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Bolívia + Chile + Peru (26 dias - abril/2015) TUDO por 1.600 dólares!


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Oiii Galera!!!! Como o Mochileiros.com meu ajudou MUUUIIIITTOOOOOO no planejamento da minha viagem e como o Rodrigo (que é uma pessoa foda com esses relatos incríveis e super detalhados) me ajudou DEMAIS! Resolvi dar minha contribuição pros próximos mochileiros também!

 

Eu basicamente compilei todas as informações do Rodrigo numa planilha, sendo que minha viagem será de 22 dias pelos mesmos lugares (tive que cortar alguns passeios).

 

Beijos

 

Mary

Bolívia-Chile-Peru.xlsx

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  • Membros
Rodrigo, estou embarcando na próxima quinta p essa Trip. Seu relato ajudou muito! Parabéns! Torcendo para que vc divulgue os últimos capítulos a tempo de eu pegar as dicas. Abs

E ai zecameiralins embarco no sabado,

Seu roteiro eh parecido com o do Rodrigo?

 

Muito parecido Denilson. Saindo de Recife amanhã à noite e de Sampa na sexta de manhã. Sábado durmo em Sucre e a noite partimos para Uyuni

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  • Membros

Bom Pessoal

É chegada a minha hora de viver essa trip. Queria agradecer a todos que postaram relatos, pois sem eles o caminho seria muito mais dificil, em especial ao Rodrigo e a Bárbara Fabris pela paciência em tirar dúvidas. Darei início a viagem hj e retorno previsto para o dia 16/04/2016...

Valeu galera um grande abraço a todos...

Fui...

::otemo::::otemo::::otemo::

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  • Colaboradores

Capítulo 24: Chacaltaya, Valle de la Luna... e o dia em que fomos furtados.

 

23/04/15

 

O "problema" dos quartos compartilhados não é a quantidade de pessoas com quem você divide o espaço. A questão é o seu AZAR, mesmo. No quarto em que ficamos, havia mais dois outros viajantes: um gringo, que não me lembro de onde era, tampouco a cara dele, pois mal o vi; e um brasileiro. No dia que chegamos lá, logo começamos a conversar com ele, o brasileiro. Gente boa, o cara. Falava de suas aventuras e o que já tinha feito naquele mochilão até ali.

 

A simpatia durou só até a hora de dormir. Ou tentar dormir, pelo menos. Nunca antes na história daquele país um fdp roncou fazendo um barulho tão alto. Era uma máquina trituradora que não me deixou pregar os olhos um maldito minuto sequer. Se eu estivesse quase cochilando, logo voltava aquele barulho que no susto eu não sabia se era ronco ou se era um meteoro de pégasus atingindo o hostel. Eu já dormi com gente roncando e adormeci sem maiores problemas, mas aquilo ali não era um ronco, era uma manifestação em decibéis de 53 diabos da tasmânia com dor de barriga.

 

Depois de passar a noite me controlando para não deslocar gentilmente o frasco de desodorante da minha mala até a boca do infeliz numa velocidade aproximada de 160km/h, "acordamos". E cara ainda teve a coragem de dizer "rapaz, você viu o gringo que tava aqui? chegou doidão de bêbado fazendo barulho e me acordou". Eu nem consegui responder.

 

Mas, enfim. Antes tivesse sido esse o nosso único desagrado no dia.

 

Eram cerca de 8h e o passeio ao Chacaltaya estava marcado para começar às 10h. Aproveitamos para deixar algumas roupas na lavanderia (14 bolivianos) e fomos tomar café na rua (10 bolivianos cada).

 

Às 10h, nossa van chegou. Nos juntamos a outros 4 brasileiros, à guia e ao motorista. Enquanto ele nos levava à montanha, a guia nos explicava como seria o passeio, algumas curiosidades pelo caminho e coisas do tipo. O caminho em si já era bonito.

 

25987778622_a266206927_k.jpg01_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Estrada até o Chacaltaya.

 

Já podíamos avistar os picos nevados. Essas paisagens nunca cansam de nos encantar, ainda mais sendo brasileiros. Fomos subindo pela estradinha da montanha até chegar à estação. A guia recolheu 30 bolivianos de cada e foi lá pagar nossas entradas.

 

Antes de descermos, a guia disse que a subida até o cume seria muito cansativa, e que era pra evitarmos levar peso desnecessário. Deixamos nossas mochilas na van, e decidimos deixar nossos money belts, também, já que qualquer aperto poderia nos incomodar.

 

O lugar é realmente lindo. Não sei se todo mundo curtirá um passeio desse tipo. Pode ser que seja mais do mesmo pra quem já está acostumado, mas, para mim, que pouco havia tido contato com a neve, foi encantador. Aquela atmosfera de estação abandonada, com aquele clima que muda a todo instante, foi bonito demais.

 

25477707673_e7148ed8fd_k.jpg02_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Entrada da antiga estação de esqui.

 

25477701443_7e943c8c38_k.jpg03_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Chacaltaya, La Paz.

 

25475528684_8288ea9f18_k.jpg04_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

A neblina surgia com a mesma rapidez que desaparecia.

 

26080273305_62884ad0fd_k.jpg07_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Cenário surreal.

 

Depois de uns minutos, a guia disse que iniciaríamos a subida ao cume. Quem não quisesse subir, poderia ficar ali em baixo esperando. Pareciam apenas alguns passos de subida, mas era muito mais do que isso. Era o efeito da altitude (ponto de maior altitude de todo o mochilão) te lembrando a cada 5 passos que o oxigênio era artigo raro por ali. Foi uma luta. Mas uma luta que bravamente vencemos. "Nem todos os brasileiros conseguem, a maioria desiste pelo caminho, passa mal, retorna...", disse a nossa guia, nos elogiando. Curiosamente, nosso motorista veio logo atrás subindo, depois de um tempo.

 

Quando chegamos lá, depois da comemoração mútua, um acontecimento engraçado. Uma das brasileiras conseguiu telefonar pra mãe dela no Brasil. Isso mesmo hahaha. Pegou sinal e fez a ligação. Foi muito engraçado. Quando ela disse que estava falando com a mãe dela, foi a maior festa. Todos gritavam em coro "QUEREMOS FEIJÃO! QUEREMOS FEIJÃO! QUEREMOS FEIJÃO!". ::lol4::

 

25477693553_f24f451a8c_k.jpg05_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Na linha do céu, 5 quilômetros acima do nível do mar. :shock:

 

25987745042_8771b4eae9_k.jpg08_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Chacaltaya, La Paz.

 

26054361356_8b11197b8d_k.jpg06_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Pensando em brincar de escorregador, que tal? rs.

 

26054351186_f0bc9f9f27_k.jpg09_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

É bem alto.

 

26013924241_6f21eb3d2e_k.jpg11_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Os vitoriosos!

 

26054348406_23f3238734_k.jpg10_chacaltaya_lapaz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Hora de descer.

 

Depois de explorar um pouco o local, fazer algumas fotos e recuperar o fôlego, era hora de voltar. Seguimos viagem para conhecer o Valle de la Luna. Como é preciso atravessar a cidade novamente, porque o Valle fica do lado oposto, eles costumam dar a opção de, quem não quiser fazer o passeio até lá, ficar na cidade de uma vez. Nós optamos por ir até lá, e todos os outros brasileiros também.

 

Chegamos então ao Valle de la Luna. O lugar é legal? É. Interessante? É. Imperdível? Não. Ainda mais depois de tudo que a gente já tinha visto naquele mês. Mas, já que estava incluso no pacote, lá fomos nós. E não me arrependo de ter ido.

 

26054344206_0970522cb3_k.jpg12_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Valle de la Luna, La Paz.

 

26013913851_24ce0b83e0_k.jpg13_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Valle de la Luna, La Paz.

 

25477657583_aa41bccc9f_k.jpg14_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Valle de la Luna, La Paz.

 

26054311156_cb99157242_k.jpg15_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Valle de la Luna, La Paz.

 

De volta à cidade por volta das 16h, aproveitamos para, enfim, "almoçar", já que estávamos à base de lanchinho o dia todo. Comemos um daqueles combos de frango frito com refrigerante (que saúde!) por 27 bolivianos cada, e depois um sorvetinho de sobremesa (6 bolivianos).

 

Nesse dia, tínhamos marcado uma programação específica. Desde que eu comecei a planejar esse mochilão, eu tinha uma imagem de La Paz na cabeça, e estava determinado a conseguir fotografá-la. Para isso, precisava ir ao local mais alto que conseguisse chegar, e de preferência a tempo do início da noite.

 

Fomos até a estação dos bondinhos, linha vermelha, que não ficava muito longe do nosso hostel. Pagamos míseros 3 bolivianos por cada trajeto para andar num bondinho prático, moderno e altamente eficaz. Sem dúvidas, revolucionou a mobilidade urbana dessa cidade tão caótica. E a vista? Linda.

 

25475466564_b85610146f_k.jpg16_bondinho_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Linha Vermelha, La Paz.

 

Fomos informados que de lá no alto da estação da linha vermelha havia um mirante, por isso fomos pra lá. Chegando lá, rodamos atrás do tal lugar e, quando achamos, vimos que, apesar da vista bonita, era parcialmente prejudicada por conta de algumas construções na frente.

 

Não era o bastante. Eu precisava de um ângulo mais favorável. Foi nessa hora que avistei uma espécie de barranco mais abaixo, que certamente nos daria uma vista limpa. O problema era: como chegar lá? Procuramos nos informar e nos disseram que teríamos que dar uma volta por cima, passando por um mercado imenso (e não muito simpático àquela hora da noite), depois pegar a estrada, beirada de asfalto, e aí sim se enfiar pelo barranco.

 

Eu não sei como tivemos coragem de fazer isso, mas fizemos. Um frio do cão, um caminho muito escuro e estranho, em plena La Paz, que não é lá muito conhecida por sua segurança, carregando equipamentos caros.

 

Perrengues à parte, valeu cada segundo de esforço. O resultado foi uma foto que me deu orgulho, e uma das que certamente vou pendurar na parede da minha casa. Não é uma simples paisagem, mas sim toda a história por trás dela, do esforço, daquele lugar, daquela viagem. Essas coisas marcam a gente.

 

26013877401_c199efb0e1_k.jpg17_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

La (bela e caótica) Paz.

 

25475452104_4323d844d1_k.jpg18_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Bastidores.

 

25987678562_73463648b7_k.jpg19_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Monte Illimani, majestoso, guardião da cidade.

 

Voltamos satisfeitos para o hostel. No bondinho de volta, conhecemos uma boliviana cujo filho cursava medicina e que só queria conversar em inglês com a gente, mesmo entendendo nosso portunhol. Nos deu dica de onde encontrar roupas de marca a preços baixos, mas não tínhamos tempo - nem dinheiro - pra conferir.

 

Fomos jantar no mesmo local (27 bolivianos). E ainda pedimos um refrigerante louco desses que a gente não encontra no Brasil. "Simba", era o nome. E tinha gosto de qualquer coisa com tuti-frutti rs. Foram 6 bolivianos.

 

25475438054_0640ac5456_k.jpg20_valle_de_la_luna_la_paz by Rodrigo Alcure, no Flickr

Simba.

 

Voltamos para o hostel e começamos a reorganizar nossas coisas. Afinal, o dia seguinte era dia de Downhill, e penúltimo dia do mochilão. Contamos para ver quanto ainda tínhamos de grana... e nos assustamos com a conta.

 

Era menos do que pensávamos. Refizemos os cálculos e ainda não batia. Tínhamos contado todo o dinheiro de manhã, antes de sair para o Chacaltaya. E, agora, descontando tudo o que havíamos gastado, estavam faltando 200 bolivianos (duas notas de 100).

 

Aí então começamos a desconfiar. O único momento em que estupidamente havíamos nos separado das nossas coisas foi para subir o Chacaltaya. E só o motorista ficou lá na van, por alguns instantes, e depois misteriosamente resolveu subir atrás da gente.

 

Ficamos com medo de pré-julgar alguém sem saber se aquilo era de fato o que havia acontecido. Mas essas dúvidas foram reduzidas a quase zero quando Antenor me perguntou, assustado: "Rodrigo, meu relógio tá com você?". ::hein: O relógio que ele havia guardado num dos bolsos da mochila também tinha desaparecido.

 

Aí nossa ficha caiu: fomos furtados, e muito provavelmente pelo próprio motorista da van.

 

A dúvida para o dia seguinte era o que fazer. Ir à agência, que certamente terceirizou o serviço do passeio, como 99% delas fazem? Ir à delegacia de turistas prestar queixa? Daria tempo de fazer tudo isso?

 

Cenas do próximo capítulo.

 

 

SALDO DO DIA:

Bs.14 lavanderia

Bs.10 café da manhã

Bs.30 entrada Chacaltaya

Bs.27 almoço

Bs.6 sorvete

Bs.6 bondinho ida e volta

Bs.27 jantar

Bs.6 refrigerante Simba

TOTAL: Bs.126 (US$ 18)

 

Próximo capítulo: O eletrizante downhill pela Carretera de la Muerte.

Editado por Visitante
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  • Colaboradores
Fala ai manin, estarei indo em Abril fazer Peru,Bolivia e Chile, vc acha que com uma mochila de 45l é tranquilo? E uma de ataque de uns 20l eu acho.

Quero levar roupa pra uma semana no maximo, sendo que ficarei qse 2 meses por la... VLWWW ::otemo::

 

Rapaz, eu usei uma de 50L mais uma de ataque e deu de boa. Acho que você consegue sim, desde que leve roupa só pra uma semana mesmo. Tá chegando o dia, ein?! hehehe Abraço!

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