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Saudações meus queridos! 

É com muito prazer que começo esse relato. Afinal, relatar não é apenas descrever, mas é REVIVER! 

Bom. A história da travessia começou no Mirante da Serra do Rio do Rastro, onde eu, @darlyn e @Dionathan Biazus encontramos o senhor Miguel. Fizemos 6 horas de estrada desde Chapeco até o Mirante.

O Miguel é o proprietário das terras onde a travessia acontece, então é com ele que tem que combinar as paradas. Cara super gente fina, de uma simplicidade enorme. O próprio mirante já é um ponto de partida (mas longe de ser o ápice da trip). 

Mirante da serra do rio do Rastro: o mirante tem um murinho onde as pessoas ficam contemplando o visu da estrada da serra, cercada por suas montanhas. E tem sempre visitas dos quatis... É bom pontuar que aqui é sempre cheio de pessoas, se você quer ficar em contato com a natureza, não apenas olhe a mata, mas entre nela. Não só olhe a montanha mas vá até o topo! 

Seguindo então, encontramos nossos outros dois parceiros dessa empreitada @dumelo39 e o Lucas, que vieram do Rio de Janeiro! Assim juntou toda a piazada haha.

Fomos com o Miguel de 4x4 até a primeira fazenda. Ele cobra cerca de 150 pila o transfer (total) e 30 por dia pra acampar nas terras. Pra entrar nessa primeira fazenda mais 10 pilinha por cabeça. 

Começamos então a subida até o primeiro destino: canyon Laranjeiras, daí foi cerca de 2 horas. O caminho é relativamente tranquilo, apenas umas partes com barro (fichinha perto do que viria a frente). 

Canyon Laranjeiras: maravilhosamente lindo, o canyon tem 3 pontos principais pra parar. A parte mais do fundo é onde fomos pra descansar um pouco e comer. Estávamos nessa função quando do nada o tempo se armou e caiu um mundo de água. Ainda bem que deu tempo que fazer uma casinha com uma lona grande que o querido Dihonatan levou. Ficamos um tempo ali até que passou a chuva e seguimos.

Nos tracklog tem uma parte que direciona pra fazer a borda do laranjeiras. Mas como estava muito úmido resolvemos seguir a dica de um guia que estava por ali, e cortamos reto saindo do laranjeiras. 

Nessa primeira parte já tivemos contato com nossos amigos que apareceram muito nessa travessia: OS CHARCOS! 

Isso mesmo, lemos tanto sobre eles nos relatos que já chegamos meio preparados. Mas quando começou de verdade, que o pé afundou no barro ou na água que nos demos conta do que eram esses caras. Foi só até acostumar. 

Chegamos então na entrada de uma floresta, onde começou uma trilha punk. Íngreme, floresta fechada, terreno encharcado (a mochila ficando presa nos galhos uhuuull) coisa linda! Depois de atravessar e subir pelo mato conseguimos ver uma abertura e chegamos a uma plantação de pinheirinhos americanos. Dali passamos uma cerca e entramos na pior parte de charcos. Apareceu outro desafio. A Viração, que é uma neblina densa que cobre tudo. 

Decidimos acampar ali na plantação mesmo. Arrumamos as coisas, fizemos nosso super miojo e descansamos o corpo pro outro dia, nesse primeiro dia fizemos uns 7 kms. 

O dia amanheceu com um sol tímido e seguimos viajem, andamos uns 10 kms nesse dia, passando por vários picos de tirar o fôlego. 

Chegamos ao canyon do Funil cedo, as 15:30, e resolvemos ficar por ali pra aproveitar a vista e continuar no outro dia. Armamos acampamento e logo veio a chuva. Mas já estávamos preparados, ali perto tem um córrego que da pra tomar um banho massa. 

Era umas 18 e a gente já estava dormindo, porque o corpo estava pedindo. Umas 2 da manhã olhamos pra fora esperando ver uma chuvarada, que o barulho lá fora tava de arrasar, mas era só o vento chegando. O céu estava limpando e lua deu seu espetáculo. Depois de um bom chá /café deu pra olhar as estrelas um tempo até o sono voltar. Aí dormimos até umas 5 e pouco, quando o vento aumentou e o sol começou a chegar. Demos muita sorte, porque o amanhecer foi coisa de outro mundo. 

Começamos a desmontar o acamps umas 8 e demoramos porque o vento tava do caramba. 

Caminhamos mais uns 8 kms pelas bordas dos canyons até o final da travessia onde chegamos na porteira final saindo no asfalto, perto da sub estação. Mais alguns kms no asfalto uns 3 e voltamos ao Mirante... 

Super cansados, mas já querendo voltar e começar tudo de novo. Tivemos um almoço dos deuses lá no Mirante. Depois de quase três dias a base de miojo, uma lasanha caiu super bem. 

É muito difícil traduzir em palavras o que é uma travessia ou trilha com montanha. Porque o sentimento só pode ser sentido, todo o desafio, desde o peso, o cansaço, o medo, até ficar deslumbrado olhando a imensidão e tendo um pouco de consciência de como somos pequenos nesse universo e como a natureza é perfeita, com respeito, prudência e amor pela natureza, concluímos com sucesso a travessia. Super recomendado. 

🙏👏🌲🌲🌲

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Parabéns pela travessia e pelo relato.
Só gostaria de alertar que entre a fazenda do Cânion das Laranjeiras e o Cânion do Funil, existem mais duas propriedades, as quais os proprietários também cobram uma taxa de visitação. Aconselho a todos que forem fazer esta travessia entrar em contato com todos os proprietários para evitar incomodação com os capatazes destas fazendas.

No mais é estar preparado para molhar os pés e se deslumbrar com as paisagens.

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14 horas atrás, sérgio - graxaim disse:

Parabéns pela travessia e pelo relato.
Só gostaria de alertar que entre a fazenda do Cânion das Laranjeiras e o Cânion do Funil, existem mais duas propriedades, as quais os proprietários também cobram uma taxa de visitação. Aconselho a todos que forem fazer esta travessia entrar em contato com todos os proprietários para evitar incomodação com os capatazes destas fazendas.

No mais é estar preparado para molhar os pés e se deslumbrar com as paisagens.

Obrigado amigo, foi realmente sem palavras!!

No inicio da travessia a gente paga pra passar pelas 3 fazendas e para acampar também. inclusive encontramos um guia que logo de cara já nos cobrou isso. Não vemos problemas em pagar mesmo sendo obra da natureza. Mas a ganancia das pessoas as vezes é demais. abraço.

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