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  1. Oi, gente! Tudo bem? Perdi minha senha de uns dois perfis e criei um novo (espero não perder mais!!!) para trazer meu relato! kkkkk Esse é meu relato de viagem de 15 dias na Bolívia e Chile, que fiz sozinha agora em outubro de 2025! Li muuuuitos relatos aqui no Mochileiros mas senti falta de encontrar algumas informações com valores atualizados, então eu espero que meu relato seja útil para alguém ou alguéns! 🙂 Vou tentar ser direta para falar mais de trajetos e valores. Já adianto que fiz uma viagem confortável, não foi nem cara nem super econômica. Então é possível gastar menos do que eu e também é possível gastar muito mais, depende do que você busca. Nessa primeira parte vou falar só da Bolívia e nos próximos dias trago o relato do Chile. Meu trajeto completo foi: La Paz (3 dias) - Uyuni (passeio do Salar de 3 dias) - San Pedro de Atacama (7 dias) - Santiago (4 dias) Conversão que eu peguei: R$ 1,00 = 2,20 bolivianos R$ 1,00 = 176 pesos chilenos Considerem que esses valores mudam bastante, eu vi que o câmbio mudou inclusive durante minha viagem! Eu usei muito mais moeda física mesmo, mas especialmente no Chile era bem tranquilo usar Wise. 10/10 (dia 1): chegada em La Paz Cheguei em La Paz no começo da noite. Saí do aeroporto de minibus, que é uma van que faz os trajetos de linha de ônibus. Pra mim que nasci nos anos 90 em São Paulo, é tipo uma lotação kkkkk mas vai todo mundo sentado. Custa 5bs e tem várias saindo do aeroporto, é bem tranquilo. Todas que saem do aeroporto são da mesma linha e vão para o centro, que era onde eu precisava chegar. Fiquei hospedada na Posada de La Abuela Obdulila, no centro histórico. Peguei a recomendação em algum relato (ou vários?) aqui e também recomendo muito! Paguei 180 bs por noite, para um quarto com banheiro privativo. Eu chorei um pouco no valor pois originalmente eram 200 bs para um quarto de casal, e como eu estava sozinha, pedi um desconto. Esse valor inclui um café da manhã bem servido, com pão, frutas, frios, geleia, iogurte, suco, leite e aveias. Você pode complementar o café da manhã com ovos por 6 bs. Eu fiz minha reserva diretamente com a pousada com 2 meses de antecedência e indico que façam o mesmo, sem deixar para muito em cima pois ela estava sempre lotada. Vou deixar o contato deles: +591 78832848 Saguão da pousada 🙂 Na chegada, troquei um pouco de dinheiro no aeroporto só para ter para o transporte e janta. Vi duas casas de câmbio lá com valores bem diferentes (uma a 1,5 e outra a 2,1) e depois andando pelo centro histórico foi até difícil achar um câmbio melhor que 1,9. Vou falar mais disso depois. Nessa noite jantei em um restaurante oriental que encontrei próximo à pousada, ali no centro histórico mesmo. Paguei 42 bs num ramen e suco. PS: eu não tenho problema com altitude, então passei bem. só é mesmo cansativo subir ladeiras - que tem muitas! kkk. mas para quem tem problema (ou medo de ter, se for a primeira vez), é legal prever uns dois dias para se aclimatar porque La Paz é muito alta. 11/10 (dia 2): La Paz Consegui fazer o câmbio a 2,20 negociando, pois no aeroporto estava melhor que em vários cambistas do centro. Percebi que os melhores lugares para fazer câmbio são perto da Igreja San Francisco, se atravessar a avenida sentido onde ficam os museus também tem alguns cambistas e lá eles fazem um valor melhor do que no miolo do centro (únicos que vi fazendo a 2,20 direto). Muitos cambistas não aceitam nota rasgada, rasurada etc. Então cuidado com isso 🙂 Visita ao Museu de Etnografia e Folclore. Entrada: 30 bs. Recomendo muito para quem se interessa em conhecer a cultura dos lugares que visita! Ida à rodoviária para comprar passagem para o dia seguinte, para Uyuni. Comprei pela Panasur e paguei 100 bs. Não achei que havia a abertura para negociação que vi muita gente comentando. Também achei o preço bem barato… Dá cerca de 50 reais para uma viagem de quase 10h, num ônibus leito! Mas meu ônibus não tinha cinto de segurança, rs. Conversei com uns argentinos que viajaram pela Titicaca, que é quase o dobro do preço e muita gente recomenda, mas o deles também não tinha cinto, então sei lá! Aproveitei o resto da manhã para comprar lembrancinhas pois sabia que no Chile seria muito mais caro. As blusas de lã e outros souvenirs são muito baratos em La Paz! Caso você ame artesanatos e blusas como eu, vá com espaço na mala kkkk Almocei no centro mesmo, no Sabor Urbano. Comida típica maravilhosa, muito bem servida, e muito econômica! Se eu não me engano paguei por volta de 23bs no menú completo (entrada, prato principal e sobremesa). Mas eles só servem almoço, por isso não jantei lá também rs. Walking Tour pelo centro histórico - 40 bs (preço sugerido). Recomendo muito também. Não foi o melhor walking tour que já fiz, mas foi ótimo para ver algumas coisas e aprender um pouco sobre a cidade que eu jamais veria ou saberia sozinha Reservei pelo Guru Walk: https://www.guruwalk.com/es/walks/48348-un-viaje-en-el-tiempo-free-tour-por-la-paz-historica Depois do walking tour, passeei de teleférico. Andei por praticamente todas as linhas de teleférico, para dar a volta na cidade. Recomendo muito fazer isso e não é necessário guia! A cada vez que você troca de linha, precisa comprar novo bilhete e cada bilhete custa 2 ou 3 bs. Acho que gastei uns 15 bs nesse passeio, mas não tenho certeza. Fiquei com medo de fazer à tarde e não ser tão legal, mas foi perfeito, pois peguei dia, pôr-do-sol e noite! Passeio de teleférico no final da tarde Passeio de teleférico já à noite! Jantei em um restaurante maravilhoso no centro, chamado Olivia. Recomendo demais! Provei um risoto com carne de lhama, banana da terra e ovo frito. O prato principal, com uma sobremesa toda chique e suco, saiu uns 100 bs… 12/10 (dia 3): La Paz - Sítio Arqueológico Tiwanaku Tiwanaku não é um destino muito conhecido pelas pessoas que vão para La Paz, mas eu amei ter ido e recomendo para quem se interessa por história! É possível fazer o passeio com agência e nesse caso não tenho ideia de valores. Eu resolvi ir por conta e contratar guia na entrada do sítio, o que eu realmente acho a melhor coisa, pois lá dentro não tem nenhuma informação - só nos museus. Na pousada me recomendaram ir até o cemitério e lá pegar um ônibus que supostamente passa sempre para Tiwanaku. Mas cheguei lá (fui do centro até o cemitério de minibus) e não tinha o tal ônibus, ninguém sabia dizer exatamente se por ser final de semana ou se são ônibus meio inconstantes… Enfim, entendi que a melhor maneira para ir para Tiwanaku é pegar o teleférico até El Alto (outro município, onde fica o aeroporto), de lá ir andando até a rodoviária que fica ao lado e na rodoviária pegar o ônibus que deixa na frente do sítio arqueológico. Como eu fui de domingo, não tinha ônibus e eu peguei um minibus que passava a algumas quadras da rodoviária. Custou 10 bs e a viagem é de 1h30. Acho que a entrada era 100 bs. Assim que cheguei, duas turistas francesas também estavam chegando e logo um guia nos ofereceu o tour guiado por 200 bs para o grupo. Como acrescentamos uma parada no tour, ficou 300 bs ao todo - 100 bs para cada uma. Para voltar fomos até o centrinho (bem perto andando), pegamos o minibus de 10 bs que deixa no teleférico de El Alto. De volta a La Paz, almojantei um chilli com carne em um bar/restaurante, foi bem barato - acho que algo por volta de 30 ou 40bs no máximo. Esperei na pousada até a hora de ir para a rodoviária e peguei um taxi por 25bs. O ônibus era um leito bem confortável, apesar de não ter cinto rs. E tinha uma mantinha, que foi bem útil porque às vezes sentia que a calefação era desligada rs mas não teve perrengue não! Foi tranquilo. Esperando o busão na rodoviária 13/10 (dia 4): Chegada em Uyuni e 1º dia de tour do Salar do Uyuni Cheguei em Uyuni por volta das 6h da manhã e fui tomar café da manhã onde vão todos os turistas, na Noni (ou Nonis?). Não anotei o valor exato mas é tudo bem barato… Dá pra tomar um bom café da manhã com uns 20 reais ou menos. Conversei com uns dois guias, fui em duas agências e não quis ficar rodando muito com meu mochilão que já estava bem grande. Eu já tinha conversado no whatsapp com um guia que indicaram aqui, então fui na agência dele, próximo à rodoviária e fechei por 1100 bs o passeio do Uyuni de 3 dias, chegando em San Pedro de Atacama. Lembrando que esse valor inclui hospedagem, todas as refeições do dia e o transfer para San Pedro. IMPORTANTE: Recomendo se certificar que o valor do passeio já inclui a passagem para San Pedro Esse é o valor médio mesmo dos passeios, entendi que a galera paga entre 1000 e 1300 bs, talvez mais às vezes. Depois de fechar o passeio, fui no mercado da cidade comprar frutas, água e bolachas para petiscar durante os 3 dias. Pessoalmente eu estava muito preocupada em ir com uma agência legal, um motorista que soubesse um pouco para explicar, mas vi que isso é realmente muito aleatório. Pelo o que entendi, nem adianta muito ir na agência x ou y, porque eles acabam te jogando para outras agências que estão com vaga no tour. Eu mesma fechei o passeio na agência Ollantaypuna, mas viajei com a Expediciones Perla de Bolivia e não era exatamente o mesmo passeio que estava no PDF que o guia tinha me mostrado uns meses antes kkkkk Mas meu tour foi ótimo, melhor que o do pdf, e o motorista era super gente boa. Dava pra ver que ele não tinha conhecimentos técnicos como os guias do Atacama, por exemplo, mas tudo o que ele sabia, ele contava, e ele que sugeria aquelas fotos que todo mundo gosta de tirar no salar. Os passeios do Salar do Uyuni são bem padronizados, então acredito que não preciso entrar em muitos detalhes aqui a não ser que é tudo MARAVILHOSO! Fiquei realmente muito impressionada, porque meu objetivo 1 era o Atacama e acabei incluindo o Salar de Uyuni no roteiro. E que bom, porque é incrível!!!! No primeiro dia vamos no cemitério de trens que, pra mim, é a parte menos interessante. Almoçamos em Colchani, onde tem uma feirinha de artesanato que tem os mesmos ou melhores preços que La Paz. Visitamos o hotel de sal, que para mim também não é a melhor parte. De lá fomos para o Salar onde fizemos várias fotos e vídeos bem divertidos. Eu nem sou a pessoa que gosta de ser fotografada e que pira nessas fotos, mas foi engraçado e foi um jeito de descontrair com o resto do grupo! Fomos na Isla Incahuasi, que tem cactus gigantes. Tem que pagar para entrar (30bs) e é muito legal mesmo, tem uma vista linda e os cactus são impressionantes! Por causa da altitude é um pouco cansativo subir. É só ir com calma e vai dar tudo certo 🙂 14/10 (dia 5): 2º dia de tour do Salar do Uyuni Para mim, o dia mais lindo! É o dia que visitamos várias lagoas, vemos flamingos, vulcões e muitas vicuñas no caminho… Não vou nem entrar em detalhes porque as palavras são insuficientes! Algumas das vistas maravilhosas do segundo dia. Com vulcão, lagoas, flamingos... Um espetáculo! 15/10 (dia 6): 3º dia de tour do Salar do Uyuni e chegada a San Pedro de Atacama Nesse último dia, para quem vai para San Pedro de Atacama, o tour é bem curto. Começa muito cedo nos geysers e depois nas águas termais (que eu não tive coragem de entrar!). De lá passamos pelo deserto de Dalí - mas só passamos, não paramos em nada - e visitamos a Lagoa Verde e a Lagoa Branca, que ficam lado a lado muito próximo à fronteira com o Chile. Continuarei sobre a chegada em San Pedro num próximo post aqui, nos próximos dias! Algumas coisas que acho importante dizer sobre os 3 dias de tour: - leve uns trocados para pagar a entrada nos banheiros, cada um é 5bs e considere pelo menos uns 2 ou 3 por dia (por precaução). leve também dinheiro para entradas nos parques, a agência informa mas o total costuma ser 180 bs + 15bs caso queira entrar nas águas termais do último dia. NADA disso pode ser pago em cartão ou transferência; - leve papel higiênico pois não tem nas hospedagens; - nas hospedagens que eu fiquei tinha chuveiro quente e não era necessário pagar, mas acredito que se é pago ou não é algo que pode variar. não tem como prever porque você não sabe onde vai ficar até chegar... o preço que avisam é 10bs por banho (então total 20bs, para primeira e segunda hospedagem); - eu fiquei muito preocupada em levar garrafas de água e petiscos para comer no trajeto, mas no pior dos casos sempre vendem água nas hospedagens; - wifi nas hospedagens é pago (20 bs por hospedagem); - a primeira hospedagem é mais estruturada que a segunda. no meu caso a segunda era simples, mas arrumada e limpa. na primeira eu dividi quarto só com uma moça do meu tour e tínhamos banheiro privativo. a segunda também dividi o quarto só com ela mas o banheiro era compartilhado e muito simples. conheci uma brasileira que achou a segunda hospedagem onde ficou muito ruim, com banheiro mofado etc. recomendo carregar o celular na primeira hospedagem porque na segunda a energia elétrica e acesso a tomadas é super limitada - a energia é desligada às 22h. - a segunda hospedagem fica numa altitude bem grande e faz bastante frio, mas tinha cobertores suficientes. eu sou bem friorenta para dormir e dormi bem. se você for uma pessoa muito friorenta ou for no inverno, durma com suas roupas mais quentinhas. se tiver muito medo de passar frio, tente alugar um saco de dormir com a sua agência, mas no meu caso achei desnecessário (eu não aluguei, mas meus companheiros de tour sim). - eu fui na metade de outubro, já é primavera, então as temperaturas não são tão baixas e mesmo assim é bem frio! todos os dias usei segunda pele (calça e blusa), meia térmica, fleece ou moletom e corta vento. dependendo do momento do tour, luvas, gorro e cachecol são indispensáveis! - óculos de sol, boné ou chapéu, creme hidratante, protetor solar, soro (ou rinosoro se você preferir, mas eu levei soro mesmo que é mais barato e é a mesma coisa rs), boné e hidratante labial são INDISPENSÁVEIS! para mim, o melhor hidratante labial é hipogloss kkkkkkkkk vi muita gente falando que voltou com os lábios muito estourados do Uyuni e do Atacama, e eu voltei plena. Fica a dica! Dicas sobre roupas, que eram uma super preocupação para mim (e valem para o atacama também): Eu levei cachecol e me arrependi, levaria esses protetores de frio para pescoço porque ocupam muito menos espaço na mala. Também levei duas blusas térmicas e me arrependi, poderia ter levado só uma para poupar espaço na mala, mas eu transpiro muito pouco, tipo quase nada, então isso vai depender de você.
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  2. Em 07/09/2025 iniciei uma viagem de 21 dias pela Itália com minha namorada (que virou noiva logo no primeiro dia). Nossa primeira cidade foi Roma. Voamos com a ITA Airways, saindo de São Paulo - GRU e chegando em Roma Fiumicino. Nosso roteiro foi esse: Roma (Vaticano) - Florença - San Gimignano - Volterra - Monteriggione - Siena - Pisa - Pietrasanta - La Spezia - Cinque Terre (Riomaggiore, Manarola, Volastra (visita acidental), Corniglia, Vernazza) - Sirmione - Verona - Pádua - Veneza - Ravenna - San Marino - Gubbio - Assisi - Arezzo. Somente Roma - Florença fizemos de trem. O restante foi de carro alugado. Calculamos gastar €120 por dia (€60 por pessoa), excluindo hospedagem. Peguei muita coisa dos relatos do @Rezzende e da @Juliana Champi . Valeu pelas dicas! ROMA: de 07 a 11 de Setembro de 2025 Estada: AirBNB - €704 para 4 noites. Achei caro mas no apto ficava no centro da cidade, 250m do Castelo de Sant’Angelo. Então valeu! Dia #01 - Roma. Domingo, 07 de Setembro de 2025 Nosso voo chegou às 6h50 da manhã. O oficial da imigração pediu o passaporte e perguntou o motivo da viagem. E só. Não pediu pra ver comprovantes de estadia, seguro viagem, nada. Pegamos as malas e fomos procurar onde comprar um chip local. Saindo do terminal 3 e pegando a direita tem o guichê da TIM. Paguei €35 num chip com 150GB de dados, o que foi mais que o suficiente. Tb tinha ligação ilimitada na Itália. Seguimos andando a direita e logo na saída do aeroporto tem umas plataformas de ônibus. Fomos até a do ônibus Terravision que nos deixou em Roma Termini. A passagem custou €7 cada (comprada antecipadamente no www.terravision.eu ). Era 7h40 e nossa passagem estava marcada para às 9h10, mas deixaram a gente embarcar. Depois de uns 40 min chegamos em Roma Termini. Ficamos fazendo uma hora pq nosso AirBNB só estaria disponível 11h (era 8h30). Tem um mercado no terminal e fomos lá pra tomar um café e um cappuccino. O café não tinha 5ml, sério. Em um pequeno gole já se foi. Foram os €1,50 mais mal pagos da viagem. Logo no início da trip já decidimos que nunca mais pediríamos café! O cappuccino custou €3 mas veio uma quantidade decente. "Cheiro" de café por €1,50 Deu nosso horário e pegamos um Uber (que era um táxi) até o apto. A corrida ficou €20 e levou uns 15 minutos. O anfitrião estava no local mas ainda estavam limpando. Deixamos nossas malas e saímos. Era o primeiro domingo do mês então havia muitas atrações com entrada gratuita. Fomos ao Castelo de Sant’Angelo que ficava 250m do nosso apto. Era por volta do meio-dia e o sol estava MUITO forte. Ficamos alguns minutos na fila do castelo mas desistimos. Seguimos andando pelo leito do rio e passamos em frente à Suprema Corte. Cruzamos o rio pela Ponte Umberto I e entramos na BASÍLICA DE SANTO AGOSTINHO. A basílica tinha poucas pessoas mas era muito bonita. Basílica de Santo Agostinho De lá fomos até a PIAZZA NAVONA e entramos na IGREJA DE SANT' AGNESE IN AGONE. A igreja tem altares para vários santos: São Sebastião, Santa Cecília, entre outros. Essa estava mais cheia de gente e tb é muito bonita. Piazza Navona IGREJA DE SANT' AGNESE IN AGONE Voltamos ao apto que já estava limpo e arrumado. Tomamos um banho, pegamos uma sombrinha e resolvemos encarar a fila do castelo. Por incrível que pareça a fila havia diminuído um pouco e a sombrinha foi crucial para aguentarmos ficar uns 15 minutos sob o sol escaldante, até conseguir entrar. CASTELO SANT’ANGELO (grátis no 1º domingo do mês) Logo de cara há uma rampa em espiral gigantesca que te leva para o topo do castelo. Lá dá pra visitar uns salões muito bem decorados e um “mini museu” sobre o Papa João Paulo II. No topo do castelo encontra-se uma estátua de São Miguel Arcanjo, toda feita de bronze. As vistas das torres também são incríveis! Chegada ao Castelo Maquete do Castelo Roupa do Papa João Paulo II Quadro Uma das salas do castelo Vista do Castelo Estátua de São Miguel Arcanjo Deixamos o castelo e paramos para comer um panini (lanche típico italiano) de presunto cru e queijo e tomamos um refrigerante. O local se chama “Salami Dolci”.Estava muito bom e pagamos €10 cada lanche. Mas mal sabíamos que mais pra frente iríamos comer lanches muito melhores. Panini Passamos em um Carrefour Express e compramos coisas para comer e beber (€43). ***DICA: Deixava uma “ecobag” na mochila de ataque para as compras. Os mercados da europa cobram por sacolas plásticas. ***ATENÇÃO: Um dos itens que compramos estava com uma etiqueta de 50% de desconto. Quando cheguei ao apto fui conferir os valores no comprovante e o desconto não foi dado! Então fiquem espertos e confiram os valores conforme os itens forem passando no caixa. Voltamos ao apto e descansamos até o começo da noite. Saímos novamente e passamos pra ver o castelo de Sant’Angelo iluminado. Castelo iluminado Passamos em uma farmácia e compramos 2 potes de álcool gel (€2 cada) ***DICA: Fizemos muitos almoços rápidos, comendo lanche que preparávamos antes de sair do apto. Então o álcool gel foi essencial para limparmos as mãos antes de comer. Passamos em frente ao TEMPLO DE ADRIANO, que tem umas enormes colunas em sua fachada, mas não pode entrar. Seguimos caminhando até a FONTANA DE TREVI. Havia muita gente e uns seguranças controlavam o acesso à fonte, liberando grupos de pessoas aos poucos. Conseguimos entrar, mas é impossível tirar uma foto sua na fonte sem algum turista aparecer nela. Fontana di Trevi Voltamos para o apto e preparamos um macarrão. Jantamos, tomamos uma garrafa de vinho branco e fomos dormir umas 23h. Distância percorrida: 3,63km Gastos: €142,50 (continua)
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  3. Outubro/2025 - Encerrei uma viagem de três semanas pela Argentina, de ônibus e mochila nas costas. Passei por Paso de los Libres, Paraná, Santa Fé, Córdoba, Cosquin, Mina Clavero, Mendoza, Villa Mercedes e Rosário. Gasto total: cerca de 3 mil reais. Quero aqui colocar algumas percepções sobre viajar no país vizinho, que - quase - ninguém fala. Sempre que viajo faço antes uma pesquisa completa pelos lugares onde vou e para isso leio relatos de viajantes e preciso alertar para algumas coisas que são ditas e nem sempre condizem com a realidade. Minha ideia é sempre viajar sem passar necessidade, mas economizando no supérfluo para aproveitar no essencial. Existem muitos blogues, páginas e relatos em páginas especificas da internet, como a boa "mochileiros.com", mas muita gente - influencers - comentam propositalmente situações que não podem ser consideradas reais. A maioria escreve comentando a viagem e indicando hotéis, passeios e lugares muito caros, colocando "links" para seguros, cartões e agências que, suponho, financiam, as viagens dessas pessoas. Até mesmo se procurar na AI algo sobre alguma situação, a resposta é negativa ou vaga. Exemplo: procure viagem entre Paraná e San Fé e a internet vai dizer que não existe ônibus urbano e só linhas de longo curso; mas é só ir no terminal rodoviario que sai ônibus urbano a toda hora; empresa ETACER e custa o equivalente a reais. Ou que em determinado terminal rodoviário existem lockers (armários) para bagagem e na real não existem ou, ao contrário, que existe e você chega lá e verifica que não é verdade. Aliás, se precisar de lockers, procure os sanitários; as pessoas que administram os sanitários também cuidam dos lockers. Em MIna Clavero não existem lockers, mas pode-se negociar com o pessoal da lancheria. Sobre hotéis, acredito que a melhor forma é alugar um apartamento, um flat, por pagar bem menos que um hotel, ter muito mais privacidade e poder cozinhar suas próprias refeições, sem depender de pagar restaurantes. Advirto: na Argentina refeições são muito caras, se comparadas ao Brasil. Exceto se você quer aproveitar a gastronomia local e tem dinheiro disponível, o melhor ainda é comprar no mercado, como no Carrefour que tem muitas lojas em todas as cidades do país vizinho. Como exemplo, uma diária em hotel no centro de Mendoza custa entre $ 200 e até $ 5.000. Fiquei uma semana em um flat maravilhoso, bem no centro, com diárias de $ 80 (reais). Refeições do dia-a-dia são caras; um almoço simples em restaurante comum varia entre 35 e 60 reais. Sobre seguro de viagem, existem muitas seguradoras, mas vale a pena fazer uma pesquisa pois as vezes sai caro porque incluem situações desnecessárias. No meu caso comprei da Kovr, através da plataforma Segurospromo, barato e bastante abrangente em relação à cobertura. Em relação à comunicação, nada de entrar em chip internacional. Hoje um chip de celular internacional para três semanas na Argentina custa cerca de 80 dólares - 430 reais. Chegando na Argentina, comprei um chip pré-pago da Claro com redes sociais ilimitadas, validade de trinta dia e paguei apenas 20 reais. E saí da loja já conectado. Mas nas lojas da Claro não é feito isso; precisa procurar uma loja (kiosco) que venda chip. Geralmente nos terminais tem, as vezes mais de uma loja. Os ônibus na Argentina têm tarifas muito mais baratas, proporcionalmente, que aqui. Fazendo um parâmetro, aqui uma viagem de 500 km custa cerca de 250 reais no chamado pinga-pinga, 320 no "executivo" e mais de 400 reais no modo "leito". Na Argentina uma linha na mesma distância custa 165 reais no conforto de poltronas que eles chamam "cama individual". Muito importante é como levar dinheiro: na Argentina não é possível usar o cartão Wise, exceto se quiser pagar em dólar, que é aceito em hotéis e restaurantes caros. Levar reais ou dólares e trocar lá também não vale a pena porque na hora da conversão sempre a gente sai perdendo. A melhor maneira é baixar o aplicativo do Western Union e ir transferindo, via Pix, da sua conta para o Western e retirar lá em moeda local. A taxa é vantajosa. E nunca esqueça de liberar o cartão de seu banco aqui, antes de viajar. Para deslocamentos nas cidades o melhor ainda é caminhar, descobrindo lugares que normalmente as empresas de turismo não falam. Mas se for longe, cheguei à conclusão de que o Cabify é melhor que Uber; então antes de chegar lá já baixe o aplicativo. Muito se fala no "remis", que são carros alugados, mas ainda credito que Uber é mais em conta e, mesmo que seja longe e queira retornar breve, dá para negociar com o motorista para aguardar. Interessante ao chegar lá é comprar um cartão SUBE e adicionar créditos; coloquei cerca de 60 reais de crédito e utilizei toda a viagem e ainda sobrou créditos. E o SUBE é aceito em quase todos os serviços de transporte em todas as cidades do país. Em Mendoza, onde fiquei maior parte da viagem (cerca de uma semana), algumas considerações interessantes: procure não comprar lembrancinhas nas áreas turísticas, como as ruas San Martin, Las Heras e redondezas. Tudo ali é mais caro; tem muito pega-turista. Os passeios mais cobiçados em Mendoza, que todos fazem, visita às vinícolas e alta montanha, também merecem comentários. A não ser que você queria ostentar para depois se mostrar nas redes sociais, não é necessário contratar passeio às vinícolas, que custam acima de 800 reais. Para a região de Maipú, mais perto, vale a pena utilizar o metrô (Tranvia), que custa 4 reais e leva até a estação Gutierrez. Dali pode-se caminhar até algumas vinícolas famosas e, para as mais distantes, existem linhas de ônibus que geralmente deixam no portão. E sempre existe a opção do Uber. Em Maipú, vinícolas famosas como Bodegas Lopez ( a 300 metros da estação e nao cobra visita), Bodega Argentia e Bodega Trapiche ficam muito perto. Também ali perto fica o Museu Nacional do Vinho. A diferença é que quando se paga 800 reais para visitar uma vinícola está incluido degustação de uma taça de vinho; eu ainda acho mais prático passar no mercado, comprar uma garrafa e beber no hotel. E vinho é algo barato lá; exemplo é um premiado DV Catena, da Catena Zapata (simplesmente considerada a melhor vinícola do mundo) que aqui vais pagar cerca de 250 reais e lá custa $ 50. Já para Luján de Cuyo, as vinícolas ficam mais distantes, mas pode-se ir de ônibus do centro de Mendoza até a cidade de Luján de Cuyo e lá pegar outro ônibus ou, mais prático, chamar Uber ou Cabify. Sobre visitas, a maioria das vinícolas não vão cobrar se você vai apenas conhecer; algumas cobram cerca de 30 reais. O interessante é que a maioria das vinícolas abre para visitas apenas as 10 ou 11 da manhã, exatamente porque eles priorizam as pessoas que vão almoçar lá (e pagar caro). Mas fica claro que não precisa ser burguês, ter dinheiro, para fazer passeios maravilhosos. Em Luján pode-se chegar de ônibus em vinícolas famosas, como Belasco de Baquedano (linha 720), Chandon e Norton (linha 760). Já para a Catena Zapata o ônibus é o 710, do centro de Mendoza até o terminal de Luján de Cuyo e depois ônibus 714, mas tem horários muito espaçados que vale a pena um Uber (cerca de 40 reais). Sobre o passeio "Alta Montanha", existem muitas opções, desde 250 até 1200 reais. Mas quase todas as empresas oferecem o mesmo itinerário: parada rápida em Potrerillos, parada em Uspallata para café, parada na Puente del Inca, parada muito rápida no Parque Aconcágua e Las Cuevas. Mas vale o passeio, são paisagens deslumbrantes e , mesmo indo agora em outubro, ainda tinha neve até mesmo na beira da estrada. Mesmo que saia de Mendoza com 25 graus, sempre leve casaquinho pois na alta montanha sempre é frio e principalmente o vento é forte e gelado. Eu contratei pelo Tourclube - https://www.tourclub.com.ar/ - que foi muito profissional e principalmente é o mais barato. E o serviço foi prestado, com excelencia, por Grupo Sur (info@gruposur.tur.ar), Dicas: Em Paraná, um passeio interessante é o Parque Urquiza, onde tem o letreiro para fotos, mas não esqueça de levar repelente porque os mosquitos são infernais. Na cidade de Santa Fé existe um shopping bem próximo do terminal rodoviario, no antigo porto que foi revitalizado. O letreiro da cidade, foto obrigatória, fica junto à ponte suspensa. Córdoba tem o maior terminal rodoviário que já vi; são dois terminais -o antigo e o novo - lado a lado. E ali peto fica a estação ferroviária, de onde parte o "Trem de las Sierras", passeio que recomendo. Apenas chegue cedo porque geralmente tem fila para compra de passagens e é demorado. Sugiro pegar o trem das 7 da manhã, que chegará em Cosquin próximo de 9:50. Para ir até Capilla del Monte demora muito tempo e precisa trocar de trem. A viagem atravessa a serra e vale a pena chegar lá e visitar o Balneário Piedras Azules, que fica cerca de um quilometro da estação e é muito bonito. Eu fui de trem e retornei de ônibus. O terminal rodoviario fica junto à estação ferroviária. O ônibus, na volta, passa por Villa Carlos Paz (cidade do Che Guevara) e é um lugar aprazível, junto ao lago. Mina Clavero é um destino procurado pelos moradores de Córdoba e região, principalmente no verão, mas não tem muita atração turística - exceto os balneários - mas a viagem de Córdoba até lá, pela Serra dos Condoritos é sensacional. Em Rosario, terceira maior cidade da Argentina, não é muito turística, mas tem dois pontos bastante interessantes que são o Parque Independência e a Costaneira, que está sendo remodelada e modernizada. Se alguém pensa em fazer uma viagem semelhante, não precisa carregar peso na mochila com garrafas de vinho. Quando chegar em Paso de los Libres, vá até a Vinoteca Bodega 901 ou a Sabores de Mendoza, que ficam a 800 metros do terminal rodoviario e tem bons preços. Tem ônibus do terminal até o centro a mil pesos. Nao tem locker no terminal para guardar bagagem, mas pode-se deixar na bilheteria da ERSA. Um táxi da rodoviaria de Uruguaiana até a migração, em Libres, custa hoje cerca de 30 reais e para retornar os táxis argentinos custam entre 25 e 30 mil pesos ou cem reais. Se alguem precisar de informação, entre em contato.
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  4. Chegamos em Chalten domingo, dia 12/10, ficamos em Calafate nos dias 10, 11 e no dia 12, domingo pela manha, pegamos um bus fomos pra Chalten (45 mil pesos cada + 2 mil de taxa). Esperamos 5 dias por uma janela para fazer a Laguna, subimos na sexta-feira apenas. Domingo, segunda e terça só chuva, neve e vento absurdo, a partir de quarta a tarde, dia 15/10, já parou de chover e estava parcialmente nublado com aberturas de sol, daí fizemos os Miradores de Los Condores e Aguilas (bom que anoitece lá pelas 20:30, 21 hrs, dias longos). Dia 16/10, quinta, tb estava ok e fizemos o Mirador Cerro Torre. Acompanhando o windguru sabíamos que abriria na sexta e nao deu outra, nos preparamos pra esse dia e deu bom! Dia fantástico, subimos, muito gelo e neve na reta final, grampos e bastones obrigatórios, alugamos lá na vila mesmo. Total da trilha: 12 horas e 30 mins, começamos as 6.30 e voltamos às 19, parando muito, mas só a última subida levou 2hrs por conta do gelo. Valeu cada segundo. Nao recomendo ir nessa época do ano, tem que contar com a sorte, já havíamos ido no verão e nao chove. Boatos lá dizem que, em breve, irão limitar o número de pessoas por dia na trilha. Enfim, tudo preço de Europa, caro demais, qq coisa é caro, relaxa e gasta, nem pensa, tudo custa um absurdo, gastamos uma média de 600 reais por dia só nos rolezinhos de ingressos, almoço fora, bar, mercado, café e jantando em casa, isso sem contar a hospedagem, que na vdd foi até ok o valor que pagamos. Valeu rapaziada, fica o relato pra, quem sabe, ajudar alguém na caminhada! Abs!
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  5. Buenas! Segue o relato da viagem de carro que fizemos em 23/24 em um Kwid 2020 até San Pedro de Atacama atravessando os Andes pelo Paso Jama. Nos destaques do meu Instagram tem o resumo da viagem: https://www.instagram.com/eu.ando.porai/ Link do trajeto que fizemos: https://www.google.com/maps/d/u/1/edit?mid=1qkj4JE96doarzWs5yQXu8tBNK9IWTxs&usp=sharing 22/12/2023 - Porto Alegre -> Santa Maria / 290km Saímos de Porto Alegre lá pelas 10 da manhã e chegamos em Santa Maria perto do meio dia, foi um dia de deslocamento bem curto. Daria para ir direto até São Borja, mas resolvemos parar em Santa Maria para podermos visitar uma gruta no dia seguinte que estava na nossa wishlist há muito tempo... Pela tarde aproveitamos para visitar um pouco da cidade e dormimos em um apartamento que alugamos pelo Booking 23/12/2023 - Santa Maria -> São Borja / 295km Carro abastecido, saímos cedo em direção a nossa primeira parada: Nova Esperança do Sul onde fica uma gruta no estilo cenote ( https://maps.app.goo.gl/HWXZxKfK3fVaHZTw8 ). Visitamos a gruta e a cachoeira que fica no final da gruta e seguimos viagem até São Borja. Chegamos a tarde na cidade e visitamos as principais atrações da cidade. 24/12/2023 - São Borja -> Posadas / 160km Acordamos super cedo, abastecemos o carro do lado brasileiro e fomos para a ponte BR -> ARG fazer a imigração que foi super tranquilo e sem fila ( talvez por ser 24/12 ), mas o câmbio que fica junto a imigração estava fechado e como não tínhamos nenhum peso no bolso fomos até a primeira cidade do lado Argentino para fazer um pouco de câmbio para podermos pagar os pedágios até Posadas. Em Santo Tomé tem um posto 24h da Puma ( https://maps.app.goo.gl/rYq6WsaWXge1Xra7A ) que faz câmbio na lojinha de conveniência, inclusive tem uma placa na porta com a cotação que não é das melhores, mas serviu de quebra galho até chegar em Posadas. O caminho entre São Borja e Posadas foi tranquilo, asfalto razoavelmente bom, 2 pedágios e poucos carros / caminhões. Fomos parados 2x pelos carabineiros, mas foi tudo protocolar, pediram documentos e deram uma olhada para dentro do carro e boa viagem. Chegamos ainda pela manhã em Posadas, fomos direto para o AirBnb que tínhamos reservado e à tarde passeamos um pouco pela cidade, fomos até o Carrefour para comprar mantimentos para viagem e a janta e abastecer o carro. Dia 24 o WU / Pagofacil tava fechado, o jeito foi pagar as taxas e sacar no caixa automático usando o Wise… 25/12/2023 - Posadas -> Presidencia Roque Sáenz Peña / 500km Saímos cedo debaixo de muita chuva ( que para nossa sorte parou logo em seguida ), esse dia também foi de deslocamento até Presidencia Roque Sáenz Peña. Paramos em um posto aleatorio para almoçar e chegamos na cidade no meio da tarde. Nesse dia surgiu o primeiro perrengue, o Airbnb que tínhamos reservado, simplesmente disse que não iria mais alugar, saímos pela cidade atrás de um hotel e por sorte achamos o hotel Orel e pelos adesivos na porta do hotel ( inclusive deixamos o nosso lá também ) muito viajante se hospeda por lá. Jantamos no quarto do hotel mesmo com o nosso kit cozinha portátil. Nesse dia fiz a primeira média de consumo com a gasolina Argentina, no Brasil o Kwid faz 18 ~ 20km/l na estrada a 100km/h, com a gasolina comum argentina fez 27km/l 26/12/2023 - Presidencia Roque Sáenz Peña -> San Miguel de Tucumán / 606km Tomamos café da manhã e abastecemos no posto YPF que fica na saída da cidade em direção a San Miguel de Tucumán, foi um dia de deslocamento de 600km, a estrada não era das melhores com trechos com muitos buracos e kilometros e kilometros com a mesma paisagem. Paramos em um posto YPF perto de Termas de Rio Hondo para almoçar e seguimos viagem até San Miguel de Tucumán. Chegamos a tarde na cidade, depois de fazer o checkin no hotel saímos para dar uma volta pela cidade. O nosso hotel ficava perto da Plaza Independencia, então saímos pelas ruas sem rumo. Visitamos o Museu de Arte Sacra e Museu Histórico Provincial, ambos ficam no entorno da Plaza Independencia. Um fato curioso é que existem galerias que ligam os prédios, são muitos quilômetros de um labirinto sem fim de galerias e lojinhas, ficamos horas rodando pelas galerias e no final achamos uma sorveteria excelente chamado Blue Bell ( https://maps.app.goo.gl/PF9dcfBjshif8YDk9 ), vale a pena experimente, achamos melhor que a hypada Lucciano’s 27/12/2023 - San Miguel de Tucumán -> Cafayate / 225km Dia de cruzar o Tafi del Valle. Como de costume acordamos cedo e partimos em direção a Tafi del Valle. Saindo de Tucuma o inicio da subida é super perto, acho que em menos de 1 hora se chega lá. Começamos subindo o trecho da floresta margeando o rio, tem paisagens lindas, mas como a estrada não tem acostamento é muito difícil parar o carro para olhar uma cachoeira por exemplo. Mais ou menos na metade da subida tem a estatua do Indio e algumas vendas de artesanato e banheiros também ( pagos ). Chegando no topo a paisagem muda pra deserto com lhamas e tudo mais. Tem um paradouro junto ao lago Angostura e outro um pouco mais adiante chamado El Infiernillo que é o ponto mais alto da travessia. Até chegar na Ruta 40 tem so um trecho de aproximadamente 10km de ripio de boa qualidade. Chegando na Ruta 40 passamos pelas Ruínas Quilmes que foi uma grande surpresa positiva. Além da visita às ruínas tem um museu super moderno. Depois seguimos até Cafayate. A cidade fora as vinícolas não tem muito o que fazer. Comemos e fizemos câmbio na farmácia ( o único lugar estava aberto, o WU tava sem sistema ) 28/12/2023 - Cafayate -> Jujuy / 310km Saímos de Cafayate às 7 da manhã pela Ruta 68 para conhecer o Quebrada de las Conchas. Passamos pelos clássicos Anfiteatro e a Garganta del Diablo e muitos outros pontos da ruta. todos vazios praticamente sem turista nenhum. Então saia cedo de Cafayate! Isso acontece pq a maioria das vans de turista vem de Salta e as principais atrações da ruta fica mais perto de Cafayate que Salta. La pelas 10 da manhã começamos a cruzar com dezenas de vans de turismo no contrafluxo indo para as atrações. Passamos em Salta para almoçar e sacar dinheiro no WU ( tem uma agência grande dentro do Paseo Libertad ( https://maps.app.goo.gl/gKJFhnuVd2S1XgTq7 ) que fica na entrada de Salta. Seguimos viagem até Jujuy, a estrada até lá foi super tranquila, como de costume fomos em um Carrefour fazer comprar e preparar a janta no AirBnb. 29/12/2023 - Jujuy -> San Pedro de Atacama / 480km Abastecemos o carro e saímos em direção a San Pedro de Atacama pelo Paso Jama, a estrada é boa e a nossa primeira parada foi em Purmamarca para visitar o banheiro e seguimos viagem. A subida mesmo começa na Cuesta de Lipán e mesmo pra um Kwid foi tranquilo. Depois que passa a Cuesta de Lipán vem um trecho plano passando pelos salares ( que resolvemos deixar para passar na volta ) até chegar na fronteira ARG -> CHL o Paso Jama, mas antes paramos em Susques para almoçar no lendário Hotel Kactus. A fronteira foi tranquila apesar de ser meio confusa. Depois de passar pela fronteira tem mais uma subida até os 5mil metros e começa a descida até os 3mil metros até San Pedro de Atacama. No trecho mais alto o motor 1.0 do Kwid sofreu um pouco, mas foi tranquilo. Levamos aproximadamente 10 horas para fazer os 480km e chegamos sem maiores problemas em San Pedro de Atacama. Continua na parte 2 --> ( em breve )
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  6. Tentei resumir ao máximo para não ficar muito longo, mas é quase impossível hahaha! Foram muitos dias e experiências incríveis! Vou preparar um outro texto só com as principais informações e dicas da viagem. Neste aqui, preferi relatar todos os dias do nosso roteiro de forma bem completa. Achei legal compartilhar os detalhes porque, quando fomos planejar essa viagem, especialmente a parte da Namíbia, foi bem difícil encontrar informações. Cronograma Geral: Dia 1: São Paulo - Joanesburgo Dia 2: Joanesburgo (Ukutula Lion Lodge) Dia 3: Joanesburgo - Kruger National Park Dia 4: Kruger National Park Dia 5: Kruger National Park Dia 6: Kruger National Park - Joanesburgo Dia 7: Joanesburgo - Cape Town Dia 8: Cape Town - Stellenbosch (Rota Cabo da Boa Esperança) Dia 9: Stellenbosch Dia 10: Stellenbosch - Cape Town Dia 11: Cape Town Dia 12: Cape Town Dia 13: Cape Town Dia 14: Cape Town - Windhoek - Etosha National Park Dia 15: Etosha National Park Dia 16: Etosha National Park Dia 17: Etosha National Park - Spitzkoppe Dia 18: Spitzkoppe - Cape Cross - Swakopmund Dia 19: Swakopmund (Sandwich Harbour) Dia 20: Swakopmund - Sossusvlei Dia 21: Sossusvlei Dia 22: Sossusvlei - Luderitz Dia 23: Luderitz (Kolmanskop) - Solitaire - Windhoek Dia 24: Windhoek - Joanesburgo Dia 25: Joanesburgo - São Paulo Tem muitas coisas além disso para fazer nesses dois países, mas conseguimos encaixar somente isso nesses 25 dias pois as coisas são um pouco longe uma da outra, principalmente na Namíbia. Então vamos para o roteiro detalhado: Dia 1: São Paulo - Joanesburgo Foi praticamente só a ida pra lá! Pegamos o vôo da Latam em Guarulhos, São Paulo e viajamos direto para Joanesburgo. Dia 2: Joanesburgo (Ukutula Lion Lodge) Chegamos em Joanesburgo, trocamos dinheiro no aeroporto mesmo, compramos um chip na MTN Store e depois retiramos nosso carro alugado na Hertz. Então seguimos para o Ukutula Lion Lodge, uma reserva e centro de conservação de animais onde faríamos alguns passeios. Logo que chegamos, já fomos surpreendidos! Entre a entrada do Ukutula até os chalés tem uma estradinha e durante esse trajeto vimos o primeiro animal: uma girafa! Almoçamos por lá mesmo e depois fomos para os passeios: Predator Tour: Fizemos um tour pela reserva, onde vimos leões, leoas, hienas e tigres. Visitamos também o centro de conservação e interagimos com dois mini leões e um guepardo. Apesar de estarmos tensos, a interação foi bem tranquila, com os guias sempre por perto. Amamos o passeio!! Bush Walk with Lions: O segundo passeio foi uma caminhada com os leões. Fomos acompanhados por 4 guias até a área dos leões, então abriram o recinto e eles passaram na nossa frente. Nessa hora o coração até para kkkkkkkk Andamos atrás deles junto com o grupo e paramos duas vezes embaixo de uma árvore para tirar fotos e gravar vídeos. O passeio durou mais ou menos 1 hora e valeu super a pena. É um misto de sensações! Depois dos passeios, estávamos bem cansados. Fizemos a escolha certa de nos hospedar por lá. Alugamos um chalé para 4 pessoas e o jantar já estava incluso, então foi só comer e descansar. Algumas considerações: Os animais são extremamente bem cuidados e não são dopados, porém eles ficam dentro de recintos. Então se você é do tipo que não gosta de animais presos, esse passeio não é para você. Os passeios que fizemos não são permitidos para menores de 12 anos. Dia 3: Joanesburgo - Kruger National Park Acordamos bem cedo e pegamos a estrada rumo ao Kruger Park, um trajeto de cerca de 6 horas. As estradas eram ótimas e fomos admirando as paisagens. Por volta das 13h, paramos no The Crossing que é tipo um shopping aberto em Nelspruit. Exploramos algumas lojinhas e almoçamos no restaurante Turn 'n Tender Steakhouse. Muito bom! Não é dos mais baratos, mas tem outras opções para comer nesse shopping se quiser. Dirigimos por mais 1 hora e meia até o Hotel Crocodile Bridge. Esse hotel fica fora do Kruger, mas bem pertinho do portão do crocodilo e de frente para um rio onde os animais vão para beber água. Amamos o hotel! Você se sentia em casa! O quarto era bem bonito, espaçoso e limpo. A área externa era super aconchegante. Tinha um terraço com vários sofazinhos, de frente para o rio para observar os animais. Os proprietários do hotel foram super atenciosos e sempre estavam se preocupando se tudo estava correndo bem. Os jantares não tinham tanta variedade, mas a comida era deliciosa. Toda noite recebíamos uma caixa térmica com o café da manhã para levarmos para o safári, era tão bem servido que dava até para o almoço. Nesse dia nos acomodamos no hotel, jantamos e fomos descansar! Dia 4: Kruger National Park Acordamos muito cedo pois teríamos um safári full day com o hotel. Às 5h20 da manhã já estávamos prontos e indo nos encontrar com o nosso guia, Derek. Ele nos entregou capas para nos proteger do frio, já que o carro era aberto e a temperatura estava lá embaixo. No começo achamos que era um exagero, mas logo que o carro começou a andar agradecemos por ter aquela capa. Ficamos na fila para entrar no portão e fomos um dos primeiros a chegar, quando entramos no parque ainda estava escuro. O Derek nos explicou que veríamos alguns animais pelo caminho, mas não pararíamos, pois o foco inicial era procurar os “cats” já que o amanhecer é o melhor momento para isso. Nosso guia era ótimo e se empenhou muito para nos mostrar o melhor. Vimos impalas, zebras, girafas, elefantes, leões, macaquinhos, várias aves diferentes, hipopótamos. E fizemos algumas paradas durante o passeio todo: 1º - paramos no Park Shop Crocodile Bridge para comprar café. 2º - paramos em um waterhole para tomar café olhando os animais. Foi demais! 3º - paramos no Ntandanyathi Game Viewing Hide que é uma área de observação. 4º - paramos no Lower Sabie Rest Camp que é um camping bem estruturado com lojinha e restaurante. Ótima opção para comprar souvenir e comida. 5° - paramos no waterhole que fica ao lado do Lower Sabie para almoçar e observar os animais. Vimos vários hipopótamos nadando. Dica: nas lojinhas do Kruger tem várias opções de mapas para vender. Alguns tem um check-list dos animais para você ir marcando conforme vai encontrando. Além de ser útil na localização, é divertido ficar encontrando os animais e uma ótima lembrança do parque. Voltamos para o hotel mais ou menos 15h30 e foi uma experiência incrível e inesquecível! De tarde ficamos observando o rio, avistamos um búfalo (o único da viagem inteira) e depois comemos o famoso Braai (como se fosse um churrasco), uma delícia! Dia 5: Kruger National Park Nesse dia resolvemos fazer o safari sozinhos. Acordamos às 5h e fomos direto para o portão do Kruger, pois a fila é bem grande. Às 6h o portão abriu, pagamos o ingresso ali no portão mesmo e entramos. Já tivemos uma super experiência de manhã: assim que entramos o trânsito começou a parar e não estávamos entendendo o motivo. Olhamos no grupo do whatsapp do Kruger em que as pessoas compartilhavam as localizações dos animais que encontravam e descobrimos que tinha um leão ali!! Nesse momento, o Leo, que estava dirigindo, conseguiu cortar o caminho e chegar pertinho deles! Eram dois leões que estavam parados no meio da estrada e tinham acabado de caçar e se alimentar, pois tinha uma carcaça ali perto. Logo os leões se dispersaram e nós seguimos nosso caminho. Tínhamos montado um roteiro para nos guiar. A ideia era subir até a região do Skukuza, pois ouvimos falar que era boa pra ver animais e depois voltar passando pela região de Malalane pois a moça do hotel comentou que era a melhor região para ver cheetah. O início do nosso safári foi ótimo, subimos até a região do Skukuza e conseguimos ver vários animais. Paramos ali no camping, que é bem estruturado e bonito, e aproveitamos para fazer algumas comprinhas e tomar um milk shake. Fomos para o Mathekenyane Hill (Koppie) View Point, que é onde possui uma vista bem bonita e geral do Kruger. A grande desvantagem de fazer safari sozinho é porque não conhecemos a região e nem como funciona a natureza e o comportamento dos animais. Sentimos isso na pele quando estávamos voltando pela rota que passa por Malalane, foi uma péssima escolha. O inverno na África do Sul não tem muita chuva e essa região em especial estava muito seca, tão seca que não tinha nenhuma alma viva! Ficamos andando com o carro por horas sem ver nenhum animal! Foi uma experiência bem legal fazer o safári sozinho, mas se você quiser aproveitar o máximo sem se preocupar com nada, opte por fazer o safári com um guia. Mas é claro que tudo tem um lado positivo! Apesar de ficarmos horas sem ver animais, vimos paisagens muito bonitas e no finalzinho vimos um hipopótamo de pertinho e uma família de javalis! Algumas dicas: Sempre fique atento aos outros carros e aos guias de safári, se ver alguma aglomeração, vai atrás porque provavelmente tem algo interessante. Procure os waterholes. Os animais vão para beber água e acabam sendo os lugares mais fáceis de encontrá-los. Respeite os animais! Vimos uma cena linda de um elefante “tomando banho” e quando ele nos viu, levantou e foi se aproximando do carro, abanando as orelhas. Nosso guia nos explicou que isso era um sinal de que o elefante se sentia ameaçado e que, se não saíssemos, ele poderia atacar. Aproveite as paradas para ir ao banheiro! Parece uma dica boba, mas passamos aperto segurando xixi porque não tinha onde e nem como parar no meio do caminho kkkkk Entre no grupo do WhatsApp do Kruger: https://tr.ee/pnUpSN9Lpt e acesse o Instagram https://www.instagram.com/latestkruger para ter informações em tempo real. Dia 6: Kruger National Park - Joanesburgo Acordamos cedo e seguimos viagem de volta a Joanesburgo. Por ser considerada uma cidade grande e perigosa, optamos por nos hospedar no bairro Sandton, conhecido por ser um dos melhores e mais seguros. Ficamos no Hotel Sky, que nos surpreendeu positivamente! O hotel era bem sofisticado, espaçoso, bem decorado e tecnológico. Nos corredores, tinham máquinas de café à disposição, oferecendo algumas opções para aproveitar a qualquer hora. O hotel também contava com dois restaurantes muito interessantes, bem decorados e o café da manhã excelente e com muita variedade. À tarde, decidimos explorar a Nelson Mandela Square, que ficava pertinho do nosso hotel. No entanto, tivemos um pouco de dificuldade para encontrá-la. Entramos no shopping que fica ao lado e acabamos nos perdendo por lá, que era muito maior do que imaginávamos. Quando estava escurecendo, finalmente encontramos a praça com a estátua do Nelson Mandela e tiramos algumas fotos. A praça é linda, bem iluminada e repleta de opções de restaurantes. Acabamos escolhendo o La Parada para o nosso jantar e achamos OK! Foi nesse dia que descobrimos a Brutal Fruit, uma bebida deliciosa super frutada e levinha! Outra opção que tínhamos para esse dia era fazer um Tour no Soweto, que é um bairro super famoso na história do Apartheid e da segregação racial. Porém nosso tempo era muito curto e acabamos não fazendo. Dia 7: Joanesburgo - Cape Town Acordamos cedo e fomos direto para o aeroporto de Joanesburgo. Entregamos nosso carro na Hertz e depois pegamos o vôo que chegou em Cape Town às 12h30. ALERTA DE PERRENGUE: Depois do vôo estávamos tentando chamar um Uber para o hotel… o app mostrava R350 para ir de van. Naquele caos do desembarque, entre procurar o Uber e nos perder no aeroporto, passamos por uma área cheia de taxistas de colete neon, todos tentando nos abordar. Um deles se aproximou e logo ofereceu uma corrida por R1.000! Claro que achamos um absurdo e dissemos que não dava. Aí ele teve a “brilhante” ideia de passar o serviço para um amigo, que faria por R 400. O Leo confirmou duas vezes se esse preço era para as quatro pessoas e se cabiam as bagagens, e o cara garantiu que sim. Então, lá fomos nós! A viagem foi tranquila, mas, ao chegar no hotel, o taxista puxou a calculadora e começou a multiplicar R400 por 4, querendo cobrar R1.600! Ficamos em choque e o Leo que já estava bem irritado, argumentou que não era isso que tínhamos combinado. O taxista ficou bravo e tentou nos enrolar, mas no final só aceitou. Então, fica a dica: fuja dos taxistas de colete! Chegamos no hotel e já percebemos que a escolha não foi das melhores. Sorte que era para uma noite só! Era super bonitinho, limpo e arrumado. Porém, ficava em um lugar muito alto! Era impossível ir a pé para o centro! E já fica a outra dica: Cape Town é uma cidade enorme e com muitas montanhas, então, considere ter que usar muito uber. Antes de fechar um hotel, veja se ele não fica em uma montanha kkk Esse por exemplo era perto do centro, mas não nos atentamos que ficava no alto kkk Fomos para o V & A Waterfront, um dos pontos mais icônicos de Cape Town, repleto de lojas, restaurantes e atividades. Almoçamos no Santa Ana Spur Steak Ranch, que é uma franquia de fast food da África do Sul. Ficamos a tarde passeando por lá, mas estava com o tempo bem frio e chuvoso. Então quando chegou a noite fomos para o hotel descansar. Mas outras opções legais para fazer seriam passear nos mercadinhos: Green Market Square e Bay Harbour Market. Dia 8: Cape Town - Stellenbosch De manhãzinha, saímos para buscar nosso carro alugado e dirigimos rumo à Nederburg que levou cerca de 45 minutos. Não optamos por pegar o carro no dia anterior para economizarmos uma diária, mas se você prefere ter comodidade já pegue seu carro assim que chegar. Já tínhamos um piquenique reservado para às 10h. Mas como estava friozinho, iniciamos na parte de dentro com uma lareira e um ambiente super aconchegante e depois fomos lá pra fora. O dia estava lindo e o piquenique foi maravilhoso, parecia um almoço! Depois do piquenique, fizemos a degustação de vinhos, que também já está reservada. Maravilhoso! Aproveitamos para passear pela vinícola que tem paisagens lindas e depois seguimos para a vinícola Plaisir De Merle. Não tínhamos nada reservado, ainda bem! Estávamos super satisfeitos e não aguentaríamos fazer outra degustação kkkkk então passeamos por lá, conhecemos as lojinhas, as paisagens incríveis e depois fomos para o hotel. Ficamos no The Salene e acertamos em cheio! Que hotel incrível! Ambiente super chique, paisagem deslumbrante das montanhas, super reservado (tinha praticamente só a gente no hotel) e a vista do nosso quarto era de tirar o fôlego! Aproveitamos para descansar e depois fomos jantar no Bossa! Recomendamos bastante, super descontraído e comida ótima! Dia 9: Stellenbosch Começamos o dia tomando um café da manhã delicioso no hotel e depois seguimos para a Boschendal Farm Shop & Butchery. Que lugar! A Boschendal é uma vinícola enorme com vários ambientes: mercadinhos, lojinhas, degustação, exposição de arte, restaurante, sem contar as trilhas e passeios de bike. Começamos com a degustação de vinhos que já estava reservado (Cellar Door) e depois almoçamos no Restaurante Werf da Boschendal que também estava reservado. Achamos bem carinho, mas era divino! De tarde passeamos pela vinícola para explorar cada cantinho e todas as paisagens maravilhosas! Saindo de lá, passamos na Neethlingshof - 1692, mas infelizmente já estava fechada. Então fomos para o Root44 Market - é um mercado super bonito e diferenciado. É como se fosse um galpão enorme com várias barraquinhas expostas. Comidas de vários países, sobremesas, café, bebidas, artesanato, roupas, bijouterias, tem de tudo lá! Ele é todo cercado de gramado, onde as pessoas vão para se divertir em família e amigos olhando a paisagem maravilhosa das montanhas. Com certeza foi um lugar que nos surpreendeu muito! Depois de explorar o mercado, ficamos conversando no gramado por um tempinho e depois voltamos para o hotel. E para finalizar o dia saímos para jantar no Col'Cacchio, que é uma franquia de restaurantes italianos - achamos super delicioso e o preço é muito bom! Se você é amante de vinhos, vale super a pena investir mais um dia em Stellenbosch! Tem muitas vinícolas para conhecer, os vinhos são deliciosos e as paisagens surreais! Com certeza um dos nossos lugares preferidos da África do Sul!! Dia 10: Stellenbosch - Cape Town (Rota Cabo da Boa Esperança) Nesse dia voltamos para Cape Town fazendo a rota do cabo da boa esperança. Essa rota é muito conhecida e normalmente as agências de viagem começam pela Chapman 's Peak Drive e terminam na Muizenberg Beach. Nós optamos pelo caminho inverso porque ficaria mais fácil por estarmos em Stellenbosch e também para evitarmos muitos turistas. Foi a melhor escolha: os locais que visitamos estavam super tranquilos e o pôr-do-sol deixou a estrada da volta muito mais linda. Nosso Roteiro: Muizenberg Beach (Praia com casinhas coloridas) Boulders Beach (Praia dos pinguins) Cabo da Boa Esperança Cape Point (Farol) Chapman’s Peak Drive Praias Hout Bay até Camps Bay Observação: Prepare-se para pegar muito vento. Quando lemos sobre isso, achamos que era um pouco de exagero. Mas é surreal! Pegamos muito vento do início ao fim. É um vento que até te empurra kkkkkk Além de ser bem frio, o boné/chapéu voa e o cabelo fica todo embaraçado no final do dia. Mas é só se preparar que dá tudo certo! Saímos umas 8h40 em direção à Muizenberg Beach, que é uma praia que ficou famosa por ter umas casinhas coloridas - os vestiários dos surfistas. Paramos por uns 20 minutos para conhecer e tirar fotos. Depois seguimos para a Boulders Beach - a praia do pinguins! As pessoas têm muitas dúvidas de como faz pra acessar a praia e é muito difícil de encontrar essa informação, então vou contar o que fizemos: Logo depois do estacionamento vai ter como se fosse uma portaria. A moça vai indicar pra você seguir à esquerda e seguir o caminho. Seguindo esse caminho, você vai chegar no Boulders Visitor Centre que é onde você vai comprar o ingresso. Passando por essa entrada você vai conseguir acessar uma plataforma de madeira que é onde dá pra ver a praia e os pinguins de longe. Passeie por lá, explore as lojinhas… você pode encontrar também um bichinho fofinho chamado damão-do-cabo. Depois de passear nessa parte, você faz todo o caminho de volta até chegar naquela primeira portaria, perto do estacionamento. Vai ter uma portinha do lado direito. Entre por ela. Quando passamos a moça não estava lá, mas se ela tiver é só apresentar o ingresso. Andando um pouquinho você já vai estar na praia. Quando chegar na praia você vai precisar passar por algumas pedras para chegar nos pinguins. Mas fique tranquilo, porque é bem fácil de passar por elas. Depois disso você vai encontrar os pinguins. Dá pra chegar bem pertinho deles, mas não passe a mão porque eles podem morder e também para respeitar o espaço deles. Seguimos nossa rota para o Cabo da Boa Esperança e essa parte funciona assim: Você chega no portão do parque (Cape Point National Park Toll Gate), paga o ingresso para entrar e continua a rota de carro até chegar no cabo da boa esperança (Cape of Good Hope), que demora uns 20 minutos. Lá você pode tirar foto com a placa famosa e depois subir a montanha. É bem tranquilo e rápido de chegar no topo, mas dependendo do dia venta bastante. Depois disso, tem duas alternativas para ir ao Cape Point (Farol): Trilha: em cima da montanha vai ter uma placa indicando a direção de uma trilha que passa por vistas muito bonitas, pela Diaz Beach e depois chega no Cape Point. Carro: você pega o carro e faz o caminho de volta até encontrar a primeira oportunidade de virar à direita. Segue até o fim da estrada, em direção ao Cape Point (siga as placas de direção que não tem erro) Nós fomos de carro porque senão teríamos que ir e voltar pela trilha para buscar o carro. Na entrada do Cape Point, tem um estacionamento gratuito onde você pode deixar o carro. Lá tem banheiro, lojinha de souvenir e a bilheteria do funicular. Para comer, tem o restaurante Two Oceans que é super recomendado e com vista para o mar, porém não queríamos gastar muito então optamos por comer no food shop que tinha ao lado com opções mais em conta (porém achamos que não é tão bem serviço, os lanches são pequenos kkk). Para quem optar pelo food shop, tem algumas mesinhas do lado de fora para sentar, porém não temos muita paz por causa do vento que leva tudo embora e pelos animais (passarinhos e babuínos) que ficam tentando roubar a comida hahaha Para subir até o farol do Cape Point, você pode ir pela trilha ou pelo funicular. Para ir pelo funicular, você compra o ingresso na bilheteria e depois é só ir para a fila. Você pode subir e descer quando quiser. Fomos pelo funicular e chegando lá subimos mais uma escadaria para chegar ao farol. A vista é surreal de linda e venta bastante, então tomem cuidado para não deixar voar as coisas. Lá em cima também tem lojinha de souvenir e banheiro para quem precisar. Depois de finalizar nossa visita ao Cape Point fomos voltando em direção à Baía Hout pois queríamos passar pela Chapman's Peak Drive. É uma estrada lindíssima beirando o mar com várias paisagens de tirar o fôlego. Como estávamos no finalzinho da tarde, o pôr-do-sol deu um toque especial e as montanhas ficaram ainda mais lindas. Depois da Chapman's Peak Drive, fomos beirando as praias até chegar em nosso airbnb, foi uma paisagem mais deslumbrante que a outra e ficamos impressionados com as casas e carros de luxo que vimos no caminho. Esse foi o roteiro que fizemos e para nós foi excelente. Porém, se tiverem mais tempo e desejarem podem incluir alguns pontos: Kalk Bay, Fish Hoek, Simon’s Town, Mariner’s Wharf. Dia 11: Cape Town Devolvemos nosso carro de manhãzinha e como o tempo estava perfeito, já fomos garantir nossa ida à Table Mountain sem nuvens. Como já tínhamos comprado nossos ingressos pelo site, já fomos para lá e ficamos esperando na fila. Era mais ou menos 9h e já tinha bastante gente, mas não demorou muito. Logo entramos no teleférico, que é bem grande, e subimos. O teleférico vai girando e todo mundo fica em pé, a vista é incrível mas não é muito agradável para quem tem medo de altura kkkkk. É bem alto, mas logo ele chega e lá em cima é mais tranquilo. Ficamos bem impressionados, porque a montanha é bem grande e tem muitas coisas para explorar. Fomos seguindo o fluxo, olhando as paisagens, tirando fotos. É muito legal ir andando pela montanha e ir observando cada paisagem, uma diferente da outra. Lá também tem lojinha de souvenir, um pequeno café com algumas opções para comer e banheiro. Andamos por toda a Table Mountain, ficamos sentados observando um pouco e quando foi mais ou menos 11h50 descemos pelo teleférico. Foram mais ou menos 3 horas que passaram voando. Observação: Também tem a opção de subir e descer por trilha. Fomos para o The Old Biscuit Mill. Esse local possui algumas lojinhas e restaurantes, mas o mais forte é a feirinha que ocorre de sábado (09h - 17h) e domingo (10h - 17h), chamada Neighbourgoods Market. Era uma terça-feira e sabíamos que a feirinha estaria fechada, mas decidimos ir mesmo assim para conhecer. Achamos que não vale muito a pena sem a feirinha, porque o local é bem pequeno, com poucas lojas e fica mais afastado dos outros pontos turísticos. Almoçamos em um restaurante de pizza e depois já partimos para o próximo ponto - Jardim Botânico Kirstenbosch. Observação: Todos esses deslocamentos fizemos de Uber pois em Cape Town é tudo bem longe. Então é bom considerar isso no planejamento da viagem. Chegando no Kirstenbosch, compramos os ingressos, pegamos um café na Cafeteria Vida e Caffè que tem ali na entrada e fomos andando pelo parque. Junto com o ingresso você recebe um mapa que ajuda bastante a entender e andar por lá. O lugar é lindo e o passeio é super gostoso de fazer. Nós queríamos muito chegar naquela famosa ponte que aparece nas fotos, mas foi bem difícil kkkk só conseguimos depois de colocar esse nome no GPS -> Boomslang Canopy Trail (Kirstenbosch Tree Canopy Walkway) então fica a dica. Tem realmente bastante coisa para fazer lá, ficamos mais ou menos 2 horas. No final fomos na lojinha de souvenirs que tem muitas coisas lindas, bem floridas. Dica: Lá tem várias opções de lenços e é uma ótima opção para dar de presente porque não pesa na mala e não ocupa muito espaço. Saindo de lá, pegamos um uber para o Signal Hill pois tínhamos programado de ver o pôr-do-sol lá. Conforme subíamos a montanha, uma nuvem começou a subir junto kkkkk Quando chegamos no topo, o lugar estava todo coberto pela nuvem. Não dava para enxergar nada hahaha Esperamos um pouco, mas não tinha nem sinal de melhorar, então resolvemos voltar. Voltamos com o mesmo Uber, que só estava esperando a gente decidir ir embora kkkkk Um dos desafios de Cape Town é essa rápida formação de nuvens, que ocorre devido aos fatores geográficos, correntes oceânicas e umidade. Embora isso possa interferir nos passeios, não temos como controlar o clima. Então o melhor é ir preparado e sabendo que que isso pode acontecer e encarar o momento com leveza e tranquilidade. Aproveite a experiência, independentemente das condições! De noite, aproveitamos o tempo no Victória & Alfred. Que lugar gostoso, tudo muito bonito e iluminado! Encontramos um grupo cantando músicas africanas ali na parte central do V&A, era mais ou menos 19h30. Foi demais ver eles cantando e dançando! Depois fomos jantar no Gibsons – Gourmet Burgers & Ribs. Muito Bom! Dia 12: Cape Town Tem uma série no Netflix que se chama Somebody Feed Phil em que o Phil Rosenthal roda o mundo explorando a cultura e a culinária de várias cidades. Eu e meu marido amamos essa série e sempre tentamos ir nos restaurantes que o Phil visita. Nesse dia tínhamos 3 lugares da série para visitar e começamos com o Truth Coffee, que é uma cafeteria super estilosa, diferentona e especialista em café. Chegamos lá às 8h30 e tomamos nosso café da manhã. O lugar é cheio de decorações, o cardápio era como se fosse um jornal e os garçons eram super atenciosos. Nos ajudaram com o pedido, porque você tem que pedir a bebida e o tipo do café. Cada café fica melhor com um certo tipo de bebida. Depois do café da manhã nós tínhamos uma degustação geek reservada: É uma sessão de 60 minutos que permite que você experimente e prepare até 4 cafés diferentes guiado por um barista da cafeteria. Além disso, ele mostra como preparar o café no gotejador Abid Clever e no V60. Essa degustação custa R300 por pessoa e pode ser feita em até 6 pessoas.Nós amamos a experiência! Degustamos vários sabores diferenciados e o Elson Ngulube, o barista que nos atendeu, era super gente boa e paciente, principalmente com nosso inglês péssimo kkkkk Aprendemos muito sobre café e super recomendamos a experiência! Depois disso fomos fazer um tour pelo centro de Cape Town a pé: Primeiro passamos na frente do Parlamento da República da África do Sul e depois fomos para o The Company's Garden. É um jardim muito bonito, mas a atração principal foram os esquilinhos. Quando chegamos lá, um esquilinho correu na nossa direção e chegou bem pertinho. Achamos aquilo engraçado porque normalmente eles fogem da pessoas, mas foi aí que descobrimos que eles estão acostumados a receber petiscos das pessoas. Tem um cafezinho em uma lojinha chamada Heritage Shop at The Company's Garden ali no jardim onde eles já vendem saquinhos prontos com castanhas, próprias para distribuir para os esquilinhos. Então fomos correndo comprar e depois saímos caçando os esquilinhos. Foi um dos momentos mais divertidos do dia, os esquilinhos vinham pegar na nossa mão e alguns chegaram até a subir na nossa perna. Depois de brincar muito com eles, fomos conhecer a St George 's Cathedral, uma igreja bem bonita. Entramos para ver como era por dentro, sem custo nenhum. Depois fomos para a Long Street em direção ao Bo-Kaap. Para quem não sabe, o Bo-Kaap é um bairro histórico conhecido por suas casas coloridas e uma rica herança cultural. Originalmente, era uma área habitada por muçulmanos, muitos dos quais eram escravizados trazidos de diversas partes do mundo, incluindo a Malásia e a Indonésia. Lá também tem um pequeno museu com mais informações sobre a história do local. Passeamos pelas ruas com as casinhas coloridas e depois fomos almoçar no Faeeza's Home Kitchen, outro lugar da série do netflix. Estávamos super ansiosos por esse lugar, porque além de termos assistido sobre ele, iríamos provar comidas típicas. Tem a opção de fazer reserva, mas nós não fizemos e fomos atendidos normalmente. Comemos: - Samoosas (como se fosse um pastelzinho) - Bobotie (Traditional Beef) servido com arroz, legumes e picles de beterraba. - Curry de frango servido com arroz, vinagrete e uma massa parecida com panqueca. - Para beber pedimos soda saborizada (ficou super parecido com uma Pink Lemonade) Que comida maravilhosa!! Nós amamos!! Para nós que não estamos acostumados, era tudo bem picante. Mas era muito saboroso e delicioso! Super recomendamos!! De lá fomos passeando pelo centro em direção ao próximo lugar que vimos na série, o Honest Chocolate Cafe. É uma cafeteria pequenininha e aconchegante com vários chocolates diferentes. Fizemos nosso pedido e sentamos em alguma mesinha para apreciar o chocolate e aproveitar para descansar um pouco. De lá, pegamos um uber e fomos para a Lion’s Head para fazer a trilha. O motorista nos deixou na base, onde começa a trilha e fomos subindo. A trilha vai contornando a montanha, porém ela não tem um fim. Chega uma hora que começa a ficar perigoso e meio que não tem mais para onde ir, então voltamos e decidimos seguir uma outra trilha que vai em direção ao signal hill e chega em uma mesquita. Veja o percurso que fizemos: Observação: O percurso é aberto e bem tranquilo, mas se você não curte trilha, talvez esse não seja um passeio legal. A primeira parte tem muita subida e a segunda é praticamente só descida com bastante pedra no caminho. Você pode optar por fazer só um pedacinho e ficar olhando a vista que é maravilhosa, ou pode ir para o signal hill assistir o pôr-do-sol. O segundo eu acho que vale mais a pena se não for para fazer trilha, porque pode ir de carro e é bem melhor para sentar. Nós gostamos muito da experiência de fazer a trilha, cansamos um pouco mas no final vimos um espetáculo de pôr-do-sol ali em frente a mesquita. De lá, pegamos um uber para o airbnb. Como estávamos bem cansados, de noite comemos um McDonalds que tinha ali perto e ficamos descansando. Uma opção seria conhecer o mercadinho Oranjezicht City Farm - só não esqueça de confirmar o horário de funcionamento. Dia 13: Cape Town Nesse dia fizemos um tour pelas praias de manhã: Clifton Beach - é dividida em 4 praias, separadas por pedras. Porém o que as pessoas não contam é que o acesso dessas praias é uma escadinha super íngreme entre algumas casas particulares (dá um medo de estar no lugar errado kkkk). Ou seja, para ir em todas as praias você tem que ficar subindo e descendo essas escadinhas. A nossa sorte é que o uber sem querer nos deixou já na segunda praia kkkk. Então nós descemos, conhecemos a praia e passamos para a terceira pelas pedras. Não foi super tranquilo, mas conseguimos passar kkkk. Da terceira em diante não dava pra passar, era bem mais perigoso, tivemos que subir. E como a praia não tinha nada demais, decidimos não ir na quarta, então fomos seguindo o caminho. Camps Bay Beach and Table Mountain View Point - esse é o lugar onde tem aquela famosa vista panorâmica dos 12 apóstolos. É perto da Glen Beach e se você colocar no google maps ele te guia certinho até lá. Fomos a pé mesmo, pela estradinha. Tiramos bastante foto e ficamos um tempo observando. Camps Bay Beach - continuamos seguindo pela estradinha até a camps bay. Achamos essa a praia mais bonita, ela é bem extensa e tem uma calçada para andar. Chegamos até a Camps Bay Tidal Pool, que é como se fosse uma piscina natural. Ficamos um tempinho ali observando. Fomos também em um pequeno mall que tem ali na frente com algumas lojinhas para conhecer. Obs.: nessa praia costuma ter bastante gente abordando os turistas para vender artesanatos. Mas, é só agradecer e ir andando. De lá pegamos um uber até o V&A e aproveitamos para conhecer melhor de dia. Vimos a roda gigante, passeamos pela passarela que tem ali em frente e depois fomos almoçar no Col'Cacchio. Passeamos mais por lá e depois fomos para o Aquário Two Oceans. Do lado do aquário encontramos um lugar super legal chamado The Watershed, é um galpão enorme onde vários artesãos vendem seus trabalhos. As coisas não são baratas, mas são peças diferenciadas. Encontramos por acaso e gostamos muito! Compramos nosso ingresso do aquário na hora mesmo e fizemos a visita. O aquário não é tão grande, bem menor que o de São Paulo por exemplo, mas gostamos da experiência. Deu para conhecer e ver vários animais marinhos. No final tem uma lojinha com vários souvenirs. Para nós valeu a pena ter essa experiência. Tínhamos planejado conhecer o Green Point Stadium, porém o único jeito de entrar seria para assistir algum jogo. Então nem fomos para lá, conseguimos olhar de dentro do Uber que por acaso passou na frente. Nesse dia, estávamos bem cansados e precisávamos arrumar nossas coisas para ir para a Namíbia no dia seguinte. Então comemos McDonald 's de novo e ficamos de noite no Airbnb. Dia 14: Cape Town - Windhoek - Etosha National Park Acordamos cedo e fomos direto para o aeroporto de Cape Town. Pegamos nosso voo às 7:00 que chegou em Windhoek às 09:10. Assim que chegamos, o transfer da Namibia2Go (empresa que aluga carros) já estava nos esperando, ele nos esperou trocar o dinheiro no câmbio e depois já partimos. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: tivemos uma grande dificuldade com a internet na Namíbia. Não levamos nenhum chip pois é muito difícil de encontrar na internet para comprar e quando chegamos lá também não conseguimos comprar. Tanto na loja do aeroporto quanto na loja do centro estavam com os chips esgotados. Sorte a nossa que tínhamos reservado internet com a Namíbia 2go, pois foi o único ponto de internet que tivemos durante toda a viagem na Namíbia. Fomos para a Namibia2go buscar nosso carro - alugamos uma Hilux 4x4 com 2 barracas em cima pois iríamos acampar por vários dias! Eles explicaram direitinho como funcionava cada coisa do carro e é super tranquilo de entender. De lá, fomos em um mercado que fica ali do lado, chamado Checkers para comprar comida e abastecer o carro. Então seguimos viagem pois precisaríamos ir para o Etosha National Park (+/- 5 horas). A estrada parecia que nunca iria acabar, é uma reta eterna. Bem fácil de dar sono, então tem que ter bastante cuidado. Apesar de difícil, você encontra posto de gasolina durante o caminho, mas nós decidimos seguir viagem direto. Chegamos no Onguma Tamboti Campsite mais ou menos 18h da tarde, fizemos o check-in e depois já fomos para o nosso espaço montar a barraca. Esse camping fica fora do parque e é bem estruturado, as áreas de camping ficam bem reservadas e isso foi bom por ter sido a nossa primeira experiência. Obs: Todos os campings nós planejamos e reservamos antes. Nenhum de nós 4 tinha experiência com camping, então ao mesmo tempo que estávamos ansiosos e animados, também estávamos um pouco apreensivos. Nesse primeiro dia ainda estávamos nos adaptando com tudo, mas foi bem tranquilo. Assim que terminamos de montar a barraca, escureceu. Então tivemos que cozinhar no escuro, mas deu super certo. O jantar foi macarrão à bolonhesa. Esse camping era bem legal, porque tinha banheiro e área privativa para lavar louça - não esqueçam de comprar detergente, bucha e um pano kkkk primeiro erro de quem nunca acampou!! Depois do jantar fomos observar um pequeno waterhole que tinha no camping. Infelizmente não vimos nada, então fomos dormir. A primeira experiência dormindo na barraca foi ótima, dormimos super bem. A barraca é enorme - só para ter uma ideia, o Leo mede 1,92m e ainda sobrava espaço para ele. Dia 15: Etosha National Park (Onguma para Okaukuejo) Acordamos bem cedo, 5h30 da manhã, fizemos o café da manhã (Café e ovo) e saímos para o safári no etosha. Passamos pelo portão às 7h30, pagamos e seguimos viagem. Primeira dica: compre um mapa do etosha e um mapa da Namíbia. Com certeza você vai usar, principalmente quando estiver sem internet kkkkk. Como no Etosha não tem app e nem grupo de whatsapp para ajudar na localização, nós pesquisamos os principais waterholes e fomos seguindo em direção ao Okaukuejo, que seria o nosso próximo camping: Fizemos todo esse trajeto e chegamos no Okaukuejo às 15h da tarde. Já vou adiantar nossas impressões sobre o Etosha. Não é que o safári de lá foi ruim, mas como nós fomos com a visão de que seria igual ao Kruger, foi meio que uma expectativa quebrada. O Etosha é totalmente diferente do Kruger em vários aspectos: - O solo é bem mais seco; - Vimos os animais mais em bando - enquanto no Kruger nós vimos eles mais sozinhos; - Os waterholes estavam quase todos secos; - Muito mais difícil de encontrar os animais; - A estrada é horrível, muito muito horrível kkkk mesmo com 4x4. A experiência foi incrível e valeu a pena porque foram safáris bem diferentes. Vimos vários animais diferentes e a experiência do camping é bem legal. Porém nós não imaginávamos que seria tão difícil de encontrar os animais, às vezes ficávamos horas sem ver nada, na estrada infinita, sem internet, sem música kkkkkkk Se eu fosse novamente, acho que faria os dois safáris do Etosha com guias. Até tentamos pegar um passeio para o dia seguinte, mas já estava lotado, então é bom reservar antes. O Okaukuejo é diferente do outro camping, ele fica dentro do parque e é enorme. Tem várias áreas de camping, chalé, piscina, restaurante, mercadinho. Mas o mais incrível de lá (e por isso bem concorrido - Fica esperto porque quase não conseguimos ficar lá) é que ele fica do lado de um waterhole que lota de animais a noite. Logo que chegamos, já fomos direto para o posto de gasolina pois estávamos com pouquíssimo combustível. Quando chegamos lá, o frentista nos disse que o diesel tinha acabado. Ficamos desesperados, porque estávamos contando com esse posto para abastecer o carro. Tentamos conversar, mas ele não colocou. Nos acomodamos, montamos nossa barraca e fomos lá observar o waterhole. É bem legal, porque tem vários lugares para sentar e as pessoas ficam todas quietinhas observando hahaha. Assistimos ao pôr-do-sol junto com um elefante bebendo água. Coisa mais linda! Depois fizemos nosso jantar: Arroz, feijão (era enlatado, mas estava bom), ovo frito, batata e milho. E voltamos no waterhole - Foi outro espetáculo de noite, ficamos até +/- 22h30 olhando os elefantes e as girafas e quando estávamos quase indo embora apareceram 3 rinocerontes!!! Na nossa opinião, essa experiência no Okaukuejo foi uma das melhores do Etosha, os animais vão se aproximando, a gente fica naquela expectativa tentando descobrir o que é, naquele silêncio ouvindo só o som da natureza. É literalmente como se estivéssemos assistindo um pouquinho da vida noturna dos animais! Dia 16: Etosha National Park (Okaukuejo) Acordamos cedinho, preparamos nosso café da manhã e fomos novamente tentar colocar combustível no carro. O Leo ficou conversando e insistindo com o frentista, falando que tínhamos viajado até aqui e que precisávamos de diesel. Então ele colocou só um pouquinho e disse que dava para chegar no posto de Halali. Ficamos bem tensos, mas não tinha muito o que fazer, então partimos para nosso segundo safári e fizemos essa rota: Chegamos em Halali e adivinhem kkkkk sem diesel também e pra ajudar também estava sem água. Aproveitando o contexto, essa é uma dica que gostaríamos de ter recebido antes: Levar muito hidratante de corpo, de rosto e de lábios. Além disso, sempre ter um estoque de água no carro. A Namíbia é absurdamente seca! Nós que não temos o hábito de passar muito creme no corpo, usamos meio pote de creme logo nos primeiros dias. E no rosto nós passávamos bepantol de neném que era a única coisa que hidratava (detalhe: nossa pele é mista a oleosa). Compramos um sorvete, fomos ao banheiro e voltamos para o Okaukuejo. Graças a Deus a gasolina foi suficiente! Chegando no camping um gringo veio conversar com a gente para trocar informações sobre o safári, pois ele também estava com dificuldade de encontrar os animais. Comentamos sobre a dificuldade de encontrar combustível e então ele nos informou sobre o posto Petrosol - Taleni Etosha Outpost. É um posto que fica fora do parque, a uns 25km do Okaukuejo, mas ele nos garantiu que lá tinha diesel. Então resolvemos arriscar pois era a nossa única opção. Fomos até lá e finalmente conseguimos abastecer, completamos o tanque! Além disso, o frentista nos ofereceu o conserto da placa do carro que tinha soltado durante o safári. Foi bem rápido e ele nos deixou livres para decidir o quanto pagar. Neste posto tem também um restaurante e um mercadinho bem legal, então fomos conhecer e aproveitamos para almoçar. É um lugar bem gostosinho para comer! Voltamos para o parque e fizemos mais um safári de tarde. Seguimos essa rota: Conseguimos ver: girafa, zebra, orix, impala e uns esquilinhos muito fofos. Chegamos no camping de tardezinha, montamos a barraca e fomos para o waterhole assistir o pôr do sol. Foi um espetáculo! Tinham vários animais bebendo água, ficamos observando eles por um tempo. De repente os animais começaram a sair e ir embora.. Descobrimos o motivo depois de um tempo: Era uma família de leões que chegou para beber água!! Foi incrível!! Ficamos lá até 19h30 e depois fomos cozinhar. Nesse dia jantamos macarrão ao molho sugo e ovo cozido. Depois voltamos para o waterhole para ver os animais. Logo que chegamos, tinha uma manada de elefantes!! Ficamos admirados!! Depois começou a chegar alguns rinocerontes e até presenciamos um pequena briga entre eles kkkkk Ficamos lá até umas 22h30 e depois fomos descansar para o próximo dia! Dia 17: Etosha National Park - Spitzkoppe Saímos mais ou menos 7h20 do Okaukuejo em direção ao Twyfelfontein, que é um sítio arqueológico com várias pinturas rupestres. O caminho até lá é longo, mais ou menos 3h40, mas parece ser mais longo ainda por 3 motivos: Vários pedaços da estrada são péssimos Estávamos sem internet Não tinha música no carro Se você for fazer essa roadtrip pela Namíbia, não esqueça de pensar em algum entretenimento. Algum livro, algum jogo que dê para jogar no carro, pen-drive com música, comidinhas… Seja criativo, mas lembre-se que o negócio na Namíbia é roots - Nosso carro era ótimo, mas só tinha uma entrada USB que usávamos para conectar o roteador da internet, que mal funcionava kkkkk Não podíamos usar muito o celular, pois ficávamos com medo da bateria acabar. Levamos 2 power banks muito bons, mas nos campings tinham poucas tomadas para carregar tanta coisa. Eu não levei livro para não ocupar espaço na mala, mas confesso que eu (Nati) me arrependi muito. Apesar das paisagens serem lindas e muito diferentes, a estrada acaba cansando bastante porque é uma reta infinita. Complicado também para quem está dirigindo, pode dar bastante sono. Chegamos no Twyfelfontein por volta das 11h40. Para quem tem dúvidas de como chegar até lá, é só colocar no GPS: Twyfelfontein or /Ui-//aes. Chegando lá, paramos no estacionamento e seguimos um caminho a pé até a bilheteria. Estava um calor insuportável! Pagamos o ingresso e seguimos o guia que estava esperando para nos atender. O caminho é curto com algumas paradas, mas naquele calor acabamos cansando e desidratando rapidinho. Nosso guia nos falou que fazia 2 anos que não chovia naquela região e dava para perceber pelo clima totalmente seco. Nosso guia era muito simpático e foi nos explicando todos os detalhes. É uma sensação inexplicável ver as pinturas pessoalmente, lembramos muito das fotos das apostilas da escola. O tour durou mais ou menos 1 hora. O final foi sofrido porque não estávamos aguentando de calor e sede. Chegamos no carro e bebemos muita água! Saindo de lá, fomos abastecer o carro em um posto que ficava no meio do nada kkkkkkk chama Petrosol - Twyfelfontein Country Lodge - Fuel station. Depois seguimos para Spitzkoppe Community Rest Camp, mais 3 horas e meia de estrada. Que estrada linda, parecia que estávamos em outro mundo! Quanto mais perto de spitzkoppe, mais montanhas de pedra apareciam no caminho. Uma mais linda que a outra! Esse camping era um desafio para nós kkkk não tinha energia elétrica e acamparíamos bem no pé da montanha. Estávamos ansiosos para ter essa experiência! Chegamos, fizemos nosso check-in e a moça nos entregou um mapa do camping (que era gigante). Nos explicou rapidamente sobre cada lugar e disse que era só escolhermos o local que queríamos e nos instalar. Logo na entrada, tem 2 banheiros com portas. Um pouco para frente tem a área dos chuveiros (Alguns são aquecidos) e pia para lavar louça. Andando um pouco mais tem um estacionamento, seguido de um pequeno restaurante (aberto das 9h às 19h) e mais dois banheiros. Esse banheiros não possuem portas, somente paredes fechadas por correntes para sinalizar que está ocupado kkkkkk As áreas de camping são bem longe umas das outras e cada uma tem um lugar para fazer xixi, mas é bem nojento - é simplesmente um buraco com uma cerquinha de bambu. Como já era tarde, paramos ali do lado dos chuveiros para garantir o banho no claro e depois fomos até o restaurante para comer um lanche. Enquanto esperávamos, andamos um pouquinho por lá para ver a paisagem. Tem uma balança ali do lado bem de frente para a montanha. Jantamos e depois fomos montar nossa barraca, decidimos ficar em uma das primeiras áreas de camping, bem no pé da montanha. Apesar de não ter energia, o ambiente não estava tão escuro porque estava com uma super lua cheia brilhante iluminando o camping. Sentamos ali e ficamos um tempão conversando e jogando aqueles famosos joguinhos que não precisam nem de cartas e nem de tabuleiro. Terminamos nossa noite ali e depois fomos descansar. Foi uma delícia ter esse tempo, sem distrações de internet e em um dos ambientes mais diferentes que já fomos!! Dia 18: Spitzkoppe - Cape Cross - Swakopmund Acordamos cedinho, fizemos nosso café e fomos conhecer o Natural Arch ou The Bridge, não sei exatamente o nome correto. A localização é bem confusa, mas fomos nos encontrando. Seguimos de carro o GPS até o Natural Arch, paramos ali e depois fomos tentando encontrar um caminho a pé kkkk tem que ir andando pelas pedras e subindo até chegar na pedra que parece que tem um buraco no meio. É lindo demais! Tiramos várias fotos e depois, seguindo um pouco mais, tem a vista panorâmica da montanha de pedra!! É uma disputa de qual paisagem é mais bonita! Saindo de lá, pegamos o carro e paramos em uma área para fazermos o almoço. O legal deste camping é que é enorme, então tem muitas áreas disponíveis e não tem ninguém. Então você fica super livre e a vontade para parar onde quiser e em qualquer hora do dia. Comemos nosso almoço: arroz, ovo mexido, batata e feijão (enlatado). Foi uma delícia cozinhar e comer ali, no meio das árvores e da paisagem linda. De lá, fomos até a pia (perto da recepção) para lavar a louça, usarmos o banheiro e depois seguimos viagem em direção ao Cape Cross. Vamos expor aqui os principais pontos negativos e positivos que achamos sobre o camping: Positivos: Paisagens lindíssimas Você consegue se desligar totalmente da tecnologia e se conectar com a natureza. Silêncio e paz Você vai viver uma experiência totalmente única e inexplicável Apesar de não ter energia, tem chuveiro quente e restaurante (9h às 19h) Parece que tem só você no camping, então você fica muito livre por lá. Negativos: Banheiro: os únicos banheiros “usáveis” são da recepção, longe das áreas de camping. Então se precisar ir ao banheiro durante terá que ir atrás de alguma pedra, que é melhor do que usar aquele buraco. Banheiros sem porta. A pia e os chuveiros também ficam perto da recepção, então precisa ir de carro até lá. Para mulheres: não tem espelho e não tem como usar secador/chapinha. Não tem como carregar o celular e outros equipamentos. As coisas ficam bem longe uma da outra, tem que ir de carro (consequentemente tem que desmontar a barraca também) Apesar dos pontos negativos, nós amamos a experiência no camping e com certeza voltaríamos! Pode ter alguns perrengues, sim! Mas se posso te dar um conselho, não se apegue às coisas supérfluas (energia, celular, internet, secador de cabelo), aproveite o momento! A energia não fez falta nenhuma para nós enquanto estávamos lá e por outro lado, tivemos uma das experiências mais diferentes e incríveis das nossas vidas. Saímos mais ou menos às 13h de Spitzkoppe e chegamos às 15h em Cape Cross Gate, onde tem a colônia de focas. Você para nesse portão e faz o pagamento das entradas na bilheteria. Feito isso, você pega o carro novamente, entra pelo portão, vira à esquerda até chegar na colônia de focas (Cape Cross Seal Reserve). Chegamos na reserva de focas, paramos no estacionamento que tem ali e já ficamos impressionados com a quantidade de focas. Muitas!!! Na frente do estacionamento tem uma passarela de madeira fechada que contorna a praia, onde os turistas podem ir andando para observar as focas. Quando chegamos, as focas tinham invadido uma parte do estacionamento e uma delas estava deitada na frente do portão da passarela kkkkk fomos com cuidado entre elas (elas são bem bravas) e pulamos a passarela. Fomos andando pela passarela, observando as focas! Algumas partes da passarela estavam destruídas e as focas conseguiam entrar nela, não achamos isso tão seguro, mas era só começar a bater o pé que elas saíam do caminho. Muitas pessoas falam um pouco mal de lá, então aqui vão nossas considerações e opiniões: O cheiro é horrível sim!! Muito forte e insuportável! Levamos máscaras e usamos o tempo todo. Depois do passeio, ficamos fedendo foca kkkk o corpo, o cabelo, a roupa. Tudo hahaha! Achamos a parte da passarela descuidada, porque tem vários buracos. Vimos somente uma foca morta, logo no comecinho. Mas há relatos de pessoas que viram bastante focas mortas, acho que depende da época. Apesar de todos os pontos negativos, para nós foi uma parada que valeu a pena. Gostamos bastante de ver as focas, conhecer o som delas e ver um pouquinho como elas vivem em comunidade. Saindo de lá, fomos direto para Swakopmund. Obs: Na estrada perto de Cape Cross, vimos várias pedras rosas expostas para venda sem nenhum vendedor. Ficamos super animados achando que era alguma pedra preciosa e paramos para comprar kkkkk estávamos escolhendo a mais bonita quando caiu nossa ficha, eram pedras de sal! Eram muito bonitas e legais, mas acabamos desistindo de comprar porque não teria muita utilidade para nós. Chegamos em Swakopmund por volta de 18h, uma cidade de praia bem bonitinha, mas quando saímos do carro, assustamos com o cheiro. Não era tão ruim igual o das focas, mas era bem forte. Um cheiro de maresia misturado com peixe kkkkk! Ficamos hospedados em um ótimo airbnb, um apartamento bem grande e super bonito. Nos acomodamos, tomamos um banho pra tirar o cheiro de foca kkkk e depois fomos jantar no Kücki's Pub, um lugar bem legal e com uma comida excelente. Aproveitamos para experimentar as carnes de game e de orix! Estavam incríveis!! Depois do jantar, estávamos cansados e já estava tarde, então fomos descansar. Dia 19: Swakopmund (Sandwich Harbour) Acordamos cedo e fomos tomar café da manhã no Slowtown Coffee Roasters, que é uma cafeteria que amamos. Ambiente super gostoso e a comida estava uma delícia. De lá fomos para o Super Spar fazer mais uma compra de comida, pois passaríamos os próximos dias em camping. Deixamos as compras no airbnb e fomos fazer um tour pela cidade. Lá é bem pequeno e não tem tantas coisas para fazer, mas é super bonitinho e gostoso de passear. As construções da cidade tem um estilo alemão! Fizemos esse tour todo a pé: Saímos do nosso airbnb e fomos andando pela praia. Passamos pela praça super arborizada e bonita chamada Arnold Schad Promenade até chegar no Swakopmund Mole e no Aussichtpunkt Swakopmund Meerblick. Essa parte é como se fosse uma pequena península com vista para o mar. Fomos em direção ao farol (Swakopmund Lighthouse), que passamos só na frente, mas tem como entrar e subir nele. Passamos na frente do Woermannhaus, que é um edifício histórico bem bonito e depois fomos voltando para o apartamento por dentro da cidade, passeando pelas lojinhas, pois infelizmente nosso tempo era curto. Alerta de perrengue: passamos um super sufoco para conseguir trocar dinheiro. Nesse dia tínhamos um tour para o Sandwich Harbour reservado e a agência nos informou que aceitaria apenas dinheiro como pagamento. O Leo já tinha separado esse dinheiro desde o primeiro dia na Namíbia, mas quando chegamos no apartamento e fomos contar, percebemos que estava faltando. Não tínhamos mais dinheiro e nossos amigos também não. Estávamos em cima da hora, então saímos desesperados para tentar trocar em algum lugar. Depois de muitos perrengues kkkkk conseguimos finalmente trocar (sorte que tínhamos uma nota de dólar, porque o câmbio não aceitava cartão). Fomos voando para a agência do tour, que ficava em Walvis Bay, e chegando lá não conseguíamos encontrar o lugar. Era tudo muito confuso e tivemos que pedir ajuda para uma moça, que viu nosso desespero e nos ajudou kkkkkk depois de todo esse desespero, chegamos lá e adivinhem: a agência aceitava cartão!!!!! Que sufocooo!! Após todo esse perrengue, nos encontramos com nosso guia, Dino (Bernardino), e começamos o tour. Fizemos uma breve parada na Lagoa Walvis Bay para observar os grupos de flamingos e outras aves que habitam a região. Normalmente, o tour segue pela praia, mas como a maré não estava favorável, tivemos que seguir por um caminho alternativo por dentro. Passamos por um lago rosa, onde há uma fábrica de sal, algo realmente impressionante. Curiosidade: os flamingos nascem com penas cinzas e, conforme se alimentam das algas pigmentadas nos lagos, suas penas vão adquirindo a cor rosa. Seguimos para a duna principal do Sandwich Harbour. A viagem até lá demora um pouco, mas a diversão de atravessar dunas, cada vez mais altas, torna a experiência ainda mais emocionante. Como estávamos sozinhos no carro, o tour foi bem exclusivo, e o guia, percebendo que gostávamos de uma adrenalina, desceu por dunas enormes que davam um friozinho na barriga hahaha. Chegamos ao local onde a vista do deserto se encontra com o mar, e a paisagem é simplesmente deslumbrante! O guia fez uma pausa ali, e tivemos a oportunidade de descer e caminhar um pouco. Uma mesa de almoço foi montada com várias opções de comidas e bebidas, e ficamos um bom tempo ali, aproveitando a vista, antes de retornar. A volta foi ainda mais cheia de adrenalina, principalmente porque o guia acelerou em algumas dunas, o que foi super divertido kkkkk. Seguimos o caminho de volta até a agência, e no percurso, avistamos alguns orix e uma raposinha. Chegamos na agência ao final da tarde e, em seguida, fomos para o Airbnb. Sobre o tour: adoramos e achamos que valeu cada centavo! É essencial contratar um guia especializado para esse tipo de tour, pois dirigir na areia, especialmente nas dunas, é bem difícil e é fácil ficar atolado. Além disso, os guias sabem exatamente o momento certo para seguir pela praia ou mudar a rota, dependendo da maré. Quando é necessário seguir por dentro, não há caminho definido, então é preciso conhecer muito bem o local. https://www.sandwich-harbour.com/activities/half-day-sandwich-harbour-4x4-excursion/ De noite fomos jantar no Jetty 1905 Restaurant, onde tínhamos uma reserva. Esse restaurante é mais chiquezinho e fica em cima de um píer. O preço é caro, mas não é absurdo. Gostamos de lá, porém acho que é mais interessante ir de dia por ser no pier. Dia 20: Swakopmund - Sossusvlei Acordamos cedo e, por volta das 7h00, já estávamos a caminho de Sossusvlei, a principal atração do deserto do Namibe. Inicialmente, planejamos parar na Duna 7, mas o caminho estava fechado, então seguimos viagem. Por volta das 9h30, fizemos uma breve parada no famoso Trópico de Capricórnio, onde ficamos cerca de 20 minutos tirando algumas fotos. Seguimos para Solitaire, uma mini-cidade que é parada obrigatória para quem viaja pela região. Além de ser um lugar super charmoso e interessante para explorar, é o único posto de gasolina até Sossusvlei. Solitaire tem um mercadinho, restaurante e uma padaria famosa pela "apple pie". O lugar tem um clima único, com cenários de deserto e vários carros abandonados. De acordo com o nosso roteiro, chegaríamos mais tarde, já que a ideia era parar na Duna 7, então tivemos que fazer hora até o restaurante abrir. Aproveitamos para passear um pouco por lá antes de almoçarmos no restaurante local. Depois, decidimos tomar um café e experimentar a famosa torta de maçã. Achamos muito boa, porém nada demais kkk acho que as pessoas fizeram tanta propaganda que nossas expectativas estavam altas demais hahaha. Após abastecer o carro, por volta das 13h, seguimos para o Sesriem Campsite. Fizemos o check-in, entendemos como o local funcionava e logo partimos para explorar o Sesriem Canyon, onde passamos cerca de uma hora apreciando as formações rochosas e a vista incrível. Antes disso, fomos ao escritório do parque para garantir as autorizações de entrada para aquele dia e o seguinte. Isso é importante, pois se quiser sair cedinho, já é bom ter a autorização. Às 16h, decidimos dar uma passada na Duna 45, para conhecer o caminho e ver o cenário, já que no dia seguinte planejávamos ir bem cedinho para assistir ao pôr do sol. O trajeto é tranquilo, é só seguir a rota. Quando chegamos, a paisagem era tão surreal que ficamos empolgados e subimos um pedaço da duna, mas sem chegar até o topo, já que a ideia era deixar isso para o dia seguinte. Voltamos para o camping antes do pôr do sol para montar nossas coisas. Depois foi hora de descansar, cozinhar o jantar, bater um papo e nos preparar para o dia seguinte. Dia 21: Sossusvlei Acordamos bem cedinho e saímos por volta das 6h20, chegamos na base da Duna 45 às 7h e começamos a subir. Esse horário não tinha muita gente e estava bem frio, mas conforme fomos subindo o corpo foi esquentando. Demoramos 30 minutos para subir e achamos tranquilo. Cansa sim, mas o segredo é ir parando e seguir o seu ritmo. O horário ajudou bastante também por não ter sol. Assim que chegamos lá em cima, sentamos na duna e ficamos esperando o nascer do sol. E logo, vimos o sol aparecendo e colorindo o deserto com tons dourados e alaranjados – um espetáculo indescritível. Só vendo pessoalmente para entender a emoção de assistir! Depois de apreciar o amanhecer, seguimos para a temida Big Daddy. Algumas informações importantes: Para chegar até a base dessa duna você pode ir de carro em rota asfaltada, porém os últimos 5km são de areia bem fofa, ou seja facinho de atolar. Você pode arriscar ir com um 4x4? Sim, mas não recomendamos. Só se você tiver muita experiência em dirigir nesses locais. Então para passar por essa parte, nossa recomendação é pegar um caminhãozinho que vai saindo a cada 15 minutos para levar o pessoal. É bem fácil de encontrar e é só pagar ali na hora mesmo. Chegando na base da Big Daddy tem duas opções: Quer escalar a duna? Siga pela esquerda. Nesse caminho você vai subir toda a duna e de lá de cima vai descer escorregando até chegar no Deadvlei. Não quer escalar a duna? Siga pela direita. Nesse caminho você vai cortar a subida e ir direto para o Deadvlei. O que nós fizemos? Pegamos o caminhãozinho, chegamos na base da duna e seguimos pela esquerda para escalar a duna. É realmente um caminho bem longo. Começa bem plano até começar a subir, aí você vai subindo, subindo, subindo… O sol estava matando kkkk então isso deu mais sofrimento ainda para subir. Íamos subindo, parando um pouco, bebendo água, subindo de novo, parando… e depois de muito esforço chegamos no topo. Pensamos em desistir? Sim kkkkk mas a mente positiva estava tão forte que conseguimos chegar até lá. Que sensação incrível! Chegar no topo e olhar aquela vista surreal! Valeu cada esforço. Descansamos um pouco e depois fomos para a parte mais divertida - descer escorregando pela areia até o Deadvlei. Parece que é rapidinho para descer, mas é muito longe e ficamos um tempinho descendo hahaha mas é a melhor parte! Chegamos ao DeadVlei por volta das 10h30 e ficamos impressionados com a paisagem surreal: o solo branco petrificado, as árvores secas contrastando com as dunas alaranjadas e o céu azul intenso!! Ficamos andando e tirando fotos por ali, o sol estava muito forte e não aguentamos ficar muito tempo. Não esqueça que depois de tudo isso, ainda tem que atravessar o DeadVlei inteiro para pegar o caminhãozinho de volta hahahah E foi o que fizemos. Chegamos no camping, comemos hambúrguer no restaurante de lá mesmo e no resto do dia, como estávamos muito exaustos, aproveitamos para descansar, tomar banho com calma e organizar as coisas. Até tentamos entrar na piscina, mas estava muito gelada hahaha Obs: Nesse dia a noite eu e o Leo começamos a passar mal kkkk outro perrengue! Temos quase certeza que foi tipo uma insolação que pegamos no passeio das dunas porque nossos amigos ficaram bem e não subiram junto com a gente. Passamos muito mal e eu tive que ir no banheiro no meio da noite no escuro kkkk Dia 22: Sossusvlei - Luderitz Nesse dia tivemos um grande dilema. O plano inicial era seguir para Luderitz e, no dia seguinte, visitar Kolmanskop, mas o parque só abre pela manhã, e no dia seguinte precisávamos sair cedo para devolver o carro em Windhoek até as 17h (informação que só descobrimos depois, o que complicou um pouco o roteiro). Então o problema era: não conseguiríamos chegar a tempo para o tour no mesmo dia, e no dia seguinte não haveria tempo para nada. Porém, como já tínhamos incluído Kolmanskop na programação, decidimos arriscar e ver o que aconteceria. Então, nós voamos com o carro até Kolmanskop - não recomendamos fazer isso kkkkkk. Chegamos lá cinco minutos antes do horário de fechamento, e por sorte, o segurança nos deixou entrar. O lugar estava completamente vazio – só estávamos nós! Kolmanskop é uma cidade fantasma, marcada pela história das minas de diamantes e do tempo em que a cidade prosperava. Hoje ela está totalmente abandonada e coberta pela areia do deserto. É incrível caminhar pelas ruas desertas e imaginar a história desse lugar que um dia foi vibrante e cheio de atividade. Infelizmente, eu não estava nada bem. Eu andei um pouco por lá, mas não conseguia ficar em pé, então voltei para o carro enquanto ele exploravam mais um pouco. Fiquei muito triste de não conseguir ver muita coisa, mas mesmo assim, já foi incrível. O lugar é gigantesco, com muitas construções e detalhes históricos para descobrir. Após a visita, seguimos para o hotel em Luderitz, onde pudemos descansar um pouco e beber bastante isotônico que tínhamos comprado nos postos de gasolina no meio do caminho. Depois aproveitamos para dar um passeio na beira do mar, perto da Shark Island, apreciar a paisagem e assistir ao pôr do sol. À noite, jantamos no Penguin Restaurant, um restaurante charmoso dentro de um hotel. A comida era excelente e o ambiente muito agradável – super recomendamos! Dia 23: Luderitz (Kolmanskop) - Solitaire - Windhoek Eu acordei bem melhor nesse dia, então tomamos café e saímos de Luderitz às 7h40 e seguimos viagem para Windhoek, uma jornada bem longa de cerca de 7 horas e meia. Durante o percurso, fizemos algumas paradas nos postos de gasolina para descansar as pernas, usar o banheiro, abastecer o carro e revezar o volante quando necessário. Chegamos na Namibia 2go por volta das 16h, devolvemos o carro e, em seguida, fomos para o hotel. À noite, tínhamos uma reserva no Joe’s Beer House, que é imperdível em Windhoek. Tem uma variedade de carnes exóticas para quem quiser experimentar algo diferente. Optamos pelo Bushman’s Sosatie, que é um espetinho com carne de zebra, kudu, oryx, springbok e crocodilo. Foi uma experiência sensacional! O que achamos das carnes: Quanto ao sabor das carnes, não achamos que nenhuma delas tinha um gosto muito forte tipo de cordeiro. A mais forte foi o kudu, seguida do oryx. O crocodilo lembra muito o sabor do frango, e as demais carnes são bem parecidas com carne de vaca. Em termos de maciez, todas estavam boas, e a zebra foi a mais dura. O ambiente do restaurante é super agradável e aconchegante. Escolhemos um lugar no garden e adoramos! Vale muito a pena, especialmente para quem quer experimentar carnes exóticas. Porém, mesmo se você não for tão aventureiro com a comida, o local também é ótimo. Nossa dica é fazer a reserva antecipada, pois o restaurante costuma ficar bem cheio! De lá voltamos para o hotel para descansar - como estávamos sem carro, na ida nós pedimos para o recepcionista do hotel pedir um táxi. Então pegamos o contato desse taxista e na volta pedimos para ele nos buscar. Deu super certo. Obs: Nosso roteiro estava bem apertado, então não conseguimos conhecer Windhoek, mas tem alguns lugares que você pode conhecer, se tiver tempo: Christ Church Museu Memorial da Independência Centro de Artesanato da Namíbia Dia 24: Windhoek - Joanesburgo Saímos cedinho, fomos até o aeroporto para pegar o avião até Joanesburgo. O voo saiu às 9h15 e chegou ao destino às 11h15. Fomos para o Hotel Sky, chegamos lá por volta de 14h e fomos almoçar no restaurante de lá mesmo (Eclipse Restaurant). A tarde, fomos passear na Nelson Mandela Square e depois descansamos um pouco no hotel (acho que foi um dos únicos períodos de descanso da viagem kkkkk) À noite, fomos jantar no The Big Mouth e pedimos comida japonesa. Foi incrível e fechamos a viagem com chave de ouro! Dia 25: Joanesburgo - São Paulo Acordamos, tomamos café e saímos umas 9h para o aeroporto (fomos com uma Van que o próprio hotel pediu para nós). Na hora de fazer o check-in passamos um super perrengue com as malas, e o problema foi que no aeroporto de Joanesburgo, existe uma regra rígida: nenhuma mala pode ultrapassar 30kg, mesmo que você esteja disposto a pagar o excedente. A nossa tinha passado só um pouquinho disso, mas foi o suficiente para barrar nossa mala e causar uma correria. Tivemos que comprar uma mala, distribuir as coisas no meio do aeroporto. E depois disso, a moça do check-in ainda nos enganou dizendo que não aceitava o pagamento do excedente no cartão, só dinheiro. Depois, quando conversamos com nossos amigos (que já tinham passado há um tempão), descobrimos que eles pagaram o excesso no cartão tranquilamente. Ou seja, muito provavelmente a funcionária ficou com o dinheiro para ela. Foi um dos maiores perrengues da viagem, ficamos muito tensos, principalmente depois de saber desse detalhe. Mas no final deu tudo certo, tivemos um ótimo voo e chegamos no Brasil por volta das 18h15 e nossas malas estavam lá kkkkk. Mas fica a dica para tomarem cuidado com isso! Essa foi nossa viagem de 25 dias e aqui vão nossas considerações sobre tudo isso: Foi simplesmente incrível!! Uma viagem que vai ficar marcada para sempre na alma. Mas é importante dizer: não é uma viagem para qualquer um. Não pelo destino em si, mas pela intensidade. Foram quase 25 dias sem parar, vivendo cada segundo ao máximo. O cansaço físico existe, sim, mas ele é pequeno perto da imensidão do que se vive e se sente. É uma viagem para quem gosta de movimento, de experiências intensas, de sair cedo e voltar tarde com o coração cheio de memórias. Se você prefere tranquilidade, roteiros leves e tempo para descansar, talvez esse estilo não seja o ideal. Mas, sinceramente? Acredito que, de vez em quando, a gente precisa sair da zona de conforto, se permitir o novo, o inesperado. Nós vivemos momentos que jamais imaginaríamos, superamos desafios que pareciam impossíveis, acampamos por vários dias sem nunca ter acampado antes e, no fim, amamos cada segundo. Quando começamos a pesquisar sobre essa viagem, principalmente a Namíbia, nos causava um certo medo... por não ter muita informação, não ter tanta estrutura. E foi justamente por isso que quis escrever este relato, para encorajar outras pessoas a descobrirem esse país incrível! A Namíbia realmente não tem estrutura igual a África do Sul por exemplo, mas não é um bicho de sete cabeças. É um país fascinante, repleto de belezas naturais que impressionam a cada curva da estrada. Fazer uma roadtrip por lá é algo que não dá para explicar, só quem vive entende. E hoje, olhando para trás, sentimos um orgulho imenso de tudo o que experimentamos. E essa sensação... é simplesmente uma das melhores do mundo.
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  7. No porão da Igreja Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (MG), funciona uma cervejaria artesanal mantida por religiosos: a Hofbauer. A pequena fábrica fica em um dos raros conventos produtores de cerveja ainda em funcionamento no Brasil, e que mantém viva uma tradição europeia de fé e fermentação. Leia mais: https://g1.globo.com/google/amp/mg/zona-da-mata/noticia/2025/10/11/conheca-a-cervejaria-artesanal-que-funciona-ha-130-anos-no-porao-de-igreja-catolica-em-mg.ghtml
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  8. Dia #03 - Roma e Vaticano. Terça-feira, 09 de Setembro de 2025 Acordamos 7h, tomamos café e saímos para ir aos MUSEUS DO VATICANO e CAPELA SISTINA. Tinha comprado antecipadamente os ingressos (https://tickets.museivaticani.va/home/calendar/visit/Biglietti-Musei) e pagamos €25 cada. Estávamos a menos de 2km de distância da entrada do museu, então fomos à pé. Uma forte chuva começou a cair e inocentemente pensei: “Ao menos a chuva deve espantar os turistas”. PFFFFFFF…. Tá bão! Chegamos lá às 8h30 e levamos uns 5 minutos para chegar ao FINAL da fila de entrada. Tinha tanta gente, mas tanta gente que pensei que não iríamos conseguir entrar. Mas até que a fila foi rápida e em menos de 15 min. estávamos lá dentro. Decidimos ir direto ver a CAPELA SISTINA, para não pegar ela tão cheia. Depois de uns 30 min. andando pelo museu chegamos nela. Realmente ela estava bem vazia, então pudemos curtir as belíssimas pinturas de Michelângelo com calma. Não é permitido tirar fotos e qualquer tentativa é impedida por seguranças espalhados por todas as partes. Corredores do Museu Uma das salas do museu Deixamos a capela e fomos ver a PINACOTECA, que já estava BEM lotada de turistas. Há vários quadros e esculturas e dá pra ver tudo bem rápido. Escada espiral Saímos por volta das 10h30 e fomos para a BASÍLICA DE SÃO PEDRO. E tome mais fila para passar pelos detectores de metal. Entramos pela lateral e já pegamos os corredores que levam até a TUMBA DE SÃO PEDRO, que fica debaixo do altar e é onde estão os restos mortais dele. De lá pegamos uma escada e já saímos no meio da basílica. Altar Voltamos à entrada da basílica (agora por cima) e saímos para entrar novamente pela PORTA SANTA, que abre apenas em anos do Jubileu, a cada 25 anos. Passamos pela porta e já demos de cara com a PIETÁ que, na minha opinião, é a escultura mais bonita do mundo. Porta Santa Pietá Passamos pela CAPELA DO SANTÍSSIMO que é linda mas não pode tirar fotos. Andamos mais um pouco lá dentro e por volta das 12h30 estávamos saindo. Praça em frente à basílica com cadeiras para a Audiência Papal no dia seguinte Fomos até a PINSA ‘MPÓ, um pequeno restaurante ali perto e que vende as “pinsas”, que são massas com recheio parecidas com pizzas. Pedimos uma de batata com panceta e outra de parmegiana (que era uma berinjela à parmegiana). As pinsas são divididas em 4 pedaços e as porções são bem generosas. Elas custam em média €6,50 e estavam uma delícia! Vale provar! Pinsas Passamos numa tabacaria e compramos 2 bilhetes de ônibus e pegamos o ônibus 490 para a GALERIA BORGHESE. Havia comprado antecipadamente (https://www.tosc.it/en/event/galleria-borghese-galleria-borghese-20251917/ ) para entrar às 15h. (€18 cada). A galeria fica no meio de um parque muito bonito. Chegamos lá às 14h15 mas tivemos que esperar até as 15h para entrar. O acervo é muito bonito, cheio de esculturas e quadros. São 2 andares e não são tão grandes. Dá pra ver tudo em 1h / 1h30. Parque Sala da galeria Escultura Outra sala Deixamos o local e pegamos o ônibus para a PIAZZA DEL POPOLO. Entramos na BASÍLICA DE SANTA MARIA IN MONTESANTO e a IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. Fica uma ao lado da outra e são bem bonitas. Piazza del Popolo Seguimos caminhando pela VIA DEL CORSO, uma rua para pedestres com várias lojas. Chegamos na PIAZZA DI SPAGNA e vimos que a IGREJA DA SANTÍSSIMA TRINDADE DE MONTI fica no alto de uma escadaria. Estávamos tão cansados que resolvemos não visitar essa. Piazza di Spagna Voltamos caminhando pra casa e no caminho passamos no supermercado. Chegamos no apto MORTOS de cansados. Comemos um queijo, tomamos umas cervejas e preparamos um macarrão pro jantar. 23h estávamos indo dormir. Distância percorrida: 15,20km Gastos: €81 (continua)
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  9. Isso, são caminhões adaptados. Ao inves onibus, para fazer esses tours q eles chamam de overlander, costumam usar caminhoes altos e 4x4. Tem um monte, vou deixar alguns links e uma foto aleatoria da internet. Eu não vi essas opções de onibus q vc comentou não, mas acredito q só devam ter onibus entre as cidades grandes, por exemplo, Windhoek -> Swakopmund... O problema é q alguns lugares da Namibia não tem cidade, por exemplo, o principal atrativo, sossusvlei, q fica na "cidade" de Sesriem, q nem é uma cidade, só tem a adm do parque e meia duzia de camping/lodges..... E para conhecer o parque, vai precisar de excursão, ou desses caminhoes overlander.... https://africanoverlandtours.com/ https://www.truckafrica.com/ https://www.absoluteafrica.com/ https://www.tourradar.com/i/africa-overland-truck?srsltid=AfmBOorXsHnjfsWkNV8_57__1iNcbqdHmRCdq9EFyBLLCc_uZiJnwWf_
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  10. @D FABIANO, sobre a parte da Namíbia, posso ajudar um pouco... Lá o mais comum é alugar carro sim, mas existem outras boas opções para quem não aluga carro. Existem caminhões/excursão q vão rodando a África (sul/leste), com opção de camping ou até hospedagens em lodges , e o preço individual não é tão caro. vc entra e sai qdo/aonde quiser. As rotas são variam um pouco, mas eu diria q um trajeto muito popular é a rota de atravessa da cidade do Cabo -> Namíbia -> Botswana-> victoria falls. É muito comum cruzar com esses caminhões na Namíbia. Além disso, tem transfer/excursoes na Namíbia, muitas saindo de windhoek, para os principais destinos do país. Como eu estava com família, pra 5 pessoas era muito mais barato alugar carro, mas o preço individual tanto do caminhão qto dos tours não eram muito caros, eu diria q dá para aproveitar bem a Namíbia sem carro alugado...
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  11. "Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz, quem sabe Só levo a certeza De que muito pouco sei Ou nada sei..." (tocando em frente) Não penso em forma melhor de resumir essa experiência ímpar na minha vida (e com certeza na vida de muita gente que o fez) do que parafraseando uma letra tão bonita e reflexiva, cantada por tanta gente. O ano era aproximadamente 2018 ou 2019. Eis que nas minhas buscas por aventuras futuras, e como alguém que namora o famoso Santiago de Compostela há um tempo, descubro a versão brazuca da grande peregrinação. Anos passam, até que resolvo atender ao chamado do caminho em 2022. A época escolhida foi o mês de Agosto, quando o inverno está mais ameno e a primeira "alta temporada" do CF já passou (Julho é um mês muito forte de peregrinos e bicigrinos, juntamente com o mês de outubro, em virtude das festividades de Nossa Senhora Aparecida). Peguei uma via bastante tranquila, o que de certa forma foi uma coisa boa, já que não precisaria me preocupar com reservas nas pousadas, por exemplo. Apesar de alguns períodos de frente fria no sul/sudeste brasileiro, o clima se mostrou estável na maior parte do tempo. Mas, antes disso, aproveitando que iniciaria no ramal de Águas da prata, resolvi passar uns dias na vizinha, Poços de Caldas, e conhecer um pouco desta comentada cidade, em primeiro lugar. Dias 3-6/08: desvendando a terra das águas medicinais Após uma viagem de ônibus de quase 5 horas da grande São Paulo até Poços, eis que chego na tranquila cidade. Apesar do clima ameno e do frescor característico das cidades escondidas em elevações, o sol estava bem forte. A primeira coisa que percebi foi a pequena quantidade de ônibus disponíveis, sendo que nenhum aparecia para me retirar da rodoviária, um pouco afastada do centro turístico/comercial. Por motivos pessoais não uso uber, e o 99 não estava me ofertando valores muito justos para os 4km que me separavam do hotel, então, por que não botar as pernas para trabalhar e já exercitá-las para o que me esperava alguns dias depois? Da avenida Mansur Fraiha já era possível ver um projeto de monotrilho abandonado, dizem que a gestão local tem planos para recuperá-lo, o que seria bom para o turista. Lá em cima as torres de rádio do conhecido mirante da cidade. O bom destas andadas é que vamos conhecendo alguns pontos da cidade, e vendo onde dá para almoçar mais barato, comprar mantimentos, ou mesmo se há atrações turísticas que passam batido. Após uma horinha do "cooper vespertino", o relógio floral anuncia minha chegada ao centro turístico. Sim, ele funciona e é lindo, mas penso que deveria haver uma plataforma melhor para que as pessoas consigam tirar fotos mais bonitas. De drone, os registros devem sair espetaculares. Atrás deste, um monumento em homenagem aos poços-caldenses que fizeram parte da FEB durante a segunda guerra mundial. Minha hospedagem ficava convenientemente próxima ao Parque José Affonso Junqueira, o principal point do turismo de Poços, fato que tornaria a visita aos principais pontos turísticos fácil (e até repetitiva, caso eu gostasse de algo em particular). Poucos atrativos da cidade (também legais, diga-se de passagem) ficam afastados, então, para quem não dispõe de um carro próprio, e não quer ficar dependendo de bus/aplicativo, dá para curtir uns 70% da cidade só no centro #ficadica. Hospedagem acertada, só me restava andar pelas redondezas. Cidade interiorana, mas com o centro comercial fervoroso do seu jeito. Dei sorte de dar de cara com o letreiro de Poços com a fonte ligada, e o sol da tarde embelezando a mesma para belos registros. Simplesmente lindo Nesta região encontram-se: as Thermas Antônio Carlos, a principal casa de banhos termais da cidade, algumas fontes de água potável (com certificados atualizados e tudo mais, o que aumentou minha confiabilidade para beber água quando desse na telha), o Xadrez Gigante (apesar de ser péssimo enxadrista, pude me divertir com as fotos tiradas), a Praça do Imigrante (dedicada à contribuição e influência italiana na construção da cidade), o Calendário Floral (atualizado e igualmente bonito), o antigo Palace Cassino, entre outros pontos. Difícil não tirar um dia somente para este pedaço. A cidade é conhecida pelas suas águas medicinais para consumo e banho, fato que cativou e levou Dom Pedro II à cidade para a instalação de um projeto ferroviário. Não é preciso andar muito para dar de cara com uma fonte, com água fresca e própria para consumo. Comprar água mineral aqui? Teria que ser louco para tal. Antes do fim do dia, queria uma visão privilegiada da cidade. Atraído pelo pequeno Cristo no alto de um morro, corri para a trilha do Mirante do Cristo, onde é possível fazer várias coisas, mesmo afastado da parte urbana. A trilha começa na Fonte dos Amores, porém, não a visitei nesse dia. Trilha fácil, que exige apenas bons joelhos para aguentar as escadas naturais, pois o desnível é moderado. 20 minutos e você já está lá em cima. Por sorte, como era dia de semana, peguei a região bastante tranquila, o que permitiu uma melhor contemplação e contato com a natureza local. Lá em cima você ainda pode ir para o mirante das torres de rádio, visitar um observatório abandonado, cruzar com trilhas de MTB (o ciclismo é forte na região, até porque Poços faz parte da Rota do Vulcão, circuito ciclístico que pega as cidades da antiga "caldeira" vulcânica que formou a região), e ver o pôr do sol do outro lado do morro, onde é realizado vôo de parapente. Um charme. Local ideal para ensaios fotográficos, também. Um porém: o mirante não tem iluminação de postes, então se você subiu a pé, o recomendado é que você desça antes das 17:30 para não pegar a estrada de acesso "no breu" (a trilha do mirante fica perigosa no escuro e a fonte dos amores tem um portão que fecha, o que não torna a trilha uma opção de retorno). Há um serviço de bondinho que liga o parque José Affonso ao mirante, porém este se encontrava em reforma na ocasião. Por que falo isso? Simples, tive que descer tudo pela estrada no completo escuro em dois dias No dia seguinte, fui conhecer o que não tinha visitado no dia anterior. Para minha sorte, uma grande exposição de carros antigos iria acontecer na cidade, após 2 anos de cancelamentos em virtude da pandemia. Deu para ver todo tipo de auto, seja customizado ou conservado. Vi modelos que nem sabia que existiam. Ah, nosso antigo Elon Musk, o que o Brasil fez com o senhor.....? THAHEEEELLLLLL??????? Após 125 movimentos, o rei branco cai. Longa vida ao exército negro!!! Afastando-me um pouco do centro turístico, dou de cara com outra casa de banhos, o Balneário Dr. Mário Mourão. O prédio é menos belo do que o Thermas, porém, os serviços oferecidos no lugar são um pouco mais baratos. Neste local também fica a Fonte dos Macacos, com sua água fortemente sulfurosa (cheiro e gosto de ovo bem evidentes, arrisquei um gole e um arroto para dar a impressão de que estava "peidando pela boca". Não, não tive infância ) É um costume rotineiro lavar o rosto, mãos, pernas e pés na fonte dos macacos, os velhinhos adoram Para finalizar o dia, fui conhecer a fonte dos amores. O local é pequeno e belo, e a estátua do jovem casal é um detalhe naquele pedaço de natureza. Existem duas principais estórias a respeito do "casal" da estátua, e a crença de que se um solteiro beber daquela água, logo se casará. E se for casado, a Poços de Caldas sempre retornará. E esta profecia provavelmente atrai grande estima, porque rima. No terceiro e último dia em Poços, fui ao Mercado Municipal atrás de lembrancinhas. Em matéria de produtos coloniais, o mineiro não brinca em serviço, e dá para encontrar de quase tudo naquele pequeno espaço comercial. Adquiri as lembrancinhas, e quase 2kg de doce de leite (o que é quase loucura para quem vai fazer o caminho da fé e precisa do mínimo de coisas na mochila ). Nesse dia, queria conhecer a Pedra Balão e o Dedo de Deus, pedras de formatos curiosos visitáveis a uns poucos quilômetros da cidade. Mas como o sol estava forte demais, e não sabia se no local haveria internet para chamar um carro por aplicativo, pulei esta atração. Mas fica a dica. Por outro lado, visitei o Jardim japonês, que fica nas dependências da cidade. Fruto de uma colaboração de uma grande empresa de fertilizantes, o espaço possui uma caracterização oriental simples. É possível alugar kimonos e réplicas de wagasas e espadinhas (aquelas bem vagabundas pro peão pagar de samurai) para ficar caracterizado e fazer ensaios, por exemplo. A cereja do bolo do jardim, a casa de chá, foi destruída pela ação de vândalos, recentemente, e estava em fase de recuperação, o que tirou um pouco do brilho do lugar. Mas há a fonte dos três desejos, ponto tradicional para fotos. Por favor, traga-me amor, saúde e inteligência. Após esse passeio, fui atrás de um rango, e descansei no hotel. De tarde fui ao Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, onde é contada parte da história da cidade (obviamente). Visita rápida. E para fechar, por que não experimentar a fama da cidade? Um banho nas místicas águas seria o gran finale para esta visita, o que fez eu retornar ao Balneário Dr. Mourão. Impressões de Poços: é o tipo de lugar que gosto, um contato tremendo com a natureza, boa arborização do centro, limpeza considerável das ruas, atrativos próximos, sensação de tranquilidade, e com várias opções de atividades. Algo que gostaria de ter tido a oportunidade de fazer era trilha de MTB, pois a cidade e seu entorno possui muitas trilhas para essa atividade. Também houveram lugares que não visitei, como a cachoeira véu das noivas, a represa Bortolan, a cachoeira das antas e seu entorno, o parque Walter World, além da pedra balão e dedo de Deus mencionados anteriormente, maaaaas, essas coisas sempre nos motivam a retornar. Voltaria, sem dúvidas.
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  12. Inveja boa do seu roteiro. Istambul é aquela cidade que você anda das 8 da manhã até as 10 da noite com gosto, e comendo bem. Referente a Grecia, considerou em incluir Kefalonia ? Alugar uma moto e andar por lá pode ser melhor que outras praias mais turisticas que ela.
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  13. Boas dicas... Só um detalhe: "Instambul" está incorreto; a grafia correta é Istambul em português. 😉
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  14. Desculpa, ficou meio confuso o que você escreveu, mas você chamou o Gabriel Garcia Marquez de fascista? Porque ele tava bem longe disso.
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  15. Eu acho bacana essa abordagem que tens @Davi Leichsenring. Apresentar os principais pontos e seus respectivos custos (com uma margem e breve explicação) é de grande valia para construir uma base de roteiro. Não que devemos planejar uma viagem pensando exclusivamente no valor que possivelmente será investido, mas ter um escopo inicial ajuda muito a construir um roteiro realista. Aproveitando, uma conhecida vai cerca de uma ou duas vezes por ano para a Europa (muda os destinos cada vez, mas concentra suas viagens na Alemanha, Itália, Suiça, Áustria e arredores). Diz ela que busca passagens promocionais (e como aposentada não tem muitas restrições de datas), e a partir daí organiza a viagem (costumeiramente com duração média de 14 dias, as vezes menos). A estratégia dela consiste em fazer essas viagens com mais pessoas (três a quatro), e aí alugar casas (AirBnB) ao invés de pegar hotéis, e por vezes alugar carros (quando a oferta de transporte público é limitada). Nesse cenário, ela quase sempre faz compras em mercado e faz sua comida em casa (as vezes de dá ao luxo de comer fora, mas aponta que aí que mora uma das maiores despesas). Sua próxima viagem (já marcada) será nas Dolomitas, e estão em um grupo com três pessoas por ora. Naturalmente vejo que ela deseja preservar o conforto de ter um espaço exclusivo, evitando assim quartos compartilhados com estranhos, mas fora isso, me parece ser interessante buscar casas para alugar (fugindo de hotéis).
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  16. Fala outra vezz, Venho trazer esse parque super interessante que uma amizade me levou esses dias. Fica em Santa Cruz do Sul, a umas 2h da capital Porto Alegre. O Parque da Gruta é uma área municipal com espaço de lazer e várias trilhas pra andar no meio da floresta, mas a parte principal do parque é, obviamente, a gruta. No passado chamavam de gruta dos índios por acharem que populações antigas tinham encontrado a caverna e moravam ali, mas depois se descobriu com pesquisas paleontológicas que é uma caverna escavada por preguiças gigantes, os megatérios, que habitavam a região até a última era glacial. A gruta é grandona, com várias salas e atualmente conta com iluminação pra poder circular melhor dentro. Uma pena que tá toda rabiscada. O parque me pareceu bem estruturado pra visitas, cheio de passarelas e corrimões, mas as trilhas precisam de manutenção porque foram bem afetadas (como todo o RS) pelas enchentes e coisarada de eventos climáticos. Pelo menos a trilha que eu segui (a trilha 6, provavelmente) meu amigo me disse que tá meio que naturalmente sendo fechada, já que é a mais longa e andou sofrendo uns danos. De fato tem umas partes bem bagual, com deslizamentos e árvores caídas, mas como ele conhece o lugar desde sempre, seguimos justamente por essa até o final, onde tem essa cascatinha. Foi esse meu rolê do finde, eu não diria pra ir especialmente pra lá visitar esse local, mas pra quem vive nas redondezas ou estiver passando por perto nos seus trajetos é um lugar bem massa! Pena que não pude recorrer mais, porque logo começou a chover e tive que vazar mas dale, bora pra próxima
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  17. Encarnación - 28/08/2023 1ª dia A ideia de conhecer o Paraguai surgiu da pergunta: Por onde retornar ao Brasil, depois da Argentina, já que não comprei aéreo de Buenos Aires e entrei na Argentina pelo Rio Grande do Sul (moro em Curitiba)? Para retornar, considerei Puerto Iguazu, porém, decidi estender a viagem e conhecer o Paraguai, país limite com o estado que eu vivo e que quase ninguém o visita e comenta o que viu por lá. A partir daí, tracei meu roteiro, entrando no Paraguai a partir da cidade de Posadas, na Argentina. Em Posadas você pode atravessar para o Paraguai pela ponte (de carro, ônibus) ou do jeito que eu escolhi, de trem. Na estação de trem, você faz a saída migratória da Argentina e já acessa a plataforma do trem. Confesso que não lembro o valor que paguei na passagem, ainda mais com a loucura do câmbio argentino no momento, mas é muito barato. A travessia dura em média 10 minutos ou menos. Ao descer do trem você já faz a entrada migratória no Paraguai. Foi tudo muito rápido e simples. Dizem que de carro ou ônibus, você pode levar até 2 horas para fazer a travessia. - Trem internacional - Posadas à Encarnación Já no lado Paraguaio, na cidade de Encarnación, peguei um táxi e me dirigi ao hotel que reservei via Booking. Achei as opções de hospedagem acessíveis, se considerar a hotelaria brasileira. Paguei o táxi com alguns pesos argentinos que me restavam. É possível também pagar com reais ou dólar. Depois de utilizar o táxi, me liguei que poderia usar o Uber, que sairia bem mais em conta. - Câmbio do dia Encarnación tem cara de cidade do interior, que de fato ela é. Os próprios moradores a consideram bem segura e eu também achei. Tem muito gringo na cidade. Depois fiquei sabendo que existem muitos alemães que se aposentaram e foram viver no Paraguai. - Vista do Shopping Costanera Encarnación tem uma Costanera belíssima e com boa estrutura. Ela é banhada pelo Rio Paraná e a margem é tão larga que você esquece que é um rio e pensa que está na praia. De fato, a cidade tem praia, praia fluvial, mas tá valendo.Também possui um sambódromo e me disseram que o Carnaval é muito animado. - Rio Paraná - Costanera - Sambódromo - Vista para Posadas, na outra margem do Rio Paraná Como estive em Agosto deste ano, a água estava um pouco gelada, ainda mais que havia feito um frio incomum uns dias antes. Mesmo assim, minha filha, que viajou comigo, aproveitou pra brincar na água. - Praia de San Jose A cidade possui bons restaurantes e redes conhecidas do mundo todo, como Mac Donalds, Burguer King, Pizza Hut. Neste nosso primeiro dia, aproveitamos para conhecer a Costanera, o shopping (para almoçar), fomos ao centro de informações aos visitantes tentar entender como visitar as missões jesuíticas, e, para assistir ao pôr do sol, escolhemos a Playa San Jose. Foi um pôr do sol lindíssimo. Aliás, todo pôr do sol paraguaio que vivenciamos nesta viagem foi de cair o queixo. Bate e volta em Trinidad - 28/08/2023 2ª dia No segundo dia, descansamos muito, porque estávamos acumulando quase 20 dias de viagem, e quase toda por via terrestre. Havia pesquisado anteriormente sobre Trinidad e suas missões jesuíticas e a ideia era ter ido cedo, mas como disse estávamos muito cansadas. No fim foi bom, porque novamente presenciamos um pôr do sol deslumbrante no Paraguai. Para fazer o bate e volta em Trinidad, fomos até a rodoviária e pegamos um ônibus da empresa El Tigre. Não sei dizer se outras empresas fazem o mesmo trajeto. É necessário avisar o cobrador onde você vai descer, porque a parada final é em Cidade del Leste. A distância de Encarnación até Trinidad é de aproximadamente 30 Km. O valor, confesso que não lembro, mas era algo em torno de 20 reais o trecho. No ônibus tem gente vendendo de tudo, comida, perfume. Uma loucura. O ônibus te deixa no portal da cidade de Trinidad, e a partir dali existem placas indicando o caminho até as ruínas. Não tem como se perder. A cidade é bem pequena, porém tem uma vibe muito gostosa, achei bem agradável. Já nas ruínas, você compra o ingresso (não lembro o preço, sorry, porém muito barato), paguei em Guarani, mas tinha a possibilidade de pagar com cartão. Logo no inicio você assiste a um filme explicativo e depois pode explorar as ruínas a vontade. - Portal da cidade de Trinidad - Rua da cidade de Trinidad Confesso que a ideia de catequizar indígenas não me agrada, entretanto, entendendo o contexto da época, onde os povos originários estavam sendo escravizados e mortos, foi uma alternativa interessante. O modo de vida era bastante utópico e funcionou por um tempo, até os jesuítas serem expulsos. - As ruínas Jesuíticas Achei o local muito bem cuidado e conservado e bastante integrado a comunidade. Haviam crianças jogando bola em um campinho anexo ao complexo e faz parte de um projeto com o dinheiro arrecado a partir do turismo. Bem bacana. Para voltar à Encarnación é necessário retornar ao portal da cidade e esperar o ônibus do outro lado. Quando chegamos no ponto estava noite e fiquei com medo de demorar até podermos embarcar. As informações sobre os horários diziam que era de hora em hora, porém de noite, fica mais escasso. Enfim, não demorou nem 10 minutos e uma moça parou o carro e nos ofereceu carona. Ela estava sozinha e por isso aceitei. Mais uma prova que Encarnación é muito segura. A motorista nos contou que tinha uma filha da mesma idade que a minha. Combinamos de mais tarde jantar. Trocamos redes sociais e nos falamos até hoje. Encarnación - Assunção 3º dia Dia de viajar para Assunção. Compramos passagem de ônibus leito e era realmente confortável. Porém, nas paradas, subiam pessoas vendendo comida, como as famosas Chipas. Após 6 horas chegamos na capital paraguaia. O percurso é muito bonito, pois o Paraguai é muito verde. Você vai vendo as fazendas, as plantações. Quando chegamos, confesso que me choquei um pouco com a vibe caótica da cidade. O trânsito é meio devagar. Entretanto, o bairro da nossa hospedagem era maravilhoso (Las Lomas). Muito tranquilo, casas bonitas, bons serviços. A ideia era chegar e explorar um pouco o centro, mas descobrimos que estávamos hospedadas bem longe. Deixamos pro dia seguinte. O detalhe é que reservei só um dia pra Assunção, acho que já não estava racionando direito a respeito da logística, depois de tantas cidades, hospedagens, transportes. Não dá pra conhecer Assunção em um dia só. O que valeu muito foi a hospedagem. Bem confortável, com piscina. Descansamos, curtimos. Assunção 4º dia Foi uma manhã alucinada para conhecer os principais pontos turísticos de Assunção. Pegamos um uber que levou 50 minutos até o centro e felizmente tudo é muito pertinho. Passamos voando pela Costanera, desta vez banhada pelo Rio Paraguai. Assunção tem os problemas das cidades grandes: trânsito, favelas. Quando chegamos ao centro, estava acontecendo uma manifestação, o que dificultava um pouco andar por lá. De qualquer forma, queria ter explorado mais. Não posso dizer que conheço Assunção o suficiente para opinar sobre a cidade. Antes de ir embora, passamos pelo Lido Bar, bar super tradicional, e compramos comidas típicas para o almoço e para levar na viagem até Foz do Iguaçu. O que provei de mais diferente foi a Chipaguaçu. Achei que se tratava de uma chipa, mas na verdade é como se fosse um bolo de milho muito úmido e com bastante queijo. Amei! - Uma das casas lindas do bairro em que me hospedei - Costanera banhada pelo Rio Paraguai - Palácio de Los López - O Panteón - - Ministério da Fazenda - Centro Cultural da República - El Cabildo - Comandancia de la Policia Nacional - Catedral Metropolitana - Último pôr do sol paraguaio E assim foi minha aventura no Paraguai. País bonito, barato e com povo acolhedor. Super recomendo. !
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  18. Passei alguns poucos dias no Paraguai no ano passado e também guardo um carinho grande por esse país. Povo extremamente acolhedor, Assunção é uma cidade muito legal. Muito massa sua experiência!
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  19. Excelente relato. Vou passar a virada do ano em Assunção e já vou incluir Encarnación no roteiro. Obrigado. Assunção estou planejando ficar dois dias inteiros e em Encarnación mais dois. Assim dá para aproveitar com um pouco mais de calma.
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  20. Dia #02 - Roma. Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025 Acordamos às 7h10. Tomamos café e saímos para pegar o ônibus até o Coliseu. Andamos uns 500m até chegar ao ponto. Os passes podem ser comprados em tabacarias e quase sempre tem alguma perto dos pontos. Havia uma quase na frente e comprei 2 bilhetes (€1,50 cada). ***DICA: Os bilhetes devem ser validados assim que entrar no ônibus. Há 2 dispositivos: um para bilhetes digitais e outro para os bilhetes físicos. O bilhete vale por 90min. e chegamos ao Coliseu em cerca de 10min. COLISEU: €25 entrada + €49 guia. Havia comprado antecipadamente (via AirBNB) uma visita guiada. Pagamos €49 (cada) pelo guia. Ao final do tour tivemos que pagar para o guia a nossa entrada do Coliseu e custou mais €25 (cada). Foi muito caro, mas valeu demais! Vou explicar: Primeiro pq foi praticamente impossível comprar entradas para o Coliseu através do site oficial. Até achava por empresas “atravessadoras” mas não quis arriscar. Segundo que o horário do passeio foi perfeito pq começamos bem cedo. Isso evitou uma quantidade ainda maior de turistas (e olha que já estava bem cheio) e o calor ainda não estava tão intenso. Além do que nos deixou livre para conhecer outros lugares no restante do dia. Terceiro que visita guiada faz TOTAL diferença. Nosso guia, o Agostino, foi incrível! Explicou cada detalhe não só do Coliseu, mas também de como era Roma naquela época. Fomos para o ponto de encontro onde o guia havia determinado. Aguardamos alguns minutos até o grupo todo chegar. Éramos em 9 pessoas: apenas eu e minha noiva brasileiros, o restante era americano. Recebemos um aparelho e um fone de ouvido para escutar as (muitas vezes hilárias) explicações do Agostino. Foi tudo em inglês mas deu pra entender bem. O Coliseu é um passeio obrigatório para quem vai à Roma. Foi um dos lugares mais incríveis que visitamos em toda a viagem. Encerramos o tour por volta das 10h15 e seguimos para o FORUM ROMANO, que fica em frente. Havia uma fila considerável para entrar. O sol estava nos castigando, mas ao lado da fila havia fontes de água mineral. Bebemos muita água e ficamos, mais uma vez, debaixo da sombrinha para conseguir aguentar o calor. Ao entrar primeiro visitamos o MUSEU DO FÓRUM ROMANO que é bem pequeno mas tem umas coisas interessantes. Depois seguimos caminhando pelo fórum. Fazia um calor absurdo e enchemos nossas garrafas d’água umas 3x. Ainda bem que tem fontes de água lá também! Museu do Forum Romano Museu do Forum Romano Passamos também pelo MONTE PALATINO, onde tem uma vista bem legal do fórum e da cidade. Vista do Monte Palatino Deixamos o local e fomos até a BASÍLICA DE SAN CLEMENTE, uma igreja que ficava no sentido oposto do nosso itinerário. Mas estava fechada. Paramos para fazer nosso lanche ao lado dela, debaixo de uma árvore (com uma coca-cola 500ml comprada por €4,85). Voltamos até o Coliseu e seguimos nosso caminho. Passamos pela BASÍLICA SANTA MARIA NOVA (achamos sem querer), que é pequena mas bem bonita. Basílica da Santa Maria Nova Continuamos andando até o MONUMENTO A EMANUEL II, que é gigante e imponente. Subimos várias escadarias até chegar a um mirante que fica na parte de trás dele. Tem como subir ainda mais através de um elevador mas tem que pagar €18. Não subimos. A volta é feita por escadarias dentro do monumento. Tem algumas estátuas e um teto decorado, mas não achei nada de mais. Vista do monumento Atrás do monumento encontra-se a IGREJA DE SANTA MARIA ARACOELI. Pra chegar nela, mais escadarias! Agora encaramos 122 degraus! Mas valeu a pena porque ela é muito bonita. Escadaria IGREJA DE SANTA MARIA ARACOELI Deixamos a igreja e passamos na PIAZZA VENEZIA que estava em reforma. Pausa para a cerveja: compramos duas Ichnusa (450ml) por €1,85 cada. Passamos na BASÍLICA MARIA SOBRE MINERVA e ficamos descansando um pouco. Achei curioso a estátua de um elefante carregando um obelisco nas costas, que fica em frente à igreja. Frente da igreja BASÍLICA MARIA SOBRE MINERVA Ali ao lado encontra-se o PANTEÃO. A visitação era gratuita, mas agora tem que pagar €5. Havia comprado ingresso antecipadamente e com horário marcado para as 17h (era 16h mas nos deixaram entrar) (https://portale.museiitaliani.it/b2c/buyTicketless/33f77159-0acd-40c4-8524-701f33aae108 ) Assim que entramos eu notei que tinha esquecido minha máquina fotográfica na igreja que tínhamos acabado de visitar. Saí correndo e fui para a igreja. Felizmente a máquina estava no banco que tinha sentado. Voltei ao Panteão e expliquei a situação e nos deixaram entrar novamente. O local é bem interessante e estão enterrados lá Vittorio Emmanuel II (primeiro rei da Itália) Umberto I (segundo rei da Itália), o pintor Rafael, entre outros. Panteão por fora Panteão por dentro Fizemos uma visita rápida na BASÍLICA DE SAN ANDREA e paramos pra tomar um sorvete na GELATERIA LA ROMANA, que fica em frente. Pegamos um copo “grande” (entre aspas pq não era tão grande assim) com 2 sabores (€5 cada). Os sabores foram: pistache (que na Itália já era “cool” bem antes do Brasil), crema dal 1947, biscoito della nonna e caramelo salgado. Todos os sabores estavam excelentes! BASÍLICA DE SAN ANDREA Gelateria La Romana Começamos a voltar pro apto. No caminho paramos pra ver a IGREJA NUOVA E SANTA MARIA IN VALLICELLA. Estava acontecendo uma missa então vimos bem rápido e saímos. Paramos no Carrefour para fazer compras (€19,50). Chegamos no apto por volta das 18h e descansamos um pouco. Por volta das 20h fomos a uma pizzaria que foi sugestão do nosso anfitrião do AirBNB: PIZZARIA DE BAFFATO. Havia uma fila enorme e ficamos nela uns 10min, mas não saímos do lugar. Decidimos ir em outro restaurante ali do lado, o FATTO IN CASA. Pedimos de entrada bruschetta (€6). Pensávamos que viria uma pequena porção com ao menos umas 4, mas não: veio só UMA mesmo. Depois comemos um espaguete à carbonara (€12) e um macarrão paccheri com molho de brócolis (€14). Para beber, 1 litro de vinho da casa (€16) e uma água (€2,50). Estava tudo muito bom, tanto o ambiente quanto a comida. Iluminação do restaurante Terminamos de jantar e voltamos pra casa. Distância percorrida: 15,72km Gastos: €251 (continua)
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  21. 15º Dia - 25/07/2025 - Atacama - Rio de Janeiro Para finalizar esse relato... Ainda na madrugada, fiquei na dúvida se valeria a pena dormir por uma hora e meia ou simplesmente esperar o transfer chegar. Acabei optando por dormir, enquanto James preferiu ficar acordado. O transfer dele sairia um pouco antes do meu; acordei apenas para me despedir e, logo em seguida, embarquei. No aeroporto, ainda encontrei o James mais uma vez - a última. Segui viagem para Santiago, onde tive uma escala de seis horas. Aproveitei o tempo em uma sala VIP, onde pude me despedir tomando meus últimos pisco sour relaxando em um sofá antes de embarcar. Voltei ao Brasil cheio de memórias, experiências e amizades que levarei para a vida. Viajar vai muito além de conhecer destinos e lugares - é colecionar momentos e fragmentos de vida que nos transformam e nos tornam inteiros. É perceber que o mais valioso nunca foi o destino, e sim a jornada que nos conduz até ele. Viajar é abrir espaço para novas culturas, para enxergar o mundo com outros olhos e compreender que há beleza em cada forma de viver. É também acolher amizades inesperadas e lembranças tão intensas que palavras não conseguem traduzir. Aos leitores que chegaram até aqui, espero ter retribuído um pouco de tudo o que recebi nas vezes em que busquei ajuda por aqui. Até uma próxima.
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  22. Eu conheci a antiga Chapada dos Veadeiros por um pequeno lapso causado pela pandemia, e logo na sequencia a Chapada das Mesas. Me decepcionei demais com as Mesas, e que pena que Veadeiros tb tenha ido na mesma direção. Quando fui pra Veadeiros era tudo relativamente acessível, de 30 a 50 reais cada entrada. Os roles guiados saíram mais caros, a diária do guia foi pesada na época, mas pagável... alguns meses depois fui pras Mesas e era essas porras de complexos aí. Eu não queria piscina, bar, eu só queria nadar na cachoeira... e era tudo um absurdo... nem imagino como deva estar agora. Fico pensando onde vamos chegar com isso. Voltei de países africanos não muito convencionais há um mês e meodeos... qualquer coisa custava centenas de dólares. O mais triste de tudo, é que assim como aqui no Brasil, essa grana toda não é revertida pra comunidade... fica na mão da empresa e do dono da terra, o resto todo se lascando.
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  23. Mano, que brisa é essa? Quem em sã consciência vai fazer um arroz pra durar um mês??? Alimento morto, o arroz é um ótimo alimento para fungos, tanto que é utiizado na agrofloresta para fazer micro organismos eficientes. Quem seria maluco de fazer algo assim? É mais fácil comer frutas e pancs na beira da estrada do que guardar arroz kakakakak que viagem forte
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  24. Qualquer coisa que conseguir abaixo de R$ 5.500,00 round-trip para o Sudeste Asiático é um "preço justo". Procure por passagens para Hong-Kong, Bangkok, Jacarta, Kuala Lumpur ou Cingapura. Dessas cidades, pega qualquer low-fare para o Vietnã. É raro conseguir passagem neste valor para Hanoi ou Ho Chi Mihn.
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  25. É cilada, Bino! Por isso chama-se "espresso". É um crime inafiançável pedir um café e esperar um balde de água como os "americanos" (este inclusive é um dos motivos adicionais da parlamentar estar presa em Roma). Não seria já o preço da etiqueta? Pelo menos na Bélgica, quando colocam "X% de desconto", o valor da etiqueta já está com o desconto, EXCETO quando explícito que o desconto será dado no caixa (fica a dica). Continuo acompanhando... BTW, viu a cara do papa no quadro, não? Tipo, "pqp, de onde saiu tanta gente..."
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  26. BONITO, é sem dúvida um espetáculo, mas não dá para normalizar um valor de 400 reias por um passeio e olha que tem passeios que chegam a custar mais de mil reais. O absurdo é tão sureal, que uma entrada para Machu Pichu, um atração MUNDIAL, não custa 400 reais. Mas o Brasil está indo para um caminho sem volta, amigos estiveram na Chapada dos Veadeiros, onde uma cachoeira chegou a custas mais de 400 reais por pessoa , simplesmente porque as vendas são casada, vc é obrigado a comprar a cachoeira e um monte de outras coisas sem ter opção. Imagina uma família de 3 ou 4 pessoas, vão gastar um salário mínimo em apenas um passeio. Foi como eu disse, nenhuma atração natural no país deveria custar mais que uma entrada em um parque nacional. Por outro lado, a rede hoteleira vai no embalo e se hospedar e se alimentar nesses lugares, virou artigo para ricos. E talvez essa seja mesmo a intenção, atrair só quem tenha dinheiro, uma especie de apatartheid social.
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  27. @Davi LeichsenringNao precisa escrever muito por mimpouco também queria ver para ter uma ideia daquilo que enconta lá em português,pois na net só tem os vídeos do vou sem volta, que a Ju já disse serem mentirosos.Aproveitando para perguntar sobre essa história de VPN,como é?
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  28. CHOBE NATIONAL PARK (Botswana) DIA 4 - TERÇA (09/09): A aventura começa – WILD CAMPING Acordamos ansiosos, comemos alguma coisa comprada no mercado no dia anterior e 8h30 um guia foi nos buscar. Nos levou à sede da empresa que ia operar nosso tour, a Kalahari Tour, pra nos unirmos a outros viajantes. A sede era bem perto da nossa hospedagem e bem grandinha e organizada. Tinha várias pessoas ali que iam partir pra diferentes tours eu acho, a maioria (se não todos) europeus e estadunidenses... tb tinha café da manhã servido e um local pra deixar malas, onde fomos orientados colocar nossas mochilas maiores neste primeiro momento. Logo um rapaz da empresa se aproximou, Joe, e se apresentou como nosso guia para a parte do camping. Informou que de manhã faríamos o cruzeiro pelo Rio Chobe, depois voltaríamos ali pra almoçar, pegar as coisas e partir de vez. Enquanto vários outros guias se apresentavam pros seus guiados e acertavam pagamentos (o nosso rolê já estava integralmente pago) miramos dois homens ali perto, numa outra mesa, e eu disse pro Gui “eles tem cara de brasileiros” hahaha e eram mesmo. Logo ouvimos eles falando em português e como o Gui tava com uma camiseta do Palmeiras a identificação foi instantânea. Fábio e Rodrigo, dois irmãos ultra gente fina, de São Paulo, que acabariam sendo nossos parceiros nessa aventura toda! Mas seguimos pro cruzeiro! Fomos quase os primeiros a subir num catamarã de dois andares com cadeiras destas de bar dispostas em cima e embaixo, ficamos embaixo... por causa do sol e tb pela proximidade com a água. Além do capitão do barco e uns 2 ajudantes, tinha um guia a bordo, que ia explicando umas coisas no caminho. O catamarã contava com banheiro e bebidas (refri e água). Nossa navegação durou cerca de 3h aproximadamente, um pouco mais. A gente desce o Rio sentido Namíbia, circunda uma ilha e retorna. Digo no sentido Namíbia, mas na verdade o Rio Chobe divide Bots da Namíbia, então ali do outro lado já era outro país! Foi MUITO LEGAL! Nosso primeiro contato com animais em abundância! Mas muito mesmo... eu nunca tinha visto – até então – uma concentração tão grande de animais. Elefantes, crocodilos do Nilo (que não vimos tanto depois), impalas, búfalos, hipopótamos, girafas, outros tipos de antílopes, muitas espécies de aves, enfim, pra um primeiro contato foi realmente espetacular! Impalas, elefantes, crocodilos do Nilo, hipos! Mas faça esse rolê antes de qualquer safari por terra... pq por terra vc vai ver muito mais, e muito mais perto, a maioria deles, com exceção de hipopótamos e crocodilos! Voltamos pra sede da empresa, almoçamos e nos preparamos pra partir. Como estávamos com mochilas levamos todas as nossas coisas. Fabio e Rodrigo tb levaram suas malas, que eram pequenas. Se vc está com um volume muito grande eles orientam (e eventualmente obrigam, quando não há espaço) a deixar ali na sede da empresa. Fica trancado, parece bem seguro. E eles orientam sobre isso antes do rolê em si. Descobrimos neste momento que seríamos somente nós 5 no carro... o Joe, eu e Gui, Fabio e Rodrigo. Maravilha, lugares sobrando e parceiros do Brasil! Nos despedimos da civilização, da energia elétrica, do sinal de celular... e partimos! Essa primeira tarde de rolê foi bem divertida... os primeiros contatos de pertinho, o guia falava muito sobre as espécies, comportamento, curiosidades, o Joe foi 10 de 10! Novamente ficamos chocados com a abundância... eu vou poupar vcs de milhões de fotos, mas foi mesmo incrível. Nosso time e nosso carro! No Chobe, na temporada de seca, é permitido dirigir das 6h as 18h30. Além desse horário vc deve estar fora do parque ou nos pontos de acampamento. O parque é super grande e sei que há 6 pontos de “hospedagem” com alguma estrutura, tipo uma casa... mas não me aprofundei nesta opção... tem informações no site oficial do parque, vc aluga direto “do governo”. Para os campistas, feito a gente, com agência, ou pra quem está de camper, tem 18 pontos permitidos... mas tb não sei bem como funciona a distribuição destes pontos já que fomos com agência. Acredito que quem esteja de camper tb tenha que reservar com muita antecedência o seu “lugar” em determinado ponto. Estes pontos de camping são apenas locais pré-determinados. Não tem absolutamente nenhuma estrutura. Nada! A noite ia vindo, o por do sol foi espetacular... e nos aproximamos do nosso ponto de camping perto das 18h30. Chegando lá é que eu me toquei que não havia nada, nenhuma cerca, nenhuma proteção... nada! Havia 3 barracas num local, e uns há 5 passos atrás delas uma tenda de banho e uma de privada que já explico como funciona. Essas barracas eram de lona reforçada, altas o suficiente pra eu quase ficar em pé dentro, e tinha colchonetes, lençóis e um edredonzinho. Um pouco a frente tinha uma mesa e algumas cadeiras ao lado de uma fogueira já acesa... e depois dessa pequena estrutura estava o carro do nosso staff, que eram o cozinheiro e seu assistente, e as barracas deles e tb do nosso guia. Esse staff que mencionei faz a comida, fornece água para eventuais (muito eventuais) banhos e pra lavar o rosto e mãos, e arma e desarma o acampamento quando é necessário trocar. Nesta primeira noite estávamos apenas nós mesmo... os 4 brasileiros e os 3 da agência. Kudu, Impala, Girafa, Baobá, Zebra, nosso acamps, nossa janta. Nessa noite não teve banho, para minha imensa infelicidade. Eu sou viciada em tomar banho, estava suada e pura terra... apesar de ter tomado banho de manhã antes de vir, eu queria muito, haha, mas banhos só durante o dia e chegamos já estava anoitecendo. O guia apresenta o cozinheiro e o assistente, depois senta-se conosco ali em volta da fogueira e explica várias coisas... medidas de segurança principalmente, sobre como sair da barraca a noite numa emergência sanitária, o que fazer e não fazer diante de várias situações e etc... logo o rango fica pronto (MUITO BOM), comemos e conversamos, tomamos vinho... e 21h é nosso toque de recolher, até pq estávamos exaustos... vamos encarar a primeira noite! Que foi absolutamente maluca!!! Cansados como estávamos, não demoramos a dormir. Mas 1h da manhã eu acordei com vontade fazer xixi! Fabio e Rodrigo tinham levado garrafas pra barraca deles, mas eu não tinha muito essa opção, rs... a primeira regra pra sair da barraca é ouvir. Ouça o ambiente por alguns minutos, reconheça os barulhos... ERAM MUITOS BARULHOS, haha, não só dos mamíferos que estavam próximos roncando HAHAHA, mas de hienas, claramente. Tb de aves (eu imaginava belas corujas), vários outros não identificados e... passinhos. Muitos passinhos perto da barraca. Pelo menos pareciam de um bicho leve... mas era suficiente pra eu ficar em alerta... e pra não me permitir sair da barraca. Mas tava doendo de vontade fazer xixi, eu não conseguia dormir por isso e tb pq cada hora que estava quase dormindo algum barulho assustador me acordava, bem como aos demais. As barracas tinham tela nas laterais e a lona de cima estava aberta pq estava calor, mas eu tinha me coberto de medo, HAUAHAUAHA. Eu apontava a luz (lanternas de cabeça são essenciais) pra fora e não via nada, via as vezes os meninos ao lado fazendo o mesmo e nada... mas os barulhos eram constantes. Eu já tinha decidido que minha bexiga ia explodir mas que eu não saía dali por nada... eram quase 3h da manhã, fazia duas horas que eu estava semi acordada e então rolou um inconfundível GRRRAAAAAUUR de leão e na sequencia um som altíssimo igual de elefante... a esquerda da nossa barraca, não do lado, mas próximo. PUTAQUELPARIU O silêncio vindo da barraca dos meninos significava que eles tb estavam acordados... o Gui se limitou a sussurrar “caraaalho” e eu respirava curto de medo, hahaha! A gente tava no meio do nada na savana africana e tinha um leão caçando nas redondezas... um leão macho. Demorou bem pra essa adrenalina baixar e eu apenas dormitei até a hora de acordar, cerca de 5h30. Que alívio... estava amanhecendo e eu ia fazer xixi! (CONTINUA)
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  29. Moro no Mexico e faz uns 2 anos, fiz 15 dias na Guatemala com um 4x4 alugado. Sobre o Acatenango , eu sugiro ir ao Vulcano del Fuego, eh no mesmo local, mas a experiencia de ver larva jorrando a cada 10/15 minutos eh incrivel. O nivel de dificuldade, eh quase igual e as mesmas operadoras do Acatenango , fazem la tambem. Vale a pena!
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  30. 06-08/08: Rolezinho em Águas da Prata Após alguns dias em Poços, era hora de levantar acampamento e seguir para a base do ramal principal do Caminho da fé, Águas da Prata. Mas, chegar da maneira tradicional não teria graça, e só iria começar a jornada no dia 09/08, então, o que fazer? Nas minhas pesquisas prévias, tomei conhecimento de uma rota de ferrohiking entre o pequeno bairro de Cascata, na divisa do estado, até Águas, de aproximadamente 17km. Seria um bom exercício para as pernas, e um verdadeiro off the beaten path da região. Peguei os horários de ônibus, e saí pela parte da madrugada, de Poços para a divisa dos estados. Essa viatura circulou e parou bem pertinho enquanto eu fazia os registros, pensei que iria rolar um puta interrogatório suspeito e zikar meu passeio O bairro de cascata pertence a Águas da Prata, é bem isolado e meio largadinho, com aquele ar de periferia/bairro rural. Bateu receio de cruzar com nóia, mas graças a Deus, apesar de tudo fechado naquela hora da manhã, era somente eu cruzando as ruas. Eis que encontro a estação (aparentemente abandonada) de Cascata. Avisos de proibição de pedestres Ignorados #thuglife, mais umas olhadas para ver se estava sendo observado, horário de início memorizado, e começava a andar nos trilhos. Num primeiro momento a trilha é fechada, sem muito a observar a não ser a próxima curva. Pela quantidade de cascalho característico das vias ferroviárias, só poderia andar pelos dormentes do trilho, tornando o ritmo lento. Li que era comum encontrarem animais atropelados nesse trecho, entretanto não foi o caso na minha passagem. Após quase uma hora do cooper matinal, a paisagem começa a mudar, e a vegetação se dispersa do lado direito (sentido Águas), oferecendo as primeiras visões daquele sobe-desce característico da região. Avistava algumas fazendas, a SP-342, e um belo horizonte sendo acordado, aos poucos, pelo sol da manhã. Neste ponto, não demora muito e o mirante da Prata e a Ponte do Tajá são avistados, uma das partes "emocionantes" desta trilha. Isso porque a pequena ponte é "vazada", tem aproximadamente uns 150m de extensão, e 25m de altura. Comparado com um viaduto mula preta da vida (ferrovia do trigo), esta é uma brincadeira de criança, porém, com a possibilidade de se ouvir o apito do trem de carga chegando no momento da travessia (pois este não tem um horário definido), a pequena brincadeira ganha um belo tempero. Parei, contemplei o horizonte, tirei umas fotos e comecei a atravessar a ponte, atento a quaisquer sons atípicos. Sem problemas. Para quem tem problemas com pontes ou alturas, há uma trilha lateral segura. Ainda atravessei a ponte uma segunda vez. Após a travessia, notei que chegava no início da ponte um pequeno grupo feminino. Ótimo, alguma companhia para o caso de incidentes é sempre útil, mas não esperaria elas atravessarem a ponte, pois o sol estava começando a tomar conta de tudo, e o calor de um dia ensolarado logo iria incomodar, então tratei de seguir caminho. Passada mais uma hora, entro em um pequeno túnel de aprox. 60m. Acreditem ou não, escutei vozes lá dentro. Não sei se estava perto de uma fazenda, se haviam pessoas em cima da passagem, se algum efeito do eco levava vozes distantes para dentro da estrutura, ou se havia algo sobrenatural em curso. Não nego, deu um pequeno nervosismo, e logo tratei de deixá-lo para trás Após mais uma hora e meia aproximada, começo a escutar sons de água. Sabia que dos trilhos podia entrar na Trilha das Sete Quedas, ponto quase que obrigatório para quem está na região. Stan em dia ensolarado estava pedindo por um banho gelado, porém, não sabia a extensão da trilha, e quanto tempo gastaria aqui, então neste primeiro momento, decorei o local da entrada e segui meu caminho. É interessante memorizar esta curva após uma grande elevação, a trilha das sete quedas começa aqui. Era em torno de 11 da manhã quando cruzei com os primeiros transeuntes que vinham em sentido contrário, estes indo para as sete quedas. Um rapaz trazia um cachorro aparentemente feliz, e uma moça carregava um gato enjoado numa daquelas mochilas para pet. Senti pena do gato, trilha em dia ensolarado não é lugar para esses bichanos. Finalmente às 13 horas, alcançava meu destino, a estação de Águas da Prata (apesar de ter andado pela rua nos metros finais por medo de ser multado por sei lá, algum guardinha de passagem ) Comemorações feitas, restava agora procurar um almoço, a hospedagem, e informações sobre a peregrinação. Por ser sábado, a AACF - Associação dos Amigos do Caminho da Fé estava fechada, porém, havia feito a reserva prévia pelo booking na Casa do Fábio, que coincidentemente era parceira do caminho. Consegui as informações desejadas com o anfitrião (muito gente boa, diga-se de passagem) e a credencial do peregrino, obrigatório para a emissão do certificado mariano na basílica de Aparecida. Como as coisas acontecem, não? Com isso, só restava fazer as compras para as refeições dos próximos dias, e curtir o tempo disponível. Nesse período, conversei bastante com o Sr. Fábio sobre todo tipo de assunto, ouvi a história de vida dele, e pude compartilhar curiosidades sobre meu estado, Amazonas, que raramente chegam ao conhecimento do sulista. No domingo, esperava encontrar algum movimento no pequeno centro turístico de Águas da Prata que basicamente é um amontoado de quiosques próximos da Fonte Vilela, famosa por derramar a "água mais radioativa das américas". Nas dependências, os macacos-prego, mal-acostumados com os restos de comida dados pelos turistas, chegam pesado quando veem que o movimento está bom no local Aqui é um bom ponto para devorar os derivados de milho vendidos. Mais uma fonte de água de qualidade, fazia questão de andar meia hora da pousada até aqui para recarregar a garrafinha Já é da rotina das moças dos quiosques a pequena gangue exigindo "pedágio". Os peludos até possuem nomes. A água dança e anuncia a renovação da vida Em Águas da Prata tem e ao mesmo tempo não tem muita coisa para se fazer. Além dos quiosques, da fonte, e um mirante na cidade, há algumas cachoeiras no entorno, boa parte delas afastadas. Como ainda era de manhã, e o dia prometia sol forte, resolvi voltar aos trilhos de trem e fazer a trilha das sete quedas. No caminho, pude ver alguns carros antigos retornando do evento de Poços de Caldas para seus lares, oferecendo ao expectador um túnel do tempo. Foi lindo de ver =D A trilha das sete quedas tem uma dificuldade de fácil para intermediário. Sinalizada com tinta nas árvores, um pequeno esforço para subir em pedras e raízes de árvores se faz necessário, enquanto o visitante vai subindo o curso d'água. Apesar da região estar passando por um período de seca e as quedas estarem fraquinhas na ocasião, haviam pontos legais e bonitos para aquele banho gelado (do tipo entrar na água e sair com o corpo dormente ou dolorido de frio ). Não sei se é a segunda ou a terceira queda, só quem conhece saberia dizer com exatidão Após uma hora e meia, mais ou menos, consigo chegar na sétima queda. O esforço valeu a pena, pois a paisagem cativa A volta seria cansativa, porém, há o pulo do gato: da sétima queda há um ramal de acesso que termina quase que nas dependências da cidade. É possível chegar de carro na sétima queda, inclusive, porém há uma porteira onde é feita a cobrança dos visitantes no caminho. Era um "semi-alívio", pois meus joelhos reclamaram um pouco nessa trilha. Na volta, quase me perco na floresta de eucaliptos, vi umas trilhas de MTB super da hora, e tive que fazer uma bela descida de desnível acentuado no meio de plantações de café. Uma aventura e tanto. No terceiro dia, o clima estava dando sinais de uma mudança drástica: chuva fraca e tempo fechado na região. Por um lado era um alívio para a vida local, uma vez que havia meses que não chovia, e por outro eu precisaria me preparar para a possibilidade de começar a grande caminhada embaixo d'água. Isso não seria exatamente um problema, pois tinha capa de mochila e uma jaqueta impermeável. Nesse dia, em virtude da chuva, não pude fazer muita coisa, a não ser desejar boa viagem para os bicigrinos de saída, observar a tranquilidade da cidade em uma tarde de segunda, e refletir bastante sobre a jornada que começaria no dia seguinte.
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  31. Que ótima noticia. O visto chinês vai ficar isento todo o ano que vem para facilitar nossa vida até 31.12.2026.O ruim é que somente 30 dias a isenção do maldito. Mais informações em https://br.china-embassy.gov.cn
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  32. Vou para Arequipa na próxima semana. Pretendo fazer o passeio do Valle del Colca (1 dia). Alguém tem recomendação de agencias confiáveis para este passeio? Caso tiverem tambem informação do preço do mesmo agradeço.
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  33. Irei em Final de Março, 15 ou 20 dias. Sta Cruz de La Sierra, Sucre, Potossi e Salar do Uyuni. Retornando na mesma sequencia. Saindo de SP. quem tiver interrese em se juntar, entre em contato. Whats 71 991657503
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  34. @JanaCometti Para que tomar isso?Não seria uma cloroquina da vida?
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  35. Olá Bruno, Eu fui em novembro de 2022. Cheguei a El Chalten dia 24 e fiz a trilha da Laguna de los 3 dia 25. Ela ainda estava congelada, mas descongelando. Estava no ponto pereito, na minha,opinião. Mas já vi fotos de novembro de outros anos em que ela estava totalmente descongelada. No meu caso, foi tempo bom todo dia. Chegamos a El CHalten com chuvisco, que parou logo depois. Deu sol do dia 25 ao dia 30. Saímos dia 01 com chuva fina. A temperatura estava "agradável". Por volta de 6 a 10 graus sob o sol. Trilha apenas de corta vento de camisa dryfit. Passeando pela cidade apenas de bermuda e camisa. Ficamos numa casa airbnb com aquecimento central, eisso ajuda muito na hora do banho e de dormir. El Calafate também com sol, dias 11/11 (antes de Torres del Paine), 20 a 22/11 (dia 22 fizemos o big ice. O clima do perito moreno é bem diferente de El Calafate. Tem índice de chuva 5 vezes maior, se não me engano. Pegamos chuva nas passarelas - senti bastante frio, aí o tempo abriu e pegamos sol no big ice. Também fiz o big ice de corta vento e camisa dryfit, sem sentir muito frio, pois se anda bastante. Uma luva é não apenas indispensável, mas obrigatório). Quando vc for para El Chalten, sugiro se abastecer em El Calafate, pois os supermercados são melhores (la anonima) e mais baratos. E, quando for fazer a laguna de los 3, sugiro pegar a van até a antiga hosteria El Pilar (hoje não se chega na hosteria, pois proibiram), pois assim vc faz 2 trilhas (vai por uma e volta pela outra)e também fica mais fácil, já que a ida por el chalten tem uma boa subida logo no início.
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  36. Boa tarde a todos/as, me chamo Christian, sou missionário e estou saindo de SP para o nordeste, a idéia é ir tanto a pé quanto pegar carona com caminhoneiros, já fiz uma aventura assim ano passado para Porto Alegre quando deu a enchente, fui lá ajudar, mas agora quero testar minha fé indo para as cidades mais violentas do país lá pra cima. Alguém já teve experiências em relação a dormir na BR's, na rua, em albergues ou casas de passagem que poderia me dar umas dicas?
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  37. O meu objetivo é bem parecido com o seu Christian, também sou missionário e quero espalhar o evangelho e ir mais fundo na dependência total de Deus. Em novembro agora estarei indo para o Rio como voluntario em uma fazenda. Me chamar no wpp, por favor: 92 98823-9631
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  38. Fiz um relato da minha viagem de janeiro em que falo sobre isso. Se quiser ler:
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  39. CANION SALOBRA: Serra da Bodoquena – MS BONITO, foi uma palavra que sempre soou no meu imaginário nesses últimos 30 anos dedicados ao mundo da aventura. Sempre foi um lugar que eu quis conhecer, mas por se tratar de um dos lugares mais caros do nosso continente, onde os preços parecem beirar a extorsão, acabei por renega-lo ao final das minhas extensas listas de desejos, porque com tanta coisa para conhecer por esse imenso país, não passava pela minha cabeça me submeter a tamanha exploração cretina. Mas o tempo passou e as informações colhidas por outros aventureiros amigos, foram quebrando a barreira da minha desconfiança, principalmente quando foi me apresentado alternativas mais acessíveis financeiramente, então comecei a amadurecer a minha viagem ao Mato Grosso do Sul, mas era preciso montar uma estratégia, ter um plano para que eu voltasse de lá sem estar falido. Era preciso reinventar as viagens de férias, que ultimamente estavam sendo resumidas em escolhermos o local, comprar uma passagem aérea com antecedência e alugar um carro popular, mas dessa vez decidimos por optar em sair dirigindo do interior paulista com o nosso carro, economizando o preço do avião e do aluguel do veículo e ainda tendo a possibilidade de levar todo os nossos equipamentos de camping, além de comida, panelas , enfim tudo que precisássemos para nos mantermos o mais independentes possíveis. A distância da nossa casa até Bonito no Mato Grosso do Sul era de 1200 km, mas como sempre fizemos, como era necessário dirigir tão longe, montei um roteiro para que pudéssemos conhecer outros destinos e fracionar a viagem, já que tínhamos 20 dias disponíveis de férias. Nossa primeira parada foi em Teodoro Sampaio-SP, uma pequena cidade aos pés do PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO, uma enorme reserva florestal em meio a um mundo que se resumia em plantações agrícolas, principalmente a monocultura da cana de açúcar. A estrada cruza o parque ao meio e o terreno extremamente plano é quebrado por uma MONTANHA acanhada, um morrinho coberto de florestas, mas que é a única elevação que existe em centenas de quilômetros e muito provavelmente é o único morro que grande parte daqueles nativos viu durante a vida. Há uma trilha que parte da estrada e sobe o morro, mas não nos animamos a percorre-la, muito porque, não era o nosso objetivo por ali, estávamos de olho em outra atração, essa sim imperdível, nos confins dos extremos do Estado de São Paulo. A nossa chegada à ROSANA-SP foi com muita surpresa, pois não esperava encontrar uma cidade tão pequena e charmosa. Quase um vilarejo minúsculo, pouco mais de 7 mil habitantes, bem às margens do gigante RIO PARANÁ, exatamente no seu encontro com outra perola paulista, o sensacional RIO PARANAPANEMA. Essa cidade peculiar sempre me chamou a atenção por ser um dos extremos paulistas, sendo a cidade mais a oeste do Estado e não é só isso, ela ganha também o título de cidade mais distante da capital de São Paulo, estando a mais ou menos 750 km, ou seja, se existe um fim de mundo paulista, esse é o lugar. Com tempo de sobra, resolvemos ficar e acampar no BALNEÁRIO MUNICIPAL, um lugar pitoresco, com uma prainha de águas limpíssimas e infraestrutura de fazer inveja a qualquer cidade litorânea do pais. ( Balneário de ROSANA) O camping municipal tem um preço irrisório, não custou nem 20 reais por pessoa e fomos atendidos pela própria Secretaria de Turismo da cidade, foram pessoalmente nos visitar no balneário e nos alocaram no camping recém construído. Há várias atrações interessantes para se conhecer, desde praias de ilhas, a mirantes de frente para o rio, mas a gente se aventurou a ir conhecer os encontros dos Rios Paraná com Paranapanema, num bico de terra que marca o extremo oeste paulista, ultimo palmo de terra que separa também nosso Estado, do Estado Paranaense e Sul Mato-grossense, um lugar lindíssimo que fica a poucos quilômetros da cidade. Na volta, aproveitamos para ir até o MIRANTE para apreciar o pôr do sol às margens do Paranazão, outro espetáculo para guardar na memória. ( Encontro Paranapanema com Rio Paraná) No outro dia, apesar da vontade de ficar, atravessamos o rio encima da ponte na usina de Porto Primavera, um espetáculo com quase 2 dezenas de extensão e ganhamos o Mato Grosso do Sul e dirigimos até PONTA PORÃ, mas poderíamos ter pego um caminho mais curto, mas queria dar um pulinho em Pedro Juan Caballero, uma das cidades paraguaias que faz divisa com o Brasil. No dia posterior estávamos decididos a chegar em Bonito e tocamos direto, mas não para Bonito e sim para Bela Vista, porque eu tinha umas dicas de uns rios de aguas azul turquesa perdido num caminho de terra entre as 2 cidades. E a nossa jornada por esse caminho acabou por se tornar numa aventura, porque o caminho tinha mais de 80 km de estradas de terra e quando chegou na sua metade, simplesmente a ponte que cruzava uns dos rios estava interditada, aí caímos num desvio e nos perdemos num mundo sem fim, em meio a quilômetros de milharal, onde a estrada só passava caminhonetes altas. Fomos avançando, sem saber onde estávamos até que um veículo de uma fazendo cruzou com a gente e nos guiou até o caminho correto, mas aí já era tarde demais, estávamos cobertos de terra, uma poeira vermelha desgraçou as nossas vidas. Até encontramos alguns rios muito bonitos no caminho, mas a mulher já estava destruída psicologicamente, putaça da vida e foi assim que uns 3 ou 4 horas depois, fomos devolvidos ao asfalto que dá acesso a estrada para Bonito.Já era final de tarde e as emas corriam livres pelos campos, enquanto o sol já ia se despedindo, quando desembocamos no CAMPING DO BALNEÁRIO DO RIO FORMOSO, uns 5 km distante do centro da cidade. ( Camping Rio Formoso) Já sabendo que os preços em Bonito beiram ao ridículo de tão caro, optamos por nos hospedar num camping e mesmo em alta temporada, os custos são obsceno, chegando a custar 120 reais por pessoa, mas como estamos em maio, na baixa temporada, pagamos a metade do preço (60,00), mas pelo menos o camping é excelente, com um quiosque disponível, churrasqueira, pias e é possível montar a barraca abrigada, mas o melhor de tudo é que a diária do camping também te dar acesso gratuito ao Rio Formoso, um espetáculo aquático único. ( Rio Formoso) Antes de tudo, é preciso deixar bem claro que a REGIÃO DE BONITO, tem pelo menos uma meia centena de lugares exuberantes, que com certeza poderia ser incluídos na lista dos lugares mais bonitos do planeta, mas os preços são realmente absurdos e depois de viajar por quase todo o Brasil e a maioria dos países da América do Sul, é fácil afirmar que os preços praticas aqui, estão entre os mais caros do nosso continente, ou seja, Bonito não é para a maioria dos brasileiros e até mesmo os gringos endinheirados reclamam dos custos, então já sabíamos que ali não era lugar para a gente, mas tínhamos em mente de fazer algum passeios e havíamos nos preparados financeiramente para isso. Os 2 primeiros dias optamos por descansar no Balneário do Rio Formoso, curtir o camping e obviamente o espetacular Rio Formoso, um verdadeiro aquário, onde os peixes vem comer na mão. Ao lado desse balneário também tem o Balneário Municipal, com preço parecido para passar o dia, mas como era o mesmo rio, não achamos vantagem ter que pagar novamente para usufruir do rio que já tínhamos acesso gratuito usando ainda o camping. No terceiro dia, fomos até a cidade para agendarmos um dos passeios que havíamos planejado, que era a descida flutuando pelo RIO SUCURI. E poderíamos escolher quaisquer outros rios, que muito provavelmente não iríamos nos arrepender, mas o título de RIO MAIS CRISTALINO DO BRASIL, realmente pesou muito a favor do SUCURI. Quanto ao valor, por estarmos na baixa temporada e temos escolhidos uma versão mais barata, acabamos tendo que morrer com 269 reais por pessoa, mas na alta temporada, esse preço beira os 400 reais, é muita grana para um país onde o trabalhador comum tem um salário de merda. Tendo pago o ingresso no dia anterior e recebido o voucher via WhatsApp, nos dirigimos para a fazenda onde fica a foz do Rio Sucuri, que desagua no Rio Formoso. O passeio consiste em subir o rio num barco elétrico por quase 2 km e descer flutuando com roupa de neopreme e equipamentos de mergulho livre (máscara e snorkel), que são fornecidos. É um impacto gigante ver o contraste do translúcido Rio Sucuri se encontrando com o Formoso, que tem um aspecto mais leitoso. Dentro do rio, as piraputangas desfilam mansas e calmas, um verdadeiro aquário natural. O barquinho elétrico desfila silenciosamente corredeira acima, enquanto vamos passando por outros mergulhadores que passar ao largo. Chegando quase próximo das nascentes, saltamos para dentro do rio e deixamos que a correnteza nos carregue, enquanto nossa vida se resume a um mundo novo, sem sabermos se somos gente ou peixe. Mergulhar nesse rio é um privilégio, mas a água, mesmo com a roupa de borracha está extremamente fria. Não dá nem 10 minutos e absolutamente todos os mergulhadores, se agarram ao barco de apoio, mas eu me mantenho firme à frente de todos, quero aproveitar cada minuto naquele rio, mas isso vai me custando caro, porque já me sinto uma foca nadando no Ártico. ( Rio Sucurí) A chegada é justamente o local da partida. Alguns estão extasiados com o passeio, mas outros parecem aliviados, porque sentiram medo do mergulho, mas são meros turistas desacostumados com natureza bruta e só se meteram ali, no impulso para colocar o rio nos seus currículos de meia página. Eu, por outro lado, me adianto para sair da água o mais rápido possível, o corpo já pouco responde aos movimentos, estou enfiado numa semi-hipotermia de dar dó, quase me arrasto até a sede da fazenda a fim de tirar a roupa e me jogar para debaixo de um chuveiro quente, antes que alguém tenha que chamar o SAMU, mas valeu a experiência, não é todo dia que se tem o privilégio de poder mergulhar no terceiro rio mais cristalino do mundo e no mais translúcido do Brasil. Como eu disse, há algumas dezenas de lugares incríveis para conhecer em Bonito, mas praticamente todos custam uma fortuna para os padrões de um trabalhador comum, então é necessário escolher a dedo o que vai se fazer na região. Existem flutuações em todas as direções, com rios sensacionais, mas para quem está em economia de guerra, é necessário ponderar e experimentar coisas diferentes para ter um apanhado do geral. Então optamos por escolher uma das grutas e não era uma gruta qualquer, era simplesmente o CARTÃO POSTAL de Bonito, aquela imagem que me fez voltar meus olhos para esse lugar desde a minha adolescência, quando via fotos nas revistas de viagens. A GRUTA DO LAGO AZUL sempre esteve na minha memória e se tinha um lugar na minha lista para conhecer em Bonito, essa gruta figurava no topo da lista. Ainda hospedado no Camping do Rio Formoso, compramos os ingressos para visitar a caverna e é preciso deixar claro que, não interessa a agencia que você compre o ingresso, o preço é tabelado e não tem para onde correr, vai ter que desembolsar 110 reais, lembrando que todos esses preços são fora de temporada, ainda que me pareça que a entrada nessa gruta, que é municipal, o preço permanece o mesmo em qualquer época do ano. Chegamos na gruta pela manhã, com o horário agendado, primeiro você tem que assistir um vídeo explicando como deverá ser o comportamento para a visitação, que no fim, não passa de pura cagação de regras para turista, do tipo que você não pode tirar nem as mãos do corrimão para fazer uma foto e o uso obrigatório de máscara, um excesso que é claro, ninguém vai cumprir mesmo. Ao adentrar na grande boca da gruta, uma escadaria vai nos conduzindo até o centro da terra e certamente, para aqueles que jamais entraram numa caverna antes, a experiência será simplesmente avassaladora. É um mundo novo de estalagmites e estalactites, formações rochosas que pendem do teto e saltam do chão, num espetáculo único. Mas a chegado ao LAGO AZUL, é o gran finale, é aquilo que todos esperavam e realmente não decepciona, hipnotiza, desconcerta a nossa capacidade de acreditar que aquilo seja real. ( Gruta do Lago Azul) Nós poderíamos ficar um mês hospedados em Bonito, poderíamos aproveitar mais meia centena de passeios incríveis, mas com certeza isso nos custaria a nossa falência financeira pelos próximos anos, então foi hora de abandonarmos a cidade e nos lançarmos à novas aventuras, ir atrás de uma dica valiosa que haviam nos dado ainda em São Paulo e que me fez resolver escrever esse relato, então partimos para o norte, uma hora de viagem até a minúscula cidade de BODOQUENA, ainda no mato Grosso do Sul. Bodoquena é uma cidade minúscula, mas que acabou por se contaminar com os preços abusivos de Bonito. A hospedagens mais baratas, num muquifo qualquer, custava 200 reais e a gente se recusou a pagar tudo isso numa espelunca fedorenta, então, mesmo sendo já num final de tarde, resolvemos encarar mais de 30 km de terra e irmos tentar nos hospedar num camping bem as portas do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Uns 20 km de estrada e a paisagem se transforma, parece que estamos adentrando num fundo de vale, onde o mundo parece que vai acabar a qualquer momento e é exatamente isso que acontece, quando chegamos num final de estrada e percebemos que o CAMPING 3 IRMÃO, que procurávamos, já havia ficado para trás. Então retornamos e adentramos num sítio, onde havia uma placa, mas o tal camping parecia mesmo apenas um espaço espalhado pelo pasto das vacas. ( Camping 3 Irmãos) Já sabíamos do preço, que também beirava o ridículo, mas diante das instalações medíocres, os 70 reais cobrados pelo camping, beirou a extorsão, mas não havia como voltar atrás, a noite caiu sobre o vale e o jeito foi nos ajeitarmos com as vaquinhas, num pasto cravado de bostas, mas pelo menos já estávamos na entrada do Parque Nacional, o que nos ajudaria muito em questão de logística. Aqui eu preciso fazer um parêntese para explicar porque viemos parar nesse lugar: Dentro do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, está o magnífico RIO SALOBRA, mas apesar de ser um parque que deveria pertencer ao cidadão, ele foi entregue quase que totalmente a iniciativa privada, então para fazer algo lá, você precisa contratar os serviços da ECO SERRANA PARQUE , que tem vários roteiros e para fazer o aquatreking , que é a caminhada pelo cânion , você vai ter que desembolsar entre 350 e 450 reais por meio dia de atividade, um valor tão surreal que a gente não iria pagar nem fudendo . Mas aí que está o pulo do gato desse roteiro, os moradores locais foram autorizados a guiar dentro do parque e o próprio dono do camping onde estávamos acampados é um desses guias e nos ofereceu um valor quase 4 vezes mais baratos que o da agencia, claro, sem as mordomias que eles ofereciam, mas o que nos interessava mesmo era o rio e o cânion, então fechamos o passeio para o outro dia pela manhã. Do camping até o Rio Salobra, a distância não era maior que 1.500 metros, mesmo assim seguimos de carro até uma porteira fechada com cadeado e aberta pelo guia. Na verdade, a porteira demarca a propriedade da ECO SERRANA, mas deve haver um acordo de liberação aos guias locais. Estacionamos o veículo à sombra e nos pomos a caminhar, interceptamos a sede da empresa, contornamos pela esquerda e ganhamos a trilha que logo nos levou direto, não para o rio Salobra, mas para o seu afluente, o RIO LIMOEIRO. O RIO LIMOEIRO é um rio muito transparente e de águas frias, mas a gente só se dá conta do espetáculo que estamos prestes a presenciar nessa jornada, quando, depois de descê-lo por alguns minutos, ele se encontra finalmente com o SALOBRA, que além de ser imensamente mais transparente que o Limoeiro, ainda tem uma água quente, talvez uma das poucas da região. Menos de 20 minutos de caminhada, subindo por dentro do rio, nossa jornada nos leva até o primeiro grande poço do rio Salobra e não é qualquer poço, é simplesmente um dos cartões de visita dessa linda caminhada, e é difícil até de acreditar que estamos diante de uma beleza absurda. A cor dá água do POÇO DAS BORBOLETAS, beira o surreal, o verde contrasta com as pedras claras do fundo do poço, onde as piraputangas passeiam de um lado para o outro, é hora de parar e esquecer da vida, aproveitar cada segundo naquele que me pareceu ser um dos rios mais belos do país, mas ainda sem saber que o melhor ainda estava por vir. Abandonando o Poço das Borboletas, subimos o barranco e ganhamos a trilha sombreada. Aliás, é uma trilha toda demarcada, aberta e por vezes dotada de proteções de madeiras, tanto em algumas laterais como para conter possíveis erosões, até que uns 20 minutos depois interceptamos a CACHOIERINHA DAS PEDRAS, com poços verdes, permeados por uma água leitosa junto a pequena queda. Nos jogar para debaixo dela foi questão de tempo, ainda mais porque a temperatura se elevou bastante por estarmos perto do meio dia. Mas aqui ainda preciso fazer outro parêntese sobre os nomes dos lugares, porque me pareceu que cada nativo chama por um nome, já que faltou placas para identificar cada ponto daquele paraíso. Voltando a trilha, alguns minutos nos levam a travessia do rio para sua margem direita de quem sobe e a travessia é feita sob a proteção de um CORDA que dá sustentação em dias de rio mais cheio, bem ao lado o POÇO CANA DOS MACACOS, onde já é possível notar que estamos adentrando para dentro do cânion pelo surgimento de alguns paredões rochosos, onde começamos a avançar por dentro da água, curtindo cada passo dado. A caminhada segue sempre paralela ao rio e nossa próxima atração é um amontoado de grandes PEDRAS CALCÁRIAS, que acabam por contrastar com o verde intenso do poço que as cercam, onde mais uma cachoeirinha é um ótimo pretexto para uma nova parada. Aliás, nessa parte do rio Salobra, não encontraremos grandes quedas, mas nem precisa porque o cenário vai simplesmente nos empurrando cada vez mais para um mundo surpreendente. Mais uns 10 minutos de caminhada e os olhos começam a enxergar um verde meio azulado, o cérebro começa a dar uma bugada com a mudança das cores do rio, até que no meio da trilha, um marco divisório marca definitivamente nossa entrada na área do PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BODOQUENA. Logo em seguida, voltamos a cruzar o rio para margem direita, para pegarmos a CURVA DO JERICÓ, onde paredões rochosos represam um poço qualhado de peixes. A partir daí , as MURALHAS DO CÂNION se tornam cada vez mais imponente, vão se erguendo majestosas e talvez sejam essas que alguns também deram o nome de MURALHAS DE JERICÓ, mas o certo é que o cenário se transforma e assim que as muralhas vão ficando para trás, o rio simplesmente se torna AZUL, que contrasta com o verde da floresta, logo depois de atravessarmos novamente o rio para a margem direita nos valendo de mais uma corda e tropeçarmos com a galera que desce o rio de caiaque, aí foi hora de parar novamente, para mais um banho e comer alguma coisa. A caminha vai seguindo e incontáveis poços vão surgindo, cada um mais deslumbrante que o outro, alguns de um verde claro, mas outros tão azuis que chega doer os olhos , mas um em especial nos desconserta de uma tal maneira, que somos obrigados a nos deter e prestar reverencia , saltando para dentro dele de cima de uma grande pedra. É um poço profundo e ficamos por mais de meia hora nadando até cansar e mesmo que os nativos o chamem de POÇO DO JACARÉ, não conseguir saber de que jacaré estavam falando. Assim que voltamos para a trilha, cruzamos o rio novamente e o guia nos diz que agora estávamos cruzando pelo POÇO DO JERICÓ , aí entendi que tríade estava formada , curva, muralha e poço acabara de ficar para trás. A nossa jornada vai encaminhado para o final do roteiro, vamos cruzando o rio com a água pela cintura, passando por outros poços surreais, até que o terreno nos empurra para a margem esquerda, onde um grande paredão parece nos fechar a passagem, mas que na verdade é só uma curva do rio e do outro lado um paredão que o guia nos disse haver uma grande caverna suspensa, que o parque está se preparando para abrir ao turismo. Há uma pequena queda d’água que nos sopraram como CACHOIERA DA GRUTA, mas desconfio desses nomes, como falei, parece que cada local resolveu dar um nome diferente para os lugares. O nosso passeio pelos cânions do Rio Salobra só vai até aqui, foram três horas subindo o rio lentamente e agora vamos retornar, aproveitando tudo novamente, nadando, boiando, nos jogando em cada poço colorido e certamente dá para afirmar que esse rio figura entre os mais belos cursos d’água do país e sem não for muito exagero, estará entro os mais bonitos do mundo, um paraíso ainda a ser desconhecido no coração do centro-oeste do Brasil. Quando abandonamos o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, naquela mesma tarde e voltamos para cidade, eu não conseguia tirar aquele lugar da minha cabeça, tal foi o impacto que ele causou na gente. Mas a viagem precisava seguir, então rumamos para Corumbá porque eu ainda sonhava em atravessar a ESTRADA PARQUE DO PANTANAL SUL MATOGROSSENSE, o que acabamos fazendo nos próximos dois dias, mas infelizmente tudo estava muito seco e acabamos não aproveitando muito o passeio, apesar de termos cruzado o Rio Paraguai e o Rio Miranda e até parei para pescar em um deles, mas quando retornamos, o nosso carro quebrou perto da cidade de Miranda e tivemos que ficar mais um dia para os reparos. Foi aí que a minha esposa resolveu fazer uma proposta, quando eu já pensava em bater em retirada para minha casa, ela queria voltar ao Rio Salobra, mas não para refazer a trilha, mas para ficar hospedada em uns refúgios-camping que fica mais abaixo, fora do Parque Nacional. E lá fomos nós, enfrentar novamente aquela estradinha empoeirada, mesmo assim, felizes e ansiosos para novamente podermos voltar ao Rio Salobra. Quando chegamos à bifurcação que nos levaria novamente ao camping 3 Irmãos, pegamos para a esquerda e em mais meia dúzia de quilômetros, interceptamos o REFÚGIO CANAÃ, uma propriedade a beira do Salobra, que além de camping, também oferece hospedagens. Não posso negar, tudo era bem organizado, o camping impecável, que além disso, oferecia várias vantagens, como tirolesa, boias e coletes salva-vidas, além de quadra de areia, tudo incluído no valor da diária do camping, que obviamente, era muito cara, mas os caras têm o privilégio de abrigar um dos rios mais bonitos do país, então pagar 90 reais pela diária com tudo incluído, até que me pareceu justo, pelo menos na baixa temporada. E essa parte do RIO SALOBRA, não nos decepcionou, porque o rio era tão bonito quanto o cânion, e o poço principal, onde despenca quem resolve saltar na tirolesa, era simplesmente um encanto, onde vários peixes enormes desfilavam o dia todo. Passamos 2 dias acampados no refúgio, agraciados com a companhia de dezenas de araras selvagens e outros bichos do Pantanal, descendo o rio de boia e nadando até descolar a pele do corpo. ( Refúgio CANAÃ) Depois disso, retornamos para São Paulo, mas antes, ainda passamos mais um dia num camping à beira do Rio Paraná, na cidade de Presidente Epitácio, outra joia paulista, mais um dos lugares que nos conquistou pela simplicidade e pela grandiosidade de sua paisagem, à beira de um rio que mais parecia um mar, inclusive com praia e tudo. ( Rio Paraná, Pres. Epitácio) Claro que a região de BONITO, tinha muito mais a oferecer, mas é uma pena que num país onde seus cidadãos precisam se superar a cada dia para continuar sobrevivendo dignamente, tenhamos um lugar tão espetacular, mas que está renegado apenas aos mais abastados, uma discriminação absurda contra o nosso próprio povo, inclusive, conhecemos vários nativos que jamais puderam conhecer seu próprio quintal. Na minha modesta opinião, nenhuma atração natural no pais deveria custar mais que uma entrada num Parque Nacional, mesmo sendo em área particular. Em visita ao Equador esse ano, frequentamos os Parques Nacionais daquele país, sem pagar um mísero centavo, mesmo sendo estrangeiros, porque lá, as áreas naturais pertencem ao povo e mesmo as atrações em areais particulares, os custos são muito acessíveis à todos. Enfim, levaram-se 30 anos para que eu pudesse finalmente botar meus olhos nessa região, mas de todos os lugares, o CÃNION DO RIO SALOBRA foi o lugar que vou guardar na memória e fico aqui, torcendo para que um dia lugares como esse, seja acessível para cada cidadão desse país. Divanei, Maio - 2025 Publicado em 02/10/2025 14:09 Realizada em 22/05/2025
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  40. Fala Pessoal! Decidi postar por aqui também os relatos do http://www.facebook.com/indoaomundo Para quem não me conhece: Mike Weiss, 30 anos, tive uma infância tranquila no interior de Santa Catarina, ia para a mesma praia todos os anos e esperava ansiosamente pelas férias. Com 12 anos juntei várias mesadas e comprei um velocímetro para minha bicicleta… apostava com os amigos quem conseguiria descer a ladeira a mais de 80 Km/h. É… meu anjo é forte. Numa noite de 1995 acordei com água de enchente entrando no meu quarto, perdi meus cadernos e outras coisas, mas aprendi o sentido e a importância da solidariedade e da força da natureza. Segui a cartilha da educação acadêmica numa boa Universidade, fiz MBA de uma instituição renomada e Mestrado no exterior (obrigado UE pelo apoio financeiro), entretanto não nego que a estrada tenha me ensinado muito mais do que aprendi na sala de aula. Aprendizado é um ciclo infinito… sou adepto do Stay hungry, stay foolish, como disse Steve Jobs em seu discurso para a turma de formandos de Standford. Trabalhei muito… de digitador até gerente de área na maior empresa privada do Brasil. O melhor de trabalhar em ambientes corporativos são as pessoas (ok, nem todas). Fiz amigos para a vida... e isso é o que vale. Já dormi em caixa de papelão na rua, em hotel seis estrelas e no alto de uma duna, mas prefiro a minha cama, a minha geladeira e o meu banheiro. Quase morri afogado num refluxo hidráulico de uma cachoeira e quase morri de sede com o carro encalhado no deserto do Sahara, isso me ensinou que existe uma linha muito tênue entre a vida e a morte, e assim aprendi que a vida é mesmo um sopro. Se é curta que seja intensa! A morte já levou pessoas que eu amava muito. Sofri demais, mas aprendi que quem é amado nunca morre. Acabei reaprendendo o sentido de saudades e de eternidade. Enfim… acho que sou um sonhador aprendiz que tem paixão pela vida. Eu sou só mais um cara que acredita que vale a pena viver a vida que a gente sonha, sendo feliz e fazendo bem aos que fazem parte dela. E se sonhar é uma das minhas filosofias, um dos meus sonhos sempre foi viajar… e é por isso que eu viajo. Viajo porque gosto de gente, do desconhecido, do desconforto, dos desafios, do desapego, do simplismo, do complexo e principalmente da liberdade. É um ciclo vicioso… porque quanto mais tempo passo na estrada, mais questiono os paradigmas da nossa sociedade ocidental, nossos conhecimentos, valores e necessidades… e mais quero viajar. Por isso decidi que precisava começar uma nova viagem... precisava de uma nova volta, e assim surgiu o Indo ao Mundo
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  41. @marcelanuol O relato pela Bahia que amo estava tão bom,mas parou por que?
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  42. @PedroDolfini Você sabia que há 2 Puritama?Qual você foi?Descobri quando fui com minha namorada na época. Tínhamos visto o 50 por 1 de Álvaro Granero,falar muito Puritama,inclusive fecha o programa lá e diz "esse é meu San Pedro",bordão utilizado por ele ao final dos programas.Na época,2010,morava en Chile,nunca tinha ouvido falar e fui na 1 agência e comprei o tour Puritama,sem saber que eram dois,tinha o Bajos e o Hotel. Esse que fui sesce um penhasco e vai a um rio,não paga nada, mas o que havia visto são piscinas feitas no próprio hotel.Depois,eu fui lá para ver,é totalmente diferente um do outro.
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  43. Macedônia do Norte Para não dizer que não fui,estando tão perto,tinha tempo de passar o último dia de Albânia em outro país, o 4 da ex Yugoslavia. Não fui a Skopya,a capital, mas a primeira cidade e muito turística,perto da fronteira,Ohrid. Passando da fronteira,temos um pouco mais de estrada e chegamos a cidade antiga de Ohrid.É muito antiga mesmo, porém com muita reconstrução. O antigo teatro grego,hoje usado como teatro comum,está ali de pé e as muralhas,construídas há 1000 anos também. Dizem que essas muralhas são originais,mas estão ali muito bonitas e cercam um estacionamento. Acima,subindo uma ladeira, tem uma fortaleza,a Tsar Samuel Fortess. Essa deve ser original mesmo, pois é toda em pedra e não tem nada dentro. Custa 5 euros a entrada e dentro tem vistas excepcionais. Descendo a ladeira, chegamos de volta ao estacionamento, pega-se o carro e vai para o muito bonito centro moderno.Almoçei muito bem ali observando a beleza das garotas macedonias,essas de raça eslava,como as da Servia. E depois, fomos margeando o Lake Ohrid, parando em dois pontos panorâmicos até o Parque Nacional Galicica aonde paramos para vermos o Monastério de Saint Naum(2 euros).Eu não entrei, preferi ficar fazendo fotos do alto aonde fica o mosteiro. Se tivesse tempo, ou se não fosse em tour,as 15h sai o catamaran que passeia pelo lago.Que pena! Acabou o dia,o tour e a viagem após mais de 40 dias,era hora de voltar a França.
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  44. Meu grupo e eu compramos um pacote turístico de passeios para Chapada Diamantina, Lençois e arredores (Bahia) com a Agência Renatur Chapada (Cadastur: 46.581.279/0001-45) no início de março/2025, para entrega na última quinzena de maio/2025, da pessoa vulgo Renatinho (não chegamos a conhecer). Pagamos por um total de 9 dias de passeios e ele só nos entregou 6. Contratamos 5 dias + 4 dias avulsos. Na travessia do Vale do Pati (5 dias) ocorreu conforme acordado e foi incrível, com o guia tercerizado que ele nos enviou, que não tem nenhum vínculo com a agência Renatur Chapada. Foi contratado estilo freelancer. Mas o acordo começou a ser alterado sem aviso previo a partir dos passeios avulsos. No domingo, dia 25/5 foi combinado ir para um determinado lugar, chegou no dia, um outro guia tercerizado foi nos buscar e disse que iriamos para o passeio do dia 2. Chegou no dia 2, 30 minutos antes do guia pegar a gente na pousada, a pessoa Renatinho, manda msg dizendo que nao sera possivel e nos dá outras opções. Mas conseguimos verificar que a informação passada por ele não era veridica e ai, ele se irritou e reincindiu o contrato, porque disse que a gente não concordava com ele, sendo que ele já tinha trocado dia de passeio e impôs que a gente trocasse alguns outros por novas opções. Simplesmente disse: "procurem outra agência". Prometeu reembolso, mas sumiu do mapa. Detalhe, ele só só foi o contratado, pois tercerizou todo o serviço de guias com outras agências. Tinhamos fechado também transfer do aeroporto ida e volta. So foi cumprido a ida.. tivemos que arcar com mais 3 dias de passeios avulsos e particulares, senão ficariamos na cidade sem fazer nada e pagar a parte, ou seja, só prejuizo. Descobrimos depois que ele não cumpre o que promete, deve na cidade e tem processo criminal contra ele em andamento. Fiquem atentos, pois ele já apagou as avaliações ruins que fizemos no google e deve vir ai com outra conta, outro nome. Deem preferencia aos guias que já prestaram serviços a pessoas conhecidas e agências reconhcidas que fornecem contratos. #renaturchapada #agenciarenatur
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  45. Você já tem conhecimento na língua?Eu tenho há mais de 20 anos, sei a gramática a fundo, porém o meu acento(sotaque) de não ibéro americano me entrega. Hoje mesmo ouvi,"aonde você aprendeu s falar pois deve sr do Brasil?".Digo isso para te mostrar que com esse tempinho não aprende grande coisa. Eu,se fosse você, esquecia isso e ia pensando no show.
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  46. Em maio deste ano fizemos uma viagem de 13 dias para o Peru, sendo 04 noites em Lima, incluindo um bate e volta a Paracas e Ica, 07 noites em Cusco e 02 em Águas Calientes. Na parte de Cusco, a cronologia do roteiro é muito importante. Montamos o nosso, pensando na aclimatação a altitude, e evitar passeios muito pesados em dias seguidos. Nosso gasto total por casal, incluindo todas as despesas, até mesmo estacionamento no aeroporto no Brasil, foi de pouco menos de R$7.000,00 mais 72.000 milhas Múltiplos com passagens. Abaixo iremos resumir cada dia de nossa viagem, e tentar deixar algumas dicas úteis de cada lugar. Para isto, é importante deixar claro nosso estilo de viagem. Sempre viajamos mais no estilo “mochilão”, nos hospedamos em lugares simples, procuramos comer em lugares em que os locais comem e tentamos vivenciar ao máximo a cultura do lugar. Também gostamos bastante de aventuras, principalmente trilhas, em muitos locais para nós o percurso é tão importante quanto conhecer o lugar. · Dia 01 – Lima – Huaca Pucllana e Parque de La Reserva: Nosso voo chegou em Lima as 0:30, e como já havíamos reservado transfer pelo hostel devido ao horário de chegada, antes das 02:00 estávamos na hospedagem. Na manhã seguinte, em Miraflores, fizemos cambio, compramos chip de celular (vide dicas gerais) e fomos ao sítio arqueológico Huaca Pucllana. Huaca Pucllana é um sítio arqueológico pré-inca localizada bem no meio da cidade. A parte principal é uma pirâmide gigantesca, construída com tijolos de barro, estima-se que sua construção se iniciou por volta de 200 DC. A entrada no sítio com visita guiada custa 15 soles (estudante paga meia). Vale muito a visita, o sítio é bem diferente dos tantos outros que fomos no decorrer da viagem. (Info: http://huacapucllanamiraflores.pe/ Saindo do sítio fomos almoçar no restaurante Punto Azul em Miraflores, onde comemos nosso primeiro ceviche maravilhoso a um preço razoável. Após o almoço, fomos a praça no entorno no shopping Lacomar onde curtimos o pôr-do-sol na deslumbrante paisagem à beira-mar deste local. Deste mesmo local pegamos um Uber e fomos ao Parque de La Reserva (Circuito Mágico das águas). Se trata de um parque muito grande com inúmeras fontes de água. Este local certamente foi umas das melhores surpresas de Lima, ultrapassando nossas expectativas. Dentre as várias atrações do local, a principal e mais bela é a apresentação que é realizada em 03 horários: 19:15, 20:15 e 21:30. É um espetáculo de luz e imagens refletidas na cortina de água que dura 15 minutos e mostra um resumo da história peruana. Vale a pena chegar ao local com antecedência para garantir um bom local. A entrada para o parque custa apenas 4 soles. (https://www.circuitomagicodelagua.com.pe/) Dicas e Infos: 1) Hospedagem: Nos hospedamos em Miraflores, entre o parque Kenedy e o shopping Lacomar. Excelente local para ficar. Nossa hospedagem foi o Miraflores Guest House, local simples, porém com ótimo custo benefício. Tenha em mente que em Miraflores, apesar de ser o lugar mais recomendado para se hospedar, por lá tudo é mais caro (restaurantes, supermercados, etc). 2) O percurso do aeroporto a Miraflores dura em torno de 50 minutos sem transito. O translado por lá é relativamente barato, pagamos 50 soles reservando com antecedência. Porém com Uber sai ainda mais em conta. 3) Cambio: A maioria das casas de câmbio fica na Av. José Larco, av. que liga o parque Kenedy ao Lacomar. Além das casas de câmbio, há várias pessoas na rua que fazem cambio. Apesar de ser estranho fazer cambio com alguém na rua, estas pessoas são devidamente identificadas com colete e são legalizados, cada um tem um número de identificação, para que possa reclamar caso tenha qualquer problema. Cuidado para não pegar nota rasgada, mesmo que seja mínimo. Em Cusco não aceitaram uma nota minha devido a um rasgado de milímetro, e não faltava nenhum pedaço. 4) Celular: Comprei um chip na loja da Claro na Av. José Larco. O Chip com plano de 3GB para 30 dias custou 35 Soles, e funcionou muito bem em todos os lugares durante a viagem. 5) Taxi: Em Lima o que não falta é taxi. Basta sair caminhando na calçada que algum taxista já vai buzinar perto de você oferecendo corrida. Nos taxis não existe taxímetro e tem que negociar o preço antes da corrida. Devido a isto, preferimos usar o UBER, o que funcionou muito bem. Para economizar, utilizamos algumas vezes o UBER compartilhado (Uberpool), e não tivemos problemas. 6) Trânsito: O transito no Peru é um caos, em Lima, ainda pior que em outros lugares. Então alugar carro definitivamente não é uma boa opção · Dia 2 - Paracas e Ica: Queríamos muito conhecer esta região, porém como o tempo estava curto, pensamos que não seria não seria possível, até que descobrimos a opção de fazer o passeio bate e volta de Lima. O ponto de partida do passeio foi em frente ao Shopping Lacomar as 05:00. De lá viajamos de micro-ônibus até Paracas (3 a 4 horas) para fazer o tour das Ilhas Ballestas. Este tour é feito em barco de 40 pessoas, passa pelo famoso candelabro, um geoglifo a beira-mar muito misterioso de 40 metros feito a cerca de 2500 anos, algo diferente e bem interessante, principalmente para quem não vai visitar as linhas Nazcas. Após a parada para apreciar o candelabro seguimos para as Ilhas Ballestas, estas ilhas são um santuário ecológico, com muitos leões marinhos, pinguins e milhares de pássaros. O passeio é apenas panorâmico, por ser área de proteção não pode descer ou nadar no local. Por cerca de 40 minutos, o barco circunda as ilhas, com vistas de milhares de pássaros e centenas de leões marinhos. Belas paisagens. Após o retorno das ilhas, tem um tempo livre para almoço na própria vila onde se desembarca. O almoço não está incluso no passeio, e há vários restaurantes no local para escolha. Finalizado o almoço retornamos ao ônibus para mais aproximadamente 30 minutos de viagem até Huacachina. O Oasis de Huacachina é um mini vilarejo pertencente a cidade de Ica. Porém o grande destaque deste lugar é que ele tem um grande lago central cercado por vegetação, e isto bem em meio do deserto, formando realmente um verdadeiro Oasis entre dunas. Chegando ao local, conhecemos a vila e fomos fazer o passeio com os tubulares nas dunas. Este passeio é bem radical. Cada carro leva em torno de 12 pessoas, e o mesmo vai em alta velocidade nos sobe e desce das dunas, é praticamente uma montanha russa nas areias. No meio do passeio, o carro para fazer o sandboarding. Sandbording é a descida nas dunas escorregando deitado sobre uma prancha. Pode se fazer duas descidas (2 dunas), e após isto o carro pega as pessoas no final da segunda descida, para mais um pouco de adrenalina no retorno ao Oasis. Este passeio (incluso no Tour) foi certamente um dos pontos altos do dia. O último destino do tour, foi em uma vinícola, para provarmos os vinhos e vários tipos de Piscos. Sinceramente não gostei muito das bebidas deste local, mas valeu a experiência. Em resumo, este tour vale a pena para quem está em Lima e não tem tempo suficiente para passar mais de um dia na região de Ica. Certamente este dia foi o ponto alto dos 04 dias que permanecemos em Lima. Dicas e Infos: 1) Agência Picaflor Viajes, foi a que encontrei melhor custo benefício para o Tour, pagamos 165 soles na opção completa do passeio. Site: http://www.viajespicaflorperu.net/. Caso fechar com esta agência, o pagamento deve ser antecipado, então a maneira mais fácil e barata de transferir a grana, é via Wetern Union. Caso não conheça este sistema, a agência passa todas as informações por whatsapp. 2) Não saia sem um bom café da manhã. O Box Lunch prometido no tour não passa de um pacote de biscoito similar a um Club Social e uma caixinha de suco de 200 ml, e a única parada no caminho é rápida e em local caro. 3) Para o passeio das Ilhas Balestas, tente pegar lugar do lado esquerdo do barco. Neste lado terão as melhores vistas · Dia 03: Centro Histórico e Barrancos: Neste dia fomos conhecer o centro histórico de Lima. Iniciamos nosso passeio na Plaza San Martin. Desta praça há um calçadão de uns 900 metros até a Plaza de Armas que é coração do centro histórico de Lima. No meio do trajeto há uma igreja bonitinha (Igresia de la Merced). A Plaza de Armas é bem bonita, contornada com seus charmosos casarões amarelos com as tradicionais sacadas de madeira, em frente fica a bela catedral de Lima e a esquerda o prédio do Palácio do Governo. No dia que visitamos a praça estava fechada devido a ter protestos previstos para este dia, os turistas podiam entrar na praça, somente para passar, se parasse algum guarda já chamava atenção. Por um lado, foi até legal, que conseguimos algumas fotos com a praça quase vazia. Depois fomos até a igreja São Francisco, que fica junto ao convento São Francisco. Nós visitamos apenas a igreja, porém é bem famosa a visita ao museu do convento e as catatumbas que ficam no subsolo da igreja, onde tem cerca de 70.000 ossadas de pessoas sepultadas lá. Na própria igreja há algumas grades no piso que se tem a visão dos tuneis subterrâneos e destas ossadas, o que já é bem sinistro. Para quem quiser informações da visita, segue site oficial: www.museocatacumbas.com. Pretendíamos visitar e almoçar no Mercado Central, porém o mesmo estava fechado, então pedimos dicas para um morador de local para almoçar. Esta pessoa nos indicou uma quadra onde teria vários restaurantes. Chegando lá havia realmente vários restaurantes, porém, todos muito simples. Como gostamos de provar a comida dos locais escolhemos um restaurante e fizemos o pedido. O preço era em torno de 12,00 soles com entrada, prato principal e bebida. Para nossa surpresa quando recebemos os pratos, os mesmos eram muito bem produzidos e a comida muuiiito boa, não perdeu em nada para o almoço do primeiro dia no restaurante em Miraflores que custou 3x mais. Após almoçar fomos até o famoso bairro de Barrancos. É o bairro mais boêmio de Lima. Após andar pelo bairro, descemos até a praia, que ao invés de areias tem pedras, porém com um bonito visual dos barrancos margeando as praias. De lá avistamos o Lacomar que parecia estar perto, então resolvemos voltar caminhando pela praia. Somente “parecia” estar perto, foi bem mais de uma hora de caminhada até chegarmos, mas valeu a pena. Algo que nos impressionou em Lima foi a quantidade de cassinos, em algumas partes de Miraflores tem praticamente um a cada quadra. Como nunca havíamos ido em Cassino, decidimos fazer isto neste dia a noite. A experiência no cassino foi bem diferente do que esperávamos. Escolhemos um dos maiores e mais bonitos, chamado Atlantic City. No interior a princípio ficamos admirados com o tamanho e estrutura do local, comparamos 10 soles de fichas e brincamos um pouco. Após isto, fomos caminhar pelo cassino, o qual era composto na maioria do espaço por caça niqueis. Começamos a observar o semblante das pessoas nestas maquinas, o que não era de diversão, mas sim pareciam robotizadas em frente as mesmas, muitas inclusive jantando sobre estas e jogando ao mesmo tempo, ou seja, vício total. Percebendo este ambiente, sentimos o lugar realmente muito pesado e procuramos sair de lá o mais rápido possível. Valeu muito pela experiência, e após está espero que nunca liberem os cassinos em nosso país. Dia 04: Miraflores e viagem a Cusco. Neste dia como tínhamos voo à tarde deixamos a manhã para passear por Miraflores. O Malecon, é um calçadão que margeia a falésia a à beira mar. Caminhando por ele você segue uma sequência de vários parques abertos sendo mais famoso destes o Parque Del Amor. Estes parques são muito bonitos e bem cuidados e tem maravilhosas vistas do mar. Fomos de manhã, porém imagino que no pôr do sol deva ser ainda mais bonito. Após a caminhada do malecón continuamos caminhando pelo bairro e fomos até dois pequenos mercados perto do Parque Kennedy, Inka Market e Índia Market, onde compramos alguns souvenirs. Após isto almoçamos e fomos para o aeroporto, pois as 16:00 tínhamos voo para Cusco. O UBER de Miraflores ao aeroporto custou 38 soles. No avião já começamos nossos preparativos para enfrentar o temido Soroche (mal da altitude). Ainda em Lima compramos as Soroche Pills, um remédio vendido em farmácia para combater o mal da atitude, e assim que embarcamos já tomamos uma pílula. Vendo pela composição, não passa de vários remédios para dor de cabeça juntos e cafeína, porém não recomendo irem sem ele, me salvou no mínimo em uma ocasião. Em Cusco, ainda na área de desembarque, já há um pote de folhas de coca para pegar e mascar, o que ajuda muito com os efeitos da altitude. Podem mascar sem medo (ou esperança, rs), pois a folha de coca não tem nenhum efeito alucinógeno. Do aeroporto fomos direto ao hostel, e depois saímos para jantar, e demos uma passada na maravilhosa Plaza de Armas de Cusco. Neste dia sempre procurando andar o mais devagar possível, e para o jantar pedimos apenas 02 entradas, tudo isto para mitigar os efeitos do soroche. Referente a altitude, neste primeiro dia sentimos apenas uma leve tontura, nada demais. Dicas e Infos: 1 – No voo de Lima a Cusco vale a pena pegar janela, pois tem belas paisagens das montanhas dos Andes; 2 – Para ir do aeroporto de Cusco ao centro, terá dezenas de taxistas oferendo corridas no desembarque. Vão pedir em torno de 25 soles, negociem que o preço chega fácil a 10 soles. Neste caso o UBER era mais caro; 3 – Para evitar o Soroche, recomenda-se no primeiro dia evitar qualquer esforço físico e comida pesada; 4 – Sobre local para hospedagem em Cusco, quanto mais próximo da Plaza de melhor, consequentemente mais caro. O ideal é encontrar um meio termo, de acordo com o que pretende gastar. Nos hospedamos no Sumayaq Hostel, que é um casarão bem antigo, com estrutura simples e antiga também, porém bom atendimento e limpeza. A localização foi muito boa, pois ficava a uns 500 metros da Plaza de Aramas e próximo ao Mercado San Pedro, e sem nenhuma subida forte para chegar; 5 – Tudo próximo da Plaza de Armas é bem mais caro, então caso for comprar qualquer coisa, não compre nesta região. Afastando poucas quadras você encontrara preços bem mais baixos. Dia 05 – City Tour Cusco Nosso primeiro dia inteiro em Cusco, procuramos programar algo mais leve pela questão da aclimatação na altitude. Neste dia levantamos e fomos a Plaza de Armas, compramos nosso boleto turístico e fomos visitar o Museu Histórico Regional. Este museu é bem interessante, pois mostra um resumo da história peruana desde a pré-história até a época atual, e como é de se esperar o maior foco é na era dos Incas e da “colonização” espanhola. Após isso fomos procurar uma agencia para fechar nossos passeios (mais detalhes vide dicas). Já agendamos para esse mesmo dia no período da tarde o City Tour. Este passeio leva aos principais sítios arqueológicos ao redor da cidade. Visitamos Qoriqancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara. O destaque é Sacsayhuaman, um sítio arqueológico bem interessante. Na visita, após as explicações do local, a guia nos deu 30 minutos livres e sugeriu o seguinte: se quiséssemos uma foto panorâmica do local subisse o morro do lado esquerdo, ou se quisesse visitar os principais pontos do sítio subir morro a direita. Como eu sempre quero ir em todos os lugares fui nos dois, subi bem rápido as escadas, o que creio que foi a causa de uma dor de cabeça terrível que tive a noite, fui salvo pela Soroche Pills. Este tour é melhor maneira de conhecer todos esses lugares em meio período. A parte ruim fica por conta de tempo livre limitado em cada local, problema comum em Tours. Por volta das 18:30 estávamos de volta na cidade. Para quem tem pouco tempo na cidade é possível conciliar este tour com algum outro passeio, exemplo, Maras y Moray ou Vale der Sur. Dicas e infos: 1 - Boleto turístico: Certamente em Cusco você vai necessitar comprar o boleto turístico. O completo custa 130 soles e dá direito a entrada em 16 lugares com validade de 10 dias. Há versões de 70 soles com acesso a apenas alguns lugares e válido por menos tempo. Caso vá ficar pouco tempo na cidade vale a pena avaliar qual é mais viável. 2 - Todos os passeios em Cusco (exceto Machu Picchu) são bem baratos e tem dezenas de agências no local que oferece as mesmas opções. Então vale a pena deixar para fechar quando chegar lá, não há risco de ficar sem vagas. Antes de ir, seguindo dica do pessoal do www.uaivambora.com.br, conversei com a Luz da agência Surco Peru Adventure’s. Porém somente quando estava lá negociamos os valores e fechei todo o pacote passeios por um bom preço. A Luz nos prestou excelente atendimento, nos auxiliando com tudo que necessitamos antes e durante nossa viagem. Para quem se interessar o contato dela é o seguinte: +51 984848674 (WhatsApp). Dia 06 – Maras Y Moray. Seguindo a estratégia de fazer os passeios mais leves nos primeiros dias para uma boa alimentação, nesse dia fomos a Maras y Morais. Este tour sai da Plaza de Armas às 8:30 e aproximadamente às 15:00 já está de volta em Cusco. A primeira parada Tour é no povoado de Chinchero. Nesse local visitamos uma associação de moradores que produzem diversos produtos artesanais para comercialização, principalmente de tecelagem com lã de Alpaca. Uma pessoa faz apresentação mostrando como são feitos os principais produtos, utilizando técnicas da época dos Incas. O próximo destino é o sitio arqueológico de Moray, que segundo historiadores era um laboratório agrícola dos Incas. O sitio tem uma série de plataformas circulares que parecem anfiteatros. Como há uma diferença de temperatura em cada nível, os Incas poderiam fazer experimentos e definir os melhores locais para produção de cada tipo de plantação. Em seguida fomos a salineira de Maras. Esta salineira é composta por mais de 3000 poças para produção de sal utilizando a água de uma fonte da montanha que, segundo nosso guia, tem 7 vezes mais sal que a agua do mar. A Salineira é localizada numa grande ladeira e compõe uma paisagem espetacular. As poças são divididas por mais 300 famílias e é passada de geração em geração não podendo ser vendidas. Os métodos utilizados para produção do sal são totalmente artesanais. O lugar é único diferente de qualquer outra coisa que já que já tinha visto. Retornamos para Cusco as 15:00, almoçamos e visitamos o Museu de Koricancha e Museo de Arte Popular, ambos bem menores e mais simples que o visitado no dia anterior. Dicas e Infos: 1 – Neste Tour, leve algo para comer, pois o retorno é as 15:00 e não há parada para almoço. 2 – A entrada em Moray esta inclusa no boleto turísticos, porém em Maras é necessário pagar 10 soles. 3 – Vale a pena pegar lugar na janela no ônibus, pois no caminho há espetaculares paisagens das plantações com as montanhas nevadas ao fundo, principalmente nas proximidades de Maras. Dia 07 – Pisac: Nesse dia optamos por fazer o passeio por conta, sem Tour. Pisac é uma cidade nas proximidades de Cusco que fica a 2800 m de altitude, porém o sítio arqueológico de Pisac fica em uma montanha ao lado a 3400 m. Para nós, com exceção de Machu Picchu, este foi o mais lindo Sítio Arqueológico da região. De manhã, passamos um pequeno susto. Minha esposa acordou mal, muita falta de ar, tonturas, dor de cabeça e sangramento pelo nariz. Eu já estava ligando para o seguro para encontrar o hospital mais próximo, mas uma funcionária do hostel procurou nos aclamar afirmando que tudo aquilo era apenas efeito do soroche. Decidimos ir para o passeio e observar até a tarde para avaliar a necessidade de ir em um hospital. Ela estava certa, minha esposa foi melhorando no decorrer do dia, e se tivéssemos ido ao hospital teria grandes chances de estragar o restante da viagem. Seguimos com a programação do dia, do nosso Hostel caminhamos pouco mais de meia hora até o ponto onde saem as vans para Pisac, que fica a 35 km de Cusco. Chegando na cidade pegamos um táxi para o sítio arqueológico as 11:30 já estávamos na portaria do mesmo. O taxista já queria combinar o horário para nos buscar, preferimos não combinar para ficar com tempo livre no local, e foi a melhor escolha possível. O sítio arqueológico de Pisac é muito grande e os tours visitam apenas uma pequena parte dele, onde estão os principais monumentos. Porém partindo dessa parte há uma trilha que segue pela crista da montanha até o final do sítio arqueológico. A trilha a conta com várias sobe e desce, normalmente por escadarias bem rusticas, então deve estar minimamente preparado fisicamente. Mas fazendo devagar é tranquilo, e as paradas são obrigatórias pois sempre há uma paisagem maravilhosa, com vistas do Vale Sagrado, escadas incas, tuneis, etc. Quase no final da trilha você se depara com o Templo do Sol, para mim a parte mais linda do sítio. Até aí já havíamos caminhado por mais 3 horas, com as idas e vindas e vários pontos, e teríamos que retornar a entrada do parque para chamar o táxi e voltar para a cidade. Porém sabíamos que havia uma trilha que descia pela montanha até a cidade, então perguntamos para um guia no local qual o tempo para chegar na cidade por essa trilha, o qual nos informou que era cerca de 40 minutos. Não restou dúvidas seguimos pela trilha. Lógico que gastamos bem mais de 40 minutos pois além do cansaço a cada a poucos metros parávamos para tirar lindas fotos. A Trilha desce a montanha em meio a mais ruínas e lindas vistas das montanhas. Chegamos na cidade de Pisac por volta das 17:00 horas. Almoçamos e pegamos a van de volta Cusco. Foi um dia espetacular e foi uma excelente escolha ir por conta deste lugar. Dicas e infos: 1 – A van de Cusco a Pisac custa 4 soles, e o ponto de saída fica a cerca de 15/20 minutos da Plaza de Armas. Se preferir ir de Uber/táxi pagará no máximo 5 soles. 2 – De Pisac ao sitio dá para subir pela trilha ou de táxi, porem subir e descer pela montanha pode ser bem cansativo. Se for para escolher apenas um trecho melhor subir de táxi e descer pela montanha. O táxi lá é bem caro, 30 soles, uma sugestão para economizar é esperar alguém para dividir. Dia 08 – Laguna Humantay Este era realmente nosso primeiro desafio físico da viagem. Subir até a Laguna com altitude superior a 4200 metros, pela trilha com aproximadamente 7 km (ida e volta), sendo destes, uns 2 km em subida bem íngreme. Esta lagoa fica aos pés do Nevado de Salkantay, e está no início da famosa trilha de Salkantay que leva até Machu Picchu. A lagoa é formada pelo desgelo desta montanha, e tem águas cristalinas com tons azulados e esverdeados (dependendo do sol) e suas águas espelham o nevado atrás, formando uma paisagem surreal. Primeiro vamos falar do passeio. Pagamos 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço, e mais 10 soles de taxa de entrada na Laguna. Valor muito baixo pelo que é oferecido. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã é simples, porém muito bom. Depois seguimos por pouco mais de uma hora em estrada de terra e muitas curvas. Em torno das 09:00 chegamos ao ponto inicial da caminhada. Os primeiros 1,5 km são por uma estrada praticamente plana. Após este trecho começa realmente a subida. Há a opção de alugar cavalos para subir, para nós esta não era uma opção, pois tínhamos nos preparados muitos para estes desafios. Fomos subindo em nosso ritmo, devagar e sempre. Na trilha você não verá ninguém com expressão tranquila, exceto os locais, a altitude realmente pega todos. Compramos uma lata de oxigênio (vide dicas) por precaução, pois minha esposa tem bronquite. Não sei se foi devido a estarmos com o oxigênio, mas um menino que aluga os cavalos nos seguiu até mais da metade da trilha, ele acreditava que iriamos desistir, se deu mal. Apesar de cada grupo ter um guia, cada pessoa sobe no seu ritmo, então durante a trilha é por conta própria. Uma ressalva especial a nosso guia deste dia, o nome era Denis, e o cara era sensacional, muito simpático e sempre motivando a todos para conseguir. Após pouco menos de 2 horas do início da caminhada chegamos a Laguna, e neste momento qualquer cansaço simplesmente desaparece. Não queríamos perder nenhum segundo daquela vista surreal. Tínhamos 40 minutos de tempo lá em cima, mas ficamos por mais de uma hora, foi difícil o guia conseguir tirar todos daquele lugar. Durante a subida o tempo estava totalmente encoberto, imaginamos não íamos pegar sol na Laguna. Porem quando chegamos o tempo abriu parcialmente permitindo aproveitarmos os efeitos de cores da agua com o reflexo do sol. Assim que saímos o tempo fechou novamente, “Valeu São Pedro”. Em seguida descemos até as vans, e voltamos ao mesmo local do café da manhã para almoçarmos. Chegamos de volta em Cusco por volta das 18:30 da tarde. Dicas e infos: 1 – Procure não fazer este passeio nos primeiros dias de estadia em Cusco, faça boa aclimatação antes. Se se sentir melhor, leve uma lata de oxigênio que vendem em farmácias em Cusco. Para comprar o oxigênio, va a um apequena farmácia na calle Zetas, depois do templo de Qorinkancha, é a metade dos preços das farmácias mais próximas da Plaza de Armas. 2 – Leve água, 1 litro por pessoa é suficiente, e alimentos energéticos (chocolates, doces, etc.). Dia 09 – Viagem de Cusco a Aguas Calientes. Para visitar a Machu Picchu é necessário ir até Aguas Calientes, que é uma cidade criada apenas devido ao turismo neste local. Porém como não há estradas, o acesso a este local é somente por trem ou a pé. Sendo assim para fazer o percurso de Cusco a Aguas Calientes, se resume a 03 opções; -Trem, opção fácil, porém muito cara; -Trilhas, (cerca de 05 dias), opção também cara e necessário reserva com muita antecedência; -Van/caminhada, opção barata e com aventura. Quando inicie a pesquisa me assustei com os preços dos trens, que cobravam em torno de 70 dólares por trecho, cerca de 2 horas de viagem. Pesquisando outras opções encontrei as opções de van, que cobram em torno de 35 soles por trecho. Também recebi excelentes dicas do pessoal do blog www.uaivambora.com.br a respeito desta opção de transporte. No final de contas encontrei uma passagem promocional para o dia da volta de trem por 44 dólares, e para poder ganhar um dia no roteiro, visto que a opção da van toma praticamente um dia, optei por ir de van e voltar de trem. A van nos pegou no hostel as 07:30 da manhã, e saímos de Cusco umas 08:30, daí fomos até Ollantaytambo onde faz uma parada de uns 20 minutos para quem necessitar comprar algo ou comer. Neste momento estava tempo ruim e começou a chover, nos deixando um pouco preocupados, afinal teríamos que caminhar 15 km, o que com chuva poderia ser bem mais difícil. A partir deste ponto realmente começa a aventura, o próximo trecho é uma subida que parte de 2.800 até 4.400 metros em cerca de 40 KMs, (nem precisa dizer que é só curvas, né). Porém a paisagem na parte alta da montanha é muito bela, vale a pena pegar lugar na janela nesta viagem. Após isto desce pela montanha até nível de pouco mais de 1.000 metros, com mais curvas ainda, e mais paisagens lindas. Esta é a parte tranquila da viagem, porque após o vilarejo de Santa Maria, o caminho segue por estrada de terra estreita o tempo todo a beira de um precipício. O motorista da van vai buzinando nas curvas com o intuito de alertar caso venha algum carro na direção oposta. Este trecho tem por volta de 30 KM. Perto das 15:00, chegamos ao ponto final da Van, que é um restaurante que quem tinha o almoço incluso no translado iria almoçar. Próximo ao restaurante, uns 05 minutos de caminhada, tem uma cachoeira espetacular, bem alta, vale a pena ir. Neste momento a chuva havia parado (obrigado São Pedro 2), e já iniciamos nossa caminhada, pois estávamos preocupados em chegar antes de anoitecer. Chegando a estação de trem, vimos que muitas vans levavam os passageiros até lá, e no nosso caso já tínhamos caminhado quase 3 KM, incluindo a ida a cachoeira, por este motivo que nosso percurso deu 15 km, enquanto li vários relatos eram 12 km. Neste momento a fome apertou e percebemos que ir sem almoçar não seria boa ideia. Havia na estação alguns restaurantes bem simples, onde comemos um bom PF por 10 soles. A partir da estação deve caminhar por alguns metros na linha do trem e pega uma saída a direita com uma subida inclinada, mas com cerca de 300 metros apenas. Depois sai em nova linha de trem e segue pela mesma. A trilha não tem erro, é somente seguir a linha, e você nunca estará sozinho, muita gente faz este percurso. Chegando a Aguas Calientes, há uma saída a direita, caso chegue em um túnel, não atravesse, volte alguns metros porque você passou a saída. O percurso todo é entre montanhas muito íngremes de todo os lados, observando a geografia do local fica fácil perceber que os Incas queriam realmente esconder Machu Picchu. O trecho todo é quase plano, tranquilo de fazer. O que nos cansou no final da trilha foi o peso da mochila, pois por mais que reduzimos, iriamos passar 02 noites, como a previsão do tempo estava ruim tivemos que levar roupas para frio, e para caminhar mais de 03 horas cada quilo conta muito no final. O final da trilha foi a noite, mas como havia várias pessoas caminhando foi tranquilo. Chegando na cidade já compramos passagem do ônibus a Machu Picchu para próximo dia e fomos direto ao hostel para descansar, estávamos exaustos. Resumindo valeu muito a pena escolher esta opção. Para quem curte aventuras e considera que o percurso faz parte do passeio, esta com certeza será a melhor opção, e não é somente pela economia. As paisagens do percurso do trem são bonitas, mas nem se comparam com o percurso da van/trilha, e podemos afirmar isto, pois utilizamos as 2 opções. Dicas e infos: 1 – Leve alguns alimentos, pois somente poderá almoçar quando chegar ao ponto final da van, cerca de 15:00. 2 – Caso goste de emoção, sente na janela do lado esquerdo van, ficara no lado do precipício na última etapa do caminho, foi minha opção; 3 – Reforçando, leve o mínimo de peso possível na mochila para facilitar na trilha. Dia 10 – Machu Pichu Eis que chega um dos 2 dias mais esperados da viagem, (o outro é o da Rainbown Montain), a visita a Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo. Havíamos comprado trem para voltar até Ollantaytambo neste mesmo dia a noite, mas 2 dias antes ficamos sabendo de uma paralização geral que ocorreria na região neste dia e iria fechar todas as ferrovias e rodovias. Fomos até a Inca Rail e troquei as passagens para o próximo dia pela manhã, sendo então necessário passar 2 noites em Aguas Calientes. Este fato acabou sendo até melhor devido ao cansaço do dia. De acordo com informações de pessoas que conhecemos na viagem, os dois dias anteriores foram só chuva e nuvens em Machu Picchu, e a previsão para nosso dia era ainda mais chuva. A noite sonhei algumas vezes com as condições climáticas do dia, tamanha era a ansiedade. Quando acordamos a primeira coisa que ouvimos foi o barulho da chuva. Porém “para nossa alegria”, ao abrir a janela vimos que o barulho era das quedas das corredeiras do rio que corta Aguas Calientes. Apesar de nublado não chovia. Para ir de Aguas Calientes a Machu Picchu há 2 opções: - Ônibus: 20 minutos, pelo “precinho” de 12 dólares o trecho. - Trilha: Em torno de 3 km, sendo que 1,5 km é subida forte, praticamente toda em uma escadaria de pedras. Optamos por subir de ônibus, pois queríamos estar bem fisicamente para aproveitar o máximo, e a volta decidiríamos na hora. Uma pausa no relato para um breve resumo das regras de visitação do sitio: As entradas são com hora marcada, estando lá dentro ninguém ira controlar seu horário de saída, porém você deve manter o percurso sempre no sentido indicado, ou seja, há segurança em alguns pontos, os quais não permitem que ninguém retorne. Há opção de comprar ao ingresso somente para o sítio, ou incluir uma das 02 montanhas, Wayna Picchu ou Machu Picchu, as quais também tem hora marcada para subir, e no caso de quem for subir a montanha tem o direito de entrar 02 vezes no sítio. No nosso caso eu iria subir a Wayna Picchu e minha esposa não, então estávamos meio perdidos para definir a logística do passeio. Nossa entrada era as 08:00 e eu teria que subir a montanha as 10:00. Quando chegamos no hostel na véspera, a pessoa que nos atendeu já se ofereceu para auxiliar com o passeio e nos deu excelente sugestões. Sugeriu que entrássemos juntos e fossemos até um local chamado a casa do guardião, onde se tira as melhores fotos panorâmicas, e de lá eu fosse direto para a montanha, enquanto eu estivesse na Wayna Picchu minha esposa visitaria a ponte Inca ou porta do sol, e quando descesse já saísse direto entrasse novamente no sitio e encontraria minha esposa no mesmo lugar onde separamos e seguiríamos com a visita. Um pouco confuso, né? Também achamos quando recebemos a explicação, mas fizemos desta forma e foi perfeito. Entramos no sítio umas 8:30, ficamos juntos na primeira parte até 9 e pouco, e eu segui para a montanha. A subida da Wayna Picchu é por uma escadaria da época Inca, bem inclinada e estreita, e sempre a beira do precipício. E é o mesmo caminho para quem sobe e quem desce, então ao cruzar com pessoas, é necessário parar em algum ponto com mais espaço e esperar passar. Mas subindo com calma e usando sempre o bom senso pode ir tranquilamente. As 9:40 já liberaram o acesso do grupo das 10:00, e como eu já estava na entrada da montanha fui o primeiro a subir. A partir do meio da subida começa e ter excelentes vistas de Machu Picchu. Quando cheguei ao topo da montanha, contrariando todas as previsões climáticas, não havia mais nem nuvens, tempo lindo, e como o local estava vazio pois eu fui o primeiro a subir, então foi possível tirar excelentes fotos. No topo tem muito pouco espaço, então caso tenha muita gente creio que fica bem complicado, porém se isto ocorrer não se preocupe, a vista um pouco para baixo do topo é igual ou ainda melhor. Subi e desci num bom ritmo e fiz tudo com 1:40. Após descer me dirigi direto para a saída, fechei com uma guia para termos todas as explicações do sitio, pagamos 30 soles por pessoa em um grupo de 4 pessoas. Entrei novamente no sitio, encontramos minha esposa no local combinado, e fizemos o tour completo. O sitio arqueológico de Machu Picchu realmente é fantástico, não dá para chamar de ruinas, porque devido ao mesmo não ter sido encontrado pelos espanhóis, as construções estão em perfeitas condições. Seguimos no tour, e quando chegamos próximo a última parte do sítio, a guia nos perguntou se já iriamos sair ou queríamos permanecer mais tempo no local, pois se quisemos sair seguiríamos com ela na parte final e sairíamos, e caso quisemos ficar mais, ela daria ali as explicações da última parte e ficaríamos livres naquela região o quanto quiséssemos, pois se seguimos mais passaríamos por um dos pontos que ficam os seguranças e não pode retornar. Optamos pela segunda opção, e ficamos mais um bom tempo nesta parte do sítio, curtindo o lugar e tirando fotos com as llamas. Falando das llamas, estas são uma atração à parte em Machu Picchu estão espalhadas por todo o sitio, e realmente é fácil entender porque tem tantas fotos legais com llamas, realmente parece que o bicho faz pose para as câmeras. Muito legal a interação com elas. Após isto visitamos parte faltante do sitio com bastante calma e saímos. Outro ponto que demos sorte também, foi que devido paralisação citada no início do texto, Machu Picchu estava bem mais vazio que o normal para a época do ano. Saímos do sítio próximo das 16:00. A decisão da volta, como já era esperado, foi pela trilha. Logo ao iniciarmos a descido começou a chover, São Pedro foi realmente muito generoso conosco mais uma vez. Gastamos pouco mais de uma hora do sitio até o hostel, caminhando tranquilamente. Ao chegar confirmamos como realmente foi melhor a mudança do dia do trem, pois como estava ante teríamos que esperar até as 21:00 cansados e sem banho para pegar o trem e chegar as 23:00 em Ollantaytambo. Foi um dia mágico Machu Picchu correspondeu a nossas expectativas, fazendo jus a ser uma das 7 maravilhas do mundo. Dicas e infos: 1 – Compre ingressos para Machu Picchu com antecedência, pois o número de visitantes é limitado. Se for subir na Wayna Picchu, compre com muita antecedência. Eu comprei com 3 meses de antecedência. Um mês depois minha esposa mudou de ideia e queira ir na montanha também, verificamos e não tinha mais ingressos. Dia 11 – Ollantaytambo Neste dia, como tivemos que dormir mais uma noite em Águas Calientes, acordamos cedo, descansados, tomamos o café e pegamos o trem as 08:00 para Ollantaytambo. A viagem de trem durou cerca de 1:40, a linha acompanha o rio Urubamba. As paisagens durante o percurso são bonitas, mas como citado anteriormente nem se comparam com o caminho da opção de van/caminhada. Chegamos na estação guardamos as malas, as empresas de trem têm serviços de armazenamento de bagagem grátis para cliente, e já fomos para o Sitio Arqueológico de Ollantaytambo. Fizemos a visita sem guia e no nosso ritmo. Este sitio também é muito bonito, a maioria das pessoas o considerem o mais belo depois de Machu Picchu, mas para nós Pisac esta na frente, desde que faça a visita completa no mesmo. Em Ollantaytambo fizemos o segundo maior circuito, que passa em praticamente todo o sitio. Na parte da manhã o local fica bem mais vazio, pois os tours normalmente chegam no período da tarde, o que proporcionou ainda mais tranquilidade na visita. Com 2 horas é possível visitar todo o local sem pressa. Mesmo com vários pontos importantes para se conhecer no sítio; como o templo do sol, o rosto na montanha, etc; o que mais me encantou foi uma charmosa casinha encravada na parede da montanha, que aparece na foto a seguir (porque? Será que já morei lá? rs). Saímos do Sitio em torno de 13:30 e fomos para o centro da cidade almoçar, onde comemos o melhor aji de galiña da viagem. Ollantaytambo é uma cidadezinha muito aconchegante, te faz realmente sentir alguns séculos atrás no tempo. Afinal a cidade nunca ficou inabitada, desde a época inca, e dentro da cidade ainda há varias restos de construções incas. As ruas da cidade estão cheias dos famosos tuk-tuk , e é claro que não iriamos perder a oportunidade de andar em um destes charmosos carrinhos. Da praça central, por 4 soles, pegamos um Tuk-tuk táxi até a estação para pegar nossa mala e a van para Cusco. As vans para Cusco saem da estação de trem de acordo com que forem lotando, o preço não lembro exato, mas é em torno de 10 soles. Por volta das 18:00 já estávamos em Cusco. Dia 12 – Rainbown Montain / Montaña de las 7 colores Este era o segundo dos dias mais esperados da viagem. Os motivos para isto eram a paisagem única do local e o desafio de fazer a trilha, chegando a 5.200 metros de altitude. Havíamos nos preparado bem para isto, desde da parte do condicionamento físico no Brasil, como também da aclimatação nos dias anteriores. Mas ainda estávamos preocupados, ainda mais pelo fato de minha esposa ter bronquite, o que neste nível de altitude podia aumentar as dificuldades. A Rainbow Montain é uma montanha formada por várias faixas coloridas que parecem ter sido pintadas a mão. O turismo no local se iniciou recentemente, segundo os locais a mesma antes permanecia quase o tempo todo coberto de neve. Interessante que esta montanha era para ter sido destruída, uma empresa de mineração canadense iria explorar o local, porém os locais perceberam o potencial turístico da mesma e com muita luta/protesto conseguiram vencer a batalha, em 2018 a empresa abdicou da exploração de minério no local. Segue um site caso queiram conhecer um pouco mais da história desta atração: https://www.bbc.com/portuguese/geral-44620957. Para chegar até a montanha é necessária fazer uma trilha de pouco mais de 3 km (só ida), você irá encontrar vários relatos que dizer ser 7/8 km, mas recentemente mudaram o ponto final dos transportes o que facilitou a o acesso diminuindo a distância. Há também a opção de visitar o Vale Rojo (Vale vermelho), o que desvia a trilha na volta aumentando o tempo em uns 40 minutos. Porém o grande problema são os mais de 5.000 metros de altitude, é normal no caminho encontrar pessoas passando mal e desistindo. Outro ponto também é a temperatura, na época que fomos, segundo o guia varia entre -5 a -10 ºC. Então deve ir muito bem agasalhado. Referente ao passeio, o mesmo é muito similar ao da Laguna Humantay, pagamos também 55 soles incluindo transporte, guia, café da manhã e almoço e mais 10 soles de taxa de entrada. A van nos pegou no hostel as 4:30, viajamos por cerca de 2 horas até a parada para o café. O café da manhã. Depois seguimos por mais uma hora e pouco em estrada de terra e já com lindas paisagens dos campos a beira das montanhas com seus rebanhos de llamas Aqui também é necessário contar com a sorte, pois muitos dias a montanha fica coberta de neve impedindo logicamente que você veja o efeito de cores, e isto havia acontecido na véspera. E novamente São Pedro estava do nosso lado, fez um dia lindo e sem neve. Iniciamos a caminhada por volta da 09:00 da manhã. A paisagem durante todo o percurso é fantástica. Assim como na Laguna, há cavalo para locação, e como para nós o desafio é sempre parte do passeio, era opção era totalmente desconsiderada. A subida começa tranquila e vai ficando mais íngreme quando mais próxima do final. Na parte final a paisagem já começa a ficar colorida. Ao finalizar a última subida você chega bem no pé da montanha colorida, que estará a sua direita, e a esquerda há outra subida, formando um V com a montanha, que chamam de mirante. Muita gente se contenta de chegar no pé do mirante e devido ao cansaço não sobe. Recomendo que se tiver condições, vá até o topo do mirante, pois quanto mais sobe mais vivas ficam as cores da montanha. Além disto a Rainbown Mountain é só uma parte da extraordinária paisagem. Há o Nevado de Aunsgate, lindos vales de ambos os lados, e a Raiwnbow Montain com o Vale Rojo ao fundo, ou seja, é 360º de maravilhas. Quando chegamos ao topo foi um sentimento indescritível, um mix de alegria, admiração com a paisagem e sentimento de superação por termos chego ali. E alias chegamos muito bem fisicamente. Depois de admirar o local, decidíamos que iriamos também ao Vale Rojo. Encontramos nosso guia lá em cima, e dissemos que iríamos ao Vale Rojo, o mesmo não gostou muito, pois disse que ninguém do grupo iria e poderia atrasar o retorno. Afirmamos que estávamos bem e conseguiríamos cumprir o horário, e então partimos para lá. Descendo o primeiro morro abaixo da montanha, pega a esquerda e segue por outra subida. No meio do caminho descobrimos que teríamos que pagar mais 10 soles, o que não era nenhum problema. O interessante é que não tem nenhuma portaria, ou qualquer estrutura, somente 02 pessoas no meio do nada que recebe das pessoas na trilha. No final da subida, chega-se a um mirante com vista para o vale praticamente todo vermelho, mais uma linda paisagem. Após curtir o local tivemos que descer praticamente correndo para não atrasar o tour, e chegamos no ônibus em cima da hora. Em seguida retornamos, paramos para o almoço e chegamos em Cusco perto das 18:00. Dicas e infos: 1 – Va bem agasalhado, com roupas apropriadas para trilha. 2 – Leve alimentos para repor energia (chocolate é uma ótima opção) e agua. 3 – Suba no seu ritmo, sem se apressar. Dia 13 – Valle del Sur Nosso último dia em Cusco, nosso voo sairia as 19:00. Tínhamos planejado deixar este dia para curtir a cidade, comprar algo, etc. Mas mudamos de ideia e resolvemos “aproveitar até a última gota”, falei com a agencia se teriam algum tour que retornasse antes das 15:00. Me indicaram Valle del Sur. O passeio é aquele mesmo estilão dos tours “padrão”, micronibus, guia dando explicações no ônibus, tempo limitado, etc. O passeio se iniciou quase 09:00, depois de uma certa confusão para identificarmos nosso grupo, e fomos visitar os seguintes lugares: -Tipón: É mais um sitio arqueológico Inca, que tem várias terrassas, e um complexo sistema de irrigação ainda em funcionamento até hoje. O Lugar é mais simples e muito menor se comparamos com os sitios de Pisac ou Ollantaytambo, porém é bastante bonito. - Pikillaqta: É sitio arqueológico de uma civilização pré-inca chamada Wari, que viveram entre os séculos VI a IX. Então a arquitetura é bem diferente, e as construções também estão bem destruídas. O destaque é a organização urbanística da cidade, com ruas e avenidas perfeitamente alinhadas. Depois do sitio paramos em uma cidadezinha para provar um pão famoso por la, chamado “Chutas”, o interessante é que o guia disse que praticamente 100% das famílias da cidade sobrevive com a renda de fabricação e comercialização destes pães. -Andahuaylillas: A visita a esta cidade é especificamente para visitar a Igreja de São Pedro de Andahuaylillas. É uma igreja bem pequena e de fachada simples no exterior, porém devido a suas pinturas e decoração em ouro em todo o interior é conhecida como a Capela Sistina das Américas. A visita é rápida, pois a igreja é bem pequena. A entrada não esta inclusa no boleto turístico e custa 15 soles. Quem não quiser entrar na igreja há a opção de visitar um pequeno museu chamado Museu Ritos Andinos por 5 soles. Eu e minha esposa nos dividimos, eu fui na igreja e ela no museu. Na volta faz parada para almoço, não incluso no tour, em outro vilarejo que é especializado em chicharrones (carne de porco). Chegamos em Cusco as 15:00, tempo suficiente para tomarmos uma última Cusqueña (cerveja tradicional do Peru), pegar as malas no hostel e partir para o aeroporto. Resumo final: O Peru sempre esteve em minha lista dos lugares que eu queria conhecer, principalmente devido a Machupicchu. Porém este país superou muito nossas expectativas. Nos impressionou muito a riqueza cultural, histórica, natural e gastronômica do país. E também o país está investindo muito no turismo, é a receptividade dos locais com os turistas é ótima. Além disto se encontra preços ótimos para os passeios, alimentação e hospedagens, bem abaixo do praticado nas principais regiões turística brasileiras. Certamente irei retornar ao país, até mesmo porque ficou vários lugares que quero muito conhecer, como Huaraz, Puno e Arequipa. Espero que este relato possa auxiliar em algo quem estiver planejando ir para este fantástico país. Caso tenha qualquer dúvida fique à vontade para perguntar.
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  47. Saudações mochileiros, principalmente aqueles que querem viajar de carro. Não tive tempo de relatar minha viagem de carro de Belo Horizonte ao Atacama realizada em setembro de 2017, mas aqui vai minha contribuição. Após várias pesquisas aqui no site e com a ajuda de várias pessoas para o planejamento como o grande viajante de carro HLIRAJUNIOR e sua companheira (muito conhecimento e experiência), ao Alexandre e Rosângela do blog VIAJANDO DE CARRO (no qual baseei meu roteiro e pelas dicas providenciais por email), o João Carlos Truppel (Facebook), grande viajante de carro da América do Sul, ao Guilherme Pegoraro (que me enviou uma planilha bacana de roteiro e gastos – descobri um relato dele no blog VIAJANDO DE CARRO), ao blog www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br onde peguei várias dicas e mapas dos passeios. Também à Marisa Belle Bertoldo (relato no blog FELIPEOPEQUENOVIAJANTE) pelas dicas e ao blog MOCHILA CRÔNICA pelas informações. No relato não vou me a ter a pequenos detalhes. Caso alguém tem interesse, pode entrar em contato (far.alan@gmail.com). Agradeço a todos pela disponibilidade e me coloco também a disposição para ajudar a quem pretende realizar esta viagem espetacular. Para quem vai se aventurar de carro pelo NOA ARG e CHI em direção ao Atacama é sempre bom estar com as informações claras e atualizadas. Nesta viagem fomos eu e meu irmão de república da época da faculdade Rômulo. Para quem pretende, é melhor preparar o psicológico, pois a cada dia você está mais longe de casa – mas é muito longe mesmo. Todos os hotéis da ida foram reservados antecipadamente via Booking e a volta íamos escolhendo a cada destino (mas com algumas opções já pesquisadas). Qual carro nós fomos? Punto Essence 1.6 2013/14. Mas dá para ir? Tranquilamente. A viagem foi feita em 17 dias. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS (ARG e CHI) – Dica: organizar pasta com documentos. • Passaporte (agiliza o trâmite nas fronteiras) ou Identidade (com o RG com validade mínima de 10 anos - o seu comprovante de entrada e saída dos países será um ticket estilo supermercado, logo se rasgar ou perder vai ter muita dor de cabeça. Com isso recomendo o passaporte). • CNH e muito recomendado Permissão Internacional para dirigir (PID). Não me pediram mas preferi evitar problemas. • CRLV do veículo. • Seguro Carta Verde (Pedi via internet no site Luma Seguros - foi mais em conta do que na minha corretora). • Seguro SOAPEX (comprei no site da HDI Seguros via cartão de crédito – para preencher os dados é necessário o número do motor do carro. Caso tenha dúvida, veja algum vídeo no youtube de como achar o número do motor do modelo do seu carro – lembrando: NÃO é número do Chassi) • Extensão de perímetro do seguro do automóvel (Eu fiz com o corretor do meu seguro. Como o meu seguro cobria o Mercosul, estava tranquilo quanto à ARG, mas os 4 dias no CHI preferir pagar quase 400 reais, pois estaria no meio do deserto e sabe-se lá o que poderia acontecer – melhor prevenir). Dia 1 Belo Horizonte-MG a Marília-SP. Distância média: 880 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo de BH e fomos tranquilos até Marília – SP. O dia estava ensolarado, a pista era duplicada e em bom estado. Paramos para lanchar e almoçar no caminho. *No roteiro, defini que os primeiros dias da viagem seriam os mais extensos para poder curtir melhor na ARG e CHI. Com o ânimo de início de viagem e tendo alguém para conversar, ajuda a deixar o cansaço de lado. *Pedágios: Foram 13 pedágios entre BH e Marília com média de R$ 5 (total de R$ 65,70). Hotel em Marília: Almaru Flat Hotel (Muito confortável). Média R$ 150,00 a diária. Já na estrada ainda em Minas Gerais. Final de tarde chegando em Marília-SP. Dia 2: Marília-SP a Puerto Iguazu-ARG Distância média: 710 Km Tempo (com paradas): 11h Saímos cedo. O dia estava ensolarado e a estrada era pedagiada e em bom estado. Fomos para Foz do Iguaçu, onde trocamos reais/dólares por pesos argentinos em um shopping. Abastecemos e depois cruzamos a fronteira no mesmo dia para Puerto Iguazu. Na travessia, geralmente tem uma pequena fila de carros (depende da época e horário que você estiver atravessando). Já separe os documentos (passaportes e do veículo, abaixe os vidros e acenda as luzes internas (se for noite) pois geralmente eles dão uma olhada geral nos passageiros para ver quantos são e se condizem com os documentos. Nossa travessia foi bem tranquila e rápida. Puerto Iguazu é muito legal de conhecer. Preferimos deixar o carro no hotel e sair para conhecer a pé. A cotação estava R$ 1 = PA$ 5. (A cotação que consegui em BH foi 1 dólar = R$ 3,28). *Pedágios: Foram 8 pedágios entre Marília e Foz do Iguaçú com média de R$ 12 (total de R$ 97,40). Hotel em Puerto Iguazu: Hotel Oxum (Simples mas limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Na estrada no Paraná. Ainda no Paraná sentido Puerto Iguazu. Atravessando a fronteira em Foz para ARG Dia 3: Puerto Iguazu – ARG a Corrientes - ARG Distância média: 625 Km Tempo (com paradas): 10h Saímos de Puerto Iguazu e o dia estava chuvoso. Seguimos com calma por causa da pista molhada. Na saída, ficamos um pouco perdidos com o GPS que estava indicando a rota pelo Paraguai (estava configurado para menor distância. Mudamos para menor tempo e colocamos a cidade de Posadas como destino). *Dica: De preferência, no GPS coloque sempre uma cidade próxima ao invés de colocar seu destino final do dia. Com isso, você diminui a chance de ficar perdido! Havia algumas barreiras policiais mas apenas uma nos parou (Gerdameria) e perguntou aonde iríamos *Dica: Mesmo indo para o Atacama, sempre falávamos que iríamos para a próxima cidade do nosso destino, pois evitava a suspeita de que estávamos com muito dinheiro e bagagem. Isto funcionou durante toda a viagem sem problemas. As vezes que fomos parados na ARG era apenas para perguntar onde iríamos ou conversar por sermos brasileiros. A maioria era bem receptivo. Não tivemos problemas com a corrupção. Independente disso, levamos o formulário de multa anti-corrupção do governo da ARG. Neste caso, deve ser o último recurso. Passamos por San Ignácio Mini para almoçar e acabou que não fomos às ruínas (vai ficar para uma próxima oportunidade). Nosso destino neste dia foi Corrientes. É uma boa cidade para pernoite. Vale a pena visitar o cassino e a região beira-rio. *Pedágios: Foram 3 pedágios entre Puerto Iguazu e Corrientes: Eldorado PA$ 20,00, Santa Ana PA$ 20,00 e Ituazingo PA$ 20,00 (total de 12 reais). Hotel em Corrientes: Hotel Orly (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 980,00. Hotel central com estacionamento a uma quadra). Em Corrientes abasteça e compre lanche reforçado e água: próximo dia de trecho sem muito atrativo para refeições. Observação: Nas cidades das províncias de Missiones, Chaco e Salta durante a tarde, mais ou menos a partir das 14h as cidades ficam vazias depois do almoço até às 17h, parecendo que é feriado (siesta). Após as 17h, tudo volta ao normal e o comércio (principalmente bares e restaurantes) fica aberto até tarde. Ir se acostumando com a rotina das siestas. Na estrada depois da saída de Puerto Iguazu. Na estrada sentido Corrientes. Na estrada sentido Corrientes. Passando por Ita Ibate sentido Corrientes. Fim de tarde sentido Corrientes. Chegando em Corrientes. Corrientes a noite. Dia 4: Corrientes – ARG a Salta - ARG Distância média: 820 Km Tempo (com paradas): 11h Foi um dos percursos mais cansativos. Possui muitas retas e é monótono (pode dar sono). O dia estava nublado, o que ajudou por ser uma região que faz muito calor. Fique atento a animais como cabras atravessando a pista em alguns pontos próximos de cidades. A pista é simples mas boa (não possui acostamento asfaltado). Possui muitos insetos chocando contra o para-brisas (não esqueça de colocar solução de limpeza no reservatório do para-brisas para facilitar o uso). Apesar de ser quase tudo reto durante boa parte do trajeto, não abuse da velocidade. Vá curtindo a viagem e além disso não dê sorte para o azar (nem para a polícia). Saímos de Corrientes sentido Salta passando logo no início por Resistência. Andamos cerca de 700km pela RN 16 (cerca de 8h). É uma região com pouca estrutura e possui cidades pequenas na beira de estrada sem muitos atrativos para lanche (tente levar da cidade de origem). *Muito importante abastecer sempre que o tanque passar de ¾ cheio se seu carro tiver pouca autonomia ou metade se tiver uma boa autonomia (o meu tanque de 60L dava uma média de 750 km). Neste dia paramos em um posto YPF e tivemos que esperar cerca de 40 minutos até o caminhão abastecer o tanque. Os postos ficam mais nas proximidades de cidades, vilarejos (pueblos) e trevo de acesso ao último trecho de 45km para Salta. Quando chega próximo de Monte Quemado (Província de Santiago del Estero) o asfalto fica cheio de buracos e deve-se reduzir bem a velocidade. Tomar cuidado com os veículos contrários que invadem a contramão tentando desviar dos mesmos (você também terá que ir para a contramão, então cuidado ao atravessar para a outra pista e não foque apenas nos buracos). Antes de chegar no cruzamento com a Ruta 9 começa a ter mais curvas e no horizonte começa-se a ver as primeiras montanhas da pré-cordilheira. Após entrar na ruta 9, a viagem já estava bem cansativa, logo redobre a atenção e tente parar um pouco mais para curtir esta região que é muito bonita. Neste momento estava próximo do pôr do sol e a paisagem ficou bem marcante. A chegada de Salta é bem bonita com uma descida espetacular. Chegamos cerca de 19:30. Durante o percurso passamos por alguns postos e blitz da polícia Caminera e Gerdameria. Não tivemos problemas em nenhum, inclusive no posto mais comentado e famoso de Pampa de Los Guanacos. *Pedágios: Foram 2 pedágios entre Corrientes e Salta: Resistência PA$ 15,00 e Makalle PA$ 30,00 (total 9 reais). Na chegada de Salta não havia pedágios (havia lido relatos de que tinha). Havia alguns trechos em obras, logo, no futuro podem haver outros pedágios ou pode ser algum pedágio que existia que estava em reforma. Salta: a cidade possui ótima estrutura turística, com diversos hotéis e restaurantes. A temperatura estava agradável. Achei a cidade tranquila e segura. A noite vale a pena conhecer as famosas peñas (por mais que seja pega-turista, como gosto da cultura, achei muito interessante). Compre folhas de coca seca para mascar ou fazer chá para tolerar melhor a altitude. Próximo dia: começa a melhor parte da viagem. Hotel: Hotel Samka (Bom, limpo e confortável). Média PA$ 920,00. Hotel central com estacionamento. Saindo de Corrientes para cruzar a ponte sentido Resistência. Saindo de Corrientes para cruzar a Ponte sentido Resistência. Reta do Chaco sentido Salta. Esquece, é só reta. Reta do Chaco. Reta do Chaco. Animais na pista próximo a entrada de alguma cidadezinha no norte da ARG. Começam os buracos próximo a Monte Quemado. Primeiras montanhas da pré-cordilheira próximo ao cruzamento com a ruta 9 sentido Salta. Na ruta 9 sentido Salta. Fim de tarde sentido Salta. Em Salta. Dia 5: Passeio Salta Cachi Cafayate Distância média: 360 Km (boa parte em rípio) Tempo (com paradas): 8 h Saímos tarde de Salta (em torno de 11:30) em direção à Cafayate (rutas 68, 33 e 40), passando pela Cuesta del Obispo e Parque Nacional Los Cardones. O dia estava ensolarado e seco. A Cuesta del Obispo é muito linda, com paisagens bem diferentes das nossas (vale muito a pena). A estrada é de rípio e estava boa, com muitas subidas e curvas. Indo devagar, curtindo a paisagem e ouvindo uma boa música fica tudo tranquilo. Pegamos muitos ventos fortes que levantava muita poeira. Ao final do trecho de rípio pegamos um trecho de subida asfaltado em bom estado (a esquerda tinha uma placa do Parque Los Cardones e uma estradinha mas deve-se seguir direto no asfalto (entramos a esquerda e saímos em um lugar que parecia ser de piquenique, muito legal e bonito mas acabou nos atrasando – se sair cedo de Salta vale a pena). Depois tem uma descida íngreme e sinuosa (nessa hora ficamos meio confusos com o GPS pois mandava sair do asfalto - pode continuar no asfalto que não tem erro) até chegar na reta del Tin Tin, onde paramos para tirar fotos dos cactos gigantes. A região também é muito bonita e diferente. Depois seguimos para Cachi e achamos tudo fechado por causa da siesta. Só conseguimos o restaurante de um clube que fez uns sanduiches de presunto e mussarela. A cidade é muito tranquila. Seguimos para Cafayate (RN40) em estrada de rípio em estado regular. É uma região pouco habitada. Pegamos muito vento e poeira (parecia o fim do mundo, muito diferente). Atentar sempre para a direção que está seguindo no GPS pois as vezes tem alguma bifurcação e não tem placa indicando. Como saímos tarde de Salta, chegamos tarde em Quebrada las Flechas e já estava escuro e não aproveitamos (logo saia cedo de Salta e aproveite). Chegando em San Carlos, a estrada já é asfaltada. Log depois chega em Cafayate. Chegamos cansados no hostel e depois do descanso saímos para conhecer a cidade. É pequena mas muito boa e tranquila. Conhecida como a terra do bom vinho de altitude, onde as principais atrações são suas bodegas. Dicas Levar muita água, roupa corta vento, protetor solar e lanche muito reforçado. É uma região bem inóspita e a falta de água ou alimentação pode levar a uma desidratação ou hipoglicemia e o resgate pode ser muito demorado por ser uma região pouco habitada. Além disso, tem a siesta e caso chegue nestes horários, vai achar a cidade vazia e comércio em geral fechado. Parece cidade fantasma. Entre Cachi e Cafayate, dirija devagar. Não deixe de tomar o vinho Quara uva Torrontés em Cafayate. Ficar atento ao GPS se está configurado como menor distância, menor tempo ou fora de estrada. Quando íamos pegar estrada de rípio muitas vezes mudávamos para menor distância ou fora de estrada. Depende muito da hora, logo é importante estudar e conhecer muito bem todo o roteiro para evitar seguir o GPS e ir por um caminho não programado. Na saída de Salta, configure o GPS para menor distância e cidade: Cachi. Quando saímos configuramos para Cafayate e o GPS nos direcionou para a RN 68 (asfaltada e que não passaria por Cachi). Como já havia estudado o roteiro, ficou mais fácil perceber e corrigir. Vale a pena ficar 2 dias em Cafayate. Quando for embora, saia mais cedo para aproveitar as paisagens da Quebrada de Cafayate. Hotel: Hostel Andino (parece hotel mas é hostel, bem limpo e confortável). Média PA$ 900,00. Saída de Salta sentido Cuesta del Obispo. Por enquanto asfalto. Início da Cuesta del Obispo ainda asfalto. Ainda asfalto. Início para a Cuesta del Obispo. Ainda asfalto mas depois começa o rípio. Início da Cuesta del Obispo já com rípio. Paisagem no início da Cuesta del Obispo. Rípio na Cuesta del Obispo. Cuesta del Obispo. A estrada clara ao fundo é de onde viemos. Cuesta del ObispoPercorre-se todo a estrada de rípio até em cima. Imensidão. Depois do rípio da Cuesta del Obispo nesta placa deve-se seguir direto no asfalto para chegar ao Parque Nacional Los Cardones. Na placa a esquerda tem uma estrada de rípio que dá em um lugar bem bonito no meio do nada chamado Valle Encantado - mas não é sentido Los Cardones – se sair cedo de Salta vale a pena conhecer). Se virar a esquerda na placa vai conhecer o Valle Encantado (do asfalto, dá média 7 Km ida e volta). Ao final da estrada tem umas mesas para piquenique. Seguindo no asfalto após a placa sentido Los Cardones. Seguindo no asfalto após a placa vai começar algumas curvas e depois uma descida sinuosa (onde foi tirada a foto). A fina faixa reta na foto é a reta del Tin Tin já em Los Cardones. O embaçado é poeira levantada pela ventania. Los Cardones. Aqui tem um local para estacionar o carro e curtir. Cuidado com outros carros ao atravessar o asfalto. Por mais que seja uma região pouco habitada as vezes passa algum carro. Após Los Cardones, Payogasta sentido Cachi. Em Cachi. Parecia cidade fantasma por causa da siesta. Vilarejo após Cachi sentido Cafayate. Após Cachi pegamos estrada de rípio sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora, parecia o fim do mundo (veja ao fundo da imagem). Sentido Cafayate. Muita ventania. Paisagem desoladora. Quebrada las Flechas a noite. Uma pena não ter saído mais cedo de Salta. Dia 6: Cafayate – ARG a Tilcara Distância média: 200 Km (até Salta) e 173 Km (até Tilcara passando por La Cornisa) Tempo (com paradas e engarrafamento de acidente): 10 h Cerca de 09:00 seguimos em direção a Salta pela Ruta 68 - asfaltada e em ótima condição. No início tem-se as formações rochosas da Quebrada de Cafayate (Los Castillos, El Obelisco, El Fraile, El Sapo, El Anfiteatro e Garganta del Diablo - todas identificadas). Vale a pena fazer este percurso com calma e apreciar as paisagens e as diferentes formações rochosas. Paramos no restaurante Posta de Las Cabras (ruta 68 - Km 88) para almoçar. É um lugar gostoso para descansar e curtir a calmaria. Cuidado ao pegar o volante após o almoço por causa do sono que pode vir. Seguimos em direção à Salta e de lá pegamos a estreita Estrada de La Cornisa sentido San Salvador de Jujuy para chegar em Tilcara. Em Salta, agarramos um pouco e saímos depois de 14hs. A estrada de La Cornisa é muito bonita e diferente, mas aviso que é muito estreita, logo tem que haver muito cuidado, uma certa perícia do motorista e cautela nas curvas. Tem uns mirantes que valem a pena parar. Pegamos a parte final já escuro. Recomendo sair de Salta no máximo entre 11-12h. Vá com calma para curtir cada detalhe. Depois de Jujuy houve um acidente na estrada e ficamos mais de 1 hora parados com isso chegamos a noite em Tilcara. Tilcara é muito legal de conhecer, um lugar alternativo no norte da ARG. Hotel em Tilcara: Villa del Cielo (muito bom, só fica um pouco distante do centro, mas vale a muito a pena). Média PA$ 950,00. Bônus: O hotel já havia sido eleito um dos melhores que ficamos, mas algo nos deixou ainda mais confiantes. Meu amigo esqueceu uma bolsa com dinheiro no hotel e só constatou no meio do caminho indo para o Atacama. Como conversei muito com a gerente Marisel por email antes da viagem não preocupei muito e fiquei de mandar um email para ela quando chegássemos ao deserto uma vez que iríamos passar por Tilcara na volta. Então, quando chegamos no hotel em SPA, ela já havia enviado um email informando do ocorrido e que a bolsa estava no cofre do hotel à disposição. Combinei que na volta pegaríamos e foi isso mesmo que aconteceu. O atendimento da Marisel é muito claro e honesto. Inclusive no primeiro dia, ao pagar, o meu cartão de crédito não estava passando, então o funcionário ligou para ela (que estava em Buenos Aires) e conversamos a melhor forma de resolver o problema e foi muito tranquilo. (Dica: tente manter um contato mais próximo com os hotéis que irá ficar para facilitar numa situação como esta). Vinícola em Cafayate Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate e formações rochosas. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. El Fraile. Quebrada de Cafayate. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Quebrada de Cafayate. Retorno de Cafayate sentido Salta. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Após Salta já na Estrada de La Cornisa. Estreita e sinuosa mas uma experiência sem igual. Dique - La Cornisa Paisagem na Estrada de La Cornisa Parador Posta de las Cabras sentido Salta Praça em Tilcara Dia 7: Tilcara (ARG) a San Pedro de Atacama (SPA) - CHI Distância média: 436 Km Tempo (com paradas): 8 h (considere o tempo que pode ficar na aduana, ficamos quase 1:30. Melhor é estimar em 10 horas para ir com calma. Esta parte é um dos lugares mais bonitos da viagem (coisa que quem só vai de avião nunca vai conhecer). De Tilcara até SPA: asfalto em bom estado e não há pedágio (apenas algumas curvas da Cuesta de Lipán que estão sem asfalto). Tomamos café da manhã e saímos cerca de 8h. Reservamos o dia para a travessia da Cordilheira dos Andes via Paso Jama. Enchemos o tanque um dia antes no posto YPF na saída de Tilcara. Saímos de Tilcara e seguimos sentido Purmamarca. Subimos a Cuesta de Lipán com uma visão sem igual. Depois da subida começa uma descida também sinuosa. Embora o trecho do dia não seja tão longo, reserve o dia todo pois possui muitos atrativos com lugares bonitos, além disso, possui grande altitude (logo o carro perde potência e vai mais lentamente) além de trechos de subidas e descidas sinuosos. Todo o trajeto é tranquilo mas deve-se tomar cuidado (curvas, subidas, descidas e altitude). Quase ao chegar no topo da Cuesta de Lipán (depois de Abra de Porterillos) começa-se a descer uma região bem bonita (todas são). Quando acabam as descidas mais ingrímes começa-se uma parte mais reta e chega-se ao salar Salinas Grandes (não tem como não parar e ver a beleza). A RN52 corta o salar e fica bem interessante. Seguindo adiante, passa-se pelo Salar de Olaroz e de Jama, que também são magníficos (ainda na ARG). Depois vem Susques (um vilarejo bem diferente; na entrada tem um centro de informação ao turista com muitos mapas e catálogos de turismo grátis). Abastecemos para garantir e seguimos em direção à aduana ARG/CHI. Já na aduana, primeiro paramos no posto para completar o tanque e depois loja de conveniência. Depois fomos aos guichês com a documentação, onde faz-se a burocracia de saída da ARG/entrada no CHI (migração). Depois você continua os trâmites em várias cabines ao lado (sanitário onde declara que não leva itens proibidos como vegetais e etc. e para verificar a documentação do carro). Depois um agente vai vistoriar o carro. O nosso apenas pediu para abrir o porta-malas, deu uma olhada e nos liberou (mas vimos carros que tiveram que tirar a bagagem – aí demora bem mais). Depois que você é liberado e recebe o recibo validado, vai com o carro até uma cancela na estrada onde um agente vistoria os recibos de migração e abre a cancela para poder continuar sentido CHI. Aí é uma paisagem mais diferente e impressionante atrás da outra. Sem explicação. Após ver paisagens que mais parece outro planeta por um longo tempo começa-se a descida já próximo a SPA (de 4200m para 2200m em 42Km). Tem que ir com o carro sempre engrenado e não deixar embalar muito (ir freando aos poucos para os discos de freio não esquentarem e perderem o atrito). Por segurança mantenha baixa velocidade durante a descida. NÃO UTILIZE O FREIO CONSTANTEMENTE EVITANDO O SUPERAQUECIMENTO. Observação: *Com as altas altitudes você vai perceber o carro perdendo potência, mas é normal. Fique atento também quanto aos sintomas da altitude. *Agasalhe bem pois nos pontos mais altos do percurso a temperatura pode chegar a temperaturas negativas. *Nos lanches que são levados, se tiver frutas e vegetais terá que jogar fora antes da fronteira; inclusive você consegue ver várias coisas jogadas antes da fronteira. Água e refrigerante fechado não tivemos problema. *Na parte de documentação pegamos agentes educados e prestativos mas também pegamos um sem paciência. Então sempre esteja com a sua documentação e a do carro em mãos para agilizar. Seguimos sentido SPA pois tínhamos que chegar antes das 16h para pagar o Tour astronômico da Space Orbs. Chegamos um pouco antes e fomos direto acertar e depois procurar o hotel. (É necessário fazer o pagamento até as 15h00 do dia para confirmar o tour, porém combinei antes por email a necessidade de um prazo um pouco maior justificando a travessia da fronteira neste dia e a agência aceitou). SPA é uma cidadezinha diferente, parecendo o velho oeste moderno em outro planeta. Não vou me ater aos detalhes pois aqui nos mochileiros já tem muitos relatos e informações sobre a cidade. Acho importante dizer que no início você fica meio perdido sem saber como funciona o trânsito. Então, antes de entrar em alguma rua, veja se já tem carros e qual o sentido que eles estão para evitar maiores problemas com os Carabineros do Chile. Sempre via carros da polícia na cidade e região. Depois achamos o hotel que havia reservado (Geisers del Tatio). Arranjamos as coisas para cerca de 20h encontrar a van da agência para irmos ao Tour. Vale muito a pena. O céu é muito diferente lá no Atacama. Experiência única estar lá no meio do nada e ver o firmamento. (Fizemos a opção em espanhol). Hotel em SPA: Geisers del Tatio (muito bom, cerca de 8 minutos andando do centro de SPA. Boa estrutura. Valeu a pena, embora queria ter reservado o Pueblo de Tierra - melhor custo benefício). Média R$ 1500 as 4 diárias. Tour Astronômico: Agência PC$ 20000 (cerca de R$ 105,00 cada). Dicas *Para o dia da travessia do Paso Jama saia com o tanque cheio pois o consumo de combustível aumenta devido a altitude. De preferência abasteça em Susques e complete o tanque na fronteira. *Conselho: NÃO LEVAR NADA REFERENTE A ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL pois pode atrasar e muito! Além disso podem revistar o carro todo ou multar. *Pesquise ao menos 3 lugares de câmbio na Calle Toconao e faça o câmbio de pesos chilenos (calcule a necessidade média para alimentação, passeios e gasolina de acordo com os dias que vai ficar em SPA). *Importante atentar que o pagamento do hotel em moeda forte (dólar ou euro) pois isenta os turistas estrangeiros (menos de 60 dias no país) do pagamento do imposto IVA, que tem alíquota de 19% no CHI. Paguei no cartão de crédito e obtive o desconto.(Apesar do IOF, é muito mais tranquilo e seguro do que ficar viajando com uma grande quantidade de dinheiro em espécie, uma vez que o hotel tende a ser o seu maior gasto em SPA). Para a isenção tem que apresentar o passaporte ou cartão de entrada no CHI (tarjeta migratória). Veja no site do hotel ou confirme se ele está registrado ano Serviço de Impuestos Internos (SII). *Antes dos passeios em altas altitudes: bastante líquido, refeição leve e evitar excesso de bebida alcoólica. *Pagamento da entrada dos passeios deve ser em pesos chilenos. De preferência, o de restaurantes também, pois com a conversão que eles aplicam você pode ficar em desvantagem. *Recuse troco de notas de dólares velhas ou rasgadas. Tente reservar hotéis ou hostels que possuam estacionamento (algumas ruas não é permitido estacionar). Leve no mínimo 2 L de água por pessoa a cada passeio. *Restaurantes: por volta das 22h00 já começam a fechar as portas. Adição de 10% de propina (gorjeta). *Leve lanche para café da manhã/tarde para os passeios independentes e para os mais longos levar um lanche mais reforçado ou programe um almoço em algum ponto de apoio (Toconao ou Socaire por exemplo). O nosso cronograma básico foi este (a parte de descanso ficou entre descanso e conhecer a cidade): Cronograma Atacama Manhã Tarde Noite Tilcara SPA Tour astronômico Descanso Laguna Chaxa/Ojos del Salar/ Laguna Tebinquiche Descanso Geisers del Tatio Almoço/ Vale de la Luna Descanso Piedras Rojas/Lagunas Altiplânicas Altiplânicas/Socaire Descanso SPA Tilcara Descanso Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Saída de Pumamarca sentido Cuesta del Lipán. Cuesta del Lipán. No alto da Cuesta del Lipán em Abra de Porterillos. Após Abra de Porterillos. Este local também é muito bonito. Sentido Paso Jama. Faixa branca ao fundo - Salinas Grandes Susques Susques Atravessando a Cordilheira dos Andes Atravessando a Cordilheira dos Andes Fronteira ARG/CHI Paso Jama. Atravessando a Cordilheira dos Andes Gelo na beira da estrada. Vulcão Licancabur. Quando avistar está próximo de SPA. Descida de 42 Km sentido SPA SPA SPA Hotel Geisers del Tatio Dia 8: SPA (CHI) A cotação em SPA estava US$ 1 = PC$ 620 (Como comprei o dólar a R$3,28, R$ 1 = PC$ 189). De manhã resolvemos descansar, conhecer a cidade, fazer o câmbio (Calle Toconao), almoçar e fechar o passeio de Geisers del Tatio para a manhã do próximo dia. À tarde pegamos o carro e fomos para Toconao, Laguna Chaxa, Ojos de Salar e por último ver o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. É tranquilo de ir seguindo as orientações (www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br) e placas indicativas. Não fomos à Laguna Cejar pois achei que não justificava o preço absurdo que estão cobrando. Para chegar na Laguna Chaxa é bem tranquilo (cerca de 30 min de SPA). Passa se por Toconao e depois tem a placa indicativa para virar à direita numa estrada de rípio e sal em bom estado. Da Chaxa, também é simples ir aos Ojos del Salar que já é caminho para Tebinquiche, onde o pôr do sol é um espetáculo. De Tebinquiche, volta-se já escurecendo mas fica fácil ao seguir os carros das agências. Os passeios valeram muito a pena e é inesquecível o pôr do sol na Laguna Tebinquiche. A noite descasamos para o outro dia de manhã (para os Geisers tem que acordar bem cedo, a van passou no hotel cerca de 05:00). Ingresso Laguna Chaxa: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00). Ingresso Laguna Tebinquiche: $4000,00 (cerca R$ 21,00). Em nenhuma da lagunas pode entrar na água. Toconao Rípio sentido Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Laguna Chaxa Laguna Chaxa Placa indicativa. Muito bem sinalizado. Ojos del Salar Laguna Tebinquiche Mudança das cores na Laguna Tebinquiche com o pôr do Sol Dia 9: SPA Geisers del Tatio e Valle de la Luna Resumo do dia: a manhã toda: passeio Geisers del Tatio/povoado Machuca. Almoço em SPA. A tarde: descanso e saída cerca de 15:00 para Valle de la Luna. O horário que a agência agendou para a van nos pegar foi próximo de 05:00. No dia anterior avisamos no hotel que precisaríamos do café com antecedência e eles deixaram tudo pronto e um funcionário inclusive levantou para nos atender no que pedíssemos. Tomamos pouco café no hotel e levamos um lanche (não deixe de levar água também - ao longo do dia vai fazendo muito calor). Estava bem frio e o deslocamento foi um pouco mais de 1 hora até o parque. Leve muita roupa de frio inclusive luvas boas pois as mãos quase congelam e é muito ruim (fui com calça térmica e outra calça por cima além de blusa térmica, uma normal e uma corta vento, duas meias para trilha e luvas - mesmo assim sente um pouco de frio. O pior mesmo foram as mãos). De qualquer forma você faz um sacrifício mas vale muito a pena. O lugar é diferente do que estamos acostumados e te faz lembrar os desenhos animados de infância. Foi muito bom conhecer este lugar. O frio incomoda mesmo só até o sol aparecer (naquele dia foi cerca de 06:40). Depois ficou muito tranquilo (depende da época que você vai). Tomamos um café da agência quando chegamos lá cerca de 06:10 e a temperatura era cerca de 7 graus negativos. Na volta, passamos pelo povoado de Machuca que tinha muitos turistas. *Cuidados: Os poços são demarcados mas evite chegar muito perto. Nunca coloque a mão diretamente nos poços e nem chegue muito perto. Segundo informações do guia já aconteceram acidentes fatais. A temperatura da água pode chegar a 85°C. Geisers del tatio: Agência PC$ 19000 (cerca de R$ 100,00 cada) e ingresso para entrada: PC$ 5000 (cerca de R$ 27,00 cada). Chegamos cerca de 12:00 em SPA e fomos almoçar em algum restaurante. Depois descansamos um pouco no hotel e pegamos o carro e fomos ao Valle de la Luna. . Valle de la Luna É bem perto de SPA. Cerca de 15-20 minutos de carro. Para este passeio leve boné, passe protetor solar, óculos de sol, algo para comer, muita água, roupa leve, bota de trilha ou tênis. Antes passamos na entrada do Valle de la Muerte mas não entramos pois este dia foi cansativo e não daria para fazer os 3 passeios. Seguindo pelo GPS e as placas é bem fácil. O acesso é muito próximo de SPA - cerca de 3km. Depois pega-se uma estrada de rípio. Chega-se na entrada do parque e paga-se o ingresso. Eles dão um mapa e explicam o tempo médio entre cada ponto. Depois de pagar a entrada, com o carro, anda-se uma parte de rípio até ter a parada para as Cuevas de sal. Estacionamos o carro e seguimos um grupo de turistas com guia nas cavernas. É bem legal mas quem não gosta de lugar fechado não vale muito a pena. Eu não tenho problema com isso, mas como tem gente na frente e atrás, você fica um pouco apreensivo. Depois de visitar as Cuevas , pegamos o carro e seguimos até as Tres Marias (cerca de 8 minutos), mas é bem bonito o caminho então paramos muito. Antes de chegar às Tres Marias, do lado direito tem o Anfiteatro. Depois voltamos e paramos em um estacionamento e subimos a pé para a Grande Duna. É uma caminhada de cerca de 10 minutos. Lá em cima cuidado ao ficar nas beiradas dos paredões. Subimos antes do pôr do sol para aproveitar bem a paisagem. Vale muito a pena este passeio. Retornamos para o Hotel antes do escurecer e a cor do ceu é indescritível. Valle de la Luna: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio Geisers del Tatio SentidoMachuca Povoado de Machuca Entrada do Valle de la Muerte Valle de la Luna Cuevas de sal Anfiteatro Três Marias Valle de la Luna no topo da Grande Duna - a esquerda o Anfiteatro sentido Três Marias Pôr do sol no Valle de la Luna Retorno do passeio do Valle de la Luna Dia 10: Piedras Rojas (PR) / Lagunas Altiplânicas (Lagunas Miscanti y Miñiques) e Socaire (nesta ordem). Distância média: 300 Km ida e volta Tempo (com paradas): 9h. Piedras Rojas (PR): Acordamos cerca de 05:00, tomamos café no hotel (avisamos um dia antes o horário) e pegamos estrada. Ainda escuro e frio fomos tranquilo sentido Toconao, Socaire. Após Socaire seguimos sentido Lagunas Altiplânicas. Passamos pela entrada das Altiplânicas (bem sinalizado) e seguimos a estrada direto, sentido Paso Sico. Após a entrada das Lagunas, a estrada de asfalto, após um tempo, vira uma estrada de rípio. Toda a paisagem da região é também indescritível. Não tinha nenhum carro ou van de agência então ficou um pouco estranho, mas uma hora passou uma van de agência e vimos que estávamos no caminho certo. A estrada de rípio estava transitável e não era ruim. Apenas vá com calma e aprecie. Após a entrada das Altiplânicas foi cerca de 35 Km até chegar em Piedras Rojas (GPS -23.91180, -67.69249). Antes da entrada das PR havia umas curvas sinuosas e até passei direto (não vi nenhuma placa, apesar de falarem que tem uma placa a direita com o dizer Salar de Águas Calientes). Então fiquei sem saber onde era, mas como uma van havia nos passado, com o zoom da câmera ficamos procurando e a vimos bem de longe (da entrada até o local é cerca de 1,5Km). O caminho até lá é um pouco ruim mas nada demais, só ir devagar. Não conseguimos parar onde a van estava, então paramos antes e fomos andando até o local. Obs: A entrada para as PR é gratuita. Não tem banheiros. O local estava tão frio que o computador do carro acusou “9 graus negativos. Possível gelo na estrada”! Após curtir e comtemplar muito aquele local magnífico (não faça como muitos que vi por lá, chegam, tiram fotos e saem – sente e curta por muito tempo aquele local inesquecível). Antes de sair, conversei com um guia para saber se as Lagunas Altiplânicas estavam abertas (por causa do gelo, no dia que chegamos houve relatos que estava fechado – logo o local que mais queria conhecer), mas aí o guia falou que estava liberado o acesso. Dica: se for em época de muito frio tem grande chance de não conhecer as Altiplânicas por causa da neve, pois o acesso é de subida até chegar no guarda parque e descida mais íngreme para chegar às lagunas). Lagunas Altiplânicas Voltamos das PR pelo mesmo caminho e viramos à direita no acesso às Altiplânicas. Depois de sair da estrada principal, a estrada de acesso até o guarda parque é muito tranquila (cerca de 8 minutos). Chegando lá, pagamos a entrada e recebemos as instruções. Depois descemos até as lagunas (lá tem estacionamentos e banheiros). A descida estava um pouco molhada e com barro por causa do derretimento do gelo, com isso tinha que ir com mais cuidado. O local é magnífico. Se Deus quiser eu vou voltar. Depois de parar na Miscanti e contemplar, seguimos para Miñiques (parece um quadro)! Acabei perdendo algumas fotos, mas na minha memória ainda estão as paisagens. Saímos cerca de 13:00 e fomos em direção a Socaire para almoçar. Não me lembro muito bem o nome do restaurante mas fica na estrada que corta a cidade. Lagunas Altiplânicas: Ingresso $3000,00 (cerca R$ 15,00 por pessoa). Dica: este dia você vai para um lugar que não tem estrutura, então leve muita água, protetor solar, protetor labial, casaco corta vento, luvas, gorro, chapéu, óculos de sol e muito lanche. Faz bastante frio (e venta muito). Saia cedo para aproveitar melhor o local pois a medida que o tempo vai passando vai chegando mais turistas e fica difícil de aproveitar (como fomos bem cedo teve momentos bem tranquilos sem turistas). Como saí bem cedo ainda está escuro, então tome cuidado na estrada pois acaba sendo mais perigoso. De preferência, leve folhas de coca para mastigar pois o passeio está a quase 5000 metros de altitude. Não ultrapasse as demarcações das trilhas. Respeite a cultura e a preservação do local. Socaire: cidadezinha interessante, povoado pré-colombiano. Paramos na volta para almoçar uma comida típica atacamenha. Depois voltamos para SPA (mais uns 45 minutos). É um dia cansativo mas que vale muito a pena. Piedras Rojas: recomendo colocar as coordenadas no GPS antes de sair para garantir que vai achar. Sobre os Carabineros de Chile Os Carabineros de Chile são muito honestos. Relato duas experiências com eles. Uma foi no dia da volta da Laguna Chaxa, já a noite e na chegada, já dentro da cidade encostei o carro para verificar o GPS para ver qual caminho seguir. Como estávamos vindo da estrada, o farol estava alto e esqueci de abaixar o farol. Logo, vem um carro no sentido contrário e quando fui ver uma caminhonete verde dos Carabineros e o policial já foi logo falando em tom forte: Baja la luz! Baja la luz! Um pequeno detalhe, mas que para eles pode influenciar na segurança dos demais motoristas. Só fiquei com certo medo de querer multar, mas abaixei a luz e disse que tinha abaixado e eles foram embora. Em outro episódio, voltando das Lagunas Altiplânicas, iria parar em Socaire para almoçar e havia uma blitz na estrada principal que corta a cidadela. O policial veio e solicitou a documentação do veículo e motorista. Entreguei logo a PID (Permissão Internacional para Dirigir) para não ter problema e o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo). Ele verificou e começou a anotar algumas coisas num caderninho dele (aí eu fiquei pensando: será que ele vai me multar?). Já fui perguntando: ¿Que eres esto? Aí ele falou que era apenas para controle deles (me pareceu mais alguma coisa sobre estatística - talvez sobre veículos estrangeiros - ou evitar parar um carro mais de uma vez, pois quando fui embora ele já acenou para passar direto). Nesta abordagem, pedi para tirar uma foto do carro dos Carabineros e ele autorizou (é bem diferente), mas acabei perdendo a foto mas não a memória. Se tiver interesse veja no google como são. Estrada asfaltada para Piedras Rojas/Altiplânicas Estrada de rípio após a entrada das Altiplânicas sentido Piedras Rojas Piedras Rojas. Lá na frente fica a estrada de rípio sentido Paso Sico Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Piedras Rojas Lagunas Altiplânicas Lagunas Altiplânicas (perdi muitas fotos da Lagunas) Retorno das Lagunas Altiplânicas sentido Socaire Dia 11: SPA (CHI) a Maimará (ARG) Aqui termina nossa estadia no deserto, mas não a aventura. Retornamos de SPA para Maimará apreciando as paisagens. Foram muitas paisagens diferentes . No caminho demos carona para um casal de mochileiros argentinos. Foi muito legal a troca de experiência e poder treinar um pouco o espanhol. Paramos muito pois na ida paramos menos por causa que tínhamos que chegar em SPA a tempo de pagar o Tour Astronômico. Na fronteira foi bem tranquilo. Inclusive meu amigo foi atendido e tomou oxigênio no centro médico. Atendimento bem rápido e prestativo. Chegamos em Maimará e fomos ao hospital da cidade pois meu amigo estava sentindo um pouco de mal por causa da altitude. Embora tínhamos o seguro viagem, resolvemos ir no hospital da cidade (público). O atendimento também foi bem prestativo e mediram a oxigenação dele que estava um pouco baixa. A noite fomos a Tilcara para distrair pois Maimará não tem opção a noite. Hotel em Maimará: Posta de Gherard (simples mas o quarto que ficamos estava com um pouco de cheiro de mofo, o que para mim é muito ruim por causa de rinite). No mais atendimento muito atencioso. Sem café da manhã. Média PA$ 600,00. Estacionamento na frente do hotel. Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Retorno de SPA para ARG Paletas del Pintor – Maimará Cierro Siete Colores - Pumamarca Pumamarca Tilcara Dia 12: Maimará (ARG) a Joaquín Victor Gonzales (ARG) 490 km 08h-17h Distância média: 490 Km Tempo (com paradas): 8 h Saímos cedo de Maimará para conhecer as Paletas del Pintor e depois fomos para Pumamarca conhecer o Cierro Siete Colores e passamos a manhã por lá e almoçamos. Possui muitas feiras de artesanato e é bem diferente. Havia decidido que não iríamos em Humahuaca e Iruya desta vez por falta de tempo (vai ficar apara a proxima). Em Humahuaca tem o Cierro Cuatorze Colores que parece valer muito a pena. Depois do almoço seguimos sentido joaquín Vicotr Gonzales (JVG) onde havíamos decidido que seria nossa pernoite. Na volta da viagem não reservamos nenhumlocal para ficar e achamos uma pousada de um português na beira da estrada principal que corta a cidade. JVG não tem muito atrativo, acho que vale mais como ponto de apoio para pernoite. Sem fotos. Dia 13: Joaquín Victor Gonzales a Resistência Continuação do retorno da viagem. Reta do Chaco sem muito atrativo. Manter autonomia de gasolina e comprar lanche. Resistência é uma cidade melhor estruturada do que Corrientes. Gostei muito de conhecer. Lá vale a pena tomar um chope na Choperia Mosto e tomar café da manhã na lanchonete Cascanueces. Sem fotos. Dia 14: Resistência a Foz do Iguaçu Retorno ao BRA por Foz do Iguaçu. Dia também cansativo mas tudo tranquilo. Demos carona para um venezuelano mochileiro que mora em Bariloche e estava indo para o Rio de Janeiro e nos ensinou muito o espanhol. Antes da travessia da fronteira passamos em Puerto Iguazu para comprar uns vinhos pode vale a pena. Jogar fora qualquer vestígio de folhas de coca antes de atravessar a fronteira pois é proibido no Brasil. A travessia da fronteira foi tranquila. A noite no Brasil te traz uma certa tranquilidade de saber que está em casa. A noite o venezuelano saiu para tomar uma cerveja gelada conosco. Hotel em Foz: Hotel Coroados (simples e preço justo). Média de 135,00 a diária. Sem fotos. Dia 15: Foz do Iguaçu (Cataratas do Iguaçu) Resolvi deixar mais um dia em Foz no roteiro devido a previsão do cansaço acumulado da viagem. É uma boa opção tendo em vista que você pode conhecer as Cataratas do Iguaçú. Já conhecia mas vale muito a pena o passeio. Neste dia também fomos no Free Shop na ARG pois vale a pena para muitos produtos (tente ter uma noção dos preços no BRA mas as promoções de bebidas estavam com preço bom). Ingressos Cataratas: R$ 37,00 mais R$ 20,00 de estacionamento. Próximo dia preparar para pegar estrada. Cataratas do iguaçú. Por mais que seja apenas uma foto vale muito a pena conhecer. Dia 16: Foz do Iguaçu a Marília Neste dia na saída de Foz a Polícia Rodoviária Federal nos parou e deu uma revistada básica no carro, inclusive pedindo para abrir bagagem. Como há um grande contrabando de mercadorias do Paraguai para o Brasil é normal eles pararem neste posto. Não é proibido levar bebida só não vá levar todo o bagageiro de bebidas. O retorno fica mais cansativo com o passar dos dias da viagem. Logo tem que descansar bem e distrair relembrando cada detalhe de uma aventura e experiência que você vai poder contar para as pessoas mais próximas e se Deus quiser para os filhos e netos! Sem fotos. Dia 17: Marília a BH Este percurso foi bem longo e cansativo mas chegamos bem em BH, quase 22:00. Fica aqui o nosso relato e que possa ajudar muito mochileiros que desejam fazer uma aventura dessas. Abraço a todos. Último registro da viagem Dicas gerais da viagem *A média do preço da gasolina na ARG e CHI não estavam muito diferentes do Brasil, porém a gasolina lá é mais pura e rendia mais, logo acho que estava valendo o preço. *De preferência para roupas fáceis de lavar, pois uma viagem longa requer que você constantemente lave algumas peças de roupa para economizar espaço no carro. *Conhça bem o carro que vai e mantenha sempre revisado. *Na nossa saída de Belo Horizonte levamos 2 fardos de 12 garrafas de 500 mL e 1 fardo de 6 garrafas de 1L. Vale muito mais a pena você comprar antes da viagem e levar. Durante toda a viagem no carro há um grande consumo de água. Se for comprar toda essa água no caminho fica no mínimo 4 vezes mais caro. Essa água deu até o segundo dia em SPA sendo que em alguns hotéis a gente reabastecia. Se coubesse tinha levado no mínimo mais um fardo de 6 de 1 L. Logo, tente levar mais. *Segundo a legislação não pode levar bagagem no banco de trás do carro, então tente se programar com um carro que caiba toda a bagagem no porta malas de acordo com o número de pessoas. Algumas coisas levávamos embaixo e atrás dos bancos (motorista e passageiro – cuidado para não rolar para os pés do motorista podendo causar acidentes). Evitávamos colocar mochilas no banco de trás para não ter problemas com a polícia. *Tente prever uma média de gastos em cada país com alimentação, hospedagem e combustível para facilitar a média de dinheiro que será convertido em outra moeda. Caso tenha maior interesse entre em contato. *O carro fica todo empoeirado se for na época de seca, então tem que parar um dia para tentar passar uma pano úmido por dentro para facilitar a viagem (lavar não adianta muito). *Viajei de carro próprio então se for de veículo financiado procure maiores informações. *Na ARG, veículo não pode ter engate traseiro. *De preferência todos os passageiros adultos devem ter uma noção do roteiro e outros detalhes importantes da viagem. *Ande sempre com um galão de água no carro. *Tente reduzir o custo da viagem pegando promoção em sites de reserva de hoteís, levando água e lanches já da sua cidade de origem ou comprando em supermercados. *O preço médio das refeições não estavam muito diferentes do Brasil (embora a maioria dos lugares que comemos você pedia um prato e dava para duas pessoas. *Agende e/ou pague as contas/compromissos (Cemig, Condomínio, Net e outros) do período antes da viagem. Site pesquisados: www.viagensaamericadosul.blogspot.com.br http://mydestinationanywhere.com/ http://www.fragatasurprise.com/2016/03/San-Ignacio-Mini.html http://www.meumapamundi.com.br https://www.viagemdigital.com.br http://www.phototravel360.com/ http://www.estrangeira.com.br/ http://www.maiorviagem.net/ http://www.portao02.comi http://viajarintenso.com.br http://estradaseuvou.com.br/ http://queimandoasfalto.com.br/ http://www.abrainternacional.com.br/servicos/paises-signatarios/ https://weather.comHYPERLINK "https://weather.com/"/ https://weatherspark.com/ http://maladeaventuras.com/ www.viaggiando.com.br http://apureguria.com/tag/atacama/ https://viajento.com/ https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-qHYPERLINK "https://omochileiro.wordpress.com/2014/12/24/deserto-do-atacama-para-mochileiros-tudo-que-voce-precisa-saber/"ue-voce-precisa-saber/ http://www.ruta0.com/ http://www.guiaviagem.org/argentina-clima/ https://www.welcomeargentina.com/purmamarca/caminata_cerroscolorados.html http://viajandodecarro.com.br/ http://www.360meridianos.com/2015/02/purmamarca-e-o-cerro-de-los-siete-colores.html http://mundosemfim.com http://HYPERLINK "http://www.cabostral.com/clima-argentina.php"www.cabostral.com/clima-argentina.php# http://www.pasosfronterizos.gov.cl/complejos_pais.html http://chile.travel/donde-ir/norte-desierto-atacama/san-pedro-atacama/ http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagHYPERLINK "http://roteirosemais.com/dicas-de-viagem/frases-basicas-em-espanhol-para-viagem/"em/ http://aurelio.net/viagem/atacama/ http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atHYPERLINK "http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/deserto-do-atacama/"acama/ http://www.terraadentro.com/2015/02/21/deserto-do-atacama-de-carro/ https://atacamadecarro.wordpress.com/2015/06/14/trajeto-de-san-pedro-de-atacama-as-lagunas-antiplanicas-e-laguna-chaxa/ Tem muitos mais sites que pesquisei não salvei. http://www.viajologoexisto.com.br/dicas-vle/dicas/sete-motivos-para-voce-conhecer-o-deserto-no-atacama/ http://www.vidavivida.com.br/2010/12/24/deserto-do-atacama-cidades-e-passeios/comment-page-1/ (Cidades norte ARG) http://viajandodeHYPERLINK "http://viajandodecarro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/"carro.com.br/como-planejar-sua-viagem/combustivel/ COMBUSTÍVEL http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoesHYPERLINK "http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/assuntos-consulares/organizacoes-de-assistencia"-de-assistencia CENTROS DE AJUDA AO TURISTA EM CASO DE NECESSIDADE MAPAS DE COMO CHEGAR EM ALGUNS LUGARES NO ATACAMA http://viagensaamericadosul.blogspot.com.br/2013/08/deserto-do-atacama-mapas-e-gps-viajando.html http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicHYPERLINK "http://www.viajenaviagem.com/2013/01/roteiro-atacama-50-dicas"as http://www.rbbv.com.br/americas/america-do-sul/chile/ Postos YPF http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicioHYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"&HYPERLINK "http://www.ypf.com/guia/mapa/paginas/mapa.aspx?entidad=EstacionServicio&filtro=ProvinciaES"filtro=ProvinciaES COTAÇÕES http://brl.pt.fxexchangerate.com/ars/ http://www.oanda.com/lang/pt/currency/HYPERLINK "http://www.oanda.com/lang/pt/currency/historical-rates/"historical-rates/ http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=HYPERLINK "http://www.exchangemoney.com.br/novosite/?ref=mundodeviajante"mundodeviajante http://www.cambiosantiago.cl/?page_id=17 http://g1.globo.com/economia/mercados/cotacoes/moedas/index.html http://blogdescalada.com/saiba-quais-sao-as-vacinas-necessarias-para-viajar-pela-america-do-sul/ (VACINAS) Pesquisa de notas falsas: Blog Viajeibonito e Descortinando horizontes
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  48. Buenas pessoal, sou o Alan, e estive recentemente passeando com minha namorada pela capital paranaense. Como a oportunidade surgiu de repente, não tínhamos elaborado um roteiro certinho para a viagem - apenas dei uma pesquisada nas vésperas sobre possíveis atrações e fui anotando. Além de compartilhar minha experiência, quero aproveitar para dar algumas sugestões para quem estiver interessado, no intuito de possibilitar um melhor aproveitamento caso desejem também fazer um passeio similar. Então, vamos lá! 1º Dia Quinta-feira, 18 de agosto de 2022 Chegamos em nosso hotel às 14:30 horas, depois de uma viagem de carro de cerca de 04:00 horas (com pausa para o almoço). O hotel que escolhemos (Rede Andrade Braz) é bem localizado, ao lado do Palácio Avenida, e ficou estrategicamente posicionado para nossos planos. O quarto e o banheiro estavam bem limpos, o café da manhã era superior ao continental (com alguns acréscimos), e apenas a água (aquecida por gás) do chuveiro não deu conta das temperaturas do dia mais frio que pegamos (mas não foi um problemão). Diferente do que anunciava no Booking, o hotel não possui estacionamento privativo, mas eles oferecem um desconto bem simplório caso deixemos nosso carro em um estacionamento próximo (cerca de 150 metros). Depois dos trâmites de checkin e de transportarmos nossas coisas do estacionamento até o quarto, nos arrumamos e partimos para o primeiro passeio da viagem. Estava nublado e garoava levemente, ainda assim caminhamos pela Praça Osório (muito agradável) e de lá seguimos até o Hard Rock Café. Podem rir se quiserem, mas fomos surpreendidos quando, ao chegar lá, pouco havia de opções de café, como o próprio nome do local sugeria. A verdade é que aquele ambiente assemelhava-se mais à um PUB. É de fato uma atração agradável, o ambiente é muito bem decorado, e o atendimento é de qualidade. Ao final do cardápio encontramos a seção de sobremesas (poucas), e mais abaixo, em letras miúdas (especialmente ao comparar às outras páginas boêmias e com frituras), algumas variedades de café e cappuccinos. Apesar da falta de variedade, as sobremesas eram muito boas e eram servidas em proporções abastadas (serviam mais de uma pessoa, o que nos surpreendeu também). O café e o cappuccino eram razoáveis. A música era conduzida por um único homem de violão, que tocava alguns sucessos do rock - em especial, me chamou a atenção quando executou Wasting Love, do Iron Maiden. Foi uma experiência agradável, sem dúvidas um lugar extraordinário para um happy hour, mas como buscávamos apenas um café, passamos por tolos. Devo alertar que tudo é abusivamente caro por lá, com taxas sobre taxas, desde couvert artístico até atendimento dos garçons - como se já não bastassem os preços premium por qualquer coisa servida. Foi sem dúvidas o ponto mais caro de toda nossa viagem (em relação ao consumo). Enfim, após nosso café de ouro, pensamos em passear pela Rua 24 Horas, mas eu já havia lido que não tinha nada tão interessante por lá, e como já passavam das 17:00 horas, e o dia continuava fortemente nublado, vimos pelo Google Maps que não muito longe havia o Shopping Curitiba. Caminhamos até lá, e bem, foi uma escolha acertada. É um shopping como qualquer outro, com diversos pavimentos e muitas opções de lojas para serem visitadas. Depois de dar uma passeada geral, entramos em uma que vendia especificamente produtos de origem japonesa e pegamos algumas coisinhas para beliscar. Também visitamos uma livraria onde pegamos dois livros para passar o tempo (O Morro dos Ventos Uivantes para mim, e 1984, de George Orwell, qual foi a escolha de minha namorada). Saindo de lá, seguimos para a praça de alimentação onde decidimos pegar algum lanche no McDonald's - inicialmente procurei por um buffet japonês, mas só haviam opções a lá carte. Comemos e lemos um pouco, depois ao voltar, já era noite e chovia muito, pegamos um Uber até o hotel. 2º Dia Sexta-feira, 19 de agosto de 2022 Levantamos propositalmente tarde, estávamos de férias, e por mais que queríamos visitar alguns lugares, também era uma oportunidade de descanso. O dia estava lindo, com céu azul (sem nenhuma nuvem) e frio (mas sem vento). Começamos a caminhada às 10:00 horas pela Rua das Flores (Rua XV de Novembro), que vale a pena ser conhecida (apesar dos vendedores e mendigos que eventualmente importunam). O policiamento é severo nessa área, trazendo segurança (mas sempre ficamos atentos e não marcamos bobeira). De lá seguimos até o Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná, e passeamos pela Praça Santos Andrade, e depois até o Paço da Liberdade e conhecemos a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Esse é um passeio curto e valeu muito a pena, rendendo excelentes fotos, ainda mais em um dia tão bonito como tivemos. Ainda caminhamos um pouco até o Largo da Ordem, onde havia uma apresentação (eu acho) de indígenas, e de lá até o Solar do Barão e Gibiteca (não muito interessantes). Como ainda era cedo, decidimos conhecer o Museu Paranaense, que tem uma exposição bem grande, e muito conteúdo a ser assimilado (como não imaginávamos isso, tivemos que conhece-lo às pressas, mas foi possível aproveita-lo). De lá, já era perto do meio dia começamos a buscar um lugar para almoçar - novamente com auxílio do Google Maps, fiz uma breve pesquisa e, depois de descartar algumas opções, decidimos arriscar pela primeira vez a comida árabe. Fomos até o restaurante Oriente Árabe, que nos proporcionou uma excelente experiência gastronômica (e pasmem, barata considerando que éramos turistas) - indico fortemente o local para quem quiser arriscar algo parecido. Depois do almoço, andamos poucos metros até o Relógio das Flores, de onde pegamos um Uber até a Ópera de Arame (que estava fechada devido a manutenção), e então caminhamos um bocado até o Parque Tanguá (tinha um tantinho de subida). Sem sombra de dúvidas, o Parque Tanguá merece a visita - sua arborização e canteiros são bem cuidados, assim como sua estrutura que trabalha com as águas que percorrem o parque. Ainda pegamos um Uber até o Jardim Botânico, que também estava em manutenção (os canteiros sem flores e a estufa fechada), e de lá caminhamos até a Decathlon Torres (bem arriscado, passamos por trechos lotados de moradores de rua, mas achamos que por ser próximo não seria um problema). Era cerca de 17:00 horas, e decidimos nos dar uma folga da caminhada, pegamos um Uber até o hotel, tomamos um excelente café da tarde em uma padaria em frente (Café Avenida das Flores), e depois ficamos aguardando até o anoitecer, onde decidimos conhecer um restaurante temático da série Friends. A noite estava bem fria, havia começado a ventar. Nos deslocamos de Uber até o Chelsea Burguers & Shakes, que já conta com uma fachada que rende umas fotos. Lá dentro o ambiente é simples, o charme está mesmo no cardápio acessado via QrCode que conta com diversas opções que remetem à série. Depois da janta retornarmos para o hotel. 3º Dia Sábado, 20 de agosto de 2022 Outro dia que levantamos tarde, apenas para tomar o café da manhã. Diferente de ontem, hoje o céu estava bem nublado, e ventava levemente, mas sem chuva. Decidimos conhecer o Parque Gomm a pé, porém como estava um frio bem chato, pedimos um Uber para chegar lá (que nem sabia onde ficava - mas nem a culpo). A verdade é que o Parque Gomm traz algumas características inglesas, entretanto não acho que consiga oferecer uma verdadeira imersão. Há uma cabine telefônica pintada de vermelho, e a bandeira inglesa desconstruída em uma parede. Fora isso, é um parque pequeno, ainda mais comparado com os demais que se encontram nas proximidades do centro. Ficamos pouco tempo lá, e então nos dirigimos à Praça do Japão, passando através do Pátio Batel, que é um shopping de alto padrão. Diferente da Parque Gomm, a Praça do Japão é muito bonita, com pequenos lagos artificiais, um prédio com traços de arquitetura xintoísta, um torii (portal comum na entrada de templos), um marco memorial e diversas pequenas obras características. De lá nos dirigimos de Uber até o Museu Oscar Niemeyer (MON), que não achamos interessante. Esse museu costuma se destacar em qualquer busca pelas principais atrações de Curitiba, e nossa expectativa era alta, entretanto, as 'obras' que ali eram expostas eu nem considero arte. De todas as exposições, felizmente haviam duas que conseguiram, de alguma forma, compensar a infelicidade do tempo perdido nesta atração. Apesar de conter muitas coisas a serem vistas, estávamos já esgotados da proposta, e já era perto do meio dia, de forma que nos deslocamos até o Mercado Público de Curitiba, qual eu particularmente achei caótico. Minha namorada curtiu passear entre as lojinhas com os mais diversos produtos. Aproveitamos para almoçar por lá, no segundo andar em um restaurante japonês. Após o almoço caminhamos até o Museu do Expedicionário, qual não ficava muito longe. Havia algum evento ocorrendo, pois além do museu tinham alguns outros veículos de guerra em exposição. Apesar de simples, este museu é sem dúvidas parada obrigatória para qualquer pessoa que esteja conhecendo a capital. Havia muito material de qualidade exposto, de forma inteligente, que faziam-me perder a noção do tempo. Era metade da tarde, e o dia continuava nublado. Estávamos cansados e decidimos tentar encontrar alguma confeitaria para um café da tarde. Fizemos isso caminhando, andando em direção ao nosso hotel que não ficava assim tão longe. Foi difícil achar algo, e no final acabamos arriscando em uma padaria grande localizada na Rua XV de Novembro (Confeitaria das Famílias), qual foi uma experiência desagradável, devido a falta de ordem que lá havia. Meio cabisbaixos e cansados, retornamos ao hotel e lá descansamos mais que de costume. Aproveitei para ler um bocado, e mais de noite, optamos por comer comida árabe novamente. Encontramos uma lanchonete simples chamada Baba Culinária Árabe, de pouca decoração (claramente trabalhava com foco no delivery), mesmo assim a comida era de qualidade, tão como o atendimento. Valeu a pena sair de casa apesar do frio. Voltamos para o hotel e descansamos, pois no próximo dia estaríamos apenas voltando para casa (a ideia era de passar pelo município de Lapa/PR, mas como amanheceu nublado, optamos em retornar logo para casa). Resumão e Dicas Não respeitamos nosso roteiro, decidimos pegar leve e aproveitar a folga, por isso deixamos de curtir algumas atrações que eram previstas. Há muitos moradores de rua e vendedores que acabam importunando (na área central é mais tranquilo devido ao policiamento). Os preços são, em sua maioria, aceitáveis. Havendo inclusive alternativas econômicas de refeições. Não deixem de visitar a Praça Osório, a Praça Santos Andrade, a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, o Museu Paranaense, o Parque Tanguá, a Praça do Japão, e o Museu do Expedicionário. O Hard Rock Café é interessante, mas o preço é agressivo mesmo. O restaurante Oriente Médio nos surpreendeu de muitas formas, faço questão de destacá-lo. Tivemos uma experiência simples mas muito agradável no Café Avenida das Flores (mas é um lugar bem pequeno).
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  49. Resumo: Itinerário: De Sertãozinho a Águas da Prata Distância Aproximada Entre Origem e Destino pelo Mapa do Caminho da Fé: 254 km Distância Aproximada Percorrida Incluindo Passeios e Adicionais: 340 km Período: 31/01/2022 a 13/02/2022 (14 dias) Gasto Total: R$ 975,70 Gasto sem Transporte de Ida e Volta: R$ 865,70 - Média Diária: R$ 66,59 Ida: Viagem pelo BlaBlaCar de São Paulo a Ribeirão Preto por R$ 60,00, com Anderson Luiz dos Santos (excelente motorista). Volta: Viagem pelo BlaBlaCar de São João da Boa Vista a São Paulo por R$ 50,00, com Jéssica (excelente motorista). Paradas: 31/01-01/02: Sertãozinho 02/02: Dumont – Percorri o Caminho das 11h às 16h, cerca de 21 Km de progresso 03: Cravinhos - Percorri o Caminho das 8h30 às 16h30, cerca de 35 Km de progresso 04: São Simão - Percorri o Caminho das 8h30 às 15h, cerca de 30 Km de progresso 05: Santa Rosa do Viterbo - Percorri o Caminho das 8h30 às 14h, cerca de 26 Km de progresso 06-07: Tambaú: - Percorri o Caminho das 8h20 às 18h, cerca de 38 Km de progresso 08: Casa Branca - Percorri o Caminho das 9h30 às 16h, cerca de 30 Km de progresso 09: Vargem Grande do Sul - Percorri o Caminho das 10h30 às 16h30, cerca de 30 Km de progresso 10: São Roque da Fartura - Percorri o Caminho das 9h às 15h, cerca de 25 Km de progresso 11-12: Águas da Prata - Percorri o Caminho das 9h30 às 15h30, cerca de 19 Km de progresso 13/02: São Paulo Considerações Gerais Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, atrações no caminho e informações adicionais que eu achar importantes. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais ou ao longo do caminho. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Pode-se encontrar informações detalhadas sobre o Caminho da Fé em https://caminhodafe.com.br, incluindo mapas, hospedagens conveniadas, ramais, cidades e muitas outras. Em boa parte da viagem houve bastante sol e pancadas de chuva, geralmente no fim do dia. Dia com chuva prolongada foi só um. Houve poucos raios. A chuva, quando me pegou nas estradas, geralmente foi leve e breve. Chuva moderada e mais longa no meio da caminhada ocorreu somente uma vez, na última etapa. As temperaturas estiveram bem razoáveis (para um paulistano), variando de 18 C a 30 C. A sensação térmica às vezes era mais baixa por causa da chuva ou mais alta por causa do asfalto ou da terra ou da areia. A sinalização do Caminho pareceu-me muito boa, com raríssimas exceções (na realidade, só em duas ocasiões eu achei que foi falha). Nas áreas urbanas era bem detalhada. Nas áreas rurais era mais escassa, mas nos pontos relevantes estava presente. Em alguns trechos, a vegetação a encobria e em outros, algum evento como batidas, ventos etc devem ter alterado levemente a direção das placas. Mas nestas ocasiões, analisando o caminho e o mais provável, dava para imaginar por onde ir. Viajei de máscara o tempo todo. Em alguns momentos, principalmente em dias muito quentes ou em subidas, foi um pouco incômodo. Quase ninguém usava máscara nem nas áreas rurais nem nas cidades, ao não ser em alguns estabelecimentos abertos ao público, dependendo da cidade e do estabelecimento. Acho que alguns estranharam o fato de eu estar de máscara. A vegetação, as paisagens rurais, os mirantes, as montanhas, os lagos, os rios, as construções históricas e típicas, as igrejas, os monumentos religiosos e os pequenos altares ou santuários agradaram-me muito . Vi alguns animais silvestres no caminho, sendo muitos pássaros (tucanos, corujas, tuiuiús, amarelos, verdes, pretos, azuis, marrons etc), um tamanduá, acho que um gambá, macaquinhos etc. Acho que ouvi esturros de onças num trecho de mata. Acostumado a fazer caminhas em praias, resolvi tentar fazer o Caminho de chinelo. Até que por um lado foi interessante, pois foi muito mais fácil lidar com a chuva e o barro. Mas por outro lado, devido a ter optado por andar descalço no início por longos trechos, creio que me gerou bolhas na planta dos pés, que acabaram incomodando um pouco e reduzindo a velocidade. Havia bastante trechos com plantações, que foi variando de tipo ao longo do caminho. Começando por cana-de-açúcar, passando por eucalipto, laranja, amendoim, milho etc. Houve também vários trechos com pastos, a maior parte para criação de gado, mas ouvi som de ovelhas ou cabras também. Houve alguns trechos com área industrial e alguns outros com mata. No fim, houve um trecho com montanhas. A população de uma maneira geral foi cordial e gentil. Só não fui muito bem tratado numa pousada em Santa Rosa do Viterbo, mas nada absurdo, apenas destoou das outras. Foi impressionante a generosidade dos donos de algumas acomodações e comerciantes, sendo que vários me tratavam como se fosse da família . Procurei ser o mais educado possível e não abusar da hospitalidade. A caminhada no geral foi tranquila. Os maiores problemas foram alguns cachorros que pareceram não gostar muito da minha passagem. Mas nenhum deles me atacou, só latiram, correram atrás e rosnaram, mostrando os dentes. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada) no caminho nem nas cidades. Quase todos aceitaram cartão de crédito, mas preferi pagar as acomodações familiares em dinheiro, para não gerar taxas para elas. Pousadas, hotéis, supermercados e padarias procurei pagar com cartão de crédito. Meus gastos foram R$ 81,70 com alimentação, R$ 764,00 com hospedagem, R$ 110,00 com as passagens de ida e volta pelo Blablacar (https://www.blablacar.com.br) e R$ 20,00 com a credencial (não teria sido necessária, mas quis incentivar os organizadores do Caminho). Mas considere que eu sou bem econômico. A Viagem: Minha viagem foi de SP (Posto de Gasolina na Vila Prudente) a Ribeirão Preto na 2.a feira 31/01/2022 através do BlaBlaCar. Caminhei até o ponto de encontro. Estava uma chuva leve. Cheguei pouco antes da hora combinada. O motorista Anderson Luiz dos Santos já me esperava. Pareceu ser um excelente motorista e bastante culto. Saímos cerca de 8h50, pegamos o outro passageiro, Rian, na Rodoviária do Tietê, pegamos uma encomenda no caminho e fomos. A outra passageira desistiu em cima da hora. Por incrível que pareça, mesmo com chuva, o trânsito em São Paulo estava bom. A viagem foi tranquila e chegamos perto de 13h30. Ele me deixou na mini rodoviária de Ribeirão Preto. De lá fui a pé para Sertãozinho. Até perguntei para o caminhão para quem Anderson entregou a encomenda se iria para Sertãozinho, mas iriam para Fernandópolis. Foram cerca de 25 km. Não fazia parte do Caminho, mas eu quis entrar no clima. Perdi-me um pouco na cidade e cheguei no início da estrada que ia para Sertãozinho perto de 15h30. A paisagem na estrada pareceu-me bela. Em parte fui por vias laterais e em parte fui pelo acostamento. Havia plantações de cana ao longo do caminho, instalações da USP e a terra era bem vermelha. Vi uma coruja. Houve chuva leve durante pouco tempo, mas nada que incomodasse. Nem tirei a capa de dentro da mochila. Quase na chegada, perto de um acesso vindo de outra estrada, onde quase não havia acostamento, pulei rapidamente a grade para a grama, pois um caminhão vinha pelo acesso. Não quis que passasse tão perto de mim. Neste evento bati o joelho e fiz um pequenino furo na calça, na altura do joelho. Já perto do acesso, perguntei a um homem que praticava corrida e ele me indicou o acesso. As pessoas a quem perguntei neste trajeto foram bastante gentis ao darem informações. Logo na entrada, fui contemplado com este altar para Nossa Senhora, em que um homem fazia sua prece. Pedi autorização para incluí-lo na foto e ele concordou. Logo depois encontrei o pórtico. Fui em direção ao Hotel Agapito, que era credenciado pela peregrinação e ficava logo na entrada. Pareceu-me bom e com preço razoável (R$ 59,00 com café da manhã), mas eu achei que numa cidade deste tamanho, poderia haver alguma acomodação mais barata perto da rodoviária. Falei para a atendente que iria dar uma volta por lá e, conforme fosse, voltaria. Fui e encontrei dois hotéis com quartos simples por R$ 40,00 por dia, com café da manhã e banheiro interno. Resolvi ficar num deles (o outro tinha acabado de ficar lotado). Fiquei no Hotel Zati’s (https://www.facebook.com/ZatisHotel). Paguei com cartão de crédito. Fui bem atendido, mas a estrutura dos quartos simples era um pouco precária. Fiquei no 4.o andar e não havia elevador. Era o último andar e, devido à chuva, havia uma goteira ao lado da cama. A pia estava pingando. Duas das 3 tomadas aparentemente não funcionavam, por isso não consegui ligar a TV. Apareceu uma barata na cômoda ao lado da cama. Mas o colchão, a roupa de cama e o chuveiro eram bons, o que era o principal. Devido à goteira, pedi para mudar no dia seguinte e concordaram prontamente. Saí para comprar o jantar no Supermercado Gricki (https://www.supermercadosgricki.com.br/). Neste momento a chuva engrossou e eu me molhei um pouco (não levei a capa). Era dia de promoção de hortifrúti e sou vegetariano. Ainda me cadastrei como “Fã Gricki”, o que me permitiu mais descontos. Jantei pão com tomate, beterraba, abobrinha, limão, laranja e banana. Na 3.a feira 01/02, o dia começou com o galo cantando de madrugada 🐓. Nada como o interior, mesmo estando no centro da cidade. Após tomar o razoável café da manhã (pão, margarina, muçarela, presunto, salsicha, biscoitos, bolo, sucos, leite e café), fui visitar a cidade. Houve chuva leve em parte do dia. Quando caiu uma pancada mais forte, estava no centro e me abriguei na marquise de uma loja. As pessoas a quem pedi informações foram muito gentis para dar informações. Achei a vista do Cristo e a partir dele espetaculares. Segue a foto dele com zoom, por isso meio embaçada (eu como fotógrafo morreria de fome 😄). E esta é a foto da cidade a partir dele. Gostei também bastante do Parque Linear, com muita área verde, rio e muitos pássaros. Havia uma pista em que se podia dar a volta no parque inteiro caminhando. Visitei o Museu, onde a atendente acompanhou-me explicando a história da cidade. Chamou-me atenção uma foto do início do século passado, com dois homens a cavalo na rua principal da cidade. Visitei também o Ginásio Docão, onde a equipe do Sertãozinho de hóquei sobre patins joga. Nas suas redondezas havia árvores com vários pássaros. Lembro-me quando era adolescente e jovem, dos jogos no fim da década de 1980, em que Luciano do Valle narrava as disputas do Sertãozinho pelos mundialitos. Atualmente funciona lá a Secretaria de Esportes. Os membros receberam-me muito bem e Edílson levou-me para conhecer o secretário, que havia sido jogador daquele time. Havia até uma foto do Datena, repórter esportivo naquela época, entrevistando-o. Edílson já havia feito o Caminho da Fé várias vezes e me deu bastante informações sobre o que poderia encontrar, pontos de atenção (locais de roubo de bicicletas), procedimentos para ajudar na caminhada (como usar cajado para afastar cachorros, tomar água ou isotônico) etc. Ele era professor de educação física. Visitei também o estádio onde o time de futebol profissional jogava. Não pude visitar o complexo do patinódromo porque estava em reforma. Na visita à estação ferroviária, um homem que passava explicou-me sobre sua história e como estava atualmente. Visitei também a catedral e o teatro, podendo entrar em ambos. Achei as praças muito bem cuidadas, arborizadas e espaçosas. No fim do dia voltei ao hotel e troquei de quarto para o 2.o andar. Não havia mais goteira nem os outros problemas, porém agora havia dois novos. Eu não conseguia trancar a porta e havia vazamento externo de água limpa na válvula da descarga. Nada que incomodasse muito. Jantei o mesmo que no dia anterior. Na 4.a feira 02/02 tomei o café da manhã, esperei a chuva passar e saí cerca de 9h30. Ao passar por um policial e perguntar se havia algum problema de segurança em áreas rurais daquela região, dizendo que eu iria fazer o Caminho da Fé, ele respondeu que não, e me pediu para rezar por ele quando chegasse a Aparecida. Saquei algum dinheiro, prevendo que nem todos poderiam aceitar cartão e que poderia ficar em zonas rurais distantes de bancos, passei no museu para agradecer a atendente pelas informações e elogiar a cidade, fui até o Hotel Agapito e comprei a credencial. Apesar de eu não ter ficado lá, atenderam-me muito bem, ofereceram-me até café da manhã gratuitamente, o que educadamente eu recusei. Aceitaram uma nota de R$ 50,00 para pagamento da credencial para trocar meu dinheiro, inclusive com 5 notas de R$ 2,00. Indicaram-me as setas de início do Caminho e eu comecei a segui-las. A sinalização urbana aqui estava muito boa e detalhada. Já no trecho rural ficou bem mais escassa (provavelmente devido á dificuldade de achar pontos fixos para colocar flechas no campo), mas nos pontos relevantes estava presente. Passei novamente pela entrada do parque onde ficava o Cristo, segui para a entrada da cidade, passei pelo pórtico e conversei com os atendentes do setor de informações turísticas, que estava fechado na 2.a feira quando cheguei, atravessei a estrada, passei por uma empresa e logo peguei uma estrada de terra. Não houve chuva significativa ao longo do dia, mas havia vários trechos com poças de água e muito barro. Como estava de chinelo, acabei andando descalço por longos trechos por achar mais fácil e por achar o chão macio, o que se mostrou depois não muito interessante, pois acabou gerando bolhas nas plantas dos pés dias depois. Não encontrei ninguém (ninguém mesmo) nas estradas rurais. No meio do caminho, deparei-me com algum tipo de oferenda num cruzamento. Havia várias garrafas de champagne ou vinho em círculo. Olhei e passei com respeito à crença de quem a fez. A foto da cidade vista de uma área um pouco mais elevada, ainda no começo da caminhada foi esta. O trecho teve belas paisagens, plantações e muitos canaviais. Esta é a foto de um deles. Houve muitos pássaros de diversos tipos, incluindo corujas ao longo do trecho. Havia também este altar, com a placa de 558 km restantes do Caminho da Fé. A vista da cidade de Dumont a partir da estrada, já perto de chegar era esta. E bem perto da entrada da cidade, esta caixa d’água mostrava como havia chovido. Chegando em Dumont consultei as pessoas e o Centro de Assistência Social sobre pousadas e me indicaram a Rancho Alegre City, da Patrícia, com quem já havia falado por whatsapp. Fui até lá e, por coincidência, a gerente Lilian estava chegando para arrumar a pousada para a noite. Conversei com ela, vi o bom quarto que custava R$ 75,00 com café da manhã e banheiro interno, e disse que iria tentar ligar para a Casa Veronezi, que era mais adiante no caminho e seria mais conveniente para mim, caso tivesse preço competitivo. Já tinha ligado quando estava sentado na praça, mas ninguém tinha atendido. Liguei na frente dela e uma criança atendeu. Chamou a avó e ela me disse que poderia me receber em sua casa. O preço era R$ 75,00 incluindo café da manhã e jantar ou R$ 60,00 só com café da manhã. Decidi ir para a Casa Veronezi. Agradeci a Lilian. Antes, visitei a Igreja (peguei a chave na secretaria), a Praça e o Museu de Santos Dumont, que havia morado numa fazenda naquela região. O museu tinha uma réplica (acho que em tamanho real) do 14 Bis. Que coragem voar naquilo 😮. Fui então para a Casa Veronezi (http://casaveronezi.com.br). Ela ficava no Caminho da Fé. O trecho também era muito belo, com paisagens rurais. As pessoas que encontrei no caminho deram as informações corretas, cordialmente. Ao chegar lá, uma fazenda com vários ambientes, indicaram-me onde ficava a casa que abrigava os peregrinos. Assim que cheguei, enquanto limpava os pés e chinelos na torneira, começou a garoar. Assim que entrei a chuva engrossou e caiu um temporal. Acho que tive muita sorte, pois aquele temporal na estrada de terra teria sido desastroso. Helena, uma linda mulher com aproximadamente 77 anos recebeu-me. Segue sua foto, autorizada por ela. Ela me atendeu muito bem, como se eu fizesse parte de sua família. Apresentou-me seu marido e seu cunhado que moravam com ela. Seus netos (acho que um dos quais havia me atendido) estavam divertindo-se no celular. Conversamos longamente e eu fiquei impressionado com a cultura geral dela. Suas opiniões pareceram-me embasadas cientificamente, sem cair na enorme boataria que existe em relação aos vários temas. E seu conhecimento era muito vasto. Ela disse que lia muito. Apresentou-me toda a casa, as obras de arte, os ambientes, o jardim e me falou do açougue anexo e do pesqueiro. Vi também o canavial, o galinheiro e o quintal, com suas árvores magníficas. Ela tinha também vários gatos e um cachorro maltês. Falou como havia diminuído o número de visitantes e eventos devido à pandemia. Contou-me também de seus filhos, engenheiro, empresário, veterinária e de seus netos, dos pequenos e da que já estava se formando em veterinária. Aliás, pela foto na parede aos 15 anos, achei que sua neta poderia ter sido Miss Brasil, se quisesse. Falou-me dos parentes que morreram de COVID, quando ainda não havia vacina, e devido a outras doenças. Tinham partido deste mundo vários membros da família desde o início da pandemia. Falou-me dos peregrinos dos mais variados tipos que acolheu, incluindo repórteres do Fantástico e da BBC e de outras pessoas cujo estilo de vida não conhecia, como um carioca, com fisionomia que me pareceu indiana, pelo que ela narrou, e que era vegano, e de um catarinense com tatuagens. Pareceu-me uma pessoa muito feliz. Mas comentou comigo que toda noite, ao dormir, dizia para Deus que estava pronta para partir, com as sandálias e o cajado. Achei interessante, mesmo com uma vida que me parecia tão boa, ela comentar isso. Mas talvez seja justamente por isso, para partir enquanto a vida é boa, sem sofrimento. Mais tarde chegou sua filha Viviane, tão simpática quanto a mãe, que era a mãe das duas crianças que lá estavam e atuava como veterinária. No entardecer, após a chuva parar, fui dar um passeio no quintal e depois meditei com vista para o pôr do sol e as árvores enormes. Tomei banho e fui jantar. Ela já havia jantado, mas ficou na mesa comigo conversando. Jantei pão com berinjela, beterraba, cenoura, cebola, limão e banana. Ofereceu-me azeite. Surpreendeu-se pelo fato de eu comer pão com tudo cru. Ainda deu para assistir parte do jogo entre Corinthians e Santos. Eu sou simpatizante do Santos. Seu cunhado também era. Quando Jô marcou o primeiro gol do Corinthians, ainda mais sendo em Itaquera, achamos que o Santos iria perder. Mas acabou virando e ganhando por 2x1, para nossa surpresa e satisfação. Na 5.a feira 03/02 pela manhã tomei o maravilhoso café da manhã oferecido pela Helena, com pamonha feita na hora, pães de queijo, pães, bisnaguinhas, requeijão, manteiga, frutas (ameixa, abacate, banana) e suco de graviola . Conversei bastante com Viviane durante o café da manhã. Ela me contou sobre sua vida profissional e dos seus filhos e marido. Falou que seu filho estava encantado com os jogos e falava que desejava ser gamer. Adorava o computador do sobrinho dela, engenheiro de computação, que era muito potente, justamente para executar os jogos. Depois, arrumei minha mochila, despedi-me de todos, agradeci muito por tudo e perguntei a Helena se poderia pagar a estadia com o cartão de crédito através do Pesqueiro, como ela disse no dia anterior. Mas era folga da moça que lá atende e o cunhado dela estava fazendo trabalhos na casa, então não seria possível. Ela me disse para ficar sem pagar. Como eu recusei, ela me disse para pagar só R$ 50,00 então. Mas eu paguei em dinheiro os R$ 60,00 conforme combinado, pois seria um absurdo não o fazer, depois do maravilhoso atendimento recebido. Em seguida, saí rumo a Cravinhos. Não houve chuva durante a caminhada. Houve muitos pássaros, borboletas e cachorros latindo, correndo atrás de mim, até ameaçando atacar, mas mantendo alguma distância, quando passei perto de uma casa em que havia 3 mulheres, as primeiras pessoas que eu encontrei nas estradas rurais. Esta é uma foto da paisagem encontrada, com plantações diferentes e participação especial não autorizada da voadora 😄. Eu voltei a andar descalço em trechos enlameados e que achei que tinham solo macio. Os canaviais também continuavam e ainda havia muitas poças na estrada. Mais à frente encontrei 2 trabalhadores rurais ao lado de um caminhão, que me falaram da distância até Bonfim Paulista, bairro de Ribeirão Preto, ponto intermediário da caminhada no dia. Pouco adiante, já perto da área urbana, em frente a uma indústria, saíram do mato atrás de mim 2 enormes cachorros pretos (pareciam rottweilers, mas eram totalmente pretos). Mas não latiram, não foram hostis, nem fizeram menção de ataque. Apenas um deles acompanhou-me por um pequeno trecho. Talvez com a proximidade de possíveis donos, eles tenham sido orientados a não atacar. Em Bonfim Paulista, após passar pela extensa avenida que ladeava uma espécie de parque, virei numa rua conforme indicado pelas setas num pequeno trecho urbano e daí em diante a sinalização desapareceu (ou eu não encontrei). Perguntei a algumas pessoas, mas nem todos sabiam o que era o Caminho da Fé. Num cruzamento logo à frente, em que havia uma estrada e várias ruas, havia este monumento, que fui admirar. Perguntei a algumas pessoas sobre o Caminho e elas não sabiam. Até que um prestador de serviços em um carro chamou-me e me disse para onde era o Caminho, pegando a rua que saía na estrada e indo em frente. Disse que lá na frente eu voltaria a ver as flechas, o que realmente ocorreu. Na saída de Bonfim Paulista achei interessantes estes troncos de árvores. Na parte final do caminho em direção a Cravinhos, o chão estava bastante seco. Houve bastante sol em alguns momentos perto do meio dia e à tarde, o que me fez tomar bastante água. Muitas borboletas apareceram. A paisagem mudou um pouco também, com trechos de mata. Cheguei na entrada de Cravinhos perto de 16h, mas ainda havia um longo trecho até o centro e a área de hospedagens. Mas caminhei por tudo seguindo as flechas, muito bem sinalizadas. Após entrar um pouco no bairro inicial, perguntei a um homem sobre a hospedagem mais barata da cidade e ele me disse que era no Posto Ipiranga. Pensei que fosse piada 😄, baseada na propaganda de TV. Mas aí ele me explicou que havia um hotel dentro do posto. Continuei seguindo o Caminho até a avenida central, onde havia a Igreja de Santa Luzia, que achei linda, e que tinha um pequeno monumento ao Caminho da Fé em frente e uma imagem de Jesus. Era uma igreja circular, iluminada com luz natural e com um interior que achei muito belo. De lá segui em frente e perguntei às pessoas sobre a pousada e elas confirmaram que a mais barata era no Posto Ipiranga mesmo. Fiquei um tempo conversando com dois homens na porta de um bar, sobre o Caminho, as dificuldades, distâncias, ocorrências de viagem etc. Um deles pediu para que eu rezasse por ele quando chegasse a Aparecida. Eles me indicaram o caminho para a pousada, eu fui e aí saí do Caminho. Andei cerca de meia hora para chegar lá, mas era um hotel e estava fechado. Disseram-me porém, que havia uma pousada associada, não muito longe, bastando atravessar a rodovia e pegar uma pequena rua. Fui lá e descobri a Pousada, que me pareceu boa. O preço era de R$ 70,00 a diária com café da manhã, maior do que o da Hospedaria Anhanguera, credenciada pelo Caminho. Agradeci, mas preferi ir até a Hospedaria Anhanguera (whatsapp +55 16 99419-5320). Ele gentilmente explicou-me o caminho até lá. Cruzei novamente a rodovia, pedi informações à frente e lá cheguei. Fiquei hospedado lá em quarto individual, com banheiro e pequeno café da manhã por R$ 60,00. Ela aceitava cartão de crédito, mas vendo que era uma hospedaria familiar, resolvi pagar em dinheiro. Cida, a dona, recebeu-me bem e me orientou sobre supermercado, padaria e sobre uma sorveteria com picolé a R$ 0,50. Disse-me também de uma feira cultural no Parque Ecológico. Fiz as compras no supermercado e na padaria e fui até o Parque Ecológico, passando pela Igreja Matriz. Achei simples, porém bela a Matriz e a praça no seu entorno. Lá, um homem que rezava, esperando a missa, orientou-me sobre como chegar ao Parque Ecológico. Apesar de já à noite, achei muito bonito o Parque Ecológico, com seus lagos, patos, gansos, capivaras e grandes áreas verdes. Andei por algumas de suas trilhas. Havia bastante gente lá dentro e na área externa, onde se vendia artesanato e alimentos prontos (pastéis, sanduíches etc). Na volta, encontrei Cida saindo, que me disse que iria ao Parque Ecológico e perguntou se eu desejava carona. Disse que havia acabado de voltar de lá, o que a surpreendeu. Passei na sorveteria e comprei 4 picolés de frutas à base de água. Jantei pão com cebola, beterraba, limão banana e laranja. Na 6.a feira 04/02, após um café da manhã simples (um pão com margarina e um copo de água – eu não quis a xícara de café oferecida, pois não costumo tomar café), que reforcei com parte do que tinha comprado no dia anterior, despedi-me da Cida e do seu companheiro e saí com destino a São Simão. Inicialmente passei pelo estádio, onde tinha sido jogada a Copa SP de Juniores e pude ver o campo sem pisar nele. Depois conheci a antiga estação ferroviária, uma praça e uma igreja que achei belas. Tudo isso para ir ao ponto onde havia deixado o Caminho no dia anterior. Uma vez chegando ao ponto, comecei a seguir as flechas novamente. Uma pequena parte do trajeto foi numa rodovia. A maior parte foi em caminhos paralelos de terra ao lado da rodovia. Neste dia houve muito sol e não choveu em nenhum momento. Novamente cachorros latiram para mim, quando passei pelo barraco de um morador das margens da rodovia. Mas ele os repreendeu, eles pararam e não correram mais atrás de mim. Passei ao lado de várias casas no campo. Em duas fazendas havia altares para os peregrinos e em pelo menos uma havia oferta de água potável de uma torneira. Já perto de São Simão, cruzei a linha do trem pela primeira vez no Caminho. Logo após encontrei uma chácara, em que dois homens trabalhavam. Perguntei a eles sobre a distância para São Simão e me falaram que já estava em São Simão e me indicaram o caminho para a pousada que consideravam a mais barata da cidade. Chegaram duas mulheres, talvez a mãe e a filha da casa e reforçaram as informações. Agradeci, mas disse que iria seguir as flechas e depois de chegar ao centro, procurar pela pousada que indicaram. Pouco mais à frente, perguntei novamente a dois homens que trabalhavam e eles falaram da mesma pousada. Um deles gentilmente ofereceu-me água e cuscuz para comer 👍, o que educadamente eu recusei. Mais à frente perguntei provavelmente ao motorista da ambulância do hospital, que também me falou da pousada e confirmou o caminho para ela. Incrível como a população foi amável. Segui as flechas até a antiga estação ferroviária, onde atualmente funcionam órgãos públicos. Dali desviei para ir até a Pousada Alfa (https://www.solutudo.com.br/empresas/sp/s-simao/hoteis/pousada-alfa-11083427), que não era longe. Chegando lá encontrei Regina, que me mostrou a pousada. O quarto com banheiro interno e café da manhã custava R$ 70,00. Fiquei lá. Paguei com cartão de crédito. Notei que tinham aparecido bolhas nas plantas dos pés. Acho que foi consequência dos dias em que andei descalço. Parte dos terrenos tinha pedrinhas, o que deve ter contribuído para as bolhas. Após me instalar fui visitar o Bosque Municipal. Estava um pouco abandonado, com mato, mas ainda assim pareceu-me um passeio agradável andar em seus caminhos, ver a vegetação e o lago. Passei também pela praça em frente a ele. Como era caminho, passei no supermercado para comprar o jantar. Depois fui para o Morro do Cruzeiro, seguindo as orientações que me deram. No caminho, passei pela Igreja Matriz, que estava fechada, e pela praça em frente a ela. Achei bonita a paisagem na subida, embora íngreme. Ao chegar lá, havia numa área ao lado várias pessoas fazendo uma espécie de oração. Perguntei a elas se poderia entrar na área do Cruzeiro e elas disseram que sim. Gostei bastante da vista a partir de lá. Fiquei contemplando a paisagem e depois observando a cidade. Fiz um pouco de meditação. A vista do pôr do sol a partir de lá pareceu-me muito bela também. Chegou um carro com um casal de namorados, eu imagino, enquanto eu meditava. Quando fui para o outro lado apreciar a vista, cumprimentei a moça duas vezes, mas acho que ela se assustou. Aí o moço respondeu, eu disse que estava fazendo o Caminho da Fé, ele sorriu, disse que era bom e eu pedi desculpas por tê-los assustado. Dei a volta, para não os assustar ainda mais e fui para uma área limpa do morro, perto de onde as pessoas estavam fazendo a oração. De lá, tirei fotos da cidade e do pôr do sol. Na descida de volta, pude apreciar o pôr do sol e o crepúsculo por parte do tempo. No fim da descida, um rapaz ofereceu-me carona, mas eu já estava chegando e educadamente recusei. Ainda passei pelo museu, que estava fechado, e novamente pela Igreja Matriz, que continuava fechada. A arquitetura de ambos agradou-me. Ao chegar à Pousada à noite, não havia internet, pois o hóspede do quarto onde ficava o modem estava alcoolizado e, provavelmente, tinha feito algo que desligou a internet. O atendente Cláudio disse que tinha dado muito trabalho acomodá-lo e eu não quis gerar problemas. Jantei pão, tomate, banana e um pouco do que tinha sobrado da compra do dia anterior. No sábado 05/02 a internet ainda não tinha voltado. Tomei o bom café da manhã (pães, muçarela, presunto, bolacha, bolo, suco, café, leite, margarina). Dei cascas de banana, laranja e talos para o atendente Cláudio levar para os animais no seu sítio. Geralmente eu como as cascas, mas estava gerando muita quantidade, o que me parecia não estar fazendo bem para o meu organismo, então resolvi achar um outro destino nobre para elas. Enquanto me preparava para partir, ouvi um hóspede comentar que era de Santa Rosa do Viterbo. Perguntei a ele se conhecia pousada ou pensão barata lá e ele me indicou a do Tião Mariano (pai) e Luciano (filho) ou a do França. Agradeci, acabei de me arrumar e parti para Santa Rosa do Viterbo. Houve um pequeno trecho pela estrada no início, mas logo as flechas levaram para caminhos de terra. Logo no início vi um animal que acho que era um tamanduá pequeno, pelo modo de andar e pela cauda longa. Achei a paisagem bela, com eucaliptos, cana-de-açúcar e plantações. Este é um trecho de plantações, acho que de amendoim. Este é um trecho com eucaliptos e cana-de-açúcar. Esta é uma visão dos eucaliptos. Vi várias aves ao longo do trajeto. Durante um bom trecho uma ave terrestre que apareceu na minha frente fugiu de mim andando ou correndo. Acho que pensou que eu a estava perseguindo, até desviar do caminho e entrar no canavial. Aproximadamente na metade do caminho, dois rapazes de carro ofereceram-me carona, mas eu informei que estava peregrinando e educadamente recusei. Eles deram uma estimativa da distância. Já perto da chegada, uma moça, também de carro, ofereceu-me carona. Eu repeti a explicação e ela me deu uma estimativa da distância, que naquele ponto parecia não ser grande. Chegando em Santa Rosa, vi uma indicação de que havia dois caminhos possíveis. Esta informação não constava do site do Caminho nem havia no mapa. Fiquei um pouco confuso. Como havia planejado procurar acomodação em Santa Rosa, seguindo a sugestão do hóspede e, caso só encontrasse o hotel conveniado com o preço maior do que os de outras localidades, seguir ate a Estalagem do Sobreira, resolvi seguir as flechas que entravam na cidade. Pedindo informações, as pessoas confirmaram a existência da Pousada do Tião Mariano e Luciano e me indicaram onde ficava. Desviei muito pouco do Caminho para chegar até ela. Lá chegando, estavam almoçando numa enorme mesa. Mas o Luciano me recebeu e me mostrou o quarto, com banheiro externo e café da manhã por R$ 50,00. Resolvi ficar. Paguei com cartão de crédito. Ele usava um boné do Palmeiras, era palmeirense, mas disse que também gostava do Juventus, time cuja camisa eu estava usando. Ele tinha morado perto da Moóca. Achei as instalações da pousada um pouco precárias, mas o principal era aceitável, o colchão, o chuveiro e a não existência de mosquitos no quarto. Um dos banheiros não tinha assento no vaso sanitário. Encontrei uma barata no chão dele. A porta deste banheiros não tinha tranca, mas era possível colocar uma cadeira para servir de trava. Não era fornecida toalha. Não havia sobrelençol, só cobertores. Luciano disse para eu pegar o lençol de uma das outras camas e usar como sobrelençol, mas eu preferi então usar o cobertor. Ele forneceu a senha do WI-FI para o celular, mas não concordou em me fornecer para o tablet, que eu usava para ver mapas, pois a tela era bem maior. Todas as outras localidades em que fiquei forneceram-me sem restrições. Pedi um prato e uma faca para jantar, ele concordou em me dar, mas quando fui pegar e disse que devolveria no dia seguinte, ele me olhou firmemente e disse para eu devolver mesmo. Percebi que se aborreceu um pouco com meus pedidos e talvez por isso eu o tenha achado um pouco ríspido. Após chegar e me acomodar, ainda aproveitei para assistir parte do jogo entre Al Ahly e Monterrey e vi o gol do Al Ahly. Enquanto assistia, um dos participantes da mesa que já havia feito o Caminho da Fé conversou comigo e falou de suas experiências. Não fiquei para ver o jogo inteiro e saí para dar uma volta na cidade. Fui conhecer a Igreja Matriz e o museu, ambos por fora, algumas praças, o centro de cultura, a antiga estação ferroviária e um projeto musical da prefeitura para pessoas do município, que achei bastante interessante. Ficava nas instalações da estação e contava com vários instrumentos musicais, como piano, tambores, pratos, atabaques, violões etc. Depois passei no supermercado e comprei jantar e reforço para o café da manhã, que pelo que havia me informado, seria simples. Na pousada conheci dois pintores (Bruno e seu colega) que eram de São Paulo e estavam lá pintando a escola local. Eles trabalhavam muitas vezes viajando pelo interior fazendo este tipo de serviço. Bruno falou da saudade da família e dos seus filhos. No início da noite choveu forte, tanto que colocaram tapumes na entrada para nossos quartos e o banheiro, pois era muita água escoando. Jantei pães, tomate, banana e laranja. No domingo 06/02, após o café da manhã simples (café, leite, um pão com margarina e um pão com mortadela, que a moça gentilmente trocou por outro pão com manteiga, posto que sou vegetariano), devolvi o prato, a faca, o que sobrou do papel higiênico e a chave e acompanhei Luciano, que foi ver o quarto após a saída. Ele foi cordial na despedida. Parti rumo a Tambaú. Inicialmente segui as flechas para o centro da cidade, onde perto da Igreja Matriz e ao lado de uma espécie de bar, restaurante ou casa de eventos, havia uma placa indicando a bifurcação, com um caminho bem maior e outro menor. Ainda um pouco confuso, entrei no bar, que já estava aberto, e perguntei ao dono. Ele me respondeu que desde que a prefeitura havia colocado aquela placa, tinha havido muita confusão. Explicou-me que o caminho maior dava voltas pela região e que o menor ia direto para o próximo povoado. Agradeci e resolvi seguir o menor. Com isso voltei para a entrada da cidade seguindo as flechas e peguei uma estrada de terra com destino a Nhumirim. Neste trecho, procurei áreas em que havia pássaros, árvores e áreas verdes e joguei algumas cascas de frutas e talos para servirem de alimento aos animais e adubo para as plantas. Procurei distribuir para não gerar desequilíbrios, apesar de ser bem pouco. Ao passar por Nhumirim, havia uma pracinha com uma pequena igreja que achei muito bonita. Pouco depois havia um jogo de futebol de campo muito animado, com muitos gritos. Acho que foi neste trecho, pouco depois da saída de Nhumirim que vi um animal preto com cauda longa e uma faixa branca perto da cabeça atravessando a estrada de terra. Imagino que era um gambá. Achei muito bonito o caminho, com as mais variadas paisagens, como esta. Ao chegar na placa que indicava a entrada para a Estalagem do Sobreira, pensei que era para seguir em frente e a placa se referia só a quem desejasse ir para a Estalagem. Não vi que havia flechas indicando que o Caminho era por ali também, pois estavam cobertas pelo mato. A placa era comprida e eu não vi a parte de baixo. Segui em frente, ao olhar para trás vi umas casas e achei que era a estalagem. Fiquei na dúvida, mas continuei em frente até ver um “X” vermelho. Aí desconfiei que estava no caminho errado. Mesmo assim, para garantir, segui um pouco mais em frente, para ter certeza. Vi outro “X” azul e seguindo um pouco mais, ao não ver mais flechas amarelas, resolvi voltar. Aí fui analisar a placa detalhadamente e vi as flechas amarelas na parte de baixo, cobertas pela vegetação. Segui então em direção à Estalagem. Como antes eu estava subindo e agora tinha começado a descer e não apareciam mais flechas, fiquei na dúvida novamente. Resolvi voltar e ver se havia alguém na casa que ficava no entroncamento. Para minha sorte, havia uma mulher andando no quintal. Perguntei e ela disse que eu tinha que descer mesmo, passaria pela Estalagem e continuaria o Caminho. Agradeci e fui. Bem mais lá para frente vi outra flecha, o que me confirmou que tinha seguido o caminho correto. Nestas idas e vindas acho que gastei cerca de 40 minutos. Cruzei a Estalagem do Sobreira, que permitia que o Caminho passasse por ela. Achei-a muito bela, com sua capela, rio, campos e ambientes de vários tipos, como mostra um pouco esta foto. Havia várias porteiras a serem cruzadas e eu abri e fechei todas elas. Havia alguns trechos encharcados, em que foi um pouco difícil transitar e reduziu a velocidade. Na caminhada deste dia eu caí, sujei a mão e parte do braço com terra e um pouquinho da calça com lama. Foi minha única queda. Não me machuquei. Ao sair completamente da estalagem, eu cheguei a duas bifurcações em que não havia setas. Como estava subindo, por intuição achei que deveria subir. Era perto de 14h, então o sol não estava numa posição favorável para orientação sobre os pontos cardeais. Pouco depois da segunda bifurcação, havia uma casa ou chácara em que uma família estava reunida no almoço de domingo. Foi a minha sorte. Perguntei a eles sobre o Caminho. Um dos patriarcas, imagino, saiu do almoço, veio até mim e me explicou por onde eu deveria seguir. Disse que naquele trecho pessoas arrancavam as placas e que um homem havia fechado duas estradas para plantar soja e, portanto, eu precisava seguir o caminho que ele indicou. Bem de longe, eu vi uma placa lá na frente. Agradeci muito e segui. Passei pela placa, era do Caminho e coincidia com a explicação que ele me havia dado. Após passar pelos eucaliptos de que ele havia falado, vi outra placa e daí para frente a sinalização do Caminho voltou ao padrão regular. Perto de 16h o céu começou a escurecer do lado direito e, embora houvesse uma ampla parte clara, achei que poderia pegar chuva mais pesada pela primeira vez. Realmente ocorreu, mas foi uma pancada de uns 20 minutos. Corri e me abriguei sob uma árvore, visto que não havia raios. Molhei-me pouco. Até tirei a capa para proteger a mochila, mas acho que não teria sido necessário, pois a árvore protegeu bem. Após a chuva, continuei. Até que ela não encharcou muito o solo. Nesta área havia vários trechos de mata, como este. Isto também ajudava a me proteger do sol. Passei por várias fazendas nas laterais do Caminho. Houve muitos pássaros dos mais diversos tipos ao longo da caminhada. As paisagens a partir das áreas mais elevadas pareceram-me muito bonitas também. Já perto de Tambaú, havia uma flecha que estava numa posição não muito clara. Segui o que eu achava ser o trecho mais provável. Depois apareceu uma bifurcação sem flechas. Segui o sentido que eu achava ser em direção à cidade. Não vi mais flechas. Achei que havia me perdido. Fiz sinal para um carro, que acho que pensou que eu queria carona e fez sinal de que estava cheio. Fiz o mesmo para um motociclista, que também não parou, mas disse que Tambaú era na direção em que eu estava indo. Bem mais para frente, voltei a ver flechas e descobri que estava no caminho certo. Na entrada de Tambaú havia uma espécie de jardim, que achei belo, com estas flores. Perguntei às pessoas em frente ao jardim e me indicaram um hotel que acharam ser barato. Continuei seguindo as flechas e mais para frente perguntei a um casal sobre pousadas baratas e me indicaram o Azul Maria Hostel (https://www.azulmariahostel.com.br/), que era conveniado ao Caminho e que eu tinha escolhido anteriormente, se não achasse outro mais barato. Resolvi ir até ele, que já estava bem próximo. Chegando lá Rodrigo atendeu-me. Eu pedi um tempo para descansar antes de fazer os procedimentos de entrada, pois o dia tinha sido desgastante. Fiquei lá. Paguei R$ 50,00 por dia por uma cama em quarto compartilhado, com banheiro interno e café da manhã. Paguei com cartão de crédito. Como eu estava sozinho no hostel, o quarto ficou só para mim. Achei o hostel excelente, com boa cozinha, excelente banheiro, com banheira, sala para uso com TV, jardim e muito limpo. Saí para comprar o jantar no supermercado. Pela primeira vez cozinhei. Jantei macarrão com tomate e laranja. Rodrigo comentou comigo que também trabalhava no cemitério e que às vezes precisava sair durante a noite devido a óbitos. Na 2.a feira 07/02 conheci Cassiano, empreendedor e dono do hostel, e Joana, prestadora de serviços. Ele me explicou sua ideia no empreendimento e comentou sobre algum tipo de preconceito dos viajantes em relação a hostels. Deu-me explicação sobre os pontos a conhecer na cidade. Comentou que geralmente havia bolo no café da manhã, feito pela sua mãe, mas como não havia nenhum hóspede previsto, e eu não tinha confirmado, disse para ela não passar o domingo no fogão, algo que achei muito positivo. Após o café da manhã simples, com 3 pães com margarina eu saí para visitar a cidade. Resolvi parar aqui para conhecer os itens referentes ao Padre Donizetti (https://www.beatodonizetti.com.br), porque estava prevista chuva o dia inteiro pelos vários órgãos de climatologia e para recuperar um pouco os pés. Inicialmente fui visitar o Santuário de Nossa Senhora, idealizado pelo Padre Donizetti. Gostei muito, tanto da atmosfera, como de conhecer a história e a filosofia do Padre Donizetti, de despojamento, apoio aos necessitados e busca de Deus. Este era o altar principal. Depois fui conhecer a casa que havia sido dele e hoje é museu. De lá fui conhecer a réplica da Igreja de São José, que ficava onde é atualmente o Santuário e foi demolida para a construção dele. Achei bonita e simples a igreja, mas estava fechada. Dei uma volta no pequeno campo em que ficava. Logo em frente era o cemitério, onde ficava o mausoléu do Padre Donizetti. Lá encontrei Rodrigo, no seu expediente de trabalho. Ele me reconheceu e me cumprimentou. Ao lado fui ver a estátua do Padre Donizetti. Quando estava voltando da visita à estátua, começou a chover e rapidamente engrossou. Abriguei-me numa espécie de barraca que havia na área, acho que provavelmente para receber romeiros. Creio que fiquei lá cerca de 1h. A previsão do tempo tinha acertado 🌧️. Após a chuva, fui conhecer o Parque Turístico e de Lazer do Trabalhador. Quando perguntei se poderia entrar, uma moça que varria o local disse-me sorrindo “Claro, isto aqui é nosso!”. Achei bonito o parque, embora um pouco sem manutenção. Achei muito bonita a Gruta de São José. Dei uma volta no lago e passei no meio das árvores e das réplicas de dinossauros. Saí e fui conhecer um monumento que ficava na praça ao lado da rodoviária em frente. Após conhecê-lo, a chuva voltou e eu me abriguei na rodoviária. Diminuída a chuva, resolvi passar no supermercado em frente para comprar algo para complementar o jantar. Na saída peguei chuva leve, que engrossou e me obrigou a parar no meio do caminho, num toldo. Molhei-me um pouco. Ao todo precisei abrigar-me 3 vezes ao longo do dia por causa da chuva, por cerca de 2h. No caminho ainda apreciei a arquitetura religiosa de um templo. Deixei as compras no hostel e fui conhecer a Igreja Matriz, do outro lado da cidade. Achei a igreja bonita por fora, mas não se podia entrar, pois a estrutura tinha sido abalada. De lá fui conhecer o clube em que o time local pretende mandar seus jogos. O dono gentilmente deixou-me entrar no estádio e no gramado e me explicou os planos para o futuro. Pareceu-me um projeto interessante a ampliação daquele estádio para receber jogos da Série A2, que pelo que disseram exige capacidade mínima de 6 mil torcedores. Dali fui para o antigo estádio, que não era longe. Já estava fechado. Encontrei três pessoas na sua porta, e um deles começou a me explicar a história futebolística da cidade, dos dérbis entre os clubes locais. Um dos que estava sentado tinha sido árbitro de futebol e aparentava saudades do passado. Voltei para o hostel e aproveitei para tentar contato com hotéis de Casa Branca, pois não tinha encontrado opções baratas para me hospedar lá. Jantei macarrão com batata, tomate e banana. As bolhas nas plantas dos pés melhoraram. Na 3.a feira 08/02 inicialmente tomei café da manhã com 3 pães com margarina e 3 pedações de um maravilhoso bolo frapê com cobertura de chocolate feito pela mãe do Cassiano. Depois saí rumo a Casa Branca, mas antes decidi passar no Setor de Informações Turísticas para saber se existia alguma cerâmica com exibição de produtos que eu pudesse visitar. Indicaram-me uma perto e eu fui lá. Gostei muito das peças, em sua maioria vasos, dos mais diferentes tipos. Vi um funcionário fazendo o vaso manualmente. Achei interessante como usavam fornos a lenha e quase todo o processo era manual. Trataram-me muito bem na visita 👍. Depois passei novamente na porta do Setor de Informações Turísticas e agradeci a moça, pedi a chave do banheiro público no museu e o usei, e segui as flechas para a estrada. O dia foi de muito sol durante todo o tempo, sem chuva. Houve muitos pássaros no caminho, chamando-me atenção especial uns que eram amarelos e pretos. Houve também corujas. Ao longo do caminho cruzei com um mesmo motorista de caminhão três vezes, em pontos diferentes, distantes um do outro. Na segunda vez ele me disse “Você anda hein!”. Achei o caminho muito belo, com plantações diversas (cana, laranja, eucalipto etc), mata, pecuária etc. Vi um avião passando sobre uma plantação, provavelmente jogando defensivos agrícolas. Houve outros aviões também, mas não me pareceram estar jogando nada. Havia máquinas enormes nas plantações, provavelmente para irrigação ou algum outro tipo de aplicação na área plantada. A população foi muito amável durante todo o trecho e na cidade, sempre tentando ajudar com informações e explicações. Ao chegar em Casa Branca, as flechas me apontavam para sair do centro, em direção ao Santuário de Nossa Senhora do Desterro. Mas eu preferi ir para o centro para me hospedar antes e depois ir ao Santuário. Fui até a Igreja Matriz, aproveitei para visitá-la e perguntei na secretaria se o Santuário realmente não aceitava mais peregrinos. A atendente ligou para lá e confirmou que não aceitavam. Conversei com um policial aposentado que me deu bastante informações sobre a cidade. Ele acompanhava sua filha, que estava fazendo um trabalho sobre os casarões. Ele me disse que o local onde ficava o Rancho dos Artistas, para onde eu estava inclinado a ir, poderia não ser muito seguro, principalmente à noite. A diferença de preços era muito pequena e eu resolvi passar no Setor de Turismo para obter mais informações. Lá, a atendente falou-me das atrações da cidade e das opções de hospedagem. Falou que não havia problema de segurança no entorno do Rancho dos Artistas. Ela falou da Hospedaria Casa Branca, que eu tinha visto na internet e que não era conveniada ao Caminho. Como era perto, resolvi ir até lá. Encontrei seu proprietário, Salvador, que morava em São Paulo e lá também. Falou-me que custava R$ 60,00 (não comentamos sobre café da manhã), mas que no momento os quartos estavam ocupados, mas as pessoas iriam sair. Eu perguntei se estava certo daquilo. Ele disse que sim. Perguntei o que ocorreria se não saíssem. Ele me disse que aí me colocaria na suíte pelo mesmo preço. Achei então que a suíte estava livre e que a hospedagem estava garantida. Perguntei se poderia ir ao banheiro, mas ele me disse que naquele momento não conseguiria. Não vi problema, mas acho que isso foi um prenúncio de que havia algo errado, que eu não percebi. Perguntei se poderia deixar minha mochila na recepção enquanto visitava alguns pontos da cidade naquele fim de tarde e ele concordou. Na volta, combinamos que eu faria os procedimentos de entrada no quarto. Saí então para visitar os pontos de interesse. Já havia passado pela Igreja Matriz, que achei muito bela, e pelos casarões da área central, que achei muito bem conservados. Fui então para o Horto. Achei-o muito bom, com ampla área verde. O encarregado orientou-me sobre as trilhas que poderia seguir. Ele tinha muitos tipos de árvores diferentes, legendadas e muitas opções de trilha. Várias pessoas caminhavam lá naquele horário. Conversei com Osnir, aposentado que andava de bicicleta lá e me falou do Horto. Havia muitos pássaros 🐦, mas me chamaram atenção especial os tucanos. Depois do Horto, segui para o Cristo. No caminho passei por uma casa muito pobre, em que a moça, muito jovem, grávida, já com filhos, informou-me o caminho. Olhando aquela situação, pensei como representava a situação de muitas famílias brasileiras. Ao chegar no Cristo, havia um rapaz fumando, sentado no degrau da porta, com sua bicicleta do lado. Falou que não tinha ido para o outro lado porque o mato estava grande. Acho que se incomodou um pouco com a minha presença e logo depois saiu. Gostei da estátua do Cristo. A entrada estava trancada, mas era possível apreciá-la de fora da grade. Dei a volta e fui para o trecho no mato, com vista para a cidade e para uma moçoroca (erosões provocadas pela chuva, sem vegetação de proteção). Achei bonita a vista, embora algumas árvores a bloqueassem um pouco. Depois fui ao supermercado para comprar o jantar. No caminho, quando passava por uma praça, vi uma mulher sentada num banco. Cumprimentei-a. Após andar uns 10 metros, ela me chamou, dizendo “Moço”. Eu parei e achei melhor voltar, para ver se ela precisava de algo. Perguntei “Posso ajudá-la em algo?”. Ela me disse “Eu precisava arrumar um marido” 😄. Eu ri e disse “Nisso eu não vou conseguir ajudá-la”. Ela perguntou se eu era dali e quando disse que não, ela pareceu decepcionada. Eu sugeri que ela fosse a festas, para conhecer possíveis pretendentes. Mas ela disse que não gostava de ir em festas. Disse que não precisava de uma casa, pois morava numa casa de recuperação. Aí eu imaginei que ela poderia ser dependente química e, realmente, festas não seriam uma boa ideia por causa do álcool, que poderia levá-la à recaída. Sugeri então que fosse à Igreja e perguntasse por grupos de alguma atividade. Talvez pudesse participar de algum e conhecer algum pretendente. Ela pareceu gostar da ideia e agradeceu muito. Eu segui para o supermercado e ela também levantou e seguiu para algum local. Embora bem vestida e totalmente sóbria, ela parecia mostrar um pouco do desgaste que a possível dependência química tinha causado. Ao voltar do supermercado para a Hospedaria Casa Branca, Salvador me recebeu dizendo que eu tinha demorado muito e que não tinha vaga. Eu me surpreendi e disse que ele tinha garantido que haveria. Ele me disse que o pessoal não tinha feito a saída do quarto, apontando para eles, que conversavam do outro lado da rua. Eu disse que ficaria na suíte então, mas ele me disse que o rapaz da suíte não tinha voltado. Eu pensei que ela estivesse vaga, mas não estava. Fiquei aborrecido 😒. Ele disse que eu acharia pensões perto da rodoviária, mas eu duvidei. Naquele horário, perto de 19h30, não me pareceu prudente ir ao Rancho dos Artistas, que ficava a uns 3 km de distância e cujo caminho eu não conhecia direito. Tentei procurar uma pousada ou pensão perto da rodoviária, mas a que havia não tinha vaga e nem consegui falar com a dona. Voltei e fui ao Hotel Alfonso’s (https://www.facebook.com/pages/Alfonsos-Hotel/227179087294737). Lá chegando o atendente me disse que não havia vagas. Achei que estava enrascado. Mas ele disse que iria verificar. Aí disse que tinha um quarto no último andar, que ele tinha tirado da disponibilidade porque estava com goteira. Eu disse que não tinha problema e fomos vê-lo. Achei aceitável e disse que ficaria nele. Mas quando descemos perguntei sobre os quartos mais baratos e ele me disse que tinha quartos com banheiro fora. Não entendi porque ele não mencionou isso antes. Eu optei pelo quarto com banheiro externo, que era mais barato, por R$ 80,00, com café da manhã. Perguntei se poderia pagar com cartão de crédito, mas ele disse que a maquininha estava quebrada. Paguei em dinheiro. Jantei pâo, berinjela, cebola, pepino, banana e laranja. Na 4.a feira 09/02, durante o café da manhã muito bom (3 tipos de pão, 4 tipos de bolos, vários tipos de biscoitos, muçarela, presunto, mortadela, mamão, melão, gelatinas, sucos, café, leite), conversei com uma funcionária da empresa Hutchinson, que vinha da sede em Monte Alto, perto de Jaboticabal e Ribeirão Preto, que falou da empresa, da presença na região e do trabalho. Depois saí para ir ao Santuário Nossa Senhora do Desterro (https://www.facebook.com/SantuarioDoDesterro). Voltei para onde tinha parado de seguir as flechas e comecei a segui-las novamente. Logo cheguei ao Santuário. Gostei da área externa do entorno, da igreja e da Sala dos Milagres. Gostei de conhecer a história do Irmão Roberto, de apoio aos trabalhos assistenciais e de sua vida espiritual. Uma funcionária explicou-me que tinham parado de receber peregrinos por causa da pandemia e porque havia sido pedido que padronizassem a cor dos lençóis em branco, o que o padre achou que iria custar muito caro. Além disso comentou que alguns peregrinos achavam o preço alto (R$ 80,00), mas que incluía o jantar. Dali segui rumo a Vargem Grande do Sul. Em direção à saída de Casa Branca, passei pelo Setor de Informações Turísticas para agradecer a atendente. Mais à frente pedi informações a Pedro, que me indicou o caminho. Ele pediu que eu rezasse pela família dele quando lá chegasse, pois estavam passando por tempos difíceis devido ao suicídio de seu sobrinho por causa das drogas. Cruzei o Horto novamente, que parcialmente fazia parte do Caminho. Na saída de Casa Branca cruzei com vários caminhões carregados de cana. Houve bastante sol durante o dia, mas com várias nuvens. Não choveu. Vi muitos pássaros no caminho, como garças e outros, mas me chamaram atenção especial os com peito amarelo e costas verdes, menores que bem-te-vis. Passei por várias sedes de fazendas. Houve vários trechos com criação de gado e com mata. Em Itobi, cidade por que o Caminho passava, perguntei a pessoas que vegetais pequenos eram aquelas que eu via cada vez mais nas plantações. Disseram-me que era amendoim e que era usado para fazer rodízio com a plantação de cana. Quando pronto, a máquina passava e extraía tudo. Ainda em Itobi cachorros relativamente pequenos latiram e correram atrás de mim, mas não atacaram. Mais para frente perguntei a outros que pareciam ser do campo, se as plantações de cana-de-açúcar seca eram por causa do clima e se estavam perdidas. Disseram que não, que era para transferência para outro local ou para substituição no mesmo local. Não sei se entendi bem ou se perguntei direito, pois pareciam muito secas. Mais para frente na viagem creio que vi algumas plantações de milho na mesma situação. Mas eram extrema minoria perto das outras verdes. A parte final do Caminho foi em grande parte por estrada asfaltada de mão dupla, fato raro. Um exemplo da paisagem que me agradou foi este. Havia também este pequeno altar. Logo ao chegar em Vargem Grande do Sul, uma linda estátua do Cristo surgia. Perguntei às pessoas sobre a pousada mais barata, alguns não sabiam dizer e outros disseram que era o Hotel Príncipe (https://www.facebook.com/principepalacehotel), conveniado ao Caminho, que eu tinha como opção inicial. Resolvi ir para ele então. Chegando lá, Silvana atendeu-me, mostrou-me o quarto mais barato e eu resolvi ficar. O banheiro era fora e incluía café da manhã por R$ 64,00. Paguei com cartão de crédito. Havia várias outras opções de quarto mais caras. Após me instalar, saí para visitar duas igrejas grandes (Nossa Senhora Aparecida e Santana), ambas por fora e depois fui visitar o parque onde ficava a barragem. Achei-o muito bom, com sua enorme represa, sua pista de caminhada e sua vegetação. Havia também capivaras e muitos pássaros. Segue uma foto do pôr do sol visto do seu fundo. Segue uma foto do pôr do sol visto da sua lateral. Depois passei nos supermercados, comprei parte do jantar, voltei para o hotel e jantei sanduíche de berinjela, pepino, cascas de banana e laranja, bananas e laranja. A atendente Silvana jantou seu sanduíche ou combo em parte do tempo comigo, pois frequentemente precisava sair para atender alguém. Um ex-jogador de futebol do Sertãozinho e Ipatinga jantou sua marmita a outra parte do tempo comigo. Contou sobre sua carreira, que tinha tido que encerrar precocemente devido a uma lesão (se me lembro foi ruptura de ligamento do joelho). Na 5.a feira 10/02 após o ótimo café da manhã (3 tipos de pães, 2 tipos de queijo, presunto, ovo, salsicha, 2 tipos de bolos, abacaxi, mamão, melão, banana, melancia, iogurte, vários tipos de biscoitos, sucos de uva e laranja, café e leite), fui visitar a Casa de Cultura, em que havia passado no dia anterior, mas já estava fechando. O atendente recebeu-me muito bem. Mostrou-me todas as salas de exposição. Praticamente era um museu. Gostei de tudo, mas especialmente de conhecer ainda mais a trajetória do Padre Donizetti e suas iniciativas sociais. Depois indicou-me de onde voltar a seguir as flechas. Segui então para São Roque da Fartura. Logo após sair da cidade, no começo da estrada de terra, estava a estação inicial da Via Crucis, que achei muito interessante. A via Crucis tinha cerca de 12 km, pelo que me falou o atendente da Casa de Cultura. Acabava na Pousada da Cidinha, pela qual passei mais tarde, e de onde a vista era muito bela. No alto de uma colina, já dentro da porteira, pude ver a estação final. Achei o caminho deste dia muito belo, com mudança de cenário. Passaram a aparecer montanhas, combinadas com os cenários anteriores de plantações e matas. Achei as paisagens vistas do alto e as montanhas vistas de longe muito belas, como estas. Vi também muitas aves, como tuiuiús, tucanos, talvez garças, maritacas, e vários tipos de pássaros. Cruzei com uma kombi escolar várias vezes (acho que era a mesma, nos diferentes turnos da escola). Passei por esta capela com árvore florida e estátuas de Jesus e Maria ao lado. Esta foi uma área de mata que achei bela ao longo do caminho. Cheguei no meio da tarde à Pousada Paina (https://www.facebook.com/pousadapaina/), em São Roque da Fartura, onde planejava ficar. Toquei a campainha e Clair me atendeu, dizendo-me para entrar. Jack, seu cachorro extremamente dócil e simpático estava dormindo, e latiu ao acordar, deixando-me ressabiado, devido a tudo que havia ocorrido com cachorros ao longo da viagem. Mas logo se acalmou. Clair apresentou-me a casa, mostrou o quarto em que eu ficaria e eu me acomodei. Custava R$ 50,00 com direito a café da manhã. Eu era o único peregrino. Clair disse-me que eu poderia pegar vegetais da sua horta para o jantar, se desejasse. Ela me disse que seu marido tinho partido deste mundo há cerca de um ano e que eles tinham combinado que, se um deles fosse antes, o outro manteria a pousada para peregrinos aberta. Saí então para conhecer o povoado, que ficava a menos de 1 Km de distância. Visitei a igreja que tinha quadros com passagens da vida de São Roque, que eu não conhecia, comprei pães na padaria para o jantar e fui até a rodovia de baixo apreciar a paisagem natural. Começou a chover e eu me abriguei sob uma árvore grande, visto que não havia raios. Após cessar voltei para a pousada. Jack recebeu-me afetuosamente, agora que não estava dormindo. Aproveitei que tinha uma caixa d’água do outro lado da estrada e fiquei sentado nela fazendo meditação e apreciando a paisagem. A vista de lá era esta. Depois de voltar fui à horta e peguei chuchu, pimenta (por engano), limão rosa, folha de abóbora, folha de figo e algumas outras folhas. Disse a Clair que não sabia reconhecer bem os vegetais e ela foi comigo e me explicou vários deles. Ajudou-me a pegar mangas e bananas (acho que o tipo da banana era algo como São José, uma delícia) para o jantar. Demos uma volta pela outra parte da chácara também, em que ela me mostrou onde ficavam as casas dos parentes que moravam próximos e outras plantas. Várias pessoas foram visitar a Clair naquele dia, amigas, uma de suas irmãs, seu irmão e a sua sobrinha Susete e sua filha Camila à noite. Susete tinha ido ao centro espírita que ficava ao lado para fazer uma cirurgia espiritual de remoção de carne esponjosa do nariz. Iriam dormir na casa da Clair também. Eu pensei que eram irmãs e me surpreendi quando disseram que eram mãe e filha. Comentei que eu também tinha carne esponjosa no nariz e que o pediatra tinha recomendado à minha mãe que eu fizesse natação, quando eu era bem pequeno. Jantei pão com chuchu, limão, as folhas que tinha pego na horta, banana e manga, acrescidas de pimentão que Clair pegou para mim e mandioca que ela cozinhou. Ela me ofereceu arroz, mas eu não quis. De sobremesa comi banana, manga, macadâmia e curau. No meio do meu jantar, Susete saiu para sua cirurgia e Camila acompanhou. Quando voltaram eu estava acabando de jantar. Durante o jantar e parte da noite conversei com Clair, Susete e Camila sobre a vida delas, a cirurgia espiritual, as vezes em que Clair tinha feito o Caminho da Fé e assuntos gerais. Elas falaram de alguns problemas familiares. Na 6.a feira 11/02 tomei o bom café da manhã (pães que eu comprei, muçarela, leite da vaca da criação da Clair, bananas, biscoitos) enquanto conversava com o avô do Miguel, neto da Clair. A filha dele foi fazer o Caminho da Fé, conheceu o filho da Clair, casou-se com ele e mudou para ali perto, onde eles conduziam uma pousada. Ele me falou sobre o Caminho, que já tinha feito várias vezes, disse que tinha conhecido o idealizador num albergue numa das paradas do Caminho de Santiago em 2001. Falou-me que o trecho que eu iria percorrer naquele dia era o mais bonito na opinião dele, devido às montanhas e que seria uma boa oportunidade de entrar em harmonia com a Natureza, como eu tinha dito que gostava de fazer. Ele se foi e logo a seguir chegaram Susete e Camila. Eu já tinha acabado o café e ia me arrumar para sair. Despedi-me delas, paguei R$ 55,00 para a Clair (R$ 50,00 da hospedagem e mais R$ 5,00 pelo que peguei na horta). Ela não quis receber os R$ 5,00 adicionais, mas depois de alguma insistência ela aceitou quando eu disse para ela usar para comprar um doce para seu neto. Despedi-me dela, despedi-me do Jack e parti para Águas da Prata. A caminhada neste dia realmente abrangeu trechos que achei muito belos, com montanhas, mata, plantações de café, eucalipto e outras, gado, lagos etc. Neste mirante fiquei meditando e contemplando a paisagem por um tempo. Este lago também achei mito belo. Passei por várias fazendas, inclusive atravessando algumas que os proprietários disponibilizaram para passagem do Caminho, atravessando porteiras e mata-burros e passando entre bois em alguns locais. Numa das trilhas havia várias árvores inclinadas e parcialmente caídas. Não parecia ser desmatamento. Parecia ser por algum fenômeno natural, como vento, erosão, velhice etc. Para desviar delas eu dei de cara com uma teia de aranha enorme, mas não vi a aranha e espero que ela não tenha se machucado. Peguei chuva moderada num trecho do caminho. Abriguei-me inicialmente sob árvores, visto que não havia raios, mas como estava me molhando um pouco, fui para uma espécie de bebedouro para gado (ou algo parecido), que tinha cobertura e estava vazio. Saí quando a chuva diminuiu, mas ela voltou a engrossar e voltei a me abrigar sob árvores. Acho que durou quase uma hora ao todo. O chão, já um pouco cheio de barro, ficou bem lamacento em alguns trechos. Vi muitos pássaros e vi um macaquinho 🐒. Ao passar por uma área de mata, ouvi o que pareciam ser rugidos. Achei que poderiam ser trovões, mas eram muito baixos, curtos e contínuos. Comecei a achar que poderiam ser esturros de onças 🐯. Olhei para a mata, nada vi, mas peguei um pedaço de pau, por via das dúvidas. Os aparentes esturros continuavam, baixos, mas constantes. Acompanharam-me por uns 15 minutos. Mais tarde, após cruzar a última fazenda antes de chegar á cidade, encontrei um homem e seu neto (ou filho) num carro. Perguntei a ele se era dali e ele disse que era o proprietário da fazenda e seus filhos moravam nas outras próximas. Parabenizei-o por disponibilizar passagem para o Caminho e falei dos aparentes esturros. Ele me disse que provavelmente eram onças mesmo, mas que não havia registro de ataques delas. Ele mesmo já tinha visto onças pardas naquela região e havia relatos de onças pintadas. Perto de uma das casas da fazenda havia marcas das garras de uma onça em uma árvore. Despedi-me e desci o trecho final rumo à cidade. Ao chegar fui até a Associação dos Amigos do Caminho da Fé (https://www.facebook.com/caminhodafeassociacao). Apesar de ser feriado, Bruno atendeu-me. Falei para ele da minha experiência no Caminho e dei sugestões, como pousadas que poderiam ser parceiras, alguns raros problemas na sinalização, da colocação da bifurcação de Santa Rosa do Viterbo no mapa do site oficial do Caminho etc. Elogiei as pessoas que extrapolaram muito em hospitalidade, como Helena e Clair. Parabenizei-o pelo Caminho e por toda a infraestrutura disponibilizada. Ele comentou sobre alguns problemas na manutenção que tinham no trecho que eu fiz, sobre os próximos trechos, sobre atrações de Águas da Prata e me indicou onde ficavam o Hostel Casa Verde e o Hotel Casarão. O hostel estava fechado para reformas. Fiquei no Hotel Casarão (https://www.facebook.com/pousadadocasarao) então, num quarto com banheiro interno e café da manhã por R$ 75,00. Paguei com cartão de crédito. Márcia atendeu-me. Foi bastante cordial. Como tinha chegado antes de escurecer ainda pude nadar cerca de 15 a 20 minutos na piscina do hotel. Depois fui ao supermercado comprar o jantar. Jantei pão com berinjela, abobrinha, banana e manga palmer. No sábado 12/02 após o enorme café da manhã (vários tipos de pães, muçarela, presunto, mortadela, ovo, salsicha, biscoitos, bolos, banana, mamão, maça, melancia, iogurtes, pudim, sucos, café, leite) perguntei para a atendente Sônia como chegar às Sete Quedas. Já tinha visto esta publicação https://www.mochileiros.com/topic/58034-%C3%A1guas-da-prata-trilha-das-sete-cachoeiras/, mas como eles saíam do camping próximo, precisava saber como era o caminho até lá. Ela orientou-me em termos gerais. Disse-me para tomar cuidado com o fenômeno da cabeça d’água (https://www.ecycle.com.br/cabeca-dagua/), em que devido a chuvas na cabeceira do rio ou em partes superiores, repentinamente o volume de água sobe, o que pode ser muito perigoso em cânions, cachoeiras e áreas afuniladas. Segui o caminho que ela falou e fui perguntando. Não levei o celular, por receio da água, portanto não tenho fotos. Inicialmente peguei o acesso à estrada pelo trecho urbano e andei um pouco na estrada para Poços de Caldas. Ao chegar no Camping do Paiol, orientaram-me a seguir uma das raras placas que indicava as Sete Quedas. Mas eu deveria ter virado na linha do trem e acabei subindo a estrada de terra. Perdi-me bastante e várias vezes. Subi muito mais do que precisava. De qualquer modo, gostei das paisagens da estrada, que achei muito bonitas, com algumas vistas do alto, mata e eucalipto. Existia uma porteira de arame farpado no meio da estrada que achei bem perigosa. Embora tivesse papéis pendurados, se alguém viesse de moto correndo e distraído, poderia causar um acidente grave. Não entendi a razão daquela porteira. Minha sorte foi que havia algumas pessoas andando de motocross 🏍️, com quem eu peguei algumas informações. Depois de muitas idas e vindas, cheguei na 7.a cachoeira, na minha opinião, a mais espetacular, enorme, caudalosa (o que provavelmente estava aumentado por causa das chuvas) . Entrei em baixo dela e a fiquei contemplando por um bom tempo. Quando fui vestir minha camisa, um inseto estava nela e eu não vi 🕷️. Acho que me picou ou tentou. Não era uma aranha nem um escorpião. Parecia um escorpião sem a cauda nem o ferrão. Acho que não era venenoso, pois não tive nenhuma reação. A seguir fui explorar a área ao redor. Subi até seu topo, para ver se havia trilha para outras, mas não encontrei nenhuma. A vista dela de lá de cima era muito boa também, mas havia muita vegetação na frente. Voltei e fui numa trilha lateral descendo o rio. Cheguei numa área descampada com pedras e vista aberta para a cidade, as montanhas e toda a região, que achei muito bonita. Fiquei contemplando um tempo também. Depois procurei uma trilha para descer, mas não encontrei. Tinha lido no relato anteriormente citado que o caminho da 6.a para a 7.a envolvia uma quase escalada. Achando íngreme o local, resolvi voltar e procurar outro acesso. Fiquei procurando, passei novamente por um grupo de motociclistas, que me confirmou que aquela era a 7.a e última cachoeira, mas não sabiam como eu chegaria nas outras. Quando já tinha praticamente desistido e voltava pela estrada, encontrei dois motociclistas que conheciam bem a área e me deram uma explicação geral. Deram várias opções, mas depois de pensarem um pouco, disseram-me que ali de onde eu estava, o mais fácil era pegar um trio (uma trilha para ir a pé ou de motocross - nem sei se é assim que se escreve) e cruzar uma montanha. Eu sairia na linha do trem, bem perto da entrada da trilha das cachoeiras. Fiz o que eles disseram e na pequena subida pareceu-me muito bom, inclusive com uma vista que achei linda lá do alto. A descida ia indo bem, até começar uma pancada de chuva. Ali não tinha onde me abrigar, mas a chuva até que foi rápida. O problema é que ela enlameou a trilha e tornou a descida muito perigosa. Eu estava de chinelo e entrou barro entre meu pé e o chinelo, o que tornou tudo muito mais escorregadio. Decidi descer agachado com as duas mãos no chão, com os pés na frente, em posição parecida com aquela em que se anda nos carrinhos de rolemã (eu nunca andei em um). Foi um longo trecho, com cerca de meia hora a 45 minutos nesta posição ao todo, entremeando pequenos trechos em pé, quando a descida ficava menos inclinada. Cheguei lá embaixo cansado, mas feliz por ter conseguido. Saí exatamente onde eles disseram, exatamente na linha do trem, e até mais perto da entrada da trilha das cachoeiras do que disseram. Lembrei-me da descrição publicada no relato citado anteriormente, que a entrada era numa curva à esquerda na linha do trem. Vi uma entrada à direita e achei que era ela, pois o barulho de água era notório. Mas resolvi seguir um pouco a linha do trem, só para ter certeza de que não havia outra entrada e não descobrir que estava no caminho errado depois de seguir muito aquela trilha. Convenci-me de que não havia outra e de que a entrada era aquela mesma. Segui-a. Era uma trilha estreita no meio do mato. Logo veio a primeira cachoeira. Achei muito bela. Não entrei na água, apenas a contemplei. Já na 2.a resolvi entrar, pois tinha um plano inclinado, que permitia deitar e receber a água nas costas. Fiquei ali um tempo relaxando. Passei pela 3.a, de que gostei também, mas não entrei. Quando cheguei na 4.a, não conseguia vê-la direito, pois havia vegetação bloqueando. Resolvi nadar no rio para poder vê-la. Achei muito bela. Não entrei embaixo dela, pois parecia bem forte. Fui então para a 5.a. Também achei-a muito bela e grandiosa, mas não entrei embaixo dela. Segui para a 6.a. Este foi o trecho mais longo, incluindo trocas de margem do rio na trilha. Gostei bastante da 6.a. Era forte, mas resolvi entrar embaixo para me despedir. Adorei . O jato era bem forte e precisava me equilibrar e me escorar nas rochas ao lado e abaixo para a água não me expulsar. Acho que conheci todas, mas como não segui para ver o acesso para a 7.a, pode ser que houvesse mais alguma. Numa das cachoeiras, fiz um pequeno arranhão na perna. Voltei pela trilha e acho que cheguei de volta à linha do trem perto de 18h. Adorei todas as cachoeiras e o ambiente no entorno, apesar das intercorrências . Na volta andei pela linha do trem, ainda com luz natural e depois peguei a estrada de volta. Numa montanha ao lado da estrada, um jovem fazia escalada. Perguntei a seu amigo que estava em terra se não era perigoso desabamento como ocorreu em Capitólio, mas ele disse que achava que não, pois era outro tipo de rocha. Ao chegar à cidade, ainda visitei a Igreja Matriz. Comprei pão e jantei pão com abobrinha, berinjela e cascas de banana. No domingo 13/02 após o enorme e excelente café da manhã, pedi para a atendente Sônia explicar-me o caminho para o Cristo. Ela me explicou um caminho mais curto, sem dar a volta pelo centro. Segui, pedi informações a algumas pessoas ao longo do caminho e cheguei com facilidade e rapidamente, em cerca de meia hora. Achei muito boas a estátua de Jesus e a vista de lá. Tirei uma foto da estátua, mas cortei a cabeça, por isso não vou publicar. Eu como fotógrafo morreria de fome 😄. A vista da cidade a partir de lá era esta. Depois de ficar um bom templo contemplando o Cristo e a vista, nos seus 360 graus, que mostrava também outras regiões e a cidade de São João da Boa Vista, vi aparentemente avô, pai e filho subindo por uma trilha no meio do mato. Resolvi descer por lá, o que encurtou o caminho em muito. Voltei ao hotel, aproveitei que cheguei cedo e ainda nadei um pouco 🏊‍♂️, peguei uma argola de um brinco no fundo da piscina para um casal que me pediu, aprontei-me, despedi-me de Sônia e parti. Passei em uma fonte da mesma água mineral usada pela engarrafadora Águas da Prata, enchi minha garrafa e fui a pé para São João da Boa Vista, onde havia combinado com Jéssica uma viagem pelo BlaBlaCar às 15h30. Minha articulação do tornozelo esquerdo passou a doer, talvez por causa daquele trecho agachado do dia anterior. Cheguei na rodoviária, que era o ponto de encontro, perto de 14h45, saquei o dinheiro da passagem e esperei por ela. Voltamos eu, ela e suas duas amigas e passageiras, Helena e Priscylla. Saímos perto de 15h30 e chegamos perto de 18h30. Viemos conversando quase a viagem inteira. Achei interessante como apesar de bem jovens, todas eram muito ativas e cultas, formadas, tendo feito viagens diversas, interessadas em ajudar outras pessoas e com muito conhecimento em vários temas. Ela deixou as amigas em Pinheiros e me deixou no Ibirapuera perto de 19h, mais perto da minha casa do que havíamos combinado, porque iria para outro lugar e ali era caminho. Voltei andando para casa e cheguei perto de 20h. A 2.a parte do Caminho da Fé, entre Águas da Prata e Aparecida ficou combinada para ser feita com meus primos-sobrinhos e talvez um amigo deles e uma amiga minha em março.
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