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Leste Europeu III – Kosovo, Macedônia, Bulgária


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Estivemos outras duas vezes pelo Leste Europeu. Os relatos podem ser vistos nos links abaixo:

De Helsinque a Lubljana
Leste Europeu II - Romênia, Sérvia e Bósnia

A escolha dos três países foi circunstancial. Eram países que ainda não conhecíamos. Nos arredores da região também estavam na lista Montenegro, Albânia e a costa croata, que acabaram excluídos por questões logísticas. Encontramos passagens promocionais pela Norwegian para Londres, e aqueles saudáveis preços baixos com as low cost locais para o Leste. Ideia inicial era começar em Dubrovnik, mas acabei gostando mais da logística que prevaleceu.

Foram duas semanas de férias, partindo num sábado e voltando num domingo. 

Cidades e países
Pristina, Prziren (Kosovo)
Ohrid, Skopje (Macedônia)
Sofia, Veliko Tarnovo, Plovdiv (Bulgária)
Além disso, passamos um dia inteiro em Londres na volta. 

Gastos
Menos de 50 euros/dia por pessoa no Leste. Exclusive passagens aéreas somente. Incluindo algumas esbanjadas nas jantas (nos permitimos, sobretudo pq não almoçamos).
Em Londres, mais de 100 euros/dia por pessoa. Londres é cara demais.

Hospedagens
Nome – Onde - $$ dia    
Ibis budget Luton - Londres – 35 GBP
Sleep Inn Prishtina   - Pristina - 21,25 EUR
Guesthouse Hotel My Home - Prziren – 23 EUR
Ivanoski Studios and Guest Rooms - Ohrid – 23 EUR
Hotel Old Konak - Skopje – 28 EUR
Rooms43 - Sofia – 51 BGN
Hostel Pashov - Veliko Tarnovo - 35,7 BGN
Gramophone Hostel - Plovdiv – 50 BGN
ibis budget London Whitechapel - Londres - 80,75 GBP

Passagens
Rio – Londres – Rio (Norwegian) = 2,8 KBRL cada
Londres – Pristina (Wizz) = 51 USD cada
Plovdiv – Londres (Ryanair) = 78 EUR cada

Em todos os voos apenas compramos o assento, além da passagem. Dispensamos refeições e não despachamos bagagem, viajamos com mochila de mão.

Os ônibus internos custavam em média 10 euros por cabeça, salvo engano. Não anotei cada um. Exceto de Skopje para Sofia que, salvo engano, custaram quase o dobro. 


Relato
Chapei de sono durante quase todo o voo da Norwegian. Galera reclama de ser tudo cobrado e de ter poucas opções de entretenimento. Na boa, eles avisam que é *tudo* cobrado. Inclusive água. Não tem travesseiro, cobertor, essas coisas. E nem me fez falta. Compramos água no aeroporto e foi tudo numa boa. Viva a Norwegian (enquanto mantiver esses bons preços)!

 

Dia 1 - Londres
Nosso dia 1 resumiu-se a chegar em Londres no Gatwick e pegar um trem até Luton, onde dormiríamos perto do aeroporto para no dia seguinte seguir viagem para Pristina, Kosovo. Houve algum contratempo com o trem, parece que houve um acidente na linha que pegaríamos. Sem galho, fomos redirecionados a outra e seguimos viagem. Como o vôo chega às 16hs em Londres, chegamos a Luton já de noite. Sob chuva. Ainda me meti a tentar ir andando da estação até o Ibis Budget, mas isso revelou-se um erro. Não é área afeita a pedestres. Logo voltamos e identificamos que o ônibus que conecta a estação com o aeroporto para perto dos hotéis, e a ida está inclusa no bilhete de trem. Simples assim. Enfim, ibis budget, janta e dormir. 

 

Dia 2 – Pristina, Kosovo
Acordamos de madrugada 3am e fomos andando para o aeroporto (sempre acho um luxo ir andando para o aeroporto!). Coisa de 15 minutos. Novamente chuvinha, que não deve ter parado desde nossa chegada. Nosso voo partiu às 6 e levou umas 3,5 horas até Pristina.

O Kosovo é o país mais recente da Europa e um dos mais recentes do mundo. Tornou-se independente em 2008, com grande apoio dos EUA. Mas diversos países (Brasil entre eles) ainda não reconhecem a independência. Sobretudo o país de quem o Kosovo se libertou, a Sérvia.  As reverências aos EUA aparecem em algumas homenagens: estátua do Bill Clinton, rua George Bush, estátua da Madeleine Albright. Foi o que vimos. O Kosovo tem forte influência albanesa (é a língua do país), e viveu história semelhante à da Bósnia em relação aos sérvios (isso para simplificar MUITO a coisa). É um país com forte cultura islâmica, com diversas mesquitas. Desde minha ida à Turquia em 2012 que passei a adorar o azham, a chamada para a oração. Adoro toda vez que ouço a chamada pelos minaretes das mesquitas. No Kosovo ouvimos muito.

 

Tempo completamente diferente no Kosovo. Céu azul, aberto. Chegamos, perguntei nas informações sobre preço de taxi para o centro (15 euros fixos), e partimos.  Tinha lido sobre motoristas que tentavam cobrar 20 ou 30. Taxi nos deixou na avenida principal de pedestres, nossa pousada era em algum canto paralelo a ela. Encontramos rapidamente. Não havia comunicação em inglês, mas nos entendíamos. Foi a melhor hospedagem da viagem, tudo novo e ótima localização. Largamos mochilas e saímos para explorar a cidade.

 

 

 

 

Em poucas horas já havíamos percorrido os principais pontos turísticos da pequena capital kosovar. Eu sabia que, para nosso ritmo, um dia seria suficiente. Mas queria evitar de já começar viagem saltando de lugar em lugar, então optamos por esticar nossa estadia em Pristina.

 

 

 

 

Nesse dia demos longos rolês, chegamos até a repetir algumas áreas. Foi bem bacana. Curtimos um ótimo pôr do sol do alto da torre (campanário) ao lado da igreja moderna.

 

 

 

E jantamos no badalado (e muito bom!) Liburnia, com direito a uma taça de vinho muito guerreiro local. Meu prato foi um lamb tradicional, que estava ótimo. Dormimos mais cedo nesse dia.


Dia 3 – Pristina, Kosovo
Dormimos muito, mas merecidamente. No dia anterior estávamos acordados direto desde às 3am de Londres. Dentro do conceito de slow travel desses primeiros dias, fomos tomar café na rua principal e rodar mais pela área. 

Em Pristina vi que os carros estacionam em qualquer canto disponível, tal qual vi na Rússia em 2012. Mas em geral param na faixa para os pedestres. Outra coisa que reparamos foi o cumprimento entre pessoas: são 3 beijos no rosto.

Às 11am fomos fazer o free walking tour, que foi bacana. Bem informativo. Passou pelos lugares que já havíamos visitado antes, ahahaha, mas agora com mais contexto. Era uma 2ª feira, dia de museus fechados. No domingo estivéramos num museu nacional, que achei meio decepcionante. Belo externamente (vale passar para vê-lo de noite também), mas sem muito interessante o que ver dentro.

 

Depois do tour, pegamos um taxi para Gracanica (7eur). Patrimônio Unesco, lugar lindo. Afrescos sensacionais, que não podem ser fotografados. Admiramos muito o lugar. Voltamos de busum. Havia alguma troca no meio do caminho, e não conseguimos nos comunicar em inglês, mas a galera simpática nos ajudou com mímica. Entendemos que era para esperar com eles e seguirmos o mesmo caminho. De busum era beeeem mais em conta, 0,5 eur.

Nesse dia rolaria um jogo importante para o Kosovo contra Montenegro, uma qualificatória para a Eurocopa. Era no estádio local, bem perto de onde estávamos. Mas o guia do walking tour avisou que já estava esgotado (alguém do grupo confirmou que não conseguiu encontrar ingressos), e sugeriu de irmos um local perto do estádio cheio de bares e alguns com telões para a galera assistir. Fomos num de cervas artesanais e curtimos o Kosovo vencer por 2 x 0, com a galera local (ao que me pareceu) celebrando. Bem bacana. No bar vimos diversos vendedores ambulantes entrando para vender coisas (amendoim, cigarros). E vimos pedintes entrando também. Coisas a que não estamos acostumados no Rio.

Jogo acabou tarde, e havia poucos restaurantes ainda abertos. Felizmente caímos num que foi muito bom.

 

 


Dia 4 – Prizren, Kosovo
Acordamos e saímos cedo, fomos andando até a rodoviária. Prizren. Galera orientou a esperar no box 5, que é de onde partem os ônibus para Prizren. Não precisava comprar antes, paga no próprio ônibus. O nosso saiu às 8:20. Nada de cinto de segurança. Nem mesmo p motorista usava, ou tinha. Viagem saiu por 4 euros cada. 

Chegamos em Prizern, e optei por garantir logo nosso busum que sairia às 5 da matina no dia seguinte para Skopje. 10 Euros. Depois fomos andando até o centro histórico para nossa pousada. O cara da pousada falava português, muito simpático. Ele tinha morado em Moçambique. 

 

 

 

 

Prizren é muito charmosa no centrinho histórico. A ponte lembra Mostar, mas beeem menor. Era outro lindo dia. Eu tinha um roteiro de caminhada que percorria os pontos turísticos da cidade, e que esticava por uma trilha mais longa até a fortaleza, que foi o que fizemos. Passamos por igrejas sérvias destruídas pelos albaneses em 2004, e que até hoje estão fechadas para a visitação. Cercadas com arame farpado. Em frente a uma delas, que é patrimônio Unesco, um simpático menino veio falar conosco. Aquela coisa, Brasil, futebol, etc. Ainda o nosso melhor embaixador, o futebol.

 

 

 

A longa trilha é bem bacana, passando por bonitos lugares no caminho. Até o belo visual da Fortaleza. Curtimos bastante. Depois ficamos de relax pela cidade, fazendo café crawl, e depois cerva crawl. Ainda subi novamente a Fortaleza, pela trilha mais rápida, para o pôr do sol. Jantamos, demos nosso rolê noturno, e fomos dormir um pouco mais cedo. Madrugaríamos novamente.

 

Uma coisa que me recordo do Kosovo é que raramente via bebidas (e respectivos preços!) no cardápio. Era meio que na base da confiança, e os preços eram meio que uniformes mesmo.
 

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Dia 5 - Ohrid
Acordei 4:40 e fomos andando para a rodoviária. Ninguém nas ruas. Nem carros. OU melhor, passamos por uma alma viva pelo caminho. Nosso busum das 5:30 partiu certinho. Na rodoviária, pessoas simpáticas nos ajudando com informações sobre qual ônibus pegar. 

As janelas dos ônibus (salvo engano, de todos que pegamos) não abrem. E nessa viagem o motorista fumava! Dentro do ônibus! Relação com cigarro no Leste Europeu nos remonta aos anos 80 ou 90 no Brasil.

Enquanto sol nascia e o ônibus pegava galera pelo caminho eu assistia novamente a “Cinema, Aspirinas e Urubus” no celular. Que filme bacana! Foram quase 3,5 horas até Skopje, de modo que chegamos a tempo de emendar com o busum das 9hs para Ohrid. Depois vimos que outras pessoas que vierem de Prizren no ônibus conosco fizeram a mesma rota. 

A Macedônia do Norte fazia parte da antiga Iugoslávia. Predomina o cirílico. Ganhou independência em meio à debacle iugoslava, nos anos 90. Teve briga com a Grécia pelo nome (por isso ficou “do Norte”). Muito pouco conhecida pelo Brasil no geral.

Outras 3hs depois, chegávamos a Ohrid. Fomos a pé para o centro. Achamos endereço da nossa pousada, que na verdade eram aptos alugados. Tocávamos e nada de atenderem. Já estávamos desistindo quando alguém abriu a porta para deixar o lixo na rua. Era o pai do cara que alugava os aptos. Salvos na hora h. Largamos nossas coisas e partimos para o rolê geral. 

 

 

 

 

Nesse dia não entramos em lugares pagos, só queríamos conhecer e explorar a pé o centro histórico. Assim fizemos. Ohrid é muito bonita, com um lago lindo, e um visual extraordinário da igrejinha sobre o lado – a igreja de São João Teologista (!). É a foto mais famosa de Ohrid, e com muita razão de ser.

 

 

 

Andamos muito, relaxamos muito (pausas aqui e ali, sempre com visual), curtimos muito esse dia. 

 

 

Dia 6 - Ohrid. 
Saímos bem cedo, ainda fazia frio. Fomos conhecer a igrejinha agora com o sol pelas costas, diferente do fim de tarde de ontem, com o sol pela frente. Meus caros, que visual. Que visual! E sem ninguém.

Descolamos um barco para conhecer outra das principais atrações locais: o monastério de São Naum. Havia 2 opções: barco de 10 euros com maior galera, e barco de 20 euros com umas dez cabeças. Fomos no mais patrão (20), também pq ele ainda faria uma parada adicional pelo caminho. 

A trilha sonora do barco, como de toda a Macedônia (turística?) era de músicas lentas dos anos 80. Ouvimos no barco, nos restaurantes, nas ruas. Não sei se era moda, ou se era para turistas. Notamos. E curtimos.

 

 

O barco vai margeando o lago e para primeiro no Museu Bay of Bones. Bem bacana. Em seguida para também na igreja de Zhamusca (se é que anotei o nome corretamente!). Bacana tbm. Entradas sempre 100 dinares. 60 = 1 eur.  

 

E chega no S. Naum, onde fica por 2,5 horas. É a pausa do almoço, da qual não conseguimos escapar quando estamos em grupo. É aquela coisa de restaurantes grandes, mesa reservada para grupos, etc. Dispensamos e ficamos rodando a área. As 2,5 horas são mais que suficientes.

 

 

 

St Naum é linda! Tem afrescos dentro, mas que também não podem ser fotografados. Belíssimo visual, espetáculo mesmo! Depois de muito rolê, e uma breve pausa para cervas (viva um mercadinho local!), regressamos às 15:30. 1h depois estávamos de volta a Ohrid. Partimos para um bar de praia, onde ficamos curtindo o pôr do sol, mais um espetáculo. 

Jantamos de frente para o lago (esbanjada), aproveitei para experimentar a famosa truta de Ohrid. Achei nada demais não. Mas o momento foi sublime. E ainda demos um longo rolê noturno para curtir as atrações iluminadas. Que lugar bonito, Ohrid.

 

 

 

Dia 7 – Ohrid
Acordar cedo para outro rolê matinal. Era dia de entrar nas atrações, e a primeira que fomos foi a Fortaleza. A placa dizia que abre às 9hs, mas não estava aberta às 9. Então partimos para fazer trilhas, conhecer outras igrejas, rever (sempre!) aquele espetáculo da igreja do São João (Kaneo, o Teólogo?). Mais tarde voltamos e a Fortaleza estava aberta. Bacaninha, belos visuais. 

 

 

 

 

Entramos em casas-museus e igrejas pagas, curtimos a cidade. Em geral custavam 50-100 pra entrar. Revimos lugares. Em Ohrid uma das coisas mais bacanas a se fazer é flanar pelas ruas do centro histórico, em diversas horas do dia, perder-se por elas, e reencontrar-se. Preferencialmente, se puder, tentando olhar ao redor, 360 graus. Eventualmente vc tem uma vista espetacular atrás de vc.

 

 

 

 

Nesse dia tentamos outra esbanjada na janta, e novamente achei que não foi nada demais. Ao menos o vinho da casa era bem saboroso.

 

 

 

 

 

Dia 8 – Skopje
Dormi mal nessa noite, não me lembro o pq. Fiquei achando que bebi pouca água no dia anterior. Enfim, saímos às 6:15 da matina para a rodoviária. É tranquilo ir andando, quase ninguém nas ruas. Pegamos o busum das 7:15 para a capital. 3hs depois estávamos em Skopje. Aproveitamos para comprar o bilhete de outro busum, agora para Sofia para o dia seguinte. Custou o dobro do que estávamos pagando. 

Como de hábito, fomos andando para o hotel. Os taxistas até falavam que custava apenas 2 euros para o centro. Tinha lido sobre taxistas malandragem na rodoviária, de modo que já estava no radar ir andando mesmo. 

Nosso hotel na região do bazar ainda não estava pronto, chegamos antes da hora de checkin. Deixamos as coisas lá e fomos explorar a cidade. Só teríamos aquele dia.

 

Comemos comida de rua no bazar, percorremos partes nova e velha, ambas mais de uma vez, curtimos cervas artesanais no bazar, curtimos sobretudo as enormes estátuas que hoje caracterizam a cidade reformada. E as pontes, com sucessivas estátuas de personalidades históricas locais. Tem um memorial interessante dedicado à Madre Tereza, que nasceu no que hoje é Macedônia quando a região fazia parte da Albânia. 

 

 

E curtimos o entardecer na Fortaleza da cidade, que nos pareceu bem largada. No Lonely Planet havia informação de que (na época do texto) dois museus estavam em construção lá dentro. Do que identificamos, um estava construído e fechado, sem nada dentro. O outro pareceu ser uma construção largada no meio. 

 

Nesse dia jantamos muito bem pelo bazar, num lugar tradicional, e a ótimos preços. Ainda demos um rolê noturno para ver os monumentos iluminados, sobretudo as pontes. E fomos dormir, dia seguinte era pra madrugar novamente.

 

 

Skopje foi um dos lugares eleitos para ficarmos apenas 1 dia nessa viagem. Prizren foi outro. Mas eu teria ficado mais um em Skopje, sinceramente.

Uma das coisas que vimos com alguma frequência nos lugares em que estivemos na Macedônia, e que já havíamos lido sobre isso antes, é a questão de lixo. Estava na parte de ‘Dangers & Annoyances’ do Lonely Planet, o ‘littering’. De fato, detectamos isso em alguns lugares por lá. Mas não nas ruas bacanas do centro histórico de Ohrid ou mesmo do centro de Skopje. Mas vimos nos parques, fortalezas e etc. Nada diferente do que vemos no Brasil, diga-se. É como se as pessoas desconhecessem a existência de lixeiras (e, de fato, elas nem sempre são lá muito presentes), então vão largando o lixo pelo caminho. No nosso dia em Skopje, estavam distribuindo latinhas de uma fanta nova, amarela. Vimos várias latas largadas em plena mureta da ponte de pedestres. Surreal. A Fortaleza também carecia havia tempos de uma boa limpeza.

 

 

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Dia 9 – Sofia
Madrugamos e fomos andando ao amanhecer para a rodoviária. Como sempre. Pegamos o busum das 7.   Foram mais de 5hs de viagem, com um tempo razoável na fronteira. E uma hora a mais de fuso. Fazia sol em Sofia, viva! Como fez em todos os nossos dias de viagem pelo Leste.

Fomos andando para nossa pousada (no caminho passamos por um mercado local bacana, e tbm pelo Ladies Market), que na verdade eram uns quartos alugados em cima de um bar. Bem simpático, ainda ganhamos cervejas de welcome drink. 

 

 

E saímos a explorar a cidade. Andamos bastante, fizemos o free walking tour no fim do dia. Bem divertido o de Sofia, com 4 horários ao longo do dia. No grupo havia uma menina americana que fez intercâmbio e viveu em Floripa uns tempos, e falava português muito bem. Tivemos uma ótima impressão inicial de Sofia, ao contrário do que li algumas vezes.

 

 

 

O destaque maior da cidade talvez seja a impressionante a catedral de Alexander Nevsky. E pensar que foi erguida para homenagear soldados russos no fim do século XIX! Rolava algum ritual (reza?) qdo entramos, de modo que me sentei para curtir aquele momento. Ficamos um bom tempo nessa curtição. 

 

 

 

A rigor, novamente andamos os principais pontos turísticos da cidade antes do walking tour, eheheheh. Mas foi muito legal caminhar novamente, e com contexto. De noite, já tarde, jantamos pela rua de pedestres.

 

 

 

 

Dia 10 – Sofia (Rila) 
Com uma hora à frente, amanhece mais tarde em Sofia. Nem adianta acordar cedão, está escuro. Nossa meta era ir para onde saem as vans para o Monastério de Rila (atrás da catedral de Alexander Nevsky) e tentar um lugar, visto que não fizemos reserva. Deu tudo certo, havia vaga. Pagamos na hora e partimos. Elas saem 9hs, chegamos lá uns 15 minutos antes. Fomos de esquema patrão, 30 euros por cabeça.

É um passeio que inclui dois patrimônios Unesco: Boyana e Rila. Inclui transporte e guia. Por conta própria sai bem mais em conta, claro, mas optamos dessa vez pelo conforto da melhor logística.

Chegamos na Boyana pouco antes de abrir. Nossa recém amiga americana que fala português estava lá (ela foi por conta própria, mas só na Boyana). São grupos pequenos e limitados que entram na igreja, e permanecem lá dentro tempo contado de 10 minutos. Fomos com a guia, que tentou falar tudo rápido no espaço de tempo. É um espetáculo mesmo, bem pequena. Tudo impressionantemente preservado, sem se tratando de algo de dez séculos atrás. Na Boyana não vi os tradicionais olhos mutilados característicos da era otomana (salvo engano de minha parte). 

De lá nós partimos para Rila. Fizemos um caminho um pouco diferente na ida, acho que para passar por uns vinhedos. Lindo visual.

No Monastério, primeiro fizemos uma visita guiada e depois ficamos um bom tempo livre. Teoricamente era para almoçar, mas dispensamos. Ficamos rodando o monastério, vendo e revendo os desenhos e a igreja. Para quem tem fome, vale a pena levar um lanche: não vi galera vendendo comida. E vale levar um casaquinho: mesmo naquele (mais um!) dia espetacular de céu azul de outubro, fazia um ventinho frio. 

Ah, o Monastério é um espetáculo. Pode-se ficar horas observando (eventualmente tentando decifrar) os desenhos espalhados por todas as paredes (o que me pareceu ser uma característica de igrejas ortodoxas daquela região). Vários deles foram ‘desvendados’ para nós pela guia. Outros tantos ficamos apenas admirando.

 

 

 

 

Retornamos e aproveitamos para dar um rolê em outras áreas de Sofia. Confirmamos que achamos a cidade bem agradável. Era nossa última janta, então demos uma boa esbanjada, a maior da viagem. E valeu a pena, comida excelente. E garçom flamenguista! Sabia cantar um pouco do hino, contou que tempos atrás um dirigente do Flamengo esteve lá e prometeu mandar pra ele material (camisa e etc) do Flamengo. Cumpriu a promessa. Apenas dois dias depois rolaria o jogo 2 da semifinal contra o Grêmio.

 

 

 

 

 

Dia 11 - Sofia
Acordamos mais tarde. Optamos por ficar mais tempo em Sofia e partir para Veliko Tarnovo de tarde. Tentamos novamente entrar na Sinagoga, mas pelo visto ela não abre pra visitas. Curtimos o mercado, comemos mais banitsa, conhecemos melhor as ruínas que foram descobertas com as escavações para o metrô, voltamos à Alexander, conhecemos outros pontos menos badalados, e pegamos o metrô para uma atração mais afastada da cidade.

 

 

Era o Museu de arte socialista. Já vimos coisa parecida em Budapeste e Moscou, é um lugar onde largaram as estátuas de líderes do comunismo após a queda do regime. No caso desse de Sofia, ainda havia uma parte com cartazes da época (vimos coisa semelhante em Xangai este ano), bem interessante.

 

 

 

Voltamos, ainda fomos no Ladies Market para Katia comprar artesanato de que ela tinha gostado. Depois pegamos as mochilas e partimos para a rodoviária. Pegamos o busum das 15hs. Demos relativa sorte, pq chegamos na rodoviária sul, que fica a uma distância caminhável do centro histórico. Então andamos! Já era noite, mas já foi bacana percorrer algumas partes da cidade e imaginar como seria no dia seguinte.

Nossa pousada ficava bem numa rua histórica, foi um dos fatores que me fizeram reservar ali (foco sempre em localização x preço!). Em alguns momentos a região me lembrou Valparaíso (Chile) ou mesmo Las Peñas em Guayaquil, Equador. Mas não tem nada a ver, eram pontos específicos que me remetiam

Jantamos num badalado local, a preços MUITO mais baixos que os splurges que temos em Sofia. E muito boa janta, tanto que repetimos no dia seguinte.

Outra coisa que reparei na Bulgária era que todos os cardápios tinham lista de lista de alergênicos (?) que cada prato contém. E que os pratos não chegam à sua mesa ao mesmo tempo, em geral.

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Dia 12 – Veliko Tarnovo
Só teríamos esse dia cheio na cidade, então tratamos de acordar bem cedo e desbravar o máximo possível. 

De manhã demos um rolê matinal em direção ao centro moderno da cidade. Passamos em diversas áreas muito bacanas, mas que ainda estavam para ‘amanhecer’. Voltaríamos a elas. Conhecemos um cara divertido e falante num café em que paramos (pausa para o café era hábito no Kosovo, adotamos para a viagem toda – eventualmente nem era pausa, era para tomar andando mesmo), numa parte histórica bem bacana da cidade. Ali perto fica a área do antigo bazar, que é bem bacana, pitoresca.

 

 

Tentamos o free walking tour que começava às 11hs, mas não vimos ninguém. Como fica em frente ao centro de informações turísticas, fomos perguntar: tinha encerrado a temporada no dia anterior. Então lá fomos nós desbravar por conta mesmo.

 

 

 

 

Fomos para Tserevets e curtimos um bom tempo por lá. Visuais belíssimos (fazia mais um lindo dia!), castelo/fortaleza, ruínas, aquela coisa toda bacana de cada viagem. Depois fomos explorar algumas igrejas mais adiante (que ficam depois de Tseverets). Entramos numa (e paga!), na outra precisava ligar para um número tal para abrirem, e numa outra a moça disse que não valia a pena pq iria fechar em 10 minutos. Eram 16:20 e havia um cartaz dizendo que fecha às 16:30 para entrar e 17:00 para visitar. Apontei, mas não houve desenrolar, demos meia volta. Terminamos nossa visita antes do fim de tarde, de modo que então fomos curtir um entardecer num bar com visual panorâmico.

 

Depois fomos provar uns vinhos búlgaros numa lojinha na região do Bazar. Foi bacana tbm pela conversa que desenrolamos com o dono do local. Qdo saímos já estava tudo fechado na região. Jantamos no mesmo lugar de antes, e depois aproveitei para dar um rolê noturno pela cidade. Muito bacana, muito bonita.


Dia 13 – Plovdiv
Acordei de madrugada para ver o placar do Flamengo x Grêmio. 0x0. Acordei de novo. Tava 5x0! Putz, “foi pra pênaltis”?!, pensei. Nada, foi goleada homérica mesmo. Voltei a dormir feliz. Saímos 6am na esperança de descolar algum taxi na rua para a rodoviária, que era longe. Ainda tudo escuro. Havíamos pego os horários dos ônibus para Plovdiv no centro de informações. Tinha um às 6:50 e outro às 8:00. Felizmente conseguimos um taxi na rua mesmo. E no taxímetro! Mas motorista fumando, ahahahaha. Aliás, na Bulgária não vimos o problema do lixo (littering), como na Macedônia. Mas fuma-se em ambientes fechados.

Conseguimos o busum das 6:50, que na verdade era uma van. Não muito confortável, diga-se. Mas dormi uma parte da viagem. Fui acompanhando pelo GPS e comparando com um roteiro que eu havia pego na inet no dia anterior, e achei que a van foi bem mais rápida. Ou as infos da inet sobre transportes na área não são confiáveis, como li em diversos fóruns. Acabamos chegando mais cedo que o previsto, umas 10:30.

Chegamos, pegamos um taxi e partimos. Motorista não usava GPS, ficou ligando para outro para saber onde era nosso hostel. Que ficava bem na rua de pedestres. Foi no taxímetro também, tudo certinho.

Largamos as mochilas e partimos para o reconhecimento inicial. Percorremos toda a longa avenida de pedestres para um dos lados, fomos na charmosa parte histórica, curtimos o free walking tour (e com ele fomos novamente na parte histórica!), adaptamo-nos ao aylyak local, curtimos o pôr do sol do alto de uma das colinas da cidade, provamos vinhos locais, passeamos mais um pouco, curtimos até tarde e fomos dormir.

 

 

 

 

 

 

 

Dia 14 – Plovdiv
Nosso último dia no Leste Europeu, nessa viagem! Saímos cedo para curtir um parque num dos extremos da longa avenida para pedestres e subir um morro um pouco mais distante, onde fica uma enorme estátua de um soldado soviético. 

Depois do check-out, optamos por entrar em algumas atrações: rolava um pacote de 5 lugares ao preço de 3 Entramos sobretudo em casas antigas na parte histórica, que foi bem bacana. Além do teatro, que já havíamos entrar no dia anterior. Demos rolês por áreas onde não estivemos no dia anterior, exploramos mais a parte histórica, demos até mesmo uma pausa relax para um vinho no meio da tarde no mesmo lugar de ontem. No fim da tarde voltamos para o albergue, pegamos mochilas, catamos um taxi e embicamos para o aeroporto. Fim de viagem pelo Leste!

 

 

 

Chegamos em Londres pelo Stansted umas 23hs. Havia pouca fila, e o melhor: a fila para passaportes do 3º mundo era bem menor que para os desenvolvidos, ahahaha. Alegria de pobre! Pegamos o busum para cidade (demora um pouco mais – mas era tarde da noite, não faria muita diferença – e custa menos), para a Liverpool St. De lá fomos andando para nosso hotel. Tarde da noite, chuvinha. Depois de 2 semanas de sol e céu aberto, a chuvinha londrina. Ainda deu tempo de ir a um pub nos arredores para fechar a noite! Dormimos bem tarde.


Dia 15 - Londres
Nubladaço (ô, contraste!). Foi um dia de caminhada pela cidade, não entramos em lugar algum (somente pubs!). Saímos cedo, os mercados dos arredores ainda estavam abrindo. De resto passamos o dia passeando pela cidade ao ar livre com uma amiga que foi nos reencontrar. Eventualmente, qdo a chuva apertava, apelávamos para o pub mais próximo. Fora isso, flanamos o dia todo. Até verificamos algumas atrações, mas as filas (e os preços – para entrar na St. Paul custava 20 libras!) nos afastaram.


Dia 16 – Metrô, trem, aeroporto e longa viagem diurna de volta.

Dia seguinte já era dia de trabalho novamente. 
 

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