas ao menos aceitava cartão e quebrou um galho. Em Ipiales, o pessoal assava a pizza inteira e depois vendia pedaços reaquecidos, normalmente de algum sabor que a gente não gosta, muitas com abacaxi no queijo. Estava difícil achar uma muçarela ou uma margheritazinha.... No dia seguinte, procurando algo rápido para comer, só achei pizza ruim de novo. Pelo menos era barata. Fui dormir frustrado por não ter conseguido ver a iluminação do santuário como gostaria, mas, no dia seguinte, teria a chance de conhecê-lo de dia. Falando um pouco das minhas impressões sobre Ipiales, achei as ruas do centro bem trevas, meio escuras e vazias, mesmo as ruas principais. No centro, não tinha nada muito turístico, bares, restaurantes, lojinhas de souvenir, pracinhas bacanas... Por ser uma cidade de fronteira, tinha muito comércio, muita loja vendendo roupa, celular, eletrônicos, calçado, tudo que é tranqueira. Enfim, nada muito bacana para turistas. No final da tarde, tinha movimento, mas, quando fechavam as lojas, a cidade ficava meio estranha, bem deserta, quase tudo fechado. Por volta das 21h, já estava bem sinistro. Enfim, não me senti tão seguro assim, especialmente à noite. Na verdade, à noite, eu só vi uma pequena concentração de restaurantes “Asaderos de Cuy” no meio do caminho entre o centro e Las Lajas. O cuy assado é um prato típico da região. Segundo o tradutor, este animal é chamado cobaia em português, um tipo de roedor, maior que um rato. Colocavam o cuy inteiro no espeto para assar, estilo frango assado, e o pessoal servia o bicho inteiro, com cabeça, perninha e tudo.... Geralmente eu gosto de experimentar pratos típicos locais, mas essa iguaria, eu achei meio trevas, não quis arriscar. Coloquei uma foto da internet só para vocês também ficarem com um pouco de nojinho 🤣🤣🤣: Figura V‑45: Cuy asado Fonte: De Kaldari, via Wikimedia Commons Mitad del Mundo e Museu Intiñan: #valeapena Dia 3 -> Santuário Las Lajas Era dia de conhecer o magnífico Santuário de Las Lajas, que parece uma “igreja-castelo” medieval, construída à beira de um lindo penhasco. O cenário é muito bonito, seja pela construção, seja pela paisagem natural onde a basílica está inserida. A linda basílica de pedra de 50 metros de altura fica localizada no cânion do rio Guaitara, rodeada por cachoeiras e com uma riqueza de detalhes impressionante, que incluem arcos, mosaicos, torres e paredes de pedra natural. O Santuário de Las Lajas foi construído nesse local por causa de uma imagem da Virgem do Rosário, descoberta naquele rio. A história mais aceita atualmente conta que, por volta de 1754, a imagem da Virgem do Rosário foi descoberta por uma indígena com sua filha quando se dirigiam para sua casa. Surpreendidas por um forte temporal, buscaram abrigo em uma das muitas grutas naturais, comuns nessa zona do cânion do rio. E, para surpresa da mãe, a criança, que até aquele momento era considerada surda-muda, chama sua atenção, falando: "Mamãe, a mestiça me chama...", mostrando a pintura certamente iluminada de forma sugestiva pelos relâmpagos. Existem outras versões que falam de outros milagres e outras idas à gruta. De qualquer forma, depois de que as autoridades eclesiásticas e os habitantes da região comprovaram a veracidade dos fatos em 1754, o lugar foi convertido numa referência. No mesmo lugar da aparição, alguns anos mais tarde, foi realizada a primeira missa e se iniciou a construção de uma capela de palha. Posteriormente, em maio de 1794, começa a ser construído o primeiro templo à base de cimento e tijolo. Em 1862, uma capela maior foi inaugurada. E em 1916 até 1949, foi construído o atual edifício, o quarto desde o século XVIII, uma igreja de pedra cinza e branca, com estilo gótico do final do século XIV. O local, que começou como um centro de peregrinação muito importante na Colômbia e norte do Equador, depois de sucessivas construções, acabou se transformando em uma belíssima atração turística! Já na estrada que chega até o santuário, tem um mirante, que dá para ver a construção lá embaixo, bem no meio do belo cânion. Figura V‑46: Santuário, vista da estrada Reparem que construíram recentemente um teleférico próximo a esse mirante, mas achei que não vale o preço, já que a vista ao redor da igreja é linda. A próxima foto foi tirada da ponte em frente à basílica, com uma vista do cânion, do rio Guaitara, das cachoeiras e de uma estátua branca no morro (que não aparece bem na foto). Passei umas 3h explorando os caminhos ao redor do santuário: fui até a cachoeira, subi perto da estátua e desci até o rio. Chega de falar, são muitas fotos incríveis dessa basílica! Figura V‑47: Cânion do rio Guaitara Figura V‑48: Santuário Las Lajas Figura V‑49: Santuário, vista lateral próxima à cachoeira O ângulo que mais gostei foi este da foto a seguir, do outro lado da ponte, pegando-a quase de frente. Alguns detalhes da fachada impressionam, super bem trabalhados. Figura V‑50: Santuário Las Lajas Figura V‑51: Estátua na fachada Algumas medidas do santuário: a ponte tem 50 metros de altura por 17 metros de largura e 20 metros de comprimento. A altura, de sua base até a torre, é de 100 metros. O edifício principal mede 27,50 m de comprimento por 15 m de largura. Por dentro, ela também é bonita, com destaque para o fundo que é uma parede de pedra natural da garganta do cânion! E, na nave central, se vê em destaque a imagem da Virgem do Rosário, pintada por um autor desconhecido em uma laje de pedra. O altar está construído sobre a mesma pedra da cova em que Rosa (filha indígena surda-muda) teve a visão. Destaque também para o belo teto e para os belíssimos vitrais. Figura V‑52: Altar e parede de pedra ao fundo Figura V‑53: Vitrais e arcos no teto No canal, salvei um vídeo da vista do Santuário e do cânion, e um vídeo do interior da Basílica (Cap V‑15 e Cap V‑16). Ainda tem um museu no andar debaixo do santuário, ao lado dos arcos da ponte. Eu fui na esperança de conhecer um pouco mais sobre a história do santuário, porque a entrada era barata e tinha ouvido muitos elogios de viajantes, mas achei que não vale a pena. Tinha uma área do museu fechada, na parte que estava aberta, só tinha objetos antigos dos padres, uns quadros e fotos, nada iterativo, e nada de informação sobre a história da Virgem do Rosário. Embaixo da igreja, ainda tem uma cripta, com uma bonita iluminação. Se eu perdi a iluminação noturna, pelo menos peguei a iluminação da cripta.... Figura V‑54: Bonita iluminação da cripta No final, ainda tentei botar drone para voar. Tinha visto que, na Colômbia, tem um milhão de restrições para drone, mas chegando lá, eu perguntei para os funcionários se eu poderia usar um drone, e eles disseram que não tinha problema. Porém, estava ventando muito e com sinal de GPS muito fraco (o que desabilita vários modos de segurança do drone). Ainda tentei levantar o drone na raça, mas o vento estava muito arisco, jogando-o longe. Tive que desistir, infelizmente... E ainda penei para conseguir trazê-lo de volta. Depois de conhecer esse incrível santuário, era hora de voltar para o centro, almoçar mais uma pizza horrível de abacaxi e fazer todo o trajeto de volta para Quito. Às 12h40, começou a saga: táxi até a fronteira, cruzei fronteira, táxi coletivo até a rodoviária de Tulcan e ônibus para Quito. Meu plano era ir de ônibus até o Terminal Quitumbe, que fica mais ao sul de Quito, para ir de transporte coletivo para o meu hostel, no centro. Mas meu ônibus só foi chegar no Terminal Carcelen (norte de Quito) às 20h, tarde para caramba, então resolvi tirar o escorpião do bolso, descer lá mesmo e ir de táxi até o hostel. Só não imaginava que ia contratar um taxista que se achava o verdadeiro Ayrton Senna equatoriano. Caramba, como o maldito corria! Quando ele pegou uma avenida expressa (dentro da cidade, que já tinha limite de velocidade alto de 80 km/h), a todo instante ele ultrapassava os 120 km/h, costurando no meio dos carros. Ele ainda ficava nervosinho com quem dirigia normalmente a 80 km/h, saía cortando todo mundo e, quando não dava para cortar, colava na traseira dos carros... Enfim, só fazia barbeiragem. Mas sobrevivi, e quase 8h depois que saí de Ipiales, cheguei no hostel em Quito. Apesar do trabalhão que foi ir até Las Lajas, valeu muito a pena. Eu só fiquei frustrado porque não consegui ver a iluminação noturna. Agora que entendi como funciona, faria um roteiro diferente (explico no final do capítulo). Por fim, eu queria falar um pouco viajar de ônibus no Equador. Os ônibus interurbanos são bem baratos e confortáveis: muitos contam com ar condicionado, wi-fi (alguns melhores, outros piores), filme etc. E tinham pinturas mega coloridas e espalhafatosas, lembrando os famosos chicken-bus da América Central. Figura V‑55: Pintura dos ônibus no Equador Mas o transporte rodoviário lá é um pouco confuso, o ônibus vai parando em tudo que é canto. Além do motorista, todo ônibus sempre tem um funcionário “tipo” um cobrador, que se senta ao lado do motorista e vai cobrando os passageiros que entram e saem frequentemente, o pagamento é sempre no dinheiro e na moedinha. A todo instante, o pessoal acena para o busão no meio da estrada e não para de entrar passageiros. Eles podem ficar até o final, ou andar só alguns quilômetros e logo descer. Às vezes lota, às vezes esvazia, enfim, altíssima rotatividade. Além disso, a todo instante, entram vendedores ambulantes oferecendo todo tipo de tranqueira, principalmente comida. Vendiam tudo por um “dolarito”. Em toda parada programada do ônibus, seja rodoviária, seja ponto de movimento das cidades, seja um “postinho”, sempre entrava um monte de vendedor. Às vezes, vendedores entravam em pontos no meio do nada e desciam logo depois. Com o busão parando em tudo que é canto, parece que não vai chegar nunca... Ao menos tinha wi-fi. Eu me lembro que, nos anos 2000, tinha um seriado do Miguel Falabella chamado “Toma lá dá cá”, com o Condomínio Jambalaya, que era a maior confusão... Os “busões” no Equador me lembravam o Jambalaya. Na volta, em uma parada mais longa em um posto policial, eu contei uns 8 vendedores de tranqueiras ao mesmo tempo dentro do busão! Fiz um vídeo curto dessa parada (Cap V‑17 no canal), olha só a galera entrando e saindo. O vídeo ficou uma porcaria porque eu tentei filmar bem disfarçadamente, mas espero dê para ter uma ideia da confusão no busão. Pelo menos as lindas vistas do trecho da Avenida de los Vulcanes, ao norte de Quito, compensava. As melhores paisagens e a maioria dos vulcões estavam do lado direito (de quem segue no sentido norte). Destaque para o Vulcão Imbabura (inativo, 4630 m), que pode ser visto das belas lagoas de Ibarra e Otavalo, e para o Vulcão Cayambe (inativo, 5790 m), que fica um pouco mais longe da estrada, mas tem um belo pico nevado. Figura V‑56: Linda paisagem Figura V‑57: Vulcão Imbabura Figura V‑58: Vulcão Cayambe Santuario Las Lajas: #imperdível Dia 4 -> Quito Era dia de conhecer o centro colonial de Quito. Depois do café da manhã, comecei a visitar as belas igrejas de Quito. Tudo estava indo bem, mas..., “ni qui” eu estava saindo da igreja El Sagrario..., tomei um belo jato de cocô de pombo na cabeça! Na hora, eu senti o jato e achei estranho porque a m*rda pegou na minha cabeça e espalhou bastante: pegou nas costas, camiseta, mochila, e até em partes da minha bermuda.... Acho que o maldito pombo estava com diarreia 🤣 . Quando tomei a bela jateada, eu estava com minha mochila nas costas e minha câmera DSLR pendurada no pescoço. Na mesma hora, um senhor simpático, com cara de turista equatoriano, viu a cena e começou a me ajudar. Ele tinha uns lenços de papel e me emprestou. Entramos novamente na igreja para eu poder me limpar melhor. Nesse momento, ele falou para eu lavar a mão em uma "cumbuca" que ficava na entrada da igreja, cimentada na parede, parece um lugar onde os padres colocam água para os fiéis lavarem a mão ao entrar na igreja. Mas, pelo menos nesse dia, estava sem água. Nessa foto que eu fiz de dentro da igreja, dá para ver a “cumbuca” que ele falou para eu lavar a mão: Figura V‑59: “Cumbuca” onde teria água Dentro da igreja, comecei a me limpar com calma, com a ajuda daquele senhorzinho simpático. Nós encostamos em um cantinho ao lado de uma pilastra, que ficava uns quatro metros ao lado da “cumbuca” da entrada igreja, mais ou menos no local da seta a seguir: Figura V‑60: Cantinho onde comecei a me limpar Enquanto estava me limpando, o senhorzinho sugeriu que eu tirasse minha câmera do pescoço e mochila para poder limpar melhor, já que eu estava muito sujo. E foi isso que eu fiz, deixei a mochila e a máquina no chão daquele cantinho da igreja onde eu estava. Enquanto eu me limpava com os lencinhos, o senhorzinho, para me ajudar, pegou a minha câmera no chão e começou a coloca-la na minha mochila, inclusive tentando guardá-la no lugar errado. Achei isso um pouco invasivo, mas como o senhorzinho simpático estava me ajudando, limpou um pouco minhas costas e me arrumou um monte de lencinho salvador, ok... Coloquei a câmera no lugar certo e deixei a mochila no chão enquanto continuava me limpando no cantinho da igreja. Até que o senhorzinho me disse novamente para lavar a mão naquela "cumbuca" na parede da igreja. Como ele falou para ir lá de novo, achei que alguém tinha colocado água lá.... Ele foi andando comigo, se despediu, e eu fui tentar me limpar na "cumbuca". Mas estava sem água de novo! "Ni qui" eu voltei para o cantinho onde eu estava me limpando, cadê minha mochila??? Minha mochila, com carteira, câmera DSLR, lentes, cabos, GoPro e mais um monte de coisa, tinha sumido!!! Pqp, olhei no cantinho, fiquei procurando para todos os lados, não achei, fui ficando nervoso. Não sei ao certo quanto tempo eu demorei para perceber, algo entre uns 10 e 30 segundos, sei lá..., mas logo me dei conta de que aquele senhorzinho "simpático", que supostamente me "ajudava", na verdade, tinha me levado para aquela “cumbuca” só para que algum comparsa dele roubasse a minha mochila! Saí da igreja pilhado, correndo e gritando "ladron, ladron, ladron”, as pessoas em volta começaram a olhar para mim, e eu procurando alguém com a minha mochila. Ele não poderia estar longe, e logo um cara que vendia velas na porta da igreja apontou para um cara que estava andando rápido demais na rua, suspeito, e saímos correndo atrás dele! Corri pilhado talvez uns 40-50 metros com o vendedor, e, juntos, pegamos o outro senhorzinho que estava roubando minha mochila!!! Estava P☠️☠️☠️ de raiva, mas, na hora, só apertei forte o braço do cara e peguei minha mochila de volta. Logo vi que estava com tudo dentro, carteira, dinheiro, equipamentos, até a minha garrafinha d’água! Depois, o cara que vende velas me explicou que desconfiou daquele senhorzinho porque tinha saído andando rápido e usando minha mochila na frente do corpo, e não nas costas, como os turistas normalmente usam. Detalhe: essa Igreja El Sagrario divide parede com a Catedral de Quito, que fica na praça principal da cidade, onde ficam também palácio presidencial e a prefeitura. Lá é cheio de polícia, exército, olha onde eu quase fui roubado! Logo depois que eu peguei o cara, chegaram uns dois soldados (ou policiais, não lembro), que devem ter visto a correria no centro. Eu contei do roubo da minha mochila, mas eles “cagaram” para mim... Interesse zero. Perguntei o que fazer, disseram que eu poderia ir até uma delegacia e abrir alguma ocorrência (depois de tomar um chá de cadeira) e que provavelmente eles iriam fichar o senhorzinho e liberá-lo em seguida. Que raiva.... Acabei pegando as minhas coisas, o ladrão foi embora, e voltei para igreja para terminar de me limpar (sozinho, dessa vez...). E você pensa que esses ladrões eram mendigos, ou aqueles caras mal-vestidos? Nada, os dois estavam bem-vestidos, cinquenta e poucos anos, o primeiro com mochila e câmera no pescoço “tipo” turista equatoriano. Todo "simpático", perguntou se eu era americano, eu disse que era brasileiro, puxou papo, enquanto me arrumava um monte de lencinhos. Depois de tudo que aconteceu, pensando bem, lembrei que ele ficava na igreja com a máquina fotográfica, mas não tirava nenhuma foto... Olhando depois um vídeo que eu fiz do interior da igreja (salvei no canal, Cap V‑18), vi que o lazarento apareceu, era esse o FDP: Figura V‑61: Ladrão #1 (o que me “ajudou” com lencinhos) Na hora eu ainda fiquei pensando: que azar o meu, um pombo foi cagar bem na minha cabeça.... De fato, estava cheio de pombos na entrada da igreja. Inclusive quando passei novamente nessa igreja e tirei a foto da fachada a seguir, tinha um pombo bem em cima da porta de entrada. Será que o pombo estava mancomunado com os dois safados? 🤣🤣🤣. Brincadeiras à parte, provavelmente essa “cagada” foi algo planejado, só não descobri ao certo como eles fizeram para simular essa jateada... O golpe estava bem armado, eles não iam ficar esperando um pombo cagar em alguém para dar esse golpe. Alguns dias depois, eu li que em vários lugares o pessoal simula cagada de pombo para dar golpe em turista. A foto a seguir foi tirada umas 2h depois, quando voltei nessa igreja para tentar descobrir como eles faziam essa parte do golpe. Fiquei um tempo observando de longe, mas não descobri... Figura V‑62: Pombo em cima da entrada, e vendedor de velas Na foto, também indiquei com uma seta o cara que vendia velas, bem ao lado da porta da igreja. Não sei se ele tinha algo a ver com isso, ele estava muito perto da porta da igreja onde eu tomei a “jateada”. Esse cara, a princípio, me ajudou e correu atrás do ladrão, mas não sei se ele só fez aquilo porque viu que eu percebi logo o golpe... Não sei, desconfio de tudo, mas prefiro acreditar que o vendedor de velas não teve nada a ver com isso. Além disso, eu não sei se eu teria achado o senhorzinho ladrão #2 (que pegou a mochila) sem a ajuda dele. Ainda bem que recuperei a mochila, porque seria um baita prejuízo; câmeras, acessórios, carteira e, principalmente, as fotos da viagem. Foi um susto e tanto, mas no final, deu tudo certo. Depois de uns 20 minutos me acalmando e me limpando, era hora de seguir viagem. Comecei o relato do dia abrindo um parêntese com esse fatídico episódio da tentativa de assalto, agora vamos falar da parte boa. O centro de Quito é tombado pela Unesco e é bem bonitinho, colonial, tem algumas quadras bem conservadas e ruas só para pedestre. E tem algumas ruas mais interessantes, como a apelidada de Calle de Las 7 Cruces (sete cruzes, porque atravessa sete igrejas em umas 10 quadras), e a Calle De La Ronda, com um monte de restaurantes bacanas e lojinhas bem turísticas. O principal atrativo do centro de Quito são as igrejas. São muitas igrejas, algumas incríveis, e a maioria fica muito próxima, ótimo para conhecer a pé. Talvez seja o centro histórico mais ajeitado das capitais sul-americanas (achei Havana mais legal). Mas, só para alinhar as expectativas: embora o centro de Quito seja legal, na minha opinião, não se compara a cidade históricas da Europa em termos de construções, monumentos, praças, limpeza e conservação. E tem que ficar de olho nos golpes das pombinhas que cagam na sua cabeça 🤣🤣🤣. Conheci 13 igrejas no centro de Quito, mas nem todas são imperdíveis. Gostei mais de 7, que vou descrever na ordem que as conheci e, no final do relato, eu deixei meu ranking das melhores igrejas de Quito. 1 - Igreja São domingos (posição no ranking #6) A primeira que eu conheci foi a Igreja São Domingos. Só comecei por ela porque ficava em frente ao meu hotel, por isso também tirei foto noturna dela. Como não era uma das igrejas principais, só tirei uma foto na frente e segui para a próxima. Deixei para entrar nela depois, mas ficou fechada o dia todo, não consegui conhecer seu interior. Mesmo sendo a sexta igreja no meu ranking, tem uma bela fachada, uma linda torre e fica bem bonita iluminada à noite. Figura V‑63: Igreja São Domingos Figura V‑64: Igreja São Domingos à noite 2 – Igreja São Francisco (posição no ranking #3) A segunda igreja que visitei foi a São Francisco. Ela é bonita por fora, mas o destaque é o seu interior, muito bonito e cheio de ouro. Ela também tem uma iluminação bacana à noite. Por causa do lindo interior, ganhou a terceira posição no meu ranking. Pena que não pode fotografar por dentro dessa igreja. A foto do interior, a seguir, não ficou tão boa pois foi tirada da porta de entrada. Vale a pena conferir mais imagens do interior na internet, é muito bonito. Aliás, infelizmente, as igrejas com interior mais bonito de Quito não permitem fotografias em seu interior. Figura V‑65: Igreja São Francisco Figura V‑66: Interior Igreja São Francisco Figura V‑67: Vista noturna 3 - Igreja Companhia de Jesus (posição no ranking #1) A igreja que ocupa o primeiro lugar no meu ranking é a Companhia de Jesus, cujo interior é simplesmente espetacular. A fachada é bem simples, não dá nem para ter ideia do tamanho da igreja, mas o interior é deslumbrante. A entrada custava 5 $USD, mas não é permitido tirar fotos ou vídeos. Por isso, resolvi incluir uma foto da internet para ilustrar melhor. É realmente linda, com muito ouro mesmo! Figura V‑68: Interior Igreja Companhia de Jesus Figura V‑69: Fachada da Igreja companhia de Jesus Figura V‑70: Igreja Companhia de Jesus Fonte: De Diego Delso, delso.photo, via Wikimedia Commons 4 – Igreja El Sagrario (posição no ranking #5) A próxima igreja que eu conheci foi a El Sagrario, onde ocorreu a fatídica “cagada de pombo”.... A igreja também é bonita por dentro, não tanto quanto a Cia de Jesus ou São Francisco, mas pelo menos é permitido tirar foto e vídeo do interior e não paga entrada. Também gostei da iluminação noturna. A torre maior do lado da entrada é da Catedral Metropolitana de Quito, que divide parede com a Igreja El Sagrario. Figura V‑71: Igreja El Sagrario, ao lado da Catedral Metropolitana Figura V‑72: Igreja El Sagrario 5 – Catedral Metropolitana (posição no ranking #4), palácio presidencial e Plaza de La Independência Depois de recuperado do susto do “quase roubo”, cheguei na praça principal do centro de Quito, a Plaza de La independência, circundada pela Catedral Metropolitana de Quito, Palacio Presidencial, Arcadia municipal (prefeitura) e uns prédios bonitos que viraram centro comercial. A praça é até bonitinha, mas digamos que, por ser a principal praça da capital do país, eu esperava um pouco mais.... Lembrando que, como ocorreram grandes protestos contra o pacote de austeridade até poucos dias antes da minha visita, o palácio presidencial estava cheio de cercas e com muito policiamento. Eu já não tinha achado o palácio muito bonito, com as cercas então.... O prédio da prefeitura é tão comum que ninguém nem tira foto dele. O que eu achei mais legal foi a Catedral, principalmente por fora. Ela é bem grande, tem uma bela torre e, por isso, ficou em quarto lugar no meu ranking. Ela também tem uma bela iluminação noturna. A entrada custava 2 $USD. Seu interior, ao contrário da Cia de Jesus e São Francisco, não tinha aquele estilo todo ornamentado com ouro, mas era bonito e tinha mais obras de arte (também não era permitido tirar fotos). Se destaca também o túmulo do general Sucre, que, junto com Simon Bolívar, foi um dos grandes heróis da independência do Equador e dos outros países andinos. Figura V‑73: Plaza, Catedral e Palácio Presidencial Figura V‑74: Palácio presidencial Figura V‑75: Plaza de La independência e Arcadia Municipal Figura V‑76: Catedral Metropolitana de Quito Figura V‑77: Torre da Catedral 6 – Igreja Nuestra Señora de La Merced (posição no ranking #7) Duas quadras ao norte da Plaza, encontra-se a Igreja Nuestra Señora de Las Mercedes. Como eu estava com tempo, fui conhecê-la. É impressionante quantas igrejas bonitas existem em um raio de 2 kms em Quito. E essas que não são tão famosas pelo menos deixam tirar foto e não cobram entrada. As cúpulas e a torre da igreja são belas e, para variar, ela tem uma linda iluminação noturna. A seguir, uma foto noturna dela, tirada da praça em frente à Igreja São Francisco. Figura V‑78: Igreja Nuestra Señora de Las Mercedes 7 – Basílica do Voto Nacional (posição no ranking #2) Finalmente cheguei na Basílica do Voto Nacional, que é a única das igrejas principais que fica um pouquinho mais afastada do centro. Ainda assim, a apenas sete quadras da Praça da Independência. Se, até então, o destaque das minhas outras igrejas favoritas de Quito, como a Cia de Jesus, era a ornamentação interna, o destaque da basílica era sua grandiosidade e a ornamentação da parte externa, que lhe garantiu o segundo lugar no meu ranking. Figura V‑79: Basílica do Voto Nacional Figura V‑80: Muito bonita.... Um detalhe bem bacana: as gárgulas, que ficam nas fachadas laterais da igreja, foram inspiradas em animais típicos do Equador, olha que incrível: Figura V‑81: “Gárgulas-tartaruga” A entrada na basílica é paga. Eles vendem 2 “pacotes”: a entrada principal, que dá acesso ao interior, à área das missas e ao altar, custava 2 $USD. Eu gravei um vídeo do interior no canal, Cap V‑19. O acesso às torres também custava 2 $USD. Eu paguei primeiro para conhecer o interior, depois para ir nas torres, mas já fica a dica: recomendo fazer o contrário, ou ir só nas torres. A igreja é muito grande, o interior não é muito rebuscado, só chama atenção pelo tamanho e pelos arcos do teto. Já a subida na torre é muito legal, tem uma bela vista da cidade e, também, dá para subir no pináculo do meio que fica na cúpula da igreja. E ainda termina na parte atrás do mosaico principal, onde fica o órgão, um lugar que também oferece uma vista do interior da igreja (vide foto a seguir). Figura V‑82: Interior da basílica A subida nas torres é bem tranquila, começa de elevador e termina com algumas escadinhas meio apertadas. Já a subida até o pináculo da basílica (primeira foto a seguir), é mais divertida. Para chegar lá, você precisa atravessar por um telhado meio estreito (segunda foto), e, em seguida, passar por escadas mais inclinadas. Especialmente a da terceira foto, que ainda fica do lado de fora do prédio, exposta e protegida só por aqueles corrimãozinhos! Na primeira foto do pináculo, se der zoom, é possível ver pessoas em dois andares do pináculo e, à esquerda, dá para ver o corrimão do último lance da escadinha trevas que leva ao segundo andar. A escada dá um certo friozinho na barriga, mas não tem perigo e o pináculo rende belas vistas, principalmente das próprias torres da basílica. Figura V‑83: Pináculo da basílica Figura V‑84: Atravessando o telhado até o pináculo Figura V‑85: Escadinha para o segundo andar Figura V‑86: Torres (vista do pináculo) A vista das torres da basílica também é muito bonita, especialmente pela proximidade com o centro. Destacam-se a Virgem del Panecillo, no alto da montanha, e as igrejas do centro de Quito. Nessa foto, é possível ver as outras 12 igrejas que eu conheci (e mais algumas...), com o morro da Virgem del Panecillo ao fundo. Figura V‑87: Vista da torre da basílica Além das belas igrejas, Quito possui mirantes que oferecem lindas vistas da cidade. O mirante de La Virgem del Panecillo fica no morro ao lado do centro, e abriga uma estátua dessa virgem. Não fui até lá, mas da frente do meu hostel, já dava para vê-la. Figura V‑88: La virgem del Panecillo Outro local com lindas vistas é o teleférico, que sai do centro de Quito (2800 m) até uma montanha com 4200 m. Dizem que a vista do centro é meio distante, mas a vista dos vulcões ao redor, especialmente do Cotopaxi, é incrível. Do alto do teleférico, também é possível fazer um trekking no vulcão inativo Pichincha (4784 m). Eu planejava ir ao teleférico depois do almoço, dependendo do clima. Em Quito, os dias amanheciam com o céu bem aberto, mas, depois do meio-dia, as nuvens começavam a aparecer. Como estava ficando mais nublado depois do almoço, desencanei de ir ao teleférico. Com tempo sobrando, resolvi bater perna até o bairro Mariscal. A Plaza Foch, no coração do bairro, ficava a uns 50 minutos a pé. No caminho, passei pelo belo Teatro Sucre, monumentos, parques e praças. Me chamou a atenção um bonito monumento em homenagem a Simon Bolivar, na praça de mesmo nome. Figura V‑89: Teatro Sucre Finalmente cheguei à Plaza Foch, aonde havia um palco montado e várias bandas tocando. Achei o bairro Mariscal bem bacana, muitas opções de restaurantes, bares, fiquei com uma impressão muito boa de lá. Depois do jantar, voltei para o hostel a pé para talvez tirar umas fotos noturnas do centro, mas logo percebi que, à noite (~20h) já não era tão tranquilo “turistar” pelo centro de Quito. Não aconteceu nada, mas só quando cheguei na parte mais turística que voltei a ter uma sensação de segurança maior. Para quem planeja passar mais dias em Quito, recomendo ficar no bairro de Mariscal, que parece mais tranquilo para andar à noite e ainda é próximo do centro. Para quem tem pouco tempo e prefere o centro, não esqueça de se hospedar perto da Calle De La Ronda. Para finalizar, o prometido ranking as igrejas. Com certeza, as quatro primeiras são imperdíveis, não dá para ir para Quito e não conhecer! As próximas três não são imperdíveis, mas são bonitas e estão tão perto das outras, eu acho que vale a pena conhecer. As outras não vão fazer falta, é muita igreja bonita.... RANKING DAS IGREJAS DE QUITO: 1 – Igreja Companhia de Jesus 2 – Basílica do Voto Nacional 3 – Igreja São Francisco 4 – Catedral Metropolitana 5 – Igreja El Sagrario 6 – Igreja São Domingos 7 – Igreja Nuestra Señora de la Merced Segundo patamar: 8 – Igreja de San Agustin 9 – Igreja de La Inmaculada Concepcion 10 – Igreja Santa Barbara 11 – Igreja Carmen Bajo 12 – Igreja Carmen Alto 13 – Igreja San Blas Quito: #valeapena ---------------------------------------------------------------------------- Pessoal, esse relato é parte do capítulo V do livro/ebook. Os relatos das viagens de cada continente estão no livro Destino Vulcões, que consegui deixar o livro inteiramente grátis no amazon.com.br (não sei por quanto tempo...). É só entrar lá e baixar (link: https://a.co/d/agKaeNM)! Dá para ler direto no site, mas eu recomendo usar o aplicativo “Kindle”, disponível para celular (Android ou iPhone), laptop (Windows), ou no próprio Kindle, claro. Sinopse do livro: Nesta obra, compartilho minhas aventuras em busca dos vulcões mais espetaculares do planeta. É um relato pessoal de mais de 90 dias de viagens, ao longo de 10 anos, explorando 15 países em 6 continentes, ilustrado com fotos e vídeos do próprio autor. Expressões absolutas da força da natureza, os vulcões fascinam na mesma medida em que amedrontam. Quem já assistiu a uma erupção com lava pode confirmar que os vulcões oferecem uma das cenas mais impressionantes da natureza. E não é preciso ser um aventureiro radical para explorar esses destinos — basta estar disposto a viver experiências inesquecíveis. Além de paisagens vulcânicas impressionantes, descobri culturas vibrantes e outras belezas naturais que tornaram essa jornada ainda mais enriquecedora. Convido você a me acompanhar nessa aventura, repleta de histórias fascinantes e paisagens deslumbrantes ao redor do mundo. Capa:2 pontos
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Acho que a melhor maneira para conhecer o país é alugando um carro, em 12 horas vc atravessa o país, e se for fazer um ponto de partida acredito que o melhor seria começar por Santo Domingo que fica no centro do país, eu fui por Punta Cana, não gostei da cidade e as praias tinham sargazo também, impactando negativamente mais ainda a curta experiência na cidade, mas de fato a cidade não é do tipo de turismo que me atrai. Sendo assim, recomendo fortemente Bahia de Las Aguilas (quase no Haiti, por isso o mlehor é começar por Santo Domingo) e toda a península de Samana (Las Terrenas, Las Galeras e a Isla de Cayo Levantado), Samaná não tem o mar do caribe, então as praias não são daquele azul caribe, exceto Cayo Levantado, mas achei uma região muito mais autentica com um povo muito acolhedor e cheio de oralidade. Caso você goste de cachoeiras, achei bem legal tbm Rio Partido e no caminho para Rio Partido e Samana, paramos em duas cachoeiras que nem estavam nos planos mas vimos a placa na rodovia e entramos e foi bem aproveitador, uma se chamava Salto de Socoa e a outra nem me recordo o nome. Mas da impressão que ao rodar as estradas, sempre aparece uma placa de alguma cachoeira (lá eles chamam de Salto) para visitar. Um lugar que não fomos mas me recomendaram e faltou tempo, foi ir em Punta Rucia e Rio San Juan. Não fui na Isla Saona e fui em Boca Chica que também estava com sargazo, aí nem da para avaliar como bom ou ruim.2 pontos
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Aaah. Estava esquecendo de marcar e responder. Sim, a manutenção no carro eu mesmo faço. Algumas coisas talvez eu precisaria de um espaço mais equipado para facilitar mas a mão de obra mesmo tudo comigo. É um carro de mecânica simples e robusta. Com atenção e um pouco de experiência qualquer pessoa consegue resolver boa parte. Ah… O carro é equipado com inversor para 220v de até 4000w. Isolamento térmico em todos os cantos menos os vidros. Tv retrátil no teto, tem um PS4 pra distrair em dias mais parados. Consigo ligar tanto na energia do carro e em tomadas. Caixa d’água de 70L. Tenho um fogão elétrico de duas bocas, chaleira elétrica e uma torradeira que uso também de chapa pra coisas pequenas. Só eu e a Mochi mesmo já resolve tudo que precisamos.2 pontos
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Tentei resumir ao máximo para não ficar muito longo, mas é quase impossível hahaha! Foram muitos dias e experiências incríveis! Vou preparar um outro texto só com as principais informações e dicas da viagem. Neste aqui, preferi relatar todos os dias do nosso roteiro de forma bem completa. Achei legal compartilhar os detalhes porque, quando fomos planejar essa viagem, especialmente a parte da Namíbia, foi bem difícil encontrar informações. Cronograma Geral: Dia 1: São Paulo - Joanesburgo Dia 2: Joanesburgo (Ukutula Lion Lodge) Dia 3: Joanesburgo - Kruger National Park Dia 4: Kruger National Park Dia 5: Kruger National Park Dia 6: Kruger National Park - Joanesburgo Dia 7: Joanesburgo - Cape Town Dia 8: Cape Town - Stellenbosch (Rota Cabo da Boa Esperança) Dia 9: Stellenbosch Dia 10: Stellenbosch - Cape Town Dia 11: Cape Town Dia 12: Cape Town Dia 13: Cape Town Dia 14: Cape Town - Windhoek - Etosha National Park Dia 15: Etosha National Park Dia 16: Etosha National Park Dia 17: Etosha National Park - Spitzkoppe Dia 18: Spitzkoppe - Cape Cross - Swakopmund Dia 19: Swakopmund (Sandwich Harbour) Dia 20: Swakopmund - Sossusvlei Dia 21: Sossusvlei Dia 22: Sossusvlei - Luderitz Dia 23: Luderitz (Kolmanskop) - Solitaire - Windhoek Dia 24: Windhoek - Joanesburgo Dia 25: Joanesburgo - São Paulo Tem muitas coisas além disso para fazer nesses dois países, mas conseguimos encaixar somente isso nesses 25 dias pois as coisas são um pouco longe uma da outra, principalmente na Namíbia. Então vamos para o roteiro detalhado: Dia 1: São Paulo - Joanesburgo Foi praticamente só a ida pra lá! Pegamos o vôo da Latam em Guarulhos, São Paulo e viajamos direto para Joanesburgo. Dia 2: Joanesburgo (Ukutula Lion Lodge) Chegamos em Joanesburgo, trocamos dinheiro no aeroporto mesmo, compramos um chip na MTN Store e depois retiramos nosso carro alugado na Hertz. Então seguimos para o Ukutula Lion Lodge, uma reserva e centro de conservação de animais onde faríamos alguns passeios. Logo que chegamos, já fomos surpreendidos! Entre a entrada do Ukutula até os chalés tem uma estradinha e durante esse trajeto vimos o primeiro animal: uma girafa! Almoçamos por lá mesmo e depois fomos para os passeios: Predator Tour: Fizemos um tour pela reserva, onde vimos leões, leoas, hienas e tigres. Visitamos também o centro de conservação e interagimos com dois mini leões e um guepardo. Apesar de estarmos tensos, a interação foi bem tranquila, com os guias sempre por perto. Amamos o passeio!! Bush Walk with Lions: O segundo passeio foi uma caminhada com os leões. Fomos acompanhados por 4 guias até a área dos leões, então abriram o recinto e eles passaram na nossa frente. Nessa hora o coração até para kkkkkkkk Andamos atrás deles junto com o grupo e paramos duas vezes embaixo de uma árvore para tirar fotos e gravar vídeos. O passeio durou mais ou menos 1 hora e valeu super a pena. É um misto de sensações! Depois dos passeios, estávamos bem cansados. Fizemos a escolha certa de nos hospedar por lá. Alugamos um chalé para 4 pessoas e o jantar já estava incluso, então foi só comer e descansar. Algumas considerações: Os animais são extremamente bem cuidados e não são dopados, porém eles ficam dentro de recintos. Então se você é do tipo que não gosta de animais presos, esse passeio não é para você. Os passeios que fizemos não são permitidos para menores de 12 anos. Dia 3: Joanesburgo - Kruger National Park Acordamos bem cedo e pegamos a estrada rumo ao Kruger Park, um trajeto de cerca de 6 horas. As estradas eram ótimas e fomos admirando as paisagens. Por volta das 13h, paramos no The Crossing que é tipo um shopping aberto em Nelspruit. Exploramos algumas lojinhas e almoçamos no restaurante Turn 'n Tender Steakhouse. Muito bom! Não é dos mais baratos, mas tem outras opções para comer nesse shopping se quiser. Dirigimos por mais 1 hora e meia até o Hotel Crocodile Bridge. Esse hotel fica fora do Kruger, mas bem pertinho do portão do crocodilo e de frente para um rio onde os animais vão para beber água. Amamos o hotel! Você se sentia em casa! O quarto era bem bonito, espaçoso e limpo. A área externa era super aconchegante. Tinha um terraço com vários sofazinhos, de frente para o rio para observar os animais. Os proprietários do hotel foram super atenciosos e sempre estavam se preocupando se tudo estava correndo bem. Os jantares não tinham tanta variedade, mas a comida era deliciosa. Toda noite recebíamos uma caixa térmica com o café da manhã para levarmos para o safári, era tão bem servido que dava até para o almoço. Nesse dia nos acomodamos no hotel, jantamos e fomos descansar! Dia 4: Kruger National Park Acordamos muito cedo pois teríamos um safári full day com o hotel. Às 5h20 da manhã já estávamos prontos e indo nos encontrar com o nosso guia, Derek. Ele nos entregou capas para nos proteger do frio, já que o carro era aberto e a temperatura estava lá embaixo. No começo achamos que era um exagero, mas logo que o carro começou a andar agradecemos por ter aquela capa. Ficamos na fila para entrar no portão e fomos um dos primeiros a chegar, quando entramos no parque ainda estava escuro. O Derek nos explicou que veríamos alguns animais pelo caminho, mas não pararíamos, pois o foco inicial era procurar os “cats” já que o amanhecer é o melhor momento para isso. Nosso guia era ótimo e se empenhou muito para nos mostrar o melhor. Vimos impalas, zebras, girafas, elefantes, leões, macaquinhos, várias aves diferentes, hipopótamos. E fizemos algumas paradas durante o passeio todo: 1º - paramos no Park Shop Crocodile Bridge para comprar café. 2º - paramos em um waterhole para tomar café olhando os animais. Foi demais! 3º - paramos no Ntandanyathi Game Viewing Hide que é uma área de observação. 4º - paramos no Lower Sabie Rest Camp que é um camping bem estruturado com lojinha e restaurante. Ótima opção para comprar souvenir e comida. 5° - paramos no waterhole que fica ao lado do Lower Sabie para almoçar e observar os animais. Vimos vários hipopótamos nadando. Dica: nas lojinhas do Kruger tem várias opções de mapas para vender. Alguns tem um check-list dos animais para você ir marcando conforme vai encontrando. Além de ser útil na localização, é divertido ficar encontrando os animais e uma ótima lembrança do parque. Voltamos para o hotel mais ou menos 15h30 e foi uma experiência incrível e inesquecível! De tarde ficamos observando o rio, avistamos um búfalo (o único da viagem inteira) e depois comemos o famoso Braai (como se fosse um churrasco), uma delícia! Dia 5: Kruger National Park Nesse dia resolvemos fazer o safari sozinhos. Acordamos às 5h e fomos direto para o portão do Kruger, pois a fila é bem grande. Às 6h o portão abriu, pagamos o ingresso ali no portão mesmo e entramos. Já tivemos uma super experiência de manhã: assim que entramos o trânsito começou a parar e não estávamos entendendo o motivo. Olhamos no grupo do whatsapp do Kruger em que as pessoas compartilhavam as localizações dos animais que encontravam e descobrimos que tinha um leão ali!! Nesse momento, o Leo, que estava dirigindo, conseguiu cortar o caminho e chegar pertinho deles! Eram dois leões que estavam parados no meio da estrada e tinham acabado de caçar e se alimentar, pois tinha uma carcaça ali perto. Logo os leões se dispersaram e nós seguimos nosso caminho. Tínhamos montado um roteiro para nos guiar. A ideia era subir até a região do Skukuza, pois ouvimos falar que era boa pra ver animais e depois voltar passando pela região de Malalane pois a moça do hotel comentou que era a melhor região para ver cheetah. O início do nosso safári foi ótimo, subimos até a região do Skukuza e conseguimos ver vários animais. Paramos ali no camping, que é bem estruturado e bonito, e aproveitamos para fazer algumas comprinhas e tomar um milk shake. Fomos para o Mathekenyane Hill (Koppie) View Point, que é onde possui uma vista bem bonita e geral do Kruger. A grande desvantagem de fazer safari sozinho é porque não conhecemos a região e nem como funciona a natureza e o comportamento dos animais. Sentimos isso na pele quando estávamos voltando pela rota que passa por Malalane, foi uma péssima escolha. O inverno na África do Sul não tem muita chuva e essa região em especial estava muito seca, tão seca que não tinha nenhuma alma viva! Ficamos andando com o carro por horas sem ver nenhum animal! Foi uma experiência bem legal fazer o safári sozinho, mas se você quiser aproveitar o máximo sem se preocupar com nada, opte por fazer o safári com um guia. Mas é claro que tudo tem um lado positivo! Apesar de ficarmos horas sem ver animais, vimos paisagens muito bonitas e no finalzinho vimos um hipopótamo de pertinho e uma família de javalis! Algumas dicas: Sempre fique atento aos outros carros e aos guias de safári, se ver alguma aglomeração, vai atrás porque provavelmente tem algo interessante. Procure os waterholes. Os animais vão para beber água e acabam sendo os lugares mais fáceis de encontrá-los. Respeite os animais! Vimos uma cena linda de um elefante “tomando banho” e quando ele nos viu, levantou e foi se aproximando do carro, abanando as orelhas. Nosso guia nos explicou que isso era um sinal de que o elefante se sentia ameaçado e que, se não saíssemos, ele poderia atacar. Aproveite as paradas para ir ao banheiro! Parece uma dica boba, mas passamos aperto segurando xixi porque não tinha onde e nem como parar no meio do caminho kkkkk Entre no grupo do WhatsApp do Kruger: https://tr.ee/pnUpSN9Lpt e acesse o Instagram https://www.instagram.com/latestkruger para ter informações em tempo real. Dia 6: Kruger National Park - Joanesburgo Acordamos cedo e seguimos viagem de volta a Joanesburgo. Por ser considerada uma cidade grande e perigosa, optamos por nos hospedar no bairro Sandton, conhecido por ser um dos melhores e mais seguros. Ficamos no Hotel Sky, que nos surpreendeu positivamente! O hotel era bem sofisticado, espaçoso, bem decorado e tecnológico. Nos corredores, tinham máquinas de café à disposição, oferecendo algumas opções para aproveitar a qualquer hora. O hotel também contava com dois restaurantes muito interessantes, bem decorados e o café da manhã excelente e com muita variedade. À tarde, decidimos explorar a Nelson Mandela Square, que ficava pertinho do nosso hotel. No entanto, tivemos um pouco de dificuldade para encontrá-la. Entramos no shopping que fica ao lado e acabamos nos perdendo por lá, que era muito maior do que imaginávamos. Quando estava escurecendo, finalmente encontramos a praça com a estátua do Nelson Mandela e tiramos algumas fotos. A praça é linda, bem iluminada e repleta de opções de restaurantes. Acabamos escolhendo o La Parada para o nosso jantar e achamos OK! Foi nesse dia que descobrimos a Brutal Fruit, uma bebida deliciosa super frutada e levinha! Outra opção que tínhamos para esse dia era fazer um Tour no Soweto, que é um bairro super famoso na história do Apartheid e da segregação racial. Porém nosso tempo era muito curto e acabamos não fazendo. Dia 7: Joanesburgo - Cape Town Acordamos cedo e fomos direto para o aeroporto de Joanesburgo. Entregamos nosso carro na Hertz e depois pegamos o vôo que chegou em Cape Town às 12h30. ALERTA DE PERRENGUE: Depois do vôo estávamos tentando chamar um Uber para o hotel… o app mostrava R350 para ir de van. Naquele caos do desembarque, entre procurar o Uber e nos perder no aeroporto, passamos por uma área cheia de taxistas de colete neon, todos tentando nos abordar. Um deles se aproximou e logo ofereceu uma corrida por R1.000! Claro que achamos um absurdo e dissemos que não dava. Aí ele teve a “brilhante” ideia de passar o serviço para um amigo, que faria por R 400. O Leo confirmou duas vezes se esse preço era para as quatro pessoas e se cabiam as bagagens, e o cara garantiu que sim. Então, lá fomos nós! A viagem foi tranquila, mas, ao chegar no hotel, o taxista puxou a calculadora e começou a multiplicar R400 por 4, querendo cobrar R1.600! Ficamos em choque e o Leo que já estava bem irritado, argumentou que não era isso que tínhamos combinado. O taxista ficou bravo e tentou nos enrolar, mas no final só aceitou. Então, fica a dica: fuja dos taxistas de colete! Chegamos no hotel e já percebemos que a escolha não foi das melhores. Sorte que era para uma noite só! Era super bonitinho, limpo e arrumado. Porém, ficava em um lugar muito alto! Era impossível ir a pé para o centro! E já fica a outra dica: Cape Town é uma cidade enorme e com muitas montanhas, então, considere ter que usar muito uber. Antes de fechar um hotel, veja se ele não fica em uma montanha kkk Esse por exemplo era perto do centro, mas não nos atentamos que ficava no alto kkk Fomos para o V & A Waterfront, um dos pontos mais icônicos de Cape Town, repleto de lojas, restaurantes e atividades. Almoçamos no Santa Ana Spur Steak Ranch, que é uma franquia de fast food da África do Sul. Ficamos a tarde passeando por lá, mas estava com o tempo bem frio e chuvoso. Então quando chegou a noite fomos para o hotel descansar. Mas outras opções legais para fazer seriam passear nos mercadinhos: Green Market Square e Bay Harbour Market. Dia 8: Cape Town - Stellenbosch De manhãzinha, saímos para buscar nosso carro alugado e dirigimos rumo à Nederburg que levou cerca de 45 minutos. Não optamos por pegar o carro no dia anterior para economizarmos uma diária, mas se você prefere ter comodidade já pegue seu carro assim que chegar. Já tínhamos um piquenique reservado para às 10h. Mas como estava friozinho, iniciamos na parte de dentro com uma lareira e um ambiente super aconchegante e depois fomos lá pra fora. O dia estava lindo e o piquenique foi maravilhoso, parecia um almoço! Depois do piquenique, fizemos a degustação de vinhos, que também já está reservada. Maravilhoso! Aproveitamos para passear pela vinícola que tem paisagens lindas e depois seguimos para a vinícola Plaisir De Merle. Não tínhamos nada reservado, ainda bem! Estávamos super satisfeitos e não aguentaríamos fazer outra degustação kkkkk então passeamos por lá, conhecemos as lojinhas, as paisagens incríveis e depois fomos para o hotel. Ficamos no The Salene e acertamos em cheio! Que hotel incrível! Ambiente super chique, paisagem deslumbrante das montanhas, super reservado (tinha praticamente só a gente no hotel) e a vista do nosso quarto era de tirar o fôlego! Aproveitamos para descansar e depois fomos jantar no Bossa! Recomendamos bastante, super descontraído e comida ótima! Dia 9: Stellenbosch Começamos o dia tomando um café da manhã delicioso no hotel e depois seguimos para a Boschendal Farm Shop & Butchery. Que lugar! A Boschendal é uma vinícola enorme com vários ambientes: mercadinhos, lojinhas, degustação, exposição de arte, restaurante, sem contar as trilhas e passeios de bike. Começamos com a degustação de vinhos que já estava reservado (Cellar Door) e depois almoçamos no Restaurante Werf da Boschendal que também estava reservado. Achamos bem carinho, mas era divino! De tarde passeamos pela vinícola para explorar cada cantinho e todas as paisagens maravilhosas! Saindo de lá, passamos na Neethlingshof - 1692, mas infelizmente já estava fechada. Então fomos para o Root44 Market - é um mercado super bonito e diferenciado. É como se fosse um galpão enorme com várias barraquinhas expostas. Comidas de vários países, sobremesas, café, bebidas, artesanato, roupas, bijouterias, tem de tudo lá! Ele é todo cercado de gramado, onde as pessoas vão para se divertir em família e amigos olhando a paisagem maravilhosa das montanhas. Com certeza foi um lugar que nos surpreendeu muito! Depois de explorar o mercado, ficamos conversando no gramado por um tempinho e depois voltamos para o hotel. E para finalizar o dia saímos para jantar no Col'Cacchio, que é uma franquia de restaurantes italianos - achamos super delicioso e o preço é muito bom! Se você é amante de vinhos, vale super a pena investir mais um dia em Stellenbosch! Tem muitas vinícolas para conhecer, os vinhos são deliciosos e as paisagens surreais! Com certeza um dos nossos lugares preferidos da África do Sul!! Dia 10: Stellenbosch - Cape Town (Rota Cabo da Boa Esperança) Nesse dia voltamos para Cape Town fazendo a rota do cabo da boa esperança. Essa rota é muito conhecida e normalmente as agências de viagem começam pela Chapman 's Peak Drive e terminam na Muizenberg Beach. Nós optamos pelo caminho inverso porque ficaria mais fácil por estarmos em Stellenbosch e também para evitarmos muitos turistas. Foi a melhor escolha: os locais que visitamos estavam super tranquilos e o pôr-do-sol deixou a estrada da volta muito mais linda. Nosso Roteiro: Muizenberg Beach (Praia com casinhas coloridas) Boulders Beach (Praia dos pinguins) Cabo da Boa Esperança Cape Point (Farol) Chapman’s Peak Drive Praias Hout Bay até Camps Bay Observação: Prepare-se para pegar muito vento. Quando lemos sobre isso, achamos que era um pouco de exagero. Mas é surreal! Pegamos muito vento do início ao fim. É um vento que até te empurra kkkkkk Além de ser bem frio, o boné/chapéu voa e o cabelo fica todo embaraçado no final do dia. Mas é só se preparar que dá tudo certo! Saímos umas 8h40 em direção à Muizenberg Beach, que é uma praia que ficou famosa por ter umas casinhas coloridas - os vestiários dos surfistas. Paramos por uns 20 minutos para conhecer e tirar fotos. Depois seguimos para a Boulders Beach - a praia do pinguins! As pessoas têm muitas dúvidas de como faz pra acessar a praia e é muito difícil de encontrar essa informação, então vou contar o que fizemos: Logo depois do estacionamento vai ter como se fosse uma portaria. A moça vai indicar pra você seguir à esquerda e seguir o caminho. Seguindo esse caminho, você vai chegar no Boulders Visitor Centre que é onde você vai comprar o ingresso. Passando por essa entrada você vai conseguir acessar uma plataforma de madeira que é onde dá pra ver a praia e os pinguins de longe. Passeie por lá, explore as lojinhas… você pode encontrar também um bichinho fofinho chamado damão-do-cabo. Depois de passear nessa parte, você faz todo o caminho de volta até chegar naquela primeira portaria, perto do estacionamento. Vai ter uma portinha do lado direito. Entre por ela. Quando passamos a moça não estava lá, mas se ela tiver é só apresentar o ingresso. Andando um pouquinho você já vai estar na praia. Quando chegar na praia você vai precisar passar por algumas pedras para chegar nos pinguins. Mas fique tranquilo, porque é bem fácil de passar por elas. Depois disso você vai encontrar os pinguins. Dá pra chegar bem pertinho deles, mas não passe a mão porque eles podem morder e também para respeitar o espaço deles. Seguimos nossa rota para o Cabo da Boa Esperança e essa parte funciona assim: Você chega no portão do parque (Cape Point National Park Toll Gate), paga o ingresso para entrar e continua a rota de carro até chegar no cabo da boa esperança (Cape of Good Hope), que demora uns 20 minutos. Lá você pode tirar foto com a placa famosa e depois subir a montanha. É bem tranquilo e rápido de chegar no topo, mas dependendo do dia venta bastante. Depois disso, tem duas alternativas para ir ao Cape Point (Farol): Trilha: em cima da montanha vai ter uma placa indicando a direção de uma trilha que passa por vistas muito bonitas, pela Diaz Beach e depois chega no Cape Point. Carro: você pega o carro e faz o caminho de volta até encontrar a primeira oportunidade de virar à direita. Segue até o fim da estrada, em direção ao Cape Point (siga as placas de direção que não tem erro) Nós fomos de carro porque senão teríamos que ir e voltar pela trilha para buscar o carro. Na entrada do Cape Point, tem um estacionamento gratuito onde você pode deixar o carro. Lá tem banheiro, lojinha de souvenir e a bilheteria do funicular. Para comer, tem o restaurante Two Oceans que é super recomendado e com vista para o mar, porém não queríamos gastar muito então optamos por comer no food shop que tinha ao lado com opções mais em conta (porém achamos que não é tão bem serviço, os lanches são pequenos kkk). Para quem optar pelo food shop, tem algumas mesinhas do lado de fora para sentar, porém não temos muita paz por causa do vento que leva tudo embora e pelos animais (passarinhos e babuínos) que ficam tentando roubar a comida hahaha Para subir até o farol do Cape Point, você pode ir pela trilha ou pelo funicular. Para ir pelo funicular, você compra o ingresso na bilheteria e depois é só ir para a fila. Você pode subir e descer quando quiser. Fomos pelo funicular e chegando lá subimos mais uma escadaria para chegar ao farol. A vista é surreal de linda e venta bastante, então tomem cuidado para não deixar voar as coisas. Lá em cima também tem lojinha de souvenir e banheiro para quem precisar. Depois de finalizar nossa visita ao Cape Point fomos voltando em direção à Baía Hout pois queríamos passar pela Chapman's Peak Drive. É uma estrada lindíssima beirando o mar com várias paisagens de tirar o fôlego. Como estávamos no finalzinho da tarde, o pôr-do-sol deu um toque especial e as montanhas ficaram ainda mais lindas. Depois da Chapman's Peak Drive, fomos beirando as praias até chegar em nosso airbnb, foi uma paisagem mais deslumbrante que a outra e ficamos impressionados com as casas e carros de luxo que vimos no caminho. Esse foi o roteiro que fizemos e para nós foi excelente. Porém, se tiverem mais tempo e desejarem podem incluir alguns pontos: Kalk Bay, Fish Hoek, Simon’s Town, Mariner’s Wharf. Dia 11: Cape Town Devolvemos nosso carro de manhãzinha e como o tempo estava perfeito, já fomos garantir nossa ida à Table Mountain sem nuvens. Como já tínhamos comprado nossos ingressos pelo site, já fomos para lá e ficamos esperando na fila. Era mais ou menos 9h e já tinha bastante gente, mas não demorou muito. Logo entramos no teleférico, que é bem grande, e subimos. O teleférico vai girando e todo mundo fica em pé, a vista é incrível mas não é muito agradável para quem tem medo de altura kkkkk. É bem alto, mas logo ele chega e lá em cima é mais tranquilo. Ficamos bem impressionados, porque a montanha é bem grande e tem muitas coisas para explorar. Fomos seguindo o fluxo, olhando as paisagens, tirando fotos. É muito legal ir andando pela montanha e ir observando cada paisagem, uma diferente da outra. Lá também tem lojinha de souvenir, um pequeno café com algumas opções para comer e banheiro. Andamos por toda a Table Mountain, ficamos sentados observando um pouco e quando foi mais ou menos 11h50 descemos pelo teleférico. Foram mais ou menos 3 horas que passaram voando. Observação: Também tem a opção de subir e descer por trilha. Fomos para o The Old Biscuit Mill. Esse local possui algumas lojinhas e restaurantes, mas o mais forte é a feirinha que ocorre de sábado (09h - 17h) e domingo (10h - 17h), chamada Neighbourgoods Market. Era uma terça-feira e sabíamos que a feirinha estaria fechada, mas decidimos ir mesmo assim para conhecer. Achamos que não vale muito a pena sem a feirinha, porque o local é bem pequeno, com poucas lojas e fica mais afastado dos outros pontos turísticos. Almoçamos em um restaurante de pizza e depois já partimos para o próximo ponto - Jardim Botânico Kirstenbosch. Observação: Todos esses deslocamentos fizemos de Uber pois em Cape Town é tudo bem longe. Então é bom considerar isso no planejamento da viagem. Chegando no Kirstenbosch, compramos os ingressos, pegamos um café na Cafeteria Vida e Caffè que tem ali na entrada e fomos andando pelo parque. Junto com o ingresso você recebe um mapa que ajuda bastante a entender e andar por lá. O lugar é lindo e o passeio é super gostoso de fazer. Nós queríamos muito chegar naquela famosa ponte que aparece nas fotos, mas foi bem difícil kkkk só conseguimos depois de colocar esse nome no GPS -> Boomslang Canopy Trail (Kirstenbosch Tree Canopy Walkway) então fica a dica. Tem realmente bastante coisa para fazer lá, ficamos mais ou menos 2 horas. No final fomos na lojinha de souvenirs que tem muitas coisas lindas, bem floridas. Dica: Lá tem várias opções de lenços e é uma ótima opção para dar de presente porque não pesa na mala e não ocupa muito espaço. Saindo de lá, pegamos um uber para o Signal Hill pois tínhamos programado de ver o pôr-do-sol lá. Conforme subíamos a montanha, uma nuvem começou a subir junto kkkkk Quando chegamos no topo, o lugar estava todo coberto pela nuvem. Não dava para enxergar nada hahaha Esperamos um pouco, mas não tinha nem sinal de melhorar, então resolvemos voltar. Voltamos com o mesmo Uber, que só estava esperando a gente decidir ir embora kkkkk Um dos desafios de Cape Town é essa rápida formação de nuvens, que ocorre devido aos fatores geográficos, correntes oceânicas e umidade. Embora isso possa interferir nos passeios, não temos como controlar o clima. Então o melhor é ir preparado e sabendo que que isso pode acontecer e encarar o momento com leveza e tranquilidade. Aproveite a experiência, independentemente das condições! De noite, aproveitamos o tempo no Victória & Alfred. Que lugar gostoso, tudo muito bonito e iluminado! Encontramos um grupo cantando músicas africanas ali na parte central do V&A, era mais ou menos 19h30. Foi demais ver eles cantando e dançando! Depois fomos jantar no Gibsons – Gourmet Burgers & Ribs. Muito Bom! Dia 12: Cape Town Tem uma série no Netflix que se chama Somebody Feed Phil em que o Phil Rosenthal roda o mundo explorando a cultura e a culinária de várias cidades. Eu e meu marido amamos essa série e sempre tentamos ir nos restaurantes que o Phil visita. Nesse dia tínhamos 3 lugares da série para visitar e começamos com o Truth Coffee, que é uma cafeteria super estilosa, diferentona e especialista em café. Chegamos lá às 8h30 e tomamos nosso café da manhã. O lugar é cheio de decorações, o cardápio era como se fosse um jornal e os garçons eram super atenciosos. Nos ajudaram com o pedido, porque você tem que pedir a bebida e o tipo do café. Cada café fica melhor com um certo tipo de bebida. Depois do café da manhã nós tínhamos uma degustação geek reservada: É uma sessão de 60 minutos que permite que você experimente e prepare até 4 cafés diferentes guiado por um barista da cafeteria. Além disso, ele mostra como preparar o café no gotejador Abid Clever e no V60. Essa degustação custa R300 por pessoa e pode ser feita em até 6 pessoas.Nós amamos a experiência! Degustamos vários sabores diferenciados e o Elson Ngulube, o barista que nos atendeu, era super gente boa e paciente, principalmente com nosso inglês péssimo kkkkk Aprendemos muito sobre café e super recomendamos a experiência! Depois disso fomos fazer um tour pelo centro de Cape Town a pé: Primeiro passamos na frente do Parlamento da República da África do Sul e depois fomos para o The Company's Garden. É um jardim muito bonito, mas a atração principal foram os esquilinhos. Quando chegamos lá, um esquilinho correu na nossa direção e chegou bem pertinho. Achamos aquilo engraçado porque normalmente eles fogem da pessoas, mas foi aí que descobrimos que eles estão acostumados a receber petiscos das pessoas. Tem um cafezinho em uma lojinha chamada Heritage Shop at The Company's Garden ali no jardim onde eles já vendem saquinhos prontos com castanhas, próprias para distribuir para os esquilinhos. Então fomos correndo comprar e depois saímos caçando os esquilinhos. Foi um dos momentos mais divertidos do dia, os esquilinhos vinham pegar na nossa mão e alguns chegaram até a subir na nossa perna. Depois de brincar muito com eles, fomos conhecer a St George 's Cathedral, uma igreja bem bonita. Entramos para ver como era por dentro, sem custo nenhum. Depois fomos para a Long Street em direção ao Bo-Kaap. Para quem não sabe, o Bo-Kaap é um bairro histórico conhecido por suas casas coloridas e uma rica herança cultural. Originalmente, era uma área habitada por muçulmanos, muitos dos quais eram escravizados trazidos de diversas partes do mundo, incluindo a Malásia e a Indonésia. Lá também tem um pequeno museu com mais informações sobre a história do local. Passeamos pelas ruas com as casinhas coloridas e depois fomos almoçar no Faeeza's Home Kitchen, outro lugar da série do netflix. Estávamos super ansiosos por esse lugar, porque além de termos assistido sobre ele, iríamos provar comidas típicas. Tem a opção de fazer reserva, mas nós não fizemos e fomos atendidos normalmente. Comemos: - Samoosas (como se fosse um pastelzinho) - Bobotie (Traditional Beef) servido com arroz, legumes e picles de beterraba. - Curry de frango servido com arroz, vinagrete e uma massa parecida com panqueca. - Para beber pedimos soda saborizada (ficou super parecido com uma Pink Lemonade) Que comida maravilhosa!! Nós amamos!! Para nós que não estamos acostumados, era tudo bem picante. Mas era muito saboroso e delicioso! Super recomendamos!! De lá fomos passeando pelo centro em direção ao próximo lugar que vimos na série, o Honest Chocolate Cafe. É uma cafeteria pequenininha e aconchegante com vários chocolates diferentes. Fizemos nosso pedido e sentamos em alguma mesinha para apreciar o chocolate e aproveitar para descansar um pouco. De lá, pegamos um uber e fomos para a Lion’s Head para fazer a trilha. O motorista nos deixou na base, onde começa a trilha e fomos subindo. A trilha vai contornando a montanha, porém ela não tem um fim. Chega uma hora que começa a ficar perigoso e meio que não tem mais para onde ir, então voltamos e decidimos seguir uma outra trilha que vai em direção ao signal hill e chega em uma mesquita. Veja o percurso que fizemos: Observação: O percurso é aberto e bem tranquilo, mas se você não curte trilha, talvez esse não seja um passeio legal. A primeira parte tem muita subida e a segunda é praticamente só descida com bastante pedra no caminho. Você pode optar por fazer só um pedacinho e ficar olhando a vista que é maravilhosa, ou pode ir para o signal hill assistir o pôr-do-sol. O segundo eu acho que vale mais a pena se não for para fazer trilha, porque pode ir de carro e é bem melhor para sentar. Nós gostamos muito da experiência de fazer a trilha, cansamos um pouco mas no final vimos um espetáculo de pôr-do-sol ali em frente a mesquita. De lá, pegamos um uber para o airbnb. Como estávamos bem cansados, de noite comemos um McDonalds que tinha ali perto e ficamos descansando. Uma opção seria conhecer o mercadinho Oranjezicht City Farm - só não esqueça de confirmar o horário de funcionamento. Dia 13: Cape Town Nesse dia fizemos um tour pelas praias de manhã: Clifton Beach - é dividida em 4 praias, separadas por pedras. Porém o que as pessoas não contam é que o acesso dessas praias é uma escadinha super íngreme entre algumas casas particulares (dá um medo de estar no lugar errado kkkk). Ou seja, para ir em todas as praias você tem que ficar subindo e descendo essas escadinhas. A nossa sorte é que o uber sem querer nos deixou já na segunda praia kkkk. Então nós descemos, conhecemos a praia e passamos para a terceira pelas pedras. Não foi super tranquilo, mas conseguimos passar kkkk. Da terceira em diante não dava pra passar, era bem mais perigoso, tivemos que subir. E como a praia não tinha nada demais, decidimos não ir na quarta, então fomos seguindo o caminho. Camps Bay Beach and Table Mountain View Point - esse é o lugar onde tem aquela famosa vista panorâmica dos 12 apóstolos. É perto da Glen Beach e se você colocar no google maps ele te guia certinho até lá. Fomos a pé mesmo, pela estradinha. Tiramos bastante foto e ficamos um tempo observando. Camps Bay Beach - continuamos seguindo pela estradinha até a camps bay. Achamos essa a praia mais bonita, ela é bem extensa e tem uma calçada para andar. Chegamos até a Camps Bay Tidal Pool, que é como se fosse uma piscina natural. Ficamos um tempinho ali observando. Fomos também em um pequeno mall que tem ali na frente com algumas lojinhas para conhecer. Obs.: nessa praia costuma ter bastante gente abordando os turistas para vender artesanatos. Mas, é só agradecer e ir andando. De lá pegamos um uber até o V&A e aproveitamos para conhecer melhor de dia. Vimos a roda gigante, passeamos pela passarela que tem ali em frente e depois fomos almoçar no Col'Cacchio. Passeamos mais por lá e depois fomos para o Aquário Two Oceans. Do lado do aquário encontramos um lugar super legal chamado The Watershed, é um galpão enorme onde vários artesãos vendem seus trabalhos. As coisas não são baratas, mas são peças diferenciadas. Encontramos por acaso e gostamos muito! Compramos nosso ingresso do aquário na hora mesmo e fizemos a visita. O aquário não é tão grande, bem menor que o de São Paulo por exemplo, mas gostamos da experiência. Deu para conhecer e ver vários animais marinhos. No final tem uma lojinha com vários souvenirs. Para nós valeu a pena ter essa experiência. Tínhamos planejado conhecer o Green Point Stadium, porém o único jeito de entrar seria para assistir algum jogo. Então nem fomos para lá, conseguimos olhar de dentro do Uber que por acaso passou na frente. Nesse dia, estávamos bem cansados e precisávamos arrumar nossas coisas para ir para a Namíbia no dia seguinte. Então comemos McDonald 's de novo e ficamos de noite no Airbnb. Dia 14: Cape Town - Windhoek - Etosha National Park Acordamos cedo e fomos direto para o aeroporto de Cape Town. Pegamos nosso voo às 7:00 que chegou em Windhoek às 09:10. Assim que chegamos, o transfer da Namibia2Go (empresa que aluga carros) já estava nos esperando, ele nos esperou trocar o dinheiro no câmbio e depois já partimos. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: tivemos uma grande dificuldade com a internet na Namíbia. Não levamos nenhum chip pois é muito difícil de encontrar na internet para comprar e quando chegamos lá também não conseguimos comprar. Tanto na loja do aeroporto quanto na loja do centro estavam com os chips esgotados. Sorte a nossa que tínhamos reservado internet com a Namíbia 2go, pois foi o único ponto de internet que tivemos durante toda a viagem na Namíbia. Fomos para a Namibia2go buscar nosso carro - alugamos uma Hilux 4x4 com 2 barracas em cima pois iríamos acampar por vários dias! Eles explicaram direitinho como funcionava cada coisa do carro e é super tranquilo de entender. De lá, fomos em um mercado que fica ali do lado, chamado Checkers para comprar comida e abastecer o carro. Então seguimos viagem pois precisaríamos ir para o Etosha National Park (+/- 5 horas). A estrada parecia que nunca iria acabar, é uma reta eterna. Bem fácil de dar sono, então tem que ter bastante cuidado. Apesar de difícil, você encontra posto de gasolina durante o caminho, mas nós decidimos seguir viagem direto. Chegamos no Onguma Tamboti Campsite mais ou menos 18h da tarde, fizemos o check-in e depois já fomos para o nosso espaço montar a barraca. Esse camping fica fora do parque e é bem estruturado, as áreas de camping ficam bem reservadas e isso foi bom por ter sido a nossa primeira experiência. Obs: Todos os campings nós planejamos e reservamos antes. Nenhum de nós 4 tinha experiência com camping, então ao mesmo tempo que estávamos ansiosos e animados, também estávamos um pouco apreensivos. Nesse primeiro dia ainda estávamos nos adaptando com tudo, mas foi bem tranquilo. Assim que terminamos de montar a barraca, escureceu. Então tivemos que cozinhar no escuro, mas deu super certo. O jantar foi macarrão à bolonhesa. Esse camping era bem legal, porque tinha banheiro e área privativa para lavar louça - não esqueçam de comprar detergente, bucha e um pano kkkk primeiro erro de quem nunca acampou!! Depois do jantar fomos observar um pequeno waterhole que tinha no camping. Infelizmente não vimos nada, então fomos dormir. A primeira experiência dormindo na barraca foi ótima, dormimos super bem. A barraca é enorme - só para ter uma ideia, o Leo mede 1,92m e ainda sobrava espaço para ele. Dia 15: Etosha National Park (Onguma para Okaukuejo) Acordamos bem cedo, 5h30 da manhã, fizemos o café da manhã (Café e ovo) e saímos para o safári no etosha. Passamos pelo portão às 7h30, pagamos e seguimos viagem. Primeira dica: compre um mapa do etosha e um mapa da Namíbia. Com certeza você vai usar, principalmente quando estiver sem internet kkkkk. Como no Etosha não tem app e nem grupo de whatsapp para ajudar na localização, nós pesquisamos os principais waterholes e fomos seguindo em direção ao Okaukuejo, que seria o nosso próximo camping: Fizemos todo esse trajeto e chegamos no Okaukuejo às 15h da tarde. Já vou adiantar nossas impressões sobre o Etosha. Não é que o safári de lá foi ruim, mas como nós fomos com a visão de que seria igual ao Kruger, foi meio que uma expectativa quebrada. O Etosha é totalmente diferente do Kruger em vários aspectos: - O solo é bem mais seco; - Vimos os animais mais em bando - enquanto no Kruger nós vimos eles mais sozinhos; - Os waterholes estavam quase todos secos; - Muito mais difícil de encontrar os animais; - A estrada é horrível, muito muito horrível kkkk mesmo com 4x4. A experiência foi incrível e valeu a pena porque foram safáris bem diferentes. Vimos vários animais diferentes e a experiência do camping é bem legal. Porém nós não imaginávamos que seria tão difícil de encontrar os animais, às vezes ficávamos horas sem ver nada, na estrada infinita, sem internet, sem música kkkkkkk Se eu fosse novamente, acho que faria os dois safáris do Etosha com guias. Até tentamos pegar um passeio para o dia seguinte, mas já estava lotado, então é bom reservar antes. O Okaukuejo é diferente do outro camping, ele fica dentro do parque e é enorme. Tem várias áreas de camping, chalé, piscina, restaurante, mercadinho. Mas o mais incrível de lá (e por isso bem concorrido - Fica esperto porque quase não conseguimos ficar lá) é que ele fica do lado de um waterhole que lota de animais a noite. Logo que chegamos, já fomos direto para o posto de gasolina pois estávamos com pouquíssimo combustível. Quando chegamos lá, o frentista nos disse que o diesel tinha acabado. Ficamos desesperados, porque estávamos contando com esse posto para abastecer o carro. Tentamos conversar, mas ele não colocou. Nos acomodamos, montamos nossa barraca e fomos lá observar o waterhole. É bem legal, porque tem vários lugares para sentar e as pessoas ficam todas quietinhas observando hahaha. Assistimos ao pôr-do-sol junto com um elefante bebendo água. Coisa mais linda! Depois fizemos nosso jantar: Arroz, feijão (era enlatado, mas estava bom), ovo frito, batata e milho. E voltamos no waterhole - Foi outro espetáculo de noite, ficamos até +/- 22h30 olhando os elefantes e as girafas e quando estávamos quase indo embora apareceram 3 rinocerontes!!! Na nossa opinião, essa experiência no Okaukuejo foi uma das melhores do Etosha, os animais vão se aproximando, a gente fica naquela expectativa tentando descobrir o que é, naquele silêncio ouvindo só o som da natureza. É literalmente como se estivéssemos assistindo um pouquinho da vida noturna dos animais! Dia 16: Etosha National Park (Okaukuejo) Acordamos cedinho, preparamos nosso café da manhã e fomos novamente tentar colocar combustível no carro. O Leo ficou conversando e insistindo com o frentista, falando que tínhamos viajado até aqui e que precisávamos de diesel. Então ele colocou só um pouquinho e disse que dava para chegar no posto de Halali. Ficamos bem tensos, mas não tinha muito o que fazer, então partimos para nosso segundo safári e fizemos essa rota: Chegamos em Halali e adivinhem kkkkk sem diesel também e pra ajudar também estava sem água. Aproveitando o contexto, essa é uma dica que gostaríamos de ter recebido antes: Levar muito hidratante de corpo, de rosto e de lábios. Além disso, sempre ter um estoque de água no carro. A Namíbia é absurdamente seca! Nós que não temos o hábito de passar muito creme no corpo, usamos meio pote de creme logo nos primeiros dias. E no rosto nós passávamos bepantol de neném que era a única coisa que hidratava (detalhe: nossa pele é mista a oleosa). Compramos um sorvete, fomos ao banheiro e voltamos para o Okaukuejo. Graças a Deus a gasolina foi suficiente! Chegando no camping um gringo veio conversar com a gente para trocar informações sobre o safári, pois ele também estava com dificuldade de encontrar os animais. Comentamos sobre a dificuldade de encontrar combustível e então ele nos informou sobre o posto Petrosol - Taleni Etosha Outpost. É um posto que fica fora do parque, a uns 25km do Okaukuejo, mas ele nos garantiu que lá tinha diesel. Então resolvemos arriscar pois era a nossa única opção. Fomos até lá e finalmente conseguimos abastecer, completamos o tanque! Além disso, o frentista nos ofereceu o conserto da placa do carro que tinha soltado durante o safári. Foi bem rápido e ele nos deixou livres para decidir o quanto pagar. Neste posto tem também um restaurante e um mercadinho bem legal, então fomos conhecer e aproveitamos para almoçar. É um lugar bem gostosinho para comer! Voltamos para o parque e fizemos mais um safári de tarde. Seguimos essa rota: Conseguimos ver: girafa, zebra, orix, impala e uns esquilinhos muito fofos. Chegamos no camping de tardezinha, montamos a barraca e fomos para o waterhole assistir o pôr do sol. Foi um espetáculo! Tinham vários animais bebendo água, ficamos observando eles por um tempo. De repente os animais começaram a sair e ir embora.. Descobrimos o motivo depois de um tempo: Era uma família de leões que chegou para beber água!! Foi incrível!! Ficamos lá até 19h30 e depois fomos cozinhar. Nesse dia jantamos macarrão ao molho sugo e ovo cozido. Depois voltamos para o waterhole para ver os animais. Logo que chegamos, tinha uma manada de elefantes!! Ficamos admirados!! Depois começou a chegar alguns rinocerontes e até presenciamos um pequena briga entre eles kkkkk Ficamos lá até umas 22h30 e depois fomos descansar para o próximo dia! Dia 17: Etosha National Park - Spitzkoppe Saímos mais ou menos 7h20 do Okaukuejo em direção ao Twyfelfontein, que é um sítio arqueológico com várias pinturas rupestres. O caminho até lá é longo, mais ou menos 3h40, mas parece ser mais longo ainda por 3 motivos: Vários pedaços da estrada são péssimos Estávamos sem internet Não tinha música no carro Se você for fazer essa roadtrip pela Namíbia, não esqueça de pensar em algum entretenimento. Algum livro, algum jogo que dê para jogar no carro, pen-drive com música, comidinhas… Seja criativo, mas lembre-se que o negócio na Namíbia é roots - Nosso carro era ótimo, mas só tinha uma entrada USB que usávamos para conectar o roteador da internet, que mal funcionava kkkkk Não podíamos usar muito o celular, pois ficávamos com medo da bateria acabar. Levamos 2 power banks muito bons, mas nos campings tinham poucas tomadas para carregar tanta coisa. Eu não levei livro para não ocupar espaço na mala, mas confesso que eu (Nati) me arrependi muito. Apesar das paisagens serem lindas e muito diferentes, a estrada acaba cansando bastante porque é uma reta infinita. Complicado também para quem está dirigindo, pode dar bastante sono. Chegamos no Twyfelfontein por volta das 11h40. Para quem tem dúvidas de como chegar até lá, é só colocar no GPS: Twyfelfontein or /Ui-//aes. Chegando lá, paramos no estacionamento e seguimos um caminho a pé até a bilheteria. Estava um calor insuportável! Pagamos o ingresso e seguimos o guia que estava esperando para nos atender. O caminho é curto com algumas paradas, mas naquele calor acabamos cansando e desidratando rapidinho. Nosso guia nos falou que fazia 2 anos que não chovia naquela região e dava para perceber pelo clima totalmente seco. Nosso guia era muito simpático e foi nos explicando todos os detalhes. É uma sensação inexplicável ver as pinturas pessoalmente, lembramos muito das fotos das apostilas da escola. O tour durou mais ou menos 1 hora. O final foi sofrido porque não estávamos aguentando de calor e sede. Chegamos no carro e bebemos muita água! Saindo de lá, fomos abastecer o carro em um posto que ficava no meio do nada kkkkkkk chama Petrosol - Twyfelfontein Country Lodge - Fuel station. Depois seguimos para Spitzkoppe Community Rest Camp, mais 3 horas e meia de estrada. Que estrada linda, parecia que estávamos em outro mundo! Quanto mais perto de spitzkoppe, mais montanhas de pedra apareciam no caminho. Uma mais linda que a outra! Esse camping era um desafio para nós kkkk não tinha energia elétrica e acamparíamos bem no pé da montanha. Estávamos ansiosos para ter essa experiência! Chegamos, fizemos nosso check-in e a moça nos entregou um mapa do camping (que era gigante). Nos explicou rapidamente sobre cada lugar e disse que era só escolhermos o local que queríamos e nos instalar. Logo na entrada, tem 2 banheiros com portas. Um pouco para frente tem a área dos chuveiros (Alguns são aquecidos) e pia para lavar louça. Andando um pouco mais tem um estacionamento, seguido de um pequeno restaurante (aberto das 9h às 19h) e mais dois banheiros. Esse banheiros não possuem portas, somente paredes fechadas por correntes para sinalizar que está ocupado kkkkkk As áreas de camping são bem longe umas das outras e cada uma tem um lugar para fazer xixi, mas é bem nojento - é simplesmente um buraco com uma cerquinha de bambu. Como já era tarde, paramos ali do lado dos chuveiros para garantir o banho no claro e depois fomos até o restaurante para comer um lanche. Enquanto esperávamos, andamos um pouquinho por lá para ver a paisagem. Tem uma balança ali do lado bem de frente para a montanha. Jantamos e depois fomos montar nossa barraca, decidimos ficar em uma das primeiras áreas de camping, bem no pé da montanha. Apesar de não ter energia, o ambiente não estava tão escuro porque estava com uma super lua cheia brilhante iluminando o camping. Sentamos ali e ficamos um tempão conversando e jogando aqueles famosos joguinhos que não precisam nem de cartas e nem de tabuleiro. Terminamos nossa noite ali e depois fomos descansar. Foi uma delícia ter esse tempo, sem distrações de internet e em um dos ambientes mais diferentes que já fomos!! Dia 18: Spitzkoppe - Cape Cross - Swakopmund Acordamos cedinho, fizemos nosso café e fomos conhecer o Natural Arch ou The Bridge, não sei exatamente o nome correto. A localização é bem confusa, mas fomos nos encontrando. Seguimos de carro o GPS até o Natural Arch, paramos ali e depois fomos tentando encontrar um caminho a pé kkkk tem que ir andando pelas pedras e subindo até chegar na pedra que parece que tem um buraco no meio. É lindo demais! Tiramos várias fotos e depois, seguindo um pouco mais, tem a vista panorâmica da montanha de pedra!! É uma disputa de qual paisagem é mais bonita! Saindo de lá, pegamos o carro e paramos em uma área para fazermos o almoço. O legal deste camping é que é enorme, então tem muitas áreas disponíveis e não tem ninguém. Então você fica super livre e a vontade para parar onde quiser e em qualquer hora do dia. Comemos nosso almoço: arroz, ovo mexido, batata e feijão (enlatado). Foi uma delícia cozinhar e comer ali, no meio das árvores e da paisagem linda. De lá, fomos até a pia (perto da recepção) para lavar a louça, usarmos o banheiro e depois seguimos viagem em direção ao Cape Cross. Vamos expor aqui os principais pontos negativos e positivos que achamos sobre o camping: Positivos: Paisagens lindíssimas Você consegue se desligar totalmente da tecnologia e se conectar com a natureza. Silêncio e paz Você vai viver uma experiência totalmente única e inexplicável Apesar de não ter energia, tem chuveiro quente e restaurante (9h às 19h) Parece que tem só você no camping, então você fica muito livre por lá. Negativos: Banheiro: os únicos banheiros “usáveis” são da recepção, longe das áreas de camping. Então se precisar ir ao banheiro durante terá que ir atrás de alguma pedra, que é melhor do que usar aquele buraco. Banheiros sem porta. A pia e os chuveiros também ficam perto da recepção, então precisa ir de carro até lá. Para mulheres: não tem espelho e não tem como usar secador/chapinha. Não tem como carregar o celular e outros equipamentos. As coisas ficam bem longe uma da outra, tem que ir de carro (consequentemente tem que desmontar a barraca também) Apesar dos pontos negativos, nós amamos a experiência no camping e com certeza voltaríamos! Pode ter alguns perrengues, sim! Mas se posso te dar um conselho, não se apegue às coisas supérfluas (energia, celular, internet, secador de cabelo), aproveite o momento! A energia não fez falta nenhuma para nós enquanto estávamos lá e por outro lado, tivemos uma das experiências mais diferentes e incríveis das nossas vidas. Saímos mais ou menos às 13h de Spitzkoppe e chegamos às 15h em Cape Cross Gate, onde tem a colônia de focas. Você para nesse portão e faz o pagamento das entradas na bilheteria. Feito isso, você pega o carro novamente, entra pelo portão, vira à esquerda até chegar na colônia de focas (Cape Cross Seal Reserve). Chegamos na reserva de focas, paramos no estacionamento que tem ali e já ficamos impressionados com a quantidade de focas. Muitas!!! Na frente do estacionamento tem uma passarela de madeira fechada que contorna a praia, onde os turistas podem ir andando para observar as focas. Quando chegamos, as focas tinham invadido uma parte do estacionamento e uma delas estava deitada na frente do portão da passarela kkkkk fomos com cuidado entre elas (elas são bem bravas) e pulamos a passarela. Fomos andando pela passarela, observando as focas! Algumas partes da passarela estavam destruídas e as focas conseguiam entrar nela, não achamos isso tão seguro, mas era só começar a bater o pé que elas saíam do caminho. Muitas pessoas falam um pouco mal de lá, então aqui vão nossas considerações e opiniões: O cheiro é horrível sim!! Muito forte e insuportável! Levamos máscaras e usamos o tempo todo. Depois do passeio, ficamos fedendo foca kkkk o corpo, o cabelo, a roupa. Tudo hahaha! Achamos a parte da passarela descuidada, porque tem vários buracos. Vimos somente uma foca morta, logo no comecinho. Mas há relatos de pessoas que viram bastante focas mortas, acho que depende da época. Apesar de todos os pontos negativos, para nós foi uma parada que valeu a pena. Gostamos bastante de ver as focas, conhecer o som delas e ver um pouquinho como elas vivem em comunidade. Saindo de lá, fomos direto para Swakopmund. Obs: Na estrada perto de Cape Cross, vimos várias pedras rosas expostas para venda sem nenhum vendedor. Ficamos super animados achando que era alguma pedra preciosa e paramos para comprar kkkkk estávamos escolhendo a mais bonita quando caiu nossa ficha, eram pedras de sal! Eram muito bonitas e legais, mas acabamos desistindo de comprar porque não teria muita utilidade para nós. Chegamos em Swakopmund por volta de 18h, uma cidade de praia bem bonitinha, mas quando saímos do carro, assustamos com o cheiro. Não era tão ruim igual o das focas, mas era bem forte. Um cheiro de maresia misturado com peixe kkkkk! Ficamos hospedados em um ótimo airbnb, um apartamento bem grande e super bonito. Nos acomodamos, tomamos um banho pra tirar o cheiro de foca kkkk e depois fomos jantar no Kücki's Pub, um lugar bem legal e com uma comida excelente. Aproveitamos para experimentar as carnes de game e de orix! Estavam incríveis!! Depois do jantar, estávamos cansados e já estava tarde, então fomos descansar. Dia 19: Swakopmund (Sandwich Harbour) Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã no Slowtown Coffee Roasters, que é uma cafeteria que amamos. Ambiente super gostoso e a comida estava uma delícia. De lá fomos para o Super Spar fazer mais uma compra de comida, pois passaríamos os próximos dias em camping. Deixamos as compras no airbnb e fomos fazer um tour pela cidade. Lá é bem pequeno e não tem tantas coisas para fazer, mas é super bonitinho e gostoso de passear. As construções da cidade tem um estilo alemão! Fizemos esse tour todo a pé: Saímos do nosso airbnb e fomos andando pela praia. Passamos pela praça super arborizada e bonita chamada Arnold Schad Promenade até chegar no Swakopmund Mole e no Aussichtpunkt Swakopmund Meerblick. Essa parte é como se fosse uma pequena península com vista para o mar. Fomos em direção ao farol (Swakopmund Lighthouse), que passamos só na frente, mas tem como entrar e subir nele. Passamos na frente do Woermannhaus, que é um edifício histórico bem bonito e depois fomos voltando para o apartamento por dentro da cidade, passeando pelas lojinhas, pois infelizmente nosso tempo era curto. Alerta de perrengue: passamos um super sufoco para conseguir trocar dinheiro. Nesse dia tínhamos um tour para o Sandwich Harbour reservado e a agência nos informou que aceitaria apenas dinheiro como pagamento. O Leo já tinha separado esse dinheiro desde o primeiro dia na Namíbia, mas quando chegamos no apartamento e fomos contar, percebemos que estava faltando. Não tínhamos mais dinheiro e nossos amigos também não. Estávamos em cima da hora, então saímos desesperados para tentar trocar em algum lugar. Depois de muitos perrengues kkkkk conseguimos finalmente trocar (sorte que tínhamos uma nota de dólar, porque o câmbio não aceitava cartão). Fomos voando para a agência do tour, que ficava em Walvis Bay, e chegando lá não conseguíamos encontrar o lugar. Era tudo muito confuso e tivemos que pedir ajuda para uma moça, que viu nosso desespero e nos ajudou kkkkkk depois de todo esse desespero, chegamos lá e adivinhem: a agência aceitava cartão!!!!! Que sufocooo!! Após todo esse perrengue, nos encontramos com nosso guia, Dino (Bernardino), e começamos o tour. Fizemos uma breve parada na Lagoa Walvis Bay para observar os grupos de flamingos e outras aves que habitam a região. Normalmente, o tour segue pela praia, mas como a maré não estava favorável, tivemos que seguir por um caminho alternativo por dentro. Passamos por um lago rosa, onde há uma fábrica de sal, algo realmente impressionante. Curiosidade: os flamingos nascem com penas cinzas e, conforme se alimentam das algas pigmentadas nos lagos, suas penas vão adquirindo a cor rosa. Seguimos para a duna principal do Sandwich Harbour. A viagem até lá demora um pouco, mas a diversão de atravessar dunas, cada vez mais altas, torna a experiência ainda mais emocionante. Como estávamos sozinhos no carro, o tour foi bem exclusivo, e o guia, percebendo que gostávamos de uma adrenalina, desceu por dunas enormes que davam um friozinho na barriga hahaha. Chegamos ao local onde a vista do deserto se encontra com o mar, e a paisagem é simplesmente deslumbrante! O guia fez uma pausa ali, e tivemos a oportunidade de descer e caminhar um pouco. Uma mesa de almoço foi montada com várias opções de comidas e bebidas, e ficamos um bom tempo ali, aproveitando a vista, antes de retornar. A volta foi ainda mais cheia de adrenalina, principalmente porque o guia acelerou em algumas dunas, o que foi super divertido kkkkk. Seguimos o caminho de volta até a agência, e no percurso, avistamos alguns orix e uma raposinha. Chegamos na agência ao final da tarde e, em seguida, fomos para o Airbnb. Sobre o tour: adoramos e achamos que valeu cada centavo! É essencial contratar um guia especializado para esse tipo de tour, pois dirigir na areia, especialmente nas dunas, é bem difícil e é fácil ficar atolado. Além disso, os guias sabem exatamente o momento certo para seguir pela praia ou mudar a rota, dependendo da maré. Quando é necessário seguir por dentro, não há caminho definido, então é preciso conhecer muito bem o local. https://www.sandwich-harbour.com/activities/half-day-sandwich-harbour-4x4-excursion/ De noite fomos jantar no Jetty 1905 Restaurant, onde tínhamos uma reserva. Esse restaurante é mais chiquezinho e fica em cima de um píer. O preço é caro, mas não é absurdo. Gostamos de lá, porém acho que é mais interessante ir de dia por ser no pier. Dia 20: Swakopmund - Sossusvlei Acordamos cedo e, por volta das 7h00, já estávamos a caminho de Sossusvlei, a principal atração do deserto do Namibe. Inicialmente, planejamos parar na Duna 7, mas o caminho estava fechado, então seguimos viagem. Por volta das 9h30, fizemos uma breve parada no famoso Trópico de Capricórnio, onde ficamos cerca de 20 minutos tirando algumas fotos. Seguimos para Solitaire, uma mini-cidade que é parada obrigatória para quem viaja pela região. Além de ser um lugar super charmoso e interessante para explorar, é o único posto de gasolina até Sossusvlei. Solitaire tem um mercadinho, restaurante e uma padaria famosa pela "apple pie". O lugar tem um clima único, com cenários de deserto e vários carros abandonados. De acordo com o nosso roteiro, chegaríamos mais tarde, já que a ideia era parar na Duna 7, então tivemos que fazer hora até o restaurante abrir. Aproveitamos para passear um pouco por lá antes de almoçarmos no restaurante local. Depois, decidimos tomar um café e experimentar a famosa torta de maçã. Achamos muito boa, porém nada demais kkk acho que as pessoas fizeram tanta propaganda que nossas expectativas estavam altas demais hahaha. Após abastecer o carro, por volta das 13h, seguimos para o Sesriem Campsite. Fizemos o check-in, entendemos como o local funcionava e logo partimos para explorar o Sesriem Canyon, onde passamos cerca de uma hora apreciando as formações rochosas e a vista incrível. Antes disso, fomos ao escritório do parque para garantir as autorizações de entrada para aquele dia e o seguinte. Isso é importante, pois se quiser sair cedinho, já é bom ter a autorização. Às 16h, decidimos dar uma passada na Duna 45, para conhecer o caminho e ver o cenário, já que no dia seguinte planejávamos ir bem cedinho para assistir ao pôr do sol. O trajeto é tranquilo, é só seguir a rota. Quando chegamos, a paisagem era tão surreal que ficamos empolgados e subimos um pedaço da duna, mas sem chegar até o topo, já que a ideia era deixar isso para o dia seguinte. Voltamos para o camping antes do pôr do sol para montar nossas coisas. Depois foi hora de descansar, cozinhar o jantar, bater um papo e nos preparar para o dia seguinte. Dia 21: Sossusvlei Acordamos bem cedinho e saímos por volta das 6h20, chegamos na base da Duna 45 às 7h e começamos a subir. Esse horário não tinha muita gente e estava bem frio, mas conforme fomos subindo o corpo foi esquentando. Demoramos 30 minutos para subir e achamos tranquilo. Cansa sim, mas o segredo é ir parando e seguir o seu ritmo. O horário ajudou bastante também por não ter sol. Assim que chegamos lá em cima, sentamos na duna e ficamos esperando o nascer do sol. E logo, vimos o sol aparecendo e colorindo o deserto com tons dourados e alaranjados – um espetáculo indescritível. Só vendo pessoalmente para entender a emoção de assistir! Depois de apreciar o amanhecer, seguimos para a temida Big Daddy. Algumas informações importantes: Para chegar até a base dessa duna você pode ir de carro em rota asfaltada, porém os últimos 5km são de areia bem fofa, ou seja facinho de atolar. Você pode arriscar ir com um 4x4? Sim, mas não recomendamos. Só se você tiver muita experiência em dirigir nesses locais. Então para passar por essa parte, nossa recomendação é pegar um caminhãozinho que vai saindo a cada 15 minutos para levar o pessoal. É bem fácil de encontrar e é só pagar ali na hora mesmo. Chegando na base da Big Daddy tem duas opções: Quer escalar a duna? Siga pela esquerda. Nesse caminho você vai subir toda a duna e de lá de cima vai descer escorregando até chegar no Deadvlei. Não quer escalar a duna? Siga pela direita. Nesse caminho você vai cortar a subida e ir direto para o Deadvlei. O que nós fizemos? Pegamos o caminhãozinho, chegamos na base da duna e seguimos pela esquerda para escalar a duna. É realmente um caminho bem longo. Começa bem plano até começar a subir, aí você vai subindo, subindo, subindo… O sol estava matando kkkk então isso deu mais sofrimento ainda para subir. Íamos subindo, parando um pouco, bebendo água, subindo de novo, parando… e depois de muito esforço chegamos no topo. Pensamos em desistir? Sim kkkkk mas a mente positiva estava tão forte que conseguimos chegar até lá. Que sensação incrível! Chegar no topo e olhar aquela vista surreal! Valeu cada esforço. Descansamos um pouco e depois fomos para a parte mais divertida - descer escorregando pela areia até o Deadvlei. Parece que é rapidinho para descer, mas é muito longe e ficamos um tempinho descendo hahaha mas é a melhor parte! Chegamos ao DeadVlei por volta das 10h30 e ficamos impressionados com a paisagem surreal: o solo branco petrificado, as árvores secas contrastando com as dunas alaranjadas e o céu azul intenso!! Ficamos andando e tirando fotos por ali, o sol estava muito forte e não aguentamos ficar muito tempo. Não esqueça que depois de tudo isso, ainda tem que atravessar o DeadVlei inteiro para pegar o caminhãozinho de volta hahahah E foi o que fizemos. Chegamos no camping, comemos hambúrguer no restaurante de lá mesmo e no resto do dia, como estávamos muito exaustos, aproveitamos para descansar, tomar banho com calma e organizar as coisas. Até tentamos entrar na piscina, mas estava muito gelada hahaha Obs: Nesse dia a noite eu e o Leo começamos a passar mal kkkk outro perrengue! Temos quase certeza que foi tipo uma insolação que pegamos no passeio das dunas porque nossos amigos ficaram bem e não subiram junto com a gente. Passamos muito mal e eu tive que ir no banheiro no meio da noite no escuro kkkk Dia 22: Sossusvlei - Luderitz Nesse dia tivemos um grande dilema. O plano inicial era seguir para Luderitz e, no dia seguinte, visitar Kolmanskop, mas o parque só abre pela manhã, e no dia seguinte precisávamos sair cedo para devolver o carro em Windhoek até as 17h (informação que só descobrimos depois, o que complicou um pouco o roteiro). Então o problema era: não conseguiríamos chegar a tempo para o tour no mesmo dia, e no dia seguinte não haveria tempo para nada. Porém, como já tínhamos incluído Kolmanskop na programação, decidimos arriscar e ver o que aconteceria. Então, nós voamos com o carro até Kolmanskop - não recomendamos fazer isso kkkkkk. Chegamos lá cinco minutos antes do horário de fechamento, e por sorte, o segurança nos deixou entrar. O lugar estava completamente vazio – só estávamos nós! Kolmanskop é uma cidade fantasma, marcada pela história das minas de diamantes e do tempo em que a cidade prosperava. Hoje ela está totalmente abandonada e coberta pela areia do deserto. É incrível caminhar pelas ruas desertas e imaginar a história desse lugar que um dia foi vibrante e cheio de atividade. Infelizmente, eu não estava nada bem. Eu andei um pouco por lá, mas não conseguia ficar em pé, então voltei para o carro enquanto ele exploravam mais um pouco. Fiquei muito triste de não conseguir ver muita coisa, mas mesmo assim, já foi incrível. O lugar é gigantesco, com muitas construções e detalhes históricos para descobrir. Após a visita, seguimos para o hotel em Luderitz, onde pudemos descansar um pouco e beber bastante isotônico que tínhamos comprado nos postos de gasolina no meio do caminho. Depois aproveitamos para dar um passeio na beira do mar, perto da Shark Island, apreciar a paisagem e assistir ao pôr do sol. À noite, jantamos no Penguin Restaurant, um restaurante charmoso dentro de um hotel. A comida era excelente e o ambiente muito agradável – super recomendamos! Dia 23: Luderitz (Kolmanskop) - Solitaire - Windhoek Eu acordei bem melhor nesse dia, então tomamos café e saímos de Luderitz às 7h40 e seguimos viagem para Windhoek, uma jornada bem longa de cerca de 7 horas e meia. Durante o percurso, fizemos algumas paradas nos postos de gasolina para descansar as pernas, usar o banheiro, abastecer o carro e revezar o volante quando necessário. Chegamos na Namibia 2go por volta das 16h, devolvemos o carro e, em seguida, fomos para o hotel. À noite, tínhamos uma reserva no Joe’s Beer House, que é imperdível em Windhoek. Tem uma variedade de carnes exóticas para quem quiser experimentar algo diferente. Optamos pelo Bushman’s Sosatie, que é um espetinho com carne de zebra, kudu, oryx, springbok e crocodilo. Foi uma experiência sensacional! O que achamos das carnes: Quanto ao sabor das carnes, não achamos que nenhuma delas tinha um gosto muito forte tipo de cordeiro. A mais forte foi o kudu, seguida do oryx. O crocodilo lembra muito o sabor do frango, e as demais carnes são bem parecidas com carne de vaca. Em termos de maciez, todas estavam boas, e a zebra foi a mais dura. O ambiente do restaurante é super agradável e aconchegante. Escolhemos um lugar no garden e adoramos! Vale muito a pena, especialmente para quem quer experimentar carnes exóticas. Porém, mesmo se você não for tão aventureiro com a comida, o local também é ótimo. Nossa dica é fazer a reserva antecipada, pois o restaurante costuma ficar bem cheio! De lá voltamos para o hotel para descansar - como estávamos sem carro, na ida nós pedimos para o recepcionista do hotel pedir um táxi. Então pegamos o contato desse taxista e na volta pedimos para ele nos buscar. Deu super certo. Obs: Nosso roteiro estava bem apertado, então não conseguimos conhecer Windhoek, mas tem alguns lugares que você pode conhecer, se tiver tempo: Christ Church Museu Memorial da Independência Centro de Artesanato da Namíbia Dia 24: Windhoek - Joanesburgo Saímos cedinho, fomos até o aeroporto para pegar o avião até Joanesburgo. O voo saiu às 9h15 e chegou ao destino às 11h15. Fomos para o Hotel Sky, chegamos lá por volta de 14h e fomos almoçar no restaurante de lá mesmo (Eclipse Restaurant). A tarde, fomos passear na Nelson Mandela Square e depois descansamos um pouco no hotel (acho que foi um dos únicos períodos de descanso da viagem kkkkk) À noite, fomos jantar no The Big Mouth e pedimos comida japonesa. Foi incrível e fechamos a viagem com chave de ouro! Dia 25: Joanesburgo - São Paulo Acordamos, tomamos café e saímos umas 9h para o aeroporto (fomos com uma Van que o próprio hotel pediu para nós). Na hora de fazer o check-in passamos um super perrengue com as malas, e o problema foi que no aeroporto de Joanesburgo, existe uma regra rígida: nenhuma mala pode ultrapassar 30kg, mesmo que você esteja disposto a pagar o excedente. A nossa tinha passado só um pouquinho disso, mas foi o suficiente para barrar nossa mala e causar uma correria. Tivemos que comprar uma mala, distribuir as coisas no meio do aeroporto. E depois disso, a moça do check-in ainda nos enganou dizendo que não aceitava o pagamento do excedente no cartão, só dinheiro. Depois, quando conversamos com nossos amigos (que já tinham passado há um tempão), descobrimos que eles pagaram o excesso no cartão tranquilamente. Ou seja, muito provavelmente a funcionária ficou com o dinheiro para ela. Foi um dos maiores perrengues da viagem, ficamos muito tensos, principalmente depois de saber desse detalhe. Mas no final deu tudo certo, tivemos um ótimo voo e chegamos no Brasil por volta das 18h15 e nossas malas estavam lá kkkkk. Mas fica a dica para tomarem cuidado com isso! Essa foi nossa viagem de 25 dias e aqui vão nossas considerações sobre tudo isso: Foi simplesmente incrível!! Uma viagem que vai ficar marcada para sempre na alma. Mas é importante dizer: não é uma viagem para qualquer um. Não pelo destino em si, mas pela intensidade. Foram quase 25 dias sem parar, vivendo cada segundo ao máximo. O cansaço físico existe, sim, mas ele é pequeno perto da imensidão do que se vive e se sente. É uma viagem para quem gosta de movimento, de experiências intensas, de sair cedo e voltar tarde com o coração cheio de memórias. Se você prefere tranquilidade, roteiros leves e tempo para descansar, talvez esse estilo não seja o ideal. Mas, sinceramente? Acredito que, de vez em quando, a gente precisa sair da zona de conforto, se permitir o novo, o inesperado. Nós vivemos momentos que jamais imaginaríamos, superamos desafios que pareciam impossíveis, acampamos por vários dias sem nunca ter acampado antes e, no fim, amamos cada segundo. Quando começamos a pesquisar sobre essa viagem, principalmente a Namíbia, nos causava um certo medo... por não ter muita informação, não ter tanta estrutura. E foi justamente por isso que quis escrever este relato, para encorajar outras pessoas a descobrirem esse país incrível! A Namíbia realmente não tem estrutura igual a África do Sul por exemplo, mas não é um bicho de sete cabeças. É um país fascinante, repleto de belezas naturais que impressionam a cada curva da estrada. Fazer uma roadtrip por lá é algo que não dá para explicar, só quem vive entende. E hoje, olhando para trás, sentimos um orgulho imenso de tudo o que experimentamos. E essa sensação... é simplesmente uma das melhores do mundo.2 pontos
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Escrevo-lhes meu relato da viagem a Patagônia que fiz em Dezembro de 2023, ali antes de começar o verão. A minha viagem mesmo começou em Santiago e terminou em Porto Alegre, mas vou relatar apenas a parte interessante que foi visitar a região da Patagônia, nas cidades de Puerto Natales, El Calafate, El Chalten e Ushuaia Observações: Colocarei informações de preços na Argentina apenas em euros por dois motivos, uma que moro na Alemanha, então é a moeda que uso, outro que Argentina possui uma moeda muito volátil, os preços em pesos mudam a cada semana, logo ficaria com informações demasiadamente defasadas. O roteiro que segui foi esse: Dia 08/12 Puerto Natales Peguei o voo no meio da tarde em Santiago, o dia estava limpo com poucas nuvens que foi uma sorte muito grande, porque os Andes fica constantemente nublado. Eu que não sou bobo, já tinha reservado um assento no lado esquerdo na janela, pois como o avião não sairia do território do Chile, logo passaria ao oeste das montanhas, então a visão leste seria dos Andes. O avião decolou e em poucos minutos já podia ver os Andes na sua plenitude, é aquele mar de montanhas que não se acaba, como era quase verão, tinha bem pouca neve. A paisagem era a mesma por umas 2 horas de viagem, cheguei a dar uns cochilos, mas então a paisagem começou a mudar pouco a pouco, o que se via da montanha nua, agora era uma roupagem branca. Era hipnotisante ver aquele mar de neve eterna, se via picos e vales por muito tempo e ainda sim não tinha chegado na melhor parte. Parece um tapete de neve Na parte final do voo, começa a ver a própria Patagônia com seus lagos azuis, vales largos e também a parte da Argentina. O sol brilhava e praticamente não tinha nenhuma nuvem no céu, era como viajar pelo Google Maps mas ao vivo, na verdade muito melhor que isso, pois nenhuma foto se compara com o ao vivo. Nisso comecei a reconhecer alguns pontos famosos, como o lago San Martin de azul turquesa e alguns glaciares, logo em seguida apareceu uma das montanhas mais famosas da Argentina, o Fitz Roy. Fitz Roy Isso foi quando todo mundo do avião começou a vir pro lado esquerdo para dar pelo menos uma bisbilhotada e tirar uma foto da montanha, e eu estava ali com a janela toda para mim (ainda passei um alcool e um lenço para deixar bem limpo), pois a minha fileira estava vazia. Assim depois apareceu o lago Viedma, mas não dava para ver a cidade de El Chalten por ser muito longe e ela é bem pequena. Mais um pouco apareceu o lago Argentino e pude observar o famoso glaciar Perito Moreno do alto, mas também não era possível ver El Calafate, por estar muito longe. Algum glaciar por aí Perito Moreno Seguindo o voo, os Andes começa a se afunilar, então a paisagem fica mais diversificada podendo ver as terras largas da Patagônia e outros lagos. Nos minutos finais, quando o avião sai da altitute cruzeiro e começa a descer lentamente, o avião passa mais perto do Parque Nacional Torres del Paine, e claro, ali estava a sua própria montanha homonima no seu explendor, pois não tinha nenhuma nuvem por perto, e assim o avião desce e começa a se preparar para o pouso. Como o aerporto é perto de Puerto Natales, ainda dá para dar uma boa olhada na cidade por cima, até que o avião pisa no chão. IMG_8678.MP4 Torres del Paine O lago do Parque Nacional Assim que sai do avião, se sente a paisagem incrível que é o lugar, um grande lago com montanhas ao fundo com seus topos salpicados por neve. Não chega nem dar vontade de tirar muitas fotos, pois não tem câmera que mostre a grandiosidade de estar em pé naquele lugar, sentir a brisa e o sol, e por onde olha tem a natureza no seu estilo patagônico de ser. O Aeroporto de Puerto Natales nada mais é que uma pista de pouso com uma construção de uma salinha com poucas cadeiras. Assim que peguei a mochila que tinha despachado, segui para a saída na qual tinha uma mulher já na porta vendendo tickets pro transfer pra cidade. Ali não tem erro, não tem como não a vê-la, porque todo mundo vai estar indo comprar seus tickets com ela. Logo que passa da porta, você está do lado de fora e tem as vans e vários taxistas, basta seguir pra fila das vans, entregar o ticket pro outro funcionário, que ele pega sua mochila e joga no bagageiro e você se joga no banco. Em menos de 20 minutos você vai estar na cidade. O motorista vai te perguntar qual hostel, hotel ou pousada em que está, e ele vai te deixar na entrada dele. A cidade é pequena, então ele conhece já todos os endereços. Desci onde ficava meu hostel, Corner Hostel, de esquina para a praça Bernado O'Higgins. A localização é boa, cerca de 10min a pé da estação de ônibus e outro tanto para o lago. Fiz o check-in, deixei minhas coisas e saí pra conhecer a vila e comer alguma coisa. Na beira do lago que não é lago, é um depaço do mar A cidade, se é que se pode chamar de cidade, é um povoado sem nenhum atrativo, exceto claro pela localização e pela paisagem em volta. Mas não tem muito o que fazer, tem alguns mercadinhos tipo biboca e um mercadão sempre cheio, pois é o único grande do lugar, e alguns restaurantes por ali e por aqui. Caminhei até a praia do lago, dei quase uma volta inteira no povoado e voltei pro hostel, comprei umas coisinhas pro dia seguinte num mercadinho perto, pois eu iria subir até o Torres del Paine, e no final da noite, depois de um banho tomado, dei uma outra saída para comer alguma coisa. Eu não vi tanta opções de restaurante, é uma vila na verdade, sexta a noite e não tinha muito movimento, tinha um ou outro restaurante fechado, entui em um perto do hostel, comi umas carnes, total 24CLP (24€) e então voltei pro hostel para me preparar pra deitar, pois tinha que acordar cedo no dia seguinte. IMG_8690.MP4 Descida do avião, se pode avistar o aerporto e o povoado logo em seguida. Gastos do dia: Passagem de avião Santiago - Puerto Natales - 180€. Transfer para centro Puerto natales - 4000 CLP (cerca de 4€) Gasto mercado (biscoito, agua, e umas outras coisinhas) - 10000 CLP (cerca 10€) Janta - 24CLP (cerca de 24€) Hostel 2 noites - 32€2 pontos
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15 DE MAIO – QUINTA (o dia de ir pra MPP) Dia de ir pra MPP... fizemos o primeiro trecho de ônibus (estação Wanchaq), até Ollanta, e de lá pegamos nosso Vistadome até MPP (Peru Rail). O Vistadome e o Expedition são vagões diferentes no mesmo trem, no entanto, de classes diferentes. O Vistadome tem janelas mais amplas e teto solar, além de snacks inclusos, que o Expedition não tem... mas assim, super parecidos, não vale o dinheiro extra não. Eu acabei comprando ida e volta no Vistadome pq peguei uma promoção e a família da Elo tava bem empolgada pra essa viagem de trem. Mas é bem caro, e nossa volta foi horrível, conto depois! Mas enfim, bem empolgados nessa ida chegamos em MPP pouco depois do almoço. Fomos comprar nosso ticket de ônibus para o dia seguinte, almoçar e bater perna pela cidade. O proprietário da nossa hospedagem nos buscou a pé na estação, a localização do hotel era bem conveniente e os quartos confortáveis... mas ele avisou que estava sem água na cidade... o que nos desanimou demais, pq na noite anterior tínhamos tido um problema com gás na nossa casa de Cusco e eu e Gui tomamos um banho de gato gelado kkkk eu queria muito tomar banho. Fomos passear. O ticket de ônibus para MP custa 12usd por pessoa (outro assalto) só ida, e vc só consegue comprar se provar que já tem entradas pra MP, inclusive no horário específico da sua entrada. Ok, compramos. Os restaurantes de MPP são mais “internacionais”, com opções de pizzas, massas, hambúrgueres e tb a tradicional cozinha chifa, que mistura Peru e China! Foi nossa escolha, tb tomei Pisco Souer, hahauaha! Gostei bastante do povoadinho, mas ele é super pequeno, em poucas horas vc anda tudo. Os preços dos artesanatos são mais altos que em Cusco e não tem nada de diferente... O trem da ida e MPP No fim da tarde a água tinha finalmente voltado e pude tomar um longo banho quente hahauaha, comemos umas coisas de padaria pq ainda estávamos cheios do almojanta, rs. 16 DE MAIO – SEXTA (o dia de Machu Picchu) Compramos com a maior antecedência possível os tickets para o circuito 2a – ruta classica, no site oficial do governo. Na baixa temporada (16 de outubro a 31 de maio) são disponibilizadas 4500 entradas por dia, sendo que destas, 1000 são reservadas para venda no local... mas gente, eu não recomendo. É uma confusão e complicação conseguir comprar ingresso in loco, vc acaba gastando vários dias a mais! Eu vi as filas, rs. Nossa entrada era as 8h da manhã, então cerca de 7h fomos pra fila do bus. Bem organizada, eles fazem filas por horários de entrada em MP e conferem várias vezes os tickets... achei bem tranquilo. Umas 7h30 partimos e logo chegamos e entramos em MP. Logo ali na portaria os portadores dos diferentes tipos de circuitos se dividem e vai cada um pro seu lado. Optamos por não contratar guia e andamos no nosso ritmo por tudo que estava disponível no nosso circuito, ficamos no total cerca de 3h ou pouco mais por lá! O dia amanheceu claro e friozinho, depois desceu uma neblina rápida que encobriu a vista famosa, mas logo se dissipou. E tb ficou bem quente. Eu não vou ficar aqui me alongando na história do local e etc pq né, acho que todos sabem. Mas foi bem legal visitar tudo aquilo que a gente tanto vê em livros e histórias! MP dispensa apresentações, mas dá-lhe escadas, kk Antes de ir embora paramos na lanchonete que fica na entrada/saída do complexo e compramos umas bebidas e snacks, e resolvemos descer a escadaria infinita hahauaha pra voltar ao Pueblo ao invés de pagar 12 usd de novo, kk! São quase 2km de escada... demoramos mais de 1h pra descer kkkk, e tinha muita gente subindo por este caminho tb. Jovens e/ou atletas, hahahaha! Descer de escada, pq não? hahauaha Nosso trem de volta era depois das 16h, então fomos num restaurante onde comemos beeeeem (não lembro mais o nome, mas os pratos eram super gigantes, rs) e ficamos matando hora até o horário do trem. Estávamos bem cansados, só pra variar subimos (e depois descemos) muita escada e já estávamos com dores musculares kkk! A volta de trem foi uma tortura! Primeiro pq ele anda devagar e essa nossa passagem era até Cusco de trem, não tinha parte de bus. A previsão era de chegarmos pouco depois das 21h, mas chegamos depois da meia noite! O caray do trem quebrou, paramos muitas vezes, trocou a locomotiva... enchia o trem de fumaça, ficava muito quente, depois gelava muito, uma bosta. Deu fome né, eles não serviram nada extra pelo atraso... nem tinha, até a água era escassa. Foi muito ruim. Quando enfim chegamos na estação em Cusco (ficava a uns 25 min a pé da nossa casa) a Sara estava se sentindo mal, então ela e os pais foram de taxi pra casa. Eu, Gui, JG e Elo fomos a pé e paramos pra comprar uns mequis (único lugar aberto), que levamos pra casa dividir com os demais. No cansaço dessa nossa chegada acabei esquecendo uma sacola dessas ecobag super lindona e prática que comprei na Suiça, hahauaha, dentro do trem. Tava cheia de comidas e bebidas. Fomos os últimos a descer do nosso vagão, então certamente ela foi recolhida por um funcionário. No dia seguinte eu fui cedinho até a estação e disseram que não foi encontrada. Me senti roubada, de novo... pelo conjunto da obra eu considerei o trem uma grande BOSTA e recomendo fortemente que vc vá de outra forma se tiver físico pra isso! 17 DE MAIO – SÁBADO (o dia da despedida do filho e da outra família) Acordamos cedinho (ah vá) e fomos com o pessoal pro aeroporto, pois era o dia deles retornarem ao Brasil. O JG ia viajar como menor desacompanhado pela primeira vez na vida, haha, e eu queria me certificar que ele embarcaria sem problemas, rs! Legal viver essa única experiência já que ano que vem ele faz 18 e não precisará mais de cartinha, rs! Eles se foram. Tchau more! Nós voltamos pra cidade, fomos em vários mercados caóticos que não tínhamos ido (eu amei aqueles milhos e batatas todas, mas que caos) e achamos coisinhas bem mais baratas pq andamos fora da zona turística. Comemos comida podrona, hahauaha, salchipapa, pollipapas, em restaurantes baratíssimos e locais! A tarde eu queria ir visitar uma relativamente nova atração de Cusco, chama Apukunaq Tianan... tem umas esculturas e etc... mas arreguei. Fomos pra casa e dormimos a tarde toda, kk! Inclusive, neste dia trocamos de hospedagem. Depois do almoço voltamos na nossa antiga casa, pegamos as mochilas que tínhamos deixado lá e fomos pra ValPer Boutique... que de boutique não teve nada. Foi bem ruinzinha! O banho era uma catástrofe, a cama era péssima... lugar barulhento, enfim. Não recomendo, embora seja bonitinho e a localização ok. Mas pra ir de uma hospedagem pra outra a gente teve que descer uma pirambeira e subir outra, deos! Eu acho que não estou dando a ênfase que o sofrimento físico dessa viagem já tinha nos proporcionado até então, hahauaha, eu já estava bem cansada. Todo dia eram muitos km andando e SUBINDO coisas, como esses incas piravam em escada, deos! Acordamos no fim da tarde. Eu ainda queria fechar o rolê do dia seguinte e então fomos na outra agência que eu tinha na lista, a World Explorer Peru, mas estava fechada. Escrevi pra eles no zap e combinei tudo por ali mesmo, eu pagaria diretamente ao guia no dia seguinte, sucesso. Aproveitei tb pra levar roupas na lavanderia (custava em média 5 soles o kilo) e fizemos mais um saque de 400 soles da wise. Eu não troquei dólares em Cusco, mas tinha pago os primeiros passeios em dólar. Deixei pra Bolivia. O Fábio trocou, pegamos uma cotação parecida com a da Wise. Nesta noite encontramos dois amigos aqui do fórum, foi super legal! Conheci pessoalmente o Davi e a Grasi! Valeu demais esse encontrinho! @Davi Leichsenring e Grasi (não consegui puxar seu @ menina) O Davi já estava no fim da trip, tinha feito Bolívia e Atacama no Chile. A Grasi tava vindo da Bolívia tb e ainda foi pra Huaraz depois, trip iradíssima! 18 DE MAIO – DOMINGO (o dia da trilha mais difícil da vida) Nevado Ausangate e 7 Lagunas! Tinha chegado o grande dia, essa era uma trilha que eu queria muito fazer, me preparei pra ela durante uns 3 meses. Mas nada te prepara quando vc sente bem a maldita da altitude né! Buscaram a gente 4h15 da manhã kkkcrying e fomos. Trilha de 14km, entre 4200 e 4800msnm. Pagamos 90 soles por pessoa mais 20 soles de entrada no local. O guia nos deu instruções gerais, falou como era o percurso, trechos mais difíceis e etc, marcou pontos de encontro e ficou um tempo acompanhando o fim da fila, mas depois passou a frente. Não deu uma super assistência, mas tb não achei ruim. Só pra variar chegam lá umas belezura que foram só pra foto... logo de cara já alugaram os cavalos que tb sofrem horrores pra subir, eu vi uns bichin passando perrengue. Teve um casal (de chilenos, nutelinhas) que queria ir os dois no mesmo cavalo pra economizar, pqp! Eu sou absurdamente contra o uso de animais pra esse tipo de atividade. Vá com suas pernas ou nem vá. Enfim. Não é uma necessidade, é laser sabe! ... Os primeiros 3km são mais suaves, com trechos pouco inclinados e outros planos... mas depois é cada subida que pqp. Paisagens sempre lindas, nevadas, muitas alpacas, aquele campo verdejante cheio de corpos d’água... eu me sentia andando pelas terras das ninfas das águas do senhor dos anéis, haha! Era muito lindo e mágico. Mas não tinha ar. Ausangate! Lindo! O tempo todo o Nevado Ausangate, sagrado pros Incas, nos acompanhava, as vezes mais imponente, as vezes escondido! Minha cabeça explodiu de pensamentos... e de dor tb, kk! É uma caminhada silenciosa... não tem ar pra conversar, vc sobe vc com vc mesma! Aí começam a aparecer as lagunas... uma a uma. Esplêndidas, de infinita beleza. Umas maiores, outras menores... os olhos questionavam se aquilo não era IA, rs, de tão perfeitas. O sol pleno fazendo brilhar cada folha verde e cada gota de água azul intenso de cada laguna. Lagunas de beleza infinita! A primeira Laguna fica a 4756msnm... tem o nome de cada uma e suas placas de altitude... é bonito demais. A segunda e a terceira... 4620msnm. A quarta pitica e ultra transparente, a quinta secando... a sexta incrivelmente profunda e azul e a última... não parecia de verdade. As fotos falam por si. Foram 5h de caminhada. A volta tão extenuante quando a ida pq ainda haviam trechos de subida. Valeu cada pingo de suor! Valeu demais! Estava bem frio, eu comecei essa caminhada com uma térmica, uma fleece e uma jaqueta. Logo tirei a jaqueta. Depois a fleece. E com 1h30 de caminhada eu tirei a térmica e coloquei uma camiseta de manga curta! Eu estava de boné, tinha passado protetor solar no rosto... estava bem frio mas muito ensolarado... mas eu não levei protetor solar. Eu nem achei que tiraria a blusa neste dia. Uma burrice sem tamanho pq queimei os braços de fazer bolhas. Eles já descascaram duas vezes e sigo com um bronze belíssimo de montanha. Chegamos em Cusco super tarde (transito dos infernos sempre), compramos miojo e tomamos nosso vinho sagrado no hotel, rs! 19 DE MAIO – SEGUNDA (o dia de seguir em frente) A gente cogitou tentar fazer a Humantay neste dia, pois nosso bus pra Arequipa era só 21h... eu ia avisar a agência na noite anterior caso fosse mas não tinha a menor condição, haha! Estávamos quebrados e tivemos até uma febrinha de insolação durante essa madrugada. Acordei na hora do almoço. Não tinha tanta dor muscular, não era de condicionamento físico em si, era a falta de ar que quebrava a gente. Fomos almoçar em um restaurante vegano que eu tinha paquerado, o Chia Vegan (gostei), demos mais uma andadinha na cidade e voltamos descansar e arrumar mochilas. Chia Vegan! A noite nos dirigimos ao terminal privado da Cruz del Sur, comemos um lanche por lá mesmo e subimos no busão. Bem confortável e moderno. Mas foi uma noite horrível, rs... eu conto pq na sequencia! CONTINUA.2 pontos
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Pessoal, eu esqueci de comentar neste começo sobre a ACLIMATAÇÃO A ALTITUDE. A cidade de Cusco, nossa primeira, fica a 3400msnm, e a gente sentiu logo de cara, como comentei, o cansaço de subir a ladeira onde ficava nossa casa, rs. A gente não seguiu o que se deve fazer, que é evitar beber álcool e não comer carne... não fizemos refeições pesadas, mas bebemos absolutamente todos os dias da viagem, rs! Mas fomos incrementando passeios de altitude aos poucos como viram. Nos primeiros dias a outra Ju e o Gui sentiram mais, tiveram dores de cabeça e enjoo! Depois melhoraram. Mas o cansaço era compartilhado por todos. No fim da trip, já na Bolívia, eu e Gui tivemos noites muito ruins, com falta de ar... o tempo estava extremamente seco, senti muito mais do que o Atacama por exemplo. Aí o nariz trancava, sangrava... eu tomava muita água pq me sentia desidratada o tempo todo, aí acordava 3x pra fazer xixi a noite, numa friaca do caray... e não respirava... então eu tomei diamox a partir destas noites péssimas e achei que me ajudou. Fizemos uso ininterrupto de chás de coca e munha, MUITO... usamos bastante água florida nos dias de trilha mais pesadas ou mais altitude, e tomei muita dipirona, rs. Inclusive a minha acabou e tive que comprar lá... tem outro nome (metamizol), mas é a mesma coisa. Com exceção de Machu Picchu Pueblo e Arequipa que ficam abaixo dos 3000msnm, toda a nossa viagem ficou acima dos 3500msnm, chegamos a 5400 no ponto mais alto... algum grau de mal estar nos acompanhou por toooda a viagem. Mas não tivemos nenhum problema mais sério. Agora continua com a estrelinha de Cusco... Machu Picchu!2 pontos
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CUSCO E MP Eu gostaria muito de ser aquela pessoa equilibrada que deixa pelo menos um dia “livre” das férias pra arrumar as coisas com calma antes de partir e que volta um dia antes pra descansar e organizar as coisas sabe, mas eu sou daquelas que sai do trabalho e pega o avião no mesmo dia, antes mesmo de sair de férias de fato... e que volta poucas horas antes de começar a trabalhar de novo pra pagar as próximas! Pareço muito aqueles cachorro miserento que sai correndo quando abre o portão! É meu jeitinho. E o mais legal é que quem viaja comigo acaba topando essas maluquices, HAHAUAH (até pq eles não têm opções). 9 DE MAIO – SEXTA (o dia de ir) Trabalhamos todos os adultos até a metade da tarde, os adolescentes fizeram provas a tarde tb, mas deu tempo de tomar um banho antes de correr pro aeroporto! Saímos de LDB com destino a GRU perto das 20h. Chegamos lá cerca de 21h30 os adolescentes queriam muito curtir um tempinho no DUTTY FREE... tb demos uma morgada e nosso voo partiu pra Lima às 3h40 da manhã! 10 DE MAIO – SÁBADO (o dia de chegar) Chegamos em Lima as 7h00 da manhã (2h a menos em relação ao horário de Brasília) e finalmente partimos pra Cusco às 9h50, chegando lá as 11h15. No aeroporto de Lima já fizemos uma boquinha no La Lucha Sangucheria, que é uma rede de sandubas peruanos muito bons! Quando encontrar um, coma, rs! Todos os voos saíram no horário e não tivemos nenhuma intercorrência. Todos estavam com mala de mão e mochilas, exceto eu, pai da Elo e Gui só com mochilas... quem tava com mala de mão teve que despachar sem custo em um ou outro voo, nem lembro mais. Demoramos menos de 1h entre pegar bagagem e passar na imigração, super tranquila, não carimbam passaporte! Fomos de uber pra “casa”, cada corrida (pq tivemos que chamar dois carros) custou cerca de 25 soles. A gente tava bem cansados pela noite virada, mas ainda não era hora de descansar! Deixamos as coisas e partimos desbravar Cusco. A cidade de Cusco é encantadora e caótica, amei muito! Sobre a casa que alugamos no airbnb: ela era bem legalzinha, super funcionou pra gente, mas tem dois pontos negativos – os banhos frios e/ou ruins pra quem ficou na casa de cima e (algo que eu já sabia) ela fica próximo a plaza de armas mas no topo de uma ladeira. Era sempre um sofrimento subir 10 minutos sem ar, rs! Mas ficaria lá de novo, no verão, rs. ... A meta do dia era ir nas agências ver os rolês que queríamos fazer e sacar dinheiro! Eu e Gui tb já queríamos garantir nossa passagem de bus pra Arequipa dali uns dias! Batemos perna pelo centro da cidade, plaza de armas e arredores, e logo fomos almoçar num restaurante famosinho e caro, mas que vale cada centavo, pelo sabor, beleza e combinação dos pratos: o KusyKay. O custo desse almoço por família ficou cerca de 250 soles (puxado). KUSYKAY: Pratos lindos, deliciosos e caros na mesma medida... e super desobedecemos as regras de aclimatação de não beber, rs! Mas vamos para as metas do dia: Sacar dinheiro em Cusco: sacamos 400 soles de cada conta da wise – que consumiu 111,61 USD de cada, numa cotação de 1usd = 3,58 soles. Uma boa cotação... o novo sol peruano tem um comportamento bastante estável frente ao dólar, e pra trocar pela cidade, o dólar in cash, eu encontrei cotações não superiores a 3,62. Levando em consideração que o dólar da wise é mais barato (mesmo com as mudanças de IOF) que o físico, achei bom negócio! Isso falando do Peru, e neste momento em que estive... usar a wise, tanto para saque quanto para pagamentos foi bom. MAS ATENÇÃO: vc tem que sacar num lugar específico... os caixas eletrônicos de Cusco têm fama de “engolir” os cartões da WISE, rs, especialmente os antigos como o meu. Vc tem que ir no “Cajero Banco de la Nación” (este é o único banco que não cobra taxa pra uso do caixa eletrônico) situado na Avenida del Sol com Calle Almagro. Neste lugar não engole cartão, rs! Comprar passagens para Arequipa: esse nosso deslocamento ainda estava longe, mas eu já quis deixar resolvido! Tinha marcado no mapa uma agência autorizada que vende passagens da empresa “Cruz del Sur”, que era a que eu queria pra fazer esse trajeto. Eu me lembro de ter visto o preço das passagens pelo site da empresa mas quis comprar in loco. Ocorre que as agências cobram taxa pra emitir a passagem pra vc, claro. Desta única vez acho que talvez tivesse sido mais econômico comprar pelo site! Pagamos 115 soles em cada passagem (acho que no site era 90 ou 100, mas enfim), e depois conto como foi esse deslocamento. Contratar tours: como eu disse antes, eu tinha feito um filtro de algumas agências... mas por conveniência fui em uma meio perto, super bem recomendada e com ótimas avaliações no google (olhando bem depois, eram poucas e parecem falsas). A Inca Trail Machu Picchu 360. Diziam que o tal do Christian, suposto proprietário da agência, era excelente. O endereço da agência está incorreto no google, mas pelo whatsapp ele me passou o endereço correto. No local da agência dele na verdade funcionam várias, esse lance de agência é bem zuado em Cusco pq os vendedores quase nunca são de fato os operadores. Vc vai fazer o rolê com pessoas que contrataram os tours com outras agências e com outros preços... mas em tese existem “categorias”. O tour em si vai ser o mesmo... vai mudar a qualidade do transporte, do guia e das refeições. Conseguimos negociar pouco com o Christian, mesmo estando em sete pessoas e contratando 4 rolês. Contratamos os seguintes rolês: > Salineras de Mara e Moray + Chinchero – 12 usd pp > Vale Sagrado (Pisaq, Ollanta e Chinchero) – 20 usd pp > Rainbow Montain de quadriciclo – 55usd pp em quad duplo > Laguna Humantay – 30 usd pp Vcs vão ver durante o relato que nosso tour pra Humantay foi cancelado e nosso dinheiro devolvido, e tb que os outros 3 tours foram bons, com guias ok ou muito bons. No entanto, eu não indico a agência pq o Chris MENTE. Pra justificar o preço ligeiramente mais alto ele diz que as vans dele saem com no máximo 14 pessoas (todas saíram com 19, a capacidade máxima), que ele nos buscaria primeiro (fomos os últimos em todos os rolês e nossos lugares na van eram sempre os piores), que nos acompanharia em pelo menos 1 ou 2 tours (não foi em nenhum) e que os tours que envolviam refeições tinha ótimas opções (todas foram muito razoáveis, uma meio ruinzinha). Portanto, não achei que valeu fechar com essa agência. Eu não tive maiores problemas, mas acho que poderia ter pago mais barato em outras. E como o cara é mentiroso, eu não indico real. Vou contar logo mais como foram os rolês e como foi o outro que contratamos com outra agência (Trekking nevado Ausangate e 7 Lagunas). Mas enfim, batidas todas as metas do dia, rs, não me lembro mais o que jantamos, e fomos pra casa descansar pro rolê do próximo dia! 11 DE MAIO – DOMINGO (o dia das mães) Este foi o dia do tour Salineras de Mara e Moray + Chinchero. Nos encontramos com nosso grupo e partimos, o rolê de hoje era de meio dia (parte da manhã). Primeiro passamos no povoado de Chinchero, ponto de maior altitude da rota do dia, onde visitamos um local onde as artesãs teciam com lã de alpaca (muitos produtos) e seus muitos corantes naturais. Foi interessante, mas só vimos isso em Chinchero. Seguimos então pra Moray. O guia que nos acompanhou era bem didático e explicou muitas coisas interessantes sobre as terraças de plantio e como funcionava aquele imenso “laboratório” agrícola do tempo dos inkas! Paisagens lindíssimas! Por fim, visitamos as salineras de mara, que tb foi bem interessante. Todo o processo é bem diferente de outras salineras e salares que já visitei, então curti bastante. Eu to tentando ser mais resumida gente... nunca consigo, mas desta vez vai, rs! Salineras de Maras, Moray e Chinchero Voltamos pra Cusco no início da tarde, demos uma descansada em casa, e depois batemos mais perninhas pela cidade (vários mercados, bairro San Blas e etc) e escolhemos jantar no Pachapapa, famoso pelo CUY CHACTADO, rs, o pobi do porquinho da índia prensado. Somente Gui e Fábio pediram pratos com o porquinho... eu achei gordurento, mas com gosto de frango (experimentei apenas). Meu prato foi de trucha com o melhor purê de batata da minha vida. Restaurante caro (ficou 335 soles por família, dividimos em 2), não achei que super vale apesar de ter comido bem. Vista noturna de Cusco e comidinhas do Pachapappa 12 DE MAIO – SEGUNDA (o dia do vale sagrado clássico) O rolê do dia foi beeeem legal... pegamos um guia super performático hhauaha, que contava a história de seu povo de forma bastante entusiasmada, quase que interpretando um roteiro de teatro, bem legal mesmo. A primeira comunidade do dia foi Pisaq... muita história, sobre os povos pré-incas, inca e depois sobre a invasão europeia e saque da prata local, que segundo o guia é a mais fodona do mundo... andamos muito, subimos montanhas e colinas, o dia de hoje é puxado fisicamente se vc for andar e subir em tudo! Pisaq! Seguimos pra Urubamba onde almoçamos (incluso no tour) e descansamos um pouco, e partimos pra Ollantaytambo. De novo andamos muito, subimos até o fim a escadaria infinita, as explicações foram super interessantes! Ollanta é uma cidade legal demais que pede ao menos um pernoite! Bastante gente inclusive abandona o tour aqui, seja pra já pegar o trem pra MPP, que é bem mais barato partindo daqui, ou pra ficar uma noite na cidade e ir pra MPP no dia seguinte. Ollanta! Não foi nossa opção pq quisemos privilegiar MPP, mas recomendo fortemente ficar em Ollanta... senti falta de poder explorar outros morros que não pude subir, hahauaha! Com o restante do grupo que não permaneceu em Ollanta seguimos então novamente para Chinchero, mas desta vez fizemos um rolezinho histórico tb, com explicações sobre o começo da era colonial e tudo, bem legal. Visitamos um outro centro de artesanato com lã de alpaca, o Patapampa, que é famoso e carésimo, mas é legal aprender a diferenciar as verdadeiras peças de baby alpaca e as falsas, rs! Chinchero. Esta primeira foto ficou tão linda, esse sol, que eu disse que era o morro do "Pacha" do filme a Nova Onda do Imperador, rs! Chegamos já de noitinha de volta em Cusco, acho que comemos petiscos em casa, estávamos exaustos, rs! 13 DE MAIO – TERÇA (o dia da montanha colorida) Fazer uma das montanhas coloridas era uma dúvida pra mim... especialmente essa, a Vinicunca! E pq? Pq as fotos da internet são ultra fotoshopadas, eu tinha receio de chegar lá e achar sem graça. Ainda mais já tendo visitado montanhas coloridas espetaculares no norte da Argentina. Tb tem o lance dos perrengues que tantos colocam nas redes sociais... super lotação, frustração e o mal da altitude pegando forte... afinal passamos dos 5 mil metros no topo dela... enfim. Ainda bem que eu quis ter minhas próprias impressões e não fui na onda dozotro pq EU AMEI ESSE ROLÊ. Entrou pro top 3 dessa viagem! Foi perfeito! Os rolês tradicionais da vinicunca saem bem cedo, tipo 3h30 – 4h da manhã, toma café, sobe o morro todo a pé (ou a cavalo, o que abomino) e frequentemente tem esse lance aí de passar mal e a muvuca. O rolê de quadriciclo custa mais caro, claro (pagamos 55 usd por pessoa pra subir com quad duplo), mas é bem mais confortável... saímos as 6h30 da manhã... tb tomamos café, e a subida de quad foi muito legal. O caminho é super seguro e LINDO... e é separado de quem sobe a pé ou a cavalo, neste caminho sobem apenas quad e motos (acho que tb tem que contratar as motos antes, não é como os cavalos que vc aluga na hora, vc sobe na garupa da moto). A gente chegou lá já a 4400msnm, fez um mini treinamento nos quad, aí sobe um guia na frente e um no fim do comboio. Fomos eu e Gui, JG e Elo, Fabio e Sara e a Ju sozinha. Na volta a Ju desceu com o Fábio e a Sarinha pilotou sozinha seu quad! Paisagens incríveis nesse rolezinho que foi épico! Chegamos num horário magnífico, estava sol e a montanha estava realmente incrível e colorida... e não tinha quase ninguém pq a galera a pé já tinha ido embora... sério, foi 1000 de 10. Vc chega em cima a 5030msnm, aí vc pode ir ver a montanha já da parte baixa ou subir um trecho de uns 10 min pra ver ela de cima, o que recomendo fortemente apesar do esforço pq é uma vista impressionante! Subimos, ficamos um tempo lá em cima, depois descemos. Rainbow Montain sem filtro, apenas com a luz do sol! A Ju, a outra mãe, rs, teve um perrenguinho de falta de ar... foi algo mais de claustrofobia pela falta de ar na verdade, e aí ela precisou de suporte de oxigênio. Mas foi tranquilo, um dos guias colocou 3 min de O2 pra ela acalmar e depois ela desceu numa boa. Saímos de lá e almoçamos no mesmo lugar que tomamos café da manhã... refeições ultra simples mas ok, e voltamos pra Cusco no fim da tarde! Nem lembro de novo onde comemos, rs! 14 DE MAIO – QUARTA (o dia do páro) Neste dia estava programado fazermos a trilha da Humantay, mas já no dia anterior o pessoal da agência informou que haveria um “paro” nacional e que nenhuma agência ia operar. Inclusive passamos na agência e pegamos nosso dinheiro desse rolê de volta pq não ia rolar fazermos outro dia e eu tb tava chateada com a agência como contei antes. Pessoal de casa ficou dormindo, mas eu e Gui fomos bater pernas pela cidade! Andamos muito, tinha bastante coisa fechada, mas fomos ver os protestos de perto! Conversamos com policiais e pessoas na rua, muito simpáticas... um senhor me explicou toda a treta que tá rolando com a atual presidente, pq estavam protestando e etc, foi bem legal. Presenciamos um carro furando um dos bloqueios e a população indo atrás, fiquei tensa achando que ia ter violência, mas não teve... foi bem pacífico, embora tenham dado uma amassadinha no carro e feito o cara voltar kk. Voltamos encontrar com a galerinha de casa de novo e fomos novamente no Kusikay, o restaurante caro e chique, mas ele era de fato bem maravilhoso. Tivemos mais um almoço surreal de bom. Paisagens da cidade e mais um almoço no Kusykay! Aí ficamos mais uma vez andando até de noitão pq no dia seguinte íamos a MPP e o pessoal precisava garantir comprinhas hoje já que não teriam mais dias livres em Cusco. As ladeiras e escadas de Cusco lembram um pouco as de Ouro Preto, só que sem ar, hahauaha! Comemos tranqueirinhas na rua e voltamos pra casa arrumar mochilas de ataque pra MPP. CONTINUA.2 pontos
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Dia 09-12 Puerto Natales - Torres del Paine Acordei as 6 da manhã, tomei um café meia boca e um pedaço de pão, pois eu não sou de comer cedo, e parti para a rodoviária. Eu já tinha comprado o bilhete do ônibus e a entrada do parque com um mês de antecedência , pois não se tem muitas opções e é um tanto concorrido o ônibus, melhor não deixar para última hora. Em uma pequena caminhada de 10min cheguei na rodoviária e fiquei esperando meu ônibus, que sairia as 6:45, junto com outros tantos mochileiros que iriam para o parque Torres del Paine. O ônibus atrasou uns 15 minutos, mas nada que afetasse o itinerário. O meu plano era fazer a trilha do Torres de Paine no dia e voltar ainda no fim da tarde, nada de circuitos O ou W, pois sou um pouco sedentário para essas aventuras, e não tinha tanto tempo assim. Chegando na entrada do parque, cerca de 2h de viagem depois, você precisa descer do ônibus, passar no escritório para confirmar o seu ticket (ou comprar na hora), para assim entrar de fato no Parque. Para quem vai seguir viagem para a estância Pudeto, volta pro ônibus, mas para quem vai para a trilha do Torres del Paine, seja qual for, deve pegar uma outra van ali na entrada. Se quiser economizar 4000CLP (cerca de 4€), você pode seguir a pé até o Centro de Boas-Vindas, onde tem uma estrutura de restaurante e loja e é onde se começa a trilha por Torres, mas isso são umas 2h de caminhada, e se quiser evitar a fadiga, basta pagar ali na hora na van para fazer esse trajeto, que dura cerca de 15min. (Lembre-se de levar dinheiro em espécie, pois quase fiquei para trás na volta por causa disso). IMG_8716.MP4 Ainda no ônibus quando entra no Parque Cheguei no centro de Boas-Vindas umas 9:15, tirei meus bastões da minha pequena mochila e segui para a trilha. Aqui começa o caminho de dor e sofrimento, se eu fosse uma pessoa esportiva, com anos de trilhas e sempre ativo, não seria tão difícil, mas a realidade de quase todo mundo que vai pro Torres, e provavelmente a sua, que está planejando subir também, é de pessoas normais, que são levemente sedentárias mas ainda sim tem um pouco de energia para fazer essas aventuras mirabolantes. Digo que não é impossível, vi gente quase idosa e outras bastantes pesadas subindo também, a maior diferença é que você vai chegar lá em 3h ou 6h, o corpo dá um jeito, todos conseguem subir, e também descer. Mas é uma trilha nada fácil. A primeira parte parece tranquila, você caminha numa região plana com chão de terra por umas meia hora. Então você se depara com o primeiro desafio, subir uma ladeira por uns 40 minutos, o que complica é que o chão é cheio de pedregulho, é como se fosse (ou é) um leito de riacho, com a terra levemente escavada, sendo difícil ter um apoio de pé firme, e toda hora pisando em pedra solta e fazendo zigue-zague. Assim que chegar na parte alta (da trilha, não do morro) tem a segunda parte que é seguir pela encosta do morro, sendo ela de subida e decida. O chão ruim de andar O que complica é que o chão é de uns pedregulhos pequenos e soltos, e você está toda hora deslizando pela estrada. Em certas partes seus pés ficam levemente patinando, igual carro tentando subir um morro íngrime, o que acaba gastando mais energia que gostaria. E nisso você vai subindo e descendo, infelizmente mais descendo que subindo (porque vai ter que subir tudo de novo), e chega até o nível do rio, onde se encontra o refúgio Chileno. A trilha descendo novamente pro rio O rio Ali tem uma estrutura para você dar uma parada, descansar um pouco e comer algo, mas ainda é metade do caminho. Seguindo a trilha, ao menos o terreno de caminhada é mais firme, mas nem tanto, e você continua patinando pelas pedras soltas, e segue levemente subida por um bom tempo até chegar em uma parte íngrime onde a trilha vira a esquerda para dentro da montanha, pois é ali atrás que está o seu destino final. Isso já se foi umas 3h de caminhada e você já está morto de cansado. Você olha aquela subida toda e pensa, estou quase chegando (spoiler, não está). Ao menos seu corpo está aquecido, a temperatura, mesmo no verão, é amena, então não passa muito calor. Virada íngrime a esquerda Após quase uma hora de subida você percebe que ainda tem uma última pernada, mais íngrime e mais cheia de pedra. Mas, você não chegou tão longe pra desistir na parte mais difícil, o jeito é seguir adiante. Com o resto de força que lhe sobrou (quase literalmente), você vai subindo lentamente, as vezes apoiando a mão nas pedras por perto, fazendo cada esforço para subir um passo por vez. Ao menos não é longa essa última parte, cerca de meia hora, e então você finalmente chega ao mirador do Torres del Paine, mas certamente a primeira coisa que vai olhar é onde se sentar, porque seu corpo já pediu arrego. Mas uma coisa eu digo sem sombra de dúvida, valeu cada metro que andei naquele Parque, é algo que mesmo com dificuldade vale a pena fazer. Está vendo aquela pedra ali no meio da foto, quase no topo? Ela tem uns 8 metros de altura, você passa por de trás dela. Se olhar atentamente, á esquerda se vê um ponto preto, que é uma pessoa. Consegui subir em 4h de caminhada, pude então finalmente descansar satisfeito, olhando aquela paisagem de cartão postal e comendo meu almoço, no caso um pacote de biscoitos, pois não gosto de comer muito quando faço trilha. Fiquei cerca de uma hora ali em cima, tirando fotos e apreciando a paisagem, então já me senti com energia suficiente para voltar, o que não seria nada fácil também. O troféu do mochileiro Pode não parecer, mas a descida é quase tão complicada como a subida, devido ao terreno acidentado e íngrime, você gasta muito o músculo dos joelhos, esse que a gente usa pouco no dia a dia, e dá uma canseira, porque você fica toda hora amortecendo as passadas para baixo. Chegando de volta no rio, você precisa subir toda aquela parte que eu comentei, que se desce mais que sobe, na encosta do morro, mas agora com muito mais cansaço que anteriormente, eu chegava a parar a cada 10 metros em certas partes para pegar energia. A parte final parece que nunca chega, quando você está de volta ao terreno plano, pensa logo que já está chegando, mas são pelo menos umas meia hora de caminhada até chegar no Centro de Boas-Vindas, parece uma trilha infinita, porque não se tem mais nenhuma energia para continuar. Agora fazer o caminho de volta, trilha de subida a direita Depois de um total de quase 9h (4h para ir, 4h pra voltar e 1h lá em cima), 25km andados, dor por todo lado, cheguei um pouco antes das 18:00 no Centro de Boas-Vindas, onde tinha começado a trilha. Ali me desabei num banco, de alívio, fiquei ali uns 20minutos me recompondo sentado, até que começou a chuviscar (grande sorte, porque não peguei 1 pingo de chuva na caminhada), então resolvi entrar no estabelecimento. A infra estrutura do lugar é boa e moderna, tem banheiros grandes e limpos, uma lojinha e uma lanchonete. Ainda morto de cansado, pude finalmente descansar e comer de verdade, comprei ali mesmo um sanduíche, um gatorade e um refri (ninguém é de ferro), e foi menos caro que pensei, mas ainda sim um tanto caro, cerca de 13.000 CLP (13 euros) pelo sanduíche e 5.000CLP (5 euros) por cada bebida. O Chile é um país caro e ainda mais numa parque isolado em uma região isolada do mundo, não foi um preçõ exagerado. Última parte que parece infinita Era cerca de 18:30 quando fui ver como voltar pra entrada do parque, descobri então que as vans saiam apenas a partir das 19:30, pois os ônibus para a cidade saem a partir das 20:00. O funcionário que vende os bilhetes estava por lá, então pedi para comprar um bilhete no cartão, pois eu não tinha mais dinheiro em espécie, e ele simplesmente disse que não aceitava. Daí bateu aquele mini desespero, como fazer pra voltar? pois não dava tempo de ir a pé, o jeito seria então mendingar por 4.000 CLP por aí "Eu poderia estar matando ou roubando mas só quero voltar pra casa". Mas antes de tudo, fui no caixa da loja perguntar se eles trocavam dinheiro ou se eu pudesse comprar no cartão e me devolveriam em espécie uns trocados, a guria disse que não podia fazer isso, então expliquei a minha situação para ela. A moça então disse, "espere um minuto", e foi atrás do cara que vende as passagens. Daqui a pouco ela volta junto com o rapaz segurando a maquininha de passar cartão na mão. Agradeci algumas vezes a atendente e comprei o bilhete da van com meu cartão de crédito. Ao que me parece, a empresa é obrigada a oferecer pagamento com cartão dentro do Parque. Passados uma hora, chegou o ônibus para levar a entrada do Parque, porém eram apenas dois, então quando ele lotava, ele partia e esperavamos o próximo que partiria em 15 minutos, esperei ali na fila e entrei assim que o ônibus retornou. Já de volta ma entrada do parque,tinha que esperar umas meia hora ainda para a partida do ônibus (que eu tinha comprado com antecedencia ida/volta uns meses antes) com saída as 20:20, então sentei nos bancos ali enquanto enquanto aguardava. Quando deu 20:05, o ônibus marcado para sair esse horário não estava cheio, então o motorista começou a chamar qualquer um que tinha passagem pela Bus-sur, não importando o horário, para que pudesse entrar, pulei rapidamente para dentro do ônibus, e em 5minutos ele partiu para sua viagem de volta. Dua horas depois chegamos na cidade, como eu já tinha 'jantado' e era umas 22:00 horas, voltei me arrastando para o hostel, tomei um banho e fui dormir. Gastos do dia: Passagem de ônibus ida/volta pela Bus-sur - 30€ (comprei online um mês antes) Transfer ida / volta dentro do Parque - 8000 CLP (cerca de 8€) Gasto no estabelecimento - 23000 CLP (cerca 23€) Entrada do Parque: 32€ (Preço fixo de 35 dólares)2 pontos
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2026 não vou poder viajar, mais em 2027 estarei livre. Gostaria de ir pra Inglaterra e Itália. Alguém a fim de ir?1 ponto
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Las Palmas Foi uma manhã, após mais de 24h no mar,que chegamos a Las Palmas.Um pouco mais tarde que dois dias antes,pois o desembarque seria de 9 as 17h.Entao,após o desayuno saímos.Dessa vez muita gente desceu sozinha para fazer compras,inclusive da tripulação, pois a ilha é paraíso fiscal e os argentinos estão apavorados com os preços causados pelo"excelente" desgoverno fascista e neoliberal que elegeram por lá.Problema deles,estou em férias, queria passear e conhecer um pouquinho da Gran Canária.Descemos com um guia que fez um city tour a pé na cidade antiga de Las Palmas.(80 euros).Explicou como passou ao domínio espanhol no tempo em que o mar era português e,uma senhora reclamou do ruído que ele fazia na rua.Eram mais de 9h,a senhora estava descansando na casa dela e guia usando um microfone na porta dela,que mora em uma casa de 2 andares.Levou um sabão daqueles, pensando que todo lugar é Rio de Janeiro, se deu mal.Ali é España, lugar de silêncio e educação. Após sabermos um pouquinho da história, tempo livre para irmos a igreja,aonde estava sendo realizada uma missa ou ao teatro que se encontrava fechado. Para mim tempo inútil, pois odeio igrejas.Voltamos ao ônibus na hora marcada,terminamos o city tour e fomos ao navio almoçar e depois tempo livre.Que fiz?Não almoçei e parei na entrada do porto no Gran Acuario de las Palmas. 25 euros a entrada, é caro,mas compensa com tempo,pois como o de Valência, é gigante. Meu tempo estava um pouco corrido.Tinha cerca de 2h para conhecer e precisava de mais, porém não me arrependi e ao fim de tudo havia uma bela fila de retorno ao navio,pois todos voltaram ao mesmo tempo, carregando compras e compras,sendo eu o único que fui passear.Turismo para mim é conhecer,mesmo por pouco tempo,comprar em euro,jamais, só se for barato de verdade,o que não deve ser com as cotações pós Paulo Guedes, mas essa é outra história.1 ponto
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De Recife a Cabo Verde Depois de um dia para as pessoas conhecer Recife, eu rever,pois conheço há muitos anos, inclusive estive em reunião no Palácio Campo das Princesas com o ex governador Eduardo Campos e,no tempo dele e do prefeito do PT,João Paulo, e seu sucessor João da Costa fui ali várias vezes.Dei uma andada do cais de cruzeiros a saída ali fora,passei pelo Museu Cais do Sertão,onde não entrei pois já conhecia,mas recomendo, pois é muito bom e tem um resumo da história do melhor presidente da história,ele mesmo,o Lula dos primeiros mandatos no qual conta o futuro brilhante que teria o Brasil,se não houvesse o golpe de 2016(visitei antes). Mais lembranças foi a Rosa dos Ventos,logo ali,e o Marco Zero do Estado em frente ao Beberibe e,do outro lado,o Parque das Esculturas de Brenand.Que saudade,a última vez que ali estive era perfeito e já dava meus terceiros passos na política. Pobre de mim!Mas,vamos continuar,passei na porta do Santander Cultural e segui a avenida pouco movimentada agora,no passado muito.E dei nas margens do Rio Capibaribe.Atravessei a ponte e estava no centro. A saudade tomava conta de mim.Ver aquelas pontes,os palácios,o TJ,no qual parei na porta e o fiquei admirando como um simples cidadão,não o que conhecia aquilo demais e voltei. Reparei,que após tantos anos, o esgotamento sanitário da cidade continua sem existir.O impulso foi de voltar no tempo e ir perguntar os motivos aos poderosos de hoje,mas não devo conhecer mais ninguém, tenho que aturar aquilo.Já ia dar 16h,eu não tinha almoçado. Voltei ao navio que partiria as 18h.Cheguei,e fui comer algo.Depois das 15 e até as 19h fica hambúrguer e batata frita a disposição. Como a maioria era argentino, era o que eles gostam, e vários fizeram o mesmo que eu e estavam retornando da cidade para comer também. Adeus Brasil, sairia naquela noite para voltar 5 meses após.1 ponto
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Xangai fica no meio do caminho entre Hong Kong e Pequim, mas vai ter que pegar avião de qualquer forma, e vão ser 1h-1:30h de diferença. em 29 dias dá pra fazer muita coisa, ao menos para mim, mas diria as cidades que valem a pena é Chongqing, Xangai, Beijing e Xian. Porém todas a cidades chinesas não tem quinhentas opções para fazer por uma semana, Beijing por exemplo, tem um par de templos, cidade proibida, museu e muralha da china, que em 4 dias cheios já vê tudo e depois não tem muito o que ver, Xangai tem menos ainda, de atrativos para turista, em um dia cheio se conhece o centro da cidade e o distrito financeiro, no segundo se conhece dois ou tres lugares depois é ir conhecer cidade ao redor1 ponto
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Qdo eu fui, a situação estava uma pouco tensa por causa de protestos, mas eu não diria q tinha problemas de violência não. Pickpocket, pequenos golpes em turistas, alguns lugares pra evitar, especialmente a noite e nas cidades grandes, enfim, cuidados parecido com os outros países da América Latina. Até menos q as cidades grandes do Brasil. Vale a pena demais. Obs: não estive em guayaquil....1 ponto
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Índice do Relato: [Pag. 1] Capítulo 1: Preparativos para a viagem [Pag. 1] Capítulo 2: Santa Cruz de la Sierra, Sucre e... o mal da altitude. [Pag. 4] Capítulo 3: Enfim Uyuni! Três dias inesquecíveis. [Pag. 6] Capítulo 4: Vulcões, desertos e as Lagunas Altiplânicas. [Pag. 8] Capítulo 5: ¡Adiós, Uyuni! A beleza dos Geisers e o sofrimento dos -10ºC. [Pag. 10] Capítulo 6: Os encantos de San Pedro de Atacama. [Pag. 11] Capítulo 7: As Piedras Rojas, as Lagunas Altiplanicas e o Salar de Atacama. [Pag. 12] Capítulo 8: O Salar de Tara e o adeus a Atacama. [Pag. 15] Capítulo 9: De Arica para Tacna: cruzando a fronteira com o Peru. [Pag. 16] Capítulo 10: Ô Maria esta suruba me excita... Arequipa! Arequipa! Arequipa! [Pag. 17] Capítulo 11: De um luxuoso ceviche à muvuca do Mercado San Camilo. [Pag. 20] Capítulo 12: Dois dias de calotes, perrengues e superação pelo magnífico Cañon del Colca. [1ª Parte] [Pag. 20] Capítulo 12: Dois dias de calotes, perrengues e superação pelo magnífico Cañon del Colca. [2ª Parte] [Pag. 22] Capítulo 13: Oásis são reais! Um dia de muita diversão pelas dunas de Huacachina. [Pag. 22] Capítulo 14: As Islas Ballestas e a Reserva Nacional de Paracas: um passeio pelo Oceano Pacífico. [Pag. 24] Capítulo 15: Cusco, a cidade histórica. [Pag. 26] Capítulo 16: O Vale Sagrado dos Incas. [Pag. 29] Capítulo 17: O lindo – e traumatizante – caminho até Aguas Calientes. [Pag. 34] Capítulo 18: Machu Picchu, a Cidade Perdida dos Incas... e uma noite no hospital. [Pag. 38] Capítulo 19: Até a próxima, Machu Picchu! É hora de seguir para Puno. [Pag. 39] Capítulo 20: Puno e o passeio pelas Islas Flotantes de Uros e Isla Taquile. [Pag. 44]Capítulo 21: Cruzando a fronteira com a Bolívia rumo a Copacabana. [Pag. 46] Capítulo 22: Os encantos da Isla del Sol. [Pag. 49] Capítulo 23: O adeus à Isla del Sol. É chegada a hora de conhecer a caótica La Paz. [Pag. 51] Capítulo 24: Chacaltaya, Valle de la Luna... e o dia em que fomos furtados. [Pag. 57] Capítulo 25: O eletrizante downhill pela Carretera de la Muerte. [Pag. 62] Capítulo 26: ¡Hasta la vista, baby! É hora de voltar pra casa. [Pag. 62] Capítulo 27: Agradecimentos. Instagram em que costumo(ava) postar tudo quando viajo: @queridopassaporte (não o utilizo mais, está bem desatualizado, mas tem umas publicações legais por lá) Qualquer dúvida, estou à disposição no meu perfil pessoal: @rodrigoalcure Editado: Baixe o PDF com o relato completo: relato_rodrigovix_mochilao_bolivia_chile_peru.pdf Outra opção de download: https://drive.google.com/file/d/1ttiGF8sYfNmXsc2HU72XfwKKePhJ4jiY/view (Agradecimentos à Fernanda Arruda por ter compilado o relato em pdf pra gente - página 47) Salve, salve, mochileiros deste Brasil varonil! Cá estou eu prazerosamente cumprindo minha obrigação de compartilhar o relato da viagem que fiz em abril deste ano. Digo “obrigação” mesmo, porque me sinto moralmente obrigado a ajudar o mínimo que seja no planejamento da viagem dos próximos mochileiros, uma vez que 99%, se não 199%, se não 27.569%, se não 6,02x10²³% (aulas de química? alguém lembra? hehedeusmelivrehehe) do meu planejamento se devem aos relatos e informações presentes aqui neste fórum. Por isso, já vou logo deixando o meu MUITO OBRIGADO, CAMBADA!!! Antes de mais nada, devo informar que este relato será cheio de texto, informações e fotos (muitas fotos). Portanto, praquela galera menos paciente que gosta de ir direto ao assunto, farei, ao final, uma versão resumida com as principais informações, belê? O ROTEIRO: O roteiro já é um clássico aqui no mochileiros. A chegada por Santa Cruz de la Sierra, seguindo pra Uyuni, depois Atacama, subindo pro Peru e fechando a volta até La Paz é um bom caminho para irmos nos aclimatando gradativamente. Muitos optam pelo caminho inverso e sofrem muito com a brusca mudança de altitude ao chegar em La Paz. 01/04 Vitória x São Paulo x Santa Cruz de la Sierra x Sucre 02/04 Sucre x Uyuni 03/04 Salar de Uyuni 04/04 Salar de Uyuni 05/04 Salar de Uyuni 05/04 San Pedro de Atacama 06/04 San Pedro de Atacama 07/04 San Pedro de Atacama x Arica 08/04 Arica x Tacna x Arequipa 09/04 Arequipa 10/04 Cañon del Colca 11/04 Cañon del Colca x Arequipa x Ica 12/04 Huacachina 13/04 Islas Ballestas + Paracas 13/04 Ica x Cusco 14/04 Cusco 15/04 Cusco (Vale Sagrado) 16/04 Cusco x Aguas Calientes 17/04 Machu Picchu 18/04 Aguas Calientes x Cusco x Puno 19/04 Puno (Uros + Taquile) 20/04 Puno x Copacabana 21/04 Isla del Sol 22/04 Isla del Sol x Copacabana x La Paz 23/04 La Paz (Chacaltaya + Valle de la Luna) 24/04 La Paz (Downhill) 25/04 La Paz 26/04 Santa Cruz de la Sierra x São Paulo Quanto ao valor no título (1.600 dólares), ele se refere a PASSAGENS AÉREAS + TRANSPORTE + ALIMENTAÇÃO + HOSPEDAGENS + PASSEIOS durante esses 26 dias. Só não inclui aqui os gastos prévios que tive com vestuário, bota impermeável, mochilas, câmera e equipamentos fotográficos, passaporte, etc., porque isso varia muito de pessoa pra pessoa. E como o custo em reais depende muito do preço do dólar à época, decidi manter em dólar. De toda forma, a quem interessar possa, ficam aqui algumas coisas que comprei: - Bota Timberland Flume Mid Waterproof http://www.centauro.com.br/bota-timberland-masculina-flume-mid-waterproof-777831.html Pra quem quer investir numa bota impermeável, é uma ótima opção, além de ser esteticamente bonita. Pisei em diversas poças d'água, peguei chuva, e os pés continuaram secos. Ela é até confortável, mas isso não costuma ser a principal característica de botas de trekking, então não espere o conforto de um tênis. Foi o único sapato que usei durante toda a viagem (além do par de chinelos, claro). - Blusa e calça segunda pele (1ª camada), fleece (2ª camada) e casaco corta-vento-e-chuva (3ª camada), money belt, saco de dormir (lençol), mochila, capa para mochila, meias, toalha de secagem rápida e mais uma porrada de coisas eu comprei na Decathlon. É o lugar mais completo e barato para se comprar essas coisas. Deixei uma grana boa por lá. Dá uma olhada no site e, se tiver uma loja perto de você, melhor ainda, dê uma passada lá. http://www.decathlon.com.br/ - Câmera Nikon D5300 kit de lente 18-55mm VR II http://www.nikon.com.br/Nikon-Products/Product/dslr-cameras/1522/D5300.html - Lente Wide Angle Sigma 10-20mm f4-5.6 https://www.detonashop.com.br/lente-grande-angular-sigma-10-20mm-f-4-5-6-ex-dc-hsm-para-nikon.html - Tripé, filtro polarizador, disparador remoto, etc. eu comprei pelo Mercado Livre. SOBRE AS MOCHILAS... Usei uma Forclaz 50L Quechua... http://www.decathlon.com.br/montanha-aventura/mochilas-38170/mochila-trecking/mochila-forclaz-50-litros-quechua_167478 E uma Targus Spruce EcoSmart de mochila de ataque. http://targus.com/us/15_6-spruce-ecosmart-backpack-tbb013us Essa da Targus eu já tinha há bastante tempo. É uma mochila mais voltada para notebook, mas como eu não queria gastar com uma mochila de ataque, optei por essa mesmo. Foi nela que carreguei meus equipamentos fotográficos durante todo o tempo. Obs.: É MUITO importante uma mochila de ataque (mochila de menor tamanho) nesse tipo de viagem. Isso evita carregar peso desnecessário em diversos momentos. Não deixe de levar uma. Quanto à mochila de 50L, muitos me questionaram se não era pequena demais pra 26 dias. Minha resposta é: depende. Se você não quiser lavar muita roupa, tem que levar uma maior. Agora, se você busca praticidade, 50L bastam. Levei roupa pra uma semana, mais ou menos, e usava o serviço das lavanderias sempre que necessário. É barato e você acha fácil em qualquer lugar por onde passa. Aqui vai uma relação completa do que levei nessa viagem: 7 camisetas 1 camisa manga longa segunda pele (1ª camada) 1 calça segunda pele (1ª camada) 1 casaco fleece (2ª camada) 1 casaco impermeável (3ª camada) 1 calça-bermuda 3 bermudas 8 cuecas 6 pares de meias grossas cano alto 1 toca 1 par de luvas 1 toalha microfibra (secagem rápida) 1 saco-lençol de dormir 1 money belt (doleira) 1 relógio 1 sabonete 1 shampoo médio 1 protetor solar grande 1 protetor labial 1 repelente 2 cadeados 1 escova de dentes 1 creme dental 1 barbeador elétrico 1 desodorante aerossol 1 perfume 1 cortador de unhas 1 canivete suíço 1 kit remédios (enjoo, dormir, dores e gripe) 1 bepantol creme 1 par de óculos de sol 1 pacote de lenços umedecidos 1 celular 1 carregador 1 par de fones de ouvido 1 máquina fotográfica 1 lente 18-55mm 1 lente 10-20mm 2 cartões de memória 32GB 1 tripé grande 1 mini-tripé 1 kit limpeza para câmera 1 caneta 1 bloco de anotações 1 capa de chuva para a mochila 1 pasta plástica para documentos 1 carteira com Identidade e Cartão de Crédito Internacional NA PASTA DE DOCUMENTOS: Cartões de embarque Ingresso de Machu Picchu + Huaynapicchu Cartão internacional de vacina (ANVISA) Certificado do Seguro Viagem Nota fiscal dos equipamentos fotográficos Todos, eu disse TODOS os papeis que você receber durante a viagem É importante levarmos uma pasta para documentos. Levei uma dessas de plástico maleável, que permite dobrar ao meio e guardar facilmente na mochila. É ali que você vai carregar muita coisa importante, como: - Cartões de embarque: Guarde-os sempre, mesmo quando já tiver realizado o voo. Nunca se sabe. - Ingresso para Machu Picchu: Compramos pelo site oficial, e não por agências. Tentamos com o meu cartão e não consegui, mesmo com a liberação da VISA para compras internacionais. Tentamos com o cartão da minha cunhada, e deu certo. A dúvida então seria quanto à exigência de que o titular do cartão seja um dos que ingressarão no parque. Levamos cópia do cartão e da identidade dela, com medo de sermos barrado na entrada. Quando chegamos lá, nem olharam pra nossa cara direito. Olharam o ingresso, carimbaram a entrada e pronto. - Cartão Internacional de Vacina: A vacina contra febre-amarela, por lei, é obrigatória para ingressar na Bolívia. Se você já tomou essa vacina nos últimos 10 anos, basta ir direto a um posto da ANVISA retirar o seu Certificado Internacional. No meu caso, precisei tomar de novo, porque já não tinha mais a minha carteirinha. Fui a um posto de saúde e me vacinaram na hora. Verifique antes os dias e horários de vacinação do seu posto, pois eles costumam destinar um período específico da semana pra certos tipos de vacina. Depois de vacinado, fui à ANVISA (já tendo feito previamente o cadastro no site deles, que eles pedem mais pra adiantar o atendimento) e lá emitiram o Cartão Internacional de Vacina. Aí você me pergunta, em algum momento pela Bolívia as autoridades nos cobraram este Cartão? A resposta é NÃO, como você pode ler em todos os relatos aqui do fórum. Massss, lei é lei, e você não quer dar sorte ao azar numa viagem dessas, certo? Pois é. - Certificado do Seguro Viagem: Faça um Seguro Viagem. Não chore miséria e nem cogite não fazer numa viagem desse tipo. Eu fiz e foi o que me salvou, pois precisei acioná-lo. É um valor relativamente pequeno (menos de R$200) perto da segurança que é contar com o amparo médico em terras estranhas. Há relatos de pessoas que gastaram fortunas com hospitais por não terem feito o Seguro, portanto não dê essa bobeira. Eu fiz pela Mondial Travel, apenas porque foi o que mais li nas indicações aqui no fórum. Faça sua pesquisa e escolha a empresa que achar melhor, mas não deixe de se assegurar. - Notas fiscais de equipamentos eletrônicos: É uma forma de comprovar que você os comprou no Brasil ou em outro local cujos impostos já foram devidamente pagos. Eu não quis arriscar e levei as notas dos equipamentos fotográficos que estava carregando. Se você estiver levando notebook, máquinas de maior valor e afins, não custa nada levar as notas, caso ainda as tenha. Não ocupa espaço e te dá mais tranquilidade. Mas eu precisei usar? Não. Nem mesmo na declaração aduaneira eu precisei registrar, porque era considerado “uso turístico”. Então é quase uma questão opcional, vai de cada um. - Todos os papeis que você receber: Guarde TODOS. Muitos deles você irá precisar quando estiver retornando ou saindo daquele país, e perde-los é uma dor de cabeça que você quer evitar. Nós já aproveitamos a pastinha pra ir guardando tudo, de documentos de imigração até recibo carimbado de passeio. Sem falar que é a melhor forma de você se recordar dos lugares que visitou, os nomes, a ordem das coisas que viu, etc. NO MONEY BELT: Dólares Reais Passaporte Chave reserva do cadeado O uso do money belt (uma espécie de cinto onde se guarda documentos e dinheiro e que se usa por baixo da roupa) é altamente recomendável. Deixar essas coisas na mochila pode ser muito arriscado, porque o principal problema do turismo são os altos índices de furto. Mantenha seu dinheiro e o seu passaporte com você o tempo todo, e só tire para tomar banho. Durante o único e pequeno momento em que nos afastamos do nosso money belt na viagem, deu merda. Então não se arrisquem. Ah, outra dica é não deixar o cartão de crédito junto com o dinheiro e o passaporte. Por segurança, é melhor que ele esteja em um local separado. Se você for furtado ou perder seu money belt, terá o cartão para emergência. No nosso caso, deixávamos o dinheiro e o passaporte no money belt e o cartão de crédito guardado na mochila. O mesmo vale para as chaves do cadeado. Mantenha a chave reserva guardada em um local separado. PREPARATIVOS PARA A VIAGEM: Bom, a preparação pra essa viagem começou lá em agosto de 2014, mais ou menos. Quando digo “preparação” leia-se “- Bora viajar pela América do Sul ano que vem? - Bora! - Então fechou!”. De lá pra cá, muita pesquisa, muito rabisco, muita mudança de planos e muito obstáculo. Isso é normal, não se assustem. Se querem atingir o grande objetivo de viajar pelo mundo, estejam preparados para enfrentar de tudo um pouco. As únicas coisas que compramos com antecedência foram as passagens aéreas BRA x BOL, o aéreo Santa Cruz x Sucre, o Seguro Viagem e os ingressos para Machu Picchu + Huaynapicchu, pois, se você deseja subir este último, é necessário comprar com meses de antecedência (a subida ao Huaynapicchu é limitada a dois grupos de 200 turistas por dia). Pegamos uma promoção da GOL e pagamos R$ 574,77 no trecho ida e volta SP/Guarulhos (GRU) x (VVI) Santa Cruz de la Sierra/Viru-Viru (fiquem atentos aos grandes feirões de promoção que costumam acontecer a cada dois meses em média). O trecho VVI x SRE/Sucre optamos por fazer de avião, e pagamos US$ 55. Já o Seguro Viagem, pagamos R$ 140 para cobertura Mochilão / 26 dias / Bolívia, Chile e Peru. Tudo ia dando certo, dinheirinho na poupança todo mês, 13º dando aquele help, planejamento seguindo nos conformes. Masssss a calmaria antecede a tempestade, meus jovens. E foi só chegar nos últimos dois meses antes da viagem que o Universo começou a dizer “Tá achando que vai ser fácil assim, cara pálida? Negativo”. Pra começar, o dólar, que já não parava de subir, decidiu entrar num foguete e decolar rumo à estratosfera. E como só compraríamos os dólares na véspera da viagem... nos F*DEMOS bonito. Só em março foi um aumento de R$ 0,35 (trinta e cinco f*cking centavos). E isso só nos deixou com duas opções: injetar mais dinheiro pra compensar a subida ou economizar ainda mais pra compensar a queda. Acabamos optando por um pouco de cada. Ok, alta do dólar devidamente “digerida”, seguíamos com os preparativos finais. Mas aí o Universo deu aquela risada de deboche e disse “Pensam que acabou? Então peraí...”, e resolveu mandar o que parecia ser algo bem simples tipo O FIM DO MUNDO: Vulcões em erupção no Chile. “-Beleza, acontece.” Dilúvio no Atacama. “-Oi??? Dilúvio na p*rra do deserto mais seco do mundo?!” Terremoto de 5,8 com alerta de tsunami. “-Véi, na boa...” Crise política se agrava no Peru. “-MAIS GRAVE VAI FICAR QUANDO EU CHEGAR AÍ!!!1” Sacomé, a gente é mochileiro, e mochileiro brasileiro não desiste nunca. Ignoramos todo o caos, a zica e as 14 velas acesas por nossas mães e partimos rumo ao Apocalipse. Afinal, se é pra curtir o fim do mundo, que pelo menos seja de mochila nas costas batendo perna por aí, né não? PRÓXIMO CAPÍTULO: Partiu Mochilão!!! Santa Cruz de la Sierra, Sucre e... o mal da altitude.1 ponto
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Estive pensando se eu escreveria esse relato, já que escrever parece estar ultrapassado. Chuto que 95% do material que encontramos sobre viagens atualmente estão em forma de vídeos. Apesar de ser formado na área de tecnologia, tenho certa aversão aos excessos dela. E isso inclui informação através de vídeos, salvo raras exceções de qualidade disponíveis por aí. Mas cheguei à conclusão que o relato também serve para guardar as lembranças das viagens que fizemos, além de trazer informações que podem ser úteis para pessoas que ainda preferem uma leitura. O ano de 2024 estava chegando e dessa vez teríamos a chance de viajar em julho, época de calor no hemisfério norte. Pensamos que seria uma boa voltar para a Europa. Nossas outras três viagens ao velho continente foram em janeiro, então teríamos uma experiência completamente diferente em relação ao clima. O roteiro básico não foi difícil definir. Com certeza voltaríamos para Paris, além de tentar encaixar os Países Baixos na viagem. Comecei a pesquisar preços das passagens aéreas em outubro/2023, mas deixei para comprar na Black Friday. A ideia era chegar à Europa por Paris e sair por Amsterdã, ou vice-versa. Tínhamos no máximo quinze dias, entre 06 e 20 de julho. Voos com conexão estavam saindo entre R$ 5.400 e R$ 6.000. Os melhores preços que vi foram pela ITA Airways, com direito a bagagem despachada incluída na tarifa. Mas queria evitar conexão na chegada dentro do Espaço Schengen, com medo de ter atrasos por conta de fila na imigração, algo não muito interessante para quem tem os dias de férias contados. No fim resolvemos escolher voos diretos. Saíram um pouco mais caros, mas com a certeza que não teríamos problemas com conexão. Comprei Guarulhos a Paris pela Air France para o dia 06/07 e Amsterdã a Guarulhos pela KLM para o dia 19/07. As duas empresas pertencem ao mesmo grupo e fiz a compra diretamente no site da KLM. Saiu R$ 6.700 por pessoa na tarifa mais básica, sem malas despachadas e sem possibilidade de marcar assento antecipadamente. Era o preço que a Air France e KLM estavam cobrando antes da Black Friday. Em pesquisas posteriores não encontrei preços para voos diretos melhores do que esses para as mesmas datas. Roteiro Passagens compradas com quase oito meses de antecedência. Teríamos, portanto, muito tempo para planejar o roteiro. Nossa última viagem para Paris deixou a impressão de que ficou muita coisa a fazer, então reservamos quatro noites para a cidade. Nesse tempo, incluímos um passeio aos Jardins de Monet e outro ao Castelo de Chantilly, que ficam nos arredores da cidade. Queríamos conhecer também o Monte Saint-Michel. Para este fim, reservamos duas noites em Caen. Escolhi essa cidade como base, pois além de ter preços mais acessíveis de hospedagem e de transporte para o Monte Saint-Michel se comparada a Rennes, tentaria conhecer alguma das praias do Dia D a partir dela. Ainda sobravam seis noites. Pensei em deixar tudo para os Países Baixos, mas achei que seria exagero. O foco era ver os moinhos e os jardins de tulipa. Não conseguiria visitar Keukenhof, pois já estaria fechado em julho. Descartei Delft, Gouda e outras cidades menores, pois não vi nenhum grande atrativo a não ser o fato de serem charmosas. Por fim deixamos quatro noites apenas para os Países Baixos. Uma em Roterdã para visitar Kinderdjik, outra em Utrecht para conhecer o Kasteel de Haar, e duas noites em Zaandam, pertinho de Amsterdã e com opções de hospedagem baratas de mais qualidade. Fora essas cidades, apenas Maastricht me deu vontade de visitar, mas era muito fora de rota. As duas noites restantes deixei para Antuérpia, na Bélgica. Não escolhi Bruxelas pelo preço dos hotéis. Estavam caros e os que eram baratos e perto das estações de trem também eram muito ruins. A partir da Antuérpia faríamos bate-volta para Bruges e Bruxelas. O roteiro ficou assim: 06/07 – Saída do Brasil 07/07 – Paris 08/07 – Paris 09/07 – Paris/Giverny 10/07 – Paris/Chantilly 11/07 – Caen 12/07 – Caen/Monte Saint-Michel 13/07 – Antuérpia/Bruxelas 14/07 – Antuérpia/Bruges 15/07 – Roterdã/Kinderdjik 16/07 – Utrecht/Kasteel de Haar 17/07 – Zaandam/Zaanse Schans 18/07 – Zaandam/Amsterdã 19/07 – Retorno ao Brasil Para o nosso gosto o roteiro foi acertado. As quatro noites em Paris foram suficientes para aproveitar com tranquilidade as atrações da cidade que planejamos ver, mas ainda sim outros lugares ficaram para uma próxima visita. Usar Caen como base para ver o Monte Saint-Michel foi interessante. Não sofremos com um bate-volta cansativo a partir de Paris e ainda deu para ter um gostinho de ver uma das praias do Dia D, ainda que rapidamente e de longe. Amante da História que sou, a Normandia certamente será um destino mais bem explorado em outra viagem à França. A passagem pela Bélgica foi relâmpago. O bate-volta a Bruges me pareceu suficiente, mas meio dia em Bruxelas certamente foi pouco. É uma cidade que eu não tinha expectativas, até estava relutante em adicionar ao roteiro, mas que foi uma boa surpresa. Sobre Antuérpia, é uma cidade charmosa, mas nada além disso. Quanto aos Países Baixos, creio que o objetivo foi atingido. A ideia principal era conhecer os moinhos. Vimos em Kinderdjik e Zaanse Schans. Roterdã também surpreendeu. Cidade moderna, bonita e organizada. Utrecht cumpriu o papel de base para visitar o Kasteel de Haar, mas é algo que daria tranquilamente para ser feito a partir de Roterdã ou Amsterdã. A hospedagem em Zaandam para fugir dos altos preços dos hotéis de Amsterdã foi acertada. A estação de trem perto de onde ficamos permitiu deslocamentos rápidos para vários lugares, incluindo a capital, Zaanse Schans e o Aeroporto Schiphol. Sobre Amsterdã... bem, vou deixar para falar mais a frente no relato. Sobre destinar tão pouco tempo para a Bélgica e Países Baixos, vou explicar melhor. Sempre associei uma viagem no verão europeu à cidades com os jardins verdes e floridos. E o roteiro que me vinha à mente era Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Só que eu e minha esposa podemos contar com férias com duração maior apenas em janeiro. A oportunidade de uma viagem de quinze dias em julho poderia não ocorrer tão cedo e queríamos de qualquer jeito adicionar Paris novamente ao roteiro. Se fosse nossa primeira viagem para a Europa, provavelmente teríamos feito o roteiro todo na Bélgica e Países Baixos, talvez Luxemburgo, e incluiríamos outras cidades menores, até porque tudo seria novidade. Mas depois de três idas ao velho continente aprendi que não adianta visitar um lugar só porque todo mundo vai nele para tirar uma foto bonita. Precisa ter algo que realmente seja interessante, que dê um propósito à visita. As cidades menores que ficaram de fora seguiram essa linha de raciocínio. Não havia nada nelas que me interessava a não ser o fato de serem bonitas. Não encontrei nelas monumentos, museus, paisagens ou sítios históricos imperdíveis. Preparativos para a viagem Assim como nas viagens anteriores, eu e minha esposa viajaríamos acompanhados da minha sogra e sua irmã. Elas compraram as passagens alguns meses depois de nós e acabaram pagando consideravelmente mais caro por isso. Nessa viagem escolhi por levar pouco dinheiro em espécie, 395 euros, ou basicamente o que sobrou de 2020. Usei como principal meio de pagamento um cartão da Wise. Carreguei-o com 1320 euros na cotação média de R$ 6,04 por euro. Funcionou em praticamente todos os lugares, com exceção de dois estabelecimentos nos Países Baixos. Também levei dois cartões de crédito caso o Wise não funcionasse, um da Caixa e outro do Banco do Brasil. Todos os cartões eram bandeira Visa. Reservei os hotéis aos poucos, a maior parte pelo Booking, dando preferência para aqueles com opção de cancelamento gratuito e sem cobrança antecipada. Assim, ia fazendo novas reservas caso aparecesse opções melhores. Dei uma olhada no AirBnB, mas não estava tão vantajoso se comparado aos preços dos hotéis. Apartamentos com camas suficientes para quatro pessoas e dois banheiros eram mais caros que dois quartos de hotéis na mesma localidade. Chegando próximo da viagem, adiantei o pagamento de todas as hospedagens. Para alguns passeios comprei os ingressos com antecedência: basicamente aqueles com alta procura ou horário marcado: Museu do Louvre, Os Jardins de Claude Monet, Castelo de Chantilly, Abadia do Monte Saint-Michel e Casa da Anne Frank. Comprei as passagens de trem com preços flutuantes com antecedência, assim que eram disponibilizadas. Alguns trechos, se eu não tivesse comprado com antecedência, teria problema em conseguir o horário desejado por conta da alta demanda. Ainda no Brasil adquiri um eSIM da Airalo. Utilizei no Chile em 2023 e fiquei satisfeito. Paguei 13 dólares por um plano regional da Europa com 30 dias de duração e 3GB de franquia. Foi suficiente para utilizar o Google Maps e fazer algumas pesquisas. No telefone da minha esposa deixei para comprar o eSIM quando chegamos na França. Peguei da operadora francesa Bouygues Telecom. Foi mais caro, 19,90 euros, mas tinha uma franquia de 15GB. Para comparação, em 2020 comprei o pacote Travel da Orange em Paris por 40 euros fora do aeroporto. Usamos o seguro de viagem fornecido gratuitamente pelo cartão de crédito Visa (disponível a partir do Visa Plantinum). Para minha sogra e sua irmã, fiz o seguro de viagem da Allianz, ao custo de R$ 174,17 por pessoa. Algumas curiosidades antes de começar o relato de fato Viajar para a Europa no verão sempre foi um sonho. Esperávamos um clima bem diferente do inverno, época de nossas visitas anteriores, e muito mais horas de sol disponíveis. Mas não pegamos o calorão esperado. Em alguns dias estava até friozinho, parecido com o inverno desse ano da cidade que moramos em Santa Catarina. E o dia claro durar tanto meio que atrapalhou algumas coisas. As cidades ficavam iluminadas somente depois de 22h00 no horário local. Era bem tarde para quem passou o dia batendo pé. A noite das cidades europeias também tem seu charme e praticamente não aproveitamos. Cabe falar também das Olímpiadas de Paris, que iriam começar no final de julho. Algumas atrações na cidade estavam fechadas, como o Hôtel des Invalides e o Jardim do Trocadéro. Outras estavam com restrição de circulação, como o Campo de Marte e as margens do Rio Sena. Em outras a entrada só era permitida para quem tinha comprado o ingresso pela internet. Algumas estações de metrô também estavam fechadas. Enfim, um estorvo para quem tinha o propósito de conhecer a cidade. Agora vamos ao relato. 06/07 – Saída do Brasil Como havia comprado a passagem aérea sem direito a marcação de assento antecipada, fiquei na dúvida se seria possível marcar sem custo na hora do check-in. Então sim, a Air France permite isso. Com isso, consegui colocar nós quatro juntos. O voo estava marcado para sair de Guarulhos às 18h55. Não houve atrasos. Destaque para o serviço de bordo da Air France na classe econômica. Os comissários foram extremamente simpáticos. As refeições servidas foram fartas, suficiente para encher uma pessoa que come bem. No jantar também tinha vinho praticamente à vontade. 07/07 – Chegada em Paris Pousamos em Paris no aeroporto Charles De Gaulle próximo de 11h00, dentro do horário previsto. Ainda no avião liguei o telefone com o eSIM da Airalo e em pouco tempo já estava com a internet funcionando. Saindo da aeronave, seguimos as placas para a migração. O atendimento no guichê foi feito com nós quatro juntos. O agente de migração perguntou em inglês quantos dias ficaríamos e pediu comprovante das reservas dos hotéis. Como de praxe, levei uma pasta com toda a documentação referente à viagem: reservas dos hotéis, passeios, transportes e roteiro. Entreguei a papelada, ele deu uma folheada, carimbou nossos passaportes e nos liberou. Ainda que tranquila, foi a migração com mais perguntas por qual passamos, talvez pela proximidade das Olimpíadas. Depois de pegarmos nossas malas na esteira, seguimos para a fila de táxi. O preço da viagem até o centro da cidade é tabelado, já incluído malas, mas variando de acordo com o lado do Rio Sena que você vai. Nosso hotel estava do lado direito, então a viagem sairia por 56 euros (65 euros na margem esquerda). Se tivesse só eu e minha esposa, o trem saindo do aeroporto seria mais jogo em termos de valor, mas com quatro pessoas já não valia tanto a pena. O deslocamento levou cerca de quarenta minutos, bem rápido considerando a distância percorrida. Pagamos ao motorista 60 euros, deixando o troco de gorjeta. Ficamos hospedados no Hôtel Berne Opéra. Escolhemo-lo pelo custo benefício e por estar próximo da Gare Saint-Lazare, estação de trem que usaríamos para fazer alguns deslocamentos durante nossa estadia em Paris. De quebra, ainda tinha duas estações do metrô próximas e de linhas diferentes, além de opções de mercados e restaurantes. A diária saiu por 126,54 euros, pagos no Brasil, e 5,20 euros por dia/pessoa de taxa turística, que pagamos no check-in utilizando o cartão Wise. Comparado ao que pagamos em nossa viagem de 2020, os valores em euro não aumentaram tanto, ainda mais considerando que estávamos na alta temporada. A recepcionista que nos atendeu foi a Maria, nascida em Guiné Bissau e falante do português. Ela nos deu dicas do que fazer nas proximidades do hotel e foi bem atenciosa durante toda nossa estadia. Mesmo chegando antes do horário de check-in, os quartos já estavam prontos, então aproveitamos para descansar um pouco. Perto das 16h00 saímos para procurar um lugar para comer alguma coisa. Fomos para o lado da Gare Saint-Lazare, pois era domingo e lá provavelmente encontraríamos algum local aberto para comer. Escolhemos o Café Marco Polo. Pegamos um espaguete a bolonhesa e um tartare. A comida estava boa e bem servida. Nossa parte com bebidas inclusas ficou 47,80 euros. Li algumas informações de que na França, assim como Bélgica e Países Baixos, gorjetas não são esperadas. De fato, com exceção de um restaurante em Amsterdã, nenhum outro pediu gorjeta, mesmo que de forma sutil. Então não dei gorjeta na maioria dos lugares. Após o almoço, pegamos o metrô para ir à Basílica de Sacré Cœur, um local que não visitamos em nossa primeira viagem à França. Compramos o ticket numa máquina de autoatendimento ao custo de 2,15 euros por pessoa. Importante manter o ticket até o fim da viagem, caso haja alguma fiscalização. Nunca passamos por uma no metrô, mas vai que... Descemos na estação Abbesses. A saída dela até a superfície é uma escadaria circular sem fim. O caminho até a Basílica também tem bastante subida. Há uma opção paga de pegar um funicular, mas não creio que vale a pena. Fizemos a visita apenas na parte externa da Basílica. A visitação no interior é gratuita, mas a fila para entrar desanimava. O local estava tomado de pessoas. Depois demos uma volta pelo bairro. Aproveitei para usar os cartões de crédito da Caixa e do BB nos comércios locais. Ambos passaram sem problemas. Tinha dúvida quanto ao da Caixa pois ele me deixou na mão no Chile. Voltamos caminhando para o nosso hotel. No trajeto passamos pelo Moulin Rouge. Tem uma fachada legal, mas deve ser mais bonita à noite. Pena que em julho o sol demora muito se por. Antes de entrar no hotel passamos em um Carrefour City que havia bem ao lado. Compramos água, bolachas e uns queijos para comer mais tarde. Na recepção do hotel aproveitei para adquirir o eSIM da Bouygues Telecom para minha esposa e nossas companheiras de viagem. Depois fomos descansar. Gastos do dia: 60 euros no táxi do aeroporto até a margem direita do Rio Sena, em Paris 506,16 euros em quatro diárias no Hôtel Berne Opéra (pago no Brasil) 41,60 euros em taxas turísticas (para as quatro noites e duas pessoas) 47,80 euros em refeição no Café Marco Polo 4,30 euros em dois tickets no metrô 15,56 euros no Carrefour City 19,90 euros no eSIM da Bouygues Telecom 08/07 – Passeando em Paris Acordamos sem pressa, para descansar bem da viagem de avião do dia anterior. Descemos do quarto para tomar café da manhã. Demos uma passada no do hotel para ver se valia a pena. O preço era 14 euros por pessoa. Considerando a boa variedade de alimentos, compensava. Acabou sendo nosso ponto de café da manhã nos dias seguintes. Saindo do hotel, nos dirigimos a uma estação do metrô para passear nas redondezas da Torre Eiffel. A estação mais próxima onde podíamos descer era a Bir-Hakeim. Havia algumas que estavam fechadas por conta das Olimpíadas. Diversos locais da região estavam com acesso de pedestres proibido ou limitado. Não podíamos ir ao Jardim do Trocadéro e nem ao Campo de Marte. Ficamos algum tempo no local contemplando a Torre. Decidimos não subir, pois já o havíamos feito na nossa primeira visita a Paris. Da Torre Eiffel nós fomos até os Jardins das Tulherias caminhando pelas margens do Rio Sena, ou pelo menos tentando. Alguns caminhos estavam fechados, muitas vezes sem sinalização óbvia indicando isso. Por diversas vezes tivemos que dar meia volta e procurar outra rota. Chegando aos Jardins, confesso que fiquei um pouco decepcionado. Esperava um local com bastantes flores, mas elas só eram abundantes próximas dos laguinhos. No mais, eram apenas diversas árvores sem graça. O visual no inverno era bem mais impactante. As árvores sem folhas em contraste com o gramado verde tornavam o local bem mais charmoso ao mesmo tempo em que dava um ar de dramaticidade. Já se aproximava de 12h00 e decidimos procurar um local para almoçar, já que tínhamos ingressos comprados para visitar o Museu do Louvre às 13h30. Fizemos nossa refeição no Café de Paris, localizado nas proximidades. Pedimos um croque madame e um tartare. Refeição mais bebidas saiu por 45 euros. Já havíamos visitado o Museu do Louvre na nossa primeira vez em Paris, mas o acervo dele é tão vasto que uma nova visita foi necessária. Por conta das Olimpíadas, só podia ingressar no local quem comprou o ingresso com antecedência pela internet, ao custo de 22 euros por pessoa, 5 euros mais caro que em 2020. Do lado de fora havia muita gente, mas a maioria aparentava estar lá apenas para tirar fotos da parte externa. Dentro o público se dispersava e a maioria das salas estava bem tranquila. Focamos a visitação nas coleções de antiguidades do Oriente Próximo, onde o objeto mais famoso provavelmente é o Código de Hamurabi, e nos apartamentos de Napoleão III. Por fim, demos uma passada na sala onde estava a Monalisa. O local e arredores eram os únicos onde realmente havia muitos turistas, mas nada muito diferente de quando fomos no inverno de 2020. Saindo do Museu, seguimos de metrô até chegar ao Bateaux-Mouches para fazer o passeio de barco. Compramos o ingresso na hora ao custo de 17 euros por pessoa. É uma forma diferente de ver a cidade. Em um passeio de cerca de uma hora, o barco partiu em direção à ilha onde esta localizada a Catedral de Notre-Dame de Paris, seguiu até a Ponte Charles de Gaulle, fez a volta e foi até a Ponte de Bir-Hakeim, retornando então ao local de embarque. Já era 18h00 quando o passeio de barco acabou e estávamos com fome. Decidimos ir a um restaurante italiano que visitamos na nossa primeira vez em Paris. Dava uns quinze minutos de caminhada de onde estávamos. Jantamos no Il Grigio e a refeição para o casal mais bebidas saiu por 41 euros. A comida continuava muito boa e não muito cara. Já de barriga cheia, pegamos o metrô e retornamos ao hotel para descansar. Gastos do dia: 12,90 euros em seis tickets no metrô 45 euros em almoço no Café de Paris 44 euros em dois ingressos do Museu do Louvre (pago no Brasil) 34 euros em dois ingressos do Bateaux-Mouches 41 euros em jantar no Il Grigio 09/07 – Jardins de Monet com chuva Hoje planejamos visitar os Jardins de Claude Monet em Giverny, local distante cerca de uma hora de Paris, perfeito para um bate-volta. Compramos os ingressos ainda no Brasil ao custo de 11,50 euros por pessoa, com horário agendado para 10h30. Os jardins não estão abertos para visitação o ano todo, fechando nos meses mais frios. Em 2025 será possível visitá-lo entre 1º de abril e 1º de novembro. Comprei a passagem de Paris para Vernon, cidade onde está localizada a estação de trem mais próxima de Giverny, por 9 euros pagos no Brasil. O preço dessa passagem não varia se comprada com muita antecedência, mas se comprar faltando dois dias ou menos para a viagem ela pode ficar significativamente mais cara em porcentagem. Nota: para planejar o transporte entre cidades dessa viagem, utilizei o site www.thetrainline.com. Ele tem um sistema de pesquisa bem simples e intuitivo que permite ver os melhores preços e horários em viagens de trem e ônibus por diversos países da Europa. É possível comprar a passagem pelo site também, mas eles cobram uma taxa. Então eu pesquisava por ele e comprava diretamente no site da companhia de trem. No caso das viagens na França, o site da SNCF (www.sncf-connect.com). O trem sairia da Gare Saint-Lazare em Paris às 08h14, então acordamos bem cedo e tomamos café da manhã no hotel. Entramos na estação, validamos a passagem em uma catraca eletrônica e chegamos às plataformas de embarque. Faltavam quinze minutos para o trem sair e ainda não havia informações nos painéis da estação de qual seria a nossa plataforma. Na verdade ocorreu uma pane na estação e nem os painéis nem o aplicativo da SNCF indicavam a plataforma de embarque de qualquer trem. Infelizmente demorei perceber e quando pedi informações aos funcionários para achar o trem, ele já estava partindo. Havia diversas outras pessoas na mesma situação que a nossa. Procurei um funcionário da SNCF, expliquei o ocorrido e fomos encaminhados para o escritório da empresa no local. Uma gerente estava ciente da pane ocorrida e remarcou nossa viagem gratuitamente. Teríamos apenas que esperar cerca de duas horas pelo próximo trem. Perto das 10h00 o trem partiu. No caminho o tempo estava fechando e começou a chover. Chegamos a Vernon cerca de cinquenta minutos depois. Giverny está distante da estação de trem pouco mais de 5 quilômetros. Dá para ir caminhando, mas boa parte do trajeto não há nada interessante para ver. É mais jogo pegar o ônibus ou trenzinho turístico na saída da estação. Os horários desses meios de transporte normalmente casam com a chegada do trem. Ambos custam 5 euros cada pernada. Escolhemos o ônibus por conta da chuva e pagamos em dinheiro diretamente ao motorista. Vinte minutos depois o ônibus chegou a um estacionamento próximo dos Jardins, local de desembarque. Nota: caso queiram consultar horários de partida e retorno do ônibus e do trenzinho, deixo os links com informações: www.sngo.fr/la-navette-shuttle e petittrain-vernon.fr. O acesso aos Jardins de Monet fica a 500 metros do estacionamento e é feito pela Rua Claude Monet. No percurso a chuva ficou mais intensa. Procuramos uma lojinha para comprar um guarda chuva. Como não havia muitas opções, tivemos que pagar 22 euros em um bem meia boca, coisa que no Brasil custaria uns 30 reais. Mas era isso ou ficar molhado. Mesmo chegando bem depois do horário agendado para a visita (já passava das 11h30), um funcionário liberou nossa entrada. Por conta da chuva, começamos o passeio direto na casa onde Claude Monet morou. Em seu interior há diversos quadros do artista e o local é decorado com a mobília da época. Havia muitos turistas e a casa não é tão espaçosa, então a visitação foi feita praticamente o tempo todo em fila indiana. Quando saímos da casa a chuva havia dado uma trégua. Aproveitamos para explorar os jardins, que são muito bem cuidados, com plantas e flores diversas. Seguindo as placas chegamos ao famoso lago que foi plano de fundo para diversos quadros do pintor. É uma visita imperdível para quem gosta de apreciar a natureza e a vegetação molhada pela chuva deu um toque especial. Por conta do atraso na chegada a Giverny tivemos que abreviar o passeio nos jardins, pois tínhamos passagens de trem compradas para retornar a Paris às 13h50. Voltamos para o estacionamento e embarcamos no ônibus que partiu às 13h20 rumo à estação, a tempo de embarcar no trem, dessa vez sem emoção. Chegamos a Paris por volta de 14h45. Estávamos com fome, então fomos novamente ao Café Marco Polo, que é pertinho da Gare Saint-Lazare e já conhecíamos. Resolvei pedir uma coisa que sempre tive curiosidade em provar, mas faltava coragem: escargot. Quando a iguaria chegou, não pensei muito e fui logo experimentando, se não poderia dar para trás. E não é que o trem é gostoso? O prato é bem rico em tempero, e o sabor lembra o mexilhão. A iguaria, mais dois pratos e bebidas saíram por 52,10 euros. Não tínhamos nada planejado para a tarde, então resolvemos bater perna. Deixei minha esposa e as companheiras nas lojas perto da Ópera Garnier e fui sozinho rodar a região. Da ópera segui para a Praça Vendôme, que conta com um memorial de guerra no centro e diversas lojas de grife ao redor. Depois fui para a Igreja de la Madeleine, que possui uma arquitetura clássica no interior e exterior. A entrada na igreja era gratuita, então não perdi a oportunidade. O interior é enorme e muito bem ornamentado, com esculturas em mármore e detalhes dourados. Última parada foi na Igreja de Saint-Augustin. Ela estava fechada, então não pude ver como era seu interior. Por fora parecia que ela tinha passado por um incêndio. As paredes estavam bem sujas, cobertas com fuligem. Após o pequeno passeio, encontrei-me com minha esposa e companheiras e voltamos para o hotel para descansar. Acabamos nem jantando. Fizemos um lanche com o que tínhamos comprado no mercado. Gastos do dia: 23 euros em dois ingressos para os Jardins de Claude Monet (pago no Brasil) 18 euros em duas passagens de trem de Paris a Vernon (pago no Brasil) 10 euros em duas passagens de ônibus de Vernon a Giverny 10 euros em duas passagens de ônibus de Giverny a Vernon 18 euros em duas passagens de trem de Vernon a Paris (pago no Brasil) 52,10 euros em refeição no Café Marco Polo 10/07 – Castelo de Chantilly Em nosso último dia inteiro em Paris teríamos mais um bate-volta. Hoje iríamos visitar o Castelo de Chantilly, distante cerca de trinta minutos de Paris. Compramos os ingressos no Brasil ao custo de 18 euros por pessoa, sem necessidade de escolher um horário. Comprei a passagem de Paris para Chantilly por 2 euros pagos no Brasil. Esse valor reduzido estava disponível para alguns horários. A maioria custava 9 euros, então foi um bom desconto. Tal como a passagem para Vernon, tirando o valor reduzido, o preço dessa passagem também não varia se comprada com muita antecedência, mas se comprar faltando 2 dias ou menos para a viagem ela pode ficar significativamente mais cara em porcentagem. O trem sairia da Gare du Nord em Paris às 08h21, então acordamos bem cedo e tomamos café da manhã no hotel. Pegamos o metrô e seguimos para a Gare du Nord. Ao chegarmos lá validamos a passagem em uma catraca eletrônica e chegamos às plataformas de embarque. Dessa vez não tinha problemas nos painéis, então tudo saiu como planejado. Por volta de 08h50 chegamos à estação Chantilly – Gouvieux. A caminhada da estação de trem até o Castelo não é longa. São cerca de 2,5 quilômetros, mas eu seria voto vencido se escolhesse fazer ela. Há ônibus gratuito saindo de um terminal perto da estação que leva ao Castelo. É só localizar a plataforma onde passa a linha DUC ou 645 no sentido Lefébure. Nota: caso queiram consultar horários de partida do ônibus, o link www.keolis-oise.com/se-deplacer/duc-chantilly/ pode ajudar. Só precisa cuidar de um horário que passe pelo ponto de ônibus Notre-Dame/Musée du Cheval/Château (um pouco mais afastado da entrada do Castelo, mas bem mais frequente) ou Château/Grille d’honneur (para bem na entrada do Castelo, porém menos frequente). Os horários variam de acordo com o dia da semana e a época do ano. No horário que pegamos o ônibus, deveríamos descer no ponto Notre-Dame/Musée du Cheval/Château , mas acabamos comendo mosca e descemos num ponto mais adiante. No fim tivemos que caminhar igual, 1,5 quilômetros até chegar à entrada do Castelo. Juro que não foi maldade XD. Ainda assim, chegamos aos portões faltando trinta minutos para a abertura, que era às 10h00. O Castelo de Chantilly é enorme. Além da construção principal, conta com os estábulos, onde está localizado o Museu do Cavalo (incluído no ingresso), vários jardins, mini zoológico (tem até canguru) e um bosque. O castelo propriamente dito é muito bonito, tanto por fora quanto por dentro. Não tem o impacto do interior do Palácio de Versalhes, mas tem seu charme. Quanto aos jardins em volta, fiquei um pouco decepcionado. Havia diversas partes que passava a impressão de desleixo. Visitamos jardins de outros palácios no inverno que eram muito mais bonitos e bem cuidados. Essa falta de cuidado talvez refletiu no público presente. Mesmo em alta temporada, não tinha tanta gente. Perto das 13h00 fomos para a entrada do Castelo esperar o ônibus que nos levaria à estação de trem. Pegamo-lo no ponto bem em frente, mesma linha, mas sentido Boussac. O trem de volta para Paris, também ao custo de 2 euros por pessoa, só sairia às 14h12. Então tínhamos tempo para procurar algum lugar para um lanche rápido. Não havia tantas opções interessantes nas redondezas da estação. Meio com um pé atrás, fomos no Gourmandises de Paula, que fica numa rua perto. E não é que os lanches eram bons? As últimas avaliações no Google Maps não eram boas, mas com certeza não correspondia ao que vimos no local. A dona é portuguesa, mas antes de falar isso ela me deixou tentar fazer os pedidos em um francês sofrível para só depois na hora de pagar a conta nos dizer que percebeu que nos éramos brasileiros, em português. Meu lanche e o da patroa saiu por 10,40 euros. Embarcamos no trem no horário e retornamos para Paris. Da Gare du Nord, pegamos o metrô para a estação Châtelet - Les Halles, que fica no subsolo de um shopping. Deixei minhas companheiras no local fazendo compras e peguei outro metrô para a estação Alma-Marceau, para visitar o Museu do Quai Branly. O Museu do Quai Branly estava na minha lista de lugares a visitar na nossa primeira vez em Paris, mas por falta de tempo não deu. Ele possui artefatos de civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas. A coleção é muito bem organizada e dividida por continentes e regiões. É tudo muito diferente do que se encontra na maioria dos museus europeus, provavelmente por conta da origem dos artefatos. Para quem gosta de história com certeza vale muito a visita. O ingresso foi comprado na hora, por 14 euros, e o museu não estava muito cheio. De metrô voltei para a estação Châtelet - Les Halles para me reencontrar com as companheiras. Já passava de 18h00 e estávamos como fome. Resolvemos achar algum lugar na praça de alimentação do shopping. Jantamos no restaurante Miss Italia. Fomos atendidos por uma garçonete brasileira. A comida era muito boa. Uma entrada, dois pratos e bebidas para o casal custaram 55,90 euros. Saindo do shopping, pegamos o metrô de volta ao hotel, mas antes demos uma passada no Carrefour City que havia ao lado para comprar águas e algumas besteiras para comer. Aproximava-se das 22h00 e estávamos cansados, mas eu e minha esposa decidimos visitar a região da Torre Eiffel, já que seria nossa última noite em Paris e vimos em notícias que ela estava com uma iluminação especial por conta das Olimpíadas. Nossas companheiras não quiseram ir. Pegamos o metrô e descemos na estação Bir-Hakeim. Estava tudo muito cheio: metrô, estações e ruas. Muito mais gente que na manhã do dia 08, quando fomos ao local. A temperatura estava bem agradável, suficiente para ficar de manga curta. Foi nosso dia mais quente em Paris, mas bem longe do calorzão que esperávamos. Quando chegamos à Torre, ela já estava com as luzes ligadas, mas o céu só ficou escuro depois das 22h30. Quando deu 23h00 um show de luzes começou, durando alguns minutos. Um espetáculo. Todos que estavam nas ruas pararam para ver. Ficamos nas redondezas da Torre até às 23h30 e depois retornamos de metrô para o hotel para, enfim, descansar. Gastos do dia: 25,80 euros em doze tickets no metrô 4 euros em duas passagens de trem de Paris para Chantilly (pago no Brasil) 36 euros em dois ingressos no Castelo de Chantilly (pago no Brasil) 10,40 euros em lanche no Gourmandises de Paula 4 euros em duas passagens de trem de Chantilly para Paris (pago no Brasil) 14 euros em um ingresso para o Museu do Quai Branly 55,90 euros em jantar no Miss Italia 15,20 euros no Carrefour City Em breve continuarei com o restante do relato...1 ponto
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Opaaa.. vamos que vamos pro ultimo post do relato DIA 04 -> Pto Madryn: Snorkel com Lobos Marinhos + Playa Las Canteras e El Doradillo Pessoal, pro ultimo dia de viagem tinhamos em mente 2 passeios A) Snorkel com Lobos Marinhos: O tour sai da praia principal às 8h, mas aqui, infelizmente, a expectativa foi grande e a realidade deprimente kkkk Basicamento colocamos roupa de mergulho (água MUITO fria) e vamos de lancha até uns 10km da praia, em uma reserva de lboos marinhos. Vi VÁRIOS videos INCRÍVEIS que os lobos eram muito curioso, vinham na gente, cheiravam o snorkel etc, cada video mais bonito que o outro... maaass como nem tudo são flores.. NENHUM LOBO quis se aproximar kkkk Fiquei naquela água gelada uns 30min esperando um lobito vir querer em ver e TODOS ficaram nas pedras, nenhum desceu kkkkk..eu tinha consciência que isso poderia acontecer, a natureza é imprevisível, havia esse avivo nos anuncios do tour, mas literalmente foi grana jogada FORA. B) Las Canteras & El Doradillo Saí literalmente correndo do passeio pra ir no hotel colocar uma outra roupa. Dali mesmo pedimos pro hotel agendar um taxi pra praia de El Doradillo. Resumidamente, Las Canteras & El Doradillo são 2 praias uma seguida da outra (mesma faixa de areia, somente nomes diversos) onde, na maré cheia, DEZENAS de baleias vão pra lá se exibir. É proibido entrar no mar mas os bichos ficam MUITO PERTO, vc fica impressionado como elas não encalham ali! 👉 Tem que ir na maré ALTA, pois é quando elas ficam mais próximas da faixa de areia. 👉 Ao invés de ir com empresas, nós preferimos pegar um taxi. Eu não vou me recordar quanto ficou (creio que +- uns 500 reais), mas não foi barato. Do centro de Pto Madryn até El Doradillo deve dar +- 40min de estrada (então presta atenção pq vc tem que sair +- 1 hora antes do horário da maré cheia), vários taxistas fazem esse "tour". Eles te levam até lá e, a partir do momento que voce chega, tem 1h livre pra ficar no local 👉 Leve DINHEIRO pra pagar seu taxista. Nosso dinheiro em espécie tinha acabado e custamos a achar um taxista que tivesse maquininha, msm assim ainda tive que pagar a taxa. IMG_4569.MOV Bom.. e no fim do ultimo dia, demos a sorte de pegar uma feirinha/festinha em frente ao hotel E é isso galera.. chegou ao fim essa viagem maravilhosa por Pto Madryn e Peninsula Valdes!!!1 ponto
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Dia 07 — A ruta dos lagos (o dia em que Bariloche nos ganhou) Como no primeiro dia do ano a maioria dos parques estava fechada, aproveitamos para conhecer a Ruta de Los Siete Lagos — uma estrada que liga Villa La Angostura a San Martín de los Andes, conhecida como uma das rotas mais bonitas do mundo. Saímos pela manhã e logo encontramos a entrada da famosa estrada. Já nos primeiros quilômetros fomos presenteados com paisagens de tirar o fôlego, transformando o simples ato de dirigir pela mítica Ruta 40 em uma experiência memorável. Pelo caminho, parávamos em diversos mirantes para apreciar a natureza e fotografar a imensidão ao redor. Uma dica que fez toda a diferença nessa viagem foi levar um guia impresso — no nosso caso, o Lonely Planet Argentina. Além de trazer mapas, indicações de hotéis e restaurantes, o guia oferece sugestões de locais menos explorados. Foi assim que descobrimos a Villa Traful. No mapa, parecia uma escapada rápida, mas a estrada de cascalho e os obstáculos do trajeto tornaram a ida uma pequena aventura — principalmente para quem estava a bordo de um Renegade 4x2. Mas cada sacolejo valeu a pena. Chegar àquele vilarejo escondido aos pés de uma montanha, banhado por um lago que refletia a paisagem como um espelho, foi como encontrar um refúgio secreto no meio da Patagônia. Depois de um almoço simples e prático — atum com batata enlatada — alugamos caiaques para remar pelo lago. Formamos duplas e nos lançamos em direções diferentes, cada um querendo explorar um pedaço daquele silêncio. E que silêncio... apenas o som suave do remo cortando a água, que era tão límpida que, nas partes mais rasas, permitia ver até o fundo. O tempo passou sem que notássemos. Quando nos demos conta, já era hora de devolver os caiaques. A atmosfera daquele lugar era única. Molhamos os pés na água gelada, registramos o momento em algumas fotos e voltamos à Ruta 40, com a alma leve. Chegamos a San Martín de los Andes no final da tarde — não sem antes parar em alguns dos lagos ao longo do caminho. A cidade nos recebeu com sua baía salpicada de veleiros, envolta por montanhas. Era uma visão encantadora. Menos turística que Bariloche, San Martín exalava charme em cada esquina. Caminhamos sem pressa até encontrar a Mamuska (famosa loja de chocolates e sorvetes), onde provamos um sorvete de frutas patagônicas sem igual. No caminho de volta a Bariloche, o entardecer pintou o céu em tons quentes — um encerramento perfeito para um dia que nos ofereceu beleza, silêncio e um pouco de aventura.1 ponto
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Dia 06 — O último dia do ano, o primeiro em Bariloche Acordamos mais tarde, e com razão: foram quase 18 horas dentro do carro no dia anterior. O corpo ainda reclamava, mas a vontade de explorar falava mais alto. Afinal, era o último dia de 2023 e, ao mesmo tempo, nosso primeiro dia em Bariloche. Queríamos sair para desbravar a cidade — e, claro, também precisávamos comprar os itens da nossa ceia de Réveillon. Confesso que minha primeira impressão não foi das melhores. Quando chegamos, na noite anterior, tudo estava escuro e silencioso demais. A paisagem parecia não se revelar. Mas bastou o sol aparecer para que a cidade ganhasse contornos completamente novos: muito verde, flores, lagos cristalinos, tudo abraçado por montanhas nevadas. À tarde, decidimos explorar as praias mais próximas. O dia estava ensolarado e o clima ameno, perfeito para relaxar ao ar livre. As praias da região são diferentes das que estamos acostumados: no lugar da areia fina, um cascalho grosso que desafia os pés descalços. A água, vinda do degelo das montanhas, é absurdamente fria — só de olhar, já dava pra imaginar. Foi ali que encontramos um brasileiro vendendo Fernet com Coca na beira da praia. Aquela combinação tradicionalmente argentina, que até então eu encarava com desconfiança. Batemos um papo rápido. Ele me lembrou da época do meu primeiro mochilão — devia ter a mesma idade que eu tinha naqueles tempos. Compramos um copo... depois outro. E ali, sentado sob o sol andino, apreciamos aquela tarde. Nicolas resolveu testar a água. Se aproximou, entrou devagar... e mergulhou de cabeça. Eu, do meu canto, ainda sentia frio mesmo ao sol, mas diante daquele ato de coragem, não podia ficar pra trás. Levantei sem pensar, corri até a margem e me atirei também. O impacto da água gelada foi de tirar o fôlego, mas aos poucos o corpo vai se adaptando. O pior, na verdade, era caminhar sobre o cascalho — uma tortura silenciosa, mas que também faz parte da experiência. À noite, após nossa ceia — que, por sinal, contou com lentilha (porque tradição é tradição) e um risoto improvisado como prato principal — saímos para ver a virada do ano. Foi um momento estranho, silencioso até demais. Nada de fogos, festas ou agitação. Para quem está acostumado com o Réveillon brasileiro, tudo pareceu um tanto sem graça. Mas talvez fosse só diferente. E talvez fosse exatamente isso o que a gente precisava para começar o novo ano: silêncio, paisagem, e uma taça erguida sob o céu estrelado.1 ponto
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Dia 4 – Café, clássicos de Buenos Aires e o primeiro perrengue da viagem Nosso último dia em Buenos Aires foi para andar sem pressa, revisitando os principais pontos turísticos da cidade. Mas antes, uma missão prática: reabastecer o caixa para a próxima etapa da viagem. Fomos à Western Union. Enquanto a Bárbara e a Ju encaravam a fila, o Nicolas e eu aproveitamos para resolver outra pendência — comprar um chip de internet. No caminho, encontramos uma cafeteria despretensiosa e resolvemos parar. O lugar era aconchegante, e o barista, super atencioso. Vendo nossa indecisão, nos sugeriu uma bebida curiosa: café gelado com água tônica e uma rodela de laranja. Surpreendente e refrescante — caiu perfeitamente para o calor da manhã. Vale a recomendação: o lugar se chama La Ventana de Café. Assistimos à preparação toda e ainda sentimos o aroma de um pacote de café recém-aberto. Uma experiência simples, mas marcante. Depois de reencontrar as meninas, começamos nossa caminhada. Passamos pelo Teatro Colón, pelo Obelisco e seguimos até a Casa Rosada. Tiramos algumas fotos e seguimos em direção ao Puerto Madero. No caminho, tivemos uma surpresa: um show de tango ao vivo na Puente de la Mujer, sob um sol de rachar. Uma cena digna de cartão-postal. Simples, inesperada e única. Com o horário do almoço se aproximando, seguimos até o Mercado San Telmo. O ambiente ali tem um clima único: uma mistura de gastronomia, história e cultura. A Ju e eu fomos ao Vortex, uma casa de massas bem recomendada nos sites. Já o Nicolas e a Bárbara optaram por uma tradicional parrilla argentina. De lá, resolvemos dar uma pausa no roteiro turístico e testar a sorte no Cassino de Buenos Aires. Entramos cheios de planos — quem sabe a sorte não mudava nossa viagem? Não mudou. Entre jogadas otimistas e apostas perdidas, vimos as fichas sumirem rapidamente. Saímos de lá zerados. Ainda tivemos tempo para uma última missão: comprar vinhos e espumantes antes de cair na estrada. Fomos a um mercado chinês em Palermo, dica pescada no Instagram. E realmente, os preços eram ótimos — rótulos conhecidos no Brasil por menos da metade do valor. O dono nos atendeu pessoalmente. Gente fina, embora com um jeito meio enigmático. Só aceitava dinheiro, e mesmo tentando explicar de onde vinham os vinhos, ninguém entendeu direito — o mistério continua. No meio das compras, veio o balde de água fria: a Ju recebeu uma notificação do Airbnb informando que nossa hospedagem em Bariloche havia sido cancelada. Faltavam menos de 24 horas para chegarmos lá. Nosso primeiro perrengue. Como eu tinha feito a reserva, sabia que não tinha sido fácil encontrar algo bom e com preço justo. Bariloche parecia incerta naquele momento. Voltamos para o apartamento, discutindo o que fazer. Depois de muita pesquisa e algum suporte do Airbnb, conseguimos o reembolso e — para nossa sorte — encontramos outra acomodação, ainda melhor que a anterior. Nicolas entrou em modo missão-impossível: pesquisou, negociou, falou com o suporte e resolveu tudo. No fim, deu tudo certo. Há males que vêm para o bem. La Ventania de Café: Paparazzi (Barbara e Nicolas): Almoço no Vortex: Juliana tentando a sorte:1 ponto
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DIA 03 -> PENÍNSULA VALDÉS: Pto Piramides, Caleta Valdés, Punta Norte Exaustos do dia anterior, não dava tempo pra descansar pois mais uma vez, por volta das 7h30, a van da Animal Travel passava no hotel pra nos pegar. Neste dia fizemos um tour 'full day' pela Península Valdés, percorrendo as seguintes regiões: -Puerto Piramides: vilarejo de onde saem as embarcações pro avistamento da baleias -Caleta Valdés: Baleias e pinguins -Punta Norte: baleias e lobos marinhos Neste dia percorremos muito rípio, é mais um tour que começa la pelas 8h da manhã e você só retorna pro hotel por volta das 21h. A ordem dos lugares varia conforme a maré. Isso porque a avistagem de baleias embarcado depende de alguns fatores do mar, então nosso guia explicou que, neste dia, esse seria nosso primeiro ponto de parada. Saímos de Madryn e +- 1h depois chegávamos a Puerto Piramides, um povoado à beira-mar, de onde saem todos os barcos pro avistamento das baleias: Ver a baleia franca austral foi o que nos motivou a escolher Pto Madryn, então estávamos muito empolgados pra esse passeio, pois tinhamos lido que dava pra ver os bichões bem de perto mesmo e que elas eram muito curiosas. Após o pagamento (apesar de fechar todo o pacote com a agência, foi indicado que alguns valores seriam pagos diretamente no dia dos passeios). Partimos num barco que deveria ter +- 40 pessoas. Pelo que vi, várias empresas locais ofertam o passeio, e todos são basicamente iguais. O marinho explicou a metodologia de avistamento, a necessidade de silêncio. O esquema é bem bom: a depender do lado que a baleia aparece, parte do barco se levanta e parte fica sentada, o que permite a todos, independente da atura, ver bem de perto as baleias. E aqui, mais uma vez, o passeio foi tudo aquilo que eu imaginava. Os bichos vem muito perto MESMO! Outubro é época de reprodução da baleia franca austral, então vimos várias mães com suas crias. Importante dizer que a aproximação é bem respeitosa, o barco fica com motor desligado e existe uma distância de segurança (que os filhotes, neste dia, não respeitaram kkk). As fotos não conseguem captar muito, mas vou adicionar alguns VÍDEOS pra verem como o bicho é grande, vem muito perto e faz um barulho incrível. Elas vem, pulam, mostram o rabo, batem nadadeira.. maravilhoso!! IMG_4361.MOV IMG_4355.MOV IMG_4335.MOV Além das baleias, ainda fomos brincados pela presença de alguns golfinhos no trajeto: Em pto Piramides também é possível avistar bem de perto vários lobos marinhos que moram por ali: Encerrada a parada em Pto Piramides, seguimos nosso caminho pelas estradas da península. Nossa próxima parada era a Caleta Valdés, e aqui havia a chance de vermos ORCAS EM LIBERDADE. A Peninsula Valdés é o unico lugar no MUNDO em que as orcas aprenderam uma técnica especial de caça, o "varamiento". O varamiento consiste basicamente na orca se encalhar de propósito na area da praia pra que possa capturar algum filho de lobo marinho que esteja por ali. Em outubro, quando fomos, os filhotes de lobo marinho ainda estavam nascendo, portanto não iam pra água ainda. O varamiento acontece, pelo que soube, em março, quando esses mesmos flhotes começam a se aventurar ali na água da praia. É um fenômeno que atrai cinegrafistas e fotógrafos do mundo inteiro ao local. Mesmo que não fosse a época de orcas, era possível que as víssemos rondando por ali. Já adianto que infelizmente não aconteceu. Elas apareceram no dia anterior, mas não no dia do nosso tour 😪, fica pra uma próxima.. Mesmo assim, ali dos mirantes da Caleta Valdés foi possível ver baleias franca e diversas aves da patagônia, além de elefantes marinhos do sul. Nesse ponto existe um restaurante com alguns poucas opções de comida e banheiros. Seguem algumas fotos da Caleta Valdés: Depois de algum tempo admirando a beleza da Caleta Valdés, nossa última parada (e nossa última esperança de ver orcas) seria em Punta Norte, já no finzinho do dia, numa outra parte da reserva. Aqui, mais uma vez, tudo muito lindo, mar aberto, vários mirantes com binóculos, muito elefantes marinhos.. mas naquele dia nada de orcas hehehe Aqui venta MUITO, então é muito importante que voce esteja preparado e bem vestido. Algumas fotos de Punta Norte: Chegamos de volta no hotel quase as 21h... e nada melhor que um cordeirinho patagônico pra recuperar as energias hehehe1 ponto
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Opa, como promessa é dívida, segue o relato! DIA 02 -> ISLAS ESCONDIDAS + PUNTA TOMBO Acordamos bem cedo, tomamos café e a van da Animal Travel passou no hotel por volta as 7h30 pra nos buscar. O primeiro dia de tour foi o combo ISLAS ESCONDIAS + PUNTA TOMBO. Saímos de Madryn e rumamos na direção de Trelew, em estrada asfaltada. Primeiro, uma pequena parada na réplica do maior dinossauro do mundo, que foi encontrado na Patagônia hehehe. OBS: Parece que Trelew tem um museu arqueológico bem legal, mas estava fechando para reforma.. soube que reabriu há alguns meses: 15 minutinhos ali pra ida ao banheiro e fotos, e logo já adentramos em estrada de rípio. Nesse dia se roda, salvo engano, mais de 300km no rípio, então tem que ter disposição. Nosso guia Ugo (cara EXCEPCIONAL) ajudava a entreter até chegarmos nas Islas Escondidas contando suas boas histórias da Patagônia. Algum tempo depois, chegamos nas ISLAS ESCONDIDAS. Apesar do nome, a ilha propriamente dita a gente não acesso, porque o foco ali são os elefantes marinhos do sul, que ficam jogados na praia. A van estaciona ali e o lugar é surreal.. uma praia deserta, preservada, vento forte.. uns 10m dali, estirados na areia, DEZENAS de elefantes marinhos do sul. Era um harém, com umas 20 fêmeas com seus filhotes (amamentando), 01 macho dominante e um outro macho que ficava ali disputando poder com ele, eles rugindo, se ameaçando.. enfim muito muito muito legal pra quem gosta de vida selvagem de natureza. Coisa que gostei muito era que estavamos SÓ NÓS ali.. um grupo de umas 15 pessoas, sozinhos, sem multidão, sem musica alta, todos apenas observando. O guia não permite que a gente se aproxime muito e nem toque nos animais, mas mesmo assim fica tudo MUITO PERTO. Eu sou fotógrafo amador (bem amador mesmo kkk) e consegui tirar umas fotos iradas. Seguem algumas: Esse filhotão aqui tava meio irritado 😂: Eu não vou saber precisar quanto tempo a gente ficou no local, mas foi tempo mais do que suficiente pra aproveitar tudo com muita calma, contemplar, tirar foto etc. Nosso guia Ugo explicou detalhadamente tudo sobre o local e sobre os elefantes marinhos do Sul. Explicou como funciona um harém, quais eram as fêmeas, o comportamento do macho etc. Bom, aqui passamos nossa manhã do primeiro dia. Dali, fomos novamente pra van para nossa próxima parada: PUNTA TOMBO - a maior colônia continental de pinguins de magalhães do mundo (segundo me foi informado hehehe) IMG_3826.MOV1 ponto
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13/07 – Partindo para a Bélgica com muita emoção O deslocamento de hoje seria o maior de toda a viagem. Sairíamos de Caen com destino a Antuérpia. A viagem de trem seria feita em dois trechos. O primeiro, de Caen para a Gare Saint-Lazare em Paris, custou 19 euros por pessoa. O segundo, da Gare du Nord em Paris para Antuérpia, custou 29 euros por pessoa e seria de Eurostar. Compramos as passagens ainda no Brasil de forma independente uma da outra. Aqui vimos o tanto que comprar passagens de viagens mais longas pela França com antecedência faz diferença. Minha passagem e da minha esposa foram compradas com três meses de antecedência e de nossas companheiras com um mês. Enquanto nossa ida e volta de Paris a Caen saiu por 35 euros, a delas saiu por 62,30 euros por pessoa. No caso do trecho Paris a Antuérpia, a diferença foi ainda maior. A passagem delas custou 87 euros por pessoa. Acordamos sem muita pressa, pois o trem não sairia tão cedo. Fizemos o check-out no hotel e fomos tomar café da manhã numa lanchonete dentro da estação de trem chamada Pain Soleil. Dois cafés com leite e salgados saíram por 11,30 euros. Às 09h06, no horário previsto, o trem saiu de Caen rumo a Paris, chegando à cidade luz por volta de 11h00. Descemos na Gare Saint-Lazare, mas o trem para Antuérpia partiria da Gare du Nord. Por questão de tempo e praticidade, fomos de uma estação para outra utilizando a linha E do RER, que faz o trajeto de forma direta em cerca de dez minutos. O preço foi o mesmo do metrô, 2,15 euros por pessoa. A Gare du Nord é a estação de trem mais movimentada da Europa. É dela que parte o Eurostar, operadora do trem de alta velocidade que leva ao Reino Unido, Bélgica e Países Baixos. Devido ao tamanho da estação, recomendo chegar com pelo menos trinta minutos de antecedência. Nosso trem partiria às 12h22. Vinte minutos antes começou o embarque. Como nossas companheiras compraram as passagens delas bem depois da nossa, não conseguimos ficar no mesmo vagão. Fui com minha esposa até o vagão cinco, que era o nosso. Deixei-a com as malas grandes e fui com as companheiras até o vagão delas, que era o quinze. Chegando nele, voltei para o cinco. Dez minutos depois minha sogra me liga falando que o fiscal não deixou elas embarcarem, pois a passagem estava errada, isso faltando pouco mais de cinco minutos para a partida do trem. Nesse trem, diferente dos outros que pegamos, um funcionário da empresa conferia a passagem antes dos passageiros entrarem no vagão. Eu disse para minha esposa se preparar para sair do trem com nossas malas caso eu não voltasse a tempo e corri para ver o que estava acontecendo. O fiscal me dizia que o horário da passagem das companheiras estava errado, mas demorou eu perceber. Acho que entrei numa visão de túnel. Comprei a delas para o trem de 14h22, enquanto a nossa era para o de 12h22. Baita mancada minha, mas os minutos iguais me levaram à confusão. Pedi para o fiscal se poderia pagar a diferença a bordo do trem. Ele disse que era possível sim, mas pediu para eu levar as companheiras para o meu vagão, pois elas não falavam inglês e teriam dificuldade em explicar para o carinha que confere as passagens a situação. O fiscal me deu um papel com sua assinatura autorizando o procedimento. Faltava menos de dois minutos para o trem partir e não tinha como nos deslocar por dentro dele, pois havia um vagão de maquinista no meio do caminho. Aparentemente havia dois trens unidos. Peguei a mala de mão e mochila que as companheiras tinham e falei para elas correrem. Saímos em disparada. De onde estávamos até o vagão que minha esposa se encontrava dava uns 500 metros. Na corrida eu via os fiscais de cada vagão acenando para nos apressarmos. Quando finalmente avistei o vagão cinco (parte do trem estava numa curva) acenei desesperadamente para o fiscal nos esperar. E minha esposa na porta agoniada nos esperando com as malas nas mãos. Para terem noção do tamanho do drama, minha sogra e a irmã dela já tem mais de 65 anos, então não foi nada fácil para elas correrem. Cheguei ao vagão e uns trinta segundos depois as companheiras também conseguiram entrar. Logo em seguida o fiscal fechou a porta e o trem partiu. Com certeza ele estava nos esperando. O trem estava lotado. Não havia lugares disponíveis nos vagões próximos para nós quatro sentarmos. Acomodei minha sogra e a irmã dela nos nossos lugares, que eram marcados. Eu e minha esposa ficamos em uns assentos rebatíveis próximo do acesso aos vagões. Eram bem desconfortáveis, mas pelo menos estávamos no trem. Quando o fiscal passou conferindo as passagens das companheiras, fui até ele e expliquei toda a situação. Já estava preparado para morrer em pelo menos 100 euros da diferença da passagem, já que o Eurostar é caro e em cima da hora é pior ainda. Para minha surpresa, ele disse que estava tudo certo. Insisti que eu pagava a diferença. Ele repetiu que não precisava, que estava tudo certo. Agradeci e voltei para os assentos rebatíveis onde minha esposa estava. Depois o mesmo fiscal passou por nós e nos deu quatro vouchers para usar no vagão restaurante. Agradeci novamente. Dizem que os franceses são arrogantes e mal educados. Eu já não concordava com isso em nossa primeira viagem à França. A segunda viagem serviu para discordar mais ainda do estereótipo. Todas as vezes que precisamos de ajuda eles foram solícitos e compreensíveis. O vagão restaurante estava perto de nós. Fomos lá e trocamos os vouchers por quatro sucos de laranja. Não pegamos comida. O medo de perder o trem foi tão grande que a fome foi embora. Chegando a Bruxelas houve troca dos funcionários. O que nos ajudou também desceu. Novamente o agradeci. Pouco tempo depois outro fiscal passou conferindo novamente as passagens. Expliquei para ele todo o ocorrido e que o fiscal anterior disse que estava tudo certo. Ele só disse OK e seguiu. Por volta de 14h25 chegamos à estação central de Antuérpia. Saímos dela e seguimos direto para o hotel reservado, que era bem perto. Duas diárias no Ibis budget Antwerpen Centraal Station saíram por 153,65 euros pagos no Brasil. No check-in pagamos também 12 euros de taxas turísticas e 40 euros no café da manhã dos dois dias. Deixamos as malas no quarto e voltamos para a estação de trem. Queríamos algum lugar para comer e também comprar as passagens para Bruxelas. Pegamos para viagem dois sanduíches e bebidas no Capri Coffee por 12 euros. Depois procuramos uma máquina de autoatendimento e compramos as passagens de trem. Como era fim de semana, havia uma promoção bacana. A passagem ida e volta de Antuérpia para Bruxelas sairia por 10,20 euros por pessoa, enquanto cada trecho separado sairia por 8,90 euros. Um bom desconto. Diferentemente da França, que você compra a passagem para um horário específico, as passagens de trens regionais da Bélgica são bem mais maleáveis. As passagens normais são compradas para um dia específico, podendo ser usada uma vez em qualquer horário daquele dia. E comprar com antecedência ou na hora não faz diferença no preço. Horários podem ser consultados no site da empresa belga de trens, a SNCB-NMBS (www.belgiantrain.be). Às 16h10 o trem partiu, chegando cinquenta minutos depois na Estação Central de Bruxelas. Já estava tarde para entrar na maioria das atrações com visita interna, então ficamos andando na região da Grand-Place. Primeira parada foi na Catedral de São Miguel e Santa Gudula, que ainda estava aberta e contava com entrada gratuita. Como diversas outras igrejas da região, elas são bem ornamentadas, tanto no exterior quanto no interior. Da Catedral seguimos para a Grand-Place. Acho interessante a composição de boa parte das praças europeias. Normalmente são grandes áreas retangulares com pouca ou nenhuma vegetação, muitas com esculturas ou fontes no centro, algumas sem absolutamente nada, e cercadas por construções. A Grand-Place não tem nada no centro. Sua beleza reside na imponência das fachadas das construções. Possui um estilo arquitetônico que eu ainda não tinha visto pessoalmente. Não sei o nome dele, mas comparado com o que se vê em Paris, as fachadas são mais coloridas e vibrantes. Antes de continuar o passeio passamos numa padaria chamada Panos e pegamos um sanduíche que saiu por 6,20 euros. Depois passamos pelo Mont des Arts, local que conta com um belo jardim, e continuamos em direção ao Palácio Real de Bruxelas. Ficamos um tempo por ali sentado em um banco do Parc de Bruxelles, que ficava na frente do Palácio. Já batendo uma fome, voltamos para mais próximo da Grand-Place e procuramos um local para jantar. Optamos pelo restaurante The Blue. Escolhi um prato típico da Bélgica, o carbonade flamande, um cozido de carne bem gostoso. Minha esposa pegou um Spaghetti All'arrabiata que estava bem matador de pimenta. Para beber escolhemos dois chopes. A janta saiu por 44,20 euros. Já passava das 19h30, mas o sol continuava brilhando. Antes de voltar para Antuérpia, passamos em uma loja de chocolates belgas. Tinha várias nas redondezas, mas escolhemos a La Belgique Gourmande. Comparado com as barras de chocolates que compramos nos mercados, não é barato, mas valeu a pena pelo sabor. Seguimos para a estação para pegar o trem de volta. Às 20h20 embarcamos, chegando ao destino cerca de uma hora depois. Seguimos para o hotel e fomos descansar. Reflexão: Bruxelas me surpreendeu positivamente. Estava hesitante em colocá-la no roteiro, apesar de ter algumas atrações interessantes. Talvez por conta dos preços dos hotéis. Perto da estação central de trem estavam tão caros quanto Paris e as avaliações não eram muito animadoras. A cidade é bonita e merecia pelo menos um dia inteiro. Se tivesse esse dia disponível, teríamos passeado pela região do Atomium e ido ao Museu Autoworld, que conta com um acervo de veículos bem interessantes, e ao Museu das HQs. Mas infelizmente só tínhamos um final de tarde disponível e como não está nos planos futuros regressar à Bélgica, era pegar ou largar. Gastos do dia: 11,30 em café da manhã para duas pessoas no Café Relay 38 euros em duas passagens de trem de Caen para Paris (pago no Brasil) 4,30 euros em dois tickets no metrô de Paris (RER) 58 euros em duas passagens de trem de Paris a Antuérpia (pago no Brasil) 153,64 euros em duas diárias no hotel Ibis budget Antwerpen Centraal Station (pago no Brasil) 12 euros de taxas turísticas (para duas noites e duas pessoas) 40 euros em dois dias de café da manhã para duas pessoas no Ibis budget Antwerpen Centraal Station 12 euros em lanche no Capri Coffee 20,40 euros em duas passagens de trem ida e volta de Antuérpia para Bruxelas 6,20 euros em lanche no Panos 44,20 euros em jantar no The Blue 24,85 euros em chocolates no Le Belgique Gourmand 14/07 – Bate-volta em Bruges Acordamos sem muita pressa hoje. Já havia alguns dias que não tínhamos nada com horário marcado pela manhã, então foi bom para descansar um pouco mais. Tomamos café da manhã no próprio hotel. Os 10 euros foram muito bem pagos. A variedade de comidas e bebidas disponíveis foi a melhor até então. Às 08h45 fomos para a estação de trem. Ainda aproveitando a promoção do fim de semana, compramos a passagem de ida e volta de Antuérpia para Bruges por 19,20 euros por pessoa. Se fossemos comprar cada trecho separado, seriam 17,80 euros para cada lado. Novamente um baita desconto. O trem partiu às 09h05, chegando ao destino cerca de uma hora e meia depois. Vi diversos relatos de viagem comparando Bruges a Veneza, por vezes a chamando de Veneza do Norte. Mas olhando o mapa, a cidade parecia ter poucos canais em seu centro turístico, bem diferente da cidade italiana. Eu achava que Bruges era um lugar superestimado pelos turistas. Ela só entrou no roteiro porque havia visto recentemente o filme The Monuments Men, que conta a história de um grupo cuja função é localizar e resgatar obras de arte roubadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, dentre elas a Madona de Bruges, uma escultura de Michelangelo, discípulo do Mestre Splinter. Saímos da estação de trem e fomos caminhando para a área turística, que é bem perto. Passamos por diversas áreas verdes, pontes e construções medievais até chegar à Igreja de Nossa Senhora, local onde se encontra a Madona de Bruges. Compramos o ingresso para visitação ao custo de 8 euros por pessoa, mas como estava tendo um evento no local a entrada só poderia ocorrer depois de 13h30. Aproveitamos para conhecer outras partes da cidade. Fomos em direção a Grote Markt, a principal praça de Bruges. Diferentemente da Grand-Place de Bruxelas, a de Bruges conta com uma estátua em seu centro. Ao redor há diversas edificações com fachadas bonitas. Já era perto do meio dia e a cidade estava cheia de turistas. Por comodidade, resolvemos então achar um lugar para almoçar na região da Grote Markt. A grande maioria dos restaurantes possuíam avaliações bem ruins de acordo com o Google Maps, muitos mencionando golpes contra turistas. Felizmente encontramos o Sint Joris, que tinha um preço razoável e boa avaliação. Foi uma escolha acertada. A comida era gostosa, bem servida e o atendimento muito bom. A moça que nos atendeu falava português, além de outros tantos idiomas. A refeição para o casal custou 53,10 euros. Já alimentados, seguimos para De Burg, outra praça com edificações bonitas. Nela está localizada a Basílica do Sangue Sagrado, local com entrada gratuita que abrigaria uma relíquia com o sangue de Jesus. A basílica é bem pequena e possui um interior decorado com belos vitrais. Seguimos depois para a Igreja de Nossa Senhora, que já estava aberta para visitação. Ela possui uma área de visitação gratuita, mas se quiser ver a Madona de Bruges e outros itens é necessário pagar a entrada. A visita é rápida, não levando mais do que uma hora. Vale a pena comprar o ingresso para quem gosta de arte. As pinturas e esculturas no local são muito bonitas. A Madona está localizada num altar exclusivo para ela. Comparando com a Pietà que está no Vaticano, é igualmente bela, mas consideravelmente menor. O restante do tempo em Bruges foi dedicado a visitar lojas e comer waffles. Pegamos um por 6 euros em uma das diversas lojinhas existentes nas ruas. Estava gostoso, mas nada de espetacular. Por volta das 16h00 voltamos para a estação de trem. Às 16h30 ele partiu rumo a Antuérpia. Reflexão: Não vá para Bruges com a ideia de que ela é a Veneza do Norte. Tirando o fato de ambas possuírem canais, são cidades completamente diferentes, a começar pelo estilo arquitetônico e organização das ruas. E justamente isso dá uma personalidade única para cada uma das duas cidades. Perguntei para minha esposa o que ela achava dessa comparação e a resposta dela não poderia ser mais simples e objetiva: Bruges parece ter saído de um conto de fadas. Chegamos a Antuérpia cerca de uma hora e meia depois. Aproveitamos para conhecer o hall principal da estação de trem, que é famosa por sua beleza. De lá seguimos caminhando na direção do rio Escalda. No caminho passamos pela Catedral de Nossa Senhora, que infelizmente já estava fechada, e pela Grote Markt. Tal como a praça principal de Bruges, conta com belas construções ao redor, além de uma fonte no centro. Na beira do rio Escalda encontra-se Het Steen, uma fortaleza medieval e também a construção mais antiga de Antuérpia. Já voltando na direção da estação de trem, paramos para fazer um lanche. Passamos no Tota Empanadas Argentinas. Como o nome do local sugere, esse prato típico dos hermanos é a especialidade da casa. Elas estavam saborosas e bem recheadas. Minha parte e da esposa saiu por 22,80 euros. Depois do lanche passamos novamente pelo Grote Markt e depois pela frente da Igreja de São Borromeu. Antes de ir para o hotel descansar, demos uma passada num Carrefour Express próximo para comprar água e garantir alguns chocolates de marca Côte-d'Or, que não sabíamos se seria fácil de encontrar nos Países Baixos. Gastos do dia: 39,40 euros em duas passagens de trem ida e volta de Antuérpia a Bruges 16 euros em duas entradas na Igreja de Nossa Senhora em Bruges 53,10 euros em almoço no restaurante Sint Joris 6 euros em um waffle em Bruges 22,80 euros em lanche no Tota Empanadas Argentinas 21,20 euros no Carrefour Express Espero publicar a próxima e última parte até o fim do mês que vem, relatando nossa passagem pelos Países Baixos.1 ponto
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2º DIA - 07/01/2025 - USHUAIA (GLACIAR MARTIAL E PINGUINERA) E chegamos ao primeiro dia de passeios! Acordei por volta das 07 da manhã, pois a ideia era começar a subida do Glaciar Martial cedo para ter tempo hábil de retornar, almoçar e realizar a Pinguinera no período da tarde. Tudo com folga, sem correria, aproveitando que o dia estava lindíssimo e sem uma nuvem no céu. E assim foi feito. Tomei um café da manhã reforçado no hostel e chamei um Uber para me levar ao Glaciar Martial, que custou ARS 5.500. Vale lembrar que o Glaciar Martial, na verdade, é um centro de ski que funciona na temporada de inverno e, durante o verão, existem trilhas gratuitas que podem ser feitas para conhecer a neve/gelo residuais e ter uma vista panôramica da cidade. O trajeto do centro de Ushuaia até a portaria/casa de chá que fica no sopé da montanha demora cerca de 10 min, ficando a 7 km de distância. Sei que muitas pessoas fazem esse pedaço a pé, mas é uma boa caminhada em uma pista sinuosa e somente em aclive, então, talvez compense pegar um uber/taxi mesmo kkkkkkkk Ao chegar na portaria/casa de chá, há um portal de livre acesso com banheiros e uma espécie de guardaparques que te dá informações sobre as trilhas do Glaciar Martial e oferece bastões de caminhada para aluguel (eu recomendo). Eles informam que há 3 possibilidades de trilha: a do mirante da cidade (fácil), a do glaciar (média) e a da nuvens (moderada-alta). Informações dadas, segui meu rumo e comecei a trilha por volta das 08:10. Esse percurso é bem famoso entre os visitantes de Ushuaia e li sobre a subida, mas ela é bem puxadinha, viu? Portal do Glaciar Martial A trilha se inicia já com subida em meio a um bosque muito bonito com rios correndo na lateral. Como fui cedo, encontrei pouquíssimas pessoas no caminho e o silêncio imperava, onde só se ouvia o som dos pássaros, da água correndo e do vento que, vez ou outra, vinha em forma de rajadas. Por cerca de meia hora, o trajeto é em meio ao bosque, havendo bancos como ponto de parada para recuperar o fôlego. Terminado o bosque, atravessei uma pequena ponte e cheguei uma área aberta em que já há uma vista panorâmica de Ushuaia, sendo ali o término da trilha do "mirante da cidade". Como queria chegar até o gelo, continuei. Vale ressaltar que nessa área aberta os ventos já são mais fortes, principalmente por ser uma área de montanha. Seguindo, atravessei outra ponte e continuei a trilha demarcada em meio às montanhas, é muuuuuito bom! E sempre subindo... Início da trilha do Glaciar Martial Bora subir! Em dado momento, a vegetação rasteira que acompanhava a trilha termina e o só se vê rochas, com os primeiros resquícios de gelo estando cada vez mais perto. Depois de 3 km de subida e por volta das 09:20, cheguei ao primeiro fragmento de gelo da montanha. Não é um gelo recente ou fofo, mas quem quiser brincar consegue kkkkkk Decidi parar por ali, pois a subida para a "trilha das nuvens"continuava e eu não podia me demorar muito. Sentei em um banco de pedras que havia no local e fique ali, sozinho, por cerca de uma hora apenas admirando a magnitude das montanhas e o silêncio que só o vento cortava. Foi uma sensação boa de solitude. Claro que aproveitei pra brincar um pouco com o gelo também rs No dia anterior, eu havia comprado empanadas no BIG PIZZA da Av. San Martin (dica da Jana Cometti), e se acabaram se tornando meus lanches favoritos para passeios. As empanadas custam ARS 2.000 e são bem gostosas. Assim, aproveitei que estava descansando na montanha para fazer meu lanche e comi as empanadas e um alfajor que eu havia trazido. Um tempo depois, chegou um casal de brasileiros de BH no local e ficamos conversando um pouco. Pediram para tirar umas fotos e, pouco depois, iniciei a descida. Trilha bem demarcada em meio às montanhas Cheguei no gelo! A felicidade do garoto em caminhar em meio às montanhas! Retornei a portaria do cerro martial por volta das 11 da manhã, e havia duas opções para voltar a Ushuaia: chamar o Uber novamente ou esperar algum táxi aparecer por ali (eles sempre aparecem em pouco tempo, pois levam turistas frequentemente para lá). Olhei a primeira opção e o Uber estava bem carinho. Fiquei no ponto de táxi e, 5 minutos depois, apareceu um carro. Perguntei quanto ficaria para me levar até a Av. San Martin e ela cotou em ARS 7.800. Fechou! Tomei o táxi e retornei para a cidade. Passei rapidamente no hostel para ir ao banheiro e carregar um pouco o celular, e depois fui procurar algum lugar para almoçar comida de verdade, uma vez que teria o passeio da Pinguinera do período da tarde, que é bem longo. Andando pela Av. San Martin e arredores, encontrei um restaurante muito bem recomendado chamado Bodegon Fueguino, e ali parei para ver o cardápio e preços, que achei até um pouco abaixo da média da cidade. Desta forma, entrei e pedi um pollo a milanesa com papas fritas. Pra mim, o grande problema dos pratos argentinos é que a carne é muito bem servida (geralmente dá para duas pessoas), mas não há nenhum acompanhamento como arroz ou feijão que estão acostumados, estranhei no começo kkkkkk mas faz parte. O frango estava bem saboroso e as batatas também. Paguei ARS 14.000 pelo prato + bebida. Terminado o almoço, passei novamente no Big Pizza para pegar empanadas para levar à Pinguinera e, por volta das 14:00, me dirigi ao porto. O passeio da Pinguinera eu fiz com a empresa Tolkeyen, que é bem popular em Ushuaia. Comprei antecipado do Brasil e paguei R$ 576,00 em novembro. Nada a reclamar da empresa, foram pontuais, o catamarã era bom e o serviço prestado também. O ponto de encontro do passeio é no "muelle" que fica em frente a placa do fim do mundo. Ali, me apresentei na agência da Tolkeyen e eles me deram um crachá para ingressar no porto com o número do meu catamarã. Chegando no porto, apresentei o crachá e me direcionaram para aquele que seria o meu barco ao longo do passeio. Começava a Pinguinera! Ao entrar no barco, os lugares são livres para serem escolhidos. São grandes mesas para 4 a 6 pessoas. Sentei em um assento na janela e o catamarã começou a encher (é bem grande, sério). Em pouco tempo, surgiram 3 brasileiras que perguntaram se podiam se juntar a mim, e claro que aceitei. Nesse momento conheci a Leonor, a Eliane e a Rosana, brasileiras do Paraná que estavam vindo desde Curitiba por motorhome. Foram pessoas especiais que me fizeram uma excelente companhia neste passeio, rendendo papos e conversas ao longo de todo o trajeto (também são professoras, logo kkkkkkk). O barco por dentro O barco partiu pontualmente às 15:00 e algum tempo depois, autorizaram a saída para a parte de fora do barco. Fomos para lá e, como o tempo estava excelente, a paisagem respondia à altura. As montanhas nevadas, Ushuaia ao fundo, tudo fazia parte daquele cenário mágico. Após meia hora de navegação, aproximadamente, chegamos à ilha dos cormorones, que são aqueles passaros que se parecem com os pinguins. Havia milhares deles no local! O barco para ali um tempo e fica girando em torno da ilha para que todos possam apreciar e bater suas fotos. Seguindo a navegação, o próximo ponto de parada é no famoso "Farol Les Eclaireurs" ou "Farol do Fim do Mundo", que é praticamente um cartão postal de Ushuaia. Aqui, o barco usa a mesma estratégia da parada anterior e fica girando em torno do farol para que todos tenham oportunidade de ve-lo. Junto ao farol, haviam diversos lobos marinhos descansando, tomando sol, uma beleza da natureza. Após o farol, ficamos um bom tempo navegando sem parar, pois a Isla Martillo que concentra a colônia de pinguins é bem distante. Neste meio tempo, passamos rapidamente em frente a Puerto Willians, cidade do Chile que disputa com Ushuaia o título de mais austral do mundo. Ilha dos Cormorones Farol do Fim do Mundo Por volta das 17:50, mais de duas horas depois do início da navegação, começamos a avistar os primeiros pinguins na Isla Martillo. E, de repente, há milhares deles! São muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos mesmo! O barco parou bem próximo a ilha para que pudessemos observar e nessa hora é aquele vuco-vuco, pois todo mundo quer ficar na frente do barco para ver os pinguins. Meu conselho: saia do barco e fique lá fora quando perceber que está chegando perto da Isla Martillo, pois o empurra-empurra ali é grande rs Haviam pinguins da espécie de Magalhães e também o Pinguim-Rei, em menor quantidade. E ali ficamos por cerca de meia hora admirando o comportamento e toda a dinâmica que envolve os pinguins. É sério, são muitos! E janeiro é a época que eles estão em maior número na região, já que em março começam a migrar. Existe o outro passeio que a Piratour oferece que te dá a experiência para caminhar com os pinguins, mas como eu já havia gastado com outro passeio mais caro (falarei mais a frente), preferi não fazer e me dei por satisfeito apenas com a navegação. O retorno a Ushuaia foi bem longo e nessa hora o cansaço bateu para todo mundo, até consegui tirar um cochilinho. O catamarã chegou no porto de Ushuaia por volta das 20:30 e fui com as meninas até o Big Pizza, pois elas estavam com fome. Trocamos contatos, depois da despedida, segui para o meu hostel para tomar um necessitado banho e relaxar para o dia seguinte. No final do dia, na área comum do hostel, conheci um estadunidense chamado Joseph que estava fazendo uma trip pela América Latina. Usei meu pobre inglês para me comunicar e até que me saí bem (rsrsrs). Fui dormir por volta das 22:30 por o dia seguinte prometia: o trekking para a Laguna Esmeralda! Enfim, a atração principal! Super fofos! Final de dia, feliz da vida!1 ponto
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Dia 13-12 El Calafate Acordamos cedo, não lembro o horário que era mas era por volta das 7 da manhã, fomos tomar café da manhã e logo depois nos preparamos para ir à excursão. Pegamos nossas coisas no quarto e fomos esperar a van na frente do hotel. Entramos assim que ela chegou, e também um outro casal de brasileiros que estava no mesmo hotel (é o que mais tem por lá, brasileiros). Nisso fomos até a saída da cidade e ali trocamos para o ônibus, pois umas 3 ou quatro vans fazem o serviço de coleta e depois todos vamos no mesmo ônibus até o pequeno porto. No caso o transfer é incluído na excursão. Uma coisa é certa, não importa para onde vai ou pra onde olha, a Patagônia é magnífica por qualquer ângulo, e isso fez com que a viagem de 40min de ônibus passasse desapercebido, pois era demasiadamente bela a natureza em volta. Patagônia Nisso chegamos à entrada do Parque, descemos e pegamos uma fila para pagar a entrada, que se não me engano custou cerca de 22€, que e precisam ser pagos em espécie (tive que pedir dinheiro emprestado pro meu amigo pois eu tinha poucos pesos comigo), e dalí já fomos direto da passarela que dá acesso aos barcos, entramos, nos acomodamos e partimos rumo aos glaciares. Esse passeio passa por quase todos os glaciares, exceto o do Perito Moreno, que fica ao sul. O Perito é um pouco fora de rota e, como a grande maioria das pessoas visitam esse glaciar em um tour próprio, caiu bem esse tour de 'Todos Glaciares Menos Um'. Enquanto o barco iniciava seu trajeto, a guia foi explicando o itinerário do dia, que era basicamente ir a um glaciar, parar por um tempo, seguir a outro parar, continuar etc. Ela também falou que poderíamos ir pro lado de fora do barco mesmo em movimento, porém ali é uma região que venta bastante, podendo chegar a 100km/h, então poderia ser chamado de volta pro interior caso houvesse necessidade. A viagem é um pouco demorada até chegar no primeiro glaciar, pois o lago é realmente grande, e a primeira hora de navegação é mais turbulenta, porque passa numa parte estreita do lago, no que o vento se afunila e ganha força, e isso empurra a água que cria ondas turbulentas. O barco ficava pingando na água, eu sentia a força que ele fazia para seguir adiante, e a cada 5 segundos era um "pá, pá, pá", que era o som do barco batendo contra as ondas, mas nada de assustador, pois dava para sentir que o barco era firme e forte, ele seguia adiante sem nenhum problema, e a turbulência noi foi grande assim (ninguém passou mal ao menos). Assim que o lago se acalmou, um ou outro foi se arriscando sair para parte externa do barco, eu também fui, pra sentir aquele vento gelado e molhado. É uma experiência legal, o vento as vezes está calmo e vem uma rajada forte em cima de você (não deixe nada solto, se não voa na certa) a ponto que tinha que se agaixar para se proteger do vento. Mas, dali da área externa se via a paisagem do lago azul esbranquiçado e por todo o lado as montanhas, mas dentro do barco se tem uma vista parcial. Porém é difícil ficar ali fora por muito tempo, porque realmente faz frio, eu estava com um fleece, jaqueta impermeável, luva e toca, mas passando uns 5 minutos resolvi voltar pro quentinho do barco. Depois de um tempo de navegação paramos em frente ao primeiro glaciar. Esse não pudemos chegar perto, acredito que a distância mínima era 150 metros, pois é um glaciar que tem risco de cair grande pedaços, e é um dos maiores glaciares do lago, logo provoca ondas muito grandes para o pequeno barco. A geleira basicamente é um rio de neve compacta que vem descendo da montanha lentamente, coisa de centímetros por dia, é uma parada enorme, do lado de fora da água chega a ter 15 metros de altura, porém ele pode ir até 75 metros de profundidade. Depois de uns minutos com o barco parado, voltamos a nos mover em direção até o Upsala, que fica no ponto mais ao norte do lago Argentino. Ali o barco faz uma parada em um pequeno porto, onde todos descem e seguem a um restaurante / área livre. Para quem trouxe a própria comida, pode se sentar nas mesas internas para comer, e se quiser também pode comer no restaurante, apesar de que é mais para uma lanchonete, na questão de oferta de comida não espere nada de especial. O estabelecimento em si é espaçoso e bonito, com grandes janelas, então você continua vendo todo a ambiente externo de dentro dele. O restaurante em frente ao lago Eu e meus amigos pegamos algo para comer, empanadas e cerveja (pode-se pagar no cartão), e ficamos ali conversando no estabelecimento, depois saímos para a prainha para tomar um sol e esperar para voltar ao barco, essa parada dura cerca de 1h. Assim que acabou o período do almoço, a guia começou a chamar todo mundo de volta. O curioso é que eram todos mesmo, até o pessoal que cuida do estabelecimento, pois eles fecharam o lugar e foram pro barco com a gente. O Barco partiu, e agora seria o ponto mais interessante da excursão, ficar bem de frente pro glaciar. Nesse nós pudemos ficar bem mais perto, porém sempre com uma distância segura, e o barco foi e voltou de ponta a ponta do glaciar, dando oportunidade de todo mundo ver e tirar foto, o pessoal do barco também oferece serviço para tirar foto ali pra quem quiser (não lembro o preço, não o fiz). Ficamos ali o tempo suficiente para ver bem o Upsala, nada foi feito com pressa. Glaciar Upsala Depois que todo mundo tirou foto começamos a viagem de volta. Porém o barco ainda fez algumas paradas no caminho para o pessoal ver os icebergs, que eram os pedaços de glaciar que se soltaram e ficavam flutuando no lago. Nesses chegamos bem perto, e se parava o suficiente para todo mundo ir tirar foto também. Nisso vimos dois funcionários do barco com um tipo de arpão, um deles mirou e jogou na água, ele estava pescando 'filhotes' de iceberg. Ele conseguiu pegar dois pedaços grande e puxou para dentro do barco, nisso quebrou um pedaço e levou pra parte de cima do barco. Um adendo, a excursão tem duas classes, a do capitão e a normal. A normal é onde fui, que em que você fica na parte de baixo do barco, onde cabe umas 40 pessoas ou mais. E a outra em que você fica na parte de cima do barco, em que cabe talvez uma 15 pessoas, e tem mais regalias, como tomar Whiskey com pedra de gelo do lago, foi por isso que ele levou pra cima o pequeno iceberg. Icebergs Então os dois pedaços de gelo ficaram ali no barco e foi passando de mão em mão pro pessoal tirar foto. O mini-iceberg é bem translúcido e brilha quase igual um diamante, como ele é feito de neve compacta o gelo é bem mais duro que parece e ele demora pra derreter. Depois que todo mundo viu e tocou no mini-iceberg ele foi deixado ali no barco pra derreter. Então voltamos pro interior do barco, agora era a viagem de volta pro porto e sem paradas. A viagem é longa, umas duas horas que eu me lembre, mas o interior do barco é confortável, as cadeiras são acolchoadas e todos tem uma mesa na frente, aproveitei para tirar um cochilo, e assim chegamos ao porto. Um filhote de iceberg Dali pulamos para o ônibus e fizemos a viagem de volta, no mesmo estilo, quando chegamos na entrada da cidade, o pessoal começou a descer para pegar as vans, e assim chegamos no hotel depois das 21:00, mas ainda com céu claro. Entramos para tomar um banho e ainda saímos pra jantar, e isso era perto das 22:00, mas os restaurantes ficam aberto até tarde da noite. E voltamos para o hotel para finalizar o dia. IMG_8989.MP4 Gastos do dia: Entrada do Parque - 22€ Almoço - 15€ Janta - 25€1 ponto
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Muito bom e divertido, rsss Adorei as fotos e anotando as dicas. Muitíssimo obrigada!1 ponto
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