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Travessia dos Lençóis Maranhenses sem guia - Junho/18


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Resolvi que visitaria os lençóis maranhenses em junho de 2018. Consegui achar um amigo pra ir comigo e como já tinha conhecido a Chapada Diamantina sem guia, decidimos por ir sem guia, usar o app Wikiloc e ter mais liberdade. E sim, o app e o GPS do celular funcionam mesmo onde não há sinal do celular.

Li alguns relatos e vi que era possível chegar lá sem reservas.

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Pontos importantes dos Lençóis

 

A primeira etapa da viagem pra maioria das pessoas é sair de São Luís e chegar aos Lençóis. Chegamos no aeroporto por volta das 15h de uma quarta feira e foi fácil encontrar vaga numa van pra Barreirinhas. Custou 60 reais com a FrankTur. Pelo que entendi, as vans costumam sair de madrugada, de manhã e pelo fim da tarde. Dá pra agendar antes também.

Tivemos um pequeno imprevisto com a van até Barreirinhas e chegamos por volta das 22h na cidade. Pra minha surpresa, foi difícil achar vaga em hostels da cidade. Alguns estavam cheios ou fechados, pois não possuem recepção 24h. Ficamos numa pousada simples, perto da margem do Rio Preguiça. 80 reais por um quarto com uma cama de solteiro e uma cama de casal, ar condicionado e café da manhã incluso. Chuveiro frio. O nome da pousada é Lagoa Azul e não encontrei site dela, mas recomendo e essa é a localização aproximada no Google Maps.

Em Barreirinhas ainda conseguia um fraco sinal de internet pela TIM.

No dia seguinte, o plano era chegar até Atins de barco e de lá seguir para Canto dos Atins a pé. Na travessia, dormiríamos nos dois oásis existentes dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O primeiro deles é chamado de Baixa Grande e o segundo é dividido entre a Queimada dos Britos, mais ao norte e a Queimada dos Paulos, mais ao sul.

 

PRIMEIRO DIA - De Barreirinhas até Canto dos Atins (Barco + 6km de caminhada)

Pensamos em pegar o barco de linha, mais barato e mais demorado mas acabamos por pegar o passeio de voadeira, que para em Caburé e Mandacaru. É só pedir na agência para te levarem até Atins, pois a maioria das pessoas vai só até Caburé e volta. O passeio custa 60 reais por pessoa. A primeira parada é nos chamados Pequenos Lençóis, onde há uns macaquinhos e avista-se as primeiras dunas e lagoas. Notem como a água destas lagoas é suja comparada às lagoas dos Lençóis.

 

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A primeira lagoa avistada

O passeio tem ainda paradas em Vassouras, onde há um farol, e Caburé, para o almoço.

As pousadas de Atins buscam os hóspedes no desembarque dos barcos. Como não tínhamos pousada, seguimos a pé até Canto dos Atins, para o restaurante da Dona Luzia. São 6km até lá, fizemos a maior parte do caminho na beira do rio/mar, seguindo este tracklog. O restaurante da Dona Luzia, além de servir os famosos camarões, oferece estadia pra quem vai fazer a travessia. Há alguns quartos e também muitas redes. Liguei um dia antes para confirmar que haveria vaga (98 987097661). Na Dona Luzia já não consegui mais sinal de celular, porém disseram que tem sinal de Vivo nas proximidades. Os preços da Luzia são 35 reais para dormir em rede, 40 para dormir em cama, 40 reais os camarões e 5 reais o refrigerante. Há energia elétrica para carregar baterias e até uma televisão. O banho é ao ar livre e frio e não há iluminação no chuveiro, por isso leve sua lanterna. Dona Luzia nos perguntou o horário que sairíamos para nos servir o café da manhã. Às 3h  da manhã, comemos pães, queijo, leite, café e algumas frutas. Seguimos então para Baixa Grande.

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Dona Luzia durante a noite

 

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Algumas lagoas precisavam ser atravessadas

 

SEGUNDO DIA - De Canto dos Atins até Baixa Grande (26km de caminhada)

Eu havia baixado no Wikiloc o mapa do Maranhão e algumas trilhas dos Lençóis. Usamos na travessia toda este tracklog e ele foi sensacional. Nas poucas vezes que nos desviamos do caminho, nos arrependemos. Recomendo mais até do que o meu tracklog da travessia.

O primeiro trecho de caminhada é na beira da praia e as vistas não empolgam. Algumas pessoas optam por fazer essa parte de carro e começar apenas nas dunas, poupando cerca de três horas de caminhada. Chegamos em Baixa Grande por volta de 10h da manhã. A primeira casa é a de Dona Dete e foi nela que pernoitamos. A casa de Dona Loza fica um pouco mais a frente e nem chegamos até lá. Na Dona Dete almoçamos galinha caipira e jantamos omelete. O pernoite é em redes e a noite eles ligam um gerador por algumas horas, é o tempo disponível pra carregar as baterias. Em Baixa Grande dá pra nadar no Rio Negro e curtir o pôr do sol nas dunas. Em uma duna mais alta, indicada pelos moradores, consegui sinal da TIM e da Oi, mas só a Oi completou a chamada. Nada de sinal de internet. Os preços dentro dos Lençóis parecem ser sempre os mesmos: 35 reais por cada refeição e 35 pelo pernoite em rede, já com café da manhã incluso, desta forma, gastamos R$ 105 na maioria dos dias.

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A casa da Dona Dete

TERCEIRO DIA - De Baixa Grande até Queimada dos Paulos (12km)

No dia seguinte, o marido da Dona Dete nos serviu o café da manhã, com biscoitos, leite e um ovo frito pra cada. Saímos às 4h30 e chegamos na Queimada dos Britos por volta de 10h. A primeira casa é a do Seu Raimundo. Aparentemente a única casa com televisão dentro dos Lençóis. Seguimos por mais uns 30 minutos até a Queimada dos Paulos, que fica no mesmo oásis mas mais próxima de Santo Amaro e de Betânia. A última casa é a do seu Biziquinho e foi lá que ficamos.

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Queimada dos Britos, alagada nessa época do ano

A propriedade do seu Biziquinho me pareceu a mais bonita das que vimos na travessia. A comida preparada pela esposa dele também estava muito boa. Pra carregar baterias, há uma entrada USB disponível o tempo todo, que fica ligada em baterias alimentadas por placas solares. Bem perto da casa há uma duna muito boa pra ver o pôr do sol e uma grande lagoa bem rasa. Seu Biziquinho também trabalha como guia e agenda passeios em sua página do Facebook.

 

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A casa do Seu Biziquinho

 

QUARTO DIA - De Queimada dos Paulos até Santo Amaro, passando por Betânia (25km)

Seu Biziquinho serviu o café da manhã às 3h e seguimos caminhada rumo à Betânia. Nesse dia em especial fomos ‘atacados’ algumas vezes por alguns pássaros. Na realidade, eles só passavam perto de nós e não ofereceram perigo. Caso estejam incomodando, levantar os braços faz com que eles ‘abortem’ o mergulho.

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Céu fotografado no quintal da casa do Seu Biziquinho

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Algumas das lagoas mais bonitas

Às 7h chegamos na lagoa marcada no tracklog como “Lagoa linda para banho (presente)” e acredito que foi a lagoa mais bonita que vimos na travessia. Não muito tempo depois chegamos em Betânia. É preciso atravessar um rio para chegar no povoado, um guia nos disse pra gritar até que algum morador nos levasse de barco e foi o que fizemos. Após alguns minutos um rapaz apareceu e nos ajudou, sem cobrar nada.

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Rio que deve ser atravessado de barco em Betânia

Em Betânia almoçamos e descansamos. A ideia inicial era dormir lá e chegar em Santo Amaro no dia seguinte. Como já tínhamos visto lagoas o suficiente, resolvemos fazer o último trecho quando o sol baixasse e economizar um dia. Fomos junto com alguns rapazes que trabalham em Betânia e nesse ponto não seguimos o tracklog. A vantagem foi que atravessamos o rio novamente mas numa parte em que ele é raso e não precisamos de barco. No meio do caminho aceitamos uma carona e assim chegamos em Santo Amaro.

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Atravessando o rio na parte rasa

 

Chegando em Santo Amaro, paramos na Sorveteria Quero Quero. Perguntamos sobre hospedagem na cidade ao Célio, dono da sorveteria e ele nos disse que a opção mais barata seria ficar na casa de um amigo dele, o seu Manoel. Seu Manoel mora sozinho e aluga um quarto com uma cama de casal por 50 reais a diária. A casa é simples, o banho é frio e há um ventilador potente para espantar os inúmeros mosquitos que aparecem no quarto durante a noite. Seu Manoel foi muito simpático e pelo preço camarada, valeu muito a pena. Caso a sorveteria esteja fechada, a casa fica atrás da Cozinha Comunitária de Santo Amaro e seu Manoel disse ser conhecido na cidade como seu Manoel Mãozinha, por conta de um acidente que sofreu.

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Casa do Seu Manoel

Em Santo Amaro há finalmente sinal de 3G, fraco, da Oi. Disseram que a Vivo também funciona na cidade. As coisas em Santo Amaro são caras, pela dificuldade de transporte até lá. Um X bacon no trailer da praça custou R$12,00.

 

VOLTA PARA SÃO LUÍS

No dia seguinte, tomamos café na Pousada Paraíso. 15 reais pra comer a vontade, com boa variedade de sucos, pães, ovo mexido e frios. Tem wifi também.

Combinamos a volta para São Luís de van com a MiroTur. A saída seria às 13h e eles buscam onde você está hospedado. Atrasaram e nos buscaram numa Toyota Bandeirante, ainda passamos um bom tempo buscando passageiros por Santo Amaro. Há uma estrada asfaltada até Santo Amaro, mas a ponte que deveria ligar a cidade à estrada ainda não está pronta. Atravessamos o rio na caminhonete e passamos para a van. Chegando em São Luís nos colocaram em outro carro e fomos levados até o nosso hotel. O mais barato que encontramos foi o Soft Win. O hotel é novo e tem um bom custo x benefício.

 

ALGUMAS DICAS

Notamos que os guias tentavam se cobrir ao máximo do sol. Usavam camisetas brancas de manga comprida e um deles disse usar até luvas. Fizemos a maior parte da caminhada descalços, mas em alguns momentos a areia é tão dura que meus pés doíam e eu preferi o tênis. O problema é que é comum atravessar lagoas e ficar tirando e colocando o tênis gasta um tempo. Acredito que o ideal seja usar aquelas sapatilhas de mergulho.

No sentido Atins-Santo Amaro, caminha-se sempre a favor do vento e pela manhã o sol está atrás de você, por isso é mais comum a travessia nesse sentido.

Antes da viagem eu baixei várias trilhas e deixei salvas no wikiloc. Também baixei alguns relatos pra ter como fonte de consulta durante a caminhada. Levei também um Powerbank pra garantir que não ficaria sem bateria.

Achei que a travessia fosse mais cansativa, no fim das contas o que mais incomodou foi andar descalço em areia dura. Nossas mochilas estavam bem leves. Carregamos pouca comida (bananas, alguns biscoitos e chocolate) e uma garrafa de 1,5L de água pra cada. A partir do segundo dia levávamos a garrafa meio vazia, pois percebemos que era suficiente. Roupas de frio são completamente dispensáveis. Como venta muito o tempo todo, é bem viável usar apenas duas mudas de roupa pra travessia toda (uma pra andar e outra pra dormir). Chegando nas casas, você lava e logo seca.

Deixo abaixo alguns dos relatos que me ajudaram e recomendo deixar alguns deles baixados no celular, pra poder consultar durante a travessia.

https://umaviagempelasmontanhas.wordpress.com/2016/06/05/travessia-do-parque-nacional-dos-lencois-maranhenses/

https://www.destinodeviagem.com.br/travessia-a-pe-doa-lencois-maranhenses/

https://www.embarquepromundo.com.br/lencois-maranhenses-a-travessia/

https://aventurebox.com/brunafavaro/travessia-dos-lencois-maranhenses/report

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  • 10 meses depois...
  • 4 semanas depois...
  • Membros

Excelente relato e experiência! Estou querendo fazer essa travessia neste mês. Quero fazer sem guia seguindo o tracklog que vc sugeriu, mas estou com receio por estar viajando sozinho e não tenho experiência com o wikiloc. Acha que consigo encontrar gente no caminho (ou ainda em Canto do Atins) e me juntar a eles? Vale a pena passar duas noites nessas paradas e aproveitar as lagoas ao redor? Se sim, onde sugeriria? Tenho 6 dias para a travessia. inté

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@Jaumz @Jaumz @Jaumz@Jaumz@Jaumz@Jaumz encontrar gente muito provavelmente vc vai, mas devem estar em grupos já com guia. O pessoal da região não gosta muito de quem vai sem guia e tenta fazer sua cabeça pra contratar um, pq é fonte de renda pra eles. Como eu estava sem guia, evitava andar por muito tempo logo atrás desses grupos pra não parecer que estava seguindo o guia deles. Sobre parar pra aproveitar lagoas, é algo bem pessoal. No quarto dia eu já estava satisfeito com as lagoas que visitei. Apesar de lindas, era só isso que eu fazia o dia inteiro. Mas se fosse pra parar, ficaria no seu biziquinho ou em Betânia. Os locais têm as melhores estruturas dos lençóis (Betânia melhor que seu biziquinho) e boas lagoas pra acessar por caminhada. Sobre o wikiloc, sugiro vc treinar com uma trilha da sua região pra ver como é, eu acho bem simples seguir o app. Mas não recomendaria a ninguém uma travessia dessas sozinho 

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@rafael.celeste Valeu, meu caro! Não é minha intenção fazer a trilha sozinho, mas tb não é deixar de fazê-la por não encontrar ninguém. Se surgir um grupo com roteiro parecido, vou junto. Qto à insatisfação dos locais, li reclamações até da Luzia, com forçação de barra e mudança de humor. Isso é phoda! Vou seguir sua orientação sobre testar o app antes. abrass

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  • 4 semanas depois...
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@Jaumz Olá Jaumz, estou indo agora em Julho e gostaria de fazer essa travessia sozinho também e utilizando o wikiloc, poderia me dizer se você chegou a fazer e se foi tranquilo sozinho?

@rafael.celeste haviam muitas pessoas na trilha ou nas hospedagens? acha que é possivel ir sozinho para Barreirinhas e Atins sem hospedagem agendada?

 

Obrigado pelas dicas!

 

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15 horas atrás, Pedro_Carvalho disse:

@Jaumz Olá Jaumz, estou indo agora em Julho e gostaria de fazer essa travessia sozinho também e utilizando o wikiloc, poderia me dizer se você chegou a fazer e se foi tranquilo sozinho?

@rafael.celeste haviam muitas pessoas na trilha ou nas hospedagens? acha que é possivel ir sozinho para Barreirinhas e Atins sem hospedagem agendada?

 

Obrigado pelas dicas!

 

Fala Pedro!

Cheguei do Maranhão nesta semana. Foi uma viagem incrível!! Como disse, não deixaria de fazer a trilha por não ter companhia, pois queria mto ver algumas lagoas lindas e isoladas dentro do parque.

A realidade foi que não havia ninguém em Canto do Atins - absolutamente ninguém! Sair às 4 da madrugada e caminhar rumo ao desconhecido foi foda. Mesmo assim eu fui! Não fiz todo o trecho caminhando. Acabei pegando carona com o Sr. Biziquinho, que encontrei numa choupana enquanto esperava a chuva passar, até sua casa em Queimada dos Paulos. Fiquei duas noites no seu redário e recomendo muito!

Fiz somente o trecho Queimada-Betânia e, novamente, sozinho (além do trecho inicial à beira da praia). Impressionante que, em plena alta temporada, não tenha encontrado ninguém.

Eu tinha só o celular com rotas do wikiloc, mas confiei d+ e havia o risco de ter problemas com o aparelho e ele me deixar na mão. Isso não ocorreu, mas é bom se precaver, pois, por mais que tenhamos o mínimo de orientação, o deserto nos deixa meio desnorteados em determinado momento.

Curti mto a trilha, mas bem menos do que esperava. O fato de termos de caminhar à noite e não curtir o cenário, o sol que arde depois das 9h e a completa falta de sombras durante todo o percurso não me permitiram aproveitar a trilha em sua plenitude.

Passei duas noites em Betânia e, aí sim, pude conhecer várias lagoas próximas e nos horários que eu queria! Foi show!

Quanto à hospedagem, há muitas opções nesses dois lugares. Porém, para não correr o risco de pagar mais caro, a reserva antecipada é recomendada.

inté,

jaumz

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Em Barreirinhas, fiquei uma noite no Aquarela Hostel (localização péssima, mas com ar condicionado): 46,75

Em Canto do Atins, redário do Sr. Antônio (ao lado das dunas e lagoas, no início da trilha, mas redes não mto limpas): 35,00

Em Queimada dos Paulos, redário do Sr. Biziquinho (redes e lençol limpos, comida boa e simpatia, 40min de caminhada para a lagoa mais linda do parque): 40,00

Em Betânia, redário da D. Chagas (comida excelente, simpatia e atenção, redário bom e ao lado das lagoas): 35,00

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  • 11 meses depois...
  • Membros

Muito boa descrição da travessia a pé do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Neste momento de pandemia de Covid19 não se deve entrar na UNIDADE DE CONSERVAÇÃO principalmente na ZONA PRIMITIVA. O turismo no Parque nacional é permitido somente com registro de entrada na unidade na sede da administração em Barreirinhas. 

Esta recomendação é muito importante para garantir a segurança das comunidades vulneráveis ao covid19, existem muitos anciões nas comunidades. Alem disso é necessário o pagamento do Voucher do serviço de transporte até a unidade. Qualquer entrada sem estas formalidades é considerada como clandestina infringindo o código de segurança sanitária e o regulamento da Unidade de Conservação.

Ao planejar sua aventura no Parque Nacional de forma sustentável e legal sugiro se informar no site oficial da Unidade de Conservação https://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/

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Espero que compreendam a importância destas boas praticas para o turismo de aventura na região.

Alexandre Ugarte

Condutor ambiental credenciado PARNA-LM

 

 

 

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