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  1. Galera, sou de São Paulo Capital, terei as 2 primeiras semanas de Janeiro de folga e estou querendo fazer uma cicloviagem de baixo custo, preferencialmente acampando ao longo do trajeto. Sei que essa época chove, por isso optei por cicloviagem ao invés de travessia de montanha ( trekking), mas só tenho exatamente essas duas primeiras semanas de janeiro mesmo. Estou pesquisando qual roteiro fazer, esta bem dificil decidir, entao, caso alguém aí tenha algum conselho/dica, será um prazer estabelecer essa troca ! Por enquanto estou entre: - Estrada Real, iniciando por Diamantina e descendo até no maximo Tiradentes ( pois ja fiz de Tiradentes até Parati em uma outra viagem). - Chapada dos Veadeiros ( não faço ideia qual roteiro seguir, mais sei que é possivel) - Vale Europeu, por ele ser mais curto, talvez pudesse conectar com outros caminhos que levem a lugares legais. Iria pegar o onibus em São Paulo. então tem tudo uma questão de preço de passagem e se a empresa deixa eu levar bicicleta. Bom, a principio é isso, se alguem tiver mais dicas de roteiros legais com predominancia de estrada de terra e o maximo de natureza possivel...lago, cachoeira, etc..compartilha aqui que vai ser lega l!! Grato pelo atenção !! boa semana !
  2. Bom dia, Boa tarde ou Boa Noite! Pessoas, fev/2024 irei fazer mochilão de bicicleta na américa do sul junto a um amigo meu. Sairemos de Estância Velha/RS com destino ao Ushuaia, iremos passar por diversas cidades antes de chegar ao destino. O percurso, a princípio, levará 7.000 quilômetros de ida, e como vai ser nossa primeira viagem, agradeceríamos de receber algumas dicas em relação a dinheiro, acampar, alimentação, cuidados, o que levar/não levar, COMO DEIXAR AS ROUPAS LIMPAS?!!, etc. Serão 120 dias pedalando, passando desde Punta del Este, Buenos Aires, Villa Epecuén, Futaleufú, Rio Baker, Río Gallegos até chegar ao Ushuaia. Agradeço desde já, Bons ventos!
  3. Saudações! Uma imagem vale mais do que mil palavras. Segue as imagens dos alforges de balde que sempre usei em minhas viagens de bike. A idéia é: usar um bagageiro tubular do mais simprão, todo fixo. Com uma corda de 10m, fazer dois "aros" (como o de basquete) com a corda, um de cada lado. A ideia é que os baldes possam ser facilmente colocados e retirados por esse aro de corda. Para o balde não pegar na roda traseira, prendi um pedaço de ferro com linha encerada e garrotes de plástico e encapei tudo com borracha de câmara. Para o balde não pular, prendi elásticos com garrote por fora do balde. Vantagens do balde alforge: Múltiplos usos (alforge, balde pra deixar roupa de molho, banquinho, apoio de mesa, cajón); melhor custo benefício e fácil reposição do sistema. Longa durabilidade (+3000km de teste). Desvantagem: Um pouco pesados mesmo vazios, fáceis de rachar por impacto mecânico (mas também são fáceis de reparar). 2020.09.12 Coral2020.09.12 Coral2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral 2020.09.12 Coral
  4. Saudações, viajantxs! Daí que inventei de voltar a viajar de bike. E voltei em setembro, em meio a pandemia. Porém, na semana em que comecei o pedal tive um caos na clavícula e a luxação precisou até de cirurgia. Tão cedo não vou poder voltar. Dessa forma, e dados os inesperados custos com tratamento, medicação e fisioterapia, estou fazendo um pacotão pela metade do preço do que havia adquirido. O kit é o mais básico para Cicloviagem mas, acredite, essa foi a quarta bicicleta de Cicloturismo que tive e garanto que foi a mais top na categoria roots! Comprei tudo em junho desse ano e as notas fiscais devem estar tudo no meu e-mail, se necessário. O fato é: só fiz dois dias de pedal de treino totalizando 50km. Ou seja, tudo semi novo. Segue a relação: Bicicleta Alfameq Stroll Aro Aero 26, Shimano Tz, quadro 17", passadores Yamada EZ-Fire, Freios V-Break. Já está com bagageiro tubular instalado e acompanha fita antifuro em ambos os pneus. Kit Cicloviagem: Óculos amarelo + case; ColeteRefletorNoturno; Capacete; Bolsade Guidão; VelocímetroMultifuncional; BandanaQuéchua; Bomba; Câmarasreserva; Correntereserva; MissedLinkI; Iluminaçãovermelha traseira e lanterna dianteira recarregável; parde luvas; Caramanhola. De brinde mando 4 elásticos com garrote e óleo para a corrente. Se tiver interesse só na bicicleta, ou só no kit, também é possível. Só não vendo itens individuais. ###FRETE GRÁTIS PARA TODA REGIÃO SUDESTE### *No momento, estou próximo a Belo Horizonte. Bicicleta louca para cair na BR, prontinha! Oferta válida até 31/dezembro/2020. Após essa data, já tem comprador. https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1727946506-bicicleta-aro-26-shimano-ez-fire21-v-break-kit-cicloviagem-_JM Que ela faça alguém ainda mais feliz do que me fez nos 50km que brincamos... Hahahahah Se tiver curiosidade, pesquise item por item no MercadoLivre, adicione o frete para Belo Horizonte em CADA ÍTEM, e descubra o tamanho do desconto. Presente de Natal!
  5. CICLOVIAGEM SERRA DA CANASTRA Saudações cicloviajantes. Como tive dificuldades de encontrar informações precisas, deixo aqui minha experiência de cicloviagem de 6 dias pela Serra da Canastra realizada no final de abril de 2021. Preparei tudo alguns dias antes para evitar faltar algum item e parti de carro de Belo Horizonte até São Roque de Minas (SRM) (321 Km – média de 4:30 o percurso com 3 pedágios R$ 6,40 cada). O roteiro foi praticamente o abaixo em que cada cor praticamente corresponde a cada dia (a cor roxa maior e a marrom houve alteração do percurso explicado no dia 4). 1° dia: BH a SRM a São Joao Batista da Canastra (SJB da Canastra) Acordei 04:00 e saí cerca de 04:30. No início é um misto de expectativa (não conhecia a região) e prazer em poder conhecer esta Serra tão comentada pelos ciclistas. No caminho, parei em Formiga para um café e segui viagem. A ideia era chegar em SRM e já começar a viagem de bike. Ao chegar em SRM, parei no Centro de informações ao Turistas (bem na entrada da cidade) e conversando com o guia ele me deu algumas orientações (roteiro já estava definido porem alterei o percurso do dia 4 – relato mais abaixo). A cidade de São Roque é pequena mas aconchegante e tem toda a estrutura de pousadas, bares e guias. Parei o carro no posto da entrada da cidade no qual há o Empório Portal da Canastra, no qual havia obtido o contato da dona (Luciana) que me permitiu deixar o carro durante a viagem (Aproveito para agradecer imensamente a Luciana pela disponibilidade – a cidade é bem segura mas a gente fica mais tranquilo desta forma). Retirei a bike e as coisas da viagem (bike, alforges, barraca, isolante, etc - bom anotar alguns itens para lembrar de não esquecer no carro – exemplo celular). Comi um salgado muito bom no Empório (recomendo) e cerca de 11:00 comecei a odisséia rumo a São Joao Batista da Canastra O dia estava ensolarado com algumas nuvens. Saí de SRM sentido a portaria 1 do Parque Nacional (PN) da Serra da Canastra que aos poucos vai subindo a serra (algumas vezes empurrando). O terreno durante a subida era mais de pedras soltas e chão batido com algumas erosões durante o caminho. Para esta viagem, tem que haver muito preparo para subidas longas e íngremes, além do preparo psicológico exigido em todas as cicloviagens. Foram cerca de 10 Km de subidas até o Centro de visitantes – Portaria 1 (antes desta, há uma casinha do parque mas não havia ninguém). No centro, tem que apresentar documento de identidade e pagar entrada (deve ser em dinheiro) – o valor era R$ 11,00 mas não estava cobrando - imagino que devido a pandemia. Subindo a serra após SRM Subindo a serra Casinha antes do Centro de visitantes (Portaria 1) A partir daqui o percurso vai cortando dentro do PN da Serra da Canastra. Continua mais uns 2 Km subindo. Não vou ficar falando da beleza do Parque, pois é magnífico, mágico, de uma serenidade e paz. A viagem vale a pena fazer com calma para apreciar a região. A primeira atração era a Trilha do Cerrado logo após a Portaria, porém como fui subindo, acabei não vendo a entrada. Centro de visitantes (Portaria 1) Subida após Centro de visitantes (Portaria 1) Caminho dentro do parque com pedras soltas Depois uma região mais plana de cerca de 4 Km e depois começa-se a descer até chegar na nascente do Rio São Francisco (tudo sinalizado). Aproveitei para abastecer as caramanholas porém neste trecho havia uns mosquitos bem chatos, principalmente quando parei na nascente, incomodavam bastante que nem fiquei muito tempo. Custei para achar o repelente e depois que passei, no decorrer da viagem foi mais tranquilo. Dentro do parque Dentro do parque Placa indicativa da nascente do rio São Francisco Dentro do parque Dentro do parque Depois pega-se uma subida até chegar em uma bifurcação sentido Curral de Pedras (10 Km após a portaria 1). Curral de pedras Curral de pedras Vista do mirante do Curral de pedras Caminho após Curral de pedras Continuei em uma região mais plana e aos poucos vai intercalando algumas subidas, descidas e planos. Passa-se pela entrada da cachoeira Rasga Canga/Rolinhos e depois entrada da Casca D’anta. Continuei pois não haveria tempo para visitar e no outro dia seria exclusivo para fazer estes passeios. Placa indicativa par as cachoeiras Mais no meio do parque, há descida e depois subida bem fortes e depois repete, como se fosse um W. Tem que descer devagar pois pega muita velocidade devido a inclinação e por causa de pedras soltas e nas subidas as pedras soltas dificulta subir montado. Cruza-se algumas pontes sobre riachos e depois alguns trechos mais planos com subidas ou descidas leves. Passa-se pela entrada da cachoeira do Fundão (esta não visitei devido o tempo mas importante ter ciência de que segundo informações, o acesso era de descida bem íngreme que somente carro 4x4 consegue ir). Uma das descida/subida em W Continua até chegar na placa indicativa para SJB da Canastra. Daí são cerca de 3 Km só de descida em chão batido até chegar na Portaria 2. Um pouco mais chega-se ao vilarejo de SJB da Canastra que é pequeno com cerca de 200 habitantes sem muito atrativo – não vaia achando que vai jantar em um restaurante melhor ou pizzaria não. Chegando no vilarejo de SJB da Canastra SJB da Canastra No camping conheci os vizinhos de barraca: o Luciano (ciclista também) e a Sandra (casal magnífico que estava conhecendo a região de carro) e o Leandro e sua filha Lorena (dois aventureiros que estavam de carro mas levaram as bikes). A rotina média era: montar acampamento, lavar roupa, tomar banho e sair para comer algo e comprar lanche para levar para o dia seguinte (ou ver opção para compra na manhã do dia seguinte). Total Dia 1: 51 Km Ascenso 1123 m Descenso 880 m velocidade média 10,8 Km/h Resumo: SRM > 10 Km > Portaria 1 > 2,3 Km > Trilha do Cerrado > 4,3 Km > Nascente histórica do Rio São Francisco > alguns Km passando pelo Curral de Pedras (9,8 Km) até chegar no Entroncamento para Rasga Canga – passar direto e logo após à direita > 27,5 Km > Portaria 2 > Camping Vila Canastra (SJB da Canastra) Ø Estadia João Batista da Canastra Camping Vila Canastra (34) 98818 6366 (Tirulipa) – camping muito bem estruturado. Diária R$ 40,00 2° dia: Passeio PN Canastra e retorno para SJB da Canastra Neste dia deixei o acampamento no camping e fiz o passeio pelo parque sem peso. Tomei café reforçado (pequena lanchonete que serve café ao lado do camping -R$ 20,00). Separei lanche para levar pois dentro do parque não haveria nada para comer. O dia estava bem aberto e ensolarado. Vista do camping No camping O terreno do percurso varia entre chão batido, cascalho e algumas pedras soltas maiores com algumas poucas erosões pelo caminho. Placa indicativa para SJB da Canastra Dentro do parque sentido entroncamento da Casca D'anta Saí cerca de 09:00 sentido a parte alta da Cachoeira Casca D’anta. Após passar pela portaria 2, são cerca de 3 Km de subida, vira-se à esquerda e segue por região sem muitas subidas fortes (voltando pelo mesmo caminho que cheguei no dia anterior). Depois pega-se as subidas/descidas fortes em W onde encontrei com o Luciano e Sandra que estava vendo um riacho na beira da estrada. Conversamos um pouco e depois segui. No caminho ainda encontrei com a Luciana (Posto de São Roque) que estava indo com sua família visitar SJB da Canastra. Depois de cerca de 20 Km chega-se à bifurcação do caminho para a Casca D’anta (pegar à direita, tem sinalização). Mais cerca de 7 Km (algumas subidas com descida forte no final, chega-se na cachoeira. Deixei a bike embaixo de uma árvore e fui fazer uma pequena trilha de pedras até o mirante. Muito bonita a visão. Cuidado ao tirar fotos nas beiradas pois qualquer erro e pode ser fatal. Terreno é bem pedregoso e pode ser escorregadio. Dentro do parque sentido Casca D'anta Vista da trilha do mirante da Casca D'anta com a estrada de onde se chega ao fundo Uma parte da Casca D'anta Vista do mirante da Casca D'anta Poço da Casca D'anta Depois aproveitei bastante o poço da cachoeira que é bem legal para curtir (cuidado com pedras escorregadias) onde também encontrei novamente com Leandro e Lorena. Reserve algumas horas para ficar na parte alta da Casca D’anta pois vale a pena. O local tem piscinas naturais maravilhosas e a sombra de um quiosque. Depois retornei 7 Km até a principal (subida forte e longa no início) e após cerca de 1 Km virei a direita sentido a placa da Rasga Canga/Rolinhos. O percurso é cerca de 9 Km, relativamente tranquilo com algumas subidas e cerca de 4 Km de descidas mais fortes no final (lembrar que essas descidas serão subidas na volta). Dentro do parque Placa indicativa Dentro do parque Fiquei um pouco na Rolinhos (bem bonito) mas a Casca D’anta dá para aproveitar mais em questão de cachoeira. Depois tem o retorno de 9 Km até a principal (mais subida no início) e mais cerca de 21 Km até a portaria 2 Km (reserve energia e tempo para a volta pois tem muita subida forte e geralmente já está cansado pelo dia – saí da Rolinhos cerca de 15:30 e cheguei ao camping próximo de 17:50 pois fiquei vendo o pôr do sol próximo de 17:40 antes de descer para a portaria 2 (uma coisa que faço sempre é pesquisar nos sites de clima quando será o pôr do sol na época em que viajar, assim dá para ter uma ideia). Poço do Rolinhos Entardecer no parque Pôr do sol no parque Neste dia o camping teve problema com água quente, aí teve que ser frio mesmo (Esta época estava mias quente durante o dia e bem frio à noite). Total Dia 2: Média 83,5 Km Ascenso 1305 m Descenso 880 m velocidade média 13 Km/h Resumo: São João Batista da Canastra > Portaria 2 > 20 Km > Entroncamento parte alta > 7 Km > Casca D’anta > 7 Km retorno até entroncamento > 1 Km > entrada para Rasga Canga/Rolinhos > 9 Km > Cachoeira Rasga Canga > 1 Km > Poço do Alto dos Rolinhos > 9 Km retorno para a principal > 21 Km > portaria 2 > Camping 3° dia: São João Batista da Canastra a Delfinópolis Acordei cedo, recolhi acampamento, tomei café e saí cerca 08:30 sentido Delfinópolis. O dia estava aberto e ensolarado. O terreno do percurso era chão batido dentro do parque, asfalto até o entroncamento para Sete Voltas e cascalho com muita poeira (nos últimos Km muita costeleta de vaca e subidas chatas que atrapalha demais o ritmo) até Delfinópolis. SJB da Canastra Saindo do vilarejo, após a portaria 2, subi os cerca de 3 Km e depois mais ou menos 30 Km tranquilos até a portaria 3 (sentido Sacramento) com muitas subidas leves mas longas. Chegando na portaria tem uma trilha com mato de cerca de 3 Km até Ruínas da Fazenda Zagaia mas resolvi não ir pela distância a ser percorrida no dia. Subida de 3 Km desde a portaria 2 (SJB da Canastra) Dentro do parque Dentro do parque Dentro do parque Dentro do parque Dentro do parque Vista da Serra da Canastra Uma das subidas Saindo do parque tem uma pequena parte de terra e depois começa o asfalto om subida média e depois longas retas em que peguei muito vento forte em que se roda cerca de 18 Km (região de muita produção agrícola) até a MG 464 (virar à esquerda em estrada de terra). Depois de cerca 7 Km chega-se em um pequeno vilarejo chamado Sete Voltas (local para abastecimento e lanche. Após alguns trechos planos começa-se a descida da serra que é bem bonita e se vê a represa do Peixoto do alto. Após sair pela Portaria 3 Subida após saída da Portaria 3 Sentido Sete Voltas Na descida da serra das Sete Voltas Vista da represa do Peixoto na descida da Sete Voltas Depois tem algumas subidas fortes e a estrada se torna muito poeirenta principalmente quando passa carro (há momentos que a poeira fina levantada impede a visão, logo ande sempre na borda para evitar que outro carro não te veja). Este trecho é bem desgastante devido o sol, poeira e peso da bike. Carca de 30 Km antes da cidade começa-se a margear a represa. Subida após a descida da serra Paisagem depois da descida da serra Caminho após a descida da serra (tem muita subida ainda) Algumas costeletas de vaca pelo caminho Região que começa a contornar a represa sentido Delfinópolis Contornando a represa O sol foi se pondo e as costeletas de vaca e subidas mais ao final diminuíram o ritmo o que acabou fazendo que pegasse uma parte no escuro tendo que recorrer à sinalização luminosa para ajudar, principalmente pelos carros que passavam e jogavam a poeira para alto e que demorava a sedimentar. Com isso fui chegar próximo de 18:40. Quando passa carro é uma poeira só Camping O camping era bom e perto havia estrutura boa para comer. A cidade de Delfinópolis é maior e está localizada entre a Represa de Peixoto (Rio Grande) e a Serra Preta ao sudoeste do Estado de MG. *Como este percurso são mais de 100 Km e a estrada não ajuda muito, recomenda-se sair mais cedo afim de evitar pedalar a noite e também prevendo imprevistos como caso de problemas na bike. Total Dia 3: 113 Km Ascenso 1233 m Descenso 1360 m velocidade média 13 Km/h Resumo: Portaria 2 São João Batista da Canastra > 33 Km > Portaria 3 PN Canastra > 18 Km > MG 464 à esquerda > serra das Sete Voltas > 7 Km descida > 45 Km com subidas chatas, poeira e costeletas de vaca > Delfinópolis Ø Estadia Delfinópolis § Trilhas de Minas - Pousada e Camping (35) 99955 7463 Muito bom 4° dia: Delfinópolis a Pousada da Vanda (Caminho do Céu) A princípio, o roteiro era fazer Delfinópolis a São João Batista do Glória porém quando cheguei em São Roque, o guia do centro de turismo disse que a estrada iria ser de muita poeira e que passava muito carro e que com isso corria sério risco de acidentes, então me recomendou fazer o Caminho do Céu sentido Vargem Bonita. Segue relato. Vista de Delfinópolis O dia estava aberto com nuvens e ao longo foi mudando para nublado. Terreno varia de estrada de chão batido, cascalho, mais ao meio do percurso alguns trechos com areia dificultando a pedalada, tendo um chamado de Areião que não entendi direito como passei por lá e depois trechos de chão batido com diversas pedras soltas e erosão pelo caminho. Bosque sentido subida da serra para Caminho do Céu Bosque sentido subida da serra para Caminho do Céu Esse dia não tem nenhuma estrutura para lanche pelo caminho, logo se preparar para tal. Tomei café no camping e saí cerca de 08:30 sentido Complexo do Claro (complexo de cachoeiras em que há cobrança para entrar). Não é difícil de achar o caminho, só perguntar que qualquer um sabe. É uma estradinha gostosa e arborizada (aproveite a sombra pois mais a frente vai ser raro). Depois começa-se a subir uma serra longa e cansativa (essa não é a pior). Subindo a serra Subindo a serra Alguns sobe e desce No caminho Chegando no Areião (tem uma placa e não tem como errar, é muita areia funda e fofa) começa alguns sobe e desde e algumas partes planas com riachos pelo caminho por 8 Km até chegar no último local de abastecimento de água (riacho). No caminho, após o Areião Vista do alto da serra A partir daí começa a subida da Serra da Bateia, essa sim foi a pior do dia, muito difícil e cansativa, com longos trechos empurrando a bike pesada e parando para retomar o folego, mas a visão lá de cima é magnífica conseguindo ver o imenso vale. Antes da subida da Serra da Bateia (um pouco a frente te o último riacho para abastecimento). Ao fundo o início da serra. No caminho, subindo a serra Vista do vale No caminho com muita subida Visão da crista da serra Nunca me deixou na mão Depois de 8 Km do início da serra, chega-se m uma bifurcação em que há uma placa indicando “Pousada da Vanda” à direita, mas este caminho é mais longo e vai durar mais de 1:30 e o guia disse para pegar à esquerda. Peguei à esquerda e é praticamente só descida (vale mais a pena). Ao final da descida, quando começa-se a ver algumas casinhas, tive que abrir uma porteira e foi passando por dentro de uma propriedade pois não havia mais caminho mas não houve nenhum problema. Depois só virar à esquerda e mais alguns Km chega-se na Vanda. Este dia foi bem cansativo e quando cheguei acabei ficando em quarto para não ter que montar acampamento (R$ 110,00 com jantar e café pois não tem estrutura nenhuma perto). Pousada da Vanda Pousada da Vanda Resumo: Delfinópolis > 16 Km com subida de serra > Areião > 8 Km > último ponto de água > subida da Serra da Bateia > 8 Km até bifurcação para virar à esquerda > cerca de 15 Km de longas descidas até a pousada Total Dia 4: 47 Km Ascenso 1364 m Descenso 680 m velocidade média 7 Km/h Ø Estadia Delfinópolis (zona rural) § Pousada da Vanda (é uma pousada estilo rural em que vários aventureiros se hospedam para curtir a região – grupos de motos, bike, jeepeiros) Zona rural de Delfinópolis (35) 99997-0057 *Em São João Batista do Glória iria ficar na Pousada Sempre Viva pois não havia conseguido camping na cidade entretanto o dono, o Leandro se prontificou a deixar montar a barraca na pousada (com a mudança de planos acabei não ficando lá). Aqui vai meu agradecimento ao Leandro pela disponibilidade e minha indicação para quem precisar de hospedagem - Pousada Sempre Viva Rua Mauro Venâncio de Freitas, 6. (35) 98815 2462 5° dia: Pousada da Vanda a Vargem Bonita O dia estava ensolarado com nuvens e depois mais nublado, o que ajudou para evitar o desgaste. O terreno do percurso varia entre pedras soltas e erosão na subida da Serra Branca, estrada de terra com cascalho fino e depois estrada poeirenta. Acordei cedo e me preparei para subir a Serra Branca, bem difícil, praticamente somente empurrando e parando para pegar folego. Serra Branca, olhando assim parece pequena e fácil Subida da Serra Branca - olha o tamanho das pedras soltas Subida da Serra Branca Vista do vale Algumas erosões pelo caminho mas a paisagem compensa Praticamente uma hora depois, pega-se uma parte mais plana com alguns sobe e desce e vai cruzando por cima da serra com muitas paisagens bonitas. Depois umas descidas e volta a ficar plano com uma subida mais forte depois. Ao praticamente chegar na crista da serra, começa-se a descer sentido São José do Barreiro com algumas subidas até a pequena cidade, passando antes pela parte baixa da cachoeira Casca D'anta (ela vai estar de costas para quem está indo para São José do Barreiro) No caminho sentido São José do Barreiro No caminho Chegando ao mirante antes de São José do Barreiro Antes da descida forte para São José do Barreiro No caminho Parte baixa da Casca D'anta Crista da Serra Em São José cheguei quase 13:00 e como era dia de semana a cidade estava praticamente fechada (mais turística, logo o comércio abre mais durante o final de semana). Achei uma pequena lanchonete aberta e comi algo para depois seguir pela estrada poeirenta para o camping que ficava entre São José e Vargem Bonita. Pelo caminho (Em São José) São José do Barreiro O camping é bem estruturado, inclusive havia uma família em um trailer acampando por lá. *Praticamente não há estrutura próximo do camping, logo deve se prevenir e comprar algo em São José. Camping e o trailer da família que estava acampando Camping Resumo: Pousada da Vanda > 34 Km > São José do Barreiro > 9 Km > Camping (por mais que fosse pouca Km, o percurso é difícil) Total Dia 5: 44 Km Ascenso 1070 m Descenso 790 m velocidade média 10 Km/h Ø Estadia Vargem Bonita § Pousada e Camping Praia da Crioula Serra da Canastra (7 Km de Vargem Bonita): (37) 99999-5333 6° dia: Vargem Bonita a SRM O programa era fazer do camping até SRM, pegar o carro e seguir para Belo Horizonte. Acordei cedo, recolhi o acampamento, saí cerca 08:30, sentido Vargem Bonita (a 5 Km em estrada de terra) para tomar café. Dia ensolarado com nuvens e o percurso seria quase todo em asfalto. Estrada sentido Vargem Bonita (muita poeira) Na saída de Vargem Bonita há uma subida forte pelo asfalto de cerca de 3 Km. Depois há alguns trechos mais planos e alguns Km chega-se em uma rotatória onde pode-se ir pela estrada de terra (à esquerda, cerca de 12 km) até SRM ou cerca de 21 Km pelo asfalto (à direita). Como sabia como estava a poeira pela estrada de terra, decidi ir pelo asfalto Vargem Bonita Subida forte sentido São Roque Este dia praticamente não tirei foto mas a região é bem bonita. Infelizmente não tirei de SRM, no início por querer começar o pedal e no fim pelo cansaço. Resumo: Camping > 3 Km de subida > alguns Km relativamente planos > rotatória > cerca de 21 Km > SRM Total Dia 6: 33 Km Ascenso 609 m Descenso 740 m velocidade média 13 Km/h E aqui chega ao fim a saga. Um abraço Total: 371 Km Elevação acumulada: 6704 m. Nenhum pneu furado (importante ter fita antifuro na viagem) Dicas: Dentro do Parque, a vegetação é quase toda rasteira e o sol e o vento castigam bastante. Passar protetor solar e carregar muita água. Dentro do parque não há nenhuma estrutura para alimentação, logo tem que se programar para tal. O reabastecimento de comida durante os deslocamentos é quase inexistente, portanto leve tudo o que for consumir e aproveite bem os jantares e cafés-da-manhã. As serras, são bastante ermas, logo, se preparar com alimentação, água e GPS. Durante o passeio no parque o ideal é seguir em silencio aumentando a chance de visualizar animais (consegui ver um tamanduá bandeira pela estrada). Além disso, durante os percursos vi em torno de 5 filhotes de cobra, se não me engano jararaca, logo tenha sempre atenção uma vez que estamos no ambiente delas). Neste roteiro, peso é vida. Como os trechos têm muita subida, quanto menos carga, melhor. Leve somente o necessário. Como toda viagem de bike faça uma revisão completa prévia. Não me arrependo nem um pouco de ter feito o percurso mas para quem não está acostumado vai ser sofrido demais, logo, recomendo fazer 3 a 4 dias entre SRM e SJB da Canastra, não saindo sentido Delfinópolis. Tem muita coisa para conhecer no parque. Com o peso da bike, terreno irregular, poeira, sol forte e subidas íngremes, não subestime a baixa Km do trecho, principalmente nas serras. O percurso possui longos trechos por estradas esquecidas, que cruzam serras e vales quase desabitados. Passa-se várias horas pedalando muitas vezes com subidas muito íngremes e longas, grade parte das subidas mais difíceis quase toda empurrando a bike. Há também descidas, de certa forma técnicas, que podem ser vencidas contornando as partes da estrada poupadas pelas pedras e erosão. Recomendo ir devagar nas descidas. O parque é muito grande, logo recomendo definir alguns roteiro e deixar outros para uma outra ocasião, conversei com pessoas que viajam para a região por um bom tempo e não conhecem tudo – são 200 mil hectares). A região da Serra da Canastra possui uma área de mais de 200 mil hectares e abrange 6 municípios: Capitólio, São João Batista do Glória, Delfinópolis, Sacramento, São Roque de Minas e Vargem Bonita. Funcionamento do Parque: De quarta a domingo, de 08:00 as 18:00 (só pode entrar até as 16:00) O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972 para preservar as nascentes do Rio São Francisco, localizadas a uma altitude de 1.200 metros. Esse rio imenso, de tamanha importância para nosso país, nasce como um pequeno olho d’água na serra da Canastra e cresce até desaguar no oceano Atlântico. Possui 200 mil hectares com mais de 90 mil regularizados. Atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. É um lugar diferente do resto de MG, já que a vegetação do parque é uma transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Fica a 400 km de Belo Horizonte. Sua vegetação de transição entre a "borda da Mata Atlântica" e o "início do Cerrado", com predominância de Campos de Altitude que abrigam inúmeras espécies da fauna e da flora do cerrado, como o lobo guará, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro, diversos gaviões e espécies ameaçadas de extinção como o pato mergulhão e o tatu-canastra. A Serra da Canastra apresenta temperaturas médias anuais de 17°C no inverno e 23°C no verão. Pode ser visitada durante todo o ano mas é altamente recomendado ir nos períodos secos, entre abril e outubro, devido a menor incidência de chuva. Resumo do percurso de carro: BH > BR-381 (Fernão Dias) > Betim > pegar à esquerda no Shopping Partage Betim > BR 262 sentido Triângulo Mineiro > Pará de Minas > antes de Nova Serrana, pega MG 252, sentido Divinópolis > depois de Divinópolis, pega MG 050, sentido Formiga > Piumhi, pegar MG 341 sentido Bom Sucesso, Capinópolis > São Roque de Minas. Distância: 321 Km média 5 horas (possui pedágios) § Opções de camping em SRM: Camping Chalé da Mata (37) 98841 6618 (37) 3433-1452 / (37) 3433-1332 Entrada 14:00 Saída 12:00 Média R$ 40,00 ou Camping Picareta Seu Chico (37) 99951 9642 – próximo Portaria 1 (4,5 Km de SRM) Referências https://revistabicicleta.com/cicloturismo/serra-da-canastra-mg/ https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/cicloturismo-vales-da-serra-da-canastra/ https://www.bikersriopardo.com.br/roteiro/36/show
  6. Pessoal que quer saber mais sobre como pedalar pela Europa, eu escrevi um livro sobre minha jornada pelos cantos deste velho conitnente. E lá se foram 3 longos anos desde que retornei de Atenas após minha soberana aventura pelos cantos de um velho e mitológico continente, provavelmente foi o ano mais incrível e inesperado da minha vida até agora. . E depois de muito trabalho, o livro está terminado, sim, eu tenho um livro!! Eu mesmo o fiz, nem acredito, escrevi 444 páginas de um livro! E é com uma imensa alegria que venho compartilhar com vocês esse trabalho que fui cultivando durante esses anos. . O livro está prontinho e só esperando para entrar em produção, mas para tornar esse sonho em realidade e poder compartilhar essa minha aventura com vocês, eu precisarei da sua ajuda, apoiando e compartilhando essa campanha no Catarse com amigos e familiares. . Clicando no link você saberá mais sobre o livro e as recompensas que acompanham esta campanha. Acesse e entenda melhor como funciona, é hiper simples! O site é melhor vizualizado pelo computador. . Eu realmente espero que juntos possamos fazer esse sonho se realizar! Link com informações completas sobre olivro e a campanha: https://www.catarse.me/peloscantosdaeuropa
  7. CICLO-AVENTUREIROS E CICLO-AVENTUREIRAS! ESTÁ NO AR!! . E lá se foram 3 longos anos desde que retornei de Atenas após minha soberana aventura pelos cantos de um velho e mitológico continente, onde passei por 14 países da Europa percorrendo mais de 10MIL KM de bicicleta, provavelmente foi o ano mais incrível e inesperado da minha vida até agora. . E depois de muito trabalho, o livro está terminado, sim, eu tenho um livro!! Eu mesmo o fiz, nem acredito, escrevi 444 páginas de um livro! E é com uma imensa alegria que venho compartilhar com vocês esse trabalho que fui cultivando durante esses anos. . O livro está prontinho e só esperando para entrar em produção, mas para tornar esse sonho em realidade e poder compartilhar essa minha aventura com vocês, eu precisarei da sua ajuda, apoiando e compartilhando essa campanha no Catarse com amigos e familiares. . Clicando no link você saberá mais sobre o livro e as recompensas que acompanham esta campanha. Acesse e entenda melhor como funciona, é hiper simples! O site é melhor vizualizado pelo computador. . Eu realmente espero que juntos possamos fazer esse sonho se realizar! . De coração ❤️ https://www.catarse.me/peloscantosdaeuropa ❤️
  8. Alguém planejando uma viagem de bicicleta de Buenos Aires para o Chile querendo parceria (Durante o mês de Novembro)? De preferência para dormir acampando ou em hostels, mas de preferência em barraca de camping.
  9. A CICLOVIAGEM DE FINAL DE ANO - 2017 Planejei sair dia 26/12/2017 pra fazer a cicloviagem, partindo de SJC com destino a Ubatuba. O planejamento foi feito a partir de todos os mapeamentos disponíveis e com os diversos softwares de georreferenciamento que utilizo no meu cotidiano (MapSource, Basecamp, Trackmaker e Googleearthpro, principalmente). Procurei planejar um roteiro passando por locais onde eu nunca havia estado antes. Foi assim que criei um roteiro planejando subir a serra entre Caçapava e Jambeiro a partir do Bairro da Germânia (em Caçapava) e, depois da serra, esticar até São Luiz do Paraitinga onde eu pretendia dormir num hotel. Estimativa de pouco mais de 90km de pedal... morro pra “caramba”. Sabia que seria difícil, muito difícil... Ademais tinha o peso do camelbak com várias tralhas e o alforje lotado com roupas, eletrônicos, ferramentas, câmara extra (providencial, pois precisei dela depois... mas vou chegar lá) chinelo, remédios básicos, enfim, uns 15kg de peso extra e muito arrasto na bike... Mas isso fazia parte do roteiro e dos planos. Planejamento é fundamental, mas dificilmente a gente consegue seguir o plano em sua totalidade... no final das contas o planejamento só serve pra gente fugir dele e deixar o acaso agir, preparar-se para o imponderável, para aquilo que não se prevê... Kkkkk!!!!! O plano já furou na saída... eu tinha pensado em sair umas 7hs da manhã, mas acordei tarde pra cacete e saí 10:20hs!!!!! Eu tinha bebido muito no dia 24/12/17 e isso estava repercutindo em meu rendimento. Eu estava enjoado, meu estômago e fígado estavam “detonados” e um “mal-estar” permanecia, com uma leve dor de cabeça latejando nas têmporas. Os excessos com a cerveja no Natal estavam me “judiando” kkkkkkkkk. O primeiro trecho planejado para a viagem era totalmente urbano e, portanto, no asfalto... saída do meu bairro no Altos de Santana, atravessei a ponte Maria Peregrina e o rio Paraíba do Sul, estiquei pela Via Norte, caí no Parque da Cidade e pedalei pesado até o bairro do Tesouro. Saí na estrada marginal da Via Dutra e pedalei até o distrito de Eugênio de Melo e, de lá, segui pelo asfalto até Caçapava. Em Caçapava atravessei a Dutra por debaixo de um pontilhão e peguei uma rua chamada Barreto Leme (marginal à Via Dutra, no sentido Rio de Janeiro) onde segui até a rua João Benedito Moreira, que é a rua que dá acesso ao bairro da Germânia, já na zona rural de Caçapava e onde entrei nas estradas de terra. (Observação: se jogar essas informações no GoogleEarthPro dá pra gerar a rota). Às 13:00 cheguei no bar do Jonas no bairro rural da Germânia em Caçapava. Eu tinha percorrido mais de 37Km em 2:40hs... Excelente minha média horária de 14km/h, considerando o peso na bike e a ressaca do Natal!!!! Comi umas frutas. Ainda estava meio enjoado, mas precisava subir um grande morro... a serra entre Caçapava e Jambeiro. No local fiquei sabendo que o caminho que iria subir se chama estrada do coletor (tinham placas indicando esse nome), mas não sei quem coletava “o que” naquele lugar... achei engraçado!!!! Foi a única coisa que achei graça, porque logo depois iniciei a subida, primeira grande dificuldade técnica do dia... 45 minutos subindo, “vovozinha” nas marchas, fiz minha primeira parada... Bebe água... mais água... mais um cadinho d'água... 5 minutinhos de descanso e volto a subir!! Mais meia hora de pedal e paro, perto da exaustão, fico 15 minutos me recuperando, dou mais uma esticada de 200m e venci o morro... puta merda!!!! Tava cansado pra “caracas”!!!! Do outro lado da serra uma grande descida compensou o gasto de energia da subida, mas as péssimas condições da estrada não permitem “soltar” a bike, então a descida precisa ser técnica e tinha que tomar cuidado com os alforjes e todo o peso das coisas também... Viagem solitária, o silêncio falava alto em minha alma e tinham os meus medos que me “encucavam” reverberando em minha mente... “E se eu passar mal??” “E se a bike quebra??” “E se chover forte?? Onde me abrigo? E se tiver raios? Puts... Tenho medo de raios!!!!” Quase 50 anos de idade nas costas, muita coisa pra pensar e refletir. Ao longo do caminho pensava sobre os vários erros já cometidos em minha vida e que escancaram o “lixo” que sou. Eu rezava e me dava a oportunidade de me perdoar e de ser sincero comigo mesmo e então ocorreram vários “insights” e epifanias e intuições que de certa forma dão um sentido à minha vida, mas que paradoxalmente, não encontram eco em minha racionalidade! E era essa difícil e impiedosa contradição entre meu espírito e minha mente que me motivava a continuar pedalando... e rezando!!! Mas estou narrando minha viagem e não o resultado de minhas introspecções, então, vamos lá... Depois da descida da serra entrei numa estrada de terra que interliga as cidades de Jambeiro e Redenção da Serra... estrada muito difícil, com muitos morros e cada subida de morro era um desafio maior. Houve momentos em que praguejei, me senti fraco e entristecido. Acho que ando forçando muito meu corpo!!! Preciso diminuir a quantidade de cerveja que bebo, kkkkkkkkk!!!! À medida que me aproximava da cidade de Redenção da Serra eu via a chuva e os raios e trovões me cercando e isso me abalava psicologicamente... pensava comigo mesmo... “E se essa chuva cair?? E tem os raios!!!! Ai que medo de raio!!!! E se essa chuva cair e me pegar na estrada?? Como minha roupa seca até amanhã?? Onde me abrigo??? Como será??”... Pedalava ofegante, cansadão!!! Sou um homem de pouca fé!! Até que enfim, cheguei num bar, eram 17:49hs... bar do Pescador... acho que era esse o nome do bar!!!! Estava protegido. Passam 5 minutos e desaba um mundo de água e chove muito!!! Por dentro eu era só agradecimento!!!! Cheguei em Redenção... apesar de todos os percalços, de toda a dificuldade, de todos os medos!!!! E cheguei antes da chuva!!!! Não tomei uma gota de chuva na cabeça!!! Apesar da minha falta de fé e minha racionalidade, o místico dentro de mim aflorava em emoções diversas e vários sentimentos e percepções e intuições e a experiência do sagrado se fazendo presente em minha vida!!! Epifanias podem ser forjadas no nosso sistema nervoso e a fisiologia até pode explicar o conjunto de sentimentos e emoções que experimentamos nessas experiências. Minha racionalidade aponta constantemente nessa direção, explicando a origem bioquímica dos meus sentimentos. No entanto, essas epifanias são tão esclarecedoras e reveladoras que me permitem a experiência do sagrado, do encontro com o “divino”, e isso é tão pessoal, tão particular, tão íntimo, que me maravilho diante do fenômeno “vida” e da natureza da vida e de como esse corpo que ocupo e minha mente atuam. Novamente me perco em minhas reminiscências durante a produção desse texto!!!! Vou voltar a contar sobre a viagem em si e parar de falar sobre minhas reflexões e experiências de êxtase “religioso”!!! Como é difícil dissociar o racional do emocional!!! O quanto que a realidade sacralizada transcende a dimensão do material e corpóreo!!!! Como essas experiências são minhas e apenas minhas!!! Já tinha decidido que não dormiria em São Luiz do Paraitinga... primeira mudança de planos!!! Ia dormir em Redenção da Serra. Até porque, estava chovendo pra caramba e tinha mais 36Km até São Luiz do Paraitinga (pelo asfalto). Amaina a chuva, eram 18:12hs, saio do bar do Pescador e pedalo até o trevo, onde acho uma pousada simples pra passar a noite em Redenção da Serra. Pousada Paraíso (fone 12-36761221). R$50,00, um bom banho quente, uma cama, uma tv... caramba, essa sensação de ter chego a um lugar e de estar novamente em uma situação de conforto depois de um dia inteiro de pedal é muito boa!!! Na pousada conheci Marlene, proprietária, que foi uma pessoa muito legal comigo. Uma excelente anfitriã. Na realidade eu já sabia da pousada por indicação de Fábio, que é um colega de trabalho cuja família é de Redenção da Serra. Achei engraçado que quando comentei sobre Fábio com Marlene ela disse que o conhecia, mas que não lembrava do nome dele, então ela se referia a ele apenas como “o marido de Simone”!!! Quando voltei a encontrar com Fábio comentei com ele que, em Redenção, ele é “o marido de Simone” e não o Fábio, rsrsrsrsrsrsrs. Na pousada ainda tinha um grupo de ciclistas (acho que eram 3 caras) que estavam fazendo a “Rota da Luz” (www.rotadaluzsp.com.br). Os caras estavam em bikes de aro 29 e sem alforje. Pedal diferente do meu. Achei muito legal encontrar outros ciclistas fazendo outra cicloviagem... o mundo está mudando mesmo e muitas pessoas fazem essas atividades de cicloturismo hoje em dia. Imagino o dia em que todas as rodovias terão ciclovias paralelas onde trafegarão lado a lado todos os tipos de veículos. Comi um X-bacon-salada num carrinho de lanche que fica na praça central da cidade (R$10,00), voltei pra pousada e desmaiei. Dia 27/12/2017 acordei 6:00hs. Já não me sentia enjoado. Tinha tomado muito líquido (sucos e água) e estava me sentindo bem melhor. Antes do café da manhã fui no mercado, que fica na rua de cima da pousada (acho que chama mercado São Judas Tadeu, mas não tenho certeza), e comprei pilhas pro GPS. Lá “colou” em mim um “senhorzinho” que começou a me pedir um $$. Achei o “tiozinho” bem comédia, um “figuraça” e dei uns trocadinhos que tinha na carteira, mas o cara continuou me pedindo mais dinheiro até que a mulher do mercado deu uma bronca no “Zezão” (esse era o nome do “tiozinho”) dizendo pra ele não me encher. Achei a cena engraçada, mas fiquei imaginando que o Zezão deve ficar pedindo dinheiro pra todos os clientes do mercadinho. Dei risada sozinho!!! Dias depois, comentei a cena e o fato com o Fábio e fiquei sabendo que o Zezão é o único “mendigo” de Redenção da Serra (demos muita risada juntos), e que o Zezão tem realmente problemas psiquiátricos (lógico), e que a mania que ele tem é ficar pedindo dinheiro pra todos os que aparecem na cidade. Assim, o Zezão é uma figura carismática, que representa um daqueles casos em que o povo da cidade acolheu o cara e criou um mito, ao se apiedar do ser humano pela sua inocência, e reproduz suas histórias e faz com que elas sejam contadas com todo o humor. Segundo Fábio isso inclusive rendeu uma marchinha de carnaval na cidade, que inclusive tem um bloco de carnaval chamado “Bloco do Zezão”!! No final das contas, Zezão é uma figura pitoresca, assim como a própria cidade de Redenção. Talvez seja o munícipe mais famoso da cidade hoje, kkkkkkkkkkkkk. Acho que ele é mais conhecido que o prefeito, kkkkk. Continuando a minha cicloviagem, tomei meu café da manhã na pousada e dei uma “enrolada” batendo papo com a Dona Marlene e com outras pessoas da pousada. A bicicleta e as cicloviagens são elementos que criam empatia nas pessoas e elas gostam de conversar, ouvir as nossas histórias, compartilhar a “vida” e isso permite bom contato com as pessoas. É no “outro” que me “percebo” como ser humano e isso é bom. Resultado, acabei saindo quase 9:00hs da manhã em viagem. Agora eu tinha que escolher entre dois caminhos a seguir até São Luiz do Paraitinga... um pelo asfalto e outro por estradas de terra. Em função do horário decidi seguir pelo asfalto, até porque eu sabia que teria muito morro pra enfrentar a tarde e eu quis dar uma adiantada na viagem. O caminho pelo asfalto encerrava 41Km até a entrada da estrada da Catuçaba. Pelas estradas de terra eram só 35Km (6Km a menos), mas pedalar na terra é sempre mais lento que no asfalto e o caminho pelo asfalto eu conhecia... resolvi não arriscar... Os primeiros 16km segui na Rodovia Major Gabriel Ortiz Monteiro até chegar na Rodovia Oswaldo Cruz. Uma hora certinho de deslocamento. Único incidente foi uma picada de vespa no ombro.... caracas... doeu pacas!!! Na Rodovia Oswaldo Cruz percorri mais 25Km até a entrada da estrada da Catuçaba em São Luiz do Paraitinga. Fiz esse trajeto (25Km) em exatamente duas horas, sendo que fiquei 15 minutos parado e pedalei por 1:45hs. Mais de 14 km/h de média horária. Ao contrário do dia anterior eu estava me sentindo bem, bastante “inteiro”. Ainda tinham mais de 50Km pra percorrer até Ubatuba e eu já tinha pedalado mais de 40Km em 3 horas. Mas já era meio dia e o sol ora aparecia e ora se escondia atrás das nuvens e criava um mormaço forte, mas não tinha chuva. Catuçaba é um bairro da zona rural de São Luiz do Paraitinga. A estrada da Catuçaba é asfaltada, mas quase não tem trânsito. Logo no início da estrada da Catuçaba vi um rapaz, parei pra perguntar sobre o caminho, as condições da via, distâncias, enfim, informações que são úteis a um viajante. O cara só faltou falar pra mim que eu estava “fudid**” kkkkk. Disse que a estrada estava toda esburacada, que a distância era enorme, que era muito melhor ir pelo asfalto da Rodovia Oswaldo Cruz... kkkkk... Dei risada e segui viagem... todas as informações do cara estavam erradas... a estrada estava em excelentes condições (inclusive com as chuvas), as distâncias a serem percorridas estavam todas dentro do programado e com certeza foi muito melhor ir por dentro do PESM, seja pela beleza da estrada, seja pelo tráfego quase inexistente de automóveis o que deixa a viagem com muito mais segurança. Seguindo a viagem... Percorri 11Km na estrada da Catuçaba em 45 minutos e cheguei na estrada de terra que adentra e atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Agora eu sabia que iria enfrentar mais morros até chegar ao Núcleo Santa Virgínia e sairia bem próximo da serra de Ubatuba na Rodovia Oswaldo Cruz, mas tinha que vencer mais 22Km. Logo no início da estrada que adentra o PESM (±2Km) pedi água na casa de um cara muito gente boa chamado José, mas o apelido dele é “Zé baiano” (a casa dele fica na coordenada UTM 23K – E-477670/S-7.426.000). Enchi meus reservatórios de água geladinha e comecei a subir morro!!! Faltavam 20Km pra retornar ao asfalto na Rodovia Oswaldo Cruz. Sugiro a todos que forem fazer essa viagem que parem pra pedir água na casa do zé baiano, não só por ele ser muito gente boa, mas porque ele vai te dar água gelada e vai te dar informações corretas sobre o caminho. 7Km de subidas de morro, venci 350m de altitude em 1:30hs de pedal. Média de 5Km/h, mas só subindo morro, atingi a cota 1097m de altitude (ponto culminante de toda a viagem). Já eram 15:00hs. Depois dessa subida são 13Km de estrada de terra com muitas subidas e descidas alternadas, até chegar na Rodovia Oswaldo Cruz. Mas a estrada estava muito boa e nesse trecho as variações altimétricas não são tão grandes, então consegui desenvolver uma boa velocidade até chegar nos escritórios da administração do PESM no Núcleo Sta. Virgínia, onde pedi água. A chuva estava rodeando e faltava apenas 3Km pra chegar no asfalto. Saí do Núcleo Sta. Virgínia e caiu uma forte chuva no lombo. Até esse momento da viagem ainda não havia tomado chuva. Reduzi bastante minha velocidade e segui devagarinho. Foi um momento difícil suportar a chuva... eu não estava muito preparado psicologicamente pra tomar a chuva. A forte chuva que caiu durou 15 minutos e amainou e o mormaço esquentou novamente. Cheguei na Rodovia Oswaldo Cruz às 16:20hs com quase 74Km pedalados em 7:20hs. Eu estava muito feliz de ter conseguido chegar. Agora eu já estava em Ubatuba. Na cumeada da serra dei uma pequena parada, ajeitei minhas coisas no alforje, verifiquei o que tinha molhado com a chuva e comecei a descida. Tudo certo. Todas as sacolas dentro do alforje estavam molhadas, mas todas as minhas roupas e equipamentos estavam secos (tudo enrolado em sacos plásticos de supermercado, kkkkkkk, pra que saco estanque??) A descida da serra de Ubatuba é muito legal, mas exige concentração e atenção redobrada. Existem riscos, ainda mais com a pista molhada pela chuva. De qualquer forma, o trânsito intenso me protegia, pois os automóveis andam devagar na serra e os carros atrás de mim me protegiam, pois os motoristas acabam respeitando o ciclista no trecho de serra e dão um certo recuo. No finalzinho da serra eu estava atrás de um carro e acabei passando por cima de algumas calotas que ficam caídas ao longo de quase toda a serra e o resultado é que o pneu dianteiro da bike furou. Na realidade a câmara de ar rasgou mesmo e tive que por uma nova (aquela câmara do começo do texto)... ainda bem que eu estava bem equipado e tinha uma câmara reserva e bomba de ar e tudo o mais que era necessário pra eu fazer o conserto do pneu. Eu estava feliz, apesar da chuva que caía. Em 15 minutos troquei a câmara arrumei o pneu, dei graças a Deus de não ter sido o pneu traseiro pois daria muito mais trabalho. Terminei a descida da serra e peguei pesado no pedal até a casa de minha mãe, onde cheguei exatamente às 18:02hs. 9 horas de viagem, contabilizando inclusive os momentos parado, quase 93Km pedalados. Eu era só felicidade nesse momento. Tomei um banho quente, me alimentei e dormi muito. Nos dias seguintes muita chuva, mas pedalei mais um pouco. Fui até o Rio Escuro pegar meus filhos, fui ver meus amigos Carlinhos e Pedro Paulo no morro da pedreira e acabei revendo o “Joca”, foi muito legal... enfim, curti a minha bicicleta nos meus passeios pela cidade de Ubatuba. Essa é a história dessa cicloviagem de final de ano. Espero que quem ler esse relato curta a história. Abraço a todos A CICLOVIAGEM DE FINAL DE ANO-2017-2018.pdf
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