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Estrada real - Caminho Velho de Paraty a Ouro Preto - 4x4


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Estrada Real – Caminho Velho / Paraty a Ouro Preto – 4x4

 

Há algum tempo que eu planejava percorrer a estrada real, e depois de conseguir informações suficientes, grande parte no próprio site da estrada real http://www.estradareal.tur.br o que faltava definir era qual caminho e como percorrê-lo. Devido ao pouco tempo, decidi que o primeiro caminho seria o caminho velho e seria de 4x4, assim, teria uma base de como é o percurso e suas dificuldades.

 

Desde o inicio que planejei a estrada real, queria fazer a pé, o que somente o caminho velho leva em torno de 48 dias caminhando. Infelizmente, não disponho desse tempo e agora que finalizei o percurso de 4x4, vi que embora caminhar leve suas vantagens, sobretudo visualizar e sentir a estrada real mais intensamente, a cada passo e cada gota de suor perdida no calor das Serras, quando o caminho nos leva as rodovias o perigo é eminente. Muitos trechos não há acostamento, e ficava ao todo tempo imaginando eu mesma passando por esses trechos. Bicicleta também não me arriscaria. Bom, acho que escolhi o melhor trajeto e meio de me locomover, ao menos, para as MINHAS necessidades.

 

De São Paulo a Paraty

Fiz o caminho ao contrário, subindo ao invés de começar por Ouro Preto. Achei que fazia mais sentido, e a volta eu poderia passar em alguns trechos ou fazer outro caminho.

Deixei São Paulo no começo da tarde, e só nesse trecho já é uma aventura... A serra Taubaté – Ubatuba estava lindíssima, muitas árvores com flores roxas, alegrando todo o caminho, lindo de ver. O que não foi lindo de ver foram todos os acidentes que vi na viagem, só de SP a Paraty foram três carretas tombadas, e todas em curvas. ::putz::

Cheguei em Paraty à noite, e fui logo rever a cidade que já não visitava há dois anos. Caminhei pelas ruas de pedras de Paraty, o centro histórico é um deslumbre a parte... Muitos tropeções depois (andar naquelas ruas de pedras é complicadinho viu rs) Cervejas, papo furado e música ao vivo, voltei ao carro para um cochilo rápido, pois as 7:00hs eu precisava retirar meu passaporte da Estrada Real no Centro de informações ao turista, ali no centrinho mesmo, em frente à Pousada do Sandi. Esse passaporte pode ser retirado em Paraty, Ouro preto e Diamantina, assim como o certificado do final do trajeto percorrido.

As 7:20hs estava em frente ao Centro de informações, e foi aí que soube que só abriria as 9:00hs. Tudo bem, tomei um ótimo Café e caminhei mais um pouco sem pressa no cais e centro histórico de Paraty.

 

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A atendente foi super atenciosa, me entregou o passaporte e ficou receosa sobre eu subir a serra de Paraty a Cunha. Isso por que ano passado as vésperas de Natal, houveram vários incidentes na serra de assaltos e até mesmo morte. E por eu estar sozinha, a recomendação era que eu voltasse por Taubaté e seguisse para Cunha. Bom, o caminho era esse e eu lembrava desse caminho, e sabia que era muito lindo de se ver, queria novamente percorrê-lo e segui em frente, não antes de visitar alguns pontos interessantes de Paraty.

 

Segui para a Cachoeira da Pedra branca, e passei um bom tempo por lá aproveitando que não havia mais ninguém, e proseando com o senhor que toma conta do local, que também recomendou que eu não fosse pela serra, devido estar só. A cachoeira na parte de cima estava maravilhosa, a água estava em uma temperatura muito boa e aproveitei bastante. No caminho, ainda passei pela Cachoeira do Escorrega, onde várias pessoas estavam aproveitando o local, e subi mais um pouco para o poço do Tarzan, que fica subindo a cachoeira do escorrega, e tem uma pedra alta onde os mais corajosos pulam de lá, gritando... Daí, o nome do lugar. Ali sim, curti mais um pouco a água para refrescar pois o calor estava muito forte e ainda era cedo.

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Enfim, a Serra de Paraty Cunha. Trecho pavimentado 36km – Estrada de terra 20km.

Foi muito tranqüilo e até alguns carros baixos estavam descendo. A não ser um Honda Fit que decidiu voltar no meio do caminho rs. No KM 38 a vista de Paraty é de tirar o fôlego, parei rapidinho e tirei algumas fotos mas, não fiquei muito com receio de ficar muito tempo por ali sozinha.

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Em Cunha, carimbei o passaporte no centro de informações e bati papo com os funcionários de lá, todos ávidos em saber sobre o caminho e ouvi com suspiros “ah seu eu pudesse”... Bom, tudo é possível, basta querer não é mesmo? :lol: O centro de Cunha achei uma correria, já conhecia a cidade, mas somente as cachoeiras do Desterro e Pimenta, o centro mesmo não conhecia ainda e parti dali logo quando pude rs. Para meu próximo destino escolhi Passa Quatro, que já tinha apenas passado por lá para iniciar e finalizar a travessia da Serra Fina, mas não tive tempo de conhecer a cidade, o que resolvi nessa minha estadia.

 

Centro de Informações (Centro)

Telefone: (24) 3371-1222

Endereço: Rua Dr. Samuel Costa, 29 – Centro Histórico.

Horário de funcionamento: 09h00min às 20h00min – Todos os dias

 

Passa Quatro

Cheguei em Passa Quatro no final da tarde, a cidade é muito aconchegante e o visual das montanhas ao redor é de sentir saudades da Travessia da Serra Fina. O centro de informações ao visitante já estava fechado, porém, a Pousada São Rafael carimba o passaporte e te dá todas as informações do que fazer na cidade e também um preço camarada para hospedagem. Não me hospedei nessa pousada, e sim, no hostel Harpia onde fui muito bem recebida pela Dona Doca. É um casarão enorme, que era uma fazenda antigamente na própria cidade. O lugar é bem limpo, chuveiro quente, cozinha, wi fi, e a vista para a montanha é revigorante.

 

Foi muito bom bater papo com a Doca, que além de me deixar a chave do lugar, pois só voltava no dia seguinte para fazer o Café da manhã para mim, e como eu era a única hospede, o casarão foi todo meu hehe. Não bastasse a simpatia dela, ainda buscou limões do pé para eu fazer uma limonada a noite antes de ir dormir, e após voltar da cidade. Detalhe: A cidade de Passa Quatro dorme as 20:00hs kkkkk... Andei pela cidade e tudo já estava fechado, salvo a Choperia Napoleão, não podia finalizar a noite sem uma cervejinha. Ainda hoje, trago belas lembranças dessa cidade viu ::mmm::oops:

Voltei ao casarão flutuando rs, dormi um pouco e as 7:30hs o café estava pronto pela Dona Doca. Sai do quarto bem recebida pelos gatinhos do quintal que corriam para lá e para cá rs. Reorganizei a mala do carro, me despedi da Doca e fui até a estação de Passa Quatro, e comprei o bilhete para passear no trem conduzido por uma Maria Fumaça marca Baldwin de 1929.

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O roteiro começa na histórica estação de Passa Quatro, com uma parada para compras na Estação do Manacá, seguindo até à Estação Cel. Fulgêncio, na boca do túnel de mesmo nome, na divisa de MG/SP onde a memorável batalha entre os dois estados foi travada com presença de JK. Um percurso histórico de 12km inaugurado por D. Pedro II, no século XIX. O cenário é deslumbrante: uma floresta de Mata Atlântica e muitas montanhas, vales e riachos. Viagem embalada por um violeiro muito animado.

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O passeio dura cerca de 2 horas e possui duas saídas: Sábados as 10:00hs e 14:30hs, Domingo somente as 10:00hs.

 

Por volta de 12:30hs estava de volta a Passa Quatro e segui viagem para Itanhandu.

 

 

Pousada São Rafael - A diária estava R$ 130,00

Telefone: (35) 3371-2211

Endereço: Rua Ângelo D'Alessandro, 95 - Centro

Horário de funcionamento: 08h00min às 23h00min – Todos os dias

 

Hostel Harpia - Pernoite R$ 60,00

Rua Ângelo D’Alessandro, 137 – Centro de Passa Quatro – MG

(35) 3371-2616

(35) 9149-0080

 

Chopperia Napoleão

Rua Tenente Viotti, Centro

 

Trem da Serra (Maria Fumaça) - Valor passeio R$ 45,00

- Maiores informações, reservas e viagens especiais:

- Tel: (35) 3371 2167

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Itanhandu

 

Infelizmente, a cidade é despreparada para receber o turista, ao menos, foi à impressão que tive. Na internet, vi que a cidade possui cachoeiras e alguns outros atrativos, porém, das pessoas que perguntei e até mesmo no Hotel Terra Sul onde carimbei o passaporte, não souberam informar onde são as localizações.

A cidade é tranqüila, quase não havia pessoas circulando no centro mesmo sendo um horário de inicio de tarde. O jeito foi seguir viagem para Itamonte.

 

Hotel Terra Sul

Telefone: (35) 3361-1650

Endereço: Rua Fernando Costa, 449.

Horário de funcionamento: 08h00min às 23h00min – Todos os dias

 

 

Itamonte

 

O acesso a cidade é fora da rodovia principal que leva as próximas cidades do caminho, e antes mesmo de chegar ao centro, você vai obrigatoriamente passar pelo Posto Conveniência da Serra – Auto Posto terras Altas – Buffalo onde carimbam o passaporte.

Nesse posto, havia três senhores que me passaram informações sobre a cidade, e de que valia a pena passar pela Cachoeira do Escorrega em Alagoa e seguir viagem cortando a Serra até Aiuruoca. Foi um pouco difícil compreender o que diziam, pois todos falavam ao mesmo tempo, um querendo saber mais que o outro, e cada um queriam informar um caminho diferente. ::lol3::

O caixa do posto que carimbou meu passaporte, vendo que as coisas estavam mais complicando que ajudando, me chamou e fez um mapinha muito detalhado pra mim, que serviu direitinho e me levou direto a cachoeira, não antes de dar carona a um rapaz e sua filhinha super tímida, pois a moto deles havia quebrado na estrada e deixaram a moto e resolveram ir para casa, sobretudo, por causa da mocinha.

Não havia ninguém na cachoeira, e é um lugar bem bacana para passar um tempo curtindo ali. Tem um barzinho na parte de cima que estava desativado, acredito que deve funcionar apenas quando o movimento é grande. Infelizmente, a água estava bem gelada e o tempo estava mudando, e de uma hora para outra a chuva veio... E veio forte, com trovões. Não achei boa idéia continuar por ali e voltei ao carro, aproveitando um pouco da chuva refrescante.

 

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Ao final da estrada de terra voltando para a rodovia, basta seguir em frente sempre e logo estava na Serra do Parque Estadual da Serra do Papagaio seguindo para Aiuruoca.

Como a cidade estava fora do trajeto e sei que há muitos atrativos, ficar um tempo em Aiuruoca e fazer algumas travessias ficaria para uma outra vez.

Ao final da Serra, segui para Baependi e achei o centro corrido... Muita gente indo e vindo, uma cidade bacana, mas, sem aquele clima de cidadezinha. Carimbei o passaporte na Igreja Nhá Chica, onde me deram Revistas, mais mapas e livretos sobre as cidades históricas do percurso. Essa foi a cidade mais bem preparada para receber o turista na Estrada Real. ::otemo::

Essa esta na mesma proporção de Aiuruoca sobre atrativos, e como ainda não fiz a travessia Aiuruoca x Baependi, deixei a cidade também para a próxima oportunidade. Não antes de ao menos conhecer alguma cachoeira, e segui para a cachoeira do Rio Gamarra. Foi chegar lá, e perceber que já havia estado por ali, inclusive, na cachoeira chamada “Inferninho” que tem uma bela queda, porém, não tem acesso para entrar nela. Mais uma vez, foi chegar à cachoeira e a chuva caiu forte... As chuvas para esse lado caem de uma vez rs. Voltei a cidade, Jantei no “Fecha nunca” e segui viagem para a cidade que eu mais aguardava conhecer. Carrancas.

No caminho, parei para verificar o celular sobre as informações do trajeto que estavam salvas nele, e para minha surpresa, quem disse que encontrava o celular¿¿¿¿... Parei em um orelhão, liguei e não ouvia nada, acabei concluindo que devia ter deixado cair na cachoeira. Quando fugi as pressas da chuva. ::dãã2::ãã2::'>

 

Igreja Nhá Chica

Telefone: (35) 3343-1371 – 1077 – 1671

Endereço: Rua da Conceição, 165 – Centro.

Horário de funcionamento: 08h00min às 18h00min – Todos os dias

 

Bar Fecha nunca

Praça Arthur Basílio 38, Baependi, Minas Gerais, Brasil

 

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Carrancas

 

Quando começou a anoitecer, já estava na Serra de Carrancas e percorri todo o caminho a noite e somente chegando em Carrancas, cruzei com um caminhão baú. A estrada de terra é muito boa e os totens da Estrada Real estão sempre no caminho, principalmente próximo a Traituba. Aqui se deve tomar cuidado com animais na pista, haviam muitos passeando para lá e para cá. A Serra de Carrancas é muito linda, como pude comprovar no dia seguinte.

Como cheguei tarde, precisei procurar uma hospedagem as pressas... Comecei o trecho da Serra sem sono algum, mas, no finalzinho o cansaço bateu e não via a hora de deitar em uma cama quentinha.

Logo que cheguei, perguntei sobre algum Hostel e ouvia: “O que é isso?” rs... Enfim, no centro, encontrei a Pousada Efon, que também carimba o passaporte, mas, no momento nem pensava sobre isso. A pousada não estava funcionando nesse final de semana, pois estava em reformas, e eles indicaram a pousada Senna, bem no final da rua. E o atendente não tinha certeza se eu encontraria vaga, pois estava tendo um evento de Cavaleiros aquele dia, aonde diversos cavaleiros de cidades e vilas vizinhas, iriam se encontrar na cidade e curtir uma churrascada e moda de viola.

Havia apenas um quarto disponível, e seria esse mesmo. O casal que chegou em seguida precisou ir procurar outro lugar. ::hahaha::

Instalei-me o mais breve possível, e tomei um banho revigorante, o chuveiro era muito bom, ótimo para relaxar de um dia quente e dormir de uma vez, como aconteceu.

 

Pousada Senna – R$ 60,00

Rua Alberto Antônio Nogueira, 100 – Centro, Carrancas

 

Pousada Efon

Rua Mário Ribeiro Guimarães, 36 – Centro, Carrancas

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O Café da manhã na pousada Senna é muito bom, aquele café mineiro mesmo sabe¿... E entre muitos cavaleiros indo para lá e para cá, de botas, chapéus e cantorias mineiras, terminei meu café e segui para conhecer algumas das cachoeiras de Carrancas. Não bastasse o Café maravilhoso, achei o celular no chão do carro embaixo do tapete, como foi parar lá e como desligou não sei dizer kkkk.

A primeira opção, foi a cachoeira da fumaça, que embora seja fácil localizar, vindo da cidade você NÃO deve entrar a direita da primeira placa que menciona a cachoeira, ali é propriedade privada e muitos desavisados entram ali achando que é onde fica a cachoeira por estar em um local onde fica entendido que é para entrar. Eu entrei e uma moça muito simpática avisou que não é ali, e sim para seguir pela estrada e entrar na entrada da próxima placa. Ela diz que já cansou de avisar a Prefeitura para mudar a placa de lugar e até agora nada.

A cachoeira é mesmo muito linda e ficar contemplando as quedas um tempo, lanchar e curtir o Sol é revigorante. Só é proibido nadar, tem algumas placas no local informando do risco de acidentes.

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Depois de um tempo, o calor pegou forte e ficar ali olhando aquela beleza e não entrar era uma tortura rs. Segui então para a próxima parada, Cachoeira das Esmeraldas. Foi a cachoeira que mais gostei de Carrancas, e acima de tudo é que foi só minha hehe.

O acesso a cachoeira é gratuito, e o carro você estaciona na propriedade particular onde tem um barzinho estilo Lanchonete. O caminho até a cachoeira é muito tranqüilo, passando por outros poços muito bons também para relaxar.

A cachoeira merece o nome que tem, a água é cristalina e esverdeada, fiquei um bom tempo curtindo ali, tirando fotos e nadando.

 

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Ainda havia outros lugares para visitar, então arrumei minhas coisas e voltei pelo mesmo caminho, na hora certa, pois uma galera estava subindo para a cachoeira... E quando digo galera, quero dizer praticamente uma excursão rs.

Segui então para o complexo da Toca, visitei a cachoeira do Coração e do escorrega. Esse complexo fica do outro lado da cidade, mas é bem pertinho e o acesso também é super fácil. Aqui, você paga uma taxa de visitação de R$ 5,00 que te dá direito a visitar todo o local. Também tem um restaurante no local.

Subi direto para o poço do coração, pois a cachoeira do escorrega já tinha gente. A subidinha é tranqüila, uma caminhadinha de uns 15 minutos e o lugar do poço é realmente muito bacana, aqui a água também é cristalina e esverdeada. E adivinhem, não tinha ninguém também rss. A água de Carrancas é tão convidativa, não dá vontade de sair dela.

 

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Voltei o caminho, passei no escorrega que agora estava vazia, fiquei um tempo e segui para o próximo complexo, o tão falado Complexo da Zilda.

Aqui é bem diferente, tem pousadas, chalés, camping e muita, muita água rs... Comecei pela tal Racha da Zilda, fica na parte de cima logo que você chega no complexo. Aqui também pagasse uma taxa de visitação. Fora a taxa, aluguei um colete também pois como estava sozinha, o André achou melhor para minha segurança já que há pontos que precisa nadar e eu sou péssima nisso.

Logo no inicio, é preciso transpor um poço bem fundo de um lado ao outro por uma corda, e depois seguir caminhando sempre sobre as pedras, e em alguns pontos nadando. Até a Racha da Zilda, você passar por diversos poços, alguns mais fundos outros rasos e todos ótimos para nadar.

Chegando ao final do percurso de uns 30 minutinhos tem uma cachoeira e logo em frente, a Racha da Zilda. Tentei transpor pelo poço Sonrisal, mas para mim foi impossível, não tem onde se agarrar e a correnteza estava forte. Tentei umas três vezes e a água me jogava para fora, cansei e voltei a cachoeira, só para saber depois que a idéia é não passar daquele ponto rs... E claro, só tentei mesmo pois estava com o colete de outro jeito não tentaria, esse poço sonrisal é bem fundo.

Em seguida, fui conhecer a cachoeira da Zilda e dos Índios, passando pelas pinturas Rupestres. Ahh a sorte de conhecer esses lugares em dias comuns, olha a calmaria ^^

 

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São João Del Rei

 

Depois de passar o dia nas cachoeiras de Carrancas, segui destino rumo a São João Del Rei. Cidade grande, hospedagem cara e preferi não ficar por lá, achei que Tiradentes seria mais interessante e tinha razão.

 

Tiradentes

 

É bem pertinho de São João Del Rei, e o clima é bem mais convidativo e a praça da cidade a noite, quando cheguei, estava muito agradável e muita gente concentrada nos barzinhos curtindo uma bebidinha ou jantando. Carimbei o passaporte na pousada do Largo, não me hospedei aqui embora a Pousada seja muito agradável, o valor da diária era de R$ 190,00 e achei fora do meu orçamento só para passar umas horas.

Andei pela cidade, perguntei em outras pousadas e os valores eram sempre nessa faixa, a não ser uma pousada que teve o disparate de me cobrar R$ 440,00 a diária... Sério, perguntei umas duas vezes para ver se eu não havia entendido errado rs. ::lol4::

Então, depois de jantar e bebericar um pouco, decidi seguir para Bichinho, vilarejo pertencente a Prados que com certeza, teria uma hospedagem mais em conta.

No caminho, decidi fazer uma última parada em uma pousada chamada Pouso da Mariazinha e ver quanto me cobrariam. Foi uma ótima decisão, o Senhor que toma conta do lugar chama-se Olimpio, conhecido na cidade como Seu Pico. De uma simpatia só, proseador, e muito atencioso. Conversamos bastante sobre a Estrada Real, a cidade de Tiradentes e seus pontos históricos e acreditem, ele nem sabia desse projeto da Estrada Real, prometeu se informar e que não iria sossegar até ter um carimbo também para recepcionar o turista rs.

O quarto era muito agradável com uma cama enorme e lençóis tão gostosos, o chuveiro tão bom que essa foi a melhor noite para dormir que tive na viagem.

Na manhã seguinte, tomei aquele café caprichado e segui para conhecer os pontos interessantes de Tiradentes. A praça tão badalada a noite anterior, estava tranqüila e vazia.

 

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Pousada do Largo

Telefone: (32) 3355-1262

Endereço: Largo das Forras

Horário de funcionamento: Todos os dias

 

Pouso da Mariazinha – R$ 80,00

Estrada de acesso para Bichinho, lado esquerdo.

 

 

Bichinho

 

É um vilarejo de Prados, porém, muito agradável de visitar. Principalmente, os ateliês e conversar com os moradores que são muito receptivos e adoram conversar. Repeti sobre minha viagem a alguns moradores uma dúzia de vezes. Vale caminhar por Bichinho e conhecer a pé a vila.

No caminho de Tiradentes para Bichinho, tem o museu do Automóvel que eu não quis visitar, mas a entrada não tem erro.

 

Lagoa Dourada

 

Aqui realmente é a terra do Rocambole, para qualquer canto que você olhe tem lugares vendendo Rocambole. Lógico, que eu adorando doce não poderia deixar de experimentar. A cidade é movimentada, as pracinhas são cheias de senhores jogando cartas e reclamando um com os outros rs.

Caminhei pela cidade e carimbei o passaporte na Pousada das Vertentes, bem ao lado da Igreja Matriz. E segui para conhecer a Cachoeira Bom retiro, que foi somente perda de tempo, ainda bem que era perto.

O local estava sujo, água suja, latinhas para todo lado, cachorros abandonados no lugar... Sério, não fiquei dois minutos e dei meia volta direto para Entre Rios de Minas.

 

Pousada das Vertentes

Telefone: (32) 3363-1103

Endereço: R. Bom Jesus, 28.

Horário de funcionamento: Todos os dias

 

Cachoeira Bom Retiro

Nem vou passar o caminho

 

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Entre Rios de Minas

 

Cidade grande, logo que você chega a cidade vê uma grande placa indicando duas cachoeiras. E foi seguindo essas placas que eu fui diretamente a Cachoeira do Gordo. O caminho é estrada de terra bem batida, fácil de achar e de percorrê-la. Só saiba que é longe e conforme a foto, a cachoeira é mais um riacho com um grande lago para nadar. Serão mais ou menos 15km até a cachoeira.

Local limpo e gostoso de passar o dia, não tem sombra. Havia um senhor pescando por lá, só não sei dizer o que, o tempo que fiquei por lá, pois aproveitei para fazer uma comidinha, não o vi pescar nadinha. ::hãã2::

 

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Congonhas

 

Cheguei a tardinha e logo na entrada da cidade tem um centro de informações. Peguei o mapinha e fui conhecer um pouco da cidade e também jantar.

A primeira parada foi a Basílica do senhor Bom Jesus de Matosinhos. Patrimônio Mundial declarado pela Unesco em 1985, é um dos maiores tesouros da arte barroca, construído entre 1757 e 1790. As seis Capelas dos Passos (1819/1875), na área externa do santuário, foram restauradas por completo e passaram a exibir as cenas da Paixão de Cristo de acordo com o projeto original de Aleijadinho. O clima na cidade é agradável, embora a cidade seja grande, dá para sentir que essa foi uma das cidades que senti mais devoção entre os moradores.

Na lateral da Igreja existem ladeiras de chão de pedras que vale uma caminhada, mas prepare os joelhos que as subidas são íngremes.

 

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Para chegar a Ouro Preto, é necessário voltar a Rodovia e seguir sentido Belo Horizonte / Ouro Branco.

O Trecho da Serra de Ouro Branco foi um dos percursos mais lindos, embora eu tenha me perdido quando passei a placa de Ouro Branco, achei que a entrada era mais para frente e fui parar na Usina rsrs... Então, quando ver a placa Ouro Branco, é ali que deve entrar e depois seguir beirando a Serra e aproveitar a vista.

 

 

Ouro Preto

 

Na cidade de Ouro Preto o jeito é caminhar mesmo, é proibido estacionar em grande parte da cidade, em especial, na Praça Tiradentes por ser Centro Histórico... Mas os carros trafegam livremente, só não podem parar (vai entender).

Mas confesso que parei um tempinho com o pisca alerta no centro de informações para retirar o certificado e saber onde dormir aquela noite. O atendente arranjou uma Pousada muito boa, que super recomendo. É a Pousada São Francisco de Paula do camarada Vinicius. Fácil de achar e muito agradável de ficar, com muito verde, pássaros e clima bem descontraído, sem contar que ele fez um preço camarada e fiquei na parte debaixo da pousada, que ficou só para mim.

Saiba que Ouro Preto em dia comum, vai dormir cedo e quando sai as 21:00hs para curtir a cidade a noite, tudo já estava fechado kkkkkkkkkk.... Quem conhece a cidade no Carnaval, com certeza vai estranhar em um dia comum. Mas não podia faltar uma boa Cerveja nessa linda cidade, não é mesmo?... E ainda achei de Trigo, que adoro!!

 

Pousada São Francisco de Paula – R$ 50,00

Rua Pe. José Marcos Pena, 201 – Centro – Ouro Preto

 

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E esse foi o final da viagem, e no final do dia parti rumo a São Paulo novamente, parando em alguns pontos para comer, refrescar e esticar as pernas. ::otemo::

 

Dicas:

- Congonhas foi a cidade que encontrei a gasolina mais em conta, em postos BR.

- Todas as cidades possuem histórias maravilhosas e o caminho da Estrada Real é exatamente saber o que aconteceu nessas cidades e ter uma idéia de sua importância. Eu tinha uma planilha com as informações de cada cidade no celular, e antes de chegar em cada uma, eu lia sobre e adentrava a cidade sabendo um pouco sobre sua história. Não mencionei aqui para não ficar maçante mas, os nomes das cidades estão aí, no site do Instituto da Estrada Real você vai encontrar informações detalhadas, recomendo!

- Não deixe de pedir informações a moradores, algumas dúvidas e lugares interessantes eles são a melhor fonte de informação.

- Lembre-se que alguns lugares no mapa são vilas pequenas e outras apenas Fazendas, dependendo o horário vai precisar passar direto ou parar uma cidade antes.

- O maior trecho foi realmente SP a Paraty, o restante é perto com distâncias percorridas sem dificuldades.

- Tentei dividir o percurso entre estrada de terra e rodovias, pois somente uma opção acaba sendo cansativo. Nas estradas de terra, existem diversos Totems que facilitam muito a vida de quem está percorrendo o caminho.

- Meu KM total do percurso foram exatos 1790km.

 

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Oi Ana Cristina,

 

Não deixe de conhecer uma parte ou todo o caminho, valeu cada Km percorrido. Em breve, vou fazer um dos outros 3 caminhos que faltam.

 

 

 

Menina que passaporte mais lindo! Que luxo hein ::otemo::

Vou programar essa viagem. Temos que valorizar o que temos aqui no Brasil!

Parabéns!

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