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Olá pessoal. Como foi muito válido os relatos aqui do blog para a minha viagem, decidi compartilhar a minha experiência com vocês também. Siga nosso Instagram @iraaventuras Importante: * Contratamos o pacote sobrevivência com a IGUANA TOUR * Use o @prefiro viajar para ganhar 5% de desconto na iguana tour * Em Manaus o horário é uma 1 hora a menos do horário de Brasília. * Leve muito repelente. *O Day Tour com os botos você pode chegar no Porto e pagar mais barato do que paguei indo a uma agência. Custos Passeio Floresta ( Sobrevivência)= 1440 Passeio com Botos =180 Passeio Presidente F. =270 Vôo RJ x Manaus=930 (pagamos bem caro) Hotel primeiro dia = 205 Casa Airbnb = 478 1°dia- Chegada em Manaus Saímos de Volta Redonda de ônibus com destino ao Rio de Janeiro. R$45,00. Quando chegamos na rodoviária pegamos um Uber para o Aeroporto Santos Dumont. Pagamos uns 12,00. Chegamos em Manaus por volta das 13:30 e a agência que contratamos os passeios IGUANA TOUR realizou o transfer até o hotel. Ficamos no Tropical Executive Hotel, onde paguei R$ 205,00 em uma diária. O hotel é muito bom e fica super perto da praia da Ponta Negra. Almoçamos e aproveitamos a piscina. https://www.tropicalexecutive.com.br/ 2°dia- Chegada na Floresta As 06:00 hrs fomos tomar o café da manhã maravilhoso do hotel. E as 07 horas o responsável da Iguana Tour nos levou até o escritório deles no centro de Manaus. Saímos do escritório as 08:00 e fomos levados até o Porto do Ceasa. Pegamos um barco onde vimos o encontro das águas, uma Kombi e mais um barco até chegar na pousada Juma Lake in. A tarde fomos passear de barco onde foi possível dar um mergulho, pescamos piranha e avistamos alguns animais na natureza. Depois do jantar fomos fazer a focagem de Jacaré 3°dia- Nascer do Sol + Caminhada na Floresta Saímos antes do café para contemplar o nascer do Sol. Depois voltamos para tomar café e saímos para caminhar na floresta. O nosso guia explicou sobrr as plantas medicinais e nos mostrou algumas árvores . Comemos a larva do cocô de babaçu. Não deixem de comer rs. Saímos a tarde para acampar na floresta. Montamos nossa rede e o guia fez o nosso jantar na fogueira. Após o jantar fomos ver as estrelas. 4° dia- Canoagem Após o café fomos passear de barco e nadar no Rio. A tarde fomos fazer canoagem e avistamos algumas iguanas entre a floresta inundada. A noite poderíamos dormir na selva mas decidimos ficar no conforto da pousada mesmo rs😂 5° dia - Processo da Borracha Saímos após o café em direção a uma Seringueira. Nosso guia extraiu o látex e nos mostrou o processo de obtenção da Borracha. 6°dia -Árvore Sumaúma/ Retorno para Manaus. Após o café saímos de barco para conhecer uma árvore enorme. Retornamos a Manaus e fizemos Check in numa hospedagem do Airbnb. https://www.airbnb.com.br/rooms/41067966?_set_bev_on_new_domain=1627585358_NGE1NGM2NzczNTY3&source_impression_id=p3_1627585383_nlbsiIWVdfFJOaz9&guests=1&adults=1 7° dia - Teatro Amazonas Chegamos antes do nosso horário agendado para tirar fotos fora do teatro e no Largo de São Sebastião. A visita dura uns 30 minutos e por dentro do teatro é proibido usar o flash de câmera e celular. Custou R$ 20,00 a meia entrada. Almoçamos no restaurante Caxiri a famosa costela de tambaqui com suco de cupuaçu e dadinho de tapioca. Custou R$ 200,00. 8° dia - Presidente Figueiredo Contratamos o pacote Galo da Serra com a IGUANA TOUR R$ 270,00. O almoço é a água é incluso. Buscaram a gente na casa de manhã e seguimos estrada a presidente Figueiredo que é um pouco longe. Conhecemos a gruta maroagra e a gruta da Judéia. Essas grutas são belíssimas. Após o almoço seguimos para a cachoeira Iracema. As 16 horas retornamos a Manaus e chegamos por volta das 18:30. 9° dia - Mergulho com Botos/ Parque Januari/ Visita ao Viveiro de Pirarucu/Visita a tribo Indígena O transfer da Iguana nos levou até o responsável pelo barco no Porto. Sairia mais barato se fossemos direto ao porto mas não sabíamos. Pagamos R$180,00 na agência. Fomos ao lugar onde é possível mergulhar com os botos. Um guia da peixes para ele comer e ele vem interagir. Essa atividade é super rápida se possível vá no início da semana pois ao aproximar do final muitos turistas aparecem e fica difícil tirar uma foto sozinho. Após esse evento fomos em direção ao Viveiro de Pirarucu. Lá vende iscas onde você pode tentar pescar. Fomos em direção ao parque Januari. Como estava em época de cheia não encontramos vitória-régia mas em outras épocas é possível encontrar. Lá possui muitos macacos. Após o almoço fomos visitar uma tribo indígena. Eles explicam sobre seus costumes,oferecem a pintura no rosto e você pode tirar fotos com os animais que eles criam. Pintura no Rosto R$ 5,00 e para tirar fotos com os animais R$10,00. 9° dia - MUSA Saímos cedo para provar o x-caboquinho em uma padaria ( Lindopan) no centro. Após o café chamamos um Uber para nós levar até o MUSA que é um pouco distante do centro da cidade. Foi o mais caro que pagamos de Uber R$ 20,00. A meia entrada custa R$ 10,00 sem guia. Você pode fazer uma visita no nascer ou no por do Sol com agendamento de no mínimo 2 dias. Lá dentro tem uma lanchonete mas não tem muitas opções. Não deixe de subir a torre para ver a copa das árvores é uma bela paisagem. Para voltar foi difícil conseguir uber então pegamos um ônibus( n°448) pertinho da entrada do MUSA para o Centro. Custou R$ 3,80. 10° dia - CIGS zoológico / Shopping Manauara. Pegamos uma super fila para entrar no zoo era Sábado. A meia entrada custa R$ 10,00 e você tem 30 minutos para a visita. Na minha opinião não é tão legal , caso tenha outra coisa para fazer não perca o seu tempo. Pedimos nosso almoço no restaurante tambaqui de banda pelo ifood. Não saímos muito a noite para economizar, como ficamos em uma casa demos o nosso jeito com a comida. A tarde fomos ao shopping manauara tomar um café mais chique. Recomendo o Molen Cafés. 11° dia - Day Use Novotel Manaus/ Retorno ao Rio Depois de gastamos um dinheiro com almoço descobrimos que o Novotel tem uma opção de almoço+ piscina por R$ 150,00. Eles servem um tambaqui com acompanhamentos que serve até 3 pessoas muito bem. Fornecem toalha também. Foi o lugar perfeito para se despedir. Pegamos o nosso vôo de madrugada e chegamos ao RJ de manhã . Fizemos o trajeto de Volta para casa Rio x Volta Redonda. R$ 55,00.
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Criei um site sobre viagem, moro em Manaus e estou dando várias dicas sobre o que fazer em Manaus e no seus arredores. Acompanhem o site e qualquer dúvida é só me comunicar!!! Obs.: no instagram respondemos mais rápido!!! https://aprazzivel.com.br/category/dicas-brasil/dicas-do-amazonas/
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Ano passado fui para Manaus, passei 3 dias na selva amazônica e depois aluguei um carro e fui até Presidente Figueiredo. Foi uma das melhores viagens que fiz na vida! Foi no início de julho, ou seja, período de cheia. Fiquei hospedada no Local Hostel e gostei bastante. A localização é excelente e eu acho que aquela área do largo de São Sebastião (onde fica o Teatro Amazonas) é a melhor para se hospedar. No primeiro dia em Manaus fui conhecer o famoso Tambaqui de Banda, no restaurante de mesmo nome, que fica no Largo de São Sebastião. No dia seguinte fui com a Iguana Tour fazer o passeio na selva, que durou 3 dias e duas noites. Ficamos hospedados no Juma Lake Inn na primeira noite e, na segunda noite, montamos um acampamento no meio da mata. Os passeios durante esses 3 dias incluiam: focagem de jacarés, acordar cedo para ver o nascer do sol, passeio pela mata, visita à casa de caboclos...tudo isso acompanhados de um guia que explicava tudo. Foi perfeito! Ah, e detalhe: lá não pega internet. Ótima opção para se desligar do mundo. Fiquei em um quarto compartilhado, mas há a opção de ficar em quartos privativos com banheiro. O passeio todo com todas as refeições ficou por R$600. Chegando em Manaus, dei uma volta pelo centro e conheci o Mercado Adolpho Lisboa e o porto. Fui até o MUSA e achei bem legal, o interessante é que muita coisa do que eu vi ali, vi enquanto estava na mata, mas valeu a pena. Fiz essa viagem com uma amiga e conhecemos mais duas mulheres massa e nós 4 alugamos um carro para irmos à Presidente Figueiredo. Ficamos no Local Hostel Figueiredo. Nos programamos para ficar uma noite e dis dias completos, mas se arrependimento matasse...era para termos ficado pelo menos uns 4 dias! Fomos na Gruta da Judeia e Caverna Refúgio do Maroaga (obrigatório contratar um guia, na entrada do local, pelo valor de R$100 para até 4 pessoas)- imperdível!. Na Lagoa Azul (foi legal), cachoeira Asframa (muito cheia de gente por ser de fácil acesso, então há uma grande concentração de famílias com crianças, então passamos pouco tempo). Fomos na cachoeira de Iracema (muito legal e com áreas profundas para mergulho) e seguimos por uma trilha até a cachoeira das Araras (linda também!). Fomos também no que chegou a ser a minha cachoeira preferida...a do Santuário (surreal a energia do lugar!). Adicionaria mais um dia para a Cachoeira da Neblina (que fiquei triste por não ter dado tempo de ir. São horas de trilhas e, segundo os locais, é a mais bonita da região. Fica para a próxima!) e mais outro para conhecer outras 2. Opções não faltam! Voltando para Manaus, fiz a visita guiada no Teatro Amazonas e achei muito interessante. Na primeira noite já tinha entrado nele, pois fui assistir à uma peça (a maioria das atrações são gratuitas. Consulte a programação antes!) . Fui até o porto de Manaus e consegui um Day Tour, só eu e minha amiga, por R$150 cada (R$300 total). As agências de turismo cobram R$200-R$250 por pessoa. O barqueiro recebeu R$150 e o cara que fechamos ficou com a outra metade. Ou seja, dá pra entrar no porto, pagar a taxa de entrada, de R$5, e negociar diretamente com o barqueiro lá. Obviamente, você não vai ter uma agência de turismo por trás, então é por sua conta e risco. Tivemos a vantagem de irmos para onde queríamos ir. Achei a ida à tribo indígena uma coisa meio que "feita para turista". Achei interessante o fato de muitos indígenas não falarem português e utilizarem idiomas próprios. Nadei com os botos, mas atenção: existem dois lugares que fazem esse mergulho com os botos. Um fica mais distante do porto e é certo que os botos aparecerão. O outro lugar fica perto do porto e nem sempre aparecem. Fomos para esse segundo e demos sorte! Fomos também em uma casa de uma família que tem um bicho preguiça e sempre foi meu sonho segurar um. Achei estranho quando perguntei onde ele ficava e a mulher disse que ele ficava solto, aí quando eu perguntei mais informações ela mudou de assunto e fez como se não entendesse...fiquei pensando depois que ele deve ficar preso. Triste demais isso e fiquei com peso na consciência de ter, de certa forma, colaborado com isso. No último dia em Manaus fui com a galera do Hostel para Ponta Negra. Fomos até a Marina do Davi e pegamos um barco para um flutuante muito legal. Foi uma bela de uma despedida ver o por do sol no rio, tomando umas cervejas com uma galera massa! No final, ficou assim: dia 01 - chegada em Manaus dia 02 - Passeio na Selva dia 03 - Passeio na Selva dia 04 - Passeio na Selva e retorno à Manaus dia 05 - Dia em Manaus dia 06 - Presidente Figueiredo dia 07 - Presidente Figueiredo e volta para Manaus dia 08 - Manaus dia 09 - Manaus dia 10 - volta pra casa Bom, é isso! A viagem foi feita em Julho de 2019 e gastei algo em torno de R$1500, para passar 10 dias, com hospedagem, alimentação, transporte e passeios. Se quiserem ver fotos e vídeos, mostrando detalhadamente cada coisa, vejam lá o destaque "Amazonas" no meu instagram: @dudaklaus
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Em 2019, voltei à Manaus para trabalhar por uma semana e consegui esticar o fim de semana e então me aventurei à fazer as Anavilhanas por minha conta, escapando dos hotéis de selva (como o Anavilhanas Lodge e o Mirante do Gavião). Afinal, quase quatro mil para um pacote individual está longe léguas do meu orçamento. Então minha viagem foi no modelo econômico. O Parque Nacional de Anavilhanas foi criado em 2008, antes a área era classificada como unidade de conservação por um decreto de 1981. 70% do parque está localizado em sua maioria em Novo Airão, distante aproximadamente 180 Km de Manaus, foi criado com o objetivo de preservação do arquipélago fluvial, um dos maiores do mundo, com mais de 400 ilhas e 60 lagos, em uma área de mais de 3.500Km2. No início de novembro, o rio ainda estava na seca, ou baixa, que vai de setembro a fevereiro. Foi minha primeira vez na amazônia nesse período: anteriormente eu havia ido em 2005 em abril e em 2017 em junho, ambas na cheia , que vai de março a agosto. São paisagens distintas e dessa vez as praias tiveram seu charme. Mas, pensando bem, ainda prefiro a cheia, com seus igapós e pode ser impressão, mas a luz é mais interessante, além dos espelhos d'água tornarem a paisagem um tanto mais atraentes que na seca. Então vamos à logística... Para chegar à Novo Airão você tem algumas opções: ônibus que sai do terminal rodoviário de Manaus cujo trajeto leva 6 horas (acho que vai parando em todas as cidadezinhas do caminho), alugar um carro (não viável no meu caso, porque o custo x benefício era alto já que eu estava sozinha), pagar um transfer pela pousada (também não viável pelo preço de 360 pratas cada trecho) ou encarar o taxi lotação, que foi o meu caso, que custou R$60/trecho e eu tive a maior sorte, ao chegar no ponto estava saindo um carro e tinha uma vaga. Nessa modalidade são duas horas e meia. O ponto fica na Avenida Cirilo Neves (acesso à Ponte Rio Negro), do outro lado do Supermercado CO, tem um placa indicando Sindicato de Taxi de Novo Airão (tel.: 92 99428-0595). Os carros vão saindo conforme fecham as quatro vagas. Eu fui com um motorista muito fofucho chamado Roney, que me deixou na porta da pousada. Na volta, marcamos um horário e ele já esquematizou um horário e um outro motorista também foi me buscar. Fiquei hospedada na Pousada Bela Vista, que reservei pelo whatsapp (92 99229-6667), que é super bem localizada na beira do rio, em uma área um pouco mais alta, mas com acesso direto ao rio negro (e como estava na baixa, à praia). Os quartos são simples, mas são limpos, tem ar condicionado, frigobar, chuveiro forte e uma café da manhã bem gostoso. A piscina é bem legal também (e eu raramente uso), mas é uma excelente opção para o fim da tarde, acompanhada de uma cervejinha e o bar tem uma opção variada delas. A própria pousada disponibiliza os passeios em parceria com um agência, que são caros caso não consiga dar a sorte de entrar em algum grupo, que normalmente são formados de casais e cada barco tem capacidade para quatro pessoas. Eu dei sorte, porque no dia que cheguei havia um casal na recepção fechando o passeio do dia seguinte com um filho de 12 anos e eu consegui me encaixar como o quarto integrante. Para uma pessoa sozinha pagar R$1.300 pelo passeio inteiro, sai super caro. Fizemos o passeio completo, com parada para banho em um praia de areias clarinhas no meio do rio, visitando as Grutas do Madadá com caminhada na mata com um guia local que foi mostrando esconderijos das taturanas, o segredo das plantas medicinais utilizadas pela população, depois seguimos para as ruínas de Airão Velho (e ao sair pegamos um senhor temporal com raios cruzando o céu em uma quantidade de meter medo). Em seguida fomos até o Parque Nacional do Jaú, onde ficamos na base esperando o temporal passar. No caminho de volta paramos em um local que só é possível na baixa, para ver os petróglifos (gravuras rupestres gravadas em rochas). Eu, particularmente, achei o passeio meio cansativo e acho que teria gostado mais de fazer o de meio período, mas não sei se vão aos mesmo lugares. O que mais gostei foi da parada nas ruínas. Fotograficamente foi meio frustrante: aquele lugar merecia um espetacular pôr do sol. Eu passei duas noites lá e achei super suficiente. No dia da chegada eu jantei na pousada, cujo restaurante é bem bom. Na noite seguinte eu fui à uma hamburgueria bonitinha perto da pousada, chamada Saloon do Alex, que tinha uma comidinha boa, cerveja gelada e rock rolando no som ambiente. Na manhã seguinte, o dia do meu retorno, eu fui até o flutuante dos botos (aproximadamente uns 500 metro da pousada), mas estava fechado por um problema com a tempestade do dia anterior. Fiquei chateada, porque eu tinha que retornar à Manaus e não pude fotografar os lindos botos cor de rosa. Assim, da próxima vez que eu for à Manaus, vou ser obrigada a dar uma nova esticada à Novo Airão, espero que na cheia. Para ver o post completo e as fotos: https://www.flaviamoreirafotografia.com/manaus e no instagram: lugaresfotogenicos
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Resumo: Itinerário: Tabatinga (AM) → Letícia (Colômbia)→ Tabatinga (AM) → Amaturá (AM) → Fonte Boa (AM) → Tefé (AM) → Manaus (AM) → Presidente Figueiredo (AM) → Balbina (AM) → Manaus (AM) → São Gabriel da Cachoeira (AM) → Manaus (AM) → Itacoatiara (AM) → Parintins (AM) → Santarém (PA) → Itaituba (PA) → São Luís do Tapajós (PA) → Parque Nacional da Amazônia (PA) → Flona de Tapajós (PA) → Santarém (PA) → Macapá (AP) → Curiaú (AP) → Macapá (AP) → Belém (PA) → Ilha de Marajó (PA) → Belém (PA). Período: 25/03/2002 a 13/05/2002 Ida: Voo de São Paulo a Tabatinga no Amazonas pela Varig, previsto para sair às 09h16. Volta: Voo de Belém do Pará a São Paulo pela Varig, previsto para sair às 16h. Considerações Gerais: Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes. Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então albergues, pousadas, pensões, hotéis e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes. Depois de tanto tempo os preços que eu citar serão somente para referência e análise da relação entre eles, pois já devem ter mudado muito. Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis na internet. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade. Informações Gerais: Em toda a viagem houve bastante sol e bastante chuva 🌧️. Estava no período chuvoso, em uma região que já é naturalmente chuvosa. Tomei muitos banhos de chuva. Alguns anos depois, em 2005, haveria uma seca muito forte na região amazônica, com os rios diminuindo muito de volume. As temperaturas também estiveram altas, passando dos 30 C ao longo do dia, mas a chuva geralmente acabava atenuando o calor. A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil 👍. Impressionante como índios daquela região são gentis, em sua imensa maioria. Porém em algumas localidades pequenas, principalmente no Alto Solimões, acho que devido ao meu cabelo longo, ao fato de estar sozinho, tiveram algum tipo de xenofobia ou discriminação em relação a mim. Acho que pensaram que eu era gay e era algo com que não estavam acostumados e com que não lidavam bem. Conheci pessoas dos mais diferentes tipos, desde índios aculturados, índios mais afastados, missionários, militares, ambientalistas, garimpeiros, mateiros, ribeirinhos, comerciantes, barqueiros e outros. Falaram-me que em alguns locais como Atalaia do Norte ainda havia índios canibais e eu não fui lá 😀. Foram raros os idosos que encontrei, numa mostra que a vida na floresta não era fácil. Uma mulher aos 35 anos já costumava ser avó e considerada já com certa idade. Pessoas com mais e 40 e perto de 50 eram raras e tinham muitas vezes uma aparência bem desgastada. Numa viagem de barco, chamou-me atenção uma moça jovem, acho que de 24 anos ou menos, que já tinha 4 filhos. Acho que esta viagem mudou minha visão a respeito das forças armadas, especialmente do exército. Em muitas ocasiões encontrei militares e em algumas vezes pedi informações ou ajuda, e eles sempre foram extremamente prestativos e gentis. Tinha uma visão um pouco negativa, fundamentada no que sabia do período da ditadura militar, dos abusos de autoridade, intolerância, torturas e mortes. Mas teoricamente já imaginava, e agora comprovava na prática, que as patentes mais baixas não estão preocupadas com nenhum tipo de ideologia ou dominação. Geralmente estão dispostas a ajudar. Suas ações provavelmente vêm de toda a doutrinação que recebem e das ordens que lhes dão, ainda que se possa analisar cada caso específico. Vários índios pareceram-me não gostar muito da FUNAI. Numa ocasião um deles me disse “A FUNAI só faz besteira”. Pela primeira vez ouvi o termo “interior do município”. As cidades no meio da floresta eram muito pequenas e havia muitas comunidades bem distantes, algumas a dias de viagem de barco. Este era o interior do município. As paisagens ao longo da viagem agradaram-me muito, passando por áreas de florestas, rios, cachoeiras, campos, áreas alagadas, montanhas e outros . A viagem no geral foi tranquila. Houve muita imprecisão nas informações sobre horários e itinerários de barcos, principalmente no Alto Solimões. Uma viajante estrangeira que encontrei num barco inclusive me disse que tinha recebido uma informação sobre o destino do barco na cidade, outra diferente no porto e quando subiu no barco descobriu que as duas informações anteriores estavam erradas 😀. Eu demorei a me acostumar a dormir em redes, mas depois não houve problemas. Em viagens mais longas, dormi, tomei banho e fiz as refeições nos barcos. Tive um pequeno incidente numa negociação numa viagem de barco. Num dos trechos de barco (acho que foi a volta de São Gabriel da Cachoeira para Manaus), havia vários homens em volta da televisão assistindo a novela e 2 mulheres de uns 50 a 60 anos, bem mais longe, esticando o pescoço para conseguir ver a tela. Eu achei absurdo e perguntei para elas se não queriam chegar mais perto. Elas deram um leve sorriso e disseram "sim, vamos um pouco mais perto". Moveram suas cadeiras uns 10 cm para frente. Eu ri, mas não quis incentivá-las mais nem falar com os homens, pois achei que em vez de ajudá-las, poderia gerar algum constrangimento para elas. Boa parte dos habitantes locais moradores de cidades, mesmo que de origem indígena, pareciam não se importar muito com a questão ambiental naquela época. Várias vezes vi pessoas pegarem o copo de plástico para tomar água e depois, com o lixo ao lado, jogarem o copo no rio. Num dos trechos cruzamos com um enorme navio 🚢 já no Rio Amazonas. Fiquei surpreso com um navio daquele tamanho, que só havia visto no mar, estar em um rio. Mas conforme ele foi afastando-se, ficou minúsculo perto do tamanho do rio. Como usei repelente não tive grandes problemas com mosquitos, embora houvesse muitos. Certa vez parei na floresta para meditar e quando acabei, ao voltar a prestar atenção a meu redor, vi que toda a minha roupa estava coberta de mosquitos. Meus braços, que estavam com repelente, estavam sem nenhum mosquito 😀. Num dos trechos, dormi no andar inferior de um barco e acordei todo picado (talvez por carrapatos). Tive um incidente na Transamazônica possivelmente com uma onça. Fiquei um pouco preocupado em nadar em rios em que se dizia haver piranhas. Mas a viagem acabou sem danos relevantes. Eu era (e ainda sou) vegetariano. Foi um pouco difícil conseguir comida vegetariana. As pessoas não estavam acostumadas a este tipo de alimentação. Algumas nem sabiam como se chamava e achavam estranho. Quando fui visitar uma comunidade indígena, comi carne com eles para não ofendê-los. Meus dentes voltaram amarelos de tanto comer macaxeira. Adorei as frutas locais, como cupuaçu, taperebá (cajá) e açaí. Achei o guaraná industrializado amazônico bem mais forte do que aquele a que estava acostumado. Gostei bastante e experimentei algumas marcas locais. Alguns estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito (principalmente companhias de ônibus, mercados e agências de turismo), mas a maioria não aceitou. Pouquíssimos aceitaram vale-refeição que eu tinha. Não tive nenhum problema de segurança em relação a assaltos, mas já naquela época, achei as cidades maiores com aparência insegura. As pequenas pareciam tranquilas. A Viagem: Fui de SP a Tabatinga na 2.a feira 25/03/2002. Fiz escala em Manaus. A saída estava prevista para as 9h16. Acabaram pegando meu lugar na janela no voo entre Manaus e Tabatinga. Não quis exigir meu lugar, Deu para apreciar um pouco a paisagem, mas não foi o mesmo que estar na janela. Cheguei no meio da tarde (eram 2 horas a menos devido ao fuso horário). Fiquei hospedado num hotel razoavelmente perto do porto, numa travessa da avenida principal por R$ 15,00 a diária. Mas um dos donos não tinha troco, paguei R$ 20,00 e ele ficou de devolver o troco depois. Ele disse-me que ali a única diversão eram mulheres e cachaça, quando perguntei quais pontos de interesse a área tinha. Para as atrações de Tabatinga veja https://www.brasilturismo.com/am/tabatinga e https://www.tripadvisor.co/Tourism-g675026-Tabatinga_State_of_Amazonas-Vacations.html. Os pontos de que mais gostei foram a visita à comunidade indígena, o Rio Solimões, a visita a Letícia e a floresta. Achei a cidade com aspecto um pouco perigoso, já naquela época. Inicialmente fui dar uma volta pela cidade. Conversei com uma espécie de guia local, que tinha origem indígena e me deu informações sobre pontos a visitar. Ele me explicou sobre visita às comunidades indígenas, o ritual da pelação (entrada das meninas na idade adulta, em que têm seus cabelos cortados após beberem algo inebriante) e outros pontos da cidade. Depois da conversa fui até onde acabava a área urbana e começava a área rural. Interessante que logo começavam trechos de mata, que ia ficando maior. Achei o clima bem quente, mas nada intolerável. A terra era bem forte. No fim do dia, enquanto jantava, fiquei conversando com um menininho 👦 de uns 10 anos. Quando me despedi, ele perguntou se eu não iria voltar mais. Respondi que não pretendia. Ele fez uma cara de triste e perguntou se nunca mais mesmo. Aí eu percebi que ele parecia ter-me considerado um amigo (talvez sua mãe, que estava em outra mesa acompanhada de um possível namorado, já não desse tanta atenção para ele – pelo que entendi ela havia se separado do pai dele). Então disse que poderia voltar um dia, mas que era muito longe. De qualquer forma, estaria ali com ele espiritualmente. Achei as imediações do hotel um pouco problemáticas, com muitos bares, que aparentemente só vendiam bebidas alcoólicas. Na 3.a feira, 26/03, fui conhecer a comunidade indígena ticuna de Umariaçu. O guia do dia anterior já tinha explicado como era e como chegar. Fui em direção a um igarapé, onde havia uma índia bem pequena (parecia ter entre 5 e 10 anos) com uma canoa 🛶 proporcional para me atravessar. Subi na canoa, a canoa virou e eu me molhei. Fiz isso cerca de 3 vezes e a canoa virou todas as vezes 😀, até um passante, que estava dando risada junto com a indiazinha, dizer-me que a canoa era muito pequena para mim. Mudamos de canoa e ela me levou por alguns centavos (literalmente). Passeei pela comunidade, passei por uma sala de aula em que os indiozinhos me viram pela janela e deram risada da cena inesperada. Ouvi a professora, que não me viu, dando uma bronca neles por causa do barulho. Conversei com alguns índios. Enquanto passeava por um trecho com cabanas, vi um índio acordando e espreguiçando perto do meio-dia. Não pude deixar de me lembrar de Macunaíma. À parte quaisquer desequilíbrios e dificuldades que tenha visto, achei uma comunidade interessante. Voltei à tarde para a cidade. Num dos dias eu fui em direção à fronteira para ir conhecer Letícia, capital do departamento do Amazonas na Colômbia. Passei pela fronteira e nem percebi. Só notei quando comecei a ver placas em espanhol 😀. Aí voltei e havia uma pequena guarita indicando a fronteira. Perguntei para um guarda que estava ali perto e ele me disse que poderia ir até Letícia, sem necessidade de nenhum procedimento ou documento, mas que não fosse mais longe, pois aí poderia haver problemas com as FARC. Achei a cidade bonita, bem mais estruturada que Tabatinga, mas é necessário considerar que ela era a capital do departamento (situação equivalente à de Manaus). Gostei dos prédios e monumentos públicos. Não fui conhecer áreas naturais mais distantes. Os colombianos pareceram-me bem hospitaleiros. Na 4.a feira 27/03, fui a um igarapé pela manhã. Muito bom, água fresca naquele calor. Ouvi um rapaz que lá estava dizendo para um amigo que eu havia dito que era americano. Eu lhe disse que era tão brasileiro quanto ele. Perguntou-me se meu calçado velho era especial, com materiais avançados 😀. Ele achou que eu estava muito mole para subir o morro na volta. Perto do meio da tarde, fui fechar a conta e o atendente não tinha o troco que o outro atendente tinha ficado devendo. Esperei um pouco e deixei para lá, pois precisava pegar o barco. Já embarcado descobri que precisava de uma rede para ficar e dormir. Disseram-me que dava tempo e eu saí para comprar a mais barata que encontrei, por R$ 10,00. Perto de 16h o barco 🚢 saiu. Eu fui até Amaturá, uma cidadezinha no meio da floresta, às margens do Rio Solimões. Não me adaptei de início a dormir na rede. Achei incômodo e a circulação parecia não fluir bem. Sentia um pouco de dor nas pernas após longo período deitado. Achei o barco um pouco cheio (não tinha visto nada ainda 😀). Neste ou em outros trechos percorridos de barco, pude ver botos cinzas por várias vezes 🐬, aves 🦜 e paisagens espetaculares de pôr e nascer do sol 🌅, incluindo vários arco-íris 🌈 em cascata, ou seja, um dentro do outro. Para as atrações de Amaturá veja https://www.brasilturismo.com/am/amatura. Os pontos de que mais gostei foram a floresta, o rio e a população local, incluindo os índios. Na 5.a feira 28/03 à tarde cheguei a Amaturá. Lá paguei R$ 15,00 por um quarto. A cidade era bem pequena. Só tinha 2 veículos, o caminhão do lixo e uma caminhonete (estilo Saveiro). A área natural era magnífica. Fui dar um volta e conheci a igreja franciscana e o Frei Gino, que tinha missões em aldeias. Falou-me também que era da mesma linha da igreja ao lado do Extra da Avenida Brigadeiro Luís Antônio em São Paulo. Conversei com ele, que tinha nascido na Itália, sobre a vida ali. Ele contou muitas histórias. Falou que receberam ameaças em algumas situações. Disse que poderia me levar a uma aldeia indígena mais distante no sábado, se eu quisesse. Eu prontamente interessei-me e deixamos combinado. Era semana santa e eles estavam preparando os rituais. Conheci um homem de uns 50 anos que tinha uma casa ali e tinha várias atividades. Era também caçador. Contou-me de algumas caçadas de que havia participado. Mostrou-me uma cicatriz (acho que era de picada de cobra). Incentivou-me a nadar no Igarapé Preto e depois de eu nadar disse-me que eu não deveria nadar ali, pois poderiam aparecer piranhas, jacarés, cobras etc. Eu pensei comigo “Ele me incentiva e só agora me diz isso!” 😀. Perto do fim do dia ele disse que iria para casa, pois era a hora da malária. Como eu estava com cabelos compridos, vários jovens de lá acharam que eu era gay, algo que pareciam não aceitar bem, e começaram a fazer piadas, rindo. Ouvi também dizerem “Cada coisa que tem em São Paulo”. Fui dar uma volta pela floresta no entorno da cidade. Magnífica! Choveu 🌧️. Sujei os sapatos de barro. Conheci várias serrarias e semelhantes. Alguns até me explicaram como usavam a madeira e a serragem. Achei um cupuaçu verde, tentei comer, mas não deu muito certo. Havia um boi amarrado num poste perto da igreja 🐂. Tentei conversar com alguns índios que estavam de barco para ir conhecer suas aldeias. Mas eles não entenderam direito e acharam que eu era da FUNAI. Um deles até me disse: “O senhor diz que está querendo conhecer todas as aldeias na margem do rio e que não é da FUNAI. Acha que vamos acreditar nesta besteira” 😀. Estes mesmos estavam vendendo dois peixes de uns 3 kg cada por cerca de R$ 3,00. Fiquei bestificado com o preço baixo. Falei depois com um outro que estava de canoa e ele me disse que eram 7 dias remando para subir o igarapé até sua aldeia. Aí eu desisti 😀. No sábado 30/03 fui com o Frei Gino até a aldeia mais distante. Quando estava indo para embarcar, o boi quase deu uma chifrada no frei. Acho que ficou estimulado pela túnica marrom 😀. Quase virei a canoa voadeira 🛥️ quando subi, dada minha falta de costume 😀. Foram cerca de 30 minutos de voadeira rio abaixo. A comunidade recebeu-me muito bem. Gostavam muito do frei. Ali era um lugar afastado da cidade e bem mais próximo dos índios que costumamos imaginar. Levaram-me para dar uma volta, fomos até uma lagoa, passamos por outro igarapé. No fim fomos para o barracão contar histórias. Só foram os homens e adolescentes. Pediram-me para contar uma, inicialmente ia contar a do menino Jesus, mas aí percebi que eles já a conheciam de cor. Então contei a história do acidente de helicóptero que tinha acontecido recentemente com João Paulo Diniz, a modelo Fernanda Vogel que era sua namorada, o piloto Ribeiro e o copiloto Luís Roberto. História meio triste, mas achei que a dinâmica poderia mostrar-lhes um pouco de um mundo bem distante do a que estavam acostumados, além da plateia ser formada por homens adultos. No domingo 31/03 eu assisti algumas celebrações de Páscoa e aproveitei para contemplar um pouco a cidade, o ambiente natural e o rio. Vi um índio com a camisa do Corinthians e um boné do Palmeiras ou vice-versa e pensei comigo que aquela cena só era possível num local como aquele mesmo. Ele parecia bem velho e aparentemente estava indo viajar para tratamento de saúde. Parecia ter algum problema nos olhos. Chamou-me atenção, pois foram raros os idosos que encontrei na floresta. Como o barco não tinha um horário certo para sair, fui mais cedo para o porto para esperar. Peguei o barco no início da tarde e fui até Fonte Boa, onde cheguei na manhã do dia seguinte. Conheci um homem na viagem que era comerciante, tinha tido empresas e perdeu tudo, inclusive a mulher, devido ao álcool e às farras envolvidas quando estava sob seu efeito. Ele precisava ir em direção a Manaus, mas a imprevisibilidade do transporte naquela região era muito grande (tinham dito para ele chegar lá até o meio-dia, que muito provavelmente conseguiria embarcar até a manhã do dia seguinte 😀) e creio que ele ficou no pequeno terminal flutuante (isso mesmo uma plataforma móvel que ficava flutuando, presa à margem de modo flexível) que existia mais de um dia esperando por um barco, posto que não se sabia a hora exata em que passaria. O terminal marítimo flutuante era um pouco distante da cidade. Pegamos um pequeno ônibus, se bem me lembro, que um passageiro orientou-me que existia. Este mesmo passageiro comentou ao longo da viagem que o pai dele dizia que o certo era seguir a regra da maioria e deu como exemplo o corte de cabelo, que se a maioria cortava curto, parecia ser o certo. Acho que meu cabelo inspirou o exemplo 😀. Para as atrações de Fonte Boa veja https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/AM/242/fonte-boa e https://www.brasilturismo.com/am/fonte-boa. Os pontos de que mais gostei foram a floresta, o rio e as conversas com as pessoas simples do povo. Fiquei hospedado num hotel bem simples, mais parecia uma casa em que se alugava quartos. Passeei pelos arredores e novamente a floresta agradou-me bastante. Aqui também houve pessoas (trabalhadores braçais) achando que eu era gay, algo de que também pareciam não gostar. Fizeram piadas com isso. Conversei longamente com um homem, que estava deitado em sua rede, sobre a região e assuntos variados. Se bem lembro ele era professor. Explicou-me a origem do nome Fonte Boa, mudado devido ao Marquês de Pombal e sua política de consolidação da posse da região. Falou que tinham vindo para São Paulo (acho que fazer treinamento pelo Projeto de Alfabetização Solidária), ficado perto do Autódromo de Interlagos, mas que seus parentes ou conhecidos não os deixavam sair à noite, devido à possibilidade de violência na região. Num dos dias fui à prefeitura para pedir informações turísticas. Pediram-me para esperar e o prefeito recebeu-me. Levei um susto, pois não esperava. Ele perguntou se eu era da capital Manaus e disse que iria colocar um rapaz à minha disposição com uma canoa baleeira para conhecer a cidade. Eu agradeci, mas não aceitei, pois seria absurdo usar recursos públicos para minha viagem particular, agravado pelas carências locais. O dono do hotel falou-me de uma região de rio afluente do Solimões onde havia muita vida selvagem. Contou sua experiência de ida lá, em que tiveram que desligar o motor do barco para não matar pássaros, tal era sua quantidade. Mas eu não fui lá, devido à dificuldade logística e ao preço do aluguel exclusivo de uma voadeira. Além disso, o preço do combustível era bem maior do que em São Paulo. Na primeira noite fui a um pequeno bar e restaurante jantar. Quando expliquei para o dono que não queria nenhum tipo de carne, ele me perguntou “Como é o nome disso?”, pois provavelmente não conhecia outros vegetarianos 😀. Dadas as 2 horas de fuso com Brasília, eu jantava as 20h assistindo o fim da novela e o BBB-1. Foi a única vez em que vi o BBB. E assisti a final 😀. Numa das noites, 2 motoboys de uma mesa ao lado, aparentemente alcoolizados, acharam que eu estava rindo deles (eu rio muito sozinho). Um deles levantou e veio tirar satisfações comigo. Expliquei e disse que era de paz. Ele me disse que também era, o motoboy da paz. Logo depois o dono veio me perguntar se estavam me incomodando, ao que respondi que não. E tudo transcorreu bem. Conheci um rapaz que tinha prestado serviço militar e morava com a família por ali. Disse-me que Tefé era quase uma capital, elogiando o batalhão do exército. Falou que temia um pouco por ver seu filho pequeno brincando perto das margens dos rios, onde naquela época estava cheio de jacarés 🐊. Na 4.a feira 03/04 eu fui para o terminal flutuante no dia em que disseram que haveria um barco e fiquei esperando por toda a manhã e parte da tarde. O dono da “venda” local ofereceu-me almoço, disse que era peixe-boi (até onde eu sabia era um animal protegido, com risco de extinção), eu perguntei se havia salada e ele disse que não, que “tocaiava” os vendedores, mas ninguém lhe trazia. Não almocei. Já passado o meio da tarde, chegou um barco que não iria para Tefé, que eu tinha planejado como minha próxima parada. Desisti e voltei para a cidade, mas não havia mais vaga na casa onde eu havia ficado. Aí fui para outro hotel e passei lá uma noite. Na 5.a feira 04/04 eu passeei um pouco pela manhã e depois fui para o pequeno porto que ficava na própria cidade, só para barcos menores. Lá o rapaz que cuidava da pequena “venda” local achou que eu era representante comercial e comentou que no meu ramo não se podia perder tanto tempo assim 😀. Consegui embarcar num barco para Tefé. O barco estava cheio e disseram que estava quebrado. Mas a viagem acabou sendo possível e chegamos a Tefé no outro dia pela manhã. Após descer no porto, ainda foi necessário pegar uma moto até outro porto nas margens do Lago de Tefé. Fomos em 2 na garupa, pois havia outro passageiro. Caímos no meio da estrada, que estava toda enlameada pelas chuvas 😀. No barco, já meio arisco, perguntei se era possível nadar por ali, citando as piranhas, e uma mulher me disse que em geral não havia problemas, mas em lagos era bom ter cuidado com piranhas, portanto que eu tomasse cuidado no Lago de Tefé. Para as atrações de Tefé veja https://tefe.am.gov.br/pontos-turisticos. Os pontos de que mais gostei foram a floresta, o lago e as construções locais. Atravessamos o lago de canoa voadeira. Fiquei hospedado num hotel por R$ 20,00 a diária. Deixei minha pequena mala lá e fui explorar a cidade. Peguei uma estrada para andar pelo meio da floresta 🌳. Já um pouco distante, vi um radar de um tamanho que eu nunca tinha visto antes. Como era num local totalmente isolado, fiquei até preocupado, se não era zona de acesso restrito, talvez secreta. Havia um militar numa cabine ao lado. Ele me viu, eu fiz que não vi nada, olhei para o outro lado e fui adiante 😀. No final do dia descobri que sairia um barco para Manaus e, como havia prospectado que a exploração da área além do que eu havia feito não seria fácil, como os barcos por ali eram difíceis e como já estava bem satisfeito com a exploração das paisagens da floresta que tinha feito, resolvi pegá-lo. Fui negociar com a dona do hotel e ela me devolveu a metade do pago. Disse que eu tive sorte, pois ela havia depositado a metade, ao invés de tudo. O dono do barco me disse que o preço no andar de cima era R$ 30,00 e no andar de baixo era R$ 25,00 (ou R$ 5,00 a menos em baixo do que em cima). Perguntei se havia alguma diferença e ele disse que não, a não ser que no andar de baixo iria a carga junto. Achei que não havia problemas e decidi ir no andar de baixo. No dia seguinte acordei todo picado 🐛. Em princípio, achei que eram picadas pequenas, mas acabaram gerando grande incômodo ao longo da viagem. Cheguei em Manaus no sábado 06/04 pela manhã. Perguntei sobre hotéis e me disseram que perto do porto era mais barato, mas poderia ser um pouco perigoso. Mesmo assim fiquei num hotel naquela área, mas não tão próximo ao porto. Paguei R$ 10,00 ou R$ 15,00 a diária. Para as atrações de Manaus veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/manaus, https://www.feriasbrasil.com.br/am/manaus e https://guia.melhoresdestinos.com.br/passeios-manaus-99-949-p.html. Gostei muito de Manaus . Os pontos de que mais gostei foram o Teatro Amazonas, as construções, o zoológico do CIGS, os institutos e museus com flora e fauna típicas. Fiquei até a 6.a feira seguinte (12/04), o que deu razoável tempo para conhecer vários pontos. Fui numa excursão ao Encontro da Águas, em que também se visitava uma área de mata e trilhas pequenas. No caminho vieram nativos com animais para fotos, mas isso não costuma me agradar, pois creio que não é adequado aos animais. Fui visitar o local de ensaios da Festa do Boi Bumbá, que me disseram que eram feitos quase inteiramente em Manaus, só a apresentação final indo para Parintins. Visitei também alguns institutos ou museus (acho que foi o INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – e um outro que tinha alguma origem japonesa) Achei muito interessantes, inclusive com espécies locais, como o pirarucu, que me pareceu num aquário muito pequeno. Havia também exibição da vegetação local. Gostei muito do zoológico do CIGS (http://www.cigs.eb.mil.br/index.php/zoologico), principalmente das onças 🐯. As pintadas eram muito bonitas, mas a pantera me conquistou. Achei-a linda. Nunca havia visto onças tão grandes, tão ativas. Os outros animais também eram interessantes. Visitei também o Teatro Amazonas 🏛️, procedimento que era guiado. Achei bem interessante e bonito. Haveria 6.a feira 12/04 uma apresentação gratuita da Cavalgada das Valquírias na praça em frente a ele, mas devido aos horários restritos de barcos, decidi não esperar para ver. Fui também conhecer os outros pontos históricos e arquitetônicos da cidade, principalmente da região central. Como tinha ouvido falar das obras dos salesianos, fui conhecer seu centro principal de Manaus, que se bem me lembro chamava São Domingos. Fui conhecer seus projetos educacionais e de profissionalização de crianças, adolescentes e jovens. Tentei conversar com alguns grupos de índios sobre hospedagem na selva, mas tudo me pareceu muito artificial, precário e caro. Depois das experiências que já tinha tido, preferi não ir e esperar por oportunidades melhores. Adorei a Sorveteria Glacial (https://www.facebook.com/sorveteriaglacial/), com os seus sabores típicos da Amazônia, especialmente cupuaçu e taperebá. Como havia buffet, eu comia quase um prato cheio quando ia lá, com muitos sabores variados 😀. Num dos dias fiz uma viagem de ônibus a Presidente Figueiredo, cidade próxima. Foi uma das poucas viagens por via terrestre. Lá fiquei cerca de 2 dias. Inicialmente fui explorar a própria cidade e suas atrações naturais, principalmente cachoeiras, que achei muito boas. Fui andando por um caminho que chamavam de 7 Quedas, pois passava por várias cachoeiras (fui a 8, eu acho). Não tive tempo para conhecer a Cachoeira do Maroaga, que é perto de uma caverna e tem morcegos 🦇 no entorno. Aprendi que a palavra terçado significava facão, quando ao perguntar a um habitante local se havia problema em andar pela mata, ele me respondeu que sempre era bom ter um terçado. Para as atrações de Presidente Figueiredo veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g1759410-Activities-Presidente_Figueiredo_Amazon_River_State_of_Amazonas.html, http://www.turismo.gov.br/%C3%Baltimas-not%C3%Adcias/6379-presidente-figueiredo-o-para%C3%Adso-das-cachoeiras-do-amazonas.html, https://www.brasilturismo.com/am/presidente-figueiredo e https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/presidente-figueiredo/. Para as atrações de Balbina veja https://viagemeturismo.abril.com.br/atracao/vila-de-balbina/ e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g2578159-Activities-Balbina_State_of_Amazonas.html. No dia seguinte fui até Balbina. Um motorista estava montando lotação para lá, para conhecer os pontos turísticos, mas eu preferi ir com transporte regular por conta própria. Arrependi-me 😒. Chegando a Balbina fui primeiramente conhecer o lago e sua usina, para depois ir aos atrativos naturais. Depois de andar um pouco pela margem e apreciar o lago, fui até o prédio administrativo da usina e acabei encontrando o engenheiro responsável. Quando lhe disse que era engenheiro de computação, ele me levou pessoalmente para conhecer a usina e me guiou de modo personalizado. Isso tornou a visita muito boa e detalhada, porém acabou sendo muito longa, e acabei não tendo tempo para as outras atrações naturais nem para apreciar melhor o lago. Fiquei impressionado com a quantidade de aparelhos analógicos (já naquela época existiam digitais há tempo, mas provavelmente não quando ela foi construída, e há a dificuldade burocrática e financeira de compras pelo Estado). Outro fato que me surpreendeu foi que ele era o único engenheiro da usina, responsável por tudo. O resto era automatizado ou feito por técnicos. E a usina não era pequena. Quando esperava a perua para voltar no fim da tarde, encontrei o motorista que me havia oferecido a viagem, com o carro lotado, que ao me ver, disse sorrindo “Você perdeu a oportunidade de ter se divertido muito” 😀. No dia seguinte voltei a Manaus de ônibus. Informei-me sobre como ir a cidades do Rio Negro e resolvi ir diretamente para São Gabriel da Cachoeira, pois o tempo de viagem e as poucas opções de barco (só uma vez por semana) me fizeram desistir de fazer várias paradas. Creio que o atendente do hotel ficou um pouco chateado comigo porque eu não fui à agência de turismo que ele me indicou e, portanto, não ganhou comissão. Ele me atendeu muito bem. Acho que eu deveria ter dado uma gratificação por conta própria para ele 🙂. Na 6.a feira 12/04 peguei o Barco Asa Branca para São Gabriel da Cachoeira. Como também havia outro barco, do Tanaka, resolvi tentar conseguir um pequeno desconto. Consegui, mas as consequências foram danosas. O dono do Asa Branca reduziu o preço de R$ 35 para R$ 32, se bem me lembro, quando argumentei que talvez pudesse voltar com ele. Saímos à noite. Tentei prestar atenção para ver se escutava sons vindos da praça, mas não me lembro de nada, apenas de grande iluminação vinda da área. Logo que saímos o barco da Polícia Federal veio atrás de nós, com os faróis e sirenes ligados. Levei um susto. Acho que queriam conferir documentação ou autorização. O dono do barco pulou para o barco da polícia e aparentemente resolveu tudo. A viagem durou 2 dias e meio. Chegamos na 2.a feira 15/04 perto da hora do almoço. Durante a viagem um dos trabalhadores do barco disse que iria arrumar uma namorada para mim. Perguntou a uma passageira se achava que eu iria conseguir uma namorada em São Gabriel da Cachoeira. Ela tirou os óculos escuros para ver melhor, passou os olhos do meu pé à minha cabeça e disse “Vai ser difícil hein!” 😀😀😀. Desmoralização completa. O funcionário ficou sem saber o que falar e eu caí na gargalhada. No meio da viagem houve um momento um pouco tenso, em que o barco precisava passar por um trecho com pedras e o dono reduziu a velocidade e foi com muito cuidado para não bater. Passamos também por um conjunto de montanhas (isso mesmo, montanhas na Amazônia) que chamavam de Bela Adormecida, pois parecia uma mulher deitada. Paramos em algumas cidades, mas muito menos do que na viagem no Rio Solimões, sendo as principais Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro. Em algumas desci rapidamente para dar uma volta enquanto havia o embarque e desembarque. Conheci um homem no barco que estava voltando para Santa Isabel depois de muitos anos e não sabia como a família e os outros iriam recebê-lo. Passamos pela margem onde aparentemente morava isolada uma família e o dono do barco perguntou se tinham macaxeira (imagino que para vender), mas ele disse que ela ainda estava na roça e não fizeram negócio. Numa das paradas o dono do barco me pediu R$ 50,00 emprestados para fechar negócios. Eu achei muito estranho, que poderia ter relação com ele ter ficado insatisfeito com o desconto que me deu, mas emprestei. Nas paradas e dias seguintes sempre perguntei a ele sobre a devolução e ele me disse que ainda não tinha e por fim que eu fosse ao escritório dele em São Gabriel, que me devolveria lá. Chegando em São Gabriel fui hospedar-me num dos 2 (acho que eram só 2) hotéis da cidade naquela época. Fui muito bem atendido. O preço foi algo como R$ 20/dia, se bem me lembro com direito a café da manhã. Para as atrações de São Gabriel da Cachoeira veja https://www.feriasbrasil.com.br/am/saogabrieldacachoeira e https://www.brasilturismo.com/am/sao-gabriel-da-cachoeira. Gostei bastante desta cidade. Os pontos de que mais gostei foram a visita aos índios baniwas, a praia do Rio Negro, as paisagens naturais e as apresentações do Dia do Índio. Como era uma cidade com muita presença indígena, fui tentar me informar sobre como fazer visita a comunidades indígenas. Fui ao Instituto Socioambiental, onde conversei longamente com alguns membros. Um deles explicou-me sobre a realidade da região e disse que não era regulamentado turismo em área indígena. Disse que não seria uma boa ideia ir às comunidades mais distantes, posto que não seria fácil e que os seus membros estavam vindo para a cidade para as comemorações do Dia do Índio. Falou-me de uma comunidade baniwa que achava ser bem aberta a visitantes de fora, inclusive mencionado uma turista estrangeira que tinha ficado lá (acho que tinha até dormido) e tinha gostado muito. Falei também com missionários, que me deram suas impressões. Perguntei sobre ir até o Pico da Neblina, mas disseram-me que eram vários dias de viagem pela mata, passando em território ianomâmi, precisando de autorização. Aí eu desisti 😀. Fui até a loja de material de construção do dono do barco para tentar reaver o dinheiro. Mas já fui preparado para não conseguir e meio preocupado, pois achei que ele poderia ter alguma reação violenta e poderia estar armado. Mas ele me recebeu no balcão, sem problemas. Pegou a nota de R$ 50,00 e ficou olhando para ela, esticando-a, pensando e depois de algum tempo resolveu dá-la para mim, com o ar meio melancólico. A mulher dele, que estava ao lado, olhou com a fisionomia séria, como que não entendendo aquela cobrança que eu estava fazendo. Ele disse que voltariam no sábado, que eu não precisaria pegar o ônibus para ir ao barco, pois como seu barco era menor do que o outro, poderia ir até o porto da cidade, disse que seriam os primeiros a chegar no domingo em Manaus, logo no início da tarde. Depois de toda esta situação constrangedora e que me pareceu totalmente desnecessária, nem de longe me passou a ideia de voltar com ele. Interessante que se ele não tivesse feito nada disso e não tivesse me dado desconto, eu provavelmente teria ido e voltado com ele, pois realmente ele era a melhor opção. Fui dar uma volta pelos arredores da cidade. Achei muito belas as paisagens, com montanhas ao longe e, ainda assim, com bastante floresta. Indicaram-me um local em que havia uma cascata e eu fui até lá andando para apreciar a paisagem. Lá, aproveitei para usufruir do ambiente e da cascata. Havia uma mulher com seu filho. Ela estava deitada tomando sol e ele brincando. Conversei um pouco com ela, mas fiquei meio desconfiado da situação, ainda mais porque estava com documentos e todo o dinheiro que tinha. Ela percebeu e até me falou “Eu não vou te comer”, o que me fez achar que estava preocupado em demasia e ficar mais próximo para conversarmos. Fui também andar pela margem do Rio Negro, para ver as corredeiras. Disseram-me que não era possível tomar banho ali. Realmente parecia perigoso, pelas pedras e pela força da água. Um rapaz me disse que até aquele dia só havia visto índios fazerem isso. Achei bem interessante um rio daquele tamanho, com aquele volume de água, ter corredeiras como aquelas, com muitas pedras no seu leito. Disseram-me que o nome da cidade devia-se a elas. Fui também visitar os projetos sociais dos salesianos, onde não fui muito bem tratado. Perguntei se conheciam alguma comunidade indígena que poderia visitar, mas não foram nada receptivos. Depois o religioso indicou-me um assistido para me apresentar partes da obra. No final do dia eu costumava ir para uma área de banho que havia em frente ao hotel, onde algumas pessoas se banhavam. Era delicioso 👍. O clima era quente e a água morna, com remansos. O único ponto que me preocupou foi que aquelas picadas que eu tinha sofrido há cerca de 10 dias, na viagem para Manaus, tinham piorado e ficado um pouco sanguinolentas. Isso me preocupou muito em relação às piranhas, mas me disseram que daquele jeito não havia problemas. Durante a minha estadia, à noite, após jantar na barraca de churrasquinho sem comer carne, geralmente eu ia a um local de encontro do índios, acho que era a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, onde estava havendo comemorações e palestras referentes ao Dia do Índio. Vi várias palestras sobre organização dos índios e espetáculos com danças de várias tribos. Achei muito interessante . Pareceu-me haver bastante elementos comuns nas danças. Na 6.a feira 19/04, Dia do Índio, meu último dia lá, fui visitar a comunidade baniwa, que haviam sugerido. Fui muito bem recebido. O índio Moisés, um jovem na faixa dos 20 anos, acompanhou-me para várias atividades na aldeia, fomos colher uma planta que eles usavam e me apresentou vários pontos em que faziam suas tarefas. Na volta do caminho para a colheita, vimos uma garça e eles comentaram que voltaria mais tarde para caçá-la. Tomei boa parte de um copo enorme de vinho de pupunha (acho que era isso). O cacique aposentado Luís riu e disse, "que bom, mas nós costumamos tomar tudo", pegou o copo e tomou o resto que eu deixei. Não era muito forte, mas parecia alcoólico. Ele me deu um livro feito por antropólogos que narrava as tradições religiosas dos baniwas. Fiquei algum tempo lendo, pois gosto de conhecer a visão espiritual dos povos. Pediram-me para tomar conhaque também. Fomos almoçar, fizeram pratos especialmente para mim, comi tudo que eles ofereceram, inclusive frango. Haviam-me dito que quando se recusa algo que os índios oferecem, eles se magoam e diminuem muito a empatia que têm com a pessoa. Mesmo sendo vegetariano, para não ofendê-los, resolvi comer. Depois do almoço, houve discursos em comemoração ao Dia do Índio. Após, eles começaram a tocar fizeram várias danças, das crianças, das mulheres, dos jovens e por fim, convidaram-me para a dança dos homens. Eu aceitei. Pediram-me para tomar um pouco de pinga 51 antes. Eu, que não costumo beber, depois de já ter bebido vinho e conhaque, tomei um pouco de pinga e fiquei com os reflexos bem mais lentos. Mas fui dançar com eles mesmo assim. Tome cuidado para não cair. Ouvi muitas risadas enquanto dançávamos com os braços entrelaçados. No fim aplaudiram. Um dos rapazes da equipe social (acho que da prefeitura) disse-me que eu tinha ido bem, pois como não sabia nada do contexto, tinha procurado adaptar-me. Luís começou a tocar uma música para mim, acho que por ter achado simpática minha posição ao longo da visita. O cacique atual (acho que era Antônio) veio falar comigo, falou sobre as dificuldades da vida deles, explicou que tinha se tornado cacique porque Luís tinha ficado velho para as obrigações da função. Antes de eu ir embora, pediram-me para fazer um discurso. Em princípio eu disse que não era necessário, mas como repetiram o pedido, resolvi atendê-los. Falei bem pouco, basicamente que não perdessem a sua bondade e simpatia, independentemente do que acontecesse no mundo. A sala ficou superlotada para ouvir. Acho que não estavam acostumados a visitantes totalmente de fora. Peguei o ônibus por volta de 16h e voltei para a cidade (acho que eram cerca de 10 km ou 15 km). Na sede da cidade tinham ocorrido competições em comemorações do Dia do Índio. No sábado 20/04 peguei o transporte até o porto mais distante e peguei o barco do Tanaka para Manaus. A viagem foi tranquila, sem entreveros. Conheci algumas pessoas que tinham ido até São Gabriel trabalhar com construção ou semelhante. Um deles me contou sobre a Festa de Parintins, de como havia gostado, como era cheia de gente e deu dicas de como ficar hospedado em barcos. Falou que havia bairros perigosos em Manaus, como Compensa, onde morava um dos outros, que confirmou que era um pouco perigoso mesmo. Falaram das comemorações do Dia do Índio, com certo ar de deboche comentaram que haviam visto índios velhos praticarem atividades esportivas. Conheci também outro homem nativo da região que me falou sobre a Amazônia e que achava que para conhecer mesmo como viviam tinha que ir de local em local, de bar em bar, e conversar com as pessoas. Perto da chegada, já no domingo 21/04, pegamos uma enorme tempestade 🌧️, como antes acho que eu tinha visto poucas vezes, ou nunca. Não houve raios, mas a quantidade de água e o vento, estando o barco no meio do rio, pareceu assustadora. Eu estranhei que todos desceram para o andar inferior do barco, mas quando ela se acentuou eu entendi. Eu abracei uma televisão de 29 polegadas. Estávamos fazendo uma associação simbiótica. Eu segurava a televisão para não voar e ela me segurava para eu não sair voando 😀. Chegamos em Manaus no meio da tarde. Fui direto ao ponto de saída do ônibus para Itacoatiara, meu próximo destino. Cheguei em Itacoatiara perto do pôr do sol. Foi outra das poucas viagens por via terrestre. Rapidamente consegui encontrar um hotel e me hospedei. Para as atrações de Itacoatiara veja http://www.amazonastur.am.gov.br/itacoatiara/ https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g2343328-Activities-Itacoatiara_State_of_Amazonas.html. Os pontos de que mais gostei foram o Rio Amazonas, o lago e as paisagens naturais, principalmente de floresta. Na 2.a feira 22/04 fui explorar a área. Primeiramente dei uma volta pela cidade. Depois fui em direção à floresta, que me agradou bastante. Fui andando por algumas estradas de terra e vi uma pequena entrada que parecia ir até o lago. Resolvi entrar. Imaginei que poderia ser alguma área privada, mas achei que poderia bater palmas e pedir para entrar. Mas, dada a história de conflitos fundiários na Amazônia, fui um pouco preocupado. Comecei a ouvir latidos de cachorros 🐶 e algum tempo depois chegou um homem com uma espingarda . Cumprimentei-o e perguntei se poderia conhecer o lago. Ele perguntou de onde eu era e disse que sim. Eu disse para ele “Sou de paz” e ele me respondeu “Ah, a espingarda é por causa do gavião que está atrás das galinhas”. Eu achei que esta explicação não era verdadeira e pensei comigo rindo “Prazer, aqui é o gavião” 😀. Fui até a beira do lago, que era muito bonito. Andei um pouco pelos arredores. Depois chegou seu filho de cerca de uns 20 anos e conversamos bastante. Ele era bem orientado às causas ambientas e bastante instruído, com grande cultura geral. Falou-me sobre a área, a vida ali, o clima, os raros surtos de frio, os problemas ambientais, a falta de consciência da população da cidade etc. Pedi para dar uma volta de barco a remo 🚣♂️ no lago e eles permitiram. Como nunca tinha remado muito, comecei a andar em círculos, até aprender que tinha que mudar de lado 😀. O pai foi até lá perto perguntando se eu precisava de ajuda, ao perceber minha completa inabilidade, mas eu tinha aprendido e disse que não precisava. Antes de entrar no barco, preferi deixar minha carteira com eles, pois se o barco virasse, todo o dinheiro e documentos estavam nela. Antes de sair conversamos um pouco ainda. Eles falaram que eu poderia voltar outro dia se desejasse conhecer mais a área, mencionando que aqueles pássaros que as câmeras mostravam bem de longe no Globo Repórter, eles podiam ver ali bem perto. E realmente eu vi muitos pássaros ali, inclusive pica-paus de vários tipos, que só tinha visto na televisão. Lembrei-me do desenho. Já perto do fim da tarde despedi-me e voltei pela estrada. Como de costume fui verificar minha carteira, para ver se estava tudo certo. Vi que tinha sido mexida. Fiquei preocupado. Verifiquei item a item e estava tudo lá. Não faltava nenhum documento, nenhum cartão e nenhum centavo. E olha que eu tinha perto de R$ 600,00 (equivalente a cerca de R$ 1.750,00 de 2020). Acho que fizeram isso para confirmar que a minha história era verdadeira, posto que para eles eu era um estranho. À noite fui ao porto para tentar pegar um barco que passaria para Parintins perto de meia-noite. Fiquei observando o embarque de mercadorias em um navio enquanto esperava. Chamaram-me atenção dois fatos: quem comandava todas as operações era um estrangeiro (pareceu-me alemão) e os enormes caminhões carregados de madeira, que quando estavam dentro do navio, ficavam minúsculos. Descobri que tinha que pegar uma voadeira para ir de encontro ao barco no meio do rio. O dono da voadeira chamou-me perto de meia-noite e disse que o barco já iria passar. Fomos, emparelhamos com o barco andando normalmente e ele me disse para subir. Na primeira tentativa não consegui, pois com a falta de experiência, não dei o impulso necessário e o peso da mala me puxou para trás. O dono da voadeira fez cara de quem pensou que eu era um completo deslocado naquela situação e me disse “Vou te deixar mais perto”. Quase abalroou o barco grande com sua pequena voadeira, aí eu estava mais preparado e dei maior impulso, e mesmo tendo sentido o tranco da mala, consegui pegar a escada e subi. Lembrou-me aquelas cenas de filmes de piratas 😀. Cheguei na 3.a feira 23/04 no meio da manhã. Hospedei-me na pousada de um idoso, num quarto sem luz no cômodo principal e bem antigo, por R$ 5,00 a diária. O dono não enxergava bem. Ele achava que meninos entravam na sua pousada para roubar coisas, o que poderia ser verdade, pois vi alguns por lá, ou poderia ser algum tipo de implicância. Para as atrações de Parintins veja https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g1074268-Activities-Parintins_State_of_Amazonas.html. Gostei bastante de Parintins. Os pontos de que mais gostei foram a Arena do Boi Bumbá, as sedes dois 2 bois, com seus ensaios abertos ao público, a paisagem do rio, a orla, a igreja e a região central da cidade. Parintins foi um dos poucos locais em que aceitaram os tickets refeição. Fiquei bastante tempo conhecendo pontos ligados ao festival. A arena pareceu-me bem grande e bonita, Achei interessante os símbolos da Coca-Cola e do Bradesco em azul, do lado do Caprichoso. As sedes também me pareceram muito interessantes, com exibição de itens ligados aos bois. Fiquei bastante tempo no ensaio na sede do Caprichoso, aproveitando para dançar um pouco, mesmo sem saber 😀. Havia muitos artesãos e costureiros ligados ao festival que se podia visitar também. Comprei um guaraná de marca típica da Amazônia, que achei uma delícia. Ofereci um pouco para o dono da pousada que não quis. Fui também conhecer a igreja central, que me pareceu muito bela e grande. Se não me engano, estava escrito que era o maior templo católico do norte do Brasil. Achei magnífica a vista do pôr do sol a partir da orla elevada do Rio Amazonas 🌅. Na 5.a feira 25/04 à tarde peguei um barco para Santarém, saindo do Amazonas e entrando no Pará. Depois de Manaus, as linhas de barcos eram bem mais confiáveis e com muito mais horários. Creio que neste trecho de barco ou em um próximo, a polícia federal parou o barco e pediu para revistar as bagagens dos passageiros. Quando me perguntaram quem eu era e o que estava fazendo, fizeram uma cara de decepção e perguntaram “Até quando você vai ficar na área?”. Perguntaram se poderiam abrir o fundo do meu sapato. Eu disse que sim, mas pedi que depois colocassem no lugar. Aí o policial analisou e desistiu, dizendo que achava não ser necessário. Cheguei a Santarém perto de meia-noite. Perto de desembarcar, perguntei a um passageiro do barco se seria seguro sair andando àquela hora e ele me disse que poderia ser perigoso. Então resolvi pegar um táxi dirigido por uma mulher até um hotel. Pedi a ela que me indicasse um barato e acho que razoavelmente ela cumpriu. Para as atrações de Santarém veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/santarem/ e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g673261-Activities-Santarem_State_of_Para.html. Gostei bastante de Santarém. Os pontos de que mais gostei foram Alter do Chão, um parque de floresta preservada, a orla, o encontro das águas e as demais paisagens naturais. No hotel um dos hóspedes falou-me de alguns pontos a conhecer no local e da política paraense. Fui explorar a cidade, passeei pelo centro, apreciei a orla, que achei maravilhosa. O encontro das águas podia ser visto da orla, o que o tornava mais acessível do que o de Manaus. Como o Rio Tapajós tinha as águas mais claras do que o Amazonas, quase prateadas quando havia bastante sol, o contraste pareceu-me muito bonito. Caminhar na orla pareceu-me bastante agradável também, fato acentuado pela paisagem do Rio Amazonas. Fui visitar um parque um pouco mais afastado. A vegetação de floresta estava completamente preservada 🌳, exceto pelas trilhas abertas no meio. Achei muito interessante. Nesta visita caiu uma das muitas chuvas que me fizeram tomar banho durantes os programas. Fui também a Alter do Chão, de que gostei bastante . Quando cheguei havia bastante água e os bancos de areia do rio estavam separados das margens. Um dos barqueiros, provavelmente interessado em ganhar a passagem de travessia, disse-me para não ir nadando, pois havia jacarés 🐊. Fui perguntar a donos de comércios e me disseram que não havia. Então atravessei nadando o pequeno percurso. A vista da paisagem a partir de um banco de areia afastado da margem pareceu-me tornar a paisagem mais bonita ainda, acentuando a impressão de que se estava no meio da natureza. Havia poucas pessoas lá, o que tornou esta sensação mais real. Achei os banhos de rio deliciosos. Atravessei de volta e não tive nenhum problema com jacarés. O mesmo barqueiro repetiu em tom de gozação “Cuidado com o jacaré” depois que eu saí da água. No fim do dia do sábado 27/04 peguei um barco para descer o Rio Tapajós até Itaituba. A viagem durou toda a noite. As paisagens foram magníficas. O amanhecer visto do rio foi maravilhoso 🌅. Chegamos de manhã. Para as atrações de Itaituba veja https://www.guiadoturismobrasil.com/cidade/PA/582/itaituba e https://turismonotapajos.com.br/pt-itaituba. Os pontos de que mais gostei foram a Natureza e o Rio Tapajós. Dei um passeio geral na cidade, que realmente parecia atrelada ao garimpo, e depois fui explorar as áreas naturais no entorno. Como a margem do rio estava bem ocupada por casas, num terreno parcialmente aberto, em que havia pessoas trabalhando, perguntei ao dono se poderia tomar um banho de rio e ele disse que sim, sem problemas. Tomei alguns banhos, fiquei um pouco na margem, agradeci e prossegui. Em outros momentos fiquei apreciando a paisagem do Rio Tapajós, que me pareceu magnífico, sem a urbanização existente em Santarém, o que ressaltava seu aspecto natural. Fui procurar informações sobre visita ao Parque Nacional da Amazônia. Aqui ou em Santarém encontrei o supervisor que me deu orientações e me disse que não era aconselhável andar a pé por certas áreas. Contou a história de um rapaz, que disse que iria andando até Jacareacanga. Ele encontrou com o rapaz e explicou que no parque havia onças e ele não poderia fazer aquilo, mas o rapaz não o obedeceu e disse que iria assim mesmo. Dias depois ele encontrou o rapaz na cidade e perguntou o que havia acontecido. Ele disse que quando havia caído a noite começou a ouvir os esturros das onças e fez uma fogueira, o que as manteve afastadas. No dia seguinte voltou imediatamente para a cidade. Na segunda-feira 29/04 logo depois do almoço peguei um barco para São Luiz do Tapajós. O barco era bem lento e demorou cerca de 3 horas para chegar. Era um povoado bem pequeno, nem policiamento tinha. Para as atrações de São Luiz do Tapajós veja https://turismonotapajos.com.br/pt-itaituba/sao-luiz-do-tapajos/. Os pontos de que mais gostei foram a natureza quase intacta, a floresta, o Campo dos Perdidos, o rio e a pequena comunidade local. Assim que cheguei, já perto do fim da tarde, encontrei o líder comunitário local, que se chamava Chico Mendes (não sei se era seu nome mesmo ou era uma alusão ao líder seringueiro de Xapuri no Acre). Lá não havia hotéis nem similares. Perguntei a ele se poderia dormir na mesa de bilhar que havia e ele me respondeu “Nããão! Vai empenar a madeira” 😀. Ele me indicou um casal que poderia me hospedar em sua casa. A mulher se bem me lembro chamava-se Evilásia. Eles me disseram que poderiam me receber, porém eu dormiria numa rede na sala. Concordei. Perguntei se fariam jantar e disseram que sim. Perguntaram-me se comeria peixe e respondi que sim, pois era o alimento que costumavam consumir regularmente. “Peixe com arroz está bom”, eu disse. Fui rapidamente dar uma volta pelo povoado, para conhecê-lo melhor e quando voltei para a casa, vi Evilásia voltando do mercado com um pacote de arroz. Perguntei a ela “Mas você foi comprar arroz?” e ela me respondeu “Nós não costumamos comer arroz aqui”. Disse-me que a comida costumeira é peixe com macaxeira. Fiquei envergonhado de ter pedido o arroz 😳. Na 3.a feira 30/04 fui ao Campo dos Perdidos. Ensinaram-me o caminho com muitas referências naturais, como passar por plantação de maniva (mandioca), virar quando encontrasse um cajueiro etc. Obviamente, eu, um urbanoide, errei o caminho e me perdi. Mas ainda assim cheguei na beira do riacho em que precisava pedir para um índio me cruzar. Pedi e ele me cruzou de canoa. Continuei, perdi-me bastante, mas cheguei a campos, que depois pelas fotos, vi que era o Campo dos Perdidos. Fiquei lá bastante tempo, pois a área era grande e com muitas nuances, ora com vegetação quase rasteira, ora com partes da floresta. Voltei à tarde, o índio atravessou-me novamente e não me perdi no caminho. Num dos jantares, o dono da casa me disse que ele tinha sido operador de máquinas, mas que não o haviam aceito num dos trabalhos porque ele não tinha primeiro grau completo. Depois olhou para mim e disse “você certamente tem primeiro grau completo”. Falou também sobre tomar cuidado com a dengue e não beber água contaminada. Tentei explicar para ele que a dengue era transmitida pela picada do mosquito e não pela ingestão de água, embora água contaminada seja causa de muitos problemas de saúde. Nesta mesma noite ou na outra, após já estar deitado na rede, olhando o ambiente, resolvi ligar a lanterna, para ver o que havia em volta. Ao iluminar a parede perto da minha cabeça, vi uma aranha 🕷️, grande, mas fina. Chamei a Evilásia e ela disse que a aranha não fazia nada. Mas para eu ficar mais tranquilo, matou a aranha. Não deu tempo para eu falar para ela não matar, visto que não era venenosa. Ela disse que se fosse uma aranha “mão de mico” aí eu deveria tomar cuidado. Numa das noites eu estava sentado na porta da casa e alguns moradores locais vieram conversar e me conhecer. Um deles estava meio alcoolizado, perguntou meu nome completo, perguntou se tinha parentes ali e começou a levar a conversa para lados não muito amistosos. Eu resolvi me retirar. Um pouco mais tarde, já sem iluminação pública, ele voltou andando pela rua, bem mais alcoolizado, gritando que iria matar um. Eu já estava deitado, mas com a gritaria levantei e fui até o dono da casa para ver se ele estava bem. Ele disse para eu não me preocupar. A mulher dele estava preocupada com a possibilidade do raivoso estar com o facão. Mas a barulheira demorou pouco e nada de mais aconteceu. Na 4.a feira 01/05 dei um último passeio pelo povoado, fui ver com Chico Mendes como cruzar o rio, despedi-me de todos e peguei uma carona com os meninos que estavam indo pescar ou fazer algo. Antes de sair ainda encontrei o homem que estava alcoolizado em um dos dias, agora perfeitamente sóbrio, convidando o dono da casa para pescar. Falei para ele sorrindo “Bebe menos <nome dele>”. Pouco antes de sair, fui me despedir de Evilásia e ela me deu pedaços de mandioca que estava cozinhando. A mandioca, provavelmente colhida há pouco, foi a melhor de que me lembro na vida. Deliciosa 🙂. Despedi-me deles, vários moradores vieram até o barranco para acenar para mim em despedida. Peguei o barco com os meninos e atravessamos o rio. Pareceu-me bem complicada a travessia, num tipo de canoa daqueles, com aquelas corredeiras fortes e pedras. Mas os meninos sabiam dirigir muito bem. Paguei R$ 1,00 pela travessia, perguntei se eles queriam mais cerca de R$ 0,20 que eu tinha e eles aceitaram. Depois da travessia peguei uma pequena via de terra que me levaria até a Transamazônica. Quase não havia habitantes, mas pareciam ser propriedades privadas de fazendeiros. Cheguei à Transamazônica e rumei para o Parque Nacional da Amazônia. Depois de andar um pouco, cheguei a uma ponte que estava parcialmente caída, do lado aposto do rio à entrada do parque. Um particular havia posto um serviço de balsa para quem precisasse atravessar, majoritariamente garimpeiros, mas tinha desistido, devido a algum desentendimento na cobrança. Eu fui parcialmente pela ponte e joguei a minha mala para o outro lado, para o guarda parque pegar para mim. E atravessei o rio nadando 🏊♀️. Não era muito fundo na maior parte, mar era largo e com correnteza. Tinham me falado para tomar cuidado, pois o parque tinha onças. Já havia perguntado para vários e todos me disseram que era só depois do KM 80 e eu iria somente até o KM 63 aproximadamente. O guarda parque confirmou o que haviam dito. Fiquei um tempo banhando-me no rio e explorando os arredores da casa de guarita do guarda parque. Depois, não querendo correr o risco de pegar o caminho à noite, fui em direção à sede para hóspedes. Fui caminhando e agora havia muito pouco movimento, quase não havia mais propriedades privadas nem sinal de pessoas. Após ir-me afastando de uma obra, que acho que era de uma empreiteira, fui ouvindo cada vez mais baixo o motor do gerador a diesel e percebi a realidade. Estava só no meio da floresta, cercado por árvores enormes e mata de ambos os lados 😮. Neste momento fiquei preocupado. Já tinha pego um pedaço de pau e peguei mais um. Fui caminhando naquele sol, numa velocidade um pouco baixa, devido à mala, o saco de pão, a garrafa de água e os paus. Andei cerca de 4 km. Passei um pequeno curso de água e ouvi um ruído bem baixo, que parecia de um trovão, mas o céu estava totalmente limpo, algo raro nas tardes chuvosas da Amazônia naquela época do ano. Achei estranho, mas continuei. Estava com receio de não haver a casa de hóspedes e como o sol aparentava ser por volta de 16h, decidi que se fosse mais um pouco e não aparecesse a casa, eu voltaria, pois não poderia ficar à noite naquela floresta com risco de possíveis onças. Havia uma subida, fui até a primeira curva e achei que era hora de voltar. Se eu tivesse ido mais uns 200 metros até a próxima curva, provavelmente teria visto a casa. Comecei a voltar. Pouco depois avistei o pequeno curso de água. Lembrei do barulho de trovão e pensei comigo “Foi aqui o barulho daquele trovão”. Acho que menos de 1 segundo depois de eu ter pensado isso, ouvi um enorme esturro ao lado do mato . Aparentemente era uma onça 🐯. Saí correndo 🏃♂️. A vegetação lateral da estrada começou a se movimentar na minha direção. Continuei correndo e a vegetação continuou a vir em minha direção, tendo dado outros esturros. Creio que isso foi por uns 100 ou 200 metros. Aí, embora eu continuasse correndo, já cansado, o mato parou de se mover e os esturros começaram a ficar mais longe. Afastei-me ainda um pouco mais, para ficar numa distância mais segura e parei de correr, pois estava muito cansado. Passei a andar rápido. Eu estava tremendo do pé à cabeça. Nunca soube o que era suar frio 😰, que diziam nos desenhos e filmes da televisão. Descobri nesta situação. Voltei e cheguei à empreiteira. Lá fui procurar por alguém, pois precisava de um lugar para passar a noite. Veio Risadinha, o responsável. Disse-me para esperar, pois sua mulher tinha subido numa árvore, pois havia ouvido o esturro de onças. Eu perguntei a ele se onças não eram só depois do KM 80 (nós estávamos antes do KM 60). Ele me disse que não, que eu estava enganado, ali havia muitas onças. Um cachorro havia sumido um dia e depois haviam encontrado sua ossada. Perguntei se poderia então passar a noite ali e ele me disse que não tinham estrutura para isso, mas que ele poderia levar-me até a sede do parque. Eu perguntei se existia de fato e contei que tinha ido e não tinha encontrado. Ele disse que existia, descreveu o caminho e me disse que provavelmente eu tinha voltado da porta da casa. Já no caminhão, contei para ele da onça e ele me disse que eu tinha tido muito sorte de não ter sido comido. Realmente eu voltei a menos de 1 KM do parque e, se tivesse ido até a outra curva na subida, provavelmente teria visto a casa da sede. Chegando na sede, os dois funcionários vieram nos receber e perguntaram ao Risadinha se poderiam ter uma carona dois dias à frente. Ele nada garantiu. Pedi um copo de água e quando me deram, minha mão ainda tremia devido ao ocorrido. Contei a história e um deles me perguntou se não teria sido um macaco guariba. Quando fiz o barulho do esturro, deram risada e se convenceram de que era uma onça. Para informações sobre o Parque Nacional da Amazônia veja https://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/200-parque-nacional-da-amazonia. Fui conhecer um pouco dos arredores da sede, mas como já estava anoitecendo, vi pouco neste dia. Eles me mostraram o meu quarto e disseram que à noite haveria a semifinal da Copa do Brasil e eu poderia ver com eles se desejasse, pois eles ligariam o gerador a diesel. Não havia eletrificação na área. Disseram que poderiam cozinhar para mim, mediante pagamento, mas como eu tinha levado pão, preferi comê-lo. Na 5.a feira 02/05, fui explorar as trilhas. Perguntei sobre onças e me disseram para levar um facão emprestado. Se uma onça aparecesse eu poderia me defender. Eu levei o facão e fui num estado de extrema atenção. No começo parecia um soldado medieval em batalha 😀. Depois me dei conta do ridículo e da inutilidade e fui relaxando. A trilha na mata preservada era espetacular. Vi uma aranha toda negra 🕷️, com pontos azuis brilhantes, que achei maravilhosa. Sua teia estava no meio da trilha e eu desviei dela. Fui até um curso de água e fiquei admirando a paisagem. Passei toda a manhã lá. Depois de explorar alguns pequenos ramos da trilha, que parecia bem pouco usada, posto que a floresta já a estava retomando, resolvi voltar. Na volta, resolvi tirar a teia daquela aranha do meio da trilha, pois ela poderia ser perigosa para algum passante, poderia ser venenosa, e até desconhecida da Ciência, num lugar selvagem como aquele. Mas não pretendia matá-la, apenas quebrar a teia. Mas quando levantei o facão para cortá-la, a aranha ficou muito nervosa e começou a correr, Fiquei até preocupado de uma aranha daquelas pular e me picar. E por outro lado, fiquei com dor no coração de tê-la assustado. Parei o movimento com o facão e depois o repeti, mas agora bem mais devagar, afastando-o da aranha e pegando só a ponta da teia, que caiu e saiu da trilha. Pedi desculpas para ela. Já no início da tarde, como não havia mais trilhas abertas, a não ser na Transamazônica, em que eu tinha levado aquele susto, como um dos funcionários pretendia ir embora naquele dia, e como transporte ali era muito difícil de conseguir, resolvi voltar e seguir viagem. Ficamos esperando por uma carona, mas os raríssimos veículos que paravam, queriam cobrar preços altos. Enquanto esperávamos, ele me contou a história de um estrangeiro que saiu com uma câmera pela estrada e se defrontou com uma onça. O par da onça ou alguma outra, talvez filho, apareceu pelo outro lado. Por sorte dele, naquele exato momento, apareceu uma caminhonete lá longe na curva e teve um estouro de escapamento, que assustou as onças. Ele pegou carona com a caminhonete e foi embora. Contou sobre uma vez em que havia guiado uma família de argentinos e encontrado uma vara de porcos selvagens 🐷, dos quais conseguiram se distanciar, mas puderam apreciar. O argentino (pai da família) tinha problemas de locomoção e ele precisou carregá-lo em alguns pontos. Contou sobre uma vez que apareceu um veado 🦌 na estrada e ele o espantou para que não perdesse o medo de humanos e fosse presa fácil de caçadores. Ele me falou ainda de uma abordagem de pescadores ou caçadores ilegais que os cercaram certa vez e os ameaçaram de morte, por estarem fazendo seu trabalho. Depois de razoável tempo esperando, passou uma caminhonete antiga, que aceitou nos levar pelo preço que o funcionário disse que era o padrão, antes da ponte ter caído, quando havia bem mais tráfego. Fomos com ele. Mas no meio do caminho a caminhonete quebrou. Precisamos pagar por outro meio de transporte, posto que não davam carona. Disseram que eu precisava pagar a diferença, não achei muito adequado, mas paguei mesmo assim. Chegamos até a guarita, reencontrei o guarda parque, conversamos sobre o que tinha acontecido, e fomos atravessar a ponte. Meu tênis, já bem desgastado, escorregava na ponte, ainda mais com o peso da pequena mala que eu carregava. Os carregadores atrás de mim ficaram bastante irritados, mas acabei conseguindo chegar ao ponto de cruzar para o outro lado e liberei o fluxo de passagem para eles. Do outro lado havia transporte que nos levou a Itaituba. Chegamos no fim da tarde, se bem me lembro. Lá procurei um transporte para ir até Santarém de volta. Existia a possibilidade do barco e a da perua. Negociei com o dono da perua para incluir o preço do jantar na passagem (no barco era incluída) e decidi ir de perua, por achar que seria mais rápido e para variar um pouco. Fui para um dos últimos bancos. Paramos num restaurante e conversei com alguns dos passageiros durante o jantar. Um deles achou estranho meu estilo de vida, o fato de não ser casado nem ter filhos, de meus pais já terem uma certa idade (meu pai tinha 73 e minha mãe tinha 69 naquele momento). Outro disse que achava normal, era apenas um modo de viver. Eles quiseram pagar para mim e acabaram duplicando o pagamento do meu jantar, pois não havia dito a eles da minha negociação com o motorista para não gerar confusão. Seguimos viagem. Tirei meu sapato e minha meia molhada e cheia de terra provavelmente estava com um cheiro muito forte e desagradável, tanto que depois de algum tempo o motorista disse que estava uma catinga muito forte, que nem ele estava aguentando, e pediu para o responsável fazer algo. Eu disse que era devido a ter tirado o tênis e o recoloquei 😳. Provavelmente devido ao jantar, alguns dos passageiros tiveram problemas com gases e começou uma enorme brincadeira na perua. Eu não senti o odor, pois o foco era nos primeiros bancos. Num trecho da Transamazônica, em direção a Rurópolis, havia muitos caminhões parados (alguns eram carretas enormes) 🚚, atolados, há dias, alguns perdendo suas cargas perecíveis. Os motoristas e demais ocupantes estavam presos ali, dormindo e comendo no meio da estrada na floresta. Como os caminhoneiros sofrem ☹️! Nós tivemos grande dificuldade de passar, Várias vezes a perua patinou. Num trecho o motorista acelerou o máximo que podia e ela foi andando devagarinho até passar. Com isso, uma viagem que deveria levar menos de 2 horas, levou metade da noite (umas 6 horas aproximadamente). Chegando em Rurópolis, pegamos a Cuiabá-Santarém (BR-163), muito melhor que a Transamazônica, mas se bem me lembro, ainda não pavimentada naquele momento. Chegamos a Santarém no começo da manhã da 6.a feira 03/05, eu pedi desculpas pelo tênis. Como a viagem demorou muito, arrependi-me de ir ido de perua. O barco teria sido mais confortável e com paisagens mais belas. Deixaram-me em frente à sede do IBAMA ou ICMBIO para eu conseguir uma autorização para ir para a Floresta Nacional do Tapajós. No escritório, os funcionários deram-me a autorização, disseram-me que era gratuita e que precisaria conversar com a comunidade local para saber onde ficar. Peguei uma perua ou micro-ônibus e fui até lá. Se minha memória não falha era na região de Belterra. Cheguei perto de 15h. Procurei o líder local, que era o Almiro (ou Almino). Ele recebeu-me e disse que poderia visitar, mas que era obrigatório ter um guia, senão a comunidade local não permitiria a visita. O guia custava R$ 25,00. Fiquei surpreso, pois tinha entendido que poderia ir por conta própria e não haveria esta obrigatoriedade. Mas como já estava lá, resolvi aceitar. Ele disse que poderia ficar hospedado na casa dele e depois pagaria pelo serviço completo. Aceitei. Comentou de estrangeiros (acho que eram europeus) que estavam fazendo uma viagem pelo mundo e haviam deixado suas bicicletas ali enquanto tinham ido a outro local. Disse que aqueles sabiam exatamente como tratar os seus anfitriões. Fui dar uma volta pelas imediações, olhar o rio, conversei um pouco com sua mulher e depois fui tomar banho. Lá não havia chuveiro e o banho era num igarapé. No fim da tarde, horário em que fui, havia bastante gente. Perguntei aos outros se não se incomodavam ou prefeririam que eu voltasse para tomar banho depois e um deles me disse “Aqui não tem disso não. Pode tomar banho”. Todos tomavam banho vestidos como se estivessem na praia. À noite, durante o jantar, conversamos mais um pouco, conheci sua família e combinamos de fazer a visita no dia seguinte. Ele me falou de uma vez em que se perdeu na floresta por dias e ficou ouvindo os esturros das onças e de um companheiro seu de trabalho, negro, alto e forte, que foi morto por uma onça, que devorou seu coração e deixou o resto do corpo. Para as atrações da FLONA do Tapajós veja https://www.icmbio.gov.br/flonatapajos/. No sábado 04/05, após o café da manhã, saí com um dos filhos mais novos do Almiro para o passeio. Ele devia ter uns 16 a 18 anos aproximadamente. Fomos dar uma volta pela redondeza para explorar alguns pontos da FLONA. No começo do caminho ele parou para me mostrar uma aranha caranguejeira 🕷️ em seu meio natural. Abriu um fruto de castanha-do-pará recém caído da árvore. O gosto era delicioso 👍. Pensei que a castanha que tinha comido até ali era uma remota lembrança daquela, aberta logo após cair. Passamos por várias árvores. Ouvimos tiros. Eram de pessoas da comunidade caçando. Surpreendente para mim ver pessoas nos tempos atuais ainda vivendo da caça, sem serem índios ou totalmente isolados. Voltamos na hora do almoço. O rapaz foi bastante simpático e gentil e eu gostei do passeio. Depois do almoço fui dar uma volta na beira do rio e contemplar a paisagem. Aproveitei para descansar um pouco dos dias anteriores, que tinham sido duros. Conversei bastante com a mulher do Almiro, que tinha sido professora e falou bastante da região. Comentou de um homem que os filhos tinham pensado que tinha ficado louco, quando após diferentes tentativas de uso de suas terras, tinha decidido plantar castanheiros. Naquele momento da conversa, ele é quem estava melhor financeiramente da região. À noite, um outro filho de Almiro que morava em Macapá chegou para visitá-lo. Lá trabalhava como mototaxista. Falou como conseguia dinheiro facilmente trabalhando. Ele provavelmente disse "facilmente" porque estava comparando com a dura vida na roça, pois não me parece que mototaxista seja uma ocupação fácil. Comentou que ia trabalhando durante a noite e quando via estava com R$ 20,00 no bolso. Falou também que já tinha sido assaltado. Ao falarmos sobre ecoturismo, comentaram que havia um ninho de gavião ali perto e eles precisavam estabelecer a localização precisa, para poder mostrar a visitantes. À noite boa parte da comunidade foi até uma casa em que havia gerador de eletricidade a diesel e televisão para assistir a novela da Globo. No dia seguinte, domingo 05/05, fui dar uma volta na beira do rio. O pessoal tinha ido à missa de domingo. Lembrei de quando a minha mãe, que era de uma cidade pequena do interior de São Paulo, dizia que mesmo as pessoas mais pobres colocavam suas melhores roupas para ir aos eventos socialmente importantes. E ali a missa certamente era um dos pontos de encontro e referência da comunidade. Fiquei sabendo que passaria um barco para Santarém. Em vez de esperar o ônibus da tarde, que não era certeza que operasse no domingo e nem em qual horário sairia, resolvi esperar pelo barco na margem. Procurei pelo meu guia, esperei bastante, mas nada dele aparecer. Um pouco a contragosto, resolvi pagar para o Almiro. Preferiria ter pago diretamente a ele, mas estava ficando arriscado perder o barco. Paguei R$ 40,00 incluindo a estadia, refeições e o guia. Cerca de meia hora ou 1 hora depois de eu ter pago, o guia voltou. O barco demorou até o começo da tarde. Peguei-o e fui até Santarém. Cheguei em Santarém no meio da tarde e descobri que iria sair um barco para Macapá em algumas horas. Decidi ir para lá, antes de ir para Belém. Peguei o barco e a viagem durou um dia e meio. As paisagens foram espetaculares, tanto da floresta quanto do rio. Durante a viagem conheci um garimpeiro, que me contou de suas aventuras no garimpo. Tentei falar para ele dos problemas que o mercúrio poderia gerar, mas ele não pareceu muito receptivo. Conversando com os passageiros e tripulantes, disseram-me que se eu saísse do barco no horário em que iríamos chegar, provavelmente seria assaltado. Disseram-me “Vão tomar sua bolsa”. Conversamos também sobre o velejador Peter Blake, que havia sido assassinado poucos meses antes por piratas. Disseram-me que era em outro porto, a Fazendinha, onde não havia segurança. Pedi então ao dono do barco para passar a noite ali e ele permitiu, sem problemas. Chegamos no Porto de Santana em Macapá perto de meia-noite da 2.a feira para a 3.a feira. Na 3.a feira 07/05 de manhã, saí para procurar acomodação e ir conhecer a cidade. Fiquei num hotel perto do centro. Tinha comprado uma espécie de queijo manteiga e o deixei dentro da mala no quarto. O ambiente no entorno do porto pareceu-me um pouco sombrio. Talvez eu estivesse pré-condicionado. Fui me informar num órgão municipal (acho que era algum setor da prefeitura, se me lembro). As moças foram muito gentis e me falaram das atrações da cidade, comentando que as públicas eram todas gratuitas. Para as atrações de Macapá veja https://www.passagenspromo.com.br/blog/o-que-fazer-em-macapa/, https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/macapa e https://www.tripadvisor.com.br/Attractions-g1015728-Activities-Macapa_State_of_Amapa.html. Os pontos de que mais gostei foram a fortaleza, o Marabaixo, os museus, a comunidade quilombola e o rio em Curiaú. Achei alguns pontos da periferia da cidade um pouco suspeitos em termos de segurança, mas acho que foi só a impressão por não estar acostumado com a cidade. Fui dar uma volta pela cidade e conhecer os museus, monumentos e espaços públicos. Achei interessante haver um monumento onde cruzava a linha do equador. No barco, um morador local havia dito para mim que o Zico, quando deu o pontapé inicial para inaugurar o estádio, cuja linha de meio de campo coincidia com a Linha do Equador, disse que ele seria o primeiro jogador a chutar de um hemisfério para o outro. Os habitantes locais pareciam muito amáveis e queriam que eu conhecesse as riquezas de sua cidade. Às vezes até exageravam de tanta cordialidade e tinham enorme expectativa com as impressões que eu estava tendo. Espero não tê-los decepcionado, se não dei tanta atenção em alguns momentos quanto esperavam. Numa das noites fui à casa onde ficava uma comunidade de origens africanas, em que faziam uma espécie de festejo típico, com música, dança e gengibirra (espécie de pinga de gengibre). Receberam-me muito bem. Havia pessoas brancas que faziam parte do grupo também. Uma delas estava aniversariando e falou, sorrindo, parecendo um pouco conformada, até alegre, que não tinha tido dinheiro para comprar um bolo, mas que tinha comprado uma garrafa de refrigerante de 2 litros para não deixar passar em branco. Na hora eu pensei em ir comprar um bolo para ela, mas sem conhecer bem o local e com os festejos já começando, acabei desistindo, pois não costumo agir por impulso, mas acho que nesta situação deveria ter aberto uma exceção. Já depois de ter anoitecido, soltaram fogos de artifício e o pessoal (incluindo os mais velhos) saiu como se fosse um bloco para dar uma volta no quarteirão. Eu fui um pouquinho e depois voltei e resolvi esperá-los. Se bem me lembro a música que a matriarca cantava era “Vamo vamo minha gente que uma noite não é nada, se não dormires agora, dormirás de madrugada! Lá lá ê”. Imaginei como os vizinhos que precisassem acordar cedo se sentiriam 😀. Na 4.a feira 08/05 fui a Curiaú. Fui conhecer a comunidade quilombola, suas exposições e o modo como viviam. Receberam-me muito bem. Achei interessantes as tradições antigas que procuravam preservar em seu museu. Depois fui ao Rio Curiaú. Havia uma espécie de piscina meio natural meio artificial, e volta da qual havia uma espécie de praça, com vendedores de alimentos e diversão. O rio passava ao lado ou no meio dela. Como gosto de nadar, resolvi entrar nela e fui em direção ao rio. Saí daquela área e comecei a descê-lo. A área ficou bem mais natural e o rio parecia tranquilo. Após uns 5 minutos descendo, vi que começava um pouco de vegetação aquática vindo das margens (eu estava bem no centro). Virei e resolvi voltar. Aí eu percebi como eu sou um completo sem noção 😀. Comecei a nadar 🏊♀️ de volta e percebi que não saía do lugar. Senti então a força da correnteza. Comecei a ficar preocupado, pois estava cansando e o meu progresso era muito pequeno. Comecei a variar de estilo, para não ter cãibra e isso acabou funcionando. Demorei cerca de 50 minutos para subir o que tinha descido em 5. Perto do fim, uns 10 minutos antes de chegar, começou uma tempestade 🌧️, ainda bem que sem raios. O rio começou a ficar meio agitado, mas nada que colocasse em risco a minha subida. Cheguei e saí da água, um pouco cansado, mas com a situação ainda sob controle. Após esperar um pouco pelo fim da chuva, ouvi o rapaz da barraca de açaí chamar-me. Eu tinha ido até lá antes de entrar na água para perguntar se ele aceitava ticket refeição e ele tinha dito que não. Agora, quando lá cheguei ofereceu-me de graça uma tigela de açaí. Agradeci, mas como tinha dinheiro, paguei-o. Enquanto comia, ele me disse que as pessoas ali quando me viram começar a descer o rio, comentaram que achavam que provavelmente eu não conseguiria voltar e iria morrer afogado. Fiquei surpreso e pensei comigo porque não haviam gritado para me avisar, mas imagino que como eu tinha aparência de não ser local, devem ter ficado com algum tipo de receio. Alguns rapazes confirmaram que acharam que eu poderia não conseguir voltar e depois, provavelmente devido a isso, ofereceram-me carona de volta para Macapá. À noite, assisti a primeira partida da final da Copa do Brasil entre Corinthians e Brasiliense, em que o Brasiliense foi prejudicado pela arbitragem. Um baiano, que assistiu parte comigo, fez gozação quando o Brasiliense empatou, pois achou que eu era corintiano. Mas ficou aborrecido com os erros da arbitragem. Na 5.a feira 09/05 de manhã peguei um navio 🛳️ (a primeira embarcação de aço de toda a viagem) para Belém. Cheguei lá na 6.a feira 10/05. O navio era bem maior do que os outros barcos que eu havia pego antes. Em Belém hospedei-me perto do centro, subindo uma avenida a partir do porto. O hotel era grande e no estilo antigo. Para as atrações de Belém veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/belem-2/ e https://belemdopara.com.br/2020/02/16/10-passeios-em-belem/. Os pontos de que mais gostei foram as áreas verdes, praças, os museus amazônicos, prédios históricos, igrejas, o coco e todo o ambiente natural. Fui explorar um pouco os arredores, aproveitando ainda o resto do dia. Explorei a área do porto, que tinha acabado de ser revitalizada e tinha lojas e restaurantes. Inclusive jantei lá num dos dias. No anoitecer fui até o terminal de passageiros dos barcos que iam até a Ilha de Marajó para me informar sobre preços e horários. Fiquei um pouco receoso do caminho deserto, principalmente depois que perguntei a um sorveteiro, que lá passava, sobre a segurança naquele horário e ele me disse “mais ou menos” e para eu andar pelo meio da avenida. Depois perguntei a um militar e ele me disse que ninguém iria mexer comigo e para eu ter fé em Deus. Mas não tive nenhum problema de segurança nem na 6.a feira nem no sábado. No sábado 11/05 fui conhecer a Ilha de Marajó. Peguei o barco cedo no porto de Belém e cheguei a um porto na ilha (acho que era o Porto de Camará). De lá creio que peguei um ônibus para Salvaterra. Para as atrações da Ilha de Marajó veja https://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/ilha-de-marajo/, https://manualdoturista.com.br/ilha-de-marajo/ e https://turismodenatureza.com.br/roteiro-na-ilha-de-marajo. Os pontos de que mais gostei foram os búfalos, a fábrica de couro, o rio, os guarás, a praia do Rio Amazonas e a vegetação. Chegando em Salvaterra perguntei a um habitante local o que ele recomendava para uma viagem de 1 dia, se é que era possível algo em tão pouco tempo. Ele me sugeriu conhecer a fábrica de couro, que fazia produtos vindos dos búfalos, dar um passeio pela vila local e depois ir até a praia do Rio Amazonas, apreciando a paisagem. E emendou dizendo que parecia um bom programa para 1 dia, com o que eu concordei totalmente. Dei então uma volta no povoado, depois fui até a fábrica de couro e vi a enormidade de produtos que eram feitos com o couro de búfalo, desde roupas até calçados. Embora eu já evitasse o uso de produtos que fossem feitos com a morte de animais, não deixou de ser interessante conhecer o processo produtivo e ver como era natural para os habitantes locais aquele tipo de atividade. Dali fui caminhando até a Praia do Rio Amazonas, que acho que já era no município de Soure. No caminho passei por área alagada, vi vários búfalos 🐃 e pássaros vermelhos 🐦, que acho que eram guarás, alguns nas costas dos búfalos 😀. A vegetação natural também pareceu-me muito bela. Havia fazendas mescladas com áreas de floresta. Gostei da praia, parecia de oceano, dada a imensidão do rio. A água não era completamente doce, mas bem menos salgada do que a do mar a que eu estava acostumado. Fiquei lá algum tempo sentado ou deitado na areia contemplando e nadando às vezes. Depois voltei pelo mesmo caminho. Não me recordo se tive que pegar um barco para atravessar um rio. Lembro-me de ter passado por área alagada novamente e os búfalos e guarás continuavam lá. Voltei no meio da tarde, pois já havia me informado sobre o horário de retorno do barco. Peguei novamente o ônibus, cheguei no porto e peguei o barco de volta. Já no fim da travessia conversei com um passageiro que havia entrado na cabine bem no começo da viagem, enquanto eu tinha ficado do lado de fora apreciando a paisagem. Ele disse que tinha ficado preocupado, pois passageiros habituados à travessia haviam dito que o barco estava “jogando” muito, devido à agitação do rio/mar 🌊. Chegamos ainda com luz do sol, eu voltei caminhando para o hotel, aproveitando para apreciar um pouco mais a cidade de Belém. No domingo 12/05, Dia das Mães, logo cedo liguei para minha mãe, para cumprimentá-la pelo dia. Ela tinha ficado bem tensa com a minha viagem e acho que gostou da ligação. Depois fui passear pela cidade para conhecê-la. À tarde passei pelo estádio do Paysandu, onde estava havendo jogo ⚽, e depois fui em direção ao Mangueirão, onde encerrei o dia. Jantei numa avenida com vários restaurantes. Nos dias em que visitei Belém, apreciei muito as praças arborizadas 🌳 da região central, fui ao Museu Emílio Goeldi (https://museu-goeldi.br/), de que gostei bastante, tanto da área interna de exposição, como da área externa, que tinha inclusive alguns animais amazônicos soltos. Uma ave até implicou com o calçado de um visitante, mas, nas palavras do visitante “eles se entenderam”, quando ele levantou o pé em posição de defesa e ela resolveu não bicá-lo. Andei bastante pela orla, na época bem menos urbanizada e turística do que atualmente, mas já revelando sua beleza natural. Passei por um parque e uma área anexa que estava em implantação ali perto, fui ao Mercado Ver o Peso, vi o enorme comércio de Açaí e de produtos amazônicos típicos, achei interessante a Casa das Onze Janelas e todos os prédios históricos 🏛️ da região portuária e central. Fui também à Igreja de Nossa Senhora de Nazaré ⛪, onde um segurança pediu para eu tirar o boné, algo que estranhei e até pedi confirmação, o que creio que fez com ele desconfiasse das minhas intenções e depois me acompanhasse discretamente ao longo da visita. Na 2.a feira 13/05, voltei a visitar a área central, mas desta vez numa parte que eu ainda não havia conhecido. Comprei 1 coco 🥥 por R$ 0,50 se bem me lembro, preço muito menor do que cobravam nas praças dos bairros residenciais de classe média e alta no domingo. Estava delicioso 👍. O vendedor escolheu um que tinha bastante massa e bastante água. No início da tarde voltei para o hotel para arrumar as coisas e ir ao aeroporto pegar o avião de volta. Lembro-me que durante o voo, quando a aeromoça perguntou e eu queria algo para beber eu perguntei se tinha suco de cupuaçu e ela riu, dizendo que não. O voo transcorreu tranquilamente e cheguei a São Paulo sem problemas.
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[info]Este tópico é para troca de informações. As informações inéditas serão aproveitadas e colocadas no tópico Amazonas - Guia de informações As perguntas e Repostas na medida que ficarem desatualizadas e duplas, as mais antigas serão substituidas pelas mais novas[/info] Ola, peguei muitas dicas importantes neste fórum, portanto acho muito importante contribuir um pouco com informações q podem ajudar colegas q querem curtir a região Norte de nosso imenso pais. Vou relatar algumas experiências na visão de um paulista, portanto me desculpem se alguém não entender algumas colocações. Faltando apenas 1 semana p/ acabar as minhas férias encontrei uma oferta da TAM (ida e volta 06/07/08 a 14/07/08) SP – Manaus, por R$999,00 (primeira dica, comprem pela net, pois assim vcs não pagam uma taxa caso comprem pelo telefone 10% ou agencia). Cheguei em Manaus 3h da manha de domingo (1h a menos do fuso horário de SP) e fui p/ o ponto de ônibus q fica a poucos metros da saída do aeroporto, não estava disposto a pagar de R$40 a R$50 por um táxi ate o centro; tive sorte, pois o ônibus estava saindo do ponto aquele horário e aos domingos a passagem custa apenas R$1,00. Os relatos anteriores estavam certos, não é aconselhável andar pelo centro (próximo ao porto) entre as 22h e 6h da manhã, juro q pensei q seria assaltado, portanto caso cheguem de madruga é legal ir de táxi já num hotel reservado, q não foi o meu caso q fiquei perdido no centro até encontrar um hotel razoável. Fiquei no Hotel Kyoto na Rua Dr. Moreira, Centro, R$ 43,00 (café da manha, ar condicionado, frigobar). Como tinha pouco tempo, de manhã já fui procurar fazer o passeio do encontro das águas, como alguns sugeriram fui até o hotel 10 de julho, procurar o passeio mas o cara tava cobrando R$120,00, disse q era por causa do transporte até o porto, fui a pé e negociei com um rapaz q se chama Laércio (9976-7209 ou 9135-2988 pode ligar a cobrar-rsrsr) por R$ 90,00 (encontro das águas, nível do rio, almoço, vitória-régia, passeio por igapós e pesca de piranhas de rio – das 9h30 até as 19h). Devia ter fechado o pacote de vários dias no hotel da selva neste dia, mas como estava meio perdido e havia deixado as minhas coisas no hotel voltei no mesmo dia. Na segunda de manha fui conhecer o teatro Amazonas R$10,00, Mercado Municipal (continua fechado), Centro Cultural Palácio Rio Negro (gratuito), Museu do Índio R$5,00 e peguei um táxi (R$20,00 com uma amiga) para conhecer o Bosque da Ciência (longe do centro), mas infelizmente de segunda-feira eles fecham, então fomos para o Museu de Ciências Naturais R$12,00 onde existe um aquário bastante interessante com diversos peixes, inclusive pirarucus. Na terça-feira peguei um ônibus até a rodoviária para conhecer a cidade de Presidente Figueiredo R$14,45, cerca de 2h de viagem e por indicação de colegas deste fórum fui a Pousada da Jibóia (Rua Copaíba, 69, (92)3324-1228) pelo preço, as instalações estavam ótimas R$35,00 recomendo. Em Presidente Figueiredo as maiorias das cachoeiras estão em áreas particulares, portanto cobram para entrar e ficam perto das rodovias, na entrada da cidade existe o Centro de Atendimento ao Turista, provavelmente eles vão tentar empurrar um guia, mas peça um mapa das atrações turísticas, caso não forneçam olhem o que esta afixado na parede e vcs verão q é muito fácil chegar às cachoeiras, inclusive todas estão bem sinalizadas, inclusive a atração mais legal da cidade (para mim) que é a caverna Maruaga; na estrada existe um placa enorme e fica uma pessoa responsável para autorizar sua entrada. Infelizmente a maioria das cachoeiras está longe da cidade, portanto se vc for apenas com a mochila nas costas, terá q negociar com os moto-taxis, que tem de monte na cidade (peguei um por R$70,00 q me levou para 3 cachoeiras e para a caverna, mas não vou colocar o numero dele, pois não achei ele legal). De a pé da para visitar o Parque do Urubui, Parque Galo da Serra e Cachoeira das Orquídeas. Na quinta-feira voltei para Manaus, para fechar um passeio de 3 dias no hotel na selva (Green Lodge – Hotel flutuante no meio do Rio Negro, sem luz elétrica), novamente procurei o Laércio e negociei 3 dias (vários passeios) e 2 noites (um acampando na selva e outro no quarto do hotel) com tudo incluso por R$250,00. Foi tudo maravilhosamente bem, creio q para mim q gosta do contato com a natureza, devia ter ficado a semana toda neste hotel, mas enfim, valeu a pena conhecer a Caverna Maruaga (Pres. Prudente) e o teatro Amazonas. Não quis ir a praia ou ao shopping, mas garanto para vcs q o centro é um CAOS, uma mistura de 25 de março, com calor, cheio de gente e barracas de produtos piratas, enquanto passeava um pouco pelo centro só pensava em sair correndo de lá para a Selva Amazônica. Voltando da floresta negociei num hotel no centro R$10,00 caindo aos pedaços apenas um banho e para arrumar a minha mochila, fui ao ponto de ônibus e peguei a lotação n. 306 q t deixa na porta do aeroporto. Um site bem legal q mostra todas as atrações de Manaus, inclusive com mapas e endereço é: http://www.rumomanaus.com.br/360/index.html Vale a pena conhecer a nossa Amazônia, infelizmente, assim como o passeio q fiz no Pantanal (MT) a maior parte dos turistas são estrangeiros do mundo inteiro, temos q valorizar nossas riquezas e viajar mais pelo nosso pais. Abraços
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Oi, sou de Manaus. E criei um site recentemente falando sobre o que fazer em Manaus, e seus arredores. São várias dicas para incrementar nas suas viagens! Dicas sobre o Amazonas. E se surgir alguma dúvida pode entrar em contato no instagram que respondo mais rápido (@aprazzivel)
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Novo Airão é uma cidadezinha há 200 km de Manaus. Vc segue pela Ponte do Iranduba e pega a AM 070, em direção à Manacapuru. A estrada está em obras e em alguns trechos tem que ter paciência mas no geral é tranquila a viagem. Nos ficamos na pousada Novo Airão, fuça longe 2 km da sede do município mas era mais barata. A pousada super vale a pena , estávamos em 4 e nobquarto era limpo, confortável, com bom banheiro, piscina e estacionamento. Se vc está de carro super recomendo. Se não está, melhor ficar na Cidade mesmo (embora os preços sejam mais altos). Saímos de Manaus às 10h, fomos sem pressa, almoçamos na estrada, existem bons restaurantes. Fizemos algumas paradas e só chegamos em Novo Airão às 16h. Deixamos as coisas na pousada e fomos para a cidade. O CAT (centro de atendimento ao turista) estava fechando mas quando as atendentes nos viram nos esperaram (achei mto legal isso). Elas nos deram dicas ótimas e um mapa mto bacana com os pontos principais Cidade. Fomos até a orla e à cooperativa de barqueiros mas não havia ninguém lá. um senhor que mora em frente e vende coco nos deu o contato de um barqueiro da cooperativa. Ligamos e acertamos passeio para o outro dia. A noite jantamos em restaurante chamado TAPEREBAR , uma delícia de lugar. Avaliei no maps. Na manhã seguinte fomos passear pela cidade, existem fantásticas cooperativas de artesanato. Visitamos duas: Fundação Almerinda Malaquias, um lugar lindo com uma proposta social bacana que produz artigos em madeira e a loja de artefatos de cestaria. O pessoal é super bacana, explica bem e tem paciencia com os turistas. Almoçamos no restaurante Flor do Luar, um flutuante super bacana com uma comida deliciosa e preços relativamente altos mas que super vale a pena. Fomos ao nosso passeio de barco, o barqueiro é super experiente e nos levou para um passeio de 2h que viraram 3h. Custou 300 reais e poderia ir até 8 pessoas mas como só éramos 4, pagamos a lotação completa. Passeamos por Anavilhanas, que é lindo, vimos espelho d'água, mtos pássaros e a natureza exuberante. Ele ofereceu irmos à Prainha mas estávamos cansados. Fomos jantar no taperebar e dormir. Na manhã seguinte acordamos cedo, tomamos café e fomos para a Pousada Cirandeira Bela. Para entrar vc paga 5 reais e o recepcionista é ótimo. Quase nos convenceu a ficar mas os quartos são meio salgadinhos. um pessoal que tinha pernoitar lá falou super bem. Passamos o dia na pousada, lá tem restaurante, igarapé geladinho, atendimento mto bom e mtas belezas naturais. Todos os lugares foram avaliados no maps, caso desejem ver.
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Olá! faço parte de uma STARTUP da cidade de Manaus. Estamos desenvolvendo um projeto que tem como objetivo auxiliar turistas na chegada à nossa cidade, trazendo a eles uma experiência melhor em relação ao turismo local. Essa pesquisa nos ajudará a entender as problemáticas encontradas nas visitações e trabalhar em cima delas . vocês que passaram pela cidade de manaus poderia responder um pequeno questionário para nos ajudar? https://forms.gle/CFffNZWe6FD3Vcrz7
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Oieee, galera. Estou a procura de pessoas que se interessam em fazer um mochilão pela Amazônia, eu sou de Manaus e queria encontrar pessoas do Pará, Amazonas, pra ver se fica mais fácil a aventura. Mas claro que se tiver algum de fora, pode vim também. Estou pensando em fazer ano que vem (2020) conhecer alguns pontos, focando sempre na natureza. Se tiver alguma dica, qualquer coisa, pode comentar, eu agradeço.
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Safári Amazônico. O passeio chamado Safári Amazônico, um tour de um dia que sai de Manaus e percorre de barco as principais atrações da região do rio Negro: Tribo indígena, Botos cor de rosa (Boto Vermelho para os amazônidas), Lago Janauari (almoço), Ponte Sobre as Árvores e Encontro das Águas. Saídas: terça, quinta, sexta, sábado e domingo. Horário: 8:00 às 16:30 Embarcação: Lancha Rápida (Speed Boat) Pagamento: Visa / Master / Amex / Cash: 120 reais, com tudo incluso. Incluso: almoço, guia bilíngue, taxa de embarque e de visitação. A viagem segue com destino à uma comunidade indígena onde participamos de um ritual de apresentação e conhecemos um pouco sobre sua cultura. Logo após descemos o Negro passando pela orla da cidade em direção ao Parque Ecológico Janauary, no local foi servido um almoço regional (cardápio à base de peixes, carne ou frango, saladas e acompanhamentos, buffet self-service), depois fomos uma visita às vitórias-régias caminhando sobre uma passarela palafita na selva, em seguida visitamos a feira de artesanato local. Muitos animais silvestres, entre eles muitos macacos. Após isso, vamos ao mais esperado do passeio, o Encontro das águas, Rio Negro e Solimões, que correm juntos 7 kms para se misturarem e formar o Imenso Rio Amazonas, com o segundo encontro, lá no Pará, em frente a Santarém e desaguar no Oceano Atlântico, perto de Belém do Pará, porém isso já é outra história, farei um novo tópico. Saindo em direção a Ponte Sobre o Rio Negro. As fotos são de 2 modelos, que fui fazer os books para os portfólios delas. Roteiro: Saindo do porto (Roadway), subimos o rio Negro em direção à plataforma flutuante de interação com os botos, onde tivemos a oportunidade de nadar com esses animais incríveis e dóceis e observá-los ao serem alimentados por um nativo. Vamos aos detalhes: Primeira parada: Tribo indígena - a primeira parada foi na Tribo Indígena Tucanas, onde fomos recebidos com uma pequena demonstração da cultura, costumes e rituais indígenas da tribo. Dançamos, comemos e apreciamos o estilo de vida deles. Curiosidade: As formigas fazem parte da alimentação deles, assim como peixes e raízes. As formigas que provei na aldeia, tinham gostinho de amendoim, bem crocantes, como um salgadinho. Além de tudo o que vivenciei e aprendi, fiquei impressionado com o visual da aldeia. A vista do rio Negro, é fantástica. Uma sensação de paz e tranquilidade incrível. E os Tapurus, isso nós já estamos acostumados, desde que servimos ao exército e fazemos o "Boina Verde" um tipo de sobrevivência na selva. E como não poderia faltar, o peixe assado. Depois vem o convite para dançarmos como os índios,é sensacional. Na Tribo Indígena Tucanas, onde fomos recebidos com uma pequena demonstração da cultura, costumes e rituais indígenas da tribo. Dançamos, comemos e apreciamos o estilo de vida deles. Curiosidade: As formigas fazem parte da alimentação deles, assim como peixes e raízes. As formigas que provei na aldeia, tinham gostinho de amendoim, bem crocantes, como um salgadinho. Além de tudo o que vivenciei e aprendi, fiquei impressionado com o visual da aldeia. A vista do rio Negro, é fantástica. Uma sensação de paz e tranquilidade incrível. Depois foram as fotos com os índios e dos índios Tucanas. Aperta a fome, é hora do lanche, pois teremos muito chão pela frente, opaaa, muita água. Segunda parada: Interação com os Botos Obs.: Não tem saídas para interação com os botos às quartas-feiras, considerando a necessidade de promover o turismo responsável, estimulando o equilíbrio natural da espécie dentro de seu habitat conforme determinação do Ibama. A parada seguinte foi no flutuante do boto. Os animais ficam livres no rio Negro, não ficam em cativeiros e "aparecem" no local pois são alimentados, sendo que não é permitido encostar nos animais. Sugestão: Levar dinheiro trocado para o caso de compras de artesanato, toalha e roupa de banho. Assim que chegamos, fomos orientados de como nos conduzir na água. Após orientação do pessoal do flutuante, colocamos coletes e entramos na água em pequenos grupos, 6 por vez. Os visitantes são convidados a entrar na água para sentir a movimentação dos animais, mas é estritamente proibido encostar ou alimentá-los. Somente os monitores, podem alimentar os botos. Não é possível avista-los, quando estão submersos, pois a água do Rio Negro é escura, como já diz o nome do rio. Se leva sustos com os botos, passando ao lado das perna e braços da gente. Terceira parada: Restaurante Flutuante. Já era quase meio dia e a fome estava apertando. A próxima parada foi em um restaurante flutuante, onde almoçamos. O restaurante totalmente flutuante. A comida era deliciosa. Comi peixe, muito peixe Tambaqui e Pirarucu, deixei o frango e carme de lado, pedi como bebida, um delicioso suco de cupuaçú. Apo's o almoço, vamos a "feira de artesanatos dos nativos", ali próximos, é como se fosse passar de uma balsa a outra. Não dei muita importância, pois como mora na região, já não me chama a atenção esses produtos, porém os turistas ficam muito tempo vendo esses produtos. Então convidei a minha modelo, e fomos para a Ponte Sobre as Árvores, onde poderíamos encontrar alguns animais. Quarta Parada: Ponte Sobre as Árvores: Alguns animais que se encontram na mata próximo ao restaurante, tem o bicho preguiça, jacaré e muito, mais muito macaco e pássaros de todos os tipos e cores. Aqui é quase certo de encontrarmos muitos macacos, e eu já sabia disso, então sai na frente com a modelo para as fotos, bem antes dos turistas chegarem. Iniciando as fotos da modelo, vem um dos macacos e se aproxima dela, como dizendo, "Eu também sou modelo", claro, um modelo de macaco. Ficou até engraçado a foto da modelo com ele ao lado. Vale lembrar, que esses animais ficam soltos na selva. Observe que tem mães macacas, carregando seus filhotes nas costas. No final da Ponte sobre as Árvores, você vai encontrar o Lago das Vitórias Régias, é super lindo esse local, e se der sorte, vais ver além das Vitórias Régias e sua belíssimas flores, pássaros e jacarés "dentro" das imensas folhas dessa planta aquática. Finalmente, o Maravilhoso encontro das Águas. Esse encontro se dá, entre os Rios Solimões e Negro, sendo o Solimões de águas barrentas e o Negro, com águas escuras, por isso fica um dos encontros mais lindos do mundo. A noite, esse encontro é mais lindo ainda, como se fosse óleo diesel jogado na água, é fantástico. Os dois rios, correm juntos aproximadamente 7 kms, se juntando e formando o imenso Rio Amazonas, e lá no Pará, mais precisamente em frente a Pérola do Tapajós (Santarém), outro belo encontro das águas, om os Rios Amazonas e Tapajós, desaguando no Oceano Atlântico, próximo a Belém. Chegando no Porto de Manaus, se dirija ao Mercado Municipal e saboreie um delicioso peixe frito, Pacú e Jaraqui. Isso já é por sua conta, não está incluso no pacote.
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Olá, gente! Eu estou montando um roteiro turístico aqui pelo Amazonas, mas ainda sou muito nova nessa área, e semana que vem vou levar afamilia do meu namorado para um passeio por Manaus porém não sei muito bem como começar vcs sabem alguma empresa boa aqui? ou é melhor ir sem empresa? alugar carro? quais melhores cachoeiras? e esse tempo de Julho é bom para ir? e se vcs tiverem outro locais pra por na lista por favor me dizem. Eu ja tenho em minha lista Museu do Seringal, jantar com apresentação de boi bumbá, Teatro Amazonas, Mercado Municipal, Encontro das águas e Ritual indígena.
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Passar por Manaus e não fazer um passeio de lancha para ver o impressionante encontro das águas é como se a viagem tivesse sido em vão. Pode-se colocar as mãos na água, para sentir esse milagre da natureza. As águas dos rios Negro e Solimões correm por mais de 7 quilômetros em paralelo antes de formarem o grandioso Rio Amazonas Os rios são muito importantes para as pessoas que moram na região, pois é de onde vem o que elas comem, além de servirem como vias de deslocamento, chegada e saída de produtos do comércio local, fonte de pesquisas para cientistas do mundo inteiro e, claro, lazer. Os rios, são as estradas, aqui na Amazônia Saindo do Porto do CEASA, em menos de 10 minutos já está diante desse fenômeno que se expande por uma faixa de 7 quilômetros até que os dois rios se transformam em um só: o Rio Amazonas, o mas extenso e com maior volume de água do mundo. Por que as águas não se misturam ? Essa é a pergunta que nunca cala. Os turistas arriscam alguns palpites, mas por não ser estudiosos da área, então émelhor esper a explicação de alguém que pudesse falar com propriedade a respeito. Diversos elementos contribuem para que as águas dos rios não se misturem. * A começar pela velocidade de suas correntezas, que no Rio Negro é de 2 km/h, enquanto no Solimões, mais rápido, é de 6 km/h. * Outro fator importante é a temperatura das águas, que no rio escuro é maior que no rio barrento. * Densidade. * Composição e acidez são outros aspectos que influenciam nesse fenômeno. O Rio Negro nasce na Colômbia, onde é chamado de Rio Guainia. É o rio de águas negras mais extenso do mundo e o segundo maior em volume de água, desbancado apenas pelo Rio Amazonas, o qual ele ajuda a compor com o Solimões. O Solimões, por sua vez, nasce no Peru com o nome de Vilcanota, ao longo do caminho é chamado de Uicaiali, Urubamba e Marañón, até entrar no Brasil na cidade de Tabatinga, onde começa a ser chamado de Solimões. Ele tem esse aspecto barrento devido aos muitos sedimentos que acumula ao longo do trajeto que faz desde a Cordilheira dos Andes. O interessante, é que, em lugares banhados pelo Rio Negro a proliferação de mosquitos é menor, pois a água é mais ácida devido à grande quantidade de matérias orgânicas provenientes da decomposição da vegetação. Sendo assim, as chances de se contrair doenças tropicais como dengue, malária e zika são muito remotas. Para se ver livre dos poucos pernilongos que aparecem, use repelente e roupas compridas. Quantas informações para um único passeio, né ? Aprendemos muitas coisas novas e aos poucos vamos compartilhando todo conhecimento adquirido
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O Teatro Amazonas é, sem sombra de dúvidas, o cartão postal de Manaus. Não dá para passar pela cidade sem conhecer o seu principal ponto turístico. Tivemos a sorte de pegar a temporada do projeto “Duetos Populares” com apresentações de teatro, música e dança gratuitos. Dessa forma, conhecemos o interior do teatro e o vimos em pleno funcionamento. Foi espetacular! Essa preciosidade completou 202 anos de existência em 2018 e hoje é o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas. A construção reflete perfeitamente o período de modernização e glamour dos tempos áureos da borracha. A fachada segue o estilo neoclássico e uma belíssima cúpula com escamas de cerâmica nas cores da bandeira do Brasil. Não deixe de fazer a visita guiada, que é gratuita em todas as terças-feiras. Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 9 às 14 h. Preço: R$20, sendo que estudantes, professores e militares têm direito a meia-entrada. Visita guiada gratuita às terças-feiras.
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Venha conhecer Manaus, tem ao redor várias cachoeiras em Presidente Figueiredo. Trilhas, camping, rapel, tirolesa e paisagens de tirar o fôlego são algumas das atrações que misturam aventura e preservação na Terra das Cachoeiras - Por Lucas Raposo da Câmara, Portal Amazônia. Conhecido como 'A Terra das Cachoeiras', o município, que fica a 120 Km de Manaus, abriga mais de 100 cachoeiras bem preservadas que atraem turistas do mundo inteiro. Cachoeira de Iracema Cenário da novela 'Além do Horizonte', da Rede Globo, a famosa cachoeira conta com trilha e estacionamento próprio. O volume d'água impressiona. Com boa profundidade é possível mergulhar nas águas geladas. Valor: R$ 10 por pessoa - Local: Km 115 da BR 174 Cachoeira do Santuário Composta por por três quedas d'água, a cachoeira recebe este nome porque abriga uma pequena imagem de Santa Clara na primeira queda d'água. Conta com trilha, chalés e restaurante. Valor:R$ 10 por pessoa Local: Km 12 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira da Porteira Muito procurada pelos amantes de acampamentos, esta cachoeira conta com área de camping, mesas, banheiros e lixeiras. O local cobra um valor diferenciado para os turistas que optarem pelo pernoite. Valor: R$ 8 por pessoa Valor do pernoite: R$ 20 por pessoa Local: Km 13 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira da Pedra Furada É a mais distante entre as cachoeiras de Presidente Figueiredo. A distância, porém, é recompensada com um visual único e marcante. As quedas d'água são formadas por três grandes furos na pedra e forma uma piscina natural de águas calmas e preservadas. Valor: R$ 10 por pessoa Local: Km 57 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira Asframa Localizada em propriedade particular. Possui queda d'água com aproximadamente 5m de altura, piscinas naturais e corredeiras. Infraestrutura conta com restaurante com opções de peixes, saladas e vinagrete. Valor: R$ 30 por veículo Local: Km 96 da Rodovia BR 174 Cachoeira das Araras Está localizada dentro da área do complexo turístico Cachoeira de Iracema. Caminhando pelas trilhas do complexo, os visitantes encontram uma das cachoeiras mais populares do município, além de diversas grutas. Valor: R$ 10 por pessoa Local: Km 115 da BR 174 Cachoeira da Neblina É a maior cachoeira de Presidente Figueiredo, com aproximadamente 30m de altura. Apesar disso ainda é praticamente desconhecida, devido o difícil acesso. Para chegar nela os visitantes têm que enfrentar uma trilha de 7 Km floresta a dentro. Para quem encara a aventura, a recompensa é um imenso paredão de água e piscinas naturais. Valor: R$ 10 por pessoa Local: Km 51 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira dos Pássaros Cachoeira de fácil acesso e sem necessidade de trilhas. Por isso, é comum ver a presença de famílias e crianças. O local permite a prática de acampamentos e conta com atrações como tirolesa, passeio de boia e restaurante. Valor: R$ 5 por pessoa Local: Km 13 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira de Sussuarana Está localizada na Vila de Balbina. Coma aproximadamente 15m de altura é bastante procurada por praticante de rapel. Para acessar a trilha é preciso caminhar por uma hora dentro da floresta. Valor: Gratuito Local: Km 86 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira do Mutum Para chegar à cachoeira de carro recomenda-se veículo com tração 4x4 para evitar atolamentos. Já quem prefere chegar a pé terá de percorrer 6 Km de trilha. Tudo isso, porém, é recompensado pelo cenário único que é a marca do município, com piscinas naturais encravadas na rocha. Na área é permitida a prática de camping. Valor:R$ 10 por pessoa Valor do pernoite: R$ 20 por pessoa Local: Km 54 da Rodovia AM 240 (Estrada de Balbina) Cachoeira da Onça De fácil acesso, a Cachoeira da Onça conta com trilha que passa sobre o rio Urubuí. Com quase 10 metros de altura, a queda d'água não é forte, mesmo em tempos de cheia, o que garante um banho seguro para pessoas de todas as idades. Valor: R$ 10 por pessoa Local: Km 108 da Rodovia BR 174 Cachoeira Natal É a cachoeira mais extensa de Presidente Figueiredo, com 50m de comprimento. A altura aproximada é de 10m. A queda forma uma piscina com águas calmas. Por ser distante do centro da cidade é um local reservado e oferece maior tranquilidade. Valor: R$ 20 por veículo Local: Ramal do Urubuí Cachoeira Salto do Ipy A queda d'água tem mais de 20m. Um paredão de rocha, grutas e vegetação selvagem completam um dos mais belos cenários naturais da Amazônia. Com ar de mistério, também foi locação da novela 'Além do Horizonte". Valor: R$ 5 por pessoa Local: Km 57 da rodovia AM-240 (Estrada de Balbina) Cachoeira Berro D'água De fácil acesso. As águas são rasas e quedas d'água baixas, ideias para pessoas de todas as idades. Infraestrutura conta com restaurante, estacionamento e banheiros. Valor: R$ 10 por pessoa (crianças e idosos pagam meia) Local: Km 11 da rodovia AM-240 (Estrada de Balbina) Cachoeira das Orquídeas Cachoeira de fácil acesso e entrada gratuita. Após trilha de 1,5 Km os visitantes podem desfrutar de uma tranquila piscina natural, formada pelas águas que descem pelas rochas. Valor: Gratuito Local: Av. Onça Pintada, Galo da Serra, Presidente Figueiredo Parque do Urubuí Ponto central de Presidente Figueiredo. As fortes correntezas da corredeira atraem praticantes de boia cross. O local reúne os principais restaurantes e hotéis da cidade, além de atrair milhares de turistas. O Monumento que identifica a Corredeira é o índio Waimiri saindo de dentro da casca do cupuaçu - principal referencia do local. Valor: Gratuito Local: Estrada Municipal Da Cachoeira, Presidente Figueiredo.
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Sou de Belém do Pará e a princípio eu não desejava viajar pelo Norte do Brasil por achar que não ia encontrar coisas diferentes, logo, não ia ficar surpresa. Já antecipo que estava muito enganada! 😂 Meu Instagram: @renatarochap para verem as fotos e o destaque que tenho sobre esse passeio. Foi um amigo e eu, o qual decidimos comprar as passagens para o feriado do dia 15/11. Compramos pelo 123milhas por ser o valor mais em conta. No entanto, se vocês tiverem tempo livre pra viajar, recomendo o aplicativo “Skyscanner”, pois você adiciona o destino e ele mostrará o período mais barato! Neste período Manaus teve um feriado prolongado, pois “enforcaram” (ficaram sem trabalhar) a sexta (devido o 15/11) e a segunda (decido o dia 20/11- consciência negra). Vale ressaltar que nem todos os Estados adotam como feriado (Belém é uma das que não adota). Sendo assim, foi um período cheio de eventos na cidade. Vamos pelo começo... compramos as passagens pelo 123milhas, por ter data certa e ter sido o mais barato (R$567 reais) com direito somente a uma mala de mão (10kg) e uma mochila. Reservamos um quarto pelo aplicativo “Airbnb”, cujo responsável foi o André, diária no valor de R$41,00 reais, localizado pelo centro da cidade. Na verdade a casa dele é de dois andares, mas o primeiro é reservado aos hóspedes... conta com uma cozinha (geladeira, fogão, microondas, máquina de lavar, pratos, copos, talheres, etc), banheiro reservado e um quarto com ar. Super confortável! A gente praticamente só voltava pra casa para dormir, então não usamos a cozinha! No quarto da pra dormir até 3 pessoas (uma cama de casal e um colchão no chão). Pra quem quer economizar, tá ótimo. Vou deixar o whats do André se caso alguém se interessar (infelizmente não bati foto da casa :/). O local é perto do centro, eu ia andando pra lá, levava em torno de 10/15 minutos. Vale ressaltar que o centro realmente é comercial e eu achei aquela área um pouco deserta para andar, porém não tive problemas durante os retornos para casa ( e olha que eu voltava perto das 22h). Dava pra pegar uber, mas queríamos economizar o máximo possível. Se da pra andar, vamos lá... contato do André: (48) 9836-2438. Vocês podem tá pedindo imagens do local, localização e acertando reserva. Obs: tem wifi também e Netflix. O uso de energia não conta como adicional e eu achei muito legal, pois em outros locais cobraram. Ah... chegamos na madrugada é perto da casa tem barzinho, um lanche bem simples nos salvou da fome (hamburguer bem servido pra cada com uma coca de 1L - R$19 reais). Segue foto que peguei no aplicativo! Chegamos na madrugada do dia 15/11. Às 8h já estávamos de pé para pernar pela cidade. Fomos andando (pesquisem no Google para saber o caminho) até o teatro Amazonas. Já fiquei encanta a cada passo que me aproximava. Rola uns passeios guisados para conhecer o interior do teatro e fomos no passeio das 11h. Valor: 20 reais. Estudante paga meia, professores, residentes e mais um que não lembro agora. Paguei no débito, pois não estava andando com dinheiro (primeiro dia e eu precisava saber como ia funcionar essas caminhadas lá. Rs! E não sei se aceitavam crédito. Recomendo o passeio, bom e barato. Finalizado o Teatro, fomos procurar um local pra almoçar, foi quando, ao lado do teatro, nos deparamos com um bondinho, parece aqueles de Londres para turistas, sabem? 😂 Por curiosidade resolvemos nos aproximas e bingo, tinha um CAT (centro de atendimento ao turista) lá e obviamente entramos para pegar folhetos que pudessem nos ajudar. Conhecemos a Maria, uma jovem moça muito educada... a mesma disse que aquele “bondinho” faz um City Tuor pela cidade e de graça, só tínhamos que chegar cedo, pois são 50 pessoas por passeio! Horário de saída? 15h30min. Ok! Dava tempo pra almoçar. Comemos em um restaurante bem simples que tinha em uma das ruas ali por perto. Valor? R$12 reais. Era praticamente um PF, mas confesso que escolhi o local pelo ar (tava muito quente) e também tinha wifi, além de barato! Voltamos às 14h30min e já tinha uma fila formada, quase a gente não conseguia participar do passeio, então fiquem atentos aos horários. O passeio é somente no bondinho... ele passa pelo centro, pelos monumentos, pela ponte que atravessa o Rio Negro e para na praia de Ponta Negra (parada de 15minutinhos) e depois retorna para o teatro. Voltamos às 17h30. No mesmo dia ia ter um evento no teatro com entrada gratuita, às 20h, então decidimos parar em um restaurante que tinha bem ao lado do teatro (Splash) e aguardar. Tomei dois sucos de laranja (R$9,00 cada- copao) e uma fatia de pizza portuguesa (R$18,00- fatia serve bem). Meu amigo tomou cerveja (não lembro valor) e pediu algo parecido com lasanha (R$20 reais). 19h a gente vai pra fila, portão abriu às 19h30min, sendo que o evento tava pra começar às 20h, e a programação acabou sendo uma ópera! Eu sinceramente amei aquele teatro, não podem deixar de visitar. Promeiro dia- Entrada ao teatro - R$10,00 (meia)/ almoço R$12,00 + R$7,00 coca de 1 litro./ R$33,00 no splash, mais 10%. Comprei varias águas que perdi as contas, pois Manaus faz muito calor por não ser ventilada. Sendo assim, recomendo desde já roupas leves. Dia 16/11- sexta - segundo dia. Decidimos alugar um carro para ir a Presidente Figueiredo conhecer a Gruta da Judéia com a caverna (mesmo local praticamente) e a Cachoeira do Mutum. Acreditei que seria um dia em que as pessoas estariam trabalhando e assim não ia ter muita gente. Primeiro ponto... pesquisamos no Google algum local para aluguel de carro. Andamos bem porque os locais lá dificilmente alugavam o carro pra um dia e com km livre, além de cobrarem caro. Vão direto a alguma “Localiza” que não tem essa frescura, além de não perderem tempo. Valor- R$135 por um gol 1.6. Ótimo carro e era o que tinha disponível. Acredito que há carros mais baratos. Eles dão com tanque cheio e você só precisa fazer seu cadastro e apresentar a carteira de motorista. Ah... tem que devolver com tanque cheio (mesmo jeito que te entregam) e lavado (lá oferecem lavagem por R$28 reais. Como não queríamos ter procurar um local pra lavar o carro nem esperar, pagamos os 28 mesmo. Documentos assinados, chave em mãos, partiu viagem. Utilizei o “Waze” e coloquei presidente Figueiredo como destino. Não façam isso, joguem direto o local que querem, pois a entrada das cachoeiras ficam um pouquinho antes de Presidente Figueiredo de fato! A Br pra chegar até lá é maravilhosa, um tapete de tão lisa, porém não há acostamentos, logo, é bom ter um pouco de atenção. Confesso que cheguei a dirigir a 140km/h. Já na rua de acesso às cachoeiras (foto em anexo- sinalizada com as cachoeiras que tem) bom, elas sim apresentam alguns buracos pelo caminho, então atenção redobrada. A via é sinalizada mas se tiver alguma dúvida, só perguntar a quem estiver pelo caminho, mas não tem erro! Paramos primeiro na gruta. Valor- R$100 reais. Esse valor é pago pro guia e eles aceitam até 5 pessoas, no entanto o movimento estava tranquilo e decidimos não esperar por ninguém, pagamos o valor e acabamos tendo privacidade nesse passeio. É lindo, encantandor, foi uma experiência diferente (segue foto, mas recomendo verem meu Instagram que anuncie lá no começo). Você entra na floresta e vai explorando o local... vão molhar o pé, então pensem bem no sapato (fui de rasteirinha mesmo). Passeio durou quase 2h. Finalizado o passeio a gente foi direto pra Cachoeira do Mutum... levamos 30 minutos da Gruta até a entrada do Mutum, em diante é terra batida. Valor- R$10 reais de cada. Mais meia hora por uma trilha até chegar ao local. Você se mete mato a dentro até chegar ao local pra deixar o carro e segue andando, mais 5 minutos. Importante informar que fomos no período de seca, o que ajuda a visualizar as piscinas naturais formadas nessa Cachoeira, mas nesse dia acabou chovendo e o caminho de volta tava só lama! Saimos de lá às 18h pois queríamos aproveitar bem. É lindo, a água é gostosa e não tinha muita gente. Acho que o fato de termos chegado tarde contribuiu pra isso e a chuva também afastou algumas pessoas, o que não reclamo, porque no final aquele lugar lindo pra caramba ficou só pra gente! 😂😍😍 Não queria sair de lá, mas tínhamos que voltar pra Manaus né?! Peguei a estrada a noite e eu não recomendo. Lembra dos buracos que falei? Pois então, cai em alguns... ou você dirige com muita calma ou vai cair neles 😂 Eu queria chegar em casa logo e no total foram 3h de estrada pra chegar e olha que eu corri bem. Enfim... não gostei de pegar a estrada a noite... ela é escura e eu queria logo chegar a Br. Chegando finalmente na Br vem aquele alívio, temos novamente uma rua sinalizada e lisa. Voltei a correr! Tomem cuidado porque as pessoas costumam andar com a farol alto e acabam nos cegando... eu peguei uma sequência e por alguns segundos eu quase vou pra fora da estrada. Gente, foi muito rápido, mas não era a hora (livramento). São varias subidas e descidas, então as vezes é como se os carros aparecessem do nada. Recomendo saírem bem cedo e retomarem durante o dia, ou então irem sem pressa. Chegamos em casa por volta das 21h e eu já estava muito cansada, então resolvemos pedir uma pizza na Splash (R$49,99 com direito a refrigerante coca) e foi nosso jantar! Acabamos não parando pra almoçar, primeiro por não encontrar algo na estrada das cachoeiras e segundo por querer aproveitar bem, então ficamos nas bolachas 😂 Gasto do dia gruta R$100 (até 5 pessoas pode)/ Cachoeira do Mutum R$10 por pessoa/ R$ R$49,99 da pizza! 16-11 - terceiro dia- sábado Acordamos cedo pra entregar o carro. Tivemos que encher o tanque novamente e a gasolina tava no valor de R$4,89. Gastamos R$157,23 (31L) mais R$28 da lavagem. Carro entregue (Localiza do centro) e fomos andando para o centro da cidade. No caminho paramos em uma padaria para comer algo. Progamaçao do dia foi andar pelo centro, neste dia tava movimentando, pra conhecer a igreja Matriz e o mercado de lá. Aproveitei pra comprar alguns imãs como recordação. Lembrando que a gente sempre comprava água... eu já andava com uma garrafinha o dia todo. Depois do mercado pegamos um uber para conhecer a Arena (R$12 reais) mas chegando lá não deixaram entrar. Na semana que tem evento na arena eles não permitem visitação, foi quando nos informaram que ia ter jogo no domingo, às 18h. Ok! Não saiu como planejado, então resolvemos almoçar... bem perto tem uma churrascaria (Picanha não sei o que) e estávamos caçando um local com ar por causa do calor. Acabamos entrando no ambiente sem ar e nem perguntamos se tinha outra parte 🤦🏻♀️ Acabamos saindo na hora. Pedimos informação de outro local pra comer e nos recomendaram uma churrascaria na rua de cima (esqueci o nome de lá)... fomos andando, algo de 5 minutos! Comemos bem pedindo meia porção de feijão tropeiro, 220g de picanha, meia porção de macaxeira, um creme de cupuaçu com chocolate e água. Serviu os dois e deu uns R$70 reais. Acho que foi a primeira vez que comemos direito por lá 😂 O restaurante do centro não tivemos muita sorte! Como não conseguimos visitar a Arena Amazonas, decidimos ir direto pro MUSA. A ideia era pegar o ônibus 448 na estação flores (pontos no meio da rua no estilo BRT, mas lá é BST). Infelizmente não souberam nos informar onde era e estamos preocupados com o tempo, entao pegamos um Uber pra lá (R$28 reais). Sinceramente? Não era necessário, pois depois descobrimos que era pertinho, tinha um bem na frente da arena e outro perto da churrascaria “Picanha”. Enfim... chegamos no MUSA. Entradas- R$20 passeio sem guia R$40 passeio com guia e dando direito ao serpentário. R$50 passeio completo com direito a ficar na torre até às 18h, os outros passeios permitem somente até às 17h. Pagamos o de 50, porém meia. O local conta a história de algumas espécies de arvore, as serpentes, tem o borboletário, a parte da vitória régia e, o principal, a torre que te dá uma vista da extensão da floresta amazônica! Precisam conhecer! Bem em frente ao MUSA é o final da linha e o ônibus que levava pro centro (448) sai às 18h10- R$3,80. Descemos no centro e resolvemos ficar lá por perto do teatro e acabamos dando de cara com uma apresentacao musical. Manaus estava cheia de atrações e acredito que era por causa dos feriados prolongados 😂 Assistimos até o final e retornamos pra casa. Jantamos o restante da pizza de ontem e dormimos de tão cansados! Como podem perceber, fomos pra conhecer a cidade, então não tivemos vida noturna pois isso nos deixaríamos mais cansados e não iríamos seguir a programação que eu tinha montado! Dia 18/11- quarto dia - domingo Eu acabei não reservando o último dia pelo aplicativo por falta de atenção mesmo e ao entrar em contato com o André pra solicitar, o mesmo informa que já tava reservado para um casal. Ou seja, teríamos que sair no domingo de manhã mesmo. Durante nossas caminhadas pelo centro acabamos encontrando uma rua cheio de “hotel” e conversamos com uma moça pra poder deixar nossas coisas na manhã de domingo e cedo, sendo que as diárias começamos só às 8h, e esse horário tínhamos que estar no Porto pra participar de um passeio. 😅 Conversa vai, conversa vem, a moça disse que não teria problema... acontece que no dia que combinamos de ir nos deparamos com o local sem vaga. Sorte a nossa que na mesma rua tinham mais “hoteis” pra perguntar, até que conseguimos um de R$50 reais a diária e a moça aceitando nossas malas antes do horário de entrada. Nessa rua na verdade não motéis, mas com a denominação “hotel”, pois encontramos varias casas noturnas la com mulheres na entrada, então tava na cara que usavam aqueles lugares pra isso também. Como queríamos só um local pra tomar banho e guardar nossas coisas, além de não ter muitas opções naquela altura do campeonato, aceitamos aquilo mesmo pra economizar, além de ser mais perto do porto. A mulher foi muito prestativa e passou confiança. Pahamento feito e lá vamos nós para o Porto para curtir o passeio regional! Esse passeio você fecha com uma agência de turismo e antes da viagem eu entrei em contato com varias, a mais barata foi com a Yara (R$90 reais), vou deixar o contato ao final. Você sai em uma lancha que te leva pra nadar com o boto (antes era incluso e hoje separaram, valor R$20 reais- precisam participar disso, é único); em seguida fomos conhecer uma aldeia indígena que fazem suas apresentações e vendem seu material para os visitantes... lá você pode comer algumas coisas, comi formiga, por exemplo, podem pintar o rosto e só precisam contribuir com algum valor que vocês quiserem; depois disto fomos para o flutuante almoçar(incluso nos 90 reais) e você pode se servir a vontade, eles oferecem varios tipos de peixe e recomendo o pirarucu, o melhor! Não podem tomar banho nesse Rio porque tem piranhas... depois do almoço você faz um passeio curto a floresta para algumas explicações e retorna para o flutuante ao lado onde você pode fazer a pesca do pirarucu a R$5 reais, com direito a dois peixes amarrado em um barbante. Após a pesca do pirarucu você retorna ao Rio para o encontro do Rio negro e rio Solimões. Em seguida retornamos ao Porto, às 17h, e finalizamos o passeio. Eu saí apaixonada e é algo que precisam ir pra conhecer de verdade o Amazonas. Corremos para o hotel para um banho e nossas coisas estavam no quarto separado (não encheram em nada). Nos arrumamos rápido, subimos a avenida principal (uma quadra) para pegar o 448 e finalmente conhecer a Arena! 😂 o ônibus para bem na frente e ficamos por volta de meia hora somente, pois às 23h tínhamos que estar no aeroporto. Naquela noite estava tento a libertadores feminina, muito legal. Perdemos a visita de sábado e ganhamos a oportunidade de conhecer o local com uma partida rolando! Show de bola! Pegamos o ônibus pra voltar pro hotel, ficamos um tempo lá por causa do calor (sério, a cidade é calorenta) e perto de irmos embora fomos em um lanche que tem na esquina - gastamos 17 reais ( 2 hambúrguer e duas latinhas de refrigerante). Pede uber pro aeroporto - R$37 (o mais caro que pagamos). gastos- R$90,00 passeio (individual) R$20,00 nado com o boto R$5,00 pesca do pirarucu (não fiz) R$7,00 minha contribuição pra pintura de rosto e pelas comidas que provei. R$10,00 entrada da Arena R$3,80 onibus (x2) R$17,00 lanche R$37,00 uber até o aeroporto! Ahencia Yana - (92) 98180-8508 fala que recomendaram e aí ela faz por 90 reais. Gastei no total R$1.100,00 e alguma coisa, isso pq paguei caro na passagem, pois dava pra ter economizado mais ainda! Estou muito feliz com a viagem e a cidade me surpreendeu... tem sua essência e recomendo muito. Espero ter ajudado em algo. minhas filmagens estão no meu Instagram: @renatarochap nos destaques.
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Ano passado eu fiz um mochilão pela américa do sul (Bolívia, Chile e Peru), usei o relato do Rodrigo Vix e sou super grata a ele pelo roteiro compartilhado no site, por isso nada mais justo do que compartilhar o meu roteiro de um destino pouco conhecido por brasileiros. Todo ano tiro férias e procuro ficar o maior tempo possível viajando e nesse mochilão de 2017 eu conheci o Rafa, que virou meu companheiro de viagem e nessas férias de out/2018 e o roteiro foi o seguinte: 06/10 Rio de Janeiro X Manaus 07/10 Manaus X Selva 08/10 Selva 9/10 Selva X Manaus 10/10 Manaus X Presidente Figueiredo X Manaus 11/10 Manaus X Santarém 12/10 Santarém X Alter do Chão 13/10 Alter do Chão 14/10 Alter do Chão 15/10 Alter do Chão 16/10 Alter do Chão 17/10 Alter do chão X Santarém X Belém X Ilha de Marajó 18/10 Ilha de Marajó 19/10 Ilha de Marajó 20/10 Ilha de Marajó X Belém 21/10 Belém 22/10 Belém X Rio de Janeiro No meu instagram eu deixei toda essa viagem nos meus destaques, quem quiser ver ou tirar alguma dúvida, pode me mandar por lá também: @duane.santo Na verdade quando nos conhecemos em 2017 combinamos de ir pra Colômbia, mas como o dólar subiu muito acabamos desistindo e encontramos a Amazônia como um lugar que ambos queriam conhecer. Então comecei a pesquisar tudo com o Rafael e fechamos nosso roteiro. Segue a saga (é a primeira vez que escrevo um relato, qualquer dúvida perguntem): Dia 1 - 06/10/18 O grande dia da viagem chegou. Check in feito no sábado anterior (é sempre bom fazer uns dias antes) e Rafael já estava a caminho. Botei minha mochila nas costas, peguei um ônibus e depois um BRT em direção ao aeroporto do Galeão. Cheguei um pouco cedo no aeroporto, encontrei o Rafael e fomos pesar nossos mochilões em um balcão de check in desativado. O mochilão do Rafael pesava 12 kg e o meu 8kg. Distribuímos o peso para evitar problemas na hora do embarque, pois não queríamos pagar para despachar os mochilões. (50 reais é 50 reais, né mores?). Almoçamos pelo Mc Donald’s (17 reais) e logo depois embarcamos. Chegamos em Manaus 15h, pegamos um voo direto com duração de 3h. O bom de não despachar mala é que além de economizar, nós não precisamos pegar e nem rezar pra ela estar na esteira. Obs: minha mochila é de 50L, da Quechua e até hoje não tive problemas para embarcar com ela como mala de mão. O aeroporto de Manaus é bem pequeno, saindo do segundo andar mesmo, que é onde se desembarca, nós pegamos um ônibus de 4 reais que vai do aeroporto até o centro de Manaus, 813 (a situação do ônibus é bem precária, mas nada que nãp dê pra pegar). Entrou um cara de uma agência no ônibus e ao ver que éramos turistas ficou falando com a gente, ganhamos um tour turístico de graça, pois enquanto o ônibus ia andando ele ia contando os pontos turísticos. Se é de graça a gente já ama! Diga-se de passagem: Manaus é um calor do cão, muito abafado! Em Manaus ficamos hospedados no Local Hotel (gostei e recomendo – 46 a diária + 10 reais de café da manhã), descemos do ônibus no ponto próximo ao Hospital Beneficente Portuguesa e andamos por volta de 5 minutos e já estávamos em frente o Local Hostel. Fizemos check in e resolvemos ir ao mercado e na agência fechar o passeio para o dia seguinte. O local Hostel tem parceria com a Iguana tur (agência que fiz os passeios em Manaus) e eu soube de uma menina que fechou os passeios com eles e ganhou o transfer de graça (fica a dica- quem não se comunica se trumbica). Eu tinha fechado o passeio com eles pela internet, peguei um pacote promocional no IG deles e paguei 720 reais pra ir nas cachoeiras de presidente Figueiredo (incluso almoço) e no pacote iguana, o pacote iguana consiste em 3 dias e 2 noites na selva (tudo incluso, menos bebidas- água free). Após o check in no Local fomos na agência da Iguana, pois eram quase 17h e então perguntamos que horas a agência fecharia, o sinhozinho disse que na hora que desse na telha. Ok! Corremos pra sacar dinheiro, eles não aceitam cartão, ali tem quase todos os bancos próximos. Pra início de viagem saquei 1000 reais. Durante a semana fica um rapaz da Iguana tur dentro do local hostel fechando os passeios, mas como era sábado ele não estava lá. Passeios pagos e fomos ao mercadinho próximo do hostel comprar beliscos para esses 4 dias de passeio. Compramos um club social e água, era um mercadinho bem mequetrefe. Só comemos o club social pra não dizer que não comemos, foi desnecessário, pois comemos bem em todos os passeios e o local hostel tem bebedouro a vontade para os hóspedes. Depois descobrimos que tinha um Carrefour perto do hostel, fomos lá e compramos uma lasanha para a janta e um suquinho, além de mais um ou outro biscoitinho 😁 Voltando pro Hostel colocamos nossa lasanha no micro-ondas e foi só sucesso! Depois da barriga cheia, arrumamos nossa mochila de ataque para os próximos 3 dias na selva e fomos dormir. Deixamos o mochilão no hostel por 1 real. O valor independe da quantidade de dias. O hostel fica pertinho do Teatro Amazonas, principal cartão postal de Manaus
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Sempre me perguntam o por quê fui ao Amazonas, a resposta é simples: eu percebi que nós, brasileiros, conhecemos muito pouco - ou nada - sobre a nossa própria cultura. Depois que me dei conta disso, busquei me informar mais sobre os povos indígenas que aqui vivem e também sobre a nossa floresta Amazônica, tão importante para as condições climáticas! E assim me aventurei durante 11 dias (fui em fev/2018), 7 horas de barco adentro do Rio Negro (partindo de Manaus) para conhecer duas comunidades indígenas/ribeirinhas do povo Baré. Dia 1 → cheguei no aeroporto de Manaus e já senti a receptividade de alguns manauaras quando fui perguntar como ir ao centro de ônibus (é só pegar o ônibus 306 e confirmar com o motorista para saber se está indo no sentido certo)! Segui o Local Hostel (recomendo muito mesmo) e depois saímos para almoçar. Fui para o Tambaqui de Banda, que é uma franquia de uma rede e que fica na praça principal, bem próximo do Teatro de Manaus. E lá foi sucesso total quando provei meu primeiro prato: Jaraqui Frito ❤ mais tarde, outra surpresa boa quando comi meu primeiro Tacacá de Camarão. Eita culinária sensacional!! Jaraqui Frito Tacacá de Camarão Dia 2 → acordei cedinho e saí em busca do Amazon Bus. Não rolou esse passeio porque o busao tava em manutenção, acabei conhecendo o Edson em um ponto de informações para turistas (esquina do teatro com a Eduardo Ribeiro - super recomendado para quem quer saber os horários de funcionamentos dos espaços culturais da cidade), um turismologo bem gente boa que me instruiu sobre o que fazer no centro de Manaus. De lá partimos para o Marco Zero, rua em fica o Centro de Pesquisas Medicinais Indígenas (super recomendo para quem tem interesse na cultura indígena). Depois parti para um tour no Teatro Amazonas com uma ótima guia e de lá fui para o Parque do Mindu. A medicina indígena merece respeito ! Teatro Amazonas Dia 3 → peguei uma carona para o Porto da Ceasa (não é o mais conhecido) e já com um grupo (não sei se valeria a pena ir sozinho) pegamos uma lancha para fazer o passeio do encontro das águas. Recomendo esse porto (que fica distante do centro se comparado com o porto de Manaus moderna) com esse passeio se você já está com um grupo de turistas, já que costumam cobrar por lancha e não por pessoa - se tiver um grupo razoável já sai bem mais barato que fazer o mesmo passeio pelo Porto de Manaus Moderna. Passamos pelo encontro das águas, passeio obrigatório pra quem vai para Manaus, depois visitamos um criadouro de pirarucus e até brincamos de pesca (sem anzol). Depois avistamos preguiças, macacos, jacarés e vitórias régias. O próximo passeio foi para o MUSA (fica um pouco distante, se tiver com pouco tempo não recomendo ir de transporte público), que oferece trilhas e uma vista panorâmica maravilhosa da reserva. Encontro das águas Pausa para a foto com a preguiça Ps: diferente do que parece, segurar a preguiça no colo NÃO é um ato inofensivo. Tempos depois da viagem descobri que as preguiças dormem 20h por dia, que esse tipo de atitude deixa a preguiça (e outros animais) muito estressados e que essa exploração do turismo com os animais tem consequências negativas bem graves. Fica o alerta e um texto para reflexão: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2017/10/reportagem-especial-animais-selvagens-sofrem-com-o-turismo-fast-food-na Vista Panorâmica da Reserva no MUSA Dia 4 → acordei bem cedinho, um pouco ansioso para o que viria pela frente. Comi meu primeiro x caboquinho (lanche de tucumã, que é uma fruta local), passei no trabalho do meu amigo pra pegar a rede emprestada (fundamental se vai fazer viagens longas com os recreios) e assim segui para o porto. Lá já dei logo de cara na entrada que saia o barco, comprei aquela farinha maravilhosa e um prato feito, segui viagem no recreio. Não demorou muito para eu conversar com o Nei, um pintor que passa uns tempos trabalhando na floresta e que me ajudou a recolocar a rede (acreditem, não é tão fácil quanto parece hehehe) para descansar nas ótimas 6/7 horas de viagem. Conversamos bastante enquanto caia uma chuva meio assustadora e, logo que ele saiu, comecei a interagir com outras pessoas até que, por coincidência, conheci a mãe do comunitário que iria me hospedar em uma das comunidades indígenas dos Baré. Chegando em Nova Esperança, Walmir me recebeu na entrada da aldeia e me deixou bem a vontade. Tomei um dos 4 banhos diários - #sqn - e fui jantar. Tive o grande prazer de conhecer o Peba Fopec, um estudioso e aventureiro que se mudou para a Amazônia porque se sentiu no dever de contribuir com o melhoramento da gestão ambiental na região. Conversamos um pouco sobre tudo e ele me contou das reuniões que estavam acontecendo horas antes entre os líderes comunitários sobre, por exemplo, a criação de um fórum para fortalecer a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista; me entusiasmei com a ideia e tomei a decisão de escrever esses depoimentos a partir desse dia para fortalecer um possível projeto de turismo de base comunitária. Comunidade Nova Esperança Cultivo de temperos Dia 5 → dormi bem mal essa noite mas levantei com muita disposição para meu segundo dia na comunidade, o mais importante até então. Tomei uma ducha gelada e sofrida pela manha, tomei o café da manhã e pude saber mais da atuação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amazonas para a manutenção das unidades de conservação, além das divisões territoriais na RDS. E assim fui para escola, meio cansado mas muito animado para conversar com as crianças. Chegando na sala, uma surpresa: eram umas 20 crianças de 4 a 10 anos e outras de 12 ou 14. E assim improvisei nas explicações para conseguir dialogar com aquelas fofuras heheh e parece que eles gostaram, 2 (Renatinho e Andreia) pediram ajuda nas lições de matemática e juntos com mais 1 criança assistiram minha apresentação com outros adolescentes (14-22 anos). A professora se empolgou com uns alunos mais interessados e assim eu mostrei documentários, clipes e os materiais que eu havia trazido no pen drive. Escutei várias experiências pessoais e pude compreender melhor a pluralidade dos povos indígenas e comunidades ribeirinhas da região. Encerrada a aula as 17h, tomei outra ducha bem gelada e conversei mais um pouco com Walmir, Cesar e com o Peba. Ao fim do dia presenciei o encerramento do evento com umas brincadeiras como o amigo secreto que foram bem divertidas e mostraram muito das relações que tem se construído nesse grupo de líderes comunitários. Professoras da escola com o Renatinho e a Andreia Reunião de representantes do governo com os comunitários No pouco que participei das reuniões, pude perceber que há um desejo genuíno de estar em dia com a legislação ambiental, mas, para que isso aconteça, precisam ser instruídos e necessitam de investimentos para tal (público ou privado - ex: zona franca de Manaus como compensação). Outra pauta muito importante era quanto à centralização de serviços públicos para viabilizar um aporte não tão grande do governo, tendo em vista que é inviável manter estruturas de saúde e educação, por exemplo, em todas as comunidades (que são inúmeras com um número baixo de habitantes – por volta de 30 a 60). Dia 6 → comecei o dia com uma trilha na mata com Carlison, filho do Walmir. Encontrei várias cenas inusitadas como árvores gigantes tombadas e teias de aranha. Peguei o final da reunião da Reserva de Desenvolvimento Sustentável e depois do almoço fiz um trajeto lindo até chegar em São Thomé. Teia de aranha na floresta Trajeto de lancha privada entre Nova Esperança e São Thomé (rios Cuieiras e Negro) Chegando lá conheci os comunitários que me mostraram um pouco do seu trabalho e ainda ouvi Abilho e Miriam sendo muito sinceros quanto às dificuldades de revitalizar o Nheengatu (língua dos Baré). Ao fim do dia Miriam matou uma aranha cabeluda que estava perto do banheiro e assim fui dormir na rede, na expectativa de um dia de altas emoções na selva nos próximos dias. Caranguejeira picada ao meio Dia 7 → depois de uma bela tapioquinha pegamos a canoa e seguimos para a trilha. Pude aguçar meus sentidos no meio da floresta, conhecendo novas espécies e tendo mais noção do perigo. Chegando em casa batemos uma bela de uma pratada e fiquei bem pesado heheh. Conversamos mais e praticamos um pouco de arco e flecha. Ao fim da noite contei do drama vivido pelos guarani (aldeia do Pico do Jaraguá) em SP. Trecho de canoa no Igarapé Tomando água do cipó Raízes da árvore descolando do chão Brincando com esse mito da zarabatana! Dia 8 → tivemos uma manhã tranquila, conversei com Abilio e Manoel sobre as dificuldades de combater o desmatamento na região. Pela tarde, brincamos de zarabatana e arco e flecha com as crianças. E logo em seguida partimos para a canoagem para mover uma das árvores que estava caída no igarapé. Pela noite conheci a nova professora e depois montamos uma fogueira e conservamos sobre assuntos polêmicos heheh Dando um rolezin de canoa Dia 9 → depois de uns problemas com a lancha que nos levaria até a Anavilhanas, enfim começamos a pesca junto com o Alzemir. E depois de duas horas tudo que tínhamos era uma piranha pequena heheheh voltamos para o almoço, brinquei de futebol com as crianças e vi o Regi subindo a árvore, aliás, me diverti muito. Pela noite nós fomos em 4 homens para a Anavilhas para focar os jacarés. Foi uma experiência incrível, o céu estava maravilhoso e a adrenalina tomou conta nos momentos de tensão. Deu ruim na pesca Dando baile no fut Dia 10 → acordei cedinho e fiquei apreciando os sons da floresta. Comi 3 tapioquinhas na casa da Dona Nila, mulher guerreira e de coração muito bom. Tomamos o recreio lotado e seguimos a longa viagem de volta para Manaus. E, depois de algumas reflexões, o que ficou de Sao Thome? 1. A humildade e simplicidade da família e dos comunitários, muito diferente do que estamos acostumados nas grandes cidades. 2. Os perigos da floresta que apresentam mais um desafio para quem já vive com muito pouco. 3. As dificuldades para acessar serviços básicos de qualidade nas áreas de saúde (longas distâncias para acessar serviços), educação (falta de professores), segurança (roubos e impotência diante da exploração da floresta), saneamento básico (fossas), energia (limitada com os motores de luz), tratamento da água (potável) e resíduos sólidos (dependência da Fundação Amazonas Sustentável). Há o desconhecimento dos seus direitos e deveres enquanto cidadãos. 4. O modo de vida nas comunidades ribeirinhas. As pessoas se casam e tem filhos muito cedo, o que dificulta ainda mais o acesso às oportunidades. 5. O desafio que fica de tudo isso é como superar essas privações e explorar a floresta de forma sustentável. 6. As incríveis paisagens, na terra, nos igarapes, no Rio Negro e nos céus; simplesmente apaixonante. Ficou curioso para conhecer São as comunidades? Acesse os sites abaixo: https://www.facebook.com/braziliando/ https://www.facebook.com/braziliando/ Dia 11 → acordei cedinho e parti para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, depois do convite que recebi quando estava na comunidade. Chegando lá tive uma ótima recepção, conversei com os responsáveis por: monitorar a hidrosfera (Cris); gerir uma Unidade de Conservação (Yone); despachar os processos do Conselho (Taisa); proporcionar um treinamento para agentes ambientais voluntários (Abraham). Foi uma experiência muito interessante para compreender o funcionamento do Estado em um estado tão gigante como o Amazonas, ainda mais se tratando de uma pauta tão importante como o meio ambiente! Almocei por lá mesmo, tomei um açaí raiz e depois fui para o Centro Cultural de Povos da Amazônia, um espaço muito pouco visitado onde conheci mais das tradições dos povos indígenas e que tiveram menos influências da cultura branca. No fim do dia, sorvete de tucumã e peixe ! Manauss, até breve ❤️ Observações: -Tive uma experiência incrível, mas, não recomendo essa viagem para quem se apega muito ao conforto -Se atente aos dias que os recreios (barcos) chegam e partem dessas duas comunidades, já que não tem barco para ir e voltar todos os dias da semana -Sou um grande admirador da cultura indígena, se você também tem interesse deixo esses dois links pra você (o primeiro com aulas gravadas de uma disciplina optativa ministrada na EACH-USP e o segundo com uma séria de curtas-metragens e reportagens sobre cultura indígena): https://drive.google.com/drive/folders/0B7bmgiT1xyctNFNJNjY5cEN1YUU https://apublica.org/tag/questao-indigena/ -Caso você entre em alguma reserva, é necessário pedir autorização para o governo para publicar as fotos. As autorizações devem ser solicitadas por esse email: pesquisaemonitoramento@gmail.com -Folder com as atrações e horários (recebida em fev/2018):
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Pessoal, reservei o ultimo dos 6 dias da minha ida a Manaus para ver os botos em Novo Airão. A cidade de Novo Airão é bem pequena, porém arrumadinha, diferente de Manacapuru, cidade referência no meio do caminho de Manaus para Novo Airão e que tem um centro horroroso. Coloquei a minha viagem toda descrita em outro tópico pra quem quiser ver. Tem 2 ônibus diarios para Novo Airão, não sei bem o horário, acho que o 1o sai de Manaus às 6h e o último sai de Novo Airão às 13h. De ônibus leva cerca de 5 horas a viagem de 200kh + 40 min de balsa. O último ônibis retorna às 13h. Além dos botos tem lá um parque que dizem ser muito bom e o arquipelago de Anavilhas que também é muito bem falado mas nessa época fica em grande parte submerso pela cheia. Tinhamos que estar no aeroporto às 16h, mas como eu tenho o péssimo hábito de lutar com os ponteiros, não resisti o carro que tinha alugado no dia anterior para ir a Presidente Figueiredo ali olhando pra mim e toquei pra Novo Airão. O selvagem ao extremo não podia ir sem nadar com os botos né? As 7h estávamos atravessando a balsa. 40 min de travessia. Do outro lado paramos pra por uma câmera no pneu furado que não deu concerto e trocar a chave de roda. Outro pneu furado implicaria na perda do vôo. 9h estava eu pisando fundo pra chegar em Novo Airão às 11h. Passei reto na entrada da estrada pra Novo Airão e perdi quase 30min indo até o centro de Manacapuru. Pouco depois das 11h estava eu lá, nadando com os botos. Como eu sou um ser meio aquático me confundiram com um peixe e ganhei uma mordida de boto na mão hehe. Eu, fora da água, segurava um peixe com uma mão enquanto abanava a outra e ele pulou foi na mão que eu abanava. Fui premiado segundo o pessoal de lá. Disseram que, final de semana lá fica lotado de gente nadando lá, e nunca ninguém ganha uma mordida (mas tinha mais um que ganhou uma mordida lá, segundo ele era um boto novinho que tinha aparecido lá, ainda não acostumado). Nada demais.... Continuei nadando com eles, apenas meio receoso a cada fucinhada, com medo que a próxima mordida pudesse pegar um órgão mais importante hehe Fascinante a experiência!! Alimentando o boto Nadando com o boto Uma horinha por ali e pé na tábua. Perdi mais 15 minutos pra voltar pra pegar meu tênis que achei que tinha esquecido lá, mas estava debaixo do meu banco. Chegamos na hora que acabava de encher uma balsa e por 2 carros tivemos que esperar a próxima. Sem banho mesmo, sob risco de ter que aturar um xilique da namorada caso perdêssemos o vôo, juntei a bagagem e zarpei com o cara da locadora nos levou até o aeroporto. No caminho um movimento estudantil nos atrasou em uns 20 minuto e advinha??? Perdemos o vôo porque o checkin encerrou às 16:30h e chegamos às 16:34h. Nem sem a bagagem deixaram minha namorada embarcar... Mas quer saber? Valeu a pena!!!
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Olá! Me chamo Géssica, tenho 26 anos e quando pequena meu maior sonho era viajar pelo Brasil inteiro, mas aí a gente vai crescendo, ganhando independência financeira e quando temos aquele dinheirinho pra viajar, logo pensamos nos destinos mais distantes - de Egito à Japão - a gente considera TUDO, menos o Brasil. Talvez porque ficamos com aquela sensação de que o Brasil é logo ali, e então vamos deixando nosso país pra lá. Eu nunca saí da América do Sul e quando estava pensando em voar para outros continentes, eis que resolvi ir visitar minha avó - que não via há anos - no Rio Grande Do Norte, aproveitei e estiquei para Paraíba e Ceará também. Foi nessa viagem (janeiro de 2016) que eu MORRI de vergonha conversando com vários gringos, porque eles conheciam o Brasil de cabo à rabo e eu ouvia aquelas histórias como se fosse algo muito distante de mim, sendo que eles estavam me ensinando sobre a minha própria casa! Daí acordei pra vida e percebi que o sonho de sair do Brasil, era mais dos outros do que meu, era mais pelas fotos maravilhosas que eu vejo na internet, do que por minha realização pessoal. Viajar para a Europa e os diabo a 4 deve ser da hora, mas imagina que loco poder contar/ensinar vivências do seu país para os estrangeiros? Vivências essas que te conectam sua sua ancestralidade e garanto: não há livro, vídeo ou foto que te ensine Brasil não é logo ali, nosso quintal é grande até umazora! Depois que eu fizer pelo menos mais uns 3 mochilões de 1 mês por aqui, vou poder dizer que conheço o básico desse grandão maravilhoso! Dito isso, juro que vou tentar ser breve, até porque nem tenho memória para descrever detalhadamente hehe Não sei se essa viagem foi muito cara ou muito barata, vou descobrir agora escrevendo o relato, mas creio que fui no level medium, nem hippie e nem turista CVC, to em algum lugar no caminho entre esses dois opostos. OBS.: COLOQUEI VIDEOS AO LONGO DA POSTAGEM, MAS NÃO FICOU ENCORPORADO, PODEM ABRIR O LINK QUE NÃO É VÍRUS HAHA. São vídeos com imagens dos locais. E no final da postagem esta incorporada a minha trilha sonora, aperta o play e só alegria 😍😄 ROTEIRO 01 a 06/08 - Travessia de navio entre Manaus e Belém 06 a 09/08 - Belém 10 a 15/08 - São Luís/Barreirinhas 15 a 18/08 - Jericoacoara 18 a 22/08 - Fortaleza/Canindé/Canoa Quebrada 22 a 26/08 - Salvador 26 a 30/08 - Recife/Tamandaré/Olinda PASSAGENS Comprei aquelas passagens por trecho pela Gol, eu nem sabia que existia isso, tava fuçando vendo preço de passagem (como sempre) e me deparei com essa opção no site e quase caí para trás de tão barato que ficou. Com uns 3 meses de antecedência, fiz a reserva das passagens e os trechos comprados foram: 01/08 São Paulo à Manaus 09/08 Belém à São Luís 22/08 Fortaleza à Salvador 30/08 Recife à São Paulo Desci para Salvador e subi para Recife porque a passagem de Fortaleza para Recife saia muito mais cara, então fui para Salvador primeiro. 🤙 Ia colocar preço por trecho, mas como perdi voo, fiz alteração e outras mil e uma trapalhadas com as passagens, ficou levemente complicado. O total pago com taxas de embarque inclusas e excluindo minhas vacilações, foi R$ 1.312,00! Vamos combinar que esse valor muitas vezes é ida e volta de São Paulo para alguma cidade do nordeste, ou seja, brilhei muito! 😜 CONEXÕES DE NAVIO/ ÔNIBUS Antes dos valores, quero dizer que durante a viagem descobri um detalhe sobre as compras de passagem de ônibus: eles incluem seguro de vida sem perguntar se você quer ou não, então sempre fale que você não quer o seguro incluso, já economiza uns reais na compra. Manaus à Belém - Navio, rede com ar condicionado - R$ 354,00 São Luís à Barreirinhas - Transfer - R$ 60,00. Barreirinhas à Jericoacoara - Carro privado/fretado - R$ 300,00 Jericoacoara à Fortaleza - Ônibus - R$ 63,85 Salvador à Recife - Ônibus - R$ 155,00 Recife à Tamandaré - Transfer R$ 80,00 BAGAGEM Alguns dos trechos de avião a tarifa era Light, ou seja, não tinha direito a bagagem despachada. Pra mim tudo bem porque eu sempre levo só a de mão pra não precisar despachar mesmo. Desta vez não foi diferente, levei apenas uma mochila com 7kg, então ainda teria mais 3kg se quisesse comprar algo Como só fui para lugares quentes, as roupas eram pequenas e os tecidos leves, levei tanta coisa que nem usei tudo, e as roupa que quis repetir só precisei passar uma água pra tirar a areia. Sempre levo uma canga grande ao invés de lençol e uma toalha pequena de rosto ao invés de uma de banho, já dá uma compactada legal! 15 blusas// 7 shorts/saia // 3 vestidos // 1 legging termica (em caso de frio) // 1 camisa de flanela // 1 toalha // 1 canga // 1 cardigan // 2 chinelos // câmera LSDR // kit higiene com roda parafernalha que temos direito e com mais de 100ml, que é o que dizem ser permitido na mala de mão// 1 livro // 3 óculos escuros. Meus documentos, cartões, dinheiro, gopro e celular levei numa pochete que não desgrudava nem pra dormir, inclusive fazia de travesseiro 😜 TRAJETO POR DIA. Manaus Dia 1- Embarque navio destino a Belém. Cheguei em Manaus por volta da meia noite e meia e me hospedei no Hostel Semear que fica no centro próximo ao porto - que seria meu destino no dia seguinte - a diária saiu R$ 25,00 (beliche, quarto compartilhado), o hostel é bem simples, mas é ok. Passei apenas a noite em Manaus, pois quando planejei a viagem seria as férias do meu trabalho e tinha 30 dias contados para todos os destinos, no fim saí do emprego e ficou assim mesmo porque já tinha comprado passagem, mas com certeza não é uma cidade pra se passar apenas 1 dia. Comprei a passagem da travessia Manaus-Belém pela agência Amazon Star por R$ 354,00 rede com ar condicionado, pela reação do atendente que recebeu minha passagem na hora do embarque, esse preço está pra lá de superfaturado! Antes de viajar conversei com uma menina que conheci aqui no fórum e ela disse que na semana consegue até por R$ 80,00. Como eu não achei muitas informações sobre preços e lotação do navio por internet, preferi comprar à distância e com bastante antecedência, mas se você vai passar mais de um dia em Manaus, com certeza pode deixar pra comprar quando estiver na cidade, desde que procure um local de confiança para comprar, pois na frente do porto fica cheio de ambulantes vendendo até a vovózinha. Acordei cedo e fui para o centro comprar rede, paguei apenas R$ 20,00 em uma rede simples, numa loja chamada Casa das Redes, esse preço dobra se deixar para comprar no porto. As cordas para amarrar comprei no porto mesmo, R$ 5,00 o par. Na hora de pagar a rede, vi que todo o meu dinheiro não estava na carteira, entrei em desespero, pois antes de sair do hostel havia contado o mesmo e deixado em cima da cama enquanto arrumava as minhas coisas. Deixei minha mochila na loja de redes e voltei correndo para o hostel, vasculhamos tudo, vimos câmera, mas nada do meu dinheirinho, fui embora triste, busquei minha mochila e fui para o porto, só maaais tarde foi que senti um incomodo nas teta (kkk) e quando fui dar aquela coçadinha básica, lá estava um bolo de dinheiro eeehehe QUEM NUNCA NÉ MENINAS?!?! O embarque era às 9h mas o navio só sairia ao meio dia, então garanti meu lugar da rede e aproveitei para ir aos principais pontos da cidade, Teatro, MUSA, Mercado Municipal etc, fica tudo pertinho. Voltei para o navio e o mesmo saiu do porto com 15min de antecedência e já estava bem mais lotado de redes. A impressão que tive é que eles vendem passagem sem ligar pra lotação (cerca de 800 pessoas), pois não ficou uma brecha sequer sem rede, muuuuito apertado e no meu caso, fui enganada ao pagar mais caro pela passagem de rede com ar condicionado, pois no navio Amazon Star, pelo menos dessa vez que fui, não tinha outra área de rede a não ser com ar condicionado @.@. A parte de baixo do navio estava com carga, pode ser que ali, em outras viagens, comporte rede também. Dia 2: Chegamos a Santarém por volta das 17h. Conheci algumas pessoas e fizemos amizade com as cozinheiras do barco, então conseguimos deixar nossas malas guardadas no camarote de uma delas e decidimos ir passar a noite em Alter do Chão, já que o navio só parte ao meio dia do dia seguinte. Da para chegar com ônibus de linha em Alter, pagando apenas R$ 3,00 a passagem. O trajeto demora em torno de 40 min, então quando chegamos lá já estava escuro e não conseguimos conhecer muita coisa e o único lugar com algum movimento era a pracinha principal. Comemos e fomos procurar um lugar baratinho para passar a noite, achamos um camping/redário chamado Jambu que conseguimos por R$ 40,00 uma barraca para 3 pessoas e uma rede, estávamos em 4, sucesso, R$ 10 pilas para cada! Acordamos cedinho e fomos para a praia, onde canoa cobra R$ 5,00 e lancha cobra R$ 10 para travessia até a ilha do amor, é bem pertinho da praia e a partir de setembro já dá para atravessar a pé, pois o nível da água baixa bastante, mas em agosto já começa a alta temporada. Para quem quer fazer a travessia de Manaus a Belém vale muito a pena comprar passagem de Manaus até Santarém e passar uns dias por ali e só depois seguir para Belém. Alter do Chão é realmente incrível e vale muito uns dias a mais. É um lugar bem rústico, do jeito que eu gosto, me arrependi muito não poder ficar mais! -Sobre os dias no barco. Não muda muita coisa a rotina dentro do barco, a riqueza desta viagem está justamente em ver os dias passarem, vendo a imensidão do Rio Amazonas e conhecendo muitas pessoas, é uma experiência única! Passando pelos portos das cidades, sempre tem ambulantes vendendo comida e foi deles que comprei todas as refeições. No barco o prato feito custa R$ 15,00 e o buffet (sem muitas opções além do que servem no prato feito) R$ 20,00, já com os ambulantes a marmita vem bem servida e custa R$ 8,00, em todos os lugares servem praticamente a mesma marmita, então é repetitivo. O gosto é bem caseiro e temperada sempre com Jambu, no começo estranhei um pouco, mas depois amei! Os banheiros não são 100% limpos, longe disso, mas se não tem tu, vai tu mesmo, dá pra encarar. Quer dizer, eu só encarei para o número 1, para o número 2, fiquei os 4 dias sem comer muito, pois sabia que se misturasse muita coisa, uma hora ia ter que sair hahaha então sim galera, fiquei 5 dias sem fazer o número 2, informação demais? Talvez, mas temos que falar das partes desconfortáveis também hahaha Não achei as tomadas tão concorridas assim, e dispensei comprar extensão (as tomadas ficam no alto), sempre tem alguém que te empreste ou você pode amarrar uma sacolinha no teto e colocar o celular dentro enquanto carrega. Apesar de parecer confiável deixar o celular carregando e se afastar do local, não faça isso, na minha viagem sumiram 4 celulares e eu só fiquei sabendo disso depois que já tinha largado meu celular carregando lá várias vezes...tive sorte. Nos portos é aconselhado que fique sempre perto das bagagens e rede porque o movimento é grande, além do que se você não fica na rede, quando voltar vai ter mais 10 redes ao seu redor e olha que já é bem apertadinho, mas sempre cabe mais uma! Não senti necessidade de repelente porque nos meus dias de viagem ventou muito - sem chance de algum pernilongo ficar ali - e o navio fica bem afastado das margens também. Durante à noite e de manhã faz bastante frio por conta do vento, leve um lençol ou uma rede grande o suficiente pra fazer um casulo, eu passei um pouco de frio apenas com minha canga. A parte mais emocionante da travessia é o último dia, quando as margens do rio finamente estreitam e podemos ver as comunidades ribeirinhas, aí é o dia inteiro de canoas e lanchas vindo até o navio para comercializar camarão, açaí, etc. Crianças, que não passam de 12 anos (as mais velhas), vêm até o barco de canoa para buscar doações. PQP na primeira “abordagem” de crianças, surgiram umas 30 canoas onde as crianças se aproximavam gritando e balançando os bracinhos - numa espécie de coreografia - para chamar nossa atenção, é uma cena SURREAL! As pessoas do navio lançam sacos plásticos contendo de material escolar à alimentos... MALUCO, chorei feito gazela descontrolada e como diria a minha mãe: é de arrepiar até os cabelos do cu hahah INDESCRITÍVEL! *** A rede que comprei por R$ 20,00 em Manaus, vendi pelo mesmo preço quando chegamos ao porto de Belém 😜 Não queria carregar peso, já que estava só no primeiro trajeto das minhas férias e sai oferecendo a rede dentro do navio mesmo e consegui vender, sagacidade pra viver, né mores?! VÍDEO: IMAGENS - AMAZONAS Belém Dia 1. Chegamos por volta das 6h da manhã, peguei um ônibus de linha (R$ 3,10) em frente ao porto - rumo a São Brás, onde me hospedei no Manga Hostel - e indico muuuito, ambiente confortável e super limpo, depois de 5 dias no navio, era tudo que eu precisava. Paguei R$ 135 em 3 diárias (cama em quarto misto). Nesse dia dormi a tarde toda, almocei acho que lasanha industrializada hihi e à noite fui para uma aparelhagem chamada Crocodilo porque sou rolezeira e também porque foi indicada como a aparelhagem do momento. A festa foi no Mauí e a entrada custou R$ 20, por ser domingo e eu ter chego tarde (mais ou menos 21hrs), estava relativamente vazio, me disseram que domingo lota mais cedo e que até as 18h a entrada é free, mas valeu a experiência! O som é tão alto que senti meu cérebro descolar da cuca, juro 😜 Normalmente em Belém tem festa de quinta à segunda! Dia 2 Honestamente, não gosto muito de metrópoles em geral, então vou contar apenas por cima o roteiro. Visitei o Mercado Ver O Peso logo de manhã e de lá segui a pé para o bairro Cidade Velha - que é logo mais a frente - e passeei pelas ruas do mesmo, onde há casinhas antigas etc. Fui andando sem perceber e quando vi já estava perto do Mangal das Garças, que estava fechado por ser segunda feira. Não indico ir a pé, é um calor infernal e cheguei lá morta, é bem perto do Ver O Peso, mas compensa os 3 reais do ônibus haha minha pressão até caiu com o calor! Todos os pontos turísticos estavam fechados, exceto pela Estação das Docas, voltei pra lá de perua clandestina, que custou R$ 2,50. Fiquei um tempo por lá e voltei pra almoçar no hostel. *** Eu não sou a turista gastronômica, pulo essa parte, morro de medo de me dar algum revertério no estômago e eu estragar a viagem. Além do que, não curto peixe de água doce, que é o forte da região. Tacacá não consegui me imaginar tomando aquilo quente num calor de 40 infernos. Açaí eu provei, mas prefiro o jeito fake que comemos em SP mesmo. Então, esse relato, basicamente, não tem dica nenhuma de onde comer. *** Depois do almoço peguei ônibus até a Praça Princesa Isabel, de onde saem os barcos para a Ilha do Cumbu. Perguntei o preço antes para uma moradora e ela informou que era R$ 5,00. Porém o intuído de quem atravessa pra ilha é ir em algum restaurante, eu achei que poderiam me largar lá e eu turistar por mim mesma, mas eu teria que ter um restaurante destino ou pagar para o barco me levar pra conhecer tudo. Eles cobram um absurdo pra isso e para a simples travessia, pelo que percebi eles também me cobrariam muito mais do que o normal, só pela cara de turista, então sempre se informem antes dos preços trabalhados nos locais, isso em todo lugar. Como eu já tinha almoçado e achei que não veria nada muito além do que já tinha visto ao longo do Rio Amazonas, não visitei a ilha. Dia 3 Acordei tarde e passei praticamente o dia todo no Mangal das Garças. Não quis ir pra Ilha do Marajó, porque só tinha 3 dias em Belém e pra lá, é bom você ficar pelo menos um dia. O bate-volta fica apertado, pois só tem Catamarã saindo as 7h e a única volta é as 14h30, estava R$ 48 e a travessia e demora 2h, eu já estava feliz com meus 5 dias num barco, passei sem remorso haha Como eu disse, não me animo muito pra ponto turístico de cidade grande, mas o Mangal das Garças é realmente lindo e você pode ver uns animaizinhos soltos, achei topper. A entrada no parque é gratuita, só paga para entrar nas atrações, R$ 5 cada atração (borboletario, viveiro, elevador etc) ... Em todos os lugares, TODOS, todo mundo me falava que era perigoso, não podia pegar no celular um segundo se quer que já vinha alguém me avisar pra guardar, já estava até dando raiva hahha Não me senti insegura em nenhum dos lugares, com excessão da Pça Princesa Isabel. Maaaas, se TODOS avisam, deve ser verdade, né? Eles dizem que a mulekada pega os celulares no pulo, eles devem brotar do chão, porque fiquei encucada com isso de me alertarem todo minuto. ... Apesar de não aparecer no Maps os itinerários dos ônibus para eu saber qual pegar (como em Manaus), achei fácil me locomover, todo mundo sabia dar informação e pelo que entendi os ônibus vão e vem com o mesmo nome, então só entrar, mesmo que ele for dar a volta inteira na cidade, uma hora chega no lugar que você quer. Bônus, dia 4. Meu vôo saía às 6h rumo a São Luís, mas meu despertador não tocou e perdi o bendito. >.< Não tinha vôo para os próximos 2 dias, então fui direto para a rodoviária e comprei passagem por R$ 162 para as 19h do mesmo dia. Fui pela Boa Esperança, ônibus ótimo! Tive que ligar na Gol para que não cancelassem o restante dos meus trechos, pois quando você compra nesse esquema de passagens por trecho, se você não comparece a um vôo, eles cancelam os outros automaticamente. Aproveitei o resto do dia para visitar a Casa das Onze Janelas e o Forte do Presépio (R$ 4 a entrada em cada) 🙂 ... Eu comprei passagem de avião de Belém para São Luís porque peguei no esquema de comprar trechos, então saiu super barato, mas não vale a pena ir de avião porque não existe vôo direto e as conexões em Brasília são sempre super curtas, tem aquela dor de cabeça e vai durar no mínimo 6h essa brincadeira. De ônibus a viagem dura 12h, mas você vai de boinha, sem se preocupar com conexão. São Luís Dia 1 Cheguei por volta das 7h30 em São Luís e peguei ônibus de linha até o hostel (em São Luís também não tem itinerários das linhas disponível no Google Maps), já dá pra perceber a diferença de estrutura da cidade comparando com Manaus e Belém, a frota de ônibus é beeem melhor e rola até um ar condicionado. 😜 Se não me engano a passagem custou R$ 2,50. Chegando ao hostel, passei um susto tremendo porque primeiro que era em um bairro periférico - até aí estranhei, mas ok - porém, chegando na Hospedagem São Francisco, só tinha homem na recepção e ao invés de me receberem e me entregarem a chave ali no balcão mesmo (como o comum em qualquer lugar), pediram pra eu entrar numa salinha e me fecharam lá com um senhor. Pra uma mulher viajando sozinha, isso já é mais que motivo pra entrar em desespero e o senhor não me explicou porque eu tinha que ficar ali fechada na salinha com ele e eu estava desesperada já! Eu perguntava porque estava ali e ele me falava pra ficar calma (apesar de aterrorizada, eu estava me demonstrando plena) e quando eu pedi para conhecer o hostel ele falou que "já já eu poderia", MANO DO CÉU, fiquei uns 10 minutos que pareceram uma vida naquela sala, já tinha mandado minha localização pelo whats, pedido socorro etc hahah mas pro meu alívio, não passou de "falta de tato" dos caras, eram apenas sem noção mesmo, MUITO sem noção. Paguei R$ 25 a diária e o quarto era privativo com ar condicionado e frigobar, ambiente limpo. A única coisa que visitei na cidade foi o centro histórico e fiquei admirada em como é bem cuidado e preservado, maravilhoso! Vale muito a pena visitar. Almocei num restaurante bem bonitinho chamado Dom Francisco, na Rua do Giz, comida gostosa e o kilo custava R$ 38. Voltei pra hospedagem e dormi das 19h até as 3h da madruga. 3h30 meu transfer para Barreirinhas foi me buscar, paguei R$ 60 (perdi o contato do cara, mas a faixa de preço trabalhado é essa mesmo). Barreirinhas Dia 1 Chegamos por volta das 8h e não marquei nenhum passeio para este dia. Tinha fechado pela Booking de ficar na pousada Parque dos Lençóis, pagando R$ 200,00 por 4 diárias. A pousada é limpa e confortável, fica afastada do centro então é bom pra quem quer sossego e mais contato com a natureza. De primeira eu adorei, porque gosto de coisas menos badaladas, mas como estava sozinha e sou esquecida, toda vez que precisasse ir ao centrinho teria que andar aproximadamente 2km ou pagar 5 reais em moto táxi e para andar à noite também não é legal porque não é muito iluminado. Por mais que a cidade não seja perigosa, melhor não contar com a sorte. ... Fiquei pelo centrinho tentando achar grupo para fazer o trekking de 3 dias para a travessia dos Lençóis, mas não consegui, desisti da ideia porque sozinha o custo é bem maior. Aproveitei e já procurei outro hostel, achei um que já tinha visto na Booking também e por coincidência, passei em frente e adorei porque fica na rua principal da cidade, a Beira Rio. Almocei no restaurante Barlavento que fica na Beira Rio e paguei R$ 48 num prato para 1 pessoa, mas é bem servido, come dois tranquilamente e é bem gostoso. À noite fui para o festival de Jazz e Blues que aconteceria durante todo o final de semana e tive a sorte de assistir ao show da Alma Thomas. ❤️ Não lembro de ter jantado 😜 Dia 2 Dormi na pousada Parque dos Lençóis e na manhã seguinte falei com o dono que não ficaria lá e pedi a devolução do dinheiro, ele não ia querer devolver dizendo que ia ter que pagar multa para a Booking 😒. Eu disse que se ele cobrasse a multa seria de 50 reais, então ele teria que me devolver ainda 100 reais, ele "concordou" e desconversou enquanto eu tomava café da manhã, eu ia para o centro procurar fechar passeio para a parte da manhã e então ele me ofereceu fechar pela agência parceira deles. Eu deixei bem claro para ele que a agência teria que aceitar débito porque fui pra Barreirinhas sem sacar dinheiro (NÃO COMETAM ESSA BURRICE!) e que usaria os 100 reais que ele me devolveria para me alimentar durante o passeio. Quando o carro da agência chegou para me buscar e fui pegar o dinheiro com ele, ele disse que estava sem dinheiro e que me devolveria na volta e me assegurou que onde eu ia aceitava débito para poder comer, me deu apenas 15 reais para alguma urgência. -corta para o passeio- A agência foi a São Paulo e o dono da pousada me passou o preço de 80 reais, mas se fechar direto com a agência custa 70 reais. O passeio foi o que vai em Vassouras, Caburé e Farol Preguiças, recomendadíssimo! Saímos às 8h30 e fomos de voadora para Vassouras, seguindo pelo Rio Preguiças a vista é linda mas a lancha balança que só a porra, quem tem problemas de enjoo, vai enjoar 😜 Em Vassouras é onde conseguimos ter contato com macaco prego (*vomitando arco-íris*) e tem o que chamam de pequenos lençóis, onde tem algumas dunas e lagoas. De lá seguimos para o Farol Preguiças onde tem uma vila com artesanato local e tem até cachaça de Marijuana, custa 90 pilas mas se souber negociar leva por 45, descontão né? A cachaça é boa, provei porque uma menina que foi na mesma voadora que eu comprou e já matamos a garrafa eeeehehehe A última parada é na praia de Caburé, onde almoçamos. Um menino que estava no meu grupo também, conseguiu desconto de 20% no total da conta para 9 pessoas, pedimos 3 pratos que deu pra todos comerem de boa e deu 26 reais pra cada. Essa parada eu quase não aproveitei porque não estava com dinheiro e estava sem sinal para débito, tive que ficar esperando pra ver se conseguia pagar, no fim pedi o Wi-Fi do restaurante e fiz transferência bancária para o gerente @.@ Voltamos para Barreirinhas e quando fui pagar o passeio na agência eles me informaram que estava combinado de pagar na pousada, (onde não aceita débito) OU SEJA, dos 100 reais que o cara da pousada, 80 era do passeio e 15 reais ele tinha me dado antes de sair pro passeio, sendo que eu deixei bem claro que estava sem dinheiro e iria pagar na agência porque aceitava débito. Na hora não quis reclamar, mas me arrependo, to com ódio daquele cara hahahaha bom, ele me devia 5 reais ainda e adivinhem?!?! ELE NÃO TINHA NEM 5 REAIS PRA ME DEVOLVER O M-E-U DINHEIRO, sai de lá às pressas porque o transfer da agência estava me esperando pra me dar carona pro centro e tão P da vida que nem fiz questão dos 5 reais. Me hospedei no Hostel da Júlia que fica bem na Avenida Beira Rio, uma maravilinha. ❤ A noite encontrei com a mesma galera que conheci no passeio e jantamos pizza no Barlavento, deu R$ 23 reais para cada (8 pessoas). Após jantarmos, ficamos no festival de Jazz, quem fechou a noite foi a incrível Annika Chambers, PQP QUE MULHER! Dia 3 Acordei cedo e fui até a agência São Paulo para ver outros passeios, fechei o para a Lagoa Azul, que sairia às 14hrs, por R$ 70,00. Não fiz nada na parte da manhã e não faço a menor idéia de onde almocei este dia haha O caminho até a Lagoa Azul demora uns 50 minutos e é modo hard o tempo todo da trilha, fui no banco do canto e levei algumas galhadas na cara, mas nada grave, só não seguir meu exemplo de ir "moscando". Os guias da agência São Paulo são ótimos e sempre escolhem os lugares menos habitados de turista para pararmos, é bem cansativo este passeio pois descemos e subimos dunas o tempo todo, passamos por 3 lagoas, uma é diferente da outra, não dá pra enjoar ❤️ Ficamos até o pôr-do-sol e na volta enfrentamos uma fila enorme para conseguir atravessar a balsa, se eu tivesse lembrado que era tão perto do centro, teria deixado o carro pra trás e ido a pé. Tive a sorte de fazer esse passeio com umas coroas cearenses e, rapaz, fui GARGALHANDO do início ao fim do passeio, cada saculejo da 4x4 era uma piada, amei e adorei! Minha intenção era ficar na Beira Rio mesmo para curtir o último dia do festival, mas acabei indo com o grupo das cearenses para um restaurante mais chiquezinho e afastado do centro, o Babaê, o espaço é maravilhoso, comi um hambúrguer e minha conta deu (incluindo umas cervejas) uns R$ 60. Lá tem um pier com acesso para o Rio Preguiças e durante o dia o pessoal nada por lá, o espaço possui uma pousada também, bem legal. A parte ruim de ter ido pro restaurante mais afastado é que não encontrei meus amiguinhos do primeiro passeio que era uma galera MARAVILHOSA, como a gente se encontrava direto sem marcar nada, marcamos de nos encontrar esse dia, mas acabamos não nos vendo mais e eu não peguei contato de ninguém e no dia seguinte eles iam embora cedinho D; MIGOS DE SÃO LUÍS PARA SEMPRE EM MEU CORAÇÃO ❤️ Dia 4 Depois do passeio do dia anterior eu tava era morta, maaaas fechei com a mesma agência o passeio para descer de bóia o Rio Cardosa na parte da manhã e para a Lagoa Bonita na parte da tarde, os dois por R$ 130,00. O passeio do Rio Cardosa é bem de boa, pra relaxar mesmo, indico que seja feito depois de todas as visitas aos grandes lençóis, que aí fica jóia demais. Voltando de Cardosa, só deu tempo de me arrumar rapidão e comer um lanche no Subway, logo depois o 4x4 para a Lagoa Bonita chegou. O caminho até a Lagoa Bonita é no mesmo esquema que para a Lagoa Azul, só que demora de 30 a 40 minutos. Chegando lá, de cara você encara a subida de uma duna que meu amor, é para pagar todos os pecados! A dica é ir pisando onde já pisaram antes, assim você vai subindo como se fosse escada ao invés de um pisão pra cima e sete deslizamentos para baixo.Comparo a experiência como tentar subir uma escada rolante que está descendo hahaha Quando passa os minutos de terror da subida, "JESUS CHRIST" foi a expressão em unisono da turma, que define maravilhosamente o alívio de ter subido tudo e a surpresa com a vista. ESPETACULAR, esse é o passeio em Barreirinhas onde se tem uma visão mais panorâmica dos Lençóis e consegue ter noção da dimensão daquele bicho, coisa mais linda da vida! De novo nosso guia nos levou até uma lagoa sem turistagem, estava apenas nosso grupo e mais umas 4 pessoas aleatórias, do jeito que nóis ama 😎😍 Voltando do passeio tivemos a sorte do nosso carro já ir na próxima balsa, ótimo porque já estava quase chorando pedindo colo de mamãe de tanto cansaço, pra terem uma idéia, consegui DORMIR na trilha de volta, com todo o balanço e saculejo. Jantei no Hot Dog Do Jânio, um lugar bem simples que vende dogão (obviamente) e massas. Pedi um espaguete com uma ruma de ingredientes para 1 pessoa e juro, dava pra comer umas 3 pessoas de tanta coisa e não paguei mais que R$30. Dia 5 Eu escolhi encerrar os Lençóis por aqui e não ir em Atins ou Santo Amaro, apesar de ter certeza que fazem muito mais meu estilo do que Barreirinhas, fica para a próxima. A areia dos Lencóis é fina até umazora, ela se entranha nos lugares mais improváveis de seu ser, acho que pro resto da vida acharei areia de lá em mim 😜 Aqui aproveito para falar do Hostel da Júlia, o local é novo e o dono se divide entre cuidar do hostel e de uma agência de turismo, então os dias que fiquei lá eu era a única hóspede e ele NUNCA estava lá, só sabia que ele passou por lá porque de manhã o café estava posto, e só. Ele deixava a chave da recepção comigo e ia pra agência resolver b.o. Paguei o preço de uma cama em quarto compartilhado para usufruir de uma casa só pra mim hahah O Hostel é simples mas bem organizado e com ótima localização e apesar do dono ser fantasminha, é gente boa pra caramba. Meu destino seguinte era Jericoacoara, não estava em meus planos então não pesquisei como seria a locomoção até lá, mas em Barreirinhas me informei com diversas fontes e com todas cheguei a uma conclusão: que lugar uó de se chegar! De Barreirinhas eu teria que pegar uma kombi até Paulinho Neves (saída diária às 7h em frente ao Banco do Brasil), de Paulinho Neves um ônibus até Parnaíba, de Parnaíba provavelmente não teria ônibus para o mesmo dia e teria que pagar diária em algum lugar lá, de Parnaíba pegar outro bus até Camocim e de lá uma 4x4 até Jeri, Jesus Amado, quem me conhece sabe que a chance deu fazer muita merda nesse trajeto é de 100%, passo. O valor dessa treta toda não seria tão abaixo de R$ 300, que é o valor que os carros particulares cobram, colocando na balança, não vale a pena a pequena economia, a não ser que você esteja com o dinheiro contadinho. Esbarrei com o carro do Luis Gonzaga na rua e foi só fechamento 😎 Zaga me buscou no hostel às 10h e eu já tinha escrito um bilhete pro dono da pousada com meu número de telefone para que ele me passasse o número da conta pra eu poder pagar a estadia, quando eu estava fechando a porta ele chegou e consegui pagar antes de ir embora 😂 ô bicho véi doido! O Zaga fez o trajeto rapidinho, em 5 horas e meia, isso porque uma ponte no caminho estava em manutenção e pra minha sorte (e ele ficou puto) tivemos que dar a volta por uma estrada de terra alternativa, onde passamos por alguns povoados do sertão piauiense, eu vi de sertão a perder de vista à escolas que se resumiam a uma sala de aula menor que meu quarto, e estava tendo aula ❤️ Eu super recomendo o Sr. Luis Gonzaga que faz esse trajeto há mais de 20 anos, a única coisa que ele quis dar de espertinho foi que assim que entrei no carro ele disse que me levaria até Jijoca e de lá eu poderia pegar o "táxi" até Jericoacoara por R$ 20: "-OXI tô pagando 300 reais e ainda vou ter que pagar mais 20?!?! Não senhor, vc vai me levar até Jericoacoara. -Ah tudo bem, levo sem problemas, é que tem gente que não se importa" Tudo resolvido, mas às vezes é chato carregar essa cara de trouxa, sabe? 😜 Contato Luis Gonzaga - (85) 9 9981 5168 // (85) 9 8802 0428 IMAGENS NORDESTE Jericoacoara Dia 1 Cheguei por volta das 16hrs em Jeri e fiquei no Trip Bar Hostel, um lugar bem simples, muito diferente de todo restante da Vila, que é carérrima! Paguei R$ 150,00 por 3 diárias e o dono do hostel é ótimo, e ao longo da minha estadia me deu várias dicas para fugir do “turismo CVC” haha. Fora o café da manhã que é TOPISSIMO. Só cheguei e já fui para a praia, achando que ia dar de cara com águas esmeraldas e redes que fazem um cenário paradisíaco, coitada de mim, tamanha decepção quando vi a Praia de Jericoacoara, cheia de merda de cavalo e turista farofeiro, nada contra, até tenho amigos farofeiros heheh Subi a Duna do Pôr do Sol e não via a hora que o sol fosse embora logo, porque a duna estava uma bagunça de tanta gente e ventando pra porra, a areia vinha de todos os lados e mal dava pra olhar para o sol, uó hahaha Já deu bem pra perceber que a minha primeira impressão do lugar não foi das melhores, né? Jantei num restaurante chamado Bistrogonoff que fica no Beco do Forró, o paro para 1 pessoa, também serve 2. Paguei R$ 68 num prato diliça demais! Obs: Em Jeri eu comecei a “abrir a mão” e gastar mais, apesar da Vila ser muito cara, você acha opções baratíssimas tranquilamente, tem PF de 10 pilas. Dia 2 Fechei passeio com a Scooby Tur para o lado leste de Jeri por R$ 50,00, onde inclui Pedra furada, Árvore da Preguiça, Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul. Nosso guia sugeriu que não fossemos à Pedra Furada (porque é só uma pedra) e assim poderíamos aproveitar mais as lagoas, aceitamos a sugestão e partimos turistagem. A primeira parada é na Árvore da Preguiça onde os mais empolgados fazem aquela filona pra tirar foto com uma árvore deitada, desculpa se pareço chata, mas essas atrações “pega turista” não me impressionam 😜 Seguimos para a Lagoa do Paraíso, mais uma vez, o guia nos sugeriu de apenas passar pelo Alquimista (o ponto de apoio mais badalado da Lagoa) para tirar foto, porque tem uma bela estrutura, mas de lá irmos para outro restaurante que é mais barato e dá acesso a mesmíssima lagoa, linda e maravilhosa. Eu achei sensacional esse guia, pois ele teve o discernimento de preferir apoiar um negócio local, mesmo que se ficássemos no Alquimista a comissão dele seria maior, porque lá é absurdo de caro. O Alquimista foi criado por um gringão, Francês se não me engano, e o cara tomou conta de lá praticamente, porque fez uma estrutura bonitona e pá, então todo mundo só quer ir para lá. O cara desmatou uma área enorme da região porque queria fazer um resort com uma piscina de não sei quantos metros, daquelas de efeito infinito de frente para a Lagoa que por si só já basta e basta pra caralho né?! A boa notícia é que ele foi barrado e pagou uma multa milionária por conta do desmatamento. Se não me engano o ponto de apoio que ficamos foi a barraca Boa Esperança, isso é o que lembro, posso estar viajando hahah E paguei R$ 72 num prato enorme também. Tudo é caro em Jericoacoara, mas tudo é muito gostoso também, vale a pena, ainda mais se você não come que nem formiga, porque no meu caso foi desperdício atrás de desperdício ;S Voltamos para a Vila por volta das 16h30 e a “Caminhada Ecológica” que vai para a pedra furada todos os dias já estava rolando, segui o fluxo e no meio do caminho passamos pela Praia Malhada, linda e vazia, então desisti de ir pra pedra furada e fiquei caminhando por ali mesmo, dá até pra ficar peladão de tão vazia e foi isso que fiz! hahaha O dono do hostel já tinha me dado essa dica para ver o pôr-do-sol, então subi o que eles chamam de serrote, que é uma “montanha” com grama curtinha, que fica ali mesmo na Praia Malha e dali vi um pôr-do-sol bem mais agradável, sozinha, longe de barulho, só eu me conectando com meu eu interior *GRATIDÃO* \sarcasm Dia 3 Fechei com a mesma agência para o lado Oeste, por R$ 60,00, dez reais mais caro porque tem balsa para atravessar, inclui Praia de Mangue Seco, Dunas, Esquibunda, Velha e Nova Tatajuba e Passeio para ver Cavalo Marinho. Esse lado é bem mais legal que o leste, apesar da Lagoa do Paraíso ser a mais bela dentre as belas, tem mais paisagens lindas e tal. Ai num sei que, fomos nos lugar tudo e tal, da hora mesmo. Exceto o do cavalo marinho que agora eu passaria, a gente vê os bichinhos numa garrafa de água e não mergulhando em seu habitat natural ou coisa assim, então nada de extraordinário, além do que o guia disse que aquela região tinha vários e vários cavalos marinhos, mas quanto mais eles pegam, mais some, porque apesar de serem devolvido, dificilmente eles conseguem se prender de volta lá nas raízes e acabam sendo levados pela correnteza… uó né?! Então deixa os bicho lá me paz. Para descer de jacaré nas Dunas você paga R$ 10 e tem direito a três descidas, tá ótimo porque você nem aguentaria subir a duna mais que 3 vezes mesmo 😜 Paramos para almoçar numa lagoa, longe da farofada de turista, só tinha nosso grupo, a barraca era bem barraca mesmo, não sei nem onde o povo faz comida ali, porque era minúsculo, não sei o nome do lugar, porque não tinha nome escrito. Para o cardápio o cara traz uma bandeja de peixe morto, uns bicho grande mesmo, cardápio ao vivão, quer dizer...nem tão vivão assim @.@ Como eu não aguentava mais comer peixe e camarão, pdi só baião de dois com fritas e ainda assim paguei uns R$ 58,00 Dessa vez, preço total injusto porque era arroz, feijão e batata frita,sabor comida amadora, porran! Fui para o bar e restaurante Samba Rock à noite, um bem badaladinho, que tem música ao vivo etc. Dia 4 Estava na dúvida ainda se ficaria mais em Jeri ou iria mais cedo para conseguir passar na casa da minha vó no sertão de RN, a logística era péssima, os dias eram poucos, mas o coração bate forte né? Decidi ir embora rumo à minha casa! O Luís Gonzaga já havia me dado a dica de não comprar passagem de Jericoacoara para Fortaleza e sim de Jijoca, pois comprando direto você paga um valor há mais sendo que vai de 4x4 até Jijoca de qualquer jeito. Então comprei a passagem de Jijoca para Fortaleza por R$ 43 e paguei R$ 20 no “táxi” até Jijoca, nessa brincadeirinha se economiza uns R$ 30. Como Jericoacoara não me cativou, ficou fácil passar outras vivências na Vila. É maravilhoso? É maravilhoso É demais? É demais É tudo isso e um pouco mais? Talvez. Acho que gostaria mais de lá em outra viagem, acompanhada, pra zueira mesmo, achei a Vila uma farofada só, muita gente, muito turismo CVC, ambulante brotando do chão, muuuuito diferente de Barreirinhas, onde não se vê ninguém te empurrando mil coisas, nem no centrinho, muito menos nas Lagoas! Tinha grupo de gringos que passavam a-t-e-r-r-o-r-i-z-a-n-d-o com aquelas caixas de som enormes da JBL, cantando alto, aquele clima maravilhoso de carnaval. À noite a Vila é bastante animada, com várias opções de barzinho e restaurante, todo dia tem uma baladinha diferente, com noite do reggae, forró, samba, dependendo do dia da semana, mas por uma nova lei que havia sido instaurada 1 ou 2 semanas antes deu chegar, as festas e bares só podem ficar abertos até as 2hrs da madruga e a venda de bebida alcoólica é proibido após esse horário, mas claro que sempre tem como burlar isso. É lindo demais, sem dúvidas, mas eu estava levando um ritmo de viagem mais sussa e quando cheguei lá foi aquele choque de realidade que não faz muito meu estilo, sozinha então, piorou. 🙂 SORRY MUNDO. Fortaleza Dia 1 Cheguei final da tarde e fui comprar a passagem para Uiraúna, cidade mais próxima de onde meu avós moram, porque para Luís Gomes não tem ônibus direto. Eu estava certa que estava tudo certo, mas as passagens estavam esgotadas ;( Tinha visto o site de manhã e estava bem vazio o bus, não consegui comprar online porque estava dando erro no site, fiquei bastante #chateada, mas fazê o que, né?! Não dava pra esperar e ir no outro dia porque é longe e eu teria que estar em Fortaleza dia 22, então sem chance. Achei uma hospedagem, pedi uma pizza e boa noite. Dia 2 Fiquei hospedada a um quarteirão da Praia do Futuro, na pousada Piatto Di Glória, paguei R$ 360 em 4 diárias em apartamento privativo com fogão e geladeira. Fui dar uma volta na Praia do Futuro e almocei na famosa barraca Croco Beach, comi no buffet mesmo e minha conta acho que não passou de R$ 50 com bebidas. Depois disso fui até a Rodoviária e comprei passagem para Canindé, no dia seguinte. Jantei o resto da pizza do dia anterior e já eras. Dia 3 Peguei o bus para Canindé umas 08hrs, a viagem dura umas 2hrs. Não tem nada de especial em Canindé, mas quis ir pra lá porque era a cidade sertaneja mais próxima de Fortaleza e foi assim que achei um jeitinho de me sentir um pouco na casa da minha vó, apesar de lá ter 80 mil habitantes e Luís Gomes ter só 8 mil hehe. Acho que em 3 horas eu já tinha rodado e visto os pontos principais da cidade toda! hahaha Consegui ir num engenho de rapadura, fui até a estátua de São Francisco, o padroeiro da cidade, até a Catedral e uns Museus. Canindé é bem conhecida e turística por ser uma cidade onde ocorrem vários eventos religiosos e muitos romeiros passam por lá, é uma espécie de Aparecida Do Norte (Em São Paulo), onde as pessoas vão rezar, pagar promessas etc. Havia comprado a passagem de volta só para o final da tarde, mas consegui antecipar com facilidade. Voltei tão cedo que almocei em Fortaleza, dei uma de metropolitana (que sou) e fui para o Shopping comer no Outback. Acho que não jantei esse dia, vai ver ainda tinha pizza hahahaha Fechei passeio para o dia seguinte com a pousada mesmo. IMAGENS CANINDÉ Dia 4 Eu não queria fechar passeio turistão, queria apenas um transfer que me levasse até Canoa Quebrada. Na pousada o transfer para Canoa custava R$ 55 (não sei o nome da agência), mas não tinha mais vaga, então o cara me vendeu o passeio para conhecer 3 praias em um dia, claro que era cilada, já que Canoa não é tão perto assim, obviamente o tempo ficaria apertado, mas eu aceitei, ele fez o mesmo preço que seria para Canoa. O passeio é tão apertado que eu nem sei qual a segunda praia que eu conheci hahaha só sei que fui para Morro Branco e Canoa Quebrada. Eu não gostei do passeio de cabo à rabo, o carro parou em mil lugares “pega turista” para que a gente comprasse coisa, cheio de gente tirando foto de você sem você querer, depois vem com aquelas lembrancinhas pra te vender, paramos em MIL lugares assim, o que aperta ainda mais o roteiro. Chegando em Morro Branco, nisso eu assumo a minha culpa, a mulher vende o treco tão bem que a gente compra sem nem perceber hahaha Comprei o passeio de buggy por R$ 60,00 e fui ver as 12 cores de areia de lá e num sei que lá. Ao invés disso eu poderia ter ficado na praia do Morro Branco de boinha, veria as areias de todo jeito e curtiria mais, porque no passeio de buggy a gente só passa pela praia, não tem parada para banho, WTF?! Em Canoa Quebrada, acho que teríamos menos de 3 horas lá e o ponto de apoio da agência era num lugar caro e super longe do ponto principal de Canoa, onde ficam as falésias e é próximo da Broadway e eles ainda queriam vender outro passeio de buggy para ir conhecer esses lugares que falei. ACHEI QUE NUNCA SERIA TURISTA CVC, FUI TURISTA CVC 😜 Pois só de raiva fui andando até lá, gastei meu tempo praticamente nisso porque demorei meia hora pra ir e meia hora pra voltar, andando pela praia. Cheguei na Broadway e estava praticamente tudo fechado, era segunda feira acho, mas o Ibiza, hostel e restaurante que me hospedei na última viagem para lá, estava aberto e almocei lá, devo ter gasto uns R$ 50. Uma das coisas que gostaria de fazer em Canoa era o vôo de parapente, pois a última vez que fui, estava com pouco dinheiro e fiquei na vontade, mas chegando lá, os vôos que vi não pareciam tão emocionantes como os da última férias, o vento estava fraco e acabei deixando pra lá. Fiquei um pouco pela região das falésias e já era hora de voltar, 15h30 nosso transfer saia. Nesse dia não jantei também, devo ter comido alguma bolachinha e pronto. No dia seguinte, meu vôo para Salvador, sairia às 10hrs. Salvador Tenho uma amiga que está estudando na UFBA e morando em Salvador, então a Residência Universitária da UFBA foi a minha hospedagem nos dias em que fiquei por lá Bom, aqui não gastei com hospedagem e quase não gastei com comida, porque minha amiga e o namorado dela dividiram o “bandeijão” deles comigo. Bandeijão é tipo comida do Bom Prato, bem gostosa, mas a longo prazo deve matar 😜 hahaha (é o que os universitários dizem, que é veneno) A residência é um casarão histórico, dentre tantos outros do Corredor da Vitória, então pra mim foi um presente poder ficar lá porque AMO construções antigas! Não vou detalhar o que fiz dia a dia porque só fui nos pontos principais da cidade e segui a rotina da minha amiga, usei ônibus mesmo, em Salvador tem os itinerários de ônibus no Maps, então é de boa. A essa altura da viagem eu já havia diminuído bastante o ritmo, então não passeei tanto. Uma das coisas diferentes que tive o prazer de conhecer, foi justamente ficar na residência universitária, onde do quintal temos acesso à Baía de Todos os Santos. Tem um escadão no quintal que dá acesso a praia de Shangri-Lá, essa localização vocês não acham no Google! Haha O Local era muito frequentado por estudantes e artistas durante a Ditadura Militar, foi um palco de resistência e lá como ficava escondida, eles podiam fumar e beber sem que fossem banidos pela polícia. Reza a lenda que quem nomeou a praia como Shangri-Lá foi Caetano Veloso, um dos frequentadores do local :)) Salvador é maravilhoso, “você sente que é diferente”. ❤️ IMAGENS - SALVADOR *** Tive mais um perrengue básico de transporte. Comprei a passagem até Recife pela viação Kaissara e custou R$ 155,00. A saída estava marcada para 19h15 mas como era “ônibus em trânsito” esse horário não era tão exato e pra piorar na passagem não tinha a plataforma exata que o ônibus iria estacionar, podia ser entre as plataformas de 30 à 36. Cheguei na rodoviária às 17 hrs (paguei R$ 20 no Uber até lá), deu 20 hrs e do meu ônibus chegar, até que fui pedir informação e fui surpreendida com a informação que Kaissara é a mesma coisa que Itapemirim e já havia passado dois ônibus da Itapemirim, mas eu estava aguardando um ônibus escrito Kaissara, então quando esses passaram nem fui checar pra onde estavam indo @.@ Eu era obrigada a saber que as duas empresas são uma só? Me ajudem aqui a descobrir se sou burra ou se a vida gosta de me trollar, por favor 😜 O guichê da empresa já havia fechado na rodoviária e o fiscal de ônibus já tinha ido embora também. Liguei para o guichê de Feira de Santana pra xingar muito no twitter, desabafar mesmo e tentar resolver minha situação. Só teria ônibus saindo de Salvador no dia seguinte, mas o atendente me disse que conseguiria uma vaga pra mim no ônibus que sairia naquela madrugada de Feira de Santana, às 2hrs. Não consegui que eles me reembolsassem o valor que gastei na passagem até Feira, mas de qualquer forma gastaria quase o mesmo indo e vindo pra rodoviária no dia seguinte, então engoli o sapo e preferi ir pegar o bus em Feira. Paguei R$ 25 na passagem até Feira e cheguei lá por volta das 22h30. O atendente me recepcionou na rodoviária e na verdade o ônibus não passaria por lá, eu teria que ir até a garagem da viação onde um ônibus vindo de SP com destino ao interior da Paraíba, passaria para a troca de motoristas. Para isso o atendente me enfiou num carro comum, sem identificação da empresa com mais dois homens estranhos que me levariam até lá. Eu tinha duas opções, confiar no Bruno (atendente) que parecia mesmo uma pessoa de bem ou voltar pra Salvador. Segurei na mão de Deus e entrei no carro. Bom, tô escrevendo esse relato, sinal que tô vivinha da Silva e não sofri nenhuma violência. Tinha mais algumas pessoas na garagem aguardando outros ônibus e aguardei o meu ansiosamente. Entrei no ônibus e parecia excursão para Aparecida do Norte (SP) de tanto véio que tinha (idosos, para os politicamente super corretos ;P). De manhã fui acordada por um coral de véias cantando hinos evangélicos e pqp que coisa emocionante, pelo menos pra mim foi, pois me teletransportei para o ano de 1997 onde fiz minha primeira viagem para o nordeste. Três dias num ônibus, muita farofa de frango e um rádio a pilha tocando o CD lançado naquele mesmo ano, com hits como “Cada Volta é um Recomeço”. Foram minutos que fizeram minha mente viajar nas lembranças mais lindas de infância e chorei. O problema de chorar foi que as senhorinhas (coisas lindas meu deuso) acharam que eu estava pronta pra “entregar minha vida a Jesus” hahahah O clima do ônibus era exatamente igual ao de 1997, 3 dias num ônibus e as pessoas já são comunidade. Parece que toda cagada que o destino me prega, ele me traz uma pequena recompensa depois, estar nesse ônibus foi a recompensa da vez ❤️ 🎵“Como um sonho, como um rio deságua em mim, eu me entrego como alguém que está no fim. É minha vida. É o vento que varreu a tempestade, é a chuva que molhou minha saudade. É minha vida.”🎵 VIDEO - SENHORAS CANTANDO Recife Dia 1 Sai da casa da minha amiga em Salvador no dia anterior por volta das 16hrs e cheguei em Recife umas 15hrs, faça a contas de quão morta eu estava. Minha hospedagem da vez foi o Hostel Piratas Da Praia, paguei uns R$ 180 em 4 diárias e foi o lugar mais legal que fiquei nesta viagem! O local é super legal e eles realmente prezam pelo relacionamento entre os hóspedes e o clima super ajuda a fazer novas amizades. Fica à um quarteirão da beira mar, perto da Praia de Boa Viagem e Praia do Pina e embaixo do prédio onde fica o hostel tem um Pão de Açúcar Minuto, muito útil já que no hostel não é servido café da manhã. Como estava morta de cansaço, só sai pra comer, supondo que acharia vários restaurantes na beira mar, mas só tinha quiosque, a avenida é tomada por prédios, não tinha um restaurante se quer no raio de 1 km de calçadão. Descobri que o metro quadrado ali ficou muito caro e por isso os restaurantes migraram para avenida de trás do hostel 😜 Comi um lanche no Laça Burguer, paguei R$ 30 num combo. Dia 2 NÃO FIZ ABSOLUTAMENTE NADA ALÉM DE DORMIR. Eu tava era morta, tô falando sério 😜 Mentira, dei uma voltinha-inha-inha pela Praia de Boa Viagem. Não lembro onde comi esse dia, mas tenho certeza que foi bem pertinho do hostel. Gastei uns R$ 80 em alimentação durante este dia. Dia 3 Ainda estava cansada, mas me forcei a fechar transfer para a Praia Dos Carneiros, fui de transfer pq queria o mínimo esforço 😜 não sei quanto custa a passagem de bus até Tamandaré, mas a rodoviária em Recife fica extremamente afastada, no meio do mato, então evitei a fadiga. Paguei R$ 80 no transfer e me certifiquei que era só transporte MESMO e que não cairia novamente num passeio estilo CVC. O ponto de apoio foi a barraca Bora Bora que tem uma ótima estrutura, mas antes de consumir ali fui ver se tinha algo mais em conta pelas redondezas e não tinha nenhuma outra barraca perto, apenas pousadas. Caminhei uns 15 minutos até a famosa igrejinha e por lá fiquei até a hora do almoço. Voltei pra almoçar na Bora Bora mesm e deu R$ 68 com bebida e nada demais. Não fechei o passeio de catamarã porque queria curtir a praia (que é um paraíso), mas vi que o preço era R$ 75 dai eles te levam até piscinas naturais e tal. Perto da barraca tinha uma piscininha e depois do almoço fiquei por ali mesmo. A cocada que vendem na praia é coisa de outro mundo, delícia demais! Quando voltei pro hostel ainda tive pique pra sair com o pessoal do hostel. Fomos à Galeria Joana D’Arc, point da cena alternativa e galera descolada, era noite especial vinil, me senti muito na noite de SP, espaço bem legal, um camarada resolveu pagar a conta quase toda sozinho, então o restante pagou 35 reais, estávamos em 6 e um deles era funcionário do hostel, ou seja, todo mundo faz amizade com todo mundo, MESMO :D. A cerveja é carinha e todo o resto também haha mas nada absurdo e é bem bacana! Dia 4 Acordei cedo e fui até Olinda de Uber, R$ 30 pra ir e mais 30 pra voltar. Dá ora ir com ônibus de linha, acho que custa R$ 15 a passagem. Andei tudo por lá, fantástico! Muita coisa legal pra comprar etc Me senti um pouco em perigo, além dos avisos de cuidado, as ladeiras estavam realmente bem vazias. Na volta fui pra orla pegar o Uber de lá e o bairro ali era mais barra pesada, logo depois de me avisarem isso e botarem medo, parei desesperada para solicitar o carro quando ecoou o grito de “FILHO DA PUTAAAAAAAA”, meu coração parou, os pássaros voaram e um pneu cantou… uma mulher tinha acabado de ser roubada. Dois rapazes roubaram o celular da mão dela, ela estava de carro e foi atrás dos caras, eu olhei para os dois que estavam atrás de mim e eles disseram alguma coisa que não entendi, sai vazada. Fui pra avenida e peguei o Uber de volta ao hostel. Almocei no Laça Burguer de novo, que durante o dia serve almoço também, paguei R$ 35. Meu vôo saiu às 18h30 e o Uber até lá custou R$ 15,00. O aeroporto é bem localizado e você não terá grande esforço para chegar lá, independente do transporte que escolher. Não usei ônibus em Recife e na verdade nem conheci a cidade, então não posso opinar muito. Tava me sentindo uma mochileira mequetrefe já que nunca havia feito uma viagem de tantos dias e no final joguei muito a toalha, fui derrotada pelo cansaço, mas conversando com outros viajantes mais inexperientes eles disseram que é assim mesmo, escolhi acreditar nisso e não me culpar por não ter andado tanto em Salvador e Recife hihi *** ACABOU Mesmo sendo cansativo, se quando eu soubesse que estaria desempregada quando comprei as passagens, estaria pelas bandas do nordeste até agora, lá é meu lugar no mundo, nem preciso conhecê-lo pra saber disso (mas farei esse esforço de viajar para outros países, vai!). NORDESTE ME AQUECE ❤️ Sobre ser uma mulher viajando sozinha, eu senti muito medo em várias situações, as perguntas “onde está seu namorado?”, “você está sozinha?”, e a mais assustadora vindo de Ubers “tem alguém te esperando?”, são constantes ora por falta de noção, ora por maldade, nunca se sabe né?! Eu escolhi não mentir nas respostas como aconselhado na maioria de relatos de viajantes sozinhas e sabem por quê? Porque estou disposta a enfrentar o que for para que nós possamos ter nossa liberdade, porque TEM QUE SER COMUM que mulheres andem sozinhas e que isso não lhe custe sofrer alguma violência. Hoje sempre que ando sozinha seja no local que for, não é apenas o medo que me acompanha, e sim a CERTEZA que uma hora vai chegar minha vez de passar por alguma violência e isso não é ser pessimista, é estatística! Isso tem que mudar e só muda quando exercemos nossa liberdade com toda sinceridade e coragem. Em contraposição, esta foi a viagem em que mais vi mulheres viajando sozinha, de toda faixa etária possível, isso me deixou feliz que só a porra ❤️ Outro ponto que observei é que as pessoas estão extremamente bitoladas em suas carreiras profissionais, claro que isso é importante, mas eu dizendo que estou desempregada, todo mundo que conheci ficava “desesperado” perguntando sobre o que eu iria fazer. Que uó, eu querendo relaxar e as pessoas só interessadas em fazer contatos de trabalho ou por pura e péssima curiosidade, mesmo elas estando de férias! Não sejam assim, sério. Não tem nada de errado em querer saber o que as pessoas fazem, mas isso ser tipo a segunda pergunta que faz quando conhece alguém...WTF?!?! Melhoremos, pelo amor. Há muitas outras coisas a se ter curiosidade pessoal sobre alguém que está conhecendo *** Tive outros gastos que não coloquei no relato por esquecimento ou porque não precisava que eu descrevesse, então vamos à uma tabelona geral da média de gastos: TRANSPORTE (Avião, navio, ônibus, transfer, uber) = R$ 2.623,00 ALIMENTAÇÃO = R$ 1.530,00 HOSPEDAGEM = R$ 1.080,00 PASSEIOS = R$ 528,00 OUTROS (Lembrancinha, roupa, conserto de celular, imprevistos) = R$ 766,00 Então gastei por volta de R$ 6.500, esse valor pode ser maior ou bem menor dependendo do seu estilo de viagem. Eu or exemplo, não escolhi sempre os hostels mais baratos que tinhas, cabacei com alteração de passagem e perca de vôo, quebrei meu celular, usei muito uber, não comi sempre nas opções mais em conta, tudo isso poderia ter reduzido muuuito o custo, tudo questão de planejamento e organização e como eu tinha uns dinheiros, viajei sem muita preocupação em economizar, mas também não ostentando horrores ^.^ Caso tenham dúvida sobre algo que não está no relato podem me enviar inbox. Tem mais fotos no meu insta que é @gessic4 e criei uma playlist com músicas características dos lugares onde passei no Spotify, Gessica Costa - Brasilzão: IMAGENS - RESUMO VIAGEM
