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Estivemos em Lares para fazer um trekking de aclimatação de 3 dias, de 26 a 28/05/2015, uma preparação para o Circuito de Ausangate que faríamos logo em seguida. Fomos em quatro, eu (BA), Luciano (SP), Fábio e Andrea (DF).

 

No caminho de Cusco para Lares passamos por lugares espetaculares. Parte do trajeto foi pelo Vale Sagrado. Em Pisaq cruzamos o rio Urubamba. Pouco adiante passamos pela vila de Calca. Avistamos um tambo, sítio arqueológico, onde os incas armazenavam grãos. Antes do Abra Lares (passo Lares, de 4.461 metros) seguimos por uma estrada muito sinuosa e bonita. Definitivamente motorista bêbado não se cria no Peru. Teve gente na van que ficou mareada com tantas curvas.

 

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Pegamos um engarrafamento provocado por ovelhas e alpacas, conduzidas por pastoras indígenas (o termo “cholas” é considerado por muitos como depreciativo), pouco depois do passo.

 

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Chegamos a pequena vila de Lares, mais conhecida por suas águas termais. Decidimos não tomar um banho termal porque iríamos começar uma trilha muito relaxados. Ia dar moleza e atrasar. O arrieiro e o guia Cirilo distribuíram a carga entre os cavalos e seguimos debaixo de chuva leve. O caminho do 1º dia é basicamente por uma estrada rural onde observávamos os sítios dos campesinos. Uma ascensão suave.

 

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Lanchamos a beira de um rio. Pouco depois começamos uma subida mais puxada, eu ofegante. Passamos então para um platô elevado onde, após uma curva, se descortinava o pequeno vilarejo de Huacahuasi, 3.800 m, local do nosso primeiro acampamento. Levamos cerca de 4 a 5 horas. Povoado pobre. Mas havia perto um hotel da rede Mountain Lodges of Peru, hotel de luxo para quem aprecia montanhas com mordomias.

 

Uma pequena, velha e alquebrada igreja colonial de adobe chamava a atenção por sua beleza decadente.

 

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Ficamos nos fundos de uma pequena casa, no quintal, onde montamos nossas tendas (levamos nossas próprias barracas e comida). As indígenas se sentavam sem cerimônia ao lado das barracas, abriam suas mantas e vendiam artesanato têxtil. O papel de compradora ficava com Andrea, nomeada compulsoriamente a assistente social do grupo. Ela brincou muito com as crianças.

 

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Fizemos a janta na barraca refeitório e fomos dormir cedo.

 

No dia seguinte amanheceu frio. Por volta das seis horas já estávamos acordados. Partimos após o café, desarme das barracas, arrumação das mochilas e dos duffels. Mal saímos do vilarejo e já começamos a subir rumo ao Abra Ipsaycocha. Bela vista do vale que ficava cada vez mais lá embaixo. Uma sucessão de casinhas e cercas de pedra que dividiam os pastos.

 

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A subida arrefeceu num pequeno platô onde haviam algumas casas. Descansamos um pouco e logo partimos. Mais adiante uma parada técnica para necessidades. Um companheiro se afastou muito da trilha, andando bastante, para fazer o nº 2 com privacidade. Só que podíamos vê-lo de onde estávamos, o que foi motivo de boas risadas.

 

Na direção E-SE se destacava o pico do nevado Sirihuani com 5.359 m.

 

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Chegamos no Abra Ipsaycocha, de 4.350 m. Fotos e apertos de mão no que seria o primeiro passo desta viagem. Descemos e, em cerca de 40 minutos, chegamos a bonita laguna Ipsaycocha onde decidimos almoçar. Comemos e deitamos para descansar e curtir o pouco sol que havia. A água do lago estava gelada. Não tive coragem de me banhar e ganhar uma cerveja Cusqueña que me ofereceram se caísse na água. Na foto abaixo o guia Cirilo veste um traje típico dos campesinos da região.

 

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Começamos uma longa descida rumo a Patachanca, 3.700 m, outro vilarejo que seria nosso segundo pernoite. Belas vistas do vale a nossa direita.

 

Pouco depois de armadas as tendas e jantarmos, resolvemos sair para tomar uma cerveja. Quem disse que tinha algo aberto depois das 7 – 8 horas da noite?

 

Ao menos tomei uma ducha gelada. Apesar do chuveiro elétrico ligado ele não conseguia aquecer a água. A noite foi estrelada e fria. De manhã uma fina camada de gelo recobria as barracas.

 

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Como no 3º dia a trilha na verdade seria através de uma estrada poeirenta, com tráfego de veículos, preferimos fretar uma van até Ollantaytambo, onde facilmente pegaríamos outra van para Cusco. A estrada seguia por um vale estreito e bonito, mas andar pela estrada tiraria a essência do trekking.

 

Em Ollantaytambo, onde normalmente as pessoas pegam um trem para Machu Picchu, bebemos umas cervejas e comemos tira gostos enquanto aguardávamos as vans. A van custou apenas 10 soles para Cusco. É incrível como táxi e transporte são baratos no Peru. Aqui no Brasil seriam5 vezes mais caro.

 

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Este é um pequeno trekking legal que sugiro para quem deseja fazer aclimatação antes de começar algo mais pesado ou dispõe de poucos dias. Lares permite 3 ou mais roteiros alternativos, a depender do nº de dias de que você disponha e do que deseja ver.

 

O relato de Ausangate vem em seguida, mas redigido pelo amigo Renato, que foi quem sugeriu e promoveu o trekking maravilhoso que fizemos ao redor daquela montanha.

 

Abs!

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